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trinitybloodbr · 8 hours ago
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FROM THE EMPIRE -フロム・ジ・エンパイア – DO IMPÉRIO - PARTE VII
FROM THE EMPIRE - フロム・ジ・エンパイア – DO IMPÉRIO - PARTE VII
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⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ ------------------------- 🚨 ALERTA DE CONTEÚDO SENSÍVEL. O CAPÍTULO A SEGUIR PODE CONTER CONTEÚDO SENSÍVEL OU IMPRÓPRIO PARA ALGUMAS PESSOAS. 🚨
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FROM THE EMPIRE
フロム・ジ・エンパイア
DO IMPÉRIO
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A 'Cidade do Mar' é um apelido poético dado a Veneza, mas, de maneira mais cínica, a laguna rasa que cerca a cidade é apenas um mar interior, e não o verdadeiro mar.
Isso ocorre porque, para salvar a ilha principal, que continuava a afundar, de ser submersa, uma comporta móvel foi instalada entre o mar aberto - Adriático - e a lagoa interior - Laguna. Com isso, a profundidade da lagoa interior foi bastante reduzida, e a diferença de nível em relação ao mar aberto agora ultrapassa cinco metros. Se a comporta se rompesse, essa diferença de altura se transformaria diretamente em um tsunami, que engoliria a cidade. Para evitar isso, um sistema de controle de última geração foi instalado na comporta, mas…
“──A concentração do sistema se tornou um inimigo, não é?"
Caterina mordia as unhas enquanto observava os guardas erguerem uma barricada diante da porta.
Parece que o ‘inimigo’ conhecia muito bem a estrutura da barragem. Sem hesitar, está avançando diretamente para a sala de controle central.
Felizmente ── será que posso dizer isso? ── o esquadrão de guardas de Caterina, que estava em inspeção, ajudou na defesa. Se fosse apenas pelos guardas da barragem, este lugar já teria sido tomado há muito tempo.
"Ainda não conseguiu nenhuma comunicação com a cidade?"
"Tanto o telégrafo quanto o telefone estão fora de serviço."
Sem reforços, não conseguiriam aguentar por muito tempo. Das pessoas dentro da sala, apenas metade é capaz de se mover. E a maioria delas está ferida de alguma forma. A própria Caterina tinha sangue manchando seu ombro.
"Sua Eminência, também não aguentaremos por muito tempo aqui."
O capitão da guarda, Marino Fariel, se colocou diante de sua mestra. Seu rosto de queixo firme estava tenso de nervosismo.
"Com as forças que restam, garantiremos uma rota de fuga. Por favor, ao menos Vossa Eminência, escape."
"Eu estou bem. Em vez disso, por favor, deixe-as fugir. E também, evacue os feridos."
"Mas, Sua Eminência!"
As freiras dedicadas a cardeal nomeada expressaram vozes de descontentamento.
“Com nossas determinações estamos prontas para o que vier! Mas Vossa Eminência é indispensável para o Vaticano..."
"Exatamente como elas disseram. Por favor, esteja ciente da importância para o Vaticano."
"Marino, isso não é verdade... Obrigada, já é o suficiente."
Sorrindo gentilmente, a cardeal mais bela do mundo dispensou a freira que tratava seus ferimentos. Enquanto ajustava cuidadosamente suas vestes religiosas...
“Mesmo que eu caia aqui, o Vaticano não será abalado. Minha vontade também será herdada por aqueles que virão depois de mim... Mas, se essa barragem cair, o que será de Veneza e da vida de Sua Santidade que está lá presente?”
Sua expressão calma não havia mudado. No entanto, o que habitava seus olhos, que possuíam uma cor cortante como uma lâmina afiada, era uma vontade de lutar que poderia até mesmo ser chamada de feroz. O bastão da cardeal bateu violentamente no chão. 
"Se eu, como Cardeal, abandonasse Sua Santidade e os cem mil cidadãos de Veneza, o nome do Vaticano ficaria para sempre arruinado... Decidi que este será o meu lugar de morte. Conselhos nessa hora, já são inúteis!"
“Stark...”
Stark - traduzido aqui como "Magnífico", do alemão 'forte', 'poderoso', dependendo do contexto pode ganhar novas interpretações.
Acompanhado de um som seco de aplausos, uma risada fria e sarcástica se sobrepôs naquele momento.
"Como esperado da 'Dama de Ferro'. A determinação daquela que carrega a responsabilidade pelo Vaticano nas costas é realmente diferente."
"Ah, o que é aquilo!?"
Com a vibração daquele riso frio, todos desviaram o olhar involuntariamente, e a porta de ferro se dobrou de repente. Não, não apenas se dobrou. O aço espesso se distorceu como se estivesse em agonia, e logo após, rompendo como a superfície da água, algo começou a emergir de tr��s dela... 
"Guten Abend, Duquesa de Milão. A noite está agradável, não acha?"
Guten Abend - 'boa noite', em alemão
"……Quem é você?"
Diante da porta estava um homem vestindo um terno preto. Sob o longo cabelo preto que lhe chegava até a cintura, havia um rosto perspicaz, adornado com um sorriso intelectual, mas que de alguma forma inquietava quem o observava.
No entanto, como ele entrou na sala? A porta de ferro, que já havia recuperado a sua forma e o silêncio de antes, não apresentava sequer um único buraco em sua superfície.
"Quem sou eu? Sou seu fã... Queria muito ver o rosto da famosa ‘Dama de Ferro”. Que felicidade! Você é muito mais bela do que eu imaginava."
"Pare agora mesmo, insolente!"
Os gritos furiosos partiram dos guardas que cercavam Caterina. Pareciam finalmente ter voltado a si. Desembainhando as espadas todos de uma vez, investiram para capturar o intruso insolente.
"Não vão... detenham-se!"
Caterina não conseguiu detê-los a tempo. As lâminas afiadas, erguida no ar, foram implacavelmente golpeadas contra o homem...
No entanto, o homem do qual os heróis se aproximaram furtivamente e o vislumbraram de relance, apenas estalou os dedos com uma expressão aborrecida.
“Eh?”
Num instante, os rostos dos guardas congelaram. 
Não, não eram apenas os seus rostos. Por alguma razão, todos estavam completamente imóveis, como bonecos. Apenas os olhos, inquietos, vagavam em suas órbitas.
"Garotos mal-educados... Não lhes ensinaram que não se deve interromper quando os outros estão conversando?"
Com um gesto de desaprovação, o homem balançou a cabeça e ergueu a mão na direção dos guardas. Ao virar a parte de trás da luva bordada com um pentagrama para eles...
"Zazazu・Zazasu・Nasatanada・Zazasu"
Seus lábios finos teceram uma estranha sequência de sons amaldiçoados.
Um conjunto de sons dissonantes, tão desagradável que só de ouvi-los já era o suficiente para se ter vontade de tapar os ouvidos — mas, como se estivesse em sintonia com isso, o pentagrama começou a emitir um brilho tênue — e não, essa não era a única anomalia.
“.....Hi!”
Ao verem aquilo, gritos de terror ecoaram entre as freiras.
Arrastando-se como fios de piche, a sombra do homem de cabelos negros se ergueu do chão. Mas não somente ela. Eram muitas, muitas delas... conforme surgiam, com uma espessura suficiente, pareciam bonecos de borracha grotescamente deformados. Na área onde deveria estar o rosto, não possuíam traços, uma fenda vermelha se abriu, revelando fileiras de dentes afiados que brilhavam.
"U-uma alucinação?"
Não. A prova de que era uma entidade real estava na sombra densa projetada no chão pelos pés curtos que pisavam firmemente. A pele negra, com uma leve viscosidade, refletia um pouco da iluminação.
"Schattenkohorte ── acabei criando esses Künstlich Zwerg por pura brincadeira outro dia. Como pode ver, eles são adoráveis, mas têm um apetite voraz... A despesa com a comida é bastante significativa."
Schattenkohorte - do alemão, o autor definiu como 'Demônios das Sombras'; Künstlich Zwerg - do alemão 'Anões Artificiais';
 Gyaaaah.
A “sombra” gritou.
A cabeça, que lembrava a de um anfíbio, não tinha olhos nem nariz, mas de alguma forma parecia ter detectado a presença de carne fresca. Ao virar seu rosto deformado em direção aos guardas que estavam paralisados ali perto, puxou os lábios em um sorriso de satisfação...
“......!”
“Ei, isso...OOOOOOOOOOOOH!”
A névoa de sangue que jorrou dos corpos sendo devorados vivos, junto com os gritos silenciosos de agonia, provocou o rugido furioso de Fariel e os gritos de horror das freiras. Com uma rapidez surpreendente para seu grande corpo, o revólver do capitão da guarda foi sacado e apontado para a cabeça do homem.
Então, houve um estrondo forte──
O som como o de um trovão, juntamente com a bala disparada do cano da arma, atingiu a testa do homem sem errar o alvo. No entanto, quando todos pensaram ter visto o rosto do homem se partir como uma melancia...
A cabeça de Fariel explodiu. Sangue e cérebro se espalharam em todas as direções. O corpo sem cabeça desmoronou ali, arrastado pelos próprios fluidos corporais que jorravam.
“NÃAAAAAAAAOOO!”
A freira, presa debaixo do cadáver sem cabeça, soltou um grito. Quase em frenesi, ela empurrou o infeliz gigante. Enquanto isso, alguém observava ironicamente a cena.
"Oh, você parece bastante revigorada, não é?"
Não havia um único arranhão sequer na cabeça do homem que zombava dela.
"Você..."
Que tipo de magia foi essa? ── diante do cadáver cuja cabeça foi explodida por sua própria bala, Caterina gemeu.
"Quem é você, afinal...? Não, não importa. Mesmo sem se apresentar, já tenho uma ideia aproximada de quem seja."
A cor do brilho afiado como de uma navalha reluziu atrás do monóculo. Com uma expressão resoluta em seu rosto pálido, ela fitou intensamente o homem.
"Rosen Kreuz Orden ── Contra Mundi, e as garras venenosas daquele homem…… Não é isso?"
"Oh, você sabe sobre aquela pessoa?"
O sorriso sarcástico permaneceu inalterado. No entanto, por um breve momento, uma luz severa brilhou nos olhos do homem que arrumou o cabelo.
"Embora conheçendo Mein Herr, ainda pretende lutar contra nós. Como esperado da 'Dama de Ferro'. Parece um desperdício nos despedirmos assim. O que acha? Se entregar o local pacificamente, pouparemos ao menos a vida de Sua Eminência."
Mein Herr - do alemão 'Meu Senhor';
"E você me diz para abandonar Veneza e Sua Santidade e fugir? Isso é precisamente o que vocês querem, não é?"
Desta vez, foi a vez de Caterina sorrir. Com uma das mãos, jogou para trás seus esplêndidos cabelos loiros enquanto mexia em seus brincos.
"De qualquer forma, mesmo que eu consiga prolongar minha vida aqui, se o Vaticano for derrotado por vocês, o mundo acabará. Se for para morrer, ainda seria mais sábio perecer lutando aqui... Não concorda?"
"Hum, como esperado, você é bastante inteligente. Bem, embora seja realmente lamentável nos despedirmos..."
Os dedos do homem estalaram novamente.
Os demônios das sombras que estavam agrupados em torno do cadáver do guarda levantaram seus rostos simultaneamente. Seus olhos inexistentes fixaram-se na Cardeal que permanecia altivamente arrogante e nas freiras que tremiam atrás dela, enquanto um fio de saliva vermelha escorria da boca rasgada de um deles até o chão.
