A dama do lago emergia como o desabrochar de uma graciosa rosa vermelha, transmitindo através do vento palavras que curam.Ana Paula, 31 🌹
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Minha alma é poesia que traduz a natureza. O reflexo nesse espelho d’água reflete tamanha beleza. Quanta sutileza nessa violeta que trago em mãos. O céu esbelto de cor púrpura, junto a essa flor, é uma bela combinação. Assim como os meus versos, que provém da alma, que cantam e esbanjam a poesia em mim. Sou filha do cosmos, magia flui por minhas veias, o amor desabrocha por meus poros. O coração é lar acolhedor para todos que chegam e partem. Fecho os olhos para sentir a minha arte, tão simples e tão natural. Todavia, anormal. É essência, é doce, é selvagem. É a poesia que traduz o que eu sou.
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Através do escuro, eu escuto o som do corvo ecoando pelo recinto. Não preciso abrir os olhos para captar a assombração que se aproxima. Mais uma vez, o convite é igual ao da noite anterior. Subir em um navio metafórico atravessando mares e subterrâneos em mim. Sigo para o norte enquanto o vento ricocheteia, cortando as distrações e dilatando as pupilas. A ave segue pousada em meu ombro como guia nada gentil daquele passeio. Será que é liberado colocar, ao menos, uma música agradável? Ele me encara surpreso de volta e diz que o único som audível será os gritos acumulados e o ranger dos dentes da raiva reprimida. Era mais uma viagem rumo ao norte, apenas mais uma, dentre tantas cruzadas nesses oceanos sem fim. Sinto que ao amanhecer estarei mais leve do que no dia anterior. Hoje, preciso focar nessa presença nada amistosa que, como sombra, decidiu emergir. Resistia ao embarque no início, pois o medo do desconhecido desse inconsciente infinito, seu odor peculiar e a culpa sufocante repeliam essa alma maruja de se aventurar. O melhor era não encarar e fingir que essas águas sequer existiam. No entanto, elas atingiam incessantemente de modo agressivo o meu litoral. Compreendi o real motivo da maioria das pessoas preferir jogar suas pendências para debaixo do tapete. Aquele corvo negro como o breu ria e se divertia durante o trajeto. Acostumado com a figura da morte, cheiro de restos, corpos aos pedaços. Somos seres fragmentados, arrastando pelas vielas esses pedaços expostos em busca do salvador externo que não virá. O herói não usa capa, espada nem escudo. Mas pode usar uma caneta em mãos para escrever sobre os velhos rascunhos a sua nova história. Aspirava o ar para me trazer de volta de minhas divagações. O estado de alerta naquele ambiente pouco inóspito seria crucial para retornar em segurança com o dever cumprido. Mais um fractal resgatado nas linhas do tempo. Mais um espaço-tempo reconfigurado com novos futuros possíveis. Mais um nó do emaranhado da teia da existência desfeito. O corvo emitia um som incompreendido por mim, mas pelo seu voar descontraído, parecia que eu havia chegado com sucesso ao fim daquela missão. Abri os olhos devagar e me encontrava deitada em minha cama, com os raios de sol delicadamente afagando minha face um tanto quanto fatigada das aventuras noturnas. Ao lado do travesseiro, para que não houvesse ceticismo ou ambiguidade de sua aparição, uma pena preta com uma mensagem que dizia “até a próxima vez”.
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Sou eu e eu mesma, em meu próprio castelo, em meu espaço-tempo. Ninguém mensura o valor do meu silêncio, distribuo sorrisos de estrelas aos que vivem absortos no escuro. Nas sombras, encontrei a tocha luminosa que reside a minha esperança. Sou eu e eu mesma, fragmentos daquela criança. Joia inestimável, diamante bruto a ser lapidado, pote de ouro no fim do meu arco-íris. Tracei a rota dos caminhos invisíveis utilizando o mapa decodificado por uma linguagem inacessível. Os tons dos instrumentos da sinfonia orquestrada nesta noite destoam da passada. Sou eu e eu mesma, pelas infinitas madrugadas.
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Eu não sou calma, sou alma. Não sou ressentimento, sou sentimento. Não sou indiferença, faço a diferença. Não sou guerreiro de Marte, sou guerreiro pacífico com minha arte. Eu sou coração e oração. Fluxo e refluxo. A esfera cósmica que é fera selvagem. A estória contada e a história escondida. O nexo sem nexo, o côncavo e convexo. A imperfeição em doses de perfeição. O incompleto em minha completude. O infinito em minha finitude. O contraditório que rema contra a maré. Um ser indisciplinado que com sua disciplina torna o inconsciente consciente devido a sua fraqueza mascarada de força inabalável. A covardia que ardia como brasa quente liberando a velha asa para voar nesse céu reluzente. Do paraíso ao inferno de uma vida vivida sob as bênçãos do inverno, a primavera desabrocha com as flores, derretendo as geleiras de dores. As promessas vagas feitas no calor de um momento, esquecidas com o tempo e levadas no colo do vento. Eu não sou calma, sou alma. Há o mundo desnudo em mim, há uma eternidade em minha brevidade.
