#poesia moderna
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seasickpoetry · 6 months ago
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#1
na minha imposição predileta
me colocar a frente da porta sem entrar no ônibus
não me mover um centímetro
e diante da turba, estar ali
pela primeira vez no dia
ser percebido
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paraisodapoetisa · 11 months ago
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Paraíso da Poetisa #12
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1- Texto escrito para a disciplina de Escrita Criativa para Crianças.
2- Referência ao capítulo “Por que o sapato do palhaço é grande?” do livro “O Palhaço e o Psicanalista”, de Christian Dunker e Cláudio Thebas.
Março, 2024.
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A Sábia
 
A outra menina Sábia
acordou de supetão.
Levantou, juntou seus caquinhos,
fez uma oração.
Hoje era mais um dia,
desses tristes, sem emoção.
 
Ela desceu as escadas — tantas,
que perdeu a noção. 
Cruzou com a mãe,
com o filhinho,
e também com o irmão. 
Mas ela não notara que todos a olharam,
esbugalhando, em exasperação.
 
E Sábia seguiu, rumo ao seu destino,
na mesma procissão. 
Todos os dias, quase todas as horas,
era a mesma labutação. 
Ir meio sem rumo, em um lugar triste,
repleto de solidão.
 
A outra Sábia cruza o pátio
E dá de cara com Assunção. 
Esse estanca no caminho,
Pobrezinho, ficou sem chão.
Ao se deparar com a mulher,
tão diferente do que seria padrão.
 
— Meu Deus, senhora! — disse ele.
— O que houve com sua feição?
A jovem parou no meio passo,
No meio caminho, na saudação.
— Oh! — exclamou ela.
— O que há de errado? 
Transpareceu confusão.
E ele: — Esse nariz vermelho,
rosto pálido e também o sorrisão.
 
Essa menina Sábia não entendeu,
Deu de ombros, em confusão.
O homem, constrangido, seguiu sozinho,
Não fez mais menção.
— Melhor deixá-la em paz.
Pensou consigo, em reflexão.
Depois percebeu que não sabia porque ia,
Ou vinha, em uma eterna coerção.
 
Essa outra Sábia segue sua jornada,
Cruzou uma praça, um portão.
Durante o caminho, vizinho por vizinho,
A admirava em exasperação.
Ela os ignorava, meio a contragosto,
Porém, com decisão. 
Seguia o velho caminho,
De tristeza, desamparo e lamentação.
 
Essa Sábia não era boba —
Era outra mesmo — Que emoção!
Tão decidida, toda orgulhosa,
Tão cheia de convicção.
Que nada ali importava,
Apenas ela e sua interminável excursão.
 
Os olhares continuaram,
Os cochichos, a lamúriação.
A Sábia seguia sozinha,
No seu caminho sem rumo, sem fazer concessão.
Ela não notara que soava diferente,
Para todos uma assombração.
 
Até que cansada de ouvir os burburinhos,
Do falar, da expressão.
Sábia decidiu parar, procurar o lago,
Ali uma exceção. 
Pois nesse mundo eram poucos
Que transparecia outra emoção.
Uma diferente do que estavam habituados,
Diferente da aflição.
 
Ao cruzar os olhos nas ondas opacas,
Suspirou em admiração.
— Essa daí sou eu mesma?
Soltou em choque, em exasperação.
Não sabia ser possível ser assim,
tão diferente, não uma simples aberração.
 
Depois do susto veio as gargalhadas,
O riso, a boa emoção.
Não haveria outro sentimento,
Ao olhar a pele pálida e o narigão.
Viu que o sorriso era grande e genuíno,
No seu rosto uma comunhão. 
 
