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🔱 Om Namo Bhagavathe Sri ArunachalaRamanaya 🔱
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Seis - O Caminho da Montanha: Julho - Agosto de 2013 – Excerto
Nota de 8 de Janeiro de 1978
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Sadhu Om: Bhagavan começa o versículo treze de Ulladu Ναrpadu dizendo: 'O Ser, que é conhecimento abundante [jñānα], sozinho é real; conhecimento que é múltiplo [isto é, conhecimento da multiplicidade] é ignorância [ajñāna]'. O Auto-conhecimento [o conhecimento do Ser] brilha como 'sou'. A multiplicidade aqui inclui o mundo, Deus e o ego. Como nada existe a menos que seja conhecido (experimentado), o nosso conhecimento da multiplicidade é a própria existência dessa multiplicidade.
Ele então continua o mesmo versículo dizendo: 'Mesmo [essa] ignorância, que é irreal, não existe separada do ser, que é conhecimento. Todos os muitos ornamentos são irreais; digamos, eles existem separados do ouro, que é real?' Ou seja, mesmo o conhecimento e existência da multiplicidade não podem existir separados ou independentes de 'eu sou'. A multiplicidade é como a variedade de ornamentos de ouro, e 'eu sou' é como o ouro, a sua substância. Assim como um ourives vê apenas o ouro, o jñāni vê apenas 'eu sou', que é jñāna. Quando um jñāni diz que o mundo é irreal, ele quer dizer que a multiplicidade é sempre não-existente, e quando ele diz que o mundo é real, ele quer dizer que apenas 'eu sou' existe.
As religiões tentam transformar Deus, que é uma terceira pessoa, em uma segunda pessoa para que ele possa ser conhecido diretamente [sākshat], mas mesmo a segunda pessoa é conhecida apena indiretamente por meio da primeira pessoa. Quando a luz do 'eu sou' passa através do filme das nossas vāsanās, ela aparece em duas formas: como o vidente (a primeira pessoa) e o visto (a segunda e a terceira pessoas). A primeira pessoa, 'eu sou fulano de tal', é uma das expansões das vāsanās — isto é, é uma das imagens (um nome e forma) projetadas na tela do ser pela luz da consciência. É a primeira vāsanā, a raiz de todos as outras vāsanās.
Em Tâmil, a primeira pessoa é chamada de tanmai-y-idam, que significa literalmente o 'lugar da individualidade', porque cada uma das três pessoas gramaticais é considerada um 'lugar' [idam]. A segunda pessoa é chamada munnilai-y-idam, o 'lugar que fica na frente', e a terceira pessoa é chamada padarkkai-y-idam, o 'lugar que se espalha'. Portanto, Bhagavan está a falar desses três 'lugares' quando diz no versículo quatorze de Ulladu Narpadu:
Se a primeira pessoa [tanmai] [1] existir, a segunda e a terceira pessoas [munnilai-padarkkaigal] [2] existirão. Se a primeira pessoa deixa de existir [por causa de] se investigar a verdade da primeira pessoa, a segunda e a terceira pessoa chegam ao fim, e tanmai [o verdadeiro 'eu'], que brilha como um [não dividido pela aparência das três pessoas ou 'lugares' aparentemente separados], sozinho é o nosso estado [verdadeiro], que é o ser.
[1] Primeira pessoa: o ego ou sujeito, “eu”, chamada “eu sou o corpo” [2] Segunda e terceira pessoas: os objetos, “você”, “ele”, “ela”, “isto”, “isso ” e assim por diante.
Portanto 'eu sou' é o verdadeiro tanmai, e 'eu sou fulano de tal' é um ladrão, uma segunda pessoa colocando-se como se fosse a primeira pessoa ou tanmai. O verdadeiro conhecimento [jñāna] é alcançado somente quando o corpo e a pessoa que foram considerados como 'eu', a primeira pessoa, são reconhecidos como segundas pessoas, coisas que não são 'eu'.
Um ponto importante a ser notado aqui neste versículo é que Bhagavan não diz que esta falsa primeira pessoa, o ego, realmente existe, mas apenas diz condicionalmente: 'Se a primeira pessoa existe...'. Na verdade, ele nunca aceitou a sua existência.
Até chegarem a Bhagavan, as pessoas geralmente acreditam que o ser será experimentado se elas se livrarem de todos os pensamentos, que são segundas ou terceiras pessoas. Eles não compreendem que a primeira pessoa, que é a raiz de todos os pensamentos, também deve ir. É por isso que quando algumas pessoas me perguntam qual é a minha experiência, digo que não tenho nenhuma experiência, porque na ausência de um experimentador não pode haver experiência.
Fotografias de Sri Ramana Maharshi
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Escola de Mulheres - Molière
RESUMO
A presente peça aborda a irônica comédia de um homem, Arnolfo, cujo maior medo é a traição conjugal. Ele preocupa-se tanto com o assunto que, a fim de tentar driblar a temida “galhada”, passa anos estudando diversos casais, até chegar à conclusão de que é a inteligência da mulher que as leva a infidelidade. Portando, como decidiu-se que deveria unicamente casar com uma mulher ignorante e pura de todos os males do mundo, Arnolfo - ou Senhor de Vendaval, como prefere ser chamado - manda criar em sua proteção uma menina de apenas 4 anos e a educa unicamente sob suas regras e costumes, com o propósito de criar a esposa ideal.
Desse modo, quando pobre camponesa, Inês, atinge a idade suficiente para casar, Arnolfo leva-a para sua cidade; mas prefere escondê-la trancada em outra casa, sob o pretexto da impureza da sociedade, enquanto seu real fantasma é o do ciúmes e insegurança que outro jovem tome-a como amante. Contudo, o possessivo homem não contava que seu maior medo se tornaria real; o belo Horácio, filho de um amigo do Senhor de Vendaval, certo dia passa pela rua na qual Inês habita e é absolutamente cativado pela pureza dos seus gestos e olhares, o que conduz o jovem a uma jornada em busca da união com sua amada. Entretanto, Horácio comete o erro de, por não saber quem era seu rival pelo amor de Inês, torna o próprio Arnolfo seu amigo e confidente da relação, o que permite o enciumado senhor a saber cada um dos passos dos amantes.
Em meio a isso, a história desenrola-se nas tentativas frustradas do homem em proibir o amor entre o jovem casal. Com esse propósito, o Senhor de Vendaval, percorre desde conversas manipuladoras e abusivas com Inês, a fim de tentar valer-se da ignorância da moça e controlar os pensamentos dela, e ensinar, por cartilhas descritivas, o comportamento feminino esperado; até o espancamento de Horácio em uma visita noturna à casa da camponesa. E para ajudar Arnolfo em seus planos, o homem conta com dois empregados que moram com Inês, Alain e Georgette.
A trama encaminha-se para o fim quando Horácio, após ser agredido, foge com Inês e enquanto eles não podem se casar pela falta de aprovação do pai do moço, o apaixonado jovem deixa sua bela aos cuidados do Senhor de Vendaval. Ele, possuído pelo ciúmes e a rejeição de Inês, entrega a relação dos amantes ao pai de Horácio, Oronte, que pretendia casar o filho com outra mulher e portanto não aceitaria essa nova paixão.
Contudo, ao final da narrativa, temos o desfecho máximo da obra, quando nos é revelado que a menina criada por Arnolfo, a jovem com quem ele gostaria de se casar, a amada de Horácio e a pretendida por seu Oronte, eram todas a mesma mulher, Inês. Assim, a peça encerra com o feliz final ao casal apaixonado e a humilhação da rejeição ao possessivo Senhor de Ventania, o qual ouve de outro amigo seu, Crisaldo, a seguinte frase “Para quem acha os chifres a suprema vergonha, não casar é a única maneira de estar bem seguro.” que fecha o obra com uma lição de moral ao pensamento controlador de Arnolfo.
CURIOSIDADES
Na cena II, do terceiro ato da peça, o personagem Arnolfo pede para que Inês leia as “Li��ões do Casamento” ou “Os deveres da mulher casada”. São elas, de forma reduzida:
(1) “o homem que a tomou, tomou-a só para si.”; (2) “Só se deve enfeitar até onde o desejar o marido que a sustenta”; (3) arrumar-se/cuidar-se utilizando certos produtos não é permitido para que a honra permaneça, pois “esse sacrifício raramente é para o marido.”; (4) Quando a mulher precisar sair é necessário que se esconda “debaixo de um capuz” para evitar olhares; (5) “Fora dos que o marido convida, não deve dar acolhida nem receber mais ninguém.”; (6) “Dos homens, qualquer presente tem que recusar, veemente.”; (7) “A ignorância é um escudo. Num lar realmente honrado o marido escreve tudo.”; (8) Bailes são proibidos para que não haja o risco de trair o marido; (9) (10) Reforça mais uma vez a oitava lição.
A publicação da obra gerou muitas críticas e escândalos na época, o que levou Moliére a escrever uma nova peça chamada Crítica da Escola de Mulheres.
CITAÇÕES
“Em suma, desejo uma mulher de extrema ignorância. Que já seja demais ela saber rezar, me amar, cozer e bordar!” - Arnolfo, Ato I, cena I.
“A mulher não é mais que o mingau do homem. E quando um homem percebe que outros homens querem meter o dedo no mingau que é dele, é natural que lhe venha uma explosão de raiva.” - Alain, Ato II, cena III.
“Seu sexo nasceu para a dependência. A onipotência é para quem tem barba. Ainda que sejamos duas partes de um mesmo todo, as duas partes não são nada iguais. Uma é suprema; a outra subalterna.” - Arnolfo, Ato III, cena II
“Ser miserável, brutal, canalha, covarde ou mentiroso é, pra você, coisa sem importância, comparada com isso; e viva um homem a vida mais nojenta, é pra você um homem honrado, se não for cornudo” - Crisaldo, Ato III, cena VIII.
“Não se pode negar, o amor é um mestre: o que nunca soubemos, nos ensina um instante; o que jamais pensamos ser, viramos num momento. O que é natural em nós, transforma-se tão depressa que a impressão que temos é de ver milagres. Num instante faz um avaro virar em liberal, um poltrão em valente, um grosseiro em gentil. Torna ligeira alma mais pesada e dá esperteza à alma mais ingênua.” - Horácio, Ato III, cena IV.
“Mas não se esqueça, seja para onde for que a honra o oriente: passar a vida inteira pensando em não ser isso já é meio ser isso.” - Crisaldo, Ato IV, cena VIII.
“A sorte não dá para todos que amam.” - Arnolfo, Ato V, cena VII.
COMENTÁRIOS
Amanda Torres
Essa foi uma das obras que eu mais gostei de ler, provavelmente a minha preferida, os motivos foram variados. Escola de Mulheres é uma peça de teatro, só esse formato já prende minha atenção por ser mais dinâmico. Além disso é divertido, isso aparece nos diálogos, na forma que alguns personagens se expressam. Outra questão interessante presente no texto é a visão que a sociedade da época tinha sobre a mulher e o casamento. Na nossa atual sociedade ainda é possível identificar traços destes estereótipos impostos para as mulheres na peça, essa constatação me levou à muitas reflexões sobre os valores atribuídos hoje para esse assunto. Estes são os principais motivos que fizeram dessa obra uma das mais marcantes para mim.
Bárbara
Eu adorei ler essa peça, foi extremamente divertida, os diálogos dinâmicos e fui surpreendida pelo acontecimento final. Toda trama esbanja ironia do pensamento machista, que infelizmente, ainda é reproduzido mesmo mais de 400 anos depois da publicação da obra. Por isso, esse é um dos pontos mais marcantes, para mim, dessa comédia, a atualidade do tema e o ridículo ao qual o personagem principal, Arnolfo, é levado. Os absurdos que o homem comete pelo ciúmes; as regras impostas e esperadas do comportamento feminino e a tentativa de submissão da mulher perante seu cônjuge; tudo isso, torna a obra memorável para mim, pois trata com sutileza e sem deixar de lado a crítica em torno de um tema tão pertinente. Um dos pontos que também chamou-me atenção foi a presença dos personagens secundários, achei-os cativantes em suas personalidades e funções, o que envolve ainda mais a nossa leitura.
