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trinitybloodbr · 19 days ago
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Trinity Blood R.O.M.- Volume I A Estrela do Lamento ----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ -----------------
Capítulo I - A Cidade Sangrenta
Embora já houvesse passado algum tempo desde o pôr do sol, ainda deveria haver tempo antes do último trem. Normalmente, seria uma hora em que a estação estaria animada com viajantes partindo ou visitantes que chegavam de longe.
Entretanto, quando o trem sem janelas entrou na plataforma, com um som de freio que parecia as garras de um demônio arranhando o ar noturno, dentro da estação, não apenas os viajantes, mas até mesmo os funcionários haviam desaparecido completamente. Em seu lugar, alinhado na plataforma, havia um grupo de soldados em uniformes azul-escuro, carregando fuzis sobre os ombros. Os rostos sob os bonés militares não se moviam um milímetro, parecendo mais bonecos do que humanos. Apenas os mais atentos poderiam ter percebido, no instante em que o trem finalmente parou, um ar quase de terror atravessou os soldados.
— Apresentar armas!
Em resposta ao comando, os rifles foram erguidos alto. A luz das lâmpadas a gás refletiu afiadamente nas baionetas. No véu de vapor que subia da locomotiva à frente, as sombras dos soldados, exalando fôlegos brancos no ar noturno, projetavam-se longamente sobre a plataforma.
— Seja bem-vindo de volta.
O corpo imenso do gigante fez uma reverência ao único passageiro que desceu pela escada móvel, sem vestígio algum da arrogância de instantes atrás. O quepe militar de Radco'n estava quase tocando o chão, enquanto ele se inclinava profundamente.
— Foi uma longa viagem. Obrigado pelo trabalho, Gyula-sama.
— Obrigado pelo esforço de vir me receber, Coronel.
Quem agradeceu ao gigante foi um belo jovem.
O belo rosto de pele clara, emoldurado por cabelos negros, juntamente com seu corpo alto e bem proporcionado coberto por uma casaco Inverness, exibia uma melancolia apropriada para esta cidade cinzenta. Entretanto, aqueles olhos que evocavam a lembrança de um certo tipo de cão-lobo ── com sua íris cinza de pigmentação clara e pupilas escuras ── brilhavam mais sombriamente do que esta noite, causando inquietação em quem os observasse. Talvez isso fosse porque seus olhos não piscaram nenhuma vez.
Erguendo o colarinho de seu Inverness, o nobre jovem perguntou com uma voz rica e encorpada que lembrava um conhaque de alta qualidade.
— Nada mudou em István durante minha ausência, não é?
— Sim, os partidários causaram alguns problemas, mas já foram reprimidos. Os principais conspiradores já estão detidos em 'Verhegyen', então não há com o que se preocupar.
A atitude do gigante era mais como a de um cão domesticado do que a de um vassalo leal. Contudo, o jovem apenas assentiu levemente à resposta quase submissa e respeitosa, antes de começar a caminhar pela plataforma com passos ágeis. Em torno dele, os soldados formaram uma parede com seus corpos.
— A propósito, como foi com o 'Império', Gyula-sama?
— Como sempre, são teimosos. De qualquer forma, parecem que não têm intenção de apoiar nossa insurreição. Nem mesmo consegui me encontrar com Sua Majestade, a Imperatriz Augusta..., mas, se eles virem aquele poder, suas reações certamente mudarão.
O jovem nobre, enquanto olhava diretamente para frente, curvou sutilmente os lábios. Enquanto fazia essa expressão, uma atmosfera de frieza extrema pairou sobre sua beleza. Ou será que talvez fosse por causa dos caninos que apareciam no canto de seus lábios?
— O hardware já foi quase todo restaurado. Agora só falta concluir a verificação do software, e então poderemos avançar até o teste de disparo... A propósito, o que é aquilo?
Com a expressão de quem encontrara um animal de estimação desconhecido que se instalou em sua mansão após muito tempo fora, Gyula apontou com o queixo para um canto da plataforma. Cercado pelos soldados, estava um homem de cabelos prateados, amarrado firmemente e com ar abatido.
— Este é um suspeito que detivemos momentos atrás dentro das instalações. Como foram observadas palavras e ações hostis contra a Guarda Policial da cidade, estamos agora o conduzindo para a central para interrogatório.
— Huuum...
Gyula estava prestes a seguir adiante assim mesmo, mas de repente ele parou os passos. Ele virou-se rapidamente, caminhando em direção ao homem de cabelos prateados.
— Com licença. Qual é o seu nome?
— Abel... Abel Nightroad.
O homem respondeu, movendo debilmente os lábios cortados. Talvez tenha sido bastante agredido, pois havia hematomas por todo o seu rosto.
— Vim de Roma. Fui designado para esta cidade, com início a partir de hoje, Va...
— Não fale além da conta!
Os botões do sobretudo desse tal de Abel estalaram e saltaram em um único som quando braço gigantesco de Radco'n agarrou sua gola.
— Você só precisa responder o que foi perguntado!
— Espere, Coronel.
Radco'n, que gritava com uma fúria próxima de devorar seu oponente, foi gentilmente controlado por Gyula. Da gola rasgada do sobretudo do jovem, podia-se ver a roupa que ele usava por baixo, assim como a crucifixo que brilhava em seu peito.
— Batina e rosário... Você é um padre?
— S-sim... Sou o sacerdote que foi designado para a Igreja de San Mathias aqui em István.
Ainda agarrado pelo colarinho, o tal Abel contorceu o rosto em sofrimento.
— Bem, eu... não fiz nada em particular...
— Eu disse para você calar a boca!
— Quem deve se calar é você, Coronel... Solte as mãos do padre.
— Ma-mas, Vossa Excelência!
— Eu disse para soltar──não ouviu?
Depois de lançar um breve olhar ao gigante que estava de boca aberta, Gyula sussurrou. Não era um tom forte. Porém, o olhar fixo no rosto abruptamente alterado de Radco'n carregava a frieza do gelo seco.
— Não me importa como ou de que maneira você explore seus compatriotas. Não, talvez seja mais correto dizer que não consigo ter interesse... Porém tenho uma natureza que não suporta cães domésticos que não sabem se comportar. Entende o que quero dizer?
— Peço que me perdoe!
Encolhendo o corpo enorme e curvando a cabeça, Radco'n foi completamente ignorado, e Gyula voltou-se para Abel. Para o padre, que esfregava o pescoço com uma expressão de dor, ele fez uma reverência cortês.
— Peço desculpas. Meu nome é Gyula Kádár. Sou a pessoa que administra negócios entre outras coisas na cidade. Lamento profundamente; parece que eles cometeram um grande engano. Em nome dos cidadãos de István, ofereço minhas mais sinceras desculpas.
— Ah, isto é muito cortês da sua parte, obrigado...
O padre de cabelos prateados abaixou a cabeça humildemente, como se estivesse envergonhado. Ele era exageradamente alto, e seu rosto, com cabelos prateados e olhos azuis, eram razoavelmente harmoniosos, mas sua expressão era a de um jovem comum que poderia ser encontrado em qualquer lugar. Contudo, enquanto observava aquele rosto sem ser desrespeitoso, Gyula sentiu algo que o incomodava no íntimo ─ teria ele visto esse homem em algum lugar antes?
— Com licença, padre, mas já nos encontramos em algum lugar?
— Não, acredito que seja a primeira vez que nos encontramos. De qualquer forma, é a minha primeira vez nesta cidade...
— Entendo... Bem, comparado a Roma, é uma área entediante, mas por favor, aproveite para relaxar.
Sorrindo de forma elegante, o jovem nobre ofereceu um aperto de mão. Ao que tudo indicava, era apenas um padre. Ele apertou sua mão de maneira educada, mas indiferente, e finalizou com uma troca de gentilezas neutras e inofensivas.
— Bem-vindo a István, Padre Nightroad ─ dou-lhe as boas-vindas.
— Ah, muito obrigado.
O padre, como sempre descontraído, respondeu enquanto apertava a mão dele, mas, ao olhar de volta para o rosto de Gyula, sua expressão empalideceu repentinamente.
Teria apertado forte demais?
Gyula por um instante pensou isso, mas de repente percebeu que o olhar do padre estava fixo em suas costas. E naquele momento, com uma força descomunal que não combinava com os seus braços finos, o jovem nobre foi derrubado.
— O que você está fazendo, seu insolente?!!
O grito irado de Radco'n ecoou. Ele tentou correr em direção ao mestre caído e ao padre que o havia derrubado. No entanto, algo que emitiu um som horrível rasgou o ar noturno bem diante de seu nariz.
— ....!?
Algo que atravessou o espaço onde, um instante antes, estava a cabeça de Gyula, cravou-se na carroceria do trem com um som metálico estridente. Era uma haste de aço, da espessura de um dedo, equipada com pequenas asas.
—-I-isto é... uma flecha de besta!
Um soldado que tentou emitir um alerta, caiu rolando violentamente ao chão, segurando o ombro onde um objeto semelhante havia brotado. Além disso, ao lado dele, outro soldado, que tentou erguer seu rifle, foi acertado no abdômen e caiu.
E então, no instante seguinte, a noite explodiu.
Debaixo dos trilhos, ou da sala de espera vazia de passageiros, sinistros clarões começaram a jorrar junto com o som de tiros. Assim que os rastros dourados de fogo se concentraram implacavelmente na plataforma, alguns soldados caíram, sem sequer ter tempo de perceber o que tinha acontecido com eles.
— A... ataque inimigo... são partisans!!!
Afinal, onde estavam escondidos? Homens mascarados, com balaclavas e máscaras cobrindo seus rostos, surgiram de todos os lados. Não era um concurso de fantasias, como ficou evidente pelas armas de fogo em suas mãos, que rapidamente cuspiam chamas.
— Se-se espalhem! Se espalhem e contra-ataquem individualmente!
O grito de Radco'n ecoou inutilmente. As balas estavam claramente sendo disparadas com um ritmo calculado. Os coquetéis molotovs, que voavam desenhando arcos dourados, estilhaçaram-se, a gasolina que se espalhou incendiou-se rapidamente, cobrindo tudo com chamas dançantes e frenéticas. Em meio ao fogo, a plataforma brilhou intensamente, como o palco de um teatro.
— Todos vocês, não se preocupem com os peões! Gyula! Derrotem o Gyula!
Um grito agudo ecoou da escuridão, seguido por um projétil vindo da mesma direção que a flecha anterior. A arma mortal passou de raspão pela face de Abel, que estava imóvel surpreso, e se cravou até a base em um dos pilares atrás dele. Logo após, um fedor nauseante se espalhou pelo ar; aparentemente, algum tipo de ácido ou substância química havia sido embebido na haste da flecha.
— Ah, ah, ah! Certo, uma arma! Eu guardei minha arma em algum lugar...
— Padre, por favor, abaixe-se!
Mesmo naquela situação, o padre começou a vasculhar os bolsos e a parte interna da roupa. Gyula pressionou sua cabeça para baixo. Ele então tirou o casaco Inverness e, agitando-o como um toureiro, derrubou um por um os dardos de besta que vinham voando em sua direção. Sua técnica era impressionante. No entanto, a precisão dos tiros indicava que a habilidade do atirador inimigo também não era comum.
Olhando para o último vagão do trem parado na plataforma oposta, de onde os virotes estavam vindo, Gyula esboçou um leve sorriso.
— Boa pontaria. Mas... Coronel!
— Sim!
Mesmo decadentes, eles ainda eram um exército. Após o primeiro momento de confusão ter se acalmado, os soldados da Guarda Militar começaram a se esconder atrás de coberturas e a revidar os disparos. Os atacantes também continuaram a disparar vigorosamente, mas já não mostravam o mesmo efeito surpresa da emboscada. Até mesmo os coquetéis molotovs que eram lançados ocasionalmente eram derrubados no ar, revelando as sombras de onde estavam escondidos.
— Pelo visto, o inimigo é pequeno em número. Envie cerca de dez homens para contornar pelo flanco esquerdo e cerque-os.
— Sim... Major Ix! Flanco esquerdo, contorno, cerco!
— Positive.
O jovem oficial, inexpressível, acenou com a cabeça e começou a se mover pela plataforma junto com os soldados. Parece que o inimigo percebeu sua presença. A linha de fogo enfraqueceu temporariamente.
— Não vão escapar, seus partisans!
Lambendo os lábios, Radco'n preparou seu grande revólver. Talvez com a intenção de cobrir a retirada de seus aliados, o atirador da besta continuava lançando virotes com a mesma intensidade de sempre. Sem mirar, o gigante com cara de peixe disparou uma rajada de tiros naquela direção.
— ! 
Um pequeno grito foi emitido. Uma figura de estatura baixa, segurando uma balestra de ação por alavanca para disparos rápidos, estava agachada enquanto pressionava o ombro. Vendo isso, um dos partisans gritou.
— Você está bem, 'Csillag'?
Com uma submetralhadora feita à mão em uma das mãos, o guerrilheiro partisan correu até o atirador de besta, mas parece que ele julgou ser impossível continuar o combate. Ele gritou rapidamente.
— A operação falhou. Eu a cobrirei aqui, então fuja, 'Csillag'!
A pequena figura, com o rosto escondido pela balaclava, parecia estar respondendo algo, mas não era possível ouvi-la bem devido aos tiros ecoando por toda parte. O guerrilheiro gritou novamente.
— Idiota! O que vai ser se o líder morrer? Eu seguro eles aqui! Você pegue os camaradas e fuja!
— .......
Durante isso, o poder de fogo das forças policiais da cidade continuou aumentando. Um esquadrão separado, que estava em espera fora da estação, notou que algo estava fora da normalidade e correu para dar suporte.
O arqueiro conhecido como 'Csillag' ficou em silêncio por um momento, mas quando o homem gritou novamente, assentiu como se estivesse se desvencilhando de algo. Um assobio vigoroso foi soprado com os dedos. Ao sinal, os atacantes começaram a recuar simultaneamente na escuridão.