"…Por fim, deixe-me perguntar uma coisa."
"À vontade."
Caterina olhou fixamente para o rosto tranquilo do homem através de seu monóculo.
"Identifique-se. Não é do meu gosto ser morta por alguém que não tem a cortesia de nem ao menos dizer seu próprio nome."
” Ach so, Fehlverhalten.”
'Ach so, Fehlverhalten - do alemão 'Ah sim, isso foi descortês.'
O homem, respeitosamente, colocou a mão no peito e fez uma profunda reverência.
"Meu nome é Kämpfer. Isaak Fernand von Kämpfer. Rosen Kreuz Orden, Rank:  Magus 9=2 , título: Panzer Magier... um servo leal que serve fielmente àquela pessoa."
Panzer Magier - do alemão 'Mago Mecãnico'
"Você se apresentou bem..."
Caterina assentiu calmamente, fazendo um som ao tocar seus brincos. De repente, enquanto esboçava um sorriso misericordioso...
"Então, Kämpfer ou o que quer que seja, como recompensa, vou lhe ensinar uma coisa boa."
"Oh? Com certeza, eu adoraria ouvir."
"Lembre-se disso. Homens que falam demais tendem a não ser apreciados pelas mulheres... Permissão para atirar!"
Naquele momento, o teto explodiu.
Com um som sinistro permeando o ar, como se tecidos grossos estivessem sendo rasgados, o que choveu sobre eles foi uma chuva de balas maciças de uma metralhadora pesada. Cada martelo de ferro, de 20 milímetros de diâmetro, despencava a uma taxa implacável de vinte projéteis por segundo, perfurando, esmagando e triturando os pequenos demônios sem piedade. Por outro lado, o fato de que nenhuma das balas, nem roçaram ou atingiram Caterina e seu grupo, evidenciavam um controle extraordinário sobre os disparos— com uma precisão tão exata quanto a de uma máquina.
"Um canhão Vulcan de 20 milímetros... hum, o poder de fogo é impressionante, mas o homem que pode mostrar precisão de tiro ao nível de um rifle com tal coisa é ainda mais formidável."
Em apenas alguns segundos, Kämpfer olhou para o grande buraco no teto e sorriu amargamente. Ele mesmo não tinha sequer um grão de poeira sobre si, mas os demônios das sombras haviam desaparecido completamente. Tudo o que restava eram massas de carne grotescamente contorcendo-se em vários lugares e vestígios de  fluidos corporais negro-escuros aderidos aqui e ali.
"Entendo, então é você. O 'Gunmetal Hound', o Cão de Caça de Aço, orgulho da 'Dama de Ferro'. O remanescente dos 'Killing Dolls', a legião de bonecos assassinos que, cinco anos atrás, ocupou o Castelo Sant'Angelo com apenas dez unidades..."
A voz do 'Mago' parecia até mesmo divertida. Do outro lado da cortina de fumaça de pólvora, ele murmurou aquele nome como se estivesse cantando, em direção à sombra que se interpôs para proteger Caterina e os outros.
"Executor Oficial Despachante da AX, HC-ⅢX — codinome 'Gunslinger'!"
“Positive”
A resposta foi uma voz assustadoramente sem entonação e o som de carregamento do enorme canhão Vulcan.
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Curiosidade da tradução:
Na definição usada por Isaak para definir o seu Rank como 'Magus' em sua apresentação, também é apresentado a sua posição dentro da Ordem, 9=2.
Embora seja dado o valor 9 a ele, sua posição segue sendo a segunda depois apenas de Cain Knightlord (10=1).
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Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
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senjuchihalyn · 4 months ago
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A novel que inspirou Meet You At the Blossom já está completa no Wattpad em português!!!!
Leia Aqui
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jinmaok · 11 months ago
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KUSURIYA NO HITORIGOTO NOVELS - ENG
The Apothecary Diaries
⚠️WE DO NOT OWN THE RIGHTS FOR THIS WORK, MAKE SURE TO PURCHASE AND HELP THE AUTHOR OF THE WORK TO GET MORE RECOGNITION.
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MORE TO COME...
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mayura-chanz · 2 months ago
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Children Record - side n° 5
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
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Quando entrei na indústria, meu gerente me ensinou muito sobre como um ídolo pop deveria agir. Não importa se a câmera esteja em mim ou não, ele disse que era totalmente importante que eu me comportasse como se alguém estivesse sempre observando.
"Eu ajo assim desde o ensino fundamental", respondi, um pouco mais atrevida do que deveria. Meu gerente sorriu: "Nossa, você tem se comportado como um ídolo por tanto tempo?" Ele disse.
Não que eu quisesse. Eu só tinha esse efeito estranho nas pessoas; eu constantemente atraía atenção, a um nível honestamente assustador.
De acordo com o que o meu irmão me disse ontem, essa habilidade de “olhos cativantes” era uma das habilidades sobrenaturais que vinham para as pessoas que faziam contato com o fenômeno sobrenatural “Kagerou Daze”. Coisas ocultas como essa normalmente me deixariam meio animada, mas essa coisa de “cativar”...era mais irritante do que qualquer outra coisa.
Aliás, eu nem era tão bonita assim. E ainda assim, só de andar pela rua, eu tinha estranhos me perseguindo e explodindo em aplausos se eu falasse uma palavra com eles. Câmeras disparavam ao meu redor, não importava onde eu estivesse. Isso acontecia desde que era criança, então ficar obcecada com a forma como as pessoas me viam era algo cotidiano há anos.
Então, quando se tratava de agir “como se alguém estivesse sempre observando”, eu estava confiante de que era muito mais sensível a isso do que uma estrela pop comum.
...Mas agora, comecei a pensar mais nas palavras do meu gerente. Ele disse para agir como se estivesse sendo observada. Ele não disse “Muitas pessoas estarão observando você, então esteja preparada”. Acho que o que ele estava tentando dizer era “Nunca se esqueça de que você é um ídolo em todos os momentos, em todos os lugares”.
Por essa definição, eu era um fracasso total. Comi duas porções de katsudon que nossa chefe preparou ontem à noite—é a especialidade dela—e depois de correr o dia inteiro, acabei dormindo no sofá pela segunda noite consecutiva. Hoje, nem acordei até depois do meio-dia. Acho que poucas pessoas, principalmente mulheres, são capazes de dormir no sofá de um estranho na sala de estar.
Não foi como se alguém tivesse tentado me acordar. Na verdade, Seto e Mary tiveram que tomar café da manhã encolhidos longe de mim, que estava esparramada no sofá. Eu me pergunto como eles conseguiram.
...No entanto, merda. Esse problema não tinha nada a ver com ser um ídolo em primeiro lugar. Eu poderia simplesmente morrer, juro.
Toda a porcaria boba que fiz hoje foi o suficiente para surpreender até mesmo Shintaro: “Você passou da esquisita para completar o círculo para o incrível,” disse. Essa pode ser a primeira vez que ele me elogia, acho. Heh-heh; eu quero morrer.
Então agora, essa estrela pop obcecada por katsudon está em uma situação difícil. Mais do que uma situação difícil, na verdade. Uma crise, talvez? Ou talvez um impasse de abalar o mundo. Sim. Era isso que eu estava enfrentando.
Eram 23:50, e um vento morno soprava em meu rosto. A lua estava escondida sob uma espessa cobertura de nuvens, as lâmpadas de rua nuas e os faróis de carros que passavam eram as únicas coisas que iluminavam as estradas pavimentadas.
Tínhamos caminhado por volta de meia hora desde que saímos do esconderijo. A conversa era escassa enquanto andávamos silenciosamente antes de chegar ao portão da frente do nosso ponto alvo: a base “inimiga”.
— ...Você tá brincando comigo? — Hibiya estremeceu. — Nós vamos invadir aquele prédio assustador?
Atrás dos muros altos havia uma estrutura gigantesca de estilo ocidental, uma cor preta brilhante na escuridão. Ela pairava acima do portão e, como Hibiya disse, era a definição de livro didático de “assustador”. Se esse realmente era o esconderijo do inimigo, a escuridão agourenta que ele exalava com certeza o fazia parecer a parte.
Mas ainda era um pouco difícil de engolir. Quero dizer, o prédio não foi feito para nenhum propósito inerentemente assustador.
*
Era o prédio principal da minha escola.
Dois anos atrás, logo antes de Shintaro ser admitido pela primeira vez, a escola passou por uma reforma em grande escala.
Você pensaria que “renovação” envolve apenas remendar as partes quebradas ou desgastadas do prédio, mas quando elas foram concluídas, não parecia uma reforma. Era mais como uma reconstrução completa.
O prédio em si foi totalmente refeito, é claro. Também havia um muro forte, durável construído ao redor do terreno, completo com um sistema de segurança eletrônico. Não sei se o “inimigo” de que meu irmão falou havia planejado tudo isso, mas certamente foi uma das razões pelas quais eu estava disposto a acreditar em sua história.
Eu ainda me lembrava de como era quando o trabalho começou, por exemplo. Eu passava por aquela velha escola destruída o tempo todo, então um dia, a construção começou, e num piscar de olhos, ela se transformou nisso. Olhando para trás, eles certamente concluíram o projeto na velocidade da luz.
Foi mais ou menos nessa época, de fato, que todos os tipos de novos edifícios começaram a ser construídos no bairro. Isso foi algo que eu pude experimentar por mim mesma, e eu não podia negar que a teoria do meu irmão, que é de quando nosso inimigo começou a tramar seu esquema, parecia terrivelmente correta.
— Nossa, — eu teimosamente retruquei, — com certeza te dá uma impressão diferente do que durante o dia, né...? você não tem medo de coisas assustadoras como essa, tem, Hibiya?
Hibiya me lançou um olhar exasperado.
— Ah, vamos lá. Só estou dizendo que é assustador porque não sabemos o que tem lá dentro. Não acredito em fantasmas e nem nada do gênero... mas e você, Momo?
— Mmm, não sou muito afetada por nada disso. Ah, Shintaro e a líder são totalmente molengas! Fomos a uma casa mal-assombrada há um tempo atrás e ela desmaiou de verdade.
— Uau! Como? — Os olhos de Hibiya brilharam enquanto sorria. — Isso é meio que uma surpresa. Ela age tão tranquila o tempo todo. Acho que não tanto na vida real, né?
Aliás, fui eu quem a fez desmaiar..., mas eu também não estava exatamente mentindo, e não fazia sentido entrar em detalhes. De qualquer forma, a líder parecia não se lembrar.
Esse foi o tipo de conversa inútil que tivemos enquanto esperávamos pela hora marcada. Não parecia haver ninguém lá, na escola, parado alegremente no meio da escuridão. Pensando bem, hoje deveria ser o primeiro dia das aulas de reforço após o feriado de Obon; acabei matando aula no final. Deveria haver pessoas entrando e saindo para as atividades no clube, mas não havia nada.
...Hmm. Ainda não tenho certeza se entendi completamente. O que esse nosso “inimigo” estava pensando, construindo seu covil do mal debaixo de um prédio público? Dei outra olhada ao redor, mas naturalmente não consegui encontrar nenhuma resposta no meu ponto de vista.
— Você acha que a escola é mesmo... o esconderijo e tal? Estou com dificuldade em acreditar.
