verdinhapewpew
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Strawberry kisses
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Eu gosto de ver a lua flertando com o sol. Parece até eu. Que droga de amor platônico.
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verdinhapewpew · 2 days ago
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O dia em que encontrei Dazai - Lado A (tradução)
Tradução em Pt/Br Credits: @popopretty
Perdão se a tradução não parecer exatamente igual, tentei deixar o mais parecido possível com o português que falamos no dia a dia para não ficar uma leitura estranha.
— Parte 1
Tem um cadáver de um jovem ensanguentado na minha varanda.
Eu olho para o cadáver, e então para a frente da casa. É uma manhã tranquila. O apartamento do outro lado da rua faz uma longa sombra no asfalto à minha frente. As flores plantadas na cerca viva estão farfalhando com a brisa, e sussurrando uma para outra de um jeito que nenhum humano conseguiria decifrar. Em algum lugar distante, eu consigo ouvir o som de caminhões arranhando a superfície do asfalto. E tem um cadáver no meio da escada na minha frente.
Em todos os casos, para nós, um cadáver é sempre uma presença estranhamente extravagante. Mas nesse caso, é diferente. Esse corpo se funde com a paisagem, se tornando um com o cenário cotidiano de uma manhã pacífica. Depois de um tempo, eu percebo o porquê. O peito do cadáver se move para cima e para baixo suavemente. Isso não é um cadáver, é alguém vivo.
Eu olho para o rapaz. Ele veste preto da cabeça aos pés. Um sobretudo de gola alta, um terno de três peças e uma gravata. As únicas coisas que não são pretas são a camisa social e as bandagens ao redor de sua cabeça. A última manchada numa mistura de vermelho e branco. A paleta de cores me lembra daquelas profecias chinesas macabras. O lugar onde ele está deitado, no meio das escadas que levam à varanda, apresenta manchas contínuas de sangue no concreto abaixo, insinuando que ele rastejou até ali.
Pergunta. O que eu deveria fazer com este quase-cadáver em minha frente?
A resposta é simples. Se eu o empurrar levemente com a ponta do pé, ele rola para a calçada. Se fizer isso, então ele não vai estar mais na minha propriedade, mas sim no espaço público. Território do país. E todos os necessitados dentro do território do país devem ser salvos pela misericórdia do país. Um entregador comum como eu deveria voltar para dentro de casa e tomar café.
Eu não estou fazendo isso porque sou uma pessoa fria e sem coração. Estou fazendo isso por sobrevivência. Os ferimentos do rapaz são claramente de tiros. Ele foi baleado diversas vezes. Provavelmente, há muito mais buracos em seu corpo do que eu consiga ver. E, além do mais, ele está segurando um maço notas na mão esquerda.
O que isso significa? Nada. Absolutamente nada, exceto que sua existência é um grande problema e que nada de bom virá de se envolver com ele. Em outras palavras, ele claramente não é alguém que um cidadão comum deve se envolver. Uma pessoa normal com a mente sã fugiria para outra cidade ao vê-lo — assim como Jonas faria se encontrasse um peixe gigante em um mar tempestuoso.
Eu olho para o rapaz, para a rua, para o céu e, então, de volta para ele.
E começo a agir. Primeiro, me aproximo e o ergo pelos lados. Depois, o arrasto pelos calcanhares para dentro de casa e o deito na cama presa à parede. Ele é muito mais leve do que parece. Carrega-lo não foi um problema. Dou uma olhada em seus ferimentos — muitos são graves, e o sangramento não é normal. Mas, se receber tratamento imediato, não é como se fosse morrer.
Tiro o kit médico do fundo do armário, e faço os primeiros socorros. Coloco uma toalha sob torso, corto suas roupas com uma tesoura para expor os ferimentos, e confiro para ver se não há nenhuma bala dentro dele. Para que o sangramento pare, aplico pressão nos pontos críticos — embaixo da axila, parte interna do cotovelo, tornozelos, atrás dos joelhos — e amarro firmemente com um pano limpo. Então coloco torniquetes esterilizados nos ferimentos para estancar o sangue. Felizmente para ele, sou capaz de fazer isso até com os olhos fechados.
Depois que termino o tratamento, baixo os olhos para o jovem e cruzo os braços. Sua respiração está estável – o sistema respiratório e ossos devem estar intactos. Mas ele não tem cara de quem vai acordar tão cedo.
