#poder desperto
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thecampbellowl · 3 months ago
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✦ ・ POV : THIS IS HOW HEROES ARE MADE ou o treinamento do poder desperto (nível 1)
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Depois de dias se martirizando pelo poder recém-adquirido e fazendo o possível para evitar o mundo, Charlie encarou o espelho pela primeira vez. Os seus olhos brilharam prateados pela identificação de outro olhar, mas nada aconteceu com ela; pelo visto, a semideusa era imune ao próprio poder. Aquilo não importava, porém, não quando simplesmente não era capaz de se reconhecer no espelho com aqueles olhos fantasmagóricos. Era isso que era agora? Uma ameaça para quem quer que tentasse olhá-la diretamente?
Não podia viver assim, decidiu, se escondendo do mundo, usando de métodos paliativos para proteger as pessoas que amava de si mesma. Ela não era mais a menininha assustada que um dia fora, paralisada pelo medo e pela ansiedade; ela era Charlotte Campbell, conselheira do chalé de Atena, semideusa experiente em missões e sobrevivente de uma guerra. Se os deuses decidiram agraciá-la com aquele novo poder (ou talvez amaldiçoá-la seria a palavra certa?), bem, então ela aprenderia a usá-lo.
E o que seria de uma prole de Atena sem um bom plano de ação? Sentou em sua cama com um de seus muitos cadernos em branco abertos à sua frente e escreveu bem grande na primeira página: PODER DESPERTO. Em seguida, escreveu todas as observações que tinha feito de seu poder até então e, em seguida, começou a pensar nos passos necessários para um bom treinamento. Ela era instrutora de estratégia, afinal de contas, e uma das boas; também fazia parte da equipe de estrategistas. Se alguém poderia conduzir o próprio treinamento de maneira competente, essa pessoa era ela. E foi assim que ela dividiu o treinamento inicial em três passos, com três instrutores diferentes que ela escolheu depois de muita consideração:
PASSO 1: Preparação
Charlie sabia que, antes de começar a pensar em mexer com o seu poder, ela precisava reconquistar a estabilidade mental que possuía antes do choque da descoberta. E quem melhor para ajudá-la com isso do que um de seus amigos mais próximos que também era instrutor de meditação, Damon Addams?
É claro que o filho de Nyx aceitaria ajudá-la; depois de tantos anos de parceria, aquela era apenas uma das formas que os dois mostravam apoio um ao outro. E assim começaram as sessões diárias de meditação guiada, onde o mais velho usava sua voz calma e familiar para induzir Charlie a estados de tranquilidade e auto aceitação. A princípio, a filha de Atena teve dificuldade em entrar em estado meditativo graças ao seu turbilhão mental, mas nada que persistência da parte de Charlie e a infinita paciência de Damon não vencessem.
Ao fim da primeira semana de meditação diária, Charlie já conseguia se mover com calma e certeza pelo Acampamento, os óculos escuros ainda protegendo seus olhos, mas uma esperança renovada em seu plano de treinamento a perseguindo. Graças a isso, se sentiu segura para seguir para o passo seguinte de seu plano, ainda continuando com as sessões diárias de meditação.
PASSO 2: Conhecimento
Para a segunda parte de seu treinamento, Charlie não precisou procurar muito longe de casa: pediu ajuda à sua irmã, Annabeth Chase. Não era segredo para ninguém que Charlie possuía uma grande admiração pela pessoa e líder que a irmã mais velha era, e tentava seguir os passos alheios para ser uma conselheira tão competente quanto a outra havia sido um dia. Pediu ajuda de forma meio tímida, mas seu pedido foi recebido com um sorriso caloroso e com um entusiástico sim.
Annabeth trouxe à sua atenção que, antes de pensar em tentar controlar seu poder, ela precisava conhecê-lo e de fato senti-lo. As sessões de meditação haviam a ajudado a se acalmar, mas o medo do estrago ainda era presente. Quando confessou isso, a mais velha lhe lembrou que, quanto mais evitasse entrar em contato com seu poder, mais perigosa ela seria, como se carregasse uma bomba dentro de si que ela não era capaz de desativar, ou controlar o timer. Uma vez que ela aceitou que estava na hora de entrar em contato consigo mesma, as duas começaram a pensar em estratégias para criar esse conhecimento. Foi aí que Annabeth teve uma ideia... interessante.
A semideusa mais velha vestiu seu boné da invisibilidade e mandou Charlie tirar os óculos. Estranhando, a mulher o fez, e sentiu a mesma sensação estranha do dia com Kitty. Ouviu a risada incorpórea da irmã que tinha acabado de descobrir uma brecha no poder da mais nova: quando ela olhava nos olhos de Charlie enquanto invisível, o poder se ativava, os olhos da garota se iluminando em prateado, mas Annabeth simplesmente não sentia nada. Aquilo era certamente esquisito, mas criava uma oportunidade interessante para treino.