— He! Como se eu fosse deixar esses terroristas fugirem!
Radco'n apontou o cano da arma para as costas da pequena figura. O gigante, como uma hiena que havia avistado sua presa, estreitou os olhos e cuidadosamente fixou o ponto de mira.
— Vá para o inferno!
— Ah, encontrei!
Naquele momento, um grito bobo de alegria irrompeu.
Foi então que o padre, que vinha se remexendo de forma inquieta, tirou do bolso interno um revólver de percussão antigo exageradamente antiquado. Ele engatilhou a arma com um clique seco e, com movimentos perigosamente desajeitados, puxou o gatilho.
— Ha ha ha! Com isso aqui, tenho a força de cem homens! Não vou deixar vocês escaparem, senhores terroristas... Ué?
Com um som estranhamente bobo e abafado, uma espetacular nuvem de fumaça branca subiu.
O revólver de percussão antigo é uma arma equipada com um mecanismo que dispara balas acendendo a pólvora diretamente selada dentro de um cilindro rotativo, sem usar cartuchos metálicos. Aparentemente, a pólvora no tambor estava úmida. A densa fumaça que se espalhou ao redor bloqueou a visibilidade em um instante.
— Cof! Cof! O que... O que diabos é isso!?
— D-desculpe! Desculpe! Desculpeeee!
— Isso é culpa sua, seu padre de merda!
— Espere, ‘Csillag’ está fugindo!
Aproveitando-se do instante de confusão, ’Csillag’ virou o corpo e suas pequenas costas desapareceram além da linha de tiros de cobertura. Alguns soldados abriram fogo, mas os disparos foram bloqueados pela fumaça e pela escuridão, perfurando em vão o ar noturno. 
...No entanto, a essa altura, a batalha já estava praticamente no fim.
Corpos de mortos e feridos estavam espalhados por toda parte, e os tiros esporádicos vindos de dentro e fora da estação, antes que se notasse, passaram a ser apenas os disparos das forças policiais.
— Verifiquem os danos!
— Apressem a evacuação dos feridos!
— Não matem os prisioneiros. Capturem-nos e interroguem-nos!
— Você está bem, padre?
O jogo da noite parecia estar se aproximando do fim. Em meio aos gritos trocados entre os soldados, Gyula estendeu a mão ao padre, que tossia com os olhos cheios de lágrimas.
— Tenho que lhe agradecer. Você salvou minha vida.
— Ah, não, de forma alguma..., mas, antes disso, quem eram aquelas pessoas agora há pouco? Disseram algo sobre 'partisans,' ou algo do tipo, não foi?
— São terroristas cruéis que habitam nesta cidade!
Radco'n torceu o rosto irritado por ter deixado escapar o peixe grande.
— Liderados por aquele homem chamado 'Csillag' ou algo assim, eles cometem assassinatos de pessoas importantes, sabotagens em instalações públicas e todo tipo de crime. São umas escórias malditas!
— Vamos, ande logo!
Com as mãos entrelaçadas sobre a cabeça, um partisan ferido foi levado à força pelos soldados, que o empurravam violentamente pela plataforma. Era o metralhador que há pouco estava tentando ajudar o líder a escapar.
— Olá, boa noite, senhor terrorista.
Foi Gyula quem, com uma voz calma, falou ao rosto sujo de sangue e lama. Ao olhar para baixo com um sorriso gentil para o homem que foi arrastado e jogado aos seus pés...
— Fico profundamente honrado com sua rápida recepção. É ótimo ver que você parece tão bem-disposto como sempre.
— Seu monstro!
A voz do terrorista parecia ecoar de algum lugar do inferno. Com os lábios grotescamente inchados, ele vocalizava ódio e raiva, e em seus olhos, nada além, do belo rosto de Gyula era refletido.
— Maldito monstro que fez da nossa cidade seu covil! Por sua culpa, esta cidade...ugh!
— Contenha-se, seu insolente!
O terrorista contorceu o rosto em agonia ao receber um chute de Radco'n bem na região do plexo solar. Um líquido vermelho e amarelo que jorrou de sua boca formou uma poça no concreto.
— Que desrespeito de sua parte para com Gyula-sama!
— Pare com isso, Coronel. Ele está ferido.
Antes que o padre de cabelos prateados tentasse falar alguma coisa, a voz de Gyula ecoou, interrompendo o gigante.
— Se o fizerem se mover mais, ele não será capaz de nos contar muita coisa... Mais importante, alguém providencie para que o padre seja escoltado. Levem-no à igreja antes que fique muito tarde.
— Ah, não, por favor, não se preocupem com isso...
Enquanto Abel balançava a cabeça nervosamente de um lado para o outro em negação, Gyula levantou a mão diante dele e, resolutamente, ignorou sua intenção.
— Não aceitarei recusas. Você é o homem que salvou minha vida... Major Ix, você serve. Providencie um carro para ele.
— Positive. Por aqui, Padre Nightroad.
— Ah... hum... me desculpe por isso.
O padre, seguindo o oficial inexpressivo que foi à frente, estava prestes a deixar a plataforma quando uma voz soou pela suas costas...
— Ah, a propósito, Padre.
O jovem de cabelos negros falou como se tivesse se lembrado de algo.
— Gostaria de perguntar uma coisa... Antes de ser transferido para cá, que tipo de trabalho fazia em Roma?
— Bem, eu era sacerdote em uma igreja na área pobre da cidade, mas anteontem recebi, de repente, uma ordem de transferência. Nem eu entendi muito bem e vim parar aqui... Ah, o que será que eu fiz de errado? Será que foi aquilo? Talvez tenha sido porque fiquei bêbado e fui pego pelo meu superior pregando para uma placa.
—...Entendo.
Quem percebeu que houve uma breve pausa até que a resposta fosse dada? Ainda assim, com a mesma calma de sempre, Gyula assentiu e fez uma leve reverência, como se pedisse desculpas por sua falta de cortesia.
— Não, fui indelicado ao perguntar algo indiscreto a alguém que acabei de conhecer. Nós o acompanharemos até a igreja, então, por favor, descanse bem esta noite.
— Sim, com sua licença.
... Mesmo após o padre partir, deixando uma reverência educada, Gyula continuou parado na plataforma. Ele observou atentamente enquanto as costas altas se afastavam. Foi apenas depois que a figura de Abel desapareceu completamente além do prédio da estação que ele abaixou os olhos para o guerrilheiro ainda ajoelhado a seus pés.
— Ah, agora que lembro, ainda não ouvi sua história, não é?
— .........!?
O homem não teve nem mesmo tempo de abrir a boca.
Uma mão graciosa estendeu-se suavemente, agarrou o queixo dele com firmeza e o ergueu no ar.
— Há pouco, o que você estava tentando me dizer? Se bem me lembro, algo como me chamar de monstro ou coisa parecida...
— Aaaaa....
Era uma força descomunal. Com apenas um braço, ele levantou uma pessoa inteira, demonstrando um poder claramente sobre-humano. No entanto, o que apareceu nos olhos arregalados do homem não foi espanto, mas sim um medo inconfundível. Eram os olhos de um condenado à morte, que sabia exatamente o que estava prestes a acontecer.
Os lábios do nobre, que o segurava, se abriram lentamente. O que emergiu entre os lábios finos foi uma língua levemente pontuda e presas brilhantes, longas demais para serem apenas dentes caninos. Gyula, então, inclinou-se suavemente para o pescoço do homem, como se estivesse prestes a degustar um vinho.
— Pa-pare...!
O grito do homem cessou de repente, como se tivesse sido cortado.
Um som nauseante ecoou, e, antes que pudesse perceber, o corpo dele ficou rígido como se tivesse sido atravessado por uma descarga elétrica, com os membros esticados. Mesmo enquanto suas mãos e pés rígidos sofriam violentos espasmos, Gyula manteve o rosto junto ao pescoço do homem. Apenas, sua garganta pálida movia-se de forma sinistra, e as gotas que escorriam do canto de seus lábios formavam uma poça vermelha na plataforma.
— ... Haa
Soltando uma respiração ruborizada e satisfeita, o jovem nobre ergueu o rosto. Os globos oculares do homem estavam quase saltando das órbitas, e em seu rosto, que lembrava cal viva, não restava nem um fragmento de vida. De fato, assim que Gyula afrouxou os dedos, ele desabou no chão como um boneco de papel e não se moveu mais.
— Sem dúvidas, ele tinha muito sangue, mas o sabor deixou a desejar... E quanto ao 'Csillag'? Da próxima vez, talvez deva comparar os sabores.
O homem continuava a convulsionar levemente na poça de sangue criada por ele mesmo. Gyula sussurrou gentilmente para ele, mas, obviamente, não houve resposta.
— Hunf, maldito terran inferior. 'Nossa cidade'? Não me faça rir. Esta é 'minha cidade'... Coronel!
— S-sim!
Os soldados que estavam cobertos de suor no rosto eram incapazes de esconder a expressão de medo. Dentre eles, um homem enorme avançou apressado e confuso. Gyula, enquanto limpava os lábios, deu uma ordem:
— Diga aos nossos informantes para investigar imediatamente sobre aquele padre. Esse homem, de alguma forma, me preocupa.
—En-entendido!
Radco'n pareceu querer dizer algo, mas fez uma reverência respeitosa e escondeu sua expressão. Atrás dele, os soldados recolhiam os cadáveres que estavam jogados no chão. Ignorando completamente o medo e o nojo que apareciam nos rostos deles, Gyula virou-se e começou a andar pela plataforma a passos largos.
“Maldito Vaticano, será que percebeu alguma coisa...?”
Não havia ouvido falar de nenhuma vaga na única igreja da cidade—a Igreja de San Mathias. E, ainda por cima, a chegada de um novo sacerdote justamente quando tudo estava pronto para ‘aquilo’ era coincidência demais para ser verdade.
— Aqueles caras não vão conseguir me deter... Dito isso, é melhor eliminar quaisquer elementos de preocupação, tanto quanto possível.
Provavelmente seria melhor avisar o informante também, só por precaução. Se aquele padre for um cão do Vaticano...
“Bem, se for assim, então que seja. Não importa.” 
Ele parecia ser um homem saboroso.
Os lábios do nobre se abriram levemente, e sua língua pontuda apareceu de relance.
————
Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿)
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jinmaok · 1 year ago
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KUSURIYA NO HITORIGOTO NOVELS - ENG
The Apothecary Diaries
⚠️WE DO NOT OWN THE RIGHTS FOR THIS WORK, MAKE SURE TO PURCHASE AND HELP THE AUTHOR OF THE WORK TO GET MORE RECOGNITION.
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MORE TO COME...
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senjuchihalyn · 6 months ago
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A novel que inspirou Meet You At the Blossom já está completa no Wattpad em português!!!!
Leia Aqui
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verdinhapewpew · 2 days ago
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O dia em que encontrei Dazai - Lado A (tradução)
Tradução em Pt/Br Credits: @popopretty
Perdão se a tradução não parecer exatamente igual, tentei deixar o mais parecido possível com o português que falamos no dia a dia para não ficar uma leitura estranha.
— Parte 1
Tem um cadáver de um jovem ensanguentado na minha varanda.
Eu olho para o cadáver, e então para a frente da casa. É uma manhã tranquila. O apartamento do outro lado da rua faz uma longa sombra no asfalto à minha frente. As flores plantadas na cerca viva estão farfalhando com a brisa, e sussurrando uma para outra de um jeito que nenhum humano conseguiria decifrar. Em algum lugar distante, eu consigo ouvir o som de caminhões arranhando a superfície do asfalto. E tem um cadáver no meio da escada na minha frente.
Em todos os casos, para nós, um cadáver é sempre uma presença estranhamente extravagante. Mas nesse caso, é diferente. Esse corpo se funde com a paisagem, se tornando um com o cenário cotidiano de uma manhã pacífica. Depois de um tempo, eu percebo o porquê. O peito do cadáver se move para cima e para baixo suavemente. Isso não é um cadáver, é alguém vivo.
Eu olho para o rapaz. Ele veste preto da cabeça aos pés. Um sobretudo de gola alta, um terno de três peças e uma gravata. As únicas coisas que não são pretas são a camisa social e as bandagens ao redor de sua cabeça. A última manchada numa mistura de vermelho e branco. A paleta de cores me lembra daquelas profecias chinesas macabras. O lugar onde ele está deitado, no meio das escadas que levam à varanda, apresenta manchas contínuas de sangue no concreto abaixo, insinuando que ele rastejou até ali.
Pergunta. O que eu deveria fazer com este quase-cadáver em minha frente?
A resposta é simples. Se eu o empurrar levemente com a ponta do pé, ele rola para a calçada. Se fizer isso, então ele não vai estar mais na minha propriedade, mas sim no espaço público. Território do país. E todos os necessitados dentro do território do país devem ser salvos pela misericórdia do país. Um entregador comum como eu deveria voltar para dentro de casa e tomar café.
Eu não estou fazendo isso porque sou uma pessoa fria e sem coração. Estou fazendo isso por sobrevivência. Os ferimentos do rapaz são claramente de tiros. Ele foi baleado diversas vezes. Provavelmente, há muito mais buracos em seu corpo do que eu consiga ver. E, além do mais, ele está segurando um maço notas na mão esquerda.
O que isso significa? Nada. Absolutamente nada, exceto que sua existência é um grande problema e que nada de bom virá de se envolver com ele. Em outras palavras, ele claramente não é alguém que um cidadão comum deve se envolver. Uma pessoa normal com a mente sã fugiria para outra cidade ao vê-lo — assim como Jonas faria se encontrasse um peixe gigante em um mar tempestuoso.
Eu olho para o rapaz, para a rua, para o céu e, então, de volta para ele.
