#atraso de voo
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portaljuristas · 3 months ago
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Direitos do Passageiro em Atraso de Voo no Brasil
Quando um voo atrasa ou é cancelado no Brasil, os passageiros têm direitos. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) cuida disso. Ela garante que as companhias aéreas ajudem os passageiros em atrasos1. Segundo a ANAC, os passageiros têm direitos em atrasos. Eles devem receber comida e lugar para ficar, dependendo do atraso. A partir de 1 hora, a empresa deve dar internet e telefone de graça21.…
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babydoslilo · 2 years ago
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Loaded Gun
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A pele por baixo de toda aquela camada de moletom suava frio e algumas gotículas podiam ser vistas na testa dele, abaixo da franja jogada com descuido, se alguém olhasse com um pouco mais de atenção. Já fez o mesmo trajeto tantas vezes que relaxou justo quando não deveria, era arriscado demais. A autoconfiança às vezes tem a capacidade de arruinar tudo.
– Louis Tomlinson, certo? Me acompanhe por aqui, por favor. 
Essa oneshot contém: Smut gay; Ltops; Hbottom; Leve bondage (restrição de movimento com um cinto); pain kink; cock slapping (não são tapas, mas o H vai sentir bastante dor nas bolas).
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O dia começou relativamente tranquilo, nada de novo na rotina dele. Louis costumava acordar às 7h30min em dias de viagem como esse, não se preocupava muito com exercícios e alimentação durante a manhã, então apenas repassava todos os detalhes e conferia com os colegas de trabalho se suas partes estavam feitas e se tudo estaria pronto para mais tarde. 
Em geral, pegava o voo das 18h03min, pois sabia que o horário da troca de turno entre o pessoal da segurança e os atendentes do aeroporto era às seis da tarde e eles demoravam, pelo menos, cinco minutos para se estabelecerem em seus devidos lugares, dispensando os possíveis imprevistos e atrasos que o pessoal responsável pelo check-in dos passageiros são mestres em ter. Isso lhe dava uma certa liberdade para aproveitar a afobação dos profissionais que não viam a hora de acabar seu turno e conferiam os documentos às pressas, ou, do contrário, aproveitava os recém chegados no trabalho ainda ocupando seus postos e fazendo vista grossa para não resolverem problemas logo que chegam no serviço. 
Alguns bons minutos antes do horário marcado ele se dirige ao seu emprego, que tinha um horário bastante flexível por sinal, pega as três malas de metal na cor cinza que irão ser despachadas e confere se sua mochila preta com os itens pessoais, como materiais de higiene, peças de roupas para uns 3 dias e alguns documentos necessários para desembarcar e permanecer na Espanha, está batendo com o peso máximo permitido para ficar consigo durante a viagem. 
Louis Tomlinson era representante de uma empresa de cosméticos colombiana e trabalhava oferecendo workshops ao redor de todo o mundo, mas o foco principal das vendas eram os países europeus. Basicamente a cada duas semanas ele fazia uma breve visita ao aeroporto internacional, conhecia até alguns funcionários e a moça da cafeteria já fazia um desconto amigável de tantas vezes que viu o homem baixinho dos lindos olhos azuis por ali. Ainda que os cremes e loções que carregava para lá e para cá não fossem tão bons assim, o garoto propaganda dava conta do recado. 
A baixa estatura, os cabelos castanhos bagunçados e a carinha de jovem garoto revoltado que provavelmente conseguiu o primeiro emprego que viu pela frente só para sair da casa dos pais passava uma cumplicidade e criava uma confiança imediata em quem quer que fosse. Aqueles olhos azuis espremidinhos e inchados de sono pré ou pós viagem davam a segurança necessária de que um garoto como ele jamais iria ter a capacidade de mentir ou oferecer produtos ruins aos futuros clientes. Afinal, isso mancharia a imagem dele no cenário mundial do ramo dos cosméticos.
Como se não fosse o bastante, a lábia e os argumentos que jorravam com facilidade pela boquinha vermelha, sempre meio ressecada por passar por tantas variações de clima ao longo das viagens, eram capazes de fazer você acreditar que o mar é doce e a pequena sereia realmente existe se ele assim dissesse. Era inegável que Louis Tomlinson nasceu para fazer isso, ele era o melhor, sem dúvidas.
Trajado em preto, capuz e calças jeans, ele estava no mood viagem e os cabelos espalhados pela testa combinando com a barba por fazer o dava uma imagem confortável. Era quase possível sentir, à medida que ele passava pelo grande salão lotado, a vibração das pessoas que queriam apenas se esfregar naquele rosto, sentindo os pelinhos grossos pinicando cada parte do corpo, ou apenas abraçá-lo em um dia frio até não sentir mais os ossos.
Louis não tinha dificuldades em tomar poucos goles do seu café preto enquanto observava as três malas grandes serem pesadas, passarem pela esteira até o raio-X obrigatório e, por fim, serem despachadas para algum lugar que ele não sabia muito bem, só tinha certeza que as veria novamente no destino final.  
Exatamente quando o quadro dos seguranças do aeroporto avisou o término do turno, chegou a vez de Louis entregar a passagem e passar pelo grande detector de metais do estabelecimento. Eram três placas grandes que simulavam uma porta com alguma tecnologia embutida que, aparentemente, podia detectar até seus ossos, quase um portal mágico para apreender possíveis armas e drogas. Assim, te orientavam a entrar, esperar alguns segundos e fim: você está liberado, boa viagem. Pelo menos tinha sido assim até agora. 
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A gravata preta estava um pouco apertada demais no pescoço e os cabelos arrumados em gel lutavam para desfazer o penteado enquanto ele corria para bater o ponto, seu colega de trabalho provavelmente estava mais uma vez aborrecido pelos poucos minutos que Harry Styles levava para assumir seu lugar. Certo que não chegava a abusar da sorte, mas quando se passa tanto tempo em pé naquele ar-condicionado congelante, mostrando o caminho para o check-in à alguns turistas desavisados e tendo que pedir que crianças não corram no piso lustroso, dois minutinhos a mais é capaz de torrar a paciência de qualquer um. 
– Desculpa cara, fico te devendo uma. – sorriu amarelo enquanto acertava os suspensórios nos ombros e recuperava a respiração após a leve corridinha. Agradeceu mais uma vez ao homem mais velho que fazia a segurança naquela área do aeroporto e encostou na parede branca atrás de si, observando o movimento apressado dos viajantes costumeiros e o olhar encantado daqueles que claramente estavam ali pela primeira vez. 
A visão que tinha do local era clara e ampla, as luzes frias tão fortes que era difícil precisar se lá fora ainda estavam com o sol no topo do céu ou se as nuvens pesadas faziam companhia à lua. Seu posto era, geralmente, na área das bagagens, Harry ficava abrindo as malas e mochilas de mão, depositando os objetos em caixas grandes e brancas e conferindo se todos os materiais poderiam embarcar. Não raras eram as vezes em que ele se deparava com objetos meio inusitados e que não havia necessidade de estarem sendo levados na bagagem de mão em uma viagem de poucas horas, certamente as donas não iriam fazer uso durante o voo. 
Em ocasiões como essas ele podia sentir sua postura caindo e um lado jamais conhecido por todos querendo aparecer ao que a pele alva se tornava cada vez mais rubra. O constrangimento nem era por imaginar aqueles objetos interessantes em uso ou por ter que pegá-los com as luvas siliconadas e dispor numa bandeja em que qualquer um pode ver, mas corava inteiro principalmente ao reconhecer e constatar semelhanças com algumas peças que tinha em casa para uso próprio. Ele meio que podia se colocar no lugar daquelas mulheres e sentir a humilhação por ter uma parte tão íntima da sua vida assim exposta. 
Sorte sua que o porte alto e másculo que tinha, junto com os músculos fortes, sobrancelhas franzidas e maxilar apertado lhe davam um ar impossível de reconhecer a verdade. Quem o visse com as bochechas vermelhas no máximo pensaria que foi de compaixão pelas pobres moças solitárias e safadinhas. 
No entanto, o trabalho designado para si dessa vez foi vistoriar e tomar conta da embarcação dos passageiros, desde o momento em que eles passavam pelo detector de metais até seguirem a fila com destino à área de entrada do avião. O trabalho em si era simples, esperar a máquina acender a luz verdinha e liberar a pessoa ou, quando há alguma intercorrência, passar o bastão que também é detector por todo o corpo de quem esteja ali, inclusive nas solas dos pés. Não era muito diferente das portas giratórias que se encontram em bancos ou dos bastões detectores utilizados nas portarias de festas e saída de sala em concursos públicos, não tinha tanta emoção quanto os filmes fazem parecer. 
Os olhos verdes vasculharam o local já cômodo para si com uma feição concentrada, mas em sua mente ele só estava procurando algo para se distrair até que pudesse fazer uma pausa pro lanche ou ir pra casa. Esse estado disperso só durou até que o ponto em seu ouvido deu um leve chiado e a voz meio distorcida começou a soar. 
– Styles, o terceiro portão da entrada norte detectou alguma coisa, vai lá dar uma olhada, por favor. – decifrou que era isso que alguém dizia, enquanto tampava a orelha esquerda para ouvir melhor.  
– Eu estou em frente a ele, não tem nada suspeito.. talvez a máquina esteja com o mesmo problema do outro mês..? – deixou o questionamento em aberto. Realmente não era justo que alguém ficasse travado justamente quando era seu dia ali.
– Olha, Styles-
– Desculpa, senhor, estou indo lá agora mesmo. 
Ainda pôde ouvir algum resmungo do outro lado, mas não deu tanta importância. Pegou o detector de mão e deu passos largos até estar próximo da morena com uniforme azul marinho que orientava ao homem barrado que continuasse onde estava e garantia com um sorrisinho relaxado que “a máquina deve estar com algum problema” e já já iriam resolver. Aparentemente o mais baixo não tinha motivos para se preocupar.
Harry se aproximou o suficiente para ter as orbes azuis focadas em si e fingiu não notar o calafrio que desceu por sua espinha quando o outro moveu o lábio inferior para dentro da boca usando a língua para lubrificar a pele rachada enquanto os olhos pareciam admirar da cabeça aos pés o recém chegado. 
Limpou a garganta com um som audível e passou a verificar os documentos do homem dispostos na bancada, ignorando qualquer olhar que ainda recebia. Louis Tomlinson, 24 anos, passaporte tão carimbado quanto o de uma senhora aposentada que resolveu viajar o mundo inteiro antes de morrer, renda fixa, representante de produtos, está indo passar menos de uma semana fora a trabalho… nada incomum. Olhou novamente para os olhos azuis tão afiados quanto uma navalha e resolveu checar pessoalmente o que de tão perigoso o detector tinha achado naquele homem.
Se aproximou devagar, analisando as reações alheias e com a voz em um tom mais grave, impondo autoridade, pediu que o outro soltasse os braços e afastasse um pouco mais as pernas. Os questionamentos sobre brincos e possíveis metais no corpo como parafusos nos ossos ou marcapasso no coração já deviam ter sido feitos pela colega de trabalho, então ignorou essa fase e passou a deslizar o bastão com uma distância de dez centímetros por todo o corpo do menor, se atendo aos locais mais prováveis de se esconder uma arma. 