A atividade que elas desenvolveram era muito simples: Annabeth, enquanto invisível, andava ao redor de Charlie, e a mais nova tinha que encontrar onde a outra estava usando seu poder ou, mais especificamente, a sensação que tinha em seu corpo quando ele era ativado, nos momentos em que seus olhos encontravam os da mais velha. Ironicamente, naquele momento, sua visão era inútil; ela precisava se conectar consigo mesma e se concentrar para ouvir o que seu corpo queria lhe dizer. A princípio, a atividade era difícil e exaustiva, mas logo Charlie conseguia identificar onde Annabeth estava logo no primeiro instante que seus olhos se conectavam e a sensação esquisita na boca do estômago se manifestava.
Charlie ainda não era capaz de controlar o poder, mas agora ela o conhecia. E, depois de mais uma semana de treinamento, estava pronta para o próximo passo.
PASSO 3: Controle (do poder ou de si?)
Uma vez que se encontrava em controle de suas emoções e já conhecia intimamente seu novo poder, Charlie passou para a parte mais difícil: a de aprender a lidar com ele. Diferentemente dos outros professores, esse foi mais difícil de achar: ela precisou de uma extensa pesquisa para encontrar alguém com um poder semelhante ao seu e, não somente isso, mas que o controlasse muito bem. O candidato perfeito se mostrou em Maxime DuBois.
Apesar do efeito de seu poder ser o total oposto, a fonte e a forma de funcionamento não eram tão diferentes assim. A grande dúvida de Charlie era se ele aceitaria o seu pedido de treiná-la; os últimos tempos não estavam sendo fáceis para ele e, apesar de desapontada, ela entenderia se ele negasse ajuda... o que ele, para sua alegria e alívio, não fez.
Graças aos seus mestres anteriores, Charlie não sentiu culpa em usar o poder em Max quando ele pediu que ela o fizesse, já que sabia que era necessário para que ele entendesse a sua intensidade e duração. De qualquer forma, foi estranho; desde Kitty, não havia realmente usado seu poder em ninguém a não ser Annabeth e, por ela estar invisível, ele era inefetivo. Agora ela podia ver os olhos arregalados de Maxime, o corpo rígido e paralisado, e foi então que ela entendeu com certeza que precisava dominar aquele poder. O que ela tinha em mãos agora era perigoso, era grande e agressivo, mas era ela. E talvez, apenas talvez, não fosse tão monstruoso assim.
Maxime planejou sessões de treinamento para os dois na arena, usando da tecnologia do lugar para criar um ambiente que era capaz de tirar Charlie de sua concentração e neutralizar seu poder se ele se tornasse intenso demais para o professor. Max explicou com paciência para Charlie que aquilo era agora parte dela e que o segredo não era controlá-lo ou colocar uma coleira nele, mas sim controlar a própria mente para trazê-lo à superfície apenas quando necessário. Para isso, o segredo era aprender a criar barreiras mentais e mantê-las levantadas enquanto não quisesse usar seu poder. Aquilo não era fácil, com certeza não; mas com sua mente fortalecida graças às sessões de meditação que ainda ocorriam e com a intimidade com o próprio poder que desenvolvera, era algo possível e alcançável.
Aquela parte do treinamento com certeza foi a mais intensa, difícil e, por muitas vezes, frustrante; sabia que seu mestre, apesar de mais acostumado ao efeito de seu poder, começava a parecer cansado. Talvez, porém, justamente a dificuldade e frustração pelos erros tornaram os acertos cada vez mais gratificantes, as vitórias mais prazerosas, a evolução mais visível. Era irônico, ela pensava consigo mesma, que justo o filho do amor lhe ensinaria a lidar com aquilo que a fazia temer nunca ser amada.
Talvez ela não fosse um monstro. Talvez ela fosse mais forte do que jamais tinha imaginado.
Instrutores: Damon Addams (@sonofnyx), Annabeth Chase e Maxime DuBois (@maximeloi)
Semideusa citada: @kittybt
@silencehq
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kitdeferramentas · 4 months ago
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Vamos, amor. Vamos curtir, bora pra beira do 𝕄𝔸ℝ
Diziam que a água salgada lava até a alma, assim como o sol expurga cada canto escuro e esquecido. Tanto tinha sido dito e ele apenas sorria, reconhecendo os esforços da família e dos amigos para vê-lo fora das forjas. Kit Culpepper começou a aproveitar com hesitação, o peso da culpa por seguir em frente amarrado bem firme ao tornozelo. Mas, se olhasse bem, não era assim que honraria cada um daqueles que o chamava para uma nova parte do resort. Nostálgico e pensativo, sim; mas lentamente recuperando a essência encoberta pelo pesado luto. Por gentileza, poderia não atrapalhar sua leitura? Sabe o quão difícil é O FOGO PARA IDIOTAS? Mas pode olhar, esses shortinhos são divinos para os atributos do filho de Hefesto.
Vamos pra onde está fazendo mais ℂ𝔸𝕃𝕆ℝ
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magicwithaxes · 3 months ago
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—ㅤㅤnível um,ㅤㅤpov dois.
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CHALÉ 15, ㅤㅤ(CIRCE).