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Não estou em sua palma, vamos com calma. Sou alma e não há pressa. Tudo tem seu tempo, sem necessidade de ir depressa. Devagar se vai mais longe, aproveite a paisagem da costa que no horizonte desponta a aurora. Vamos com calma, com alma. Leveza e sutileza brindamos nessa mesa sob a luz do luar. Há na abóbada celeste o dom de hipnotizar, como o canto da sereia que nos enreda em sua teia e nos obriga a se entregar. Não estou com pressa, mas tenho urgência. Sinto-me sufocada em sua ausência, ar rarefeito. Coração, bem feito, agora esse órgão irremediável bate a porta afoito e sinto sua pressa a me corroer. Calma, toque com alma. Não sou de porcelana, todavia sob o toque de quem se ama, me permito derreter.
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Minha alma é poesia que traduz a natureza. O reflexo nesse espelho d’água reflete tamanha beleza. Quanta sutileza nessa violeta que trago em mãos. O céu esbelto de cor púrpura, junto a essa flor, é uma bela combinação. Assim como os meus versos, que provém da alma, que cantam e esbanjam a poesia em mim. Sou filha do cosmos, magia flui por minhas veias, o amor desabrocha por meus poros. O coração é lar acolhedor para todos que chegam e partem. Fecho os olhos para sentir a minha arte, tão simples e tão natural. Todavia, anormal. É essência, é doce, é selvagem. É a poesia que traduz o que eu sou.
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Quando você ler essa carta, eu estarei bem longe. Não me julgue por preferir partir sem dizer adeus. Quando você ler essa carta, eu estarei fora do alcance dos seus olhos e do coração. Já não escutarei suas palavras agridoces que trouxeram ambiguidades à minha razão. Sua presença estará sempre comigo, saiba disso. Contudo, quando ler essa carta, te digo que procurarei esquecer. Escutarei outras músicas, frequentarei outros lugares, mudarei para uma rua bem distante da sua, se possível, de cidade. Quando você ler essa carta, eu estarei bem longe seguindo viagem. Talvez a mensagem implícita nas entrelinhas dessa carta você não compreenda, assim como descartou a minha presença. Quando você ler essa carta, saiba que deixarei contigo todo o ressentimento e a dor entre nós. As memórias do que não vivemos também ficarão para trás. Quando você ler essa carta, saiba que você foi a inspiração de toda uma vida, ainda que eu não tenha sido a musa de sequer um capítulo da sua. Quando você ler essa carta, eu estarei bem longe, sem toque, disforme, conforme a distância permita que estejamos. Sem expectativas, sob novas perspectivas. Quando você ler essa carta, entenda que não agi de forma covarde, eu fui a minha maior verdade todo esse tempo. É um desalento, um desatino, entendo. Quando você ler essa carta, saiba que doeu dizer adeus apenas por esse papel, todavia agradeço ao céu, a força para partir.
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Lá nos Altos daquela avenida eu sentia meu coração pulsar. Saudade das músicas antigas e das velhas amizades. Saudades daquilo que pensávamos ser verdadeiro. O cheiro da noite me enebriava os sentidos e eu queria ouvir a sua voz em meio ao breu a dizer, mais uma vez, que me amava. Eram os únicos momentos que eu me sentia viva. O vento em meu rosto, o gosto amargo na boca, as aventuras com desconhecidos repletas de riscos, os sentimentos a milhão nesse turbilhão denominado eu. Queria jogar-me de corpo e alma naquela atmosfera tão convidativa e esquecer todo o resto. Olá, alguém ai? Alguém como eu? Eu não pertenço a este mundo, mas vim para me divertir e aprender como ser um pouco mais humana. Sinto que os humanos esqueceram o real significado da vida. Sinto que perderam-se em seus personagens e máscaras. Sinto que perderam-se ao acreditar nas ilusões da realidade. Sinto que esqueceram o caminho de volta para casa. E eu também. Por isso bebo para me lembrar a cada esquina qual o trajeto de volta, onde fica o retorno nessa estrada infinita. Em tão pouco tempo de vida eu sinto que já vivi tanto. O mundo sugou tudo de mim, inclusive minha alma. Devolva-me, se possível, pois preciso dela para ir adiante. Posso desistir? Nesse momento, me dizem que não. É chegada a hora de acordar desse sonho onde a Baía de São Francisco me convidava a conhecer suas praias belíssimas. Apenas deixem-me com as músicas antigas, sinto muito falta delas.
