#autodidatas
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kannabosn · 1 year ago
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O Lugar THE PLACE Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis, Brazil. POTYRANGA, é o Lugar aonde nos reunimos, é inicio de trilha ancestral e Indígena, espaço pré-lusitanano e terreiro externo ao Casarão, aonde ascendemos às nossas preces. "Poty"-ranga é a verbalização de aquilo que purifica, luz, que resplandece, na pronuncia guarani de Potī, na "Luz da Consciência". Mas para a Pronuncia Poti pode nada mais significar que Camarão, ou das aguas limpas, purificado; Tanto quanto pode remeter a pura flor de Potyra, ou nos relembrar a Poty Lazzaroto.
A Casa Branca e Azul, 1765: Magia ancestral: imersa na Mata Atlântica, na Praia do Sambaqui em Florianópolis, abriga um atelier de artes visuais que promove residências e temas voltados para curadoria. Nossa proposta é promover encontros coletivos que ampliem a consciência, pelo autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Oferecemos círculos de trocas de saberes, oficinas criativas e linguagens multimeios. Esperamos amplificar estruturas e criar festivais plurais, antipatriarcais e acolher famílias não tradicionais. Parte disso só se conscientiza com propostas decoloniais sustentáveis, desde o manejo de trilhas, reflorestamento e diálogos sobre meio ambiente além bioconstrução, mas sobre quem constrói e quem habita.
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mariahfilhadedeusblog · 2 years ago
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É complicado morar de aluguel em corações alheios..
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hnbtech · 1 year ago
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A Jornada do Autodidata em Inglês vale a pena ? É bom ? Funciona ? Curso...
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elegantsuitfun · 2 years ago
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🔴ATENÇÃO🔴 A Jornada do Autodidata Em inglês onde Comprar?
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cartasparaviolet · 1 year ago
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Eu viajei por cada caminho e rodovia de meu coração. Entre vales e montanhas, mares e desertos, segui por cada trilha entre altos e baixos que me ofereceram a oportunidade de conhecer os quatro cantos daquele mundo interior. Repleto de emoções, cacos e buracos. Segui desbravando aquele templo sagrado totalmente desconhecido por mim, apesar de ser quem eu sou. E fiz tudo do meu jeito. Vivi do meu jeito. Tornei-me autodidata de minha própria alma após entender que ninguém poderia realizar essa jornada em meu nome. Quem me guarda sabia que, mesmo diante das adversidades, eu daria conta de encontrar a saída do labirinto em mim. Inúmeras rachaduras e fissuras naquela construção em ruínas precisavam urgentemente de reparo e, ainda que não soubesse do como ou onde trabalhar certas questões, algo no além me guiava em segredo para que pudesse obter o sucesso. A realização de uma alma em evolução é lapidar-se e transformar-se no mais belo diamante. Atravessei como pude e, hoje, sem modéstia alguma, orgulho-me disso. Vejo, no fim dessa estrada, após tantos desafios, encontros e desencontros, lágrimas e risadas, vida e morte, o quanto cresci.
@cartasparaviolet
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amusasolitaria · 7 months ago
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QUEM É A MUSA SOLITÁRIA?
APRESENTAÇÃO
Para começar a falar sobre mim mais intimamente. Sou queer/pomossexual; e uma pessoa gênero-fluído — a quem deseja um rótulo, embora eu não dependa deles — e sim, eu uso ela/dela, ele/dele, e elu/delu.Sou uma artista desde que me entendo por gente, comecei escrever aos dezesseis anos, e comecei da poesia para as fanfictions, e só entre dezoito e agora que comecei a me alçar em mais gêneros literários; e publicar aos meus dezoito anos, e atualmente tenho vinte e dois anos. Escrevo e divulgo com mais frequência: ficção fantástica, ficção histórica, ficção queer/lgbtqia+; fora crônicas, contos e poesias. Mas, devo reiterar que já escrevi os subgêneros de uma das citadas acima, a saber: fantasia alta, baixa, e sombria. E outros gêneros de ficção os quais já me arrisquei: fição erótica, ficção contemporânea; ficção científica: punk e space opera; romance: new young e young adult; new young, young adult, ficção de fã/fanfiction/fanfic/fic, contos de fadas, horror, terror, trilher e suspense.
sou PAH/SD, e sou também filomata, polímata, poliglota autodidata, designer e ilustradora/capista entusiasta, graduante de psicologia, entusiasta da sexologia, e futura psicóloga-sexóloga e terapeuta sexual, historiadora e antropóloga entusiasta, teóloga e cientista das religiões entusiasta, linguista e filóloga entusiasta, entusiasta das ciências humanas, biológicas, linguagens e códigos, e sociais; nos tempos livres, também faço: canto, atuação e dublagem de forma autodidata e entusiasta. Sou leitora de livros, e-books, mangás, manhuas, manhwas, webtoons, quadrinhos. Assisto várias séries, filmes, minisséries, animes e animações. E também curto vários estilos musicais, a saber alguns: rock, phonk, pop, j-pop, j-rock, k-pop, indie. A título de curiosidade, eu sou uma espiritualista universalista. E pratico yoga, mudra, dhyana, sutra, ho'oponopono, tai chi chuan, e calistenia. Meus esportes preferidos e que já pratiquei foram natação e vôlei.
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ADENDO
Vou explicar alguns termos que coloquei no texto que podem ser de interesse de quem lê
Queer/Pomossexual:
Ser queer/pomossexual é se identificar fora das normas tradicionais de sexualidade. Se você se sente que não se encaixa perfeitamente como heterossexual ou dentro das expectativas convencionais de sexualidade, você pode se considerar queer. Isso inclui uma ampla gama de identidades, como ser gay, lésbica, bissexual, e etc; também significa que você não gosta de rótulos tradicionais para sua orientação sexual. Você pode ter várias relações e atrações sem querer se identificar como gay, hétero, bissexual, ou qualquer outro rótulo. É uma abordagem mais fluida e pós-moderna da sexualidade.
Eu confesso que para uma maioria não deve ser comum ler "pomossexual", ou até próprio "queer", mas eu me identifico assim. Eu não amo rótulos, eu amo pessoas, não corpos e genitalias, e mesmo quando amo, eu não sou um rótulo, mesmo que eu já tenha tentado.
Gênero-Fluído: "Ser gênero-fluído é quando você sente que seu gênero muda ao longo do tempo. Em alguns momentos, você pode se sentir mais masculino, em outros mais feminino, ou talvez uma mistura dos dois, ou mesmo nenhum dos dois. Ser gênero-fluído significa que sua identidade de gênero é flexível e pode variar, permitindo que você experimente e expresse seu gênero de diferentes maneiras ao longo do tempo. Cada pessoa gênero-fluído vive essa experiência de forma única, então não há uma única maneira de ser gênero-fluído."
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AH/SD
Altas habilidades ou superdotação é quem possui capacidade mental significativamente acima da média comum. Como um talento, a superdotação é a aptidão para atividades intelectuais, artísticas ou esportivas que parecem ser inatas, uma vez que a pessoa superdotada parece apresentar tais habilidades sem que se possa explicar como aprenderam. Contudo, tais aptidões ou habilidades também são desenvolvidas através de esforço pessoal e é um erro pensar que pessoas superdotadas não precisam ser ensinadas, elas apenas precisam de uma educação diferenciada que atenda a sua demanda de conhecimento.
Não confundir com precoces e gênios, pois há esses estereótipos; mas aprendem algumas coisas de um jeito diferente e mais rápido. Elas podem gostar muito de certos assuntos e querem aprender tudo sobre eles. Inclusive, às vezes, a alta-habilidade/superdotação não é reconhecida na infância e as crianças alto-habilidosas são, por vezes, diagnosticadas como tendo transtorno afetivo bipolar, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtorno desafiador e de oposição, depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo ou outras.
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Autodidatismo
Autodidata é a pessoa que tem a capacidade de aprender algo sem ter um professor ou mestre lhe ensinando ou ministrando aulas. O próprio indivíduo, com seu esforço particular intui, busca e pesquisa o material necessário para sua aprendizagem.
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Polímata
Imagine uma pessoa que não só gosta de aprender sobre muitas coisas diferentes, mas que também se torna realmente competente e capacitada em várias dessas áreas. Essa pessoa é chamada de "polímata".
Um polímata é alguém curioso e apaixonado por aprender, que não se limita a apenas um campo do conhecimento. Eles podem saber muito sobre ciência, arte, música, literatura, tecnologia e muito mais. Pense em figuras Leonardo da Vinci, que embora órfão, e sem educação formal era pintor, inventor, cientista e muito mais. Ele é um exemplo clássico de polímata.
Ser polímata é como sempre querer explorar conhecimento, sempre buscando entender e conectar diferentes áreas de estudo para ver o mundo de uma forma mais completa e criativa.
(A palavra "polímata" vem do grego antigo "polymathēs" (πολυμαθής), onde "poly" (πολύ) significa "muitos" e "mathēs" (μαθής) significa "aprendizagem" ou "conhecimento". Portanto, "polímata" literalmente significa "aquele que aprendeu muito" ou "aquele que possui conhecimento em muitas áreas".)
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Filomata Pense em uma pessoa que sente uma grande alegria em descobrir coisas novas, seja lendo livros, assistindo a documentários, explorando novos hobbies ou simplesmente fazendo perguntas sobre o mundo ao seu redor. Eles têm uma curiosidade insaciável e estão sempre buscando aprender algo novo. Um filomata não precisa ser um especialista em vários campos como um polímata, mas sim alguém que aprecia o processo de aprender e valoriza o conhecimento por si mesmo. É alguém que vê o aprendizado como uma aventura contínua e emocionante.
