#Giuseppe Alberigo
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anticattocomunismo · 2 months ago
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Scuola di Bologna, una mostra pagata a peso d'oro dallo Stato
Il Cantiere Storico Filologico fa i conti in tasca alla Fondazione per le Scienze religiose di Melloni, che ieri ha ospitato Mattarella: in sei anni ha ricevuto 20 milioni di euro dai governi vicini (di sinistra). E per una sola mostra, il comitato di cui Melloni era membro ha staccato un contributo di 400mila euro.  Continue reading Scuola di Bologna, una mostra pagata a peso d’oro dallo Stato
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bergoglionate · 8 years ago
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La Verità intervista ad Aldo Maria Valli: «Un papa non può guidare la Chiesa con i “forse”, i “dipende”, i “però”»
La Verità intervista ad Aldo Maria Valli: «Un papa non può guidare la Chiesa con i “forse”, i “dipende”, i “però”»
In un pamphlet su papa Francesco, il vaticanista (progressista) del Tg1 è critico su questo pontificato: «Nelle sue parole segni di relativismo. Non indica una via sicura ai credenti. Vedo una grande confusione». (more…)
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mayolfederico · 5 years ago
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ventuno gennaio
Franz Borghese, Passeggiata con cane meccanico
  Vòltati, senza dar peso, come si fa quando i pensieri nell’aria scivolano via, voltati per abitudine, lenta, senza senso come quelle donne che per strada girano la testa per un uomo, in casa, o sulla porta, voltati per simpatia d’un rumore lontano, o d’una rondine su nel cielo stravolta, voltati senza sapere, per volontà d’un qualche pensiero…
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institutogamaliel · 4 years ago
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Teologia & Graça: Concílio Vaticano II
Teologia & Graça: Concílio Vaticano II
Prezados leitores do Teologia & Graça, segue alguns estudos a respeito da história do Concílio Vaticano II, segundo a obra Breve História do Concílio Vaticano II: (1959-1965), do historiador Giuseppe Alberigo. Espero que essa síntese possa auxiliar àqueles que estudam a História da Igreja Moderna, principalmente meus alunos da FAECAD. Segue abaixo um resumo dos capítulos da obra citada. Se houver…
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FAGGIOLI, Massimo. Vaticano II: a luta pelo sentido. São Paulo: Paulinas, 2013
*Arthur Carvalho Moraes
1.       INTRODUÇÃO
 Após mais de 60 anos do fim do Concílio Vaticano II, muito se discute sobre o que representa, de fato, esse acontecimento para a Igreja Católica. Alguns o consideram na linha de continuidade da grande Tradição da Igreja, reputando-o como um capítulo a mais na história milenar e cristalizada do catolicismo. Outros têm-no na linha de uma descontinuidade, considerando existir uma Igreja pré-conciliar e outra pós-conciliar, haja vista as grandes rupturas operadas por esse evento ecumênico.
Como uma tentativa de interpretação do que foi, realmente, o evento conciliar, configura-se a obra Vaticano II: a luta pelo sentido, do professor Massimo Faggioli. Enquanto historiador, o autor situa-se no intermédio entre as duas grandes interpretações acima elencadas, apresentando ambas visões e tentando estabelecer uma posição conciliatória que leve em consideração os aportes que cada traz à teologia atual.
Além de historiador da Igreja, o autor Massimo Faggioli é professor de Teologia e Ciência da Religião na Villanova University, na Filadélfia (Estados Unidos). Tendo recebido seu pós-doutorado na Universidade de Turim em 2002 e lecionado em grandes universidades da Europa, tais como Universidade de Bolonha, Modena e Bolzano, mudou-se, em 2008, para os Estados Unidos, onde, além da atividade acadêmica, escreve regularmente para jornais e periódicos sobre a Igreja, religião e política, como as revistas Commonweal e La Croix International, e ministra frequentemente palestras públicas sobre a Igreja e sobre o Vaticano II. Sobre esse último tema, insta ainda consignar que o prof. Faggioli é co-presidente do grupo de estudos “Estudos do Vaticano II”.
Profundo conhecedor, portanto, do tema sobre o “Concílio Vaticano II”, o autor escreveu, em 2012, a obra ora analisada Vatican II: The Battle for Meaning, a qual ganhou tradução para o português, em 2013, quando foi publicada pelas editoras Paulinas com o título Vaticano II: a luta pelo sentido.
A estrutura do texto é a seguinte: 1) apresentação da edição do português elaborada pelo teólogo José Oscar Beozzo, em que, além de expor os elementos estruturantes do livro, faz importante apontamentos acerca da recepção conciliar na realidade latino-americana, onde as Conferências do CELAM tiveram importante papel na aplicação, fiel e criativa, da nova teologia delineada nos documentos do concílio; 2) Seis capítulos, em que percorre a historiografia desde a realização do Vaticano II até as macroquestões atuais que pairam sobre esse evento e sua herança; 3) Epílogo, em que, realizado todo o percurso histórico desenvolvido no livro, o autor arremata que, no presente, há uma abundância de informações acerca do Vaticano II, que, sem resolver a questão da interpretação coerente e compartilhada dos documentos do concílio, aponta para a contínua necessidade de se aprofundar a leitura histórica do que aconteceu no Vaticano II, mas também depois do Vaticano II. Segue-se a conclusão do autor uma vasta lista bibliográfica, muito proveitosa, sobre o Concílio Vaticano II, dividida por temas: “história do Vaticano II”, “revistas, diários e memórias”, “comentários”, “recepção do Vaticano II” e “interpretações teológicas do Vaticano II”.
 2.       DESENVOLVIMENTO
 No primeiro capítulo Uma breve história do debate sobre o Vaticano II, o prof. Faggioli apresenta o impacto que o evento conciliar trouxe para a Igreja, a ser notar pela lenta e progressiva (e também, por vezes, problemática) recepção do concílio nos diferentes âmbitos da Igreja. Considerando a sua complexidade e seu caráter ecumêmico, é muito importante a questão da hermenêutica do concílio, perpetuada por um longo debate histórico e teológico.