Bruna
Além de divertida e de fácil leitura, a obra aborda os dois lados possíveis de uma mulher do século XVII. O respeito, o conservadorismo e a obediência ao marido, em que ela é como uma propriedade do mesmo para os valores sociais sejam mantidos. E de outro lado, ela como é: uma pessoa com vontades próprias que acaba por desenvolver determinada esperteza para viver minimamente os seus desejos.
Isabelle
A ironia que compõe a maior parte das cenas tornaram a leitura cômica e, por vezes, incitaram determinada reflexão sobre o conservadorismo e o machismo que ainda imperam nas nossas relações do século XIX. O comportamento de Arnolfo apesar de possessivo e controlador acaba angariando um pouco de simpatia a partir das cenas em que é ridicularizado e isso torna a leitura mais leve.
Talita
Achei esse livro muito engraçado e divertido. Todas as cenas foram muito bem construídas pelo auto. As ações de cada personagem sempre resultavam em desfechos cômicos, que eu particularmente gostei muito. Senti um misto de pena e satisfação ao acompanhar a história de Arnolfo, ou Sr. De Vendaval como gostava de ser chamado, pois mesmo que seja um personagem extremamente machista, e que recebeu o final que merecia, não tem como não sentir uma certa condolência por esse personagem que planejou durante muito tempo o seu casamento com uma mulher pura e fiel, e que, no fim, não acabou acontecendo.
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Fichamento de La cultura de Internet, do livro La galaxia internet
O texto é o segundo capítulo da obra do professor espanhol Manuel Castells e trata sobre quatro culturas que estão inscritas e possibilitaram o que o autor chama de cultura da internet: as culturas tecnomeritocrática, hacker, comunitária virtual e empreendedora. Castells é professor de sociologia na Universidade Aberta da Catalunha (UOC, na sigla em inglês) e de Comunicação, Tecnologia e Sociedade na Universidade da Califórnia do Sul. Este fichamento foi feito a partir de leitura em língua espanhola. Abaixo, link para a obra completa em português:
https://pt.slideshare.net/efantauzzi/a-galaxia-da-internet-manuel-castells
“Os sistemas tecnológicos se produzem socialmente e a produção social vem determinada pela cultura . A internet não constitui uma exceção a esta regra. A cultura dos produtores de internet deu forma a este meio.” pág. 51
“[...] na fase atual de difusão da internet, convém estabelecer uma diferença entre produtores/usuários e os consumidores/usuários de internet. Me refiro Por produtores usuários me refiro àqueles cujo uso de internet retroalimentam o sistema tecnológico, enquanto os consumidores usuários são aqueles receptores de aplicações e sistemas que não interagem diretamente com o desenvolvimento da internet” pág. 51
“Neste capítulo tratarei sobre a cultura dos criadores de internet. Por cultura entendo um um conjunto de valores e crenças que conformam o comportamento.” pág. 51
“A cultura de internet se caracteriza por ter uma estrutura em quatro extratos superpostos: a cultura tecnomeritocrática, a cultura hacker, a cultura comunitária virtual e a cultura empreendedora.” pág. 51
“Estes extratos culturais estão dispostos hierarquicamente: a cultura tecnomeritocrática se especifica como cultura hacker mediante a geração de normas e costumes nas redes de cooperação em torno de projetos tecnológicos. A cultura comunitária virtual adiciona uma dimensão social à cooperação tecnológica ao fazer da internet um meio de interação social seletiva e de pertencimento simbólico. A cultura empreendedora funciona sobre a base da cultura hacker e a cultura comunitária para difundir as práticas de internet em todos os âmbitos da sociedade a troco de dinheiro” ” pág. 52
“Quero dar ênfase à relação direta entre estas expressões culturais e o desenvolvimento tecnológico da internet, especialmente do código fonte de software. A distribuição livre dos códigos fonte permite a qualquer pessoa modificar o código e desenvolver novos programas e aplicativos numa espiral ascendente de inovação tecnológica baseada na cooperação e na livre circulação dos conhecimentos técnicos” pág. 53
Tecno-elites
“Em primeiro lugar, a abertura tecnológica vem determinada por uma cultura meritocrática arraigada no mundo acadêmico e científico. É esta cultura que crê no bem inerente do desenvolvimento científico e tecnológico como componente chave do progresso da humanidade” pág. 53
“Na dita cultura, o mérito se mede pelo grau de contribuição ao desenvolvimento de um sistema tecnológico que proporciona um bem comum à comunidade de descobridores” pág. 54
“As características fundamentais da tecnomeritocracia são as seguintes:”
- O descobrimento tecnológico [...] constitui o valor supremo.
- [...] O que importa não é o conhecimento em si mesmo, qualquer que seja a importância da contribuição teórica, sem o conhecimento específico aplicado a um objetivo determinado que contribua para a melhora do artefato em questão [...]
- A relevância do descobrimento se estabelece por avaliação entre os colegas da comunidade científica. [...]
- A coordenação das tarefas e dos projetos que devem ser realizados depende das figuras de maior autoridade, que, por sua vez, controlam os recursos maquinas, essencialmente) e gozam do respeito tecnológico e da confiança ética de seus companheiros [...]
- Para ser respeitado como membros da comunidade, e, sobretudo, para ser considerados uma autoridade, os tecnólogos devem seguir as regras formais e informais da comunidade e não utilizar os recursos comuns (conhecimento) ou os recursos delegados (cargos institucionais) em benefício próprio. [...]
- A pedra angular do processo é a comunicação aberta do software e de todos os avanços obtidos graças à colaboração em rede.” págs. 54 e 55
Hackers
“A cultura hacker tem um papel crucial na construção da internet por duas razões fundamentais: por um lado, é o caldo de cultivo onde se originam importantes inovações tecnológicas mediante a cooperação e a livre comunicação; por outro lado, a cultura hacker serve de ponte entre os conhecimentos originados na cultura tecnomeritocrática e os projetos empresariais que difundem internet no conjunto da sociedade” pág. 56
O hackers [...] não são um bando de computadores loucos sem escrúpulos que se dedicam a vulnerar os códigos, a penetrar ilegalmente nos sistemas ou a desbaratar o sistema informático. Os que atuam desse modo recebem o nome de crackers e a cultura hacker os rejeita” pág. 56
“Eric Raymond define hacker de um modo um tanto tautológico: o shackers são aqueles que a cultura hacker reconhece como tais.” pág. 56
“Temos que estabelecer um conceito mais específico sobre o que é um hacker para identificar os autores da transição entre um meio de inovação acadêmica e institucionalmente constituído e o surgimento de redes auto-organizadas que transcendem ao controle organizacional.” pág. 57
“[...] em minha opinião inclui um conjunto de valores e crenças que surgiram das redes de programas de computador interatuando on line em torno de sua colaboração em projetos autodefinidos de programação criativa” pág. 57
“[...] pode afirmar-se que que a internet foi, em princípio, uma criação da cultura tecnomeritocrática e que, posteriormente, se converteu na base de seu próprio aperfeiçoamento tecnológico graças ao input proporcionado pela cultura hacker que interage na internet.” pág. 57
“Quais são as características da cultura hacker e que relação têm com o desenvolvimento da internet? De entrada, está baseada no que tenho denominado cultura tecnomeritocrática que, se me permitam usar uma metáfora de software, é o código kernel da cultura hacker.” pág. 61
“Um valor fundamental nesse contexto é a liberdade. Liberdade para criar, liberdade para absorver os conhecimentos disponíveis e liberdade para redistribuir os conhecimentos na forma e no canal escolhido pelo harcker.” pág. 62
“Mas para quase todos os demais hakers, a liberdade não é o único valor - a inovação tecnológica constitui constitui a meta suprema e o desfrute pessoal da criatividade é inclusive mais importante que a liberdade” pág. 62
“A liberdade se combina com a cooperação mediante a prática da cultura do presente, que finalmente conduz a uma economia do presente. O/A hacker contribui para o desenvolvimento do software na rede a espera de uma reciprocidade.” pág. 62
“O que importa não é somente a compreensão e a generosidade demonstrada, mas também a imediata gratificação de demonstrar a todo mundo a própria genialidade de hacker” págs. 62 e 63
“Na cultura hacker existe essa organização mas há um caráter informal, ou seja, não imposto pelas instituições da sociedade.” pág. 63
“Naturalmente, o dinheiro os direitos de propriedade e o poder institucional tornam-se excluídos como fonte de autoridade e reputação. A autoridade baseada na perfeição tecnológica ou a inicial contribuição ao código é respeitada tão somente se se considera que não atual unicamente em benefício próprio.” pág. 64
“A internet é a base organizadora desta cultura. Em geral, a comunidade hacker é global e virtual” pág. 64
“Há alguns mitos que rodeiam a cultura hacker que convém rejeitar. Um deles é a marginalidade psicológica” pág. 65
“[...] é justo dizer que, em geral, os hackers levam uma vida normal, ou pelo menos tão normal quanto a do resto das pessoas, o que não quer dizer que estes (nem o resto dos mortais) respondam ao conceito ideal de normalidade conformado pela ideologia dominante em nossas sociedades” pág. 65
“Se os antropólogos pós-modernos a uma reunião de hackers para tratar de identificar os clãs tribais sobre a base destes símbolos, perderiam o mais essencial desta cultura porque, como afirma Wayner (2000), a cultura hacker e suas divisões internas dependem de construções mentais e divisórias tecnológicas” pág. 65
“Precisamente nas situações de extrema pobreza, quando as as pessoas tendem a inventar suas próprias soluções e o conseguem fazer. Os caminhos sociais da inovação são muito diversos e não podem reduzir-se exclusivamente às condições de vida material.” pág. 66
“Stallman considera que a meta da excelência tecnológica deve ser superior ao princípio fundamental do software livre que constitui, para ele, um componente essencial de liberdade de expressão na era da informação.” pág 66
“Às margens dessa subcultura rebelde hacker surgem os crackers. Muitos deles são gente muito jovem que tratam de chamar atenção e e cujos conhecimentos técnicos geralmente são bastante limitados.“ pág. 67
“É importante diferenciar este comportamento de cibercrimen, que consiste em cometer roubos através da internet para benefício próprio” pág. 67
“A corrente dominante da cultura hacker se sente ameaçada pelo fenômeno dos crackers, já que estes consegue com que toda a comunidade carregue o sambenito da irresponsabilidade, ampliado pelos meios de comunicação.” pág. 67
Comunidades virtuais
“As fontes culturais da internet não podem reduzir-se, porém, aos valores dos inovadores tecnológicos. Os primeiros usuários da rede de computadores criaram comunidades virtuais, para usar o termo popularizado por Howard Rheingold, e estas se converteram em fontes de valores que determinavam o comportamento e a organização social” pág. 68“E quando a
world wide web
eclodiu nos anos 90, milhões de usuários puseram na rede suas próprias inovações pessoais com a ajuda dos conhecimentos técnicos limitados. Não obstante, sua contribuição à forma e à evolução da internet, incluindo muitas de suas manifestações comerciais, foi decisiva.” pág. 68“Assim, enquanto a cultura hacker proporcionou os fundamentos tecnológicos da internet, a cultura comunitária configurou suas formas, processos e usos sociais.” pág. 69
“As origens das comunidades on line coincide com com os movimentos contraculturais e os modos de vida alternativos que surgiram após a década de 60.” pág. 69
“Muitos dos primeiros congressos e BBs on line perecer ter surgido da necessidade de sentimento comunitário por trás do fracasso dos experimentos contraculturais no mundo físico.” págs. 69 e 70
“Não obstante, a medida que as comunidades virtuais aumentaram em tamanho e temática, se enfraqueceu sua conexão inicial com a contracultura. Com o tempo, surgiram toda classe de valores e interesses nas redes de computadores.” pág. 70
“No âmbito social da internet é tão diverso e contraditório como a própria sociedade. Assim, as diversas comunidades virtuais não constituem um sistema minimamente coerente de regras e valores sociais, como ocorre com a cultura hacker.” pág. 70“No entanto, estas comunidades se baseiam em duas características culturais compartilhadas de grande importância. A primeira é o valor da comunicação horizontal e livre.” pág. 70
“O segundo valor compartilhado, surgidos das comunidades virtuais é o que eu chamo de conectividade autodirigida, ou sca, a capacidade de qualquer pessoa de encontrar seus próprio destino na rede e, se não o encontra, para criar e publicar sua própria informação, suscitando assim a criação de uma nova rede.” pág. 71
Empreendedores
“A difusão da internet desde os círculos de tecnólogos e o entorno comunitário até a sociedade em geral é obra dos empreendedores (entrepreneurs). Como as empresas têm sido a força motriz desta expansão, a internet tem se configurado fundamentalmente de acordo com estes usos comerciais. Não obstante, como estes usos comerciais dependiam de formas e processos inventados pela cultura comunitária, os hackers e as elites tecnológicas, o resultado é que a internet não é nem mais nem menos mercantil que âmbitos da vida nas nossas sociedades.” pág. 71
“Não seria exagero dizer que a internet tem transformado o mundo da empresa, tanto quanto este tem transformado a internet.” pág. 71
“Assim, pois a inovação empresarial e não o capital, constituem a força motriz da economia da internet. Na maioria dos casos, estes empreendedores nem sequer investem seu próprio dinheiro. Não arriscam muito.” pág. 72
“Perceber o potencial de transformar o poder mental em capacidade de gerar recursos se converteu no eixo fundamental da cultura empreendedora no Vale do Silício e na indústria da internet em geral. O que se fazia e se faz é vender ideias aos capitalistas de risco conseguindo assim os recursos para transformar tais ideias em empresas.”