Toda a parte de trás estava limpa e logo a ordem para virar de frente foi ouvida. Assim que ele virou, o cacheado que estava um pouco abaixado para vistoriar desde os pés se sentiu corar pela posição, e a postura confiante do outro não ajudava em nada. Tão logo subiu para as coxas, já quase suspirando em alívio por se livrar daquela tensão, o aparelho começou a apitar desenfreadamente e a luz vermelha piscava sem parar. Os olhos verdes subiram em confusão, encarou firmemente o local onde sua mão travou após o alarme e ele até tentou subir alguns centímetros e conferir se o problema não estava na linha da cintura ou quadril, mas os sons ficavam mais fracos ao se distanciar da pélvis marcada. 
Arqueou uma sobrancelha e quase soprou um riso em descrença. Já viu em reportagens algumas mulheres inserirem drogas e outras coisas na vagina pra se livrar de uma revista, mas não era possível que aquele cara seria burro o suficiente de tentar passar com o volume visível nas calças enquanto o detector aponta que tem uma arma bem ali. 
O cronograma de avaliação era claro: portão detector de metais, depois o aparelho portátil com a mesma função, e se ainda houvesse indícios de materialidade delitiva, revista pessoal.
– Louis Tomlinson, certo? Me acompanhe por aqui, por favor. 
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A salinha adjacente que ficava a disposição quando os funcionários precisavam de mais privacidade, seja lá o motivo, também tinha como função levar algum suspeito de tentar viajar em posse de armas ou drogas para fazer uma revista minuciosa e, quando necessário, notificar a polícia para que um breve interrogatório e investigação tenha início ali mesmo. Tudo para não gerar uma comoção muito grande dos curiosos, que aconteceria caso tudo fosse feito em público, e resguardar o nome das empresas aéreas. 
Por isso o ambiente era simples, composto por paredes claras em um branco cegante, um armário de metal onde podia-se guardar objetos apreendidos até que a polícia viesse dar conta, uma mesa grande de madeira escura, e três cadeiras de metal simples que a rodeavam.
Louis entrou primeiro e quem visse de longe não imaginaria que aquele homem com feições tão calmas e postura confiante estivesse com problemas. Mas por dentro ele repassava todos os seus passos até ali para entender o que deu errado dessa vez.
O trajeto era tão simples, ele estava tão acostumado a ter essa rotina de viagens internacionais e nunca passou por isso.. até mesmo suas malas já foram despachadas com segurança e só agora algo acontece? A adrenalina bombeava forte em suas veias e os pelinhos do seu braço arrepiavam de temor apesar dele não deixar transparecer. 
– Certo, você prefere me contar que tipo de arma ou droga você pretendia levar na viagem dentro das calças ou vamos pelo jeito difícil? – a voz rouca e ríspida soou enquanto o mais alto fechava a porta da sala, os deixando à sós. 
– Eu não sei do que você tá falando.. deve ter alguma coisa errada com esses aparelhos, cara. – deu de ombros e respondeu tranquilo ao virar de frente para o segurança. Não iria baixar a cabeça só porque um homem gostoso ameaçou ser difícil com ele, não tinha o que esconder, afinal. – Você pode me revistar, se quiser. – sorriu cafajeste enquanto olhava para as próprias calças na altura em que o aparelho acusou alguma coisa. 
Harry não sabia se ficava irritado ou excitado com o atrevimento do outro. Olhou firmemente para o volume grande e grosso que aparecia sob o tecido, não tinha o formato de uma arma específica, mas era seu dever conferir. 
– Claro, muito obrigado por permitir que eu faça meu trabalho, senhor. – sorriu irônico e apertou os olhos com cinismo se aproximando do mais baixo.
– Disponha, gracinha. Estou aqui para o que precisar.. – agora os dentes branquinhos estavam à mostra e algumas ruguinhas se formavam ao redor dos olhos cristalinos. Arrumou a postura dando ênfase no seu pau ao jogar o quadril para frente e pôs as mãos cruzadas atrás da cabeça ainda encarando Harry como se tivesse todo o controle da situação. 
Por fora o maior apenas revirou os olhos com uma irritação calculada, mas por dentro só ele sentiu como seu estômago esfriou e seu membro quis mostrar sinal de vida após a provocação. O moreno tinha esse ar de despojado e cafajeste que sabe muito bem o que faz, não tinha como resistir. 
– Mãos na parede e pernas afastadas, de costas pra mim. Agora! – “chega desse joguinho”, ele pensou. 
Assim que Louis se colocou em tal posição, Harry tomou lugar em suas costas. A respiração quente batia um pouco acima da nuca alheia e ele demorava em fazer o que devia, gostando da sensação de deixar o outro apreensivo. Somente quando notou a impaciência de Louis se transformar em resmungos quase inaudíveis e agitação nas pernas, foi que agiu. 
As pernas fortes foram dobradas até estar de cócoras e as mãos grandes e firmes tomaram lugar nos tornozelos magrinhos. Passou as digitais desde a base das meias brancas, procurando com cuidado alguma pequena faca que poderia ser facilmente escondida ali, subiu pelas panturrilhas e infelizmente não sentiu pela calça o arrepio que Louis teve com o movimento. As duas mãos seguraram com força um joelho de cada vez, apalpando com atenção cada pequeno pedacinho do corpo alheio até subir pelas coxas tonificadas e tensas do mais novo. 
Harry já estava de joelhos para facilitar seu trabalho e alcançar as partes mais altas sem que precisasse levantar ainda. Por isso deu de cara com aquela bunda redondinha e grande, esquecendo por um minuto do que estava fazendo e só recobrou a consciência ao escutar um risinho abafado, notando, assim, o quanto tinha apertado a pele do outro com sua distração. Não demorou muito ao apalpar a carne macia da bunda de Louis porque não confiava em si mesmo o suficiente para crer que não faria outra coisa vergonhosa em seguida, e logo passou a verificar o interior das coxas.
A boca estava seca como nunca antes ao observar a fluidez com que suas mãos pálidas subiam e apertavam aquele desconhecido, chegando ao ponto de encontro entre as pernas, quase tocando a região mais íntima, até ele dar leves passos no lugar tentando se ajustar.. o poder de tocar onde quiser estava nublando sua mente e quase o fazia esquecer do objetivo principal. 
Balançando a cabeça em negação para retomar o foco, Harry levantou e passou a trabalhar agora com a parte superior do tronco. A cintura era tão magrinha em suas mãos que cada vez parecia mais absurda a ideia de ter algo escondido ali. As costas subiam e desciam em uma respiração constante sob suas digitais e Harry se viu repentinamente ansioso quando finalizou pelo menos metade da revista.
– V-ocê – pigarreou para clarear a voz e não demonstrar o quanto estava afetado com tudo aquilo – pode se virar agora. 
��� Você quem manda, gracinha. Assim está bom? – a lascividade escorria pela boca fininha, parecia que cada palavra era malditamente calculada para soar da maneira mais suja possível.
Harry não encontrou voz para responder, então apenas voltou à posição inicial e se abaixou aos pés do menor, com os olhos verdes focados nos azuis o tempo inteiro. Ele não conseguia desviar nem se quisesse, o magnetismo que vinha de Louis deixou o clima tão pesado e a sala tão quente que não era surpresa que a pele branquinha estivesse suando por baixo daquela camisa social e crachá com a identificação profissional. 
A visão que Louis tinha podia explicar o porquê sua “arma” parecia cada vez maior dentro das calças. 
O homem todo certinho de joelhos em sua frente, os olhos verdes brilhantes quase imploravam por algo que nem devia saber definir, os cabelos tão alinhados e brilhantes pelo gel ficariam ainda mais lindos com sua porra escorrendo entre os fios, as mãos, antes firmes, mas que agora estavam trêmulas ao seguir com a revista, como se toda a energia que os olhos azuis descarregavam sobre ele não fosse fácil de conter e por isso vibrava em toda parte do corpo. 
A lingua rosinha brincava solitária pelos lábios cheios do maior enquanto ele seguia a abordagem padrão na base das pernas de Louis, mal percebia o quanto sua expressão estava pidona. Por incrível que pareça, Harry não foi tão lento até chegar ao topo das coxas alheias como fez na parte de trás, essa ansiedade ele não conseguiu mascarar e logo estava com as mãos abertas passando por toda a pélvis do outro. O volume ali marcado era tão duro e fascinante que o segurança perdeu a noção do tempo rastreando com o tato tudo o que podia, usando as pontas dos dedos para dedilhar o entorno, a palma da mão para mensurar o tamanho e finalmente usou as duas mãos para apertar aquela carne com firmeza, abrangendo toda a extensão. 
Como se o toque tivesse sido nele e não o contrário, um gemido manhoso escapou pelos lábios gordinhos. 
– Parece que você gostou bastante do que achou aí, não foi, amor? – Louis disse com a voz rouca em tesão. – Talvez você queira dar uma olhadinha pra ter certeza que não é nada perigoso, hum? 
Os dedos grossos e calejados de Louis passaram pelo maxilar anguloso do outro até alcançar a boquinha carnuda e molhada que, como em um reflexo ensaiado, se abriu prontamente para receber o médio e anelar naquela cavidade quente e bem receptiva. A pupila tomou conta dos olhos azuis ao que sentia suas digitais tomarem cada centímetro mais profundo da garganta alheia, sentindo toda a aspereza da língua de Harry contra a extensão dos seus dedos e, ainda, o movimento de deglutição que veio com o toque das duas pontinhas batendo bem fundo. 
Com a ajuda do polegar pressionando o queixo e ainda tendo os dois dedos sendo chupados com tanto afinco, ele não precisou usar muita força para abrir a boca do maior, tendo uma visão clara de todos os dentinhos alinhados e a língua bem exposta ao seu dispor. 
– Vou te mostrar o que fez o detector apitar, tá? Não precisa ficar assustado, acho que você vai saber lidar direitinho com ele.. é  só colocar essa sua boquinha toda babada pra trabalhar. 
Com a destra muito bem ocupada, Louis utilizou a mão esquerda para desabotoar seus jeans e descer o zíper por completo, ainda sem mostrar o que tinha lá dentro. O homem de joelhos agora não sabia o que fazer com as mãos, elas estavam tão quietinhas em cima das próprias coxas que nem pareciam as mesmas que desbravaram tão bem o pau de Louis há pouco tempo. 
Imóvel e à disposição, a mente nublada de Harry tinha dificuldade em registrar tudo ao mesmo tempo. Sua boca esticada e aberta ao ponto de escorrer saliva pelo queixo até o uniforme branquinho, seus suspensórios que esquentavam e apertavam como nunca antes, deixando os mamilos durinhos, sensíveis e doloridos, seu pau esmagado entre as coxas grossas dobradas e sem espaço para todo aquele volume rígido, encontrando uma barreira ao bater no próprio cinto um pouco dobrado devido a posição. 