Nesse sentido, o autor apresenta o status quaestionis desse tema, a começar pelo debate que ocorreu no próprio seio do evento conciliar até os dias atuais. Durante a realização do evento, percebeu-se o Vaticano II foi o primeiro concílio realmente mundial. A passagem a esse novo estágio do catolicismo muito deveu aos movimentos precursores do concílio (movimento bíblico, litúrgico, ecumênico etc.), que possibilitaram um verdadeiro ressourcement, perpetrado pelos padres conciliares. Nos primeiros anos subsequentes (1965 a 1980), viu-se que os debates não haviam terminado. Se, por um lado, os bispos participantes do evento visavam a aplicar o Concílio em suas igrejas locais, a maioria dos teólogos, por outro, produzia inúmeros comentários sobre os textos dos documentos. Nesse período histórico, vê-se também a movimentação de uma pequena minoria “conservadora” que rejeitou o concílio e criou a “Fraternidade de São Pio X” pelo arcebispo Marcel Lefebvre, excomungado em 1976.
Na década de 80, a política doutrinal da Santa Sé, com a eleição do Papa João Paulo II e a nomeação do cardeal Ratzinger como Prefeito da Congregação para a doutrina da Fé, começou a influenciar mais decisivamente o alcance do Concílio. Nesse período, é salutar citar a codificação do Código Canônico de 1983 e o Sínodo dos Bispos de 1985, convocado para celebrar o 20º aniversário de conclusão do concílio. Esse último, em seu relatório final, preconizou que “o concílio deve ser entendido em continuidade com a grande tradição da Igreja [...]. A Igreja é una e a mesma através de todos os concílios” (Relatório final do Sínodo Extraordinário de 1985, I.5).
A década de 90 e o início dos anos 2000 foi o momento, de um lado, da realização da mais importante pesquisa histórica do Concílio Vaticano II, levado a cabo por Giuseppe Alberigo, que teve a sua conclusão somente em 2001, com a publicação de A história do Vaticano II, em 5 densos volumes. Por outro lado, com o pontificado de Bento XVI, iniciado em 2005, houve o recrudescimento da uma atitude crítica de Roma para com o concílio, quando foram publicados alguns documentos que não só “suavizavam” os avanços conciliares sobre a eclesiologia e a interpretação do subsistit in da Lumem Gentium, mas também que autorizavam o uso mais amplo da missa tridentina e retiravam a excomunhão dos quatro bispos sagrados pelo cismático Marcel Lefebvre.  
No segundo capítulo Questionando a legitimidade do Vaticano II, o autor apresenta dois extremos ideológicos que colocaram em dúvida a legitimidade do Concílio Vaticano II. De um lado, posicionam-se os “católicos liberais”, que, de um entusiasmo inicial, foram, pouco a pouco, se desencantando com a lentidão das reformas a serem efetuadas e com os visíveis retrocessos operados nos anos seguintes ao evento.
Do outro lado, estavam os “católicos tradicionais”. Esses partidários mostraram oposição, quando ainda o Concílio estava acontecendo, em relação a vários pontos: reformas litúrgicas, renovação bíblica, eclesiologia “do povo de Deus”, reforma da cúria romana, ecumenismo, liberdade religiosa e a relação entre Igreja e mundo moderno. Diferentemente do outro extremo, eles não questionavam a interpretação dada aos documentos, mas a própria validade do concílio enquanto tal. De início, haviam sido convencidos por Paulo VI em participar da “unanimidade moral” do concílio. Depois, contudo, passaram a lutar contra o evento, visto como um capítulo catastrófico na igreja, que, cedendo para o espírito modernista de seu tempo, estava provocando uma grande crise dentro do catolicismo.
Essa minoria tradicionalista permaneceu, em sua maior parte, fiel à Igreja Católico. Contudo, uma parte menor, capitaneada pelo arcebispo Lefebvre, decidiu romper com a Igreja, considerando que Paulo VI, ao impor novos dogmas derivados da cultura moderna, deixou de ser formalmente papa (sedevacância). Consideravam que o Vaticano II foi guiado não pelo Espírito Santo, mas por um espírito liberal-protestante-maçônico. Assim, assumindo o mito de uma “manobra norte-europeia”, supostamente perpetrado pelo grupo de padres da Alemanha, Áustria, Suíça, França, Holanda e Bélgica, fundaram a “Fraternidade de São Pio X”.
O arcebispo Lefebvre via a liberdade religiosa como a principal meta do liberalismo e a reforma litúrgica como introdutora da “missa de Lutero”. Opunha-se à ideia de tradição e revelação, alargadas pelo Segundo Concílio Vaticano, e, assim, à relação da Igreja com a história. Por fim, lamentou o fato dos padres conciliares não terem promulgado um documento que condenasse, explicitamente, o que considerava o erro de seu tempo, qual seja, o comunismo. Lefebvre não se definiu como herege. Contudo, em 1988, é excomungado pelo Para João Paulo II, por ter caído em desobediência ao sagrar 4 bispos para sua fraternidade.
No terceiro capítulo Vaticano II: além de Roma, o escritor aborda os reflexos que o concílio possuiu não só para a Igreja além da europa (nos continentes americano, africano, asiático e oceânico), mas também aos que estão fora do catolicismo, haja vista seu caráter ecumêmico e inter-religioso. Sob esse último aspecto, o concílio foi visto como um ponto de partida para a aproximação entre, de um lado, a Igreja Católica e, do outro, não só as Igrejas Protestante, mas também as outras tradições religiosas.
O prof. Faggioli analisa também o papel que tiveram duas importantes revistas de teologia, quais sejam, concilio e communio, no delineamento de uma nova reflexão teológica no período pós-conciliar, voltada ao homem do seu tempo, que superasse os “velhos manuais”. Contudo, divergências doutrinárias logo levaram as duas a rivalizarem. Em oposição à postura de diálogo e comunhão defendia pela Concilio, a revista Communio trouxe uma visão neoagostiniana, defendendo a importância da revelação recebida pelos cristãos em Cristo e o ressourcement como método para a reflexão teológica.
Sobre o alcance do Vaticano II para fora de Roma, é importante destacar que, durante o concílio, atuaram como observadores ecumênicos representantes das mais variadas igrejas não-católicas, que colaboraram como peritos não-oficiais para a redação de alguns documentos conciliares, em especial os que diziam respeito às questões ecumênicas. Imoportantes teólogos não-católicos participamtes (entre os quais, destacam-se John Moorman, Edmund Schlink, Oscar Cullmann e George Lindbeckderam), cada um a seu modo próprio, manifestaram contentamento, de uma maneira geral, com a reorientação ecumênica e a postura dialogal que a Igreja Católica adotou na relação com as igrejas não-católicas.