“Este mecanismo, também tem extraordinárias consequências na nova lógica econômica, determina por sua vez o tipo de cultura que se encontra na base da inovação empresarial. É uma cultura na qual a quantidade de dinheiro que se ganha e a velocidade com que se faz é o valor supremo.” págs. 72 e 73
“Enquanto os investidores financeiros tratam de obter benefícios predizendo o comportamento futuro do mercado, os empreendedores de internet vendem o futuro porque estão convencidos de que o vão fazer. Baseiam-se em seu know-how tecnológico para criar produtos e processos que lhe permitam conquistar o mercado. Assim, o mais importante de entrada é convencer os mercados financeiros de que o futuro está nessa empresa e tratar de vender essa tecnologia aos usuários -por todos os meios- fazendo assim com que se cumpra a previsão. A estratégia consiste em mudar o mundo através da tecnologia e receber em troca uma recompensa em dinheiro, através dos mercados financeiros.” pág. 73
“[...] empreendedor de internet, em termos sociais, não é uma única pessoa [...] é na realidade um composto de pessoas e organizações, integrado por investidores, tecnólogos e capitalistas de alto risco.” págs. 73 e 74
“Nestas condições, o consumo se organiza segundo um modelo de gratificação imediata frente a um modelo de gratificação diferente da cultura empresarial burguesa” pág. 74
“Esta classe de cultura empresarial transcende as diferenças raciais já que é na verdade muito mais multiétnica e global que qualquer das culturas empresariais que tenha havido na história.” pág. 75
“A cultura empreendedora, como dimensão essencial da cultura internet, tem uma característica histórica nova: das ideias e mercadoria do dinheiro, de modo que tanto a produção material e capital dependem do poder da mente.” pág. 75
A cultura internet
“Na parte superior da construção cultural que conduziu à criação da internet , está a cultura tecnomeritocrática da excelência científica e tecnológica, que surge basicamente da grande ciência e do mundo acadêmico.” pág. 76
“A cultura hacker deu um caráter específico à meritocracia a base reforçar as fronteiras internas da comunidade dos tecnologicamente iniciados, tornando-se independente, assim, dos poderes fáticos.” pág. 76
“A apropriação da capacidade de conexão em rede por parte de redes sociais de todo tipo conduziu à formação de comunas on line que reinventaram a sociedade, expandindo consideravelmente a conexão dos computadores em rede em seu alcance e em seus usos.” págs. 76 e 77
“ Finalmente, os empreendedores de internet descobriram um novo planeta [...] Foram um passo mais alto. Em lugar de entrincheirar-se nas comunidades criadas em torno das tecnologias da internet, intentaram tomar o controle do mundo fazendo uso do poder que acompanhava essa tecnologia. Em nosso mundo isso significa, basicamente, ter dinheiro, mais dinheiro que nada.”
“A cultura da internet é uma cultura construída sobre a crença tecnocrática no progresso humano através de tecnologia, praticada por comunidades de hackers que prosperam em torno de criatividade livre e aberta, assentada em redes virtuais dedicadas a reinventar a sociedades e materializada por empreendedores capitalistas na atividade da nova economia.” pág. 77
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🔱 Om Namo Bhagavathe Sri ArunachalaRamanaya 🔱
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Seis - O Caminho da Montanha: Julho – Agosto de 2013 - Excerto
Anotação de 7 de Janeiro 1978 (Parte 2)
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A ignorância é de dois tipos: 'eu sei' e 'eu não sei'. Ambos dependem do 'eu' que se eleva e ambos desaparecem quando esse 'eu' que se eleva é examinado. No versículo 9 de Ulladu Narpadu Bhagavan diz:
Díades [pares de opostos como saber e não saber] e tríades [os três fatores do conhecimento objetivo: o conhecedor, o conhecimento e o conhecido] existem [somente por] se agarrarem sempre a 'um' [ou seja, a nossa mente ou ego, o único que experimenta tal conhecimento ou ignorância]. Se [alguém] olhar dentro da mente [para descobrir] o que é esse 'um', elas [as díades e tríades] deixarão de existir [porque o ego do qual eles dependem será reconhecido como não-existente]. Somente aqueles que viram [essa não-existência do ego] é que viram a realidade. Veja, eles não ficarão confusos.
No estado de jñāna [conhecimento] nenhum 'eu' pode se elevar para dizer 'eu me conheço' ou 'eu não me conheço'. Esta é a verdade que Bhagavan nos ensina tanto no versículo 33 de Ulladu Narpadu como no versículo 2 de Sri Arunāchala Ashtakam:
Dizer 'eu não me conheço' [ou] 'eu me conheço' é motivo de ridículo. Porquê? Para tornar-se um objeto conhecido, existem dois eus? Porque ser um é a verdade da experiência de todos.
Quando dentro de [minha] mente eu investiguei quem é o vidente, [e] quando o vidente [por essa razão] se tornou não-existente, eu vi aquilo que permaneceu [ou seja, ser-consciência-bem-aventurança sem começo, sem fim e ininterrupto]. A mente [agora] não se eleva para dizer 'eu vi', [então] de que maneira a mente pode se elevar para dizer 'eu não vi'? Quem tem o poder de elucidar sobre isto falando, quando nos tempos antigos [mesmo] vós [como Dakshinamurti] [o] haveis elucidado sem falar? Apenas para elucidar vosso estado sem falar, haveis ficado brilhando [da] terra [para] o céu imóvel [ou como uma colina].
Dizer 'eu me conheço' é tão absurdo quanto dizer 'eu não me conheço'. No versículo 12 de Ulladu Narpadu Bhagavan diz:
Aquilo que é completamente desprovido de conhecimento e ignorância é o conhecimento [verdadeiro]. Aquilo que conhece [qualquer coisa além de si mesmo] não é conhecimento verdadeiro. Uma vez que brilha sem nada para conhecer ou dar a conhecer que seja diferente [além de si mesmo], o eu é conhecimento [verdadeiro]. Saiba que não é um vazio.
Bhagavan disse uma vez a Muruganar: "Não é apenas que o eu não conhece outras coisas, ele nem mesmo conhece a si mesmo como 'eu sou isto'." No versículo 26 de Upadesa Undiyar ele diz: 'Ser o eu, o ser, é conhecer o eu, o ser, porque o eu, o ser, é desprovido de dois. ...'. Ou seja, não existem dois eu’s para que um possa ser conhecido pelo outro. Como o ser é indivisivelmente único, ele só pode conhecer a si mesmo sendo ele mesmo. E como ser consciente de si mesmo é a sua própria natureza, o seu ser ele mesmo é conhecer a ele mesmo. No versículo 8 de Ulladu Narpadu Bhagavan diz:
Quem quer que [o] adore, seja em que forma for, dando-lhe seja que nome for, essa é a maneira de ver aquela [sem nome e sem forma] substância [a realidade absoluta ou Deus] em nome e forma. No entanto, saiba [que] conhecer a realidade de si mesmo [por] se submergir internamente e tornar-se um com a realidade dessa verdadeira substância é ver [a ela] na realidade.
Aqui, 'conhecer a realidade [ou verdade] de si mesmo' pode significar conhecer a não-existência do ego, ou conhecer o que realmente somos. No entanto, 'conhecer a não-existência do ego' se encaixa melhor neste contexto, considerando a frase 'submergindo na realidade dessa verdadeira substância', embora ambos os significados sejam a mesma coisa. Seja como for, "a realidade de si mesmo" pode ser corretamente conhecida apenas por nos afundarmos e nos tornarmos um com a realidade dessa verdadeira substância, que é o nosso verdadeiro eu.
Adorar aquela substância verdadeira (que também é chamada de 'a realidade suprema' ou 'Deus') em qualquer nome ou forma pode ser um meio de ter visões dela naquele nome e forma, mas não pode ser um meio de experimentar o conhecimento da verdadeira natureza dessa realidade, que é desprovida de qualquer nome ou forma. Para conhecer a verdadeira natureza da realidade, deve-se conhecer a verdadeira natureza de si mesmo, o conhecedor. Portanto, no versículo 1073 do Guru Vachaka Kovai Bhagavan diz:
Uma vez que as muitas [formas] de Deus que são obtidas [como visões ou outras experiências dualísticas] por adoração clara [de coração puro] passam por aparecimento e desaparecimento e [assim] perecem, apenas a nossa própria [verdadeira] natureza, que sempre existe com clareza [ou certeza], é a verdadeira forma de Deus que existe imutavelmente.
Se Deus é experimentado ou conhecido como diferente do conhecedor, ele se torna um objeto de conhecimento e, como tal, depende do conhecedor para a sua existência. Uma vez que o conhecedor é irreal, assim também é tudo o que ele conhece. Portanto, Deus ou a realidade absoluta só pode ser conhecido verdadeiramente pelo conhecedor sendo um com ele. Quando o conhecedor e o conhecido são ambos fundidos em uma única realidade, isso é conhecimento verdadeiro.
ARUNACHALA - Fotografia de Markus Horlacher
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Seis - O Caminho da Montanha: Julho – Agosto de 2013 - Excerto
Anotação de 7 de Janeiro 1978 (Parte 1)
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Sadhu Om: Quando surgirem ondas de paixão como desejo, luxúria ou medo, tente desviar-se delas através da auto-atenção, ou então refletir sobre a sua inutilidade e evitá-las através de viveka [discriminação] e vairāgya [desapego]. Se as ondas continuarem a vir com mais força e nenhum destes métodos ajudar, ore a Bhagavan. A oração vinda de um coração agonizante tem o seu próprio poder. Sempre que nos sentimos impotentes, a oração é a nossa melhor arma. Ele está sempre pronto para ajudar os desamparados se a sua oração for sincera.