“Mais uma vez.”
A voz da filha de Circe ecoou pelo pequeno espaço que compartilhavam. Em um movimento rápido, ela colocou mais um bloco de madeira sobre a mesa, a poucos centímetros de Natalia. Na teoria, tudo parecia fácil. Durante dias intermináveis, a filha de Hécate leu grimórios e compreendeu todos os conceitos. Mas colocá-los em prática era outra história. Às vezes, a luz esverdeada surgia sem qualquer dificuldade. Outras vezes, não importava a pressão, nada acontecia. O que ela estava fazendo de errado? Logo atrás, havia uma prova extensa de que todos os esforços estavam sendo em vão: múltiplos blocos de madeira não mais em sua forma original, “derretidos”, queimados, em pó. As exigências de Emily a sufocavam, e por um segundo, ela se arrependeu de ter seguido o conselho de Quíron, que, preocupado, indicou uma filha habilidosa da deusa da feitiçaria para ajudá-la, já que sua teimosia a impedia de recorrer a um dos irmãos.
As duas haviam se aproximado na ilha de Circe. Emily foi atenciosa e amigável, guiando-a nos ensinamentos sobre feitiços. O que praticavam agora se tornava um pouco mais suportável, e seria ainda melhor se não fossem as várias imposições que a atingiam a um nível absurdo de cansaço. “Você não está fazendo direito. Não está se concentrando direito”, disse Emily alto, trazendo Natalia de volta à realidade. “Não está usando os gatilhos certos. Está dispersa. Relapsa. Manipular a realidade pode parecer fácil, mas ao mesmo tempo é difícil. Os livros não serão suficientes se não houver prática.” Sua voz era dura e impassível, como a de uma professora que buscava a perfeição em sua aluna. Definitivamente, não haveria “paz” enquanto Natalia não desse o que era pretendido ali. “Vamos lá. Não se faça de boba, Natalia. Deve haver algo aí dentro que pode impulsioná-la. Poderes como o seu são reativos. Raiva, ira, tristeza, alegria… amor...” Ela riu, como se fosse fácil captar o que Natalia estava sentindo. Envergonhada, a filha de Hécate encolheu-se um pouco. “Use isso a seu favor. Pense em algo. E deixe...” Próxima ao seu ouvido, Emily fez questão de tornar ainda mais claro o que queria expressar. “Deixe o caos se expor.”
Caos. Aquela pequena palavra surgia repetidamente nas páginas antigas que Natalia havia se proposto a ler. Claro, a magia era caótica, um poder instável que precisava ser controlado, regido por forças que podiam ultrapassar o limite do natural. A mais nova amiga tinha razão. Natalia precisava de um motivo, ou estaria perdendo tempo. Mas o que deveria escolher? Era irônico. Ela tinha motivos suficientes para fazer tudo acontecer. Entretanto, o que a impedia? Medo, talvez? Por tanto tempo, ela se acostumou com a ideia de não ter poderes desse tipo. Na força física, ela se aprimorou, e nas armas, dedicou toda a sua confiança. A forma como tudo havia acontecido, e aquele poder ter surgido, ainda não fazia sentido. Durante dez anos, não era merecedora ou não estava preparada para lidar com algo assim. Pensando bem, a Natalia de dezoito anos teria lidado muito mal com toda a situação. Ainda que calma, era imprudente, um tanto egoísta… e assustada. Por meses, ela não permitiu a aproximação de muitas pessoas e pouco tinha controle sobre as próprias emoções. O pensamento a fazia rir: teria uma outra reputação e, talvez, não seria a mesma pessoa de hoje. “Eu não sei como posso fazer isso sem ser intensa demais.” Disse, enfim, olhando a outra com seus típicos olhos lamuriosos. “Não sei expressar. Tenho medo… Medo de ser impulsiva demais e assustar. Assustar você, assustar as pessoas de quem gosto. E agora, tenho medo de deixar isso sair de mim e acabar criando uma bagunça que não é necessária.” Um sorriso gentil, porém triste, cresceu em seus lábios. “Os últimos acontecimentos bastaram para reafirmar o que estou dizendo.” Os pesadelos, as visitas oníricas, os traidores, as pessoas machucadas, deuses revoltosos, novos sentimentos que floresciam e pareciam ser recíprocos… tudo isso a atingiu com força. As mãos foram imediatamente ao tampo de madeira da mesa, os dedos apertados ali, tornando os nós esbranquiçados. Por um segundo, ela desejou ter uma caneta e um papel em mãos. Em momentos como aquele, escrever aliviava. Se não expressava em voz, as palavras eram suas amigas, e o sentimento de calma era imediato. Natalia parecia a ponto… de explodir. Do outro lado da sala, Emily a observava com um sorriso pequeno, mas vitorioso, nos lábios. A raiz da situação estava sendo tocada, e não tardaria muito para que os poderes provenientes de Hécate começassem a se manifestar.