“Já está ótimo, manda ele embora logo.”
 Ouço a voz na minha cabeça.  Não há nada mais estupido do que tratar um cara suspeito como esse. Talvez eu deva escutá-la. É o que um homem espeto faria.
Antes de seguir o conselho, olho outra vez para o rapaz. Não reconheço seu rosto. Provavelmente, não é alguém que conheça. Digo ‘provavelmente’ porque as bandagens cobrem metade de sua face, impossibilitando que eu veja seus traços. Mas ele é muito mais jovem do que imaginava. Jovem o suficiente para ser chamado de “menino”.
Então me lembro do maço de dinheiro em suas mãos. Se for mesmo tanto quanto parece, seria uma fortuna para alguém com um salário miserável como eu. Nesse caso, não seria nada demais pegar algumas dessas cédulas como um agradecimento por salvar sua vida, não é? Com isso em mente, retiro o maço de suas mãos. E é ai que realmente percebo por que sou o cara mais idiota dessa cidade.
Um gosto azedo se espalha pela minha boca.
Esse maço não foi usado. Tem um pouco de sangue nele, mas a faixa de papel, a prova que são cédulas novas, está intacta. Não há nenhum registro de banco impresso na faixa. Não há nada. E as notas estão perfeitamente empilhadas, em ordem crescente, de acordo com o número de série.
A sensação é de que alguém me golpeou na boca do estomago.
Existem duas possibilidades. A primeira, é que esse maço foi retirado da Casa da Moeda do Banco do Japão antes de entra em circulação no mercado. O que significaria que esse garoto é uma praga. Não existe a mínima chance de uma pessoa comum ter algo desse tipo. As cédulas da Casa da Moeda são primeiramente levadas para o Ministério da Fazenda, onde o número de série é escaneado para validá-las, e depois distribuídas para os diversos bancos da cidade, que trocam as faixas de papel pelas suas próprias.
Mas não há banco nenhum no maço. O único jeito de conseguir cédulas assim é roubando da Casa da Moeda, provavelmente atacando um carro de transporte. Será que ele saiu desse tipo de situação?
Se sim, posso respirar aliviado e voltar a fazer meu café na cozinha. Ladrões de carros de transporte são violentos, mas só isso. Violência não é nada de extraordinário.
Mas tem outra possibilidade.
Essas notas podem ser falsificadas. Pego uma lupa do fundo do quarto e examino cuidadosamente o maço em minhas mãos. Um calafrio percorre o meu corpo, fazendo meus dedos tremerem. Tento comparar elas com notas normais da minha carteira, mas há diferença nenhuma entre elas.
É uma Supernota.
Minha visão fica turva por um segundo.
Se for esse o caso, esse maço em minhas mãos se tornou tão perigoso quanto uma bomba. Falsificação de dinheiro é uma ferramenta guerra usada muito antes dos arcos e flechas. Se alguém consegue entrar no país inimigo com cédulas tão bem-feitas, o preço da moeda cai pela quantidade de dinheiro circulando, causando inflação.
Um país, de certo modo, é sua própria moeda. Ao alimentar habilmente a desconfiança na moeda de um país, é possível destruir a economia e derrubar uma nação inteira. Por essa razão, a Agência de Segurança Nacional está sempre em alerta para notas falsas. Se esse nível de falsificação for introduzido no mercado, não seria algo para a polícia local. Isso é muito maior. Seria responsabilidade da Agência de Segurança Nacional ou das Forças Armadas.
Jogo o maço de notas na mesa. Não quero mais deixar minhas digitais nele. Se eu reportar o incidente agora mesmo, ainda posso defender o meu lado para as autoridades. Não tenho tempo a perder.
Escuto uma voz fraca quando pego o telefone.
“Largue o telefone.”
Me viro em direção a voz. O garoto estava acordado e seu olhar escuro me encara. Olho para o telefone e de volta para ele.
 “E se eu não fizer?”
“Eu mato você.”
Essas palavras são tão medíocres quanto os pacotes de comida não vendidos em uma delicatessen, pelo menos para este garoto. Posso perceber, apenas olhando em seus olhos, que quando ele pronuncia a palavra ‘matar’, não passa de uma palavra comum para ele. Como cortar as unhas ou sair para comprar mais cigarros, palavras desse tipo.
