#sozinho em uma multidão
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Entre Nós #Poesia
Entre Nós #Poesia Estou no banco e começa um tiroteio. Mascarados invadem, a todos a amedrontrar. Abaixa e passe a grana, o ouro cedido com receio. Só que no caixa, revelação faz tudo se abalar.
Estou no banco e começa um tiroteio.Mascarados invadem, a todos a amedrontrar.Abaixa e passe a grana, o ouro cedido com receio.Só que no caixa, revelação faz tudo se abalar. Entre nós, alienígenas aparecem para nos salvar.Tire seu terno ou seu vestido, mostre quem é.Balas de revólver não podem raios laser parar.É o perigo que nos faz ter apesar de tudo fé. Em todo lugar tem alguém especial a…
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#diferenças#ficção científica#invasão#não se conhecer#poema#poemascifi#poesia#poesiascifi#refúgio#se sentir estrangeiro#se sentir invadido#sozinho em uma multidão#tem mais alguém aqui#triângulo amoroso
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– 𝐰𝐡𝐨'𝐬 𝐜𝐨𝐮𝐧𝐭𝐢𝐧𝐠? ⋆ ˚。 𖹭
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ೀ ׅ ۫ . ㅇ atendendo a esse pedido; agustín pardella!fuck buddy; inspirada na música ‘so it goes…’ da taylor swift; rough sex; public sex; consumo de bebida alcoólica e drogas ilícitas; size kink; strenght kink; bulge kink; big cock; oral!masc; dirty talk; degradação (uso de ‘putinha, ‘puta’ e ‘cadelinha’); alguns tapinhas (bochecha e bunda); face fucking; choking; termos em espanhol (‘dímelo’ - me diz); manhandling; sexo desprotegido (não pode, chicas!!!); penetração vag.
Estava evitando Agustín desde o momento que pisou os pés na festa. Não estavam brigados, nem nada. Mas sempre que se esbarravam o resultado era sempre o mesmo; acabavam fodendo em um canto qualquer. Para Agustín, qualquer lugar era lugar. Qualquer lugar mesmo. E, dessa vez, queria aproveitar um pouquinho da festa também.
Se conheceram em um bar e a conexão foi instantânea, tinham amigos em comum e não foi difícil começarem a andar juntos também. Uma coisa levou à outra e acabaram entrando nessa dinâmica, se curtiam, aproveitavam a companhia do outro e Agustín te dava os melhores orgasmos da sua vida. Não estavam apegados, mas você certamente deixava o coração argentino saltando quando ia embora do apartamento dele.
Atraiam o olhar de todos, independentemente de onde estivessem. Todos olhavam para vocês quando estavam juntos, mas, para os dois, era como se estivessem sozinhos, faziam todo mundo desaparecer. Agustín tinha uma aura que deixava qualquer um alerta da sua presença, o jeito confiante que andava pela sala, chamando atenção, mesmo em meio à multidão. Você o viu em um rodinha de amigos, vestido todo de preto. Queria arrancar as roupas dele ali mesmo. E, ah, ele sabia disso.
Atravessando o salão, sentia o olhar de Agustín queimar o seu corpo inteiro, porque ele não escondia, fazia questão que soubesse que estava de olho em ti, sem vergonha alguma. Virou de uma vez o líquido docinho do drink na urgência de sair daquele espaço, precisava tomar um ar antes que cometesse alguma loucura. Ou ao menos era disso que tentava se convencer. Já tinha aproveitado o suficiente da festa, de qualquer forma…
Sabia que um certo argentino te seguiria onde quer que fosse. Queria ficar sozinha com ele. Havia algo sobre o magnetismo dele que te deixava irracional, despertava o que existia de mais selvagem e carnal em ti. Alguns segundos após se escorar em um cantinho escuro afastado no quintal, Agustín estava parado na sua frente. Com uma latinha em uma mão e um baseado na outra, ele te encarava cheio de marra, tendo a audácia de dar um sorrisinho convencido. Revirando os olhos, você cruzou os braços, arrebitando o nariz, marrenta igual.
– Odeio você. – Resmungou, roubando a lata e bebendo um pouco do líquido amargo. Fez uma careta logo em seguida, reclamando do mau gosto de Agustín.
Te olhando dos pés à cabeça, ele afirmou, não, nena, meu gosto é ótimo. Você apenas bufou, mas por dentro a cantada barata te derreteu.
Observou quando Agustín levou o beck até a boca, dando uma tragada demorada. Foi encurralada na parede quando ele ficou pertinho de ti, hipnotizada com a imensidão esverdeada. Era como se Agustín tivesse feito um truque de mágica em ti, não conseguia tirar os olhos dele.
Em um pedido mudo, entreabriu os lábios, sentindo a fumaça ser soprada ali, enchendo os seus pulmões e te deixando relaxadinha. As mãos firmes te pegaram pela cintura, com a pegada que te enlouquecia, te provocou ao mordiscar o seu inferior, apertando a pele exposta no vestidinho de frente única.
Foi você quem quebrou a distância, avançando em um beijo faminto, sentindo todas as peças se encaixarem nos lugares certos através do contato. As línguas travaram uma batalha afoita, seu corpinho, miúdo em comparação ao homem, era prensado contra a parede, suas unhas eram fincadas nas costas largas, arranhando-as por dentro da camisa. Sentia cada músculo do corpo viril ser pressionado ao seu, a bunda ser espremida contra as palmas dele, te arrancando suspiros em deleite.
As carícias de Agustín desceram por todo o seu pescoço, a barba grossinha roçava na pele sensível, te arrepiava. Recebia mordidas, era marcada, o corpo inteiro sentia a pressão do toque bruto. Os dentes roçaram de leve no seu lóbulo, sendo fincados ali com leveza, chupados. Suas mãos se emaranhavam nos cachos do homem, puxando-os a cada sensação que ele causava em ti, tombando o pescoço para trás e dando todo o espaço que ele queria para fazer o que quisesse contigo.
– Do que adianta tentar me evitar, – a risada grave te fez estremecer. – se no final você sempre vem para mim desse jeito? Desesperada ‘pra levar pica… – Agustín fez um barulho em reprovação, te segurou pelo queixo, apertando as bochechas e juntando seus lábios em um biquinho. – Pode se fazer de boa moça por aí, mas nós dois sabemos que não passa de uma putinha comigo, que implora ‘pra ser enforcada quando ‘tá levando pau. – As palavras perversas faziam o seu interior revirar em excitação. – Me pedindo ‘pra te machucar…
Você realmente não era uma garota má, mas quando estava com Agustín…
– Agus… – Chamou, segurando no cós da calça alheia.
– Shhh, fica quietinha. – Agustín deu uma última tragada antes de se livrar do baseado, voltando a te encarar. – Quero te ver usando essa boquinha para uma coisa mais útil. – Com dois tapinhas fracos no seu rosto, as próximas palavras vieram em forma de ordem. – Ajoelha, puta.
Não se importou em se abaixar na frente do homem em um local onde poderiam ser flagrados a qualquer instante. Na verdade, a ideia de ser pega em meio a algo tão sujo deixava a sua calcinha ainda mais ensopada, te fazia pulsar. Com os joelhos no chão, ficou cara a cara com o volume que marcava o jeans; Agustín era grande. Te deixava estufadinha e mesmo sem caber na sua boca, te fazia engolir tudo. Do tipo que te deixa se sentindo cheia por dias.
Desceu a calça e a cueca até os calcanhares do argentino, segurando o caralho teso pela base enquanto envolvia a pontinha rosada com a língua, sorvendo o gostinho da pré-porra que vazava. Fechou os olhos ao sugar a região, fazendo um barulhinho de ‘ploc’ ao tirar da boca. Agustín te encarava fissurado, como se você tivesse feito um truque de mágica nele dessa vez. Te domou pelos cabelos, prendendo-os sem jeito, e você, pouco a pouco, foi deslizando todo o comprimento para dentro de novo, bombeando o que ficava de fora.
Agustín gemia baixo o suficiente para que somente você ouvisse, observava o peito subir e descer, cada vez mais acelerado, ao passo que ele também ia perdendo o controle. Suas mãozinhas pousaram nas coxas grossas e sua garganta relaxou, ele sabia bem o que aquele olhar significava. Por isso, apertou a mão em seus fios, te mantendo paradinha para que ele usasse como bem entendesse. Empurrava o quadril contra o seu rostinho sem dó, fodia sua boquinha como se fosse a sua buceta no lugar. Te fazia engasgar quando encostava a virilha na pontinha do teu nariz, deixando saliva escorrer do canto dos seus lábios, fazia de ti uma completa bagunça.
– Tsc, tsc…Imagina se alguém passa aqui e te vê desse jeito. – Um fiozinho de saliva ainda te conectava ao pau de Agustín quando ele se afastou, espalhando toda aquela sujeira por tuas bochechas. Ele percebeu o movimento do teu quadril, o modo como estava empinadinha, se esfregando contra a própria panturrilha. Riu de ti, cheio de maldade. – Se comportando que nem uma cadelinha ‘pra qualquer um ver… – Mandou que você colocasse a língua para fora, dando batidinhas contra ela. – Fica com a bucetinha carente só de me mamar, porra…Mas você gosta, não é? Diz ‘pra mim o que você é, dímelo, nena.
Com as bochechas molhadas de lágrimas, você respirou fundo para dizer: – Eu sou a putinha do Agustín.