E começo a agir. Primeiro, me aproximo e o ergo pelos lados. Depois, o arrasto pelos calcanhares para dentro de casa e o deito na cama presa à parede. Ele é muito mais leve do que parece. Carrega-lo não foi um problema. Dou uma olhada em seus ferimentos — muitos são graves, e o sangramento não é normal. Mas, se receber tratamento imediato, não é como se fosse morrer.
Tiro o kit médico do fundo do armário, e faço os primeiros socorros. Coloco uma toalha sob torso, corto suas roupas com uma tesoura para expor os ferimentos, e confiro para ver se não há nenhuma bala dentro dele. Para que o sangramento pare, aplico pressão nos pontos críticos — embaixo da axila, parte interna do cotovelo, tornozelos, atrás dos joelhos — e amarro firmemente com um pano limpo. Então coloco torniquetes esterilizados nos ferimentos para estancar o sangue. Felizmente para ele, sou capaz de fazer isso até com os olhos fechados.
Depois que termino o tratamento, baixo os olhos para o jovem e cruzo os braços. Sua respiração está estável – o sistema respiratório e ossos devem estar intactos. Mas ele não tem cara de quem vai acordar tão cedo.
“Já está ótimo, manda ele embora logo.”
 Ouço a voz na minha cabeça.  Não há nada mais estupido do que tratar um cara suspeito como esse. Talvez eu deva escutá-la. É o que um homem espeto faria.
Antes de seguir o conselho, olho outra vez para o rapaz. Não reconheço seu rosto. Provavelmente, não é alguém que conheça. Digo ‘provavelmente’ porque as bandagens cobrem metade de sua face, impossibilitando que eu veja seus traços. Mas ele é muito mais jovem do que imaginava. Jovem o suficiente para ser chamado de “menino”.
Então me lembro do maço de dinheiro em suas mãos. Se for mesmo tanto quanto parece, seria uma fortuna para alguém com um salário miserável como eu. Nesse caso, não seria nada demais pegar algumas dessas cédulas como um agradecimento por salvar sua vida, não é? Com isso em mente, retiro o maço de suas mãos. E é ai que realmente percebo por que sou o cara mais idiota dessa cidade.
Um gosto azedo se espalha pela minha boca.
Esse maço não foi usado. Tem um pouco de sangue nele, mas a faixa de papel, a prova que são cédulas novas, está intacta. Não há nenhum registro de banco impresso na faixa. Não há nada. E as notas estão perfeitamente empilhadas, em ordem crescente, de acordo com o número de série.
A sensação é de que alguém me golpeou na boca do estomago.
Existem duas possibilidades. A primeira, é que esse maço foi retirado da Casa da Moeda do Banco do Japão antes de entra em circulação no mercado. O que significaria que esse garoto é uma praga. Não existe a mínima chance de uma pessoa comum ter algo desse tipo. As cédulas da Casa da Moeda são primeiramente levadas para o Ministério da Fazenda, onde o número de série é escaneado para validá-las, e depois distribuídas para os diversos bancos da cidade, que trocam as faixas de papel pelas suas próprias.
Mas não há banco nenhum no maço. O único jeito de conseguir cédulas assim é roubando da Casa da Moeda, provavelmente atacando um carro de transporte. Será que ele saiu desse tipo de situação?
Se sim, posso respirar aliviado e voltar a fazer meu café na cozinha. Ladrões de carros de transporte são violentos, mas só isso. Violência não é nada de extraordinário.
Mas tem outra possibilidade.
Essas notas podem ser falsificadas. Pego uma lupa do fundo do quarto e examino cuidadosamente o maço em minhas mãos. Um calafrio percorre o meu corpo, fazendo meus dedos tremerem. Tento comparar elas com notas normais da minha carteira, mas há diferença nenhuma entre elas.
É uma Supernota.
Minha visão fica turva por um segundo.
Se for esse o caso, esse maço em minhas mãos se tornou tão perigoso quanto uma bomba. Falsificação de dinheiro é uma ferramenta guerra usada muito antes dos arcos e flechas. Se alguém consegue entrar no país inimigo com cédulas tão bem-feitas, o preço da moeda cai pela quantidade de dinheiro circulando, causando inflação.
Um país, de certo modo, é sua própria moeda. Ao alimentar habilmente a desconfiança na moeda de um país, é possível destruir a economia e derrubar uma nação inteira. Por essa razão, a Agência de Segurança Nacional está sempre em alerta para notas falsas. Se esse nível de falsificação for introduzido no mercado, não seria algo para a polícia local. Isso é muito maior. Seria responsabilidade da Agência de Segurança Nacional ou das Forças Armadas.
Jogo o maço de notas na mesa. Não quero mais deixar minhas digitais nele. Se eu reportar o incidente agora mesmo, ainda posso defender o meu lado para as autoridades. Não tenho tempo a perder.
Escuto uma voz fraca quando pego o telefone.
“Largue o telefone.”
Me viro em direção a voz. O garoto estava acordado e seu olhar escuro me encara. Olho para o telefone e de volta para ele.
 “E se eu não fizer?”
“Eu mato você.”
Essas palavras são tão medíocres quanto os pacotes de comida não vendidos em uma delicatessen, pelo menos para este garoto. Posso perceber, apenas olhando em seus olhos, que quando ele pronuncia a palavra ‘matar’, não passa de uma palavra comum para ele. Como cortar as unhas ou sair para comprar mais cigarros, palavras desse tipo.
“Como?” Eu coloco o fone no gancho, mas não o devolvo à base. “Você tem buracos de bala por todo o corpo. Não consegue se mexer. Está morrendo por toda a parte. Não tem uma arma. Para me matar nessas condições, precisaria de mais de mil de você.”
“Eu não preciso de tanto.” Ele diz friamente. “Eu sou a Máfia do Porto.”
Essas palavras são o suficiente.
“A Máfia do Porto”, eu escolho minhas palavras com cuidado antes de continuar. “Então não tenho escolha senão obedecer.” Lentamente, encaixo o fone na base.
 “Que bom,” ele dá uma leve risada.
Se ele realmente for da Máfia do Porto, eu tenho que me cuidar até mesmo para segurar uma colher em sua frente. Quando o oponente é a Máfia, o sinônimo de violência, mesmo que eu consiga denunciar e escapar, não há o que esperar do que venha depois. O ser humano tem o total de 206 ossos, e não seria nada estranho se eu aparecesse esquartejado nessa mesma quantidade.
O encaro por uns segundos. E então vou para a cozinha. Deixo a porta aberta para que ainda consiga observá-lo. E começo a fazer meu café. Colo a chaleira com água no fogão e sirvo o pó de café um uma xicara.
“Se eu não tenho permissão de ligar para a polícia, e um médico?” Digo, ainda encarando a água ferver.
“Tudo que eu fiz foram apenas uns primeiros socorros. Se você não foz analisado por um médico de verdade, pode morrer logo.”
“Sem problemas.” O garoto diz com a voz melódica. “Isso não é nada. Já me acostumei com ferimentos.”
“É mesmo? Como preferir, então.” Sirvo o café e começo a mexer. “De qualquer modo, é impossível um simples entregador como eu ir contra os demônios da Máfia do Porto.”
“Ser obediente é bom. Então...”
De repente, o garoto começa a tossir e vomitar sangue. Me apresso até ele e viro sua cabeça para o lado, impedindo que se engasgue. Verifico sua boca, mas não consigo identificar de onde o sangramento vem. Poderia ser apenas um corte dentro da boca, ou uma ferida interna.
“Vá para o hospital e se trate. Você realmente vai morrer dessa maneira.”
“Está ótimo.” Ele diz em um sussurro. “Me deixe morrer assim.”
Sinto um arrepio passar por meu corpo.
Examino o rapaz. Ele está com o olhar vidrado no teto. Nenhuma emoção, nenhuma intenção, penas uma expressão vazia. Não consigo acreditar em meus próprios olhos. É como se não existisse um ser humano dentro dele. Se fosse de madrugada, ao invés de uma linda manhã, eu acreditaria que ele fosse um fantasma ou uma alucinação.
Tudo de estranho está acontecendo hoje. Minha vida vai virar de cabeça para baixo, pelo jeito.
“Está bem.” Digo. “Se você quiser morrer, então morra. A vida é sua. Não te impedir de nada. Mas vou ter sérios problemas se isso acontecer aqui. Não tenho testemunhas que afirmem que não fui o responsável pela sua morte. Posso ser preso.”
“Entre ser preso ou ser morto pela Máfia depois, o que você prefere?”
Eu o encaro enquanto digo, “Essa é uma pergunta difícil.”
Volto para a cozinha, testo a temperatura do café para ver se não esfriou. Tiro o açucareiro do armário e pergunto, “Quer café?”
Sem resposta.
“Como você desmaiou em frente à minha casa?”
Ainda sem resposta.
“O que eram aquelas notas na sua mão?”
Sem resposta para essa, claro.
Sinto como se estivesse conversando com uma criatura diferente. Como se um personagem de um livro de fantasia tivesse aparecido numa manhã pacífica. Só que ele está coberto de sangue, e quer morrer.
Sirvo mais uma xícara com café e adoço. Observo o vapor subir e espero esfriar um pouco. E então percebo que não consigo sentir ninguém no cômodo. Nenhuma respiração. Nem mesmo o cheiro de morte.
Com os dois copos em mãos, espio pela porta. O rapaz está se rastejando em direção a porta. Se ele conseguisse usar as pernas, já estaria lá fora. Mas parece que ainda não tem forças o suficiente, pelo jeito que só usa os braços para arrastar o corpo pelo chão. Como um prisioneiro tentando escapar de sua cela, como nos filmes de guerra.
Ele percebe o meu olhar e, como se tivesse desistido, um sorriso de escárnio aparece em seu rosto.
“Você não me quer morrendo aqui, não é? Se eu sair, você não vai ter nada a ver com a minha morte. Não precisa se preocupar. É só ficar aí e assistir.”
Ainda segurando o café, pergunto, “Você quer morrer tanto assim?”
“Claro! Eu me juntei a Máfia, mas ainda não sinto nada.” Ele responde em uma voz que lembra o suspiro de uma alma agoniada. “A única coisa que quero agora é a morte.”
Então ele continua a rastejar.
Tomo um gole do café enquanto assisto. É uma cena patética. Outro gole. Ele continua, sem me direcionar a atenção.
Há só uma coisa a se fazer.
“Não adianta me parar.” Ele deve ter percebido meu movimento. Com os olhos fixos em frente, ele continua, “Ninguém vai contra a Máfia do Porto. E ninguém da Máfia vai contra mim. Em outras palavras, ninguém vai -ooqueeeee!!??”
Ele é puxado para trás.
Eu o enrolo em um cobertor e o levanto do chão, amarrando as pontas, como um pacote de bala. Viro-o de cabeça para baixo e o levo de volta para o quarto.
“Isso dói, dói, dói! Meus ferimentos estão se abrindo! Que merda você está fazendo, seu idiota? Você quer morrer?”
“Não, não quero. Mas também não que te deixar morrer. Se você sair nesse estado, isso vai realmente acontecer. Só invente uma história de morte sem mim quando melhorar.”
Quando parece que ele vai reclamar, chacoalho ainda mais o cobertor.
“Ai! Ai! Para! Eu odeio sentir dor!!”
“Então desiste?”
“Não!”
Tento pensar em uma oferta melhor e acho a perfeita. Vamos amarrá-lo à cama.
Coloco-o de volta a cama, abro o cobertor, pego uma toalha e ato seus braços, que estão cruzados no peito, junto ao torso. Uso uma corda decorativa da sala para juntar as pernas a cabeceira da cama. Levanto os travesseiros, trocos os lençóis, e abro a janela para o ar fresco entrar.
“De agora em diante, até você melhorar, eu te deixar desse jeito.” Abaixo a cabeça para olhá-lo e digo, “Tem algo de que precise?”
“Meu nariz tá coçando.” Ele me olha com ressentimento enquanto balança os braços presos.
“Coitadinho.” E volto para o meu café na cozinha.
Os xingamentos do garoto fazem eco pela casa. Mas a vizinhança é escassa, então não há com o que me preocupar. Aprecio meu café matinal.
E assim começa a curta e estranha vida comunal entre Dazai e eu.
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mayura-chanz · 4 months ago
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Children Record - side n° 5
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
_____
Quando entrei na indústria, meu gerente me ensinou muito sobre como um ídolo pop deveria agir. Não importa se a câmera esteja em mim ou não, ele disse que era totalmente importante que eu me comportasse como se alguém estivesse sempre observando.
"Eu ajo assim desde o ensino fundamental", respondi, um pouco mais atrevida do que deveria. Meu gerente sorriu: "Nossa, você tem se comportado como um ídolo por tanto tempo?" Ele disse.
Não que eu quisesse. Eu só tinha esse efeito estranho nas pessoas; eu constantemente atraía atenção, a um nível honestamente assustador.
De acordo com o que o meu irmão me disse ontem, essa habilidade de “olhos cativantes” era uma das habilidades sobrenaturais que vinham para as pessoas que faziam contato com o fenômeno sobrenatural “Kagerou Daze”. Coisas ocultas como essa normalmente me deixariam meio animada, mas essa coisa de “cativar”...era mais irritante do que qualquer outra coisa.
Aliás, eu nem era tão bonita assim. E ainda assim, só de andar pela rua, eu tinha estranhos me perseguindo e explodindo em aplausos se eu falasse uma palavra com eles. Câmeras disparavam ao meu redor, não importava onde eu estivesse. Isso acontecia desde que era criança, então ficar obcecada com a forma como as pessoas me viam era algo cotidiano há anos.
Então, quando se tratava de agir “como se alguém estivesse sempre observando”, eu estava confiante de que era muito mais sensível a isso do que uma estrela pop comum.
...Mas agora, comecei a pensar mais nas palavras do meu gerente. Ele disse para agir como se estivesse sendo observada. Ele não disse “Muitas pessoas estarão observando você, então esteja preparada”. Acho que o que ele estava tentando dizer era “Nunca se esqueça de que você é um ídolo em todos os momentos, em todos os lugares”.