— Não tenho muita certeza se esse “inimigo” nosso existe, por falar nisso, — Hibiya acrescentou. — Você estuda nessa escola, não é, Momo?
Eu balancei a cabeça. — Não percebi nada. Tipo, se eu tivesse notado, tenho certeza que todo mundo teria feito também, e aí seria um grande problema.
— Ooh, nunca se sabe, no entanto, — ele respondeu, ainda alerta. — Tipo, talvez essa organização do mal já tenha feito uma lavagem cerebral em você e tal.
Parecia algo saído de um programa infantil de super-heróis. Algo me disse que se alguma “organização do mal” existisse nessa cidade, provavelmente éramos nós. O “Mekakushi-dan” não era um nome que qualquer grupo decente e honesto daria a si mesmo.
— Nah, eu duvido. Eu acho que nenhum dos alunos daqui notou nada de errado com a escola em si. Quero dizer, eu não notei.
— É, mas do jeito que Shintaro colocou esse “inimigo” ...É seu professor, não é? Aquele que nos levou ao parque ontem?
Tive dificuldade em formar uma resposta. Como se notasse o silêncio, o vento escolheu aquele momento para começar a soprar.
Eu sabia disso na minha cabeça, e não queria lançar dúvidas sobre meu próprio irmão. Mas, para ser sincera, eu ainda não acreditava totalmente em tudo o que Shintaro disse. Que alguém está atrás de nós e de nossas habilidades dos “olhos”; que esta cidade inteira já foi tomada por alguma presença sinistra; e, acima de tudo, que o cérebro por trás de tudo isso era o Sr. Tateyama, meu professor de sala de aula.
Quando ouvi isso pela primeira vez hoje, fiquei praticamente sem palavras. Se Shintaro não tivesse sido o único a dizer isso, acho que não teria acreditado em nada. Mas foi exatamente isso que ele disse. Ele nunca foi uma presença totalmente confiável na minha vida, mas eu sabia que ele era mais inteligente do que praticamente qualquer um, e sabia que ele não iria falar um monte de besteiras durante uma crise como essa. Nunca.
Ele tinha me contado a verdade, e eu não tinha absolutamente nenhuma razão para pensar o contrário. Então eu não queria chamar isso de um monte de mentiras...Mas ainda assim, foi um choque enorme. Acho que eu teria me sentido um pouco melhor sobre isso se pudesse ter conversado mais com Shintaro. Mas ele agiu todo pensativo sobre algumas coisas, então não pude fazer isso.
Minha mente, indiferente aos meus sentimentos, começou a conjurar todos os tipos de cenários de pior caso. Fiquei ansiosa que todas essas coisas incríveis e insubstituíveis que eu tinha encontrado nos últimos dias voassem para longe, para nunca mais serem vistas. Isso fez meu peito parecer que estava prestes a ceder.
Sério, se há um Deus aí, ele poderia ser um verdadeiro rei da zoeira às vezes. Por que estávamos sendo solicitados a aturar tudo isso? Eu nunca pedi nada irracional, não que me lembre. Eu só queria uma vida normal. Uma onde eu pudesse estar com todos. Era isso.
— ...Momo?
A voz de Hibiya me jogou de volta à realidade, enquanto sua mão direita puxava a bainha do meu moletom. A ansiedade em seu rosto um momento atrás se foi, e suas bochechas estavam um pouco inchadas. Devo ter demorado muito para responder para o gosto dele.
— Hum..., — eu disse, tentando recompor minha mente.
— Olha, se você está preocupada com alguma coisa é só falar. Você realmente confia tão pouco em mim?
— Hããã? — Fiquei perplexa.
— Digo, eu também estou nervoso, mas...tipo, nós temos que fazer isso, não é? Nós todos conversamos juntos: recuperamos tudo e acabamos com isso. Se você vai ficar toda nervosa assim...você vai começar a me atrapalhar também, né?
Então ele se virou, um pouco envergonhado do que tinha acabado de dizer.
O vento, que fazia um barulho alto até agora, acalmou-se. Estávamos envoltos em silêncio.
— Uhm...obrigada. Eu...eu vou tentar o meu melhor.
Eu era bem simples às vezes. Ouvir Hibiya foi o suficiente para a ansiedade que enchia meu coração se encolher e esconder-se nas sombras.
O que é bom, eu acho. É bom, mas...não sei. A sensação assustadora que estava se expandindo em seu lugar não era menos confortável. As crianças de hoje em dia...realmente sabem como se manter unidas! Hum....Ha-ha-ha. Ah, cara.
— Tuuudo bem! — uma voz brusca gritou. — Desculpe interromper vocês quando as coisas estão esquentando, mas já está na hora de ir!
Eu segui a voz. Ela vinha do meu bolso. Tirando-o de lá, fui recebida com a imagem de uma garota de maria-chiquinha, encarando-me e parecendo extremamente irritada por algum motivo.
— Ah...Ene?! Desde quando você está aí?!
— Ah, desde o “Obrigada, eu vou tentar o meu melhor”, eu acho? — ela respondeu, um sorriso travesso no rosto. Reflexivamente, apliquei pressão em ambos os lados do celular. A tela começou a ranger.
— Aaagh! — Ene gritou em resposta. — O-o que você está fazendo?! Se você quebrar este celular, toda a operação vai desmoronar! Tudo!
Ela abriu bem as mãos para provar seu ponto. O mostrador de tempo acima dela marcava 23:55h.
— Bem, a culpa é sua por se aproximar de mim, Ene. Ugh...então Shintaro e o resto entraram?
— Pode apostar que sim! Ha! Aposto que eles não esperavam que eu invadisse a segurança nem em dez bilhões de anos! Eu derrubei tudo em segundos! Está aberto até os ossos!
Ene ficou de pé no celular, de braços cruzados. Fiquei surpresa que ela conseguiu manter essa tensão mesmo em um momento como esse. Era realmente como, como se ela...
— Bem, bom trabalho, Ene. Fico feliz que podemos contar com você.
Ene congelou por um segundo, sem esperar meu elogio, antes de sorrir de um lado para o outro da tela. — É, totalmente! Eu sou só, tipo, um demônio, não sou?!
Hibiya, olhando de lado, deu um longo suspiro, como se não houvesse mais nada para comentar. — Vamos, Momo, — ele disse. — Temos que começar. Você sabe o que deve fazer?
— Ummm, provavelmente! — Respondi com um sorriso. Hibiya nervosamente enrijeceu o rosto, como sempre fazia.
Eu estava tentando um pouco agir como uma palhaça para ele, mas é claro que eu sabia meu papel em tudo isso. Com as habilidades consumadas de Ene para quebrar a segurança, a escola inteira agora era nossa para explorar. Assumindo que tudo estava ocorrendo conforme o planejado, o outro grupo estava usando um mapa desenhado da habilidade de Hibiya de marchar direto para o núcleo central do esconderijo do nosso “inimigo”.
Mas, como Ene nos avisou, — Assim que eles perceberem que a segurança está off-line, não tem como dizer que tipo de caras eles vão mandar. — Tínhamos a fechadura aberta, em outras palavras, mas poderíamos ter alguma companhia em breve que não aprovasse isso. De jeito nenhum. Eles poderiam muito bem estar armados também, e dada a falta de treinamento de batalha sofisticado do Mekakushi-dan, não duraríamos muito tempo. E enquanto não soubéssemos o quanto desta cidade estava realmente nas mãos do nosso inimigo, não havia como contar com qualquer suporte externo.
...Mas é aí que eu entro.
Agora faltavam três minutos para a meia-noite. Minha missão estava prestes a começar.
Ene também devia saber. — Espalhei na rede que você está aqui agora, como planejamos, — ela me disse, mostrando uma seriedade rara para variar. — Vocês, ídolos pop, são demais. Vocês não acreditariam o quão malucas as pessoas estão agora.
Forçando um pouco os ouvidos, já conseguia ouvir os murmúrios de pessoas distantes entre os sons da noite. Eu me aposentei da indústria por motivos bem pessoais, mas à noite, talvez eu tenha uma chance de compensar isso.
— Obrigada, Ene, — disse.
Ene sorriu. — Ei, nós somos todos amigos aqui! Não precisa ser educada agora!
Respondi com meu sorriso típico. Então entreguei meu celular para Hibiya e me virei em direção ao portão da escola.
Olhando para trás, a última vez que pisei aqui foi... AH. Há só três dias, hein? Parece que foi uma eternidade.
Há três dias, eu estava vindo para cá totalmente desanimada, pronta para começar minhas aulas de recuperação. Nunca imaginei que a escola no verão acabaria assim: entrando para o Mekakushi-dan, encontrando essas pessoas, encontrando algo assim...
Estava começando a parecer, agora, que eu estava completamente desligada da realidade.
— ...Hein, Momo? Eu posso te pedir uma coisa?
Quando me virei, vi Hibiya me encarando, algo claro estava em sua mente. Então me ocorreu: esta poderia muito bem ser a última vez que estaríamos no mesmo lugar. Acenei de volta para ele.
— Você é, tipo, um ídolo incrível, certo, Momo? E-eu acho que é por isso que eu acabei vindo aqui em primeiro lugar. Você provavelmente era a celebridade que a Hiyori queria um autógrafo.
Hiyori. A garota com quem Hibiya veio para a cidade. Aquela que provavelmente estava sofrendo no Kagerou Daze agora. Alguém que Hibiya tinha que resgatar a todo custo.
— Então, hum, quando tudo isso acabar... eu posso pegar um autógrafo seu?
Eu tinha sentimentos um tanto confusos sobre esse pedido. Primeiro, supondo que tivéssemos sucesso, isso significaria que eu me aposentaria permanentemente da carreira de estrela pop. Um autógrafo de alguém como eu não a deixaria nem um pouco animada.
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Dois...eu não faço ideia. Acho que fiquei com um pouco de inveja dela. Esse tipo de coisa.
— Então... jura que nós vamos nos encontrar de novo, está bem?! Prometa!
...Prometer, né? Justo.
— ...Claro. Prometo.
Passamos pelo portão. Uma visão familiar me cumprimentou enquanto caminhávamos rapidamente para o terreno da escola. Enquanto isso, pensei sobre as coisas mais uma vez. A última vez que estive lá, no meio da minha sessão épica de desânimo, me vi admirando adolescentes “normais” vivendo de fato seus anos dourados. Agora, porém, enquanto caminhava, senti como se estivesse lá. Que eu finalmente estava fazendo algo parecido.
Não havia nada da luz brilhante do sol que eu aproveitei naquele dia, mas ali, de pé no meio do terreno da escola, aposto que eu estava brilhando tão intensamente quanto podia.
Os sons de pessoas que eu mal ouvia no vento antes estavam agora perfeitamente claros no ar. Eu podia dizer que meu pulso estava acelerando com o barulho. Foi a primeira vez que Shintaro me deu uma tarefa tão importante. Eu tive que dar tudo o que tinha.
Respirando fundo, concentrei-me. Logo eu pude sentir o fundo dos meus olhos ficando mais quentes, como se estivessem queimando.
Toda essa cidade já estava infectada. Não tínhamos como saber quem era amigo e quem era inimigo.
...Então a solução estava clara. Vamos trazer todo mundo para cá.
Com tantos olhos reunidos em um ponto focal...qualquer possível vilão teria que ser muito mais cuidadoso com o que tentasse.
