#poesia beat
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Sem Tempo, Irmão
Ando sem tempo para escrever poesias. De momento, ando apenas sendo um poema.
(Willis Leite)
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A GRANDE NOITE PSICODÉLICA
Esta noite procurei o meu amor pelas ruas da grande Babilônia
Na Augusta, no Bixiga
entre os skatistas que fumavam na Roosevelt…
Coisa de quem ama um boêmio
Não faz muito tempo contemplamos juntos a aurora de um novo dia
enquanto o amor escorria entre os lençóis
A minha língua percorreu as veias do meu amado
em busca de seu sangue em ebulição
Ele vermelho, eu policromática
reluzente, quente, úmida
e o que mais ele queira que eu seja se lhe tenho nos meus braços
entre as minhas pernas
Refaço o trajeto a fim de compreender onde o nosso amor entrou na contra-mão
Volto para a noite de inverno em que eu apareci na vida dele falando da açucena,
das corridas de argola, e do canto da ema
Convidando-o para amar em Salvador
no Recife e no Rio
Para botar os dedos nas feridas da Paulicéia
E dizendo que o sertão sempre foi mar
Eu julguei ter visto uma ovelha
mas era um lobo
E correu para não perder último trem para o Anhangabaú
Eu disse aos meus amigos que iria me casar com ele em junho
na festa de São Pedro de uma adorável cidade do interior
Trocando a valsa pelo baião
e as alianças de ouro por anéis da mata branca
A poesia concreta das esquinas da Selva de Pedra darão testemunho da nossa paixão
Das serenatas e dos choros
Do quanto o amei
e amo
Tanto que tenho medo de dizer
Dizer que ele atiça todos os meus demônios
e o romantismo burguês
Mas ele sempre soube que eu herdei o ímpeto de Dadá
E que sou remédio e veneno
O trem tangencia a Marginal rumo à Zona Sul
Os edifícios ameaçam desabar sobre as nossas cabeças
As construções faraônicas transbordam o sangue e o suor dos meus
Passo pela ponte do Limão
e as minhas lágrimas acompanham o compasso da garoa paulistana
O telefone toca
é o meu amado
Os Gaviões botaram abaixo a estátua de Caxias
Prometendo erguer, em seu lugar, honrarias a Raimundo, Cosme e Manuel Balaio
O Diabo Velho também será tombado
E o Galo fará o Gato arder em chamas pela última vez
Vamos tomar as máquinas e as terras
para que os nossos filhos não morram de fome
Vamos fazer poesia, música e amor
Depois poderemos ver o pôr do Sol no Farol da Barra
ou levar a vida bucólica que almejamos
Encontro o meu consagrado em frente à Saudosa Maloca
e juntamos os nossos fuzis
Agora vejo morros e vales dissolvendo-se em líquido pastoso
Vejo cores vibrantes
e o vermelho dos olhos do meu amor
Vejo a insurreição regurgitar a tradição
E um casal de camaradas copulando entre os escombros da velha sociedade
Sinto o fortum da putrefação da ordem vigente
E os ventos do norte trazendo clamores de emancipação
Eu vejo um idoso barbudo rezando pelas almas dos que tombaram
E três crianças famintas partilhando o brioche
Ouço o canto do carcará mergulhando entre os arranha-céus
Os nossos irmãos profanam o altar dos deuses de Ustra
e honram a memória de Marighella
Um beco à meia-luz me remete ao candeeiro de Ana
A grande Babilônia está em chamas
Os jovens carregam bandeiras alvinegras
e fazem os anéis de Saturno de bambolês
A primavera se espalha por todo o país
Dou a mão ao meu companheiro
Fugimos juntos por entre as vielas do Bixiga
“O seu amor é um leão feroz e insaciável
atentando contra as colunas da catedral” ele diz
Ouço o som de uma sanfona…
O meu camarada pega o violão para entoar canções de resistência
Descemos a ladeira da memória
Vingamos o sangue dos inocentes
E dançamos baião pelas ruas entorpecidos de paixão
Amanhã vai ser outro dia
Esta noite o espírito de Paris pousará sobre São Paulo
pois ousaremos tomar o céu de assalto.