(A palavra "filomata" também vem do grego, onde "philo" (φίλο) significa "amor" e "matēs" (ματής) significa "aprendizagem" ou "conhecimento". Assim, "filomata" pode ser entendido como "aquele que ama aprender" ou "aquele que tem amor pelo conhecimento".)
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Sexologia Imagine que você tem um amigo com quem pode conversar sobre qualquer coisa, inclusive aquelas questões sobre sexo que às vezes são difíceis de abordar. Esse amigo é um sexólogo. Um sexólogo é alguém que estudou bastante sobre a sexualidade humana para poder ajudar as pessoas a entenderem melhor suas próprias vidas sexuais, resolverem problemas e terem relacionamentos mais saudáveis e felizes. Sexologia é o estudo da sexualidade humana em todas as suas formas. Isso inclui entender como e por que as pessoas se sentem atraídas umas pelas outras, como funcionam nossos corpos durante o sexo, e como as emoções e os relacionamentos influenciam nossa vida sexual. É como um guia que nos ajuda a navegar pelas águas muitas vezes complicadas da sexualidade. Os sexólogos vêm de diferentes áreas, como psicologia, medicina e educação, mas todos têm em comum o desejo de ajudar as pessoas a viverem uma vida sexual mais plena e satisfatória. Eles podem ajudar com coisas práticas, como problemas de disfunção sexual ou questões de identidade de gênero, mas também estão lá para falar sobre sentimentos, medos e expectativas. Um sexólogo pode trabalhar como terapeuta, conversando com você sobre suas preocupações e ajudando a encontrar soluções. No final das contas, a sexologia é sobre criar um espaço seguro onde você pode aprender, perguntar e crescer. É sobre entender que a sexualidade é uma parte natural e importante da vida, e que todos nós merecemos nos sentir bem e seguros em relação a ela.
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Espiritualismo Universalista
O espiritualismo universalista é uma perspectiva que valoriza a busca espiritual como algo que transcende as fronteiras religiosas e culturais, focando na essência espiritual comum a todas as tradições e crenças. Imagine que você está explorando o sentido mais profundo da vida e da existência. O espiritualismo universalista é como uma jornada interior que convida você a descobrir conexões profundas entre todas as pessoas e todas as formas de espiritualidade. Ele não se prende a uma única religião ou dogma, mas sim busca compreender os princípios universais que unem todas as tradições espirituais. Isso significa que no espiritualismo universalista, você é encorajado a encontrar sua própria verdade espiritual, seja através da meditação, reflexão pessoal, ou explorando diferentes ensinamentos espirituais. Ele promove a ideia de que todos nós compartilhamos uma essência espiritual comum, e que através dessa conexão podemos encontrar harmonia, compreensão e paz interior. É uma abordagem que respeita a diversidade das crenças e culturas, reconhecendo que cada pessoa pode ter uma jornada espiritual única e significativa. Ao abraçar o espiritualismo universalista, você está abrindo-se para um caminho de crescimento espiritual que é inclusivo, compassivo e profundamente pessoal.
(Entenda 'não é espiritismo e nem universalismo apenas', o espiritismo é uma crença na comunicação com espíritos após a morte, oferecendo conforto e orientação espiritual através de médiuns. O universalismo, por sua vez, celebra valores e princípios universais compartilhados por todas as pessoas, promovendo a compreensão e aceitação entre diferentes culturas e crenças. O espiritualismo amplia essa visão, enfocando a existência de uma dimensão espiritual além do físico, encorajando práticas como meditação e busca de significado espiritual. Já o espiritualismo universalista combina esses elementos, valorizando a busca espiritual além das fronteiras religiosas específicas, buscando uma compreensão inclusiva e harmoniosa da essência espiritual compartilhada por todos. Cada uma dessas abordagens oferece caminhos únicos para explorar a vida, o significado da existência e o crescimento espiritual pessoal, promovendo uma jornada interior de autoconhecimento e conexão com o mundo ao nosso redor.)
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Técnicas Holísticas
Yoga une corpo, mente e espírito através de posturas físicas, técnicas de respiração e meditação para promover equilíbrio e harmonia. Mudras são gestos das mãos que não só influenciam a energia física e mental, mas também conectam com aspectos sutis da consciência. Dhyana, ou meditação profunda, busca integrar mente e espírito para alcançar clareza mental e paz interior. Sutras são ensinamentos curtos que guiam práticas espirituais e filosóficas, oferecendo orientação holística para uma vida alinhada com valores elevados. Ho'oponopono, prática havaiana de perdão, não só promove cura emocional e relacional, mas restaura equilíbrio espiritual e mental. Tai Chi Chuan usa movimentos suaves para fortalecer o corpo e promover harmonia energética e equilíbrio interior. Calistenia, com exercícios que usam peso corporal, melhora saúde física, mental e emocional de maneira simples e integrada. Cada uma dessas técnicas visa não apenas melhorar o corpo físico, mas também promover bem-estar integral, abordando aspectos essenciais da pessoa em sua busca por saúde, equilíbrio e crescimento pessoal.
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Escritora
Uma escritora é alguém que cria textos, seja para contar histórias, compartilhar ideias ou transmitir informações. Isso pode incluir livros, artigos, poesia ou até mesmo publicações online. A habilidade de escrever envolve criatividade, técnica e a capacidade de se comunicar com clareza e emoção.
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Designer entusiasta
Um designer é alguém que planeja e cria coisas com um propósito estético e funcional, como gráficos, produtos, roupas ou até mesmo ambientes. Como entusiasta, você explora e experimenta essas ideias por conta própria, estudando e conhecendo bastante por autodidatismo, aprendendo ferramentas e técnicas criativas para desenvolver projetos bonitos e úteis.
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Graduante de psicologia
Estudar psicologia significa investigar como a mente humana funciona, como pensamos, sentimos e nos comportamos. Como estudante, você está mergulhando em conceitos como emoções, personalidade, desenvolvimento humano e formas de compreender e melhorar a saúde mental.
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Linguista e filóloga entusiasta
Linguistas estudam as línguas humanas: como elas funcionam, suas estruturas e como evoluem. Já a filologia é o estudo histórico e comparativo das línguas, especialmente focada nos textos escritos. Como entusiasta, você provavelmente se dedica a explorar idiomas e textos por autodidatismo, analisando palavras e histórias e descobrindo como as línguas revelam a cultura e a história humana.
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Teóloga e cientista das religiões entusiasta
A teologia explora as crenças religiosas, os textos sagrados e as questões sobre a existência de Deus e a espiritualidade. Já a ciência das religiões estuda essas práticas de forma acadêmica e comparativa, buscando entender como as religiões influenciam a sociedade e a cultura. Como entusiasta, você provavelmente lê, reflete e busca compreender bastante sobre esses temas por meio do autodidatismo.
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Historiadora e antropóloga entusiasta
A história estuda o passado, investigando eventos, culturas e pessoas que moldaram o mundo. A antropologia se dedica a compreender as sociedades humanas, seus costumes, crenças e maneiras de viver. Como entusiasta, você explora esses campos por autodidatismo, buscando aprender profundamente sobre a humanidade, sua evolução e as conexões entre o passado e o presente.
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Poliglota Autodidata
Um poliglota autodidata é uma pessoa que aprende a falar várias línguas por conta própria, sem frequentar cursos ou escolas tradicionais. Essa pessoa utiliza métodos alternativos, como livros, aplicativos, vídeos, músicas e até conversas com nativos, para adquirir conhecimento em diferentes idiomas. O termo "poliglota" significa alguém que domina várias línguas, enquanto "autodidata" se refere a quem aprende sozinho, guiado pela curiosidade e disciplina. Por exemplo, um poliglota autodidata pode decidir aprender espanhol assistindo filmes, francês lendo livros, ou japonês jogando videogames, ajustando os métodos ao seu estilo e ritmo de aprendizado. Essa abordagem exige bastante dedicação, mas dá liberdade para explorar o que funciona melhor para cada pessoa.
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gcevl · 9 months ago
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ spend some time away, getting ready for the day you're born again. spend some time alone, understand that soon you'll run with better men. alone again, alone. no use looking out, it's within that brings that lonely feeling. understand that when you leave here, you'll be clear among the better men. alone again, alone.
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤpark gaeul. gael, nascido há 27 anos. escritor, tradutor e tutor. residente do haneul há sete anos.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ( + ) inteligente ;ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ( - ) recluso ;
━━ TRIVIA ;
nascido em suwon.
16/11, escorpiano.
pai de plantas e de um gato preto chamado yuri.
bissexual e em um relacionamento com jean-baptiste.
formado em letras.
━━ BACKSTORY ;
Sendo o mais novo entre dois garotos, o bebezinho da casa, tudo o que Gaeul sempre conheceu foi conforto e proteção. Muito amado pelos pais e pelo irmão mais velho, cresceu em um ambiente agradável e cheio carinho, mesmo que a casa simples próxima dos limites da cidade deixasse a desejar em alguns aspectos referentes a conforto e modernidade. A família tinha como principal fonte de renda o restaurante de comida tradicional herdado dos avós paternos de Gaeul. Como eram só os pais fazendo todo o trabalho dentro do estabelecimento, já que não tinham condições de pagar por um funcionário, Gaeul e o irmão cresceram dentro do restaurante, ajudando como podiam enquanto crianças e, com o passar do tempo, assumindo mais responsabilidades, como cuidar do caixa e servir os clientes. Não era uma vida fácil, mas agradável à sua maneira.