O argentino bombeava o cacete babado em frente ao seu rosto, vaidoso diante das tuas palavras, sabia que tocava o ego dele de alguma forma. Quando Agustín gozou, os jatos de porra quentinha espirraram contra suas bochechas e na língua. Ele observou quando você levou o indicador até a face, pegando toda a sujeira que havia ficado, provando o gosto dele enquanto se levantava.
A mão de Agustín se fechou ao redor do teu pescoço, te arrancando um sorrisinho perverso quando a outra palma foi até a barra do teu vestidinho amarrotado na cintura, suspendendo-o ainda mais. Te colocou de costas, espalmando a mão contra a tua bunda em um tapa estalado, te arrancando um gritinho surpreso, que logo se transformou em gemidos dengosos quando ele continuou a estapear a carne. Você apertava as coxas uma na outra, necessitada de algo que fizesse aquele calor passar.
Separou mais as perninhas quando sentiu a cabecinha ser pincelada contra a buceta ensopada, empinando o quadril em direção à virilha masculina. O pau deslizava lentamente pela entradinha apertada, ficando parado por alguns instantes até que você se acostumasse. Suas mãozinhas foram até o baixo ventre, sentindo a elevação que se formava ali a cada vez que Agustín entrava em ti novamente, todo aquele tamanho te deixava enlouquecida, o pensamento de que ele poderia facilmente te destruir daquela forma.
– Agus… – Revirando os olhos, tombou a cabeça no ombro do homem. – Você me deixa tão…Cheia. – A mão dele foi parar acima da tua, sentindo o caralho despontar no seu abdômen quando os movimentos do argentino se tornavam afoitos e profundos, te fazendo se perder no momento. – Tão bom…
– Não importa quantas vezes eu te coma, você continua apertada ‘pra caralho, nena. – A voz grave do argentino arrepiava o seu corpo inteiro. – Eu nunca me canso disso.
Presos naquele momento, só o que se ouvia eram as peles se chocando, as respirações pesadas e os gemidos entregues. Suas pernas se contorciam quando Agustín alcançava o ponto mais sensível em ti, sendo mantida em pé somente pelo braço dele que te segurava contra a parede. A essa altura, não sabia quem havia enfeitiçado quem, mas, honestamente, quem estava contando?
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o segredo é fazer como você: seguir em frente, mesmo com medo
após duas tentativas frustradas de sair com você e de remarcar o jantar no restaurante onde eu tanto desejava sua companhia, comecei a questionar minhas motivações. eu não sabia ao certo se queria te levar lá porque aquele lugar era especial para mim, ou se apenas ansiava por um encontro perfeito. acho que foi nesse desejo de perfeição que falhei, sobretudo quando você me disse que qualquer lugar seria bom, desde que estivéssemos juntos. talvez, naquele momento, eu tenha projetado em você uma versão idealizada, baseada no personagem que você mostrava nas redes sociais, e não na pessoa real que encontrei naquela noite, sem jeito, quando nossos olhares se cruzaram em meio à multidão.
quando fiz o último convite e, de última hora, você não pôde ir, decidi que não te procuraria mais. resolvi que iria sozinho ao restaurante. na semana seguinte, numa sexta-feira à noite, após o trabalho, lá estava eu, no lugar onde tanto sonhei te levar. sentei-me e observei ao redor. vi o amor em pequenos gestos nas mesas ao lado: o rapaz dizendo à namorada que o restaurante era bonito, mas não se comparava à beleza dela, e o casal que, com um filho pequeno, tentava acalmá-lo para que não me incomodasse. eu apenas sorri e disse que estava tudo bem.
naquela noite, postei algumas coisas nas redes sociais. várias pessoas comentaram, mas nenhuma era você. poderia ter escolhido alguém para sair depois dali, ou responder a qualquer mensagem como se estivesse interessado, mas, em vez disso, mandei uma mensagem para você. eu queria te ver, e, para minha surpresa, você respondeu quase que imediatamente. disse que poderíamos fazer algo e, assim, acabamos nos encontrando na sua casa. pela primeira vez, você me convidou. quando te vi chegando, você parecia irreal, como uma daquelas pessoas que fazem a gente querer casar logo no primeiro encontro. ou seria isso o encontro de almas? não sei.
havia algo entre nós, um vínculo que nunca consegui entender plenamente. era como se estivéssemos conectados de uma maneira que transcendia a compreensão. quando ficamos sozinhos, em meio a tantas pessoas no seu prédio, eu te vi vulnerável, exposta de uma maneira que nunca imaginei. pela primeira vez, desejei profundamente deixar alguém ficar — você. fiquei te observando, deitada no meu colo, com os olhos tímidos, de um jeito que eu nunca havia visto antes. naquele momento, quis mostrar todo o meu lado amoroso, aquele que ninguém conhece, mas não consegui.
você, tentando se proteger, disse que não queria nada sério com ninguém, algo que eu costumava repetir. acredito que aquilo era uma tentativa de se resguardar do desamor, da falta de afeto e do medo de ser abandonada. aquela foi nossa última noite juntos e a primeira vez em que fomos nós mesmos, sem máscaras, sem filtros. no dia seguinte, você me convidou para fazermos algo juntos novamente. eu queria dizer sim, queria te ver, mas naquele momento, não podia mais. não mais com você. porque, pela primeira vez, eu senti um desejo tão forte de ter alguém na minha vida que tive medo. medo de errar, medo de não ser suficiente para você.
e assim, te deixei ali, como quem abandona um celular no meio da rua, torcendo para que ele ainda esteja lá quando voltar.
meses se passaram, e soube que você estava em um relacionamento. no início, não acreditei. você, assim como eu, dizia que não queria nada sério. ou será que queria? não precisa responder, porque agora eu sei: você queria. e eu também. que ironia, não é? logo eu, que sempre afirmava não querer nada com ninguém, senti uma vontade incontrolável de te segurar, de te gritar para o mundo, de dizer que eu te queria.
hoje, sei que não podemos mudar o que dissemos ontem, mas podemos mudar nossas atitudes no futuro. quando a próxima pessoa chegar, ao invés de dar um passo para trás e negar o que realmente queremos, talvez seja o momento de dar um passo à frente e tentar. mesmo que a vontade seja de fugir pelos fundos de um restaurante e desaparecer, o amor não é tão ruim ou complicado quanto parece. na maioria das vezes, o segredo é fazer como você: seguir em frente, mesmo com medo.
- ls.
fonte: @santuber
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TASK 003: the fatal flaw
For we were little Christian children and early learned the value of forbidden fruit. ⸻ MARK TWAIN
Sonhos são as histórias que contamos a nós mesmos frente à amarga realidade. Quando deturpados, se transformam em armas.
Estava dormindo quando foi acordado pelo som das sirenes, um feito inconstante diante da fiel companhia da insônia. Nas raras ocasiões em que seu cérebro decidia ser gentil, sonhava com um mundo em que fazia suas próprias escolhas.
Em um momento estava cercado de sorrisos conhecidos no Anfiteatro, e no outro estava sozinho no completo escuro de seu chalé. Do lado de fora, a cacofonia da guerra era um chamado que pedia resposta. Colocando-se de pé, Santiago partiu na direção dos sons de agonia, tateando ao redor pelo seu equipamento de combate enquanto corria porta afora. O instinto o puxava em mil e uma direções – rumo à Ilya e Tony, à Anastasia e Kitty, à Alina e Zev – e, em meio a névoa de adrenalina que cobria a sua visão, quase podia enxergar os fios do destino que a eles o ligavam, agora tensionados sob a lâmina das Parcas. Seus pés responderam ao condicionamento de anos de treinamento, indo de encontro ao perigo a passos largos, procurando por cada um dos amigos no desespero de os poder salvar.
Ao desembainhar sua espada, seus olhos escanearam a multidão – em busca dos rostos familiares a quem queria proteger, e que como ninguém o podiam ancorar. O tempo pareceu-lhe quase líquido, gotejando a cada batimento cardíaco invés da enxurrada habitual que o ameaçava carregar. Quando os gritos tornaram-se quase ensurdecedores, soube ter alcançado o centro do Acampamento, e tão logo pôde ver o que o esperava, também o pôde sentir.
A bainha de ferro estígio escorregou de seus dedos, e o tilintar do metal sobre o chão terroso foi o último traço de realidade que registrou antes de a névoa invisível da magia o tomar.
Estava de volta ao sonho, mas não havia viva alma no Anfiteatro que não a sua. Sentado junto à fogueira, a chama alta projetava sua silhueta junto a duas sombras que não sabia identificar. Quando virou na direção de sua origem, as serpentes entrelaçadas de Hermes o cumprimentaram, próximas o suficiente para as ouvisse sibilar. Nunca o havia visto antes e, no lugar onde estaria o rosto do mensageiro, havia somente o vazio.
Ao lado dele estava Afrodite, ambas as mãos estendidas em sua direção. A reconheceu não por quem era, mas por quem se parecia, por muito que lhe faltasse coragem para nomear. Trazia em suas palmas uma maçã, e o gesto era tentação e oferta.
Promessas foram feitas com o silêncio de um olhar, como se colocá-las em voz alta as fosse esvaziar. Sabia o que a deusa oferecia sem que ela o precisasse falar.
O amor que move o Sol e as outras estrelas.