O barulho estava aumentando e se tornando uma multidão. Eu sabia que milhares, dezenas de milhares, mesmo, estavam avançando sobre a escola. Foi a primeira vez que usei meus “olhos cativantes”, a habilidade que eu tanto odiava esse tempo todo, com toda a minha força.
A próxima coisa que percebi foi que toda a área estava brilhando com um lindo tom dourado. A lua, antes escondida nas nuvens, agora estava enorme no céu, brilhando com tudo o que tinha. Uma iluminação bem chique para meu último show no palco. Agora eu não podia voltar.
Eu estava pronta para cativar esta cidade, esta nação, este mundo. Eu não permitiria que eles sequer piscassem. Respirei fundo e gritei alto para o céu:
— Momo Kisaragi, dezesseis anos! —E eu sou um ídolo pop!
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ludnberg · 3 months ago
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Completamente me esqueci de repostar as minhas coisas do Twitter, hora de corrigir isso
Magical girl raising project episodes em ptbr
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estantedenovels · 1 year ago
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The Fantasie of a Stepmother
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Títulos Alternativos: A Stepmother's Fairy Tale, A Stepmother's Märchen, A Fantasia de Uma Madrasta, Um conto de fadas da madrasta
A viúva de ferro, a viúva aranha, o caçador, a bruxa do castelo de Neuwanstein, o constrangimento das nobres damas….
Estas foram todas as palavras usadas para descrever a marquesa Shuri Van Neuwanstein. Apesar de receber tais críticas do mundo, ela criou seus 'filhos', que não tinham parentesco de sangue com ela e tinham idade suficiente para serem chamados de irmãos. E finalmente, no dia do casamento do primeiro filho, Jeremy, ela sentiu que todo o seu trabalho duro havia unido todas as pontas soltas.
Mas ela estava terrivelmente enganada. Após ouvir a mensagem solicitando que ela não comparecesse ao casamento, ela se envolveu em um acidente e morreu ao sair do castelo.
Ao abrir os olhos, acordou no dia do funeral do marido, há sete anos. Me recuso a sofrer mais. Não vou viver como vivi no passado pela segunda vez!
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anyaryy · 11 months ago
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My Underachieving Seatmate Doesn't Need Any Comforting (PT-BR)
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Autor(a): Long Qi (龙柒)
Gênero: Romance, School Life, Shounen Ai, BL
Capítulo em chinês: 113 Capítulos + 9 Extras (Completo)
Publico em: JJWXC
Ler online:
Opção 1: https://anyaryy.tumblr.com/musdnac
Opção 2: https://www.wattpad.com/story/359805096-my-underachieving-seatmate-doesn%27t-need-any
Sinopse:
Qiao Shao, que trabalhou duro para ficar acordado a noite toda estudando, foi o primeiro da classe... se você contar de baixo para cima.
He Shen - que conseguiu uma pontuação perfeita mesmo dormindo o dia todo -, em uma rara demonstração de gentileza, comprou uma bebida para confortar seu companheiro de mesa idiota.
Então ele viu as mensagens aparecendo no telefone de Qiao Shao:
【Pai: Não entre em pânico, está tudo bem se você não foi bem no teste. Papai acabou de encomendar um novo carro esportivo para você.】
【Avô: Neto, não há necessidade de pressa. Está tudo bem, mesmo que você não tenha se saído bem no teste. Vovô comprou um iate novo para você, venha descansar.】
【Vovô: Neto, não chore, tudo bem se você não foi bem na prova. As propriedades no valor de bilhões do vovô são todas suas.】
Com uma expressão vazia, He Shen jogou sua bebida no valor de 2,5 yuans no lixo.
Tenha calma! Para que serve conforto?
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openmindota · 10 months ago
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[O Renascimento do Mudinho] Capítulo 4 — Autoajuda
Avisos: Nada me pertence, somente a tradução. É uma tradução de fã para fãs. Não utilize essa tradução para fins comerciais e nem republique em outra plataforma sem minha prévia autorização.
Novel original clique aqui.
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Mu Xiaoke correu todo o caminho para casa sem parar e lavou-se o mais rápido possível. Ele não queria recordar nenhuma memória relacionada àquele cachorro enorme e feroz. Tais memórias eram muito dolorosas e aterrorizantes. Ele desejou nunca ter estado neste mundo. Se ele nunca tivesse aparecido, não seria morto e nem seria insultado a ponto de não ter nem dignidade.
Mas quando ele abriu os olhos, a água quente ainda pingava sobre ele, suas mãos ainda se sentiam insuportáveis, como se estivessem manchadas de sangue, sujas, imundas.
Não, ele não pode permitir que essas tragédias dolorosas aconteçam novamente. Deus o deixou viver novamente. Não apenas para deixa-lo mudar seu destino, mas também para lhe dar liberdade. Ele quer impedir esses desastres. De qualquer forma, ele não pode continuar tão confuso. Ele tem que fazer alguma coisa, ele deve fazer alguma coisa.
Como se tivesse acordado de repente, Mu Xiaoke saiu apressadamente do banheiro. Ele não se importou que seu cabelo ainda estivesse encharcado de água e apressadamente foi vasculhar os compartimentos escondidos em seu armário.
Ele quer se salvar e a pessoa de bom coração que foi implicada por sua causa. O primeiro passo é ter a capacidade de sobreviver e de viver sozinho com dignidade.
Ele não tem a beleza de seu irmão. Nem o dinheiro e o poder dele. Ele é uma pessoa com deficiência que não consegue se comunicar normalmente com outras pessoas. Não é fácil para ele viver por conta, mas em qualquer caso, ele tem que tentar.
Seguindo suas já vagas lembranças, ele enfim encontrou as notas plastificadas.
Esta é a herança mais preciosa deixada por sua mãe.
Em algum momento, Mu Xiaoke foi acordado por alguém e, ao abrir os olhos, viu que era seu pai. Seu pai franziu as sobrancelhas enquanto olhava para ele e raramente demonstrava qualquer traço de preocupação: — Por que você adormeceu segurando um livro sem se cobrir?
Mu Xiaoke ficou surpreso, ele tinha sentimentos confusos em seu coração. Este não é um livro. São as anotações de trabalho mais importantes da sua mãe quando ela era viva, mas seu pai não conseguiu reconhecer. Ele realmente queria perguntar ao pai. O que você pensa sobre sua esposa morta? Qual é o valor da vida dela em seu coração?
Mas ele não podia perguntar e nem se atrevia a perguntar.
Ele colocou gentilmente as anotações debaixo do travesseiro e disse em linguagem de sinais ao pai de que estava bem.
Nesse momento, a porta do quarto se abriu novamente e foi Mu Kai que entrou... e Rong Yanzhe!
Mu Xiaoke sentiu seu sangue gelar. O olhar insensível de Rong Yanzhe o atingiu. Ele sentiu-se frio e em dor. Mais do que isso, Fu Jiayun também veio.  
Os três ficaram juntos, o suficiente para deixar Mu Xiaoke assustado.
— Como está Xiao Ke? Durante o dia você assustou o irmão Yanzhe e os convidados. — Mu Kai olhou para ele com preocupação e sentou-se diretamente na cama para pegar sua mão.
Mu Xiaoke reagiu evitando-o imediatamente. Esse ato surpreendeu as pessoas ao seu redor, ou melhor, deixou-as muito zangadas.
Mu Xiaoke sabia o que sua esquiva traria, mas ainda tinha que se esconder. Ele não queria se aproximar de seu irmão. Ele estava com medo. Exceto Rong Yanzhe, aquele que ele mais temia era o seu irmão mais velho.
___________
Seu irmão é muito esperto. Ele sabia que Mu Xiaoke gostava de Fu Jiayun há muito tempo. Mu Xiaoke lembra que Fu Jiayun havia lhe dito que a razão pela qual ele vinha cuidar dele era por causa de Mu Kai. Aos olhos de quem está de fora, Mu Kai é um bom irmão mais velho: atencioso, ponderado e que aparentemente faz de tudo para servir de cupido para seu irmão mais novo e para a pessoa de quem seu irmão mais novo gosta.
Entretanto, esta superfície tem uma pré-condição. Fu Jiayun não deve ter sentimentos por Mu Kai. Aos olhos de Fu Jiayun, Mu Kai é magnânimo e gentl, tão generoso, que é capaz de desistir de seu amor e deixar a pessoa de quem gosta cuidar e mostrar ternura para com seu irmão mais novo deficiente. Mas esse irmão é um ingrato, desejoso e mente fechada. Quanto mais Mu Kai pedia a Fu Jiayun para ver seu irmão, mais ele odiava este ingrato ciumento e insensível.
Mu Xiaoke, que era uma criança, não conseguia ver isso. Ele só sabia que gostava de Fu Jiayun, mas este não estava disposto a olhar para ele. Ele só conseguia fazer coisas infantis desesperadamente para atrair a atenção dessa pessoa. Ele não tinha ideia de que as coisas que fazia eram simplesmente imperdoáveis aos olhos daqueles que estavam cansados dele.
Fu Jiayun o odiava cada vez mais, até que mais tarde ele foi para a faculdade e encontrou Fu Jiayun, que estava beijando seu irmão. Seu irmão mais velho falou para ele disso claramente.
Quando ele entendeu as intenções maliciosas de Mu Kai, ficou magoado e com raiva. Ele foi rapidamente para Fu Jiayun para explicar. Ele queria expor a maldade de seu irmão na frente de seu namorado, mas apenas conseguiu em troca o olhar de desprezo e nojo para consigo. Ele se lembra do que Fu Jiayun disse naquela época: “Como pode uma pessoa cheia de esquemas e desagradável como você ser digno da bondade dele?”
O que aconteceu depois... depois provavelmente foi que a pessoa desagradável foi exposta por todos. Rong Yanzhe estava disposto a aceita-lo, a criança má que foi rejeitada por seus parentes e amigos. Todos naquele círculo elogiaram Rong Yanzhe como um grande filantropo.
Mais tarde, mesmo quando morreu, seu irmão mais velho disse: “É culpa dele mesmo. Ninguém pode ser culpado.”
___________
— Xiao Ke... você está culpando seu irmão? — A voz de Mu Kai o trouxe de volta à realidade, despertando Mu Xiaoke, que estava preso em suas memórias.
Mu Xiaoke ficou assustado quando ouviu isso, aqui estava ele de novo, aqui estava, de novo... Ele se enrolou em pânico e não pôde fazer nada além de pedir desculpas em linguagem de sinais.
A única pessoa presente que conseguia entender sua linguagem de sinais era seu pai, mas este não cuidava dele há muito tempo.
— Já basta! — Rong Yanzhe sussurrou de repente.
O coração de Mu Xiaoke estava preste a sair pela boca, Rong Yanzhe estava com raiva...
— Ele está quase sem ar, você não vê? Desculpe, tio Mu, viemos em uma hora ruim, então vamos embora.
Mu Xiaoke ergueu a cabeça e olhou para Rong Yanzhe sem expressão. Vendo olhos com tanto desdém e nojo, Mu Xiaoke deu um inexplicável suspiro de alívio. Isso é ótimo. Rong Yanzhe o odeia abertamente. Isso é ótimo.
Quanto a Fu Jiayun, ele não se atreveu a olhar diretamente. Ele sabia que não era digno e não ousou ter mais nada a ver com Fu Jiayun.