Gaeul vivia fantasiando com uma vida similar a que via nos dramas de teleivsão e sua mãe prometera que assim que tivesse a chance, faria o possível para que ele pudesse tê-la. E, de fato, cumprira a promessa. Os pais enviaram o filho mais velho para a capital primeiro, investindo as economias de uma vida para que ele fosse para uma boa faculdade. Alguns anos mais tarde, o caçula. Que foi bem recebido pelo irmão mais velho, mas morar só com ele foi uma experiência diferente do que Gaeul esperara. A vida em Suwon era de um jeito para ele, mas aquela em Seul era totalmente fora de suas expectativas. Seu irmão raramente estava em casa e já não se preocupava da maneira que faziam quando eram menores. Não que o amor tivesse mudado, apenas as prioridades dele. Compreensivo como era, Gaeul apenas aceitou e tentou focar-se no que estava ali para fazer: estudar.
Autodidata em inglês e japonês, viu naquilo uma oportunidade de trabalho que começou como um hobbie durante a adolescência: a tradução de mangás. Gaeul passava os volumes em japonês para inglês e coreano em uma equipe de tradução voluntária. O que ajudou-o também a cultivar o hábito da leitura. Desde então, é sempre posssível vê-lo com a cara enterrada nos livros sempre que tem tempo livre, por mais que trabalhe lendo e escrevendo todos os dias.
Enquanto estava na faculdade, trabalhava meio período em um café próximo do prédio onde vivia com o irmão. Não ganhava muito, mas o bastante para ajudar com as despesas de casa, já que seu irmão ajudava com as despesas dos pais, lá em Suwon. E ainda sobrava um pouco que ele colocava em uma poupança. A intenção era comprar um carro, mas precisou abrir mão daquele sonho por um contratempo. Que se chamava Hyojin e tinha 1,68 de altura: a namorada de seu irmão. Era legal e tudo mais, mas era desconfortável estar na mesma casa que os dois. Então, quando eles decidiram que era hora de juntar as escovas de dentes, Gaeul viu que era sua hora de dar o fora. E foi assim que acabou chegando em Haneul Complex.
━━ NOWDAYS ;
Antes de terminar a faculdade, Gaeul precisou de um estágio. Foi assim que começou a trabalhar como tutor de inglês para adolescentes que estavam se preparando para o vestibular. Seu foco foram as crianças de família rica, não ia negar. Porque seus pais normalmente eram desesperados o suficiente para pagar um valor maior do que o necessário e, mesmo morando em um lugar precário, todo dinheiro era bem-vindo, já que não queria passar o resto da vida onde estava. Foi assim que conheceu Michaela, filha de um empresário coreano e uma dona de casa italiana. Michaela confessou seus sentimentos por Gaeul pelo menos meia dúzia de vezes durante o ano em que a acompanhou. Mas ela só tinha dezessete anos e a última coisa que precisava era acabar na cadeia por conta de uma garota cheia de caprichos. 
Infelizmente para Gaeul, o charme era algo que corria na família. As investidas de Michaela não deram certo, mas a de seu pai, sim. Começou com um drinque depois da aula, porque o Sr. Choi estava comemorando um novo contrato fechado e ele não queria fazer desfeitas. Uma carona em dia de chuva. Alguns minutos de conversa no portão, antes de ir embora. Mensagens de texto tarde da noite. Um convite para jantar. Um quarto de hotel. Quando deu por si, Gaeul era um dos segredos que Yongguk escondia da esposa. 
Depois que Michaela passou no vestibular, Gaeul encerrou a carreira de tutor e passou a dar aulas em uma escola de idiomas. Mas só tinha aulas duas vezes por semana na unidade, então passou a trabalhar como tradutor novamente, agora procurando por trabalhos remunerados, para completar a renda. Ser escritor era um hobby que ainda pretendia transformar em algo lucrativo. Mas Yongguk interviu em sua vida de uma maneira muito maior do que esperava: alugou um apartamento melhor, maior e mais confortável para ele. Pagava suas contas e alguns pequenos luxos, também. Em troca, o silêncio e obediência de Gaeul, que estava apaixonado demais para perceber que estava se metendo em problemas maiores do que podia lidar.
Mesmo com o medo constante, a família de Yongguk não descobriu o relacionamento. O que aconteceu foi que Gaeul percebeu que não conseguia mais levar aquilo para frente, ainda que depois de dois anos. Ele queria que Yongguk passasse a noite com ele, que fossem passear de mãos dadas e viajar, mas claro que nada disso era possível. Ele não era seu. Ele tinha um compromisso com a família que tinha em casa. Mesmo tendo que enfrentar a ira do homem e ser chamado de ingrato mais vezes do que podia contar, Gaeul pegou suas coisas e voltou para onde nunca devia ter saído: Haneul Complex. 
━━ PERSONALITY ;
Gaeul é manhoso.
Fica facilmente chateado e emburrado tal qual uma criança, apesar dos mais de 1,80 de altura. Mesmo que não goste quando as coisas não saem do jeito que quer ou espera, e que tenha que ter seus cinco minutos de surto a respeito, não é do tipo que guarda rancor. Depois que colocou para fora, ele esquece e segue em frente.
Bastante tranquilo, você não o verá em festas com frequência, nem bebendo ao ponto de perder as estribeiras. E se vir, é porque foi arrastado e nenhuma de suas desculpas funcionou. Seus programas favoritos envolvem coisas tranquilas, como filmes, piqueniques e passeios de bicicleta. Silêncio, plantas, livros e cristais energéticos são seus melhores amigos. 
O lado negativo de sua personalidade, talvez, seja a maneira como se deixa consumir pelos sentimentos negativos, quando aparecem. Ciumento ao ponto de ficar cego de raiva, de agir por impulso e brigar com quem quer que precise. Justamente por saber o ponto que pode chegar, que evita ao máximo. Daí, os cristais e as plantas e o óleo de lavanda, chá de camomila e suco de maracujá que tanto fazem parte de sua rotina.
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somaisumsemideus · 10 months ago
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Há 10 anos...
Héktor estava em seu modesto chalé bem encaixado por entre os demais. O ambiente era acolhedor, com o crepitar reconfortante da lenha em chamas preenchendo o ar com um calor suave e aconchegante. A luz do sol filtrava-se pelas nuvens quase densas e janelas, pintando padrões embaçados no chão de madeira gasta. Ele estava sentado à mesa de carvalho maciço e sua mente absorta em antigos pergaminhos de magia. Ao seu redor a mesa estava ocupada, repletas de livros velhos -- que pegou no mesmo dia mais cedo na biblioteca da Casa Grande -- que continham ensinamenos de séculos de práticas mágicas.
Desde pequeno, Héktor se orgulha da facilidade que possui para o rápido aprendizado e ser autodidata não era uma coisa ruim, já que tantos acontecimentos se desenrolavam de uma hora para outra. Estar preparado era uma necessidade.
Após horas de estudo da teoria, Héktor partiu para a floresta. O caminho sinuoso que levava ao coração da floresta estava coberto de folhas secas e musgo macio, criando um tapete natural que amortecia seus passos. O ar estava impregnado com o perfume fresco da vegetação em volta, enquanto os sons da natureza ecoavam ao seu redor.
Aos poucos a tarde foi se tornando nebulosa, enquanto ele encontrava-se na clareira da floresta, onde a luz do sol relutava-se através das copas das árvores, lançando sombras dançantes ao seu redor. Com uma concentração intensa, ele estendia as mãos, sentindo a energia mágica pulsar através de seus dedos. Seu objetivo era aperfeiçoar seu controle sobre a magia que ele invocava, uma habilidade que ele estava detemrinado a dominar para proteger quem fosse preciso.
Enquanto murmurava encantamentos antigos em mescla com gestos de mãos variados, sua energia dançava ao redor das suas mãos, obedecendo à sua vontade. Héktor sorriu com o desenrolar do seu treino, mas então algo estranho aconteceu. Uma sensação de vazio começou a se espalhar por seu peito, como se a própria essência da sua magia estivesse escorrendo de suas veias.
-- O que está acontecendo comigo? - Ele murmurou, sua voz vacilando de medo e confusão. Héktor tentou se concentrar ainda mais, desesperado achando ter sido um lápso de falta de atenção, ou talvez esgotando o seu corpo pelo uso contínuo, mas seus esforços foram em vão embora o corpo não sentisse sinais de exaustão. A energia branca azulada quase transparente que antes dançava obediente em suas mãos e por entre os dedos agora se estinguiram abruptamente, deixando-o em total escuridão. Héktor sentiu um arrepio percorrer sua espinha, uma sensação de desamparo e desespero que o fez tremer.
- Não, não, não… - Sussurrou para si mesmo a medida que o coração disparou, ao prostrar-se joelhos tateando o solo terroso da clareira. Os dígitos se fecharam na grama verde e folhas secas, na tentativa de sentir novamente a energia da natureza… Porém nada acontecia. Ergueu os olhos assustados e desesperados olhando em volta a procura de tudo, mas ao mesmo tempo de nada já que não teria ninguém por perto. Sua respiração se tornou exasperada quase compassada com os fortes batimentos do coração. - Não sinto nada!
-- Não pode ser... Não pode ser... - Estentou as mãos mais uma vez, ainda de joelhos sobre a grama, tentando respirar mais calma e compassadamente e acalmar os batimentos, mas de novo nada aconteceu. Seus olhos marejaram. - O que está acontecendo? - Ele estava desarmado, privado da sua magia tão repentimanete quanto um raio em uma noite tempestuosa.