“Não coma a maçã.” Alertou Hermes. Sua voz era a de Zeus e de Hera, de Poseidon e de Deméter, de Apolo e de Ártemis, de Héstia e de Hefesto, de Ares e de Atena. Soava, sobretudo, como a de Hécate.
Serpente. Maçã. Autoridade divina. Os símbolos lhe eram conhecidos, por muito que atrelados a um deus com D maiúsculo, a quem entendia como a verdadeira mitologia.
Ao buscar a resposta nos olhos de Afrodite, tão parecidos com um par que já conhecia, sentiu como se pudesse provar o suco adocicado da fruta na ponta de sua língua. O sabor foi suficiente para o fazer salivar. Ali estava a deusa a quem mais temia, e ela sorria ao oferecer de bom grado tudo aquilo que se esforçara em lhe negar.
Uma deusa fazendo-lhe uma oferenda, se colocando em seu patamar.
“Não coma a maçã.” Disse Hermes uma outra vez, e a orientação transformou-se em ordem, o som de cada sílaba parecendo ecoar. De um lado estava a vontade do Olimpo, e do outro desejo mais íntimo que ousara sonhar. Estava sozinho diante de poderes além da sua compreensão, e a realização pouco fez para o assustar. Seu único medo era a solidão, e a maçã era a oferta de um par.
A decisão já estava tomada, percebeu. Encheu seus pulmões de oxigênio e, buscando por força, encontrou em si a coragem para a concretizar.
Aceitou o fruto proibido de Afrodite com reverência. O tom de vermelho o lembrou de sangue ao levar a maçã até os lábios. Quando a mordeu, o gosto metálico tomou conta de seu paladar. Bebeu do misterioso elixir da vida, sem saber o que acabara de sacrificar.
“Um presente de casamento.” Alguém disse, preenchendo o silêncio com uma gargalhada. Os lábios de Afrodite se moveram como os de um boneco de ventríloquo, mas a voz feminina não lhe pertencia – reconheceria o quase canto da deusa do amor em qualquer lugar.
“Não coma a maçã.” Hermes e todo o Panteão ordenaram uma última vez e, se prestasse atenção às entrelinhas, perceberia que nelas havia certo suplicar. Santiago os ouviu, e escolheu os ignorar.
A primeira mordida foi mais que suficiente para a desmascarar. Não conhecia a deusa diante de si mas, ao encarar a maçã em sua mão, notou ser dourada e não vermelha, espólio de uma guerra há muito deixada para trás.
Girou a maçã em suas mãos e, onde não a havia mordido, três palavras haviam sido gravadas.
To the fairest.
Como peças de um quebra-cabeças por fim se encaixando, entendeu com quem havia escolhido barganhar: Eris, a deusa da discórdia. Para o próprio horror, notou que uma vez tendo começado a comer a maçã, já não podia parar.
Quando nada restava além do miolo da fruta, aos seus pés apareceu o preço que escolhera pagar. Uma pilha de corpos sem vida, seus rostos conhecidos – não há muito escaneara uma multidão para os procurar.
Em troca de um amor prometido, sacrificara cada uma das pessoas que o haviam ensinado a amar.
O sonho se dissipou até que se viu de joelhos, a espada caída ao seu lado, o som do próprio grito ainda a reverberando ao pé do ouvido. A visão tinha ares de profecia, entregue em enigmas, e o peso de suas próprias escolhas era o verdadeiro castigo.
Mais do que perder os amigos, os havia condenado à morte sem saber, em nome do desejo de ser amado, pelo impulso de desafiar aos deuses e a necessidade de os enfrentar. O preço de sua desobediência era mais alto do que jamais poderia pagar e, ao levar a mão até o rosto, percebeu que já não lhe restavam mais lágrimas a serem derramadas.
Só o que havia sobrado era a culpa, apertando-lhe o peito e o ameaçando esmagar.
↳ para @silencehq. personagens citados: @prideisgonnabeyourdeath, @arktoib, @ncstya, @kittybt, @nyctophiliesblog, @zevlova.
#swf:task03#gnt não julguem pq eu tentei fazer algo diferentão e conceitual sabe#eu inventei de ler os de geral c mil formas diferentes de tortura e fiquei meio serace sou feia#༄ . ° a safe spot wıthın every tornado. › povs | santıago aguıllar.
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[19:45] - NYT
debut do yutinha aqui no blog <3
Era a primeira vez que frequentava aquele tipo de lugar. A música alta, os corpos suados se chocando em uma batida sem sentido, o cheiro de álcool impregnado no local.
Aquilo era demais para você.
Apenas havia aceitado estar ali por conta de seus colegas da faculdade, que achavam que seria muito divertido para calouros experimentarem o que era, de fato, uma festa da universidade.
"Qual é, amiga. Se solta, aproveita!" Escutou Maria dizer, se infiltrando no meio da multidão, te puxando junto. "O que vai querer beber?" Perguntou assim que chegaram no barzinho do local.
"Um refri."
"Refri? Amiga, olha pra minha cara e vê só se eu vou deixar você beber um refri em uma festa dessas? Negativo." Negou com a cabeça e se virou para o garçom, que olhava para a cena com um sorriso no rosto. "Vão ser duas cervejas, pode por..."
"Na minha conta"
Se viraram juntas em direção a voz. Era um cara. O cabelo escuro cobria parcialmente o rosto, os traços claramente evidenciavam que o rapaz vinha de algum país asiático.
"Pode colocar na minha conta." O rapaz disse se aproximando ainda mais do barzinho, aumentando um pouco mais o tom de voz por conta do som alto do lugar. " Ah, pode trocar uma das cervejas por refrigerante, por favor. Você gosta de qual?" Se virou, perguntando diretamente para você.
"Eu? Ahm, pode ser uma coca!"
"Entendido" o garçom se pronunciou, virando e começando a preparar as bebidas.
Percebeu o olhar do rapaz sobre você. Estava tímida, ainda mais pela roupa que vestia, essa que era de Maria, que mais mostrava do que escondia pedaços de sua pele.
"Oi, a gente não se conhece. Me chamo Maria, e você?"
"Yuta, Nakamoto Yuta." o rapaz respondeu monótono, ainda olhando para você, sem prestar muita atenção em sua amiga.
"Uau, que nome diferente, você vem da onde?"
Escutou o rapaz responder e decidiu, a partir dali, tomar seu rumo. Saiu de fininho do local, com seu copo de refrigerante na mão, até uma área menos povoada dali, se sentando em um dos puffs que haviam no chão. Ali, viu de tudo, pessoas fumando, fazendo body shots, pessoas quase transando no meio da pista.
Se aquilo era uma festa de universidade, queria sair o mais rápido dali.
Se levantou, ajeitou seu vestido e começou a andar de volta para o local mais movimentado da festa, porém, antes de fazer, sentiu alguém te puxar pelo braço e te levar para um beco que tinha por ali, te colocando contra a parede.
Era Yuta.
"Você tá doido? Eu levei um susto."
"Pelo menos sou eu, gata."
"Yuta, eu mal te conheço, o que a gente tá fazendo aqui?" perguntou sincera, abraçando seu próprio corpo por conta da friagem.
"Eu queria escapar daquela sua amiga, ela é doida, cara." Yuta riu sozinho. "Ela só sabia falar dela e quão linda e espetacular ela é. Cá entre nós, como você aguenta ela?"
"Anos de experiência, meu amigo, anos de experiência."
Riram juntos, olhando um para o outro logo após.
"Yuta" disse estendendo a mão
"S/N" se apresentou.
"Pra ser sincero, eu só paguei aquele refri e a cerveja pra vocês por que eu queria assunto com você, mas parece que a flecha atingiu a pessoa errada."
"Eu sou meio lerdinha, Yuta."
"Eu percebi." Ele respondeu, dando eu gole na cerveja, que você percebeu agora que estava em sua mão. "Aceita?"
"Não, obrigada. Prometi pra mim mesma que não tomaria um gole de álcool hoje." Negou educadamente, vendo menino fazer uma careta desgostosa para você.
"Vamos, só um golezinho, pra entrar no clima."
"Que clima?"
Yuta riu novamente. Ele estava te fazendo de boba?
"Gata, o que tu tem de gostosa tu tem de lerda viu." Yuta deu um outro gole em sua cerveja e continuou a dizer. "Eu tô louco pra te dar uns pega e tentando criar um clima, se você não quiser, é só falar, mas se quiser, não estraga não."
"Uau, você é sincero né." Disse assustada. Nunca ninguém tinha te dito que queria ficar com você daquela forma.
"Quando eu quero uma coisa, eu sou. Aceita?" Yuta tentou novamente, e agora você aceitou. Pegou o copo na mão de Yuta e tomou um gole da bebida gelada, sentindo o álcool descer rasgando pela sua garganta. "Muito bem, foi tão ruim assim?"
"Não, tirando o fato que agora eu quero meu próprio copo." Você riu, trazendo Yuta junto consigo. Viu o menino virar o copo da bebida e tomar o líquido de uma vez só, deixando o plástico de lado logo após. "Tá com pressa, Nakamoto?"
"Pra acabar com essa cerveja? Não. Pra te beijar? Sim." Yuta sorriu após a frase, se aproximando ainda mais de você, colocando uma de suas mãos sobre sua cintura, puxando seu corpo contra o dele.
"E quem disse que eu quero te beijar?"
"Se fazendo de difícil, princesa? Cuidado que eu apaixono."
