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#´e que a vida de adulto não é tão divertida assim
danilcc · 1 year
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DANIEL’S 𝐀𝐏𝐀𝐑𝐓𝐌𝐄𝐍𝐓.
Quando Daniel se mudou, aquele espaço não tinha nada além do seu desejo de recomeçar, foram os dias que passaram ali que lhe ajudou a montar o lugar devagarzinho, chegou a usar do dinheiro guardado em sua conta para poder comprar alguns pequenos luxos, mas nada que fugisse a visão que queria de quem realmente estava voltando a estaca zero. Porém, o vazamento que aconteceu no prédio lhe ajudou a uma nova reforma, decidiu enfim fazer o que era pra ter sido feito no início. Daniel pintou as paredes, arrumou alguns móveis velhos e revitalizou o ambiente.
Daniel sempre achou terapêutico fazer trabalhos manuais, fez todos os cursos existentes na clínica e aprendeu na prática a fazer diversos dele, desde a pequenos reparos domésticos como também a mexer com materiais diferenciados. Marcenaria, pintura e jardinagem foram os espaços mais frequentados por ele, então, naturalmente, colocar mais plantas lhe pareceu o mais próximo de quem ele era agora. Comprou novas cortinas, jogo de cama, tapetes e, claro, tudo o que precisava para montar um pequeno estúdio, nesse caso, precisou recorrer a sua irmã, pois de fato não queria mais mexer naquela conta que deixou de lado.
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E as mudanças foram as cores, seu terapeuta sempre lhe disse para colorir mais a sua vida e estava começando a gostar da ideia de ter um ambiente mais a cara do brasileiro. O sofá velho foi reformado, não custou tanto quanto comprar um sofá novo, decidiu colocar os seus quadros na parede e até emoldurou um desenho de Hangyu ( @zihcn ) que ganhou de presente. Capas de discos no cantinho da música, e um puff que desconfia não ser tão confortável como prometeram para ele. Os móveis da cozinha também ganharam uma cor, até a geladeira parece nova com o adesivo que decidiu colocar. O tapete de pêssego no banheiro foi um presente do vizinho ( @gyeonyeong​ ) e o armário cor de rosa onde coloca as suas roupas, foi o que ele encontrou do lado de fora de uma academia de muay thai, e ele achou que tava novo demais para ir pro lixo.
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Já o estúdio, bem, esse ele fez todo sob supervisão de sua irmã, porque ela queria que fosse um ambiente confortável para ele e que não incomodasse tanto os vizinhos, ainda que não tinha conseguido colocar a acústica porque Daniel não quis. Em troca de tanto empenho, Daniel decidiu aceitar os seus instrumentos que a mãe vivia lhe enviando e que ignorou por todos os anos seguintes após a internação, também aceitou que passasse a ter visitas apenas de sua irmã em seu apartamento, lhe parecia caro, mas estava determinado a tentar se dedicar mais a música, era preciso um pouco de sacrifício. Ah, também acabou passando do ponto com a compra de discos, talvez ele e a sua irmã tenham tido um momento meio engraçado de pequenos surtos por encontrar os discos de suas bandas preferidas tudo junto.
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bocadesacola · 2 years
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ainda me lembro de encontrar com EUGEN LARS BROWN nos corredores de acadia high! ele era tão parecido com ADRIAN OJVINDSSON, mas, atualmente, aos 30 anos, me lembra muito mais ADAM HUBER. também fiquei sabendo que atualmente está DESEMPREGADO e que ainda é GENTIL e FOFOQUEIRO. uma pena acabar encontrando ele assim… não é possível que esteja envolvido com a morte de idris niven, certo?
skeleton 004.cis masculino. bissexual, biromantic. câncer. ex-colunista de fofoca.
CONEXÕES
PINTEREST
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Infância
Pais separados, duas casas, certo? Errado. Eugen cresceu em meio a uma guerra entre seus pais, os adultos tentavam fazê-lo gostar mais de um do que do outro, sempre tentando comprar seu amor e sua atenção com brinquedos, querendo saber informações sobre o outro para que pudessem usar em discussões nas poucas vezes que se encontravam. Caos.
Uma criança que não teve uma criação estável, o pai dizia que era errado fumar e segundos depois acendia um cigarro, a mãe dizia que era errado beber… mas falava isso com um copo na mão. Pais que mentiam para os vizinhos, para os outros familiares, para o filho. Que ensinaram o único filho a contar o que viam durante o tempo que passava com o outro e lhe pagavam com doces ou com brinquedos. Informações lhe rendiam recompensas. Quando não tinha nada de diferente para contar, Eugen mentia. E ora, ganhava os brindes de todo jeito! A mentira valia a pena.
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Adolescente
Os diretores logo entendiam que não adiantava chamarem os pais de Eugen para uma conversa sobre as coisas que o jovem adolescente dizia pelos corredores. Os adultos alegavam que iriam fazer de tudo para o filho mudar, Eugen prometia, jurava por sua alma que iria mudar… E dois dias depois, mais uma reclamação chegava. Ora! Adolescente sendo adolescente, certo?
Se você quiser informação sobre quem está saindo com quem; qual dos jogadores deixou para trás aquela bituca de cigarro atrás da arquibancada ou mesmo qual dos professores teve um caso com o zelador… É com Eugen que tem que falar. Ele não escondia que adorava iniciar os boatos ou falar as verdades. As pessoas sequer sabiam mais a diferença entre o que era verdade e o que era mentira, a segurança com a qual Eugen alegava as coisas tornava tudo crível. A chave para uma boa fofoca era ter verdades entrelaçadas com algumas mentirinhas para aumentar os fatos.
Suas fofocas costumavam ser divertidas, ajudava a movimentar a escola e deixava todo mundo alerta. Quando Eugen criou um MySpace para divulgar suas informações, apesar de não ser algo declarado que a página Sweet News era sua, no fundo, todos sabiam. E todos seguiam. Foi dali que partiu a informação sobre Idris nunca ter beijado alguém, sobre os tocos que o rapaz levava; embora ele não fosse o seu alvo principal, foi a fofoca mais visitada de sua página!
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Adulto
Trabalhar em uma revista sobre famosos era previsível. Eugen tinha sua própria coluna e assinava sob o nome E.L., poucas pessoas sabiam sua identidade pois era mais fácil de se infiltrar nos ambientes e conseguir informações se as pessoas não sabiam quem ele era.
Parecia que estava recriando a sua infância, tendo uma filha com uma das amigas da adolescência, vivendo com a guarda compartilhada, trabalhando até altas horas e, claro, espalhando inúmeros fatos falsos e outros verdadeiros, claro. As pessoas adoravam sua coluna por causa da credibilidade, sempre vinha com provas dos assuntos que tratava, apesar de exagerar nos textos.
Em uma manhã de sábado, a ligação que mais temia veio: você está demitido. Seu chefe não deu muitas explicações, apenas que recebeu informações de que sua coluna não estava entregando verdades, mas sim mentiras; havia provas disso. Seu nome foi vazado, seu passado vasculhado. Sweet News vinha assombrar sua vida e lembrar do adolescente fofoqueiro e mentiroso que foi. Quem mais poderia ser senão Idris? Alguns de seus colegas também enfrentaram ataques do maluco, a situação era clara para si. Com o desemprego, seu tempo com a filha precisava diminuir pois não tinha como sustentar corretamente a criança. Teve que se mudar para outro lugar, as revistas e sites não aceitavam seu currículo por causa do escândalo de espalhar notícias falsas. Sua vida estava arruinada. E a culpa era do merdinha do Idris.
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ricardocaian · 2 months
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Um único sonho
Eu só tive um grande sonho na vida, que é o mesmo que ainda tenho. Eu já o sonhava desde antes de falar em voz alta pela primeira vez, pois brincava desde a primeira infância de ser rockstar, ouvindo Metallica usando uma raquete como guitarra e minha cama como palco. Contraditoriamente, nessa mesma época, eu apesar de não gostar, já tocava violão pois minha mãe me obrigou a fazer aulas. Ela grávida de mim já sonhava também esse sonho, que era que seu primeiro filho fosse homem e músico. Eu tive que me apresentar no recital dessa escola de música, e chegando lá eu vi uns adolescentes já tocando músicas de adulto, e eu me apavorei com a vergonha que sentiria de tocar “Marcha Soldado”, não por ser música de fascista, o que seria justo, mas por ser música de criança, o que eu era demais pra me envergonhar pelo motivo certo. Pois eu chorei no colo de minha mãe e disse que não ia tocar de jeito nenhum, e passada a minha vez, eu me arrependi e comecei a chorar porque queria sim subir no palco, mas com a condição de que ela fosse comigo e cantasse junto, pois sozinho eu não teria coragem. Acabou sendo traumático do mesmo jeito, pois eu era uma criança patologicamente tímida e pedi pra não fazer mais aulas de violão.
Mas as brincadeiras de rock continuaram, só que com os CD’s de bandas nacionais e junto com meu amigo Gabriel, que certo dia me ligou dizendo que ouviu no rádio que ia ter um show dos Paralamas do Sucesso em Salvador e imploramos aos nossos pais pra nos levarem. Tio Chico e meu pai então se juntaram na missão de levar duas crianças pra um show que eles nem queriam ir. O ano era 1999, e a gente era tão pequeno que passamos o show todo cantando todas as músicas sentados nos ombros de nossos pais sem cansá-los.
Ao ver Herbert, sua super banda e ainda com Dado do Legião Urbana pela primeira vez, eu lembro que desejei fazer aquilo também um dia. Mas quem teve a iniciativa de tocar primeiro foi Gabriel e me pediu o violão da minha mãe emprestado. Mas ele querendo guardá-lo de forma segura, o colocou no sofá da casa debaixo de almofadas, e tio Chico, seu pai, chegando em casa, sem ver, sentou no violão e o partiu no meio. Eu que não tinha qualquer apego com aquele instrumento fiquei revoltado e logo Tio Chico e tia Heliane me deram um novo, e na verdade, meu primeiro violão, pois até então o que tinha em casa era da minha mãe, assim como aquele sonho que em pouco tempo viria a ser o meu só também.
Numa tarde de dezembro daquele mesmo ano eu, através de revistinhas de violão, comecei a aprender músicas dos Paralamas e do Legião. Minha mãe ao chegar do trabalho e me ver tocar de verdade, ficou perplexa. Lembro que tinha as cifras de “Ovelha Negra” de Rita Lee e minha mãe pediu pra eu tentar acompanhá-la, e de pronto, decifrando aquele código simples e novo pra mim, eu toquei. Ela então viu pela primeira vez o sonho dela se realizando, enquanto eu ainda achava tudo uma brincadeira divertida, só que aos poucos ia ficando mais séria.
Mas quando entrei no ginásio e mudei de uma escola em Itapuã cheia de alunos pretos, para o Portinari onde eu logo me dei conta de que era um dos poucos, vi que o violão seria minha arma pra sobreviver e ganhar meu lugar naquela selva branca. Apesar de já ser fã dos Paralamas, “Ana Júlia” do Los Hermanos, hit da época, foi a música que primeiro eu toquei num recreio. E meu plano começou a dar certo já de saída. Recebi um beijo no rosto de uma menina mais velha e deixei os outros moleques invejados ao me verem tocar os difíceis acordes com pestana com facilidade, tendo mãos menores que as deles.
Então o que era uma brincadeira de criança e que passou a ser uma estratégia de sobrevivência, nesse dia 20 de julho de 2000, comigo cantando e tocando pela primeira vez no palco (ainda que com minha mãe pra substituir minha falta de coragem) percebi que meu grande sonho era aquele que eu sonho até hoje e que estava já se realizando pela primeira vez. E ele seguiu se realizando várias vezes, mas eu não percebia, pois nunca era exatamente do jeito que eu ilustrava na mente. Eu não queria tanto tocar com Baby do Brasil ou Baco Exu do Blues, por exemplo, quanto eu queria ser eu mesmo o rockstar tocando aquilo que compus pra uma multidão cantando junto, como fizemos eu e Herbert, cada um do seu lugar, naquele show da turnê do acústico MTV dos Paralamas um ano antes.
Meu sonho me deu uma profissão e um diploma que despedaçou meu sonho em várias partes, que cada vez que cato uma no meu caminho, vou realizando-o até quando não percebo. E o maior deles até agora talvez tenha sido quando, voltando de um show de Baco Exu do Blues no Rio, cruzei com Herbert Vianna enquanto ele saia da mesma aeronave que eu entraria, depois de ter feito o mesmo que eu não noite anterior. Minha guitarra ficou no caminho dele, e ele ao invés de me pedir licença, me pediu desculpas, e eu não disse nada pois só conseguia chorar enquanto entendia que eu já tinha o tamanho do meu sonho, e de que a culpa daquela guitarra no caminho era dele mesmo. Mas o mais próximo que eu cheguei mesmo do meu sonho perfeito foi semana retrasada, indo tocar no rádio e na TV e pra um público pequeno no teatro, mas que se comoveu com minha canção e a cantou junto comigo. Eu já tive momentos mais gloriosos na minha carreira artística antes de ser engolido pela pandemia, pelo estilo de música do momento e pelos meus demônios, traumas e drogas. Mas eu mesmo assim sei que nesse momento, apesar de tudo, eu já sou maior do que meu sonho. Eu nunca fiz um show tão bom quanto meu último, nunca estive tão ativo entre trabalhos de palco e trilhas sonoras. Eu nunca estive tão bem posicionado e seguro do que quero dizer enquanto canto. Nunca tive nada melhor do que as músicas que estou gravando pro meu próximo disco, e nem mesmo homenageando tão fielmente os meus ídolos em meu cover do Paralamas, “Los Paraguaios do Sucesso”.
Dia 20 de julho, 3 dias atrás e 24 anos depois desse vídeo e do início desse sonho, recebi em meu e-mail a oferta de uma chance de disputar mais um pedaço dele. Mas dessa vez, mesmo sem ser igual ao quadro perfeito do meu sonho, é o mais literal e lúdico que poderia me surgir na frente e que eu tenho absoluta convicção de que ninguém no Brasil está tão preparado quanto eu para a disputa. Eu venho me preparando a mais de 20 anos pra esse job, que eu só tenho uma semana pra me preparar pra dar a prova da minha absoluta certeza, desprovida de qualquer intuição ou arrogância. É só porque pela primeira vez as evidências estão vencendo de lavada minha baixa-autoestima e insegurança. Mas o medo de que algo dê errado, de que eu me sabote, ou perca a vaga pra alguém menos competente mas com mais seguidores no Instagram, só não é maior que o meu medo de que dê certo e eu seja obrigado a abrir mão de outras coisas as quais sou apegado demais ainda.
Eu não preciso vencer ninguém além de mim mesmo agora. Sou o jogador que vai bater o pênalti e também o goleiro que não quer deixar a bola entrar pelo tamanho da responsa que é marcar esse gol.
Meu sonho tá na minha frente, mas na frente dele estou eu. Mas antes de tudo o sonho é meu não há nada que vá me impedir de recolher mais esse pedaço até eu juntar a escultura completa desse sonho.
Não consigo dormir pois passo a noite sonhando acordado e pedindo à Deus que acredite em mim, pois eu não consigo ainda acreditar nele. Ainda mais agora que pela primeira vez eu acredito cegamente em mim. Então vou tentar dormir mais cedo hoje a noite, porque dessa vez, esse sonho já está realizado, mesmo que eu esteja enganado.
O sonho é meu e eu realizo ele como quiser.
- o vídeo ao qual me refiro está em meu Instagram e no Tik Tok @ricardocaian
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apcomplexhq · 6 months
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— CRIAS DE ÁRTEMIS!
NOTA: Agradecemos a todos os players que vieram expor suas insatisfações e propuseram soluções sobre a situação de maneira sincera, madura e educada. E aos que vieram com 7 pedras nas mãos: nós não devemos nada para vocês e não são bem vindos aqui, afinal, é uma comunidade para ADULTOS. Grata. - Demeter.
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Ártemis, conhecida como a Deusa da caça e vida selvagem, parecia encher a mente do jovem diretor com várias ideias mirabolantes que envolviam árvores, animais e o sentimento de liberdade. Ele, alguém tão pequeno e com tão pouca experiência, já possuía total certeza do que gostaria de fazer. Mal saberia responder se tivera vindo de seu próprio roteiro ou, se por algum acaso, o condomínio tivesse algum toque de magia mitológica que o atingia naquele momento. Com o intuito de gravar as últimas cenas para o tão esperado curta-metragem, o diretor exigiu que pudesse criar uma busca incessante na floresta, atrás do tão sagrado fruto mágico dos Deuses da mitologia: o Âmbar. Tendo todos os detalhes específicos em mente, o iniciante quase implorou de joelhos para que Nikos realizasse algo em conjunto com o condomínio, afinal, assim seria um ótimo método para que pudesse adquirir ajuda dos moradores como figurantes, ou demais auxílios do qual tem recebido nos últimos tempos.