- Érica Santana Santos
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Estranhos pensamentos pela manhã
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Humanidade Destrutiva
Derrubam as matas Sujam os rios Destroem a vida animal Poluem o ar Estragam o solo Anaquilam tudo que é natural
Humanidade Destrutiva Inconsequente Desumana
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Eu vivi a flor da pele e nem percebia que das vezes que eu ria era vontade de chorar...chorar, chorar, chorar.
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olor a popper en el cuarto. despierto toda la noche/ besando. mi útero se siente pesado y tengo semanas de atraso/ de nuevo/ soy irregular. acabo un libro pero no puedo terminar los demás, son muy largos. las vidas cortas son así, como esos libros, y aun así se acaban. pero los libros/ no. una sensación de estar en todas las drogas/ quiero acabar botones blandos. los míos/ son hermosos/no podrías creerlo a menos que. impulso de palabra que no significa otra cosa. debo morder él gime es otra forma del diablo que no me deja. a pesar que me tatué los nudillos y dibuje todas esas/ reproducciones del ángel de la luz/ en mi cuarto. lo he descubierto. el diablo no tiene sexo. siempre me penetra con la mente/ sin piedad. su sonrisa, debí saberlo, la vida puso los nombres en sus lugares para mí. él me dijo que se llamaba ángel, entiendes? yo príncipe vagabundo fui forjado. 2 veces. eso es dolor.
-por Príncipe-
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She said, baby this ain't you!
You're not the sweet guy I once knew
Tell me what changed
Did I do anything wrong or you just don't love me anymore?
She said, baby, this ain't you!
You're not the sweet guy I once knew
Why did you change so bad towards me?
You're treating me like shit (me tell her say)
AfroWave Pt.1🕴🏻
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January, 27 2023
Se solo
sapesse pensare,
il cuore,
si fermerebbe.
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Ojos, poema de Roberto Bolaño.
Nunca te enamores de una jodida drogadicta:
Las primeras luces del día te sorprenderán
Con sangre en los nudillos y empapado de orines.
Ese meado cada vez más oscuro, cada vez
Más preocupante. Como cuando en una isla griega
Ella se escondía entre las rocas o en un cuarto
De pensión en Barcelona, recitando a Ferrater
En catalán y de memoria mientras calentaba
La heroína en una cuchara que se doblaba
Como si el cabrón de Uri Geller estuviera
En la habitación vecina. Nunca, nunca te encoñes
De una jodida puta suicida: al alba tu rostro
Se dividirá en figuras geométricas semejantes
A la muerte. Inútil y con los bolsillos vacíos
Vagarás entre la luz cenicienta de la mañana
Y entonces el deseo, extinguido, te parecerá
Una broma que nadie se tomó la molestia
De explicarte, una frase vacía, una clave
Grabada en el aire. Y luego el azur. El jodido
Azur. Y el recuerdo de sus piernas sobre tus
Hombros. Su olor penetrante y extraño. Su mano
Extendida esperando el dinero. Ajena a las confesiones
Y a los gestos establecidos del amor. Ajena al dictado
De la tribu. Un brazo y unos pies pinchados
Una y otra vez: espejeantes en la raya que separaba
O que unía lo esperado de lo inesperado, el sueño
Y la pesadilla que se deslizaba por las baldosas
Como la orina cada vez más negra: whisky, coca-cola
Y finalmente un grito de miedo o de sorpresa, pero no
Una llamada de auxilio, no un gesto de amor,
Un jodido gesto de amor a la manera de Hollywood
O del Vaticano. ¿Y sus ojos, recuerdas sus ojos detrás
De aquella cabellera rubia? ¿Recuerdas sus dedos sucios restregando
Esos ojos limpios, esos ojos que parecían mirarte desde otro
Tiempo? ¿Recuerdas esos ojos que te hacían llorar
De amor, retorcerte de amor en la cama sin hacer
O en el suelo, como si el mono lo tuvieras tú y no ella?