Com a voz trêmula, ele sussurrou - Meus... Meus poderes. O que houve? - Mas o silêncio da floresta foi sua única resposta. Uma onda de choque o atingiu enquanto percebia a extensão total da sua perda. Os olhos que antes estavam apenas marejados, agora escorriam o líquido salgado pelas maçãs do seu rosto. Se sentiu tão pequeno quanto o grão de terra gritado em sua palma. Encarava suas mãos caídas sobre a coxa que a pouco era o seu maior símbolo de poder. Ele não podia mais manipular a energia mágica ao seu redor e muito menos sentir, estava vulnerável e exposto. - Vamos Héktor. Foco! - Tornou novamente a brandir as mãos, como feito em outroras vezes, mas sua magia não se acendeu em suas palmas.
Desorientado e assustado, Héktor recuou, sua mente girando com uma torrente de perguntas e incertezas. - Por que isso está acontecendo comigo? - Ele murmurou para si mesmo entre soluços, suas palavras ecoando no vazio da floresta. - O que eu fiz de errado? - Implorou ao universo, sua voz cheia de desespero e confusão. Uma sensação de isolamento e impotência o envolveu enquanto ele contemplava o vazio em suas mãos. - Mãe… - Chamou. A voz embebida de dor e desamparo, o timbre falho devido ao choro enquanto os castanhos olhos procuravam por ela nos céus. -…se estiver aí, me ajuda. - Pediu com súplica, mas quando percebeu que não teria uma resposta, se deixou levar pelo medo, pelo desespero e pela onda de choque que o derrubou com o silêncio da deusa.
Perdido em seus pensamentos, Héktor permaneceu imóvel ajoelhado na clareira da floresta encarando as mãos, olhando-as com fixação enquanto o choro era sua única forma de externalizar a confusão e o desamparo. O sol estava se pondo lentamente, tingindo o orizonte com tons de laranja e vermelho, mas para ele tudo, tudo parecia sombrio sem cor e sem esperança.
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mariahfilhadedeusblog · 2 years ago
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Encontrei minha praia rsrsrs
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hnbtech · 1 year ago
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A Jornada do Autodidata em Inglês por Dentro do curso Mostrei tudo como ...
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journaldemarina · 9 months ago
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Quarta-feira, 20 de março de 2024
Vou dar uma de Saramago e vomitar tudo em um parágrafo. Mas eu gosto de pontuação.
* * *
Fiquei feliz outro dia porque minha melhor amiga está comprando um apartamento. Fiquei feliz agora porque vi o nome dele numa exposição. Feliz pelos outros que me importo. Em contraponto me sinto um fracasso. Estou um fracasso, no gerúndio. Fracassando. Continuamente. Mudei para a cidade que eu queria, construí relações, vivi pela primeira vez. Me sinto aos vinte mesmo a idade real sendo trinta. Assim como é costume nos vinte, me sinto perdida, sem chão, sem rumo. Vejo a falta de dinheiro podando as decisões e possibilidades. Mas tenho trinta, o metabolismo não é mais o mesmo, preciso de novas roupas. Ainda bem que não sonho com filhos e já vivi uma espécie de casamento. Agora quero viver um amor. Passei o dia estudando verbos em francês. Não ter dinheiro me fez ser autodidata a vida inteira. Ainda sonho, afinal. Preciso procurar urgente um apartamento, que seja infinitamente mais barato, num bairro central e que comporte todas minhas milhões de tralhas. Nesse processo provavelmente vou precisar abdicar de algo, só não sei ainda o quê. Não sei o que fazer. Não sei pedir ajuda, não sei desabafar para ninguém. Estou completamente distante do meu pai. Queria que minha irmã se orgulhasse de mim, ainda não vai ser dessa vez. Não me sinto confortável de falar com meus amigos a respeito. Queria conseguir falar sobre isso com ele. Não consigo. Há um privilégio de berço no ar que faz, de alguma forma, me sentir inferior. Não deveria, mas ainda assim. Queria colo. Queria ser cuidada. Também queria saber cuidar de mim sozinha. Se aos trinta não consigo, quando, então? Já deveria ser adulta o suficiente nesse ponto da vida. Preciso me desvencilhar do meu ex. Seguir em frente. Deixar ele seguir em frente também. Tudo mudou. Mas como? No primeiro encontro que tive com o francês, quando falei sobre minha vida, todos os lutos e reviravoltas que tive nesses últimos anos ele entendeu de forma bem compreensiva, de primeira, que meu ex seguia sendo minha base. Falou com essas palavras. Odeio admitir, mas é, segue sendo minha base. Metade da minha vida eu estou com ele, como não ser? Como me desvencilhar? Não sei responder. Também não sei recomeçar, começar tudo de novo, sem nem encerrar nenhum círculo por completo. É sempre algo atropelando outro algo. Desistências, lutos, tudo se perdendo no caminho. Tudo sem rumo. Fui uma criança sem sonhos, sem perspectivas. Não por tristeza, ou não somente, mas por não ter ninguém para me dizer que eu poderia sonhar e querer coisas para mim. Nem sabia que podia. Nem sabia o que poderia sonhar. Agora adulta sonho acordada sem conseguir realizar nada. Vejo a vida passar. Só vejo, em terceira pessoa, espectadora. O pesadelo da invisibilidade da minha adolescência. Uma bagunça, feito esse texto. Queria ser melhor. Queria ser outro alguém. Tenho vergonha de mim e do que apresento ser para os outros, a sensação mais mesquinha. É infantil, mas sinto como se não merecesse o amor e atenção dos outros enquanto estiver nesse buraco. Se fosse alguém me falando isso eu com certeza xingaria, onde já se viu ter esse tipo de pensamento. Enfim. Estou no chão da sala, esparramada num tapete de yoga, notebook entre as pernas. Minhas plantas precisam de água. Preciso colocar o lixo para fora. Me enxergo triste no espelho que foi quebrado sem querer num momento de felicidade. Amanhã procuro apartamento, hoje vou seguir chorando.
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writerlety · 3 months ago
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Eu errei, assumo o erro e vou melhorar.
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Olá a todos e Todes.
Escrevo este curto texto para expressar o que sinto e minhas reflexões diante das minhas ações na internet.
Não me refiro a alguma pessoa específica, embora eu tenha discutido com algumas.
O principal motivo de escrever este texto é que me sinto culpada por não ter me controlado sobre meus comentários nas minhas redes sociais. Eu não fiz algo grave, mas me sinto culpada por não ter o devido cuidado e preparo para comentar sobre a escrita e ficção.
Sou escritora de ficção, estudo na área por via autodidata e estou arrumando meus livros para a publicação. E este tema me fez impulsionar comentários nas minhas redes em resposta a postagens de outros usuários de qual não concordei.
O que me dói é me dar conta de que eu ainda preciso estudar mais. E o que me doí mais ainda foi de ter caído no "espiral da morte" das redes sociais.
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Ter opiniões diferentes faz parte do aprendizado de um certo tema. O meu erro foi o imediatismo que sinto quando vejo uma postagem passando na timeline da rede qual eu uso (no caso o Threads) e sinto a necessidade de comentar. Daí quando vou realmente refletir sobre o que fiz, aí já foi.
Eu me sinto despreparada para comentar sobre o meu trabalho, porque sei que não tenho experiência. Estou realmente admitindo isso.
E aproveito para escrever sobre como a convivência nas redes sociais está me deixando cada vez pior, na mente e no sentimento. O problema de controlar o ego e o sentimento de "estar certo" em comentar alguma coisa, me impulsiona em responder naquele exato momento, no imediatismo.
"EU PRECISO COMENTAR ISSO!!!"
O resultado? Discussões desnecessárias, ofensas e visibilidade no perfil e postagens (porque é resultado de usar a rede social).
Não vale a pena.
Então escrevo para informar aos leitores e a comunidade que estou criando, é que eu sinto muito.
Sinto muito pelo meu impulso, sinto muito pelo imediatismo, sinto muito por comentar sem saber.
Eu me responsabilizo pelos comentários que fiz, sobre o que eu acho da escrita e vou fazer o que for necessário para melhorar meu trabalho e meus estudos.
Caso eu tenha uma opinião sobre algo, irei escrever neste blog/site com informação e da forma correta.
Escrevo este texto porque tenho respeito pelos leitores do meu trabalho e leitores da internet.
Eu não estou sendo "cancelada" e nem vou esperar chegar neste ponto para me desculpar.
Eu quero criar uma comunidade de leitores e escritores que se interessem pelo meu trabalho, conversemos sobre escrita e ficção e poderemos nos unir para trazer nossa arte para o mundo.
E sinto que tenho responsabilidade com a comunidade de leitura brasileira na internet.
Muito obrigada por ler este texto. Atenciosamente.
Letícia F. Oliveira.
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mayura-chanz · 8 months ago
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Children Record - side n° 7
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
Nota: Eu não lembrava de como traduzi anteriormente "clearing eyes", então a partir daqui estarei colocando como "limpando os olhos".
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Nunca cometi um erro a nível de me desconsiderar, mas não tinha ideia de que eu era tão idiota.
Eu sempre fui bem nas provas. Eu estava na faixa dos noventa e tantos por cento nos simulados da faculdade. É por isso que a minha irmã burra costumava me pedir ajuda para um monte de coisas. Ela sempre dizia “Faz favoooor, mano” assim como uma irmãzinha impertinente faz. Eu sempre adotava uma abordagem mais dura, tentando o meu melhor para oferecer orientação a ela. Afinal, não é como se eu tivesse outra escolha.
Tudo isso deveria ter sido um sinal suficiente de que eu não era muito estúpido. E isso não é tudo. Havia uma garota que tinha tingido o cabelo de castanho que se juntou a um dos grupos de nível superior na sala que uma vez me disse: “Você é tão superinteligente, Shintaro.” Hee-hee boas lembranças.
...Não, espera, aguenta aí. Eu estraguei tudo. Agora me lembro: eu respondi algo assim “Nrr... rpphh...” para ela, não foi? Mal saí da cama por um tempo depois daquilo. Droga. É uma lembrança de bosta, não é? É melhor esquecer.
