Tumgik
#quis responder: tá no face
imninahchan · 3 months
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: swann arlaud!dilf (como ele tá gostoso nessa ft ali em cima né gnt), relacionamento estabelecido, leitora gravidinha, sexo sem proteção (não pode!), dirty talk, fingering + masturbação feminina, choking. ⁞ ♡ ̆̈꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ para o anon, não sei se tá bom, tô saindo de uma ressaca de escrita, e também não revisei, pode conter errinhos de digitação ─ Ꮺ !
⸙. DEPOIS, A GENTE PRECISA CONVERSAR. Cinco palavrinhas, e ele parece que vai ter um ataque de ansiedade.
Vai buscar o filho na escola, vence incrivelmente rápido a lerdeza do tráfego das vias principais parisienses e retorna pro jantar antes mesmo de você conseguir pensar no que vão comer nesta sexta à noite.
Ele não questiona, não provoca. Recostado na parede da sala de estar, fica observando de canto você e o pequeno ponderarem sobre as opções do cardápio daquele restaurante bacana no arrondissement próximo do apartamento de vocês. E permanece assim até na hora de levar o menino pra casa da mãe, por mais que aquelas palavrinhas tenham dilacerado a mente com as milhares de possibilidades diferentes.
Quando está de volta em casa, você já se ajeita para dormir. 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 chega quietinho, se aproxima com calma, uma mão descendo pela sua cintura enquanto a outra limpa o caminho da gola do seu pijama cobrindo a nuca para que o nariz possa resvalar na pele nua. O que você queria me dizer?, sopra a pergunta, baixinho.
E você contribui para as paranoias que se passam pela cabeça do francês ao se afastar do abraço para se sentar na beirada da cama. Suspira. Não sabe nem quais palavras escolher para esse momento. Está temerosa, insegura, até um pouco envergonhada, se tiver que ser sincera.
“Hm, qu'est-ce qui s'est passé, mon amour?”, ele se agacha, preocupado, querendo saber o motivo de tais trejeitos aparentes de hesitação. A voz masculina soa doce, acolhedora, te ajuda a se sentir menos tensa e mais acolhida, principalmente ao sentir a palma da mão quentinha acariciando a sua bochecha.
“Preciso te contar uma coisa”, você anuncia, tomando mais coragem.
Ele faz que sim, atento, “qualquer coisa”.
Aí, depois de evitar os olhos azuis fixados nos seus, não pode mais fugir da realidade ou adiar o inevitável. Conta: tô grávida.
A mão que te acarinhava a bochecha escorrega para o seu joelho. As pálpebras piscam diversas vezes diante de ti, angustiantemente atônito, até que o sorriso que vai crescendo nos lábios finos te atinge certeiro em meio ao caos dos sentimentos. “Não ri!”, você rebate, frustrada.
“Eu não...”, ele se apressa pra responder, rindo, “desculpa, foi mal, então, desculpa”, faz de tudo pra impedir que o seu corpo mole vergue pra frente, desmoronando a face nas palmas da mãos. “Você não tá feliz, hm?”, segura nos cantinhos do seu rosto, levantando o seu olhar choroso, “Eu tô feliz.”
“Tá?”
Ele sorri outra vez, de lado. “Claro que sim, meu amor.”, garante. “Por que eu não ficaria feliz de saber que vou ser pai de um filho seu?”
“Sério mesmo?”, você cisma, “porque, tipo, você já tem um filho, e a gente não conversou muito sobre isso no começo do nosso relacionamento... Quer dizer”, se corrige na metade do caminho, “...a gente conversou, mas foi uns quatro anos atrás. Agora, você tá quatro anos mais velho!”
Tipicamente muito expressivo, o esbugalhar dos olhos redondinhos te arranca uma risadinha. 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 ergue o indicador no ar, pronto para retrucar “ei, eu sei que já não sou mais um garotinho, mas também não estou com o pé na cova, okay?”, faz piada, engraçadinho, “em minha defesa, todo essa cabelo branco é culpa do estresse com o capitalismo.”
Bobo, você murmura, com um sorriso, empurrando de leve o peito alheio. O homem aproveita o impulso das suas mãos para lhe tomar os pulsos, prender num outro abraço, se esbaldando sobre o colchão. O som do seu riso ecoa abafado pelo quarto. Você mesma se pega rendida pela ternura e enlaça uma das pernas ao redor do corpo dele, os dedinhos das mãos logo se perdendo entre os fios grisalhos.
𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 devolve o afago, a palma desliza por cima da sua blusa de pijama para depois se esgueirar por baixo da barra, alisando o seu ventre. Agora, vou começar a comprar menos vinho aqui pra casa.
Você ri, revirando os olhos. “Já tô vendo tudo; vai querer me tratar igual uma boneca. Um velho chato desses...”
Ele ri também, soprado. A pontinha do nariz se esfrega no espacinho inferior ao lóbulo da sua orelha, afetuoso, “Sim, igual uma bonequinha”, reforça, “une petite poupée rose bonbon.” (uma bonequinha cor-de-rosa choque), beija o cantinho da sua boca, “ma petite poupée”, o pronome possessivo soa gostoso ao pé do seu ouvido.
“Vai ter um monte de coisas que eu não vou mais deixar você fazer”, ele continua, a voz, dessa vez, alcançando um nível mais aveludado, charmoso. Ah, é?, você murmura, sem conseguir conter o sorriso. “Com certeza”, é a resposta que obtém. A palma no seu ventre toma um caminho mais sórdido quando escorre pelo cós do seu short, monte de vênus abaixo. “Vou ter que tomar muito cuidado com você, não é? Especialmente porque eu te conheço bem...”
Hm, não tô entendendo, se faz de ingênua, com a carinha boba e tudo. “Sabe do que eu tô falando”, ele sussurra. Sem precisar pedir, a mão dentro do seu short agarra a sua coxa pra te separar as pernas, dobrar pelo menos uma dela. Você apoia a sola do pé esquerdo no colchão, dá ao francês o ângulo que deseja para continuar te tocando. “Não vou mais te foder como fazia antes”, as palavras dele geram um biquinho nos seus lábios, vai me foder com pena? Os dedos masculinos circulam no seu sexo, arrastam a umidade consigo, cada vez mais melzinho babando a pele alheia.
“Não é só pena”, 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 diz, “é cuidado também. Sei a putinha que você é às vezes.”
“E eu sei o puto que você é. Vai te dar maior tesão me ver grávida, né?”
“Claro”, ele não tem vergonha nenhuma de afirmar, com um sorriso vadio. O carinho dos dedos se concentra no seu pontinho mais doce. Ainda em círculos, habilidoso. O estalinho molhado, por mais discreto, chega aos seus ouvidos, te faz derreter mais sob o corpo do homem. “Impossível não olhar pra ti e pensar no tanto de porra eu te dei pra te deixar assim.”
Você sobressalta, a descarga prazerosa que a carícia precisa no seu clitóris causa um espasmo nos teus músculos. Expele o ar dos pulmões. Olhos cerrados, a bochecha colada no nariz alheio. “E vai me dar mais, não vai?”, sussurra.
Primeiro, a resposta vem no balançar negativo da cabeça dele. Você choraminga. “Não vou mais meter em ti, amor.”
“Nem um pouquinho?”, você ainda tenta, com a voz baixinha, meiga.
Ele levanta o olhar ao seu, umedece os próprios lábios. “Não.” Os dedos deslizam pra baixo, tateiam na entradinha, e quando se afundam, vão dois de uma vez. Você suspira. “Desculpa, petite”, 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 sopra, lento na pronúncia, “não vou querer te machucar... Mesmo já sabendo que é isso que você vai me pedir. É o que pede, não é? Toda vez.”
Te preenche até os nós entre os dedos finos impedirem profundidade. O polegar paira no seu clitóris, no ângulo certinho pra oferecer ainda mais prazer quando um estímulo se misturar com o outro. “Também não vou te deixar montar no meu colinho mais”, ele prossegue. A lista de proibições te assola a sanidade.
Swann, você chama, manhosa. Talvez essa seja negação que mais te magoa. Está com os lábios crispadinhos novamente, o cenho franzido, digna de pena. “Só tô tentando te proteger, bebê...”, ele fala, sem nenhum pingo de compaixão no sorriso pequeno.
“E como você vai fazer?”, você pergunta. Toca a braguilha da calça jeans que o francês veste, sente o volume marcado sob o tecido, a dureza. Apalpa, firme, ao ponto de assisti-lo puxar o ar pela boca. “Hm?”
O homem ri, expulsando o mesmo ar que reteve. “Ainda vou poder foder a sua boquinha, não é?”, sugere, simples.
“Não parece justo...”
“É? E se eu prometer não tirar a boca dessa buceta? Parece mais justo pra você, sim?”
Você mordisca o próprio lábio, mascara um sorriso.
𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 te oferece um selinho, se ajeita sobre ti para se colocar melhor entre as suas pernas. “Mas não precisa se preocupar com isso agora, não é mesmo?”, os dedos vêm molhadinhos de dentro de ti, a pele abafada pelo aperto do seu interior quentinho, deslizando ao redor do seu pescoço quando o homem lhe toma a garganta. “Hoje você ainda pode ser fodida do jeitinho que tanto gosta, princesa.”
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nominzn · 11 months
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bem que se quis
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o que era pra ser um sonho, virou pesadelo.
é assim que você se sente agora. a pontada no peito forte demais ao pegar seu namorado de três anos, jungwoo, beijando uma das líderes de torcida enquanto a final de handebol acontece na quadra da faculdade.
a situação piora quando você descobre que o seu inimigo de infância, jeno lee, te seguiu até ali e agora assiste a cena toda com o cenho franzido. você tinha acabado de chegar no vestiário feminino, ainda processa a imagem, sem forças para interromper o casalzinho. as lágrimas de decepção foram tão automáticas e pesadas que você nem percebe que elas rolam livremente pelo seu rosto.
"seu filho duma puta." jeno declara alto o suficiente para que os outros ouçam.
"amor... não é o que você tá pensando." woo tenta se defender, mas os lábios cheios de batom borrado anulam qualquer palavra.
"tá achando que ela é burra, seu pau no cu?" o menino atrás de você responde antes mesmo que pudesse pensar em rebater o ex-namorado.
"irmão, tá se metendo por quê? ninguém te chamou aqui."
finalmente eles se separam, jungwoo tenta limpar um pouco da bagunça na própria face. a menina te olha com dó e se retira do ambiente, desconcertada.
"tu é homem pra me enfrentar mas não pra ser fiel?" jeno ri com escárnio. "o pau deve ser desse tama—"
sem que pudesse evitar, jungwoo parte para cima de jeno, presenteando-lhe com um soco bem no nariz. o menino novamente ri, pondo a mão na área afetada.
"eu não sou de violência, mas vou ter que devolver o favor." pouco depois de afirmar, bem nos olhos do ex, jeno deixa dois socos bem acertados.
ele nunca usava as habilidades em artes maciais fora dos tatames, exceto quando, como agora, precisa se defender.
jungwoo mal viu da onde vieram as porradas, apenas sofre com gemidos dolorosos. com certeza vai ficar roxo. covardemente, ele corre para fora do vestiário, lançando um olhar indecifrável na sua direção, e você apenas desvia. não se daria a chance de sentir piedade.
o outro sacode as mãos vermelhas com o impacto, observando os seus ombros chacoalharem mais.
ele se aproxima de você, cuidoso e (nunca admitiria) preocupado. antes que pudesse tocar seu ombro, seu corpo gira de supetão.
"por que você me seguiu, garoto?" a voz ríspida não combina nada com seus olhos chorosos.
jeno respira fundo para manter a paciência. "você tá bem?"
"você acha que eu tô bem, seu idiota?" seca as lágrimas, não permitiria que ele tivesse mais material para te caçoar depois. "claro que eu não tô bem! e responde minha pergunta!"
"porra! eu te vi sozinha e sua cara não tava boa..." ele coça a nuca. "fiquei preocu... digo, fiquei curioso e cheguei aqui."
você bufa alto, cutucando bem a virtude que jeno tenta controlar.
"deixa de ser fofoqueiro, garoto! vai, pode ir, espalha pra todo mundo que eu fui chifrada."
"mas você é muito mal agradecida mesmo, né, garota. quase tive meu nariz quebrado por tua causa e..."
"porque você quis!" interrompe-o com tom estridente. "eu sei me defender sozinha!"
jeno força uma risada irônica. "ah, claro, eu vi que você tava super se defendendo."
"quer saber de uma coisa? não vou perder meu tempo com você não. tô com a cabeça cheia demais."
você praticamente foge correndo dali, indo direto para o carro e desabando no volante antes de dar partida. dor demais.
jeno fica sem entender nada enquanto caminha de volta para as arquibancadas, fechando a cara para evitar as perguntas dos amigos.
além de esquentadinha, é ingrata.
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de longe dá para entender que você e jungwoo estão brigando. o garoto tenta de todas as formas te puxar para um abraço, se explicar, te acalmar, chamar sua atenção, para que não terminem. mas você não dá a mínima, desvia todas as vezes, tanto dos toques quanto dos olhares.
"acabou, jungwoo. a-ca-bou."
"você vai mesmo jogar fora tudo que a gente construiu? nossos sonhos?" ele implora, no entanto você lê através das declarações sem significado.
"endoidou, foi?" a risada debochada que sai da sua boca acaba com a esperança do ex. "você me traiu não sei quantas vezes e sou eu jogando fora nossos planos? vai se foder."
"não fala assim, am—"
"oi, amor." a voz de jeno te surpreende. sente seu braço passar pela sua cintura e um beijo na bochecha. "esse cara tá te incomodando?"
de novo essa merda.
com o olhar magoado, jungwoo balança a cabeça e sente as pálpebras queimarem.
"já entendi tudo. felicidades." ele pega a mochila no chão e, finalmente, te deixa em paz.
assim.
um namoro de três longos anos acaba assim.
quando não consegue mais ver o menino por entre a multidão do campus, você estapeia o braço de jeno para longe de você.
"por que caralhos você fez isso?"
"de nada, garotinha. tá me devendo duas."
sua mão estala os dedos levantados de lee, que finge sentir uma dor descomunal pelo novo tapa.
"tá muito violenta. foi o chifre?" alfineta vestindo um sorriso ladino.
"vai se foder você também, jeno lee!" grita e vira o corpo para partir, mas ele te impede.
"ei, é sério. como você está?"
o semblante firme te quebra por um instante. ele parece genuinamente preocupado, apesar de não querer confessar. acontece que, por estarem há tanto tempo na vida um do outro, acabaram se acostumando. apesar de inimigos, a face familiar já fora conforto várias vezes para ambas as partes.
"olha, neno..." suspira exausta. "não quero falar sobre isso, tá? não agora."
ele morde o lábio inferior, engolindo outra pergunta. quando vai querer falar sobre? porque ele estaria lá.
"tudo bem, chatinha."
você remexe na bolsa, conquistando a atenção do fofoqueiro do jeno. quando acha o pacote de papel pardo, sem nem olhar nos olhos do menino, estende o braço em sua direção.
"que isso?" toma o pacote nas mãos, espiando o que há dentro.
álcool 70, pomada e band-aids.
"cuida desse corte." limpa a garganta para soar menos carinhosa. "porque ninguém merece olhar pra tua cara já feia com um corte horrível."
vai embora sem dar direito para argumentos. jeno contém um sorriso, olhando para os lados e recuperando a expressão séria, partindo na direção contrária.
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os dias passam, mas a dor não parece diminuir. é difícil.
durante a aula de psicologia II, a matéria mais fácil do semestre, você mal consegue se concentrar. está distraída, sentada bem no fundo da sala, pensando em tudo menos na discussão que se desenvolveu há bons minutos.
os momentos junto de jungwoo repassam mais outra vez em sua mente como um filme. nada foi real? será que só você sentiu tudo?
felizmente a aula acabou bem no segundo em que as lágrimas voltaram a molhar o canto dos seus olhos. sai andando apressada, esbarrando sem querer em algumas pessoas e dispara para a escada desativada do bloco C.
sentando num dos degraus, se permite soluçar e liberar todo pranto que bagunça seu coração.
"onde eu errei? por que eu sou tão insuficiente?" você sussurra para si mesma, mesmo sabendo que não é culpada. "por que?"
a porta corta-fogo range de repente, e você pula de susto, pondo a mão no coração. olhando para cima, vê jeno com apenas uma garrafa na mão. o nariz está enfeitado com um band-aid, pelo menos isso.
"tá devendo, chifruda? leva susto não." ele fala entre risos ao sentar num degrau abaixo.
"me erra, jeno."
"quer uma água?" sacode a garrafa na sua frente. "tem que se hidratar depois de chorar tanto."
antes não tivesse aceitado. o gosto péssimo e a queimação na garganta te causam tosse, e você xinga até a penúltima geração do garoto.
"isso é vodka, caralho! seu maluco!"
"é o remédio que você precisa, garotinha. bebe pelo menos mais três goles que tudo passa."
"essa é sua solução pra todos os problemas?"
"a sua não?"
revirando os olhos, toma mais da bebida. jeno sorri e bate palminhas silenciosas ao ver seu rosto se contorcendo pela queimação.
o silêncio abraça o recinto brevemente. o garoto presta atenção no celular enquanto você encara o nada, o corpo já leve dá uma pausa nos pensamentos caóticos de antes.
"universitária, chifrada e consolada pelo meu arqui-inimigo." sai da sua boca como um suspiro. ele bloqueia o celular e volta a prestar atenção em você. "nunca pensei em como seria o fundo do poço."
"você acha que eu sou seu inimigo?" jeno indaga. não dá para entender muito bem o tom de voz que ele usa, a expressão na face também não diz muito.
"foi você que disse isso."
"no segundo ano do ensino médio." afirma, contrariando seu argumento.
não é óbvio que isso é coisa do passado? já são adultos e, apesar de toda implicância, jeno não conhece uma vida sem você.
duvidosamente decepcionado, ele se levanta em direção à saída.
"só pra você saber..." ele hesita antes de fechar a porta. "não acho que você tenha culpa, ele que foi babaca." termina e se vai, te deixando confusa.
e com uma pontinha de arrependimento. e com a garrafinha vazia dele.
quando decide ir embora, a tontura te pega de surpresa. determinada, dá um passo de cada vez até o seu dormitório. mesmo demorando uns 10 minutos a mais, não tem problema. aos trancos e barrancos, chegou bem e viva.
depois que toma banho, o sono bate que não dá para resistir. depois de quase uma semana sem dormir direito, a vodka de jeno lhe concedeu um bom descanso naquela tarde.
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sábado jeno fica em casa?
só tem como saber a resposta se você bater na porta.
bate. na. porta. anda logo.
por que está tão nervosa? é só devolver a garrafa e ir curtir o resto do dia livre com sua própria companhia.
chacoalha o joelho e ensaia bater na madeira, cerrando os punhos. hesita.
ai. foda-se, é só o jeno.
é o jeno.
"vai ficar enrolando mais quanto tempo?"
quase morre de susto quando ele abre a porta. o costumeiro sorriso convencido enfeita os lábios do garoto.
"porra!" respira fundo para acalmar o coração acelerado. "que susto, seu maluco!"
ele não diz nada, apenas observa seu showzinho.
"por que você tá pelado?" arregala os olhos, engolindo em seco.
"nunca viu um homem sem camisa, garotinha?" passa as mãos sobre os gominhos do abdômen. você definitivamente não acompanha os dedos dele com os olhos. "tá gostando? eu posso pensar no seu caso."
"nossa, como você é convencido, jeno. nunca em mil anos eu ficaria contigo, se enxerga!" cruza os braços, se concentrando muito em não gaguejar.
"tá, arqui-inimiga." revira os olhos e se apoia no batente. "entra aí."
antes que pudesse refutar, jeno caminha pela sala e não de deixa opção. você entra e fecha a porta atrás de si, acompanhando-o no sofá.
ele toma o controle do videogame nas mãos novamente, fixando os olhos no combate fictício.
"jeno, eu não vou demorar. só quero te devolver a garrafa."
"deixa aí. lavou, pelo menos?" ele pergunta enquanto pressiona vários botões por vez.
não adianta nada porque ele perde, e você ri da pontuação dele. não é tão engraçado, mas você ri de chorar. jeno te encara sem expressão nenhuma.
"não tô entendendo qual é a graça." finge ofendimento, mas a casca dura racha aos poucos. não dá para não rir junto. "se você é tão boa assim, bora competir, pô. quero ver tu me ganhar."
desafio? claro que você topa. não tem mais nada para fazer mesmo. mas só por isso.
"ah tá que eu vou perder meu sábado contigo." seca as lágrimas com uma mão, a outra alcança a bolsa para ir embora.
"para de graça, encrenqueira. teus amigos tão tudo viajando, larga essa bolsa e joga comigo." te oferece o controle número dois. "duvido."
a palavrinha mágica te convence.
como se fosse nada, você ganha jeno de lavada. todas as vezes. sem nenhum pingo de pena. todo crédito aos seus irmãos mais novos, que te ensinaram tudo que sabe.
uma coisa não dá pra negar, você riu como uma criança a tarde (e noite) inteira, ao ponto de não ver o tempo passar. as reclamações de jeno te arrancaram boas risadas, e aí teve a pausa pro lanche. aí não dá pra lanchar sem assistir uma coisinha. só um episódio — foram 5.
já passa das nove quando percebe que precisa ir embora. jeno insiste em te levar em casa, você faz um doce pelo costume, mas a verdade é que andar pelo campus essa hora da noite é sinistro, então cede rápido.
"tá entregue, garotinha." põe as mãos no bolso para esquentar os dedos gélidos.
"valeu, neno. foi mal te alugar hoje."
essa seria a décima revirada de olhos do dia, mas ele se controla. tira as mãos do casaco e te puxa para perto pela manga da blusa, fazendo com que seus corpos se choquem num abraço.
de primeira, você congela ao sentir o corpo dele tão próximo, e também os braços fortes envolvendo sua figura de forma tão... doce.
no modo automático, retribui. enlaça os ombros firmes, esquentando a pontinha do nariz na clavícula cheirosa do mais alto.
"você. não. é. um. peso." murmura cada palavra sobre a curva do seu pescoço, te dá arrepios. "para com isso, tá?" ele volta a te olhar, afrouxando o abraço. "adorei passar o dia com a minha arqui-inimiga."
você ri, envergonhada.
"eu também, arqui-inimigo." admite como se fosse uma verdade difícil, fazendo-o jogar a cabeça para trás e soltar um grunhido. o aperto na sua cintura denuncia que é apenas uma brincadeira.
"esquece essa história, garotinha."
"me faz esquecer."
quase se arrepende de como aquilo soa. se não fosse jeno fechando os olhos e acariciando seu nariz com o próprio; se não fossem suas unhas na nuca arrepiada dele; se não fosse a respiração acelerada dele se misturando com a sua, teria se arrependido.
se não fosse o selinho molhado e hesitante que jeno deixa nos seus lábios, teria se arrependido.
se não fosse a sua coragem de aprofundar o beijo pedindo passagem com a língua, e a massagem que segue, e os sons que os lábios tão saudosos emitem, e as digitais calejadas pelo violão na sua bochecha, e as suas mãos frágeis perdidas no peitoral definido... se não fosse... mas foi. e nada te faria se arrepender do primeiro beijo que te deu a chance de ser feliz.
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bruceimagines · 5 years
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Hulk The last cap 4
Os cap serão postados toda sexta-feira ^-^ /
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Cap 4 "Hora de acordar"
Bruce começou a despertar devagar, percebendo estar em um local totalmente branco, com os olhos ainda embaçados e sentindo estar em uma cama olhou em volta finalmente reconhecendo o ambiente, era sua própria cama, porém parecia estranhamente maior do que o normal. Ao se recostar na cabeceira da cama algo chamou sua atenção:
-Minhas mãos... ele olhou surpreso.
Rapidamente se levantou da cama e foi até o espelho que ficava em seu banheiro,
Um grito se ouviu por toda instalação e Bruce só conseguiu ouvir uma voz de longe falando "ele acordou" mas estava tão perturbado que não soube identificar de quem era a voz.
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3 hora antes:
Beatrice, Bruce e Clint chegaram as instalações depois de uma longa e cansativa viagem de volta, as meninas foram levadas para ala médica do local e Bruce após ser atendido foi deixado em seu quarto já que estava bem e aparentemente apenas dormia:
-Clint... não era melhor te-lo deixado na ala hospitalar? Faz horas que ele está dormindo. Beatrice falou preocupada sentando ao lado do homem praticamente desmaiado em cima da enorme cama.
-Ele acabou de ser examinado, e acordará a qualquer momento, ele ficou 7 anos sem se transformar isso deve ter causado um efeito colateral ou sei lá, eu queria mesmo é saber o por que dele ter perdido o controle depois de tanto tempo. Falou o arqueiro.