Não era de muita frequência o grego dispor de tamanhas excursões para os condôminos, no entanto, a ideia não lhe parecia ruim! Pois além de ajudar o filho de seu patrocinador mais fiel e amigo, ainda poderia proporcionar uma experiência diferenciada e divertida a todos os habitantes do complexo, seria até mesmo possível utilizar aquilo como um teste para projetos futuros que poderia planejar, quem sabe excursões de maior complexidade estariam os esperando em um tempo próximo?
Ao menos conseguiu pesquisar e resolver toda a questão burocrática sem que fosse perturbado pelas estressantes reclamações e choramingos de atenção de Ahn Seunghwan que, repentinamente, havia parado de o aborrecer há algumas semanas. Talvez o opositor estivesse lidando com suas próprias frustrações sozinho, sem precisar esbanjá-las por aí como se fosse o dono de toda a razão. E com essa conclusão, o dono do condomínio prosseguiu com as negociações de transporte e moradia, antes de preparar toda a programação e disponibilizá-la para o síndico que, em seguida, divulgaria para os demais.
Tendo contratado o total de três ônibus de viagem, com data e horário para partida e retorno, deixava claro na mensagem que todos precisavam ter cuidado ao montarem suas malas, com a certeza de que teriam todos os objetos necessários durante três longas semanas num ambiente próprio para acampamento. Também manteve inscrições em que os moradores poderiam escolher quais locais gostariam de se alocar, visto que não possuíam cabanas disponíveis para todo mundo e, devido todos os gastos feitos até o momento, o grego não poderia se dar ao luxo de cobrir com todas as despesas, portanto, deixaria à escolha e preferência de cada um.
CABANA VIP PLUS!
✦ 2 camas de casal; ✦ Capacidade: 4 pessoas; ✦ Banheiro próprio; ✦ Próxima à área de alimentação; ✦ CUSTO: 200 ESTRELAS (chamar na DM da central).
CABANA VIP!
✦ 2 camas de solteiro; ✦ Capacidade: 2 pessoas; ✦ Próxima à cachoeira; ✦ CUSTO: 100 ESTRELAS (chamar na DM da central).
BARRACAS!
✦ Podem ser colocadas em qualquer lugar; ✦ Capacidade: 1 pessoa; ✦ DISPONÍVEL APENAS 10 (chamar na DM do síndico); ✦ Sem custo.
SACOS DE DORMIR!
✦ Podem ser colocados em qualquer lugar; ✦ Capacidade: 1 pessoa; ✦ Sem custo.
Além disso, também será possível utilizar dos ônibus durante todo o período proposto como formas de ir e vir da cidade de acordo com o cronograma: de domingo à domingo, das 06h às 21h.
🍃Duração do Evento: do dia 14/04 (domingo) até o dia 27/04 (sábado). 🍃Horário de Partida: 16h30. 🍃Chegada no Destino: 18h00. 🍃Local: Garden of Morning Calm, distrito de Gapyeong.
OBSERVAÇÕES OOC! ✦ Faz referência a esse evento; ✦ Todos os personagens já estão cientes da viagem, só fizemos algumas alterações dos dias e outros detalhes; ✦ Adicionamos o pedido de atividades feito pelos players de Park Hyosun (@EF01PH) e Lee Haru Kwon (@EF97LH); ✦ No próximo final de semana (dia 20 e 21) teremos essas atividades/brincadeiras que ocorrerão no DISCORD com dinâmicas em tempo real, elas serão divulgadas na quinta-feira através do perfil do SÍNDICO; ✦ Aos que quiserem utilizar as cabanas, devem vir até a DM da central e solicitar a sua para que sejam gastas suas estrelas ganhas com as missões, é possível comprar as cabanas apenas até o dia 20/04; ✦ Se seu personagem entrar na cabana de alguém, convidado ou não, ele NÃO receberá nenhuma vantagem, apenas aqueles que tiverem gasto estrelas para comprar que irão; ✦ As barracas são apenas DEZ unidades, ou seja, os 10 primeiros que mandarem mensagem para o síndico solicitando poderão receber. Os demais só terão como opção os sacos de dormir ou compra das cabanas; ✦ CURIOSIDADE! A diferença entre as barracas e os sacos de dormir são a exposição ao ambiente e a privacidade; ✦ No DOMINGO iremos disponibilizar no nosso DISCORD uma categoria própria para esse acampamento, aproveitem para jogar por lá também!; ✦ Sobre os estabelecimentos, fica à escolha do proprietário (ou dos funcionários, caso não tenha um proprietário), se manterá ele funcionando com os NPC’s ou ele permanecerá fechado até o seu retorno; ✦ Não precisam ser vítimas do trabalho sempre, os NPC’s estão aí para serem utilizados como auxílio para ocuparem algum de seus horários, a fim de possibilitarem de aproveitar os eventos; ✦ Qualquer dúvida vocês podem nos mandar através de ASK ou DM.
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spe4ky · 8 months
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(Esse texto é só pra vc)
Quem poderia imaginar que uma conversa fiada na quinta série nos traria até aqui! Não, para com essa história de cartolina, não foi assim q a gente se conheceu.
Continuando, que loucura né, nossa amizade já é um jovem adulto maior de idade, e que ótimos pais seriamos. Elu puxaria seu senso de humor, até eu roubei sua risada pra mim, a banda preferida foi vc que apresentou, a noite paulistana, as músicas inventadas, o John, a Delicia, fomos cúmplice em tudo isso.
A vdd é que uma vida jovem adulta maior de idade ao seu lado foi tão divertida que é o meu maior tesouro. Estávamos juntos, desde o dia em que lombamos uma cesta nas costas por todo o centro de SP até às 4 ou 5 despedidas que fizemos juntos, e hoje, a 440km de distância ainda estamos juntos, as fotos provam.
Obrigado por ser minha amiga, obrigado por cada "canta Maraisan" dito em uma noite, obrigado por estar aqui quando precisei. Pela segunda vez esse ano te desejo feliz aniversário, "eu tbm gosto de vc" pra sempre ❤️.
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kleinnasredes · 2 years
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Shazam é uma divertida comédia de super-heróis que vale sua visita
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Não é à toa que Shazam está há duas semanas em primeiro lugar nas bilheterias norte-americanas, prestes a ultrapassar a barreira dos 100 milhões de dólares. O filme tem tudo para figurar entre as mais bem sucedidas adaptações da DC para o cinema. Em grana, mesmo. Está prestes a ultrapassar a barreira dos 100 milhões em bilheteria só nos Estados Unidos.
Sou velho o suficiente para ter visto, quando criança, o seriado na tevê. Passava junto com Poderosa Ísis e, se não me engano, ainda era ‘Capitão Marvel’ (nome que gera muita confusão, afinal é um herói da DC com o nome da principal rival. A mudança de nome é um assunto à parte sobre o qual vou falar no final deste texto…).
Não me lembro de rir tanto quando era criança. Mas no cinema, no último fim de semana, tive um ataque de riso que deixou minha namorada envergonhada de estar comigo. O tom do filme é, todo, muito irônico e surreal, uma brincadeira muito divertida. O filme inteiro tem humor permeando todas as situações. Afinal, é um garoto de 14 anos no corpo de um adulto mas mantendo a mentalidade e a maturidade de um moleque…
Ah, a história. As histórias, aliás. São várias. Tem a clássica história do super-herói e sua luta contra o vilão que também tem superpoderes. Esse mesmo conflito tem uma outra história por trás, que é a relação desses dois com suas “famílias”. O vilão, Dr. Thadeus Silvana, odeia a família. O menino, Billy, se perdeu da mãe ainda criança e perambula de abrigo em abrigo, sempre cometendo pequenos delitos e com um único foco: encontrar a mãe. Acaba descobrindo uma nova família em um abrigo comandado por um casal também ex-abrigado (o cara parece o Barry White, juro. Fiquei esperando ele começar um ‘Let the music play’) e com cinco irmãos.
Os dois personagens principais — Billy/Shazam e Dr. Silvana — são ligados por um mago que está há centenas de anos em uma caverna, aparentemente tomando conta de sete estátuas que, na verdade, são os sete pecados capitais petrificados. Ele está perdendo a força e logo os bichos vão conseguir se libertar. Ele quer um substituto que tenha coração puro. Testou centenas e centenas de crianças ao longo dos anos, sem sucesso. Uma dessas crianças era Thadeus Silvana, que foi descartado e passou o resto da vida obcecado com os poderes que viu lá.
Sem contar muito e para ir mais rápido: esses poderes acabam nas mãos do pequeno Billy, o garoto, que quando diz a palavra mágica — Shazam — se transforma em um adulto cheio de poderes como soltar eletricidade pelas mãos. Ele fica empolgado mas não sabe bem o que fazer com aquilo, já que é um moleque de 14 anos… Entre as tentativas de dar um sentido àquilo tudo, ele passa a se apresentar nas ruas soltando raios para ganhar esmolas…
É aí que aparece o Dr. Silvana, que já conseguiu também libertar os monstros dos pecados capitais (estão dentro dele) para tentar roubar de Billy os poderes do Shazam. E aí o filme segue uma estrutura mais tradicional, de luta entre o bem e o mal, até a conclusão que não é tão caótica quanto de costume. O elenco é outro ponto alto do filme: os garotos Asher Angel e principalmente Jack Dylan Grazer (de It), o protagonista Zachary Levi o excelente Mark Strong (de Kingsman) como vilão, a curta participação de Djimon Hounsou e até as crianças da família postiça de Billy. Estão todos ótimos.
Assistir a Shazam me deu, também, uma outra certeza: costumo não curtir filmes de super-heróis mas a maioria dos poucos que curti bastante (Superman 78, Homem de Aço, Batman Begins, entre poucos outros) é da DC e não da Marvel. Talvez seja porque, como não curto quadrinhos de heróis, os filmes da DC sejam mais ‘independentes’ das obras em que se baseiam. Para entender um filme da DC eu não preciso ter lido vinte arcos de histórias nem saber detalhes que só fãs hardcore sabem. Pra mim é melhor assim.
Tenho certeza de que, se houver continuações, a qualidade não será a mesma, porque o valor da surpresa, aqui, é muito importante. Mas torço para que elas aconteçam mesmo assim. Esse universo dos super-heróis precisa de mais humor, precisa despertar nosso lado criança.
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cherrykindness · 4 years
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MILF
sinopse: A inusitada amizade entre Joshuan Styles e Eleanor S/S desencadeia a maior queda que Harry Styles poderia ter.
1- poems and things like that;
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"E esse é o meu crachá de identificação." A garotinha informou, apontando para a plaquinha amarrada por um barbante em seu pescoço, um objeto bastante colorido e evidentimente feito à mão. "Meu nome é Eleanor S/S, como diz aqui, mas você pode me chamar só de El."
"Ok, El." Harry respondeu descontraído, se ajoelhando até estar frente a frente com a mais nova. "É um crachá bem bonito que você tem aí."
"Sim," ela concordou instantaneamente, parecendo não se preocupar com o quão convencida parecia. "Eu fiz sozinha, sem ajuda da mamãe ou da professora. Somos os mais importantes e inteligentes dessa feira, por isso precisamos desses crachás, foi o que a Sra. Wilson disse." Balançou os ombros. "Se você tiver alguma dúvida, pode me perguntar."
Harry riu incrédulo, esperando que a expressão em seu rosto não entregasse o quão admirado realmente estava. Ele tinha certeza de que a pequena não possuía mais do que oito anos; trajando um vestido florido e maria-chiquinhas presas em laços azuis, Harry podia apostar que muitos se surpreendiam com a comunicabilidade afiada que El ostentava.
"Eu escolhi os poemas para o meu projeto." A pequena continuou, dando deixa para que ele erguesse o corpo novamente. "Eu gosto de escrever."
Harry assentiu automaticamente, observando com cuidado os inúmeros papéis de carta espalhados em uma caprichosa exposição pela extensa mesa de plástico, cuidadosamente forrada por um pano rosa bebê.
"Isso é incrível." Ele disse honesto, segurando um poema intitulado como Madame Butterfly, escrito em letras cursivas por canetas brilhantes junto a variados desenhos de borboletas coloridas. "É um belo poema, El." Sorriu. "E uma bela ilustração."
"Obrigada." Harry ouviu uma voz dizer atrás de si, virando-se em um pulo. "S/N/C, mãe de Eleanor e desenhista mal remunerada nas horas vagas."
Ela estava sorrindo e estendendo a mão, e Harry podia jurar que o mundo havia congelado por alguns segundos. Não, ele nunca havia acreditado em amor à primeira vista, mas "queda" à primeira vista sem dúvidas era algo real — algo no qual ele definitivamente estava experenciando naquele exato momento.
"Desculpe." Ele disse após alguns segundos, respondendo ao cumprimento. "Tenho andado meio distraído ultimamente."
S/N riu baixinho, assentindo.
"Então," Ela prolongou, o encarando daquela forma divertida, como se tivesse pleno conhecimento da situação na qual o havia colocado, "seu nome é..."
"Ah," riu nervoso, "Harry. Harry Styles."
"Você é o papai do Josh?" El indagou entusiasmada, atraindo a atenção dos mais velhos. "Ele é meu amigo."
Harry levantou uma das sobrancelhas, se advertindo antes que deixasse escapar um questionamento duvidoso sobre a possibilidade de estarem falando sobre o mesmo garoto — não que Joshuan não fosse amigável, mas ele estava mais encaixado no grupo de adolescentes introvertidos e fanáticos por videogames àqueles sociáveis, ansiosos por novos afetos.
"Ele realmente é." S/N confirmou entre um sorriso, acariciando ternamente os ombros da filha. "Jhosuan é um garoto adorável."
"Nós dividimos a mesa do lanche às vezes." Eleanor prosseguiu o assunto, parecendo notar a interrogação estampada no rosto do moreno. "Nos dias de treino de futebol, Josh não se importa em se sentar comigo. Ele me deixa falar sobre poemas e outras coisas também."
"Bom, isso é ótimo." Harry respondeu com um sorriso. "Fico feliz por Josh ter uma amiga tão divertida; adolescentes podem ser bem rabugentos de vez em quando." Brincou.
O empresário recebeu um aceno positivo da mulher, sentindo-se de repente como um garoto do colegial sendo notado pela rainha da escola. Harry não tinha muitos palpites sobre o motivo de estar tão fascinado pela mãe de Eleanor — ela era, sem dúvidas, uma mulher bonita. Daquele tipo cativante, que faz mesmo os homens mais experientes gaguejarem e os adolescentes se sentirem aprisionados em uma intoxicante atmosfera de amor platônico, mas Harry estava só há bastante tempo; tempo suficiente para se sentir vergonhosamente inserido ao time de adolescentes não correspondidos.
"Sra. MacKenzie está te chamando ao auditório, babe." S/N disse a Eleanor. "Algo sobre receber uma medalha pelos seus poemas ou algo assim."
Os olhos da pequena garota se iluminaram em um instante, refletindo os de S/N. Como o esperado, El logo se empenhou em iniciar um monólogo incansável sobre o quão animada estava para "ficar como as ginastas incríveis que aparecem na TV", entretendo os dois adultos que a acompanhavam.
Harry se sentia secretamente constrangido por ainda estar ali, parado como um poste enquanto S/N estava agachada, ditando para a filha mil e uma maneiras de chegar até o outro lado da escola em segurança. Ele sabia que deveria ir embora, se despedir da dupla antes que Josh aparecesse por ali, pronto para caçoar de sua cara e de sua tolice por se sentir fortemente atraído por uma mulher fora de seu alcance, provavelmente muito bem casada. Harry sabia que deveria ir, dar adeus e levar aquilo apenas como um encontro corriqueiro, mas se manteve ali até que El estivesse fora de vista, saltitando alegremente até o final do corredor após se despedir.
"Eleanor tende a ser um pouco excluída às vezes." S/N declarou assim que seus olhos foram incapazes de acompanhar os passos da filha, e Styles agradeceu por não ser aquele a iniciar uma conversa. "Ela gosta de falar, mas geralmente são assuntos que não interessam a crianças de sua idade."
"Como poemas e coisas assim?" Ele indagou, apoiando-se em uma parede.
A mulher sorriu minimamente, concordando.
"Exatamente." Suspirou. "Joshuan tem sido como um anjo para ela. Nos mudamos para Londres há seis meses e a adaptação não está sendo fácil, não para El."