Contudo, Mu Xiaoke parecia tão feliz que Rong Yanzhe, que ainda não havia partido, sentiu que a respiração dele estava mais viva. Rong Yanzhe ficou descontente e queria explodir na hora, mas estava preocupado com a presença de Mu Kai e seu pai. Ele olhou para Fu Jiayun antes de sair e Fu Jiayun tinha a mesma expressão inacreditável.
Depois que os estranhos foram embora, Mu Xiangyang olhou para seus dois filhos. Ele teve que admitir que a afasia do filho mais novo o fez sentir-se culpado por muito tempo. Seu filho mais velho substituiu o mais novo como herdeiro da família Mu. Ninguém no círculo de amigos da família Mu se preocupa mais com a origem do filho mais velho, mas tem muitas reclamações sobre o filho mais novo deficiente.
Ninguém está otimista quanto ao futuro de Mu Xiaoke. Já seria uma benção para o filho que não consegue nem falar com clareza poder se sustentar no futuro. Como ele pode esperar que ele possa trazer algum benefício para a empresa da família? Portanto, depois que Mu Xiaoke recuperou gradualmente a capacidade de falar, Mu Xiangyang também se cansou desse filho barulhento e agressivo.
Quando Mu Xiaoke sofreu outro acidente, foi inevitável que as memórias de Mu Xiangyang do acidente anterior não fossem trazidas de volta. Mu Xiaoke não nasceu mudo. Foi porque Mu Xiaoke foi sequestrado pelos rivais comerciais de Mu Xiangyang e causou sérios traumas psicológicos, que por sua vez o levaram a ficar mudo.
Agora que Mu Xiaoke teve uma recorrência de sua antiga doença, deve ser porque encontrou algo novamente. Ele é realmente negligente como pai.
— Xiao Kai, não perturbe o descanso de Xiao Ke. Você trabalhou duro hoje. Vá se lavar e descansar. — Um Xiangyang acenou com a mão. Mu Kai ficou surpreso, mas não desobedeceu ao pai: — Entendo, então estou saindo. Xiao Ke, descanse bem.
Depois que Mu Kai saiu, Mu Xiangyang tocou suavemente a cabeça de Mu Xiaoke: — Você... já jantou?
Mu Xiaoke olhou para a saída de seu pai. Sua visão ficou turva novamente; ele não sabia que seu pai também tinha cuidado dele, mas para ele, tal cuidado, era tão distante que era difícil de se lembrar. Se sua mãe ainda estivesse viva, sua vida seria completamente diferente?
Ele secretamente espremeu as anotações debaixo do travesseiro.
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kinoko-project · 1 year ago
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Tensei shitara ken deshita
Títulos alternativos: Reencarnado como uma espada; Reincarnated as a sword
Tradução iniciada
a tradução dessa novel está em andamento, e conforme os capítulos ficarem prontos, estaremos postando aqui
Créditos
Autor: Yuu Tanaka
Ilustrador: Llo
Editora Japonesa: Micro Magazine
Editora Americana: Seven Seas Entertainment
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tyrant7z · 7 months ago
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Jogos visual novel que facilmente recomendo;
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caso for instalar saya no uta ou dorei to no seikatsu, recomendo que instale no blog "sekai visual novel" tem a tradução em ptbr e sem censura, como a maioria dos exe de saya no uta
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trinitybloodbr · 24 days ago
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FROM THE EMPIRE - フロム・ジ・エンパイア – DO IMPÉRIO
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⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️
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FROM THE EMPIRE
フロム・ジ・エンパイア
DO IMPÉRIO
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PRÓLOGO
-- Porque toda a terra será destruída.
A água se levantará por sobre toda a terra,
 e tudo o que está sobre ela será destruído e desaparecerá.
(Versão etíope do Livro de Enoque 10:2)
Um grupo de mil máscaras, com tochas nas mãos, avançava em marcha.
A praça à beira-mar, que abriga a Basílica e o Palácio do Governador, brilhava como se fosse meio-dia. Por outro lado, as duas luas no céu, pareciam completamente ofuscadas por causa dos fogos de artifício que subiam por todos os lugares.
“...Esses malditos terrans bárbaros!”
Astha cuspiu asperamente. A brisa marítima vinda da laguna levava a agitação da praça até o beco mal iluminado em que ela se encontrava.
 Através dos documentos, ela pensava ter compreendido a visão geral do chamado ‘Carnaval de Veneza', mas a coisa real era ainda mais ridícula do que se imaginava. O senso de sensibilidade dos nervos desses Terrans, que realizavam tal farra descontrolada ao longo de dez dias e noites, estava além da compreensão dela.
"De todas as coisas, encontrar-se em um lugar como este... e além disso, até quando vai me fazer esperar?!" – ela se pronunciou em um tom de voz resignado.
Diferente de sua terra natal, Tsala, onde o pôr do sol marca o início do dia. Aqui um dia começa e termina à meia-noite. Acima, o sino da enorme torre do relógio estava anunciando a chegada de um novo dia. 
No entanto, não havia nenhum sinal de que a pessoa com quem deveria se encontrar aparecesse.
Impaciente, Astha levantou a gola do casaco de couro e tirou os óculos de sol de seu rosto que possuía traços bastantes alinhados.
Talvez, deva continuar perseguindo "ele" sozinho? – Astha pensou consigo mesma.
Disseram que a pessoa esperada era o mais habilidoso daquele grupo. 'Agente Executor' ou algo assim? Talvez parecesse que fosse dessa forma, mas no final das contas seria somente mais um estúpido e fraco Terran. Uma espécie de vida curta. Astha sozinha era muito mais ágil e conhecia “ele” melhor do que ninguém. Nesse caso...
"Não, não posso, não posso." – Astha balançou a cabeça, afastando a doce tentação.
Dentre aqueles fanáticos, finalmente apareceu uma pessoa um pouco mais razoável. Se voltasse agora, poderia irritá-los.
"De qualquer forma, vamos “pegá-lo” rapidamente e se despedir dessa maluca montanha de primatas... hein?" – Astha aguçou os ouvidos ao ouvir vozes vinda de um canal mal iluminado próximo.
Aparentemente, duas ‘fêmeas’ jovens e alguns ‘machos’ que parecem ser gondoleiros estavam envolvidos em algum tipo de problema. Pelo que ela analisou das gírias que os ‘machos’ estavam usando com frequência, parece que eles estavam forçando as jovens a compensar a diferença da tarifa através de relações sexuais.
Não importava onde os Terrans se encontrassem ou acasalassem. Mas seria um problema se fizessem isso aqui por perto. Deveria ordenar que façam isso em outro lugar... Astha estava considerando seriamente quanto a isso.
"Er... desculpe interromper enquanto estão ocupados, mas..." – Uma voz descontraída veio do fundo do beco – Um momento, por favor? Bem, a Praça de São Marcos é por este caminho, não é?"
Era um jovem alto.
Sob o cabelo prateado desgrenhado, os costumeiros óculos redondos, como o fundo de uma garrafa de leite, refletiam o luar de fevereiro. E ele estava vestido com uma batina sacerdotal preta de aparência simples e pobre com uma capa desgastada. A típica aparência de um padre itinerante.
"Bem, Veneza é realmente uma cidade que parece um labirinto, não é? Então, vocês também estão aqui para o festival? É ótimo, não? O carnaval. Bem, na verdade, eu também..."
"Como pode ver, estamos ocupados agora, padre."
Um homem enorme e barbudo avançou lentamente de entre os gondoleiros, enquanto brincava com um remo grosso.
 
“Se estiver a caminho, por que  não pergunta em outro lugar?”
"Ah, mas..." – o padre travou.
“Padre, por favor nos ajude!”
As garotas correram em sua direção e o padre recuou, como se estivesse sendo intimidado. Elas acabaram por se esconderem em suas costas desprotegidas suplicando com os olhos marejados.
"Por favor, nos ajude! Estas pessoas estão nos forçando..."
"Sem essa! A culpa é de vocês por não pagarem!" – gritou um dos gondoleiros.
“Eeeeh..” – o padre recuou ainda mais.
Pelo comportamento assustado das garotas, ele evidentemente percebeu que havia se perdido em um cenário de guerra. O padre, com seus olhos azuis, piscava repetidamente, enquanto dizia:
"Bem, conflitos não são bons. O Senhor disse: 'Não te enfureças'... Uaaah!?"
O padre recuou para evitar o golpe sinistro, arqueando-se. Parecendo uma criatura que falhou na evolução. Ele cambaleou para trás desajeitadamente. 
"Que susto! O...o que foi isso de repente!?"
"Cale a boca! Desapareça de uma vez, padre de merda! Quem disse que quero ouvir seu sermão enganoso!?" – o gondoleiro que o atacou antes gritou.
"En-enganoso? Oh! Senhor, tende piedade da incredulidade dos filhos dos homens... Ce-certo! Senhoritas, fujam agora mesmo... eh?" – o padre comandou, mas logo sentiu que havia algo faltando.
Antes que ele percebesse, as garotas já haviam desaparecido ── seus vestidos coloridos esvoaçaram uma última vez de relance enquanto corriam em direção a praça.
"Ha, haha... não! Está tudo bem! Se eu puder proteger a pureza das donzelas com meu sacrifício. Não é um preço pequeno a se pagar? Não me importo nem um pouco. Sim, não me importo. Haha... eh, hein?”
Alguém cutucou as costas do padre, que estava dando uma risada seca e solitária. Ao se virar, ele viu inúmeros olhares ameaçadores dos gondoleiros encarando a sua cara de idiota.
"Bem... pessoal. Então, vamos nos acalmar. Aah! O Senhor disse: 'Suportem uns aos outros. Perdoem as ofensas um dos outros...'"
"...Matem-no." – os gondoleiros gritaram.
Ao som do vento, gritos de raiva e de dor se misturaram.
"Se... se matarem um padre, serão amaldiçoados, sabiam? Vamos, acalmem-se, respirem fundo juntos... Alguém, me ajude!" – o padre levantava as mãos desorganizadamente enquanto recuava o quanto podia.
(…Sem chance, esse cara...)
Astha soltou um suspiro e levantou-se.
Deixa-lo sozinho seria até aceitável, mas vê-lo cair morto bem na frente dos seus olhos seria desconfortável – além disso, Astha estava começando a ficar irritada com a ausência dessa chamada 'pessoa habilidosa' que estava demorando a aparecer.
“......”
Ela começou a correr silenciosamente e deu um leve salto. Com uma força nas pernas dezenas de vezes maior do que a dos Terrans, ela chutou as paredes à esquerda e à direita para ganhar altura e pousou graciosamente diante dos olhos dos bandidos.
“...!?”
Quando um dos homens barbudos, que estava entre os gondoleiros, percebeu a sombra projetada sobre sí, já havia levado um golpe de reverso do punho no topo da cabeça, que fez seu rosto se prostrar no chão. Embora o golpe tivesse sido suficientemente moderado, poderia ter causado uma rachadura em seu crânio.
“....Eh?”
E então nesse momento, os homens restantes também ficaram todos estáticos, uniformemente, sem se mover.
A razão era porque bem na frente dos olhos deles, iluminada pela suave luz da lua, estava uma mulher incrivelmente bela.
Ela era uma mulher muito alta. Envolvida em um casaco preto que ia até os tornozelos. Sua alta estatura devia ultrapassar facilmente o um metro e oitenta. Seus cabelos era branco ─ exceto por uma mecha na testa, da cor do sangue. Todo o restante estava descolorido até o final em um tom de marfim. No entanto, a beleza sob seus brilhantes olhos cor de âmbar ainda parecia jovem, como se tivesse acabado de sair da adolescência.