A sensação era estranha. Todo o corpo parecia adormecer e as mãos esquentavam, quase em estado febril. A boca secava, tornando-se necessário passar a língua pelos lábios. Fechar os olhos, especialmente, era essencial. Embora tudo estivesse em silêncio, Natalia conseguia ouvir o barulho fraco de algo se aproximando ou crescendo. Os batimentos cardíacos também eram perceptíveis, tornando-se ensurdecedores apenas para ela. Na mente, travava uma batalha consigo mesma, tentando organizar o caos mental. Contudo, uma única lembrança se destacou juntamente com a frustração. A memória da visão que teve no mesmo dia do roubo de energia se intensificou. A cena, que parecia um filme de terror, de pessoas importantes dispostas em um caixão, era algo que ela tentava esquecer, mas que seria sempre um lembrete do que poderia acontecer. As palavras do pai naquele cenário ainda causavam arrepios. A forma como foi comparada à mãe, a mulher que mais detestava entre todos os deuses, trazia-lhe desgosto. Ela era impulsiva, algo que, de algum jeito, era imutável. Contudo, como a deusa, ela protestaria. Não era certo, nem justo.
Enquanto isso, a filha de Circe era a felizarda da vez, assistindo ao pequeno show que se desdobrava diante de seus olhos. O cubo que havia deixado sobre a mesa assumia repetidas e diferentes formas. O papel de parede azulado mudava de cor freneticamente, e as prateleiras cheias de livros acompanhavam o mesmo ritmo. As cadeiras pareciam saltar sobre o assoalho, e de repente, o clima dentro da sala mudou. Parecia que ia chover. O ambiente ficou mais ventilado, apesar da ausência de janelas, como se o próprio Éolo estivesse presente realizando uma de suas façanhas. Mais à frente, havia dois copos com água. Emily se aproximou para se certificar do que estava vendo: ali dentro, parecia haver um pedaço do oceano, e quanto mais se aproximava, mais tinha certeza de que podia ouvir o bater das ondas e o soar alto das gaivotas. Natalia era a fonte de tudo aquilo. Como Hécate, estava mudando a realidade, mas em meio ao descontrole. Era um começo, concluiu. Se continuasse assim, logo poderia se equiparar à própria deusa. Sua atenção foi roubada novamente ao presenciar a magia tomando uma cor. Verde. Verde como campos de baixa gramíneas. Verde como a vastidão de um campo bem cuidado. A luz escapava pelas mãos de Natalia, semelhante a chamas, já que a mesa com a qual estava em contato parecia querer se desmanchar em razão da força ali exercida.
Por outro lado, Natalia estava focada em livrar-se dos pensamentos que a envenenavam, completamente alheia ao que estava acontecendo. Se não houvesse nenhum limite, continuaria daquele jeito por mais tempo, mas o cansaço se fez presente, obrigando-a a parar. O corpo parecia amolecer, semelhante ao que sentiu quando teve a energia usurpada, mas em uma complexidade menor. Não muito antes de voltar à realidade, Emily a tocou, e antes que pudesse abrir os olhos para observá-la, ouviu: “Bloco de madeira, casinha de boneca.” A imagem dos objetos surgiu em sua mente, rapidamente fazendo com que largasse a mesa, tateando pelo primeiro objeto mencionado. Natalia o segurou com força e, em seus dedos, sentiu a mudança ocorrer livremente. Mais um pouco. Estava quase lá. Precisava apenas se concentrar. Aguentar, respirar, imaginar e colocar em prática. Não era tão difícil. “Abra os olhos. Abra os olhos!” Ouviu a exclamação. Ao lado, Emily pulava alegre, largando a postura dura de antes. Em suas mãos havia uma casa perfeita em miniatura, a imagem exata do que havia imaginado. Além disso, viu suas mãos tomadas por aquele verde vivo, precisando levar ambas ao rosto para confirmar o que estava enxergando. “Você causou uma impressão e tanto aqui dentro. Não sei se irá agradar as minhas irmãs, mas a nova decoração não é tão ruim.” Seus olhos pularam do brinquedo para os móveis. Eram diferentes: uma mescla de móveis do século XIX, que em nada tinham a ver com os objetos de antes. O queixo caiu e o olhar lamurioso ganhou novas proporções. “Sinto muito… por tudo. Eu não quis…”
“Relaxe. Relaxe, Natalia.” O tom era calmo e a postura menos exigente. “É claro que vamos precisar de um novo estofado. Talvez veludo. Ainda não sei. Eu gostei muito. Uma pequena novidade para todos as filhas de Circe. Enfim, foi o suficiente por hoje. Não é bom exigir muito, embora gostaria de continuar.” Natalia foi rápida em responder: “Não. Eu não estou cansada.” O olhar sério da outra a silenciou. “Quíron ficará feliz em saber que conseguiu dar o primeiro grande passo, apesar de seus lamentos e sua teimosia. Se quer me agradar, poderá tentar trazer as poltronas ao seu estado de antes, mesmo que mentalmente exausta. Eu quero ter certeza de que o chalé estará como antes para quando você for embora.” Ela não questionaria. Colocar as coisas no lugar parecia uma exigência tão pequena, e não se importava em tentar. Se esticou para o objeto mais próximo, imaginando o que fazer. Ainda que confusa, estava calma e confortável. “Você consegue. Mentalize. Imagine e execute.” A voz da filha de Circe pareceu distante, mais próxima ao canto da sala, então Natalia teve um segundo para respirar. “Velho ao novo.” Disse, em um tom baixo. E as coisas voltaram ao normal. Como mágica, a luz verde desapareceu.