"Eu sinto muito por isso." Harry disse honestamente, franzindo os lábios. "De qualquer forma, fico feliz pela interessante amizade que surgiu entre ela e Josh. Aquele garoto precisa de algumas amizades mais... tranquilas."
"Espero que uma garotinha de sete anos seja a chave da situação." Ela brincou. "Bom, foi realmente um prazer conhecê-lo, Harry, mas preciso ir e ficar de olho em El, caso contrário, você sabe..."
"Desconhecidos irão escutar conversas intermináveis sobre poemas pelo resto do dia."
"Você já a conhece tão bem." Respondeu divertida, acenando.
Harry a observou se afastar, levando o copo de plástico colorido aos lábios e lutando contra um engasgo ao sentir tapas simultâneos em suas costas, desviando o caminho usual que o seu suco de laranja deveria percorrer.
"Eu estou vendo coisas ou você estava conversando com a mulher da minha vida agora mesmo?"
O homem se virou atônito, franzindo a testa para Josh e Steven, o amigo inseparável de seu filho.
"Precisava mesmo de tapas tão fortes?" Harry perguntou à dupla, os encarando com olhos estreitos. "E eu não sei sobre o que você está falando."
"S/N/C." Josh disse como se fosse óbvio, revirando os olhos. "Steven tem tido uma queda por ela há tipo... seis meses, desde que ela se mudou pra cá."
Harry segurou uma risada, encarando o loiro com diversão.
"Seus pais sabem que você anda nutrindo paixões por mulheres casadas?"
Steven logo expressou uma feição tediosa, olhando para o mais velho como se tivesse acabado de ouvir o maior dos absurdos.
"Ela não é casada." Fez uma careta. "Deus, Sr. Styles, há quanto tempo você não flerta?"
O Styles mais velho arregalou os olhos instantaneamente, virando-se para o filho e implorando silenciosamente por ajuda, algo que Joshuan fingiu não perceber, prendendo uma gargalhada ao ver o pai sem palavras pela primeira vez em muito tempo.
"Não estávamos flertando." Ele se defendeu, completamente embaraçado. "Apenas conversando sobre a nova amiga de Josh."
"El?" O garoto de cachos castanhos escuros perguntou retoricamente, introduzindo-se à conversa. "Ela é fofa, mas as crianças não costumam ser muito legais com ela."
"Cara, eu seria o melhor pai do mundo se S/N me permitisse." Steven afirmou sonhadoramente, ganhando um tapa fraco na cabeça, cortesia de Josh.
Harry riu, revirando os olhos comicamente enquanto desviava a atenção da discussão ilógica que começava entre as "crianças" de dezessete anos.
Ele percebeu que S/N ainda estava por ali, sorrindo enquanto conversava com uma funcionária da instituição — provavelmente uma das professoras de Eleanor. Ela estava ali, de pé em sua saia longa e blusa florida, batendo os dedos continuamente no copo que segurava, dando a Harry a visão límpida de suas mãos, completamente livres de qualquer anel.
O empresário seguramente esteve certo em várias de suas especulações. S/N realmente possuía aquela aura impactante, capaz de envolver qualquer um ao redor de seus dedos — ele tinha certeza de que Steven não era o único; ela, muito provavelmente, estava ciente de tudo aquilo, tomando aquelas paixonites juvenis como suas diversões diárias.
S/N/C era uma mãe solteira, apaixonada por sua criança e notoriamente bem resolvida, indiferente às suas conquistas. Agora, enquanto ainda a encarava, Harry desejou poder fazer o mesmo — tirar de sua mente a maior MILF que já havia conhecido.
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itaewonrp · 4 years
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INTERAÇÕES LIBERADAS ! como combinado, não haverá evento, então plotem as threads em qualquer lugar que quiserem. não teremos tag de starters porque já usamos um blog dedicado (lembrem-se seeempre de reblogar seus starters lá !). Itaewon é conhecida pela vida noturna, mas seu muse pode estar em qualquer lugar em qualquer horário do dia, não se prenda a nada. sob o read more eu compilei com ajudinha do tripadvisor aqui, umas ideias ali, frutos da minha imaginação alguns lugares que talvez possam servir de inspiração para vocês, espero que gostem ! no mais, vocês podem inventar novos locais de acordo com o gosto de vocês e o que acharem legal. é isto, babies, se divirtam & vejo vocês na dash !
a rua paralela da principal conta com barraquinhas e restaurantes de comidas típicas de vários lugares do mundo, incluindo brasil, áfrica do sul, oriente médio, argentina, líbano, japão, marrocos, índia, vietnã, e claro, a própria coreia.
a Itaewon Antique Furniture Street foi formada nos anos 60 quando soldados norte-americanos se instalaram em Yongsan, então eles colocavam suas coisas para vender na rua antes que voltassem para casa. há aproximadamente cem lojas vendendo e alugando mobília vintage. é um dos locais mais procurados para se vender, ou comprar, coisas antigas.
o Saisons é um restaurante fundado por uma francesa que se casou com sul-coreano, decidindo-se morar em solo asiático. o ambiente é bem ventilado, aberto e colorido. o nome é um trocadilho porque a mulher costumava ser garota do tempo do jornal matinal de Paris, mas resolveu seguir o sonho no ramo da gastronomia quando se casou. o cardápio muda assim que a estação vira.
a Moon Guest House é uma acolhedora pousada administrada pela simpática senhora Moon Mi-do e a sua neta. a excelente acústica proporciona noites de sono pacíficas (ao menos é o que diz no anúncio...), o design modesto decorado de móveis antigos e excêntricos são a marca registrada da acomodação. serve-se o café da manhã pela senhora da casa e os agendamentos e check-ins são realizados pela mais nova. o preço é convidativo e não fica muito longe do metrô. é boato de conhecimento geral que Mi-do está quase sempre procurando pretendentes para sua neta.
o 8-Thirteen, ou 8/13, foi fundado nos mesmos moldes da gigante 7-Eleven. a diferença é que os donos da conveniência são australianos e eles se estabeleceram apenas na ásia, como uma espécie de paródia da original. as lojas adotam o tom de uma década icônica, e a unidade de Itaewon parece que estacionou nos anos 50. as garçonetes e os garçons vestem cópias baratas (mas bem conservadas) de Marilyn Monroe, James Dean, Audrey Hepburn entre outros.
dentre a infinidade de lojas de eletrônicos de gigantes como Samsung, Apple e LG, também existem as lojas de discos mais antigas, que vendem discos de vinil e nada mais. o estabelecimento do tipo mais antigo é localizado no bairro, e se chama VINIL. o estoque é imenso, contendo desde os mais antigos álbuns de sucessos americanos, bossa-nova brasileira, reggae jamaicano até os ritmos mais recentes como o k-pop, hip-hop e eletrônica.
o Venue, ao contrário do que se espera, é uma discoteca dedicado ao público LGBTQ+, garantindo uma experiência surreal de diversão e entretenimento de qualidade. as bebidas são simplesmente preparadas pela nata da mixologia e todo fim de semana um famoso é convidado para fazer show na casa noturna. mais para dentro é possível ver uma área VIP. o problema é a entrada de preço exorbitante (subcelebridades entram de graça se fizerem patrocínio), e as grandes portes guardadas pelos leões-de-chácara (suborno nenhum os dobram). nada surpreendente — quem pode, pode, e quem não pode fica querendo.
L'Arcane, por outro lado, é a concorrência do Venue. o preço é mais baixo, a entrada não é tão rigorosa, mas o serviço peca um pouco. o ar condicionado não é o dos melhores e celebridades de verdade não se atrevem a colocar um pé dentro da balada. dizem que pobre é mais feliz do que rico, e isso pode até ter um pouco de verdade. L’Arcane é um tanto mais lotado que o anterior, e todos que passam a noite lá rasgam elogios, dizendo que a noite foi uma das melhores da sua vida.
o Saga World é um parque de diversões. não fica exatamente em Itaewon e sim nos arredores. têm de tudo, tanto para crianças, quanto para adultos se divertirem e saírem um pouquinho das suas bolhas de preocupações e boletos para pagar. as atrações são clássicas, mas não deixam de ser menos divertidas — quiosques de tiro ao alvo, carrinhos bate-bate, uma enorme roda-gigante, montanha russa, um circo, shows de fantoches, vending machines, trem fantasma , casa assombrada, teleférico, carrossel, boliche, casa dos espelhs, entre vários outros.
o Bollywood, nome mais direto possível, é um cinema numa área um pouco mais afastada do centro que só exibe filmes de origem indiana. há exatamente quatro salas de cinema com capacidade de 200 pessoas cada.
o Hamilton Shopping Center é o centro de compras da cidade. 
o Museu Memorial de Guerra da Coreia é uma instituição pública de fácil acesso usando o metrô. o jardim do lado de fora abriga um moderno e amplo espaço que reconta a história do país seguindo a ótica coreana. o ingresso é gratuito, e não à toa, é a atração mais popular e visitada de Seul.
Yeppeuda (예쁘다), bonita, é uma loja com ferramentas de bricolage para que os clientes possam fazer, eles mesmos, produtos de cuidados com a pele. assim que se entra numa unidade, especialistas fornecem uma lista de produtos para o cliente escolher. assim que a seleção é realizada, os mesmos especialistas mostrarão a lista de ingredientes com explicações sobre os efeitos e, uma vez que se escolhe os ingrediente, ele é encaminhado para a zona DIY para começar a fabricar os próprios produtos.
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cptreyes · 3 years
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starter call!!
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reply >> one << para a capitã reyes te dizer “ don’t look at me like i’m a hero. you’ll only disappoint yourself. ” - pequeno (ou grande, pode escolher) incidente acontece e os bombeiros são acionados. muse está agradecid demais e luca corta o papo antes que a situação piore.
reply >> two << para luca, com uma careta desconfortável no rosto, olhar para muse e soltar um: “ please don’t cry ” - desconfortável com demonstrações muito fortes de sentimentos, luca só quer que muse p a r e. (flashback)
reply >> three << para ouvir  “ the world isn’t made up of heroes and monsters. just broken people balancing between the two. ” - fim de noite e uma reyes levemente bêbada está sendo muito sincera a respeito de como se vê e de como vê os outros nesse mundo de cão.
reply >> four << para presenciar uma slightly soft luca com um: “ i wish it could always be like this ” - school night e luca e muse estão deitados no telhado da casa de muse, olhando as estrelas em silêncio quando de repente ela solta essa fala. (flashback)
abaixo do read more algumas (poucas rs) conexões que eu gostaria de explorar. também valem como opção de starter.
CONNECTIONS .::. now 
show me the world (0/2): quando adolescente, luca tinha reckless e tomboy a lhe “abrir os olhos”, por assim dizer. infelizmente, adulta, ela não tem mais ninguém com o poder (ou charme) suficiente para lhe desafiar a expandir seu universo que, basicamente, começa e termina com sua carreira. seria interessante alguém que surgisse para ajudar ela a experimentar mais do mundo a fora e ser menos rígida (whatever that means). é uma cnn bem leve (apesar que vai rolar muita resistência da parte da luca, ao menos no começo) e divertida, explorando o lado mais “infantil” e “irresponsável” da vida. pode ser amizade e/ou (se tornar) algo a mais.
my life is a string of one night stands (1/?): luca tem duas formas de relaxar ou expulsar os demônios da sua cabeça: malhando e fazendo sexo. ela literalmente nunca teve um segundo encontro: raramente alguém tem coragem suficiente para pedir que saiam de novo e, quando pedem, ela rejeita. prefere viver a vida sem amarras alguma, sendo conscientemente (ela literalmente se força) diferente da pessoa que era quando mais nova, obcecada e possessiva. seria super awkward ter dormido com alguém do high school, sneaking out no meio da noite do apartamento da pessoa ou dizendo com a maior cara limpa que a pessoa não poderia passar a noite ali, decerto os encontros após isso seriam extremamente desconfortáveis pra ela. também aceito, é claro, “começar do começo” e eles ainda irem dormir juntos. 
don’t do that to yourself (0/1): por algum motivo, muse começou a querer passar tempo com luca. podem ou não terem sido próximos durante o tempo da escola, não importa, já que pra ela não faz sentido nenhum alguém querer fazer amizade consigo (ela basicamente nem acredita que amizade exista, não entre adultos) e a demonstração de cuidado ou interesse lhe deixa incomodada ao máximo, querendo afastar muse a todo custo, sem muito sucesso.
CONNECTIONS .::. then
you don’t get to win (0/1): luca é certificada a melhor corredora de east wenk, mas isso não quer dizer que alguém desista de roubar seu pódio. seja na pista de corrida ou em algum outro esporte (pode até ser outro, um que não seja a especialidade dela e abra para que os dois possam ‘revezar’ o status de melhor), ambos vivem querendo provar quem é o melhor, tirando a paz de quem estiver por perto. (pensei no episódio de thanksgiving onde ross e monica vão até noite a dentro segurando a bola de futebol americano porque nenhum dos dois quer admitir derrota, ou moon e sun de sense8 onde seu muse acharia a disputa algo divertido e luca levaria a sério demais). poderia também ser disputa acadêmica, mas acho que é mais divertido se for de esportes.
i don’t need help (0/1): muito boa em praticamente tudo o que faz, é mega frustrante se dar tão mal em literatura. os assuntos simbólicos são definitivamente seu ponto fraco e as respostas nas provas deixam a desejar. por isso seu treinador insistiu ao sugerir que ela aceitasse a ajuda de um tutor, para que suas notas não caíssem e afetassem a atleta. ela ter dito que procuraria alguém não quer dizer que gosta disso.
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OS 10 MELHORES FILMES DE ANIME QUE TODOS DEVERIAM ASSISTIR (na minha opinião).
10° A VOZ DO SILÊNCIO
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Esse filme conta a história de Shoya Ishida, um bully, e Shoko Nishimiya, uma menina com um tipo de deficiência auditiva. A história começa quando Shoko Nishimiya chega na escola nova e apesar de no início os outros colegas terem curiosidade sobre a situação dela, logo começam a entender que ela era diferente e a maltratam. Um dos garotos que sempre insistia era Shoya, que constantemente implicava com a menina chegando até a extremos físicos. Porém, anos depois, quando ele e todos os seus colegas (que também o apoiavam) percebem que o que faziam era errado, Shoya se vê em uma situação onde ele era a “vitima”.
Minha opinião (sem spoilers): Sem dúvida é um dos filmes mais incríveis que eu já vi, a forma como a história se desenvolve não forçando o relacionamento dos personagens. Não é apenas uma história sobre bullying, apesar de ser um ponto bem forte do filme, é também uma história de empatia, nos lembra que quando somos crianças não temos ideia do que estamos fazendo ou das consequências dos nossos atos. Sem contar as várias vezes que o expectador consegue se encontrar no filme, tanto no passado quando os mostra crianças que apenas fazem besteiras para poderem se encaixar em grupos sociais, quanto nas cenas do presente, onde os personagens são adolescentes e conseguem de certa forma, identificar seus próprios erros e aprender com eles. Não é só um filme bonitinho, com uma história sobre superação que poderia passar na Disney, é algo que acredito que as crianças deveriam ver para poderem entender sobre suas próprias atitudes. (Lembre-se de ver a classificação indicativa!)
9° A GAROTA QUE CONQUISTOU O TEMPO
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Uma adolescente chamada Makoto Kono em seu terceiro ano do ensino médio passa por eventos estranhos até que descobre que ela tem a capacidade de viajar através do tempo.Com o tempo, ela tenta usar esse novo poder para sua vantagem e como meio de ajudar o presente, mas logo descobre que a manipulação do tempo pode levar a grandes consequências.
Minha opinião (sem spoilers): Uma das coisas coisas que mais me chamou atenção foi com certeza a personagem principal, ela não meiga e dócil, ela é destemida e foi muito bem desenvolvida durante o filme. Particularmente, não achei a história muito original e o final não foi algo que me agradou muito, mas sinceramente, já era o tipo de final que eu esperava. Apesar disso, você fica tão envolvido com os personagens e nessa mistura de ficção científica com comédia, ação e romance que se tornam algo muito cativante e divertido. Realmente, é um excelente filme.
A história se passa em Yokohama em 1963 e acompanha Umi Matsuzaki, uma menina que vive em uma pensão e acaba conhecendo Shun Kazama, um menino membro de um clube escolar. Entretanto, a sede do clube é ameaçada de demolição, fazendo com que Umi e Shun se unam para tentar fazer com que um empresário local reconsidere a decisão. Um filme que mostra uma grande parte da história do Japão e a importância das bandeiras estendidas pelas causas as quais as pessoas da época lutavam. Sem contar a quantidade de personagens carismáticos e divertidos que se encontram no filme.