Esse momento pareceu durar uma eternidade até Harry entender o que deveria fazer. Estava subentendido que a partir dali o esforço para agradar seria seu e, com sorte, ao fim ele teria uma recompensa. 
Inseguro e um pouco letárgico, ele desceu com cautela a parte frontal da cueca preta que Louis usava até liberar toda a extensão grandiosa que o outro tinha. O pau grosso e rubro balançava em riste hipnotizando tanto Harry que alguns segundos se passaram até ele notar a pequena jóia do tipo argola com uma bolinha que enfeitava o frênulo. 
– Oh, merda! – Harry soltou, ainda indeciso se estava praguejando ou gemendo com a visão.  Uma das mãos correu para apertar com força o montinho na calça escura que era seu pênis, era quase demais para ele saber que foi aquela maldita peça de metal que o colocou em toda aquela situação. – Você tem a porra de um piercing! 
– Gostou, gracinha? – sorriu com a língua entre os dentes, não deixando passar despercebido a frustração que o outro descontava ao se apertar com tanta força na esperança de conseguir algum alívio. – Você devia olhar mais de perto sabe.. em nome da segurança. 
Harry murmurou uma série de grunhidos que só podiam ser em afirmação enquanto se aproximava até ter aquela peça gelada na ponta da língua. A argolinha era suspensa em uma área tão sensível que ele gemeu só de imaginar o quanto devia ser boa a sensação de a ter ali. 
Passou a arrastar a língua para cima e para baixo, fazendo a bolinha acompanhar seus movimentos e se encantando por isso. Era geladinha, um contraste perfeito com a pele quente que pulsava em sua frente. 
A glande deixava expulsar pré porra aos poucos, atraindo a atenção e luxúria do maior para ali até fazê-lo envolver toda a cabecinha com os lábios vermelhos. Era tão quentinho e molhado, sua boca se sentia tão preenchida com a ponta gorda ali dentro, ainda utilizando a língua para brincar com o piercing enquanto as bochechas faziam o trabalho de acomodar muito bem tudo ali dentro, apertando e mamando como um delicioso pirulito. 
Louis não conseguia desviar o olhar daquela cena e gemia baixinho com isso. Os olhos verdes estavam fortemente fechados e o dono deles parecia aproveitar tanto a sensação de ter a boquinha já preenchida com tão pouco que não lembrava de Louis em sua frente. Era como se o pau dele criasse personalidade e estivesse ali para o satisfazer e ser chupado. Por isso o maior tomou um leve susto e arregalou os olhos verdes tomados pela pupila negra ao sentir mãos fortes grudarem em seus cabelos. 
Nada saia dos lábios deles que não fossem gemidos e murmúrios em prazer. Os olhos claros se encaravam ao que Louis conduzia pelos cabelos o rosto alheio cada vez mais próximo da sua virilha, se sentindo ser engolido com dificuldade, mas o outro jamais desistia. Os sons de engasgo cada vez que era demais pra Harry aguentar só deixavam tudo mais excitante, as lágrimas que preenchiam os olhos verdes quando seu nariz roçava os pelinhos ralos de Louis e sentia a glande forçar a garganta, faziam um bom combo. 
– Você é tão bom nisso, gracinha.. aposto que tava querendo me chupar desde que entramos na sala. – percebeu a atenção de Harry voltada para seu rosto, mas não deixou que ele desocupasse a boca para lhe responder. – Tão imponente me mandando para a parede quando devia estar se imaginando sendo fodido nela, não era? – Aumentou o ritmo com que fazia a cabeça dele subir e descer pela sua extensão. – Não sei o que seu chefe iria pensar te vendo assim, tão mansinho levando meu pau tão fundo.. É certamente um risco para a segurança internacional, não acha? – estalou a língua no céu da boca algumas vezes em um somzinho de repreensão. 
Harry gemeu alto quando finalmente conseguiu se afastar para recuperar o ar que lhe fez falta nos últimos segundos. O penteado há muito não existia mais, restando apenas fios caídos e bagunçados para todos os lados, fazendo uma boa companhia ao rosto completamente corado e molhado do mais velho.
Não demorou muito para ele querer voltar ao que estava fazendo, era meio desesperador perder o peso reconfortante em sua língua e a sensação de ardência no canto dos lábios ao ter que se esticarem tanto para abrigar todo o membro de Louis. Mas, sem sucesso. 
– Quero você de pé agora, senhor segurança. Mãos na parede, sem olhar para trás!
°°°°°
A textura fria e lisa da parede clara trazia um nervosismo fora do comum, o olhar focado nas pequenas manchas por ali, se segurando para não desviar nem um pouco da sua frente e acabar cedendo ao próprio desejo. Era uma tortura boa de assistir e finalmente Louis entendeu o que o maior sentiu mais cedo ao lhe ter escorado com as mãos para cima e pernas afastadas, totalmente indefeso e sem controle. 
Louis estava tão preso observando os pequenos tremores que passavam pela pele alva do outro sempre que ele deslizava suas mãos desde os braços fortes erguidos até a cintura larga e tensa. A respiração descontrolada de Harry seria visível mesmo que Louis não pudesse escutar os ofegos dele, pois a barriga subindo e descendo sem ritmo e as costas acompanhando o processo não deixava ninguém se enganar.
A mão pesada não negava o controle e logo puxou o maior pela parte traseira do suspensório, segurando firme a cintura dele por ali e não deixando escapar do contato com seu pau que pendia ainda fora da calça. Harry podia sentir o calor que emanava daquela região e ia direto para sua entrada, contraindo os músculos sem querer a cada novo impulso recebido. 
Ambos não tinham muito tempo até algum outro funcionário ir verificar o que o maior tinha achado, isso se já não tivessem chamado a polícia devido a demora, por isso Louis não fez cerimônia e desceu as tiras dos ombros musculosos, afrouxou também o cinto de Harry, mas apenas o bastante para conseguir descer a calça e cueca dele até a curvinha da bunda, logo prendendo a fivela no buraco mais apertado possível, a fim de limitar a movimentação.
– Não, o- o que? – os olhos verdes desceram até as próprias coxas, notando a pele branquinha começar a se avermelhar ao que ele tentava conseguir um pouco mais de espaço para se mover ou pelo menos abrir um pouco as pernas e livrar suas bolas do aperto sufocante em que elas estavam. – Me solta só um pouquinho, eu vou deixar você me foder.. só, por favor, me solta um pouquinho.. ta doendo, por- por favor..
– Te foder? – um riso debochado escapou dos lábios fininhos que já enchiam de saliva ao olhar aquela bundinha redonda apertadinha para si. – Eu não vou te comer, querido.. você não facilitou pra mim hoje e eu não vou facilitar para você agora. Eu vou foder essas coxas gostosas e me esfregar na sua entradinha gulosa até você implorar pra eu entrar em você nem que seja um pouco.. depois eu vou gozar tanto nessa sua bunda de vadia para você passar o resto do expediente lembrando de mim ao sentir o uniforme todo grudento com a minha porra. 
– Mas e eu.. P-posso tirar as mãos da parede e me tocar, por favor? Vou ser bom, eu prometo, só.. por favor, faz.. faz alguma coisa. – Harry se sentia tão duro e sensível, estava dolorido pelo tempo que estava excitado e não teve nenhum toque, sem contar a parte excruciante mais pra baixo que fazia seu cérebro rodar. Suas nádegas foram afastadas com força enquanto implorava, as mãos do outro se encheram apertando toda aquela carne macia até ter a marca esbranquiçada dos dedos, denotando tamanha força utilizada.
–  Mãos na parede, eu não vou repetir. Se você tirar eu vou te deixar duro e sozinho aqui para qualquer um te achar nesse estado. Você não vai querer isso, vai, meu bem? – usou o tom de voz mais doce esbanjando manipulação enquanto observava com fome aquela entradinha piscar tão próxima do seu cacete.
– Não.. – sussurrou em desistência. Só lhe restava aproveitar ao máximo o que lhe era ofertado. 
Assim que terminou de falar com um tom de voz baixinho, apoiou a testa na parede gelada a sua frente e pôde ouvir um barulho molhado, parecia com saliva escorrendo, e logo depois sentiu quatro dedos bem molhados espalharem o líquido viscoso e quente entre suas nádegas nuas. Louis tinha acumulado saliva na ponta da língua e despejou toda ela nos dedos, levando até as bochechas branquinhas e arrepiadas que ficariam ainda mais bonitas com seu pau dividindo-as. 
Não demorou até que estivesse conduzindo o membro quente até ali, fazendo o metal que enfeitava a ponta deslizar tão devagar pela fenda que Harry conseguia distinguir onde era a parte retorcida em círculo e onde estava a bolinha do piercing apenas com aquele contato. Foi curioso para o maior perceber que o metal estava tão geladinho quando começou a chupar Louis e agora ele estava tão quente, parecia pegar fogo ao que era esfregado com força em si. Não sabia exatamente qual o fenômeno que fez isso acontecer, se era sua saliva ou se a grande irrigação de sangue que deixava o pau grosso tão duro e consequentemente fazia o metal esquentar tanto assim, mas isso estava fazendo loucuras em seu corpo e mente. 
As pernas juntas e presas não o deixava se mover, mas o mais velho não conseguia controlar o impulso de empurrar o próprio corpo contra as estocadas de Louis, que vinham cada vez mais ásperas pela pouca lubrificação e rápidas pela falta de tempo. A respiração quente dele batia na nuca arrepiada de Harry e os grunhidos e palavrões que saltavam sem permissão da boca alheia, o deixava literalmente pingando. 
Louis estava fascinado e não conseguia tirar os olhos do seu pau entre as bochechas do outro, a pontinha vermelha com a argola prata sumia e aparecia com cada vez mais velocidade e força, lutando para conseguir espaço e indo contra o aperto causado pelo cinto. Mal prestava atenção no seu redor, até que pensou ter ouvido um chiado bem baixinho que vinha do lado direito da cabeça do maior, e pela forma que o corpo do outro reagiu, travando os músculos completamente ao ponto de prender o membro de Louis enquanto ele deslizava para cima e para baixo, o ponto dele realmente estava chamando.
A voz anasalada e distante parecia chamar por Harry, mas ele não tinha energia para reagir e responder que estava ali, nem sequer parecia estar escutando, focado demais na pele quente que pulsava arrastando pela sua entradinha e em sua glande que pingava tão roxa e negligenciada próxima à parede, implorando por piedade e um mínimo toque. Foi a oportunidade perfeita para Louis mudar o local em que se enterrava e em uma única estocada, deslizou sua extensão por entre as coxas de Harry, naquele pequeno espaço entre as bolas já tão apertadas e o tecido da calça suspensa.