-Eu acho que tem a ver com os documentos que ele leu, aliás fiquei tão preocupada que nem os olhei, mas peguei uma amostra daquele negócio verde e já mandei pro laboratório enquanto você estava com Bruce na ala médica.
-Você é tão preparada quanto um escoteiro, riu o homem e depois continuou - Enquanto aos documentos, irei enviar cópias digitais agora mesmo para Fury, SantaBea é melhor o deixarmos descansar afinal já está anoitecendo mesmo, creio que uma noite de sono fará bem ao homem.
-Pode ir, eu vou ficar aqui, eu não vou conseguir dormir até ele acordar mesmo. Disse a moça ignorando o apelido.
-Você se preocupa demais, é mais fácil nós irmos primeiro do que ele, você tem que descansar ou vai começar a dormir aqui agora? Perguntou Clint brincando.
Desde que acharam Beatrice e Bruce a defendeu fazendo questão que fosse aceita e tivesse outra chance na sociedade ela praticamente "grudou" no homem Hulk de um jeito até meio irritante as vezes, mas o arqueiro sempre percebera que Bruce não ligava muito para isso, pelo contrário, os dois se davam muito bem e se preocupavam um com o outro,talvez esse encontro entre os dois fosse algo que ambos precisavam nessa vida. Seus pensamentos foram cortados quando ele ouviu a moça responder:
-Tá tudo bem, eu durmo aqui de vez em quando eu tenho uns pesadelos, acho q o Bruce tá até acostumado, ela disse dando uma risadinha sem nenhuma maldade no olhar.
Porém a pobre logo se arrependeu de seu comentário ao ver a cara de surpresa seguida de uma risada maliciosa de Clint que ficou meio "chocado". Ele então deu três tapinhas na cabeça da amiga foi em direção a porta e comentou:
-Desculpe, acho que vou sair e deixa-los sozinhos.
-N-Não foi isso que eu quis dizer, Clint! E-Eu...! Beatrice tentou explicar mais vermelha que um tomate.
-Eu sei.
Clint olhou para trás rindo, sim ele sabia que com o professor Hulk era impossível acontecer algo, além de que seus dois amigos criaram uma amizade forte o suficiente para não ver malícia em coisas que normalmente seriam motivos para piadinhas sem graça, na verdade ele pensou que se Tony estivesse vivo teria um comentário perfeito para a ocasião, o arqueiro balançou a cabeça rindo e continuou a olhar nos olhos de Beatrice:
-Estou só te provocando, boneca. "Ou será que talvez agora algo realmente pode sair disso tudo?" esse última parte ele disse para si mesmo apenas em pensamento e saiu do quarto.
Beatrice que estava com o rosto vermelho respirou fundo e olhou para Bruce, era engraçado como podia ser tão diferente e ainda assim ser ele mesmo, sempre que ela vinha para seu quarto por conta de pesadelos como uma criança de 5 anos, eles conversavam e Beatrice sempre adormecia a uma distância razoável, pois mesmo confiando completamente no amigo ela ainda não conseguia superar alguns traumas de seu passado, então normalmente ela acabaria acordando e voltando para seu quarto sempre mais tranquila, ela sabia que isso era estranho mas isso... essa amizade com Bruce, era algo que ela nunca abriria mão.
Ele era tão grande, o achou estranho tão pequeno na enorme cama que fora adaptada para o "professor Hulk"e agora parecia grande até demais, ele havia contado sobre a época que não podia se controlar e como ele era infeliz. Ela então deitou ao seu lado na cama observando sua face agora humana. Ela então pensou em tudo, pensou na missão, nas crianças, no que seu antigo lugar de criação( isso se ela poderia chamar assim) e agora Bruce voltando a ser humano, realmente tudo isso a havia afetado de uma maneira que ela não conhecia, aos poucos fechou os olhos e dormiu.
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Agora:
Beatrice acordou com os gritos de Bruce no banheiro, a moça pegou o celular ainda com os olhos meio cerrados e ligou para Clint:
-Ele acordou...
Bruce voltou para o quarto reparando finalmente na moça que estava em sua cama.
-Beatrice? O-que aconteceu? O homem perguntou assustado.
-Você não lembra de nada? a moça respondeu com outra pergunta se levantando.
Ele segurou a cabeça e balançou negativamente:
-Eu lembro da missão, as meninas, então estávamos em uma espécie de sala e... ai meu Deus!
A moça se aproximou dele quando ele disse com uma voz alta praticamente gritando:
-Não!!! Fique ai!!! Ele deu 3 passos para trás e olhou para ela de cima a baixo procurando talvez algum ferimento -Eu machuquei vocês?
-Bruce, do que está falando? Você nos salvou...
-Eu não acredito que depois de tantos anos eu tenha perdido o controle, falou andando de um lado para o outro ignorando o que Beatrice disse.
-Bruce... dessa vez foi Clint que falou, ele veio rapidamente ao receber a ligação de Beatrice e até achou engraçado quando percebeu que as roupas do homem desesperado a sua frente eram muito maiores agora e que ele estava segurando suas calças.
-Como isso foi acontecer? Bruce disse finalmente se sentando na cama ainda com as mãos na cabeça.
-Cara... fica calmo pois temos problemas maiores para resolver, eu mandei cópias digitais dos documentos para o Fury, e a coisa é pior do que imaginamos, amanhã ele virá para explicar melhor toda situação, o melhor é irmos dormir.
-Dormir? Como vocês acham que eu vou conseguir dormir sabendo que acabo de regredir. Falou Bruce nervosamente.
-Não vai adiantar nada ficar se martirizando a essa hora, você ainda não está 100 % e eu não sei vocês mas eu estou exausto e como o Bruce não quebrou mais nada estou indo. Clint disse voltando para a porta.
-O que eu vou fazer agora? Bruce susurrava para si mesmo.
-Bruce você ainda está tonto,descanse mais um pouco, se quiser podemos conversar e...
-Não Beatrice, eu preciso de um tempo sozinho, Clint tem razão, não adianta pensar com a cabeça quente, o melhor é todos nós irmos dormir, então se me dá licença... disse o homem apontando para porta.
-Ok, Boa noite então, a mulher disse saindo do local não gostando nada do tom que o amigo usou com ela, mas como ele acabara de sofrer um grande baque ela entendeu sua situação afinal amanhã poderiam conversar melhor.
Bruce foi até seu criado mudo e ao abrir a gaveta tirou algo que não via a muito tempo:
"Espero que esteja funcionando" disse o homem enquanto tirava o seu medidor de frequência cardíaco, ele nem sabia o porque ter guardado aquilo mas agora veio a calhar juntamente com suas roupas antigas, para falar a verdade ele sabia sim o porque de ter guardado tudo. Ele temia que esse dia chegaria, porém depois de todos esses anos sua mente estava começando a acreditar que nunca precisaria se preocupar de novo, "como eu estava enganado" pensou.
Ele tomou um banho rápido, deitou em sua cama porém não pregou os olhos a noite inteira pensando em sua situação e se voltaria a ser um "monstro" novamente.
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Mais um cap meu povoo
Não esqueçam que tem um cap novo toda sexta 0/ aproveitem!
deixem nos comentários suas teorias para o próximo cap 😚😚😚 até sexta❤
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Jackson Jekyll no País das Maravilhas em Ever After High
Jackson Jekyll andava por um campo aberto com roupas levemente amarrotadas. Holt tinha ficado no controle a noite toda e agora ele tinha que voltar para casa.
Jackson só conseguia pensar como exausto estava e como provavelmente estava atrasado com as suas lições de casa até que ele deu um passo em falso e caiu num buraco, ou melhor no buraco. Nunca ele poderia imaginar que existisse um buraco tão grande e se ele não tivesse ficado quase o tempo todo com olhos fechados poderia jurar que viu objetos aleatórios voando ao seu redor.
Jackson acabou por cair sentado e com os joelhos no chão em cima de uma moita. O cenário ao redor dele era simplesmente tão surreal que ele não poderia descrever.
Atraindo a atenção de uma garota de cabelos brancos e azuis. Ela apontou uma espada para ele, mas baixou quando viu um menino bonitinho e que parecia ser encarnação do estereótipo nerd com olhar desorientado e com folhas e galhos presos no cabelo. 
- Você está bem? Ela perguntou.
- Sim, já estive pior. Ele respondeu.
- Eu não acho que isso seja uma coisa boa. Meu nome é... Qual o seu nome? Disse ela ajudando-o a se levantar.
Ele não conseguiu captar seu nome corretamente era algo como adjetivos, e parecia que havia umas vozes falando sobre ela, mas ele ignorou este fato.
- Jackson.
- Legal. Você é filho de qual Jack? Mas você não vai me responder? Qual é o seu nome?
- Não, meu nome é Jackson. Ele respondeu confuso.
- Ah tá seu nome é Jackson por causa do seu pai. Minha família também não tem muita criatividade para nomes.
Jackson estava realmente confusa e as vozes falando em cima da garota não ajudavam em nada então ele disse que seu nome era Jackson, mas isso não tinha nada a ver com meu pai era só um nome.
A garota pareceu extremamente confusa.
- Então seu nome é Jackson. E isso não tem nada a ver com seu pai.
- É tipo isso.
- Então de quem você é filho?
- Isso é uma história extremamente longa por favor não me faça contar.
- Ok, mas o que aconteceu com você para ir parar nessa moita?
- Eu não faço a menor ideia eu estava andando em um campo e acabei caindo nesse buraco sem fundo e bem estou aqui. Disse Jackson quase não conseguindo manter a boca suja fechada por causa das vozes. Elas estavam lhe dando dor de cabeça.
- Ah então você não é do País das Maravilhas? Eu realmente estava achando você normal demais para ser daqui.
- País das Maravilhas? Jackson perguntou com a dor de cabeça cada vez aumentando mais devido aquele murinho irritante. 
A garota olhou para o garoto que estava com uma cara enorme de confusão ele era realmente dele bonitinho, mas realmente não aparecia nenhum tipo de cavaleiro de armadura ou príncipe encantado. Então ela pensou que ele fosse algum tipo de coadjuvante bonitinho.
Ela então disse que iria levá-lo de volta a sua escola.
Então ele começou a andar ao lado da garota. Ela começou a falar um monte de coisa confusas que Jackson não entendia e não estava realmente se esforçando para entender. Algo sobre como o País das Maravilhas e Oz eram apenas uma extensão da terra dos contos de fadas. 
Até que eles chegaram novamente a um buraco ainda maior e mais assustador do que o que Jackson tinha caído. Ela mandou pular nele e óbvio que ele não quis, mas quando ele se negou ela simplesmente o empurrou.
Uma nova caminhada começou numa floresta depois de que Jackson se recompôs do atordoamento e da raiva reprimida. Ele não tinha gostado de ser empurrado.
Então a garota começou a falar e dessa vez Jackson prestou atenção:
- Eu nunca tive por aqui você. Você é aluno novo, não é? Então eu vou te deixar na sala do diretor ele vai te ajudar. Me desculpa por não poder acompanhar você mais eu tenho que lidar com meus irmãos agora.
- Ok então. Disse Jackson escondendo o desespero ao perceber que não estava em Monster High sim no que parecia ser uma versão conto de fadas dela.
(Ele realmente tinha que parar de ser empurrado para escolas que não eram a dele).
Jackson foi praticamente atirado para sala do diretor, sendo deixado por uma garota que só disse ao diretor que o aluno novo se perdeu no pais das maravilhas.
O diretor então se aproxima da porta.
- Não me lembro de nenhum aluno novo. Você tem cara de ser coisa do meu irmão.
Jackson tendo sido criado como o filho de um Elemental de Fogo e um Jekyll and Hyde sabia exatamente como mentir, apesar de ficar extremamente nervoso com isso. Mas com sua cabeça quase explodindo e sem entender nada do que estava ao redor deduziu que o melhor seria ser sincero afinal se fossem o matar, matariam de qualquer jeito.
- Eu não faço ideia de onde eu estou. Estudo em Monster High. Acabei parando naquele lugar estranho que a garota que eu não lembro o nome chamou de País das Maravilhas. O que não faz o menor sentido. Então achei que ela ia me levar para o meu colégio só que acabei parrando aqui. Me ajuda por favor!
O diretor fez uma cara assustada em seguida deu um sorriso deslumbrante
- Ah entendo você é do Reino dos contos de terror e veio parar aqui.
- Eu acho que sim. Disse Jackson inserto.
Não havia como Jackson saber disso, mas o diretor havia deduzido graças a sua aparência que ele devia ser o filho de algum tipo de assistente de Caçador de Monstro ou vitima em potencial de um monstro.
- Sente-se garoto, existem vários Mundos. Você veio do o reino dos contos de terror indo parar no país das maravilhas em seguida veio para cá, ou seja, está no mundo dos contos de fada. Esse mundo é diferente as pessoas têm o destino de seus pais. Nós temos uma estudante do seu reino aqui. Talvez você até conhecer ela, porém ela foi visitar a família então lamento. O feitiço para retornar ao seu reino é um pouco difícil e pela sua reação acho que você não tem família aqui então acho que você vai ter que ficar estudando aqui um pouco até nós arrumarmos um jeito de te mandar de volta.
Era muita informação para Jackson, o diretor teve que explicar isso por mais meia hora até que entendesse a lógica do que havia acontecido com ele. Aparentemente um coelho tinha deixado uma toca aberta que levava para outro mundo se é que isso fazia sentido.
No final da conversa o diretor disse onde Jackson ia dormir e perguntou:
- Então me diga quem são seus pais?
Jackson Jekyll estava na diretoria falando sobre qual é o destino dele. Jackson é do reino dos contos de terror eles não têm um destino, mas as histórias tendem a se repetir então meio que são consideradas um tipo de destino diferente pelos moradores da terra dos contos de fadas.
O diretor Grimm, seu irmão e a Branca de Neve estavam reunidos na sala para decidir em que aulas Jackson deve ficar. Jackson é tratado com carinho (ele até tinha ganhado um chocolate quente) principalmente pela Branca de Neve afinal ele é um menino aparentemente delicado e bonitinho. E aparentemente para evitar confusões Jackson tinha virado Jack.
Já que Jackson não tem um destino ele então começa a contar uma história confusa, de meia hora, de como seu pai é um elementar de fogo e como sua mãe é um humano com uma doença sobrenatural. Mas receoso ele não explica sobre Jekyll e Hyde. Então termina dizendo que seu destino pode ser interpretado como sendo o próximo Doutor Jekyll já elementais de fogo não vem de nenhuma história específica.
O irmão do diretor arruma uma versão livro. Nenhum deles havia nunca ouvido falar do livro da família de Jackson. Então eles começaram a ler no escritório.
Eles estranharam tudo a capa sombria, título, o protagonista... Jackson cada vez ficava mais nervoso. Quando eles terminassem o livro o que eles iriam pensar sobre ele?
Na metade do livro Jackson foi obrigado a ouvir um comentário do diretor dizendo que ele provavelmente ficaria numa aula de donzela indefesa. O que é que foi interpretado como uma maneira de zombar dele não sabendo que essa aula realmente existia.
A Branca de Neve, qual Jackson ainda estava tentando se acostumar com a ideia de ser realmente a Branca de Neve, ocasionalmente olhava carinhosamente para ele e passava a mão nos seus cabelos como um professor dizendo bom trabalho. Isso não deixou Jackson menos preocupado.
A cada página do livro eles pareciam cada vez mais surpresos ou no caso diretor simplesmente entediado, já que o livro é extremamente prolixo. Mas em nenhum momento na cabeça dos três eles pensaram que talvez o doutor fosse mal e não simplesmente mal, mas o real vilão da história. 
Sendo Jackson um garoto esperto logo percebeu que ser filho de um vilão não era uma coisa boa. Baseando-se nos comentários sobre o Senhor Hyde durante a história. E pelo que ele sabia nos contos de fadas alguns personagens eram vilões por motivos bem mais leves do que agredir fisicamente uma garotinha, matar um homem velho com nada além de um pedaço de pau e assustar um homem até a morte (sem contar o fato de Jekyll mentir compulsivamente) então ele estava realmente ferrado.
Quando eles chegar na parte em que o corpo tinha sido encontrado eles realmente ficaram confusos e não demoraram para chegar na parte onde o segredo era finalmente revelado. Eles não falaram nada, mas quando chegaram na parte da carta de Lanyon suas feições tinha um leve tom de repulsa. E a face de Jackson se converteu numa expressão camuflada de desespero.
No fim o diretor fechou o livro e pôs ao o seu lado com uma cara extremamente seria. Jackson percebeu que Branca de Neve estava mais distante dele e com olhar de alguém que tinha sido traído.
- Bem isso foi inesperado. Isso realmente não é o tipo de história que nós estamos acostumados nesse lugar..., mas você sabe lobos em pele de cordeiro existem. É um alívio saber que você está seguindo seu destino. Pelo seu comportamento e sua aparência eu nunca teria adivinhado que você é um vilão.
No fim das contas Jackson acabou ficando com todas as aulas que envolviam vilania, magia, enganar e bancar a vítima além de aulas de como ser encantador e dentro da etiqueta.
Jackson achou isso completamente injusto não era sua culpa que seu antepassado era um vilão.
Jackson então foi praticamente expulso na sala. Conseguindo apenas ouvir leves sussurros vindos da sala de como eles tinham sido enganados e se ele não seria um problema.
Jackson, ou Jack como todos estavam chamando, ficou passeando sem rumo pela escola até que encontrou um espelho e ao se olhar viu que as coisas estavam pouco diferentes...
Era um pouco difícil de explicar sua aparência. Ele estava mais...como ele poderia dizer? Conto de fadas? Sua aparência exageradamente nerd sempre causara estranhamento, mas agora parecia algo mais comum apenas certinho demais.
Seus olhos azuis nunca estiveram tão intensos. Não havia nenhum sinal de que um dia ele teria tido um piercing. Sua roupa tinha um caimento mais natural e seu cabelo preto estava tons de castanho sem sua característica franja amarela. Seu rosto estava um pouco mais infantil, doce. Os monstros do Monster High provavelmente diriam que ele parecia uma criança.
Tudo nele parecia mais suave e leve como se fosse em tons pasteis. Até mesmo seus óculos grossos de armação preta apareciam mais sutis. Era simplesmente bizarro...Era como se ele todo tivesse se adaptado a aquele ele mundo.
Jackson nunca tinha sido o tipo de pessoa considerada atraente, no máximo sendo descrito como tendo um rosto bonito, e ele ainda não era e provavelmente nunca seria, mas tinha algo em sua atual aparência que o perturbava. Era como se tudo em sua aparência fosse feita para agradar...para ser aprovado. Isso realmente o perturbava. Isso tudo lhe dava uma sensação de familiaridade desagradável. Algo em sua aparecia lembrava em muito um certo doutor Henry Jekyll.  
Se Jackson não estivesse admirando sua aparência no espelho, tentando ignorar e arranjar uma explicação lógica para aquele indecifrável murinho enlouquecedor, que por sinal era bem alto. Ele teria notado o que os altos falantes do colégio tocavam uma música que certamente Holt apreciaria e que que um menino de cabelos loiros se aproximava dele por trás.
Jackson continuava a observar o próprio rosto no espelho olhando sua pele marfim refletida. Ele era um pouco pálido para o padrão dos moradores da terra dos contos de fadas Jackson mordeu seus lábios brancos ao encarar aquela figura delicada e desconcertante. Ele provavelmente nunca tinha se encarado tanto. Ele começou a focar em seus os seus olhos azuis vibrantes e tentar prestar atenção nas vozes. Prestando atenção nelas e se acostumando um pouco era muito mais fácil entender o que elas diziam.  Elas pareciam vir de cima essa é a única indicação que ele tinha de uma provável fonte, mas fora a isso pareciam vir todo lugar. Na realidade geralmente era só uma, mas ocasionalmente elas alternavam entre si. Todas elas tinham certa entonação pomposa, mas mostravam leves diferenças entre si. Elas estavam... elas estavam narrando? Elas estavam simplesmente narrando o que estava acontecendo? Porque elas estariam falando sobre ele...? Não isso não faria sentido não tinha ninguém atrás dele...
O pensamento de Jackson foi interrompido por um garoto loiro pondo a mão no seu ombro. Jackson quase teve um ataque cardíaco. Ele conviveu sua vida inteira com monstros criaturas e coisas que fariam a maioria dos humanos sair correndo, mas foi realmente pego de surpresa. Ele não gritou. Coisa que na qual ele herdava do mundo dos Monstros. Gritar ao assustar era falta de educação, bem pelo menos quando se tratava de alguém com uma aparência humana, mas ele não pode deixar de adquirir a postura de um gato assustado.
O garoto loiro de sorriso exagerado que aparentemente não percebeu seu susto disse:
- Nós soubemos que tinha um aluno novo. Só vim me apresentar para o novato. Eu esperava que fosse uma garota. Que decepção, mas vamos deixar para lá. Eu sou....
Mais nomes com adjetivos que Jackson não poderia processar. O outro continuou com uma conversa de extremamente narcisista sem nunca perguntar seu nome ou algo do gênero. Ele lembrava um pouco a Cleo.
Foi só então que dia que você não percebeu que havia outro garoto junto com ele dessa vez de cabelos castanhos.
- Oi sou Dexter. Desculpe pelo meu irmão ele é sempre assim.
Jackson internamente comemorou. Finalmente um nome que ele podia lidar.
- Qual é o seu nome?
Jackson gaguejou um pouco receoso com toda explicação que ele aparentemente tinha que dar a cada pessoa que ele se apresentava. Decidiu então ser o mais simples possível:
- Meu nome é Jackson e apesar do meu nome ter um son depois de Jack é apenas um sufixo qualquer e não tem relação com eu ser filho de alguém chamado Jack.
- Ah diferente. Isso realmente deve te encher o saco.
Jackson sorriu e pensou um pensamento um pouco maldoso:
- E ainda por cima tem um cérebro que dádiva.
- Então você é ouvimos dizer que você não é desse reino. Que você é do reino da Cupido. Você conhece ela?
- C. A. Cupid?
- Essa mesmo.
- Eu não conheço ela bem, mas ela era do meu colégio.
- Ah legal.
- As pessoas realmente não se importam que ela é um monstro?
- Que? Não, ela é uma pessoa ótima.
- Não, não esse tipo de monstro estou dizendo tipo literalmente um monstro.
O garoto fez uma cara de enorme de confusão como se não entendesse o que ele estava falando. Então Jackson percebeu que provavelmente Cupido não se encaixava no que eles consideravam como um monstro. Isso poderia ser um ponto que ela não gostaria de ser mencionado. E como alguém que entendia muito bem sobre segredos e coisas que são desconfortáveis para se tocar ele decidiu mudar de assunto.
- Esqueça. Estou falando bobagem. Eu não conheço esse colégio e ele parece ser enorme. Vocês poderiam me ajudar um pouco?
Como se conversa anterior nunca tivesse existido o garoto sorriu e disse:
- Claro nós iremos almoçar no refeitório agora e depois mostramos um pouco as classes.
- Isso me parece ótimo. Disse Jackson.
Ele então começou a andar com os meninos pelo corredor. O garoto loiro só ficava se admirando num espelho de mão. Ele definitivamente era parecido com Cleo.
Eles sentaram em uma mesa no refeitório e Dexter perguntou:
- Então eu nunca falei muito disso com a Cupido, mas já que vocês dois são do mesmo reino...bem o diretor disse que vocês são do Reino dos contos de terror. Contos de terror é onde fincam todas as histórias de terror. Isso não parece um lugar de onde a história da Cupido viria. Tipo ajudar casais. Como é que isso funciona?
Jackson respirou fundo e disse:
- Acho que o espectro que o reino dos contos de terror cobre é muito maior do que o reino dos Contos de fadas.
Daring não disse nada, mas viu que quando Jackson passou os dedos pela mesa os respondeu eles soltaram algumas pequenas faíscas de fogo.
Jackson tirou o seu celular do bolso para checar a hora. Até isto tinha mudado não era o mesmo ele não tinha mais formato de caixão em vez disso tinha uma capinha preta com formato de caixão.
- Nossa! Seu celular tem uma capinha de caixão vocês levam mesmo esse negócio de terror a sério lá! Disse Dexter supresso.
- Você não tem ideia. Respondeu Jackson.
Foi então que a garota que ele tinha conhecido no começo do dia se aproximou da mesa para se juntar aos garotos e ao ver ele ela disse:
- Oi se não é minha donzela em perigo favorita.
Jackson deu uma risada tímida então respondeu sarcasticamente:
- E o que seria de mim sem meu príncipe encantado?
Ela riu enquanto os dois garotos olhavam em confusão como se tivessem perdido uma piada interna e eles tinham.
Os quatro ficaram conversando por cerca de uns 10 minutos em boa parte perguntando coisas sobre o reino de Jackson, que ele respondia de forma evasiva com medo de uma retaliação como com o diretor.