8°DA COLINA KOKURIKO
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Minha opinião (sem spoiler): Não me lembro da última vez em que eu vi um filme onde eu gostasse de todos os personagens, a forma como cada um, seja o principal ou apenas uns que tinha apenas duas falas, foram representados e criados de uma forma tão natural e divertida que é impossível não se apegar. A animação em si não é uma das melhores mas quase não é reparado isso, você fica tão envolvido com o roteiro que por um momento você esquece que é um filme. Ele traz a força que os jovens tem para mudar o que está acontecendo no mundo, mesmo que os adultos não escutem ou achem bobo. Sem contar os momentos românticos que te deixam com o coração na mão torcendo para que eles consigam resolver os seus problemas e fiquem juntos. Studio Ghibli, obrigada por esse e por muitos outros filmes dessa lista♥️
7° CRIANÇAS LOBO
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A história nos apresenta Hana, uma universitária que se casa com um lobisomem e tem filhos com ele. Porém, ele morre de forma misteriosa a obrigando a cuidar de seus filhos metade lobos e tentar interagi-los na sociedade sem que o seu segredo seja revelado. Um filme lindo e emocionante, que mostra a força de vontade materna e a dificuldade em criar os filhos para o mundo e de certa forma os proteger dele.
Minha opinião (sem spoilers): A primeira coisa que eu fiz depois de ver esse filme foi abraçar a minha mãe. Uma história que te faz chorar várias vezes ao longo do roteiro e que nos faz perceber a forma como as mães se sacrificam pelos filhos. Ele faz uma boa mistura de fantasia com realidade, com uma carga bem sentimental, sem ser piegas, e estes dois aspectos são combinados com perfeição neste anime lindíssimo. Apesar de eu ter chorado várias vezes ao longo da história, não é um filme depressivo, na verdade você se sente bem em como todas as coisas acontecerem, simplesmente te dar um ar de: É, é a vida. E a história também conta com vários momentos cômicos sendo nos apresentados pelas crianças-lobo.
6° A VIAGEM DE CHIHIRO
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Esse filme sem dúvida dispensa apresentações. Mas é sempre bom lembrar porque sempre tem um perdido. Aqui,te apresento a melhor criação do Studio Ghibli, vencedor do Oscar de melhor animação em 2003. A viagem de Chihiro.
uma menina de dez anos que se encontra em mudança junto com a sua família. Para economizar tempo, seu pai toma um atalho, porém acabam perdidos e chegam a um estranho túnel. Ao atravessá-lo, a família se depara com um povoado abandonado; os pais da jovem encontram um restaurante e decidem comer alguns alimentos ali deixados, enquanto que a menina vai investigar o lugar. Uma vez chegada a noite, ela se aterroriza ao ver que o povoado está cheio de espíritos. Tentando encontrar seus pais, descobre que eles foram transformados em porcos pela bruxa Yubaba (Natsuki). Com isso, a personagem tenta achar uma maneira de romper o feitiço, resgatar seus pais e retornar à vida humana, enquanto trabalha para a bruxa em sua casa de banhos termais.
Minha opinião (sem spoilers): Então kkk, o enredo em bem maluco e a história pode não fazer muito sentido no começo, mas eu garanto que é um filme muito bom. Esse foi o primeiro filme de anime que eu assisti e eu me lembro de ficar procurando por dois dias pra ver se teria uma continuação (ainda não desisti de dar sonho). Sinceramente, acho a Chihiro uma personagem incrivemente corajosa pra idade dela, além de ser bastante destemida. Uma das coisas que me surpreende nos filmes de anime é a capacidade de fazer crianças bem novas, serem legais. E a Chihiro é o tipo de criança que faz você querer ter sido amigo dela nessa idade, talvez por ela ser muito nova ela encare as coisas de um jeito diferente. Se eu estivesse no lugar dela, provavelmente eu iria enlouquecer. Mas talvez, seja mais fácil para uma criança “aceitar” uma realidade mágica, não questionar como ou porque as coisas acontecem com os feitiços e mesmo assim nada disso distrai ela do seu verdadeiro intuito. Salvar os seus pais. O filme tem uma animação perfeita, uma história perfeita, personagens perfeitos. Enfim, tudo perfeito. Então, assista! Vlw mais uma vez Studio Ghibli♥️
5° MEU AMIGO TOTORO
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As irmãs Satsuki e Mei se mudam para o campo para ficar mais perto do hospital onde sua mãe está internada. Lá conhecem os Totoros, adoráveis criaturas místicas e alegres, que só podem ser vistas pelas crianças. Com eles, as duas irmãs viverão mágicas aventuras no campo. Um filme que mostra uma relação ótima de família, principalmente de irmãs, sem contar a quantidade de personagens otimistas e a forma incrível como o filme dialoga com o público mesmo depois de tantos anos.
Minha opinião (sem spoilers): O filme mais antigo dessa lista... Mas também o mais good vibes e alegre também. Todas as coisas, desde o relacionamento das irmãs até a interação delas com esse mundo fantástico nos mostra a verdadeira beleza do filme, quase como uma válvula de escape. É um filme que te deixa realmente feliz, que te faz olhar pra um problema como *citando uma das críticas que eu vi sobre esse filme:O copo está meio cheio, mas não esquecemos que ele também está meio vazio*. Não ignoramos os problemas porque não é assim que eles vão embora, mas olhar eles de uma outra forma, talvez de uma forma mais infantil e inocente nós traga uma perspectiva que aquilo que parecia um monstro de sete cabeças, na verdade era só a sombra de roupa pendurada pendurada no armário. Se em crianças lobo nós vimos uma mãe incrível que cuida dos filhos, nos vemos um pai incrível que cuida sozinho de suas duas filhas. Não deixando os problemas externos afetarem na sua relação com as filhas, mas as incentivando a explorar e acreditar. Esse filme realmente é uma obra prima, que nunca deve ser perdido com o tempo.
4° SUSSURROS DO CORAÇÃO
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Shizuku, uma estudante que sonha ser uma escritora e decide, durante o verão, ler vinte livros. Mas, curiosamente, todas as edições que Shizuki pegou na biblioteca já haviam sido lidas por um tal de Seiji Amasawa. No decorrer da história, ela descobre que um garoto que implicava com ela era o Seiji, que a essa altura já o chava de Príncipe do livros, em seus sonhos.
Minha opinião (sem spoilers): É muito difícil fazer e/ou achar um enredo realmente bom pra esse filme, normalmente isso é algo que eu levaria em consideração, já que essa é a forma que o filme nos é mostrado. Mas, eu assisti esse filme por recomendação (não me importando com o enredo péssimo) e por isso eu faço a mesma coisa pra vocês. Assistam Sussuros do Coração, esse foi o primeiro filme do Studio Ghibli (que a essa altura sabemos que o melhor estúdio de filmes animes). Esse filme nos mostra um gênero muito interessante no cinema, chamado de Slice of life. Ele é comum entre as animações japonesas e alguns dos filmes já citados nessa lista estão dentro desse gênero. Mas nenhum deles retrata isso tão bem quanto Sussuros do Coração. Slice of life aborda um ar mais mundano em suas histórias, que normalmente representa a vida pura e simples de seus personagens, enquanto eles seguem em sua rotina e passam por situações normais, presentes na vida da maioria dos seres humanos, como o amadurecimento, relacionamentos e ambientes familiares. É daí que vem seu nome (literalmente “pedaço de vida” em inglês). E isso aborda muito bem o que acontece nesse filme. Não tem nada épico, com grandes heróis ou um drama cativante.
É apenas uma jovem adolescente prestes a entrar no ensino médio. Ela experiencia situações comuns a garotas de sua idade, como sentimentos em relação a garotos, cansaço em relação aos estudos, e a dúvida que a permeia por todo o filme; como será seu futuro. No início eu me identifiquei muito com ela por causa disso (e também por ela ter uma compulsão por livros kkk) mas eu percebi que é algo que qualquer adolescente pode se identificar e talvez seja por isso que seja tão bom. Nós prendemos a grandes histórias mirabolantes, cheias de ação e de plost twist, que as vezes nos subestimamos o simples e o normal, quando na verdade, isso pode se tornar uma história maravilhosa. E Sussuros do Coração é a prova disso♥️.
3° OLHOS DE GATO
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Miyo é uma jovem adolescente apaixonada por Hinode, um garoto com quem estuda. Na cabeça dela, os dois se conheceram no último festival de inverno e ele se declarara para ela. Só que há um detalhe: momentos antes de eles se encontrarem, Miyo, infeliz com sua vida, acabou comprando uma misteriosa máscara de gato, que realmente a transforma em gato. Então, o dia em que Hinode e ela se conheceram, Miyo era na verdade Taro, uma gata branca. E ela se encontra com Hinode (que pensa que ela é apenas uma gata de rua) todas as noites, passando horas com ele para depois voltar para sua casa.
Minha opinião (sem spoilers): Esse é um dos filmes mais bonitinhos que eu já vi, criada totalmente pela Netflix Japão e que me deixou ansiosa por meses, para conseguir superar minhas expectativas. Olhos de gato é um anime quase conto de fadas, e apesar de ser realmente algo muito bonito de ser ver, o filme trata de assuntos como: dificuldade dos jovens em comunicação (especialmente para falar seus sentimentos), a dissolução do núcleo familiar, a perda da identidade em função da pessoa querida, a pressão familiar em relação ao futuro dos jovens, o medo dos jovens de seguir o que o coração manda, e a facilidade da manipulação da cabeça dos adolescentes quando suas vidas não são satisfatórias. E apesar do início ser um pouco confuso, o filme ele da tempo de explicar e conseguir terminar sem pontas soltas. É realmente, uma história muito boa e que consegue ultrapassar suas expectativas.
2°O JARDIM DAS PALAVRAS
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Ele abre o início de estação chuvosa em Tóquio. Takao Akizuki é um estudante de 15 anos que mata aulas para dedicar-se ao que mais gosta: desenhar sapatos, no jardim de Shinjuku Gyoen. É justamente nesse local, que ele encontra Yukari Yukino, uma misteriosa mulher de 27 anos. E os dois começam a conversar praticamente todos os dias de chuva e criam um relacionamento onde tentam se ajudar ao mesmo tempo que não interferem na vida um do outro.
Minha opinião (com spoiler: mas por um bom motivo): Uma das coisas que me incomodou muito durante o filme, é que havia uma atração amorosa entre os personagens, e apesar de eu entender que isso foi muito importante para ambos durante a história, ainda não me deixou mais confortável. O que acho que você precisa saber é que eles não se beijam, e nem tem nenhum tipo de relação amorosa física ou realmente explicita. Não quero dizer se eles terminam “juntos” ou não porque quero dar o menos de spoiler possível, mas o que você precisa saber é que ambos os personagens tem os seus problemas e tem essas questões mal resolvidas nas vidas deles, mas esse amor que sentem um pelo outro é o que dá força pra eles realmente começarem a correr atrás da sua própria felicidade. Então, assista o filme e você entenderá, e vai perceber quanto a história é fascinante e faz atribuições a várias realidades de muita pessoas, desde distúrbios alimentares a dificuldade de expressar as suas vontades porque elas parecem bobas ou não suficientes. É um filme que consegue ser simples e complexo, e de toda essa lista, é o que tem a animação mais bem feita.
1° HOTARUBI NO MORI
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A história de Hotarubi no Mori e se foca em uma pequena garota chamada Hotaru. Ela se perde em uma floresta que popularmente é dita como uma floresta em que se reside vários espirítos. Na floresta Hotaru se depara com um jovem utilizando uma máscara de raposa. Ele se diz um espirito com uma maldição que no momento que um humano tocá-lo ele irá desaparecer. Não é um filme fácil de assistir, acredito que ele cause muitas emoções, mas acho que todos deveriam assitir pelo menos uma vez Hotarubi no Mori.
Minha opinião (sem spoilers): Pra mim, esse filme é obra de arte. De todos que eu citei esse é meu filme de anime favorito. Não é um filme fácil de assistir e nem algo que vai conseguir te satisfazer no final. Mas a obra em si e a forma como ela é desenvolvida a tornam o suficiente pra ela ser perfeita. Não posso dizer o porque dele não poder ser tocado por humanos e usar uma máscara,já que isso seria um spoiler, mas posso dizer que o desenrolar da história nos leva a revelações incríveis e nos mostra que amar demais as vezes pode sufocar uma pessoa. Além disso, a animação nos faz perceber que relações e sentimentos não são criados apenas no toque, mas em uma abertura do coração. Nos mostra que conversar com uma pessoa é mais importante do que ela realmente é por fora. E eu sei que todo mundo já conhece esse clichê de: “Ah não se pode julgar um livro pela capa, nem as pessoas pela aparência e blá blá blá” mas sabemos que na realidade não é assim. Nós vivemos em uma sociedade onde a aparência e a atração são mais importantes do que a essência de cada pessoa. O fato de você ser gordo demais ou magro demais, irá interferir na sua vida, assim como outros aspectos na sua aparência. Mas ver em um filme como esse, chegar a conclusão de que um amor e um relacionamento tão bonito assim pode existir– e realmente existem– nós deixa em paz com o mundo e com nós mesmos de uma forma inacreditável. Eu chorei com esse filme e choro todas as vezes que eu assisto esse filme. Mas eu fico feliz por enteder o que ele diz, entender o que o criador queria dizer. E acredito que sou uma pessoa melhor por acreditar no que ele diz. Nunca pensei que um filme de apenas 30 minutos fosse me tocar tanto, nem me fazer chorar. Mas ele é realmente merecedor de todos os aplausos de um público emocionado igual seria a um longa metragem num cinema.
Todos esses filmes estão na Netflix, exceto por Hotarubi No Mori e O Jardim Das Palavras(YouTube). Espero que tenham gostado😁♥️
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causos-e-contos · 4 years
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Imaginário?
Desafio de escrita dia um: Um amigo imaginário precisa convencer a criança que ele é real para que ele não desapareça. Proposta por @desafiodeescritadiario. 
Eu roubei um pouquinho e escrevi pelo ponto de vista da criança, mas acho que tá valendo assim mesmo, né? E também me apressei um tanto no final, porque quando vi já estava com duas mil palavras e não era pra ser tão grande.
Imaginário
Júlia observava o amigo, Otávio, em tom de desconfiança desde a última conversa que teve com sua mãe a exatamente três dias, nove horas e dezenove minutos, e sabia o tempo exato por dois motivos igualmente importantes.
O primeiro, muito simples, era que acabara de aprender a ver as horas em relógio de ponteiro ensinada por seu pai. Já estava forçando os miolos tentando entender a conversa corriqueira de seus pais onde a mãe gritava da cozinha perguntando as horas a modo de saber se estava adiantada no preparo do almoço e recebia como resposta do marido “dez ‘pra meio dia”. As vezes eram cinco ‘pra meio dia, em outras quinze, mas o que lhe deixava encucada mesmo era o fato dele responder isso tão rápido e com tamanha certa após olhar por alguns segundos para seu relógio de pulso prateado. Júlia, que não era boba nem nada, já tinha pego algumas vezes o celular do pai para mexer nos joguinhos que lá estavam esperando por ela, e, enquanto jogava, via uns númerozinhos lá no topo da tela. Já tinha aprendido sobre números na escola, conseguia contar de zero a dez de trás para frente (do onze em diante não, porque os nomes se complicavam e era muito fácil trocar dezesseis e dezessete quanto se conta de trás pra frente), e sabia também que aqueles números do celular eram a hora do dia. As vezes eram treze horas e oito minutos, em outras dezesseis e três, mas nunca viu enquanto jogava a telinha mostrar “dez ‘pra meio dia”. Acresce que o relógio de seu pai nem número tinha, só uns risquinhos — uns grossos e outros mais finos — e três ponteiros que pareciam estar ali só pra dar um nó na sua cabeça.
Num dia, enquanto almoçavam os três juntos na mesa, não tirou os olhos do relógio, tentando entender como funcionava. Nem prestava atenção no que comia, sujou a boca toda de feijão causando risadas a Otávio e esporros da mãe que a lembrava de ter modos na mesa. No fim o pai percebeu sua curiosidade e a ensinou sobre os ponteiros, e que “dez ‘pra meio dia” significava que faltavam dez minutos para o meio dia, e que o meio dia eram as doze horas, por que o dia tem vinte e quatro horas e a metade de vinte e quatro é doze. Estava tão orgulhosa de suas novas descobertas que passou a contar o tempo o tempo todo, ganhou um relógio de pulso como o de seu pai, porém rosa e feito de plástico, e descobriu que levava dois minutos inteiros escovando os dentes, meia hora da sua casa até a escolinha, mas que só duravam quinze minutos os episódios de seu desenho favorito. Todas essas descobertas compartilhava com Otávio, seu melhor amigo e confidente, presente em todas as horas e demonstrando sempre surpresa equivalente à dela para com as coisas novas do dia a dia.