Bastou esse contato na região que estava esquecida até então para Harry achar sua voz que nem sabia ter perdido e um gemido saiu gritado pelos lábios cheios. Ele imediatamente se deu conta do que fez e em reflexo uma das mãos deixou a parede para tapar com força a própria boca. Nem pensou nas consequências disso, era tudo tão intenso.. a ardência em sua bunda pela fricção, os músculos dos braços que tremiam de fadiga por estarem suspensos por tanto tempo, as coxas doloridas e provavelmente marcadas pelo aperto do cinto, e agora o temor de ter sido ouvido pelo seu chefe. Era tudo demais para processar. 
– Ah não, gracinha.. Você não devia ter feito isso. 
Não deixou que Harry tomasse uma mínima respiração e já estava trazendo a cintura dele com força em direção ao próprio corpo, metendo ainda mais o cacete nas coxas apertadas. Conseguia sentir perfeitamente a pele macia das coxas apertando as laterais do seu pau, em contraste com a parte dura e tensa que fazia relevo na parte superior do membro rijo, as bolas do outro estavam tão inchadas e ainda assim acompanhavam com muito custo a movimentação iniciada ali. 
Louis passou a ir e vir com dificuldade, a pouca lubrificação trazia uma fricção gostosa e fazia a pele de Harry ficar em chamas, tão quente que parecia estar pegando fogo. A sorte dele era que ainda estava com a palma aberta contra os lábios judiados, senão seus gemidos manhosos que soltava contra a pele molhada também pela saliva que não conseguia engolir, seriam ouvidos por todo o aeroporto. 
Os olhos verdes ficaram alarmados e todo o seu rosto virou para encarar Louis ao que conseguiu distinguir o final da frase em seu ponto sendo dito algo como “vou mandar alguém lá para checar o que houve” e assim como o desespero saía feito ondas pelo seu olhar apavorado, bastou ter a imagem de Louis indomável e sem fôlego atrás de si para fazer com o que Harry gozasse forte, respingando porra pelo chão e parede em que estava encostado. 
Louis sorriu ao notar o estado do outro, a imagem do homem certinho que viu fora daquela sala não se parecia em nada com o rapaz corado e bagunçado que tinha acabado de gozar sem sequer ser tocado. A aparência dele era de quem tinha sido fodido por horas, a roupa toda amassada, o crachá estava em algum lugar pelo chão, as tiras do suspensório pendiam soltas ao lado das pernas longas e o rostinho cansado dele era simplesmente divino.
A cena era tão erótica para Louis que seu orgasmo pareceu ter sido arrancado de si, sem avisos ou comandos, as pernas falharam por um segundo e seus olhos fecharam com força, deixando um gemido longo sair pelos lábios abertos. As orbes azuis abriram a tempo de ver sua porra pintando desde a junção das pernas de Harry, até a bochecha direita daquela bundinha que tinha a marca dos apertos que levou. Desceu e subiu a mão mais algumas vezes pela extensão até ter certeza que nenhuma gota seria desperdiçada. 
– Agora você vai ajoelhar e limpar bem direitinho essa bagunça, não quero que pensem que você cometeu algum abuso de autoridade com esse pobre passageiro.. – o sorriso de Louis era preguiçoso após o orgasmo, mas a ordem não deixava brechas para ser desobedecida. 
– Sim, eu vou.. – a voz de Harry estava falhada e rouca, talvez ele não devesse ter gritado tanto. 
Nem ajeitou a própria bagunça antes de cair de joelhos mais uma vez, a calça ainda abaixada, o membro agora flácido e aliviado à mostra para quem quisesse ver, e a língua rosada já estava fora da boca antes mesmo de encostar no cacete de Louis. A pele toda melada estava macia, não mais dura e esticada como antes, mas ainda boa o suficiente para Harry deslizar sua língua em lambidas gordas desde a base até o topo, limpando qualquer mínimo resquício que ainda tivesse da porra quentinha e aproveitando alguns segundos para chupar o frênulo soltinho agora, o piercing ali voltando a brilhar com a cor original e recuperando a temperatura habitual, deixando o contato tão geladinho dentro da boca quentinha que ele quase não queria largar. 
– Bom.. acho que tô livre para pegar o próximo voo, não estou, senhor segurança? 
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E ai, gostaram?? Espero que sim 💕
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trinitybloodbr · 5 months ago
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FLIGHT NIGHT - フライト ナイト  - Voo Noturno - PRÓLOGO
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⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️
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FLIGHT NIGHT 
フライト ナイト 
Voo Noturno
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PRÓLOGO
─ ─ Assim Aquele que o fez não se compadecerá dele, e Aquele que o formou não lhe mostrará nenhum favor.
(Isaías 27:11)
A luz prateada que atravessava os vitrais, tornava a escuridão da noite de inverno ainda mais escura.
“Amém, o bom vinho oferecido aqui esta noite é o meu sustento. Nesta noite santa, ofereço minha eterna gratidão...”
A voz, que apresentava um pesar pela idade, ecoava pela capela suavemente. Pode-se até dizer que estava repleta de compaixão.
Entretanto, os olhos da jovem freira que se encontrava amordaçada, com os pés e as mãos amarrados ao altar, estavam inundados de puro terror.
Mesmo que houvesse um assassino cruel ao seu lado, ela não estaria tão assustada a esse ponto   ─ ─ se a outra pessoa fosse ao menos um ser humano. Se ele estivesse, ao menos, tentando matá-la.
"Agora, sinto muito por tê-la feito esperar... é chegada a hora do sacramento, irmã Angelina."
“... ...!”
Quando o velho homem se virou, havia em suas mãos um brilho afiado.
Quando ele ainda era humano, usava uma faca para distribuir hóstias aos homens e mulheres de bem durante a comunhão – a lâmina sagrada. Mas agora, ela havia adquirido uma sinistra cor marrom desgrenhada e exalava um odor desagradável de ferrugem.
“Tomem este pão. Esta é minha carne.”
As vestes da jovem freira se rasgaram em um único som. De roupas íntimas que não possuíam nenhum atrativo, seios pouco desenvolvidos se derramaram.
“Tomem esta taça. Este é o sangue da aliança... Ah, Angelina. Você se tornará uma parte minha. Dentro de mim, viveremos uma noite eterna.”
Dos lábios esculpidos com um sorriso, presas demasiadamente longas espreitavam dos caninos salientes. Com um desejo incontrolável aprisionado em sua boca, o homem de idade mais avançada pressionou a lâmina sagrada contra o peito branco da garota, fazendo seu coração se contorcer em agonia, em um único fôlego...
“ ” Ite, missa est”* — — A cerimônia da santa ceia chegou ao fim, Bispo Scott."
“!?”
Próximo a uma cruz congelada que emitia sóbrios tons azulados, uma sombra permanecia. Seu rosto, inclinado para baixo, não sendo possível visualizá-lo, pois estava envolvido pelas sombras, mas notava-se que era um homem de estatura bastante alta.
“Reverendo Alexander Scott, ex-bispo de Londinium, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, você está sendo preso por sete acusações de assassinato e roubo de sangue."
“Que-quem é você, maldito?”
"Ah, peço desculpas pelo atraso. Eu vim de Roma..."
A resposta estupidamente educada foi seu erro ─ ─ no momento seguinte, a lâmina sagrada foi arremessada contra ele a uma velocidade que excedia em muito os limites humanos e o atingiu no peito.
"Ha! Não sei quem é, mas não irei permitir que interfira no sacramento sagrado!"
O velho vampiro em suas vestes, com suas presas brilhando intensamente, riu sarcasticamente no altar onde servia como bispo há apenas um mês atrás.
"Esse erro devido à ignorância, deve ser expiado pela sua morte ── "
“É crueldade interromper uma conversa assim tão de repente, não acha?”
“O q...!?”
Os olhos de Scott subitamente se arregalaram. Embora a lâmina sagrada certamente tivesse capturado seu coração, o homem permaneceu de pé calmamente.
"Eu realmente gostei muito do sermão que você deu há muito tempo sobre como os humanos são as únicas criaturas que podem acreditar em si mesmos. Então, se possível, não gostaria de recorrer a atos tão grosseiros..."
“Im-impossível...”
O velho bispo que deveria ter o poder da imortalidade em suas mãos, em troca do sol e de toda sua consciência, congelou em choque.
“Maldito, você é um vampiro!?”
“Não. Eu sou....”
A voz foi interrompida pelo som de um metal sendo quebrado. A lâmina sagrada que antes estava no peito do homem emitiu um som estranho, e desta vez afundou-se nas vestes do ex-bispo.
O velho vampiro gemeu.
"Entendi, já ouviu algo assim quando era humano... que na sede do Vaticano, em Roma, há um departamento mantendo uma criatura monstruosa. Dizem que eles a usam para resolver problemas da Santa Sé de maneira não convencional... Então, você é assim?!"
“A x ─ ─ para ser exato, sou do Departamento Secreto da Secretaria de Estado do Vaticano ─ Arcanum Cella Ex Dono Dei. Minha chefia não gosta de escândalos, sabe? Ela parece não querer que seja de conhecimento externo, o fato de que uma pessoa que um dia foi um arcebispo tenha 'mudado de lado'..."
Sem o conhecimento de onde e como surgiu, uma grande foice, com lâminas em ambas as extremidades do cabo, estava segura na mão do homem. Ao erguer os olhos e vê-la ao alto, Scott soltou um grito.
"Maldito, você é o cão de caça de Caterina ─ ─ um executor despachante!"
Sobre os gritos, o uivo arrepiante do vento se sobrepôs.
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Glossário ”ite, missa est” - do latim, com essas palavras o padre se despedia os fiéis ao terminar a missa, significa "ide, a missa terminou".
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Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
que prefere imaginar que a moça amarrada viu toda a cena kkkkk
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kitdeferramentas · 10 months ago
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O @silencehq, ou melhor, Zeus juntou nossos queridos Kit Culpepper, Josh Weaving (@deathpoiscn) e Charlotte Campbell (@thecampbellowl) numa aventura épica no Deserto de Gobi, uma região árida asiática. Nossos heróis enfrentarão desafios, escolhas e monstros! Conseguirão sobreviver a esse desafio?
MISSÃO: A DESTRUIÇÃO DA FORJA!
Kit batia os polegares no volante do carro alugado no ritmo da música em linguagem estranha. Os olhos, de cinco em cinco minutos, conferindo que tinha sim colocado o ar condicionado no máximo e o limpador de para-brisa na morte definitiva. Não precisava danificar duas coisas, certo? A areia daquela maldita tempestade impedia uma visão clara à frente, chovendo em cascata por todos os vidros. ✶ — › Mas tá certo isso? A previsão do tempo dizia calor de fritar ovo com pensamento e chances de tempestades. Chances. 'Chances' não é certeza. — Assim como não tinha sido nada surpreendente o atraso de quase uma hora do voo até a Mongólia pela troca da equipe de comissários. Eles tinham culpa de voar no único avião monstruoso?????