Não havia conseguido fazer muito, mas sentiu um alívio ao ver que o caos que havia criado poderia ser controlado. Um sorriso tímido surgiu em seus lábios, ainda ofegante, enquanto se virava para Emily, que a observava com um olhar avaliador, mas satisfeito. “Bem feito, Natalia. Apesar de toda a relutância, você conseguiu. Mas lembre-se, o verdadeiro desafio será manter esse controle em situações mais intensas e caóticas. Você tem potencial, mas precisa aprender a confiar em si mesma e, principalmente, a dominar suas emoções.” Natalia assentiu, sabendo que as palavras da semideusa eram verdadeiras. Controlar sua magia significava controlar suas próprias emoções, e isso era algo que ela ainda estava aprendendo a fazer. Mas agora, pelo menos, havia dado um passo na direção certa. A filha de Circe sorriu levemente, um raro vislumbre de afeto voltando a quebrar sua fachada severa. “Você tem um longo caminho pela frente, Natalia, mas não duvide de sua capacidade. Com esforço, você poderá alcançar grandes feitos. Agora vá descansar. Amanhã, começaremos novamente.” Natalia pegou a pequena casinha de bonecas e a segurou com cuidado. Era um lembrete tangível de sua conquista, por menor que fosse. Saindo do chalé, sentiu-se mais leve, embora soubesse que o caminho à frente seria árduo. Ainda assim, com cada pequeno sucesso, sentia que estava um passo mais perto de entender seu poder e a si mesma.
Enquanto se dirigia ao seu mais novo lar temporário, o chalé nove, seu coração estava mais tranquilo. O treinamento tinha sido exaustivo, mas também revelador. A magia dentro dela era real, poderosa e poderia ser perigosa, mas, acima de tudo, era uma parte intrínseca de quem ela era. Agora, ela só precisava aprender a usá-la corretamente, e sabia que, com tempo e prática, conseguiria. Ao chegar no quarto de Kit, Natalia colocou a pequena casa de bonecas na mesa de cabeceira e se deitou na cama. O cansaço finalmente a alcançou, e seus olhos pesaram. Enquanto o sono a envolvia, um último pensamento passou por sua mente: ela tinha medo de quem poderia se tornar, mas estava determinada a descobrir.
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@silencehq
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nyctophiliesblog · 3 months ago
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PODERES DESPERTOS: FIRST ACT.
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Mental Manipulation: confere à semideusa a capacidade de estar no controle de pensamentos e ações de seu alvo sem ser necessário toques, basta que ela mentalize o rosto da pessoa. @silencehq, @hefestotv
TW: o texto a seguir contém uma descrição explícita de uma crise de ansiedade que beira o pânico, caso o tópico cause desconfortos, a leitura é desencorajada pela autora.
Com os dedos trêmulos, ela enfiou as mãos nos bolsos do casaco fino que mal aquecia seus ombros, tentando disfarçar os espasmos que já começavam a percorrer suas mãos. Não podia permitir que a ansiedade tomasse conta mais uma vez. Precisava desviar os pensamentos para longe, antes que perdesse o controle. Fechou os olhos devagar, inspirando profundamente, buscando imagens familiares que pudessem acalmar sua mente. Tentou se concentrar nos objetos cotidianos que a cercavam: o arco com o qual treinava, os anéis que colecionava, flores, estrelas, constelações. Por alguns instantes, a sensação de alívio chegou, como se o caos estivesse distante. Mas não demorou para as memórias recentes voltarem à tona, trazendo de volta a inquietação. Os irmãos feridos pelos monstros na fenda, a última vez que viu Santiago, Rachel no jantar apontando sem hesitar para Remzi…
O peito dela subia e descia de forma descompassada, como se o ar ao redor houvesse se tornado rarefeito. Os sons à sua volta pareciam distantes, abafados pelos sons feitos pelo coração que martelava descontroladamente contra as costelas. As mãos tremiam, a umidade se acumulava nas palmas, e um calor súbito tomava conta de seu corpo, fazendo o suor brotar em sua testa. Tudo parecia apertado — o espaço, a roupa, até mesmo sua própria pele. As paredes da sala, que antes pareciam tão distantes, agora se aproximavam lenta e cruelmente. Ela tentou puxar o ar, mas parecia impossível. O peito se recusava a expandir, como se seus pulmões tivessem sido selados. Tentou segurar a borda da mesa ao seu lado, mas seus dedos escorregaram, fracos. Os pensamentos vinham em uma enxurrada caótica, cada um mais desesperado que o outro.