Ações meritórias (punya karmas) feitas com kamyata (desejo de benefício pessoal) não purificam a mente. Ações feitas sem tal desejo (nish-kamya karmas) purificam a mente, mas são os meios menos eficazes.
A menos que a adoração e a oração sejam feitas com uma atitude de humildade do ego, elas não purificarão a mente. Adorar com orgulho só alimenta o ego. Melhor do que adoração é sravana [ouvir ou estudar os ensinamentos do guru] e manana [reflexão sobre eles]. Ler sobre a vida dos santos e refletir sobre o seu comportamento e ensinamentos nos ajudará a acalmar o nosso ego. Melhor do que isso é satsanga: na companhia de verdadeiros sadhus [jñānis], não podemos deixar de agir com humildade. Satsanga [associação com sat, verdade] purifica a mente de várias maneiras, mas o melhor satsanga é permanecer serenamente como 'eu sou'. Como Sankara diz em Vivekacudamani [versículo 364], cem vezes melhor do que sravana é manana, mas um lakh [cem mil] vezes melhor que manana é nididhyasana [contemplação], que é apenas permanecer atentamente como 'eu sou'.
A realidade daquilo que é visto é a mesma daquilo que a vê. O Deus que você vê é tão real quanto você que o vê. Se adorar a Deus num nome e forma, a sua mente será purificada e, quando estiver suficientemente purificada, ele aparecerá como guru para lhe ensinar a prática da auto-atenção. O guru não deve ser apenas adorado - ele deve ser obedecido. No verso 274 do Guru Vachaka Kovai Bhagavan diz:
Aqueles que não têm [a clareza de] mente para reconhecer que o jñāna-guru — que aparece como uma forma humana [embora ele esteja realmente] permanecendo firmemente como o espaço supremo [da consciência, 'eu sou'] — é sem forma, [em resultado disso] suportam o jugo da conduta perversa e do pecado.
Isso não quer dizer que guru-bhakti [devoção ao guru] seja errado, mas sim que a nossa devoção não é verdadeira guru-bhakti, a menos que também pratiquemos o que ele nos ensinou. Embora a forma externa do guru e seus ensinamentos sejam uma projeção das nossas próprias vāsanās (tendências), mesmo assim nos acordarão, como um leão que um elefante vê no seu sonho. A auto-atenção é o meio mais eficaz de purificar a mente. Quanto mais você tentar se concentrar em si mesmo e, assim, experimentar a felicidade de permanecer no seu próprio ser, mais claramente compreenderá e ficará firmemente convencido de que toda a felicidade vem apenas de si mesmo, do seu ser, e que elevar-se como 'eu' é infelicidade. Assim, a sua vairāgya (ausência de desejo) aumentará e os seus apegos às coisas diminuirão.
Sempre que tiver alguns momentos livres, reflita: «O que é esta vida do ego? Agora considero este corpo como 'eu' e este mundo como real. Sinto apego a coisas, pessoas e circunstâncias, mas só experimentei esta vida por um certo número de anos, e daqui a alguns anos deixarei de experimentá-la para sempre. Portanto, por que deveria interessar-me ou ser ambicioso por esta vida transitória e fútil? Todas essas coisas parecem existir apenas porque eu existo, então não devo tentar descobrir a verdade por trás desse 'eu'?» Quanto mais você refletir dessa maneira, mais perderá o interesse na sua vida e mais desejará permanecer como 'Eu sou'.
Quando as pessoas me costumavam dizer: 'Você tem sorte porque esteve com Bhagavan', às vezes eu encontrava algum ego a crescer em mim com orgulho. No entanto, pela graça de Bhagavan, pensei numa boa resposta: 'Num hospital há um ambulatório para tratar casos menores, mas os piores casos são admitidos no departamento de internamento para serem tratados sob a supervisão pessoal do médico. O mesmo acontece nesta linha espiritual, então sou um caso tão desamparado que Bhagavan teve que me internar no seu departamento de internamento para me tratar sob sua supervisão pessoal'. Aqueles que não estiveram na presença física de Bhagavan têm sorte, porque estão protegidos da ilusão de o confundir como sendo o seu corpo.
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#Bhagavan Sri Ramana Maharshi#Sadhu Om#Michael James#a importância suprema da auto-atenção#viveka discriminação#vairagya desapego#ausência de desejo#paixão#desejo luxúria medo#oração#ações meritórias punya karmas#kamyata desejo de benefício pessoal#ações feitas sem desejo pessoal nish-kamya karmas#sravana - manana - niddhyasana#aprendizagem assimilação prática#guru-bhakti#devoção ao guru#vasanas tendências
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Cinco - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2013 - Excerto
Anotação de 3 de Janeiro de 1978
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Pergunta: A atenção ao momento presente é o mesmo que a auto-atenção?
Sadhu Om: Sim, ou melhor, é uma pista que leva à auto-atenção. A atenção a qualquer segunda ou terceira pessoa não é possível no exato momento presente, porque os pensamentos, que são atenção prestada a segundas ou terceiras pessoas [1], estão sempre em movimento. Essa atenção flutuante nunca pode resultar em conhecimento do que é real, porque para saber o que é real a atenção deve ficar parada [uma vez que a quietude é a natureza da realidade]. Se procurar o momento presente entre segundas e terceiras pessoas, não encontrará tal coisa, mas encontrará apenas um movimento constante do passado para o futuro. No entanto, se prestar atenção na primeira pessoa, a atenção ficará parada e, quando a atenção estiver parada, ela mergulhará na sua fonte. Saberá então que o ser está sempre presente no 'agora' e que todo o resto é não-existente.
Quando as pessoas são instruídas a prestar atenção ao 'agora', elas descobrem que não podem fazê-lo, porque estão apenas atendendo a segundas e terceiras pessoas. A pista da auto-atenção, atenção ao próprio ser, é essencial, pois só assim podemos entender o que realmente é o momento presente.
Na primeira frase do primeiro versículo mangalam [Beneditório] de Ulladu Νarρadu Bhagavan pergunta: "Sem [ou exceto como] aquilo que é, pode haver consciência de ser?" Isto é, se não houvesse aquilo que é, nomeadamente, 'Eu', poderia haver a consciência 'sou'? Esta consciência que é auto-resplendente mostra claramente que algo real existe, e que algo real não pode ser diferente desta consciência [porque a consciência 'sou' é uma consciência de primeira pessoa — uma consciência apenas de si mesma, não de qualquer outra coisa]. Esta frase está claramente a referir-se à existência e consciência do 'Eu', e não à de qualquer objeto, porque objetos conhecidos dependem do 'eu'.
Uma vez que essa realidade 'Eu' existe além do pensamento, no coração, e por isso é chamada 'coração', como meditar sobre ela? Isto mostra claramente o absurdo da meditação. Todas as religiões ensinam que devemos pensar ou meditar sobre a realidade ou Deus, mas como ela existe além do pensamento, como podemos pensar ou meditar sobre ela? Bhagavan, portanto, nos ensina que o afundar no coração como ele é — isto é, como 'Eu sou' — é o único 'meditar' sobre ele corretamente. Ou seja, a única maneira de podermos realmente 'meditar' sobre o que é real é permanecer como somos, sem pensar. Como o real está além do pensamento, o pensamento nunca pode levar-nos a ele. Para o alcançar, devemos desistir de todo o pensamento [incluindo o primeiro pensamento, o 'eu' que pensa] e apenas ser como ele é.
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[1] Mundo externo, e mundo interno como sentimentos, emoções, desejos...
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#Bhagavan Sri Ramana Maharshi#a importância suprema da auto-atenção#Sadhu Om#Michael James#invocatória#versículo invocatório#beneditório#mangalam#auto-atenção#auto-investigação
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Quatro - O Caminho da Montanha: Janeiro-Março de 2013 - Excerto
Anotação de 2 de Janeiro de 1978
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Sadhu Om: Uma vez que tenhamos sinceramente aceitado Bhagavan como nosso guru, não precisamos nos preocupar: somos como a criança no colo de sua mãe. Claro, não podemos esperar que Bhagavan nos escolha como seus discípulos, porque em sua opinião não há outros, então cabe a nós decidir que ele é o nosso único guru e protetor.
Uma vez que tenhamos decidido isso de todo o coração, então estamos realmente a ter associação ou satsanga com ele. Este é realmente o satsanga ao qual ele se refere nos primeiros cinco versículos de Ulladu Nαrpadu Anubandham [A Realidade em Quarenta Versos - Suplemento]. Uma vez que desfrutemos deste satsanga, ele estará trabalhando de dentro e de fora. De fora ele moldará as nossas circunstâncias físicas adequadamente, e de dentro ele trabalhará profundamente dentro do nosso cittam (mente, atividades mentais), onde ele erradicará as nossas vāsanās queimando, secando, agitando ou lidando com elas da maneira que seja mais apropriada. Podemos não ver nenhuma mudança, é claro, porque a mente não é um instrumento adequado para medir o seu próprio desenvolvimento.
A influência do seu silêncio é, obviamente, dependente [da nossa receptivi-dade], de nós, o receptor. Como ele diz no décimo segundo parágrafo Nan Yar? - Quem sou eu?, devemos seguir infalivelmente o caminho indicado pelo guru. Devemos ser sinceros no nosso amor por ele. Ele diz que é auto-resplandecente em cada um de nós como 'Eu', então se nós realmente o amamos, nós naturalmente e alegremente atenderemos a este 'Eu'. Quando estivermos assim em suas mãos, ele nos fará fazer o que for necessário. Quando devemos atender ao nosso ser, ele nos fará fazê-lo, e quando precisarmos de outras experiências, ele também as fornecerá.
Se verdadeiramente Bhagavan era um guru adequado (o nosso ser real) quando ele apareceu como um corpo, então ele também deve ser um guru adequado agora. Mas, então, ele estava com todos os seus (de Brahman) cinco aspectos, sat-cit-ānanda-nāma-rūpa [ser-consciência-bem-aventurança e nome-e-forma], enquanto ele agora está sem nāma-rūpa, os seus falsos aspectos, e por isso ele resplandece desimpedido como puro sat-cit-ānanda. Portanto, o seu poder agora é infinito. Ele sempre costumava dizer que o seu corpo estava a velar a sua verdadeira natureza, e que aqueles que tomassem aquele corpo como sendo o guru ficariam desapontados. Agora que o seu corpo se foi, ele nos deixou sem nenhuma forma externa à qual nos agarrar, então não temos alternativa a não ser aceitar que apenas 'Eu sou' é o guru. Descobri que muitos discípulos que vieram até ele após a morte do seu corpo são mais sinceros e têm uma compreensão mais clara do que a maioria daqueles que vieram antes [porque estavam fixados apenas na sua forma física].
Ele agora nos salva de o confundimos com o corpo, então que vantagem teríamos em ir a outros corpos que são considerados como grandes mahātmas? Ele disse que o maior mahātma está dentro, então por que não esquecer aqueles outros mahātmas e permanecer pacificamente como este mahātma (nosso verdadeiro ser)?
Usando o critério que nos foi dado por Bhagavan, agora podemos ver que qualquer aspirante a guru que conduza aulas e voe ao redor do mundo, pensando que está a guiar os outros, não é um guru real, porque o guru não vê nenhuns jivas ignorantes a quem guiar. Bhagavan nunca tentou guiar ninguém, apenas ficou quieto, e sempre foi com grande admiração para ele quando as pessoas vinham até ele dizendo: 'Bhagavan, eu não me conheço, então, por favor, mostre-me o caminho para o ser'. O que poderia ele responder? Ele só podia responder com outra pergunta: 'Quem não conhece o ser de quem? Quem é este eu?'