“Como?” Eu coloco o fone no gancho, mas não o devolvo à base. “Você tem buracos de bala por todo o corpo. Não consegue se mexer. Está morrendo por toda a parte. Não tem uma arma. Para me matar nessas condições, precisaria de mais de mil de você.”
“Eu não preciso de tanto.” Ele diz friamente. “Eu sou a Máfia do Porto.”
Essas palavras são o suficiente.
“A Máfia do Porto”, eu escolho minhas palavras com cuidado antes de continuar. “Então não tenho escolha senão obedecer.” Lentamente, encaixo o fone na base.
 “Que bom,” ele dá uma leve risada.
Se ele realmente for da Máfia do Porto, eu tenho que me cuidar até mesmo para segurar uma colher em sua frente. Quando o oponente é a Máfia, o sinônimo de violência, mesmo que eu consiga denunciar e escapar, não há o que esperar do que venha depois. O ser humano tem o total de 206 ossos, e não seria nada estranho se eu aparecesse esquartejado nessa mesma quantidade.
O encaro por uns segundos. E então vou para a cozinha. Deixo a porta aberta para que ainda consiga observá-lo. E começo a fazer meu café. Colo a chaleira com ��gua no fogão e sirvo o pó de café um uma xicara.
“Se eu não tenho permissão de ligar para a polícia, e um médico?” Digo, ainda encarando a água ferver.
“Tudo que eu fiz foram apenas uns primeiros socorros. Se você não foz analisado por um médico de verdade, pode morrer logo.”
“Sem problemas.” O garoto diz com a voz melódica. “Isso não é nada. Já me acostumei com ferimentos.”
“É mesmo? Como preferir, então.” Sirvo o café e começo a mexer. “De qualquer modo, é impossível um simples entregador como eu ir contra os demônios da Máfia do Porto.”
“Ser obediente é bom. Então...”
De repente, o garoto começa a tossir e vomitar sangue. Me apresso até ele e viro sua cabeça para o lado, impedindo que se engasgue. Verifico sua boca, mas não consigo identificar de onde o sangramento vem. Poderia ser apenas um corte dentro da boca, ou uma ferida interna.
“Vá para o hospital e se trate. Você realmente vai morrer dessa maneira.”
“Está ótimo.” Ele diz em um sussurro. “Me deixe morrer assim.”
Sinto um arrepio passar por meu corpo.
Examino o rapaz. Ele está com o olhar vidrado no teto. Nenhuma emoção, nenhuma intenção, penas uma expressão vazia. Não consigo acreditar em meus próprios olhos. É como se não existisse um ser humano dentro dele. Se fosse de madrugada, ao invés de uma linda manhã, eu acreditaria que ele fosse um fantasma ou uma alucinação.
Tudo de estranho está acontecendo hoje. Minha vida vai virar de cabeça para baixo, pelo jeito.
“Está bem.” Digo. “Se você quiser morrer, então morra. A vida é sua. Não te impedir de nada. Mas vou ter sérios problemas se isso acontecer aqui. Não tenho testemunhas que afirmem que não fui o responsável pela sua morte. Posso ser preso.”
“Entre ser preso ou ser morto pela Máfia depois, o que você prefere?”
Eu o encaro enquanto digo, “Essa é uma pergunta difícil.”
Volto para a cozinha, testo a temperatura do café para ver se não esfriou. Tiro o açucareiro do armário e pergunto, “Quer café?”
Sem resposta.
“Como você desmaiou em frente à minha casa?”
Ainda sem resposta.
“O que eram aquelas notas na sua mão?”
Sem resposta para essa, claro.
Sinto como se estivesse conversando com uma criatura diferente. Como se um personagem de um livro de fantasia tivesse aparecido numa manhã pacífica. Só que ele está coberto de sangue, e quer morrer.
Sirvo mais uma xícara com café e adoço. Observo o vapor subir e espero esfriar um pouco. E então percebo que não consigo sentir ninguém no cômodo. Nenhuma respiração. Nem mesmo o cheiro de morte.
Com os dois copos em mãos, espio pela porta. O rapaz está se rastejando em direção a porta. Se ele conseguisse usar as pernas, já estaria lá fora. Mas parece que ainda não tem forças o suficiente, pelo jeito que só usa os braços para arrastar o corpo pelo chão. Como um prisioneiro tentando escapar de sua cela, como nos filmes de guerra.