✶ — › Nada contra uma viagenzinha bucólica serelepe pimpona com requintes de adrenalina, mas... — Kit sentia a dor de cabeça que Charlotte seria presenteada com o tanto que pedia para ela. Melhor esse caminho? E o outro? Mas se eu parar aqui e... Tirou o pé do acelerador para reduzir a velocidade, poder olhar o mapa também - e, de quebra, espiar pelo retrovisor o filho de Thanato no banco traseiro. ✶ — › Uma forja desse tamanho, comandada por Telequines, só pode ficar entre na encosta dessa montanha. Quanto mais perto do chão, melhor acesso para o calor. Ainda mais nessas condições absurdas que só vão fazer minha rinite atacar. — O carro andou por mais uns metros antes de tudo acontecer ao mesmo tempo. Algo surgiu, alguém gritou e o carro guinchou com o solavanco do freio.
PROPRIEDADE PRIVADA RISCO DE DESABAMENTO NÃO ULTRAPASSEM
✶ — › Vocês também estão conseguindo ler, não estão? Porque não bati a cabeça pra, do nada, saber mongolês fluente. — As letras dançavam e trocavam de lugar, a linguagem divina grega revelando seu significado.
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pacosemnoticias · 20 days ago
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Ligação entre Bragança-Portimão parada leva Sevenair a perder funcionários e procurar novos serviços
A Sevenair já perdeu alguns funcionários enquanto está parada a ligação aérea regional Bragança-Portimão e está à procura de outros serviços para garantir a sua sustentabilidade, disse esta quinta-feira à Lusa o diretor de voos da empresa.
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Na terça-feira, numa audição na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, a requerimento do Chega, o diretor da Sevenair, Carlos Amado, avançou que o serviço regional continua sem data para ser retomado e que os atrasos nos pagamentos por parte do Estado obrigaram a empresa e entrar em ‘lay-off’.
“Neste momento, já vamos com quase quatro meses de paragem, o que é certamente bastante nefasto para a empresa e para as regiões afetadas. (…) Quanto mais demorar, mais difícil é o recomeço. (…) Posso adiantar que alguns dos nossos funcionários já os perdemos. Não conseguiram sustentar a situação mais tempo”, afirmou Sérgio Leal, relembrando que a empresa tem cerca de 100 funcionários.
O Governo já pagou, entretanto, cerca de metade da dívida que tinha para com a empresa, que rondava os 3,8 milhões de euros, sendo que a Sevenair teve de reservar mais de 600 mil euros para a garantia bancária exigida para poder assinar o novo contrato de concessão, que ainda está parado.
“Como é que temos aguentado? Nós temos outra ligação aérea e estamos à procura de outros serviços. Já não é surpresa e já tínhamos informado dessa situação. Não podemos ficar dependentes desta linha [Bragança-Portimão] que não começa. Até concorremos para uma outra ligação regional, dentro da Europa mas fora do país, e estamos à espera dos resultados. Torna-se incomportável. Se já estávamos numa situação deficitária em setembro, quando nos vimos forçados a parar, imagine agora”, lamentou Sérgio Leal.
A ligação Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão foi interrompida a 30 de setembro, terminado o último ajuste direto enquanto se esperava o desfecho do concurso público internacional para atribuir a concessão por mais quatro anos. Antes disso, em fevereiro, o número de voos diários já tinha sido reduzido.
Foi nesse mês que a companhia área anunciou que o transporte iria parar até que fosse paga a verba que tinha a receber do Estado, por estar numa situação de “estrangulamento de tesouraria”.
Desde o início da concessão até à paragem do serviço, foram feitos dois ajustes diretos, primeiro com a governação socialista e depois com o atual Governo, liderado por Luís Montenegro.
O resultado do concurso público foi conhecido no final de 2024, com a única concorrente, a Sevenair, que presta o serviço desde 2009, a ser escolhida para continuar a operar nos próximos quatro anos.
O Governo anunciou, em 21 de dezembro, que o processo da contração tinha sido concluído e o novo contrato assinado.
"Concluído o concurso público, adjudicado o serviço à Sevenair e cumpridos os compromissos financeiros, bem como repostas as obrigações contratuais da Sevenair com o Estado, a prestação de serviço público prestada por esta ligação pode voltar a ser retomada na sua plenitude", informou o Ministério das Infraestruturas e Habitação, considerando tratar-se de uma "conquista processual do executivo que permite repor serviço público".
Este novo contrato, revelou à Lusa Sérgio Leal, “subiu substancialmente” o valor pago pelo Estado, em cerca de três milhões de euros, com um total de 13,5 milhões para os próximos quatro anos.
Contudo, o Tribunal de Contas recusou o visto e concluiu que este contrato tem de ser revisto, levantando questões sobre as datas constantes no documento.
“A data de início continua a constar como a do caderno de encargos, a 01 de outubro de 2024. Obviamente, não começámos aí a operar. Era mais ou menos normal que o Tribunal de Contas mencionasse este aspeto, até porque, dado que (…) o contrato vai passar para 2029, tem de haver cabimento orçamental para esse ano”, detalhou Sérgio Leal, acrescentando não ter nenhuma justificação para o sucedido.
O contrato vai ter de ser refeito e assinado de novo, para ficar conforme, o que vai atrasar o regresso desta ligação aérea regional.
“(…) As regiões, se não têm um serviço, vão procurando alternativas, por menos boas que sejam. Claro que depois, a recomeçar, é provável que seja um recomeço mais difícil nesse sentido, para termos uma taxa de ocupação que seja viável. É a realidade que temos de enfrentar”, considerou Sérgio Leal.
A taxa de ocupação em 2023 tinha voltado aos níveis pré-pandemia, fixando-se em 2019 em 65%, com 13 mil passageiros transportados anualmente.
“Prevemos que para a recuperação deste tempo que estivemos parados e que tem os seus custos, se forem estes quatros meses, (…) um ano não chega. Infelizmente, vamos estar a lutar contra a maré durante os próximos tempos, mesmo que a linha regresse agora”, observou Sérgio Leal.
A Lusa contactou o Ministério das Infraestruturas e Habitação e aguarda resposta.
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drrafaelcm · 21 days ago
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Atraso de voo por 11 horas, decide Tribunal, não garante indenização automática
Para TJSC é preciso comprovação de prejuízo para ter direito à indenização Continue reading Atraso de voo por 11 horas, decide Tribunal, não garante indenização automática
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reinato · 21 days ago
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Devocional da Mulher
Amor perfeito
Atrasado!
Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês. Mateus 24:42
Eu estava muito ansiosa para fazer aquela viagem. Meu pai completaria 103 anos dentro de alguns dias – o que era fantástico! Muitos familiares iriam de todos os lugares para a festa de aniversário. Além da festa, eu estava ansiosa pelos momentos de louvor e adoração que teríamos juntos, cantando hinos em vozes harmônicas. No aeroporto, meu entusiasmo se misturou com decepção quando nos disseram que nosso voo atrasaria duas horas. Então o atraso aumentou para cinco horas.
Ninguém nos informou o motivo do atraso, mas decidi deixar minha chateação de lado e ocupar meu tempo com uma leitura. Além disso, voltei a trabalhar num artigo que eu tinha começado a escrever.
Cumprimentei alguns dos outros passageiros e tentei animá-los, mas muitos preferiram jogar no celular, ou ouvir música no fone de ouvido, ou ainda andar de um lado para o outro. De repente, uma grande comoção começou no balcão de informações, que ficava perto de mim. Uma passageira perdeu a paciência e já não acreditava no que a companhia aérea estava prometendo. Ela expressou, com voz alterada e linguajar ofensivo, o que sentia para a recepcionista. Muitos outros passageiros começaram a falar sobre suas decepções, com o rosto abatido e cansado.
Contudo, havia outro cenário. Algumas crianças riam alto enquanto jogavam um bicho de pelúcia umas para as outras. Elas o pegavam e o atiravam novamente, como se não tivessem com que se preocupar. É provável que elas também estivessem cansadas, mas estavam felizes enquanto esperavam.
Aquilo me fez pensar sobre outra cena. “O noivo estava demorando” (Mateus 25:5). Nós temos esperado por um casamento muito importante. Não temos certeza de quando o Noivo vai chegar, mas será que estamos prontas para encontrá-Lo? Estamos felizes em compartilhar Seu amor com outras pessoas ou será que estamos nos queixando da vida enquanto dormimos espiritualmente?
Pai, ajuda-nos a não perdermos o foco. Queremos estar prontas quando o Senhor vier nos buscar. Amém.
Sonia Kennedy-Brown
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cubojorbr · 23 days ago
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Maranhão tem 6 atrasos de voo por dia que resultam em disputas na Justiça
Consumidor tem direito à reparação por conta de prejuízos que tenham sofrido; em 2024, volume total de processos novos no estado chegou a 1.984
Conteúdo para assinantes O Maranhão contabilizou 1.984 novas ações judiciais relacionadas a atrasos de voo entre janeiro e novembro de 2024. É o que aponta levantamento inédito com base no BI (Business Intelligence) do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por meio da consolidação dos dados e da verificação dos assuntos presentes nas tabelas de gestão processual do órgão. Esse número representa…
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gazetadoleste · 1 month ago
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Ataque hacker atinge companhia aérea e causa atraso em voos
Um ataque hacker atingiu a Japan Airlines (JAL) nesta quinta-feira (26). De acordo com a empresa, a ação não comprometeu a segurança dos voos, mas pode causar cancelamentos e atrasos. A venda de bilhetes com a data para hoje chegou a ser suspensa A companhia aérea, que é a segunda maior do Japão, teve pelo menos 24 voos atrasados em razão do ataque hacker. A JAL informou ainda que já conseguiu…
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portaljuristas · 6 months ago
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Voo Atrasado: O Que Fazer e Seus Direitos
Voo Atrasado: O Que Fazer e Seus Direitos Créditos: Chalabala | iStock Viajar de avião é, para muitos, uma das maneiras mais rápidas e eficientes de se locomover, especialmente em longas distâncias. No entanto, nem sempre tudo sai como planejado. Um dos maiores inconvenientes enfrentados pelos passageiros é o atraso de voos. Esses imprevistos podem causar transtornos significativos, desde a perda…
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jornalgeopolitico · 2 months ago
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Oreshnik IRBM: O que sabemos e o que não sabemos
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Artigo escrito por
Dmitry Stefanovich
Pesquisador do Centro de Segurança Internacional, Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia Russa de Ciências, cofundador do projeto Vatfor
Em novembro de 2024, Moscou deu dois passos importantes para fortalecer a dissuasão estratégica. Primeiro, os Fundamentos atualizados da Política de Estado sobre Dissuasão Nuclear foram aprovados e publicados. Em segundo lugar, um “teste de combate” do mais recente sistema de mísseis Oreshnik foi realizado com um ataque no território da Ucrânia. Este último será discutido em maiores detalhes.
Fundo
Aconteceu: a Rússia estava caminhando (e até mesmo empurrando) para o lançamento do Oreshnik por um bom tempo. Sem entrar muito fundo na história, há dois fatores principais que vale a pena focar.