E aquele dia triste, depressivo,
De repente se fez razão.
Pois Sábia era diferente,
E assim foi seu dia e o da procissão. 
Percebeu que não há necessidade
De reprimir-se, de seguir a velha tradição.
Que ela havia de priorizar-se,
pois o riso agora seria a sua salvação.
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poetaimprovvisato · 1 year ago
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Scorrono emozioni
come se da sempre
incastrate
ed ora (finalmente?)
libere sono
e libere viaggiano.
(Ma dove vanno?)
(Sulla lacrima
che scivola veloce
la guancia
come se avesse fretta
di annientarsi
nel vuoto della caduta)
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Passaggio di percezione
Quale strada sembra ancora la stessa se a cambiare è lo sguardo incardinato dal tuo reflusso. E la luce colora proiezioni di immagini disattese dai luoghi, e i giorni s’aggravano di vita dispersa. Giorni scomparsi nel vapore soffiato della memoria, dal respiro perenne di un principio sussurrato dal pensiero instabile dell’indefinito.
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* Através de um continente imaginário
Dia 20 de novembro e hoje é domingo, dia de escrever missivas e escolhi escrever para Laura Riding, uma poeta da minha segunda década de vida, que saltou da prateleira para as minhas mãos...
* verso de Laura Riding Cara Laura, Reler é uma das minhas formas de eclipse… É um verbo-ritual que pratico com certa frequência e eu nunca sei qual livro voltará para as minhas mãos. Na maioria das vezes acontece ao descê-los das prateleiras para tirar o pó. Afundo o olhar-corpo-alma-memória em algum exemplar que salta para dentro dos meus olhos e me esqueço do mundo-vida e dos afazeres…
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intentode-poeta · 3 years ago
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FRAGMENTO XVII
[Eres como la luna propia, estás hecha de diferentes formas. Cada noche brillas sin cesar y eres tan sublime, cada constelación, y cada asteroide hacen reflejar sus maravillas como la grandiosa luz que eres.]
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horusrp · 3 years ago
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Cautiverio
Ojalá pudiera, te deseo lo mejor
No cuento con nadie, mucho menos con el sistema
Sube el telón, 2022 mi bella ya no eres la misma,
donde están tus tutores, todavía viviendo de la dicha
No importa tu nombre nunca se olvida
Se que no vives de sus pensamientos, lo dice tu mirada
Lo que mas quisiera es verte libre, fuera de la casa
Si supieras que todo sufrimos por cada herida en tu cara.
Lamentos tus suspiros a pesar de todo
Vivir otra realidad, es más que un anhelo
Pero tu corazón quema como el fuego
Sentimientos mixtos, catatonicos, entre llantos convulsos
No desesperes, yo velo por ti, un pueblo vela por ti
Nada es eterno, todo es temporal
Algún día bailará bajo la luz de nuestro sol
Mi corazón es tuyo... Y
Mi amor eres tu...
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aduepassidalsole · 3 years ago
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questo drummer famoso di cui mi ero innamorata
siamo usciti una sera con i tuoi amici
"cosí fai networking", mi volevi presentare tutti
come se lo spiccare il volo nella mia carriera
fosse importante solo per te.
Io non mi presentavo a nessuno,
anzi ero ubriaca e quasi li prendevo in giro
erano proprio degli amici di merda,
musicisti pieni di coca ma con zero arte
con tanti numeri ma zero ascolti.
A prescindere vedevo solo i tuoi occhi,
due lanterne verdi nel buio di Londra
chi se ne frega del networking ti dissi,
io vedo solo te
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la-poesia-femenina · 3 years ago
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Rehearsal
Robin Myers, México.
Bodies practice in the park.
I watch. You would. Cued,
flocked, avid, drastic, dressed in black,
they throng over desiccated turf,
behold shrubs like lovers, jog
backwards in a pantomime of shock
rewound, hunch and bob with T-Rex
wrists, then tumble back to earth.
They are going to be experts
in it. Ecstatic, desolate, their faces
are a rapt line fleeting as the ghost
left behind by a cursor on a page deleted
or unwritten. You know, I’ve heard
that some people are still trying all
alone to make things that no one else has ever
thought about before. How
I couldn’t say. Around us,
grackles sleek themselves
into arrows that zing away
and back, chattering,
singing it.
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dannatamedannatiartisti · 3 years ago
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"non piango da un secolo almeno
tacevi senza acconsentire
l’inferno è un silenzio di noia
sei bella son pazzo sei strana
ti ho visto la notte negl’occhi
le stelle son fatte di droga
non t’amo e mai t’amerò"
— Guido Catalano, "I pesci non hanno le unghie", tratto da "Piuttosto che morire m'ammazzo"
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seasickpoetry · 3 years ago
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você também tá vendo?
a lágrima dura o fio da navalha a corda qué bamba o tambor que rumina e o grito longo de guerra atravessando a espinha?
note que não há glória nenhuma nesse caminho não há tradição nem pudor nem sorte, nem nada, foi tudo mentira
ó:
a senhorinha deve ter uns sessenta e alguma coisa mas sim aparenta um tanto mais de setenta -
cansada e de óculos caindo no nariz
foi ela que me entregou a pizza borrachuda do Pizza Hut no shopping bem naquela hora em que meu avô provavelmente estaria dormindo se estivesse vivo
e aí, já bateu?
adiante com
o tiozinho
ele tem seguramente seus cinquenta e cinco anos ou menos ou mais
bigodudo como foi meu professor de matemática ou um dos amigos da minha mãe
- mas foi ele quem me entregou as cervejas pelo Zé Delivery na noite chuvosa de quinta ao invés de sentar e assistir Jornal Nacional e reclamar sei lá dos buracos da rua todos
parece que caiu alguma coisa, mas alguém esqueceu de pegar
só que de tudo qué lado
na porta do mercado no sinal na farmácia duas três quatro cinco ou todas as vezes que saio
é família é moleque é senhora é tio é criança é muita muita criança mesmo
com doce salgado com bala e chiclete com oração e de placa com pano de prato e lavando vidro e pedindo e vendendo
Cristo do céu
é qualquer cacareco com ou sem pix
e vem tudo como uma brisa só que daquelas roubadas
ganhou?
e isso não te desvia o olhar do espelho nem que seja por um ou dois minutos?
não é o tipo de coisa que te faz aceitar o ladrão odiar a polícia ou lançar mão do pecado? não te põe a pensar no preço de uma barraca? no custo diário da pedra? em dormir na calçada? não te faz duvidar desse teu documento verde ou se quer passar um café pensativo?
então, é que
por muito muito mas muito menos eles já estão comprando armas
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ilserfistainnamorato · 3 years ago
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Vengono II
Deserti distrutti da bambini soli 
scrigno del tempo
ferito da lance affilate
in una cantina buia
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detodastribos · 4 years ago
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Aí, não sei qual seu papel na minha vida..
Mas seu papel na minha vida faz dilatar minha pupila..
Como Papel.
Detodastribos
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poetaimprovvisato · 4 years ago
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Presunta debolezza
Debole mi sono sentito,
ma era frutto di paure
bugie e inganni:
padrone sono e sarò sempre
della mia vita. Limiti e ostacoli
sono regali del destino
posti sul cammino
per superare sé stessi.
Tradire non posso l’anima:
arrendermi significa accontentarsi
e io che tutto desidero,
vivrò sempre per migliorarmi
con la consapevolezza
della mia forza e di come
nessun uomo mi sia uguale.
Dal mio cuore in fiamme
bramo dunque ciò che ieri
ho perduto: attimi preziosi,
trascorsi a crogiolarmi
nella presunta debolezza
di ciò che non sono.
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daeslygh · 4 years ago
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Hasta el más paciente se cansa de no recibir ni un poco, de lo mucho que da.
— Daniela Martínez.
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castrroses · 4 years ago
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Le mie scuse
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