Para além da Europa, o Vaticano II marcou o começo de uma “Igreja mundial”, que possuísse a cara da realidade das Igrejas Locais. Na América Latina, o catolicismo foi profundamente marcado pela Teologia da Libertação, a qual, com base em uma eclesiologia do “Povo de Deus” e uma teologia bíblica fundada na história da libertação dos pobres, colocava-se socio-politicamente mais consciente com as estruturas desiguais no 3ª mundo. O autor comenta que a abertura teológica que o concílio trouxe favoreceu a elaboração, entre os anos 1968 e 1975, dessa nova teologia na américa latina.
Para isso, as Conferências Episcopais Latino Americanas – CELAM, quais sejam, Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007), tiveram papel singular, preocupadas em uma recepção fiel, mas também uma aplicação criativa do “espírito” do Vaticano II. Os bispos latino-americanos, alinhados com alguns teólogos importantes, tais como Jon Sobrino e Leonardo Boff, estavam preocupados em ler os “sinais dos tempos” no ambiente histórico-cultural particular em que viviam. O prof. Faggioli comenta que, apesar das condenações oficiais do Vaticano iniciados em meados da década de 80, o legado dessa teologia continua ativo, trazendo impactos que atravessaram fronteiras geográficas e metodológicas.  
Em relação ao continente africano, no lugar da teologia tradicional da salus animarum (“salvação das almas”) e da plantatio ecclesiae (“expansão da Igreja”), desenvolveu-se uma teologia de adaptação e inculturação. Em um continente em que o período pós-conciliar coincidia com o processo de descolonização e criação de uma hierarquia católica local, o foco da recepção africana do concílio foram os temas da evangelização, inculturação, diálogo religioso, ecumenismo e atuação sociopolítica da Igreja no continente. É, assim, que houve importantes adaptações litúrgicas, tais como no canto, nos instrumentos musicais e nos hinos.
Na Ásia, por sua vez, a característica mais forte da recepção do concílio foi a inculturação da fé cristã, tendo como matizes, em primeiro lugar, o diálogo inter-religiosos com as outras religiões pré-judaicas e, em segundo, o ecumenismo. No continente oceânico, a especificidade da contribuição, segundo o autor, é mais difícil de identificar. Contudo, vale lembrar que os bispos australianos foram os primeiros a aceitarem, durante o concílio, o uso do breviário no vernáculo e a estabelecerem orientações para a liturgia no inglês e no latim.  
No quarto capítulo A Igreja e o mundo: agostinianos e tomistas, o autor defende, como tese principal, que o debate entre as diferentes hermenêuticas do Segundo Concílio Vaticano, antes de ser oriundo de diferenças ideológicas ou políticas (“liberais” vs. “tradicionais”) ou da suposta existência de uma “teologia teológica” oposta à “política doutrinal” da Cúria Romana, deveu-se em virtude de diferentes perspectivas teológicas sobre cristologia, eclesiologia e, mais profundamente, a relação entre Igreja e Mundo. Na linha teológica, portanto, os debates se polarizaram entre, de um lado, os neoagostinianos e, do outro, os neotomistas, a primeira mais interessada em permanecer fiel a uma mensagem mais tradicional, e a segunda preocupada em “traduzir” a mensagem evangélica ao homem moderno.
Os neoagostinianos possuíam uma visão pessimista acerca do mundo e da humanidade. Pautando-se nos ensinamentos de Santo Agostinho, acreditavam que a Igreja era uma “ilha de graça” em um mundo entregue ao pecado. Nesse sentido, a Igreja deveria manter um equilíbrio teológica entre natureza e graça e, não adotar uma consciência ingênua na natureza e um otimismo excessivo ao mundo moderno.
Joseph Ratzinger, importante expoente da corrente neoagostiniana, defendia que a renovação do concílio não era uma adaptação medíocre a uma mentalidade moderna, mas representava a recuperação da própria fonte da teologia, qual seja, o dever missionário para com o mundo. O julgamento de Ratzinger estava muito pautado na crítica ao otimismo espantoso que se via na Gaudium et Spes, assim como na centralidade, para a fé cristã, do dualismo existente entre o “Reino de Deus” e a “ordem histórica”, o que o fez refutar qualquer tipo de teologia da libertação ou teologia política.
Os neotomistas, por outro lado, mantêm uma visão mais otimista sobre a criação, os seres humanos e sua história. Para eles, a defesa do lugar da história e do pluralismo é central na teologia. Não se poderia desprezar, portanto, os novos fatos do catolicismo moderna, tais como a expansão missionária, o pluralismo das civilizações humanas, o movimento ecumênico e o apostolado do laicato, como novos loci theologici para a teologia do séc. XX, conforme defendia o dominicano Marie-Dominique Chenu, importante adepto da tendência neotomista. Para esse teólogo, a distinção entre natureza e graça, defendia pelos neoagostinianos, era inadequada no pensamento de Santo Tomás de Aquino, porque negligenciava a autonomia criada e a inteligibilidade do mundo da natureza, do homem e da história. Acreditava também que o “fim da era constantiniana” (acordo entre poder político e poder espiritual) exigia uma mudança da relação entre teologia e história.
Outro dominicano, o francês Yves Congar, um dos mais importantes teólogos do Concílio, considerou que o Concílio Vaticano II, ao trazer a importância da história para a Revelação de Deus, livrou a Igreja do pensamento “agostiniano político”, pelo qual a validade das estruturas e atividades temporais se pauta na sua conformidade com a justiça sobrenatural.
Para dar uma posição mais oficial a esse debate, o recém eleito Papa João Paulo II, em comemoração ao 20º aniversário do encerramento concílio, convocou um Sínodo Extraordinário dos Bispos, realizado em 1985, com o intuito de discutir o papel do Vaticano II na Igreja pós-conciliar e desenvolver alguns princípios hermenêuticos para a recepção do concílio. Desde os questionários enviados aos patriarcas e aos presidentes das conferências episcopais, via-se que a intenção do sínodo, pautado nas hipóteses pessimistas de Ratzinger, era discutir os limites da recepção do Vaticano II.
