#tecnologia e progresso
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gregor-samsung · 1 year ago
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" Lo scorso anno tagliavo in diagonale piazza Maggiore in una tiepida notte di fine aprile con Fernanda Alfieri, storica e autrice di un bellissimo libro su un caso (di cui ci sono i documenti) di possessione demoniaca (sulla quale c’è solo una presunzione). Il libro si intitola Veronica e il diavolo (Einaudi, 2021). Chiedevo a Fernanda con una certa infantile insistenza – stavo lavorando sul Processo di condanna di Giovanna D’Arco (Marsilio, 2022, a cura di T. Cremisi) – Perché tutti credono a Giovanna D’Arco?, perché uomini che hanno studiato piú di lei, cavalieri e soldati che hanno combattuto piú di lei, sconosciuti che hanno lavorato, pregato, amato e vissuto piú di lei, le credono quando dice di sentire voci che la spingono a combattere per la liberazione della Francia e propugna di aver ricevuto un segno (una corona) che rassicura sulla natura divina e non diabolica delle voci? Fernanda, soave e precisa come pure è, mi ha risposto che il regime di profezia – il fatto che le persone credano che altri sentano le voci e a ciò che le voci dicono – vige in un mondo in cui si pensa che la storia si ripeta e dunque, ripetendosi, si possa prevedere. Quando subentra l’idea che la storia sia qualcosa di piú o meno lineare ma comunque progressivo, la sensibilità per premonizioni e anticipazioni si attenua.
Quella notte non avevo pensato subito – o forse non mi ero accorta di aver cominciato a pensare – al fatto che viviamo in un regime tecnologico che induce ripetizione, che il tempo mostra i suoi nodi. Non la storia collettiva, o forse anche, essendo la storia una stratificazione di storie (con tutta la sub- e super-additività che la faccenda contiene) ma le nostre storie personali. Le nostre vite quotidiane si ripetono, come ho già scritto, aiutate da dispositivi che per la ripetizione – sempre piú veloce ed efficiente – sono costruiti. Saremo dunque noi, con le nostre cuffiette wireless, il nostro rivolgerci ad aiutanti elettronici, i nuovi santi e i nuovi pazzi di un Medio Evo wireless dove è tornato valido il regime della profezia? Terrapiattisti, complottisti politici, antiscientisti, e apocalittici di varia natura e colore. Ma anche santi e visionari, rivoluzionari e sognatori. (Siri, ripetizione!, Chiara si è verificato un problema). "
Chiara Valerio, La tecnologia è religione, Einaudi (Collana Vele, n° 208), marzo 2023; pp. 76-77.
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perfettamentechic · 21 days ago
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Giornata Mondiale della Salute 🩺 - World Health Day Tema del 2025: " Inizi sani, futuri promettenti" #giornatamondialesalute #worldhealthday #perfettamentechic
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pier-carlo-universe · 1 month ago
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La Parigi che sognava Jules Verne: visioni futuristiche tra sogno, scienza e sorprendente realtà
Molto prima che la parola “futurismo” fosse coniata, Jules Verne già immaginava mondi possibili. Tra le pagine meno celebrate ma più affascinanti dei suoi romanzi si nasconde una Parigi proiettata nel futuro, una capitale europea trasformata dall’ingegno umano e dalla scienza. Oggi, rileggerla con occhi contemporanei è un’esperienza che sorprende per la lucidità delle sue previsioni, molte delle…
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divulgatoriseriali · 5 months ago
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Inquietanti esperimenti scientifici: un racconto di scienza e orrore
Gli inquietanti esperimenti scientifici hanno avuto un ruolo fondamentale nel progresso della conoscenza umana, permettendo scoperte che hanno cambiato per sempre il nostro modo di vivere. La ricerca, in molte delle sue forme, è stata il motore che ha spinto l’umanità verso l’innovazione. Tuttavia, dietro a molti dei traguardi raggiunti, si nascondono storie che sfidano le convenzioni morali e…
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batx-ian · 3 months ago
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SPIDER ON THE RUN
Capítulo 2
🕸️ ➥ Damian Wayne X Spider¡!Leitora
Sinopse :: Sem amigos, sem família e sendo vista por aqueles que deveriam ser seus protegidos como nada mais do que uma fera aracnídea que se pendura entre seus prédios. Nada poderia ser tão ruim, até que ela descobriu que era um erro, uma anomalia. Fugindo, ela cai em um universo sufocante, sem estrelas, onde a loucura se esconde sob capas negras e a noite nunca termina.
Avisos :: Menção de morte, a história se passa antes dos acontecimentos em Aranhaverso 2, Damian e a leitora tem idade para estarem no ensino médio + eu não entendo absolutamente nada sobre os números das dimensões da Marvel/DC, então ignorem qualquer erro.
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VOCÊ OFEGOU ENQUANTO RETIRAVA A MÁSCARA DO ROSTO, manchas de hematomas frescos já se formando nas suas bochechas, e com certeza haviam mais daqueles por debaixo do restante do traje. Erguendo o pulso na altura do rosto, coordenadas irregulares surgiram sob a tela quebrada do visor do seu relógio. Um suspiro escapou do seu peito antes de apertar um botão para concretizar o que seria a decisão menos lúcida da sua vida.
O hexágono brilhante se materializou no topo do prédio, o mosaico de cores piscodélicas te fazendo piscar e querer desviar o olhar. Não demorou muito até você sentir as pequenas mexas soltas do seu cabelo sendo sugadas em direção à ele, como uma força de sucção invisível e indetectável. Suas mãos se erguerem puxando a máscara flexível sobre o seu rosto novamente, engoliu em seco e pulou, se deixando ser abraçada pelas cores do teletransporte. A dor no seu tornozelo picando com o impulso.
E pensar que tudo isso começou com um simples teste na máquina de voltar para casa.
"Argh! Essa coisa estúpida continua dando defeito!" Margo reclamou alto, seus hologramas se movendo por todos os lados do grande painel de controle da máquina de teletransporte. "E eu já consertei um milhão de vezes!"
"O que há de errado com a docinho? Não consegue me mandar para casa?" Você bebeu ruidosamente uma caixinha de suco roubada da lanchonete aranha. Seus pés para o alto na cadeira de descanso que você tinha tirado de Deus sabe onde.
"Não chame ela assim." Você ergueu as sobrancelhas. "E esse não é o problema. Na verdade, ela nem consegue detectar a dimensão correta." Tecnologia não era muito a sua praia e nem chegava a ser tão interessante, mas você tinha se voluntariado para ajudar Margo a testar a máquina por ter pensado que seria divertido - e poderia te livrar de uma missão chata por um tempo - mas aquilo tinha se tornado mais do que chato há muito tempo.
Arrastando o tédio de lado, você arremessou a caixinha vazia em direção à uma lixeira, sorrindo para si mesma quando acertou em cheio. "O que a docinha está detectando? A dimensão do mosquito-aranha?" Você riu alto, mas ficou em silêncio com o olhar julgador da sua amiga.
"Dimensão 304, uma dimensão vizinha da sua." Ela virou o visor na sua direção. "Uma daquelas poucas que não tem um homem aranha." Ela voltou a conectar os cabos uns nos outros e digitar sem parar. "É estranho por que esse resultado vem aparecendo nos últimos quatro testes que fizemos."
Você estava prestes a dizer algo quando a porta da sala se abriu para revelar a figura grande e imponente de Miguel. Ele estava sem a máscara, e uma ruga se formava entre suas sobrancelhas. À essa altura, você pensou que talvez ela fosse permanente.
"Nenhum progresso feito?" Questionou pegando uma prancheta holográfico com os dados de progresso - e regresso - da máquina até agora. Margo negou com a cabeça e um de seus clones apareceu em frente ao homem. "A máquina continua indicando a dimensão errada, não importa quantos ajustes eu faça."
"Vocês duas estão aqui há quanto tempo?" Ele ergueu o olhar da prancheta para você, que acenou para ele com os dedos e sorriu preguiçosamente. Miguel não era exatamente o seu fã número 1. Ele te achava irritante, inconsequente, infantil, imatura, insuportável e qualquer outro adjetivo que começasse com "i", mas, bom, ele não era exatamente o primeiro a pensar assim.
"Aproximadamente... Quatro horas." Certo, a sua bunda já estava dormente há pelo menos duas.
"Vão descansar hoje. Amanhã começaremos de novo." Ele se aproximou da bancada e começou a analisá-la junto com Lila. Margo te deu um tchauzinho antes de seu holograma desaparecer e te deixar ali com o seu adorável chefe.
"Você não vai embora?" Era mais uma indireta do que uma pergunta. Murmurando uma ofensa baixa em resposta, você arremessou suas teias para sair dali e do alcance de visão dos olhos de águia do aranha 2099. "Lila, pode repassar os dados da máquina?"
"É claro." A holograma enviou os arquivos para o visor principal da bancada, os vídeos dos testes e as atualizações escritas do progresso aparecendo ao lado. "O único defeito é com a identificação da dimensão ao qual o aranha pertence. O teste tem insistido na dimensão 304 há pelo menos quatro testes."