Um mantra é um conjunto de sílabas sagradas, e a palavra significa literalmente 'aquilo que protege quando meditado', vindo da mesma raiz que manas [mente] e manana [meditação ou cogitação]'. Quem deve ser protegido? O ego! Um nome de Deus pelo menos nos levará a Deus, mas um mantra apenas nos protegerá (nosso ego, mente ou individualidade) de Deus. Fala-se tanto na Índia sobre mantras que hoje em dia as pessoas não ficam satisfeitas a menos que recebam um mantra. No entanto, os mantras são apenas para coisas mundanas, e assim Bhagavan e Ramakrishna nunca iniciaram ninguém com mantras.
A instrução de Bhagavan a respeito de mantra-japa foi que devemos observar a fonte da qual o som do mantra surge. O que quis ele dizer? Uma vez que o som surge apenas de nós mesmos, que repetimos o mantra, ele quis dizer que devemos ignorar o mantra e, em vez disso, nos agarrarmos tenazmente à auto-atenção.
A mente deve ser uni-direcionada para que se apegue apenas a uma coisa, mas para isso não é necessário praticar a concentração em qualquer segunda ou terceira pessoa, como a nossa respiração, um mantra ou uma forma de Deus. Podemos muito bem começar a nossa prática de concentração prestando atenção à primeira pessoa, 'eu'. Se quisermos aprender a pedalar para ir de bicicleta até Tirukoilur, não é necessário praticar em algum espaço aberto aqui. Por que não começar a nossa prática na estrada para Tirukoilur? Da mesma forma, uma vez que o eu, o ser, é o nosso objetivo, por que não começar prestando atenção a si mesmo?
Algumas pessoas podem dizer que atender ao 'eu' é mais difícil do que atender a outras coisas, mas como podem elas provar a sua afirmação? Na primeira parte de O Caminho de Sri Ramana, expliquei o que é difícil e o que é fácil. Seja o que for a que você tente prestar atenção, sempre que a sua atenção divagar, você tem de a trazer de volta ao seu alvo, e isso é fácil de fazer, quer esse alvo seja 'eu' ou algum objeto. Atender à primeira pessoa é o meio direto, e atender a qualquer outra coisa não é de forma alguma mais fácil. De facto, praticar a concentração em qualquer objeto só aumentará a tendência de extroversão da mente e, portanto, nos criará dificuldades quando nos voltarmos para o eu.
Em Nan Yar? - Quem sou eu? [Parágrafo 8], Bhagavan diz, '... quando o corpo morre, a mente agarra e leva embora o prāna'. Isto significa simplesmente que quando a mente se submerge na sua fonte, a tendência ou hábito de respirar também desaparece. Então, assim que a mente se eleva novamente, projetando um novo corpo, a função da respiração recomeça automática e imediatamente. Sempre que há consciência corporal, há respiração. A respiração é um hábito arraigado da mente, e se tentarmos ver como a respiração começa, a mente se submerge. Esta é outra pista para a auto-atenção [porque a respiração começa a partir de nós mesmos].
Os cientistas falam de um sistema nervoso involuntário, mas isso não existe. Se eles olhassem para ver como essas funções 'involuntárias' começam, eles entenderiam que todas as funções físicas são ações da mente movidas pela volição, então elas podem ser controladas se forem examinadas por uma mente perspicaz e purificada.
Bhagavan costumava dizer que o sonho é a atividade de uma mente meio confusa, e que a vigília é a atividade de uma mente totalmente confusa. Na verdade, a própria mente é confusão. Temos tantas crenças confusas — que nascemos, que temos um passado e um futuro, e assim por diante — mas se realmente considerarmos todas essas coisas, veremos que elas são conhecidas somente depois que passamos a existir como esta mente. Se examinarmos cuidadosamente a mente para ver como e quando surgem todos esses pensamentos, descobriremos que somente 'eu sou' está sempre a brilhar. O passado e o futuro são apenas pensamentos existentes agora, no momento presente.
Portanto, sou um autêntico ateu. Sempre digo: não acredite no que você não conhece! A única coisa que sabemos diretamente e com certeza é 'eu sou'. Conhecemos o nosso nascimento apenas por ouvirmos os outros falar dele, mas conhecemos esses 'outros' somente depois de conhecermos a nós mesmos. O nosso conhecimento atual do passado é apenas ideias obtidas da memória ou de fontes externas, que são segundas ou terceiras pessoas, mas conhecemos segundas e terceiras pessoas somente depois de conhecer a primeira pessoa. A nossa crença no futuro também depende de uma segunda ou terceira pessoa, ou seja, da faculdade de inferência do nosso intelecto. Mesmo as nossas experiências do momento presente são conhecidas apenas indiretamente por meio da nossa mente e sentidos. Portanto, todo o conhecimento é meramente um reflexo do nosso conhecimento original, 'eu sou'. É tudo um reflexo frágil da nossa própria auto-consciência, e parece real e substancial apenas por causa da nossa confusão mental, que desaparecerá se examinarmos atentamente a primeira pessoa ou o momento presente.
Em Nan Yar? - Quem sou eu?, [Parágrafo 12], Bhagavan diz que aqueles que ganham o olhar gracioso do guru certamente serão salvos, mas o olhar do guru não é apenas o olhar dos seus olhos físicos. Se desejarmos saber se alguém está a olhar para nós, devemos olhar para eles, e como o eu é o guru, devemos voltar-nos para nós mesmos para ver se o eu está a olhar para nós. Na verdade, o guru está sempre a olhar para nós, então, para sermos salvos, temos apenas que atender a ele, que brilha como 'eu'.
Muitas pessoas dizem-me: 'Essa auto-investigação é difícil, então, por favor, diga-nos o que é auto-entrega', mas em Nan Var? - Quem sou eu?, [Parágrafo 13] Bhagavan diz que a auto-atenção por si só é auto-entrega:
Estarmos completamente absorvidos em ātma-niṣṭhā [permanência no nosso próprio ser], sem darmos o mínimo espaço ao surgimento de qualquer pensamento a não ser ātma-cintanā [auto-contemplação ou auto-atenção], é darmo-nos a Deus.
Quando as pessoas me perguntam qual meditação Bhagavan ensinou, eu respondo que meditação significa pensar, mas Bhagavan nos instruiu a não pensar — a parar de meditar. Isto é o que ele nos ensina no primeiro mangalam, versículo Invocatório de Ulladu Narpadu - A Realidade em Quarenta Versos:
... Uma vez que “Aquele que é”, a Realidade, habita, desprovido de pensamentos, no Coração — Ele próprio se chama Coração —, quem pode meditar sobre “Aquele que é” (Satvastu) e como meditar? Saiba que para meditar sobre “Ele”, é ser como “Aquele Satvastu é”— É permanecer no Coração sem pensamentos. Experiencie [assim].
O objetivo de todos os yogas é tornar a mente uni-direcionada, de modo que tenha força para permanecer firmemente na sua fonte. É por isso que sempre recomendo que as pessoas se apeguem a um guru e sigam os seus ensinamentos de todo o coração. Mesmo que o guru seja falso, desde que o seu guru-bhakti seja sincero, a sua concentração mental logo lhe dará a clareza de ver que ele é falso. É por isso que Bhagavan criticou as pessoas que vão a muitos mahātmas. Por exemplo, no versículo 121 de Guru Vachaka Kovai ele diz:
Você que deseja ver com admiração aquele mahātma e este mahātma! Se investigar e experimentar a natureza do seu próprio mahātma [grande eu] dentro de si, [você verá que] cada mahātma é apenas um [aquele] [seu próprio eu].
Se você encontrar um verdadeiro mahātma, ele lhe ensinará que o ātma em você é o mesmo que o ātma em todos os mahātmas, e que, portanto, é inútil ir a qualquer outro mahātma. O guru-bhakti uni-focado é essencial para a prática séria da auto-atenção.
Outra pista para a auto-atenção é tentar ver exatamente quando, como e de que pensamento surge. Essa atenção automaticamente fará com que a mente se dissolva. O pensamento surge apenas quando há auto-negligência (pramāda), atenção a qualquer coisa que não seja o eu.
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Cinco - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2013 - Excerto
Anotação de 6 de Janeiro 1978
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Swami Natanananda: O que é meditação? Quem pode meditar? O corpo pode meditar? O ser pode meditar? A meditação é apenas um meio de alimentar o 'eu' não-existente. A verdadeira sādhanā é estar vigilante, em todos os momentos, contra o surgimento desse 'eu'..
Uma maneira de evitar o surgimento do 'eu' é tentar comportar-se [tanto interna quanto externamente] em todas as situações como você acha que Bhagavan se comportaria. Se praticar isso, haverá cada vez menos 'eu' e mais e mais de Bhagavan, até que finalmente você será engolido por ele.
Sempre que a paz é perturbada, é devido ao surgimento do 'eu'. A paz não pode ser desfrutada enquanto o 'eu' estiver ativo. Portanto, o único meio de manter a paz é ser auto-vigilante, protegendo-se assim contra a intrusão de pensamentos perturbadores. A auto-atenção não é uma atividade, mas um estado calmo de estar vigilante, observando atentamente o 'eu' e, assim, impedindo a intrusão da atividade mental.
A meditação, que é uma atividade mental, é irreal, por isso nunca pode revelar o que é real. A não-meditação, que é evitar a atividade mental, por si só pode revelar a realidade. No primeiro verso mangalam de Ulladυ Narpadu Bhagavan diz:
[...] Visto que a realidade ['Eu sou'] existe sem pensamento no coração, como meditar sobre essa realidade, que se chama 'coração'? Estar no coração como ele é [isto é, como 'Eu sou'], só isso é meditar [corretamente sobre a realidade].
Como o pensamento presta atenção a segunda ou terceira pessoas, o único meio eficaz de evitar o pensamento é a auto-atenção. O surgimento do 'eu' é a atenção a segunda e terceira pessoas, então apenas a atenção à primeira pessoa pode fazer o 'eu' se submergir.
A razão pela qual Bhagavan enfatiza que a aparência do mundo depende da delusão 'eu sou este corpo' é para acender vairāgya [ausência de desejo] fazendo-nos compreender que 'eu sou o corpo' é a raiz de toda a infelicidade, e que deve, portanto, ser erradicada.
Cortar os galhos ou mesmo o tronco da árvore da delusão é inútil, porque a sua raiz, 'eu sou o corpo', deve ser destruída. Ela é destruída apenas pela auto-atenção. É por isso que Bhagavan diz no versículo vinte e seis de Ulladu Narpadu:
Se o ego, que é o embrião [ou raiz], passa a existir, tudo passa a existir. Se o ego não existe, tudo não existe. O próprio ego é tudo. Portanto, saiba que investigar 'o que é isto [ego]?' é desistir de tudo.
Devemos voar nas duas asas de viveka [discriminação] e vairāgya [ausência de desejos].
Sadhu Om: Todos nós temos um conhecimento claro da nossa própria existência, 'Eu sou'. Se dermos importância apenas a isso e tentarmos permanecer como ela, isso é auto-atenção, é proteger-nos contra o surgimento do 'eu', evitar a atenção a segunda e terceira pessoas, e vigilância contra a intrusão de pensamentos.
Em tudo o que fazemos existe o 'sou' - 'estou': estou a andar, estou a pensar e assim por diante. Se prestarmos atenção a este 'sou' - 'estou', e tentarmos permanecer como ele, isso é suficiente. Não há necessidade de se preocupar com os pensamentos: deixe-os vir ou ir. Os pensamentos só são pensamentos porque damos atenção a eles. Se os ignorarmos, eles não existem. O nosso senso de 'sou' - ‘estou’ [asmi-tva] significa a nossa auto-consciência ou mero ser. O mero ser é o objetivo final. É por isso que Natananandar dizia que um dia nos riremos dos nossos esforços atuais.