Sem perder mais tempo, Yuta selou seus lábios nos dele, começando um ósculo afobado. O gosto do álcool se fazia presente, te deixando ainda mais embriagada naquele momento. Yuta segurava sua cintura com possessão, uma das mãos apoiadas na parede, dando a estabilidade necessária para pegar um de seus joelhos colocar no meio de suas pernas, as afastando o suficiente para apenas colocar a perna ali no meio.
"Quer ir lá pro meu carro? Tem espaço suficiente pra nós dois"
Sua noite estava apenas começando.
E Maria? Que se dane...
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AQUELA POR QUEM ESPEREI | Neige Leblanche
𝐓𝐢𝐩𝐨: Imagine
𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞: Ele não sabia explicar como ou porque ele tinha tanta convicção em sua fala, mas como explicar a magia do amor, não é mesmo? Ele apenas sabia.
𝐏𝐞𝐫𝐬𝐨𝐧𝐚𝐠𝐞𝐦: Neige Leblanche
𝐎𝐛𝐫𝐚: Twisted Wonderland
𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨𝐬: Leitora Feminina.
Neige estava no meio da multidão durante o festival do VDC, conversando animado com alguns fãs que vez ou outra vinham ao seu encontro, quando seus olhos se fixaram em uma garota que estava em uma barraca próxima. Seus olhares se cruzaram por um breve instante, e ele se sentiu como se o tempo tivesse parado. Seu coração acelerou, e um calor inexplicável invadiu seu peito. Era como se o universo conspirasse naquele momento, e ele soube imediatamente que aquela garota era o amor verdadeiro que ele tanto procurara. Com o coração batendo forte e as mãos trêmulas, ele se aproximou dela, ignorando as pessoas ao seu redor.
"Eu encontrel ela. Finalmente encontrei quem eu estava procurando portoda minha vida." Neige pensava.
Ele não sabia explicar como ou porque ele tinha tanta convicção em sua fala, mas como explicar a magia do amor, não é mesmo? Ele apenas sabia.
Ela usava roupas leves e vibrantes, combinando com o espírito festivo ao seu redor. Seus olhos percorriam as barracas de artesanato locais, onde objetos fascinantes feitos à mão eram desenhados com orgulho. Ela não resistia a parar e examinar as pinturas, jóias e tecidos maravilhosos.
À medida que se aproximava das barracas de jogos e brincadeiras, seu rosto se iluminava ainda mais. Ela observava crianças rindo e adultos competindo em jogos desafiadores. Sua curiosidade a levava de uma barraca para outra, sem pressa, absorvendo a energia vibrante do festival cultural e aproveitando cada momento.
E o jovem garoto, continuava a seguindo discaradamente.
Ainda absorta nas maravilhas do festival, a garota continuou a caminhar com seu olhar encantado voltado para as barracas. Sua excitação a faz dar passos largos, quase dançando em meio à multidão.
Em um momento de distração, ela acabou por trombar em Neige, finalmente notando sua presença. Os dois se chocaram suavemente, e a jovem olhou para a garota com surpresa e desculpa estampados no rosto, também espantado com o baque. Ela também se detectou por um instante, seus olhos encontrando os dele.
Um sorriso sem jeito surgiu nos lábios de ambos, e eles compartilharam um breve momento de conexão, como se o choque acidental tivesse criado um laço instantâneo. Depois de se desculparem mutuamente, a garota estava prestes a continuar sua exploração no festival cultural quando, de repente, sentiu uma mão puxando-a para o lado. Ela se virou e ficou surpresa ao ver Vil que parecia ter surgido do nada.
Ele segurava a mão dela com uma expressão enraivecida e disse:
— Está bobeando por aí, batata? Ainda temos um último ensaio para a nossa apresentação! - Neige reconhece seu amigo de longa data, sorrindo calorosamente para o mesmo e sendo ignorado também.
A garota, inicialmente surpresa, logo se lembrou do compromisso e revelou. Ela assentiu e seguiu o garoto em direção ao local onde ensaiariam. Depois desse encontro, a garota e o rapaz seguiram seus caminhos separados, mas com um brilho especial em seus olhos, lembrando-se desse breve encontro no meio da agitação do festival.
— Duas pessoas destinadas a ficem juntas, mas com uma rixa de gerações entre colegios que os separam, isso é tão caótico, não concorda, Grum? - Dias depois, Neige se lamentava ao lado de seu pequeno amigo.
— Hm, tem certeza que é ela? Você consegue ter literalmente qualquer dama que quiser e escolhe justo uma esgudante da NRC? - Grum dizia com desgosto enquanto olhava a reação do garoto.
Neige ignora o comentário do anão e continua a se perder em seus devaneios sozinho.
— Já sei! - Ele bate a mão na mesa a sua frente causando um estrondo alto.
Grum olha para o amigo assustado e encontra um sorriso apaixonado e determinado no rosto do garoto.
Dias após o festival cultural, a garota estava em seu dormitório, mergulhando em pensamentos. O som da porta sendo levemente golpeado a puxou de seus devaneios. Ela se declarou, foi até a porta e a abriu.
Para sua surpresa, lá estava Neige, o garoto que ela havia esbarrado no VDC. Ele estava parado, roupas arrumadas e seguras um buquê de flores coloridas. Seu rosto estava um pouco corado, mas ele olhava nos olhos dela com determinação e um sorriso gentil.
Com um tom confiante, ele disse:
— Não pude me apresentar adequadamente durante o festival, peço perdão senhorita. - Ele pega a mão de [Nome] para si e deposita um breve selar em sua palma. - Me chamo Neige Leblanche.
A garota sentiu seu coração bater mais rápido, e um sorriso espontâneo se contido em seu rosto.
— Você realmente me cativou, por favor me permita cortejá-la.
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Hoje completo mais um ciclo e agradeço ao universo por me permitir chegar até aqui. Já passei por muitas coisas nessa vida, desde ótimas risadas até lágrimas intensas, e me considero uma mulher muito forte. Tenho muito pra aprender ainda na vida mas eu adoro toda a sabedoria que adquiri durante esses anos na terra, desejo a mim mesma tudo de bom que a vida tem para me proporcionar e que os males sejam levados pelo vento. Que a vida traga o que for para ser realmente meu e que o que não for para ser acrescentado, que se vá para longe. Agradeço por ter pessoas que se importam comigo e que me amam muito, como minha mae e minha irmã que são as pessoas mais importantes da minha vida e alguns amigos também. Agradeço por estar viva, mesmo as vezes nao vendo o sentido exato de estar ainda me sinto grata por ter saúde e por respirar. A vida é uma coisa louca e ninguém nesse mundo sabe o ao certo o que cada um carrega dentro de sí, mas eu sempre tentei carregar muito amor e bondade dentro de mim e espero que de alguma forma tenha refletido isso nas minhas ações na vida de algumas pessoas. Nem sempre a gente acerta, eu sou um ser humano como todo mundo é, e também ja cometi inúmeros erros ao longo do tempo e peço perdão por isso, mas ainda sei que vou cometer muitos porque ninguém é perfeito. Tem dias que eu estou bem, tem dias que estou mal, tem dias que eu me amo e me aceito como sou e tem dias que eu desejo ser de outro jeito, aos pouco estou aprendendo a me amar do meu jeito. Se aceitar nunca foi uma coisa fácil pra mim, eu ja estive em situações onde tive que me levantar sozinha, chorar sozinha, aguentar sozinha, rir sozinha, mas isso é a vida. Na maior parte do tempo somos só nós mesmos e isso não significa que não tive ajuda eu tive muita ajuda durante a minha vida também, pessoas especiais que encontrei que me ensinaram, me seguraram quando eu nao aguentei, que me abraçaram, me acolheram, me deram forças, me fizeram sentir um alguém e que nem tudo a gente precisa lidar sozinho na vida e agradeço de coração a esses amigos que eu ainda tenho na minha vida amo vocês. Mas sobre nosso caminho ninguém pode trilhar por nós, então eu esse ano aprendi muito que nada adianta eu amar todos ao meu redor, sem dar a mim mesma o devido cuidado, a devida atenção, o devido respeito, a devida prioridade e estou aprendendo muito com isso. Eu desejo a mim mesma maturidade para lidar com as coisas que eu as vezes não consigo lidar ainda, desejo paz na minha vida e no meu coração, desejo que dias melhores cheguem para mim e para minha familia, desejo que eu saiba dar valor as pequenas coisas que me rodeiam porque apesar de ser bem detalhista tem coisas que as vezes passam despercebidas. Desejo que eu cresça como pessoa cada dia mais, que eu possa evoluir mais ainda como ser humano, que eu possa sorrir e que eu não sinta vergonha alguma quando precisar chorar, que eu não sinta a necessidade de me tonar uma pessoa fria e sem humanidade só para me sentir igual a alguém que se sinta bem assim. Que eu não perca a minha essência no meio da multidão, e que se por alguma razão eu me perder, que eu saiba sempre me encontrar de novo, que eu possa ser feliz e aproveitar isso porque eu mereço muito. Que eu continue sendo essa menina-mulher, intensa, doida, forte e frágil, e com um coração cheio de coisas boas dentro. Que meus sonhos se realizem, minhas metas sejam alcançadas e que tudo que ainda me falta, seja preenchido. Que esse ano termine bem e que o próximo ano seja melhor ainda, que eu tenha forças para lidar com as adversidades da vida porque ela é foda as vezes, que eu não desista de mim jamais e que eu sempre possa... RECOMEÇAR DE NOVO E DE NOVO, QUANTAS VEZES PRECISAR. Eu nunca vou me arrepender de viver a vida do meu jeito e na minha intensidade, porque essa sou eu, quer gostem ou não!!