"Isso é interessante." Miguel se descurvou da bancada e firmou seus olhos na plataforma do centro. Arremessando uma teia, ele pousou sobre ela e olhou ao redor da estrutura. "A 304 é uma das únicas-" "Uma das únicas dimensões sem um aranha. A gente pode pular essa parte?" Miguel revirou os olhos para a holograma e se deixou ser escaneado pela máquina.
"Ugh-Bom, isso é interessante." Lila se inclinou contra o painel e estreitou os olhos. Miguel arqueou uma sobrancelha em curiosidade. "Acho que a máquina se concertou sozinha." Uma expressão quase cômica se formou no rosto do homem.
"Espere, o que?" Ele usou duas teias para sair de cima da plataforma. O visor brilhava mostrando o número 928 de maneira bem clara. "Nós... Mexemos em algo?"
Lila negou. "Parece que ela... Se consertou." A holograma cruzou os braços e se afastou do painel, entretanto, Miguel ainda permanecia inclinado sobre ele, a ruga tinha voltado e quase era possível ver as engrenagens faiscando em sua cabeça.
"Talvez ela só..." As palavras ficaram presas em sua garganta quando seus olhos se ergueram para a plataforma. O padrão de listras amarelas na cadeira de descanso ainda posicionada no centro. "Talvez ela só nunca estivesse quebrada."
Você caminhou calmamente pelos corredores do seu prédio enquanto seus fones de ouvido explodiam em alguma música pop dos anos 2000. Suas mãos tatearam sua calça em busca das chaves, rapidamente a achando com a ajuda do chaveiro de pompons da loja de souvenir do outro lado da rua.
Antes que pudesse entrar, seus pés chutaram algo no chão, um jornal. Você se abaixou e pegou o embrulho de papel entre os dedos, sua testa enrugou com a matéria da primeira página:HERÓINA OU AMEAÇA? A MULHER-ARANHA ESTÁ TORNANDO O QUEENS UM NINHO DE CRIMINOSOS?
Por J. Jonah Jameson
Nos últimos sete meses, uma figura mascarada tem escalado paredes, pulado entre prédios e – segundo relatos de testemunhas – deixado um rastro de caos por onde passa. A chamada Mulher-Aranha, uma vigilante sem identidade conhecida, parece determinada a tecer suas teias pela nossa cidade, mas a pergunta que não quer calar é:Isso é bom para Nova York?
Os números não mentem! O Queens, que antes era considerado um bairro relativamente tranquilo, vem tendo um aumento preocupante no número de casos de hiper-criminosos nos últimos meses. Coincidência? O Clarim conversou com autoridades e especialistas que alertam:a presença de vigilantes em nossas cidades costuma vir acompanhada do aumento de casos de criminosos igualmente incomuns.
“Antes, lidávamos com assaltantes de banco e ladrões de joias. Agora temos sujeitos com braços mecânicos, bandidos com armaduras indestrutíveis e criminosos que atiram raios pelos olhos”, afirma um policial que pediu para não ser identificado.
Suas mãos amassaram o jornal antes de sequer terminar de ler aquela página. O que havia de errado com eles? Ninguém tinha visto as inúmeras vezes em que você se colocou em risco para salvar os cidadãos inocentes? Quantas vezes você tinha ajudado a polícia a derrotar criminosos com os quais eles não teriam a menor chance?
Os casos de hiper-criminosos começaram muito antes de você assumir o manto como Mulher-Aranha, o número de casos de mortalidade policial tinha aumentado em 13% até que você apareceu, e ainda assim, todos insistiam em achar que você era a causa do problema.
Depois de tomar um banho rápido, jantar o almoço que a doce senhorinha do 23 preparou para você e se aconchegar no sofá com seu pijama, você ligou a televisão e se encolheu contra o sofá macio. De olhos fechados, você sentiu a cidade vivendo ao seu redor. Os sons das vozes, sirenes, carros e da chuva. Tudo ecoou dentro de você de maneira reconfortante, como se todos os problemas do mundo desaparecessem naquele instante.
Isso até que você ouviu o som do seu relógio apitando. Um bufo escapou de você, assim como uma maldição colocada sobre Miguel e a sua maldita habilidade de sempre te tirar dos seus momentos de calma e purificação. Já com o seu traje, você abriu um portal para o QG e pulou dentro dele, um pequeno post-it grudado no balção da cozinha para caso a sua tia May se preocupasse com a sua ausência - ela não faria.
A dimensão da Sociedade Aranha tinha um fuso horário diferente da sua, então o Sol ainda brilhava fortemente dentro do QG. Você caminhou pelos corredores cumprimentando seus colegas aranhas e roubando uma rosquinha da lanchonete, até parar em frente a porta do escritório de Miguel. Dando três batidas, você entrou.
"Migueeeeeel, meu chapa!" Se sarcasmo matasse, você já deveria estar apodrecendo. "Meu amigo, meu irmão! Eu posso saber por que você interrompeu o meu horário de descanso, aquele que você mesmo estipulou?"
Ele estava de costas, mas você quase pode sentir ele revirando os olhos. O silêncio se alongou por um minuto, carregando um peso invisível, mas palpável. Miguel se virou, seus ombros rígidos e mandíbula tensa. Os olhos dele carregavam a hesitação de uma notícia ruim, palavras que você sabia que não carregavam nada de bom.
"Eu não te chamaria até aqui se não fosse extremamente necessário, acredite." Ele desceu da plataforma suspensa e se aproximou, mas manteve uma distância respeitosa. "É sobre... Os resultados do teste da máquina."
"A docinho?"
"..."
"Okay, eu fico quieta." Revirou os olhos.
"Depois que você e a Margo saíram, eu fiz meus próprios testes." Ele se virou novamente, dessa vez, espelhando um holograma ao redor de vocês. A teia que conectava todos os aranhas. "A máquina nunca esteve quebrada."
Você arqueou uma sobrancelha e terminou de comer a rosquinha, a cobertura doce sujando os dedos do seu traje. "Você vai dizer algo logo ou...?" Miguel bufou e se virou para você, com a expressão mais dura do que a anterior.
"O que eu quero dizer é:a máquina não detecta o seu DNA, ela detecta o DNA da aranha que te picou e designa a dimensão correta para ela." Um holograma da sua aranha se materializou na sua frente. O aracnídeo tinha patas longas e afiadas, tingidas de vermelho intenso, assim como suas presas e olhos. Seu corpo era branco e brilhante, semelhante à porcelana, e com um ferrão afiado que não era nada menos do que perigoso.
A visão te causou arrepios nostálgicos de um ano atrás. A cicatriz no seu pescoço penicou ainda fresca, como se tivesse acabado de ser inflingida. Levando uma mão à pele, você olhou para Miguel com hesitação e abaixou o olhar. Você não era idiota, e Miguel não gostava de rodeios.
"O que você quer dizer com isso?..." Você sabia a respostas antes mesmo de perguntar.
"Você foi picada por uma aranha de outra dimensão. Eu investiguei." Outro holograma surgiu na sua frente, uma gravação do que parecia ser um laboratório e uma gaiola inicialmente vazia. "Cientistas do seu mundo fizeram um experimento trazendo uma aranha de outra dimensão. A conquista teria sido anunciada para o mundo se ela não tivesse fugido e ido parar no museu de física quântica de Nova York há exatamente um ano."
"Quando eu fui picada." Seus ombros caíram e você deu um passo em direção a ele. "Há quanto tempo você sabia?"
"Eu e Lila descobrimos hoje. É estranho que não tenhamos tido essa informação antes." Ele apoiou as mãos na cintura e mudou o peso de um pé para o outro. Nem tudo tinha sido esclarecido, aquela tensão no ar estava piorando a cada olhar que Miguel te direcionada, uma mistura de pena, pânico e outra coisa desconhecida.
"Tá, e o que fazemos agora? Escondemos dos outros?" Você inclinou seu torço em sua direção. O holograma de Lila se materializou sobre o ombro de Miguel e te olhou com pena e apreensão. "... Quem mais sabe?"
"Apenas a Margo e a Jéssica. Não é o tipo de informação que queremos que se espalhe." Miguel disse como se estivesse tentando te tranquilizar. "Agora, tudo o que precisamos é que você fique calma e colabore."
"Colaborar? Colaborar com o que?" Você deu um passo para trás e ele suspirou dando outro em sua direção, o que apenas te fez se afastar mais ainda.
"[Nome], quero que entenda que, atualmente, você é um risco para a sua dimensão." Ele gesticulou. "Não podemos deixar que você volte agora."
"Que droga isso significa?" Cerrando os punhos, seu sentido aranha disparou como uma sirene de emergência. O zumbido se tornando mais agudo quando seus olhos captam a silhueta de Jéssica na escuridão, e o holograma de Margo surgindo logo atrás de Miguel.
"Nós temos que te manter aqui, o mais longe possível da sua dimensão." O mexicano anunciou com a tranquilidade de alguém que não entendia o absurdo de suas palavras. "Não sabemos o quanto você alterou o seu mundo até agora. Vamos estudar as possibilidades e-"
"Vocês querem me prender?" Não era uma pergunta para ele, era você tentando se convencer de que aquilo não era um delírio da sua cabeça. "A minha dimensão precisa de mim!" Retrucou.