Mas havia um segundo motivo para saber o tempo exato em que passou a ver o amigo com um olhar diferente, e este era o assunto da conversa que tivera com sua mãe...
Veja bem, Júlia e Otávio se conheciam desde sempre, e desde sempre brincavam juntos, conversavam, brincam e as vezes brigam também, trocando farpas em uma birra tipicamente infantil, mas a amizade tinha lá suas peculiaridades. A começar que Júlia não conseguia se lembrar como conheceu o menino. Ele não estudava na mesma escolinha que ela, embora aparecesse por lá de vez enquanto; não era seu vizinho nem morava no mesmo bairro que ela, se tinha pais estes não eram amigos dos pais de Júlia e ela sequer tinha ouvido menção de adultos na vida de Otávio. Ele simplesmente aparecia as vezes, ninguém sabia de onde vinha ou para onde ia. Além disso, tinha o estranho fato de que apenas Júlia era capaz de vê-lo, embora se lembrasse de dezenas de vezes que o garoto passara dias inteiros em sua casa quando resolviam fazer festas de pijama, lembrava-se com clareza dele se debruçando sobre o relógio prateado de seu pai para também aprender a ver as olhas e de ir com ela e a mãe até o camelô para escolher o seu de plástico rosa bonito. Nem as outras crianças pareciam capazes de vê-lo, mesmo com suas tentativas constantes.
Por tudo isso e mais um pouco a mãe de Júlia disse a ela que — talvez — Otávio fosse um fruto de sua imaginação, um “amigo imaginário” como ela havia chamado.
      — Eu tive uma na sua idade. — Ela disse a fim de aquietar os nervos da filha que se recusava a acreditar naquela nova descoberta. — Acho que se chamava Emília. — Riu-se pondo o pano de prato nos ombros e a mão na testa acenando a cabeça em uma negação divertida. — Por causa do Sítio do Pica-Pau, sabe? Aprendi a ler e a imaginação corria longe...
      — Otávio não é imaginário não. — Protestou pela quinta vez desde que ouviu a palavra “imaginário” pela primeira vez desde aquela conversa começou.
      — Como que não é, Júlia? Cadê ele agora? Porque do seu lado é que não tá! — A mulher se irritou um tanto, assustando Otávio que estava do lado dela. — Olha que ‘cê tá ficando grandinha demais pra isso, hein? Tinha é que usar essa imaginação aí pra fazer alguma coisa boa, quem sabe num cresce e escreve livro ou uma novela dessas da Globo.
“Só não pode é continuar assim não, já é uma mocinha e o povo é falador. Vou é te dar uns livros que isso sim que é bom e você esquece disso de uma vez.”
E saiu resmungando de volta pra cozinha por que tinha trabalho pra fazer.
Nos três dias, nove horas e dezenove minutos que se sucederam Júlia ganhou os tais livros — Bisa Bia, Bisa Bel; O menino maluquinho; Chapeuzinho Amarelo e Reinações de Narizinho, onde estava a tal Emília que fora amiga de sua mãe —, ganhou um caderno bonito e canetas coloridas para fazer um diário e “por ‘pra fora essa imaginação toda aí”, mas ganhou também uma pontinha de dúvida que cutucava seus miolos tipo espeto. Durante três dias, nove horas e dezenove minutos vigiou Otávio de pertinho para ter certeza de que estava realmente lá, mas sempre que queria que ele estivesse ele estava e isso não ajudava em nada.
      — ‘Cê mora aqui perto? — Perguntou ela verbalizando sua desconfiança.
      “Moro pertinho!” Ele respondeu. “Aqui do lado, aí dá pra chegar aqui rápido.”
Ela assentiu, era uma explicação plausível, exatamente o que ela pensou que seria.
Mas o espeto não lhe saia dos miolos de jeito nenhum, tentava e tentava tirar, mas ele continuava lá incomodando. A resposta de Otávio foi exatamente o que ela havia imaginado, e lá estava aquela palavra novamente: IMAGINAR.
Pediu emprestado a mãe um dicionário velho e empoeirado que ficava guardado na gaveta da bagunça naquele armário ainda mais velho e empoeirado que ninguém usava, a mãe lhe emprestou de bom grado imaginando que os livros que comprou no sebo já estavam fazendo efeito na cabecinha da menina. Em meio a dúzias de palavras complicadas — nem sabia que existiam tantas palavras assim — e encontrou lá pelo meio o que procurava.
Descobriu que imaginar era verbo transitivo, embora não soubesse o que “transitivo” era, e que significava conceber algo, fantasiar, criar a partir de sua mente. Seria por isso que Otávio conseguia dizer o que ela pensava? Porque ela pensava ele?
Foram também durante esses três dias, nove horas e dezenove minutos que Otávio se desesperou. Tentou de tudo um pouco para convencê-la de que era tão real quanto o dicionário empoeirado que ela segurava. Finalmente contou sobre seus pais, eles eram super-heróis e passavam o dia todo combatendo o crime e por isso nunca apareciam, mas Júlia já tinha pensado nisso antes. Disse que era órfão e não tinha nem pai nem mãe para apresentar, mas se isso era verdade; perguntou Júlia; como poderia morar em uma casa perto da dela como havia dito a pouco?
      “Moro com meus tios.” Ele novamente deu uma explicação que Júlia podia acreditar e ela aquietou por mais um tempinho.
Mas o espeto não parava de incomodar seus miolos.
Se Otávio fosse imaginário e a imaginação voasse longe, como dizia sua mãe, então ela podia ter imaginado a explicação também, não podia?
Pensando nisso foi ter uma conversa com seu pai que estava sentado no sofá assistindo a novela que dizia apenas aturar por causa da esposa, mas ao mesmo tempo não perdia um capítulo.
      — Pai... — Chamou sentando do lado dele.
      — Hm? — Resmungou sem tirar o olho da televisão.
      — Como é que a gente sabe que não tá imaginando que imagina as coisas? — Perguntou com toda a seriedade que seus seis anos lhe permitiam.
O homem ficou em silêncio um tempo, tirou os olhos da discussão épica que acontecia na tela entre Leonor e Ruth por causa do marido de uma e amante de outra, deixou o queixo barbudo cair e encarou a filha por longos segundos antes de se desmanchar em risada. Chamou a mulher e contou a estória sendo interrompido várias vezes pelas próprias risadas, e a mulher riu também até não aguentarem mais, ficarem vermelhos e necessitados de ar.
Júlia, por sua vez, ficou vermelha de raiva e vergonha. Porque riam de uma coisa séria dessas? Era a existência de seu melhor amigo que estava em jogo ali! Otávio, coitado, já estava apavorado e pedia desesperadamente que fossem no quarto descobrir o que tinham naqueles livros novos e deixassem essa coisa toda dele existir ou não de lado.
A coisa toda era que Otávio queria existir, se não existisse o que aconteceria com ele? Júlia sabia que algumas coisas só não existiam e era assim mesmo. Os dragões, por exemplo, cuspidores de fogo voadores e ferozes, não existem e sabia disso porque pediu um de aniversário e a madrinha explicou que isso não seria possível, o que não sabia era como os dragões se sentiam por não existir. Ficavam tristes com isso? Ela não queria que Otávio ficasse triste, e Otávio não queria também não.
      — É sério! — Protestou as risadas dos pais com as bochechas infladas e braços cruzados, e repetiu a pergunta: — Como é que a gente sabe que não tá imaginando que imagina as coisas?
      — Ih, eu não sei não. — Disse o pai tentando se recuperar o fôlego. — Isso aí parece até questão de prova de filosofia.
      — O que é filosofia?
      — Ah, é uma matéria que eu estudava na escola. — Coçou a nuca ficando meio desconcertado com tanta pergunta.
      — Se você estudou então porque não sabe? — O pai ficou vermelho que nem pimentão, a mãe voltou a rir com vontade e Otávio espiava tudo por detrás do ombro de Júlia.
      — Filosofia é mais pergunta do que resposta. — Disse ele tentando se defender. — Era tipo história, um pessoal de antigamente que perguntava os negócios que não sabiam e tentavam responder.
Júlia pensou e pensou...
Ela não sabia que tinha perguntas que não tinha resposta. Sempre que ela perguntava pra alguém alguma coisa eles respondiam, as vezes meio atravessado, mas respondiam. Era até estranho não ter resposta depois que se acostumava com elas.
E como descobriu que aquela pergunta tentou outra:
      — Oque que acontece com as coisas que não existem?
O pai pensou e pensou...
A mãe ficou em silencio olhando para o marido com um sorriso divertido e dava pra ouvir os miolos dele fritando dentro da cabeça.
      — Oque não existe só não existe mesmo. — Ele respondeu simplista. — Não tá aqui e pronto.
      — Mas como é que a gente imagina algo que não existe? — Insistiu, Otávio sorrindo de orelha a orelha.
Ele estava ali, então ele existia.
Não é?
      — Imaginação serve pra inventar coisa que não existe mesmo. — Interveio a mãe. — Só existe na sua cabeça.
O sorriso de Otávio morreu.
Se ele fosse imaginário e só existisse na imaginação de Júlia, então se ela parasse de imaginar ele ia desaparecer?
Júlia pensou e pensou...
Largou os pais na sala e foi pro quarto sem perguntar mais nada.
Otávio, que queria muito existir, disse todo tipo de coisa com medo de desaparecer.
      “Eu sou um fantasma.” Ele disse convicto, Júlia se arrepiou toda com o pensamento. “Não, eu não sou fantasma não.”
      — Mas você acabou de dizer que era. — Pontou.
      “Mas eu não tenho medo de fantasma.”
      — Eu tenho medo de fantasma.
      “Eu também.”
      — Mas é você que tem medo ou eu que tenho?
      “Nós dois, ué.”
      — E se eu imaginei que você tem medo de fantasma que nem eu?
Júlia pensou e pensou...
      “E se eu for sua imaginação?” — Perguntou Otávio.
Otávio não era imaginário, era imaginação e a imaginação não podia deixar de existir não.
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apcomplexhq · 8 months
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✦ Nome do personagem: Jeon Yunjae. ✦ Faceclaim e função: B.I - Solista. ✦ Data de nascimento: 22/10/1996. ✦ Idade: 27 anos. ✦ Gênero e pronomes: Masculino, ele/dele. ✦ Nacionalidade e etnia: Coreia do Sul, sul-coreano. ✦ Qualidades: Inteligente, ambicioso e humilde. ✦ Defeitos: Teimoso, desconfiado e orgulhoso. ✦ Moradia: Asphodel Meadows. ✦ Ocupação: Professor Universitário de Química na Hanyang University. ✦ Twitter: @AM96JY ✦ Preferência de plot: ANGST, CRACK, FLUFFY, HOSTILITY, ROMANCE. ✦ Char como condômino: Como condômino, Yunjae tenta o máximo não ser notado, não fala com seus vizinhos a não ser que falem consigo primeiro, tenta não perturbar ninguém, mas jamais se recusa a ajudar alguém que precisa. Quieto, prestativo, mas quase sempre um vulto nos corredores.
TWs na bio: amigo da onça e menção a relação entre professor x aluna. Biografia:
Yunjae nunca quis beirar o excepcional, não que ele fosse mediano em tudo que fazia, apenas não tinha o mínimo interesse em buscar “o algo mais”. Ir atrás do estrelato, fazer conhecerem seu nome ou mesmo ser reconhecido apenas pelo nicho em que participava, se acontecesse ele certamente lidaria com isso, mas não era o seu sonho que fosse assim.
Seus pais eram humildes e trabalhavam em um templo budista e talvez por isso o rapaz cresceu com a ideia de sempre ter “a aspiração correta”, se fosse para se exceder em algo que o fizesse para honrar seus pais e para ser feliz, não para satisfazer o seu ego. Assim se seguiu até a sua adolescência, quando entrou para o time de baseball da escola e acabou encontrando amizades que o levaram para um caminho diferente do ensinado.
A glória pessoal após uma vitória talvez não fosse tão divertida se não fosse aproveitada com uma leve humilhação, um namoro talvez não fosse tão divertido quanto sair por aí com quantas garotas o quisessem e pouco a pouco o rapaz começou a crescer afastado de sua religião em um mundo novo apresentado pelos seus amigos; em algum momento, Yunjae começou a se achar intocável.
Se formou em química e virou professor universitário em Daejeon onde ficaria mais próximo dos seus melhores amigos que acabaram todos arrumando um emprego na mesma universidade. Por um tempo, tudo em sua vida parecia bem, estava indo bem na universidade, tinha uma casa própria e um relacionamento estável e até mesmo estava voltando a praticar sua religião e nada parecia que daria errado, isso é, até seus amigos lhe convencerem que seria uma ótima ideia irem juntos até uma das festas na universidade, mesmo enquanto professores para “relembrar os velhos tempos”.
Durante o tempo do colégio e faculdade, não importa o que fizessem seus amigos sempre se safaram, e mesmo agora enquanto adultos após tudo que fizeram aquele dia, o dinheiro dos pais deles falou mais alto e eles novamente se mantiveram na universidade. Para Yunjae, no entanto, a polêmica que estourou no campus sobre um professor ter, aparentemente, “dormido” com uma aluna (a filha do reitor), foi o suficiente para que sua vida caísse em um espiral decadente que o levou a perder seu emprego, seu relacionamento e até mesmo o contato com os seus tão queridos “amigos”, que não lhe defenderam quando ele mais precisou, afinal, todos eles precisavam de um bode expiatório.
Sem muita perspectiva do que fazer, voltou para a casa dos pais por um tempo para que pudesse estudar e melhorar seu currículo até descobrir que um professor estava se aposentando na universidade de Hanyang, arriscou tudo que tinha naquela oportunidade e felizmente conseguiu a vaga. Vendeu tudo o que tinha em Daejeon e comprou um apartamento no Acropolis Complex onde havia visto um anúncio de venda no jornal; se mudou em busca de um recomeço, torcendo para que seu passado não o alcançasse e lhe fizesse quem sabe perder tudo mais uma vez, algo que às vezes ainda lhe tira o sono durante a noite.
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CAPÍTULO XI
Capítulo X<<
...................................
- Nem brinca com isso. - falei e me levantei do chão. - Vem, eu te ajudo. - estendi minha mão para ele, que segurou forte, tentando encontrar apoio para se erguer.
- Ai! Tá doendo muito. - disse assim que se pôs em pé, levando a mão direita até a lombar.
- Ideia de idiota sempre acaba dando errado.
- Foi você que jogou em mim! - falou a sentar com dificuldade no sofá.
- Eu?! Você derramou metade da garrafa em mim!
- Mas o acidente aconteceu depois que a senhorita foi querer bancar a espertinha.
- Acha mesmo que está com a razão? - perguntei indignada e ele fez que sim com a cabeça. - Quantos anos você tem, moleque?
- Bem mais do que você. Pode ter certeza.
- Ah é? Então já que o senhor é o dono da verdade, o mais foda de todos, aproveita e limpa a bagunça que você fez.
- Eu estou machucado, S/N!
- Problema é seu! - falei sem paciência e fui pegar minhas coisas no corredor.
{...}
Arrumamos tudo sem trocarmos uma única palavra um com o outro. Zayn se queixava de dor a cada cinco minutos, e sabia que sua intenção era fazer com que eu me sentisse mal por ter causado o incidente, sendo que o culpado foi ele mesmo.
Assim que organizamos tudo, peguei minha toalha e fui tomar um banho. O cheiro alcoólico estava me incomodando muito. Sem contar que meu corpo se encontrava todo melado, assim como meu cabelo. 
No chuveiro, me peguei duas vezes pensando em como minha relação com o Zayn poderia ser amigável, tranquila e divertida. Nós tínhamos nossos momentos de discussão, mas havia sim um tempinho em que nos comportávamos como duas pessoas normais, mantendo uma boa convivência, na medida do possível, é claro.
Saí do banheiro já vestida e encontrei Zayn, deitado na cama, de barriga para baixo, choramingando igual um bebê.
- Ainda está com dor?
- Não não, só estou assim porque amo ficar nessa posição enquanto fico chorando. É fantástico! - respirei fundo para não perder a paciência após ter escutado sua ironia e permaneci calada.
Fui até meu espaço no armário, peguei uma pomada especial para dor muscular e me sentei próximo a ele, levantando sua camiseta devagar.
- O quê você vai fazer? - perguntou com medo.