Por essa definição, eu era um fracasso total. Comi duas porções de katsudon que nossa chefe preparou ontem à noite—é a especialidade dela—e depois de correr o dia inteiro, acabei dormindo no sofá pela segunda noite consecutiva. Hoje, nem acordei até depois do meio-dia. Acho que poucas pessoas, principalmente mulheres, são capazes de dormir no sofá de um estranho na sala de estar.
Não foi como se alguém tivesse tentado me acordar. Na verdade, Seto e Mary tiveram que tomar café da manhã encolhidos longe de mim, que estava esparramada no sofá. Eu me pergunto como eles conseguiram.
...No entanto, merda. Esse problema não tinha nada a ver com ser um ídolo em primeiro lugar. Eu poderia simplesmente morrer, juro.
Toda a porcaria boba que fiz hoje foi o suficiente para surpreender até mesmo Shintaro: “Você passou da esquisita para completar o círculo para o incrível,” disse. Essa pode ser a primeira vez que ele me elogia, acho. Heh-heh; eu quero morrer.
Então agora, essa estrela pop obcecada por katsudon está em uma situação difícil. Mais do que uma situação difícil, na verdade. Uma crise, talvez? Ou talvez um impasse de abalar o mundo. Sim. Era isso que eu estava enfrentando.
Eram 23:50, e um vento morno soprava em meu rosto. A lua estava escondida sob uma espessa cobertura de nuvens, as lâmpadas de rua nuas e os faróis de carros que passavam eram as únicas coisas que iluminavam as estradas pavimentadas.
Tínhamos caminhado por volta de meia hora desde que saímos do esconderijo. A conversa era escassa enquanto andávamos silenciosamente antes de chegar ao portão da frente do nosso ponto alvo: a base “inimiga”.
— ...Você tá brincando comigo? — Hibiya estremeceu. — Nós vamos invadir aquele prédio assustador?
Atrás dos muros altos havia uma estrutura gigantesca de estilo ocidental, uma cor preta brilhante na escuridão. Ela pairava acima do portão e, como Hibiya disse, era a definição de livro didático de “assustador”. Se esse realmente era o esconderijo do inimigo, a escuridão agourenta que ele exalava com certeza o fazia parecer a parte.
Mas ainda era um pouco difícil de engolir. Quero dizer, o prédio não foi feito para nenhum propósito inerentemente assustador.
*
Era o prédio principal da minha escola.
Dois anos atrás, logo antes de Shintaro ser admitido pela primeira vez, a escola passou por uma reforma em grande escala.
Você pensaria que “renovação” envolve apenas remendar as partes quebradas ou desgastadas do prédio, mas quando elas foram concluídas, não parecia uma reforma. Era mais como uma reconstrução completa.
O prédio em si foi totalmente refeito, é claro. Também havia um muro forte, durável construído ao redor do terreno, completo com um sistema de segurança eletrônico. Não sei se o “inimigo” de que meu irmão falou havia planejado tudo isso, mas certamente foi uma das razões pelas quais eu estava disposto a acreditar em sua história.
Eu ainda me lembrava de como era quando o trabalho começou, por exemplo. Eu passava por aquela velha escola destruída o tempo todo, então um dia, a construção começou, e num piscar de olhos, ela se transformou nisso. Olhando para trás, eles certamente concluíram o projeto na velocidade da luz.
Foi mais ou menos nessa época, de fato, que todos os tipos de novos edifícios começaram a ser construídos no bairro. Isso foi algo que eu pude experimentar por mim mesma, e eu não podia negar que a teoria do meu irmão, que é de quando nosso inimigo começou a tramar seu esquema, parecia terrivelmente correta.
— Nossa, — eu teimosamente retruquei, — com certeza te dá uma impressão diferente do que durante o dia, né...? você não tem medo de coisas assustadoras como essa, tem, Hibiya?
Hibiya me lançou um olhar exasperado.
— Ah, vamos lá. Só estou dizendo que é assustador porque não sabemos o que tem lá dentro. Não acredito em fantasmas e nem nada do gênero... mas e você, Momo?
— Mmm, não sou muito afetada por nada disso. Ah, Shintaro e a líder são totalmente molengas! Fomos a uma casa mal-assombrada há um tempo atrás e ela desmaiou de verdade.
— Uau! Como? — Os olhos de Hibiya brilharam enquanto sorria. — Isso é meio que uma surpresa. Ela age tão tranquila o tempo todo. Acho que não tanto na vida real, né?
Aliás, fui eu quem a fez desmaiar..., mas eu também não estava exatamente mentindo, e não fazia sentido entrar em detalhes. De qualquer forma, a líder parecia não se lembrar.
Esse foi o tipo de conversa inútil que tivemos enquanto esperávamos pela hora marcada. Não parecia haver ninguém lá, na escola, parado alegremente no meio da escuridão. Pensando bem, hoje deveria ser o primeiro dia das aulas de reforço após o feriado de Obon; acabei matando aula no final. Deveria haver pessoas entrando e saindo para as atividades no clube, mas não havia nada.
...Hmm. Ainda não tenho certeza se entendi completamente. O que esse nosso “inimigo” estava pensando, construindo seu covil do mal debaixo de um prédio público? Dei outra olhada ao redor, mas naturalmente não consegui encontrar nenhuma resposta no meu ponto de vista.
— Você acha que a escola é mesmo... o esconderijo e tal? Estou com dificuldade em acreditar.
— Não tenho muita certeza se esse “inimigo” nosso existe, por falar nisso, — Hibiya acrescentou. — Você estuda nessa escola, não é, Momo?
Eu balancei a cabeça. — Não percebi nada. Tipo, se eu tivesse notado, tenho certeza que todo mundo teria feito também, e aí seria um grande problema.
— Ooh, nunca se sabe, no entanto, — ele respondeu, ainda alerta. — Tipo, talvez essa organização do mal já tenha feito uma lavagem cerebral em você e tal.
Parecia algo saído de um programa infantil de super-heróis. Algo me disse que se alguma “organização do mal” existisse nessa cidade, provavelmente éramos nós. O “Mekakushi-dan” não era um nome que qualquer grupo decente e honesto daria a si mesmo.
— Nah, eu duvido. Eu acho que nenhum dos alunos daqui notou nada de errado com a escola em si. Quero dizer, eu não notei.
— É, mas do jeito que Shintaro colocou esse “inimigo” ...É seu professor, não é? Aquele que nos levou ao parque ontem?
Tive dificuldade em formar uma resposta. Como se notasse o silêncio, o vento escolheu aquele momento para começar a soprar.
Eu sabia disso na minha cabeça, e não queria lançar dúvidas sobre meu próprio irmão. Mas, para ser sincera, eu ainda não acreditava totalmente em tudo o que Shintaro disse. Que alguém está atrás de nós e de nossas habilidades dos “olhos”; que esta cidade inteira já foi tomada por alguma presença sinistra; e, acima de tudo, que o cérebro por trás de tudo isso era o Sr. Tateyama, meu professor de sala de aula.
Quando ouvi isso pela primeira vez hoje, fiquei praticamente sem palavras. Se Shintaro não tivesse sido o único a dizer isso, acho que não teria acreditado em nada. Mas foi exatamente isso que ele disse. Ele nunca foi uma presença totalmente confiável na minha vida, mas eu sabia que ele era mais inteligente do que praticamente qualquer um, e sabia que ele não iria falar um monte de besteiras durante uma crise como essa. Nunca.
Ele tinha me contado a verdade, e eu não tinha absolutamente nenhuma razão para pensar o contrário. Então eu não queria chamar isso de um monte de mentiras...Mas ainda assim, foi um choque enorme. Acho que eu teria me sentido um pouco melhor sobre isso se pudesse ter conversado mais com Shintaro. Mas ele agiu todo pensativo sobre algumas coisas, então não pude fazer isso.
Minha mente, indiferente aos meus sentimentos, começou a conjurar todos os tipos de cenários de pior caso. Fiquei ansiosa que todas essas coisas incríveis e insubstituíveis que eu tinha encontrado nos últimos dias voassem para longe, para nunca mais serem vistas. Isso fez meu peito parecer que estava prestes a ceder.
Sério, se há um Deus aí, ele poderia ser um verdadeiro rei da zoeira às vezes. Por que estávamos sendo solicitados a aturar tudo isso? Eu nunca pedi nada irracional, não que me lembre. Eu só queria uma vida normal. Uma onde eu pudesse estar com todos. Era isso.
— ...Momo?
A voz de Hibiya me jogou de volta à realidade, enquanto sua mão direita puxava a bainha do meu moletom. A ansiedade em seu rosto um momento atrás se foi, e suas bochechas estavam um pouco inchadas. Devo ter demorado muito para responder para o gosto dele.
— Hum..., — eu disse, tentando recompor minha mente.
— Olha, se você está preocupada com alguma coisa é só falar. Você realmente confia tão pouco em mim?
— Hããã? — Fiquei perplexa.
— Digo, eu também estou nervoso, mas...tipo, nós temos que fazer isso, não é? Nós todos conversamos juntos: recuperamos tudo e acabamos com isso. Se você vai ficar toda nervosa assim...você vai começar a me atrapalhar também, né?
Então ele se virou, um pouco envergonhado do que tinha acabado de dizer.
O vento, que fazia um barulho alto até agora, acalmou-se. Estávamos envoltos em silêncio.
— Uhm...obrigada. Eu...eu vou tentar o meu melhor.
Eu era bem simples às vezes. Ouvir Hibiya foi o suficiente para a ansiedade que enchia meu coração se encolher e esconder-se nas sombras.
O que é bom, eu acho. É bom, mas...não sei. A sensação assustadora que estava se expandindo em seu lugar não era menos confortável. As crianças de hoje em dia...realmente sabem como se manter unidas! Hum....Ha-ha-ha. Ah, cara.
— Tuuudo bem! — uma voz brusca gritou. — Desculpe interromper vocês quando as coisas estão esquentando, mas já está na hora de ir!
Eu segui a voz. Ela vinha do meu bolso. Tirando-o de lá, fui recebida com a imagem de uma garota de maria-chiquinha, encarando-me e parecendo extremamente irritada por algum motivo.
— Ah...Ene?! Desde quando você está aí?!
— Ah, desde o “Obrigada, eu vou tentar o meu melhor”, eu acho? — ela respondeu, um sorriso travesso no rosto. Reflexivamente, apliquei pressão em ambos os lados do celular. A tela começou a ranger.
— Aaagh! — Ene gritou em resposta. — O-o que você está fazendo?! Se você quebrar este celular, toda a operação vai desmoronar! Tudo!
Ela abriu bem as mãos para provar seu ponto. O mostrador de tempo acima dela marcava 23:55h.
— Bem, a culpa é sua por se aproximar de mim, Ene. Ugh...então Shintaro e o resto entraram?
— Pode apostar que sim! Ha! Aposto que eles não esperavam que eu invadisse a segurança nem em dez bilhões de anos! Eu derrubei tudo em segundos! Está aberto até os ossos!
Ene ficou de pé no celular, de braços cruzados. Fiquei surpresa que ela conseguiu manter essa tensão mesmo em um momento como esse. Era realmente como, como se ela...
— Bem, bom trabalho, Ene. Fico feliz que podemos contar com você.
Ene congelou por um segundo, sem esperar meu elogio, antes de sorrir de um lado para o outro da tela. — É, totalmente! Eu sou só, tipo, um demônio, não sou?!
Hibiya, olhando de lado, deu um longo suspiro, como se não houvesse mais nada para comentar. — Vamos, Momo, — ele disse. — Temos que começar. Você sabe o que deve fazer?
— Ummm, provavelmente! — Respondi com um sorriso. Hibiya nervosamente enrijeceu o rosto, como sempre fazia.
Eu estava tentando um pouco agir como uma palhaça para ele, mas é claro que eu sabia meu papel em tudo isso. Com as habilidades consumadas de Ene para quebrar a segurança, a escola inteira agora era nossa para explorar. Assumindo que tudo estava ocorrendo conforme o planejado, o outro grupo estava usando um mapa desenhado da habilidade de Hibiya de marchar direto para o núcleo central do esconderijo do nosso “inimigo”.
Mas, como Ene nos avisou, — Assim que eles perceberem que a segurança está off-line, não tem como dizer que tipo de caras eles vão mandar. — Tínhamos a fechadura aberta, em outras palavras, mas poderíamos ter alguma companhia em breve que não aprovasse isso. De jeito nenhum. Eles poderiam muito bem estar armados também, e dada a falta de treinamento de batalha sofisticado do Mekakushi-dan, não duraríamos muito tempo. E enquanto não soubéssemos o quanto desta cidade estava realmente nas mãos do nosso inimigo, não havia como contar com qualquer suporte externo.
...Mas é aí que eu entro.
Agora faltavam três minutos para a meia-noite. Minha missão estava prestes a começar.
Ene também devia saber. — Espalhei na rede que você está aqui agora, como planejamos, — ela me disse, mostrando uma seriedade rara para variar. — Vocês, ídolos pop, são demais. Vocês não acreditariam o quão malucas as pessoas estão agora.
Forçando um pouco os ouvidos, já conseguia ouvir os murmúrios de pessoas distantes entre os sons da noite. Eu me aposentei da indústria por motivos bem pessoais, mas à noite, talvez eu tenha uma chance de compensar isso.
— Obrigada, Ene, — disse.
Ene sorriu. — Ei, nós somos todos amigos aqui! Não precisa ser educada agora!
Respondi com meu sorriso típico. Então entreguei meu celular para Hibiya e me virei em direção ao portão da escola.
Olhando para trás, a última vez que pisei aqui foi... AH. Há só três dias, hein? Parece que foi uma eternidade.
Há três dias, eu estava vindo para cá totalmente desanimada, pronta para começar minhas aulas de recuperação. Nunca imaginei que a escola no verão acabaria assim: entrando para o Mekakushi-dan, encontrando essas pessoas, encontrando algo assim...