Jackson não aguentou mais e criou coragem do fundo da sua alma para perguntar.
- Posso perguntar uma coisa estranha?
- Pode? Darling e Dexter responderam.
(Embora o garoto loiro estivesse tecnicamente participando da conversa ele nunca tinha parado de olhar para aquele espelho).
- O que são essas vozes?
- Que vozes? Os dois responderam confusos em uníssono. Até a atenção de Daring tinha sido conquistada.
- Essas vozes que não param nunca de falar desde que eu cheguei no País das Maravilhas e continuaram quando vim para cá. Eu não sei, é como se tivesse narrando tudo. Estão me deixando louco.
Os três, incluindo o menino do espelho que havia afastado do rosto o objeto, deram um olhar estranho e o louro disse em voz baixa:
- Mais um não.
Antes que a conversa pudesse tomar qualquer rumo o sinal tocou e eles tiveram que ir para suas aulas. Na realidade Jackson não era obrigado ainda a frequentar as aulas. O diretor tinha lhe dado dois dias para ele se ajustar, mas como estava morrendo de tédio decidiu e a frequentar algumas.
A garota então pediu para ver o papel com as aulas dele.
- Talvez estamos com alguma aula igual. Completou ela.
Dexter e ela olharam e automaticamente estranharam quando viram um papel com praticamente apenas aulas de vilões como enganar as pessoas, porções para o mal e etc. As aulas não combinavam com aquele menino de boa aparência e aspecto elegante e inocente.
- De quem você disse que era filho mesmo? Dexter perguntou
Jackson respondeu:
- Na verdade nunca disse.
- Tá. Então perguntando agora. Jack de quem você é filho? Perguntou Darling.
- Dr Jekyll. Respondeu ele.
- Ah ok. Pode nos localizar um pouco?
Jack respirou fundo e então ele explicou:
- Tá ok. O mundo terror funciona de forma diferente tecnicamente o Dr Jekyll é meu sei lá o que avô, minhas mães são descendentes dele e do Senhor Hyde que é da mesma história. Já meu pai embora tenha uma certa mitologia sobre pessoas como ele, ele não é de nenhuma história específica. Dr Jekyll era o cavalheiro perfeito de praticamente não se botar defeito, mas no fim da história você descobre que ele não era um cara tão legal assim mesmo que tecnicamente ele seja uma alegoria para o bem. Então eu sou filho da Dra. Jekyll, da senhora Hyde e do senhor Burns.
A curiosidade de todos sobre o fato de Jack(son) ser um vilão foi basicamente apagada e se concentrou em outra coisa.
- Pera você tem duas mães e um pai? Todos perguntaram.
- Bem tecnicamente são 2 ½. Respondeu Jackson dando os ombros.
- Que? Disseram em uníssono.
Todos ficaram confusos, mas decidiram não questionar mais. A última coisa que alguém com título de mocinho queria fazer era julgar a configuração de família de alguém.
Então decidiram levar Jackson até sua primeira aula. No caminho Jackson percebeu uma coisa. Ele era um menino alto, mas isso era omisso pelos outros alunos de Monster High já em Ever After High isso era muito mais aparente.
Então eles chegaram a porta e viram uma classe inteira lotada da escória do mundo dos contos de fadas. Todos ficaram receosos ao deixar alguém com a aparência inofensiva de Jackson lá. Ele seria devorado.
Mas ele entrou calmamente para o estranhamento de todos. Aquele lugar não era nem perto de uma classe em Monster High. Para ele estranho era normalidade. 
Todos o encararam pensando o que ele deveria estar fazendo ali. Inclusive a professora.
Ela o encarou e perguntou se ele não estaria na classe errada.
Jackson respondeu com um tom sarcástico imperceptível que soou mais como uma frase doce e educada:
- Não, o própria diretor me mandou para cá pelo que ele diz sou um lobo em pele de cordeiro.
Todos continuavam o encarando enquanto ele sentava, aparentemente não convencidos.
- Então o que o personagem que você é fez para te mandarem para cá. Jackson ficou totalmente constrangido e com dificuldade respondeu:
- Bem nada demais. Bem...você só descobre que ele é o verdadeiro vilão no fim, mas.... Resumindo a história tinha esse tal de senhor Hyde e ele...bem...assassinato... quer dizer ele matou um velho com pedaço de pau e tem aquela menininha...então agressão...tem também aquele amigo dele...que ele assusta...bem...até a morte... Ele meio que esconde seus crimes atrás desse cara.... Ah...também tem aquela coisa de falsidade ideológica além de mentir enganar todo mundo a volta dele.
A tentava de Jack de suavizar os crimes de antepassado foi extremamente falha.
A professora o encarou com os olhos arregalados não acreditando que aquele menininho com cara de quem não faria mal a uma mosca seria filho de alguém assim.
Professora decidiu que iria falar com diretor mais tarde.
- Então de quem você é filho?
- Meu destino é ser o próximo Dr Jekyll.
- Nunca ouvi falar.  Professora falou acabando com a conversa.
Foi a aula mais esquisita que ele tinha tido na vida. Basicamente estavam dizendo para ele como ser mal como se tivesse um manual de instrução para isso.
Quando terminou a aula ele decidiu ir atrás do diretor afinal ele não tinha outras roupas para vestir e queria ver se diretor podia dar um jeito nisso.
Quando ele se aproximou do diretor, o diretor jurou que ele ia tentar engana-lo e ficou surpreso quando ele apenas pediu uns mudas de roupa. Um diretor lhe deu um olhar e disse:
- Bem com toda aquela coisa da sua família você não pode simplesmente...?
Então algo estranho aconteceu Jack não conseguiu se conter e gritou para o diretor em uma voz que não o pertencia:
- Eu não sou uma bruxa, seu idiota!!!! Eu só estou pedindo umas roupas!!!!! Deus não é porque um idiota da minha família fez uma porção 200 anos atrás que eu posso fazer essas merdas de feitiços!!!!!!
O diretor o olhou horrorizado.
Os olhos de Jackson estavam vermelhos e ele soltava um pouco de fumaça. Demorou alguns segundos para ele perceber o que tinha dito.
- Ai meu Deus. Me desculpa, eu não sei o que foi isso. Não fui eu.
Jackson tinha acabando de agir como Holt. Era ele que tinha fama de cabeça quente, era ele que iria para diretoria por causa dessas coisas. Porque ele tinha agido assim?
Jackson odiava quando adultos ficaram bravos com ele, mas, no entanto, o diretor só sorriu e disse, sussurrando a última fase de modo que Jack não poderia ouvi-la:
- Eu deveria ter esperado isso. Eu deveria saber você ainda é muito criança para ser um lobo em pele de cordeiro o tempo todo. O próprio livro disse que você deveria ser pouquinho selvagem quando mais novo. Eu acho que isso não é muito encorajado no seu reino, mas você está simplesmente agindo como deve agir. Como um vilão. Apenas não se meta em uma confusão grande demais. Vou ver o que posso fazer com as roupas. Talvez algo aprova de fogo...
Então ele disse para ele esperar por 5 minutos.
Jackson ficou totalmente confuso. O que tinha isso aquilo? Ele tinha perdido controle...e o diretor tinha sido complacente com isso. Ele realmente tinha que falar com o Holt mais tarde.
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Tradução:
Eu culpo meu cérebro e @jekyll-hyde-transformation por esse trecho-
Darling: LO, PEQUENO HOMEM MAGRICELA! QUAL É O SEU NOME?
Jackson: Ehh, mais como filho de Jekyll?
Jackson: Uhh, er, Jackson-
Darling: BEM-VINDO À TERRA DAS FADAS, PEQUENO FILHO DE JACK!
Darling: AH! BEM!
Darling: *ahem* BEM-VINDO À TERRA DAS FADAS, FILHO DE JACK, FILHO DE QUEM MATOU JACK! ISSO SOA COMO UMA DINÂMICA FAMILIAR SAUDÁVEL-
Jackson: por que você fala tudo em caps?
LO = expressão que se costumava dizer às pessoas para prestarem atenção e olhar para algo interessante.
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harryjamespottxr · 6 years
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Competições eram algo que agradavam o Potter mais do que podia-se entender, e quando algo como “sorte"e "campeão” estavam envolvidas, não havia nem a remota possibilidade de que ele ficasse de fora. Tão animado quanto aparentava por causa de algo tão misterioso e excitante quanto aquilo, o menino pegou a sua pena e começou a responder o questionário.
Você está ciente de que precisará falar a verdade e somente a verdade nesse formulário?
Psh. Verdade? Diferentemente do que divulgam as más línguas, Harry Potter não mente. Ocultar um ou alguns pontos, tudo bem. Além do que, o que meus professores e autoridades afora gostam de chamar de mentira, eu simplesmente chamo de ponto de vista.
Qual é seu café da manhã favorito?
Infelizmente vou ter que falar isso aqui, mas nem o melhor jantar se compara ao simples café da manhã da minha casa. Qualquer coisa que minha mãe maravilhosa fizer, por mim tá ótimo. (Se eu to puxando saco porque estou de detenção e minha mãe está brava? Talvez.)  
Quem é a pessoa que você confia para absolutamente tudo?
Bom, em primeiro lugar tem a minha família. Meu pai é basicamente meu melhor amigo, são poucas as coisas que a gente não conversa. Minha mãe é a pessoa mais maravilhosa do mundo @liliumauratum, e apesar de algumas coisas ser mais conveniente não contar para ela para evitar a decepção sobre minha própria pessoa. Tem o tio Sirius, e tio Remus @fckingmoonmoon, que quando preciso sempre posso contar. A Becky @beckypotter, apesar das nossas implicâncias e eventuais brigas, é minha gêmea do mal (minha gêmea de um ano a menos). A Daisy @daisvdurslev também; me contaram que ela é minha prima só, mas bem difícil de acreditar, porque pra mim sempre foi e sempre será minha irmã. Além disso, o Ron @w-ronald e eu já passamos por tanta coisa que confio nele até de olhos fechados. Por fim, e nunca menos importante, a @hgrxngcr, que é minha consciência, o único neurônio meu que de fato pensa. 
Você se considera uma pessoa boa?
Não há como negar que eu sou bom em várias coisas… RISOS. Mas, de verdade, com a educação que eu recebi e com as figuras que eu cresci me rodeando, gosto de pensar que  aprendi a ser uma pessoa boa com os melhores exemplos que podem existir. 
Você acha que as pessoas gostam de você? E mais, você se importa com a opinião delas sobre você?
A pergunta é: existe alguém que não gosta de mim? Se você perguntar castelo a fora, tenho certeza que alguns por aí vão dizer que eu sou insuportável, que me odeiam (e.g @callisxo, @dragonxboy), mas eu sou da opinião que esse ódio todo anda lado a lado de duas outras emoções chamadas AMOR e INVEJA. E a única opinião que de fato me importa é da minha família, de resto eu não poderia estar mais nem aí.
Se você pudesse jogar alguém no Lago Negro para brincar com a Lula Gigante, quem seria?
O Filch, mil vezes. Eu ia dizer a gata dele também, mas isso seria crueldade contra animais, coisa que eu não faço. Aí quem sabe ele deixa de ser um velho chato. Qual o problema de deixar os alunos se divertirem de vez em quando? Por Merlin. 
Você já fez uso das Orelhas Extensíveis da Gemialidades Weasley para ouvir a conversa de alguém? Justifique.
Ah, inúmeras vezes. Aparentemente existem algumas conversas que meus pais e agregados familiares não gostem que eu escute. Parece que não me conhecem; se eles não quisessem que eu escutasse, não falariam “Harry, suba, vamos falar de algo importante”. Pf, amadores. No fim das contas, acabou sendo conversas ou sobre mim, ou sobre a Guerra, esse tipo de coisa. 
Qual é seu signo do zodíaco? 
Leão. Aparentemente eu sou egocêntrico, confiante, dominador, entusiasmado um pouco demais, gosto de desafios. Mas quem que acredita nessas coisas, certo?
Na sua família, você é a única pessoa com seu nome, ou existem outros antes de você com o mesmo nome?
Meu segundo nome é uma homenagem ao meu pai, James. Ele diz que a ideia foi da mamãe, mas Six me contou que papai ama o próprio nome e a ideia foi dele. E Harry é uma homenagem ao meu avô materno, que se chamava Harold. 
Quais são suas melhores qualidades?
Ah, uau, tem alguns minutos? Brincadeiras à parte, acho que eu sou um ótimo apanhador e capitão. E acho que é seguro dizer que sou um ótimo provocador da raiva do Filch. Minnie parece satisfeita com as minhas habilidades em Transfiguração, e acho que vou muito bem Defesa Contra as Artes das Trevas. Diria também que eu costumo enfrentar as situações mesmo com medo, e isso é bom. Também não existe nada que eu não faria pelas coisas que eu acredito e pelas pessoas que eu amo, e eu as defendo com tudo o que eu posso até o fim. As meninas também nunca reclamaram de mim, se é que você me entende. Eu acho que esse é o melhor que eu posso falar sem parecer um completo narcisista. 
Você tem planos para quando se formar em Hogwarts?
Por muito tempo eu quis ser jogador de Quadribol, sabe? Mas meu pai sempre foi uma grande influência na minha vida, e vê-lo salvando vidas e protegendo as pessoas, me faz querer ser metade da pessoa que ele é e me tornar um Auror.
Quem é uma pessoa que você já viu no corredor, mas não tem intimidade?
Bom, eu nunca deixei algo como intimidade ser um obstáculo para falar com outras pessoas, mas acho que nunca falei muito com algumas pessoas tipo @lizdiggry @themoonkilledmydreans @amanda-brocklehurst @kevinbecil @merlinblood @intothesuns
Quantos anos você tem?
Mione costuma dizer que mentalmente, eu pareço ter 10 anos. Acho isso ofensivo demais, porque meninos de 10 anos de idade não conseguem pensar nas genialidades que eu penso. De verdade, eu tenho 16, ou pelo menos foi isso que me contaram.  
Se você pudesse viver para sempre, você viveria?
Ah, não sei. Acho que a vida acaba ficando chata, certo? Ainda mais sem as pessoas que você ama, porque uma hora ou outra elas também morreriam. Pode parecer filosófico demais para alguém como eu, mas acho que a graça da vida é que ela tem prazo de validade.
O que você acha de juventude eterna?
Em teoria parece incrível. Ter, por exemplo, 20 anos para sempre, ter as mesmas habilidades físicas e a mesma disposição de fazer as coisas. Mas, mesmo assim, parece errado, por não ser natural. A vida tem que tomar o seu rumo, percorrer o seu curso. 
Pensa rápido: três sentimentos que você está sentindo agora. Justifique.
Curiosidade, porque eu não faço ideia do por quê isso aqui é relevante para uma competição, e porque achei que seria fácil adivinhar sobre o que seria tudo isso assim que começasse a responder, mas não é. Em segundo lugar, estou me sentindo bem humorado, porque estou preenchendo isso nos jardins e um sonserino acabou de cair no Lago Negro. E, por fim, acho que estou animado para descobrir para que serve tudo isso. 
Quando eu digo “amor” o que tem vem à mente?
Família, sem ter que pensar duas vezes. 
Que pessoa (viva, morta ou fantasma) é seu ídolo? 
Provavelmente todo mundo responde isso assim, mas meu pai. Eu tenho orgulho da pessoa que ele é, por ter lutado numa guerra quando tinha sangue-puro e não precisava, porque sua família estava á salvo. Por ele ter arriscado tudo para proteger minha mãe, desde sempre. Por continuar sendo um exemplo para todo mundo que o conhece; por ser engraçado, inteligente e corajoso. Principalmente porque ele dedica sua vida à continuar protegendo a comunidade bruxa, sacrificando a própria vida e arriscando não voltar para casa para a própria família apenas para que outros pais e mães possam.  
O que você acha de virar um fantasma depois que morrer? 
Não gostaria muito dessa ideia, porque acho que seguir em frente é sempre a melhor saída. Mas diria que, se por acaso acontecesse, eu daria aposentadoria para o Pirraça e passaria o resto da eternidade infernizando o Filch (porque ele é um vampiro. Ele nunca vai morrer. Dumbledore vai morrer, mas ele não). 
O que você acha desse formulário?
Sinceramente, to tentando entender o sentido disso aqui, mas acho que não me importo muito. Eu gosto de falar sobre mim, e se isso acabar por me ajudar ganhar seja lá diabos o que for o propósito, melhor ainda. 
Você acredita em sorte?
Sorte? É uma mentira deslavada para aqueles que tem preguiça de perseguir os próprios objetivos. Sempre acreditei que seu destino e seus objetivos conseguem ser alcançados sempre dependendo de um só fator: você mesmo. 
Quando você pensa em um inferno particular, o que aparece na cena?
Eu provavelmente estou numa aula infinita de História da Magia, que está sendo ensinada pelo Filch enquanto assisto ela com os sonserinos mais irritantes da face da terra.
Você se ama? Não, eu não estou falando sobre narcisismo. Você realmente gosta de si mesmo?
Apesar dos invejosos me chamarem de narcisista mesmo, eu acho que gosto de mim. Acho que essa foi uma das coisas que eu aprendi muito bem enquanto crescia; claro, muito da confiança que eu irradio é uma máscara para grandes inseguranças que eu não compartilho com absolutamente ninguém, mas no geral acho que eu faço o melhor que posso. Mas esse vai ser nosso segredo, não conte pra ninguém. 
O que você diria para alguém que te ama?
Uh, get in line. Brincadeiras à parte, eu sei que eu posso ser um tanto irritante às vezes, arrogante, e bastante difícil de lidar. Sei que parece que eu não escuto ninguém, que eu não obedeço de jeito nenhum e que sou um narcisista que tem prazer de contrariar as pessoas só para aparecer. Mas eu juro que no fundo, mesmo que seja nas profundezas da minha alma, eu… Valho a pena, de alguma forma. Eu só posso agradecer a paciência, e por não desistir de mim ainda.  
@fxfhq
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O Garoto Dá Vida &... (Ep. 14 parte 1)
Episódio 14: Ship Prat Dagunse
 - Entendeu, Charlie? – diz Julia, meio corada – Só vamos fazer aquilo que aquela bobona fez se eu disser a frase “Manda ver, meu querido amor”; entendeu? E se eu falar “Não precisa” depois, então não é para fazer ainda, entendeu?
- Uhh... – Charlie tenta raciocinar um pouco, conseguindo entender depois de três segundos, dizendo – Hm.
- Você entendeu mesmo?!
- Hm.
- Caramba, cara, meus parabéns; menos de 8 anos, e já tem sua primeira namorada... – comenta Rodrigo, levemente emburrado (com inveja).
- Ele não é meu namorado! – protesta Julia – É só um favor que estou pedindo!
- Entendi... nenhum compromisso por enquanto, só para treinar... entend...
- E ele vai beijar antes de você ter tido sua primeira chance – comenta Sayuri.
- Que? – pergunta Rodrigo, apesar de ter entendido.
- Nada não.
- Ele não vai necessariamente me beijar, galera – diz Julia, enquanto Charlie tentava se lembrar como havia visto seus pais naquela noite – Isso só vai acontecer no ultimo dos casos; mas ainda assim, eu espero que eu não precise fazer isso...
- O carinha já parece estar treinando desde já – comenta Rodrigo, apontando para o garoto que podia dar vida.
     Julia olha para ele; e entendendo que ele de fato estava treinando, mas não prestando atenção como, diz, levemente contrariada:
- Charlie! Deixa de ser bobo! Não se preocupa em treinar ou sei lá, isso não vai ser necessário; e se for eu te aviso, tá bom?
- Mas... como eu... faço... – Charlie tenta falar.
- “Como eu faço”... – Julia fica contrariada, e diz só para o assunto acabar – Você já viu como seus pais fazem? Só faça como eles fazem! Caramba!
- Mas eu j...
- Você entendeu?!
     Charlie, levemente confuso, pensa um pouco, e vendo que ela estava brava, responde:
- Ok...
- Ótimo – diz Julia – Tenho esperança que aquela bobona vai ser suspensa... é...
      Passa-se um tempinho, e era quase hora da aula; nosso grupo estava no pátio, conversando; Julia estava um pouco menos tensa, e o assunto já havia meio que acabado...
- A Emelly também está servindo como ajuda na casa então... interessante... – comenta Rodrigo para Sayuri – O Alejandro ajuda também; mas a Emelly tem algum aparato especial no maquinário dela?
- Isso foi algum tipo de eufemismo...? – pergunta Sayuri.
- Claro que não, ela é uma robô; eu quis dizer se ela tinha tipo um aspirador de pó escondido, arma a laser ou algo do tipo.
- Sei... estou acred... ah não... – diz Lacinho, notando que, de longe, vinha a tonta convencida de antes quase arrastando seu namorado pela mão. Julia também nota. A boneca termina – A pequena senhorita estupida voltou...
- Droga... – diz Julia, baixinho.
- Olá, fracassados e fracassada solitária – diz Clarissa, de forma convencida; dizendo então especificamente para Julia, enquanto Charlie demonstrava não gostar, os outros não sabiam como reagir, e Lacinho tinha uma face de desagrado. A convencida que tinha um namoradinho continua – Vejo que você está com seus amiguinhos, mas não pense que eu esqueci do que você tinha que provar; e ainda me lembro de você ter me provocado na classe; então você precisa provar o que disse.
- Você enquanto isso só prova ter um QI baixo – comenta Lacinho, sarcasticamente.
- No intervalo ou no fim das aulas, na saída, quero ver você provar para o mundo inteiro que esse carinha é seu namorado mesmo – Clarissa ignora o comentário da boneca.
- Porque faz muito sentido o mundo inteiro estar nessa escola publica – comenta Lacinho, sarcasticamente.
- Nem adianta você falar comigo pois você é só uma boneca de pano; eu não ligo para o que você fala – diz Clarissa, respondendo a garota de pano, de forma levemente brava; tentando contar vantagem em seguida – Pelo menos eu tenho um namorado e você não!
- Você liga tão pouco para mim que ao invés de me ignorar me responde... é... – diz Lacinho, tranquilamente – E eu não me lembro de estar precisando de um namorado ou de querer um namorado...
- Isso porque você não consegue, sua boneca velha! – diz Clarissa, já estando mais brava – Você só está com inveja porque não consegue ter um namorado, e nunca vai ter!
- Querida, que parte dela não querer um namorado você não entendeu? – pergunta Sayuri, em seguida dando um high five por trás da boneca; ambas com um sorriso no rosto.
- Eu não pedi sua opinião, sua bobona! Você fique quieta!
- Mas eu não dei opinião, eu perguntei se você ouviu ou não o que a Lacinho falou, você que está falando sua opinião da gente – comenta Sayuri; dando outro high five na boneca.
- Vocês duas se acham muito boas, não? – Clarissa olha para seu namoradinho, e diz – Alex! Me defenda! Dê uma lição nessas duas!
- Quê?? – pergunta o namoradinho; estando surpreso e desacreditado com a ordem dada – Eu não posso bater em meninas!
- Agora você pode pois estou mandando, seu idiota! Vai logo antes que eu te bata e termine na frente de todos! – diz Clarissa, impaciente.
- Mas eu... mas... uhh... – Alex não sabia o que fazer...
     Quando então é atingido por um dos dardos da zarabatana que a Sayuri tinha e ainda guardava.
     Alex, o namoradinho da convencida, cai no chão; para a surpresa da Clarissa, que apenas fica com uma cara de boba, sem saber o que pensar ou como reagir.
- Não tenho medo de macho não, querida... – diz Sayuri, com a zarabatana na mão – Agora por favor, para de encher nossa paciência e vaza; esse dardo que atirei nele só faz dormir... o próximo irá causar dor e então fazer você dormir... com dor...
     Clarissa pega seu namorado, o coloca debaixo do braço, e diz para a Julia enquanto saía dali:
- Tudo bem; mas você em específico ainda tem que provar para todos que o carinha aí é seu namorado!
episódio continua na parte 2
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tgtexto · 5 years
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Aquele Segredinho 9
O Cássio é um dos meus melhores amigos. Quem melhor pra descobrir um segredo do que um amigo, não é? Conheço ele já a bastante tempo e já vivemos muitas coisas boas, já viajamos juntos, bebemos, brigamos, festejamos e choramos juntos. Uma vez quase nos pegamos, felizmente o bom senso falou mais alto.
Só que o Cássio desenvolveu um método de caça. Sim, senhoras e senhores. O método Cássio de pegar mulher consiste em entrar nas redes sociais da vítima e estudar tudo que ela posta lá. Assim ele fica sabendo até a cor favorita dela. Depois ele se apresenta e faz parecer por acaso, conversa com a vítima e logo "os dois se surpreendem" com a quantidade de gostos em comum e coisa e tal. Fato é que o negócio funciona bem. Ele já pegou minas bem bonitas com essa técnica. Só não acho muito certo tu dizer pra mina que tu ama uma banda que na verdade tu nem conhece direito e coisas assim. Eu não sei… eu devo ser muito chato, muito certinho, mas pra mim isso é trapaça!