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Cinco - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2013 - Excerto
Anotação de 4 de Janeiro de 1978
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Sadhu Om: Agora, no estado de vigília, dizemos muitas coisas sobre o estado de sono [profundo], porque não temos uma ideia clara do que é o sono. Se fizermos uma pesquisa adequada sobre o sono, descobriremos que não há diferença entre sono e jñāna. Podemos agora tomar o sono como um exemplo da felicidade que se desfruta na ausência do 'eu', mundo e Deus. O nosso amor pelo sono prova o nosso amor pela ausência de ego, como Bhagavan implica no verso três de Ulladu Narpadu (Os Quarenta versos sobre a Realidade):
'[...] esse estado desprovido de 'eu' é agradável a todos'.
O que agora chamamos de sono parece ser limitado porque ao acordar nós nos elevamos novamente como 'eu', mas jñāna não tem tal limitação, então a felicidade de jñāna é ilimitada.
Hoje em dia as pessoas tentam glorificar Bhagavan dizendo que ele é grande porque ele disse algo que Buda disse, alguma outra coisa que Cristo disse, e assim por diante, como se a sua grandeza não pudesse sustentar-se por si mesma. Cristo, Buda, Sankara, Ramakrishna e outros foram todos grandes exemplos de jñānis, mas externamente eles vagavam pelo mundo argumentando, ensinando e fundando religiões, enquanto Bhagavan é o próprio jñāna, por isso ele apenas ficou quieto. É absurdo tentar mostrar a sua grandeza à luz desses jñānis, porque a sua grandeza é a fonte auto-resplandecente de toda a luz. Fazer isso é como apoiar um bambu no sopé de Arunāchala e dizer que estamos a ajudar a montanha a manter-se de pé, enquanto na verdade muitos desses bambus podem crescer sobre ela.
Dizem-nos que projetamos o mundo, mas isso não significa que o vidente seja o projetor. Nós, o vidente (a mente ou ego), somos parte da projeção, como Bhagavan diz no versículo 160 de Guru Vachaka Kovai (Grinalda das Palavras do Guru):
A falsa pessoa [ou alma] que se comporta como 'eu' surge como uma entre as imagens de sombra [neste filme do mundo, que é como um filme de cinema].
Quem é este 'eu' que dizemos ser o projetor? Através da nossa investigação 'quem sou eu?' será exposta a inexistência do projetor e da sua projeção.
Argumentos sobre o mundo e Deus são fúteis, como Bhagavan nos ensina no versículo dois e no versículo três de Ulladu Narpadu. A multiplicidade do mundo permite dualidades como real ou irreal, consciente ou não-consciente, feliz ou miserável. Onde há dualidade, haverá dúvida. O Ser, o Eu, é um, desprovido de dualidade, então o auto-conhecimento não permitirá espaço para dualidades ou dúvidas. Portanto, devemos evitar fazer pesquisas sobre Deus ou o mundo e, em vez disso, devemos pesquisar apenas sobre o 'eu'. O 'eu' então desaparecerá junto com Deus e o mundo.
O resultante 'estado de ausência de ego é agradável a todos' (Ulladu Narpadu versículo três), como mostra a nossa experiência do sono.
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🔱 Om Namo Bhagavathe Sri ArunachalaRamanaya 🔱
Fotografia de Dev Gogoi
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Quatro - O Caminho da Montanha: Janeiro-Março de 2013 - Excerto
Anotação de 1 de Janeiro de 1978
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Sadhu Om: Quando acordamos do sono, experimentamos uma nova clareza de conhecimento antes de nos tornarmos conscientes do corpo e do mundo. A prática da sādhanā é tentar agarrar-se a essa clareza.
Sentar-se no Salão Antigo [onde Bhagavan viveu] não é essencial se você puder estar ciente dessa clareza em outros momentos. [...] Há algo especial no Salão Antigo que automaticamente nos lembra do nosso próprio ser, mas é claro que podemos estar cientes do nosso ser em qualquer outro lugar tamb��m.
O esforço é desnecessário para o ser, porque a auto-atenção é natural e sem esforço. O esforço só é necessário para a mente. É da natureza do ser atender a si mesmo, e é da natureza da mente atender a segunda e terceira pessoas. Sādhanā é apenas para a mente, e o esforço para atender ao sentimento 'eu' é apenas para manter a mente quieta — em seu estado natural de pura auto-consciência.
Não é totalmente verdadeiro dizer que a auto-investigação começa com esforço e termina com a ausência de esforço, mas em consideração ao sādhaka [praticante] podemos dizer isso. Esforço é necessário enquanto a mente precisa ser lembrada da sua verdadeira natureza, 'eu sou', mas quando mesmo a consciência de segunda e terceira pessoas automaticamente lembra a nossa própria existência, 'eu sou' (porque o que está ciente delas é 'eu'), então o esforço não é mais necessário. Quando podemos ver apenas ondas, devemos fazer algum esforço para perceber o oceano por trás delas, mas quando sabemos que as ondas nada mais são do que o oceano, não é necessário esforço.
Todos os pensamentos contêm um elemento do passado ou do futuro neles. Pode criar um pensamento sobre o momento presente? Se tentar seriamente fazê-lo, todos os pensamentos, incluindo o pensamento 'eu', cessarão. Esta é outra pista para a auto-atenção. Há tantas pistas, sabe.
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Pergunta: Na prática, nunca prestamos atenção a nós mesmos. Em todo o tempo que passamos no Salão Antigo, estamos apenas a tentar fazê-lo. Se realmente atendêssemos ao nosso ser por um momento, isso seria libertação, não seria?
Sadhu Om: O quê, quer dizer que mesmo agora não está libertado? Não está sempre atendendo a si mesmo? Você sabe [que] 'eu sou', e só sabe de algo se estiver a prestar atenção nisso. Mesmo quando atende a segunda e terceira pessoas, é o 'eu' que está atendendo, e esse 'eu' está sempre consciente de si mesmo.
Tal manana [cogitação ou reflexão profunda] é essencial até que você entenda completamente que a auto-atenção é natural e eterna e que tudo o mais brilha pela luz dessa auto-consciência. Este manana o levará até à fronteira. Nididhyasαnα [contemplação, a prática da pura auto-atenção] é na verdade apenas por um momento. Quando você realmente pratica o que ouviu e compreendeu, você cruza a fronteira, e isso é jñāna.
Ignore a mente, ela não precisa preocupar-nos. Nós não somos a mente, então, quando perdermos o interesse por ela, ela morrerá de morte natural. É por isso que Bhagavan está sempre a chamar a nossa atenção para o ser. Ele nunca permite que nos interessemos pela mente pensante ou qualquer outra coisa que não seja o sentimento 'eu'.
'O que é este 'eu'? Qual é a fonte de onde ele aparece?' — Tudo o que é necessário é que o nosso interesse por esse sentimento 'eu' aumente. Isso é bhakti.
Investigação, fé e bhakti não são contraditórios. Todas elas são necessárias. A investigação começa com a fé. A menos que tenhamos fé no guru que nos diz que a auto-atenção é o meio para a verdadeira felicidade, não estaremos interessados em atender à primeira pessoa. E quando praticamos a auto-atenção, a nossa experiência de clareza interior confirma a nossa fé e, assim, o nosso amor pelo guru aumenta.
Algumas pessoas pensam que podem praticar a auto-investigação, então não precisam de fé ou bhakti. Essas pessoas não sabem nem o que é bhakti nem o que é realmente a investigação.
O propósito do guru externo é fazer-nos entender a necessidade de auto-atenção e acender o amor por ela no nosso coração. É claro que para isso não é necessária uma pessoa viva. Os livros de Bhagavan servem ao mesmo propósito, e ele nos fornece companheiros devotos e outras ajudas externas conforme e quando necessário. O ambiente ou as circunstâncias em que vivemos são fornecidos pelo guru, que sabe qual é o ambiente mais adequado para nos amadurecer.
Quando começamos a tentar prestar atenção à primeira pessoa, o guru interior, que é o eu, começará a trabalhar. Sempre que atendemos ao 'eu', o trabalho do guru está a acontecer. Assim que nos tenha sido dado o gosto pela auto-atenção, o nosso amor por ela naturalmente aumenta e amadurece, como o impulso de uma bola de borracha que salta por um lance de escadas.
Pensar na verdadeira grandeza de um jñāni é um bom meio de aquietar a mente. Quando o neto de Arjuna, o rei Parikshit, foi amaldiçoado de que morreria em sete dias, ele foi até ao seu guru, Suka Brahmarishi. Suka disse-lhe que ele era afortunado, porque tinha garantidos sete dias, e então começou a contar a história de Krishna. Parikshith estava tão absorto em ouvir a grandeza de Krishna que seis dias passaram despercebidos, e quando Suka o lembrou que ele morreria naquele dia, ele respondeu, 'Quem morrerá, só este corpo!' Ouvir sobre Krishna lhe deu jñāna. Às vezes, quando eu pensava em Bhagavan e na sua verdadeira grandeza, horas passavam sem que eu percebesse. Grandes jñānis são tais que até mesmo pensar neles pode aquietar nossa mente.
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🔱 Om Namo Bhagavathe Sri ArunachalaRamanaya 🔱
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Cinco - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2013 - Excerto
Anotação de 5 de Janeiro 1978
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Sadhu Om: Se o 'Eu' for considerado uma forma, o mundo e Deus também serão experimentados como formas (Ulladu Narpadu verso quatro). Mesmo a concepção de um Deus 'sem forma' é uma forma ou imagem mental. Nirguna dhyana ou adoração sem forma a Deus é um esforço fútil, como uma pessoa esquadrinhando o horizonte para tocar no espaço que tudo permeia (Sri Arunāchala Ashtakam verso três).
A realidade não pode ser encontrada pela meditação, que é prestar atenção à mente e suas imagens. Só pode ser encontrada pela não-meditação, que é a auto-atenção. No entanto, Bhagavan disse que não devemos pensar que a adoração sαgunα [adoração de Deus como uma forma] é inútil. Devemos praticar quer a adoração sαgunα quer a auto-atenção..
No verso quatro de Ulladu Narpadu Bhagavan pergunta: "Pode o que é visto ser diferente do olho [que o vê]?" Ou seja, a natureza do que é experimentado não pode ser diferente da natureza do que o experimenta. Portanto, a aparência do mundo e de Deus depende da aparência do vidente, 'eu', e suas formas dependem da forma do vidente.
'Olho' também é usado em Tâmil para significar jñāna [conhecimento ou consciência], então o 'olho interminável [ilimitado ou infinito]' é o ser, que — sendo ilimitado e sem forma — pode ver apenas o ilimitado e o sem-forma. Portanto, o ser nunca pode ver nenhum nome ou forma, nem nada além de si mesmo. Ele experimenta apenas a auto-consciência sem forma, 'Eu sou'.
Isso é expresso por Bhagavan no verso vinte e sete do Sri Arunāchala Aksharamanamalai: "Ó Arunāchala, sol de raios brilhantes que engole tudo [toda a aparência do universo] ..." (ver também Sri Arunāchala Pancharatnam verso 1) . Isto é, à luz da auto-consciência pura, que é Arunāchala, o ego-'eu', o mundo e Deus desaparecerão.
Quando há consciência do corpo, há consciência do mundo. Se nenhum dos cinco invólucros fosse experimentado como 'eu', nem o mundo nem Deus poderiam ser vistos (Ulladu Narpadu verso cinco). O mundo e Deus são, portanto, criados pela nossa identificação errada de um corpo como sendo 'eu'. Portanto, o criador do mundo e de Deus é apenas o 'eu' que se confunde com sendo um corpo, então devemos investigar 'quem é este 'eu'? A partir disto, podemos inferir que o mundo e Deus são tão reais quanto a ideia 'eu sou este corpo', e uma vez que essa identificação com o corpo é irreal, também o são este mundo e Deus.