“Ah... quem seria você?"
"... Se afaste."
A bela mulher ─ Astha empurrou levemente o padre e virou-se para encarar os bandidos. Quando o grito do padre que caiu no canal e os respingos de água subiram, ela já estava chutando o pavimento de pedra e dando um grande salto...
Alguns segundos depois ─ na rua, cerca de dez homens com os queixos e clavículas quebrados estavam inconscientes. 
"...Ha! Seus malditos terrans!" – ela murmurou.
Sentindo uma leve sede ao ver o líquido vermelho escorrendo pelo pavimento de pedra, Astha fungou intencionalmente. Ela se surpreendeu ao ver um grupo de pessoas atacando seus semelhantes mais fracos. – O fato de suas aparências serem semelhantes as eles, torna seus caráteres malignos ainda mais perceptíveis. - E ainda insultam a ela e os outros Methuselahs, os chamando de 'vampiros', realmente eles não possuem a noção de seu devido lugar...
"Ah, com licença..."
De repente, Astha voltou a si ao ouvir uma voz extremamente lamentável vinda da sarjeta.
"Ei, se você não se importar, poderia me puxar? Na verdade, não consigo alcançar..."
“... ...”
Pensando bem, tem esse cara aqui.
Ela já estava cansada de interagir com esses Terrans. Mas deixá-lo assim a correr o risco de um ataque cardíaco seria um problema. Astha estendeu a mão casualmente.
"Aí está! Pegue."
"Ah, muito obrigado... A propósito, você não é do 'Império'? Não seria a Inspetora Chefe do Novo Império Humano, Tsala Methsaluth, Marquesa de Kyiv, Viscondessa de Odessa, Lorde Astharoshe Aslan?"
“O q....!?”
O rosto de Astha ficou rígido como se tivesse sido atingido por um raio.
Deste lado, somente 'eles' deveriam saber sobre ela. Como este homem sabia disso!?
(Espere! Não, não pode ser, de jeito nenhum...)
Num instante, um pressentimento sinistro passou pela parte de trás do córtex cerebral, fazendo a jovem nobre boyar do Império estremecer. 
"Eles" — A Duquesa de Milão, Caterina Sforza, e a Seção de Operações Especiais – Ax — do Ministério de Estado do Vaticano prometeram enviar seu melhor agente nesta operação conjunta. Não importa o quão estúpidos e loucos os Terrans fossem, mas justamente isto...
O padre olhou para o rosto de Astha, que estava paralisado pelo espanto ─ e para seu horror ─ sorriu suavemente.
"Ah, então é você mesmo? Que bom. Pensei que já tivesse ido embora. Eu sou Abel ── Abel Nightroad. Fui encarregado pela Duquesa de Milão para apoiar suas atividades de investigação em Veneza. Prazer em conhecê-la ♥"
……Será que seria possível soltar esta mão e voltar para o seu país?
Astha pensou nisso seriamente preocupada.
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Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
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cardcaptorlaggy · 29 days ago
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Festa do chá depois de terminar Umineko
E assim foi a minha jornada de ler umineko que começou 12 de Agosto de 2024 e terminou 26 de Outubro de 2024 (metade dela tá aqui no tumblr e a outra tá lá no twitter)
Eu não li tantas assim, mas provavelmente é uma das, ou se não a minha visual novel favorita até o momento.
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Higurashi foi incrível, eu adorei tentar entender o que caralhos tava acontecendo naquela cidade do caralho (e ainda consegui pegar o plot twist que só foi confirmado no capítulo 6 logo no capítulo 2, viva Haruhi), mas Umineko? É outro nível. A quantidade de loucura e confusão aumenta aqui é inacreditável, chega num ponto que você não sabe o que é real ou ficção naquela história, mas ainda sim eu consegui pensar em algumas coisas que se confirmaram depois mais ou menos.
Os arcos de perguntas são muito bons (ápice atingido no episódio 3), mas os das respotas puta merda, quando tu acha que acabou TEM MAIS E MAIS reviravoltas.
Eu li na versão da Steam que é um ""remaster"" da versão original com uma tradução de fã embutida junto. Não é a melhor versão, mas é o mais perto do original tirando a própria versão original, então foi essa que eu escolhi mesmo que o Umineko Project (port pra PC por fã da versão de PS3) seja melhor em vários aspectos. (eu só queria ver os sprites e fundos originais com o texto aparecendo na tela inteira em 4:3, coisa que do que eu entendi, o Umineko Project não faz)
Se você leu Higurashi e gostou tu vai gostar de Umineko com certeza.
Ah é, do que eu ouvi falar o mangá tem coisa diferente e umas informações a mais, então a "thread" de Umineko ainda irá continuar comigo comentando algumas coisas sobre isso aí, mas tirando o mangá e >TALVEZ< o anime, acabou.
E para encerrar... um até mais, nos vemos novamente quando alguma outra coisa chorar...
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peter1001r · 11 months ago
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"It’s been so long since anyone listened to me talk."
Que livro maravilhoso, é o que eu tenho a dizer. Me emociono muito com esse momento entre o Xie Lian e o Hua Cheng. É um dos momentos mais lindos de todos os volumes. Fico sem chão nessa hora. Terminei de ler a história e ainda bem que tinha também uns capítulos extras muito fofinhos ou engraçados para aproveitar também. Agora é esperar, se for lançado no Brasil pra ler a tradução para português. Tenho que ler a outra novel da MXTX e também esperando os últimos volumes de MDZS serem lançados (em português pela NewPop).
“My beloved is a brave, noble, gracious special someone,” Hua Cheng continued. “He saved my life, and I’ve looked up to him ever since I was young. But I wanted to catch up to him and become even stronger for his sake. Although he might not remember me well—we never really talked—I want to protect him.”
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mayura-chanz · 3 months ago
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Shissou Word III
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
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Antes de eu nascer, minha mãe era o tipo de pessoa que você poderia construir uma relação instantânea. Ela tendia a cuidar melhor de sua aparência do que muitas pessoas, o que acho que ajudou, mas ela simplesmente tinha o sorriso mais caloroso que já se viu. Acho que isso atraiu mais pessoas para ela do que qualquer outra coisa.
Eu não conseguia nem imaginar como era difícil para ela manter uma família sozinha, mas, do meu ponto de vista, pelo menos, nunca a tinha visto brigar ou reclamar de nada que fizesse na vida. Ela era todos sorrisos, entusiasmando-se em viajar como uma criança: era muito animada, o tempo todo.
Tenho certeza que todos devem ter amado minha mãe. Muitos deles choravam lágrimas grandes e redondas quando passaram pelo caixão dela durante a cerimônia.
A tarde daquele dia marcou a primeira vez na vida que vi meu pai. Todos estavam chorando ao seu redor, mas ele não derramou uma única lágrima. Ele só se importava com o horário. Ainda me lembro de como foi uma visão bizarra.
De acordo com o que ouvi dos amigos da minha mãe, meu pai já tinha uma família quando a conheceu. Ele nem sabia que eu nasci até depois a morte da minha mãe. Como resultado, muitas pessoas foram contra ele me acolher, mas uma coisa de que ninguém podia reclamar era da quantia de dinheiro na conta bancária do meu pai, e então, eu me peguei dormindo neste quarto na noite do funeral, desabando na cama enquanto observava o lustre acima.
Eu não fazia ideia no que meu pai estava pensando ao me trazer aqui. Os criados que trabalhavam aqui ainda davam de ombros e a esposa do meu pai, acho que agora minha mãe, ainda tinha que conhecer ou conversar com ela.
Minha irmã, Rin, disse que ela sempre foi o tipo de mulher que fica no quarto a maior parte do dia, mas ela só estava sendo legal comigo. Não contei para ela, mas um dos criados me disse uma vez que “a saúde da dona da casa piorou, em grande parte por sua causa” e que eu deveria “cuidar da minha vida”.
Essa foi a resposta que eu tive quando fiz um pequeno pedido. Isso me surpreendeu. Não foi como se eu tivesse ido lá porque quis. E aquela linguagem estranhamente educada “dona da casa”. Fazia minha pele coçar toda vez. Por que toda a conversa tinha que ser um jogo de inteligência de alta pressão?
Estava claro que as pessoas da casa não estavam exatamente gostando de mim.
Era julho, já fazia mais de meio ano desde que me mudei. Minhas tarefas diárias envolviam principalmente a leitura dos livros que peguei emprestado da minha irmã, fora isso, era uma vida bastante ociosa. Nada para fazer, nenhuma responsabilidade. Disseram que eu poderia usar a TV da sala sempre que quisesse, mas a ideia de encontrar um criado ali acabou com essa ideia.
Então lá estava eu, descansando a cabeça em uma escrivaninha (uma peça de segunda mão do meu pai) perdendo tempo. O sol da tarde deve ter entrado em meus olhos, porque fui tomado por uma vontade repentina de mexer um pouco as pernas. Nunca gostei muito de brincar ao ar livre e dificilmente era ativa. Mas com todas essas horas enfurnada, eu precisava liberar minha energia extra de alguma forma.
Usei os joelhos para empurrar a pesada cadeira velha para trás e fui direto para a porta. Não que eu fosse sair correndo e jogar futebol no parque. Por um lado, eu realmente não conhecia a vizinhança local, e por outro, geralmente era proibido sair sem permissão, acho que as pessoas aqui não gostavam muito que eu saísse. Da mesma forma, eles me compravam praticamente tudo que eu pedia, e não era como se eu tivesse tarefas para fazer fora de casa, então não via isso como uma grande dificuldade.
Quero dizer, se eu perguntasse a eles, tenho certeza que teriam me deixado sair um pouco. Mas encontrar um criado, por si só, era uma experiência terrível e sombria. Eu nunca poderia contar com eles para levantar meu ânimo.
Além disso, em primeiro lugar, não havia nenhuma razão para ir ao parque. Não demorei muito para pensar em algum lugar aqui com bastante espaço para jogar futebol. O pátio da mansão Kido. Era assim que era de tão grande. Eu estava pronta para ir, meu coração acelerou quando troquei os chinelos pelos sapatos de atividades ao ar livre, e fui direto para o lugar, deixando meu quarto para trás.
O pátio à tarde estava, como sempre, tranquilo. A mansão cercava-o nos quatro lados, então para dizer no mínimo, era enorme. Eu conheço o layout geral agora, mas quando apareci pela primeira vez, meti-me em todo tipo de problema depois de ficar irremediavelmente perdida.
Como Rin disse, meu pai trabalhava para um “conglomerado”, algo muito antigo e honrado que funcionava desde a geração de nosso bisavô. “Meu avô construiu esta mansão há sessenta anos”, lembro-me dela contar com o nariz empinado. Era difícil imaginar quanto tempo eram sessenta anos, mas a julgar por todos os móveis que ladeavam os corredores pelos quais havia avançado, eu poderia dizer que era muito tempo, mais ou menos.
Correndo até a beira do corredor do andar de cima, instintivamente acenei com a cabeça para o retrato do meu avô pendurado na parede enquanto descia as escadas. No primeiro andar, fui recebida por um carpete vermelho vinho, vermelho o suficiente para me dar azia, estendendo-se por toda a extensão do corredor.