Mas não parou por aí, logo o Cássio começou a investigar a vida de todo mundo. Do orientador dele à faxineira, ele sabia de tudo. Acontece que todo investigador é fascinado pelo mistério e o maior mistério da face da Terra (maior que se Deus existe, maior que se os deusas da antiguidade eram ou não astronaltas, ou como alguém pode acreditar qua a Terra é plana) é como um tal Marcelo pode estar namorando uma deusa de parar o trânsito como a Júlia! E pior! Não só namorando a Júlia como também a Ângela ao mesmo tempo e com o consentimento das duas! Todo mundo na faculdade já bateu uma em homenagem a Ângela! Quem disser que não está mentindo.
Teve um dia que o Cássio me submeteu a um interrogatório. Ele não conseguia acreditar. Na cabeça dele era como se o Corcunda de Notre Dame namorasse a Helena de Tróia! Ele falou tanto disso que eu até comecei a olhar as fotos que eu tinha com a Júlia pra ver se a diferença era mesmo tão grande assim! Eu não sou um cara feio, muito pelo contrário, mas o Cássio também é especialista em baixar a tua estima. Ele te transforma em barata só com palavras! Não precisa nem de varinha de condão.
Eu costumo visitar meu pai nos fins de semana, normalmente eu volto na segunda. Numa dessas segundas eu cheguei da casa do pai e fui direto pra aula. Depois encontrei o Cássio no corredor. Ele estava bem estranho, mal falou comigo e não queria muita aproximação. Eu não fazia ideia do que tinha acontecido.
Quando cheguei em casa já notei mais uma coisa estranha logo que saí do elevador. Nitidamente dava pra ouvir a voz da Ângela gritando enfurecida. Que diabos está acontecendo?
Entrei no ap e vi as duas muito nervosas
- Que está acontecendo, meninas?
- Tu não imagina o que ela fez!
A única coisa que faz a Ângela perder a cabeça é ciúmes. E pela cara da Ju devia ter rolado algo mais do que só uma olhada pra outra mulher ou cara. Mas como eu sei que a Ângela é exagerada com isso eu já baixo a gravidade da situação em uns 50%.
- Vai, fala pra ele!
- Bom, é... eu transei com o Cássio - disse a Júlia com olhos esbugalhados. Agora eu também estava com ciúmes.
- Tu o quê?
- A faculdade toda já deve saber que tu é trans! - disse a Ângela maldosamente.
Do jeito que o Cássio é, realmente, logo todo mundo ia ficar sabendo que a Júlia é uma mulher com algo a mais. Eu já imaginava que isso iria ser descoberto de alguma forma em algum dia e já vinha me preparando para isso. Mas parece que a Ângela não. Mesmo assim foi chocante, ainda mais com o Cássio! Eu já estava sentido o peso do chifre! Pô, podia ter me chifrado com qualquer um, tchê, mas com o Cássio...
- Ele não vai contar - disse a Ju
- Como tu pode ter tanta certeza? - retrucou a Ângela - ele conta tudo pra todo mundo!
- Porque eu comi ele!
- TU COMEU O CÁSSIO?! - dissemos eu e a Ângela ao mesmo tempo e perplexos.
- Não acredito - afirmou a Ângela - o Cássio!?
- Sim, o Cássio
- É o mesmo Cássio que eu tô pensando?
- Eu só conheço um Cássio! Haha! - Agora a Ju já não parecia mais com medo de nos contar, ela estava como um jogador contando sua vitória.
- Como aconteceu?
O Cássio foi o primeiro amigo meu a conhecer a Ju e eles se davam super bem. Então não é estranho eles acabarem tendo alguma coisa. Mas eu não consigo imaginar o Cássio dando.
- A Ângela estava com cólicas e tu estava lá com o teu pai, então eu fui sozinha me divertir. Só que a minha amiga, que ia junto, acabou desistindo. Aí eu fiquei sozinha tomando cerveja num bar ali embaixo.
- Que deprimente…
- Pois é. Foi aí que apareceu o Cássio. Ele sentou do meu lado já um pouco bêbado. Sabem como é papo de bêbado, né? Ele foi direto me perguntando como uma mina tão linda como eu podia estar namorando o Marcelo?
A Ângela olhou pra mim com aquela cara de "o que?". E eu fiquei puto instantaneamente! Mas me contive.
- E qual é o problema com o Celo?
- Foi o que eu perguntei pra ele. Ele me disse que o Celo é um cara legal, mas que eu podia ficar com qualquer um, então por que o Celo?
- É muito babaca! - disse a Ângela
- Pois é. Kkkkk! Mas não terminou por aí. Ele começou a dar em cima de mim descaradamente depois disso. Eu disse pra ele que nós somos só amigos e que eu amo o Celo. Mas não adiantou. Ele continuou insistindo, bebendo e me fazendo beber. Eu queria ir embora, mas eu gosto do Cássio, ele é um bom amigo, a gente já se divertiu muito. Eu não queria ser rude, sabe? Mas chegou uma hora que eu decidi vir pra casa. Disse pra ele que ia embora. Ele ficou tentando me convencer a ficar, mas eu já estava indo mesmo. Só que lá fora estava uma chuva terrível, eu ia me molhar toda pra chegar aqui. Então ele disse que ia chamar um Uber pra gente. Eu, tola, achei que ele ia me deixar em casa, mas ele me enganou. Quando eu vi eu estava na frente do prédio onde ele mora.
- Mas isso é lá do outro lado da cidade! Como tu não viu que estava indo pra lá e não pra cá?
- Pois é, o Cássio foi conversando comigo a viagem toda e eu nem me dei conta!
- Juuuu!! - Disse a Ângela duvidando dessa parte.
- É verdade! Eu me senti uma boba! Mas disse pra ele que ele ia se arrepender daquilo. Ele não acreditou. Então fomos pro ap dele. Eu tinha esperança de que nada fosse acontecer, mas que nada. Ele começou a me provocar sem parar.
Enquanto ela falava eu coçava a cabeça, ruia as unhas e me contorcia de raiva. Eu queria dar um soco bem no meio do nariz daquele desgraçado! A Ju percebeu minha indignação e disse.
- Desculpa Celo! Eu não vou contar mais do que isso. Eu não devia ter traído vocês, me desculpem!! Eu fui uma idiota!
- Verdade, tu foi! Já pensou se ele te dá uma surra lá? Não tinha nem eu nem o Celo pra te defender! Como tu acha que a gente ia se sentir depois? Eu nem quero imaginar isso pra não ficar nervosa! Você sabe que a gente te ama!
O sermão da Ângela foi basicamente isso, mas deve ter durado quase uma hora. Eu estava com muita raiva e morto de ciúmes! Mas também estava super curioso. Mais ou menos uma hora depois da Ângela parar de falar eu não me aguentei. Pedi pra Ju contar tudo.
- Ah Celo, esquece isso! - Disse a Ju que já tinha até chorado.
- Conta! Eu quero saber!
Logo a Ângela veio lá do quarto pra também saciar a curiosidade e a Ju então continuou a história.
- A gente chegou e o abusado começou a me agarrar já na porta. Eu disse pra ele parar com isso, mas não adiantou. Ele tem uma pegada sensacional, eu já estava quase perdendo a cabeça e o safado sabia disso. Eu disse pra ele que ele não ia gostar e ele perguntou porquê. Eu imaginei que assim que ele soubesse, a vontade dele ia acabar, então mostrei pra ele. Levantei minha saia e apresentei minha piroca que já estava erguida. Não tinha como não estar, né?
- Meu Deus! E ele?
- Ele deu dois passos pra trás e ficou olhando com os olhos arregalados. Eu falei algo como "viu, eu disse que tu não ia querer, agora deixa que eu durmo no sofá e amanhã a gente faz de conta que nada aconteceu". Só que… só que eu vi que o dele cresceu quando viu o meu. Dava pra ver o volume na calça. Aí ele me fez um monte de perguntas mesmo vendo que eu não queria responder. Ele perguntou sobre eu e vocês dois. Ele é muito xerenta! Depois ele me confessou que ele sempre teve uma tara por travestis. Ele até me mostrou um vídeo na internet onde tinha uma trans batendo uma na frente da câmera. Disse que era o favorito dele.
- O Cássio… - interrompeu a Ângela com o olhar perdido.
- Kkkkkkkkk. Aí eu vi que não ia ter jeito. Então eu sentei na cadeira dele e comecei a me masturbar igual a mina do vídeo. Tinha que ver a cara dele babando! Kkkkkk! Aí eu mandei ele chupar. Ele se ajoelhou e veio de quatro até o meu colo. Acho que ele nunca tinha tocado um pau de outra pessoa antes, porque ele começou todo desajeitado, mas ele aprende rápido. Eu expliquei pra ele algumas coisas e em pouco tempo aquilo começou a ficar gostoso. Só que não era o suficiente, então eu levantei, agarrei ele pelos cabelos e comecei a estocar como se a boca dele fosse uma buceta. Dava pra ouvir o barulho estranho da garganta dele sendo invadida pela minha pica a cada sucata. Ele colocou as mãos nas minhas coxas tentando amortizar um pouco minhas socadas, mas era em vão.
- Coitado! - disse a Ângela
- Foi ele que quis isso, então… Só não vale desistir depois de ter me provocado, né? Depois eu voltei a sentar, mandei ele tirar as calsas e sentar no meu colo. Foi aí que ele começou a ficar assustado!
- Hahaha! Sentiu a gravidade da situação!
- Ele começou a dizer que ele queria me comer e eu disse que não. Que meu cu é só do Marcelo, mas o cu dele seria meu aquela noite! Kkkkk.
- É, tem mais que tomar no cu mesmo!!
- Aí Celo, não fala assim, ele é teu amigo!
- Hahahaha. Ele ficou um tempo sem ação, aí eu disse que era isso ou nada. Tava na cara que ele estava afim, só estava com medo!
- Tá, e aí, como tu convenceu ele? - perguntou a Ângela como uma criança na hora do conto
- Não precisei fazer muita coisa. Só continuei batendo punheta e disse que se ele não andasse logo eu ia gozar sem ele. Kkkkk! Aí ele pegou uma camisinha da gaveta e me deu para eu botar. Eu disse pra ele ser um bom menino e colocar a camisinha em mim com a boca. Haha! Foi engraçado ver ele tentar! Tive que explicar pra ele senão não ia conseguir. Ai ele tirou as calças e veio com todo cuidado. Foi difícil meter a cabeça pra dentro, ele não relaxava nunca. Mas quando entrou eu agarrei ele pra ele não fugir e fiz ele sentar de uma vez! Quase que aquele cu virgem quebrou o meu pau! Ele gritou de dor!
- Aí Ju, por que tu é tão cavalo? Tadinho do menino! - disse a Ângela
- Kkkkk! Ah sei lá, estava demorando muito! Só sei que ele ficou um tempo com o pau no cu bem paradinho. Eu disse pra ele esperar até se acostumar. Depois ele começou a bater uma, mas eu não deixei. "Ué, que estória é essa?! Vai gozar e me deixar aqui, é?"
Enquanto a Ju contava, a Ângela veio e sentou entre as minhas pernas fazendo eu abraçar ela por trás.
- Depois ele começou a rebolar com o meu pau no cu dele. Tem que ver, ele rebola muito! Bem diferente do Celo na primeira vez que fez isso. Ele sabe rebolar maravilhosamente!
- Gente, tudo o que eu pensava sobre o Cássio já era! - disse a Ângela.
- Então mandei ele ficar de quatro ali no chão mesmo. Ele obedeceu lindamente. Agarrei aquela bunda com firmeza, cravando um pouco as unhas na carne dele e meti tudo. Ele gemeu forte e logo pediu pra meter mais rápido. Tipo: "mete, gostosa, mete mais rápido, vai!" Como eu ia dizer não? Haha!
Por mais raiva que eu tivesse naquela hora, meu pau já estava bem durinho com aquele depoimento. E a Ângela já estava mexendo um pouco o quadril pra provocar ainda mais.
- Eu dei vários tapas naquela bunda até ficar vermelha. Ele rebolou novamente e não deu pra segurar! Tirei o pau da bunda dele o mais rápido e enchi as costas dele de porra! Depois bati uma nele ali mesmo e ele gozou muito rápido.
- Celo, não fica assim! - disse a Ângela me beijando em seguida.
- Eu tô bem, só não acredito que aquele filho da puta curtiu isso tudo. Pra mim ele tinha que sofrer!
- Ah, Celo! Tu sabe que um pau no cu só é ruim na boca do povo, né? Hahaha! - disse a Ju.
Pois é, mas já faz um tempão que a Ju não me come e isso só me deixa com mais inveja ainda do Cássio. Depois que a Ju terminou o relato a gente já aproveitou que estava todo mundo com tesão e transamos em grupo ali mesmo. Eu comi a Júlia ao mesmo tempo que ela comia a Ângela. Foi tão gostoso que no final eu nem sabia mais quem era o Cássio! Kkkkk!
Demorou três semanas para o Cássio vir falar comigo. Ele não disse nada sobre a Ju, mas disse que não era mais o mesmo.
LINK: https://www.casadoscontos.com.br/perfil/247027
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phconta1 · 5 years
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"Alguma forma de se amar ao olhar no espelho" 39 sem Você foi ótima madame, a sua vez é como o dia do nascimento. você me orgulhou. valeu gata. Compartilhada originalmente por pamella borges - 462 comentários boa tarde :*
paulo henrique: Jimi Hendrix Hey Joe Quantas vezes você quis desfazer a realidade. paulo henrique: O que é se masturbar para os Deuses? É uma coisa que quem faz ficar com vergonha, e quem não faz pode ter alguma doença dentro de certa ocasião. Se você tem menos de 17 anos é lei ter o abto, muito gostoso e muito inteligente, só que não cura. Os deuses veem a sua necessidades como a obrigação deles cumbrir, cada sonho material, tanto é que eternamente nós teremos tudo, aí cai a realidade do fato. A lógica que nós temos não foi criada sem inteligência. Se masturbar é saúde, trair a esposa ou esposo é destruição, acabar um relacionamento sem magoar é normal, mas aqui este normal é impossibilidade. Não. Pode acontecer, mas é burrice acreditar que não mágoa perder a pessoa que foi amada, até quando não se ama mais, do contrário é visto como consequência. Se você encontrou um homem novo e amável e seu marido já estiver com várias mulheres, por exemplo, é ótimo a consequência. Deus não vai punir você se você errar só que é errado magoar as pessoas, é imoralidade. Mas tudo que não gerar destruição é permitido e não regerá mal algum, se masturbar com muita necessidade é bom e saudável, além disso só mística dos tempos antigos. Qualquer coisa que é considero errado mas não gera mal não é tão mau assim. Jogar baralho é certo, quando destrói a família é errado, quando gera o vicio e a pessoa não se destrói no vicio é uma vitória, quando forma um mendigo é errado e sujo. O primeiro a sofrer com as nossas destruições, como a dos mendigos, foi Deus no sistema que ele habitava, você sofrer é ter feito Deus sofrer, te faz um problema, não que você iria pagar algo por isso, mas no exemplo de se masturbar é muito inocente do ser humano achar errado, e é antiquado pensar assim, com vergonha. Ensine seus filhos dentro de humanas, dentro da psicologia por exemplo. Se você quer é puro. paulo henrique: Twisted Sister We're Not Gonna Take It
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paulo henrique Faça do seu jeito  39 sem Mil desculpas meu amor, mas tem histórias de amor que só ficam no virtual, um dia eu te explico tudo, parece que eu vou o deus. Compartilhada originalmente por Sthephany Silva - 69 comentários
paulo henrique: Paulo Henrique O Meu Tédio Eu sei que você faz parte da minha vida. paulo henrique: Para seguir em frente. É difícil eu entrar neste ambiente de falar sendo eu sinceramente, mas o que eu quero dizer é que você é você mesmo(a), e se está difícil vai melhorar, se não, você aguenta este tranco. Eu sei que a vida não vai trincando bem loko, mas no fim nós aguentamos estes pesos. Tenta ver em terceira pessoa o seu problema, e sempre que você for fazer uma coisa que você acha que você vai se ferrar. Isso ajuda, seja cauteloso. Seja amigo, perdoe mais, sinta menos tédio, estas coisas melhorão a frequência cardíaca, fazendo sua vida ser mais longa. Pessoas sofredoras costumam morrer do coração, pessoas felizes de câncer, não é regra, é apenas ocasião, mas é dado que pode ajudar você aqui, o mundo vai melhorar saca, acredita em mim. paulo henrique: Edi Rock FT. Seu Jorge That's My Way Se você não fizer a sua parte alguém vai sofrer uma falta. Somos assim na sociedade. Quando alguém sente uma falta, então é porquê muito não fizeram a parte deles.
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paulo henrique Faça do seu jeito  39 sem Sua cabeça é seu guia, você me entreteni. Você é do que a maldade gosta. Compartilhada originalmente por Bruna Caroline Corradini - 1 comentário
paulo henrique: Elaine De Jesus Vitória Do Povo De Deus Esqueça o mundo, lutando pela sua fé. paulo henrique: O que eu falaria hoje. Eu não tenho muito para falar, como se fosse uma entrevista, eu tenho muito para falar se alguém me perguntar, mas tem que ter ambiente de tudo. Quando eu vou em uma festa eu não sou a pessoa mais badalada, na escola eu não era a pessoa mais badalada, só que me destacava por ser uma pessoa complexa, as pessoas mais feias e podres tem dificuldades de me aceitar, policiais não gostam de fixar do meu lado se uma velha me acusar. Eu vou falar uma coisa sobre policiais que eu pensei agora. Está na hora do brasileiro parar de criticar a polícia como se fossem ladrões pois em São Paulo e o Rio De Janeiro morrem um por dia, u mais. Você conseguiu se colocar no lugar das pessoas da mulher desses policiais, eu falo gírias, pago de malandro, mas se a sociedade não respeitar estes policiais corruptos e que morrem pobres. O policial que é corrupto é um safado mas o que morre com um tiro ou mais é um herói. Cai na real. Para de criticar quem no lugar dele agiria da mesma forma pois a vida desse policiais esta a sorte de a cada dia morrer um, na mão de bandido. Por um salário miserável. Corrupção é errado? claro! Só que eu sei o que os bandido meu truta fariam se o governo não colocar policial na rua, são, foram, meus trutas, mas hoje em dia a vida mudou, eu não ando com eles, e a maioria morreu. Ladrão vendo falta de polícia na rua semearia pânico a grande área contrária. Você não tem noção a maldade do bandido. Você deveria agradecer e ser feliz a polícia corrupta mas que não são cuzão a ponto de não pegar a arma e o distintivo e andar nas ruas. É heróico ser policia no brasil e uma vergonha. Morrendo um por dia, vergonhoso. E os políticos do país são quem perto destes caras? Não é que a polícia pode ser corrupta, mas é uma vergonha a morte estar na sua vida a ponto de ser uma roleta russa. Um por dia... Você morreria pela ordem com salário tão normal? quanto se vale não colocar a vida em risco? Aí ladrão eu sei o seu valor, mas a polícia é a cara do sistema, e o sistema vai ganhando, pois nós cidadão estamos vivos. paulo henrique: Zé Ramalho Batendo Na Porta Do Céu Você queria passar um único dia no papel de um policial? E a vida toda? No brasil a guerra é... Morre mais gente com o crime no brasil, do que em países que estão em guerra civil. Lá o confronto é em lugares isolados dia a dia, igual no brasil.
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paulo henrique Faça do seu jeito  31 de ago de 2017 Apenas amar a si.
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paulo henrique Faça do seu jeito  14 de mar de 2017 Eu só quero que os meus amigos me vejam.
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paulo henrique Faça do seu jeito  14 de mar de 2017
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"Artista e juíza do meu desejo"
paulo henrique: Alesana Kiss me Kill me O rock é amor, mas não fosse deus morreriamos sem consciência. Por temos coisas com o rock, Imagine o que está por vir. Morrer é um problema mas não o seria. paulo henrique: Por ser ligado a minha vida. É hora de dizer tchau. Por quê? Você sabe. Não me deixe meu amor eu não quero ver meu marido morrer. Foi bom ter você comigo. A minha dor de ver você morrendo é tão forte. Vamos conversar o que é preciso. Porquê porquê, porquê deus faz isso com a gente? Eu sei que é difícil, e não sei responder mas está acabando, você sabe. deus está tirando tudo de mim. Eu sei que a sua vida está difícil, mas a minha está acabando, cuida da sua saúde. Tudo bem? Tá. Eu só quero falar que a vida foi sempre assim, sem explicar e muitas das vezes cruel, é só. Adeus, Até lá, adeus. paulo henrique: Scalene Nunca apague a luz. Só deus sabe a dor de um coração.
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paulo henrique Faça do seu jeito 14 de mar de 2017 Se você errar, eu gosto de você aqui. Compartilhada originalmente por Bruna Caroline Corradini - 1 comentário
paulo henrique: Alesana Apology Giga, os deuses me conhecem mas não são iquais eu. paulo henrique: Tudo que você vive. A dor é uma dedicatória da vida, faz muito sucesso por ser vivida, esperando a assinatura da vida a dor mexe com nossa cabeça. Tudo é melhor e mais fácil sem dor, só que fazendo história a vida segue esbanjando sucesso. Esquecendo a dor é melhor você dar a sua dedicatória para a sua vida. paulo henrique: Oasis Go let It out Nós somos parte do espetáculo da vida.
Adicione um comentário... nenhuma marcação com mais um 14 de mar de 2017 Eu ouvia desejo no para meu limite. paulo henrique Público 14 de mar de 2017 O que eu viveria se nascesse ao seu lado. Compartilhada originalmente por Bruna Caroline Corradini - 1 comentário
paulo henrique: Capital Inicial O mundo Por tudo que viram por trás dos bastidores. paulo henrique: Dentro Da terra. Tudo pode ser condicionado para uma nova forma de se ver. A vez de enchergar de outro ângulo é livre. Não quando o corpo está submetido na terra, cada membro, cada pedaço. A pessoa que está soterrada, não tem a chance do movimento, não se locomove normalmente, não tem a facilidade de dizer algo sobre deus, sobre o rock. Quando a música alucinar você almente o volume do Phone no último e diga eu estou soterrado, e já posso morrer aqui. paulo henrique: One Ok Rock The answer is near hello hello Quantos motivos você tem pra continuar?
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paulo henrique Faça do seu jeito 14 de mar de 2017 Eu sei o que você mais está em mim,  que sou eu. Alguém pode te tocar, porém, eu posso te fantasiar.
plus.google.com paulo henrique: A vida tem o dia. Com este momento somado, a dor do ferro é a arte no estande, ser a face do dia é para os escravos do brasil. Eleição emitida anúncio para o dia, a melhor dor é aquela que delíra, seção a que vale. paulo henrique: A sua vez de me criticar em algo. paulo henrique: O tempo passa. Uma certeza que fica é que nós envelhecemos. Na naturalidade do estado passado pelo tempo, as várias formas de receber maturidade pela vida grajeada, por cada ato de um dia, por cada passo no chão, cada movimento dos dedos. A forma de receber o benefício do alimento alcançado , o ganho do poeta, cada dia de musculatura em pé, cada piscar sem perceber, com ou não ancioso. A sua vez ela é o ganho da ave no céu a força de uma pessoa que faz diferença para quem você ama o estar que você nunca valorizou ou entendeu.
Adicione um comentário... uma marcação com mais um 14 de mar de 2017 Aos nossos sonhos. boa noite <3
plus.google.com paulo henrique: Zeca Pagodinho Deixa a vida me levar É só escolher uma coisa que seja tipo pular. Eu prefiro o ridículo. Tem gente que nasceu sabendo mexer. paulo henrique: A minha verdadeira missão. Eu deixo em choque a sua pessoa, eu coloco foco na sua internet, a minha maior verdade é que eu posso te matar, os meus extremos são iguais, tudo que eu faço é colocar inteligência mesmo que artificial no seu dispositivo, a sua vida nunca seria a mesma sem mim. Oi, Eu sou a eletricidade e sei ser assim, você nunca deu o verdadeiro valor a mim que daria. paulo henrique: Kreator Enemy of god Uma outra história para o mundo. Uma certeza para ter serfiusim. Uma menção que o rock seria assim.
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paulo henrique Faça do seu jeito  30 de jan de 2017 Contemplando os deuses a face.
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paulo henrique Faça do seu jeito  5 de jan de 2017 Um sentimento novo para tirar de mim.
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paulo henrique Faça do seu jeito  27 de out de 2016 Ter a sua oportunidade.
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paulo henrique Faça do seu jeito  27 de out de 2016 Força legítima que desorienta.