Ele percebe o meu olhar e, como se tivesse desistido, um sorriso de escárnio aparece em seu rosto.
“Você não me quer morrendo aqui, não é? Se eu sair, você não vai ter nada a ver com a minha morte. Não precisa se preocupar. É só ficar aí e assistir.”
Ainda segurando o café, pergunto, “Você quer morrer tanto assim?”
“Claro! Eu me juntei a Máfia, mas ainda não sinto nada.” Ele responde em uma voz que lembra o suspiro de uma alma agoniada. “A única coisa que quero agora é a morte.”
Então ele continua a rastejar.
Tomo um gole do café enquanto assisto. É uma cena patética. Outro gole. Ele continua, sem me direcionar a atenção.
Há só uma coisa a se fazer.
“Não adianta me parar.” Ele deve ter percebido meu movimento. Com os olhos fixos em frente, ele continua, “Ninguém vai contra a Máfia do Porto. E ninguém da Máfia vai contra mim. Em outras palavras, ninguém vai -ooqueeeee!!??”
Ele é puxado para trás.
Eu o enrolo em um cobertor e o levanto do chão, amarrando as pontas, como um pacote de bala. Viro-o de cabeça para baixo e o levo de volta para o quarto.
“Isso dói, dói, dói! Meus ferimentos estão se abrindo! Que merda você está fazendo, seu idiota? Você quer morrer?”
“Não, não quero. Mas também não que te deixar morrer. Se você sair nesse estado, isso vai realmente acontecer. Só invente uma história de morte sem mim quando melhorar.”
Quando parece que ele vai reclamar, chacoalho ainda mais o cobertor.
“Ai! Ai! Para! Eu odeio sentir dor!!”
“Então desiste?”
“Não!”
Tento pensar em uma oferta melhor e acho a perfeita. Vamos amarrá-lo à cama.
Coloco-o de volta a cama, abro o cobertor, pego uma toalha e ato seus braços, que estão cruzados no peito, junto ao torso. Uso uma corda decorativa da sala para juntar as pernas a cabeceira da cama. Levanto os travesseiros, trocos os lençóis, e abro a janela para o ar fresco entrar.
“De agora em diante, até você melhorar, eu te deixar desse jeito.” Abaixo a cabeça para olhá-lo e digo, “Tem algo de que precise?”
“Meu nariz tá coçando.” Ele me olha com ressentimento enquanto balança os braços presos.
“Coitadinho.” E volto para o meu café na cozinha.
Os xingamentos do garoto fazem eco pela casa. Mas a vizinhança é escassa, então não há com o que me preocupar. Aprecio meu café matinal.
E assim começa a curta e estranha vida comunal entre Dazai e eu.
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verdinhapewpew · 7 months ago
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maybe they shouldn’t have put so many of the major arteries in such erotic places. Have you ever thought about that
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verdinhapewpew · 11 months ago
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not being a vampire is severely holding me back
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verdinhapewpew · 1 year ago
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verdinhapewpew · 1 year ago
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verdinhapewpew · 1 year ago
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verdinhapewpew · 1 year ago
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me, reading my own incomplete writing : *gasp* and then what happened?
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verdinhapewpew · 1 year ago
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verdinhapewpew · 2 years ago
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kensplained for those who need it
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verdinhapewpew · 2 years ago
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is it normal to want to escape reality bc it really feels like I don’t belong here…it feels like I need to be in a cartoon or a game or somethin’ is that normal?
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verdinhapewpew · 2 years ago
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The Path To Freedom [PART 1]
Read from left to right
(This is a Fyolai childhood AU, they’re around 15 here)
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verdinhapewpew · 2 years ago
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Chainsaw man chapter 119
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verdinhapewpew · 2 years ago
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I feel like the BSD fandom has been waiting for an excuse to draw someone putting their fingers in Fyodor's mouth and now they have that excuse and they're going insane.
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verdinhapewpew · 2 years ago
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verdinhapewpew · 2 years ago
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verdinhapewpew · 2 years ago
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Bsd has been trending for hours now and it's only a first, plot unrelated episode. Imagine what it'll be like when they animate the clown
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verdinhapewpew · 2 years ago
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