Margo deu um passo à frente. "[Nome], por favor-" Miguel a interrompeu.
"Não, eles não precisam." Sua voz soou mais autoritária dessa vez. Novamente, um holograma se formou ao seu redor, uma imagem da sua Nova York meses antes de você assumir o manto da Mulher-Aranha. "Essa era a sua dimensão antes de você ser picada pela aranha da dimensão 304." O holograma mudou para mostrar uma Nova York com prédios parcialmente destruídos ou em manutenção, menos pessoas nas ruas e as poucas que andavam por aí com gessos médicos ou olhares cautelosos e assustados. "E essa é ela depois."
"O que você está dizendo? Que a culpa dos vilões terem surgido é minha?" Você olhou para ele deixando bem evidente o absurdo da ideia, mas o olhar em seu rosto deixava claro que era exatamente isso. "Eu não acredito nisso." Uma risada de incredulidade escapou dos seus lábios.
"É a verdade, [Nome]." Continuou. "A presença de um aranha em um universo onde ele não deveria existir causa uma interferência no universo. Os vilões que deveriam aparecer para você gradualmente apareceram de uma vez só."
"Tá, eu posso lidar com eles. Eu sou uma aranha, assim como todos aqui!" Você deu um passo em direção a Miguel, seus nervos lentamente começando a explodir. "Você concorda com ele?" Se virando para Margo, você viu como ela hesitou antes de responder. "Ah, ótimo."
"[Nome], você está ficando irritada." Jéssica finalmente disse alguma coisa, mas isso só serviu para te irritar ainda mais.
"Ah, bem, tem um cara querendo me prender como se eu fosse uma criminosa, mesmo que eu não tenha feito nada. Acho que a reação mais normal para essa situação seria ficar irritada!" As últimas palavras saíram um pouco mais altas do que você pretendia, mas não tinha tempo para se importar com aquilo.
"Não é tão ruim quanto você faz parecer." Jéssica tentou apaziguar a situação andando até vocês.
"Então me faz entender como isso pode ser aceitável?" Você apontou para ela e olhou para Miguel mais uma vez. Seus olhos te perfuravam como duas agulhas em brasa.
"[Nome], você precisa se acalmar." Margo se aproximou de você com calma, mas seus olhos se desviaram para o pequeno ponto brilhante no painel de controle da sala, piscando freneticamente e te fazendo sentir que algo estava acontecendo.
"Me acalmar? Vocês querem me prender, como os criminosos que temos aqui!" Miguel chamou seu nome, dando um passo até você, mas você o ignorou. "Eu dou conta dos vilões, e até que ponto você pode me considerar uma anomalia? Eu não tenho glitch e nem altero a estrutura quântica da minha dimensão. Um aumento de criminosos? Wow, que surpresa! Isso acontece em toda maldita dimensão! "
"Wow, Wow, calma aí, garota." Jéssica finalmente interveio diretamente, mas ela não foi a única.
Um por um, vários aranhas entraram na sala e cercaram as paredes ao se redor. Um suspiro desacreditado escapou de você quando seu cérebro reconheceu até mesmo rostos amigos. Miguel tinha te contado sobre o plano de contenção da organização, mas ele deixou claro que só seria usado em situações extremas. Isso era uma situação extrema? Ótimo.
"Você tem que manter a calma, okay? Nós não estamos te prendendo, você apenas será mantida na base para estudarmos como a sua dimensão foi afetada por essa anomalia." Miguel explicou, e você poderia até ter acreditado se não fosse pela pressão familiar na sua nuca e o zumbido quase imperceptível no seu ouvido.
"Você vai me soltar depois que obter respostas?" Perguntou.
"É claro que sim."
...
...
...
O silêncio que se reinou foi mais do que palpável. Ele era denso e poderia esmagar metal. Você escutou as respirações trêmulas, os batimentos irregulares, o bip incessante do painel de controle e o som massivo do silêncio. Suas mãos se abaixaram e o ar saiu pela sua boca.
Mentira.
Seu corpo irrompeu pela porta da sala, tão rápido que seus olhos mal conseguiram processar seus próprios movimentos até que você estivesse se pendurando pelas estruturas de metal e desviando de teias e socos de metal. Miguel gritou atrás de você, longe o suficiente para te fazer se aliviar com a vantagem, mas perto o bastante para fazer seu coração doer de ansiedade e medo.
Seu corpo parou abruptamente durante a fuga, em um solavanco que com certeza te deixaria com torcicolo mais tarde. Dois buracos fumegantes foram feitos na parede ao seu lado, quatro centímetros de distância da sua cabeça. Sua boca se abriu em choque ao se virar para o Cowboy Aranha alguns metros abaixo de você e com uma pistola erguida na sua direção.
"Cara...?"
"Os espíritos do rodeio me dominaram por um instante!" Exclamou com uma voz dramática, mas seus braços logo caíram ao lado do corpo e o Cavalo Aranha relinchou. "Me empolguei." Lamentou.
Uma teia foi jogada bem atrás de você logo em seguida, te fazendo dar continuidade à sua fuga. Poucos minutos depois, você já estava fora do QG, se pendurando pela dimensão hiper-tecnológica e ainda desviando de dezenas de teias e golpes... Certo, você tinha recebido alguns socos e chutes no caminho.
Você os despistou depois de se enfiar em espaços estupidamente apertados e se esconder atrás de carros e lixeiras. Seu corpo estava gasto e provavelmente você tinha quebrado algo. Lutar contra vilões era fácil, brincadeira de criança, mas fugir de centenas - até milhares - de pessoas com as mesmas habilidades que você - algumas com décadas a mais de experiência - em uma dimensão totalmente desconhecida? Isso era um pesadelo.
Você parou sobre um prédio pequeno longe da rua principal e ergueu o relógio em seu pulso, um arrepio subiu pela suas espinha ao ver o visor partido ao meio e as configurações meio embaralhadas na tela. "Droga, droga, droga..." Tocando a tela algumas vezes, você constatou que o relógio ainda era perfeitamente funcional até aquele momento. Suspirando em alívio, você pulou do prédio, se balançando em suas teias.
O vento bateu contra o seu rosto enquanto seus olhos corriam frenéticos em busca de qualquer sinal vermelho pulando ao seu redor, mas seu coração se acalmou quando percebeu um horizonte limpo. Um arrepio e, de repente, você foi arremessada contra as janelas de um prédio ao lado. Sangue escapou da sua boca e o ronco do motor de Jéssica machucou seus tímpanos.
Aquela vaca te acertou com uma moto. Uma maldita moto!
"Vem cá... você não é-Agrh-... Mãe?" Com dificuldades e uma dor latente no seu lado direito, você se arrastou entre as mesas de escritório e os cacos de vidro estilhaçados no chão por conta da sua queda.
Não demorou nem mais um segundo até que Miguel também estivesse ali. Sua figura se movendo até você com uma velocidade assustadoramente lenta. Você ergueu um braço para se apoiar em uma das cadeiras, mas a mão dele foi mais rápida em te agarrar pelo pescoço e te erguer do chão com uma facilidade que não parecia natural, nem mesmo para um aranha.
"Lila, mande todos de volta para a sede." Ele comunicou e a holograma se materializou rapidamente sobre seu ombro, ela te olhou com o que poderia ser pena ou culpa, mas não ficou mais tempo. "E você... Você não entende a gravidade do que você está fazendo, não é?"
O aperto em seu pescoço era firme e desesperador. Sua boca se abriu em busca de ar e suas narinas se dilataram. Você tentou atacá-lo com socos, mas não passaram de simples golpes fracos demais para sequer arranhar. "Ughr-Mn."
"Miguel-" Jéssica chamou, mas ela se calou com um grito do homem que rapidamente voltou para você mais uma vez.
"A sua dimensão não precisava de uma aranha, nunca precisou." Você viu suas presas agora mais aparentes do que nunca. Os marfins que pareciam prestes a perfurar sua alma, assim como os olhos enegrecidos pela raiva. "Você trouxe problemas com os quais eles não deveriam ter que lidar. A sua mera existência colocou em perigo pessoas inocentes que não mereciam nada daquilo."
Há essa altura, pontos pretos se formavam na sua visão, pés chutavam o ar inutilmente e suas mãos perdiam qualquer força que já tiveram. Pela sua visão periférica, Jéssica os encarava com uma expressão relutante. Ela poderia ser o braço direito de Miguel, mas até mesmo ela conseguia ver o prazer sádico e deturpado dele.
"Eles não precisavam de você." Você tentou responder, mas um murmúrio patético foi a única coisa que se ouviu. "Você vai voltar comigo para o QG, e lá você-" outro golpe, dessa vez na pessoa certa. Miguel foi arremessado há alguns bons metros de distância, te soltando no processo.
Seus pulmões se expandiram em busca de ar, membros dormentes demais para se mover imediatamente. Você escutou o som de mesas e cadeiras sendo jogadas e uma parede terminando de rachar completamente. Jéssica tinha arremessado a moto.
"Foge!" Gritou.
"Não consigo...Uhm-mexer." sua voz saiu em um sussurro rouco e quase inaudível. Deitada de barriga para cima, seu peito ainda subia e descia frenético, os pontos pretos finalmente começaram a sumir, mas Miguel já era audível do outro lado do prédio.