Os olhos se abriram de forma abrupta, e ela percebeu que um par de olhos desconhecidos a encaravam.
— Esta tudo bem? — O estranho perguntou, o tom preocupado deixando claro para ela que não estava sendo tão discreta quanto havia imaginado.
— Hm, sim, eu… Só preciso ir. Obrigada. — Antes que mais perguntas pudessem ser feitas, ela se levantou e deixou a sala.
A cada novo passo podia sentir os batimentos acelerarem e a respiração pesar, como se uma rocha gigantesca fosse posta exatamente sobre seu peito. Cada ruído ao redor — uma conversa distante, risadas altas, os sons produzidos pelos choques de espadas nas salas de treino, até mesmo o som da própria respiração entrecortada e os passos apressados — parecia amplificado, quase insuportável. Nesse ponto, ela praticamente corria pelos corredores, diminuindo seu ritmo apenas quando chegou na floresta e encontrou uma árvore de tronco largo para se esconder.
Encostou as costas no tronco e deslizou devagar até o chão sem nem se dar conta que a blusa havia se erguido levemente e a pele era arranhada pela madeira. Seus dedos começaram a formigar. "Concentre-se. Respire", ela tentou lembrar a si mesma, mas era como tentar acalmar uma tempestade com um sussurro. O chão parecia sumir sob seus pés, e o mundo ao seu redor se tornava uma mancha conforme tudo parecia começar a girar ao seu redor.
Deitou a cabeça para trás e ergueu os olhos na direção das nuvens, focando toda sua atenção em seus formatos enquanto aos poucos seguia com as técnicas de respiração. Demorou um pouco até que sentisse a pressão em seu peito começar a diminuir, porém acabou sendo interrompida por sons bastente audíveis de passos se aproximando de onde estava.
— Mas que porra é essa? — Virou-se na direção dos sons a tempo de ver o rosto preocupado do campista com quem havia falado antes de correr até ali.
— Você saiu meio apressada da sala, fiquei pensando se não precisava de ajud…
— Se eu quisesse ajuda, eu teria pedido, você não acha?
Questionou enquanto se levantava, o corpo completamente direcionado para o recém chegado. Pouco a pouco a raiva dava espaço a uma raiva completamente irracional, que Alina claramente não estava conseguindo disfarçar, dada a expressão assustada no rosto do outro.
— Eu vou chamar outra pessoa…
— CALA A BOCA! — Ela explodiu, sua voz afiada como uma lâmina. — Você não vai chamar ninguém, e vai calar a.maldita.boca. Agora! — A raiva borbulhava dentro dela, crescendo como uma doença insidiosa que lentamente devora a vitalidade de seu hospedeiro. Sem que percebesse, seus olhos, antes esverdeados, tornavam-se negros, e finos capilares escurecidos se espalhavam por sua esclera, como rachaduras em porcelana. Tudo o que via era o rosto do campista à sua frente, cujo nome ela sequer conseguia lembrar. — Nunca te ensinaram a não se meter onde não é chamado? Eu devia fazer você cortar fora essa língua. Talvez assim você aprendesse a não se intrometer na vida dos outros.
O medo no rosto dele se esvaiu, substituído por um olhar vazio, distante, como se estivesse enfeitiçado. Quase mecanicamente, ele puxou uma adaga da bainha e a ergueu, levando-a em direção à própria boca, que agora se abria, expondo a língua para o corte. Por um momento, Alina ficou paralisada. Ele só podia estar brincando, certo? Quando finalmente percebeu o que estava prestes a acontecer, já era quase tarde demais. Com um movimento brusco, ela arrancou a adaga da mão dele, seu coração acelerando. Mais um segundo, e ele teria conseguido executar exatamente o que ela havia acabado de ordenar.
— Some daqui, agora. — A voz era baixa, porém firme. — E não se atreva a contar pra ninguém sobre o que acabou de acontecer.
Ela assistiu o campista sair correndo, tropeçando em seus próprios pés, até desaparecer. Somente quando ele sumiu de vista, Alina se permitiu desabar no chão, o corpo tremendo. Inspirou profundamente, tentando recuperar o controle, mas o peso da culpa já se instalava. Mais uma cicatriz para sua mente inquieta, mais uma noite sem sono garantida.
[…]
No dia seguinte, ao ver Quiron e o campista andando pelo pavilhão, já começou a se preparar para qualquer castigo que o centauro fosse impôr a ela, uma vez que ela havia cometido uma transgressão ao fazer o rapaz quase cortar a língua fora. Entretanto, quando Quiron passou por ela, a única coisa que fez foi cumprimenta-la, enquanto o rapaz a olhava de longe, seu rosto um misto de ódio e medo. E foi então que ela entendeu que o que havia acontecido no dia anterior era algo bem mais complexo do que ela havia pensado até então.