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Minha criança interior já sente o cheiro do aroma natalino no ar. Ela ama as luzes, os enfeites, a energia dos ambientes e as músicas. É um momento mágico onde ela recarrega suas forças renovando sonhos e magia que carrega dentro de si. E nem falo dos presentes, mas sim da presença de estar envolta por essa névoa multicolorida que faz seus olhos brilharem. Cada purpurina, reluz com o seu próprio brilho que transmite pureza e doçura. Toda essa formosura personificada de amor é o símbolo daquilo que representa tal data. Sua risada toda façanha, dança e encanta aos fogos de artifício. Sentindo o sabor da ceia, do céu estrelado e da sobremesa, que ela tanto ama, a se deliciar. Talvez seja só a mim, não importa. Ela aprendeu a se divertir sozinha e a contemplar o divino em cada ocasião, sentindo com o seu coração, o invisível. Não compreendo de onde vem tamanha paixão por essa época, talvez seja uma mensagem implícita em toda a sua representatividade que, nesse singelo momento no tempo, somente ela consiga decifrar.
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Eu estou mudando, curando, liberando. Sem pressa, sem expectativas, sem prazo. Apenas estou deixando ir fragmentos que não encaixam-se mais em mim. Velhas peças de um quebra-cabeça desatualizado que a imagem não reflete mais nada. Tornou-se insignificante, inexistente, inexpressivo. Muda, pouco a pouco, mesmo contra todas as adversidades, altos e baixos, os novos ciclos irrompem. Como é desafiador nadar contra as minhas próprias correntezas.
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Sussurro essas palavras para que elas alcancem o seu coração. Através do vento e do tempo, elas tocarão você. Não prometo nada nem as exijo também. Apenas sigo ao seu lado na esperança que iremos além. Nas trilhas da rodovia da vida, muitas despedidas já foram dadas, lágrimas rolaram incessantemente em momentos de adeus, porém eu acredito na magia do amanhã. Se eu pudesse escolher, novamente escolheria estar seguindo esse caminho com você. Mesmo sem saber quem eu sou, eu sei que lá no fundo, você consegue me ver. Minha memória não é muito boa, sabes bem, mas eternizo aquilo que restou em meu ser. Quando o cansa��o bater ou a solidão te rondar, eu vou te abraçar e assim nos encontraremos naquele espaço que é só nosso. Você confia em mim? Segure firme a minha mão quente quando o rigoroso frio se aproximar. Foque em minha voz quando o ruído externo for ensurdecedor. E, ainda que tudo possa parecer completamente escuro, não se preocupe, haverá um novo amanhecer.
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Cada desafio em sua vida está te dando a oportunidade de adquirir maior imunidade para seguir adiante. Não transforme isso em caos, mas sim em resistência.
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Mais um fim de ano se aproximando e milhares de pensamentos e sentimentos clichês vem à tona. Não desgosto de forma alguma dos clichês da vida. Atiro-me de cabeça nas retrospectivas e futuras expectativas para o novo início. Sinto que esse ano passou por mim e eu só vi seu borrão. Provavelmente, cheguei atrasada em sua estação e quando pensei que subiria em seu trem, ele já havia partido. Sentei-me nas cadeiras em modo de espera no aguardo do próximo que em breve chegaria. Foi dado-me a chance nessa pausa de refletir, fazer alguns ajustes, pensar no que realmente eu queria para a minha vida e liberar algumas âncoras que me prendiam ao passado. Muitas dessas coisas seriam descartadas nessa estação, pois eu percebi que essa carga demasiada daria excesso de bagagem. Enquanto o próximo trem não chega, continuo a cuidar dessa reconstrução pessoal para que eu já não perca mais nenhuma das oportunidades que essa bendita viagem me proporcionará.
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O tilintar do sino daquela velha igreja anunciava as boas novas a caminho. Um barco a velejar por um oceano de luz na busca por seu cais. O aroma matinal de relva molhada, o calor que aquece o peito, as janelas abertas para uma nova vista. Na quietude do seu ser ouvia apenas as batidas de seu coração, dialogava com aquele sentimento sublime que emergia de seu interior para trazer a cura. O tempo pode ser, sim, um grande aliado, porém o remédio ideal sempre foi e será o amor.
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Eu segui tanto os seus passos que sequer reconheço mais o meu caminho. Eu segui como a sua sombra que sequer reconheço minha própria luz. Eu segui cegamente às suas vontades que sequer reconheço mais os meus próprios sonhos. Eu fui tão você que me esqueci quem eu sou.
Eu te dei tudo de mim e, hoje, só reconheço o que sobrou: o vazio.
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A sombra teme a luz assim como eu temia o meu reflexo no espelho. Desconhecido, irreconhecível, deformado. Nada retratava o que eu inventei de mim mesma. O quão distorcido podemos nos ver até que a única saída é encarar a imagem? O quão insensato parece dialogar com uma versão irreal para que possa encontrar a verdadeira? O quão doloroso é liberar camada por camada daquilo que nos apegamos, mas jamais nos definiu? O quão temeroso pode ser viver sem a tal figura ilusória, pois era tudo o que você conhecia? E, no fim, nunca realmente a conheceu. Eu temia encontra-la, porque, no fundo, sabia que algo irremediavelmente teria que partir.
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A felicidade não é um objetivo final, ela é o caminho.
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