"Rápido! Ele está acordando." Jéssica se ajoelhou ao seu lado e ergueu seu pulso, seus dedos digitando coordenadas de maneira desesperada, mas precisa.
"...obrigada..." Você focou seus olhos nela, mas a ardência em seu olhos esquerdo e o líquido quente escorrendo sobre seus cílios te fez descobrir um novo tipo de lesão. "Me agradeça depois, eu-"
"Jéssica." Miguel rosnou se levantando dos escombros. Você não podia vê-lo mancando em sua direção, passos mancos que logo se tornaram uma corrida agressiva e frenética. Tudo o que você viu e sentiu foi a sucção de um portal te sugando para outro mundo, a dor em seu corpo se tornando mais intensa e a certeza de que agora definitivamente havia algo quebrado.
Isso te leva ao presente, onde o seu corpo se recuperava da quinta viagem de teletransporte do dia. O chão sob o qual você estava era frio e úmido, pingos de chuva caiam sobre a parte descoberta do seu rosto e um ar denso entrava pelas suas vias nasais como brasa. O ar daquele lugar era podre e imundo, pesado como cobre e te fazia querer vomitar.
Seu olho também ardeu com a poluição no ar. Era tudo tão escuro e cinza. Se levantando com dificuldade, você ficou de pé sobre o que notou ser um prédio não tão alto de uma cidade que era muito parecida com Nova York, mas completamente diferente.
O céu não tinha estrelas, o ar não era bom e apenas estar ali te causava arrepios e um constante estado de alerta. Mesmo olhando o seu visor, as coisas apenas pioraram.
DDimENsãХ̶̿̀͊̍̈́͑̓̈́̃̆́o ERRO🛈༝
Que tipo de lugar era aquele?
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Isso deveria ser um capítulo pequeno de introdução, mas eu acabei me empolgando e eu simplesmente não sei resumir coisas😭
Por favor, ignorem as minhas tentativas falhas de incluir o humor dos aranhas na narrativa, apenas finjam que nunca aconteceu🙏🏻
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falcemartello · 8 months ago
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Non so se tutti si rendono conto delle dimensioni del disastro del settore automobilistico in Europa: gigantesco, epocale.
La causa non è la tecnologia, o i mancati investimenti (oddio un po’ sì, ma solo in parte): la causa è la forte crisi della domanda: in un mercato già in fase calante (per fattori economici, demografici, di stili di vita) la decisione di FISSARE una data (oltretutto stringente) per lo stop alla vendita delle auto termiche (unici al mondo) ha portato una tale incertezza negli acquirenti (cosa, come, ma soprattutto QUANDO comperare) che ha bloccato la domanda.
Provate a pensare all’effetto di milioni di cittadini che ritardano, anche solo di 1 anno, l’acquisto di un auto nuova, magari perché vogliono capire meglio che direzione prendere. Ne deriva un mercato dove la domanda va a intermittenza, o a piccoli strappi (tipo quando vengono reintrodotti gli incentivi per le auto elettriche). Il tutto con effetti devastanti sulla pianificazione industriale di un settore che ha cicli molto lunghi e investimenti enormi da fare per allestire gli impianti di produzione.
Un settore che occupa 13 milioni di lavoratori e vale l’8% del PIL europeo. Si stimava, l’anno scorso, che i posti a rischio fossero 1,5 milioni, ora sono molti di più. Volkswagen, ad esempio, ha appena rescisso il contratto collettivo sulla garanzia del lavoro: da gennaio i licenziamenti. Bosch a luglio ha raggiunto un accordo sindacale per un centinaio di esuberi in Italia, vediamo quanto dura.
Vorrei che fosse chiara una cosa però: il problema non è auto elettrica vs auto termica, quindi evitiamo di far partire la solita diatriba tra opposti supporter: il problema è aver messo una DATA DI SCADENZA. Una data di scadenza ha impatti forti sulla domanda di qualsiasi prodotto, figuriamoci su quella di un bene che rappresenta un investimento pluriennale.
Se una tale decisione fosse stata presa da un CdA ora i componenti sarebbero tutti a spasso, invece i politici che l’hanno presa sono ancora più o meno tutti lì, continuano a pontificare, e quel che è peggio, parte dell’elettorato gli dà ancora credito.
Voi direte: ma a suo tempo nessuno ha detto niente? Per la verità qualcuno, lato industria, ci fu, che disse che era una scelta folle, ma venne emarginato e bollato con lo stigma del “sei contro il progresso” (es. Tavares) ma ci fu anche chi sposò con entusiasmo l’idea, come il CEO di Volkswagen Diess, che è stato fatto fuori (anche) per questo.
Pagheremo a caro prezzo il fatto che nessuno abbia saputo fermare una decisione del genere, ma quel che è peggio è che non sembra proprio che abbiamo ancora sviluppato gli anticorpi per contrastare le follie ideologiche, che trovano invece ancora largo seguito.
Spiace pensare che solo una crisi profonda, che pagheranno tutti i cittadini, ci aiuterà, forse, a non commettere di nuovo certi errori.
Mauro Rizzi
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colonna-durruti · 1 month ago
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Alessandro Portelli
La sera del 23 marzo 1944, l’Obersturmbannführer Herbert Kappler va in ufficio. Va in archivio, prende i registri, torna alla scrivania, si siede, e fa un elenco di nomi. Sono gesti normali che generazioni di burocrati e pubblici impiegati hanno ripetuto uguali. Con questi gesti ordinari comincia strage delle Fosse Ardeatine.
Non facciamoci ingannare quando nella lapidi affisse sui nostri muri leggiamo «la barbarie nazista». I barbari fanno cose barbare, ma per fare le Fosse Ardeatine c’è voluto lo stato moderno, la burocrazia, gli uffici, la scrittura; per fare la Shoah ci sono voluti i treni, l’industria chimica, persino i primi computer. C’è voluto il paese più civile d’Europa, il paese di Bach, Beethoven e Kant. Sono stragi civili, europee e occidentali fino al midollo.
In questi giorni, il ministero per l’istruzione e il merito richiede di insegnare agli studenti di tutte le scuole della Repubblica che «Solo l’Occidente conosce la storia». Come ha detto un professore dal palco di una grande manifestazione a piazza del Popolo, «In Europa abbiamo Socrate, Spinoza, Hegel e Leopardi. Ma gli altri le hanno queste cose?» (certo che sì. Qualche filosofo ci sarà pure stato in Cina; il Sundiata è un grande poema epico del Mali; e qualche anno fa un prezioso libro di Francesco Gabrieli si intitolava Storici arabi delle Crociate. Ma non è nemmeno questo il punto). Manipolando una frase di Marc Bloch (e, sospetto, con qualche mal digerito residuo di Morte e pianto rituale di Ernesto de Martino), le linee guida redatte dalla commissione presieduta da Ernesto Galli della Loggia spiegano questa eccezionalità della nostra cultura col fatto che «Il cristianesimo è una religione di storici. È nella durata, dunque nella storia, che si svolge il gran dramma del Peccato e della Redenzione». Solo noi pensiamo alla storia come un progresso verso un fine, dalle tenebre alla salvezza.
Proviamo a cambiare il punto di vista. Proprio di questo infatti parla l’ultimo libro di Amitav Ghosh, scrittore indiano che la cultura dell’Occidente la conosce bene. Si chiama Fumo e ceneri, risale al 2023, quindi prima delle linee guida di Valditara e della Loggia, e spiega in modo assai convincente come la prosperità dell’Occidente si sia basata in larga misura sul commercio dell’oppio. A pagina 47 (non ho ancora la traduzione italiana, ritraduco dall’originale) leggiamo: «Un altro concetto dell’Illuminismo che ha svolto un ruolo importante nel dare forma all’immagine che l’Occidente ha di sé, la Storia come una narrativa di progresso che si evolve verso certi fini trascendenti fondata su una concezione del tempo, e della storia, come una narrativa di ininterrotto Progresso ascensionale». Grazie a questa concezione, continua Ghosh, l’Occidente ha potuto raccontare la propria storia come un percorso progressivo di liberazione ed emancipazione, in cui «le storie intrecciate di genocidio e schiavitù erano oscurate o presentate come deplorevoli deviazioni da questa narrazione», e ha potuto legittimare il suo dominio con la superiorità della propria cultura tralasciando quanto fosse fondato su schiavitù, colonialismo, commercio della droga (dalla coltivazione dell’oppio imposta dalla Gran Bretagna ai contadini indiani alla sua importazione imposta alla Cina con le ottocentesche guerre dell’oppio). Queste cose sono «relegate nell’irrilevanza semplicemente perché non rientrano nella narrazione del Progresso».
In realtà, abbiamo sviluppato anche un’altra tecnica della narrazione storica. Anziché dimenticare le Fosse Ardeatine e la Shoah, per esempio, le ricordiamo ossessivamente e ritualmente, ma oscuriamo la tecnologia, l’organizzazione, le procedure, il quadro mentale che le hanno rese possibili, e ci scarichiamo di questi orrori relegandoli nell’inumanità della «barbarie» o della «belva nazista». Siamo sempre vittime, mai perpetratori.