Ni siquiera deberías recordar esos ojos. Ni un segundo.
Esos ojos como borrados que parecían seguir con interés
Los movimientos de una pasión que no era de este jodido planeta:
La verdadera belleza de los fuertes brillaba allí,
En sus pupilas dilatadas, en las palpitaciones de su
Corazón mientras la tarde se retiraba como en cámara rápida,
Y en nuestra pensión de mierda se oían de nuevo los ruidos,
Los vagidos de la noche, y sus ojos se cerraban.
De: Mi vida en los tubos de la supervivencia
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1.-AK PSICODELICO - EL MOUNSTRO DEL ARMARIO (LETRA)
youtube
Creando y aportando al Hip Hop desde Mexico.
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The Poetic Roots of Rap: A Journey Through Rhymes and Rhythms
The realm of rap is inherently connected to the world of poetry, both sharing a profound appreciation for rhythm, rhyme, and the evocative power of words. This article explores how these two art forms intertwine, offering insights into enriching your rap artistry inspired by poetic tradition. Rhythm: The Heartbeat At the heart of both poetry and rap lies rhythm, an element that guides the…
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Claudio Willer
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S.O.S.
- Willis Leite -
Se eu te pedisse socorro
em forma de um poema,
você poderia me ler?
Deixaria esse poema guardado
na última gaveta da memória?
Ou usaria em forma de uma crítica construtiva,
para me fazer flutuar em minha queda
mais profunda?
Te pergunto julgando,
nadando e me esbaldando
em minha própria hipocrisia,
você me daria sua mão
se eu te pedisse socorro?
Me sento no trono da histeria coletiva,
me farto e enfarto no banquete dos porcos,
mastigo as pérolas que eu mesmo conservo,
em minha concha de pesares e preconceito.
enquanto agonizo em minha própria prisão
de ética e moral que finjo
e deveria mesmo ter.
Se eu te pedisse socorro
em forma de canção,
numa melodia envolvente,
você dançaria comigo?
Prometo não pisar em seus pés
com minhas inseguranças gritantes
que poetizo em melancolia derradeira.
Não prometo ser a dança perfeita.
A perfeição me escorre entre dedos
afirmando que não me pertence.
Permaneço imperfeito
em minha consciência predatória
de falsa virtude que demonstro,
ou que ao menos tento
ironicamente ofertar.
Enquanto te peço socorro,
sem verdadeira necessidade,
sem real interesse.
Não espero nada além do que ter
o que nem eu mesmo arrisco oferecer.
pode ser que seja um trote.
Sinal de fumaça ou em código morse,
Confia mesmo sem ter quem te socorre?
Socorra-me.
Só corra, de mim...
S.O.S
Fim.
...---...---...---...---...
Willis Leite
Poesia escrita por: Willis Leite
Vídeo produzido por: @catrevelho (Instagram)
_Esse é um poema autocrítico, sobre a minha hipocrisia e de todos aqueles, que quando pede socorro em momentos que é preciso, mas não se dispõe em ajudar o próximo, seja negligenciando, negando, fugindo ou diminuindo a necessidade e a precisão de ajuda.
(e não, não sou "eu" o poeta pedindo socorro, é apenas uma licença poética, tão sentimental, que faz Fernando Pessoa ter razão no poema Autopsicografia:)
"o poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deverás sente"
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“Sono figlio di nebbie e di primi autotreni”. Pubblicata una riedizione dei testi poetici giovanili del poeta beat Aldo Piromalli
È uscito da pochi giorni il volume di poesie Sono figlio di nebbie e di primi autotreni del poeta e artista romano Aldo Piromalli, protagonista indiscusso della scena letteraria beat della Capitale negli anni della Contestazione e non solo. Il volume, voluto e interamente curato dal sottoscritto e da Alessandro Manca, entrambi da anni in costante rapporto epistolare con Piromalli (residente in…
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