Como deverão ser apagadas as vāsanās [propensões ou disposições mentais]? Agora consideramos essas vāsanās como 'eu' ou 'meu'. Este corpo grosseiro é em si uma expansão delas. No sono, não experimentamos nenhuma delas, então assumimos que elas permanecem em forma de semente e, para explicar a aparente ignorância do sono (que existe apenas na visão da nossa mente desperta), postulamos um corpo causal, cuja forma é concebida como a soma total de todas as vāsanās. Este corpo causal parece velar ou obscurecer a nossa auto-consciência pura e, portanto, é consciente apenas de um estado de ignorância e escuridão.
No entanto, praticando a auto-atenção no estado de vigília, nos tornaremos mais claramente conscientes da nossa auto-consciência, apesar da ação das nossas vāsanās, e assim estaremos conscientes disso mesmo durante o sono. As vāsanās serão então vistas como sombras criadas pela luz fraca da nossa mente, que é um reflexo da luz brilhante da auto-consciência.
Enquanto atendermos às vāsanās e seus produtos (os nossos pensamentos e desejos e os objetos do mundo), continuaremos a tomá-las como 'eu' ou 'meu' e, portanto, a sermos limitados por elas. No entanto, se ignorarmos as nossas vāsanās e, em vez disso, atendermos apenas ao 'eu', nós as destruiremos — ou seja, exporemos a sua não-existência.
Não devemos desanimar com a força das nossas vāsanās e com o seu jogo aparentemente interminável. Devemos lembrar que elas aparecem porque Eu sou, mas não vêm incomodar-nos durante o sono, embora continuemos a existir então. Portanto, Eu sou real e as vāsanās são irreais. Com esta forte convicção, devemos ser corajosos e permanecer desinteressados das nossas vāsanās e, portanto, devemos manter a auto-atenção imperturbável.
Bhagavan deu-nos a definição seguinte de realidade: somente aquilo que é eterno, imutável e auto-consciente é real. [Portanto, nada além de 'Eu' é real, porque todo o resto é transitório, mutável e conhecido não por si mesmo, mas apenas por 'Eu'.]
Quando aceitamos a existência do mundo que vemos, devemos aceitar a existência de um poder – que podemos chamar de Deus – que é responsável por ele e por ordenar o nosso prārabdha, que é tudo o que devemos experimentar neste mundo. Como Bhagavan diz no verso um de Upadesa Undiyar:
O fruto do karma é ordenado por Deus. Poderá o karma ser Deus, visto que o karma é jada [desprovido de consciência]?
No entanto, porque Deus não aparece como um objeto percebido pelos cinco sentidos, dizemos que não acreditamos nele. É como dizer que vemos as imagens na tela do cinema, mas não vemos a luz que as ilumina. O mundo são essas imagens, e Deus é a luz auto-consciente, 'Eu sou', que torna possível a aparência do mundo e o funcionamento do karma.
O mundo não existe separado do corpo ou da mente, como diz Bhagavan nos versos cinco e seis de Ulladu Narpadu. O mundo é meramente uma expansão da mente projetada através dos cinco sentidos do corpo. A imagem-do-mundo é projetada na tela que é a mente; é iluminado pela mente; e é visto pela mente. Portanto, uma vez que esta mente nada mais é do que o ser, no verso um de Ulladu Narpadu Bhagavan diz:
[...] O filme com nomes e formas [o mundo], aquele que [o] vê, a tela da qual [ele] depende, e a luz que tudo impregna [da consciência que o ilumina] — tudo isso é ele [a ‘coisa primeva’ ou base, que é o ser.
Confundir um corpo, que é uma das imagens, como sendo 'eu', e assim sentir que o mundo, que é todas as outras imagens, é diferente e está fora de 'eu', é uma delusão (māyā). Sem esta delusão, 'eu sou este corpo', nenhuma imagem-de-mundo seria vista. Porque assim limitamos o 'Eu', pensando que ele está dentro de um corpo, surgem os conceitos de 'dentro' e 'fora'.
Enquanto a delusão 'eu sou este corpo' for experimentada como real, o mundo também será experimentado como real. Portanto, a única maneira de experimentar a irrealidade e a não-existência do mundo é investigar este sentimento 'eu sou o corpo'. Quando fizermos isso, ele desaparecerá e não seremos mais perturbados pela falsa aparência deste mundo.
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Arunachala - Fotografia de Markus Horlacher
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Um - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2012 - Excerto
Anotação de 5 de Dezembro de 1977
Sadhu Om: Deter-se no 'Eu sou' em qualquer forma que for possível é uma boa contemplação (𝘮𝘢𝘯𝘢𝘯𝘢). É a prática que irá erradicar todo o interesse em outras coisas (segunda e terceira pessoas) e facilitar a auto-observação.
O bem e o mal são baseados no conceito limitante 'eu sou o corpo'. A experiência do 𝘫ñā𝘯𝘪 é simplesmente 'Eu sou'. Embora possa parecer que o 𝘫ñā𝘯𝘪 vê diferenças, ele nunca realmente experimenta quaisquer distinções como bom ou mau. Ele está sempre em contentamento com o conhecimento 'Eu sou'. 'Eu sou' é o caminho e a meta, como Bhagavan nos ensina no versículo 579 de Guru Vachaka Kovai (Grinalda das Palavras do Guru) de Sri Muruganar :
Uma vez que o EU - o SER é a Coisa eterna e não dual e, como não há meios para alcançá-la além da Auto-atenção, Atenção-ao-Ser, saiba que o próprio EU - o SER é o caminho, o próprio EU - o SER é a meta e que estes [o caminho e a meta] não são diferentes.
✨ Sadhu Om: O dito dos Sábios, “Eu sou o caminho e eu sou a meta”, deve ser lembrado aqui. ✨
Bhagavan é o maior siddha. Ele sabe bem que trabalho precisa ser feito em nós e como fazê-lo. Embora não saibamos, ele está fazendo o seu trabalho a todo o tempo.
O comportamento errático só ocorre se um discípulo tiver uma profunda mudança de perspectiva, mas mantendo alguma individualidade. Bhagavan sempre trará a necessária mudança de perspectiva (a experiência do verdadeiro autoconhecimento) junto com a perda da individualidade, de modo que nenhuma mudança externa será vista naqueles que ele liberta, e nenhum 'eu' surgirá neles para dizer 'eu tive esta mudança de perspectiva', nem ele dirá nada (isto é, ele não dirá que eles foram libertados).
Ele costumava dar o exemplo de um fruto de casca dura que um elefante engole inteiro e excreta intacto, mas quando a casca é quebrada, descobre-se que o conteúdo foi digerido. Da mesma forma, quando Bhagavan consumir o ego de alguém, exteriormente este parecerá inalterado. Ninguém pode dizer quantos egos Bhagavan consumiu assim.
Num dos seus versos, Muruganar cantou para Bhagavan: 'Vós me desteis sahaja [meu estado natural] sem me deixar experimentar nirvikalpa samādhi, fechar meus olhos ou fazer qualquer sādhanā'. Essa é a condição de guru de Bhagavan, mas se lhe perguntassem como ele faz isso, ele diria: 'Eu não sei; Eu só sei que Eu sou'.
Compare verso 89 de Sri Arrυnchala Aksaramanamalai:
'Arunāchala, que, sem ninguém saber, encantou e roubou minha mente?'
Há apenas uma linha ténue entre jñāna e ajñāna. No momento certo, um choque pode permitir que se cruze a linha e se tenha essa pequena mudança de perspectiva.
'Eu sou' não está nem dentro nem fora. Pense no facto de que 'Eu sou' é desprovido de limitações. Permaneça no sentimento de ser. Isso é o ser, o eu, e só ele existe.
A teoria do karma está repleta de lacunas, ambiguidades e suposições duvidosas. Em primeiro lugar, pressupõe que o ego, sempre inexistente, existe como um fazedor, e em cima dessa falsa suposição ele acumula uma falsa suposição sobre a outra: a existência de Deus, agamya, sancita, prārabdha [1], suas funções e assim por diante. Não duvide apenas da teoria; duvide se você existe como um fazedor.
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Jñāni: uma pessoa com verdadeiro auto-conhecimento; Ajñāni: uma pessoa com falta de verdadeiro auto-conhecimento.
Agamya, são os karmas que são transportados para nascimentos futuros, que são depositados em sanchita karma já existente, ▫ Sanchita, são os karmas acumulados de nascimentos anteriores, Prarabdha, são os karmas do nascimento presente.
Samadhi: Permanecer no Estado Supremo. Quando é com esforço devido a agitação mental, é Savikalpa Samadhi. Quando essa agitação está ausente, é Nirvikalpa Samadhi. Permanecer permanentemente no estado original sem esforço é Sahaja Samadhi.
Sadhana: prática espiritual.
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#Bhagavan Sri Ramana Maharshi#Sadhu Om#Michael James#a importância suprema da auto-atenção#auto-investigação#quem sou eu?
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Bhagavan Ramana, Pintura R. Sivakumar
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A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Extratos de uma gravação: 13 de Março de 1977
Sadhu Om: A Atenção-ao-Ser, Auto-atenção, está sempre a acontecer. Não precisa de esforço.
Aqui toda a filosofia é baseada no princípio de que as pessoas não se contentam em atender a segunda ou terceira pessoa, então vairāgya [ser livre do desejo de experimentar a alteridade] deve ser a base. Deve-se saber que a atenção a segunda ou terceira pessoas traz infelicidade.
Quando perguntaram a Bhagavan: 'Por que devemos atender à primeira pessoa ou ātman?' ele respondeu,
'Se você não atende à primeira pessoa, você atende a segunda ou terceira pessoas. Se você não faz ātma-vicāra, você faz anaātma-vicāra. Não é necessário nenhuma. Ser é não fazer, é não atender'.
Até que se chegue à conclusão de que atender a segunda ou terceira pessoas – ou mesmo à primeira pessoa – é em última análise desnecessário, deve-se atender à primeira pessoa. Mas se isso for cansativo, livre-se disso também, e apenas seja feliz com o seu mero ser.
[Mais tarde, Sadhu Om explicou que isto é como dizer: 'Se você não gosta desta moeda com cara, pode ficar com esta com coroa', sabendo que ambas as moedas são uma. Permanecer apenas com o nosso ser é o estado de não atender a nada além de si mesmo.]
Deve haver uma primeira pessoa para atender a segunda ou terceira pessoas. A primeira pessoa não deve existir antes que possa começar a atender a qualquer segunda ou terceira pessoa, e ela não sabe que é? Depois de acordar do sono como fulano de tal, o primeiro conhecimento que nos vem é sobre a nossa própria existência. Isso em si é atenção ao ser, auto-atenção. Saber que 'eu sou fulano de tal' é o conhecimento da primeira pessoa. Como vem esse conhecimento? Somente atendendo à primeira pessoa. Assim, a atenção à primeira pessoa está sempre a acontecer, mesmo quando estamos a atender a segunda ou terceira pessoas. Sem atenção à primeira pessoa, a atenção a segunda ou terceira pessoas não pode ocorrer.
O conhecimento de segunda ou terceira pessoas indica a presença da primeira pessoa. Quando o mundo é conhecido, isso mostra que a primeira pessoa está presente. Isso é auto-atenção sem esforço. Um jñāni está sempre a prestar atenção dessa maneira. Ele não está realmente a prestar atenção, porque ele é auto-atenção. Se ele sabe ou conhece alguma coisa, ele sabe claramente: 'Porque eu sou, estes são conhecidos. Porque eu sou, eu ouço isto. Porque eu sou, sinto o cheiro disto'. Este 'eu sou' é um conhecimento constante. Esta constante auto-atenção não desaparece quando ele parece atender a segunda ou terceira pessoas.