Grazie a questa concezione della storia, l’Occidente illuminato ha potuto spiegare il fatto che gran parte del genere umano non avesse la stessa storia progressiva collocandolo fuori dell’umanità stessa. Dopo tutto, quando parliamo di Occidente non parliamo di geografia (Dakar è molto più a occidente di Roma) ma di razza: l’Occidente di cui parliamo coincide sostanzialmente con la razza bianca.
Come ci ricorda il critico afroamericano Henry Louis Gates, secondo Hume gli africani non erano umani alla stessa stregua di come lo siamo noi; secondo Kant esisteva una diretta relazione fra «stupidità» e «nerità» («uno dei tanti esempi», commenta Gates, «dell’innata capacità dei filosofi europei di concepire l’umanità in termini ideali (bianchi, maschi) e disprezzare, aborrire, colonizzare o sfruttare esseri umani non ’ideali’».) e ancora nel 1813 Hegel ribadiva l’innata inferiorità degli africani. Più tardi, i nazisti ribadivano l’innata inferiorità dei latini e noi latini ribadivamo l’innata inferiorità degli slavi.
Ora, io so benissimo che anche «gli altri» hanno i loro orrori e i loro crimini (per capirsi: il 7 ottobre è un atto barbarico; Gaza è un massacro moderno, tecnologico e civilizzato), e non mi vergogno affatto di appartenere a questo benedetto Occidente in cui sono casualmente nato. Ma vorrei che questa identità che mi appartiene non venisse declinata in termini di etnocentrismo e suprematismo; vorrei che, quando ci illuminiamo di Imperativo Categorico, di Mozart e di Beatles, non ci scordassimo del Congo belga, degli Herero e di Debra Libanòs (e di Gaza).
Va bene ricordarci di Hegel come gloria dell’Europa e dell’Occidente, ma forse potremmo ricordarci anche che la cultura che ha generato Hegel (e che Hegel ha contribuito a formare) ha prodotto anche Auschwitz . Sì, «solo l’Occidente» è stato capace di immaginare la Shoah e di realizzarla. Insegniamo anche questo, ai ragazzi delle scuole della Repubblica, quando celebriamo gli anniversari.
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mezzopieno-news · 1 month ago
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INVENTATO UN PROCESSO CHE RIDUCE DEL 99% IL COSTO PER PRODURRE I MICROCHIP
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Un professore della Northeastern University di Boston ha realizzato e brevettato un nuovo processo che può produrre componenti elettronici e chip avanzati con una tecnologia che rivoluziona la concezione tradizionale, riducendo i costi di produzione dei microchip del 99%.
L’innovativo processo di produzione ideato dal professor Ahmed Busnaina sfrutta una tecnologia di nanofabbricazione basata su una stampante estremamente avanzata in grado di costruire strati di circuiti elettronici direttamente sui wafer di silicio. Evitando i costosi e complessi metodi tradizionali di deposizione e incisione, questa tecnica riduce drasticamente gli sprechi di materiale e il consumo di energia. La combinazione di chimica fisica e tecniche di stampa all’avanguardia consente di fabbricare componenti elettronici a livello nanometrico con velocità e precisione mai utilizzate prima d’ora.
“Gli ingenti costi degli impianti di produzione hanno fatto sì che il numero di aziende in grado di costruire i chip necessari sia passato da 29 all’inizio del millennio a cinque”, afferma Busnaina. “Una fabbrica di chip richiede una quantità di energia equivalente a quella di 50.000 abitazioni”. Busnaina e il suo team hanno dedicato anni a perfezionare questa tecnologia che si presenta come una delle più promettenti innovazioni nel campo dei semiconduttori degli ultimi anni. Con la possibilità di democratizzare l’accesso alla tecnologia avanzata e di ridurre drasticamente i costi industriali, questo progresso tecnologico apre nuove prospettive per l’industria globale che potrà beneficiare di dispositivi più economici e accessibili e contribuire significativamente alla sostenibilità ambientale della produzione di tecnologia.
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Fonte: Northeastern University; foto di Sergei Starostin
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twilightalks · 2 months ago
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Vamos falar sobre temas para comunidades?
Oi, pessoal! Eu, Emmet, apareci por aqui com uma ideia que surgiu de repente e quero compartilhar com vocês. Tenho visto muita gente comentando que os temas das comunidades têm sido sempre os mesmos, e isso já está ficando meio enjoativo. Como sou fã de boas leituras, peguei alguns temas interessantes para desenvolver em RPGs no Twitter ou no Tumblr, a Rosie também deu a ideia de um e inseri aqui para vocês olharem.
(Ah, antes que alguém fale algo: sim, sempre surge uma comunidade com um tema novo e bacana, o pessoal fica empolgado e depois some, voltando para as mesmas comunidades das quais reclamam. Vai entender!)
Enfim, vamos começar! Se gostarem de alguma ideia, sintam-se à vontade para usar, não preciso de créditos, ok?
،، ✶  STEAMPUNK FANTÁSTICO  ¿ ¡
Imagine um mundo onde a Revolução Industrial encontra a magia e o sobrenatural. Esse é o cenário do Steampunk Fantástico. Dirigíveis, autômatos e invenções retrofuturistas convivem com cristais encantados, dragões metálicos e criaturas mágicas, como fadas e vampiros. A narrativa gira em torno de temas como progresso versus tradição, desigualdade social e conspirações tecnológicas e mágicas.
As aventuras podem se passar em cidades industriais nebulosas, terras selvagens cheias de magia ou nos céus dominados por navios voadores e submarinos místicos. Você pode explorar investigações de crimes sobrenaturais, revoltas contra governos opressores ou expedições para encontrar artefatos mágicos e tecnológicos. Um cenário perfeito para sistemas como Fate Core, Savage Worlds ou adaptações de D&D, proporcionando histórias criativas e cheias de imaginação.
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𓆩  ✉  # ESCRITÓRIO CAÓTICO ?  🗒
Esse cenário é uma comédia leve, inspirada em séries como The Office e Brooklyn 99. Aqui, a ambientação é um escritório, seja uma agência, firma ou até algo mais excêntrico, com foco nas situações absurdas do dia a dia e personagens peculiares. O elenco inclui chefes desastrados, funcionários excêntricos, estagiários atrapalhados e veteranos cínicos, todos lidando com crises internas e externas.
As histórias giram em torno de conflitos aparentemente banais: guerras de departamentos, eventos corporativos desastrosos e clientes difíceis, tudo com muito humor e exagero. A burocracia sem sentido, as relações imprevisíveis e os desafios inusitados criam um ambiente de caos divertido. É a escolha perfeita para campanhas mais leves, com foco nas interações engraçadas entre os personagens e nos momentos do cotidiano.
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 ⩉ : ⩉  CYBERPUNK  ◜
Em um futuro dominado por corporações gigantes, as cidades iluminadas por neon e a sociedade dividida entre os ricos, que vivem no luxo tecnológico, e os marginalizados, que lutam para sobreviver. Hackers, mercenários e rebeldes enfrentam esse sistema opressor, utilizando implantes cibernéticos e redes virtuais. O contraste entre a alta tecnologia e a baixa qualidade de vida é o coração do Cyberpunk, que explora questões como liberdade, identidade e os perigos do avanço tecnológico desenfreado.
Este é o cenário perfeito para histórias sombrias, cheias de ação, intriga e dilemas éticos, ideais para quem gosta de um enredo mais pesado e imersivo.
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¡  % ⊹ CIDADES ASSOMBRADAS 𔔁
Neste cenário, você vai explorar uma cidade cheia de mistérios e fenômenos paranormais. A cidade é marcada por lendas urbanas, segredos enterrados e presenças sobrenaturais, como fantasmas, demônios e criaturas sinistras. As histórias podem envolver a exploração de lugares amaldiçoados, desenterrar verdades perturbadoras e enfrentar forças além da compreensão humana.
Com uma atmosfera de terror e suspense, o cenário é perfeito para investigações e aventuras emocionantes, onde cada descoberta pode ser tanto uma revelação quanto uma ameaça.
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𔔀  ꉂ SAMURAIS E NINJAS 𒀭࣪  ⋆
Neste cenário inspirado no Japão feudal, honra, lealdade e traição estão no centro da história. Os jogadores podem ser samurais, leais aos seus senhores, ou ninjas, que atuam nas sombras em missões de espionagem, sabotagem ou vingança. As tramas envolvem disputas entre clãs, intrigas políticas e dilemas morais, enquanto personagens tentam equilibrar o dever com suas ambições pessoais.
Com cenários ricos, como aldeias rurais, castelos imponentes e florestas misteriosas, esse cenário é ideal para histórias épicas, repletas de combates estratégicos e momentos de reflexão intensa.
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🜸   ★  MAGIA E TECNOLOGIA 𖤛  ა ��
Neste universo, a magia e a tecnologia coexistem, mas frequentemente entram em conflito. As sociedades se dividem entre aqueles que confiam na lógica da tecnologia e os que dependem das forças mágicas, criando tensões políticas e sociais. As histórias exploram os desafios de equilibrar esses dois mundos, seja por invenções tecnológicas que afetam magias antigas, ou feitiços que sabotam sistemas avançados.
