#Era Medieval
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ensinosdariqueza · 2 months ago
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Movimentos literários portugueses: um enquadramento global
Embora o mundo tenha sido governado por crenças, ideais, processos históricos, económicos ou culturais semelhantes ou inter-relacionados, que criaram sistemas económicos e políticos, movimentos e expressões artísticas, bem como teorias científicas que ligaram as nações entre si, todos os países terão uma história diferente; ou seja, teremos sempre um passado que nos relaciona como uma sociedade global, no entanto, o desenvolvimento que cada país tem em relação a esse passado e ao seu próprio presente nunca será o do mundo inteiro. Por esta razão, esta publicação (e as próximas sobre o resto dos países lusófonos) terá como objetivo explicar brevemente como foram os movimentos literários em Portugal, de acordo com o quadro cronológico duma literatura mundial que já foi abordada anteriormente e que, sem dúvida, inspirou cada um dos movimentos e autores portugueses.
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Ao contrário das épocas históricas, que, em todo o caso, se encontram na história portuguesa como marco histórico mundial, a literatura portuguesa divide-se em eras e são apenas três; estas, por sua vez, dividem-se em sub-eras ou o que também conhecemos como movimentos literários.
Começaremos, pois, pela "Era Medieval":
Era Medieval (século XII e século XV):
Período compreendido entre 1101 e 1500; teve a sua primeira manifestação artística em 1140, com a formação do Estado Português. A partir dessa época, os primeiros escritores e trovadores foram João Soares de Paiva e Paio Soares de Taveirós, e o primeiro texto conhecido como literatura portuguesa foi A Cantiga da Ribeirinha de Taveirós.
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No entanto, nesta época, a literatura divide-se em dois movimentos literários conhecidos como:
Trovadorismo - Primeira Época (1189-1434):
Inicia-se com a publicação de A Cantiga da Ribeirinha, em 1189, por Paio Soares de Taiverós e culmina com a nomeação de Fernão Lopes para cronista da Torre do Tombo, tempo depois, em 1434.
As manifestações literárias dividiam-se em prosa, poesia e teatro. Por um lado, na poesia havia a poesia lírica (sobre o amor e a amizade) e a poesia satírica (sobre maldizer e o ódio), que por sua vez, se dividiam em novelas de cavalaria, hagiografias, cronicões e nobiliários; no entanto, na poesia havia também as alvas (sobre a separação dos amantes), as bailadas (sobre a dança) e as barcaloras (sobre o amor ao mar). Por outro lado, no teatro havia outros tipos de representações artísticas, como os mistérios, os milagres e as moralidades.
2. Humanismo - Segunda Época (1434-1527):
Considerado mais como um período de transição entre a época medieval e a época classicista com a nomeação de Fernão Lopes como cronista em 1418. Nesta altura, as cantigas foram abandonadas e, em função disso, foi criada a Poesia Palaciana, assim chamada por ser um tipo de texto escrito exclusivamente para os nobres palacianos, que abordava temas como os costumes da corte, a lírica, a heróica e a sátira.
Neste sentido, destaca-se a obra “Cancioneiro Geral” (1516) de Garcia Resende, responsável por esta compilação de quase 900 poemas palacianos. No entanto, neste período de transição, surgem também a prosa humanista de Fernão Lopes e o teatro de Gil Vicente.
Era Clássica (séculos XVI, XVII e XVIII):
Trata-se do período compreendido entre 1527 e 1825, abrangendo um grande número de acontecimentos históricos com um largo horizonte temporal, pelo que esta época engloba diferentes movimentos literários baseados no pensamento duma sociedade portuguesa em mudança.
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Esta era engloba três movimentos literários:
Classicismo (1527-1580):
Começa com a vinda do poeta e dramaturgo Francisco Sá de Miranda de Itália para Portugal, trazendo consigo o estilo renascentista aí nascido. Assim, este movimento literário foi marcado pela beleza, idealização, religiosidade, lirismo e epopeia.
Por essa razão, um dos maiores representantes do classicismo português é Luís Vaz de Camões, com seus poemas líricos e sua grande obra-prima, o poema épico Os Lusíadas (1572).
2. Seiscentismo ou Barroco (1580-1756):
Este movimento teve início com a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, representando a morte do classicismo para toda a nação portuguesa. Desta forma, apresentava uma realidade complexa com conceitos como cultismo e concetismo, além de tratar de temas como a religião, o profano, os conflitos e os exageros.
Os autores de destaque desse período são Padre Antônio Vieira, com os seus sermões, e Antônio José da Silva, com o seu teatro.