Feliz 2.1 para mim e um brinde a tudo que eu já vivi e viverei.❤🍷✨
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Na penumbra de meu quarto, esquecido e sozinho, Os ecos de minha voz não encontram ouvidos, Invisível no mundo, caminho sem ser visto, Como sombra na noite, perdido e esvaído.
A multidão me atravessa, olhares que nunca pousam, Sussurros ao vento, meu nome jamais chamado. Uma existência muda, em um filme sem som, Onde sou o espectro, eternamente ignorado.
Minhas mãos estendidas, mas ninguém para segurar, Meus gritos em silêncio, a dor que ninguém vê. Será que ainda respiro? Ou apenas simulo estar, Neste teatro de sombras, onde não sou nem estarei?
A depressão é um véu, turva os olhos alheios, Me torna transparente, uma figura sem cor. Em um mundo vibrante, sou cinza entre o vermelho, Invisível e mudo, sem amor, sem calor.
Assim, marcho sozinho, um fantasma entre os vivos, Minha presença uma ausência, que ninguém lamenta. Invisível, não sinto o toque do vento, Condenado a uma solidão, perpétua e cinzenta.
Paulo de Brito
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𝐮𝐦 𝐦𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨́𝐥𝐞𝐫𝐚; 𝐮𝐦 𝐟𝐥𝐚𝐬𝐡𝐛𝐚𝐜𝐤 .
soluço ficou em silêncio por um longo tempo, olhando para o rosto pálido de astrid enquanto ela dormia. seu coração estava em pedaços, mas algo mais pulsava dentro dele: raiva, uma raiva imensa que transbordava de suas veias como lava fervente. o aborto espontâneo havia destruído os sonhos que ele e astrid tinham para o futuro, e ele sabia que a culpa era dos deuses, especialmente de merlin, aquele bruxo traiçoeiro. soluço jurou que pagariam por isso. ele moveria céus e infernos para vingar o sorriso perdido de sua amada. ele deixou a cabana onde astrid descansava, indo para um lugar alto, onde o vento soprava com força e o mar batia furiosamente nas rochas. ali, no topo do penhasco, ele gritou para o céu, uma súplica que ecoou como trovão. "eu os odeio!" ele clamou, com o peito ardendo de fúria. "merlin! odin! todos vocês! como ousam tirar o nosso futuro? como ousam machucar astrid? eu juro, vou fazer vocês pagarem!"
os dragões começaram a aparecer, atraídos pela força do seu chamado e pela intensidade de sua emoção. soluço não conseguia conter a raiva que crescia cada vez mais. ele reuniu todos os dragões que pôde encontrar, suas asas negras cortando o ar como sombras vingativas. "vamos movê-los!" ele gritou para eles, cada palavra repleta de dor e vingança. "vamos mover céus e infernos até encontrarmos merlin e todos os outros responsáveis! eles vão pagar por isso!" banguela estava ao seu lado, o grande fúria da noite, seus olhos brilhando com a mesma raiva que soluço sentia. o dragão rugiu alto, um som que fez a terra tremer e as nuvens se moverem. soluço sabia que ele não estava sozinho nessa busca por vingança. os outros dragões se reuniram ao redor, prontos para seguir seu líder em uma busca sem retorno. soluço prometeu a todos que essa seria a maior batalha que já tiveram.
ele olhou para o céu, onde as nuvens se acumulavam como um presságio do que estava por vir. soluço sabia que estava prestes a enfrentar forças poderosas, mas ele não tinha medo. a dor de astrid era agora sua dor, e ele não descansaria até que a justiça fosse feita. o som das asas dos dragões criava um rugido ensurdecedor, um som que falava de guerra e vingança. soluço sentiu seu espírito inflamar-se com a certeza de que ele não pararia até encontrar merlin e todos os outros deuses que tinham ferido sua amada. e ele os faria pagar, um por um.
soluço virou-se para a multidão de dragões que agora se aglomeravam ao seu redor, formando um círculo cada vez mais apertado. os olhos brilhantes e as escamas reluzentes eram um sinal de que eles estavam prontos para lutar, mas soluço precisava saber se estavam dispostos a lutar por ele, para trazer justiça por astrid. "vocês vão comigo?" ele perguntou, sua voz ecoando pelas montanhas ao redor. "vão lutar para que astrid nunca mais sofra? vão comigo até o fim?"
o silêncio caiu por um breve momento, como se os dragões precisassem de um segundo para compreender o peso da pergunta. então, como se tivessem uma única voz, todos os dragões rugiram juntos, um som ensurdecedor que abalou o céu e fez as árvores balançarem violentamente. as chamas irromperam de várias bocas, iluminando a noite com um brilho vermelho e dourado. a resposta era clara: eles estavam prontos para lutar por soluço e por astrid. soluço sentiu um arrepio de emoção e levantou sua espada para o alto, gritando junto com eles. ele sabia que agora tinha um exército de dragões ao seu lado, e nenhum deus, bruxo ou qualquer outra força seria capaz de detê-los. eles estavam indo em busca de vingança, e nada os pararia.
#⠀⠀⠀ ✦ ⠀⠀⠀𝒔. haddock iii . ⠀ ⠀ » ⠀ ⠀ point of view .#só queria dizer o quanto o homem estava o puro suco do ódio
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oi ! eu não sei se você tá com pedidos abertos mas se estiver pode escrever algo com o taeyong ciumentinho?
Taeyong estava com a mão na cintura da(o) namorada(o) enquanto dançava com o peitoral grudada nas costas dela(e), embalavam junto com a música que tocava na balada anos 80 do bairro mais movimentado da região.
-Amor, vou pegar mais um pouco de cerveja - ele comentou quase gritando, no ouvido de s/n para escutar bem em meio a música alta.
S/n concordou e deu um beijinho na boca do namorado, continuou dançando e aproveitando o momento, fez alguns passos com a menina que estava ao seu lado e riram juntos sem parar.
O coreano se aproximou do bar, mostrou o copo e o bartender entendeu o sinal. Taeyong sentou em um banco e aproveitou para descansar um pouco as pernas naquele momento.
Fazia um tempo desde que teve tempo para sair e se divertir com a(o) namorada(o), normalmente ficava quase vinte e quatro horas por dia trabalhando e nunca conseguia arrumar diversão fora da empresa.
Não que não gostasse de estar ao lado dos integrantes, mas taeyong sentia muita falta de outro tipo de carinho e outras pessoas que divertissem ele de uma forma diferente.
Ele sorriu sozinho observando o chão quando passou na cabeça os vários momentos divertidos que teve ao lado de s/n nesses últimas dias de férias.
Quando levantou o rosto pegou a bebida que já havia chegado, ficou mais um tempo sentando recuperando o fôlego e bebendo um pouco, todo o momento agradável terminou no instante que percebeu uma pessoa chegando por trás do corpo de s/n e sussurrando algo no ouvido dela(e).
Ela(e) virou o corpo assustada(o) e sorriu quando olhou para o menino na sua frente, abraçou com força e começaram uma conversa "gritando no ouvido" um do outro em meio a multidão e a música.
-Que porra é essa? - taeyong sussurrou para si mesmo enquanto observava tudo com a sobrancelha erguida.
O coreano respirou fundo e arrumou a própria postura para mostrar presença e controle quando chegasse perto dos dois.
-Oi amor, voltei - disse falando alto no ouvido de s/n, que virou e sorriu para o namorado. - E você? Quem seria?
-Jinwoo - curvou o tronco se apresentando - Eu fui professor particular de coreano da(o) s/n.
-Professor particular? Pensei que a Minji tinha sido sua professora. - taeyong comentou confuso e tomando a bebida fazendo uma força no copo.
-Ela foi mas no meu segundo ano no pais, depois que o Jinwoo teve que viajar para fazer intercambio no Canadá, isso? - ela(e) explicou enquanto sorria para o amigo a sua frente que concordou contente que ainda lembrasse dele e dessas informações.
-Você ainda trabalha naquele departamento terrível? - o menino perguntou chegando perto para falar ouvido dela(e).
Taeyong estava extremamente incomodado com a situação, tinha esse ciúmes sem explicação da(o) menina(o). Ela(e) já havia dito que não terminaria com ele ou o trocaria em nenhum momento mas esse sentimentos de insegurança sempre voltava.
Jinwoo era alta demais, moreno demais, branco demais, magro demais, sem contar a "presença" que tem demais. Só defeitos, que s/n amava muito, o coreano coçou a própria cabeça frustrado e abraçou o corpo da(o) namorada(o) por trás mas tentando manter a expressão de despreocupado, que tudo aquilo não o incomodava.
-Mora no mesmo lugar ainda? Queria te visitar, a gente pode tomar um café juntos e ver se seu coreano evoluiu mesmo - os dois riram e taeyong abriu um sorriso irônico.
-Ela(e) tá morando comigo agora - respondeu antes da(o) parceira(o).
S/n riu e percebeu o tom do namorado, jinwoo concordou envergonhado e parabenizou os dois.
-Aqui não parece ser um lugar muito apropriado para conversarem, por que não marca de ir na nossa casa? - perguntou alto e dando ênfase nas últimas palavras.