- Relaxa, não vou te matar. - exprimi o gel que estava na embalagem e passei nas costas de Zayn. A cada aperto mais forte que eu dava, ele gemia, se contorcendo na cama.
- Está doendo, S/N!
- E você quer que eu faça o quê, criatura? Estou passando o remédio para que fique melhor. Aguenta aí. - disse enquanto massageava a região um pouco roxa, por conta do impacto. Zayn conteve os gritinhos de dor e o deixei sozinho no quarto.
Não havíamos comido nada desde que chegamos. A geladeira estava vazia e o armário só tinha um pacote de sal. Sendo assim, decidi ir ao mercado, que ficava a três quadras do prédio em que morávamos. Comprei o básico, para que nós dois não morrêssemos de fome, e alguns produtos de limpeza, voltando para casa depois de uma hora.
Abri a porta e o silêncio reinava no local. Deixei as compras na cozinha e fui até o quarto, vendo Zayn dormindo como um anjo, ainda com a camiseta levantada. Sorri fraco e fuibaté a janela, fechando a cortina, fazendo a mesma coisa com a porta do cômodo.
Assim que voltei à cozinha, guardei os produtos que comprei e iniciei a preparação do jantar. Prendi meu cabelo, coloquei a minha playlist favorita para tocar e comecei a fazer algo que eu realmente gosto: Cozinhar!
Mesmo não levando muito jeito para coisa, adoro fazer minha própria comida. Acho que a prática da culinária é uma das atividades mais relaxantes que existe e quando tenho um tempo livre, me dedico inteiramente a cozinha.
Estava em meu próprio mundo, dançando, cantando enquanto cortava a cebolinha e mexia na panela, que nem vi Zayn me observando, encostado na parede entre a entrada da cozinha e a sala.
- Que susto, Malik! - disse colocando a mão no peito e ele riu. - Há quanto tempo está aí?
- Sei lá. Perdi a noção do horário depois que você começou a dançar loucamente. - ele diz sorrindo e eu me escondo atrás do pano de prato.
- Está melhor? - perguntei e Zayn assentiu. - Ótimo, então arruma a mesa para a gente jantar. - ri fraco e lá foi ele colocar a mesa. - Gosta de risoto?
- Claro. - falou sentando-se a mesa enquanto colocava a travessa ainda quente em cima dela. - Uau, parece estar muito apetitoso! - sorri ao ouvir seu elogio e me sentei na cadeira.
- Espero que esteja bom. - falei antes dele levar uma garfada até a boca. Fiquei apreensiva vendo Zayn provar minha comida, afinal, eu não cozinho para mais ninguém, além da minha própria família.
- Caramba, onde é que você aprendeu a cozinhar desse jeito? - disse ainda de boca cheia. - Está uma delícia! - mal terminou de falar e comeu mais um pouco da comida em seu prato. - Você faz isso há quanto tempo?
- Para falar a verdade, sempre ajudava minha mãe a preparar o jantar e os almoços de domingo. E com o tempo peguei gosto pela coisa. Descobri que a culinária me traz uma paz que nunca havia sentido. É uma das poucas atividades que eu realmente sinto prazer em fazer, sabe? - disse e ele lança um sorriso fraco assim que encerro minha fala.
- Não conhecia esse seu lado.
- Tem muita coisa sobre mim que você não faz ideia.
- Tenho alguns meses para descobrir. - sinto seus olhos fitando-me de uma maneira um tanto quanto duvidosa, mas que conseguiu me deixar instigada.
- Bom, mas e você? Tem algum talento escondido? - perguntei levantando-me da mesa, indo até a bancada para buscar a garrafa de vinho tinto que havia comprado no mercado.
- Eu arranho a garganta de vez em quando. - percebi que Zayn ficou sem graça ao mencionar seu segredo, tentando disfarçar sua timidez bebendo um pouco do vinho que coloquei na mesa poucos segundos atrás.
- Você canta? - questionensurpresa e ele fez uma careta, balançando um pouco a cabeça.
- Eu tento, mas não tenho o dom da música em minhas veias.
- Será que nos próximos dias eu posso ver um show particular seu? - perguntei esperançosa e ele riu fraco. - Sabe, estava pensando no banho, e cheguei à conclusão que nós dois nos damos bem. - Zayn encarou-me com a sobrancelha arqueada. - Ás vezes. - conclui rindo e ele concordou. - Mas é sério, olha agora, estamos jantando numa boa, tomando um vinho, sem brigas. Apenas dois adultos civilizados conhecendo um ao outro.
- Por isso está tão chato. - neguei com a cabeça seu comentário e o escuto rir. - É brincadeira, boba. - disse, dando-me um leve empurrão no ombro. - Nunca achei que iríamos ter algum momento legal juntos. E já tivemos tantos nesses dias, que me fez repensar sobre algumas coisas.
- Que coisas?
- Besteira minha. Mas e aí, me conta mais sobre suas paixões. Gostei do jeito em que você se abriu comigo. - e ali começamos um papo longo e interessante, descobrindo muita coisa um do outro. E além disso, conseguimos ultrapassar algumas barreiras que nos impedia de termos uma amizade que, provavelmente, surgiria com o passar dos dias.
- Acho melhor a gente ir dormir. Tenho que acordar cedo amanhã. - respirei fundo e levantei-me da cadeira. Por conta de várias taças de vinho, perdi um pouco o equilíbrio assim que fiquei em pé, mas Zayn me segurou para que eu não caísse mais uma vez no dia de hoje.
- Então você é fraca para bebida. - comentou rindo e senti suas mãos envolverem minha cintura. - Suas bochechas estão vermelhinhas.
- Jura? - perguntei levando minha mãos até elas e sentindo a quentura do local. - Estão bem quentes. - disse baixinho e Zayn se levanta, ficando bem próximo de mim, ainda com suas mãos em meu corpo. - Já pode me largar. - falei sem jeito, mas ele pareceu não escutar.
- Não quero te deixar cair de novo.. - sua voz saiu como um sussurro e meus olhos se encontram com os dele como nunca haviam se encontrado. Senti seus toques cada vez mais intensos em minha cintura e nossa respiração acelera de maneira imperceptível para quem olhasse a cena de longe. Mas para nós dois, era tão nítida a vontade enorme de nos beijarmos. Felizmente, toda aquela transe acaba no momento em que o celular de Zayn tocou, nos trazendo de novo para a vida real.
Saí de perto dele rapidamente e caminhei até o quarto com uma certa velocidade. “O que acabou de acontecer meu Deus?” perguntei para mim mesma relembrando de nossos atos segundos antes do telefone nos interromper. A única explicação para aquilo era a bebida. Ou será que se não tivéssemos bebido nada o clima ainda aconteceria?
Minha cabeça parou por alguns instaste. Não conseguia raciocinar direito e então decidi botar a culpa no vinho. Talvez fosse mais fácil do que encarar o que havia acabado de acontecer.
Coloquei meu pijama rapidamente e me deitei na cama. Zayn ainda falava ao telefone e percebi que ele também estava atordoado com a situação envolvendo nós dois. Passei alguns segundos refletindo e desisti de tentar achar respostas naquele momento. Deixei o cansaço tomar posse do meu corpo e adormeci lentamente enquanto os olhos de Zayn passavam como um filme em meus pensamentos.
- S/A, está acordada?
_______________________
CONTINUA?
Ju
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umcafeeumlivro · 3 years
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Resenha: P.s.: Ainda Amo Você
Título Original: Ps: I Still Love You
Autora: Jenny Han
Ano de lançamento: 2016
Gênero: Jovem Adulto/ Romance 
Páginas: 304
Editora: Intrínseca
Classificação: 4/5 
Onde comprar: Amazon, Saraiva, Submarino.
Sinopse: Lara Jean sempre teve uma vida amorosa muito movimentada, pelo menos na cabeça dela. Para cada garoto por quem se apaixonou e desapaixonou platonicamente, ela escreveu uma bela carta de despedida. Cartas muito dela, muito pessoais, que de repente e sem explicação foram parar nas mãos dos destinatários. 
Em Para Todos Garotos que já Amei, Lara Jean não fazia ideia de como sair dessa enrascada, muito menos sabia que o namoro de mentirinha com Peter Kavinsky, inventado apenas para fugir do total constrangimento, se transformaria em algo mais. Agora, em Ps: Ainda Amo Você, Lara Jean tem que aprender como é estar em um relacionamento que, pela primeira vez, não é de faz de conta. E quando ela parece estar conseguindo, um garoto do passado cai de paraquedas bem no meio de tudo, e os sentimentos de Lara por ele também retornam.
Resenha: Aqui temos o segundo livro dessa trilogia totalmente fofíssima escrita pela Jenny Han, esse livro assim como o primeiro me conquistou do começo ao fim. Fui conquistada pelo cenário criado pela autora, assim como pelos protagonistas, os dramas trabalhados através da história e com o final. A narrativa da Jenny encanta porque ela é capaz de descrever com plena maestria as atribulações do dia a dia de um jovem. Suas histórias sempre transportam o leitor lá para o ensino médio, recordando aqueles que já passando por essa fase, todos nossos medos, inseguranças, amizades, paixões, anseios e, principalmente, dos nossos sonhos, e como é gostoso relembrar todo nosso amadurecimento depois dessa fase. Sendo assim, como também citei sobre o primeiro livro, Ps: Ainda amo você, é antes de tudo, um livro sobre crescimento, aprendizado, primeiras vezes, e muito frio na barriga, afinal quem lembra a sensação de se apaixonar, de ter borboletas na barriga, de não conseguir parar de sorrir ou de ter medo de amar demais?! Então se prepare porque nesta leitura, você irá se apaixonar como se fosse a primeira vez.
Depois de toda a confusão que acompanhamos no primeiro livro com o envio das cartas de Lara Jean, que teve como consequência um envolvimento com um dos destinatários. Lara Jean acaba se apaixonando novamente por Peter, o qual anos atrás de uma forma infantil e um tanto idealizada, ela amou. Depois de fingir namorá-lo apenas para enganar os outros garotos que receberam suas cartas, Lara descobriu que realmente sente algo por Peter e que o quer, em sua vida. Nesse livro, o leitor acompanha Lara e Peter mergulharem nas típicas inseguranças de um amor juvenil. Peter é o cara mais bonito do colégio, aquele que as meninas querem namorar e os rapazes querer ter como amigo. Além disso, sua ex-namorada é uma presença constante na vida do rapaz, assim Lara não sabe o que sentir por Peter ou se deve confiar nele para não quebrar seu coração. Quando a pressão se torna demais e Lara Jean começa a se questionar se pode aguentar o caos que vem junto com o namoro com Kavinsky, um amor do passado retorna. O que faz com que ela se questione mais se duas pessoas tão diferentes quanto ela e o Peter, podem mesmo fazer um relacionamento dar certo. 
Apesar disso, eu adoro a forma como o relacionamento deles vai se desenvolvendo e crescendo, como eles vão descobrindo coisas em comum e experimentando coisas novas juntos, então temos várias cenas fofas durante a leitura.
“ … Lara Jean e Peter vão sempre contar a verdade um para o outro.
Lara Jean e Peter não vão partir o coração um do outro…”
Também não posso terminar essa resenha sem falar um pouco sobre o Peter Kavinsky, do qual não pude falar muito na resenha anterior para não dar spoilers. Peter é um amor, todo engraçado, mas também com seus momentos sérios, se descobrindo bem romântico, a realidade é que eu adoraria ter um Peter pra chamar de meu. Eu gostei principalmente como a Jenny também nos descreve a insegura do Peter em relação a Lara Jean. E como juntos eles vão descobrindo novos aspectos de suas próprias personalidades. 
Também sem esquecer de falar sobre outro núcleo, as irmãs Covey continuam sendo um arraso, a Margot aparece mais nesse livro e mostra um outro lado, a Kitty continua sendo a Kitty e resolve mudar até mesmo a vida do pai das meninas.
“Eu posso ver agora que é as pequenas coisas, pequenos esforços, que mantém um relacionamento.”
Confesso que gostei mais do primeiro livro do que do segundo, todo o encanto permanece, porém a introdução desse triângulo amoroso diminuiu um pouco a magia do romance. Entretanto, mesmo com esse detalhe a história permanece incrível, envolvente, emocionante, divertida e reflexiva. Sempre digo isso sobre os livros dessa autora, mas o fato é que a capa e o próprio gênero literário podem criar uma imagem de superficialidade, porém as histórias da Jenny Han são jovens e fofas, mas nunca deixam a desejar e sempre abordam temas complexos do nosso dia a dia!
Ps: Ainda amo você é o segundo livro da trilogia, composta de: Para Todos Garotos Que Já Amei, Ps, Ainda Amo Você e Agora e Para Sempre, Lara Jean.
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Diário Pessoal de Elunaera - Entrada III
Minha primeira memória de Evar é certamente a de sua silhueta já muito alta para a idade, então com cinco anos, me encarando como se eu fosse uma peça de arte extremamente esquisita enquanto nossos pais insistiam que ele me levasse para brincar no jardim.
“Selenae não é minha mãe!” ele dizia enquanto batia os pés, fazendo com que papai revirasse os olhos e se agachasse ao seu lado.
“Elunaera ainda é sua irmã. E você deve respeitar sua madrasta também.”, ele dizia em tom severo, apesar de não parecer tão bravo.
A mãe de Evar e Dearno fazia parte do exército assim como nosso pai e, após o divórcio, decidira ingressar em um exército particular em Mognagral, decidindo não levar os filhos por acreditar que eles teriam oportunidades melhores com o pai, que tinha mais tempo para lidar com os pequenos do que ela. Nunca a havia visto, mas sabia que ela era uma mulher forte e bastante ligada a seu cargo de general. Ao contrário de nosso pai, ela não possuía um título de nobreza e provavelmente detestara cada segundo de sua vida nobre, por isso decidir ir embora.
Eu sempre senti que o maior motivo da frustração de Evar foi ver sua mãe ir embora e admitir para si mesmo que ele não poderia estar com ela. Gradualmente ele acabou por fazer amizade com minha mãe, aprendendo até mesmo seu idioma, mas eu sempre fui considerada a criatura esquisita da casa, até que ele se tornasse um adulto.
“Elunaera é esquisita. Suas orelhas são esquisitas. Seu rosto é pontudo e seu olhos me assustam!” Ele gritou. Foi a deixa para que Dearno entrasse nada sala e puxasse o irmão mais novo para o canto, dizendo que ele não deveria dizer essas coisas ou eles não treinariam mais com as espadas de madeira. Ele era incrivelmente maduro para sua idade e, naquele momento, era também meu salvador.
Eu me recusei a sair para o jardim quando eles estivessem ali, mas sempre os observava da janela enquanto minha mãe me ensinava algo na mesa diretamente abaixo dela. Conhecidos passavam pelo quintal e os cumprimentavam, depois reverenciavam minha mãe e então me olhavam como se eu fosse a coisa menos interessante ali. A criaturinha que pegara as características menos agradáveis de ambas as raças. Eles então seguiam para falar de negócios com meu pai enquanto eu os encrava e questionava o motivo de serem tão desagradáveis.
Aquilo tudo fez de mim uma pessoa reclusa. Aprendi piano, violino, ballet e quatro idiomas, mas nunca tive amigos para conversar.
“Sou Elunaera Margrave, filha de Ellair Margrave.” me apresentava, sempre que possível, quando visitávamos eventos e eu via outras crianças. Às vezes conseguia amigos, às vezes conseguia apenas olhares desgostosos, mas nada muito duradouro, afinal, eu teria que ir embora logo mais.
Tive poucas oportunidades de fazer amigos em Naelu porque a cidade era grande e cheia de estrangeiros o tempo todo. Meus pais temiam por minha segurança e sempre obrigavam Dearno ou Evar a me acompanharem.
Evar arranjava encrencas quase que semanalmente na cidade, então foi proibido de me acompanhar porque minha mãe temia que eu fosse acabar com um olho roxo como ele. Dearno era apenas… Diferente. Metia medo nas pessoas.
Acabamos nos tornando melhores amigos porque ele me acompanhava frequentemente até as lojas da cidade ou até a praia. Ele me ensinou a nadar.
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Olhar meu grupo era engraçado. Ninguém ali era como Dearno. Nem tão elegantes, nem tão assertivos. No entanto, eu me sentia tão confortável quanto.
Era como se a pequena Elunaera finalmente tivesse a oportunidade de conhecer amigos e ficar com eles até depois do fim de um baile ou jantar.
Eu me interessava por eles e por suas histórias banais sobre como haviam obtido suas roupas ou aprendido a cozinhar. Queria saber mais do que seus passados trágicos e suas grandes superações porque no fim das contas era isso que lhe mostrava quem uma pessoa realmente era.