Este cenário é perfeito para quem gosta de histórias sobre inovação, rivalidades e descobertas em um mundo cheio de possibilidades. Personagens podem ser inventores que incorporam magia em suas criações ou magos tentando proteger suas tradições contra a modernidade.
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✦⠀  𝅄⠀  DISORDERLY ACADEMY  ⊹ ⠀࣪
É uma ambientação de comédia e drama em uma escola pública com poucos recursos, professores excêntricos e alunos imprevisíveis. Inspirada em Abbott Elementary, a história acompanha educadores apaixonados que tentam manter o ensino funcionando, mesmo diante de diretores incompetentes, burocracia absurda e situações completamente fora de controle.
Os personagens incluem professores idealistas, veteranos cínicos, coordenadores atrapalhados e alunos que sempre causam confusão. As narrativas exploram rivalidades entre turmas, eventos escolares desastrosos e tentativas fracassadas de modernizar o ensino. É um cenário perfeito para histórias leves e engraçadas, com momentos emocionantes e críticas sutis à realidade educacional.
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susieporta · 1 month ago
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La relazione tra l'Empatico e il Manipolatore è storia antica.
E' una "macabra danza" tra crudeltà e mancato riconoscimento, tra sottomissione e controllo.
Un confronto tra sofferenze diverse, ma in un certo senso molto simili.
Ipersensibilità e anaffettività sono entrambe lo specchio di enormi vuoti di salute emotiva e di traumi ripetuti e dolorosi.
Sono lo "specchio riflesso" di una stessa malattia: la mancanza di Amore sano.
Il bisogno di "salvare se stessi dall'oblio" è vitale nelle persone che tendono ad agganciarsi a relazioni squilibrate o addirittura tossiche.
Io non valgo. Oppure valgo troppo. E tu devi riconoscerlo.
Io ho bisogno della tua approvazione per sopravvivere alla mia "invisibilità" e tu hai bisogno della mia presenza per "esistere".
Controllo, possesso, potere, dipendenza.
Le Relazioni oggi si basano sul "consumo". E sul "bisogno".
E quando, per la prima volta, l'Empatico riconosce il suo modello di disfunzione, sceglie di affrancarsi con coraggio dalla dipendenza affettiva, radica il suo innato "diritto all'Esistenza", allora accade qualcosa di imprevedibile, di molto molto strano: non sa più chi è.
Abituato ad "insegnare" l'Amore a chi non lo "sente", a stabilire le proprie priorità sempre "fuori" e mai dentro, a perorare cause esterne di sofferenza e mancanza, a sostituirsi al dolore degli Altri, a credersi destinato a "servire" le vite altrui, improvvisamente, nella rinuncia al ruolo, si ritrova immensamente solo e spaesato. E profondamente "deluso".
In fondo lui non è mai esistito senza "la salvezza dell'Altro".
Non è degno di essere al centro del proprio progetto di Vita, di provvedere a se stesso nella Relazione, di coltivare e curare il proprio "giardino fiorito".
Non può vivere senza controllare l'Altro, senza possederlo, senza convivere con i Demoni dell'Altro, senza il Sacrificio, senza la Perdita, senza la sottomissione ai bisogni e alle necessità di chi gli sta accanto, sempre prioritarie rispetto alle sue.
Ed allora, all'improvviso, "si accorge".
Si accorge di non aver "salvato" nessuno. Di non avere il potere magico di cambiare l'Altro. Di non potersi sostituire alle responsabilità di chi non vuole o non può crescere.
E si guarda dentro. Scoprendo di "non valere nulla" senza il suo ruolo di "salvatore". Di aver speso anni e anni tentando di "scavalcare Dio", di assumersi l'onnipotenza di sostituirsi al Destino altrui.
E cade in confusione.
Il "chi sono io?" diventa martellante e prioritario.
Se non "aiuto" gli Altri, se non sono una guida per il prossimo, se non posso alleviare il Dolore di chi mi circonda, se non è in mio potere insegnare ad amare, se non mi metto a divulgare conoscenze e a impartire lezioni di Vita, "chi sono davvero io"?
Crollano i veli sull'Empatia.
Uno strumento perfetto per salvaguardare lo status quo di "vittima e carnefice", per tenere in piedi sistemi di potere disequilibrati, infantilizzati, deresponsabilizzati.
E' subdola l'Empatia. Ti mette sul piedistallo della saccenza e della bontà. Ti rende potente nel sollevare l'Altro. Ti rende Madre e Padre di figli persi e abbandonati. Per poi frantumarsi dentro e divenire lo specchio dell'innato bisogno d'Amore e di Attaccamento inespresso, mai esaudito.
Un Empatico che rompe con questo "ruolo e strumento deformato e deformante", si spezza dentro. Ed entra in un vortice di vissuti di "vuoto emotivo" e di "invisibilità", di tristezza e insensatezza, che riesumano la condizione originale, da dove si è originato il trauma.
Perché non essere stati visti ed amati, aver vissuto il rifiuto, non aver potuto percepire a livello fisico ed emotivo la sensazione di fusione materna e di riconoscimento paterno, è una eredità più comune e diffusa di quanto si creda. E' una vera e propria "catastrofe universale", una pandemia terrestre.
Oggi il Mondo non manca di risorse, di potenziale benessere, di tecnologia e progresso. Non necessiterebbe di tanta Materia, né di Distrazioni di massa.
Oggi il Mondo agonizza per "mancanza d'Amore sano".
E cerca nell'Altro una risposta che, però, non arriva mai.
Perché l'Altro è malato quanto noi. E perché l'Altro non è un genitore e non è nemmeno tenuto a compensare la nostra totale immaturità di crescita, il nostro infantilismo sentimentale o il nostro analfabetismo emotivo.
L'Empatico è vittima di se stesso. Non dell'Altro.
E dovremmo tutti porci nella condizione di riflettere sul senso delle Relazioni vissute come "salvezza" o "punizione".
E' molto comune e comodo credere che bontà, empatia e adultizzazione siano elementi positivi di una persona.
Connessione, autenticità, responsabilità e radicamento emotivo lo sono.
Il resto è "schema antico", funzionale a mantenere equilibri insani e malati.
Sarà "strano" abbandonare l'Empatia.
Non attirerà più persone bisognose di essere viste, pronte a sottrarre energie e risorse. Non esisteranno più i "guru". Cesseranno le religioni. Si esauriranno le caste. Si placherà la violenza.
Vedremo sbocciare le nuove Relazioni. Si creeranno tra Uomini e Donne autonomi, realizzati, connessi e centrati.
Rinunciare alla "Salvezza dell'Altro", ci farà inizialmente sentire inutili, senza ruolo, svuotati, insensati, poveri di dialogo e di doni da condividere.
Abbiamo creduto per così tanto tempo di "essere" quell'Identità emotiva, che essa fosse l'unica manifestazione possibile dell'essere umano evoluto, da non riuscire oggi ad assumerci altre competenze e possibilità espressive.
Ma non è così.
Il Nuovo avanza.
E questo è solo un "passaggio". Uno dei tanti. Forse più stretto di altri, con più incognite, con meno certezze. Ma anche quello più sincero, più vero, più autentico.
Siamo qui.
Proviamoci. Proviamoci a smontare gli ultimi baluardi del Passato.
Se fosse troppo disfarci delle ultime zavorre, potremmo sempre farlo a piccoli step, con pazienza e comprensione.
Non siamo dei robot ammaestrati.
Siamo Esseri umani vissuti per millenni nell'oblio.
Diamoci una possibilità. Offriamoci il giusto tempo, la giusta andatura, il giusto passo.
E poi affidiamoci al Battito del nostro Cuore, che, insieme alla guida dello Spirito e alla Volontà Umana, tutto sa e tutto "aggiusta".
Con Affetto Immenso.
Mirtilla Esmeralda.
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clacclo · 3 months ago
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⭐ Felice anno nuovo cinese!
Dopo il successo della startup cinese DeepSeek, molti sono rimasti sorpresi dalla rapidità con cui la Cina ha raggiunto gli Stati Uniti nell'intelligenza artificiale. Tuttavia, il progresso della Cina nell'efficienza algoritmica non è nato dal nulla. Gli studenti cinesi hanno da tempo superato gli altri in matematica e programmazione alle olimpiadi internazionali🏆
Quando si tratta di produrre studenti eccellenti in matematica e scienze, il sistema di istruzione secondaria cinese è superiore a quello occidentale. Promuove una forte competizione tra studenti, un principio mutuato dal modello sovietico altamente efficiente🎖
Al contrario, la maggior parte delle scuole occidentali scoraggia la competizione, proibendo gli annunci pubblici dei voti e delle classifiche degli studenti. La logica è comprensibile: proteggere gli studenti da pressioni o scherno. Tuttavia, tali misure prevedibilmente demotivano anche gli studenti migliori. Vittoria e sconfitta sono due facce della stessa medaglia. Elimina i perdenti, ed eliminerai i vincitori ☯️
Per molti studenti, la motivazione a eccellere al liceo deriva dal considerarlo un gioco competitivo, sforzandosi di classificarsi al primo posto contro avversari forti. Eliminare la trasparenza nelle prestazioni degli studenti può far sembrare la scuola insignificante per gli adolescenti ambiziosi. Non sorprende che molti ragazzi dotati ora trovino il gioco competitivo più eccitante degli studi: almeno nei videogiochi, possono vedere come si classifica ogni giocatore😵
Dire a tutti gli studenti che sono campioni, indipendentemente dalle prestazioni, può sembrare gentile, finché non si considera quanto velocemente la realtà infrangerà questa illusione dopo la laurea. La realtà, a differenza delle politiche scolastiche ben intenzionate, ha voti e classifiche pubbliche, che si tratti di sport, economia, scienza o tecnologia. I benchmark dell'intelligenza artificiale che dimostrano la superiorità di DeepSeek sono una di queste classifiche pubbliche. E ne arriveranno altre. A meno che il sistema di istruzione secondaria statunitense non subisca una riforma radicale, il crescente predominio della Cina nella tecnologia sembra inevitabile🇨🇳
- Pavel Durov, fondatore di Telegram.