Nesse sentido, muitos pesquisadores acreditam que o sínodo dos bispos, apesar das respostas pré-sinodais e das intervenções durante o sínodo, representou um retrocesso nos ganhos conciliares, pois muitas noções desenvolvidas pelo Vaticano II foram supressas ou silenciadas a partir de então. Exemplo é a expressão “Igreja como povo de Deus”, preterida pelo acento da Igreja como “mistério”. O Sínodo dos Bispos acentua, ainda, a Teologia da Cruz na Gaudium et spes, em contraposição à visão otimista da relação da Igreja com o mundo.
Pode-se resumir, portanto, que o Sínodo dos Bispos, além de fortalecer a tendência teológica neoagostiniana como parâmetro para a interpretação do Concílio, foi a primeira e mais importante intervenção da Cúria Romana, sob comando do Papa João Paulo II, em reorientar a recepção do concílio para o que aquele desejava: avanço nas questões ad extra (ensinamento social, ecumenismo, diálogo inter-religioso) e retrocesso nas questões ad intra (eclesiologia...).
No capítulo quinto O choque de narrativas, o autor aborda a elaboração do mais importante estudo e pesquisa historiográficos desenvolvidos sobre o Concílio Vaticano II, que desembocou na publicação da obra, em 5 volumes, História do Vaticano II e que instaura uma nova fase na recepção do concílio, qual seja, a da reconstrução histórica. Para entender o que, de fato, aconteceu no Concílio Vaticano II, o historiador Guiseppe Alberigo, a partir de 1988, reuniu pesquisadores de todos os continentes do mundo para, em um estudo multidisciplinar, responder à perguntar “qual o verdadeiro curso do Concílio Vaticano II e qual a sua importância?”. A originalidade e importância dessa pesquisa se radica no fato dela ter utilizado fontes primárias do concílio, quais sejam, atas oficiais, diários e documentos não oficiais dos participantes e correspondências trocadas.
Nessa nova fase, marcada também com a eleição do Papa Bento XVI em 2005, foi criado um novo ambiente teológico que recrudesceu o movimento conservador e começou a questionar a legitimidade da pesquisa coordenada por Alberigo. Focando especialmente em dois pontos do Concílio Vaticano II (a colegialidade dos bispos e o subsistit in da Lumen Gentium), os críticos acusaram o historiador de escrever a história não com base nos documentos finais, mas baseado em uma interpretação ideologicamente tendenciosa e “modernista” do espírito do Vaticano II.
O Papa Bento XVI também reforçou, em seu pontificado, o primado papal frente à colegialidade dos bispos, característica da eclesiologia da iurisdictio (do Vaticano I). Diminui ainda a força de outros aspectos da eclesiologia do vaticano II, tais como a Igreja como Povo de Deus, a Igreja como sacramento do Reino de Deus no mundo e o ecumenismo. Sobre o subsistit in, presente na Lumen Gentium n. 8, a qual preconiza que “a Igreja de Cristo [...] subsiste na Igreja Católica”, a Congregação para a Doutrina da Fé, durante o pontificado de Bento XVI, publica “respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja”, que reinterpreta o subsistit in, no sentido de identificar a Igreja de Cristo com a Igreja Católica, diminuindo, assim, o espaço para o ecumenismo.
A eclesiologia não foi a única reforma da Igreja atacada durante essa época. Vários pontos da liturgia delineada na primeira constituição conciliar aprovada, a Sacrosanctum Concilium, também foram abandonadas. A missa em latim, por exemplo, segundo o Missal de São Pio V é reintroduzia nessa época.
No sexto e último capítulo intitulado Macroquestões do debate sobre o Vaticano II, são abordados três últimos temas bastante atuais, que abrangem e são capazes de resumir as discussões teológicas em torno do concílio, quais sejam, i) o Vaticano II como ponto de partida ou chegada; ii) a dinâmica intertextual dos documentos conciliares; e iii) o papel da história para a Igreja e a Teologia. Quanto ao primeiro ponto, o autor explana que duas visões se rivalizam. A primeira defende que o Vaticano representou o fim de um processo de renovação, que é baseada na letra (essa posição enfatiza o texto do documento), enquanto que a segunda se posiciona no sentido de que o concílio é o começo de uma renovação, pautada na ideia de que aquele é além da mera letra dos documentos, mas configura um sopro do Espírito Santo.
A respeito da dinâmica intertextual dos documentos conciliares, a questão central é: levando-se em consideração que o Vaticano II representa um corpus de documentos, qual o primeiro passo na hermenêutica do concílio para se compreender o seu valor teológico? Uma primeira posição defende que a Constituição Dogmática Dei Verbum, a qual delineia como ocorrem a Revelação de Deus e sua recepção na história da humanidade, desempenha papel de eixo central a partir do qual se interpretam os outros documentos. A segunda abordagem enfatiza a importância da linguagem, que, portanto, evidencia a necessidade de se estudar a formação histórica de cada documento, assim como seus gêneros literários e estilo. Assim, não há a proeminência de um ou outro documento, já que o próprio concílio, como um todo, é um “texto” a ser interpretado de modo orgânico.
Por fim, o autor aborda a questão de como a história humana se torna fonte real da teologia para a Igreja. De uma concepção metafísica (literalmente, “além da natureza”), para uma teologia da “história da salvação”, o valor epistemológico da história remonta à questão de como a Igreja trata o passado, a Tradição, as mudanças de perspectiva teológica. Essa questão acaba desembocando, consequentemente, no mesmo debate se o Concílio Vaticano II é uma continuidade ou uma descontinuidade com a história anterior. O prof. Faggioli recorda que tratar o Vaticano II como continuidade o constituiria como exceção na história dos concílios, haja vista que até Trento, símbolo da Tradição mais correta da Igreja, no qual muitos tradicionalistas se apegam, significou mudança da “falta de clareza” da tradição teológica anterior.
 3.       CONCLUSÃO
 Após o exaustivo e denso estudo do prof. Faggioli, pouco há o que criticar ou acrescentar. É importante frisar que o livro se coloca como uma leitura histórica que vai desde a abertura do Concílio até o final da primeira década do 3º milênio. Nesse sentido, apresenta a história das interpretações do Vaticano II sem se deixar determinar por nenhuma visão político-ideológica, como fazem alguns dos teólogos que tentam interpretar o evento conciliar. O prof. Faggioli consegue produzir, assim, uma pesquisa cuidadosa que apresenta as múltiplas “narrativas” que se digladiam nesse tema.