Um dia eu também teria coragem de compartilhar minhas paixões infantis e meus dias desinteressantes, mas que ainda os fariam conhecer mais sobre mim a ponto de ler minhas sobrancelhas e me dar um apelido bobo.
Saímos da taverna pela manhã, com destino a Surdfild onde buscaríamos mais informações sobre os autores da carta que Fúria carregava. Eu não tive coragem de perguntar sobre sua ligação com ela, visto que minha curiosidade geralmente parava de existir quando as coisas se tornavam emocionantes demais, mas sabia que o mundo carregava mais maldade do que eu pude ser capaz de observar do alto de uma torre num casarão. Se um dia fosse considerada merecedora daqueles segredos, ela me contaria.
Soren e Aryan pareceram concordar com a ideia, embora não conhecessem a cidade. Se não encontrassem o que buscavam, ainda teriam a oportunidade de conhecer uma grande cidade e aprender um pouco mais, então não seria de todo desnecessário.
Foi durante nossa viagem que Soren finalmente nos contou algo que eu já antecipava: ele vinha do Agreste e estivera lá por centenas de anos. Não foi exatamente impressionante, mas ouvir de sua boca foi esquisito. Sei que o príncipe também se espantou um pouco, já que senti frio pelo resto da noite, embora não tenha falado nada. O firbolg também buscava familiares, o que me fez pensar que talvez compartilhasse de minha agonia, mas não tive coragem de entrar naquela conversa por medo de ser rude.
Jamais seria capaz de falar com ele da maneira como ele merecia, então deixei que os demais conversassem com ele. Talvez um dia ainda lhe oferecesse um abraço e dissesse que tudo ficaria bem, mas ainda não possuía essa coragem toda.
Vale ressaltar que Ajah ficou visivelmente incomodada com o fato de o rapaz ter mentido, o que me faz pensar que se ela descobrir que eu ouço vozes de outro plano, é melhor que eu justifique dizendo que meu quadro psicológico é apenas muito frágil.
Não levei uma vida exemplar aos olhos de paladinos, mas gosto de sua personalidade e gostaria que ela não resolvesse me enforcar no momento em que descobrisse minhas ligações alternativas, já que ela certamente possuía força suficiente para esmagar minha traqueia com os dedos.
Para dizer a verdade, todo o meu grupo poderia me matar facilmente, mas parte dele é incapaz de fazê-lo. Quanto a outra parte, eu ficaria feliz se não o fizessem.
Em resumo, eu, Soren e Aryan buscamos familiares. Fúria busca erradicar todos os usuários daquele selo da face do planeta e Ajah busca justiça.
Quando chegamos a Surdfild, percebi que minha ligação com meus novos companheiros de viagem ia muito além do que eu imaginava. Sorri, saboreando a leveza de ter com quem contar mais uma vez. Apreciei aquele sentimento ingênuo como quem prova uma fruta pela primeira vez.
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Aos dezesseis, assisti Dearno sair de casa aos berros porque se negava a seguir a carreira militar. Nem sua mãe e nem nosso pai podiam acreditar que o prodígio da família negaria seu futuro brilhante em fazer de estudar magia, mas ele insistiu, bateu os pés e ameaçou nunca mais voltar se não aceitassem sua decisão. Naquele momento ele se tornou meu herói. Durante a madrugada, bati em sua porta e implorei que me ensinasse tudo que aprenderia para que eu também pudesse me tornar uma maga assim como ele.
No entanto, logo percebemos haver coisas mais divertidas que o arcano, enterradas naqueles livros velhos que ele trazia do porto. Truques, invocações, feitiços que prometiam seduzir pessoas e trazer escuridão e reanimar cadáveres. Era olhando para aquelas palavras e esquemas indecifráveis que eu sentia o característico frio na barriga que me fazia desejar o desconhecido com todas as minhas forças. Queria lançar feitiços que me fariam o tema das canções dos bardos e finalmente provariam para meus pais que eu era plenamente capaz de fazer tudo sozinha.
Queria a glória de ter sentido a força pulsar em minhas veias enquanto eu andava por entre as multidões e ignorava os olhares de admiração.
Por vezes desejei o doce néctar do poder de maneira tão fervorosa que vi as figuras nos livros se moverem até mim, Foi em uma daquelas noites, enquanto pressionava um grande livro contra meu peito e o apertava até que minhas falanges ficassem esbranquiçadas, que eu o ouvi pela primeira vez.
“Você começou pelo volume errado.” A voz disse, áspera como o som de patins de gelo em um dia excepcionalmente frio, enquanto uma brisa gélida alcançava minha nuca e então rodeava para minhas bochechas. “Desse jeito não entenderá nada.”
Inicialmente pensei estar apenas com sono, mas a voz persistia cada vez que tentava me concentrar, chegando a me causar raiva por sua petulância. O que a fazia pensar que eu queria conversar?
Quando comentei sobre isso com meu irmão, ele apenas riu e disse que eu estava imaginando coisas e sonhando acordada como sempre, já que ele mesmo havia tentado buscar aquela voz há meses sem sucesso.
Era impossível que eu, tão pura e amigável, fosse despertar as coisas ruins com as quais ele gostava de brincar.
Estudamos sobre contratos, divindades, monstros e demônios. Lemos sobre aqueles que trilharam caminhos menos glamorosos e encontraram fins terríveis. Eu repeti as consequências em minha mente mais vezes do que posso contar, mas a voz sempre me dizia que eu estava me preocupando demais e que se Dearno não fizesse logo seu contrato, eu deveria fazer. Neguei veementemente.
“Está maluco? Não sei nada sobre isso. Se há alguém que fará isso, será ele e não eu.”
“Um dia você irá se cansar de sua vida tediosa. Nesse dia, eu estarei ali para lhe mostrar o que mais o mundo tem a oferecer.”
Quando Dearno se foi, da noite para o dia, entre minhas lágrimas, eu questionei para a voz várias e várias vezes se ele havia ido embora por causa dela.
Gritei no vazio de nosso porão por respostas. Questionei os livros e rasguei minhas anotações, profundamente irritada que esse fosse o destino.
Parte de mim queria meu herói de volta, porque eu ainda não estava pronta para trilhar os caminhos da vida sozinha.
A outra parte questionada por que tinha que ser ele e não eu? Dearno tinha muito mais a oferecer do que eu ali. Era eu quem deveria ter sumido e seguido caminhos cheios de névoa. Deveria ter sido eu, embora eu não soubesse se aquele sentimento era lamentação ou a mais pura inveja.
Dias depois, após consolar minha família e dar diversos depoimentos, eu finalmente tomei coragem para descer até o porão.
Desenhei o símbolo da corte do inverno e o adornei com flores, esperando que alguém me respondesse,
Em uma exclamação quase que desesperada, senti que um par de mãos alcançara meus ombros e uma voz suave ecoava de todas as direções.
“Eu disse que você retornaria!”
Selei meu contrato sentindo haver finalmente mergulhado no mar cerúleo de frustrações e cedido a atraente ideia de ter meu destino desenhado de forma menos tediosa.
Em meus sonhos, valsei com um esqueleto gélido que gradualmente tomava a forma de um ser mascarado vestindo um manto azul. Seus olhos não eram visíveis, mas eu podia sentir seu olhar fixo em meus olhos, jogando-me promessas de glória enquanto me chamava de fraca e, ao mesmo tempo, elogiava minha aparência.
Como uma marionete, me deixava levar por suas mãos geladas por todo o salão escuro, enquanto ele sussurrava em um idioma desconhecido.
“Você será minha visão, Elunaera. A mais preciosa dentre as bolas de cristal. A criatura ingênua que eu capturei para mim.”
E ria, como se usasse o riso para esconder seus próprios sentimentos confusos.
Amanheci com meu pai me carregando para fora do porão e, naquela manhã, fui capaz de lançar a primeira rajada mística da minha vida.
E, de fato, Evar tinha razão quando mencionava meus olhos assustadores.
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Um minuto para o fim da noite.
Um dia no passado: Penny Haywood.
A primeira coisa que Penny tinha que fazer ao acordar era passar pelos rituais de proteção de sua mãe. Todos os dias era a mesma coisa. Ia até o quarto de sua irmãzinha, Bea, a segurava pelos bracinhos gordinhos ajudando a dar passinhos desajeitados até a cozinha. Seu pai pegava Bea no colo e passava as mãos em seus cabelos dourados como os deles enquanto ostentava um sorriso de contentamento com a situação.
— Todos prontos? — O sorriso de sua mãe era diferente. Em lugar da conformidade havia preocupação disfarçada de euforia.
Bea batia palmas ao ver a mãe tirar de uma caixinha, escondida atrás da lata de açúcar na estante, uma varinha de madeira avermelhada, e ria ao ver sair da ponta bolinhas coloridas que estouravam perto de seu narizinho. Penny ganhava o mesmo carinho também, mas ela já estava mais velha que a irmã e menos encantada pelas firulas que a mãe fazia para lhe distrair do real motivo daquele ritual matinal.
Por mais que o assunto não fosse abordado com frequência em sua casa, havia algumas coisas que Penny sabia. A primeira era que sua mãe, ela e — muito provavelmente — Bea eram bruxas. E não qualquer tipo de bruxa, deveria dizer, era diferente das demais por causa de seu pai. O Sr. Haywood não possuía nenhum tipo de perícia mágica, exceto talvez sua curiosa habilidade de fazer desaparecer meias e as próprias chaves dentro de casa, só isso e mais nada. Era isso que fazia Penny uma bruxa diferente das outras, meia bruxa apenas, diriam alguns, e mestiços não eram bem vistos pelos outros. A Sra. Haywood jamais admitiria para a filha, mas eles estavam se escondendo naquela casa assim como a varinha era escondida atrás do açúcar. Estavam correndo perigo por causa do sangue que corria em suas veias, e havia pessoas que os machucariam por causa disso se tivessem uma chance. A única coisa que ainda não compreendia completamente era quem eram essas pessoas.
A boa notícia era que só levava alguns minutos para que os feitiços acabassem. Seus olhos observavam atentamente os movimentos de varinha da mãe e as palavras complicadas de cada encantamento, mesmo que ainda não fosse capaz de decorar nada daquilo ainda. Num minuto já não tinha mais que pensar em tudo aquilo, e naquela manhã tinha algo realmente importante ocupando sua mente:
— Eu posso ir agora? — Implorou ansiosa. — Você prometeu que eu poderia dormir na casa da Agnes hoje!
— Ainda é muito cedo. — Disse a mãe resoluta. — Você pode ir mais tarde.
— Algumas horas a mais não vão fazer mal. — Interviu o pai, depositando cuidadosamente Bea em sua cadeirinha e em seguida acariciando o braço da esposa de forma apaziguadora. — Qual é o ponto de termos nos mudado para esse lugar se nossas filhas tiverem que viver presas em casa?
Penny encolheu os ombros e fez bico sob o olhar ponderoso da mãe, já esperando um não como resposta como de costume.
— Algumas horas a mais não vão fazer mal... — Repetiu a mãe. — Ela pode ir depois que tomarmos café da manhã, está bem assim?
Penny sorriu invadida por uma onda de felicidade, podia não ser tão bom quanto ir até lá agora, mas era bom o bastante.
Estava tentando convencer a mãe a lhe deixar passar a noite na casa de Agnes a semanas, meses até! Sua amiga já tinha ido até a sua casa tantas vezes que perdera a conta, passavam as tardes correndo pelo jardim com Bea em seus calcanhares tentando lhes alcançar, ou então deitadas no chão da sala assistindo velhos filmes em videocassete que seu pai guardava em uma prateleira na sala, trocando idéias sobre o enredo e cochichando baixinho uma com a outra sobre as cenas de beijos com as bochechas vermelhas e cheias de risadinhas.
Não havia ninguém no mundo que Penny adorasse mais do que Agnes. Elas estudavam juntas na mesma escola do bairro e quando se conheceram formaram uma espécie de amizade instantânea. Simplesmente olharam uma para outra e souberam que dali em diante seriam melhores amigas. Toda aula sentavam-se juntas, trocando bilhetinhos sobre o olhar desatento da professora, nos intervalos se juntavam a outras crianças e brincavam de pique-esconde ou bolinhas de gude. Agnes se dava bem com todos, meninos e meninas, alunos mais velhos e mais novos, até os professores gostavam dela. E onde quer que fosse sempre tinha Penny em sua órbita.
Entretanto quando era vez dela de ir até a casa da amiga sempre haviam restrições. Sua mãe não achava de bom tom que as duas brincassem sozinhas na rua, e tinha suas ressalvas mesmo quando as meninas estavam sob os cuidados dos pais de Agnes.
"Não saia de dentro da casa." — Sua mãe mandava. "Fique sempre perto de algum adulto."
E quase sempre respeitava isso.
Quase sempre.
Agnes era a única pessoa, além de seus pais, que sabia quem ela realmente era, a única que havia visto sua magia se manifestando. Mais ou menos uma vez por dia Agnes lhe pegava pela mão e iam juntas para longe dos olhares atentos de seus pais e pedia aos sussuros para que pudesse ver uma mágica.
"Você acha que pode fazer essa penela flutuar?" — Perguntou certa vez enquanto estavam na cozinha com a desculpa de verem se os biscoitos já haviam assado.
As orelhas de Penny queimaram. Fazer aquele tipo de coisa era muito mais difícil do que Agnes fazia parecer e na maioria das vezes tudo fazia era completamente acidental. Mesmo assim, ao ver os olhos castanhos brilhando em antecipação, não foi capaz de negar aquele pedido.
Sem saber como começar com aquilo chegou os olhos, puxou o ar para dentro de seus pulmões, imaginou com toda a força a panela voando e então soltou o ar todo de uma vez. A panela não voou, mas conseguiu explodir um saco de farinha no balcão. Os cabelos negros de Agnes agora estavam turvos, e se as bochechas de Penny não estivessem brancas seriam vermelhas. O silêncio foi cortado pelo sorriso desenhado no rosto da amiga e antes da bronca aquela casa se encheu de riso.
Esse incidente levou sua mãe a ficar mais rigorosa com relação o tempo que passava com Agnes e aquela seria a primeira vez que passaria a noite toda fora desde então e por isso tomou o café da manhã mais rápido do que nunca. Tascou um beijinho na bochecha de Bea e correu pegar a mochila que já estava preparada desde a noite anterior. Agnes morava duas ruas abaixo da sua e seu pai lhe acompanhou por todo o trajeto, bateram a porta e assim que se abriu uma fresta ela entrou cumprimentando por auto a mãe da melhor amiga a qual já se referia como tia.
— Desculpa por isso. — Ouviu seu pai dizer de longe, mas já estava a procura da garota. — Ela estava muito ansiosa...
— Você veio mesmo! — Finalmente a encontrou, comendo cereal no sofá enquanto assistia um desenho qualquer. Ela se levantou na hora que seus olhares cruzaram, tão depressa que chegou a entornar um pouco do cereal no chão e sorriu amarelo por isso.
Trocaram um abraço rápido, Penny jogou a mochila do lado do sofá e se sentou já engatada em uma conversa.
— Quem olha assim até parece que elas não se vêem a anos! — Brincou a mãe de Agnes e os dois adultos riram entre si sem ter a atenção das meninas, preocupadas demais em falar sobre aquele episódio que nunca tinham assistido antes.
— Eu chamei a Rita também. — Contou Agnes se ajeitando em seu lugar depois de se desculpar com a mãe pelo cereal derramado. — Mas a mãe dela não deixou.
— Ah... — Fingiu descontentamento, mas foi difícil esconder o sorrisinho de satisfação que a notícia lhe causava, e isso não passou despercebido por Agnes.
— Ela é legal. — Proclamou casualmente.
Penny não contestou com palavras, mas sua careta foi mais explícita desta vez. Agnes riu e empurrou levemente seu ombro em tom de brincadeira.
— Se você tentasse conversar com ela iria concordar comigo. — Agnes incentivou.
Antes de começar a andarem juntas Penny nunca teve muitas amizades. Chegou naquela cidade na metade do ano e já estava em sua terceira escola, e sem muitas expectativas de que ficaria naquela classe até o final, sempre que começava a criar laços com alguém sua família fazia malas e seguiam para outro lugar. Se não fosse por Agnes estaria sentando em um canto no fundo da sala até os dias de hoje, foi praticamente arrastada para dentro do círculo de amigos da menina e, sendo sincera, tinha gostado da experiência. As outras crianças não a achavam esquisita, como Penny pensou que fariam, e ao contrário disso viviam elogiando coisas que iam desde seu cabelo até a caligrafia em seu caderno. É claro que sabia que boa parte daquela atenção que recebia era por causa de Agnes, a garota mais popular de seu ano em toda escola, mas não deixou de apreciar isso e aprendeu como as outras crianças eram todas divertidas em sua própria maneira. Todas, menos Rita.