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paulo henrique Faça do seu jeito  14 de set de 2016 O seu pensamento...
paulo henrique: https://youtu.be/QZD60zZUKk4p paulo henrique: youtube.com - Pensar - YouTube
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paulo henrique Faça do seu jeito  14 de set de 2016 Se eu conhecesse o futuro, eu diria que tem a ver com você. boa noite :*
plus.google.com paulo henrique: All time low Actors Um abraço paulo henrique: Você já se perguntou se: eu sou uma pessoa burra. Vamos codificar o sistema, fazer igual eu fiz com as músicas nas minha sequências. Eu sou burro? Você não é burro, OK. Agora o que te faz querer ser tão inteligente, tão superior. Dinheiro? A vida ela é muito complexa para você querer ser tão complexado. Simplifique. Faça o que você quiser, ou seja, eu já falei tanto que é só continuar assim mesmo. Mudar oque? Já está bom. Nas músicas como eu em tudo, levei a minha personalidade, no jeito banda a banda, sentido a sentido, padrão, agora você acha que eu sou soberbo? Eu me sinto burro na vida! Sabe por quê? eu sei muito o que eu não sei e tenho que aprender, e acho valorizo para o futuro. Você é assim? Vai mudar o que afinal? Você acha que você vai ser a pessoa mais impressionante no seu local de trabalho, e quem é sabe o que afinal? Sabe o que falta você saber, que você é a pessoa mais importante ao seu redor, amar sua família e os que estão ao seu redor. Você querendo ter, e eu querendo que o tempo passe. Diga: eu sou humano e este é meu limite. paulo henrique: Paulo Henrique Chegamos hoje Já é hora de ter paz e pensar melhor si, tenhamos nós com a felicidade.
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paulo henrique Faça do seu jeito  14 de set de 2016
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ninaemsaopaulo · 7 years
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SOBRE ADULTOS SEM LIMITES E CRIANÇAS SENDO CULPABILIZADAS:
Vou contar um segredo para vocês: existe um aplicativo (na real, existem vários) que simula conversas no Whatsapp. Na versão free, você forja uma conversa entre duas pessoas, mas a marca d'água do app aparece. Na versão paga, você forja e parece que é real. Se eu não engano, foi assim que aquele cara fingiu ter dormido com uma moça comprometida que vivia recusando o assédio dele. A moça e o rapaz trabalhavam na mesma empresa. O rapaz forjou as conversas que insinuavam envolvimento entre ambos e tornou-as públicas. A moça foi constrangida em seu ambiente de trabalho, passou por uma crise em seu relacionamento, mas processou o criminoso e ambos entraram em acordo: da mesma forma que ele a prejudicou publicamente, foi obrigado a se desculpar publicamente. Tá o post aqui no Facebook, de prova.
Então, antes de vocês tomarem partido sobre “lado a” ou “lado b” numa discussão, verifiquem a veracidade daquilo ali. Ou as possíveis distorções.
Para quem não está ciente, o assunto dessa tarde de terça-feira é: criança foi na casa de UMA MOÇA, abriu um armário lá, viu um daqueles bonecos colecionáveis e, naturalmente, por ser criança, quis brincar. A dona da casa não permitiu e, em algum momento, pelo que entendi, ela e a mãe da criança brigaram porque “ninguém mexe no que é meu” e “mas meu filho é uma criança, se tem brinquedo, ele vai brincar sim e acabou”.
Então, esse print aí de uma SUPOSTA conversa no Whatsapp de um SUPOSTO homem discutindo com uma SUPOSTA mãe, comparando criança a peido e ditando frases misóginas contra a SUPOSTA mulher, É FAKE. Por que ele se tornou viral? Porque a militância A-DO-RA uma distorção de fatos também. Eu sei porque faço parte. “Veja como homens tratam as mulheres, são misóginos, machistas, não respeitam mães” - isso é verdade. Mas usem exemplos reais, estamos diante deles todos os dias, infelizmente.
Agora, um pouco de “ninguém perguntou, mas”:
1. Independente dos graus de arrogância de ambas as partes adultas da questão, quem não tem culpa nessa história é a criança. Criança vê brinquedo? Quer brincar. Criança vê até o que não é brinquedo e transforma em um. Eu lembro, fui criança até outro dia;
2. Crianças são o reflexo de seus pais, da criação que recebem. Se você ensinar, ela vai entender. Talvez demore um pouco, talvez não (cada uma tem o seu ritmo). Você ensina que a criança não pode pegar um objeto que não é dela, a não ser que tenha pedido permissão. É claro que ela vai se impressionar com algo que é um brinquedo mesmo, talvez ela esqueça das regras que aprendeu recentemente e que, futuramente, ela saberá que compõem a vida, mas daí você relembra. E o fato dela esquecer não significa que seja mal-educada, mal-criada: é criança, está em fase de aprendizagem e você teve várias décadas aí para aprender a ser paciente também. Tem uma frase maravilhosa do Ian McEwan que eu adoro, uma frase que ele disse recentemente e jamais esquecerei: “alguém que não pode tratar bem as crianças está em bancarrota ética”. Eu mesma não confio em quem não sabe lidar com crianças - e saber lidar não significa gostar e querer ter uma, mas sim respeitá-las e tratá-las como elas são: seres humanos em fase de crescimento e construção de si mesmas;
3. CRIANÇA NENHUMA MORRE POR OUVIR UM “NÃO”, a não ser que você negue alimentação, saúde, amparo e outras NECESSIDADES (inclusive, se fizer isso, pode responder judicialmente, viu? Pra você que é pai e deixa de pagar pensão para comprar caixotes de cerveja, é bom lembrar que a única prisão que funciona direitinho nesse país é exatamente quando você deixa de cuidar do seu filho). Eu fui uma criança que berrava no meio da rua quando a minha mãe não comprava os brinquedos que eu via na finada Mesbla. SOBREVIVI, TENHO VINTE E CINCO ANOS, SOU GUERREIRA. Minha mãe também sobreviveu, apesar de tanto constrangimento que ela passou comigo, apesar dela se sentir ainda traumatizada, pois até hoje relembra os meus chiliques. Fui muito mimada;
4. “Ah Nina, mas você não tem filhos, não sabe como é”. Beleza, tá correta, Embora queira ser mãe. não posso falar por quem é, mas o bom senso taí para o alcance de todos os adultos e, numa tentativa hiperprotetora de defender os filhos, tem mãe que perde a razão sim. E lugar de fala não é lugar de “cala-a-boca-eu-vivi-isso-eu-sei-como-funciona-só-eu-posso-falar”;
5. E já que algumas mães se acham as inteligentonas que sabem de toda a verdade universal e absoluta, é desnecessário que eu liste as consequências de uma criação a base de excesso de mimos, né? Pesquisem sobre as criOnças de 30 anos, parasitas que vivem com os pais e por eles são sustentados. Infelizmente, conheço MUITOS que são assim há anos e, no momento, usam o desemprego como desculpa, com pai e mãe ou avó bancando os rolês, nunca tiveram quem assinasse a carteira, não acordam cedo para a labuta e têm vergonha de colocar um currículo na lojinha do bairro, mas batem ponto no Outback com dinheiro que não é deles;
6. Nem toda pessoa com mais de dezoito anos que coleciona “bonecos de criança” possui uma patologia mental. Nem todas as mães são médicas, ou seja, não é toda mãe que pode assim diagnosticar uma pessoa através de uma informação aleatória. Tá bem feio pra vocês, viu?
A única conclusão que tiro dessa tour é: infelizmente, nesse caso, errada é a mãe achando que tem suprema razão e que não impõe limites ao filho, ensinando que ele precisa pedir autorização de um adulto para manipular algo que não é dele. E, dizendo isso, não tô demonizando todas as mães da face da Terra, eu tô falando de uma situação específica.
A gente podia tá se pegando pra povoar a Terra de herdeiros bem-educados nessa tarde de terça-feira, mas olha o que vocês estão discutindo. Vocês é que não colaboram.
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Capítulo 19
AAAAAA, penúltimo capítulo da história. Dá pra acreditar? </3 Muito muito muito muito obrigada pelos 2k, galera! Essas coisas só me deixam ainda mais triste de pensar que "Posso usar uma metáfora?" tá chegando no fim. Espero que gostem desse capítulo e o aproveitem demais, porque sexta-feira sai o último capítulo da história </33
Uma coisa que eu gostava em nosso colégio era o fato de que, na última quinta-feira do mês, éramos liberados para deixar a escola na hora do almoço. Avedis, Alex, Shelby e eu almoçamos como relâmpagos no refeitório naquele dia e nos esprememos no velho e ruidoso fusca do garoto.
É hoje, pensei confiante. Se tudo desse certo, eu veria o meu irmão.
"Olhem." Disse Alex, do banco de passageiro, apontando para a janela à sua direita. "Parece que estão indo para o mesmo lugar."
É. Parecia. Mais de vinte garotos caminhando em direção ao hospital psiquiátrico. Foi impossível evitar um meio sorriso.
“Ah meu Deus, sua safada!” 
Shelby gritou de repente, sobressaltando todos no veículo. Avedis resmungou um ‘Não grite na droga do carro’, mas ela desconsiderou suas palavras e falou ainda mais alto. 
“A lista! Quando disse festa, estava falando sério!”
“Eu não estava falando sério. Foi uma metáfora. Mas, sim, estão todos indo para a minha festa metafórica.”
“Parecem insetos.” Avedis torceu o nariz, e sua expressão se tornou amarga diante do volante.
“Francamente, como você pode atrair tantos garotos normais e eu só consigo caras como Noah?”
Me perguntou Shelby, olhando para a minha janela. Da calçada, visualizamos W, que acenou animadamente para mim. Sorri, e acenei de volta.
“Não é verdade.” Respondi, quando ultrapassamos todo o alfabeto.
“Aposto que o Avedis acha você atraente.”
“Você não faz ideia.” Alex riu. “Às vezes, quando ele está vestindo as calças, ele murmura o seu nome sem querer. É hilário.”
Se a pele de Avedis não fosse tão escura, ele ficaria vermelho como um pimentão. Tentei me segurar levando a mão a boca, mas Alex se virou para mim e gargalhei como uma psicopata.
“Por favor.” Implorou Shelby, corada. “Alguém dê um tiro na minha cabeça, ou eu me jogo desse carro.”
“Não seja boba. Se fosse verdade, você não teria uma cabeça na qual levar um tiro.”
“Graças a Deus.”
“Ali.” Disse eu, apontando para o prédio “Chegamos.”
Saltei do carro e abri um sorriso imenso ao ver Russ na entrada. Ele esticou os braços em seu elegante uniforme de segurança e o abracei. Ele não estava bem. Mas iria ficar.
"Está pronto para o show?" Pisquei para ele com o olho esquerdo, e ele revirou os olhos.
"Como foi sua noite?" Perguntou.
Meu sorriso morreu e se transformou em uma careta.
"Ele acordou a noite inteira. Aos berros. Às vezes, chorando. Os remédios não estão funcionando. Na verdade, eu sequer deixei que ele os usasse."
Foi simplesmente terrível. Nada acalmava Iraque. Estranhamente, seu pai foi quem se saiu melhor. Mesmo assim, era preciso esperar que ele acalmasse a si mesmo, mas estava bêbado e em um péssimo período de auto-estima.
Russ franziu o cenho.
"E você? Quando dormimos no terraço, ele falou que não teve sonho algum. E não foi por minha causa."
Ele disse aquilo? Encolhi os ombros, sentindo um estranho vazio no peito.
"Não sou o bastante."
O segurança me encarou, mas não houve tempo de responder.
"Hum, Allie?" Interrompeu Shelby me cutucando com o dedo.
Me voltei para meus amigos, percebendo que estávamos aos sussurros.
"Desculpem. Vocês conhecem o Russ." Balbuciei, aturdida.
"É, conhecemos" Disse Shelby, cruzando os braços. "Você tem certeza de que não é bissexual, não é? Tipo, você nunca ficaria com uma menina?"
"Pergunte para ela." Arregalei os olhos quando ele apontou para mim.
"Russell! Você estava bêbado, não devia se lembrar daquilo!"
Ele só fez rir, enquanto Shelby me enchia de perguntas desconfiadas. Acabei rindo também. Neste momento, Lucas apareceu. Ele fez uma continência e, antes que se aproximasse, todo o resto do abecedário surgiu como um enorme time de futebol. Uma torcida, talvez. E me senti orgulhosa de meu plano.
Fiquei surpresa. S estava ali. Ele sorriu timidamente e, com relutância e as as faces vermelhas, caminhou até mim e me pediu desculpas por ter tentado me beijar e agido com um idiota completo.
Avedis convidou o time de basquete. Alex, o clube do livro. Samantha trouxe todo o grupo de amigos dela e de Caribe. Lucas trouxe um cartaz dessa vez.
“O que é isso?” Eu perguntei, apontando para um monte de formas irregulares no centro, logo abaixo da palavras ‘Nós adoramos você’.
“São as ilhas do Caribe.” Respondeu o belo K.
“Oh.” Ri, e mostrei um círculo pequeno na extremidade direita. “E isso aqui? É o seu umbigo?”
“Na verdade, é o seu umbigo.”
“Você nunca o viu!” Exclamei.
“Você nunca me mostrou.” Replicou, avançando e fazendo cócegas na minha barriga.
“Pare com isso. Seu palhaço” Falei, ao cessar as gargalhadas para respirar.
Cumprimentei cada uma das pessoas ali presentes, o que me deixou ainda mais acabada do que eu já estava. Mas ainda havia muito a se fazer.
“Você não espera que eu abra para você, não é?”
“Apenas espere, meu caro Russell. Eu prometi um show, não prometi?”
“Na verdade, estou assustado. Sabe que fazer strip-tease não vai funcionar comigo, não é?”
Revirei os olhos, ajeitando sua gravata torta.
“Cale a boca.” Eu disse, dando dois tapinhas em seu peito. “E se eu convidar o Mr. Sam? Funciona?”
Russ me mostrou seu dedo do meio e eu ri, usando seu ombro como apoio para subir no muro baixo de pedra.
“Ok. Por favor, escutem.” Eu disse sobre o muro, mas a conversa era alta e ninguém pareceu ouvir.
De repente, um assovio capaz de perfurar meus tímpanos se eu estivesse centímetros mais perto de Lucas deixou seus lábios, tocados pelo polegar e o indicador.
“Obrigada, Lucas. Certo. Prestem atenção. Obrigada a todos por virem. Nós vamos entrar daqui a pouco e, com sorte, como sabem, eu vou poder ver o Caribe.” As pessoas bateram palmas e gritaram sorrindo, e aquilo aumentou ainda mais minha autoconfiança. “Agora já deve ser meio dia e meia. Russell?”
“Meio dia e trinta e quatro.” Ele disse, checando o relógio de pulso.
“Perfeito. Fiquem prontos.”
Saltei de volta ao chão a tempo de ver o carro reluzente por entre as cabeças de minha pequena e particular multidão. Sorri comigo mesma. Era a hora. Ruidosamente, o veículo estacionou rente ao meio-fio, mas o motorista não desceu imediatamente. É claro que estava confuso. Quando abriu a porta, quase acertando as costelas de J, todas as trinta pessoas se dividiram ao meio como se estivéssemos em uma reprodução bíblica moderno-adolescente de Moisés atravessando o mar vermelho.
Pedi licença para alcançar o Dr. Thomas, cujo rosto assumia um tom perigosamente vermelho.
“O que está havendo aqui?”
“Olá, Dr. Thomas.” Abri meu melhor sorriso, sem retribuição.
“Srta. Velibor, devo afirmar que esta é uma área de circulação médica!”
“Uma área de circulação médica pública. Nós podemos estar aqui tanto quanto o senhor.” Seus olhos se cerraram levemente, enquanto eu me esforçava para parecer inocente.
“Por favor. Não me faça ter de tirá-los daqui.”
“Nós poderíamos entrar, se preferir, e esvaziar a área de circulação médica.”
O homem respirou fundo, ajeitando o cabelo escuro e tentando não perder a compostura. Era uma boa pessoa, afinal. Eu acho. Mas isso não vinha ao caso.
“Você não tem permissão para entrar, exceto nas segundas, quartas nas sextas-feiras, para o GAP. Fidel, Russell e você sabem disso.”
“Eu não preciso entrar. Eu tenho quarenta amigos capazes de lotar a emergência e transformar a recepção em caos. Ou, eu posso simplesmente entrar sozinha. A escolha é sua.
Não podia imaginar Dr. Thomas deixando isso acontecer por puro orgulho. Eu ganhara. Dr. Thomas suspirou, vencido, e fez um sinal para Russ abrir o portão.
Corri em sua direção.
“Allie.” Alguém chamou, e parei antes de atravessar a entrada. Shelby. “E quanto a nós?”
Sorri para ela e para todos os outros que fizeram daquilo possível.
“O que estão esperando?” Sinalizei com a mão para me seguirem.
Enquanto Dr. Thomas protestava e todos se espremiam atrás de mim, me virei para Russ.
“Onde encontro o Iraque?”
“Você é louca. Não acredito que funcionou.” Meu sorriso cresceu. “Quarto 120.”
“Obrigada.”
E, dizendo isso, adentrei o hospital sabendo pela primeira vez exatamente o que eu queria.
“Starla.” Eu disse, ao me aproximar rapidamente da secretária que enrolava a ponta do cabelo no dedo por trás do balcão, flertando com um enfermeiro atraente. Seus olhos se desviaram para mim. E depois para meus amigos.
“Australia.” Respondeu, sorrindo nervosamente. “Não esperava ver você aqui.”
“Eu vim ver o meu irmão.” Declarei. Ela aumentou o sorriso, como se sentisse pena da minha ingenuidade.
“Se não me engano, ainda faltam cinco dias, não é?”
Quatro, eu quis responder. Mas não o fiz. Sorri para ela também.
“Bem, se você colaborar, são apenas dez minutos.”
Seu sorriso meio que morreu. Por entre todo o pessoal que nos fitava ansiosamente, Dr. Thomas se destacou em seus dois metros de altura. Ele deu de ombros. A garota deixou de lado o enfermeiro e passou a encarar o monitor em sua frente.
Tropecei em direção a Alex, e agarrei seus ombros, a posicionando exatamente no local onde eu estivera há segundos.
“Fique aqui.”
“Onde você vai?”
“Vou buscar o meu namorado fumante.”
Apertei o botão do quinto andar freneticamente ao entrar no elevador.
Segui em frente, temendo estar indo pelo lugar errado. Eram todos iguais. Igualmente brancos, igualmente mudos.
Estava preocupada com ele. Com a cabeça dele. Com o coração dele. Às vezes, me irritava. Era tão profundo. Deixava as pessoas para cima, mas só se arrastava para o fundo.
Então, virei uma esquina e não precisei fazer mais nada. Iraque estava a algumas portas de distância, andando em minha direção. Quando me viu, parou. Ele não parecia nem um pouco surpreso por eu estar ali. Ele sabia que eu conseguiria. Sempre soube. Acreditava em mim muito mais do que eu.
Seu rosto estava mais pálido que o normal. Franzi o cenho. Percebendo minha preocupação, ele ergueu o polegar. Mas não estava bem.
Caminhei rapidamente, sorrindo, ansiosa para contar que eu o veria. Veria o meu irmão. Infelizmente, minha pressa rendeu em espanto, em um encontro doloroso de ombros com alguém que andava no sentido oposto, saindo do 115. Pisquei, atordoada.
Abri a boca para pedir desculpa. Mas não pedi. Meus lábios permaneceram abertos, mas as palavras pareceram sugadas de minha garganta de forma pungente. Como se torturassem meu esôfago.
Como. Se. Elas. Torturassem. O. Meu. Esôfago.
Iraque se teletransportou para o meu lado. Ou ele surgira ali andando? E ela? Surgira em minha frente andando, ou como mágica? Minhas vistas embaçaram por um instante. Era um sonho. Era um pesadelo.
“Mãe?” Consegui proferir.
Ali estava ela, olhando para mim como se trinta dias fossem apenas trinta minutos. Ela sorriu. Ela ousou sorrir.
“Allie, querida!” Exclamou, abrindo os braços gradualmente como se tentasse decidir se me abraçava, ou não. Ela não me abraçou. “O que está fazendo aqui?”
“O que você está fazendo aqui?”
"Querida, eu..."
"Você sumiu por trinta dias!" Eu gritei. "Você foi embora de casa!"
"Ali, por favor. Não vamos discutir isso aqui."
Minha mãe segurou meu pulso e começou a me puxar.
"Não encosta em mim." A empurrei para longe.
"Ali!"
"A culpa disso tudo é sua!"
"A culpa não é minha! Ali, você é a irmã dele. Você deveria apoiá-lo."
"Eu o apoiei." Vociferei.
"Você não o apoiou. Você o levou a uma festa porque era conveniente para você e o deixou sozinho para beijar um garoto. Você só pensou em si mesma."
"Eu não acredito que você está dizendo." Soltei uma risada psicótica. "Você foi a única que fez merda sem se importar com a nossa família. E agora você está aqui. Por quê?"
"Eu estou aqui para ver o meu filho."
"Você não pode vê-lo. Como isso poderia ser medicamente construtivo?"
"Como assim?"
"Se a minha presença não é saudável para o Caribe, a sua também não é."
Um brilho cruel atravessou seus olhos.
"Então foi isso que você pensou." Ela disse. "Pensou que os médicos não achavam adequado que você visse o Caribe."
"Foi o que o Dr. Thomas disse."
"Ali." Alguém sussurrou no meu ouvido. A princípio, não reconheci a voz de Iraque, porque ele nunca me chamou desse jeito antes. "Vamos embora. Não vale a pena."
Empurrei ele para longe de mim, ferida pelas suas palavras. Pensei que ele estivesse do lado dela.
"O Dr. Thomas mentiu." Minha mãe continuou. "Caribe pediu que você fosse afastada. Ele é que não queria ver você. Ele não a quer por perto."
Cambaleei para trás.
"Isso não é verdade." Tropecei um pé no outro.
"Ele acabou de me dizer. Talvez a sua presença fosse deixá-lo desconfortável, sabe. Mas você só pensa em si mesma."
"Para."
Minha visão ficou turva a medida que respirar ficava cada vez mais difícil. Talvez fosse mais fácil ouvir isso se não estivesse vindo dela.
"Querida, eu sinto muito mesmo. Vamos para casa, está bem?"
"Para casa?" Falei por entre os dentes trincados, piscando para afastar as lágrimas. "Aquela não é mais a sua casa, mãe."
"Não fale desse jeito comigo."
Esfreguei os olhos, sentindo o corpo inteiro pesado.
"Por favor, vai embora. Você não pode ir e voltar quando quiser. Você não pode pisar em todo mundo. Por favor, vai embora."
"Ali..."
"Mãe, vai embora!" Eu berrei tão alto que até Iraque se assustou. "Deixa a gente em paz!"
"O que você pensa que está fazendo?" Fidel apareceu em minha frente. "Você não pode gritar desse jeito aqui. Por favor, saia do prédio."
"Fidel, não!"
"Desculpa, Ali, mas se não sair, terei que chamar a segurança."
"Por que você sempre estraga tudo?" Gritei para ela segundos antes de Iraque começar a me puxar. "Para. Me solta!"
"Fica calma." Iraque pediu. Como eu não fiquei, ele precisou me arrastar até o elevador.
"Por favor, não faz isso!" Choraminguei enquanto as portas metálicas se fechavam e meu irmão voltava a ficar inalcançável.
"Você precisa ir embora."
"É a minha única chance." Quando elas voltaram a se abrir, empurrei Iraque, suas mãos me sufocando. "Eu te odeio!"
Foi a última coisa que eu disse antes de atravessar o meu enorme time de futebol, passar por Russ sem olhar para ele e entrar no jipe. Uma chuva que veio do nada violentava o vidro do carro e a dor era insuportável.
Dirigi até em casa como uma maluca, ultrapassando placas de ‘Pare’ e sinais vermelhos, quase me matando no processo. Entrei em casa batendo as portas e larguei as chaves no sofá, analisando a sala. Meus olhos foram para o piano. O estúpido piano.
Toquei a primeira nota com força. E então, a segunda, a terceira, mas na quarta meus dedos escorregaram para o dó sustenido.
“Droga.”
Eu não estava apenas tentando quebrar o nosso piano. Eu estava falando sozinha. Era oficial: eu era louca.
Ri comigo mesma, uma risada afetada, apertando várias teclas de uma vez. Novamente, tentei até o anoitecer. Comi um biscoito murcho que meu pai deixara por ali, mas sequer sentia fome. Às vezes, chegava a trocar de mão, mas então elas se embolavam e eu errava de novo.
Tudo parecia dar errado.
Em algum de meus momentos de fúria, a chave girou na fechadura da porta da frente.
“Vá com calma.” Disse o meu pai, rindo da minha raiva. Por que ele estava rindo? "O piano deve ter ofendido você.”