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opiummist · 3 months ago
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⠀ N Í V E L 1 ・ F A S E 1
Manipulação da Realidade Onírica - Consiste na habilidade complexa que permite temporariamente alterar o tecido da realidade ao seu redor, criando uma dimensão onde as leis da física, da lógica e do tempo são maleáveis e podem ser distorcidas como em um sonho. Quando essa habilidade é ativada, o ambiente ao redor sofre uma transformação profunda, assumindo características surreais e ilusórias que desafiam a compreensão racional.
As pálpebras de Fahriye pesavam como se fossem feitas de chumbo, e ela pestanejava repetidamente, lutando contra o sono que teimava em dominar seus sentidos. Concentrar-se nos comandos da semideusa que estava do outro lado da arena exigia um esforço sobre-humano. Desde que o caos se instalara no acampamento, a rotina da filha de Hipnos havia sido completamente alterada, e seu descanso, tão essencial, fora relegado a um segundo plano. Embora acreditasse estar se adaptando à falta de noites tranquilas, havia momentos em que a exaustão se tornava irrefreável, fazendo-a se sentir prestes a adormecer mesmo em meio às atividades mais intensas e que exigiam de sua concentração. Era exatamente o que estava acontecendo naquele instante, durante seu treino com Yasemin. Com a cabeça inclinando-se suavemente para o lado, começava a se entregar ao sono, sentindo-se tomada por uma escuridão acolhedora que a envolvia como um manto quente e protetor. Desejava estar deitada em sua cama, diante de uma lareira acesa, segurando uma caneca de chocolate quente. Imaginava o ambiente ideal, onde o crepitar das chamas e as notas suaves de suas músicas favoritas compunham uma trilha sonora perfeita para aquele momento de serenidade.
Fae, concentre-se! ── A reprimenda severa de sua mentora rompeu abruptamente o silêncio da fantasia que seu subconsciente havia criado, fazendo-a despertar com um sobressalto. Seus olhos se arregalaram, e ela sentiu o coração bater descompassado no peito, ainda agitado mesmo depois de recuperar a noção da realidade. Embora pudesse ver Yasemin à sua frente, proferindo ordens, a imagem parecia estranhamente alterada. Uma vinheta turva envolvia tudo o que estava em seu campo de visão, e as cores que antes eram vibrantes agora se mostravam desbotadas e opacas. O que estava acontecendo? Levou os nós dos dedos aos olhos, esfregando-os com força na tentativa de clarear a vista cansada, mas ao focar novamente em sua mentora, nada havia mudado. Confusa, franziu o cenho, tentando compreender a situação, até que uma nova ordem foi lançada. ── Vamos, me ataque! ── Embora tudo aquilo a alarmasse, assentiu instintivamente, concordando em dar prosseguimento ao treino. Com sua adaga firmemente empunhada, assumiu uma postura de ataque, preparando-se para a investida com determinação.
Para aproveitar ao máximo sua velocidade e impulso, Fahriye lançou-se em uma corrida vigorosa em direção à oponente, canalizando toda a sua força no ataque que estava prestes a desferir. No entanto, algo estranho acontecia. Embora seus pés estivessem em contato com o solo, o mundo ao seu redor parecia se distanciar cada vez mais. A cada novo passo, em vez de avançar, era como se estivesse presa no mesmo lugar, lutando contra areia movediça. Intrigada, baixou o olhar para verificar seus pés, que ainda se moviam, mas a arena ao seu redor continuava a se alongar infinitamente, estendendo o espaço entre ela e a outra semideusa. Com o coração acelerado e o rosto tomado por espanto, ergueu o olhar novamente para a amiga, buscando desesperadamente algum sinal de que também testemunhava a bizarrice daquela situação. ── Yas?! O que está acontecendo? ── Sua voz soava carregada de urgência, embora no fundo soubesse que provavelmente não encontraria uma resposta para a manifestação inexplicável. Sentindo o pânico emergir, colocou ainda mais energia em seus movimentos, forçando cada músculo a se mover com mais vigor, a ponto de soltar a arma que segurava, tentando correr mais rápido, lutando contra as correntes invisíveis que a mantinham presa. Era como tentar correr em um sonho ruim, onde o tempo e o espaço não faziam sentido. Os sons ao seu redor ficaram distantes, abafados, parecendo submersa em água. Olhou ao redor e percebeu que o ambiente se distorcia ainda mais e as bordas do campo ondulavam. Seu corpo finalmente cedeu ao esforço inútil, e ela parou, ofegante. A verdade cruel se impôs: seu esforço era em vão. ── Eu não consigo sair do lugar! ── A confusão no semblante agora dava espaço para o medo.