Em 2019, o Tratado sobre Mísseis de Alcance Intermediário e Curto Alcance (Tratado INF) chegou ao fim. Depois disso, a Rússia impôs unilateralmente uma moratória sobre a implantação de tais sistemas. No entanto, durante todo esse tempo, os Estados Unidos têm desenvolvido, testado e até mesmo implantado temporariamente mísseis dessa classe, ignorando deliberadamente a moratória russa. Moscou reagiu a isso com contenção, o que foi percebido como fraqueza ou evidência de atraso tecnológico. Ao mesmo tempo, a Rússia anunciou o desenvolvimento de uma versão terrestre do míssil de cruzeiro Kalibr, bem como algo chamado sistema de mísseis hipersônicos de médio alcance baseado em terra. Com base nas declarações do Comandante-em-Chefe das Forças de Foguetes Estratégicos, General Karakaev, o trabalho nesses sistemas (pelo menos parte do Oreshnik) foi intensificado no ano passado, no verão de 2023. Talvez um dia descobriremos exatamente o que serviu como um incentivo adicional, mas por enquanto nos aventuraremos a assumir a resposta pelo valor de face: o catalisador foi a Operação Militar Especial (SMO). Como resultado, hoje uma linha inteira de armas relevantes é anunciada como estando perto da prontidão.
Foi o curso do SMO, ou melhor, as ações específicas dos membros do grupo de apoio da Ucrânia, que se tornaram a gota d'água que levou ao lançamento de combate do Oreshnik. Moscou repetidamente — e em todos os níveis — alertou que, se Kiev receber permissão para atacar profundamente o "antigo" território da Rússia com mísseis de longo alcance de fabricação ocidental, isso levará a uma escalada acentuada no conflito. Provavelmente, devido à falta de clareza na explicação das consequências específicas de casos passados ​​de ignorar tais avisos — e às vezes até mesmo o Comandante-em-Chefe Supremo teve que lidar com isso. Mesmo no caso Oreshnik, as explicações são dadas do mais alto nível — desta vez, o "Ocidente coletivo" decidiu tentar forçar os limites do que é aceitável. Considerações políticas domésticas dos EUA também desempenharam um papel: o desejo de demonstrar comprometimento em apoiar a Ucrânia e, ao mesmo tempo, reduzir a margem de manobra do governo Donald Trump.
Questões organizacionais
Antes de prosseguir com a descrição das características técnicas desta arma, é necessário prestar atenção a várias questões organizacionais. Agora sabemos que o Oreshnik é um míssil de alcance intermediário: ele também pode ter equipamento não nuclear e será colocado em serviço com as Forças de Foguetes Estratégicos. Mas como exatamente o dever de combate do novo sistema será organizado? Aparentemente, ele não precisa de “caravanas” e infraestrutura comparáveis ​​às necessárias para Yars e Topols. Em vez disso, o Iskander-M e as brigadas de mísseis correspondentes das forças terrestres podem atuar como um análogo aqui. Outra questão está relacionada ao sistema de comando e controle, incluindo a entrega de ordens de lançamento e a introdução de tarefas de voo. A analogia com mísseis “grandes”, com ICBMs com armas nucleares, é apropriada aqui? Outros “loops” C3 são usados? Como é (e se) a interação constante com agências de inteligência e tropas de reconhecimento é realizada? O fornecimento e a manutenção de ogivas especiais serão mais semelhantes à prática das Forças de Mísseis Estratégicos, ou são possíveis analogias com armas nucleares não estratégicas?
Afinal, como será organizada a preparação dos operadores? Claro, agora a indústria e os escritórios de design desempenham um papel significativo, mas no futuro, pelo menos, os cursos de reciclagem terão que ser abertos, e sim as especialidades correspondentes na Academia Militar das Forças de Foguetes Estratégicos. Ainda não está claro onde exatamente os regimentos com o novo sistema de mísseis serão incluídos — nas novas divisões de mísseis ou nas antigas? Onde os Oreshniks serão implantados — na Bielorrússia, como Alexander Lukashenko sugere, além dos Urais, no Extremo Oriente, no novo Distrito Militar de Leningrado?
Características técnicas
Agora algumas palavras sobre os “parafusos e rebites”. Voltemos às declarações oficiais e aos materiais de vídeo disponíveis publicamente, dos quais sabemos mais ou menos com segurança o seguinte:
O Oreshnik está equipado com uma carga útil do tipo MIRV com ogivas hipersônicas, incluindo variantes não nucleares.
Provavelmente, as próprias ogivas podem ter cargas úteis de fragmentação.
Talvez Oreshnik esteja equipado com veículos de reentrada com asas planas, mas, na verdade, as ogivas de MRBMs e ICBMs já se aproximam do alvo em velocidade hipersônica. Ao mesmo tempo, “armas hipersônicas” são geralmente aquelas que são capazes de se mover e manobrar dentro da atmosfera por um tempo significativo na velocidade apropriada.
O poder destrutivo da carga não nuclear ainda não é impressionante em termos de escala de devastação (claro, não há nenhuma conversa sobre pulverizar Yuzhmash em átomos), mas, aparentemente, torna possível realizar ataques eficazes em instalações subterrâneas — se, de fato, for possível obter precisão suficiente.
Para os sistemas de defesa de mísseis, Oreshnik, é claro, é um alvo difícil (talvez o mais difícil até o momento) devido à sua velocidade e à suposta manobrabilidade terminal das ogivas. No entanto, com uma combinação bem-sucedida de circunstâncias, qualquer coisa pode ser interceptada, incluindo este míssil.
O nome “árvore” do produto sugere um parentesco com o Topol e, possivelmente, o hipersônico “Anchar”, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia Térmica de Moscou. O ICBM “Light” “Rubezh”, o projeto pausado no final da última década, é frequentemente mencionado como um dos supostos ancestrais do sistema Oreshnik.
O Oreshnik é provavelmente um foguete de propelente sólido, o que é geralmente a norma para esta classe de produtos modernos. O combustível e o míssil provavelmente devem ter um alto nível de perfeição técnica, embora possam ser inferiores aos futuros modelos ocidentais devido ao acesso limitado à base de elementos avançados.
O lançador é móvel e pode se assemelhar ao Pioner ou, digamos, aos antigos IRBMs soviéticos, o Skorost.
Perspectivas
A Rússia desenvolveu e testou um sistema de mísseis de combate de alcance intermediário capaz de atingir alvos dentro do continente europeu, tanto no modo não nuclear quanto no nuclear. O complexo, aparentemente, tem uma variante de carga útil hipersônica, então estamos novamente à frente dos EUA: seu “Dark Eagle” ainda não foi testado com sucesso em um lançador padrão. Claro, China e Irã têm mísseis semelhantes, embora sem múltiplas ogivas.
Como o adversário pode responder? No contexto do SMO, é improvável que haja medidas drásticas, mas somos lembrados claramente da ameaça de agravamento das hostilidades. Além disso, demonstramos a possibilidade de continuar a escalada na fase pré-nuclear, tanto dentro do teatro de operações existente quanto além. No entanto, o limite nuclear também foi ligeiramente reduzido.
Em um sentido mais global, espera-se que as consequências sejam muito sérias, e cenários positivos e negativos são possíveis. O melhor resultado seria uma troca substancial de opiniões com os EUA sobre a “moratória pós-INF” e uma restrição unilateral paralela de implantar mísseis de alcance intermediário na Europa.
No entanto, uma corrida armamentista cada vez mais acelerada — tanto ofensiva quanto defensiva — também é possível. Na Europa, há algum tempo, há conversas sobre a necessidade de desenvolver seus próprios mísseis de longo alcance lançados do solo para não depender dos americanos nessa questão. Na França, as conversas são sobre a conveniência de uma nova implantação de mísseis balísticos lançados do solo, embora com alcances na região de 1000 km. Também há conversas sobre a reutilização dos locais US Aegis Ashore na Romênia e Polônia para combater o arsenal de mísseis russo. Também podemos esperar o aparecimento das baterias de defesa antimísseis US THAAD na Europa, embora os Estados Unidos não tenham o suficiente delas para outros teatros neste momento.
Em vez de um epílogo
A Europa se aproximou da virada do primeiro quarto do século XXI nas condições de um conflito armado de alta intensidade e uma nova crise de mísseis. Ainda é difícil prever se nós e nossos vizinhos sairemos disso sem perdas, mas a única maneira de interromper as tendências atuais só pode ser abordar preocupações legítimas no campo da segurança militar. Caso contrário, enfrentaremos anos e anos de uma corrida armamentista e uma vida em um barril de pólvora, pronto para explodir a qualquer momento sem motivos adicionais.
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transferbh · 2 months ago
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Qual a Diferença Entre Transporte Executivo e Táxi Comum?
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Quando se trata de mobilidade urbana, especialmente em uma cidade movimentada como Belo Horizonte, há diversas opções de transporte disponíveis. Entre elas, o transporte executivo e o táxi comum são duas das mais conhecidas. Porém, é comum que muitas pessoas fiquem em dúvida sobre as diferenças entre esses serviços e qual é o mais adequado para suas necessidades. Neste artigo, vamos explorar as principais distinções entre transporte executivo e táxi comum, ajudando você a tomar uma decisão mais informada.
1. Padrão de Atendimento
Uma das maiores diferenças entre o transporte executivo e o táxi comum está no padrão de atendimento oferecido.
Táxi Comum: O táxi é um serviço prático e funcional. Ele atende ao público em geral, e o atendimento, embora eficiente, geralmente segue uma abordagem padronizada e objetiva. É comum encontrar motoristas que trabalham de forma autônoma, com foco em atender a maior quantidade de passageiros possível.
Transporte Executivo: Já o transporte executivo é voltado para um público que busca exclusividade e alto padrão. Os motoristas são treinados para oferecer um atendimento personalizado, com foco em conforto, discrição e profissionalismo. A pontualidade e a cordialidade são marcas desse tipo de serviço, que visa superar as expectativas do cliente.
2. Qualidade dos Veículos
Outro fator que diferencia essas modalidades é o tipo e o estado dos veículos utilizados.
Táxi Comum: Os táxis geralmente são carros padrão, que atendem aos requisitos mínimos estabelecidos pelas regulamentações locais. Apesar de serem revisados regularmente para garantir a segurança, o conforto pode variar bastante dependendo do veículo e da idade da frota.
Transporte Executivo: No transporte executivo, os veículos são de alto padrão, muitas vezes modelos premium ou de luxo, como sedãs e SUVs confortáveis. Além disso, os carros são equipados com itens adicionais, como ar-condicionado eficiente, Wi-Fi, bancos de couro e outras comodidades que tornam a viagem mais agradável.
3. Público-Alvo e Finalidade
Os dois serviços atendem a públicos diferentes, com necessidades específicas.
Táxi Comum: É mais procurado por pessoas que precisam de deslocamentos rápidos e práticos, como ir ao trabalho, resolver compromissos do dia a dia ou mesmo se deslocar de forma emergencial.
Transporte Executivo: O transporte executivo, por sua vez, é escolhido por clientes que valorizam uma experiência diferenciada. É ideal para viagens corporativas, transporte de executivos, deslocamentos para eventos, casamentos e até mesmo city tours. Além disso, é amplamente utilizado por empresas que desejam transmitir uma imagem de sofisticação e cuidado com seus colaboradores ou clientes.