“Ah, não foi o piano.” Retruquei. “É essa música idiota.”
Ele deixou o casaco junto das chaves de meu jipe descontrolado. Olhei para trás furtivamente enquanto ele caminhava até o banco onde eu estava sentada. O céu estava coberto por nuvens negras e, apesar de ser claramente tarde, não se via estrela alguma.
Maravilha. Mais chuva.
Papai pegou uma das três páginas de partitura e fitou a minha parte com as sobrancelhas unidas na testa, como ele fazia.
“É a parte mais difícil.” Me senti levemente ofendida.
“Então por que deu ela para mim?”
“Ah, isso foi porque eu odeio você. Eu gosto de ver você sofrer. Passo a noite pensando em diferentes formas de torturá-la.” Ele estava brincando comigo. Estava em seus olhos. Mas era o que eu havia pensado durante todos aqueles dias, não é? Suspirei. “Comece de novo. Devagar.”
Ergui a mão com calma. Não havia como esconder meus dedos trêmulos. Toquei a primeira nota, torcendo o nariz diante do som, mas continuei. A respiração no ritmo incerto da música. Foi como a morte. Acabou de repente, e eu havia ido até o final, mas não pareceu correto. Não deveria ser assim. Deveria ser um céu que escurecia, e a gente nem percebe que é o fim.
“Desculpa.” Murmurei.
“É a parte mais bonita. Faz os ouvintes arregalarem os olhos e os que não podem enxergar perguntarem se é uma gravação ou se você está tocando de verdade. Pensei que você seria capaz de fazer. E eu acertei. É assim a vida, não é? Ninguém é obrigado a fazer o impossível.”
Sorri com cautela. Ele estava citando um provérbio.
“Ad impossibilia nemo tenetur.” (Ninguém é obrigado a fazer o impossível.)
Balancei a cabeça e olhei para ele.
“Não é justo. A droga acontece e a gente acha que aprendeu a lição, mas só aprendeu o primeiro passo. A vida te dá um tiro pra te ensinar a dar tapas.”
Papai assentiu e fechou a tampa do piano demoradamente. Ele me conhecia bem demais.
“Vocês duas se viram no hospital.” Afirmou.
“Ela estava dizendo a verdade, não estava?” Eu perguntei, a voz soando como o choramingo desalentado de uma criança. “O Caribe não quer me ver.”
“Ele não estava pronto. Ele estava envergonhado, derrotado. Não o culpe. Você tem que deixar tudo isso ir. Filtre as coisas ruins. Não pode deixar sua mãe te agarrar ao passado, ou Caribe te agarrar ao hospital, porque ele vai voltar em pouquíssimo tempo.”
Meu estômago se embrulhou em uma faísca de traição.
“Vocês dois têm se falado? Você e a mamãe?”
“Ela vem buscar coisas esquecidas quando você vai pra escola. O resto delas.”
“Como assim?”
Meu coração parou. Era isso mesmo? Ela não voltaria? Voltou, mas não voltaria? Meu pai segurou a minha mão, como se faz quando se dá uma notícia ruim a alguém. É o momento em que você quer pegar uma injeção e anestesiar seus sentimentos, porque sabe que vão ser cutucados em breve.
“Allie, na noite em que sua mãe foi embora, nós havíamos concordado em nos divorciar.”
"Nós? Não existe nós nisso, pai. É o significado da palavra divórcio. O nós passa a ser você e eu. Você e ela. Não nós. Não vocês. Quem pediu o divórcio?”
“Eu pedi.”
“Então, por que ela foi embora e não você? Por que ela ficou louca e levou tudo sem se despedir?”
Ele deu de ombros, como se fosse óbvio.
“Porque ela me ama. E eu a amo. Do nosso jeito.”
Ergui uma sobrancelha.
“Esse é o diagnóstico? Ela foi enlouquecida pelo amor?”
“Querida, você ama o Caribe. Se ele decidisse que não quer mais ser seu irmão, você ficaria arrasada.”
“Não faz sentido.”
“Acho que não. O amor não faz sentido.” Papai olhou para cima, e riu. Riu como se lembrasse de algo bom. “Não faz o menor sentido. Quando se ama, o ‘nunca mais’ vira ‘para sempre’, o nada vira tudo e o resto vira nada, briga mas perdoa, machuca mas cicatriza.”
Cobri o rosto com as mãos.
"Hoje foi horrível, pai. Eu cheguei tão perto."
"A sua mãe me contou."
"Eu duvido que tenha contado a história inteira."
"Eu também duvido. Ela começou a chorar no telefone e dizer que você brigou com ela e que o seu namorado teve que tirar você do hospital à força."
Eu me mexi, desconfortável. Passei os dedos pelo cabelo. Pisquei rapidamente. Era difícil ficar quieta. Havia fogo queimando em minha cabeça.
"Não foi assim. E Iraque não é meu namorado."
"Então o garoto da praia tem nome." Dirigi a ele um sorriso rápido. "Você parece gostar dele."
"Eu gosto." Sussurrei. Era estranho dizer isso em voz alta. Eu sentia coisas tão fortes por Iraque que essa frase soava ridícula, simplória.
Olhei para a janela, pensando em quando ele se cortou. Pensando na sua boca me dizendo coisas horríveis e na sua boca sendo o meu momento feliz.
Eu disse a ele que o odiava. Como eu pude contar uma mentira dessas?
O meu coração batia rapidamente, como se quisesse me dizer algo. Por um momento, tentei identificar em sua frequência sinais de código morse, mas eu não sabia código morse. É o problema do coração. Você não o entende. Você o sente, e isso é só. Meu coração bateu ainda mais forte, mas agora era uma resposta.
Uma resposta às palavras que piscavam, latejavam, explodiam e derretiam em minha mente.
Eu não odiava Iraque. Nem perto disso. Eu o amava.
Como era possível se apaixonar por alguém em tão pouco tempo?
Não era. Era apenas uma ilusão de minha cabeça. Mas era uma ilusão bonita.
Sabe quando você tem um sonho ruim, não um pesadelo, mas um sonho simplesmente ruim no qual você faz coisas totalmente insensatas e opostas ao que você faria se estivesse controlando suas ações? Uma ilusão.
Ilusões são incontroláveis, mas não são reais.
Ruim, só isso. E aí você acorda e suspira, aliviado. Foi só um sonho.
Mas então, olha ao seu redor e vê que está preso em outro sonho ruim. Mas você não irá acordar.
É
simplesmente
horrível.
E de repente era como se eu houvesse dormido por décadas, uma princesa adormecida em um sonho ilusório e assustadoramente perpétuo. Mas então eu acordei e, novamente de repente, eu amava Iraque.
Estou fazendo sentido? Não importa. Meu pai estava certo. Não faz sentido.
"Preciso sair daqui." Falei.
"Eu disse alguma coisa errada?"
"Não, não foi você. Eu que disse. Eu disse a ele que o odeio e eu não odeio. Ah, droga."
Me levantei imediatamente, buscando pela sala o meu casaco. Iria chover de novo, mas onde estava a minha capa? Não precisava dela, tanto faz. Vesti a jaqueta, peguei as chaves do jipe e disparei até a porta.
"Allie." Chamou meu pai, quando eu estava prestes deixar a casa. "Você vai voltar esta noite?"
"Claro."
"Eu faço espaguete em meia hora, mas posso exagerar no molho e demorar uma, se quiser."
Sorri para ele. Sorri de verdade.
"Eu quero. Estarei aqui."
Pisei do lado de fora, e quase escorreguei. Chuva. Praguejei, mas não podia voltar para pegar um casaco ou... as chaves. Droga, eu havia me esquecido das chaves. Não importava. Quero dizer, eu provavelmente tinha tempo. Ele ficaria lá por mais duas semanas.
Mas eu tinha a sensação que, se eu esperasse, o sentimento iria embora.
Então, deixei o carro para lá e corri. Como se não houvesse tempo. Não houvesse duas semanas. Não houvesse amanhã. Não houvesse os próximos cinco minutos.
Eu estava prestes a explodir, o vento frio e os pingos grossos cortando meu rosto e encharcando meu cabelo. Ruivo outra vez.
Eu estava quase chegando. Sorri, e a água molhou minha boca também. Eu estava chegando, sabia que estava chegando quando finalmente vi as luzes diante do jardim gradeado do hospital.
Luzes.
As luzes piscavam em tons de vermelho e azul exatamente como quando Iraque estava sangrando no estacionamento do colégio. Parei para recuperar o fôlego, e me lembrei que não havia luzes por ali. Não daquelas cores.
Meu sorriso se autodestruiu e meu coração parou de bater. A esperança morreu devagar, como uma flor. Se houvesse sido rápido, ao menos, não teria doído tanto.
O desespero se instalou dentro de mim. Era uma ambulância. Mas isso não era grande coisa, certo? Quero dizer, aquilo ali era um hospital. Deviam haver dezenas de ambulâncias.
Eu não sabia por que, calafrios atravessavam o meu corpo. Era somente uma ambulância.
Caminhei lentamente, até que o prédio se tornou completamente visível em seus três andares tão próximos e tão exuberantes acima de mim. Estava com medo, e não queria me aproximar e ver meu irmão na maca que dois homens tiravam com facilidade do veículo. Cobri o rosto com as mãos geladas, deixando apenas os olhos a mostra.
Por um momento, pensei que pudesse ser Caribe. Eu sei que não fazia sentido. Se Caribe passasse mal, não precisaria de uma ambulância. Ele simplesmente seria transportado do quinto andar até o primeiro.
Mas o amor não faz sentido e eu estava apavorada.
Caribe, por favor. Por favor.
Engoli em seco quando o corpo inconsciente foi transportado para a maca. Enfermeiros se apressaram para conectar fios ao seu braço e tubos de oxigênio ao seu nariz. Meus olhos ardiam, e parecia um momento excelente para acabar com meu estoque de lágrimas. Deixar que ele explodisse em algum lugar entre meu coração e minha nona costela, banhasse todos os meus ossos, se apertasse por entre as minhas veias.
Porque quem estava ali, pálido e com os olhos fechados, não era Caribe.
Era Iraque.
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cnsp-blog1 · 7 years
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A história do GP de Namjoon
20 de Dezembro de 2014.
Os pais de Namjoon viajaram!
23:17
Já sabemos que as maiores merdas acontecem quando nossos pais ou responsáveis não estão por perto, só que hoje eu não esperava que a merda fosse ser tão traumatizando assim. Afinal de contas, o que poderia acontecer demais em uma noite reservada para madrugar jogando League of Legends na casa do seu melhor amigo quando os pais dele foram para o sítio?
Ah sim, a resposta é: Ideias brilhantes de Kim Namjoon.
Eu até tentei contar todas as ideias maquiavélicas que Namjoon teve desde que eu o conheço, mas sinceramente assim que consegui contar 22 desisti, porque sabia que estava longe de terminar e esses planos envolviam desde pôr fogo em um círculo na grama e tentar entrar dentro dele até beber leite depois de comer manga.  
E não, não acontece nada se você beber leite depois de comer manga.
Hoje a ideia estava longe de ser extravagante, ainda assim, não significa que não foi ruim. E para entenderem o porquê disso, acho que preciso explicar desde o começo, certo?
Vamos lá.
09:35
Pode parecer absurdo nós — por “nós” me refiro ao Namjoon e eu — estarmos acordados a essa hora em plenas férias de fim de ano, e em um sábado. Contudo, tenho uma explicação bastante razoável para isso: Os pais de Namjoon decidiram fazer churrasco e me buscaram para passar o dia com eles.
Conhecendo os dotes culinários dos pais de Namjoon, é claro que eu não podia recusar, mesmo que isso implicasse em eu acordar às nove da manhã para ir com Namjoon e o pai dele comprar carvão, carne e refrigerante. Eu e Namjoon ainda tiramos proveito disso, já que o pai dele acabou comprando dois milk-shakes para a gente na volta.  
E foi durante a ida para casa de Namjoon que algum conhecido do pai dele acabou ligando e fazendo o convite para ele ir com a mulher e os filhos até um sítio que ficava há umas 2 horas da cidade. Assim que o pai dele desligou o celular ele perguntou se eu não queria ir junto e não deu nem tempo para eu responder já que Namjoon interveio imediatamente dizendo que iria ficar em casa porque odeia ir para o “meio do mato”.
— Então o Yoongi pode dormir lá em casa pai? — E está aí a introdução da ideia fajuta de Namjoon.
— Se vocês prometerem não pôr fogo na casa.
— Claro que não!
Não dessa vez, né, Sr. Namjoon? Porque tempos atrás essa ideia tinha lhe parecido conveniente para testar alguma coisa de física.
— Então é só pedir para sua mãe.
Aquilo significava sim vocês podem passar a noite tomando conta da casa, ou fingindo tomar conta porque provavelmente vão estar ocupados vendo filmes de terror ou quem sabe pornografia e na pior das hipóteses, jogando.
E obviamente quando Namjoon pediu pra mãe dele ela deixou e falou que até seria bom a gente ficar para cuidar da casa. Nayeon também não quis ir para o sítio, mas aproveitou a oportunidade para ir dormir na casa de “uma amiga” que segundo Namjoon se chamava Pietro, tinha um carro importado e uma tatuagem maneira no braço direito.
Como ele descobriu isso? Lendo as conversas dela no Facebook.
Ficou decidido que as três da tarde os pais do Namjoon iriam pegar estrada e só voltariam no dia seguinte às cinco da tarde, Nayeon ia para casa da “amiga” as seis horas da tarde e a partir dali eu e Namjoon estaríamos completamente responsáveis por tudo que acontecesse com a casa e não é como se significasse alguma coisa já que não responderemos pelos nossos atos por ainda não temos mais de 18 anos e muito menos tínhamos dinheiro para bancar prejuízos.
Em um resumo, a estratégia já estava pronta.
Almoçamos aquele típico almoço de família reunida e feliz.
Comi tanto que Nayeon falou que eu estava parecendo uma bexiga de tão estufado, aquilo me deixou sem jeito porque eu estava ao máximo tentando atingir boa forma e não parecer um menino punheteiro em plena puberdade onde só o braço direito tem um pouco de músculo, pelo visto não estava funcionando muito, continuava com aparência de moleque e o Namjoon ainda fez questão de ficar contando minhas espinhas minutos depois.
Auto-estima para que? Só se for para comer ela também.
Depois do almoço eu e o Namjoon ficamos deitados no tapete fofo da sala descansando do almoço onde acabamos dormindo e só fomos acordados porque a mãe de Namjoon falou que era melhor a gente ir pegar roupas para mim. Ela deu carona até minha casa e depois que saímos de lá ela resolveu comprar algumas coisas para levar para o sítio e algumas bobagens para a gente comer enquanto eles estivessem fora.
— A gente podia levar limão para fazer um jogo de desafios e quem perder tem que comer um — Namjoon sugeriu enquanto andávamos pela seção de verduras e comidas frescas.
A mãe dele felizmente ouviu.
— Não vai ficar desperdiçando comida com brincadeira boba não!
Eu estava prestes a concordar.
— E tratem de ir buscar logo o que vocês querem porque eu não vou ficar esperando.
Ela lançou um olhar bravo para mim e Namjoon e, por ironia do destino, uma conhecida dela apareceu, e já sabemos, mães no mercado encontrando conhecidos é o mesmo que aquela aula chata de geometria que não parece acabar nunca, conversa e mais conversa onde você só pode entender coisas vagas como o preço do detergente ter aumentado e sobre como as batatas estão esverdeadas e nada bonitas.
Eu e o Namjoon decidimos que ficar olhando gostosuras na seção de salgadinhos era mais interessante, mesmo não tendo sendo muito proveitoso porque ficávamos com medo de nos perdermos da mãe dele e ela nos esquecer naquele mercado e irmos para o limbo onde moram todos os filhos esquecidos em mercados e lotéricas.
A cada cinco minutos a gente passava na onde ela estava para nos certificarmos de não a perder de vistas.
E bem, pode parecer engraçado, mas eu e o Namjoon mesmo com 15 anos nas costas acabamos indo olhar as prateleiras de brinquedos, não é como se a gente tivesse vontade de comprar algum, só estamos olhando por olhar e ainda fazendo comentários sarcásticos sobre como alguns brinquedos em mãos de crianças maléficas ou bobonas poderiam ser mortais.
Aí decidimos o que iríamos levar de vez para sobreviver à noite e nossas guloseimas se resumiram a dois pacotes de Cookies, pipoca de micro-ondas, Yakult, batata chip e duas barras de chocolate. A mãe dele acabou falando que a gente estava procurando mais espinhas e até mesmo diabetes, porém, pagou tudo.
Na casa de Namjoon, o pai dele já estava preparando a bagagem para o passeio e pediu nossa ajuda para carregar até o porta-malas do carro.
— Daqui uns dias já estão com força para levantar um galão d’agua — o pai dele riu, a gente não porque não era engraçado e já conseguimos levantar um.
— Não enche, pai. — Namjoon não era muito simpático.
— Ah qual é, vai dizer que...
— Pai, só para, bom passeio para vocês, eu já estou indo para o meu quarto antes que vocês inventem de pedir minha ajuda para mais alguma coisa.
Namjoon deixou o pai dele e eu sozinhos na garagem, e nós ficamos nos encarando sem reação porque aquilo tinha sido absurdamente bizarro ao mesmo tempo que era só mais uma das faces do mal-humorado.
— Acho que é isso também... — Decidi falar por fim — Bom passeio senhor Kim.
— Obrigado Yoongi, uma boa madrugada para vocês dois e tenta pôr ordem porque sei que o Namjoon é terrível.
— Pode deixar. — Uma mentira.
Eu deveria ter levado ele a sério, deveria ter tentado por juízo, mas fui imbecil.
22:10
— O que aconteceu? — Eu tava chocado. A tela da televisão na qual estávamos jogando videogame ficou azul, e minha cara também.
— Acho que a internet caiu.
— Puta merda! — O olhei com raiva — Deixa de ser cara de pau, Namjoon, eu sei que foi você que soltou o cabo sem eu ver, só porque eu tava tirando a melhor.
— Deixa de ser ridículo, o cabo fica atrás da televisão. — Namjoon se levantou e foi checar o modem. — E mesmo assim eu teria ganhado de você.
Ficamos vinte minutos reiniciando o modem e o videogame na expectativa de que a internet voltasse. Pura ilusão. Acabou que tivemos que recorrer a um negócio chamado TV a cabo. Fazia muito tempo que eu não assistia televisão, se não para ver Netflix e coisa assim.
— A programação tá tão ruim quanto o seu cheiro. — Reclamei, passando de canal em canal.
— Mas eu tomei banho ontem.
— Ontem?
Acabou que deixamos na HBO, onde passava um documentário sobre cosmos e coisa do tipo. Resolvemos fazer a pipoca e tomar alguns Yakults. O bom de não ter uma mãe em casa é que você pode tomar mais do que um Yakult sem alguém brigar com você. O documentário acabou prendendo nossa atenção, nele a gente entendeu um pouco sobre o processo de formação de estrelas e sistemas planetários. E esse foi o estopim para eu e o Namjoon começarmos a filosofar sobre os mistérios do universo.
Aí o documentário se encerrou, e foram mais uns bons minutos de vários nadas até Namjoon tocar o terror com a pior ideia daquele ano.
— Bora beber umas?
— Quê?
— Vamos tomar uma das garrafas de cerveja do meu pai.
Por um instante, algo sobre o pai de Namjoon falando sobre ordem passou na minha cabeça e desapareceu na mesma velocidade.
— Seus pais deixam?
— Ah , por favor, né, Yoongi — Ele riu como se qualquer um fosse capaz de entender algo óbvio — Eles não me deixam ver pornografia e ainda assim eu vejo, uma garrafa de cerveja a mais na lista de coisas que eles me proibem de fazer não vai matar ninguém.
Comecei a pensar nos contras e nos prós de aceitar beber com Namjoon. Estávamos sozinhos em casa, e o pai dele tinha quase uma coleção de bebidas, não iria sentir falta de algumas. Resolvi agir como um adulto, e tomar a decisão certa.
— Ok, pega lá.
Namjoon me olhou um olhar daqueles que uma criança faz antes de riscar o banco do carro ou empurrar o vaso pro chão.
Senti uma adrenalina subir meu corpo até lembrar que eu não gosto de cerveja. Mas, qual é, eu tinha 15 anos, e os moleques da minha escola viviam saindo e bebendo, não deveria ser tão ruim assim. Namjoon foi para a cozinha e voltou com uma garrafa e dois copos, colocou tudo no chão e começou uma luta contra a tampa da garrafa.
— Mas que merda, essas empresas não podiam simplesmente fazer uma tampa que nem a de refrigerante?
Me encostei no sofá e fiquei assistindo aquela cena bizarra, até dar uma de bom amigo e sugerir que ele pegasse o abridor de garrafa.
— Pronto? — Ele disse levantando o copo em minha direção.
— Eu não gosto de cerveja pra falar a verdade — Olhei o líquido no meu copo com nojo.
— Problema seu.
Virei dois copos. O sabor era horrível, parecia que tinha uma jiboia descendo a minha garganta. Coloquei meu copo numa mesinha que tinha do lado do sofá e reparei que o benjamin que ligava a internet estava fora da tomada.
Filho da puta.
Quando fui olhar para Namjoon pronto para xingá-lo de mil formas possíveis, ele tinha sumido.
E foi aí que a merda começou.
Eu havia bebido dois copos, e Namjoon o resto da garrafa. Olhei para o nada e tirei alguns segundos para raciocinar.
1. Namjoon tinha sumido.
2. Namjoon tinha sumido e estava bêbado.
3. Namjoon tinha sumido, estava bêbado e com um grande percentual de chances de fazer merda.
Senti até a minha pressão cair, se esse menino tinha colocado um pé para fora de casa nesses meros segundos em que me distrai eu já conseguia imaginar a polícia, o FBI e a SWAT me esperando lá fora enquanto Namjoon já tinha sido aniquilado.
Engoli seco enquanto eu pensava na pior das possibilidades, aí ouvi um barulho vindo da cozinha.
Já estavam invadindo a casa?
Decidi ir atrás da origem do barulho, e sabem de uma coisa? Eu acho que teria sido melhor se a SWAT tivesse invadido a casa, a Samara do filme O Chamado vindo me buscar, um ladrão, ou na pior das hipóteses minha mãe. Mas nada disso aconteceu, os momentos a seguir foram bizarramente piores e infelizmente, eu nunca vou conseguir esquecer.
Namjoon estava lá cozinha, virado de costas para mim olhando para algo no balcão, então para avisar que eu estava na cozinha, eu tossi. Isso chamou atenção dele e, bem, ele decidiu se virar, e… Meus olhos sangraram.
Motivos que me fizeram querer ser portador de uma doença visual
1. Ele estava segurando uma banana.
2. Ele estava com o zíper aberto.
3. A mangueira dele estava pra fora.
4. Ele estava comparando a mangueira dele com uma banana.
5. Era uma banana da terra, aquelas bem grande, e o pau do Namjoon ridiculamente conseguia ser tão grande quanto.
— Você não acha que os órgãos genitais masculinos são muito parecidos com uma banana,  Yoongi? — Ele perguntou.
Meu estômago embrulhou nessa hora, talvez tenha sido a cerveja, mas eu prefiro acreditar que era eu reagindo ao momento. Tive que correr até o pequeno banheiro que ficava no fim do corredor e colocar para fora. Isso era um perigo, não vomitar, e sim deixar Namjoon sozinho, com o pênis para fora da calça e com uma banana.
E foi como eu disse, ele não estava mais na cozinha e em nenhum outro canto da casa que eu pudesse enxergar, mas a porta dos fundos da casa estava aberta e tinha algum vizinho escutando música no quintal e conversando com mais pessoas.
Fui até os fundos da casa e vi a silhueta de Namjoon, que agora desconhecia o sentido de usar calças e andava só com a blusa em direção aos fundos do vizinho que estava, provavelmente dando um churrasco com os amigos. Ele já estava escalando o pequeno muro com a banana na mão quando eu o agarrei e o derrubei no gramado do quintal da casa dele.
— Vamos pra dentro, você está louco! — Sussurrei tentando não fazer alguém escutar.
— Eu preciso mostrar pro senhor Walter minha nova descoberta…
— O que? Que seu pau parece uma banana? Namjoon, sua mãe vai te matar.
Aquilo parece ter dado efeito em Namjoon porque ele se levantou com o negócio dele visivelmente amostra e foi para dentro da casa com o rosto emburrado.
Me certifiquei de que o vizinho não tinha ouvido nada e muito menos visto, e voltei para dentro tomando cuidado para onde esconder a chave da porta depois de trancar ela. Vai saber do que Namjoon é capaz bêbado.
— Namjoon?
Ele tinha sumido de novo.