Dentro dessa perspectiva mais historiográfica, o prof. Faggioli, de uma maneira geral, defende que o Vaticano II é um concílio tanto de continuidade quanto de descontinuidade. Isso porque, se, por um lado, por mais inovador que tenha sido o Vaticano II, ele não rompeu com a Tradição da Igreja, os documentos aprovados mostram, por outro lado, profundas reformas ad intra e ad extra na Igreja, em sua teologia, estrutura e apostolado.
Contudo, no último capítulo, quando aborda as “macroquestões” do concílio, o prof. Faggioli pende para a interpretação da descontinuidade do concílio. Comenta que: “supor uma continuidade perfeita entre o Vaticano II e a tradição anterior colocaria o Vaticano II na categoria de exceções da história dos concílios da Igreja” (FAGGIOLI, 2013, p. 192). Para defender essa tese, explana que todos os concílios ecumênicos representam descontinuidade na história da Igreja. Eles funcionam como “acontecimento”, que irrompe na história da Igreja e que, por si só, representam novos caminhos. O que ocorreu com o Vaticano II é que tal característica se tornou mais aguçada haja vista seu caráter verdadeiramente mundial.
De fato, o Vaticano II trouxe uma guinada teológica e nas ações pastorais da Igreja. A Igreja que chegou ao Vaticano II não é mais a mesma depois de 1965. Isso não quer dizer que o referencial último da Igreja tenha mudado. Cristo é o mesmo: o alfa e ômega, princípio e fim (cf. Ap 1,8). Porém, a forma como a Igreja tem respondido a essa revelação de Deus tem caminhado.
Modena e Souza concordam com essa argumentação:
Ao analisar os documentos conciliares, percebe-se o quanto foi significativa a decisão pela descontinuidade de algumas concepções teológicas e de algumas opções disciplinares. Os pontificados das últimas décadas e o dos dias hodiernos, não por acaso, insistem em pregar a misericórdia, em querer dialogar com as diferentes religiões, ou mesmo tocar as feridas da humanidade. Tais atitudes são expressões concretas de um rico legado deixado pelo Vaticano II, que dogmaticamente nada de novo definiu, mas que compreendeu que a condenação não combina com o jeito de amar do Deus de Jesus (MODENA; SOUZA, 2019, p. 57).
Esses autores, contudo, advertem a respeito de uma leitura equivocada do Vaticano II de “descontinuidade e ruptura”. Recordam que o Vaticano II não discordou de nenhum dogma estabelecido, não anulou nenhum ensinamento magisterial e não rompeu, assim, com a Tradição da Igreja (cf. MODENA; SOUZA, 2019, p. 55). O prof. Faggioli, de igual forma, condena os “paraconcílios”, constructos forjados por uma interpretação tendenciosa e afetada. “É verdade que, no período pós-conciliar do Vaticano II, a teologia católica às vezes se permitiu um ‘paraconcílio’ e esqueceu o verdadeiro. Isso é verdadeiro para os dois lados” (FAGGIOLI, 2013, p. 191).
Nesse sentido, é equivocado se considerar que há apenas rupturas no Concílio Vaticano II. Os movimentos precursores do Vaticano II (ecumênico, bíblico, litúrgico, social e missionário) são prova do contrário. Contudo – e nisto os autores estão corretos –, o Vaticano II representa um sopro, inédito e inovador, do Espírito Santo na Igreja Católica.
O que talvez pudesse ser complementado à pesquisa do prof. Faggioli é a eleição, em 2013, de Francisco como papa da Igreja, o que tem trazido a cada dia novos impulsos à aplicação do Segundo Concílio Vaticano. Contudo, considerando que o livro foi publicado em 2012, os novos rumos para os quais Francisco tem direcionado a Igreja podem ser examinados pelo autor em uma 2ª edição ampliada.
Até o prof. Faggioli complementar sua obra, duas características do pontificado de Francisco já podem ser apontadas. Como apoio a essa tarefa, utiliza-se o artigo Fronteiras eclesiais no pontificado de Francisco, escrito por Elias Wolff e Raquel Colet, ainda no prelo do n. 93 da Revista de Cultura Teológica, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Uma primeira característica do Papa Francisco que representa o aggionarmento do Vaticano II é a sua eclesiologia, especialmente a relação que entende entre o Papa e os bispos. Ao apresentar-se como “Bispo de Roma”, demonstra como entende o primado papal. Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, Francisco considera que a Igreja Local é “o sujeito primário da evangelização” (EG 30), recuperando a autoridade de cada bispo em sua igreja (EG 16. 31) e das conferências episcopais (EG 32). Os bispos, assim, devem estar “à frente”, “no meio” e “atrás” do povo para “promover uma comunhão dinâmica, aberta e missionária” (EG 31) (cf. WOLFF; COLET, 2019). Esse é um perfeito ensinamento que pode ser extraído da Lumen Gentium, conforme se pode vislumbrar em seu n. 23:
E cada um dos Bispos é princípio e fundamento visível da unidade nas suas respectivas igrejas, formadas à imagem da Igreja universal, das quais e pelas quais existe a Igreja católica, una e única. Pelo que, cada um dos Bispos representa a sua igreja e, todos em união com o Papa, no vínculo da paz, do amor e da unidade, a Igreja inteira.
Recepcionando os ensinamentos do Vaticano II, Francisco reforça esse entendimento do papel dos bispos, suavizando a sua própria potestas de Romano Pontífice. “Não convém que o papa substitua os episcopados locais no discernimento de todas as problemáticas que sobressaem nos seus territórios” (EG 16).
Outra característica de Francisco que mostra que os efeitos do Concílio Vaticano II têm se multiplicado é a sua disposição em prol do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Analisando as fronteiras religiosas, o Papa Francisco reconhece as que são componentes da identidade eclesial, mas também transpõe aquelas que impedem a comunhão na fé cristã. Tem sido, por exemplo, bastante inovador seu incentivo ao diálogo com o pentecostalismo. Suas iniciativas têm dado importante impulso para as afirmações das Declarações conciliares Nostra Aetate e Unitatis redintegratio. Nesse sentido, Elias Wolff e Raquel Colet destacam três características de Francisco.