4. Agendamento e Disponibilidade
A forma como o serviço é contratado também varia bastante entre as duas modalidades.
Táxi Comum: Os táxis podem ser encontrados facilmente em pontos específicos, nas ruas ou solicitados por aplicativos. Não há necessidade de agendamento prévio, e o serviço é oferecido de forma imediata, dependendo da disponibilidade na região.
Transporte Executivo: O transporte executivo funciona principalmente com agendamento prévio. Isso garante que o cliente tenha um serviço totalmente planejado, com horário marcado e trajeto personalizado. Essa característica torna o transporte executivo perfeito para compromissos importantes, como pegar um voo ou atender a uma reunião corporativa, onde atrasos não são uma opção.
5. Custo do Serviço
O custo é um fator que pode influenciar a escolha entre táxi comum e transporte executivo.
Táxi Comum: O preço do táxi é calculado com base no taxímetro, que leva em consideração a distância percorrida e o tempo de viagem. Isso torna o custo variável, especialmente em horários de pico, quando o trânsito pode aumentar o valor final.
Transporte Executivo: No transporte executivo, o preço geralmente é fixo e informado ao cliente no momento da reserva. Isso traz mais transparência e previsibilidade, evitando surpresas desagradáveis. Apesar de ser um serviço mais caro, o custo é justificado pela qualidade, comodidade e atendimento oferecidos.
6. Segurança e Privacidade
A segurança e a privacidade são preocupações de muitos passageiros, e as duas opções têm abordagens diferentes nesse aspecto.
Táxi Comum: Embora os táxis sejam regulamentados e fiscalizados, a privacidade nem sempre é uma prioridade. Além disso, em algumas situações, os passageiros podem sentir falta de um atendimento mais discreto.
Transporte Executivo: No transporte executivo, a segurança e a privacidade são prioridades. Os motoristas são cuidadosamente selecionados e passam por treinamentos. O ambiente é discreto, ideal para quem precisa trabalhar durante o trajeto ou prefere um serviço reservado.
Quando Escolher Cada Serviço?
Táxi Comum: É a melhor opção para deslocamentos rápidos, simples e cotidianos, onde a prioridade é a praticidade e o custo mais acessível.
Transporte Executivo: Ideal para ocasiões especiais, viagens corporativas, deslocamentos de longa distância ou situações onde conforto, pontualidade e exclusividade são indispensáveis.
Transporte Executivo de Qualidade!
Enquanto o táxi comum é uma solução prática para o dia a dia, o transporte executivo se destaca por oferecer um serviço de alto nível, com foco em personalização, conforto e profissionalismo. A escolha entre essas opções depende das suas necessidades e prioridades.
Na Transfer BH, oferecemos serviços de transporte executivo que combinam qualidade, segurança e excelência. Seja para uma viagem corporativa, um evento especial ou mesmo um city tour por Belo Horizonte, garantimos uma experiência única e confortável. Entre em contato conosco clicando aqui, ou ligue (31)98742-2423e descubra a diferença que o transporte executivo pode fazer na sua viagem!
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josuejuniorworld · 2 months ago
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Botafogo Celebra Título da Libertadores com Festa na Zona Sul do Rio
Após conquistar sua primeira taça da Conmebol Libertadores, o Botafogo chegou ao Rio de Janeiro neste domingo (1º) para uma grande celebração na Zona Sul. O voo da delegação, que vinha da Argentina, sofreu um atraso de três horas, pousando no Aeroporto Internacional do Galeão por volta das 16h10. Festa na Praia de Botafogo Às 17h09, o ônibus do time deixou o aeroporto em direção à Enseada de…
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f5noticias · 2 months ago
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Congonhas normaliza operações após dia de cancelamos
Depois de uma sexta-feira (29) bastante tumultuada, com mais de 100 voos cancelados e muito atraso nos embarques, o Aeroporto de Congonhas teve suas atividades normalizadas neste sábado (30). Conforme a concessionária Aena Brasl, que administra o aeroporto, os pousos e as decolagens estão sendo feitas dentro das escalas – apenas três chegadas foram canceladas em função de questões operacionais de…
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pacosemnoticias · 1 month ago
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Zero espera que estratégia para água não responda apenas a agricultores
A associação ambientalista Zero espera que a estratégia nacional para a água, que deverá ser apresentada no início do próximo ano, não responda apenas às reivindicações do setor agrícola e resolva as lacunas na gestão hídrica.
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O grupo de trabalho "Água que Une", uma iniciativa do Governo para criar uma estratégia para a água, já tem um estudo que será apresentado no início de janeiro.
Poderá ser uma "oportunidade estratégica para abordar as lacunas na gestão hídrica em Portugal", considerou a Zero, que destacou a iniciativa nas suas expectativas para o próximo ano, num balanço de 2024 e antecipação de 2025 divulgado hoje.
No entanto, a associação alerta que a futura estratégia para a água não pode ficar-se pela resposta às revindicações do setor agrícola e deve ter também em conta os impactos socioambientais e alternativas diversas, e evitar soluções de curto prazo e insustentáveis.
"É, por isso, indispensável que seja sujeita a uma avaliação ambiental estratégica", defende a Zero, que manifestou também alguma apreensão em relação à Agência para o Clima, criada recentemente pelo Governo.
A agência inicia funções a 01 de janeiro e vai absorver os vários fundos do setor, incluindo o Fundo Ambiental.
"Não é claro de que forma as restantes áreas ambientais vão ser articuladas e integradas, para além do tempo que a transição poderá implicar até haver uma resposta eficiente aos atrasos significativos em milhares de candidaturas", refere o comunicado.
Outra das expectativas da Zero para o próximo ano é a redução efetiva dos voos no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, durante o período noturno, acompanhada pelo reforço do quadro sancionatório relativo à violação dos limites legais para estes voos.
No âmbito nacional, a associação elogia a decisão do Governo de avançar para uma avaliação ambiental estratégica das áreas de aceleração de energias renováveis e a criação da Estrutura de Missão para o Licenciamento de Projetos de Energias Renováveis, que poderá ter um "papel importante na promoção das comunidades energéticas e do aproveitamento solar descentralizado e na implementação de uma monitorização e controlo eficaz dos projetos de energias renováveis".
Pela negativa, sublinha uma proposta apresentada este ano pelo Chega-Madeira que altera o regime de proteção da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, reduzindo a área protegida e abrindo a pesca ao atum, e que a Zero considera ser um "perigoso retrocesso dos esforços de conservação alcançados e contraria as metas internacionais de proteção do espaço marítimo".
A associação tem também expectativas em relação à ratificação do Tratado do Alto Mar, para a proteção dos oceanos mundiais nas áreas que não são sujeitas à jurisdição nacional e, por isso, permanece sem regulamentação.
Essas áreas representam mais de 70% do oceano e, por isso, a Zero considera que a ratificação do tratado "é determinante para que entre em vigor e se estabeleçam regras claras e eficazes para a gestão sustentável do alto mar, em particular, numa época onde a crise de biodiversidade se agrava e as pressões sobre os ecossistemas marinhos são crescentes".
Numa espécie de balanço de 2024, são destacadas a expansão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas nos Açores, a revisão das metas para as energias renováveis no âmbito do Plano Nacional Energia e Clima 2021-2030, a aprovação da Lei do Restauro da Natureza e a nomeação de um comissário europeu para a Justiça Intergeracional, Juventude, Cultura e Desporto.
Por outro lado, deixa críticas à alteração ao regime de reclassificação do solo rústico em urbano, lamenta o aumento da temperatura, a aposta nas barragens e ausência de um regime de caudais ecológicos, e o número de pedidos de direitos para prospeção e pesquisa em Áreas Protegidas e Rede Natura 2000, que a Zero teme possam expor aquelas áreas à mineração.
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contosobscenos · 3 months ago
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Uma esposa (nada) tradicional — 07 — O outro homem.
Amélia acordou cedo no dia seguinte, pois Arnaldo fora enfático que não poderia atrasar para pegar o voo. Assim, teve mais liberdade de acordá-lo mais cedo que o habitual. As malas dele já estavam prontas desde a noite anterior e o café ela fez bem rápido para deixar o marido com tempo de sobra. Ainda assim, Arnaldo comeu olhando constantemente para o relógio. Se distraiu apenas quando Amélia se apoiou em suas coxas e o beijou.
— O que é isso, Amélia?
— Você vai viajar, então quero me despedir.
— Não brinca com isso, vou me atrasar.
— Vai nada. Fiz tudo bem cedo para você ter tempo para mim.
Arnaldo tentou argumentar, mas a verdade é que as mãos dela passeando por suas coxas o deixavam mais ansioso do que preocupado. Não reagiu quando foi beijado e nem quando ela abriu todos os botões de sua camisa sem desgrudarem os lábios. Muito menos quanto ela abriu a sua calça e engoliu seu pau já duro. Entre uma chupada e outra, Amélia tirou a camisola, expondo seu corpo nu de quatro enquanto se aninhava entre suas pernas. Lambia e chupava a rola do marido com carinho. Arnaldo não dizia mais nada. Apenas respirava ofegante.
Amélia montou em seu marido, encaixando o pau em sua boceta e se sentando lentamente. Ela o envolveu com os braços em volta do pescoço e os dois gemeram juntos, se olhando nos olhos. Se beijaram com os primeiros movimentos do quadril dela, roçando lentamente o clitóris no corpo dele. Amélia tinha o pau do marido dentro de si, a camisa dele deixava seu corpo quente colar ao dela e o atrito entre os corpos a excitava mais.
Percebeu Arnaldo se excitando mais, lhe apertando a bunda enquanto sua respiração acelerava. Sabia que a qualquer momento ele iria querer sair daquela posição, mas naquela manhã, estava disposta a não deixar. Quando ele tirou as mãos de seu corpo para ameaçar se levantar com ela ainda em seu colo, não deixou. Pegou as mãos dele e as pôs de volta em seu corpo. Interrompeu o beijo e o olhou nos olhos enquanto guiava a mão pelo seu corpo. Ela viu um sorriso diferente se abrir no rosto dele, quando as mãos começaram a deslizar por entre suas nádegas.
— Empurra o dedo, amor?
— Como é?
— Só empurra.
O dedo invadiu as pregas de Amélia e ela geme manhosa. Arnaldo, até então assustado com o apetite da esposa, sentiu seu pau ficar ainda mais duro. Seguro pelos cabelos, ele olha sua esposa balançar o quadril com violência sobre seu colo, fazendo um vai e volta vigoroso, esfregando o grelo duro em seu abdômen. Seu dedo se enterrou no cu de Amélia mais e mais. Não se importava mais se estaria atrasado ou se sua esposa se comportava estranhamente. Ela estava deliciosa, mais do que nunca, rebolando sua sobre seu corpo. Ela o segurou pelos cabelos e rebolou ainda mais forte.
— Goza, meu amor! Goza com esse dedo na minha bunda!
— Que delícia! Você está me deixando louco, amor!