Estava começando a parecer, agora, que eu estava completamente desligada da realidade.
— ...Hein, Momo? Eu posso te pedir uma coisa?
Quando me virei, vi Hibiya me encarando, algo claro estava em sua mente. Então me ocorreu: esta poderia muito bem ser a última vez que estaríamos no mesmo lugar. Acenei de volta para ele.
— Você é, tipo, um ídolo incrível, certo, Momo? E-eu acho que é por isso que eu acabei vindo aqui em primeiro lugar. Você provavelmente era a celebridade que a Hiyori queria um autógrafo.
Hiyori. A garota com quem Hibiya veio para a cidade. Aquela que provavelmente estava sofrendo no Kagerou Daze agora. Alguém que Hibiya tinha que resgatar a todo custo.
— Então, hum, quando tudo isso acabar... eu posso pegar um autógrafo seu?
Eu tinha sentimentos um tanto confusos sobre esse pedido. Primeiro, supondo que tivéssemos sucesso, isso significaria que eu me aposentaria permanentemente da carreira de estrela pop. Um autógrafo de alguém como eu não a deixaria nem um pouco animada.
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Dois...eu não faço ideia. Acho que fiquei com um pouco de inveja dela. Esse tipo de coisa.
— Então... jura que nós vamos nos encontrar de novo, está bem?! Prometa!
...Prometer, né? Justo.
— ...Claro. Prometo.
Passamos pelo portão. Uma visão familiar me cumprimentou enquanto caminhávamos rapidamente para o terreno da escola. Enquanto isso, pensei sobre as coisas mais uma vez. A última vez que estive lá, no meio da minha sessão épica de desânimo, me vi admirando adolescentes “normais” vivendo de fato seus anos dourados. Agora, porém, enquanto caminhava, senti como se estivesse lá. Que eu finalmente estava fazendo algo parecido.
Não havia nada da luz brilhante do sol que eu aproveitei naquele dia, mas ali, de pé no meio do terreno da escola, aposto que eu estava brilhando tão intensamente quanto podia.
Os sons de pessoas que eu mal ouvia no vento antes estavam agora perfeitamente claros no ar. Eu podia dizer que meu pulso estava acelerando com o barulho. Foi a primeira vez que Shintaro me deu uma tarefa tão importante. Eu tive que dar tudo o que tinha.
Respirando fundo, concentrei-me. Logo eu pude sentir o fundo dos meus olhos ficando mais quentes, como se estivessem queimando.
Toda essa cidade já estava infectada. Não tínhamos como saber quem era amigo e quem era inimigo.
...Então a solução estava clara. Vamos trazer todo mundo para cá.
Com tantos olhos reunidos em um ponto focal...qualquer possível vilão teria que ser muito mais cuidadoso com o que tentasse.
O barulho estava aumentando e se tornando uma multidão. Eu sabia que milhares, dezenas de milhares, mesmo, estavam avançando sobre a escola. Foi a primeira vez que usei meus “olhos cativantes”, a habilidade que eu tanto odiava esse tempo todo, com toda a minha força.
A próxima coisa que percebi foi que toda a área estava brilhando com um lindo tom dourado. A lua, antes escondida nas nuvens, agora estava enorme no céu, brilhando com tudo o que tinha. Uma iluminação bem chique para meu último show no palco. Agora eu não podia voltar.
Eu estava pronta para cativar esta cidade, esta nação, este mundo. Eu não permitiria que eles sequer piscassem. Respirei fundo e gritei alto para o céu:
— Momo Kisaragi, dezesseis anos! —E eu sou um ídolo pop!
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ludnberg · 5 months ago
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Completamente me esqueci de repostar as minhas coisas do Twitter, hora de corrigir isso
Magical girl raising project episodes em ptbr
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2 notes · View notes
estantedenovels · 1 year ago
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The Fantasie of a Stepmother
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Títulos Alternativos: A Stepmother's Fairy Tale, A Stepmother's Märchen, A Fantasia de Uma Madrasta, Um conto de fadas da madrasta
A viúva de ferro, a viúva aranha, o caçador, a bruxa do castelo de Neuwanstein, o constrangimento das nobres damas….
Estas foram todas as palavras usadas para descrever a marquesa Shuri Van Neuwanstein. Apesar de receber tais críticas do mundo, ela criou seus 'filhos', que não tinham parentesco de sangue com ela e tinham idade suficiente para serem chamados de irmãos. E finalmente, no dia do casamento do primeiro filho, Jeremy, ela sentiu que todo o seu trabalho duro havia unido todas as pontas soltas.
Mas ela estava terrivelmente enganada. Após ouvir a mensagem solicitando que ela não comparecesse ao casamento, ela se envolveu em um acidente e morreu ao sair do castelo.
Ao abrir os olhos, acordou no dia do funeral do marido, há sete anos. Me recuso a sofrer mais. Não vou viver como vivi no passado pela segunda vez!
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anyaryy · 1 year ago
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My Underachieving Seatmate Doesn't Need Any Comforting (PT-BR)
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Autor(a): Long Qi (龙柒)
Gênero: Romance, School Life, Shounen Ai, BL
Capítulo em chinês: 113 Capítulos + 9 Extras (Completo)
Publico em: JJWXC
Ler online:
Opção 1: https://anyaryy.tumblr.com/musdnac
Opção 2: https://www.wattpad.com/story/359805096-my-underachieving-seatmate-doesn%27t-need-any
Sinopse:
Qiao Shao, que trabalhou duro para ficar acordado a noite toda estudando, foi o primeiro da classe... se você contar de baixo para cima.
He Shen - que conseguiu uma pontuação perfeita mesmo dormindo o dia todo -, em uma rara demonstração de gentileza, comprou uma bebida para confortar seu companheiro de mesa idiota.
Então ele viu as mensagens aparecendo no telefone de Qiao Shao:
【Pai: Não entre em pânico, está tudo bem se você não foi bem no teste. Papai acabou de encomendar um novo carro esportivo para você.】
【Avô: Neto, não há necessidade de pressa. Está tudo bem, mesmo que você não tenha se saído bem no teste. Vovô comprou um iate novo para você, venha descansar.】
【Vovô: Neto, não chore, tudo bem se você não foi bem na prova. As propriedades no valor de bilhões do vovô são todas suas.】
Com uma expressão vazia, He Shen jogou sua bebida no valor de 2,5 yuans no lixo.
Tenha calma! Para que serve conforto?
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openmindota · 1 year ago
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[O Renascimento do Mudinho] Capítulo 4 — Autoajuda
Avisos: Nada me pertence, somente a tradução. É uma tradução de fã para fãs. Não utilize essa tradução para fins comerciais e nem republique em outra plataforma sem minha prévia autorização.
Novel original clique aqui.
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Mu Xiaoke correu todo o caminho para casa sem parar e lavou-se o mais rápido possível. Ele não queria recordar nenhuma memória relacionada àquele cachorro enorme e feroz. Tais memórias eram muito dolorosas e aterrorizantes. Ele desejou nunca ter estado neste mundo. Se ele nunca tivesse aparecido, não seria morto e nem seria insultado a ponto de não ter nem dignidade.
Mas quando ele abriu os olhos, a água quente ainda pingava sobre ele, suas mãos ainda se sentiam insuportáveis, como se estivessem manchadas de sangue, sujas, imundas.
Não, ele não pode permitir que essas tragédias dolorosas aconteçam novamente. Deus o deixou viver novamente. Não apenas para deixa-lo mudar seu destino, mas também para lhe dar liberdade. Ele quer impedir esses desastres. De qualquer forma, ele não pode continuar tão confuso. Ele tem que fazer alguma coisa, ele deve fazer alguma coisa.
Como se tivesse acordado de repente, Mu Xiaoke saiu apressadamente do banheiro. Ele não se importou que seu cabelo ainda estivesse encharcado de água e apressadamente foi vasculhar os compartimentos escondidos em seu armário.
Ele quer se salvar e a pessoa de bom coração que foi implicada por sua causa. O primeiro passo é ter a capacidade de sobreviver e de viver sozinho com dignidade.
Ele não tem a beleza de seu irmão. Nem o dinheiro e o poder dele. Ele é uma pessoa com deficiência que não consegue se comunicar normalmente com outras pessoas. Não é fácil para ele viver por conta, mas em qualquer caso, ele tem que tentar.
Seguindo suas já vagas lembranças, ele enfim encontrou as notas plastificadas.
Esta é a herança mais preciosa deixada por sua mãe.
Em algum momento, Mu Xiaoke foi acordado por alguém e, ao abrir os olhos, viu que era seu pai. Seu pai franziu as sobrancelhas enquanto olhava para ele e raramente demonstrava qualquer traço de preocupação: — Por que você adormeceu segurando um livro sem se cobrir?
Mu Xiaoke ficou surpreso, ele tinha sentimentos confusos em seu coração. Este não é um livro. São as anotações de trabalho mais importantes da sua mãe quando ela era viva, mas seu pai não conseguiu reconhecer. Ele realmente queria perguntar ao pai. O que você pensa sobre sua esposa morta? Qual é o valor da vida dela em seu coração?
Mas ele não podia perguntar e nem se atrevia a perguntar.
Ele colocou gentilmente as anotações debaixo do travesseiro e disse em linguagem de sinais ao pai de que estava bem.
Nesse momento, a porta do quarto se abriu novamente e foi Mu Kai que entrou... e Rong Yanzhe!
Mu Xiaoke sentiu seu sangue gelar. O olhar insensível de Rong Yanzhe o atingiu. Ele sentiu-se frio e em dor. Mais do que isso, Fu Jiayun também veio.  
Os três ficaram juntos, o suficiente para deixar Mu Xiaoke assustado.
— Como está Xiao Ke? Durante o dia você assustou o irmão Yanzhe e os convidados. — Mu Kai olhou para ele com preocupação e sentou-se diretamente na cama para pegar sua mão.
Mu Xiaoke reagiu evitando-o imediatamente. Esse ato surpreendeu as pessoas ao seu redor, ou melhor, deixou-as muito zangadas.
Mu Xiaoke sabia o que sua esquiva traria, mas ainda tinha que se esconder. Ele não queria se aproximar de seu irmão. Ele estava com medo. Exceto Rong Yanzhe, aquele que ele mais temia era o seu irmão mais velho.
___________
Seu irmão é muito esperto. Ele sabia que Mu Xiaoke gostava de Fu Jiayun há muito tempo. Mu Xiaoke lembra que Fu Jiayun havia lhe dito que a razão pela qual ele vinha cuidar dele era por causa de Mu Kai. Aos olhos de quem está de fora, Mu Kai é um bom irmão mais velho: atencioso, ponderado e que aparentemente faz de tudo para servir de cupido para seu irmão mais novo e para a pessoa de quem seu irmão mais novo gosta.
Entretanto, esta superfície tem uma pré-condição. Fu Jiayun não deve ter sentimentos por Mu Kai. Aos olhos de Fu Jiayun, Mu Kai é magnânimo e gentl, tão generoso, que é capaz de desistir de seu amor e deixar a pessoa de quem gosta cuidar e mostrar ternura para com seu irmão mais novo deficiente. Mas esse irmão é um ingrato, desejoso e mente fechada. Quanto mais Mu Kai pedia a Fu Jiayun para ver seu irmão, mais ele odiava este ingrato ciumento e insensível.
Mu Xiaoke, que era uma criança, não conseguia ver isso. Ele só sabia que gostava de Fu Jiayun, mas este não estava disposto a olhar para ele. Ele só conseguia fazer coisas infantis desesperadamente para atrair a atenção dessa pessoa. Ele não tinha ideia de que as coisas que fazia eram simplesmente imperdoáveis aos olhos daqueles que estavam cansados dele.
Fu Jiayun o odiava cada vez mais, até que mais tarde ele foi para a faculdade e encontrou Fu Jiayun, que estava beijando seu irmão. Seu irmão mais velho falou para ele disso claramente.
Quando ele entendeu as intenções maliciosas de Mu Kai, ficou magoado e com raiva. Ele foi rapidamente para Fu Jiayun para explicar. Ele queria expor a maldade de seu irmão na frente de seu namorado, mas apenas conseguiu em troca o olhar de desprezo e nojo para consigo. Ele se lembra do que Fu Jiayun disse naquela época: “Como pode uma pessoa cheia de esquemas e desagradável como você ser digno da bondade dele?”
O que aconteceu depois... depois provavelmente foi que a pessoa desagradável foi exposta por todos. Rong Yanzhe estava disposto a aceita-lo, a criança má que foi rejeitada por seus parentes e amigos. Todos naquele círculo elogiaram Rong Yanzhe como um grande filantropo.
Mais tarde, mesmo quando morreu, seu irmão mais velho disse: “É culpa dele mesmo. Ninguém pode ser culpado.”
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— Xiao Ke... você está culpando seu irmão? — A voz de Mu Kai o trouxe de volta à realidade, despertando Mu Xiaoke, que estava preso em suas memórias.
Mu Xiaoke ficou assustado quando ouviu isso, aqui estava ele de novo, aqui estava, de novo... Ele se enrolou em pânico e não pôde fazer nada além de pedir desculpas em linguagem de sinais.
A única pessoa presente que conseguia entender sua linguagem de sinais era seu pai, mas este não cuidava dele há muito tempo.
— Já basta! — Rong Yanzhe sussurrou de repente.
O coração de Mu Xiaoke estava preste a sair pela boca, Rong Yanzhe estava com raiva...
— Ele está quase sem ar, você não vê? Desculpe, tio Mu, viemos em uma hora ruim, então vamos embora.
Mu Xiaoke ergueu a cabeça e olhou para Rong Yanzhe sem expressão. Vendo olhos com tanto desdém e nojo, Mu Xiaoke deu um inexplicável suspiro de alívio. Isso é ótimo. Rong Yanzhe o odeia abertamente. Isso é ótimo.