Percebi que comecei a ficar um pouco cansada. Eu estava indo para o pátio fazer algum exercício e já estava ficando sem fôlego?
Mas eu estava quase onde queria ir. Por que você não corre o resto do caminho, Tsubomi Kido?
Vamos correr, pensei, enquanto flexionava meu Aquiles. Então, do outro lado do corredor antes silencioso, uma melodia começou a ecoar. Não havia um ar natural. Era delicado e cuidadoso, mas algo na viscosidade de cada tom parecia familiar.
— ...Um violino?
Como se estivesse atraída, dei passo após passo cuidadosamente em direção ao som. Felizmente, para mim, parecia vir do pátio. Quando cheguei lá, a porta que dava para fora já estava aberta—não é de admirar que eu tivesse ouvido a música de tão longe.
De perto, era mais do que apenas agradável ao ouvido, era praticamente vívido. O som de um instrumento tocando ao vivo era mais do que apenas “bonito” ou “legal”; havia uma sensação única de vibração, de distorção, de notas estranhas ocasionais, tudo misturado para formar um verdadeiro timbre de áudio pela primeira vez. Nunca entendi a atração por coisas como músicas e vocais, mas a melodia de um instrumento sempre conquistou meu coração.
Quando eu estava prestes a enfiar a cabeça com curiosidade, de repente, me contive. Se eu aparecesse naquele momento, poderia interromper a apresentação. Não, não seria bom estragar as coisas. Vamos ouvir aqui mais um pouco, pensei comigo mesma.
Encostei as costas na parede e me abaixei com cuidado, tentando ficar em silêncio. Então fechei os olhos, voltei os ouvidos para a melodia e me vi imaginando o que aconteceria se eu adormecesse ali no chão, mas a brisa seca de verão vinda do pátio fez com que minha consciência se esvaísse sem lutar.
...Eu não tinha certeza de quanto tempo havia passado. Só senti que dormi por um breve momento, mas quando acordei tudo havia mudado.
O som do violino desapareceu; o vento soprando havia cessado. Estranho, pensei enquanto abria os olhos, apenas para descobrir que Rin me lançava um olhar taciturno.
— ...Isso não são bons modos, Tsubomi.
— Agh...!
Surpresa, tentei me levantar no mesmo lugar. Mas fui rápida demais: minha mão escorregou do chão, fazendo-me cair. Levantei-me sem sequer gemer e desta vez usei as duas mãos para me levantar. Enquanto me revistava, olhei para minha irmã. O olhar taciturno era agora de exasperação.
Não de novo. Eu não acredito que fiz de novo. Quando se trata de cometer erros descuidados por aqui, devo ser algum tipo de gênio.
Abri a boca para respirar. Num momento como este, eu sabia que precisava me acalmar e expressar exatamente o que queria dizer.
— E-eu acabei dormindo... Desculpe.
As palavras que surgiram tiveram um trabalho muito mais fácil de encontrar o caminho do que antes.
— Mmm. Bem, tente não fazer isso na próxima vez.
Minha irmã acenou com a cabeça. Ela não disse mais nada.
Nos últimos meses, acho que consegui falar muito mais do que antes. Ainda não parecia natural, mas em termos de comunicar como eu me sentia, eu poderia fazer isso com praticamente qualquer pessoa. Atribuí isso ao fato de minha irmã fazer um esforço heroico para falar comigo diariamente.
Claro, eu ainda cometi muitos erros. Dependendo da natureza dos meus erros, eu poderia ser repreendida muito severamente. Mas Rin nunca tirou vantagem disso para pegar no meu pé sem motivo, nunca. E isso me fez confiar nela mais do que em qualquer outra pessoa na mansão.
— Por que você estava dormindo em um lugar como esse, afinal? — Minha irmã levantou uma sobrancelha. — Sua cama provavelmente seria muito mais confortável.
Não era como se eu tivesse adormecido porque o chão do corredor era a epítome do conforto luxuoso. Abri a boca para me defender.
— E-eu estava ouvindo o violino tocar e eu... acabei...
— Violino? Eu não ouvi nada do meu quarto... Quem estava tocando?
Eu tive que me segurar para não me sobressaltar audivelmente. Pensei que fosse ela, não conseguia imaginar mais ninguém. Então não era? Fiquei tão envolvida pelo som que nem me dei ao trabalho de verificar.
— Eu só ouvi o som, então... hum, acho que não vi ninguém.
— Bem, não há motivo para se desculpar. Está tudo bem. Mas um violino de tudo... Eu acho que não tem ninguém que saiba tocar.
— ...Hã?
Eu não consegui me segurar dessa vez. Se fosse alguém cantando, isso já seria um nível baixo, mas um violino não era algo que qualquer um conseguisse. Claro, eu não saberia, mas Rin, uma membro dessa família, também estava no escuro?
— Hmm... Pode ser aquilo de novo.
Minha irmã cruzou os braços e me encarou, quase como se exigindo uma resposta.
— ...“Aquilo”? — Respondi.
— Aah, eu não te contei antes, Tsubomi?
Ela estava se achando outra vez, usando sua voz baixa. Comecei a ter um mau pressentimento, mas eu precisava saber para onde ele estava indo. Fiquei um pouco inquieta.
— Bem, eu já te falei sobre isso, não? — Agora ela fala como se estivesse atuando em uma peça. — Sobre a origem dessa mansão?
Isso eu sabia. Toda essa coisa de sessenta anos. Eu acenei afirmativamente para ela.
— Ah, bem, o Japão era um lugar bem instável para se viver naquela época, mas mesmo assim construímos uma mansão gigante aqui, então... digamos que meu avô se destacou bastante. Ladrões entraram aqui mais de uma vez, procurando por objetos de valor.
Imaginei o homem em minha mente. Eu só o tinha visto naquele retrato. Quanto aos ladrões, tudo que conseguia imaginar eram piratas de camisas listradas e máscaras pretas nos olhos como os que eu tinha visto em programas infantis.
— Esses roubos aconteciam com tanta frequência, que na verdade deixavam meu avô bem desesperado. Então, um dia, ele finalmente surtou. Alguns ladrões tentaram entrar aqui e ele os prendeu dentro de um porão, bem aqui nesta mansão, bem, na metade do caminho em que estamos, na verdade.
Rin bateu no chão com os dedos dos pés para provar seu ponto. Imaginei os piratas de rosto redondo berrando dentro de uma cela de masmorra medieval. Ela apontando o local, o que me fez dar alguns passos para trás.
— M-mas isso é tudo passado, né?
Era assustador até mesmo pensar em algo assim acontecendo aqui. Minha irmã mordeu a isca.
— Aah, eu não sei. Ouvi falar que ele prendeu aqueles ladrões lá dentro, mas nunca ouvi nada sobre ele deixá-los sair! E mesmo se eu quisesse descobrir, a chave do porão está desaparecida desde a época do meu avô.
Ela nunca ouviu nada de que eles foram soltos. O que significava que eles ainda estavam lá? Não havia como alguém sobreviver por mais de sessenta anos em uma cela sem comida. Eles teriam que estar...
*
... Espere aí. Isso não é só uma história de terror?
— Uh, umm...!
— Hmm? — Os lábios de Rin se curvaram um pouco.
— Hum, e-essa não—? Essa não é... uma boa história, né...?
— Ah, você não acha? Ah, está tudo bem agora e tal, não acha? Por que não te conto o resto?
— N-não, não, é quase hora do jantar, então nós provavelmente devíamos...
Fiquei desesperada. Eu nem mesmo tinha olhado um relógio e cá estava eu trazendo o jantar aqui no meio. Mas o que me importava? Eu tinha que pará-la, imediatamente.
— Ai ai, mas essa história me deixou tão empolgada! Está começando a ficar divertido também, então espero que você queira ouvir mais...
Meus lábios tremiam. Os dela, por outro lado, sorriam, mal contendo o riso. Alguém estava gostando disso. Tanto para me provocar sem motivo. E eu tinha acreditado nela.
Eu não consigo suportar isso. Histórias de terror era a única coisa que não conseguia tolerar. Não era uma questão de ficar acordada até tarde na noite—para alguém como eu, eu nem conseguiria dormir no dia seguinte.
Se eu ouvisse o fim desse conto, estaria tudo acabado para mim. Eu não queria ser atormentada por sonhos com criminosos esta noite e todas as noites posteriores. De jeito nenhum. Eu estava pronta para implorar por misericórdia.
Rin riu—gargalhou, na verdade—com esse ato da minha parte antes de acariciar minha cabeça. — Ai, você é uma menina tão fofa, — ela se maravilhou. — Desculpe. Eu só estava brincando. Mas com certeza ajudou você a acordar do seu cochilo, né?
Um pouquinho, sim. Na verdade, é bem provável que eu nunca mais durma pelo resto da minha vida. Muito obrigada, mana. E o pior de tudo é que, apesar da risada maliciosa dela, eu não via isso como uma falha de personalidade. Depois de uma piada dessas, ficaria tudo estranho se eu fizesse disso um grande problema. Mas eu falei uma coisa:
— Quando ouço uma história de terror, não consigo dormir sozinha à noite...
Se ela começasse a contar histórias como essa todos os dias, no fim, eu acabaria fugindo de casa logo. Fui recompensada com outro carinho na cabeça.
— ... Mas, falando sério, — disse minha irmã, — quem poderia ser? Acho que não seja um fantasma ou algo do tipo, mas...
— E-eu ouvi mesmo alguém tocando. Pode ter sido a TV ou algo assim, talvez...
Se minha irmã insistia que ninguém aqui sabia tocar, então era assim. Era difícil imaginar alguém invadindo o pátio de alguém só para praticar violino. Parecia natural supor que alguém estava tocando uma gravação ou algo assim, e eu confundi com a coisa real. Talvez o som estivesse ecoando no pátio vindo do quarto de alguém. Eu ainda sentia um gosto ruim na boca, mas contanto que eliminasse a teoria do “violinista fantasmagórico”, não me importei.
Minha irmã parecia igualmente não convencida, mas descruzou os braços, aparentemente não vendo sentido em discutir: — Bem, — ela raciocinou com um ar arrogante, — talvez um dos criados estivesse tocando. Enfim, está quase na hora do jantar, como você disse. Vou voltar para o meu quarto.
Torci o nariz. Havia um cheiro de algo levemente perfumado no corredor. Eu só estava tentando mudar de assunto, mas acho que meu relógio interno não tinha falhado comigo, afinal.
Então decidi voltar para o meu próprio quarto também. Eu tinha saído para fazer exercícios, para acabar só tirando um cochilo no chão. Soltei um suspiro no momento em que a porta se fechou atrás de mim. Toda vez que eu tentava fazer alguma coisa, nunca parecia dar certo. Eu não tinha ideia do porquê.
Minhas pernas me levaram para a cama. Deitei-me nela, seguindo os veios da madeira nas colunas que sustentavam o dossel enquanto eu considerava aquele violino.
Rindo disso como se meus ouvidos estivessem me enganando, pensei, provavelmente estava sendo muito precipitada. Era um som claro e vívido que flutuava em meus ouvidos. Eu realmente não achava que poderia ser nada além de uma apresentação ao vivo.
De repente, lembrei-me de uma época em que minha mãe me levou para ver uma banda de jazz. Ainda conseguia me lembrar do momento em que eles começaram a tocar, a energia ao vivo surgindo em forma de som, misturada ao barulho da multidão. Era um sentimento que envolvia o ambiente e todos nele, algo que nenhuma gravação poderia capturar. O que eu tinha acabado de ouvir tinha a mesma sensação.