O outro homem concordou e abraçou s/n para se despedirem, sumiu entre a multidão e deixou o casal "sozinho" novamente.
-Nem vou comentar nada - virou de frente para o namorado e abraçou o pescoço dele.
-Não precisa, percebi que não posso sair de perto que os urubu já vem tudo em cima. - rebateu puxando s/n para um beijo e os dois sorrindo entre os lábios.
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closed starter // @thebclly
aquela festa não era diferente das outras para arthur, como o de costume ele sempre ia sozinho e acabava encontrando outras pessoas por lá. estava de costas para a multidão dlno cassino sentado em um dos bancos do bar que estava relativamente cheio, ele tomava um gole de uma bebida que ele já não sabia distinguir das outras depois de tanto álcool no corpo. "oh god, you’re arthur hash, aren’t you?" ouvindo a frase ele se virou para o lado quase tomando um susto com a figura loira parada ao seu lado lhe olhando. olhou ao redor para ter certeza que ela estava falando com ele e franziu a testa em confusão. "ao vivo e a cores." sorriu simpático dando uma piscadela. lembrava de ter visto a outra em algum jogo da universidade, se tivesse que chutar. "e você é..." levantou as sobrancelhas em sua direção.
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O que eu faço?
Estar solteiro é tão… estranho
Vivi anos muito felizes ao lado dela
E agora sou só mais um na multidão
Só mais um peixe no mar
Claro, estou triste que acabou
Mas também estou ansioso para o futuro
Será que continuarei sozinho? Outro alguém aparecerá? Voltarei para o amor de antes?
O que eu faço? O que eu sempre fiz
Sigo com minha vida, foco em mim mesmo
Cuido de mim mesmo, lembrando de tudo que aprendi graças a ti
Whatever happens, happens e é isso ai
Mas sendo bem sincero
Meu coração vagabundo
Deseja apenas uma coisa
Voltar a minha amada, e seguir meu rumo
Ao lado dela
Mas por enquanto,
Contento-me em cuidar de mim
Melhorar e melhorar até ser
Alguém que sabe o que tá fazendo
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TASK 001: diary of a demigod
⸻ É para algum tipo de reality show ? Ok, mas precisa ser rápido. Pode não parecer, mas eu tenho mais o que fazer. (@silencehq)
básico e pessoal.
Nome: Santiago Hernandez Aguillar
Idade: 27 anos
Gênero: homem cis
Pronomes: ele/dele
Altura: 1.92m
Parente divino e número do chalé: Bóreas, Chalé 36
conhecendo os semideuses.
Com qual idade você chegou ao Acampamento? Eu tinha 13 anos.
Quem te trouxe até aqui? Sei que parece maluquice, mas foi a voz do vento. Até hoje não sei como sobrevivi sozinho e consegui chegar até aqui vivo, mas Dionísio jura que foi tudo obra do meu pai de alguma maneira.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Meu pai me reclamou ainda na primeira noite, na frente de toda uma audiência, foi meio teatral.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Eu passei os primeiros catorze anos aqui. Quando completei dezesseis, comecei a sair de vez em quando durante os verões, e eu até tentei ir para Nova Roma estudar quando fiz dezoito, mas não durei muito não. Dois anos atrás eu decidi passar um tempo fora fazendo um mochilão e vendo o mundo, e eu tinha voltado tinha alguns meses quando a profecia rolou. Eu não sinto nenhuma falta da minha vida antes de conhecer o Acampamento, mas sinto falta de como a vida pode ser fora daqui, e da sensação de ser só mais um cara mortal na multidão. Às vezes eu gosto de fingir que sou um deles, sabe?
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? Talvez minha resposta seja meio tosca em tempos de guerra, mas eu escolheria a Harpa de Calíope. Eu sempre quis fazer música que inspira as pessoas.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Não exatamente. Quer dizer, a profecia sobre o papel dos meus irmãos na busca pelo Velocino de Ouro às vezes aparece na minha cabeça sem motivo. Eu sempre senti como se tivesse um certo magnetismo me atraindo para o Velocino, mas não consigo entender o porquê.
poderes, habilidades & armas.
Fale um pouco sobre seus poderes. Antes que você pergunte – sim, eu consigo usar meus poderes para voar, e não, eu não entendo a física por trás de como eles funcionam. Eu larguei o nível superior, lembra? A melhor maneira que eu tenho para explicar é que eu sinto como se o ar ao meu redor fosse uma extensão do meu corpo. Nem sempre foi o caso, e eu levei bastante tempo para entender como usar esse controle em combate. Quando eu era pirralho, eu passava horas todos os dias tentando replicar o efeito de uma pistola de ar comprimido.
Quais as suas habilidades, e como elas te ajudam no dia a dia? Eu sou ágil e rápido – você sabia que essas duas palavras não são sinônimos? Eu tenho uma coordenação motora muito boa, e a velocidade dos movimentos é um bônus para pegar as pessoas de surpresa. Fora do combate, eu costumo usar as habilidades para pregar peças nos meus amigos. Nos dias em que estou afim de atormentar os pirralhos do Acampamento, eu aposto corrida com as crianças.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Eu não sabia que tinha poderes até uma harpia tentar me transformar em almoço. Não sei se você sabe, mas o lado grego da minha família não tem exatamente um histórico bom com esse tipo de criatura, e eu ergui um escudo de ar para me defender do ataque sem nem entender o que estava fazendo.
Qual a parte negativa de seu poder? Eu meio que… causo pequenos tornados. Às vezes. Raramente! Só quando perco a calma, sabe? É impossível esconder como eu me sinto quando uma mudança de temperamento vira ventania – eu sinto como se minhas emoções estivessem em um outdoor para o mundo ver.
E qual a parte positiva? Ah, tem bastante coisa. Vou te contar o que eu não esperava – eu meio que virei o Corpo de Bombeiros extraoficial do Acampamento. Gosto de poder ajudar os cabeças-de-fogo a controlar os próprios poderes.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Eu me sinto mais confortável com espadas, mas eu ando considerando usar uma kusarigama como arma principal ultimamente porque consigo controlar a precisão com meus poderes.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Recebi de presente de um filho de Hades depois de salvar seu couro em uma missão.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Não me dou bem com armas pesadas porque perco a vantagem da agilidade e velocidade. Uma vez tentei usar um martelo de guerra em uma missão, e fui quase amassado pelo Minotauro.
missões.
Já saiu em alguma missão? Claro, já perdi as contas de quantas. Costumam me mandar para missões que envolvem eliminar monstros.
Qual foi a primeira que saiu? Me mandaram salvar um fulaninho e um sátiro que estavam sendo perseguidos pela Mantícora. Quase cheguei tarde demais, mas a equipe que montaram fez bastante sentido – os poderes complementares facilitaram as coisas. Eu voltei pro Acampamento me achando o fodão e dizendo que tinha sido fácil, mas logo fui humilhado na missão seguinte.
Qual a missão mais difícil? Missão de resgate no Mar de Monstros. Foi um inferno. Eu engoli água salgada suficiente para encher uma piscina– eu mencionei que eu não sei nadar? Se não fosse uma cria de Poseidon eu tinha virado sopa.
Qual a missão mais fácil? Dionísio uma vez tentou me mandar em uma missão para comprar uma garrafa de vinho de 1978, essa conta?
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Em várias. Acho que a pior foi uma infestação de Keres em um cemitério. Eu tinha uns 19 anos, cheio de confiança delirante, entrei em um mausoléu sozinho enquanto o resto do meu time lutava do lado de fora. Acabei preso no mais absoluto escuro, cercado e sem saída. Eu tive certeza de que viraria mais um cadáver, e só consegui escapar porque os mantive longe por tempo o suficiente para ser resgatado.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Afrodite não é muito minha fã, mas eu não quero falar sobre isso. As consequências ficam claras na minha vida amorosa.
deuses.
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Pan. Acho os poderes dele fascinantes – imagina controlar a natureza E ser um músico talentoso? A história dele é meio triste, mas eu queria muito saber o que ele aprontou nos milênios em que fingiu estar morto.
Qual você desgosta mais? Ares. Não vou elaborar.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Hmmm, não sei. Morfeu, talvez? De repente resolveria meu problema com a insônia.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Além do meu pai? Com a Afrodite. Ela não estava exatamente feliz comigo depois que eu "parti o coração" de uma de suas crias, o que é uma mentira absurda, porque o coração partido foi o meu. Eu dei sorte de conseguir escapar antes de ela me amaldiçoar, mas minha vida amorosa desandou desde então.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Não. Eu tenho uma opinião polêmica sobre as relações entre semideuses e deuses.
monstros.
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Talvez seja uma resposta óbvia, mas… Tífon. Eu posso não ter nível superior, mas sei o básico de história. Ele é conhecido como Pai de Todos os Monstros, precisa de mais explicação? Até os deuses têm dificuldade com o cara, ou vocês esqueceram do que rolou em Nova Iorque?
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Caríbdis. Você já tentou enfrentar um monstro com poderes parecidos com os seus? Eu nem lutei diretamente de fato, escapei seria uma melhor descrição. Não recomendo.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Eu passei ileso da Scylla da última vez, e não tenho o menor interesse em descobrir se conseguiria sobreviver a um encontro.
escolhas.
Caçar monstros em trio (X) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira (X) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz (X)
Hidra ( ) OU Dracaenae (X)
liderança e sacrifícios.