Agnes já havia lhe perguntado porque tanta implicância com a garota, mas nem Penny sabia como responder aquela pergunta. Não ia com a cara dela e era isso. Há quem pudesse argumentar que havia ali uma pontinha de ciúmes, já que Rita era a pessoa mais próxima de Agnes depois dela, mas isso é bobagem! Penny não tinha ciúmes da melhor amiga com mais ninguém, porque seria diferente nesse caso?
— Eu falo com ela. — Penny tentou se defender. — As vezes...
Agnes balançou a cabeça negativamente e voltou sua atenção para o desenho com um sorriso divertido no rosto. Ela sabia que não ia resolver aquele assunto hoje e entendeu que era melhor só deixar pra lá. Penny era grata por isso.
Quando o desenho acabou as duas foram direto para o quarto de Agnes, debruçadas sobre revistas de moda que a mãe da menina colecionava, discutindo quem ficaria mais bonita com cada roupa, sonhando acordadas com a vida de uma super modelo. Para Agnes a ideia de viajar o mundo inteiro participando de desfiles era um sonho, mas Penny — apesar de estar longe de descordar — apontou as desvantagens de viajar o tempo inteiro. Ela nunca pode ter um cachorro, coisa que sempre quis, seu pai vivia tendo que procurar novos empregos e toda vez que saia de casa tinha a estranha sensação de que aquela poderia ser a última vez.
— Se eu fosse modelo ia comprar uma mansão enorme! Assim teria sempre pra onde voltar depois das viagens. — Disse Agnes, como se aquilo resolvesse definitivamente o problema.
Penny imaginou a mansão. Talvez pudesse comprar uma do lado da de Agnes, assim elas seriam vizinha, mas ela não queria ser modelo. Mesmo com todos os receios da mãe ela ainda amava o mundo mágico, mesmo as pequenas partes com que podia ter contato por meio de seu padrinho, que a levava a jogos de quadribol sempre que tinha uma chance. Ela queria parar de se esconder, queria ser bruxa e falar com as outras pessoas sobre isso, esse sim era seu grande sonho!
— Talvez existam bruxas que sejam modelos... — Agnes disse e a sugestão lhe fez rir. Talvez ela pudesse ser bruxa e modelo ao mesmo tempo, mas ainda faltava algum tempo para saber disso.
— Eu vou para Hogwarts daqui a dois anos. — Contou aos cochichos, cuidando para que não fossem pegas falando daquelas coisas. — É uma escola de magia, minha mãe estudou lá e meu padrinho também, dizem que é a melhor escola do mundo!
— Espero que não seja! — Agnes emburrou.
— Porque não? — Perguntou surpresa.
— Se a escola for tão boa assim você fica lá aprendendo a ser bruxa e esquece de mim! — Fez bico.
— Eu nunca me esqueceria de você, Agui. — Penny riu abertamente do medo bobo da amiga.
No momento em que veio o pôr do sol estavam brincando no quintal, se é que podia ser chamado assim. Os fundos da casa de Agnes se abria para uma densa floresta na qual já haviam acampado certa vez com a companhia de seus pais. Havia um velho balanço em uma das árvores mais próxima da casa, Agnes estava se pé sobre a tábua de madeira enquanto Penny fazia força para empurrar a menina cada vez mais alto. Seus braços já estavam cansando e suor escorria pela testa, estava prestes a dizer que era sua vez de balançar quando viu algo cintilar entre as folhas alguns metros a frente.
— Você viu aquilo? — Apontou curiosa.
Agnes pulou do balanço quando o mesmo atingiu seu ponto mais alto, aterrissando desajeitada porém de pé. Olhou por vários minutos para a direção que o dedo de Penny havia apontado até desistir.
— Ver o que? — Arqueou a sobrancelha.
Penny não respondeu porque não sabia, mas foi a primeira a dar passos largos em direção a moita e afastar as folhas com as mãos. Arregalou os olhos quando viu o que era a fonte do brilho, devagar e com cuidado fez sinal para que Agnes se aproximasse e quando a garota espiou por cima de seu ombro engasgou. Sentada em um galho havia algo parecido com uma mulher com orelhas pontudas e asas transparente que pareciam ter sido mergulhadas em glitter, mas não era maior do que um grilo.
— O que é isso? — Agnes perguntou em um tom muito alto que pareceu ter incomodado a criaturinha, que fez careta e se virou de costas para as meninas.
— É uma fada. — Penny respondeu orgulhosa de saber.
Ganhou do padrinho um livro em seu último aniversário — Animais Fantástico e Onde Habitam — e nele havia um capítulo inteiro sobre fadas, diabretes e fadas mordentes com muitas ilustrações da anatomia da criatura e descrições sobre seus hábitos.
— Uma fada! — Agnes repetiu com mais entusiasmo ainda. — Uma fada de verdade! Mas eu pensei que elas fossem maiores.... Pra carregar os dentes de leite, sabe?
— Elas não fazem isso de verdade. — Penny contou. — Acho que é só nas histórias.
— Eu sabia disso! — Agnes se defendeu com as bochechas coradas, Penny não pode deixar de escapar uma risadinha o que só se serviu para intensificar o tom. — É sério! Eu estava testando você.
A fada ficou pareceu ainda mais aborrecida com a conversa das duas, bateu asas e voou para floresta adentro zunindo.
— Ah, ela foi embora... — Agnes lamentou. — Você acha que ela volta?
— Acho que sim. — Acenou, lembrando-se que fadas gostavam de por seus ovos em folhas como as daquele arbusto. — A floresta deve estar cheia de criaturas, talvez a gente consiga ver outras.
— Mesmo? — Perguntou, os olhos ganhando um novo brilho. — Que tipo de criaturas?
— Tem os tronquilhos. — Teve que forçar um pouquinho mais a memória para dizer. — Eles parecem um graveto verde, tem folhas na cabeça e tudo.
— E você acha que tem desses aqui? — Agnes perguntou cada vez mais interessada.
— Talvez. Eles comem ovos de fada, então se devem estar por perto também. — Penny rezou para que Agnes não fizesse mais nenhuma pergunta, pois aquilo resumia tudo o que sabia sobre tronquilhos e fadas.
E Agnes de fato não perguntou mais nada. Ao invés disso começou a andar para dentro da floresta sem hesitar.
— Agui! — Penny chamou de volta, olhando receosa para o muro da casa que já estava distante a aquela altura.
— Se tem algo assim por aqui eu quero ver. — Agnes disse. — Você não?
— Já está escurecendo. — Fugiu da pergunta. — Se sua mãe...
— Minha mãe tá fazendo bolo, lembrar? A gente vai rapidinho, quando ela acabar já vamos estar de volta. — Argumentou. — Vamos logo, Penny! Eu sei que você quer ver também.
Gemeu e apertou os punhos. Tinha um milhão de motivos para não irem, mas Agnes não estava mentindo: Ela também queria muito ver um tronquilho de perto. O primeiro passo foi o mais difícil de dar, a adrenalina era como pássaros em seu estômago, mas a sensação foi aliviando aos poucos, pé por pé, e logo o senso de aventura tomou conta. Adentraram de vez na floresta, o mesmo caminho que fizeram quando foram acampar, e com o tempo o sol se abaixava cada vez mais, encontrando com a linha do horizonte e então desaparecendo de vez. Foi graças a luz da lua cheia que puderam procurar pelos tronquilhos, ainda que não estivessem tendo muita sorte.
Viram um esquilo, duas joaninhas e um sapo grandão, Agnes pensou ter encontrado outra fada uma vez, mas quando Penny foi ver era só o reflexo de uma pedra colorida. Umas três vezes Penny cutucou o ombro de Agnes e perguntou se já não era hora de voltarem, mas Sempre ouvia a mesma resposta:
— Ainda estamos perto de casa, daqui a pouco a gente vai!
E o "daqui a pouco" nunca vinha.
Outras três vezes Penny ouviu uivos, falou com Agnes sobre lobos, e mais uma vez ouviu uma resposta repetida:
— Devem está longe, nunca vi um lobo aqui tão perto.
Alguma coisa em Penny discordava intimamente, mas tudo era esquecido quando uma das folhas se mexiam com o vento e elas pensavam ter encontrado os tais tronquilhos. Dedicava mais tempo procurando do que se preocupando, e, mesmo que ainda não tivessem encontrado nenhuma criatura mágica, tudo valia a pena só por poderem explorar a floresta sozinhas. Nunca havia passado tanto tempo fora dos cuidados da mãe e tudo parecia demasiadamente divertido. Nem os uivos de lobos e corujas por entre as árvores já a assustavam mais, estava fascinada pelos insetos colorido que encontrava. Pegou uma lagarta verde e gorda na palma da mão e riu da cara de nojo que Agnes vez ao ver o bichinho que passeava entre seus dedos tentando escapar, mas sempre que ele chegava a ponta ela colocava a outra mão na frente e a pobre lagarta ficava encurralada. Achou curioso a facilidade com que podia manipular o bicho, não importava para onde a lagarta ia ela ainda estava ali, era de dar pena e estava pronta para colocá-la de volta a folha quando mediu mal a força e fez com que a lagarta virasse gosma verde entre seus dedos.
Agnes empalideceu, Penny chegou a abrir a boca para dizer que não era assim tão nojento, então reparou que os olhos arregalados estavam direcionados não para suas mãos, mas sim para algo atrás de si. Os pelos de sua nuca arrepiaram todos antes que tivesse coragem de se virar, uma sensação esquisita na garganta que se intensificou ainda mais depois de espiar por cima do ombro e encontrar o maior lobo que já tinha visto. Era pelo menos duas vezes maior que um lobo normal, olhos pequenos e brilhantes, presas brancas e afiadas rosnando enquanto elas enquanto contornava as duas com os pelos eriçados. Muito magro, e com um longo fucinho, era uma figura aterrorizante e ambas as meninas congelaram no lugar pelo menos. O lobo uivou novamente e Penny recuou um passo, estavam muito mais perto do que haviam imaginado e logo Penny percebeu que aquele não era um lobo comum.
— Lobisomem... — Sua voz saiu como um sussurro seco e gelado junto a lembrança do animal medonho em uma das páginas do livro e as histórias macabras que ouvia do padrinho.
Sentiu a mão de Agnes lhe agarrar pelo pulso, a garota antes cheia de coragem e entusiasmo agora estava encolhida perto de si, encostando ombro com ombro e tremendo levemente os lábios sem emitir som algum. O lobisomem tinha os olhos fixos nelas como contas luminosas andando de um lado para outro como se esperasse por algo, e haviam mais uivos no meio da mata se aproximando. Suando, Penny nunca esteve tão parada em sua vida, nem mesmo respirava, mas Agnes ainda estava segurando seu pulso com força e tremia muito. Em um passo em falso quebrou um galho seco no chão, o que não passou despercebido pelos ouvidos do animal.
Não tiveram tempo para pensar, apenas de correr. O lobisomem no encalço latindo e rosnando e vultos que pareciam as rodear. O coração de Penny parecia preso na garganta, estava suando frio e tinha que ser puxada por Agnes, não sabia nem dizer para onde iam ou se a amiga tinha alguma ideia disso também. Tropeçou em uma pedra, graças a Agnes não caiu, mas isso atrasou o passo e se não tivesse sido empurrada não teriam conseguido desviar do pulo de ataque do lobisomem. Mas a manobra de Agnes não foi feita sem consequências, quando estavam se preparando para correr novamente Penny percebeu que ela havia torcido o tornozelo. Em um movimento rápido passou a mão da menina por seu ombros e levantaram, correndo em círculos e sempre cercadas pelo lobisomem. Um grito preencheu sua garganta quando ele tentou morder sua perna, mas fora rápido o suficiente para se esquivar. Agnes em um surto de coragem chutou a cabeça do animal com a perna que ainda estava boa, mas o bicho mal se mexeu com o impacto, ficou no máximo surpreso com a audácia da garota, e isso as deu poucos segundos para voltar a correr.
Estavam se afastando da casa, a trilha que seus pais haviam marcado no dia do acampamento havia desaparecido, e o lobisomem parecia estar guiando as duas duas para algum lugar. Penny teve certeza disso quando chegaram em um lago que nunca tinha visto antes, as águas estavam prateadas pela luz da lua, e lá estavam outros lobisomens. Pelo menos seis deles, a maioria tão magros quanto o primeiro, machucados até, mas havia um que era maior que os outros e parecia muito mais forte também. Estavam completamente cercadas, suadas, tremendo e chorando.
Penny queria fugir, mas fugir para onde? Agnes estava com a perna machucada e ela mesma já não aguentava se manter de pé. Queria gritar, mas quem iria escutar? Não tinha ideia de onde estavam, porém com certeza não havia ninguém por perto que pudesse ajudar. As lágrimas já estavam deixando sua visão turva, a única coisa que ainda conseguia enxergar com clareza eram os olhos luminosos dos lobisomens. Eles continuavam andando em círculos em volta dela, agora esperando que o lobo maior tomasse a iniciativa. Penny teve a terrível sensação de que tudo aquilo era muito divertido para eles, as presas do lobo maior formavam quase um sorriso, era como ela brincando com a lagarta.
— Penny! — Agnes gritou, a despertando de seu transe. — A árvore!
Olhou para onde Agnes indicava e encontrou um grande carvalho e logo entendeu o que a amiga pretendia fazer. Tiveram que agir rápido, o lobo maior havia cansado de brincar e correu em direção a elas, Penny usou o que lhe restava de força para tentar ajudar Agnes a agarrar um galho e subir. Mas suas pernas tremiam, a cada segundo que passava o lobisomem se aproximava cada vez mais em grande velocidade. A mão de Agnes estava a poucos centímetros do galho, ela ia conseguir subir, mas Penny sabia que não teria a mesma sorte. Fechou os olhos deixando que as lágrimas quentes escorrerem pelo seu rosto gelado refletindo a luz da lua.
Agnes iria subir na árvore e ela não, os dedos já encostavam na madeira, estava tão perto!
Agnes ia subir na árvore, mas ela ficaria no chão.
Nunca esteve tão apavorada em toda sua vida, antecipando o ataque do lobisomem, e por um segundo — um segundo apenas — desejou que ela subisse na árvore no lugar de Agnes.
Quando abriu os olhos seu desejo havia se realizado. Ela estava sentada no galho do carvalho, não fazia idéia de como havia chegado lá e mesmo assim estava. Agnes havia caído de costas no chão, Penny pode ver o olhar de surpresa em seus olhos e seu primeiro impulso foi de esticar a mão para pegá-la, mas era tarde demais. Estava encarando os olhos de Agnes quando ela levou a primeira mordida, viu a dor, as garras que rasgavam a pele. Escutou de perto os gritos desesperados e sentiu o cheiro de sangue e terra úmida. Viu quando os outros lobisomens se aproximaram para pegar sua parte e como pulavam tentando alcançar o galho em que estavam, se encolhendo o máximo que podia enquanto gritava o nome de Agnes até ficar rouca. Penny viu quando bruxos chegaram, pelo menos dez deles, todos com varinhas em punho, e assistiu a batalha inteira. Viu os lobisomens deixarem Agnes ensanguentada no chão e partir para cima dos bruxo todos de uma vez. Viu quando mataram um lobisomem, um feitiço de fogo que deixou fez suas narinas se encherem com cheiro da fumaça, e viu quando os outros lobisomens fugiram acuados.
Viu tudo, e mesmo assim quando uma das bruxas lhe encontrou a tirou de cima da árvore e pressionou sua cabeça contra o colo para que não visse mais nada.
— Maldito Greyback! — Brandou um deles. — Você pegou a garota?
— Ela está bem, não parece ter sido mordida. — Disse a bruxa que a segurava. — E a outra?
— Morta. — Responderam.
Morta.
Agnes havia morrido.
Agnes havia morrido por culpa dela?
A mão estava tão próxima do galho, se não tivesse feito o que quer fez seria Agnes em cima da árvore. Talvez ela pudesse subir magicamente depois e as duas estariam a salvo. Com apenas um segundo tinha acabado com a noite.
Agnes havia morrido por culpa dos lobisomens.
Fora isso que ouviu os adultos dizerem repetidamente. Culpa de Fenrir Greyback e sua matilha de lobisomens, culpa da guerra, dos comensais da morte e seu líder, mas não culpa dela.
Foram os lobisomens, e Penny acreditou nisso.
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