Comecei a ficar desesperado de novo e sai procurando ele pela casa. Procurei até na casinha de cachorro abandonada que tinha no fundo do quintal, mas só fui encontra-lo dormindo na banheira da suíte dos pais dele. Detalhe: Ele estava abraçado com a banana.
— Desgraçado, acorda. — Acudi ele. — Você parece um feijão enorme deitado nessa posição, vai foder suas costas.
— Hum. — Ele resmungou sem abrir os olhos.
— Você me obrigou. — Abri a torneira da banheira e ela começou a encher. Namjoon acordou assustado e todo molhado. Nem preciso recitar as coisas que tinha me xingado. — Vai dormir, inferno.
06:45  
Eu até poderia ter acordado essa hora da manhã porque tinha ido dormir cedo, mas não foi este o motivo que me levou a abrir os olhos quando o Sol começava a aparecer e os passarinhos a cantar. O motivo foi Namjoon.
Ele se levantou umas 06:30 quase vomitando em cima de mim, que estava dormindo em um colchão no chão ao lado dele, e correu para o banheiro quase me atropelando e foi colocar pra fora tudo que ele tinha comido nos últimos 10 anos.
Tive que tampar meus ouvidos com o travesseiro a fim de abafar o som de Namjoon vomitando e me dando náusea também, e só tirei o travesseiro de cima da minha cara quando achei que Namjoon já tinha colocado tudo pra fora. Ele continuava lá no banheiro e isso me deixou preocupado.
— Yoongi! — Ele gritou desesperado — Merda!
Eu levantei de corpo mole e lentamente só para ter um pouco de vingança e fui a passos de tartaruga ver o que ele queria.
Ele estava enrolado na toalha e sentado do lado do vaso com uma aparência nada saudável e uma expressão de pânico.
— O que aconteceu?
Dica de como trollar aquele seu amigo que bebeu muito e acordou sem roupa
1. Diga a ele que vocês transaram.
2. Fale que ele fez um show de streap tease na rua.
3. Ou fale que ele enviou nudes para uma pessoa que ele odeia.
   — Você não lembra? — Perguntei fingindo estar chateado.
Isso claramente deixou Namjoon perturbado. Já conseguia imaginar ele pensando em todas as merdas que ele podia ter feito enquanto estava bêbado e que o levou a acordar pelado ou quase isso.
— A gente dormiu… — Eu não menti, apenas ocultei a verdade.
O rosto dele ficou verde e ele se virou para vomitar mais uma vez, tive que sair de lá correndo e abafar minha risada, porque nesse momento eu já estava chorando de tanto rir enquanto Namjoon a uma parede de mim vomitava e se sentia o cara mais idiota do mundo achando que tinha dormido com o melhor amigo.
E claro que ele me viu chorando de rir quando saiu do banheiro e descobriu a mentira, então eu resolvi falar a verdade para ele, o que foi tão ruim quanto a ideia de ter dormido com o melhor amigo pela reação dele.
E bem, posso dizer que essa é a história de como eu vi o Grande Pau do Namjoon.
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pseudonimobeijaflor · 7 years
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Todo mundo é pintura concreta enquanto não passo de um quadro desconexo de Dali, e o outro lado do espelho não só me encara, como cospe na minha face as milhões de insatisfação e falhas que, no fundo, eu sempre soube que estariam aqui. E o mundo é tão errado, que não da coragem de se esforçar nem um pouquinho pra fazer ele dar certo. Porque tudo aparentemente já me condenou ao insucesso. Meu corpo se tornou pequeno demais, e minha alma tem claustrofobia de viver dentro de mim, e eu sei que o fardo de tudo que eu sinto é tão pesado que eu não posso sair flutuando pela janela, achando que vou sobreviver a uma queda de alguns metros. Sinto que tiraram de mim até a opção de desistir, e minha única saída é permanecer imóvel, enquanto observo o mundo todo girar rápido demais, e o único sentimento que me sobra além do vazio, é sentir náuseas. Porque meus olhos não processam o que se passa ao meu redor. Então começam as milhares de perguntas "por que se sente assim?" "O que houve?" "Tá ruim de novo?". E sou incapaz de responder o porquê sou assim. Incapaz de dizer quando vai passar e se vai passar, ao menos sei dizer quando começa – o porquê começa. Talvez seja igual a quando o tempo muda de um segundo para o outro, e a certeza de um dia ensolarado se torna um dia gélido e chuvoso. Só que eu não posso aguardar que o arco-íris apareça logo em seguida. Me torno vulnerável e lembro de quando me senti assim pela primeira vez. Quando quis sumir do mundo – e tentei sumir. e acordei com todos os meus demônios dando tapas em minha cara dizendo que o inferno continuava, que minhas dúvidas ainda iriam me atormentar, e a dor que eu sinto sobre tudo, iria continuar me consumindo. E quando digo "dor sobre tudo" me refiro aos olhares que não cruzam com os meus, aos passos que trocam de calçada quando me veem andando em sua direção. Me refiro a todas as promessas de permanência que se tornaram ausência e levaram embora uma parte do meu coração. Me deixando cheia de remendos que não são suficientes pra me manter em pé. Sempre tive medo do dia em que voltaria escrever textos dizendo que me sinto frágil, porque eu sabia que viria acompanhado do sentimento de impotência. O sentimento que me faz querer ficar deitada o dia todo. Que não me dá fome, nem vontade de respirar. Me coloca no modo automático, até o dia em que eu resolver explodir novamente. E se eu explodir? Quem junta os pedacinhos que sobraram de mim? Talvez, dessa vez, não seja possível me reinventar. Me sinto tão mal por voltar a me sentir como uma guria perdida, que aos 16 usava moletons em todas as estações do ano pra esconder o braço cheio de machucados. Me sinto tão mal por continuar sendo essa alma quebrada de 16 anos presa em uma aglomerado de células sem sentido de 20. Sinto o mundo se desfazendo aos meus pés, e se reconstruindo junto ao amanhecer. Pronto para ruir novamente quando nada além das estrelas e todos os outros astros presentes na imensidão, me observam. Quando eu posso me despir de toda armadura que esconde meus medos e traumas, e deixa trancado à sete chaves o ser humano medíocre e fraco que realmente sou. Quando choro, grito. Quando finalmente sinto. E me destruo. Quando meu orgulho cai por terra e leva tudo junto dele ao chão. E eu passo horas observando o teto. O céu. Criando possíveis saídas pra fugir do tormento que é viver tão perdida dentro de mim. Quando procuro o que restou do verdadeiro eu. Quando lembro que nunca existiu nada além de expectativas sobre quem eu deveria ser. Eu nunca fui ninguém. Só o que me mandaram ser. Sempre me adaptando a todos os climas os quais morei. A todos os tratamentos aos quais me submeti. A todas as dores que, sozinha, venci. Ou a maior parte do tempo imagino ter superado. Eu não sou ninguém além da fraqueza, do cansaço. Me limito aos desejos dos outros, por não querer incomodar. Eu não sou ninguém, e quero sempre ser a pessoa que recebe um abraço. Meu único e maior desejo sempre foi ser um ser humano melhor, e acabei me tornando mais um ser humano confuso. Me afundei num oceano obscuro, e não sei como voltar a superfície para respirar. Mas, pensando bem, talvez eu não precise mais de ar.
Beija-Flor.
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kriok-w · 8 years
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I
"No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz." (Genesis 1)
Eu sempre quis morrer e sempre gostei de dormir por que existir nunca me pareceu agradável. Dormir, de certa forma, se assemelha muito com a minha ideia de morte: silenciadora e prazerosa. Minha língua então estaria muda, meus ouvidos finalmente surdos e minhas artérias já não teriam mais com o que se preocupar: meu cérebro seria desligado assim como as luzes de um salão após uma festa ruim e cansativa.
Meu pai sempre leu a Bíblia e, inclusive, comungava desde ainda quando garoto. Que faltasse biscoito no armário de casa, mas o dízimo indo pra Igreja era de lei. Beata, conservador e homem de Deus em público. Secretamente, um alcoólatra infiel e viciado em nicotina e jogo de máquina. Ao invés de me ajudar com as lições de matemática, me fazia gravar algumas passagens, ainda criança, na marra.
''Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza...", eu recitei, assim que o aprendi.
Uma vírgula errada e eu ganharia um tapa, em nome de Poderoso Criador.
Na catequese, eu nunca contei pra ninguém como que adquiri a habilidade de recitar o Salmo 91 até do avesso.
Apesar de orar assiduamente, acredito que meu pai nunca foi bom em Redação na época da escola. Sempre interpretou muito mal a Bíblia e, talvez, por isso, eu sempre acreditei naquela história do "sono da alma". Dormir seria só uma forma de descrever a morte, porque um corpo morto aparenta estar dormindo enquanto sua alma está no Paraíso ou Hades.
Assim, quando criança, eu me cobria até os ombros, à noite, e ficava mentalmente me fustigando com a ideia de que talvez eu não fosse bom o suficiente para os Céus. Pois, no oposto, provavelmente encontraria meu pai. Então, eu rezava mais.
Assim, a ideia do Sono me confortava. E meu pai, bêbado na maioria dos dias, alimentava ainda mais o meu desejo.
Uma noite aleatória de sexta, eu saí e voltei só pela manhã do sábado. Eu tinha bebido o suficiente pra me sentir enjoado só de ver uma acetona na minha frente e tinha fumado mais maconha que Cheech & Chong juntos. Meus olhos pesavam e provavelmente estavam tão vermelhos que eu devia ter no rosto duas cerejas com sobrancelhas.
Entrei pela sala e o encontrei afundado na poltrona velha, segurando um copo de vinho barato.
"Eu queria que sua mãe tivesse me dado uma filha decente, não um maldito vagabundo desobediente", murmurou, com escárnio.
Bebeu o resto em um gole e empurrou o copo. As lascas de vidro rolaram pelo tapete coberto por uma nata de poeira, cinzas e respingos de vinho.
"Limpe essa sujeira".
Eu me ajoelhei, evitando que ele reparasse nos meus olhos. Recolhi os cacos que consegui encontrar.
E, então, continuou: "Maldita hora que fodi sua mãe sem camisinha".
Eu senti algo dentro de mim congelar.
"Você é um bêbado", eu disse como se cuspisse as palavras.
Ele me deu um tapa.
"Não pense que não sinto de longe o seu cheiro de álcool e fumo, maldito."
Segurou meu rosto, me obrigando à olhá-lo nos olhos.
"Me vejo toda vez que olho pra você. Não pode fugir do seu pai, garoto."
Ele se levantou e foi deitar.
Não pode fugir do seu pai, garoto. Não pode fugir do seu pai, garoto. Não pode fugir do seu pai, garoto.
Aquilo ecoou na minha mente. Encarei como um desafio.
Eu também deitei, só que no tapete. Fiquei encaranto o ventilador e as rachaduras no teto até que senti meu celular vibrando no bolso. Ah, lar doce lar e o wi-fi que conecta automaticamente. Tinha umas cinco mensagens do Jhone Martins logo nas notificações. Haja paciência.
Jhone: GUSTAVO - (08h21)
Jhone: como cheguei em casa?? - (08h21)
Jhone: MEU DEUS - (08h23)
Jhone: pq meu olho ta ficando inchado???? - (08h23)
Jhone: ????????????????? - (08h25)
Senti algo me incomodando nas costelas. Cheguei pro lado. Era a carteira e o maço do meu pai. Abri: cartões e mais cartões, a imagem Jesus Cristo branco e loiro de olhos azuis, dinheiro e uma nota fiscal de alguma compra numa joalheria. Como assim ele andava comprando jóias?
Meu celular vibrou de novo.
Jhone: me responde seu porra - (08h28)
Deixei a carteira de lado e guardei a nota fiscal e uma cédula de vinte. Com Jesus me encarando daquele jeito, não me senti bem pegando uma de cinquenta. Peguei também quatro cigarros do maço.
Eu: mais respeito, moleque - (08h29)
Jhone: foda-se - (08h29)
Eu: pra começar, você disse ter dinheiro pro táxi mesmo a gente tendo combinado diferente - (08h30)
Eu: mas você não tinha dinheiro - (08h30)
Eu: e a gente tomou uma coça do motorista - (08h30)
Jhone: HAHAHHHAHAHA - (08h30)
Jhone: quando isso???????? - (08h30)
Jhone: cade meu dinheiro cara - (08h30)
Jhone: porra eu ainda to chapado - (08h30)
Eu passei a mão pelos cabelos e suspirei.
Eu: espera eu terminar de falar - (08h30)
E então eu tive uma ideia.
Eu: merda - (08h31)
Eu: foda-se - (08h31)
Eu: você tem máquina aí?- (08h31)
Jhone: rude - (08h31)
Eu: te dou exatos onze minutos pra aparecer aqui com o pente de um e fazer as honras - (08h31)
Jhone: HAHAHAHAH será um prazer - (08h31)
Jhone: eu sempre te odiei com esse cabelo bob dylan - (08h31)
Jhone: só deixar a janela aberta, rapunzel - (08h31)
Jhone Martins surgiu na janela e praticamente voou pra dentro do meu quarto. Com ele, surgiu um cheiro forte de erva. Típico.
"Você demorou..." eu olhei no relógio antes de continuar. "Dezessete minutos. Muito além do prazo, sendo que você mora na rua de cima".
"Que apaixonado!" ele debochou. "Sentiu minha falta, baby?".
O ignorei.
"Seu olho tá horrível", o ofendi antes de ir para o banheiro.
Jhone veio atrás de mim com a máquina na mão, desembolando o fio. Ele se olhou no espelho, tocando o olho inchado e roxo.
"Isso que dá inventar de pegar táxi sem ter dinheiro pra corrida" eu disse, rindo.
Ele fingiu me ignorar e perguntou, puto:
"Por acaso tem gelo nessa porra de casa?".
"Porta de cima. No freezer".
Ele me entregou a máquina nas mãos como se entregasse uma espada chinesa de honra.
"Quando eu voltar eu quero te ver sem esse ninho de passarinhos em cima da cabeça".
Eu balancei a cabeça. Ele se virou e saiu. Foi mancando até a cozinha.
"Esses taxistas de hoje... Brigam melhor que o Mike Tyson" Jhone murmurou.
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ricofog23 · 3 years
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- Sabe, depois do que falamos daquela vez, sobre você ter dito, do trono, enfim, reino, ter sido roubado por meu pai.
- Silas, me perdoe, nunca quis magoa-lo.
- Assuma o trono, é o certo.
- Silas. Reginaldo vê aquilo com certo espanto mais não intervém, logo com ajuda de Monique ascente em concordo.
25072019.............
16
O QUE SERIA DAS ESTÓRIAS, SEM UM FIM?
Margot assume o trono tendo Silas como primeiro ministro, Afonso é o chefe do exército, Reginaldo o gerente de linha férrea.
Lúcia se muda com seu esposo para o reino dele, porém possui terras e grandes propriedades em seu reino.
Silas vai se aproximando de Afonso aos poucos com auxílio deste, logo se tornam amigos, mais sempre tendo uma certa distância deste.
As minas de ferro são reativadas e torna-se mais um ganho em lucros para o reino que se transforma no terceiro em riquezas, pela estrada de aço, além de trabalhadores, mantimentos e materiais orieundos das minas, também é usado nos dias de folga para turismo, vindo pessoas de todo canto para passeios.
O reino Azul, já quase refeito, agora recebe toda estrutura militar, bélica.
Reginaldo se casa com Monique, Láis e Káfia já estão sendo cortejadas por grandes fornecedores de reinos prósperos, sendo ás portas de seus casórios, Silas compra terras em uma vila do Norte, ali é construído um casarão onde ele mantém nas terras, plantações e criações de ovinos, ele se casa já perto de seus 26 anos.
Esmeralda consegue o direito de visitar Duquel 2 vezes ao ciclo de 40 dias.
Duquel não demonstra qualquer arrependimento.
- Por favor Duquel, deixe todo esse ódio de lado.
- Ficar aqui só me faz querer uma coisa.
- Vingança.
- Lógico, vou me vingar de todos.
Com forte dor, Esmeralda desfere um golpe mágico na bruxa, Duquel cai aos gritos, a rainha dos magos vem até elas, guardas chegam junto.
- Podem deixar, deixe a magia de uma feitiçeira ajir com a bruxa.
- Mais rainha.
- Esse poder tem algo que nenhum de nós pode construir.
- O quê rainha?
- Um amor sem paréo. A rainha responde aos soldados e assim deixam a cela, Duquel adormece diante ao forte impacto de Esmeralda para com ela, Esmeralda recebe as chaves que a rainha lhe dera, agora tendo Duquel em seus braços, Esmeralda realiza fortissimos ritos e a bruxa tem energia sendo expulsas pelos seus poros.
26072019..........
Duquel continua a dormir, Esmeralda sai dali junto da rainha que a guia até sua sala, lá ela mostra para a feitiçeira seus planos futuros.
- Então vai trazer outros condenados?
- Sim, novas celas estão sendo feitas, porém em menor grau de bloqueio e sem as regalias de Duquel.
- Entendo.
- Mais fique tranquila, demos o espaço necessário e as distâncias mágicas.
- Muito bom.
- Aliás, você sabe, que ao ter presenciado, bem.......
- Sei, pagarei o castigo.
- Não leve dessa maneira, sabe tenho que manter a ordem aqui.
- Tudo bem.
As duas conversam mais um pouco, até que Esmeralda decide por ir.
- Então, quanto tempo?
- Três noites, tudo bem?
- Ótimo, obrigado.
- Adeus.
- Adeus. Na cabana, Esmeralda prepara suas bolsas.
- Vais viajar?
- Lúcia.
- Tive de vir ve-la.
- Ela te alertou?
- Mais ou menos.
- Tá certo.
Lúcia vai até a feitiçeira e a abraça.
- Esta se tornando um hábito.
- Mal?
- Acho que ainda não. Risos.
- E para onde vai?
- Ainda não me decidi, acho que ficarei um pouco nas colinas do Servo.
- Um bom lugar.
- É dizem que a colheita de uvas é bem festiva.
- Sim, é, mais e.........
Duquel ficará bem, eu também, temos de cortar laços.
- Sei.
- Mais agora me diz, e você?
- Bem, agora estou casada e sabe.....
- Já senti quando entrou aqui, pra dizer a verdade.
- E então?
- Um menino.
- Sério?
- Sim.
- Ai graças. Mais um abraço e Lúcia beija a mulher na face.
- Acho que agora sim, esta ficando um tanto constrangedor, muito chegada em sentimentos.
- Me desculpe. Um momento de silêncio caótico seguido de incertezas e logo os gritos de euforia de Lúcia por ser mãe de um menino, a alegria invade aquela sala.
Silas e Reginaldo recebem a noticia com alegria, Monique aproveita e anuncia que também esta grávida.
28072019................
A gravidez de Lúcia e Monique correm bem, sempre passando pelos curandeiros, magos e em preparos mágicos.
Nasce o bebê de Lúcia que traz mais alegria para o casal, meses depois o de Monique que faz Reginaldo rejubilar-se em gozo.
Silas participa do batismo das 2 crianças já próximo aos dois anos de idade, essa é tradição do reino, com direitos a 20 padrinhos sendo que mais da metade deve ser mago ou aprendiz de magia.
Três anos após Silas anuncia o primeiro filho que esta por vir, será um menino que faz todos mais alegres.
- Nossa, você deve estar explodindo.
- De quê?
- De felicidade, o que foi Silas, é o seu primeiro filho.
- Deveria estar?
- O que houve?
- Vou embora.
- Para onde?
- Acho que para minha terra natal.
- Mais o reino, sua mulher, seu filho.
- Margot já sabe.
- Você nunca a chama por rainha.
- Você percebeu.
- Silas posso te perguntar algo?
- Sim.
- Você sempre foi apaixonado......
- Por ela, sim.
- Silas.
- Minha mulher sempre soube, também.
- Por isso vai fugir?
- Ela nunca ficará comigo.
- Mais você.........
- Lúcia, Margot dorme com Afonso, entende, ela dorme com meu padrasto.
- Você já sabe......
- Pelo jeito todo mundo sabe.
- Acho que sim, você entende, noticias assim, aceleram qualquer reino.
- Acho que deve acelerar.
- Por favor, não diga a ela.
- Jamais faria isso.
- E sua esposa?
- Ela vai ficar.
- Mais......
- Existe um outro, entre a gente, sempre existiu.
- Silas, como pôde....
- Acho que já respondi a tudo.
- Te desejo boa sorte.
- Preciso que me faça algo.
- Pode pedir.
- As notas, cartas e registros de terras, os rejeitos, por favor.
- Pode deixar eu cuido disso.
- Amanhã lhe passo o rogo.
- Tudo bem.
- Não quero que eles, ela, fique desamparada.
- E você?
- Tenho terras em meu reino, lá pelas províncias.
- Vai se tornar um criador?
- Talvez.
- Agora, preciso que me faça também um favor.
- O quê?
- Fale com Margot.
- Não posso, não quero.
- Por favor.
- Vou pensar.
- Até amanhã.
- Até. Antes de sair, Silas olha para Lúcia ali pensativa.
- Tem algo para ti na primeira gaveta.
- Eu suspeitei.
- Adeus.
- Adeus. Ouvindo os passos de Silas ao longe ela abre a gaveta, dentro o documento de rogo, uma espécie que dá direitos temporários sobre tudo dele para ela, Lúcia assina embaixo da assinatura dele.
- Como sempre, pensando em tudo, á frente.
Lúcia assina e sela com seu selo de ouro.
Afonso termina seu banho e segue para á cama onde Margot o aguarda, os anões montam guarda a porta dos aposentos.
Esmeralda faz as plantações e colheitas de uvas multiplicarem com ritos e preparos antigos.
- Você sabe como fazer um povo e suas terras prosperarem.
- Obrigado. Em cerimônia, ela recebe o direito de grados de terras, o equivalente a quase 60 alqueires.
Ali ela cria ovinos e diferente deles decide por plantio de maçãs, abóboras e verduras.
Em pouco tempo se torna dona de mais terras e já com alguns aldeões a servindo no trabalho de roça e cuido de animais.
Silas também se estabelece em suas terras, com criação de aves e suínos, logo experimenta uma nova raça que veio do longíquo reino de Toros, o gado.
30072019.............
O casamento de Margot com Afonso ocorre sem problemas, o que deixa a desejar é o ânimo dos presentes, tendo somente 3 comitivas de reinos próximos, quase 60 por cento dos convites não foram confirmados em selo real.
Deixando a população entrar e participar do festejo por completo, não mostrando o fracasso verdadeiro no quesito diplomacia.
Silas se une á uma jovem do povoado de suas terras, meses depois ela engravida.
- E agora?
- Acho que estou feliz.
- Claro que esta, você quer esconder mais não consegue.
- Tá certo, não vejo a hora de segurar em meu colo.
- Fico feliz.
- E.....
- Estive com ela, bem com os dois, não sabia que o superintendente da ferrovia fosse.....
- O pai da criança e amante dela?
- Me desculpe.
- Não, eu é que devo explicar melhor, na real, nunca houve traição.
- Se não quer falar....
- Tudo bem, ela precisava de um amparo e seguro ao filho.
- Você como sempre, pensando nos outros.
- Fiz mal?
- Não Silas, você é o perfeito cavalheiro.
- Nós nunca tivemos.........
- Eu sei, ela me contou parte da história.
- Que bom, sabe, acho ou melhor achava que iria ser posto em fogueira.
- Pare com isso. Risos.
- E esta moça?
- Minha mulher é linda, agradável, não tem problemas, complicações, agora sim, casal de verdade.
- Vejo o brilho nos seus olhos, alegria pura.
- Obrigado.
- Pelo quê?
- Por ter feito tudo que lhe pedi.
- Silas, somos amigos próximos em sangue, além disso sabe que tenho um grande apreço a ti.
- Sim, eu sei.
- E quando vai me apresentar a herdeira?
- Vem comigo. Lúcia acompanha Silas pelo corredor da casa, cruza a cozinha saindo a uma área onde há vários aldeões em festejo.
Lúcia abraça a mulher de Silas e passa a mão elo ventre da mesma em conversas e risos.
Duquel vai até a grade e profere um rito em sussurro, logo o lugar é tomado por chamas, os anões correm de um lado a outro, a confusão é geral e com auxílio de outro feitiço ela abre o cadeado vindo para o corredor, anda pelos guardas e anões sem ser notada, quando esta prestes a sair sente um solavanco as costas, é jogada para trás com força mágica.
- Rainha.
- Oi Duquel, então já esta recuperando sua força mágica?
- Me deixe sair.
- Tudo bem.
- Como, qual é o jogo dessa vez?
- Nenhum, só sair.
- Então por que nõ me deixou antes?
- Muitas perguntas, não acha?
- Vá para os infernos. Duquel se levanta olha para trás e segue, do lado de fora uma carroça a aguarda.
- Para onde?
- Bem longe desse lugar. A carroça flutua subindo para a margem do buraco onde após estar em terra firme o cocheiro prepara-se para sair.