Esta é a diferença entre um jñāni e um ajñāni. O ajñāni esquece que está a experimentar o seu ser, enquanto o jñāni não esquece isto. Ele está plenamente consciente deste 'Eu sou'. Como essa consciência pode estar lá a menos que haja uma atenção? Uma vez que a consciência e a atenção são a mesma coisa, se estamos conscientes de que 'Eu sou', estamos a atender ao 'Eu sou'. Não haverá esforço em tal auto-atenção, e não haverá esquecimento da primeira pessoa, mesmo quando atender a segunda ou terceira pessoas.
Podemos realmente esquecer o nosso ser? Não nós não podemos. Não podemos deixar de conhecer o nosso ser.
No sono profundo, a nossa auto-atenção fica sem segunda ou terceira pessoas. No sono, não precisamos de nenhum indicador externo, nenhuma segunda ou terceira pessoas, para saber que 'Eu sou'. A auto-atenção está sempre presente no sono. Embora a segunda terceira pessoas, os sinais externos, estejam ausentes, não duvidamos se 'Eu sou' ou não. O nosso ser é a nossa atenção; o nosso sat é o nosso cit, o nosso simples ser é conhecer.
Agora queremos conhecer, então temos que prestar atenção, atender. Atender é um verbo, mas embora 'Eu sou' também seja um verbo, não é uma ação, um kriya-rūpa, mas é apenas ser, um sat-rūpa. Assim, em 'Eu sou', em apenas ser, não há esforço e, portanto, nenhum cansaço. A atenção ao nosso ser, auto-atenção, é o nosso svabhava, a nossa própria natureza, não o nosso fazer, não o nosso esforço. É constante, mesmo durante o sono.
Assim que descobrirmos que somos plenamente conscientes no sono, saberemos que estaremos plenamente conscientes disso na morte e no pralaya (a dissolução do universo). Só nós somos; nada nunca é destruído.
No sono não há medo. Bhagavan disse, 'Onde há pensamentos, haverá medo. Quando os pensamentos desaparecem, não há medo'. Medo, tristeza e desejo nada mais são do que pensamentos. É o pensamento que os cria. No sono ficamos sozinhos, sem pensamentos. Quando estamos sozinhos não há medo. O medo vem apenas devido aos pensamentos, e os pensamentos estão a enganar-nos. Só podemos ser sem medo quando estamos perfeitamente sozinhos, quando simplesmente permanecemos como realmente somos, desprovidos de pensamento. No sono não há medo porque não há pensamento.
O pensador é o primeiro pensamento, o pensamento-'eu'. Quem está a pensar? O ego, a primeira pessoa. Esta primeira pessoa, o primeiro pensamento, levanta-se ao acordar do sono. O conhecimento da primeira pessoa é o primeiro conhecimento que temos ao acordar do sono. Portanto, a auto-atenção está sempre a acontecer. Até que saibamos disso, temos que fazer esforço para atender a nós mesmos, ao nosso ser, e, depois de o conhecer, nunca precisaremos de nos preocupar com isso ou com qualquer outra coisa.
Conhecer a si mesmo acontece numa fração de segundo. Faz tudo, todo o universo, se dissolver.
Tanto a luz como a escuridão são necessárias para fazer um filme. No projetor há luz, mas o filme tem partes mais escuras que impedem a passagem da luz. Somente pelas partes menos escuras a luz escapa para a tela. Se apenas a luz estivesse presente, nenhum filme seria visto. Da mesma forma, se um filme uniformemente escuro estivesse presente, nada seria visto. Portanto, tanto a luz como as trevas são essenciais. Para fazer o espetáculo deste mundo, tanto vidyā [conhecimento ou auto-consciência] como avidyā [ignorância ou auto-esquecimento] são necessários. Mas é necessário ter este espetáculo?
Aguarela de Arunachala, Arte de R. Sivakumar
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#Bhagavan Sri Ramana Maharshi#Sadhu Om#Michael James#a importância suprema da auto-atenção#primeira pessoa#segunda e terceira pessoa#o nosso ser é a nossa atenção#o nosso sat é o nosso cit#o nosso simples ser é conhecer
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🕉️ 🔱 Om Namo Bhagavate Sri Arunachala Ramanaya 🔱 🕉️
A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Um - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2012 - Excerto
Anotação de 13 de Dezembro de 1977
Sadhu Om: A mente sempre sentirá que a auto-atenção é difícil, porque ela nunca pode atender a si mesma. Somente o ser pode atender ao ser.
Quando um devoto francês lhe disse que Swami Siddheswarananda [o fundador e chefe do centro da Missão Ramakrishna em França] havia dito: 'Poucos sabem quem é Bhagavan', Muruganar respondeu: 'Isso é verdade. O ashram de Bhagavan não está confinado dentro das quatro paredes deste complexo. O universo inteiro é seu ashram. O universo inteiro é ele mesmo'. Mais tarde, ele acrescentou: 'Só Bhagavan existe'. [...]
Sāstra-vāsanā (a disposição para estudar numerosos textos espirituais e filosóficos) só é criada se não se fizer mais do que sravana [leitura] e manana superficial [reflexão]. Se um pandita erudito que busca nome e fama fizesse um pouco de manana profundo, ele refletiria assim: 'Se só brahman, o único ser, existe, por que quero eu a apreciação dos outros? Onde estão os outros? Quem sou eu?'
Se a reflexão sobre as palavras do guru for feita apenas como uma ajuda para a sādhanā prática, não criará quaisquer sāstra-vāsanās. As palavras do guru sempre farão com que a mente volte para a auto-atenção, porque todas elas apontam apenas para o eu, o ser.
Para um aspirante jovem e sincero cuja mente ainda está fresca, apenas um pouco de manana é necessário. Sempre que a sua mente se desviar para fora, ele refletirá: 'Tudo o que é percebido através dos cinco sentidos é conhecido por mim, então o conhecimento de qualquer coisa apenas indica que eu sou', e assim ele restaurará facilmente a sua auto-atenção.
Durante nididhyasana [contemplação sobre o ser], um pouco de manana (ou seja, apenas alguns pensamentos) às vezes pode ajudar a evitar que a mente se desvie da auto-atenção, mas, em última análise, todos esses auxílios devem desaparecer. Em Quem sou eu? Bhagavan diz que chegará um tempo em que teremos que esquecer tudo o que aprendemos. Esquecer segundas e terceiras pessoas (tudo menos nós mesmos) traz paz; lembrar traz perturbação.
Quando era jovem, Natanananadar disse uma vez a um devoto mais velho que estava a fazer muitas perguntas a Bhagavan sobre como praticar ātma-vicāra: 'Quando o infinito auto-brilhante "Eu" está dentro de si como uma rocha, por que tem tantas dúvidas?’
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🕉️ 🔱 Om Namo Bhagavate Sri Arunachala Ramanaya 🔱 🕉️
A Importância Suprema da Auto-Atenção, por Sri Sadhu Om, conforme registado por Michael James
Parte Um - O Caminho da Montanha: Abril-Junho de 2012 - Excerto
Anotação de 10 de Dezembro de 1977 (continuação)
Sadhu Om: As pessoas querem deixar algo para o mundo quando morrem, mas quando o corpo morre, esse mundo, que é nossa projeção, deixa de existir. Se nos importamos com o mundo, não compreendemos Bhagavan corretamente.
Na tradução para Inglês de Who Am I? em Words of Grace diz-se que o mundo aparece ou é percebido “como uma aparente realidade objetiva” (que é um termo que Bhagavan não usou no original em Tâmil). O que significa “realidade objetiva”? Os objetos têm o mesmo grau de realidade que o sujeito, mas ambos são irreais. A realidade não é objetiva nem subjetiva.
Até mesmo Krishna fala do buscador sincero seguindo o caminho para desfrutar dos mundos celestiais e depois retornando para fazer sadhana neste mundo, como se todos esses mundos existissem na nossa ausência.
Bhagavan disse que o ser não apenas não conhece outras coisas, mas também não conhece a si mesmo. Conhecer é parte de uma díade (conhecer ou não conhecer) e uma tríade (conhecedor, conhecer e o que é conhecido), mas o ser é apenas ser e, portanto, desprovido de todas as formas de fazer, incluindo o conhecer. Ser é conhecer, mas não no sentido comum desta palavra, que se refere a uma ação. Portanto, quando Bhagavan disse que o ser nem mesmo conhece a si mesmo, ele quis dizer que a sua auto-consciência não é uma ação, mas o seu estado natural de apenas ser. Ele não quis dizer que ele não conhece ‘eu sou’, mas sim que é desprovido de conhecimento como comumente o concebemos.
Este mundo nada mais é do que uma projeção das nossas próprias vāsanas (predisposições), então qualquer um que reage a ele com sentimentos como curiosidade, desejo, raiva, medo ou ódio é como uma criança pequena ou um macaco quando se confronta pela primeira vez com o seu próprio reflexo num espelho. A princípio é curioso, depois fica com raiva, depois dá um soco e, finalmente, corre de volta para a mãe com medo.
Se desejamos algo de Deus ou guru, não temos deva-bhakti ou guru-bhakti [verdadeiro amor por Deus ou guru], mas apenas visaya-bhakti [amor por objetos ou experiências objetivas]. Somente quando nada desejamos estamos qualificados para o terceiro ou quarto estágio [na ‘escola de bhakti’ descrita em The Path of Sri Ramana - O Caminho de Sri Ramana].
Claro, quando eles vêm até ao guru pela primeira vez, mesmo aspirantes sinceros desejam moksa, paz ou qualquer outra coisa que lhe chamem. Mumuksutva (desejo de libertação) é necessário para o quarto estágio [guru-bhakti], mas o que o guru faz o aspirante compreender é que moksa [libertação] não é ganhar nada, mas sim perder tudo. Aprender isto é o propósito do quarto estágio, e quando tiver sido aprendido completamente estaremos no quinto estágio [puro svatma-bhakti ou amor pelo ser, que é o estado de moksa].
Muitos como Muruganar e Natananandar vieram até Bhagavan apenas para obterem moksa e oraram em conformidade. As suas orações purificaram as suas mentes e lhes deram o discernimento para compreender que a perda completa da individualidade é o único moksa verdadeiro.
Bhagavan ensinou-nos como orar: no versículo 30 de Aksaramanamalai ele cantou:
‘Destruindo minha grandeza [mundana] e me deixando nu [no estado de nirvana], me dê a grandeza de [vossa] graça’.
Ele disse que mesmo a rendição (como geralmente é entendida) não é verdadeira deva-bhakti, porque tudo já é de Deus, então só podemos devolver o que nunca foi nosso, como ele nos ensinou no versículo 486 do Guru Vacaka Kovai:
'[Imaginando o nosso ser como estando separado de Deus] a nossa oferta amorosa desse ser a Deus, que existe como [o nosso real] ser claramente experimentado, é como quebrar [um pedaço de] um doce de açúcar [ídolo de] Ganapati e oferecê-lo de volta em adoração] àquele Ganpati'.
A verdadeira deva-bhakti não é, logo à partida, elevar-se como um ser separado, nem mesmo entregar esse ser a Deus.
No versículo 29 de Upadesa Undiyar ele cantou:
'Permanecer neste estado [de auto-conhecimento, conhecimento do ser], [que é] o caminho para experimentar a suprema bem-aventurança desprovida de [qualquer pensamento de] escravidão ou liberação, é permanecer no serviço de Deus'.
Permanecendo assim, sem surgir como um “eu” separado, estamos a poupar a Deus o trabalho de ter que nos salvar da nossa própria ignorância auto-criada. Este é o melhor serviço que podemos fazer por ele e, portanto, é a única deva-bhakti real.
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Aquela Auto-Consciência, Consciência de Ser [Sat-Chit] que brilha em todos, como Todos, é o Guru.
~ Guru Vachaka Kovai, V. 273 Grinalda das Palavras do Guru, de Sri Muruganar
Sadhu Om: Guru é Aquilo que existe e brilha como 'Eu' em todos, e é o único fator comum em todos.
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