Quanto a Fu Jiayun, ele não se atreveu a olhar diretamente. Ele sabia que não era digno e não ousou ter mais nada a ver com Fu Jiayun.
Contudo, Mu Xiaoke parecia tão feliz que Rong Yanzhe, que ainda não havia partido, sentiu que a respiração dele estava mais viva. Rong Yanzhe ficou descontente e queria explodir na hora, mas estava preocupado com a presença de Mu Kai e seu pai. Ele olhou para Fu Jiayun antes de sair e Fu Jiayun tinha a mesma expressão inacreditável.
Depois que os estranhos foram embora, Mu Xiangyang olhou para seus dois filhos. Ele teve que admitir que a afasia do filho mais novo o fez sentir-se culpado por muito tempo. Seu filho mais velho substituiu o mais novo como herdeiro da família Mu. Ninguém no círculo de amigos da família Mu se preocupa mais com a origem do filho mais velho, mas tem muitas reclamações sobre o filho mais novo deficiente.
Ninguém está otimista quanto ao futuro de Mu Xiaoke. Já seria uma benção para o filho que não consegue nem falar com clareza poder se sustentar no futuro. Como ele pode esperar que ele possa trazer algum benefício para a empresa da família? Portanto, depois que Mu Xiaoke recuperou gradualmente a capacidade de falar, Mu Xiangyang também se cansou desse filho barulhento e agressivo.
Quando Mu Xiaoke sofreu outro acidente, foi inevitável que as memórias de Mu Xiangyang do acidente anterior não fossem trazidas de volta. Mu Xiaoke não nasceu mudo. Foi porque Mu Xiaoke foi sequestrado pelos rivais comerciais de Mu Xiangyang e causou sérios traumas psicológicos, que por sua vez o levaram a ficar mudo.
Agora que Mu Xiaoke teve uma recorrência de sua antiga doença, deve ser porque encontrou algo novamente. Ele é realmente negligente como pai.
— Xiao Kai, não perturbe o descanso de Xiao Ke. Você trabalhou duro hoje. Vá se lavar e descansar. — Um Xiangyang acenou com a mão. Mu Kai ficou surpreso, mas não desobedeceu ao pai: — Entendo, então estou saindo. Xiao Ke, descanse bem.
Depois que Mu Kai saiu, Mu Xiangyang tocou suavemente a cabeça de Mu Xiaoke: — Você... já jantou?
Mu Xiaoke olhou para a saída de seu pai. Sua visão ficou turva novamente; ele não sabia que seu pai também tinha cuidado dele, mas para ele, tal cuidado, era tão distante que era difícil de se lembrar. Se sua mãe ainda estivesse viva, sua vida seria completamente diferente?
Ele secretamente espremeu as anotações debaixo do travesseiro.
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kinoko-project · 2 years ago
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Tensei shitara ken deshita
Títulos alternativos: Reencarnado como uma espada; Reincarnated as a sword
Tradução iniciada
a tradução dessa novel está em andamento, e conforme os capítulos ficarem prontos, estaremos postando aqui
Créditos
Autor: Yuu Tanaka
Ilustrador: Llo
Editora Japonesa: Micro Magazine
Editora Americana: Seven Seas Entertainment
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cardcaptorlaggy · 3 months ago
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Festa do chá depois de terminar Umineko
E assim foi a minha jornada de ler umineko que começou 12 de Agosto de 2024 e terminou 26 de Outubro de 2024 (metade dela tá aqui no tumblr e a outra tá lá no twitter)
Eu não li tantas assim, mas provavelmente é uma das, ou se não a minha visual novel favorita até o momento.
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Higurashi foi incrível, eu adorei tentar entender o que caralhos tava acontecendo naquela cidade do caralho (e ainda consegui pegar o plot twist que só foi confirmado no capítulo 6 logo no capítulo 2, viva Haruhi), mas Umineko? É outro nível. A quantidade de loucura e confusão aumenta aqui é inacreditável, chega num ponto que você não sabe o que é real ou ficção naquela história, mas ainda sim eu consegui pensar em algumas coisas que se confirmaram depois mais ou menos.
Os arcos de perguntas são muito bons (ápice atingido no episódio 3), mas os das respotas puta merda, quando tu acha que acabou TEM MAIS E MAIS reviravoltas.
Eu li na versão da Steam que é um ""remaster"" da versão original com uma tradução de fã embutida junto. Não é a melhor versão, mas é o mais perto do original tirando a própria versão original, então foi essa que eu escolhi mesmo que o Umineko Project (port pra PC por fã da versão de PS3) seja melhor em vários aspectos. (eu só queria ver os sprites e fundos originais com o texto aparecendo na tela inteira em 4:3, coisa que do que eu entendi, o Umineko Project não faz)
Se você leu Higurashi e gostou tu vai gostar de Umineko com certeza.
Ah é, do que eu ouvi falar o mangá tem coisa diferente e umas informações a mais, então a "thread" de Umineko ainda irá continuar comigo comentando algumas coisas sobre isso aí, mas tirando o mangá e >TALVEZ< o anime, acabou.
E para encerrar... um até mais, nos vemos novamente quando alguma outra coisa chorar...
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trinitybloodbr · 2 months ago
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SWORD DANCER  - ソード ダンサー – ESPADA DANÇARINA
----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️
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SWORD DANCER
ソード ダンサー
ESPADA DANÇARINA
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PRÓLOGO
Para todas as portas envio a espada da matança.
Como um relâmpago, a espada que brilha é retirada da bainha para matar.
(Eszequiel 21:20) Versão Japonesa
"Quanto ao Tres-kun, que está em tratamento em Milão, não se observou nenhum problema na fase de exames. Hum! Também deu negativo para infecção viral nas partes biológicas... Ótimo. Nesse caso, ele deverá se recuperar em cerca de um mês."
Palácio das Espadas — Escritório do Chefe da Sede da Secretaria de Estado.
Jogando a pasta grossa sobre a mesa, o homem no sofá passou levemente a mão sobre seu rosto magro. Um sorriso confiante surgiu em seus lábios enquanto ele segurava um cachimbo Meerschaum apagado na boca.
"Quanto a mim, a universidade entrou em recesso de provas desde ontem. Deixei muitas tarefas para os estudantes, então posso voar para Milão até mesmo amanhã... O que acha, Sua Santidade?"
"Deixarei a recuperação do Padre Tres a seu cargo, Professor."
Com o cotovelo apoiado sobre a mesa de trabalho, a Cardeal Caterina Sforza, chefe do Ministério dos Assuntos Eclesiásticos, suspirou. Uma leve preocupação parecia formar-se, como que desenhada, entre suas finas sobrancelhas.
“Já temos uma falta de agentes executores séria. Espero que ele retorne ao campo o mais rápido possível.”
"Pode deixar comigo, Eminência. Vou terminar antes do início da universidade."
Se existisse algo nesse mundo como uma verdadeira personificação da autoconfiança, esse seria certamente o agente executor conhecido como 'Professor', Dr. William W. (Walter) Wordsworth. Ele sorriu de canto e, retirando um fósforo de sua batina, acendeu o cachimbo com gestos pomposos… Foi nesse momento, antes de o fósforo tocar o cachimbo, que o holograma de uma graciosa freira surgiu diante dele.
〈Boa noite, Dr. Wordsworth. Aqui é proibido fumar. Se quiser fumar, por favor, vá até o corredor ou a varanda. 〉
"Oh, que falta de educação minha... Ainda assim, você está tão linda como sempre, Irmã Kate."
〈Você é muito bom em elogios. Mas por favor, pare de fumar, sim?〉
A freira, olhando calmamente com seus olhos ligeiramente caídos, repreendeu o 'Professor' enquanto ele largava o cachimbo, e então voltou-se para sua senhora.
〈Acabei de retornar, Caterina-sama. Conforme instruído, uma unidade foi implantada em Amsterdã. Recebi o relatório de que as operações começarão durante esta noite. 〉
"Bom trabalho, Kate. Por favor, continue transmitindo os relatórios."
"Ora, quando menciona Amsterdã... ah, entendo, trata-se daquele incidente na antiga igreja Oude Kerk, não é?"
A voz levemente anasalada que interrompeu foi a do 'Professor'. Ele girava o dedo da mão direita perto da têmpora, com uma expressão de tédio, mordendo um cachimbo apagado.
"Assassinato e roubo de sangue de dez clérigos, incluindo o padre da paróquia... então, quem foi enviado?"
"A Aliança das Quatro Cidades, incluindo a cidade de Amsterdã, é uma região política extremamente delicada. Portanto, enviamos a pessoa com melhor conhecimento sobre o local."
"Então, o 'Sword Dancer'? ... Hum, será que é apropriado?"
〈 Algum problema, Professor?〉
O motivo de Kate ter perguntado foi porque o fino rosto do 'Professor' se tornou sombrio ligeiramente.
〈Ouvi dizer que ele nasceu em Bruges e conhece bem aquela região. Além disso, não parece haver nenhum problema em relação às suas capacidades, não é? 〉
"Exactly. No entanto, existem algumas circunstâncias a considerar."
Por um breve momento, o 'Professor' interrompeu as palavras como se estivesse refletindo, e virou-se para Caterina.
"Vossa Eminência deve estar ciente das circunstâncias que o levaram a se tornar um agente executor. Pessoalmente, não posso deixar de sentir que há um certo problema com a seleção."
Suspirando, Caterina se levantou.
'Não há o que fazer.'"
Ela se aproximou da janela, olhando para a cidade noturna abaixo. Nos últimos dias, um calor incomum para o inverno vinha persistindo, mas esta noite o frio parece ter voltado. Na rua silenciosa, nem mesmo a sombra de um cão vadio estava à vista.
"A mão de obra é insuficiente — esmagadoramente insuficiente. Portanto, caso ele perca o controle..."
Caterina sussurrou, como se estivesse falando para sua própria sombra refletida no vidro da janela.
"Será necessário poder para detê-lo, não é? Por isso, 'Professor', você poderia se apressar e ir o mais rápido possível para Milão?"
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Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
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ludimyla0 · 17 days ago
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Fanmede
Oi, então eu estou fazendo uma tradução de um livro de twisted wonderland que seria o primeiro guia que saiu do jogo, provavelmente até o final do ano fica pronto, além disso espero poder fazer as traduções de outros livros de twisted wonderland (eu não faço tradução de mangá ou novel) espero que não tenha problema em fazer isso, por enquanto eu não vou disponibilizar agora o que eu fiz, provavelmente eu só vou conseguir fazer isso quando eu começar a fazer a primeira parte, por enquanto eu só estou fazendo as tradução de onde estarão cada coisa, sabe? Quando tem aquela parte para dizer onde estão os capítulos. Talvez não vai estar totalmente traduzido de forma correta eu não sou fluente em japonês, eu tenho que usar o tradutor, bem era só isso, tchau.
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peter1001r · 1 year ago
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"It’s been so long since anyone listened to me talk."
Que livro maravilhoso, é o que eu tenho a dizer. Me emociono muito com esse momento entre o Xie Lian e o Hua Cheng. É um dos momentos mais lindos de todos os volumes. Fico sem chão nessa hora. Terminei de ler a história e ainda bem que tinha também uns capítulos extras muito fofinhos ou engraçados para aproveitar também. Agora é esperar, se for lançado no Brasil pra ler a tradução para português. Tenho que ler a outra novel da MXTX e também esperando os últimos volumes de MDZS serem lançados (em português pela NewPop).
“My beloved is a brave, noble, gracious special someone,” Hua Cheng continued. “He saved my life, and I’ve looked up to him ever since I was young. But I wanted to catch up to him and become even stronger for his sake. Although he might not remember me well—we never really talked—I want to protect him.”
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weirdplutoprince · 2 years ago
Note
Ok eu vi tu falando de ORV em pt-br recomendando e tals,mas...Assim. Começa aonde ? Tipo qual opção é melhor,seria pela webnovel ou pela webtoon, vai de preferência ? Eu vi que a novel pelo visto tá ganhando tradução oficial em inglês mas pelo visto é daquelas tradução que o povo não curte umas decisões na hora de adaptar nome e tals :O
Então!!
A Novel é um dos melhores livros que eu já li na vida. Ponto. Eu recomendo ela de todas formas e maneiras e com o maior nível de prioridade, sempre. Ponto.
Maaaaas eu entendo que não é tão fácil pra todo mundo começar da novel - até porque nem eu comecei - e não acho que faz nenhum mal ler o manhwa primeiro. Então minha sugestão seria ler o manhwa até onde tiver e aí ler a novel. MAS é crucial ler a novel do começo, porque algumas coisas foram perdidas e tem nuances cruciais de caracterização.
Essa tradução oficial é foda porque eles vão mudar a ordem dos nomes das personagens, meio que ocidentalizar. Então o protagonista se chama Kim Dokja e agora o nome dele vai ser Dokja Kim. E é esquisito porque as pessoas chamam muito ele de Kim Dokja na novel, então imagina se, sei lá. Alguém pega um livro sobre o Felipe Neto e muda pra Neto Felipe. Não é extremamente esquisito?
E eles também aparentemente não vão utilizar os honoríficos coreanos. Que são sufixos que se usa pra se referir as pessoas etc. E é uma merda porque tem muita caracterização na forma como as pessoas se chamam, sabe? Então por exemplo, o Kim Dokja é um cara que tenta parece relativamente educado com os amigos dele e costuma usar honorífico respeitoso - mas chama uma personagem específica de um jeito um pouco mais rude por causa da natureza da relação deles. Coisas assim. É uma merda porque é uma profundidade que se perde nessa localização, ainda mais porque ORV é uma história com muita profundidade na escrita, na história, nas relações...Então é tudo muito relevante. É como se fossem pequenas peças de um grande quebra-cabeça.