- Ainda não, também vou. A portinhola é aberta e uma mulher branca em vestido longo vermelho com cristais no decote e make forte entra ali.
- Quem é você?
- Não sou sua amiga.
- Isso eu sei, jamais teria amizade ou qualquer vinculo com alguém de presença tão vulgar.
- Obrigada, agora após os elogios, por favor, podemos ir?
- Lógico. Duquel bate o ferrolho na parede e a carroça segue.
- Para onde vais?
- Não é de seu interesse.
- Será, talvez seja. A mulher arregaça as mangas e mostra para Duquel uma tatuagem de uma runa.
- Você é uma da........
- Ordem Negra.
- O que veio fazer?
- Te buscar.
- Mais......
- Duquel, sua magia veio de nós, portanto tem de nos servir.
- A rainha....
- Sempre soube, fique tranquila, sua fuga já fora preparada, pensada há tempos.
- Por quê?
- Por que o Lord a quer, só isso.
- Esmeralda?
- Ela vai estar conosco, acredite, por bem ou mal.
FIM.
PESSOAL, AMADOS LEITORES E LEITORAS, OBRIGADO DE TODO NOSSO CORAÇÃO POR ESTAR CONOSCO EM MAIS ESSE TEXTO.
ESPERO QUE TENHA GOSTADO, FOI FEITO COM TODO NOSSO CARINHO A VOCÊS.
MUITO OBRIGADO, FELICIDADES E TUDO DE MELHOR A TODOS, LOGO ESTAREMOS COM NOVA ESTÓRIA.
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O Garoto Dá Vida &... (episódio 1)
O Garoto Dá Vida &...
 Episódio 1: A Boneca Lacinho
           Os pais de Charlie, junto com o próprio entravam por um portão em uma casa grande; a porta da casa em si é aberta pela mãe de Julia. As duas mães se cumprimentam e todos entram na casa.
         Charlie fica surpreso e admirado com a casa.
- A Julia está no quarto dela, Charlie – diz Juliana, (a mãe de Julia) – Vamos lá?
- Sim... sim...
         Ela o leva pelo corredor da casa; e durante todo o caminho, ele estava encantado e admirado pelos quadros do corredor. Charlie, junto com Juliana chegam até uma porta que tinha escrito em uma plaquinha de plástico: “Cuidado, este quarto pertence a Julia”.
- Princesaaa, seu amigo está aqui – diz a mãe dela, batendo na porta.
- Ah, diz pra ele entrar, mãe.
- Você não vai ficar de porta fechada mesmo, mocinha.
- [sigh] Tá bom ta bom – a menina abre a porta, cumprimenta seu amigo, e deixa ele entrar no quarto – Não toca em nada, viu?
         A mãe sai de perto.
         O quarto de Julia era cheio de pelúcias enormes e bonecas.
- Uau... – diz Charlie, admirado.
- Bem legal, né? – diz a menina, pegando uma boneca de pano que estava na sua cama de casal do quarto – Veja, essa é Lacinho, minha primeira boneca; tenho ela desde que eu tinha um ano de idade.
         A boneca era velha e sua face era desenhada. O cabelo dela era vermelho, sua “pele” era um pouco parda, mas com “sardas”; o brinquedo vestia um vestido azul com dois corações rosa de diferentes tamanhos, sapatos marrons e meia branca; e seu nome era provavelmente por causa do lacinho roxo em seu cabelo.
- A... aa... quequidêvida...? – pergunta o garoto.
- Uhum – “diz” sua amiga – Sempre quis saber o que a Lacinho poderia dizer pra mim.
         Ela coloca a boneca sentada no chão, e então, a mão de Charlie começa a brilhar; ele toca no brinquedo...
         Por alguns segundos nada acontece...
         Lacinho abre os olhos, e então dá um tapinha na mão do garoto, e diz enquanto fazia uma posição de luta:
- Sua mão está muito próxima, menino, sai de perto que não tenho medo de macho não – diz a boneca com uma voz de mulher adulta – Onde está quem me deu vida nesta bagaça?
- An...? – diz Charlie, esfregando a mão que levou um tapa.
- Ele que te deu vida, Lacinho, foi esse menino com cara de sono – diz Julia.
- Huh, não tinha notado você aí, menina, quem é você? Você seria a garota que sempre me limpava e escovava?
- Eu mesminha, você então tem memórias disso?
- Tenho sim, e fico feliz que minha dona seja uma dona, e não um dono. Nem imagino que coisas estranhas um menino ia fazer com uma boneca como eu.
- Ah, então quanto a esse você não precisa ficar preocupado, ele não é um dos mais espertos... hey, se apresenta para a Lacinho.
- ...Oi... sou Charli... – o garoto diz acenando para a boneca.
- Ah, ele é fofinho... são amigos?
- Sim, ele é meu amigo, não é mesmo Charlie – Julia então muda de expressão e diz em um tom muito sarcástico – “Vem me dãr um abração, amigão” hahaha.
         Tanto a menina quanto à boneca começa a rir.
- Está bom no sarcásmo para alguém tão nova, não? – comenta Lacinho, ainda rindo.
         Charlie abraça Julia, para a surpresa dela e de sua boneca.
- Não não não Charlie, era b-brincadeira – diz a menina, o afastando; ela estava corada – Era brincadeira, ô bobão.
         Lacinho solta um riso abafado, e diz:
- Eu shi-po vocês mui-to, hihihi.
- Não não não não não, ele é só amigo meu, só isso, a-mi-go!
- Hmm sei... brincadeira, garota, eu já sei que tu foi friendzonado, garoto.
- Mas é verdade, Lacinho, ele é só meu amigo, falo sério.
- Eu sei disso, miga, foi só uma piadinha – a boneca caminha até a porta, e “aponta” com sua mão para o corredor, e completa – Posso ir conhecer melhor seus pais agora que eu tenho voz?
- ...Bom, claro, com certeza, vam...
- Mas vocês dois vem comigo pois uma boneca de pano se mexendo e falando deve ser meio assustador... – Lacinho então coloca a mão no queixo, e completa com um sorriso – Por outro lado...
 - Você viu o que o Polvla fez agora? – Leonardo, (o pai de Julia) diz no meio da conversa entre os adultos.
- São uns bandos de vagabundos ladrões – diz Sarah.
- Pois é, eles deveriam opaopa... – o pai do menino se censura ao ver que as crianças se aproximavam.
- Oi princesa – diz Juliana – Veio introduzir a Lacinho pra gente?
         Julia segurava a boneca imóvel em seus braços.
- Mãe, uhh... parece que tem algo no rosto dela – diz a garota, estendendo os braços para a mãe pegar a boneca.
- Hm? Jura? – a mãe pega o brinquedo e começa a analisa-la – Hmm... não vi nada de err...
- BLABULABLABULABLABULABLABULA! – Lacinho “grita” na cara da mãe.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAHH! – Juliana joga a boneca pro alto no susto.
         Lacinho consegue se recompor ainda no ar, dando piruetas e caindo com estilo no chão.
- Hahaha, brincadeira, mulher, o tal do Charlie me deu vida, eu sou do bem, juro – diz a boneca.
- Hein?! Quê?! Ah...   ...ah é, verdade, tinha me esquecido disso... – diz Juliana.
         Os pais de Charlie olhavam para cima; o pai de Julia não estava mais no sofá da sala.
- Pode descer do teto já, Leonardo – diz a mãe da menina.
         O pai da garota cai desconjuntado no sofá, enquanto o pai do menino se encolhia sem graça. Sarah só estava sem graça.
- Relaxa que seus filhos não tiveram essa ideia; foi minha ideia, hehe... – diz a boneca, pulando na mesa de centro da sala, e estendendo a mão para a mãe da sua dona – Prazer, Lacinho.
- Uhh... prazer... hmm... – Juliana então pensa em algo, e estende a mão para a boneca, com um sorriso curto – Prazer, Juliana.
         A mãe da garota “cumprimenta” a boneca, dando um aperto forte de mão, espremendo a mão da Lacinho.
- Uw, você é forte, miga, mas eu não sinto dor neste corpo – diz a boneca com um sorriso.
- Pff, fala sério – diz Julia com um sorriso convencido – Mãezoca, mostra o que você tem.
- Pois é, “bonequinha”, veja isso – Juliana levanta um pouco a camisa para mostrar a barriga musculosa com gominhos visíveis – Muita academia e esforço resultam nisso.
- [fiu] – a boneca assovia curto e pergunta – E quantos você consegue?
- No momento, 155.
- [fiu]... ah, olá para vocês três também.
         Enquanto a boneca cumprimentava os outros adultos, as crianças observavam.
- Hihi, que dahora, eu tenho a boneca mais legal do mundo – diz Julia para si mesma – Ok, tudo bem, Charlie... por ter me dado a boneca mais legal do mundo, você merece um...
         Ele estava distraído com um quadro de rosas azuis.
- Hey, estou falando com você, ô bobão! – diz a garota, dando dois tapinhas de leve atrás da cabeça de Charlie, conseguindo sua atenção – Por ter me dado a boneca mais legal do mundo, você merece meu abraço sincero.
         Ela o abraça, que fica meio sem saber como reagir. Ela o solta.
- Ah, sabia que tinha coelho nessa mata – Lacinho comenta sorrindo enquanto via os dois.
- Não não, eu só estava premiando o Charlie com meu abraço sincero por ter dado vida à você... por falar nisso... pai! Mãe! Posso mudar pra escola dele?
- Hein?
- Eu quero mudar pra escola dele, conhecer nova gente, e mostrar minha boneca para todos e todas, posso?
- Mas porque você não mostra para seus amiguinhos da escola onde você está? – pergunta Leonardo.
- Ah, pai, porque não vou poder mostrar as coisas legais que o Charlie pode fazer; sem falar que...
- Temos que conversar melhor isso, princesa, não podemos decidir isso tão rápido.
- Ah mas eu quero ir pra lá mãe porque voc... ê... não... – Julia percebe o olhar venenoso de sua mãe, e para de falar e de ter sua birra – Tudo bem tudo bem, vou brincar, uhh, Charlie, vamos ver uns jogos de celular, vamos? Vamos lá.
- ...Ok, uhh... Sarah, agora que eles não estão mais aqui, como é a escola de Charlie? – Juliana pergunta.
         O pai do garoto fica meio sem graça, mas a mãe responde:
- É uma escola pública, mas relaxa... uhh... antes, qual é a carta da escola da Julia?
         Juliana pega uma carta de seu bolso; uma carta que parecia de um jogo. Sarah faz a mesma coisa.
- Ok, Infraestrutura 10, Tecnologia 10; Preço 10; Perigo 2... Professores... 3 – diz a mãe da menina.
- Uau, é uma escola de elite... – diz a mãe do menino – Ok, Infraestrutura 4, Tecnologia 4; Preço 0... Perigo... 6... bom, mas Professores, 8...
- 8?? Tudo isso??
- Na realidade é quase 9; essa escola usa a maior parte do dinheiro que recebe com professores.
- E se o problema for o perigo, eu posso defende-la! – diz Lacinho, que ainda estava na sala.
- Hein? Você ainda está aqui? – pergunta o pai da menina.
- Sim, estou aqui ainda – diz a boneca, confiante, dando golpes no ar – E estarei disponível para defender sua filha!
         Os quatro adultos ficam em silencio, se encarando.
- Uhh... você sabe que você é uma boneca de pano... certo...? – pergunta Juliana.
- Hmm... hey! Eu posso dar uns bons sustos em quem decidir sacanear tua filha, afinal, ninguém espera uma boneca que se mexe sozinha; e muito menos uma boneca que avança nos outros; posso não ter força, mas vou assusta-los muito.
- Mas isso não significa que você não pode se mexer até alguém... hmm... – pensa Marcos.
- Ainda assim, é só eu me mexer apenas se alguém decidir sacanear a Julia... – a boneca então observa um pouco a casa, e muda de assunto – Vocês parecem ser um tanto... ricos...
- Ah, é que meu mô é costureiro e trabalha em uma fábrica de bonecas. – diz Juliana.
- Pô amor, precisava falar isso para todos? – responde seu marido, estando um pouco envergonhado da profissão – Já não basta ter falado que sou costureiro?
- Relaxa, não vamos te julgar, eu trabalho na fábrica de brinquedos Le Mauie à 15 anos – diz Marcos – E eu sou assistente administrativ...
- Espera, Le Mauie? É a concorrente... da minha... uhh...
- Ah, mas eu tenho certeza que isso não afeta nossas relações...
         Ambos olham para os lados, querendo disfarçar.
- Lamento interromper a rixa, mas... você disse que era costureiro, né? – pergunta Lacinho, para Leonardo.
- Uhh... sim... porque pergunta...? – ele questiona.
- É que eu tive uma ideia... – a boneca olhava para suas duas mãos...
Continua na parte 2
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O Alienígena
Por Adams Damas
Quando ouviam o “plaft” do jornal agredindo o balcão da recepção, todos sabiam que ele havia chegado; pontualmente às oito da manhã. - Vocês viram isso? – perguntou de forma que todos ali em volta ouvissem. – Leram o que está aqui? Como deixam algo assim acontecer? – a manchete que ele apontava com o indicador dizia que duas pessoas foram assassinadas num assalto. – Roubaram a bolsa da mulher e a carteira e o celular do acompanhante... – narrou parte da reportagem. – As pessoas se matam hoje por tão pouco... eu não consigo acreditar nas coisas que acontecem aqui... – e como sempre todos o olhavam perplexos. Em outro dia, chegou do mesmo jeito com o jornal estampando o conflito entre israelenses e palestinos: “quando vão deixar de ser crianças?” – foi seu questionamento. No outro, a notícia espatifada na recepção era da alta estiagem no Nordeste: “como deixam seu povo morrendo de fome e sede?”; e em outro, chegou quase rindo o que assustou alguns de seus colegas: “ha, ir para o espaço vocês querem, mas cuidar do próprio planeta, pra quê? – ele apontava na ocasião duas notícias: uma mostrava a nova incursão da NASA na estação espacial; a outra estampava uma foto de um navio petroleiro que havia vazado e praticamente destruído o litoral de uma das ilhas do caribe. Muitos ali não sabiam o que pensar ou mesmo dizer. Arthur já trabalhava com eles há um bom tempo e mesmo quem o conhecia bem antes nunca o entendia. - Qualé Arthur, de novo? – disse Sérgio, um dos seus amigos mais próximos. - Isso acontece todo dia! – falou depois Gregório. - Deus do céu Arthur, de que planeta você veio? – perguntou Sofia da recepção. - Só não entendo como vocês se conformam com tudo isso! – replicou ele. - Aí está, devolvia Sofia; esse vocês que você usa o tempo todo! Somos nós todos né Arthur? - É apenas maneira de dizer... – resignou-se. E como sempre recolhia seu jornal e ia para seu setor. Mas Arthur não era sempre assim. Na maior parte do tempo era recluso, quieto mesmo. E sério. Sabia-se que morava sozinho, tinha um aquário com um peixe de estimação e só. Não falava muito sobre si, concentrava-se no seu trabalho com um afinco fora do normal e sim: houve um relacionamento amoroso. Nas raras vezes que saía com os amigos para o happy hour eles sempre mencionavam o fato. - E aí Arthur, e a Patrícia? – começava Sérgio quase como um ritual. – Nunca mais se viram? - Não, respondia conciso tomando um gole de vinho logo depois. - Mas vocês só ficaram o quê, seis meses? Não rolou mais nada? – Gregório incluía-se no interrogatório. Arthur suspirou e olhou para ambos antes de responder. - Tivemos uma boa experiência, apenas isso, disse antes de mais um gole de tinto. - Boa experiência! – exclamou Gregório. – Parece que você tá falando de um projeto ou sei lá! - E todos os relacionamentos não são um tipo de projeto? – questionou ele um tanto sério. – Toda a nossa vida é um projeto. Há uma causa de estarmos aqui e um objetivo para alcançarmos. Não acho estranho pensar assim. - Aí é ser muito racional cara! – disse Sérgio. - Acho que é exatamente isso que nos falta: mais racionalidade. Seria tudo diferente aqui. - Projetos, racionalidade... esse papo de bar tá muito sério! – reclamou Sérgio. – A vida é pra ser vivida Arthur e não projetada, fala aí Gregui! – Gregório respondeu com um sonoro é enquanto suas mãos chocavam-se no ar. “Vocês estão errados”, pensou Arthur não querendo prolongar o assunto. - Vamos falar de outra coisa, sugeriu Sérgio: - Aí Arthur, acho que a Sofia tá a fim de você! – disse lançando um olhar malicioso sobre ele. - Mesmo, você acha? – indagou-o com um leve sorriso. - Claro cara! Não percebeu o jeito que ela te olha? – perguntou Sérgio e Gregório concordou novamente com um é prolongado. - Talvez... – respondeu Arthur meio displicente. - Mas e aí, vai fazer alguma coisa? – insistiu Sérgio. - Não sei se quero outro relacionamento agora, respondeu. - Quê? – espantou-se Gregório. – Como assim! A Sofia gostosinha daquele jeito e você não quer? - Não é questão disso, Arthur riu; só não sei se quero ou posso ter outro namoro agora. - Sabe qual é o seu problema? – perguntou Sérgio e já respondendo. – Você pensa demais! - Talvez, concordou sem graça. - Então, cê vai chegar na Sofia? – quis saber Gregório. - Talvez, respondeu Arthur e os três soltaram uma descontraída gargalhada. Na segunda, Arthur chegava espatifando mais um jornal: - Vejam só, se dizem que este é o país do futuro, então ele já está condenado! – apontava para uma foto onde um grupo de adolescentes aparecia detido pela polícia após uma tentativa de roubo. No entanto, dessa vez um outro plaft seguiu-se o que surpreendeu, não apenas as pessoas ao redor, como o próprio Arthur. - Eu discordo, acho que temos sim um futuro promissor! – disse Sofia apontando para uma matéria que exaltava os esforços de uma ONG na região periférica da cidade em recuperar e auxiliar jovens infratores.   - Ah... então... – tentava Arthur dizer algo, mas foi interrompido por Sofia. - Então Arthur, se você não gosta daqui, como parece, por que não se muda para um lugar mais do seu nível? – questionou-o enfaticamente. Arthur emudeceu. Nos segundos que pareceram horas pensou no que dizer, mas as palavras certas não vieram. O que veio foram umas poucas lembranças de situações parecidas em que de repente sentia-se diferente, um estranho mesmo entre semelhantes. Algumas palavras vieram, contudo: - Vocês sempre me entendem mal... - Tá, explique-se! – disse Sofia de braços cruzados. - Veja, eu adoro minha vida aqui, meu trabalho, vocês todos. Eu me assusto com as coisas que acontecem por aqui e em toda parte; leio tudo isso e parece que todos estão só fazendo isso: lendo. E às vezes nem isso. Sei que exagero um pouco, mas essa é a maneira que encontrei de fazer vocês, ou melhor, nós todos acordarmos para o que acontece e não aceitar tudo tão fácil, tudo bem? – quando terminou seu discurso, viu que Sofia estampava um pequeno sorriso. - Ai Arthur, não me leva a mal também, mas é que às vezes você parece... - Nervoso demais? - Eu ia dizer arrogante demais, mas nervoso também serve... – ambos riram antes de Arthur pedir licença a Sofia e se retirar, no entanto: - Arthur, que tal se a gente um dia desses fosse comer uns bolinhos de bacalhau e tomar uma cervejinha ali no Dona Catarina? – perguntou Sofia. Arthur não respondeu de imediato. Lembrou-se do bate-papo com Gregório e Sérgio. E estranhamente, em seu íntimo, não parava de ouvir um constante não. A resposta veio logo depois: - Sem problema! Se você puder, iremos amanhã. - Combinado! – disse Sofia e um longo sorriso lhe escapou às faces. Arthur deixou-se escapar um também, porém, mais contido. E reparou que aquele não havia sumido. Naquela noite, enquanto voltava para seu apartamento, repassava seu dia e deu-se repentinamente olhando para o céu. Achou que estava mais estrelado do que nunca e uma estrela em particular lhe chamou a atenção. Sem saber a razão a palavra casa lhe veio à mente e, antes que pudesse cogitar o porquê, uma sombra arroubou-o dos pensamentos. O impacto com um muro foi forte, porém, o susto e o medo não lhe deixaram sentir a dor da pancada. - A carteira e o celular, tiozinho! A carteira e o celular! – gritava o agressor. Arthur mal conseguia vê-lo. Percebeu apenas que usava um boné; um capuz cobrindo a cabeça e, nem se tentasse, saberia dizer qual era o calibre da arma apontada em direção ao seu rosto. - Tá... calma... tá aqui... – seus dedos tremiam e o atrapalhavam ao pegar a carteira contrapondo-se com as mãos rápidas e fortes do assaltante. - Vai cara, o celular, o celular! – gritou-lhe de novo. Porém seus dedos o atrapalharam novamente e o aparelho caiu. - Tá me tirando vacilão! – Arthur tinha a intenção de dizer um não, mas o projétil que atravessou sua têmpora esquerda, seguido de um estampido seco, foi mais rápido. Ele fechou os olhos instantaneamente e qualquer pensamento que ainda poderia ter tido evanesceu-se ali. Nada mais importava. Nem mesmo aquela estrutura orgânica e óssea que chocou-se naquela calçada dura e fria e que outrora abrigara uma consciência.
- Bom dia Doutor, foi uma voz tenra e suave que abriu seus olhos. A Assistente em frente a sua cama era esbelta e sua pele brilhava de tão lisa ao contrário da anterior que já aparentava os sinais da idade na baixa estatura. Seus pedidos tinham sido atendidos. - Bom dia, respondeu ele com um sorriso. - Sabe que dia é hoje Doutor e em que ano estamos? – perguntou e o sorriso dele sumiu. Percebeu que ela era séria. - Estamos no 65º. dia do nono ciclo do ano 4576 da Era Oriana, respondeu tentando parecer tão sério quanto. - Sabe onde estamos? – perguntou em seguida e ele começou a se enfadar. - Estamos no estação avançada Lotharium em órbita do oitavo planeta do Sistema Gésio 4! – fungou. - Muito bom, disse dedilhando algo em um pequeno aparelho na mão direita. – Diga-me agora seu nome. - Meu nome é Ottim! – disse ele com uma expressão fastidiosa. No entanto, a Assistente ignorou. - Seu nome completo Doutor! - Ottim N’Darf de Berim, Segundo Doutor Chefe da seção de pesquisa e estudo extraplanetário, nascido em Torakati no setor norte na Comunidade Berim, satisfeita? – disse insolentemente. A Assistente estava prestes a replicar quando foi interrompida. - Acho que isso nos satisfaz sim, era um senhor enorme que entrava no quarto. Enorme tanto para cima quanto para os lados. – Obrigado por hoje Millii! – a Assistente acenou um sim com a cabeça e saiu não sem antes deixar um olhar severo para Ottim. - Acho que vou querer outra Assistente, disse ele. - Não vai acontecer, rebateu o outro. - Luzzo, chamou Ottim sentando-se na cama; quanto mais tempo terei que ficar aqui? - Sabe muito bem como são os procedimentos de reinserção, respondeu; só estamos cuidando um pouco mais de você devido ao modo que foi extraído de campo, completou. - Não fui o primeiro a ser extraído repentinamente! - Sabemos disso. É por isso que tomamos todos os cuidados... Como se sente? - Estou bem, mesmo. - Certo, mas até agora, de todos os Agentes, somente você ficou tanto tempo na Terra como o chamam... – ele então olhou para Ottim de modo indagador. – Sentirá falta de alguma coisa? Ele lembrou-se então do seu trabalho no instituto de estatística, da amizade com Gregório e Sérgio e achou que se lembraria dos lisos negros e da maciez alva de Patrícia, no entanto, foram os dois discos esmeraldas e o cintilante sorriso de Sofia que lhe vieram a mente. - Não, eu creio que não, forçou-se a responder. - Muito bem então, Luzzo virou-lhe as costas e foi em direção a porta, contudo: - Amanhã você estará livre. Aproveite, estamos de partida! -  e se retirou. No dia seguinte, Ottim dirigiu-se ao observatório da estação. Lá, poderia ver pela última vez aquele singelo globo que por um longo período foi seu lar. Quando chegou, não apenas viu um ponto azulado ao longe, como também, seu reflexo no vidro. Estranhou-o, porém. Ao invés da pele amorenada e dos olhos e cabelos negros, via agora duas pedras de um laranja incandescente entre pálpebras amendoadas e uma pele verde clara que coloria todo seu ser. Incluindo os seis dedos das mãos em vez de dez. De repente, um riso que misturava desespero e perplexidade começou a preencher aquele ambiente frio e silencioso. De repente, ele percebeu que ali, mesmo entre seus semelhantes, começara a se sentir diferente, um estranho entre iguais, um... alienígena.
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