No diálogo inter-religioso, três elementos o distinguem dos seus predecessores: é o primeiro papa a fazer uma viagem com características fundamentalmente inter-religiosas, indo a Myanmar e Bangladesh, em dezembro de 2017; expressa um convicto apoio ao diálogo com os muçulmanos, apoiando a criação de uma Comissão Palestina para o diálogo com o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso; e, na encíclica Laudato si, vincula estreitamente o diálogo inter-religioso com a doutrina social da igreja, convocando todos os credos a uma corresponsabilidade por uma “ecologia integral” (WOLFF; COLET, 2019).
Depois de um pontificado mais “duro”, por assim dizer, do papa Bento XVI, que trouxe cautelas na aplicação dos avanços do Vaticano II, Francisco tem sido um novo e diferente capítulo à história conciliar. Graças à sua vontade, seu intenso trabalho e seu entendimento teológico, Francisco tem colocado em prática muito dos ensinamentos conciliares. Em Francisco, encarna-se o mesmo projeto de aggiornamento e diálogo com o mundo que se viam, respectivamente, em João XXIII e Paulo VI.
 BIBLIOGRAFIA
 CONCÍLIO VATICANO II. Constituição Dogmática Lumen Gentium. São Paulo: Paulinas, 2006
FAGGIOLI, Massimo. Vaticano II: a luta pelo sentido. São Paulo: Paulinas, 2013.
FRANCISCO, Papa. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. São Paulo: Paulus/Loyola, 2014.
MODENA, Hernane; SOUZA, Ney. Igreja testemunho da misericórdia, do diálogo e do encontro no mundo contemporâneo. In: SOUZA, Ney (org.). Vaticano II: história, teologia e desafios. Curitiba: CRV, 2019. p. 19-87.
WOLFF, Elias; COLET, Raquel. Fronteiras eclesiais no pontificado de Francisco. Revista de Cultura Teológica, São Paulo, ano XXVII, n. 92, p. 184-208, jan./jun. 2019.
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korrektheiten · 12 years ago
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Konzil: Historikertagung in Rom
Kreidfeuer:" http://www.katholisches.info/2012/10/10/revolutionares-konzil-ein-klares-nein-von-benedikt-xvi-historikertagung-im-vatikan/: Auf der Rechten wie auf der Linken, bei den Lefebvrianern wie bei den Dossettianern der Schule von Bologna, so der Vatikanist Paolo Rodari, ist die Kritik an der von Papst Benedikt XVI. mit seiner Rede vor der Römischen Kurie … Weiterlesen → http://dlvr.it/2J6v9Y "
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anticattocomunismo · 2 years ago
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La Messa sul materassino o il Rito Romano antico?
La Messa sul materassino o il Rito Romano antico?
Tra le immagini che rimarranno nella memoria storica di quest’estate, c’è la Messa celebrata su un materassino gonfiabile, nel mare di Calabria, da un sacerdote milanese, in costume da bagno, circondato da giovani in acqua con lui. (more…)
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anticattocomunismo · 4 years ago
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Non ridateci la Democrazia cristiana!
Non ridateci la Democrazia cristiana!
È necessario per i cattolici rivendicare un proprio ruolo ed una propria visibilità nell’attuale momento storico, in politica e nella società. Il che non significa però lanciarsi nell’avventura di un nuovo partito politico. Giovanni Paolo II ricordò come «una democrazia senza valori si converta facilmente in un totalitarismo aperto oppure subdolo. Per questo uno dei compiti più urgenti del…
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bergoglionate · 5 years ago
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Fine dell'evangelizzazione cattolica?
Fine dell’evangelizzazione cattolica?
Papa Francesco ha nominato il cardinale dossettiano Tagle prefetto dell’ex Propaganda Fide, “defenestrando” con due anni di anticipo il cardinale Filoni. Perché queste decisioni improvvise dell’attuale Vescovo di Roma? Ce ne parlano il vaticanista Marco Tosatti e la scrittrice Cristina Siccardi.
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anticattocomunismo · 5 years ago
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Tagle, potere e fiducia: chi è il nuovo uomo forte vaticano
Tagle, potere e fiducia: chi è il nuovo uomo forte vaticano
Il cardinale Tagle alla Congregazione per l’Evangelizzazione ridisegna la mappa del potere vaticano: si ritroverà a guidare un super-dicastero destinato a sottrarre alla Congregazione per la Dottrina della Fede il primato nell’organigramma. La vicinanza alla scuola di Bologna, l’imprinting “progressista” e la fiducia di Bergoglio: ecco perché il cardinale “bambino” sarà determinante nel nuovo…
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anticattocomunismo · 7 years ago
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Il pensiero pericoloso di Giuseppe Dossetti
La sua opera di politico prima e di sacerdote dopo non sfugge al “peccato originale” della Scuola di Bologna, di cui Dossetti è, non a caso, il fondatore e l’ispiratore: l’impostazione di fondo di tutta la sua visione è infatti la contrapposizione tra il passato e il futuro, che assegna al presente il ruolo di momento di rottura, affinché il futuro possa essere in discontinuità rispetto al…
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bergoglionate · 5 years ago
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Gesuiti modernisti? Falsi maestri che hanno modificato il senso del peccato
Gesuiti modernisti? Falsi maestri che hanno modificato il senso del peccato
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Piero Vassallo da un articolo su Riscossa-Cristiana del 2015, riportava: “La sera dell’otto ottobre, sulla rete televisiva Sette, Gad Lerner ha pilotato un dibattito sul Vaticano II nella direzione gradita dagli scolarci bolognesi, tardi eredi delle illusioni nutrite dal card. Giacomo Lercaro, da don Giuseppe Dossetti e dal prof. Giuseppe Alberigo. La scuola di Bologna, nel dibattito…
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anticattocomunismo · 9 years ago
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C'è un pacco dono sotto l'albero, per la "scuola di Bologna"
C’è un pacco dono sotto l’albero, per la “scuola di Bologna”
Tre milioni di euro nella Legge di Stabilità a favore di istituti di Scienze religiose. Una misura che sembra fatta su misura per la Fondazione Giovanni XXIII di Bologna, di cui è direttore Alberto Melloni. Il quale è anche il super-consigliere del ministro Giannini, al quale spetterà il compito di assegnarli. Quante coincidenze… (more…)
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anticattocomunismo · 12 years ago
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Un’espressione militante della “scuola di Bologna”: “il Laboratorio Sinodale Laicale”
di Mauro Faverzani, da Corrispondenza Romana (25/09/2012)
Si muovono nell’ombra, ma sanno dove andare. Non sono un gruppo qualsiasi. Si firmano “Laboratorio Sinodale Laicale”, ma dietro di loro c’era Giuseppe Alberigo e oggi ci sono i suoi pupilli Alberto Melloni (sì, l’articolista del Corriere della Sera) e Giuseppe Ruggieri (lo stesso che ci invita, con un volumetto appena pubblicato da Einaudi, a Ritrovare il Concilio).