Dito isso eu provavelmente vou comprar porque ORV me tem na palma da mão. Enfim.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
É melhor ler a novel. Tudo bem começar pelo manhwa (webtoon). Evite spoilers o máximo possível e fique longe de todas as tags até você acabar a novel (INCLUINDO A MINHA) . Boa sorte. Caso você leia, te vejo no fundo do poço. Adeus.
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mayura-chanz · 5 months ago
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Shissou Word III
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
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Antes de eu nascer, minha mãe era o tipo de pessoa que você poderia construir uma relação instantânea. Ela tendia a cuidar melhor de sua aparência do que muitas pessoas, o que acho que ajudou, mas ela simplesmente tinha o sorriso mais caloroso que já se viu. Acho que isso atraiu mais pessoas para ela do que qualquer outra coisa.
Eu não conseguia nem imaginar como era difícil para ela manter uma família sozinha, mas, do meu ponto de vista, pelo menos, nunca a tinha visto brigar ou reclamar de nada que fizesse na vida. Ela era todos sorrisos, entusiasmando-se em viajar como uma criança: era muito animada, o tempo todo.
Tenho certeza que todos devem ter amado minha mãe. Muitos deles choravam lágrimas grandes e redondas quando passaram pelo caixão dela durante a cerimônia.
A tarde daquele dia marcou a primeira vez na vida que vi meu pai. Todos estavam chorando ao seu redor, mas ele não derramou uma única lágrima. Ele só se importava com o horário. Ainda me lembro de como foi uma visão bizarra.
De acordo com o que ouvi dos amigos da minha mãe, meu pai já tinha uma família quando a conheceu. Ele nem sabia que eu nasci até depois a morte da minha mãe. Como resultado, muitas pessoas foram contra ele me acolher, mas uma coisa de que ninguém podia reclamar era da quantia de dinheiro na conta bancária do meu pai, e então, eu me peguei dormindo neste quarto na noite do funeral, desabando na cama enquanto observava o lustre acima.
Eu não fazia ideia no que meu pai estava pensando ao me trazer aqui. Os criados que trabalhavam aqui ainda davam de ombros e a esposa do meu pai, acho que agora minha mãe, ainda tinha que conhecer ou conversar com ela.
Minha irmã, Rin, disse que ela sempre foi o tipo de mulher que fica no quarto a maior parte do dia, mas ela só estava sendo legal comigo. Não contei para ela, mas um dos criados me disse uma vez que “a saúde da dona da casa piorou, em grande parte por sua causa” e que eu deveria “cuidar da minha vida”.
Essa foi a resposta que eu tive quando fiz um pequeno pedido. Isso me surpreendeu. Não foi como se eu tivesse ido lá porque quis. E aquela linguagem estranhamente educada “dona da casa”. Fazia minha pele coçar toda vez. Por que toda a conversa tinha que ser um jogo de inteligência de alta pressão?
Estava claro que as pessoas da casa não estavam exatamente gostando de mim.
Era julho, já fazia mais de meio ano desde que me mudei. Minhas tarefas diárias envolviam principalmente a leitura dos livros que peguei emprestado da minha irmã, fora isso, era uma vida bastante ociosa. Nada para fazer, nenhuma responsabilidade. Disseram que eu poderia usar a TV da sala sempre que quisesse, mas a ideia de encontrar um criado ali acabou com essa ideia.
Então lá estava eu, descansando a cabeça em uma escrivaninha (uma peça de segunda mão do meu pai) perdendo tempo. O sol da tarde deve ter entrado em meus olhos, porque fui tomado por uma vontade repentina de mexer um pouco as pernas. Nunca gostei muito de brincar ao ar livre e dificilmente era ativa. Mas com todas essas horas enfurnada, eu precisava liberar minha energia extra de alguma forma.
Usei os joelhos para empurrar a pesada cadeira velha para trás e fui direto para a porta. Não que eu fosse sair correndo e jogar futebol no parque. Por um lado, eu realmente não conhecia a vizinhança local, e por outro, geralmente era proibido sair sem permissão, acho que as pessoas aqui não gostavam muito que eu saísse. Da mesma forma, eles me compravam praticamente tudo que eu pedia, e não era como se eu tivesse tarefas para fazer fora de casa, então não via isso como uma grande dificuldade.
Quero dizer, se eu perguntasse a eles, tenho certeza que teriam me deixado sair um pouco. Mas encontrar um criado, por si só, era uma experiência terrível e sombria. Eu nunca poderia contar com eles para levantar meu ânimo.
Além disso, em primeiro lugar, não havia nenhuma razão para ir ao parque. Não demorei muito para pensar em algum lugar aqui com bastante espaço para jogar futebol. O pátio da mansão Kido. Era assim que era de tão grande. Eu estava pronta para ir, meu coração acelerou quando troquei os chinelos pelos sapatos de atividades ao ar livre, e fui direto para o lugar, deixando meu quarto para trás.
O pátio à tarde estava, como sempre, tranquilo. A mansão cercava-o nos quatro lados, então para dizer no mínimo, era enorme. Eu conheço o layout geral agora, mas quando apareci pela primeira vez, meti-me em todo tipo de problema depois de ficar irremediavelmente perdida.
Como Rin disse, meu pai trabalhava para um “conglomerado”, algo muito antigo e honrado que funcionava desde a geração de nosso bisavô. “Meu avô construiu esta mansão há sessenta anos”, lembro-me dela contar com o nariz empinado. Era difícil imaginar quanto tempo eram sessenta anos, mas a julgar por todos os móveis que ladeavam os corredores pelos quais havia avançado, eu poderia dizer que era muito tempo, mais ou menos.
Correndo até a beira do corredor do andar de cima, instintivamente acenei com a cabeça para o retrato do meu avô pendurado na parede enquanto descia as escadas. No primeiro andar, fui recebida por um carpete vermelho vinho, vermelho o suficiente para me dar azia, estendendo-se por toda a extensão do corredor.
Percebi que comecei a ficar um pouco cansada. Eu estava indo para o pátio fazer algum exercício e já estava ficando sem fôlego?
Mas eu estava quase onde queria ir. Por que você não corre o resto do caminho, Tsubomi Kido?
Vamos correr, pensei, enquanto flexionava meu Aquiles. Então, do outro lado do corredor antes silencioso, uma melodia começou a ecoar. Não havia um ar natural. Era delicado e cuidadoso, mas algo na viscosidade de cada tom parecia familiar.
— ...Um violino?
Como se estivesse atraída, dei passo após passo cuidadosamente em direção ao som. Felizmente, para mim, parecia vir do pátio. Quando cheguei lá, a porta que dava para fora já estava aberta—não é de admirar que eu tivesse ouvido a música de tão longe.
De perto, era mais do que apenas agradável ao ouvido, era praticamente vívido. O som de um instrumento tocando ao vivo era mais do que apenas “bonito” ou “legal”; havia uma sensação única de vibração, de distorção, de notas estranhas ocasionais, tudo misturado para formar um verdadeiro timbre de áudio pela primeira vez. Nunca entendi a atração por coisas como músicas e vocais, mas a melodia de um instrumento sempre conquistou meu coração.
Quando eu estava prestes a enfiar a cabeça com curiosidade, de repente, me contive. Se eu aparecesse naquele momento, poderia interromper a apresentação. Não, não seria bom estragar as coisas. Vamos ouvir aqui mais um pouco, pensei comigo mesma.
Encostei as costas na parede e me abaixei com cuidado, tentando ficar em silêncio. Então fechei os olhos, voltei os ouvidos para a melodia e me vi imaginando o que aconteceria se eu adormecesse ali no chão, mas a brisa seca de verão vinda do pátio fez com que minha consciência se esvaísse sem lutar.
...Eu não tinha certeza de quanto tempo havia passado. Só senti que dormi por um breve momento, mas quando acordei tudo havia mudado.
O som do violino desapareceu; o vento soprando havia cessado. Estranho, pensei enquanto abria os olhos, apenas para descobrir que Rin me lançava um olhar taciturno.
— ...Isso não são bons modos, Tsubomi.
— Agh...!
Surpresa, tentei me levantar no mesmo lugar. Mas fui rápida demais: minha mão escorregou do chão, fazendo-me cair. Levantei-me sem sequer gemer e desta vez usei as duas mãos para me levantar. Enquanto me revistava, olhei para minha irmã. O olhar taciturno era agora de exasperação.
Não de novo. Eu não acredito que fiz de novo. Quando se trata de cometer erros descuidados por aqui, devo ser algum tipo de gênio.
Abri a boca para respirar. Num momento como este, eu sabia que precisava me acalmar e expressar exatamente o que queria dizer.
— E-eu acabei dormindo... Desculpe.
As palavras que surgiram tiveram um trabalho muito mais fácil de encontrar o caminho do que antes.
— Mmm. Bem, tente não fazer isso na próxima vez.
Minha irmã acenou com a cabeça. Ela não disse mais nada.
Nos últimos meses, acho que consegui falar muito mais do que antes. Ainda não parecia natural, mas em termos de comunicar como eu me sentia, eu poderia fazer isso com praticamente qualquer pessoa. Atribuí isso ao fato de minha irmã fazer um esforço heroico para falar comigo diariamente.
Claro, eu ainda cometi muitos erros. Dependendo da natureza dos meus erros, eu poderia ser repreendida muito severamente. Mas Rin nunca tirou vantagem disso para pegar no meu pé sem motivo, nunca. E isso me fez confiar nela mais do que em qualquer outra pessoa na mansão.
— Por que você estava dormindo em um lugar como esse, afinal? — Minha irmã levantou uma sobrancelha. — Sua cama provavelmente seria muito mais confortável.
Não era como se eu tivesse adormecido porque o chão do corredor era a epítome do conforto luxuoso. Abri a boca para me defender.
— E-eu estava ouvindo o violino tocar e eu... acabei...
— Violino? Eu não ouvi nada do meu quarto... Quem estava tocando?
Eu tive que me segurar para não me sobressaltar audivelmente. Pensei que fosse ela, não conseguia imaginar mais ninguém. Então não era? Fiquei tão envolvida pelo som que nem me dei ao trabalho de verificar.
— Eu só ouvi o som, então... hum, acho que não vi ninguém.
— Bem, não há motivo para se desculpar. Está tudo bem. Mas um violino de tudo... Eu acho que não tem ninguém que saiba tocar.
— ...Hã?
Eu não consegui me segurar dessa vez. Se fosse alguém cantando, isso já seria um nível baixo, mas um violino não era algo que qualquer um conseguisse. Claro, eu não saberia, mas Rin, uma membro dessa família, também estava no escuro?
— Hmm... Pode ser aquilo de novo.
Minha irmã cruzou os braços e me encarou, quase como se exigindo uma resposta.
— ...“Aquilo”? — Respondi.
— Aah, eu não te contei antes, Tsubomi?
Ela estava se achando outra vez, usando sua voz baixa. Comecei a ter um mau pressentimento, mas eu precisava saber para onde ele estava indo. Fiquei um pouco inquieta.
— Bem, eu já te falei sobre isso, não? — Agora ela fala como se estivesse atuando em uma peça. — Sobre a origem dessa mansão?
Isso eu sabia. Toda essa coisa de sessenta anos. Eu acenei afirmativamente para ela.
— Ah, bem, o Japão era um lugar bem instável para se viver naquela época, mas mesmo assim construímos uma mansão gigante aqui, então... digamos que meu avô se destacou bastante. Ladrões entraram aqui mais de uma vez, procurando por objetos de valor.
Imaginei o homem em minha mente. Eu só o tinha visto naquele retrato. Quanto aos ladrões, tudo que conseguia imaginar eram piratas de camisas listradas e máscaras pretas nos olhos como os que eu tinha visto em programas infantis.
— Esses roubos aconteciam com tanta frequência, que na verdade deixavam meu avô bem desesperado. Então, um dia, ele finalmente surtou. Alguns ladrões tentaram entrar aqui e ele os prendeu dentro de um porão, bem aqui nesta mansão, bem, na metade do caminho em que estamos, na verdade.
Rin bateu no chão com os dedos dos pés para provar seu ponto. Imaginei os piratas de rosto redondo berrando dentro de uma cela de masmorra medieval. Ela apontando o local, o que me fez dar alguns passos para trás.
— M-mas isso é tudo passado, né?
Era assustador até mesmo pensar em algo assim acontecendo aqui. Minha irmã mordeu a isca.
— Aah, eu não sei. Ouvi falar que ele prendeu aqueles ladrões lá dentro, mas nunca ouvi nada sobre ele deixá-los sair! E mesmo se eu quisesse descobrir, a chave do porão está desaparecida desde a época do meu avô.
Ela nunca ouviu nada de que eles foram soltos. O que significava que eles ainda estavam lá? Não havia como alguém sobreviver por mais de sessenta anos em uma cela sem comida. Eles teriam que estar...
*
... Espere aí. Isso não é só uma história de terror?
— Uh, umm...!
— Hmm? — Os lábios de Rin se curvaram um pouco.
— Hum, e-essa não—? Essa não é... uma boa história, né...?
— Ah, você não acha? Ah, está tudo bem agora e tal, não acha? Por que não te conto o resto?
— N-não, não, é quase hora do jantar, então nós provavelmente devíamos...
Fiquei desesperada. Eu nem mesmo tinha olhado um relógio e cá estava eu trazendo o jantar aqui no meio. Mas o que me importava? Eu tinha que pará-la, imediatamente.
— Ai ai, mas essa história me deixou tão empolgada! Está começando a ficar divertido também, então espero que você queira ouvir mais...
Meus lábios tremiam. Os dela, por outro lado, sorriam, mal contendo o riso. Alguém estava gostando disso. Tanto para me provocar sem motivo. E eu tinha acreditado nela.
Eu não consigo suportar isso. Histórias de terror era a única coisa que não conseguia tolerar. Não era uma questão de ficar acordada até tarde na noite—para alguém como eu, eu nem conseguiria dormir no dia seguinte.
Se eu ouvisse o fim desse conto, estaria tudo acabado para mim. Eu não queria ser atormentada por sonhos com criminosos esta noite e todas as noites posteriores. De jeito nenhum. Eu estava pronta para implorar por misericórdia.