— Quero você assim, amor. Louco e me fodendo.
Arnaldo já não se intimidava mais com os balanços violentos de Amélia. Pelo contrário. Com o dedo na bunda, ele a empurrava mais. Os dois se mexiam como se fossem um só, respiravam ofegantes no mesmo ritmo e logo gozaram, juntos. Não houve gemidos porque ambos se beijaram na hora. Amélia continuava a se esfregar nele, mesmo com seu corpo tremendo. Arnaldo não tirava o dedo dali.
Depois que a esposa se levantou de seu colo, Arnaldo estava com a barriga melada, a camisa aberta e amassada. Amélia o limpou com papel toalha e fechou cada botão de sua camisa e calça. Dessa vez, o marido não reclamara de atraso, pelo contrário. Foi de mãos dadas até o portão de casa, dando-lhe um beijo antes de esperar o carro do aplicativo na calçada.
Seria um beijo de despedida comum, se não fosse o par de mãos desejosos tomar mais uma vez a bunda da esposa. Amélia sentiu um dos dedos tentar voltar onde esteve antes e gemeu manhosa. Os dois permaneceram abraçados, com Arnaldo acariciando a bunda de Amélia, com a camisola suspensa até a cintura. Nenhum dos dois se importou com o fato deles estarem no portão, que qualquer vizinho podia ver o corpo exposto de Amélia.
 Quando Arnaldo se foi, Amélia voltou para casa para continuar suas tarefas e passou o dia com um sorriso feliz no rosto. Pela primeira vez, fizera sexo com Arnaldo do jeito que gostava e o resultado foi melhor do que o esperado. Parecia que o esposo tinha se apaixonado de novo, pois normalmente ele nunca deixaria sua esposa aparecer de camisola no portão de casa, muito menos a tocaria daquela forma em público. De fato, era muito cedo para ter algum vizinho na rua e mesmo o carro que o buscaria ainda não havia chegado. Mesmo assim, ele jamais se comportaria dessa forma. A dica de Vitória realmente funcionou.
Após o treinamento com sua Personal e o que acontecera depois, Amélia entendeu que precisava mudar. Estava tão desejosa que se ofereceu para sua professora descaradamente. Teria sido trágico se tivesse traído o marido, ainda mais com uma mulher. Passou o resto daquela tarde pensando e chegou à conclusão de que descarregava seu desejo em Vitória devido à amizade que ambas construíram e um envolvimento mais íntimo só pioraria as coisas. Deu graças a Deus por Vitória ter se controlado e decidiu que deveria investir suas energias sexuais no marido. Depois da despedida com o marido, tinha a certeza de estar certa. A sugestão de sua amiga não apenas deixou o sexo mais gostoso como fez o marido ficar louco por ela. Tinha a certeza de ser a primeira de muitas.
Outro efeito benéfico foi não passar o resto do dia pensando em Vitória. O acontecido da tarde anterior, assim como o da outra noite, se tornou uma lembrança gostosa que ela guardou para si, mas sem aquele desejo. Agora, ela só pensava em Arnaldo, ansiando pela volta dele. Assim, não estava usando aquele short tão curto quando Vitória voltou para treiná-la, preferindo uma calça. A Personal percebeu a cliente diferente da tarde anterior.
— Está mais sossegada, Amélia? — provocou.
— Estou, sim, meu marido me sossegou hoje de manhã.
Entre risos, Amélia narrou a surpresa que fizera ao marido pela manhã, usando o truque ensinado por Vitória e a agradeceu pela dica. O treino seguiu normalmente, sem provocações ou qualquer tentativa de sedução de qualquer uma das duas.
— Olha, Amélia, serei sincera com você. Que bom que está sossegada hoje, porque continuo sentindo falta… estava pensando até em parar de treinar você e indicar outra pessoa!
— Que isso, Vitória. Não sabia estar com esse fogo todo.
— Estou há tanto tempo sem homem que estou cogitando uma mulher. Esse é o tamanho do meu problema.
Amélia riu, enquanto a pele branca do seu rosto enrubescia. 
— Para com isso, Vitória. Está me deixando sem graça.
— Não estava sem graça ontem quando fez aquilo comigo. Você entende como me sinto.
Não conseguindo contestar a razão de Vitória, restou a Amélia sorrir sem graça. De fato, já sentira o mesmo que a amiga, mas tinha seu próprio marido para desafogar seus desejos. Sua Personal ainda vivia algo complicado, afastada do namorado, quem mal conseguia se encontrar. Desde que conheceu Vitória, sua vida mudou, direta e indiretamente, e sentia-se em dívida com ela. Se a amiga lhe ajudara com o marido, precisava retribuir na mesma moeda.
— Que tal você pedir para ele dormir com você aqui?
Vitória franziu o cenho.
— Tem certeza?
— Sim. O Arnaldo viajou e só volta amanhã à noite. Vocês podem dormir juntos aqui e tirar o atraso de vocês. Fico lá em cima e vocês têm privacidade aqui embaixo.
Os olhos de Vitória brilharam. Um sorriso largo se abriu naquele rosto antes dela abraçar a aluna e lhe dar um beijo carinhoso na bochecha. Amélia nunca a via tão feliz como naquele dia.
As horas passaram e, com a chegada da noite, Amélia passou o tempo em seu quarto, lendo. Não queria ficar na sala, pois queria que Vitória sentisse estar sozinha em casa quando recebesse o namorado. Sem Arnaldo em casa, estava sozinha e a mudança de rotina a deixava agitada. Não parava de pensar em Vitória e seu namorado. Ela sempre falava dele como um homem safado, que a excitava o tempo todo. Vitória era uma mulher linda, com o corpo incrível, a ponto dela própria a desejar, quase se entregando totalmente. Ficou pensando em como seria um homem que mexe com uma mulher tão incrível e em quais características ele deveria ter. Ser bom no sexo é óbvio, mas talvez ele fosse um homem charmoso, que fizesse Vitória se derreter com apenas um olhar.
Seus devaneios foram interrompidos com o barulho do portão. Amélia correu para a janela mais próxima e viu ambos os vultos se aproximarem pelo jardim até entrarem em uma área iluminada e reconhecer Vitória com um homem ao seu lado. André. À distância, ele parecia ter um bom porte físico, o cabelo crespo era raspado no lado, mas com mais volume em cima. Não conseguia identificar o que conversavam, mas parecia ter uma fala macia. Amélia achava fofo o jeito dele chamá-la de princesa. Esse era André, o homem que fazia Vitória se derreter.
Quando ambos entraram na casa, Amélia os perdeu de vista. Curiosa, abriu a porta do quarto para tentar ouvir algo, mas o casal era discreto. A inquietude de Amélia superava a prudência e da porta ela foi para o corredor. Queria ouvir mais daquele casal, mas o silêncio ocupava aquela casa e assim, desceu as escadas e, como ainda não pôde ouvir algo, seguiu a passos delicados até a cozinha e de lá para a porta do quartinho de empregada. Só assim, conseguia ouvir o que acontecia.
— Que saudade de você, princesa.
— Eu também, andava louca sem te ver.
— Tudo bem a gente fazer isso aqui?
— Sim, a dona da casa deixou. Ela é minha aluna e o marido dela viajou.
— Poxa, muito legal da parte dela.
— Sim, a Amélia é muito minha amiga.
— Agradeça a ela por mim depois. Agora quero você.
— Eu também te quero, mas vamos devagar, porque ela está aqui em cima.
— Tudo bem, princesa. A gente faz tudo quietinho. É até mais gostoso.
— Seu safado.
— Safado que você gosta.
— Safado que eu amo.
Amélia podia sentir o som dos gemidos do casal, mesmo que abafados. Encostada na parede, apalpava os seios, concentrada nos sons vindos daquele quarto.
— Princesa, tem certeza de que quer fazer isso? Não arraste os dentes no meu pau de novo.
— Sim, dessa vez vou te surpreender.
Mordendo os lábios, Amélia passou a ouvir os gemidos de André. Aquela voz grave, em uma entonação sensual, a fez esfregar as coxas.
— Que delícia, princesa. Você finalmente aprendeu.
— Foi a Amélia que me ensinou.
— Essa Amélia sabe das coisas… continua. Chupa a minha rola.
Ouvir ambos falando dela a deixou mais excitada. Amélia tirou a camisola e a jogou no chão da cozinha. Levou dois dedos à boceta e dois da outra mão à boca, simulando o sexo oral. Ouvindo os gemidos de André, se lembrou de quando ambas chuparam juntas o seu brinquedo. Com os olhos fechados, lambeu as pontas dos dedos e depois todo o comprimento deles. Engoliu-os de volta, fingindo ter uma rola na boca enquanto outros dedos massageavam seu clitóris.
— Que boquinha gostosa, princesa. Acabo gozando assim.
— Pode gozar na minha boca, amor. Seu pau é muito gostoso.
— Vontade não falta, mas você sabe que quero outra coisa.
— Quer me comer de quatro, seu safado?
— To com saudade disso, princesa.
Se fez um silêncio por alguns instantes até ecoar um gemido de Vitória que Amélia ainda não conhecia. Aquela mulher gemia de forma extremamente manhosa.
— Que saudade do seu pau entrando em mim.
— Saudade da boceta molhadinha da minha princesa.
— Pau gostoso do caralho. Me fode, amor!
O que Amélia ouvia em seguida foram os seguidos e contundentes choques entre quadris, como se fosse uma percussão, marcando o ritmo da sinfonia de gemidos do casal.
— Não aguentava mais tanto tempo sem ter a minha putinha de quatro.
— Eu estava louca sem essa rola gostosa me fedendo. Que saudade de ser sua puta.
Os sons do bater de corpos continuaram por mais um tempo.
— Amor, bota o dedo no meu cuzinho.
— Que delícia te ouvir pedindo isso. Está mais piranha do que o normal.
— Esse tempo sem você me deixou mais vadia.
Quando Vitória gemeu mais alto, Amélia levou um dedo atrás. Circundou as pregas e o enterrou ali, como seu marido fizera mais cedo. A outra mão continuava a estimular o grelo, em ritmo mais acelerado.
— Caralho, princesa. Você está muito gostosa hoje.
— Me fode mais, amor. Quero gozar no seu pau e com esse dedão no meu cu.
Amélia ouviu os sons das batidas aumentarem e só cessaram quando os gemidos dos dois subiram de tom. Continuou se masturbando mesmo depois do casal ficar em silêncio. Enquanto se ouvia apenas a conversa dos dois, a loira acelerava dos dedos no clitóris enquanto a outra mão já lhe enterrava um dedo inteiro atrás. Quando gozou, se controlou para não gemer. Trincou os dentes para se segurar e tirou o dedo de trás para tampar a boca com a mão. Se encolheu no chão, pressionando a outra mão com as coxas enquanto recuperava o fôlego.
Estava nua, sentada no chão ao lado do quarto de empregada onde sua Personal acabara de transar com o namorado. A respiração ainda voltava ao normal quando ouviu André falar.
— Vou tomar um copo d’água na cozinha, já volto.
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