In una parola c’è la “scuola di Bologna”, quella che auspica un “Vaticano III” per “riformare la Chiesa” e che ora si serve di uno strumento operativo per penetrare nelle parrocchie e nei circoli cattolici. Un esempio della loro concezione socio-ecclesiastica? Non credono nella famiglia, ma nelle «famiglie», come scrivono nel documento elaborato a Milano presso la Rettoria di San Gottardo, a Palazzo Reale. Dimenticando il vecchio e nuovo Catechismo della Chiesa Cattolica, che, con estrema chiarezza, spiega come famiglia sia solo quella fondata sul matrimonio tra uomo e donna, distinguono le famiglie «normocomposte» dalle altre. Senza escluderne alcuna. Senza fare eccezioni.
C’è da chiedersi, se nel mucchio vi siano da annoverare anche quelle omosessuali. Di certo vi finiscono separati, divorziati, coppie di fatto, nonché le cosiddette “famiglie ricostituite”, in una parola “pasticciate”. L’estemporaneo sodalizio ne chiede il «riconoscimento». Per questo cita i soliti casi estremi, tanto noti, ormai, da non esser nemmeno più strappalacrime. Non ne prende in considerazione la dimensione sacramentale. «Il punto di partenza» si ritiene sia un altro ossia «la coppia, che sceglie di entrare in un rapporto particolare basato sull’amore, su un progetto comune». Una sorta di “contratto”, insomma, che oggi si può fare e domani disfare. Per il Laboratorio, «omologare» la famiglia, assolutizzarla in un «solo modello» sarebbe un’«ingenuità imperdonabile», «sconcertante, povera e impoverente». Ma non si limita a questo: in un altro testo accusa la «gerarchia» di puntare solo sui «valori non negoziabili» e d’esser invece troppo servile nei confronti di una politica «populista».
Da qui, i soliti slogan ovvero la decisione di farsi portavoce della cosiddetta «base» e di sposare il più trito filone pauperistico. Ad ospitare le sue posizioni, oltre alla solita agenzia Adista, è il sito Statusecclesiae, gestito da alcuni dei firmatari della «Supplica» ai Vescovi del 13 febbraio 2007, in cui si chiedeva che accettassero e senza fiatare il progetto di legge sui «diritti delle convivenze», presentato quando in carica c’era il governo Prodi (primo firmatario della Supplica fu Giuseppe Alberigo), nonché i sottoscrittori del Documento dei 63, con cui nell’89 si accusò la Santa Sede di eccessivo autoritarismo, si pose in discussione l’infallibilità del Magistero e s’imputò alla Chiesa d’esser percorsa da «spinte regressive».
Alla bioetica cattolica, definita «infantile», preferiscono un’etica della situazione; si accendono per il mito dell’operaismo, per i “dissidenti” di “Noi siamo Chiesa” e per la teologia della liberazione – condannata ‒; gioiscono per l’abolizione dei crocifissi nelle aule scolastiche. L’elenco di sconcertanti luoghi comuni potrebbe continuare. Per contestarli tutti, dovremmo trascrivere il Catechismo, i testi del Magistero, della Tradizione e della Sacra Scrittura. Non ne vale la pena: rimandiamo agli originali. Di certo addolora però come queste posizioni possano diffondersi indisturbate: non sono solo critiche, infatti. Sono molto di più. E qualche parroco, come è già capitato, potrebbe utilizzarle nella propria pastorale. Reiterando l’errore. Liberissimi loro di non condividere le posizioni del Magistero. Ma abbiano almeno il coraggio e la decenza di farlo responsabilmente ovvero stando fuori dalla Chiesa. 
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anticattocomunismo · 12 years ago
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Quarant'anni dopo. Il Concilio Ecumenico Vaticano II/3
Attenti alle interpretazioni ideologiche
Le critiche di un vescovo all’interpretazione del Vaticano II dello storico Giuseppe Alberigo e della sua scuola. E l’appello a non separare lo «spirito del Concilio» dai suoi documenti.
Scritto da Roberto BERETTA, da Il Timone (12/2005)
Alla presentazione del suo nuovo libro, il presidente della Cei cardinale Camillo Ruini ha chiesto che finalmente venga scritta una storia del Concilio Vaticano II “non ideologica”. E subito monsignor Agostino Marchetto, segretario del Pontificio Consiglio dei Migranti, è diventato famoso per molti giornali italiani. Eppure il suo testo Il Concilio Vaticano II. Contrappunto per la sua storia è poco più che una raccolta di recensioni... Semmai esplosivo è il fatto che il vescovo abbia avuto il coraggio di criticare la più «intoccabile» storia del Vaticano II, quella compilata dall’«officina bolognese» guidata da Giuseppe Alberigo: libri che, anche solo per la loro monumentalità, condizionano pesantemente tutte le interpretazioni del Concilio.
Monsignor Marchetto: c’è chi lo esalta e chi lo svaluta; chi lo interpreta come un passo fondamentale per la Chiesa e chi all’opposto sottolinea che si è trattato solo di un «concilio pastorale», senza forza dogmatica. Lei, da storico e da uomo di Chiesa, come la pensa? Come dobbiamo interpretare davvero il Vaticano II?
Nei vari atteggiamenti verso il Concilio troviamo l’opinione di ciascuno, il punto di vista personale se non la propria “ideologia”. Invece dobbiamo chiederci come vedere con gli occhi della fede questo grande avvenimento ecclesiale (e non solo) del XX secolo; il generale Charles de Gaulle giungeva infatti a dire che si è trattato del maggior evento anche per la storia profana. Per noi cattolici si tratta di un Concilio ecumenico, dunque non accettiamo la prospettiva di staccarlo dagli altri concili e dalle decisioni conciliari che portano il marchio cattolico del consenso e dell’unità. Per noi i suoi testi non vanno svalutati né “filtrati”, sia pure tenendo presente il “genere letterario” di ciascun documento. E poi soltanto i testi definitivi “fanno testo”, altrimenti qualcuno li riceverà alla sua maniera, a pretesto per il proprio cammino personale o per la sua preferenza teologica o di “scuola”. Il fatto poi che il Concilio non proclami nuovi dogmi, che sia stato voluto come “pastorale”, nulla toglie alla sua importanza, per noi tesa alla promozione della fede cattolica e al rinnovamento dei costumi e della grande disciplina intrapresi dai concili che lo precedettero. Purtroppo tale non è il pensiero dell’interpretazione “bolognese”, appunto.