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schizografia · 11 months ago
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Il guscio della lumaca
Quali che siano le ragioni profonde del tramonto dell’Occidente, di cui stiamo vivendo la crisi in ogni senso decisiva, è possibile compendiarne l’esito estremo in quello che, riprendendo un’icastica immagine di Ivan Illich, potremmo chiamare il «teorema della lumaca». «Se la lumaca», recita il teorema, «dopo aver aggiunto al suo guscio un certo numero di spire, invece di arrestarsi, ne continuasse la crescita, una sola spira ulteriore aumenterebbe di 16 volte il peso della sua casa e la lumaca ne rimarrebbe inesorabilmente schiacciata». È quanto sta avvenendo nella specie che un tempo si definiva homo sapiens per quanto riguarda lo sviluppo tecnologico e, in generale, l’ipertrofia dei dispositivi giuridici, scientifici e industriali che caratterizzano la società umana.
Questi sono stati da sempre indispensabili alla vita di quello speciale mammifero che è l’uomo, la cui nascita prematura implica un prolungamento della condizione infantile, in cui il piccolo non è in grado di provvedere alla sua sopravvivenza. Ma, come spesso avviene, proprio in ciò che ne assicura la salvezza si nasconde un pericolo mortale. Gli scienziati che, come il geniale anatomista olandese Lodewjik Bolk, hanno riflettuto sulla singolare condizione della specie umana, ne hanno tratto, infatti, delle conseguenze a dir poco pessimistiche sul futuro della civiltà. Nel corso del tempo lo sviluppo crescente delle tecnologie e delle strutture sociali produce una vera e propria inibizione della vitalità, che prelude a una possibile scomparsa della specie. L’accesso allo stadio adulto viene infatti sempre più differito, la crescita dell’organismo sempre più rallentata, la durata della vita – e quindi la vecchiaia – prolungata. «Il progresso di questa inibizione del processo vitale», scrive Bolk, «non può superare un certo limite senza che la vitalità, senza che la forza di resistenza alle influenze nefaste dell’esterno, in breve, senza che l’esistenza dell’uomo non ne sia compromessa. Più l’umanità avanza sul cammino dell’umanizzazione, più essa s’avvicina a quel punto fatale in cui progresso significherà distruzione. E non è certo nella natura dell’uomo arrestarsi di fronte a ciò».
È questa situazione estrema che noi stiamo oggi vivendo. La moltiplicazione senza limiti dei dispositivi tecnologici, l’assoggettamento crescente a vincoli e autorizzazioni legali di ogni genere e specie e la sudditanza integrale rispetto alle leggi del mercato rendono gli individui sempre più dipendenti da fattori che sfuggono integralmente al loro controllo. Gunther Anders ha definito la nuova relazione che la modernità ha prodotto fra l’uomo e i suoi strumenti con l’espressione: «dislivello prometeico» e ha parlato di una «vergogna» di fronte all’umiliante superiorità delle cose prodotte dalla tecnologia, di cui non possiamo più in alcun modo ritenerci padroni. È possibile che oggi questo dislivello abbia raggiunto il punto di tensione massima e l’uomo sia diventato del tutto incapace di assumere il governo della sfera dei prodotti da lui creati.
All’inibizione della vitalità descritta da Bolk si aggiunge l’abdicazione a quella stessa intelligenza che poteva in qualche modo frenarne le conseguenze negative. L’abbandono di quell’ultimo nesso con la natura, che la tradizione filosofica chiamava lumen naturae, produce una stupidità artificiale che rende l’ipertrofia tecnologica ancora più incontrollabile.
Che cosa avverrà della lumaca schiacciata dal suo stesso guscio? Come riuscirà a sopravvivere alle macerie della sua casa? Sono queste le domande che non dobbiamo cessare di porci.
23 maggio 2024
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pier-carlo-universe · 1 month ago
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Ernestina Macchia Prola: La prima donna italiana con la patente di guida
Il 5 giugno 1907 segnò un evento storico per l’Italia: Ernestina Luisa Macchia Prola divenne la prima donna italiana a ottenere la patente di guida. In un’epoca in cui le automobili erano una novità riservata a pochi e il ruolo delle donne nella società era ancora fortemente limitato, il suo successo rappresentò un passo significativo verso l’emancipazione femminile. Nata nel 1876 a Exilles, in…
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pettirosso1959 · 8 months ago
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RUBARE IL FUTURO ALL'UMANITA' PRIVANDOLA DI ACCIAIO ED ENERGIA ELETTRICA
L'industria siderurgica è stata una pietra miliare dello sviluppo industriale e la sua evoluzione è una testimonianza dell'ingegno umano e del progresso tecnologico.
Nel corso dei decenni, i continui miglioramenti nella tecnologia degli altiforni, nel controllo dei processi e nel recupero di energia hanno portato a significativi guadagni in termini di produttività ed efficienza energetica.
La Cina continua a dominare la capacità produttiva e le esportazioni, con giganti del settore come Baowu Group in prima linea. Altri importanti produttori di acciaio includono la giapponese Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp., l'indiana Tata Steel, la sudcoreana POSCO e l'europea ArcelorMittal.
Le acciaierie integrate di oggi sono meraviglie dell'ingegneria, in grado di produrre milioni di tonnellate all'anno con notevole efficienza. Gli altiforni più performanti possono raggiungere efficienze energetiche fino al 70%, valori che sembravano irraggiungibili solo pochi decenni fa.
L'acciaio è essenziale nella società moderna, in quanto ci fornisce la materia prima essenziale per ogni attività svolta dall'uomo; dalle industrie e relative macchine, fino alle infrastrutture strategiche, tutto è acciaio. Dal 2001, la produzione globale di acciaio grezzo è raddoppiata e la domanda continuerà ad aumentare nei prossimi decenni.
E come l'energia elettrica, anche l'acciaio entra nel mirino degli ambientalisti e della loro pretesa di "decarbonizzare" il settore attraverso l'utilizzo dell'idrogeno in luogo del carbone di cokeria.
Il carbone è essenziale, perché permette di ottenere il duplice vantaggio di procedere all'ossidoriduzione della materia prima (con formazione di CO e CO2, entrambe utilizzate per produrre energia termica ed elettrica utile ai processi di produzione dell'acciaio grezzo), ma anche per produrre acciai di elevata qualità da sottoporre a processi termochimici atti a migliorarne/esaltarne specifiche qualità meccaniche/termiche/chimiche.
La pretesa ambientalista di produrre l'acciaio dalla materia prima attraverso l'utilizzo dell'idrogeno espone il mercato ad un duplice pericolo. Il primo, l'eccessivo uso di energia elettrica, sia per trattare il minerale, sia per produrre idrogeno; i costi della materia sarebbero esposti ad un incremento esponenziale.
Il secondo pericolo, non meno grave, è la nota fragilità dell'acciaio in presenza di idrogeno incluso nella matrice cristallina, che ne altera in modo irrimediabile le caratteristiche chimiche e meccaniche. Note come "fiocchi di idrogeno" costituiscono discontinuità del reticolo, con maggiore fragilità e minore resistenza meccanica all'invecchiamento.
Il passaggio alla produzione di acciaio a idrogeno rischia di vanificare un secolo di progressi nella produzione efficiente. I costi elevati, le sfide tecnologiche e la limitata scalabilità dei processi basati sull'idrogeno sono garantiti per renderlo meno redditizio rispetto alla produzione di acciaio basata sul carbone.
Stime prudenti suggeriscono che la produzione di acciaio a base di idrogeno potrebbe essere del 20-30% più costosa rispetto ai metodi tradizionali. Questo differenziale di costo non è banale in un settore con margini ristretti e un'intensa concorrenza globale.
L'aumento dei costi si ripercuoterebbe sull'economia, colpendo l'edilizia, la produzione automobilistica e innumerevoli altri settori che si affidano all'acciaio a prezzi accessibili.
Rystad Energy afferma che l'acciaio "verde" può essere reso competitivo solo imponendo pesanti tasse sull'acciaio a base di carbone o assegnando enormi sussidi ai produttori di acciaio.
Inoltre, l'idrogeno prodotto attraverso l'elettrolisi è ad alta intensità energetica. Produrre abbastanza per soddisfare le esigenze dell'industria siderurgica richiederebbe una massiccia espansione della capacità di energia rinnovabile, ben oltre le attuali proiezioni.