3. Neoclassicismo ou Arcadismo (1756-1825):
Movimento fundado com a criação da Arcádia Lusitana em 1756, em Lisboa, capital de Portugal. Estabelecimento criado como uma nova escola literária onde os pensadores da época partilhavam sobre novos temas literários como o objetivismo, o racionalismo, a simplicidade, o uso de pseudónimos e a exaltação da natureza, representando-os através da poesia.
Destacam-se como autores deste movimento Correia Garção, Manuel du Bocage e António Dinis da Cruz e Silva.
Era Moderna (1825-atualidade):
A última e mais ampla época histórica de Portugal, que vai desde as revoluções, a proclamação da república e do Estado novo, as guerras liberais, as colónias e as penínsulas, a Revolução dos Cravos e, finalmente, a era da digitalização e da globalização até aos nossos dias.
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Por conseguinte, é a época mais difundida em termos de movimentos literários:
Romantismo (1825-1865)
Foi um movimento literário marcado pelas perdas e sofrimentos da Revolução Francesa e das Guerras Napoleónicas, pelo que os ideais e valores mais representados foram a subjetividade, o sofrimento, o nacionalismo e a idealização.
Dividiu-se ainda em três subfases: a) o nacionalismo (1825-1840), que se inicia com a publicação do poema Camões (1825) de Almeida Garret, dando início ao Romantismo em Portugal; b) a ultrarromântica (1840-1860), tendo Camilo Castelo Branco como o seu maior expoente; e, finalmente, c) a pré-realista (1860-1870), que trouxe novos valores que se opuseram e serviram de transição para outro movimento literário, como a perda do subjetivismo e da idealização para dar lugar à crítica social.
2. Realismo (1865-1890):
Criado pela disputa entre estudantes de Coimbra, conhecidos como Antero de Quental, Teófilo Braga e Vieira de Castro, e o escritor romântico Antônio Feliciano de Castilho. Como tal, este movimento era anti-romantista e defendia o cientificismo e o objetivismo através duma linguagem formal e desprovida de sentimentalismo.
Os principais expoentes desse movimento foram Eça de Queirós e Antero de Quental.
3. Naturalismo (1875-1890):
Partilha algumas caraterísticas com o realismo, como a perda da idealização e da subjetividade, a negação do romantismo e a utilização duma escrita objetiva. No entanto, as personagens e as narrativas deste movimento procuraram dar destaque a personagens marginalizadas, dando visão a uma determinada minoria da sociedade.
Escritores como Júlio Lourenço Pinto e Eça de Queirós são os representantes preferidos deste movimento literário.
4. Parnasianismo (1870-1890):
Inspirado no movimento literário global, este foi um movimento que viveu entre o realismo e o naturalismo, que procurava a perfeição da arte, a beleza e o amor, sem incluir críticas sociais ou problemáticas. Assim, os sonetos foram a expressão artística mais predominante e os artistas mais importantes foram João Penha, Cesário Verde e Gonçalves Crespo.
5. Simbolismo (1890-1915):
Foi um movimento de oposição a todos aqueles que se baseavam no objetivismo, no cientificismo e na racionalidade, dando assim ênfase à musicalidade, à subjetividade e à transcendência da poesia.
Destacam-se os poetas Eugénio de Castro, António Nobre e Camilo Pessanha.
6. Modernismo (1915 até os dias atuais):
À semelhança do Romantismo português, este movimento também se dividiu em três subfases, conhecidas como: a) geração de Orpheu (1915-1927) com a publicação da revista Orpheu e seus maiores expoentes foram Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro; b) geração da Presença (1927-1940) com a publicação da revista Presença e seus autores mais importantes foram Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões e José Régio; e, por fim, c) o neorrealismo, que conjugou a representação do cidadão marginalizado com a crítica social realista e teve início com a publicação de Gaibéus, de Alves Redol, onde também se inspiraram e se destacaram autores como José Saramago.
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Após um estudo dos diferentes tempos e épocas literárias em Portugal, tornou-se claro como estas divisões temporais e representações artísticas estão intimamente ligadas ao quadro mundial da literatura. Desta forma, coincidindo com a apresentação de movimentos como o Barroco, o Naturalismo ou o Modernismo.
Assim, e de acordo com estes dados, defende-se a ideia de que os países lusófonos partilham este passado mundial, e embora não o expressem da mesma forma, alimentam-se mutuamente para nos trazerem grandes obras e artistas.