Independentemente disso. Acho, ou gosto de pensar, que minha mente se assemelha um pouco a um autodidata. Eu consigo compreender a maioria dos conceitos depois de explica-los uma vez e geralmente sou bom em reter conhecimentos. Inteligente. Um cérebro, podemos dizer.
Mas algo estava começando a angustiar essa bela mente. Eu me deparei com uma situação um pouco complicada... Não. Não é nem um pouco. É bem complicado. É super incrível e complicado, no nível do Juízo Final.
Duas da manhã de 17 de agosto.
Debaixo de uma lâmpada de baixa intensidade, a sala do esconderijo do Mekakushi-dan estava repleta de uma atmosfera sombria e opressiva. Estávamos cara a cara, cercados por uma variedade de brinquedos cafonas e estátuas estranhas de países que eu não conseguia adivinhar o nome. Para uma testemunha ocular, poderia ter parecido uma reunião do sumo sacerdote de algum culto da Nova Era.
Apesar que talvez isso não fosse muito longe da verdade. Afinal, aqui era o Mekakushi-dan: personagens incomuns, habilidades sobrenaturais, sem regras reais em vigor. Em termos de seu aspecto assustador, classifica-se no mesmo nível de um culto típico.
Foi Kido, líder do grupo e um dos quatro membros deixados na sala, que cortou a tensão primeiro. — Então, — ela disse, os olhos girando entre os outros enquanto mantinha a voz baixa, — alguém tem alguma última palavra?
Seu olhar fixou-se em Kano, seu alvo mais comum de abusos e reclamações até então naquele dia. Seus ombros estremeceram um pouco.
— Bem, ah...hehe... nenhuma.
O habitual sorriso alegre em seu rosto desapareceu. Na verdade, ele agora estava branco feito papel e suando muito, até me senti mal por ele, mas o que eu poderia fazer? Sinceramente, eu também estou um pouco zangado com ele.
Digo, todos nós temos um ou dois segredos que levaríamos para o túmulo. Ou, no meu caso, uma pasta oculta no meu computador. Ou duas. Ou cinco. Na verdade, pode estar na casa dos dois dígitos agora.
Então sim, uma dúzia de segredos ou algo assim.
Mas.
Transformar-se nos familiares e amigos de outras pessoas e agindo como se fossem os mesmos? Isso é meio difícil de engolir.
Tudo começou noite passada, quando ele se tornou a Momo e começou a me provocar. A verdadeira Momo não pareceu chocada ou preocupada pela pequena festa de apresentação, mas eu não fui muito fã, para dizer o mínimo. Que irmão gostaria de ver alguém além de sua irmã fazendo Deus sabe o quê enquanto fingia ser ela? Nenhum irmão, eu sei.
Depois descobri que ele estava me instigando há muito tempo como Ayano, exatamente como ela parecia naquele dia, dois anos atrás. Quando Kano me disse, bem... Foi difícil. O que ela disse naquela época tornou impossível para mim sair de casa, fiquei tão obcecado com aquilo desde então—isso me levou a pensamentos suicidas várias vezes.
Foram esses tipos de jogos que Kano estava jogando comigo. Se os últimos dias incluíssem estritamente essas duas experiências, provavelmente eu nunca mais iria querer ver o cara novamente. Isso por si só já me daria combustível suficiente para a depressão manter o motor funcionando pelo resto da minha vida.
Mas, um outro mas, ele se abriu sobre tudo comigo. Acontece que, desde aquele dia, há dois anos, até o presente, Kano esteve correndo pela cidade fazendo tudo o que podia para resgatar Ayano. Ele tinha toda essa bagagem nas costas desde que estávamos no ensino médio e eu nunca nem percebi.
Assumindo que isso é verdade, então o que Kano me disse na forma de Ayano—sobre como era culpa minha por nunca perceber nada—bem, na verdade era uma bem-dita verdade, não era? Não tem nada de errado com essa acusação. Eu falhei em perceber qualquer aspecto da Ayano e no que ela foi pega.
Saber que seu próprio pai foi infectado por algum monstro estranho que estava colocando seus próprios irmãos e amigos da escola em perigo... Eu me perguntei como Ayano se sentiu. Talvez, em todas as suas conversas fúteis que tivemos, ela estivesse dando pequenas dicas. Dicas que eu poderia ter visto como pedidos de ajuda, que sem dúvida eram, se eu tivesse prestado atenção. Mas não prestei atenção. Entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
...O arrependimento era difícil de lidar. Se tivéssemos notado alguma coisa, qualquer coisa, talvez ela ainda estivesse conosco e não lá no outro mundo: Kagerou Daze, o qual a engoliu.
A visão de Kano tremendo feito vara verde sob o olhar fulminante de Kido aparentemente diminuiu seu apetite por novas explosões violentas contra ele; ela suspirou e baixou a cabeça. Na verdade, seus sentimentos também eram sem dúvida confusos—algumas das pessoas com quem ela passou grande parte de sua vida escondiam segredos devastadores dela. Pode ter sido demais para ela engolir tudo de uma vez.
Kano olhou preocupado enquanto os olhos de Kido caíam no chão. Não foi difícil adivinhar seus sentimentos sobre o assunto. Era mais do que não querer que as pessoas ficassem com raiva dele. Era uma sensação de desespero enorme e impossível de imaginar que ele suportou sozinho por dois anos, tudo pela família em sua vida que ele queria proteger. Provavelmente estava com medo de ter criado uma dose igualmente grande de desespero para Kido agora há pouco.
Todo mundo tem um ou dois segredos. A maioria, porém, mantém os segredos em ordem de proteger a si mesmos. Este aqui, por outro lado... Ele não estava pensando em si mesmo ali. Todos aqueles sentimentos que ele devia ter por sua irmã, por sua família... tudo isso enquanto estava cara a cara com uma realidade que deve tê-lo feito querer arrancar os olhos.
Kido levantou a cabeça. Se ela continuasse com seus jogos mentais contra Kano, eu estava pronto para mediar entre os dois. Eu não preciso me preocupar.
— ...Você podia ter me contado antes, seu idiota. — Ela disse em um tom monótono. — Nós somos família. — Em seguida ela afundou de volta no sofá e ficou em silêncio.
Kano parecia estar prestes a chorar por um momento em resposta mas pareceu se recuperar bem a tempo. — Eu absolutamente irei contar na próxima. — Ele respondeu timidamente.
As ocorrências “sobrenaturais” com as quais eles... bem, nós... estávamos lidando provavelmente não eram o tipo de coisa que poderíamos resolver facilmente. Veio com uma pressuposição de nossas mortes coletivas, por exemplo. Não foi nada divertido lidar com o pavor que se seguiu e, por enquanto, não havíamos planejado exatamente nenhuma ideia para evitar esse destino.
Mas ao ver de perto esses membros da família interagindo me fez pensar em algo. A maneira como eles discutiam segredos, os aceitavam e ainda davam as mãos e olhavam para a frente. Essa era a verdadeira força do Mekakushi-dan, eles estavam lutando contra o destino e a injustiça—dois inimigos incrivelmente poderosos—e a força que eles trouxeram para a batalha não desapareceu nem um pouco.
Mesmo que este fosse um inimigo que nenhum de nós poderia enfrentar sozinho, algo me dizia que já tínhamos as melhores armas do mundo para lidar com ele.
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...Eita. Pode ser um pouco estranho socialmente sair com eles assim, mas eles realmente são bons irmãos, não é? Kano certamente parecia bastante arrependido por isso e eu não tinha grande desejo de trazer o assunto à tona novamente. Afinal, tínhamos uma montanha de problemas para resolver que começavam a atingir proporções do tamanho do monte Everest. Realmente precisávamos chegar logo ao assunto principal, caso contrário o tempo ficaria apertado...
...Enquanto pensava nisso, pelo canto do olho vi uma forma trêmula com longos cabelos negros começando a mexer. Ei, ei, do que ela está se defendendo? Ela não vai fugir de nós, vai?
Como esperado, ela caminhou em direção à porta da frente, roubando da atmosfera da sala qualquer união familiar que havíamos acabado de criar.
— Ei, para onde, para onde você está indo? — Perguntei para as costas da garota. Ela parou no momento em que tentava completar sua fuga ninja. Ela tinha o cabelo muito comprido preso em um par de maria-chiquinhas e o moletom que havia sido emprestado por Kido ondulava em torno de sua barriga, aparentemente grande demais para caber nela.
— Ah, hm... para o banheiro. — Ela respondeu com um sorriso estranho enquanto tentava desviar o olhar.
— Você acabou de ir há dez minutos. — Kido rebateu. — Sua bexiga é muito pequena ou algo assim?
A garota lutou por uma outra desculpa por mais alguns segundos, mas desistiu sem dizer nada e se jogou de volta no sofá com um baque, de frente para mim. Ela era Takane Enomoto, a segunda acusada do dia: agora se afastando de mim exatamente com a mesma atitude e mau humor que ela exibiu há dois anos.
— Tá, — ela começou, — então nós, tipo, temos algo mais para falar, ou...?
Parecia que eu podia ouvir os vasos sanguíneos ao redor da minha têmpora direita explodirem com o comportamento de “tire-me daqui” que escorria de todos os poros do corpo dela.
— Aah, sim. Então você acha que essa é toda a explicação que você precisava me dar pelo ano de vergonha e auto aversão que experimentei em suas mãos...?