Sebbene esistano progetti pilota di idrogeno verde, non è stato dimostrato su scala industriale. Al contrario, uno dei vantaggi più significativi della produzione di acciaio a base di carbone è la sua capacità di operare su larga scala.
I moderni altiforni possono produrre fino a 400 tonnellate di acciaio all'ora, funzionando ininterrottamente per anni tra i periodi di manutenzione più importanti. Questa scala di produzione è fondamentale per soddisfare la domanda globale di acciaio, che nel 2021 si è attestata a 1,95 miliardi di tonnellate e si prevede che crescerà, al netto delle considerazioni sulla qualità finale del prodotto. Un diverso modo di rubare il futuro all'umanità dopo averlo fatto privandola dell'accesso all'energia elettrica a basso costo ed affidabile.
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ambrenoir · 8 months ago
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Mi permetto di riportare le parole di un antroposofo, Tiziano Bellucci, scritte pochi giorni prima della tragedia di Paderno- Dugnano.
APPELLO AL GENERE UMANO: TU CREDI CHE IL MALE NON POSSA IMPOSSESSARSI DI TE?
L’essere umano è un involucro che di solito contiene un’anima, ma può “svuotarsi” da essa e lasciare che altri “io” non umani possano penetrarvi e prendere il comando.
Questo “io” non umani hanno un morale diversa, la quale si basa sulla distruzione dell’esistenza.
Non sono entità extraterrestri, ma forze che sono sempre esiste sulla terra e sempre hanno attentato all’uomo: ma soprattutto ora, con il propagarsi di reti virtuali ed elettromagnetiche, hanno il massimo accesso, la loro invasione è favorita ai massimi gradi.
“𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 ℎ𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑖𝑢𝑡𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑙𝑙’𝑎𝑡𝑡𝑜 𝑜𝑚𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑒𝑟𝑜 “𝑓𝑢𝑜𝑟𝑖 𝑑𝑖 𝑚𝑒”, 𝑞𝑢𝑎𝑙𝑐𝑜𝑠‘𝑎𝑙𝑡𝑟𝑜 𝑠𝑖 𝑒̀ 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑠𝑒𝑠𝑠𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑚𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑠𝑐𝑖𝑒𝑛𝑧𝑎”: così affermano coloro che vengono accusati come “assassini”.
Queste entità attaccano soprattutto i ragazzi, adolescenti, oppure gli adulti fortemente materialisti, informatizzati.
Il “progresso” tecnologico, sta sorpassando troppo i ritmi di comprensione umana; la scienza non è stata capace di stare al passo con la coscienza dell'uomo.
Non si è voluto rispettare le attuali capacità umane di “gestione” morale delle macchine e degli strumenti informatici.
Il risultato è che l’individuo viene “svuotato” dagli automatismi che gli vengono indotti dalla tecnologia.
Gli individui meno autonomi, quindi più immaturi sono maggiormente a rischio: ma sono molti quelli che si credono “protetti” o maturi, pur non essendolo.
Queste entità non umane approfittano delle occasioni di “vuoto” e prendono al volo la possibilità di “occupare” le coscienze umane.
Quale è il rimedio?
Primo: non credere di essere esenti da questa minaccia;
secondo: proteggere i più giovani evitando che diventino succubi della tecnologia;
terzo: limitare al massimo l’uso del virtuale, ritornando ad uno stile di vita più essenziale e naturale.
Piaccia o non piaccia, questa realtà esiste lo stesso, anche se non la si accetta, anche se non si è d’accordo. Anzi, coloro che non la riconoscono sono potenziali vittime di una imminente “occupazione”.
Quando avviene l’“egemonia” di una forza dentro di sé, è troppo tardi per tornare indietro.
So che queste parole possono sembrare fuori dal tempo e paradossali, ma esse sono la risposta a tutte le quelle manifestazioni delittuose e irragionevoli verso le quali non si riesce a dare una spiegazione razionale o sensata.
L’uomo è di natura un essere benevolo: può però divenire il veicolo di forze del male.
Il “sequestro si sè” non è solo una superstizione che appartiene al medioevo: coloro che ironizzano, e dicono “𝑖𝑙 𝑑𝑖𝑎𝑣𝑜𝑙𝑜 𝑛𝑜𝑛 𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒, 𝑜𝑐𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑛𝑡𝑖!” la risposta è: "𝒔𝒊 𝒅𝒆𝒗𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂𝒓𝒆 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒄𝒆, 𝒓𝒊𝒕𝒓𝒐𝒗𝒂𝒓𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒍 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒊𝒏 𝒄𝒖𝒊 𝒔𝒊 𝒂𝒗𝒆𝒗𝒂 𝒑𝒊𝒖̀ 𝒓𝒊𝒔𝒑𝒆𝒕𝒕𝒐 𝒅𝒊 𝒔𝒆 𝒔𝒕𝒆𝒔𝒔𝒊 𝒆 𝒅𝒆𝒈𝒍𝒊 𝒂𝒍𝒕𝒓𝒊. 𝑬 𝒔𝒊 𝒔𝒂𝒑𝒆𝒗𝒂 𝒄𝒉𝒆 𝒊𝒍 𝒎𝒂𝒍𝒆 𝒆̀ 𝒖𝒏’𝒆𝒏𝒕𝒊𝒕𝒂̀ 𝒓𝒆𝒂𝒍𝒆”
Non possiamo rimanere indifferenti a questo pericolo.
Tiziano Bellucci
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markowisks · 1 year ago
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ENCAVERNADO
Chove sobre a cidade. Chuva densa, impiedosa. Chuva que exerce sobre mim o estranho poder de conduzir-me às brenhas de mim mesmo qual animal acuado à procura da toca. Troglodita indefeso em busca do ventre pétreo da caverna…
Mergulho em meus comigos a cismar sobre o destino da Terra e do Homem – esse construtor de estradas para lugar nenhum. Mas quando a antevisão do caos me deixa apavorado e triste, transponho os muros do real e vou colher, no pomar dos sonhos, os pomos dourados da poesia.
Os poetas somos, em nosso ofício, criaturas solitárias por razões que bem não atino. Talvez pela necessidade de estarmos a sós com a palavra no momento mágico da concepção da poesia, para que nenhum mortal possa testemunhar a dor ou a alegria estampadas em nossas faces na hora do parto do poema.
Chove. Cerco-me de palavras para tentar esquecer que neste momento o planeta é oferecido em holocausto aos deuses do progresso e que, em nome de Deus e da Justiça, homens sacrificam-se mutuamente como se fosse possível conceber guerra justas e santas!…
Tento, desesperadamente, convencer-me de que a poesia está acima do bem e do mal, acima dos homens, de suas leis, crenças e ideologias. Digo a mim mesmo que os poetas somos seres privilegiados, que não devemos, por isso, deixar que a voz das armas fale mais alto aos nossos ouvidos que a voz do vento, que a voz do mar, que a voz do nosso coração. Mas é impossível enganar-se a si mesmo quando se tem o peito dilacerado por uma bala ou por uma lâmina de baioneta que, sem pedir licença, invadem nossos lares via satélite. Impossível não escutar as trombetas do Apocalipse anunciando que mais cordeiros serão imolados para saciar a sede de modernos e sádicos vampiros.
A chuva faz-me regredir no tempo e voltar à caverna, jardim de infância da humanidade onde o homem rabiscou a primeira flor, domou a primeira fera, articulou a primeira palavra, fabricou a primeira arma e, seguramente, organizou a primeira batalha contra seus semelhantes…
Os ruídos da chuva misturam-se ao som do televisor que exibe imagens de um conflito qualquer. Imagens cruéis, animalescas. Fatos que fazem com que eu me sinta, verdadeiramente, um troglodita cercado de feras e condenado aos limites de minha própria caverna. Humana e trágica caverna a se fechar, cada vez mais, em torno de meus medos, meus delírios, minhas convicções…
E é assim que vejo a alegoria platônica da caverna realizar-se em mim. Atualizar-se com o regresso do homem ao seu primitivo útero de pedra. Mas, ao contrário do mito, já não há boas novas para anunciar. Apenas a triste constatação de que o homem moderno, a despeito de sua avançada tecnologia que lhe permite destruir seu semelhante e o meio em que vive com o auxílio do átomo, não conseguiu ser um pouco melhor que seus ancestrais que já faziam o mesmo com paus e pedras. É triste admitir que em plena era da informática as armas continuem a falar mais alto que as palavras e que estas sirvam de instrumento para promover a discórdia entre os povos, para inverter e perverter valores, para transformar a liberdade numa “calça velha, azul e desbotada…”
A chuva passou mas eu continuo entrincheirado entre palavras. Afundo-me e confundo-me nelas para proteger-me das garras do ódio, para resistir às leis das armas. Com elas fabrico, quixotescamente, meu escudo e minha lança para investir contra os moinhos da insensibilidade humana.
Os poetas somos criaturas solitárias a esgrimir com o verbo. E precisamos, urgentemente, de paz para continuar semeando amor e poesia nos canteiros do mundo, nos pomares da vida, nos corações dos homens.
Antônio Juraci Siqueira
De Belém do Pará
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