Rin riu—gargalhou, na verdade—com esse ato da minha parte antes de acariciar minha cabeça. — Ai, você é uma menina tão fofa, — ela se maravilhou. — Desculpe. Eu só estava brincando. Mas com certeza ajudou você a acordar do seu cochilo, né?
Um pouquinho, sim. Na verdade, é bem provável que eu nunca mais durma pelo resto da minha vida. Muito obrigada, mana. E o pior de tudo é que, apesar da risada maliciosa dela, eu não via isso como uma falha de personalidade. Depois de uma piada dessas, ficaria tudo estranho se eu fizesse disso um grande problema. Mas eu falei uma coisa:
— Quando ouço uma história de terror, não consigo dormir sozinha à noite...
Se ela começasse a contar histórias como essa todos os dias, no fim, eu acabaria fugindo de casa logo. Fui recompensada com outro carinho na cabeça.
— ... Mas, falando sério, — disse minha irmã, — quem poderia ser? Acho que não seja um fantasma ou algo do tipo, mas...
— E-eu ouvi mesmo alguém tocando. Pode ter sido a TV ou algo assim, talvez...
Se minha irmã insistia que ninguém aqui sabia tocar, então era assim. Era difícil imaginar alguém invadindo o pátio de alguém só para praticar violino. Parecia natural supor que alguém estava tocando uma gravação ou algo assim, e eu confundi com a coisa real. Talvez o som estivesse ecoando no pátio vindo do quarto de alguém. Eu ainda sentia um gosto ruim na boca, mas contanto que eliminasse a teoria do “violinista fantasmagórico”, não me importei.
Minha irmã parecia igualmente não convencida, mas descruzou os braços, aparentemente não vendo sentido em discutir: — Bem, — ela raciocinou com um ar arrogante, — talvez um dos criados estivesse tocando. Enfim, está quase na hora do jantar, como você disse. Vou voltar para o meu quarto.
Torci o nariz. Havia um cheiro de algo levemente perfumado no corredor. Eu só estava tentando mudar de assunto, mas acho que meu relógio interno não tinha falhado comigo, afinal.
Então decidi voltar para o meu próprio quarto também. Eu tinha saído para fazer exercícios, para acabar só tirando um cochilo no chão. Soltei um suspiro no momento em que a porta se fechou atrás de mim. Toda vez que eu tentava fazer alguma coisa, nunca parecia dar certo. Eu não tinha ideia do porquê.
Minhas pernas me levaram para a cama. Deitei-me nela, seguindo os veios da madeira nas colunas que sustentavam o dossel enquanto eu considerava aquele violino.
Rindo disso como se meus ouvidos estivessem me enganando, pensei, provavelmente estava sendo muito precipitada. Era um som claro e vívido que flutuava em meus ouvidos. Eu realmente não achava que poderia ser nada além de uma apresentação ao vivo.
De repente, lembrei-me de uma época em que minha mãe me levou para ver uma banda de jazz. Ainda conseguia me lembrar do momento em que eles começaram a tocar, a energia ao vivo surgindo em forma de som, misturada ao barulho da multidão. Era um sentimento que envolvia o ambiente e todos nele, algo que nenhuma gravação poderia capturar. O que eu tinha acabado de ouvir tinha a mesma sensação.
Mas se Rin estivesse dizendo a verdade, não deveria haver ninguém nesta casa que soubesse tocar violino em primeiro lugar. Ela disse que era possível que um dos criados tivesse uma inclinação musical, mas mesmo que tivesse, ele ou ela estaria tocando no pátio da mansão no meio da tarde?
Talvez foi alguém de fora da mansão. Alguém que estava preso aqui, sessenta anos atrás...
— ...N- não! Não, isso não é verdade!
Pulei da cama e balancei a cabeça de um lado para o outro. Não tinha ideia do que meu cérebro estava fazendo. Por que eu estava tentando me forçar?
Eu estava errada sobre o que escutei. É só isso. Eu estava começando a me sentir impotente quando acendi a luz, embora o sol ainda não tivesse se posto completamente. Ainda assim, andei pelo quarto enquanto esperava pelo jantar.
Depois de um tempo, houve uma batida na porta. — Sim? — Eu disse.
Minha irmã espiou pela fresta: — Acho que estamos prontos para jantar... Nossa, você ainda está assustada? — Eu não tinha ideia de como ela sabia.
— N-não, n-na verdade não...
Tentei fingir. A maneira como eu mantive meu nariz apontado diretamente para o chão provou ser minha ruína.
A sala de jantar do segundo andar para onde minha irmã me levou já estava ocupada pelo meu pai, que estava sentado lendo o jornal. Ele disse um “Oi” em resposta à saudação abafada dela, mas o olhar em seu rosto não mudou nem um pouco. Ele nunca foi muito diplomático, na verdade, ele era totalmente hostil com as pessoas. Tudo bem, desde que ele tivesse algo a dizer para compensar, mas meu pai nem isso tinha. Basicamente, não havia como descobrir o que ele estava pensando.
Minha irmã e eu esperamos silenciosamente o jantar chegar enquanto os olhos do meu pai permaneciam nas manchetes dos jornais. Sempre foi uma das coisas mais difíceis de suportar ao viver aqui.
Depois de alguns minutos, a refeição chegou. O prato principal era uma espécie de carne grelhada; veio com brócolis cozido e cenouras cortadas em cubos em algum molho. Cenouras. Hmm...
Cenouras, né? Acho que vou ter que comê-las.
Assim que começamos a comer e de eu me preparar para travar uma batalha mortal com meus vegetais, minha irmã falou.
— Ei, a propósito, Tsubomi disse que ouviu alguém tocando violino no pátio. Mas ela não viu quem era... Você tem alguma ideia?
Eu congelei no lugar, um pedaço de cenoura ainda espetado no meu garfo levantado. Espera um pouco, mana. Você não precisava perguntar ao nosso pai sobre isso, precisa? Você sabe que ele só diria “Seus ouvidos devem ter te pregado uma peça, garota” ou algo assim. Na verdade, desde que cheguei lá, nunca vi meu pai ter qualquer tipo de reação palpável a nada.
— ...Você escuta música?
A pergunta repentina me surpreendeu. Acho que foi a primeira vez que ele me fez uma pergunta. Olhei para minha irmã pedindo ajuda, mas seu rosto estava tão inexpressivo quanto ela—deve ter sido uma visão rara e inédita de se testemunhar para ela também.
Eu tinha que responder, ou então quem sabia o que aconteceria. Eu reuni minha força mental.
— Eu, hum, só um pouquinho.
— Você escuta...? — Meu pai, disse, estreitando os olhos antes de se virar para a carne em seu prato. — ...Ela também ouvia muito, sempre que podia.
Antes que pudesse compreender o que ele queria dizer, ouvi um clack! agudo vindo do assento da minha irmã. Olhei para ela. A faca que ela usava estava agora na mesa; deve ter batido em um prato no caminho. Ela era muito rigorosa com etiqueta, então essa era naturalmente a primeira vez. Parecia que ela também não sabia o que tinha acontecido, mas assim que recobrou os sentidos, ela deixou escapar um “Desculpe por isso” e baixou os olhos.
Ele devia estar falando da minha mãe. Minha mãe biológica. Eu não conseguia imaginar o que mais poderia provocar essa reação perturbada. E por que não? Falar de uma mulher que traiu nós dois, de certa forma, é uma afronta muito séria.
Fiquei me perguntando por que ele tocou no assunto. Não consegui ler nada em seus olhos frios e indiferentes.
Mas... sim. Acho que foi esse o caso. Minha irmã ainda devia estar em estado de choque por minha mãe e por mim. Ela estava escondendo isso o tempo todo enquanto interagia comigo. Talvez ela não tenha nenhum sentimento bom em relação a mim. Não seria nem um pouco estranho se ela achasse que o mundo seria melhor sem mim.
Afinal, simplesmente me ter por perto significava que tudo, tudo mesmo, era verdade. Se eu não estivesse aqui, talvez ela pudesse ter se convencido de que era tudo mentira.
Pensar nisso fez minha mão começar a tremer. Eu me senti enjoada. Um pequeno gemido escapou dos meus lábios.
— Tsu-Tsubomi?
O tom preocupado da minha irmã fez algo explodir dentro de mim. Eu disparei e saí correndo dali. Pude ouvir algo quebrando com um som alto atrás de mim; devo ter derrubado alguns talheres. Mas não me virei. Corri pelo corredor, desci as escadas e fui em direção à porta da frente.
Empurrei a pesada porta e corri para fora, pude ver a sombra do portão da frente iluminada fracamente por um poste de luz próximo. Se eu fosse escapar desses terrenos murados da mansão, teria que ser por ali.
Corri e forcei a barra que atravessava as portas. Ela estava trancada no lugar, imóvel. Olhei para cima para ver se era possível escalar, mas a altura era algo que eu jamais conseguiria lidar.
Claro, mesmo que eu pudesse escalar, o que eu faria então? Se eu fosse embora nesse estado estranho, eles poderiam tentar me procurar. E como isso afetaria minha irmã...?
...Não. Eu não posso simplesmente fugir.
No momento em que esse pensamento passou pela minha cabeça, não consegui mais suportar a náusea. Caí no chão. Tentei me recompor, mas até respirar estava se mostrando um desafio. Minha visão começou a ficar turva, e o interior da minha cabeça queimava de dor.
O pavimento de pedra fria sob minhas palmas começou a roubar o calor do meu corpo. Parecia que eu estava sendo engolida pela escuridão da noite. E, ah, se isso pudesse realmente acontecer. Se eu não tivesse um lugar para morar, nenhum lugar para ir, eu não podia imaginar o quão fácil teria sido simplesmente desaparecer naquele momento.
Sim. Isso mesmo. Eu deveria simplesmente desaparecer. Então eu não seria um incômodo para ninguém.
Mesmo agora, no auge do verão, o vento leve não conseguiu aquecer minha pele. Eu sempre poderia culpar meu tremor por conta disso. Isso era fácil.
Mas se eu quisesse desaparecer... eu poderia fazer isso sozinha. Eu sabia o quão simples é. Na verdade, eu percebi isso tarde demais, se é que percebi alguma coisa. Eu só tenho que ficar assim, e...
De repente, senti algo pesado nas minhas costas. Percebi que eram as mãos da minha irmã, tentando me puxar para cima. Fiquei tensa.
— M-me solta.
— Não. Eu não vou te soltar. Onde você acha que vai a essa hora? ...Fala sério. Vamos voltar para o seu quarto.
Não havia a firmeza habitual em sua voz. Sua respiração estava irregular. Eu sabia que ela devia ter corrido atrás de mim. Mas eu simplesmente não consegui dar a resposta de sempre.
— N-não. Por que você não pode só me deixar em paz?
— Não posso fazer isso. Eu sou sua irmã. Por que eu não ficaria preocupada com você?
Sua irmã. Aos olhos da lei, de qualquer forma, ela estava certa. Mas a história por trás de nós era simples o suficiente para resumir em uma única palavra. O pai dela arruinou a confiança da filha quando me criou. Ele era realmente capaz de usar uma palavra como “irmã” tão despreocupadamente sobre mim?
Eu não sei. Eu estava tão assustada. Eu violentamente tirei as mãos de Rin e me virei para ela.
— Mas se...se eu estou aqui, então...é difícil para você, não é? Você vai continuar pensando em coisas! Eu...eu...eu sou a filha da minha mãe!
As palavras e lágrimas saíram como se eu estivesse tossindo cada uma delas. O rosto da minha irmã, borrado na minha visão, parecia meio assustado, meio inseguro sobre o que fazer em seguida.
Por que eu tive que me levantar e dizer coisas para fazê-la me odiar? Essa deveria ser a única coisa que mais me assustava.
...Mas talvez não.
Talvez eu estivesse com muito medo de ser traída por alguém em quem acreditava. É por isso que eu queria que me odiasse.
Era ridículo. Pisotear a gentileza da minha irmã por um motivo tão ridículo...eu era simplesmente horrível. Mas isso significava que ela não precisava mais se preocupar comigo. Não haveria nenhum carinho na cabeça se eu estivesse muito quente.
Era o que pensava, pelo menos. Do fundo do meu coração. Até que Rin me trouxe para mais perto.
— ...Quem se importa com quem te deu à luz? Você é a única irmã que eu tenho no mundo. Minha favorita.
Foi o que ouvi enquanto ela me apertava profundamente em seu peito. A ansiedade e o medo silenciosamente foram para longe, transformando minha cabeça em um branco vazio, nada mais flutuando nela.
Tentei abrir minha boca para expressar meus sentimentos. Queria dizer “estou muito feliz” ou algo assim, mas nenhuma das emoções apressadas se permitiu ser colocada em palavras. Tudo o que consegui foi um soluço fraco.
Eu continuei assim por um tempo. Então levantei a cabeça, percebendo que as lágrimas, ou meu nariz escorrendo ou o que quer que fosse, estavam começando a manchar a blusa de Rin.
— Eu... eu vou estragar suas roupas, — disse, embora fosse um pouco tarde demais para avisá-la. Minha irmã olhou fixamente para mim por um momento, então rapidamente recuperou seu sorriso suave e trouxe minha cabeça para seu peito.
— Ah, não importa.
O cheiro do cabelo dela entrou em minhas narinas. Cheirava a orquídeas, pensei. Pálido, bonito, digno. Combinava perfeitamente com ela.
*
Não pude deixar de me maravilhar com isso. Quão linda, quão forte e quão gentil minha irmã, Rin Kido, era. Será que algum dia serei assim? Alguém tão disposta a aceitar os outros e gentilmente trazê-los para mais perto de seu coração?
O vento frio da noite agora parecia agradável contra minhas bochechas coradas. Aproveitando o calor da minha irmã, mantive suas mãos perto até que as lágrimas parassem.
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