— Pfft. — Enomoto respondeu ao meu golpe ressentido. — Vergonha? Você é o único que se coloca, não é? Reclamando “Ah, por favor, não olhe esses vídeos pornôs que espalhei pelo meu disco rígido como doces” e tal. Ah, qual você assistiu muito ultimamente? Acho que era algo como “Frenesi de Fetiches por Pés Adolescentes Part—”
Ah, olhe. Indo diretamente para a jugular novamente. A Válvula de Segurança de Proteção Fetichista em meu cérebro imediatamente emitiu um aviso. Suor escorria dos meus próprios poros. Eu precisava encerrar o assunto rápido. Então pulei do meu assento.
— Quê?! Você... Você é a única que... Hm... Privacidade! Sim! Tudo bem? Privacidade!
...Silêncio.
Eu podia dizer sem olhar para eles. O olhar frio da Kido já estava arranhando minha bochecha diretamente. Kano, ainda arrependido sobre nossa conversa anterior, não tentou rir como geralmente fazia; invés disso ele me encarou com um olhar sem expressão. Ele estava usando totalmente sua habilidade, mesmo. Eu pude sentir.
Enemoto, entretanto, riu. Era uma risada maligna e familiar. Ela claramente ainda adorava apertar todos os meus botões enquanto tentava esconder o sorriso com uma das mangas grandes do moletom. Meu Deus, era totalmente parecido... com aquele pequeno gesto que as duas faziam. Eu não tinha ideia de como passei um ano sem perceber. Se eu pudesse voltar no tempo, diria ao meu eu passado para martelar todos os meus dispositivos eletrônicos e ir acampar em uma cabana na montanha.
— Sim, — ela continuou alegremente, — bem, não fui eu que tentei interpretar esse personagem legal e acima de tudo na escola, com esses fetiches que você tinha. Tipo, fiquei seriamente chocada! Que trabalho completo você...
— Caramba...!
Havia algo horrível na maneira como Enomoto se afundava em sua malícia. Cerrei os dentes e tentei acalmar minha mente—cada sinapse parecia prestes a explodir de raiva. Caramba, de fato. Eu não esperava que ela chegasse neste ponto. E com o último estilo e aparência que queria ver nela também...!
Ela havia aparecido várias horas antes, aparecendo com um “Yo” casual enquanto eu estava sentado no sofá, ainda cansado de nossa caminhada improvisada na montanha.
Nós tínhamos uma coisa do tipo “animigos” na época—ela era a única colega de classe do meu amigo Haruka—então não podíamos deixar de nos ver com bastante frequência, porque ela estava praticamente grudada nele o ano inteiro. Eles almoçavam juntos e às vezes eu os via no fliperama nos dias de folga. Não tinha como qualquer um de nós se descrever como “amigos”, mas... Tudo bem, ela não era uma pessoa terrível. Naquela época.
Afinal, foi definitivamente ela quem deu o apoio mais próximo e imediato ao Haruka quando ele precisava. Ele precisava muito disso naquela época. Claro, ela era rude, grosseira, malvada e sempre pronta para derrubar você sem nenhum motivo além do de amenizar sua demoníaca gratificação pessoal, mas, com Haruka em cena, eu estava disposto o suficiente a aceitar sua presença.
Isso foi até então, é claro. Agora estava claramente óbvio para mim o quanto eu estava sendo estúpido com ela, o quão errado eu estava. Eu pensei que ela era algum tipo de cria do diabo na época, mas isso não foi longe o suficiente. Não, esta era um arquidêmonio, do tipo que faria até os mais talentosos dos médiuns do comércio infernal saírem com os pés descalços cheios de algemas. Afinal, ela era uma mulher que se escondia atrás de Ene, o espírito maligno que acabara de encerrar uma sessão de tormento de um ano com minha mente.
Quero dizer, por que isso tinha que acontecer? E por que eu? O que foi que eu fiz? Se houvesse algum tipo de eleição para votar na última pessoa no mundo com quem você gostaria de compartilhar um segredo, eu compraria todos os votos para votar em Takane Enemoto. Talvez Kano também, se eu tivesse alguns extras.
Mas, novamente, não faz sentido insistir nisso ou criar elaborados cenários de fantasia de vingança. Enemoto já tinha noção de todas as fraquezas possíveis das quais ostentava na vida. Ela não tinha medo de dar um pequeno aperto nisso sempre que quisesse. Eu estava indefeso.
Mas, não, sério, por quê? Deus morreu ou algo assim?!!
Enemoto, por sua vez, parecia extremamente orgulhosa com aquele sorriso corrupto e desprezível ainda no rosto. Ela tinha me colocado na defensiva até agora, mas eu não estava disposto a cair sem lutar. Até eu tinha algumas ferramentas com quais trabalhar, afinal, durante todo aquele ano em que “Ene” estava acumulando seu baú de materiais para usar contra mim, eu também estava ali do outro lado da tela.
— Bem, olha, — comecei, fazendo um esforço para enunciar cada sílaba da minha declaração de guerra, — você pode dizer o que quiser, Enemoto, mas não acha que está esquecendo alguma coisa? Tipo, como você se apresentou como “Ene, sua garota virtual comum da vizinhança”? Ou como você continuou me chamando de “mestre”? “Aah, mestre, mestre...” Você não se esqueceu disso, não é?
A reação, como pensei que seria, foi imediata. — Ugh. — Enemoto gemeu pateticamente, antes de cobrir o rosto com as mãos e caindo no chão. Era uma visão horrível de se ver.
— Isso, — ela continuou gemendo, — isso... eu estava apenas, tipo, experimentando minhas habilidades, vendo o que eu poderia fazer e... e isso me deixou bem animada e tal, e... ah...
Ela estava tendo dificuldade para respirar. Eu me mudei para o golpe final.
— Ah, sério? Então, durante todo esse tempo, você estava se imaginando como uma linda garota brincalhona voando no meu computador? Essa é realmente a imagem mental que você tinha naquele seu cérebro sombrio e obcecado por fofocas? Cara, fale sobre degeneração.
— Aaaagghhh!! — Enemoto gritou como se eu tivesse acabado de lançar um talismã dissipador de espíritos em sua testa. A maneira como ela recuou, afastando-se de mim, fez-me sentir como se estivesse realizando um exorcismo—e por que não? Ela mesma era o diabo! Ela merecia ser banida! Volte para o mundo ao que pertence!
*
Enquanto nos envolvíamos nessa farsa, a porta se abriu atrás de mim. — Vocês falam muito alto! — Mary reclamou de nós. — Que horas vocês acham que são agora?!
Todos na cena congelaram e olharam em sua direção.
— Pelo menos apague as luzes quando forem dormir. — Ela resmungou antes de fechar a porta.
...Eu já estive nesta situação antes. Você passa a noite na casa de um amigo, passa muito tempo brincando depois da hora de dormir e uma mãe sobe as escadas correndo. Você nunca poderia discutir com um adulto assim e, em algum lugar, com bem mais de um século de idade, Mary com certeza nos derrotava em idade.
Enomoto e eu trocamos olhares, uma careta, e depois estendemos a mão um para o outro em uma sincronização quase perfeita.
— ...Vamos só esquecer sobre isso, Shintaro.
— ...Certo.
Nós apertamos as mãos, ambas ainda molhadas de suor, e forjamos o armistício.
...Espera. Não, nós não forjamos. Seus olhos não estavam sorrindo nem um pouco. Ela está planejando me matar assim que eu abaixasse a guarda. Eu vou precisar dormir com a porta trancada por um tempinho.
Baseado no que ela disse, Enomoto aparentemente fez contato com o Kagerou Daze naquele dia dois anos atrás. Os resultados a transformaram em Ene e acho que ela deve ter obtido a habilidade dos “olhos despertados” ou “olhos focados” que Azami mencionou em seu diário. Tornar-se invisível ou mudar de forma ou algo assim era difícil o suficiente para compreender, mas a habilidade de Enomoto era um pouco mais complicada de interpretar. Basicamente, ela removeu a consciência do corpo e poderia levá-la para onde quisesse. Ela não conseguia manifestar “Ene”, seu eu espiritual, no mundo real, mas, fora isso, parecia um pouco com uma experiência extracorpórea.
Era como se ela fosse um espírito maligno—o que combinaria perfeitamente com ela. Como disse Kano, “cada habilidade tem seus gostos e desgostos quando se trata de “recipientes” e esse foi um exemplo perfeito, se é que já vi um.  
Assim que Enemoto obteve essa habilidade, ela ficou circulando por todas as redes eletrônicas do mundo, em busca do corpo físico que perdeu quando o Kagerou a atingiu. Isso, segundo ela, levou-a ao meu computador.
Abaixei-me, afundando-me profundamente no sofá, e abaixei um pouco minha voz: — Mas por que você veio até mim? — Perguntei. — Você deve ter tido algum outro lugar onde poderia bagunçar por aí.
Enemoto franziu a testa. — Bem, na verdade não. Quero dizer, Haruka morreu e Ayano também não estava por perto também. — Ela olhou para mim. — Além disso, parecia que você ia morrer se eu te deixasse sozinho, então...
— Ah...
Agora estávamos no cerne da questão. Eu odiava ter sido acertado assim. Mas eu não poderia simplesmente ignorar isso.
— ...É, eu não vou negar isso, — respondi. — O que aconteceu com Haruka e Ayano, eu... você sabe, eu fiquei super deprimido.
Foi um bom ponto. Quando essa garota apareceu como Ene, eu estava profundamente desesperado. Fiquei cheio de tristeza por ter perdido dois colegas de classe que eu conhecia muito bem e então Kano se disfarçou de Ayano e disse...aquilo para mim. Eu nunca poderia deixar passar e isso estava me deixando louco.