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Referências
Diana, D. (n.d.). Arcadismo em Portugal. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/arcadismo-em-portugal/
Diana, D. (n.d.). Barroco em Portugal. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/barroco-em-portugal/
Diana, D. (n.d.). Literatura Portuguesa. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/origens-da-literatura-portuguesa/
Diana, D. (n.d.). Poesia Palaciana. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/poesia-palaciana/
Souza, W. (n.d.). Literatura portuguesa. Mundo Educação. https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/literatura-portuguesa.htm
Souza, W. (n.d.). Literatura Portuguesa. Português. https://www.portugues.com.br/literatura/literatura-portuguesa.html
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camilleflyingrotten · 9 months ago
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That time Crowley was a jester and Aziraphale a minstrel…….
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ffcrazy15 · 11 months ago
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Someone needs to do an analysis on the way the Kung Fu Panda movies use old-fashioned vs. modern language ("Panda we meet at last"/"Hey how's it going") and old-fashioned vs. modern settings (forbidden-city-esque palaces/modern-ish Chinese restaurant) to indicate class differences in their characters, and how those class differences create underlying tensions and misunderstandings.
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dopepoisonivyoncrack · 6 months ago
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Me: I play in a serious campaign The campaign:
I've spent a whole weekend turning this medieval art meme into a BG3 meme featuring my team in Act 1
Traditional art. Mixed media on A4 paper, yes, including the writing that I translated into old English. My brush and patience failed me in the end but after scanning it, it looks authentic so I kept the writing.
There are gold acrylic parts that shine on paper, like the clouds, the details on Astarion's leather armor, flag, parts of the sword and castle. Its so cute when the clouds shine while moving the paper!
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texaschainsawmascara · 1 year ago
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jprgd on ig
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artist-ellen · 2 years ago
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All the Historical Mermay’s together!
I had a lot of fun with this mermay prompt list by chloe.z.arts and they turned into a pretty cool collection of illustrations!
Prompt list by chloe.z.arts on instagram.
I am the artist! Do not post without permission & credit! Thank you! Come visit me over on: instagram.com/ellenartistic or tiktok: @ellenartistic
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dingledraw · 1 year ago
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But It’s Pretty… a Good Omens comic (Part 1)
Part 2
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mrstellmeafuckingsecret · 1 month ago
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fic where james goes a little wittle bit batshit insane and makes a cult dedicated to sirius and sacrifices virgins while sirius sits on his silly little throne made of bones and drinks james' blood out of a goblet
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revivalofadornment · 5 days ago
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𝕽𝖊𝖛𝖎𝖛𝖆𝖑
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cardo-de-comer · 8 months ago
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Sigismund of Luxembourg aka the Red Fox his design in KCD is 👌
alt version and lineart
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sforzesco · 7 months ago
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frequently what happens is I'll be drawing a comic and think, huh. I wonder what shoes a 14th/15th century cardinal would wear. I bet they had fancy rules about it, and the answer will be in a 500 page book about the early modern cardinal. I'll think, 'WELLLLLL since I'm already here, I'll check out this other chapter that sounds interesting,' and then I'll find out that the vatican is literally hazardous to your health, but from that point on I'll be locked in for the entire book. I'll start reading through all the citations while checking to see what else some of the contributors have written. the comic has been forgotten entirely because I need to know more about the hats.
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ghw-archive · 1 month ago
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Gustave Doré, 1873
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iphigeniacomplex · 1 year ago
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breaking my silence on chess the musical to say that i would literally not give a fuck about this show if i thought it was good or fully successful at what it is saying. SORRY! i love how messy she is. i love how since 1984 and continuing to this very day people with entirely different perceptions of and opinions on the musical have attempted in their own ways to "make it good" by creating all these different versions with like notably different plots, characterization, and song order, and i love how fucking bad the vast majority of these are despite it all. i hope people keep trying to fix chess the musical forever and until the end of time. i hope no one ever figures it out. i want every currently living theatre director in existence to make their own version and for all these versions to come out on broadway at the same time, making that year's musical season entirely comprised of various different versions of the cold war chess musical by tim rice and half of abba. i want not only our greatest minds but also our middlest-of-the-road and worst minds to come up with their own conclusions as to why chess does not entirely work in its original form or any subsequent forms like to really think about it and yes i do want someone to dedicate their entire life to perfecting chess by releasing version after version after version until they die peacefully but still, as always, in the grips of obsession. i want marriages to be broken up. i want mental states to be shattered. i dream of this world
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texaschainsawmascara · 1 year ago
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jprgd on ig
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nymphaearie · 24 days ago
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🪭🪞🏰🕯️🗡️🗝️
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amygdalae · 3 months ago
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mashing the visual hallmarks of sublime romanticism and surrealism together like im making two very different types of toys kiss
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