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Sim – contanto que as outras duas pessoas não fossem queridas para mim, e que eu não precisasse mentir a respeito de nossas chances de sobrevivência. Eu não mentiria sobre a morte iminente para ninguém, mas lideraria uma equipe disposta a fazer o mesmo sacrifício que eu.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Se eu for sincero, eu não acho a minha própria vida particularmente valiosa. Não sou a personificação do altruísmo, mas me importo genuinamente com as pessoas que amo, e não consigo imaginar nenhum sacrifício que eu não faria se significasse as manter em segurança.
Como gostaria de ser lembrado? Como alguém que tornou este mundo um pouco menos miserável. Seria legal se lembrassem de mim pelas risadas que arranquei.
acampamento.
Qual o seu local favorito do acampamento? Estufa Coletiva. Gosto de passar meu tempo ajudando com a polinização.
Qual o seu local menos favorito? Coreto de Afrodite, acho que é auto explicativo.
Qual o lugar perfeito para encontros dentro do acampamento? Chalé 36, anota aí.
Qual a sua atividade favorita? Queimada!
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Nanci
Rio de Janeiro, capital das fantasias instantâneas. A pioneira quarta-feira das novas cinzas. O carnaval pós-pandêmico se estendia.
A história, a seguinte: não havia verbo ou verba. Apenas ideias esparsas povoavam seu pensamento. No mais, havia trevas. Silêncio.
Deixara um labor de anos, pegara a rescisão, decidira viver o que ainda não havia vivido, pois nunca lhe foi dito outras histórias além das que leu na TV. Não sabia inventar além das entrelinhas. Assim, por escolha própria, fora sozinho por anos a fio. Subindo estava pelas paredes. Zarpou.
Aproveitou a seu modo seu breve estado errante. Conheceu o que deu, e por fim estava ali, naquela zorra carioca. Justo aquela, a última semana com fundos, e a vista já aportavam os débitos de sua vida vazia de sentido.
Valera a pena? Até ali, tinha sido sempre o mesmo enredo. Mas em sua mente logo seria costurado o infinito. A surpresa surgiria no sambódromo.
A malandra sereia aportou de onde nunca se saberá. Do mar, feito magia, se fez leveza. Não deslizara sobre a chuva. Mas, com ela, era uma.
Aquela passista parecia abrir a possibilidade de ser feliz. Só por uma noite.
Tomou ali a coragem do flerte.
– Dou-te o mundo pra descobrir o mistério por debaixo dos seus véus.
– O mundo, não almejo. Mas me ouça; se for atento, poderás desnudar-me.
As mulheres carregam centelhas não à toa. Pensara nela como o fogo. Sua primeira visão: sua beleza era inatingível. Mas o olhar correspondido desamparou o medo. Com um sorriso, alçou o amor.
Sua voz, da foz da alma, acalmou a sofreguidão. Ditou então as veredas de sua resistência. De onde viera, sem gana, se fenecia. Refugiada de mazelas, muitos quintais tivera em poucas primaveras. Resistira pela ira: as violências sofridas, as afrontou, e na sua revolta com ela trouxe um povo. Pelas palavras, pelos suspiros, livrou de amarras a malta.
Seu caminho era aquele. Uma guerreira de tantas cicatrizes, se ainda assim abrigava tanto calor, é porque o que vale na vida solapa a dor. Só pode.
– Vou te contar uma lenda, que vivemos há alguns séculos, disse rindo.
Assenti.
– E todo o resto não será mais verdade!
Por um breve momento, minhas preocupações viraram neblina. Ouvidos tinha apenas para o insólito mundo daquelas fabulações.
Ela era eterna. E tenra. Mas nem sempre foi assim.
Seu povo, ouro derramou sobre os quatro cantos do planeta. Mas a miséria ainda assim os alcançou: suas mandingas não mais bastavam, e algo estranho aconteceu. A memória dos velhos havia se subtraído: um inimigo invisível ceifou a vida dos anciãos, bibliotecas vivas de sua terra. Não havia sinais grafados nas cavernas, nos ossos, na areia, em papiros que pudessem trazer de volta parte de toda a invenção dos deuses antigos. A sabedoria corria perigo. Um liame entre a terra e o além precisava urgentemente ser tecido.
– Decidimos a contragosto aportar em águas e terras vizinhas. Pelos anos adiante, nossas raízes se espalharam, e as vozes perdidas renasceram - cada qual a seu modo. E é nas festas que enxergamos frestas para sorrir. Por isso, estou aqui, nas batucadas, nos jongos, nos maracatus. Eu sou na dança nossa herança...
Nanci continuara sua toada. Para ela, os grilhões da iniquidade ainda eram sentidos nos rastros das vidas perdidas a esmo, no ranço das desigualdades a flor da pele. Mas, se o jogo do hoje era a luta, a bala, seria no conhecimento gerado em roda, nos gritos dos griots, que o escudo precisava ser cultivado - contraponto a violência precisa é a paz com voz.
– Qual teu nome, consagrada?
– E por ser filha dos filhos de Anansi, me fiz Nanci.
Antes de acessar a chave do resto do baú de suas pérolas, me foi dada a missão.
– Soprarei minhas histórias, que serão suas eternamente. Procure, ache, ame minhas três irmãs, que também estão nesse entrudo.
– Faria tudo pela tua pele, tuas memórias... Mas não tens ciúmes?
– Na festa da carne, todas as almas precisam ser descobertas.
Perplexo, foquei a multidão. Como achar ali três estrelas?
Antevendo minha confusão, ao menos me alentou:
– Seu sentimento, sua astúcia serão seus olhos, seu caminho. Vai-te!
Como tinha em mãos o vácuo, com as pernas fui a sambar um novo destino. Ao batuque de cem dengos, anoitecia.
No abre-alas, pelo instinto felino achei Rosa.
Perigosa, ao primeiro descuido, iria me desferir um - Boa noite, Cinderela! Por isso, em mim injetei o antídoto da sofreguidão.
– Fera assassina, morda minha alma.
Ela ri.
– Sua ordem é um desejo... vai sangrar, mas não doer.
Seus dentes de sabre me atacam.
Inebriada com o veneno do fundo das minhas veias, surpresa, a pantera adormece. Imersa em minha rede, a embalo e parto para a próxima presa.
No enxame da bateria, sinto o perfume da abelha Maia.
Como uma flor, exala beleza simplesmente por existir. Por ela, em minha saliva escondi morfina.
– Com um beijo bambo, me faz voar.
Ela ri.
– Sua ordem é um desejo... Toma aqui suas asas.
Seus lábios doces me apimentam.
Inebriada com o veneno de minha língua, malevolente ela adormece. Imersa em minha rede, a embalo e parto para a próxima presa.
Ao lado do Cristo mendigo, encontro a fada Mara. Sinto a gula do seu querer. Ela me perscruta ao longe. Mal sabe o que guardo entre os dedos.
– Amar é um caminho sem margem. Me invada.
Ela ri.
– Sua ordem é um desejo... por instantes, seremos milagres.
Sua volúpia me arrepia.
Inebriada com o segredo do meu querer coberto de magia, encantada ela adormece. Imersa em minha rede, a embalo e parto para próxima presa.
Uma ideia louca me vem a tona. Precisaria de uma testemunha para esse milagre do meu desencantamento. Por sorte, avisto uma senhora, de sorriso beatífico, que me encara como uma presa.
– Grande mãe, venha comigo, vou me casar por uma noite para poder viver cem mil dias.
– Oxalá, que história é essa garoto? Epahei! Simbora.
– Veja Nanci. Te trouxe aqui, suas irmãs, e essa anciã, que vai abençoar nossa única noite de núpcias. Findo o carnaval, gira a roda, cê sabe.
– Axé!! Pelo amor, você manteve a chama acesa. Adormecidas minhas irmãs, em seus sonhares elas ainda o preservam. Feche os olhos e as achará também em seus devaneios. Nossos sangues, ao se cruzarem, se tornaram contínuos, irmãos.
A anciã, desejosa por voltar ao fim dos confetes, jogou-nos a afrodisíaca água-de-cheiro dos tempos antigos. Gargalhando, se despediu, e se foi carregada em meio a muvuca.
Nanci ninou suas irmãs numa cama feita de nuvens. Eu estava em delírio, sei bem por que. Do contrário, não haveria nada disso, afinal.
– Vem comigo. No Catete tem um palacete que é só meu, só nosso, hoje.
Como num passe de mágica, voltei ao hotel onde vi Vargas pela janela, baforando do além seu cachimbinho.
– Vi na sua retina, franqueza. Por isso, assim como minhas irmãs, fui tua hoje. Para todo o sempre terás minhas e nossas memórias.
– Eu nem tenho como agradecer.
– Você precisa apenas compartilhar todo o amor que lhe foi dado. Isso não é um pedido; é um chamado. Entre nossos sentires um elo foi construído: nessa linha, encontrarás a razão de seus dias, a emoção do seu pensar.
– Poesia pura, você.
– Ouça: triunfe pela fraqueza. É da essência da vida, adaptar-se. Equilibre sua resiliência. Transforme o inconformismo em atitude. O silêncio em ruído. As palavras em gestos. Os gritos em levantes. Saindo da cama, ajoelhe-se, ore, regue suas esperanças, e vem cá a boa luta do amar.
Arqueando meus olhos, senti suas últimas palavras.
– Lembre-se: fabular é preciso perante o abismo...