Mas se Rin estivesse dizendo a verdade, não deveria haver ninguém nesta casa que soubesse tocar violino em primeiro lugar. Ela disse que era possível que um dos criados tivesse uma inclinação musical, mas mesmo que tivesse, ele ou ela estaria tocando no pátio da mansão no meio da tarde?
Talvez foi alguém de fora da mansão. Alguém que estava preso aqui, sessenta anos atrás...
— ...N- não! Não, isso não é verdade!
Pulei da cama e balancei a cabeça de um lado para o outro. Não tinha ideia do que meu cérebro estava fazendo. Por que eu estava tentando me forçar?
Eu estava errada sobre o que escutei. É só isso. Eu estava começando a me sentir impotente quando acendi a luz, embora o sol ainda não tivesse se posto completamente. Ainda assim, andei pelo quarto enquanto esperava pelo jantar.
Depois de um tempo, houve uma batida na porta. — Sim? — Eu disse.
Minha irmã espiou pela fresta: — Acho que estamos prontos para jantar... Nossa, você ainda está assustada? — Eu não tinha ideia de como ela sabia.
— N-não, n-na verdade não...
Tentei fingir. A maneira como eu mantive meu nariz apontado diretamente para o chão provou ser minha ruína.
A sala de jantar do segundo andar para onde minha irmã me levou já estava ocupada pelo meu pai, que estava sentado lendo o jornal. Ele disse um “Oi” em resposta à saudação abafada dela, mas o olhar em seu rosto não mudou nem um pouco. Ele nunca foi muito diplomático, na verdade, ele era totalmente hostil com as pessoas. Tudo bem, desde que ele tivesse algo a dizer para compensar, mas meu pai nem isso tinha. Basicamente, não havia como descobrir o que ele estava pensando.
Minha irmã e eu esperamos silenciosamente o jantar chegar enquanto os olhos do meu pai permaneciam nas manchetes dos jornais. Sempre foi uma das coisas mais difíceis de suportar ao viver aqui.
Depois de alguns minutos, a refeição chegou. O prato principal era uma espécie de carne grelhada; veio com brócolis cozido e cenouras cortadas em cubos em algum molho. Cenouras. Hmm...
Cenouras, né? Acho que vou ter que comê-las.
Assim que começamos a comer e de eu me preparar para travar uma batalha mortal com meus vegetais, minha irmã falou.
— Ei, a propósito, Tsubomi disse que ouviu alguém tocando violino no pátio. Mas ela não viu quem era... Você tem alguma ideia?
Eu congelei no lugar, um pedaço de cenoura ainda espetado no meu garfo levantado. Espera um pouco, mana. Você não precisava perguntar ao nosso pai sobre isso, precisa? Você sabe que ele só diria “Seus ouvidos devem ter te pregado uma peça, garota” ou algo assim. Na verdade, desde que cheguei lá, nunca vi meu pai ter qualquer tipo de reação palpável a nada.
— ...Você escuta música?
A pergunta repentina me surpreendeu. Acho que foi a primeira vez que ele me fez uma pergunta. Olhei para minha irmã pedindo ajuda, mas seu rosto estava tão inexpressivo quanto ela—deve ter sido uma visão rara e inédita de se testemunhar para ela também.
Eu tinha que responder, ou então quem sabia o que aconteceria. Eu reuni minha força mental.
— Eu, hum, só um pouquinho.
— Você escuta...? — Meu pai, disse, estreitando os olhos antes de se virar para a carne em seu prato. — ...Ela também ouvia muito, sempre que podia.
Antes que pudesse compreender o que ele queria dizer, ouvi um clack! agudo vindo do assento da minha irmã. Olhei para ela. A faca que ela usava estava agora na mesa; deve ter batido em um prato no caminho. Ela era muito rigorosa com etiqueta, então essa era naturalmente a primeira vez. Parecia que ela também não sabia o que tinha acontecido, mas assim que recobrou os sentidos, ela deixou escapar um “Desculpe por isso” e baixou os olhos.
Ele devia estar falando da minha mãe. Minha mãe biológica. Eu não conseguia imaginar o que mais poderia provocar essa reação perturbada. E por que não? Falar de uma mulher que traiu nós dois, de certa forma, é uma afronta muito séria.
Fiquei me perguntando por que ele tocou no assunto. Não consegui ler nada em seus olhos frios e indiferentes.
Mas... sim. Acho que foi esse o caso. Minha irmã ainda devia estar em estado de choque por minha mãe e por mim. Ela estava escondendo isso o tempo todo enquanto interagia comigo. Talvez ela não tenha nenhum sentimento bom em relação a mim. Não seria nem um pouco estranho se ela achasse que o mundo seria melhor sem mim.
Afinal, simplesmente me ter por perto significava que tudo, tudo mesmo, era verdade. Se eu não estivesse aqui, talvez ela pudesse ter se convencido de que era tudo mentira.
Pensar nisso fez minha mão começar a tremer. Eu me senti enjoada. Um pequeno gemido escapou dos meus lábios.
— Tsu-Tsubomi?
O tom preocupado da minha irmã fez algo explodir dentro de mim. Eu disparei e saí correndo dali. Pude ouvir algo quebrando com um som alto atrás de mim; devo ter derrubado alguns talheres. Mas não me virei. Corri pelo corredor, desci as escadas e fui em direção à porta da frente.
Empurrei a pesada porta e corri para fora, pude ver a sombra do portão da frente iluminada fracamente por um poste de luz próximo. Se eu fosse escapar desses terrenos murados da mansão, teria que ser por ali.
Corri e forcei a barra que atravessava as portas. Ela estava trancada no lugar, imóvel. Olhei para cima para ver se era possível escalar, mas a altura era algo que eu jamais conseguiria lidar.
Claro, mesmo que eu pudesse escalar, o que eu faria então? Se eu fosse embora nesse estado estranho, eles poderiam tentar me procurar. E como isso afetaria minha irmã...?
...Não. Eu não posso simplesmente fugir.
No momento em que esse pensamento passou pela minha cabeça, não consegui mais suportar a náusea. Caí no chão. Tentei me recompor, mas até respirar estava se mostrando um desafio. Minha visão começou a ficar turva, e o interior da minha cabeça queimava de dor.
O pavimento de pedra fria sob minhas palmas começou a roubar o calor do meu corpo. Parecia que eu estava sendo engolida pela escuridão da noite. E, ah, se isso pudesse realmente acontecer. Se eu não tivesse um lugar para morar, nenhum lugar para ir, eu não podia imaginar o quão fácil teria sido simplesmente desaparecer naquele momento.
Sim. Isso mesmo. Eu deveria simplesmente desaparecer. Então eu não seria um incômodo para ninguém.
Mesmo agora, no auge do verão, o vento leve não conseguiu aquecer minha pele. Eu sempre poderia culpar meu tremor por conta disso. Isso era fácil.
Mas se eu quisesse desaparecer... eu poderia fazer isso sozinha. Eu sabia o quão simples é. Na verdade, eu percebi isso tarde demais, se é que percebi alguma coisa. Eu só tenho que ficar assim, e...
De repente, senti algo pesado nas minhas costas. Percebi que eram as mãos da minha irmã, tentando me puxar para cima. Fiquei tensa.
— M-me solta.
— Não. Eu não vou te soltar. Onde você acha que vai a essa hora? ...Fala sério. Vamos voltar para o seu quarto.
Não havia a firmeza habitual em sua voz. Sua respiração estava irregular. Eu sabia que ela devia ter corrido atrás de mim. Mas eu simplesmente não consegui dar a resposta de sempre.
— N-não. Por que você não pode só me deixar em paz?
— Não posso fazer isso. Eu sou sua irmã. Por que eu não ficaria preocupada com você?
Sua irmã. Aos olhos da lei, de qualquer forma, ela estava certa. Mas a história por trás de nós era simples o suficiente para resumir em uma única palavra. O pai dela arruinou a confiança da filha quando me criou. Ele era realmente capaz de usar uma palavra como “irmã” tão despreocupadamente sobre mim?
Eu não sei. Eu estava tão assustada. Eu violentamente tirei as mãos de Rin e me virei para ela.
— Mas se...se eu estou aqui, então...é difícil para você, não é? Você vai continuar pensando em coisas! Eu...eu...eu sou a filha da minha mãe!
As palavras e lágrimas saíram como se eu estivesse tossindo cada uma delas. O rosto da minha irmã, borrado na minha visão, parecia meio assustado, meio inseguro sobre o que fazer em seguida.
Por que eu tive que me levantar e dizer coisas para fazê-la me odiar? Essa deveria ser a única coisa que mais me assustava.
...Mas talvez não.
Talvez eu estivesse com muito medo de ser traída por alguém em quem acreditava. É por isso que eu queria que me odiasse.
Era ridículo. Pisotear a gentileza da minha irmã por um motivo tão ridículo...eu era simplesmente horrível. Mas isso significava que ela não precisava mais se preocupar comigo. Não haveria nenhum carinho na cabeça se eu estivesse muito quente.
Era o que pensava, pelo menos. Do fundo do meu coração. Até que Rin me trouxe para mais perto.
— ...Quem se importa com quem te deu à luz? Você é a única irmã que eu tenho no mundo. Minha favorita.
Foi o que ouvi enquanto ela me apertava profundamente em seu peito. A ansiedade e o medo silenciosamente foram para longe, transformando minha cabeça em um branco vazio, nada mais flutuando nela.
Tentei abrir minha boca para expressar meus sentimentos. Queria dizer “estou muito feliz” ou algo assim, mas nenhuma das emoções apressadas se permitiu ser colocada em palavras. Tudo o que consegui foi um soluço fraco.
Eu continuei assim por um tempo. Então levantei a cabeça, percebendo que as lágrimas, ou meu nariz escorrendo ou o que quer que fosse, estavam começando a manchar a blusa de Rin.
— Eu... eu vou estragar suas roupas, — disse, embora fosse um pouco tarde demais para avisá-la. Minha irmã olhou fixamente para mim por um momento, então rapidamente recuperou seu sorriso suave e trouxe minha cabeça para seu peito.
— Ah, não importa.
O cheiro do cabelo dela entrou em minhas narinas. Cheirava a orquídeas, pensei. Pálido, bonito, digno. Combinava perfeitamente com ela.
*
Não pude deixar de me maravilhar com isso. Quão linda, quão forte e quão gentil minha irmã, Rin Kido, era. Será que algum dia serei assim? Alguém tão disposta a aceitar os outros e gentilmente trazê-los para mais perto de seu coração?
O vento frio da noite agora parecia agradável contra minhas bochechas coradas. Aproveitando o calor da minha irmã, mantive suas mãos perto até que as lágrimas parassem.
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2 notes · View notes
ludnberg · 3 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media
Mais uma história da antologia magical girl raising project episodes traduzido
Em "Faroeste zumbi" temos a luta entre Hardgore Alice e Calamity Mary que foi incluída no anime então já devem conhecer essa história
Aqui o link com todas as outras histórias
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teapartyprojectrpg · 3 months ago
Note
Oi, eu gostaria de saber como está indo o progresso da tradução de Corpse Party Book of Shadows.
Oi! Estamos no começo do Capítulo 2.
Como é uma visual novel, talvez ainda demore um tempinho, mais com a universidade e tudo mai,
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