Os dias depois que ela apareceu no meu computador foram cheios de humilhação e desgosto, claro...mas de certa forma, acho que isso me salvou um pouco. Graças a ela andar por aí como uma galinha com a cabeça decepada, consegui me levantar e sair daquele abismo. Se ela não estivesse lá, eu poderia ter ido dessa para uma melhor.
Quando me lembrei disso, Enomoto começou a tremer e sacudir as pernas, um tique nervoso que não tinha visto antes. Eu olhei para ela.
— Você acabou de dizer “o que aconteceu com Haruka e Ayano”, — revelou. — Mas, uhm, você não está meio que esquecendo alguém?
...Ah. Isso. Agora eu soube o que estava irritando ela. Suspirei, silencioso o suficiente para que Enemoto não perceberia. Hesitar aqui a faria me atacar ainda mais. Decidi simplesmente deixar sair.
— ...Tá bom, sim, foi um grande choque quando você se foi também, tá? Claro que foi. Você não tem que me fazer dizer isso em voz alta.
— Bem, que bom. — Isso foi aparentemente o suficiente para agradá-la. Ela deu um grande sorriso, um que não parecia combinar em nada com seu rosto. Eu juro, o jeito que ela cria cada expressão como essa, calculando com exatidão a resposta que quer; é a Ene pura. Foi estranho o quanto isso me impressionou naquele momento.
— Eu, sabe... — Ela fez uma pausa. — Fico feliz por ter ouvido isso de você. Porque, de certa forma, foi como se eu estivesse em um estado de um sonho louco o tempo todo. — Ela colocou a mão no ombro, dobrou as pernas e se esticou no sofá.
— O que você quer dizer? — Perguntei, não entendendo. Isso diminuiu um pouco o sorriso de Enomoto.
— Quero dizer, eu fiquei fuçando na net o tempo todo como Ene, mas não encontrei nada sobre mim. Sobre meu desaparecimento. — Seu rosto escureceu. — E não só isso também. A doença do Haruka, o suicídio da Ayano, meu desaparecimento... Tudo aconteceu no mesmo dia, entende? As pessoas normalmente não achariam isso estranho?
Odeio admitir, mas ela estava certa, e concordei com ela. Como ela disse, dois anos atrás—15 de agosto—houve muitos eventos que aconteceram em conjunto sem fazer muito sentido. Haruka enfim sucumbir à doença era uma coisa, mas a morte de Ayano? O desaparecimento de Enomoto também, tudo no mesmo dia? Isso não foi normal, não importa como você olhe. As pessoas deveriam estar procurando uma ligação... ou tratando isso como um crime ou afins. Mesmo assim não havia nada sobre nos noticiários. Aquilo foi estranho. Eu não tinha certeza de como responder a isso.
— Você estava vendo as notícias naquela época? — Enomoto cutucou. — Você se fechou em seu quarto nesta época também, não é?
Eu não gostei da maneira como ela expressou, mas balancei a cabeça, em vez de tocar no assunto. — Sim, mas não vi as notícias. — Falei. — Eu não queria ver meus amigos mortos sendo comentados na TV e tal. Eu estava muito deprimido para ligar para isso, afinal.
— Ah não? — Enomoto respondeu, recuando. Por que ela não era gentil comigo com mais frequência?
— ...Espera um pouco. — Kano se intrometeu. — Eu estava vendo naquela época. Takane está certa: foi incrível como ninguém tocou no assunto. Tipo, isso me surpreendeu enquanto via. — Agora sua própria voz se aprofundou, procurando causar uma boa impressão. — Acho que ela pode estar certa. Talvez toda a cidade já esteja tomada. Por esse... poder maluco.
Então caímos em silêncio por um momento.
Kano não nos contou isso para nos assustar ou algo do gênero, pelo menos eu acho, mas parece que teve esse efeito em Enomoto. Isso sim era incomum, mas talvez ela não pudesse ser culpada. Se algum “poder maluco” realmente existe, então significava que tudo o que considerávamos normal em nossas vidas não era nada disso.
Como Enomoto não demonstrou sinais de querer falar, decidi compensar: — Então você está dizendo que essa coisa “limpando os olhos” de que está falando é forte o suficiente para envolver a cidade inteira na palma de sua mão?
— Eu não quis dizer que era muito forte ou algo assim. — Alertou Kano enquanto refletia um pouco. — Eu quis dizer que o poder “limpando os olhos” que assumiu o controle do nosso pai tem vontade própria e que é com isso que realmente deveríamos nos preocupar. Porque é muito inteligente... ou, é tipo, algo com uma quantidade enorme de conhecimento. Estou mais propenso a apostar que, desde que chegou a este mundo, ele tem usado esse “conhecimento” e o corpo do meu pai para acumular dinheiro e poder para si próprio. Esse é o tipo de autoridade que você precisa para assumir o controle de uma cidade inteira.
Ele mudou a posição de suas pernas embaixo dele: — Eu sei que parece algum tipo de brincadeira, mas...
Algum tipo de brincadeira, né...? Definitivamente. Não havia muitas histórias tão bobas quanto esta.
Kano estava dizendo que este super cérebro tomou controle de cada aspecto dessa cidade por trás das cenas. Se uma enciclopédia viva como essa, uma compreensão completa de tudo, desde o início da civilização até a ciência moderna, realmente existisse, então talvez a teoria de Kano tivesse pelo menos um pouco de mérito. Se esta coisa de “limpando os olhos” tivesse o poder de controlar o funcionamento de tudo e de todos e até mesmo controlar seus corações e mentes, isso poderia ser suficiente para governar uma cidade inteira.
Mas simplesmente não fazia sentido algum. Todos nós tínhamos certas fronteiras mentais em nossas mentes, às quais nos referíamos como “senso comum”. Aceitar qualquer coisa que fosse além disso como algum tipo de dado divino nunca seria fácil. Mas o “senso comum” era um conceito. Não um fato. Se os últimos três dias me ensinaram alguma coisa, foi que os valores que associei ao “senso comum” ao longo da minha vida eram mais do que frágeis e fracos.
Essas pessoas com seus “ohos” fantásticos; um outro mundo separado do nosso; esta tragédia sendo preparada para nós de uma forma tão extraordinária... Todos esses eventos absurdos estavam se conectando e lentamente, silenciosamente, formando a “realidade” inexpugnável que agora estava espalhada diante de nós.
Não importa o quanto eu duvidasse disso tudo em minha mente, eu não podia fazer nada sobre o que estava sendo apresentado. As coisas já haviam se desviado muito do domínio do acreditar ou não acreditar nisso.
— Isso só te faz querer rir. — Deixei escapar.
A sobrancelha da Enomoto se levantou: — O que te faz querer rir? Você começou a perder a cabeça ou algo assim?
— Eu não estou perdendo a cabeça, Enomoto. Eu quis dizer que você e Kano simplesmente me chocaram e acho que saquei o quanto essa situação é ruim. É só...
Parei. Eu não tinha certeza se valia a pena dizer o que viria a seguir. Se fosse o eu de antes de ontem, provavelmente teria fechado minha mente e dito para deixar para lá. Mas nesse momento, por algum motivo, não senti necessidade de esconder minhas verdadeiras intenções. Continuei esbravejando, sem me preocupar em escolher as palavras com cuidado.
— Isso é muito melhor para mim, sabe? Era muito melhor ouvir tudo isso do que quando fiquei enfurnado no meu quarto sem saber de nada. Quer faça algum sentido ou não, o primeiro passo para enfrentar algo é ser capaz de ver o que é. Digo, isso é uma lufada de ar fresco e... tal. É como eu me sinto.
Eu meio que perdi a força no final, mas parece que meu ponto de vista havia sido transmitido. “Uau”, disse Kano, que ouviu em silêncio e agora parecia um pouco aliviado. — Fico muito feliz por podermos contar com o novo cara aqui.
Enomoto, por outro lado, teve problemas para digerir tudo. “Hmm”, ela entoou. — Bem, eu li na mensagem da Ayano que meu professor estava confuso. Se fosse algum tipo de habilidade fazendo isso com ele, então teria acontecido antes mesmo de qualquer um de nós ser admitido naquela escola, certo? Acho que o Sr. Tateyama e Haruka se conheciam há algum tempo e foi só no terceiro ano do ensino médio, do nada... você acha que estávamos todos reunidos lá por causa de nossas habilidades? E depois mortos, um por um?
Seu rosto se contraiu, como se fosse chorar. Ela baixou a cabeça.
— Eu tentei não pensar muito a fundo, mas... eu nem sei mais o que está acontecendo. Eu não sei no que deveria acreditar.
Abri minha boca. Eu queria dizer alguma coisa invés de deixa-la ali. Mas não consegui encontrar palavras. Talvez Kano tivesse percebido, pois ele recorreu a Enomoto em meu lugar.
— Eu não quero parecer como se estivesse defendendo minha família ou algo assim, mas estou bem seguro de que o pai nunca percebeu que tinha essa habilidade.
Enomoto inclinou o rosto para cima. Seus olhos estavam vidrados, como imaginei que estariam.
— Essa habilidade funciona obedecendo à sua vontade. Seu senso de identidade, na verdade. Eu acho que você não tem lembrança nenhuma de quando ela te dominou. Então, quero dizer... acho que ainda é seguro confiar nele. Pelo menos aquele que você conheceu na escola. O qual conhecíamos em casa.
Ela mordeu um pouco os lábios. “Sim”, ela sussurrou enquanto virava a cabeça novamente. Eu sabia que ela e Haruka gostavam e respeitavam Sr. Tateyama como seu professor de sala, mas agora o homem era um acusado, um suposto assassino. Eu não conseguia nem imaginar quão chocante isso era.
Mas Enomoto assentiu algumas vezes como um sinal de confirmação e levantou o rosto novamente. Sua expressão voltou ao desdém habitual.