Già. Una corrente culturale molto ascoltata, almeno negli scorsi decenni, ci ha insegnato a dividere il Concilio in due fasi: la prima, quella aperta e «progressista», sotto il «buon» Giovanni XXIII e il Paolo VI degli inizi; la seconda, che si prolunga anche dopo la fine delle assise vaticane, sarebbe invece un «tradimento» delle promesse e aspettative precedenti. Lei critica radicalmente tale interpretazione: su che basi di fatto?
Ho dimostrato con ricerca approfondita del pensiero di Giovanni XXIII e di Paolo VI che i due Papi avevano, rispetto al Concilio, la stessa intenzione. Papa Giovanni distingueva la sostanza – l’intera, precisa, immutabile dottrina – e la sua presentazione. L’aggiornamento (parola chiave per capire il Concilio), dunque, era inteso non come spaccatura col passato, o contrapposizione di momenti storici, ma quale crescita, perfezionamento del bene sempre in atto nella Chiesa, pur con le sue rughe. Paolo VI fu fedele interprete del pensiero del predecessore e non suo affossatore, come ha tendenza a credere la corrente che va per la maggiore nell’interpretazione conciliare. In effetti Paolo VI, pur di formazione e carattere diversi dal Papa Buono, mantenne la stella polare dello “sviluppo nella continuità”. Non sarebbe nel vero – affermò papa Montini – chi pensasse che il Vaticano II rappresenti un distacco, una rottura o una liberazione dall’insegnamento della Chiesa, o autorizzi o promuova un conformismo alla mentalità del nostro tempo.
È in ogni caso curioso che sia chi nega persino la validità del Concilio, sia chi ne enfatizza l’importanza quasi fosse una «rifondazione» della Chiesa, in realtà interpreti il Vaticano II come una frattura – positiva o negativa, a seconda delle preferenze – rispetto al passato. Come mai?
Gli estremisti, sia nel gruppo degli “innovatori” (diciamo così) che dei “conservatori”, non hanno accettato il consenso conciliare stabilito sia attorno al rinnovamento, sia sulla tradizione. Penso a coloro che si rifanno al vescovo scismatico mons. Marcel Lefebvre e alla “officina di Bologna”, per esempio, che si ritrovano nel comune terreno dell’interpretazione del Concilio secondo le loro preferenze: nel senso, cioè, della nascita quasi di una nuova Chiesa infedele alla tradizione per gli uni, o del rinnovamento che si vuol radicale per gli altri. Entrambi insomma vanno contro la natura di un Concilio ecumenico, quale fu il Vaticano II.
Lo «spirito» del Concilio: per quanto tempo ne abbiamo sentito parlare... Esiste davvero? E in che cosa consiste?
In genere si parla dello spirito quando si considera ciò che lo caratterizzò oltre i documenti, però senza svalutarli. Ma c’è anche una tendenza a considerare lo “spirito” del Concilio secondo il proprio intendere e quanto il Concilio avrebbe dovuto essere, e non fu, piuttosto che i suoi documenti finali che – come detto – fanno testo. Di essi c’è svalutazione voluta, interpretazione parziale, filtro “ideologico”. Fin dall’inizio avvertii questo pericolo e sottolineai che “spirito” e “materia” (cioè i documenti finali) non solo vanno insieme, ma lo spirito lo è di questi documenti ed essi sono animati da quello spirito. L’esempio dell’anima e del corpo nell’uomo, unità sostanziale, potrebbe essere una buona immagine esemplificativa.
Il post-Concilio, con tutti i fenomeni di contestazione e dissenso, non sembra essere stato un periodo felice per la Chiesa. Paolo VI ha parlato persino di «fumo di Satana» penetrato tra le navate. Forse era meglio non celebrarlo nemmeno, il Vaticano II?
Ricordo anzitutto quanto spesso ripetuto anche dal Magistero: quanto si è verificato dopo il Concilio non è da attribuire ad esso. Ma certo va anche fatta menzione del rischio che si ebbe per una falsa percezione della discussione conciliare. Dietro il predominio dei teologi si coglieva infatti qualcosa d’altro: l’idea di una sovranità ecclesiale in cui il popolo stesso stabilisce quel che vuole intendere con il termine Chiesa, che anzi appariva ormai chiaramente definita come “popolo di Dio”. Si annunciava così l’idea di una “Chiesa dal basso”, di una “Chiesa del popolo”, che poi divenne il fine stesso delle riforme. Il Concilio può essere stato interpretato falsamente, e da ciò le difficoltà post-conciliari. Eppure, anche con tali rischi, come ci troveremmo se il Concilio non ci fosse stato? Saremmo immensamente più poveri.
A 40 anni dalla conclusione, qualcuno descrive il Vaticano II come un Concilio ancora «incompiuto». Qualcun altro (anche tra i cardinali) invoca un Vaticano III. Lei con chi sta?
Perché incompiuto? Anche qui penso di intravedere le insoddisfazioni degli uni e degli altri, perché i propri desideri, anche ecclesiali, non sono stati esauditi. Dobbiamo metterci in un atteggiamento di fede, perché Dio va oltre i nostri desideri, specialmente se sono umani, troppo umani. Ma sì, potrei accettare il senso di “incompiuto” se significasse che ognuno lo deve compiere nella cosiddetta “ricezione” del Concilio: nella sua interezza, non solo in quello che ci piace. Compiamo dunque il Concilio con un’adesione di mente e cuore, smettiamo di criticarlo e invece applichiamolo! C’è ancora, credo, tanto da pensare, agire e rinnovare nella fedeltà. Anche per questo, personalmente, reputo che dovremmo prima “assorbire” il Vaticano II. E il cammino a questo riguardo mi sembra ancora abbastanza lungo.
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