Ainda a ouço.
– Amanhã, todos seremos cantares.
Acordei com a aranha a tecer uma teia em minha língua.
Com um bom dia, a rompi
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Silvio Santo vem aí!
NÃO fiz nenhum story sobre o sobre o Silvio Santos em minhas redes sociais. Quem tem uma foto com o apresentador fez questão de postar. Eu não tenho, logo, não fiz nenhuma postagem. Se tivesse, provavelmente teria postado. Dizem que Silvio Santos era aquele tipo de pessoa que deixava as pessoas "coisadas" na presença dele. Madonna disse que se sentiu coisada na presença da rainha Elizabeth II, que com certeza deixava todo mundo coisado, presidentes, primeiros ministros, biscates e até pop star. Madonna também deixa as pessoas coisadas. Eu fique coisado só de ver o papa Bento XVI passar perto de mim, ele dentro do papamóvel e eu na multidão. Não é preciso ser uma celebridade mundial ou nacional, no caso de Silvio Santos, para deixar as pessoas coisadas, há pessoas comuns que deixam as outras coisadas. Lembro de um vídeo em que Theodoro Cochrane entrevista Pablo Morais (31) e diz que o modelo/ator deixa as pessoas coisadas. Eu fico coisado só de ver o Pablo no Instagram, pessoalmente certamente teria uma ejaculação. Nunca tive a pretensão de ver o Silvio Santos e muito menos de ir no programa dele, na verdade sempre achei tudo bem brega, mas tenho memórias afetivas, sim, memórias afetivas da década de 80, década cafonérrima. Eu assistia os programas, exatamente, no plural, programas, Silvio Santos apresentava programas o domingo inteiro, lembro de um que os adolescentes entravam numa cabine e faziam escolhas as cegas, tipo, trocavam uma bicicleta por um penico furado e todos riam de se mijar, principalmente o Silvio Santos. Também me recordo do Qual é a Música, dominical vespertino, logo após o almoço do domingo, cantores competiam, a Gretchen se tornou conhecida nesse programa, ficou lá por semanas rebolando e vencendo semana após semana. Quem imaginava que a Gretchen iria ficar toda esculhambada, faria pornô e viraria meme, coitada, parecia que teria uma carreira promissora. Como criança viada eu gostava de ver os gays e a abordagem liberal que Silvio Santos fazia dando espaço para os gays, naqueles idos dos 80's e na década seguinte gays eram bem caricatos, não existia ainda o politicamente correto, então era bem engraçado e safado, gays eram pintosos e afrontosos, como devia ser. Clodovil foi um ícone daquele tempo. Leão Lobo foi jurado no programa Silvio Santos, o Show de Calouros, era um gay estereotipado, o tipo da época. Hoje vi um depoimento dele no Jornal Hoje, madeixas alvas e barba também. Minha memória afetiva tem a ver com o tempo, naquele tempo eu vivia na casa dos meus pais, meu pai ainda era vivo, a TV aos domingos à noite ficava ligada no Show de Calouros. Na casa dos meus avós também se assistia Silvio Santos. O Fantástico também era um corrente do Silvio Santos, assim como Os Trapalhões. Em 1993 eu deixei a casa do meus pais aos 22 anos e fui morar sozinho, deixei de assistir televisão. Nessa época eu saia, ouvia música, transava acho que todo dia, até mais de uma vez por dia. Não tinha internet, não tinha celular, tinha vida real e muito sexo. Nos anos 2000 assistia diariamente o Jô (Onze e meia?!). Não lembro de assistir o programa da Hebe, mas de certa forma a apresentadora era uma presença constante em nossas vidas. Agora chego ao ponto que quero chegar, ver Hebe Camargo morrer, Jô Soares e agora Silvio Santos morrer é também -- morrer um pouco, ir junto ou uma parte da gente morrer. Esta semana morreu Delfim Neto, também me traz memórias. Quando essas pessoas morrem se percebe várias coisas, uma é que não tiveram sucessores, não surgiram pessoas notáveis para ocupar seus lugares. Dois, a vida é rápida. Três, antes eles do que eu, hahaha... Ouvi isso uma vez, é a melhor coisa a se dizer quando se sabe da morte de alguém!
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De repente
Foi numa cidadezinha no interior de Minas Gerais. Era uma roça. Só tinha uma rua. E era atrasada no tempo, deixada de lado, desconhecida. Todo mundo conhecia todo mundo. Qualquer coisa diferente acontecia e a as senhoras e os curiosos colocavam a cabeça pra espiar pelas janelas de madeira. Talvez acreditassem que não eram vistos. Não muito tempo atrás dependiam de um tropeiro pra trazer e buscar coisas com seus burros. Ele tinha 10 ou 12 no total. O dono era analfabeto.
Mas essa história é sobre um velório. Ele aconteceu num dia em um ano no final do século XX. Talvez tenha ocorrido numa capela.
Dona Darcy tinha morrido. Uma multidão de pessoas apareceu. Ela era bem conhecida? Bem amada? Ou a cidade só tinha muitos curiosos? Alguns dos presentes não reconheciam um dos filhos mais velhos de Dona Darcy. Foi ele que pagou pelos galões de oxigênio que a acompanharam nos seus últimos dias de vida
Contudo, antes de continuar tem o caso da Dona Ifigênia que aconteceu nessa mesma ocasião. Ela era amiga da falecida. Conversavam direto. Todos diriam que eram próximas.
Quando viu o corpo, Dona Ifigênia se emocionou.
- Darcy, como eu gostava de você. Como você era querida.
Para o azar da senhora, Moacir estava por perto e escutou tudo. Ele era um homem muito inteligente. Foi professor, sabia inglês e usava palavras difíceis. Também era meio doido. Saía pela noite gritando e falando sozinho.
- Deixa de ser mentirosa! - Moacir estava quase berrando, completamente indignado - Alguns dias atrás eu vi você falando mal dela e fazendo um monte de reclamações!!
Dona Ifigênia ficou horrorizada e escandalizada. Alguns homens começaram a tentar puxar o Moacir pra longe. Um velório não era hora de causar comoções. Porém, isso só deixou o Moacir mais agitado
- Como assim? Não sou eu que vocês tem que tirar!!! É ela!!
E qual foi a resolução? Moacir foi expulso do velório? Essa informação não foi esclarecida.
Voltando pra história principal. Aquele filho mencionado anteriormente estava mais afastado no seu canto. Observando tudo. Ficou curioso com os desconhecidos presentes, mas não estranhou. Elas olhavam o cadáver, olhavam para ele e pareciam ligar os pontos.
Um dos desconhecidos aproximou-se do filho de Darcy.
- Aqui, você é filho dela?
- Sou, sou sim.
- E ela morreu de que?
- Câncer no pulmão.
- Nossa Senhora!
- ...
- ...
- Mas, vocês levaram ela pro médico?
- Sim, sim levamos
- E ela foi pra BH?
- Sim, levamos ela pros médicos de BH.
- E ela tomou todos os remédios receitados?
-Tomou todos eles direitinho.
- E compraram oxigênio pra ela?
- Sim, compramos sim.
E foi nesse vai e volta de você fez isso? Fizemos isso. E tentaram aquilo? Tentamos aquilo. Até que o estranho disse:
- Bem, então Deus queria que ela fosse mesmo.
Depois de um tempo, chegou outro estranho.
- Aqui, você é filho dela?
- Sou, sou sim.
- E ela morreu de que?
- Câncer no pulmão.
- Nossa Senhora!
- ...
- ...
- Mas, vocês levaram ela pro médico?
- Sim, sim levamos
- E ela foi pra BH?
- Sim, levamos ela pros médicos de BH.
- E ela tomou todos os remédios receitados?
-Tomou todos eles direitinho.
- E compraram oxigênio pra ela?
- Sim, compramos sim.
E foi no mesmo vai e volta. Você fez isso? Fizemos isso. E tentaram aquilo? Tentamos aquilo. Até que o estranho disse:
- Bem, então Deus queria que ela fosse mesmo.
Mais uma vez, uma das pessoas que o filho não reconhecia chegou nele e a conversa começou.
- Aqui, você é filho dela?
- Sou, sou sim.
- E ela morreu de que?
- Câncer no pulmão.
- Nossa Senhora!
- ...
- ...
- Mas, vocês levaram ela pro médico?
- Sim, sim levamos
- E ela foi pra BH?
- Sim, levamos ela pros médicos de BH.
- E ela tomou todos os remédios receitados?
-Tomou todos eles direitinho.
- E compraram oxigênio pra ela?
- Sim, compramos sim.
Você fez isso? Fizemos isso. E tentaram aquilo? Tentamos aquilo. Até que o estranho disse.
- Bem, então Deus queria que ela fosse mesmo.
Mais um outro veio até o filho.
- Aqui, você é filho dela?
- Sou, sou sim.
- E ela morreu de que?
- De repente!
- Nossa Senhora! Que Deus a tenha!
#essa é uma história verídica de verdade que realmente aconteceu do meu avô#é a história do velório da mãe dele#eu adicionei uns detalhes e os nomes não são os mesmos#meu avô conta de maneira mais confusa e mais direta e bem mais engraçada]#eu sempre fico triste pensando que todas essas histórias dele#q também são histórias de outras pessoas e de um lugar bem esquecido e ignorado#vão desaparecer qnd ele morrer#então eu fico bem feliz de ter conseguido escrever uma das histórias dele
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