— Sim. Ele ainda é um cara muito bom, eu acho. Não me importo de acreditar nisso e eu realmente acho que alguém assim não poderia ter projetado algo do tipo. Não há nada de “limpando” na maneira como ele age ou fala. Não... acho que é tudo culpa dessa habilidade.
Então ela soltou uma risada desafiadora, como se estivesse liberando algo que estava infeccionado por dentro há muito tempo. Não segui muito a lógica dela, mas parecia que ela estava bastante convencida. Eu assumiria isso no lugar da Enomoto deprimida a qualquer momento—eu nunca suportaria lidar com isso de novo, se pudesse evitar.
— Mas o problema é o seguinte. — Ela acrescentou. — Se o poder “limpando” está realizando alguma conspiração selvagem como essa, então qual é a razão que ele tem para nos matar? Se já é capaz de realizar todas essas coisas incríveis, por que não pode simplesmente nos deixar em paz e fazer o que quiser?
Kano encolheu os ombros e fez uma careta: — Ah... Acho que expliquei isso há pouco.
— Hã? Bem, talvez eu ouvi, mas não peguei de verdade.
Os dois trocaram olhares perplexos.
— Para criar uma Medusa. — Interrompi. — Isso é o que ele quer, Kano?
— Sim. Estou tão feliz que você está aqui agora, Shintaro. As coisas se movem bem mais rápido com você...
Sim, obrigado. Se puder, não quero que você me coloque no mesmo nível intelectual da Enomoto.
— Sim, eu sei disso, mas essa coisa mu-doo-sa, tipo... — ela disse, provando meu ponto.
De acordo com o diário da Azami e tudo mais que sabíamos, havia no total dez habilidades “oculares” diferentes. Trazer todas elas juntas seria o suficiente para recriar a raça Medusa na nossa era moderna e isso, Kano pensou, era o objetivo do nosso inimigo. Aparentemente, isso inevitavelmente significava a morte de todos os outros detentores de habilidades.
Então esses são os riscos. Ou paramos os planos do inimigo ou todos no Mekakushi-dan, exceto eu, morrem.
Era absolutamente loucura, mas...
— ...Vamos ter que parar com isso. — Eu disse. Enomoto e Kano assentiram em uníssono.
— Bem, antes de mais nada, nós não temos muito tempo sobrando, né? Se vamos parar essa coisa, nós temos que nos mover imediatamente.
— Sim. — Kano concordou enquanto esticava seu corpo. Ele continuou sendo como um gato assim, em alguns aspectos. — Gostemos ou não, tudo vai acabar amanhã à noite. Acho que se vamos ter uma estratégia em vigor, é melhor começarmos a pensar nisso agora.
Olhando para trás, para os últimos dias, não me lembro dele fazendo algo como se esticar na minha frente daquele jeito, algo que o deixaria indefeso. Abrir mão do seu segredo deve tê-lo ajudado a relaxar um pouco.
Assim que isso tudo acabar, talvez ele esteja disposto a me contar um pouco mais sobre o passado. Sobre Ayano, sobre Haruka... e sobre tudo mais que não sei sobre daquela época. Enfim, assim que tudo isso acabar.
Exalei um pouco, tentando restringir meus processos de pensamento enquanto olhava ao redor da sala e seus membros. — Certo. — Eu disse. — ...Espera, não durma. Líder, precisamos de você aqui.
Kido estava quase cochilando. Esfreguei seu ombro e ela abriu os olhos distraidamente. Ih. Com ela como nossa líder, tínhamos todos os motivos para temer por nossas vidas... embora com o resto da equipe, as maçãs também não caíram exatamente longe da árvore. Todos neste esconderijo poderiam ter menos de vinte e quatro horas de vida e, ainda assim, mal conseguiam permanecer conscientes.
Voltei para Kano: — Podemos começar nossa sessão de estratégia? Se estragarmos tudo, o jogo acaba, pessoal.
Kano abriu um sorriso para mim. — Ei, você é bom em jogos, né, Shintaro? Temos muita coisa em jogo dependendo de você!
Eu mordi a isca. — Com quem você acha que você está falando, cara? Eu consegui pegar a pontuação perfeita no jogo que seu pai fez, lembra?
Foi, e ainda permanece, uma boa lembrança. Headphone Actor... Talvez tenha sido apenas um espetáculo secundário para o resto do festival escolar, mas ainda assim foi muito divertido. Eu daria pelo menos três estrelas e meia.
Kano riu e sentou-se em sua cadeira: — Certo, Shintaro! — Exclamou, percebendo a energia recém-descoberta na sala. — Estou pronto para continuar com isso até de manhã.
Quando se tratava de aliados nesta minha nova missão, ele era provavelmente aquele com quem eu mais podia contar. Ele havia revelado tudo sobre si mesmo, afinal. Mas eu ainda o questionei um pouco. Olhando em volta, percebi que Kido estava olhando para Enomoto, parecendo que queria dizer algo, mas não conseguia descobrir o quê.
— Q-que foi? — Enomoto finalmente perguntou.
— N-nada. — Kido respondeu apressadamente. — Eu só estava me perguntando como você queria que chamássemos você. “Enomoto” por si só faz você parecer meio tosca.
Tosca? Qual é. Se estamos falando de nuances aqui, como é me chamar de Shintaro esse tempo todo? Isso sim é mais tosco. Ainda assim, evitei deixar escapar enquanto avaliava Enomoto, que parecia um pouco envergonhada.
— Ene está bem. — Ela murmurou. — Seria um saco ter que mudar isso nessa altura do campeonato.
Acontece que, e isso era novidade para mim, “Ene” era seu nome online. Dada a forma de como sua mente funcionava, deve ter sido tremendamente embaraçoso ser chamada de Ene no mundo real. Mas agora parecia que estar no Mekakushi-dan poderia fazer qualquer coisa parecer um pouco melhor.
Então peguei uma caneta e comecei a desenhar um esboço.
Nosso “inimigo” estava se escondendo em algum lugar que, uh, acabou sendo um lugar um pouco maior do que esperávamos. Mas não pensamos muito nisso. Todos estes acontecimentos extraordinários que nos foram apresentados talvez tenham entorpecido a nossa capacidade de sentir o verdadeiro peso das coisas.
No geral foi um dia exaustivo, mas me senti ótimo. Meu segundo fôlego devia estar em alta. Parecia que seria uma longa noite.
Tumblr media
*
O “limpando os olhos” que se infiltrou na mente do Sr. Tateyama já havia infectado a cidade inteira, abrindo bem sua enorme boca para nos engolir. Provavelmente era seguro presumir que não podíamos mais confiar em mais ninguém. Estávamos enfrentando um monstro genuíno, aquele que contou a Azami como construir o Kagerou Daze. Não havia mais tempo para brincadeiras. Se não encontrássemos uma forma de impedir o seu esquema diabólico, seríamos todos a próxima refeição desta criatura.
...Então, do fundo da minha mente, senti algo. Algo queimando, de uma forma que nunca tinha experimentado antes.
Pensei um pouco sobre isso e então sorri reflexivamente. A batalha contra esse grupo sombrio, as coisas sobrenaturais acontecendo conosco, o monstro que apareceu, a equipe que se uniu em resposta...
— ....Puta merda, eu não sou um herói desse grupo de RPG, ou sou?
Tentei não deixar minha inteligência subir à cabeça muitas vezes, mas tive a nítida impressão de que tinha o que era necessário para expulsar o desespero da vida de todas aquelas pessoas.
Kido iniciou a Operação: Conquistar o Kagerou Daze graças a uma mistura de excitação e excentricidade. Agora, era uma realidade.
Afinal... cada uma de nossas vidas poderia estar baseada neste plano.
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kleito-16 · 6 months ago
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About Me/Sobre Mim
I'm a self-taught IT student, always seeking to learn and explore new technologies. I have a passion for anime, manga, and series, especially those with themes of horror, crime, and medical drama. I'm looking for a community to join and share ideas.
Feel free to send me a DM! I'm open to chatting about anything, even if it's outside my field of study.
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Sou um estudante de TI autodidata, sempre buscando aprender e explorar novas tecnologias. Tenho uma paixão por animes, mangás e séries, especialmente aquelas com temas de terror, investigação policial e medicina. Estou à procura de uma comunidade para fazer parte e trocar ideias.
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inutilidadeaflorada · 2 years ago
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O Paraíso de Frases e Fases Publicitárias
O silêncio não é mudo Mas sim, instrumento de tortura A vida move-se através da sua tentativa Tudo acontece, se não externo, o barulho intensifica Habitante de uma ilha minúscula Feita através de estímulos E inconscientes coletivos propagandistas A felicidade ao alcance de carrascos sinestésicos Em terra morte-em-vida qualquer exílio é cinema A mentira observa o anúncio, convertendo-se em semelhante Recusar o convite da morte quando o sentido parte ao meio Há afazeres para o amanhã que ameaça surgir Há tanto tempo não corro com teu ritmo Contra a letargia, contratempo Vamos o fruto talhado engrandece A mecânica autodidata explica a autopiedade Um eclipse que surge no carnaval pelas penas do pavão real Todos escutem seus versos, todos saúdem sua vinda Tal harmonização facial põe em xeque a antropoformização Que ensaístas do cotidiano o impuseram A máquina que observa fabrica olhos Condimentados à fibras de nylon e maçãs Cheirando ao algodão semi novo Absolvido do sol viúva de ferida e pus Aceitar impressões como verdade Validar tribunas em tribunais Com voz ativa, decretando finados Justificando os fins e os meios: vingança Gravidez psicossomática O feto era um sorteio A placenta película retroativa Arraste para cima, insista e invista...
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