No momento em que seus pés fincaram-se novamente no chão, um zunido agudo invadiu seus ouvidos com uma intensidade brutal, forçando-a a apertar os olhos e a agarrar a cabeça com as mãos. A sensação era desconcertante. Não conseguia compreender o que estava acontecendo e sentia-se completamente fora de sintonia com a realidade que conhecia tão bem. De repente, com um estalo inesperado, o som cessou, e quando Fahriye abriu os olhos novamente, tudo parecia ter retornado à normalidade. Um suspiro de alívio escapou de seus lábios, enquanto uma sensação tranquilizante de leveza a envolvia, como se o chão estivesse a ceder suavemente sob seus pés. No entanto, ao olhar novamente para baixo, um grito sufocado se formou em sua garganta ao perceber que não estava mais em contato com a terra firme. Ela estava flutuando, como se estivesse em um estado de gravidade zero. O pânico retornou e ela estendeu os braços para os lados, tentando se equilibrar no ar como se estivesse sobre uma superfície invisível. Mas não havia nada ali para agarrar ou se apoiar. O ar ao seu redor era denso e etéreo na mesma medida, como se ela estivesse suspensa em um sonho, sem controle sobre seu próprio corpo. A gravidade, que sempre a tinha mantido ancorada ao chão, se esquecia de sua existência.
Sentindo-se completamente fora de controle, Fahriye se debateu no ar, consumida pelo medo que a dominava. Seus movimentos agitados provocaram uma rotação lenta e desorientadora, fazendo-a girar até ficar de cabeça para baixo. Tentou gritar por ajuda, mas o terror que a envolvia parecia sufocá-la, tornando a situação ainda mais desesperadora. Em um piscar de olhos, a gravidade retornou de maneira abrupta, exatamente quando não estava preparada para isso. A queda foi violenta e, por um triz, não foi o seu crânio que amorteceu o impacto ao atingir o chão com um som oco. Um gemido de dor escapuliu por entre seus lábios entreabertos, enquanto o ar se esvaia dos pulmões. Felizmente, a altura alcançada não fora suficiente para causar nenhum ferimento, por isso logo tratou de tatear o chão e seu próprio corpo em busca de uma confirmação tátil de que estava realmente no mundo real e não em um pesadelo lúcido. Erguendo-se lentamente, olhou ao redor com uma visão atenta, assegurando-se de que os olhos não estavam mais sendo enganados por ilusões, até que finalmente localizou a outra semideusa. ── Yas, pelos deuses, o que foi isso? ── Sua voz transbordava desespero. Não, definitivamente não estava sonhando.
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maximeloi · 3 months ago
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ㅤㅤ𝖙𝖍𝖊 𝖋𝖎𝖗𝖘𝖙 𝖈𝖔𝖓𝖙𝖆𝖈𝖙
ㅤㅤ— poderes despertos: nível 1
ㅤㅤ— primeiro POV.
⭒  ㅤㅤㅤàs vezes, acreditar que sua vida é regida diante da terceira lei de murphy é um tremendo problema pois sempre que as coisas começam a se acertar… aquele ditado vem em sua mente.
Se existe alguma possibilidade de alguma coisa dar errado, dará errado.
três dias havia passado desde o fechamento da fenda. três dias que os amigos tinham caído direto naquele buraco infernal e ninguém sabia se eles estavam vivos. meses atrás quando a fenda foi aberta e quíron lhe incubiu a missão de pesquisar sobre as rochas e sedimentos das paredes da abertura, maxime descobriu que os sedimentos encontrados ali, o tipo de rocha que estava aflorando para a superfície só podiam ser encontrados no submundo. evelyn lhe contou sobre as pegadas do cão infernal sendo levadas diretamente para o buraco e veronica tinha ouvido hades falar com petrus sobre a situação, confirmando tudo o que desconfiava: a fenda era um caminho para o mundo inferior. sendo assim, os campistas caídos teriam chance de estar vivos? não sabia.
tentava ocupar a mente para esquecer tudo o que aprendeu examinando os sedimentos, se esforçava a manter-se ocupado para não lembrar do momento em que hécate lhe submeteu de novo àquela tortura mental então estava na estufa quando aquilo aconteceu a primeira vez.
a poção que produziu na ilha de circe tinha funcionado perfeitamente mas agora maxime precisava encontrar ervas que pudessem substituir aquelas que só floresciam na ilha da feiticeira. a cada segundo a frustração aumentava porque nenhuma das plantas conhecidas e catalogadas em seu grimório passavam no teste de comparação.
o barulho de vidro batendo no chão fez com que pulasse assustado. os olhos azuis rapidamente subiram para checar se estava sozinho. o vidro quebrado no chão tinha algumas folhas de aliquente e max se apressou em apanhar e limpar tudo para que nenhuma criança tivesse contato com as folhas da planta alucinógena. aquilo foi estranho, mas não se surpreenderia se alguém tivesse deixado o frasco na beirada da prateleira e agora aquilo caía. incomum, mas não surpreendente.
o acidente escapou de sua mente até de noite. arrumava a cama para descansar um pouco, sabia que não conseguiria dormir, mas deitar depois de um dia cansativo era bom. tinha deixado a porta do quarto aberta porque queria ver se os irmãos menores precisariam de algo mas o barulho alto da porta de madeira se fechando depressa lhe arrancou um suspiro. não havia corrente de vento e ao se levantar para checar se algum irmãozinho tinha passado por ali e fechado, não viu ninguém.
a pressa que teve para voltar para a cama e se cobrir correndo teria sido vergonhosa se alguém visse aquilo.
mas por sorte ou azar, estava sozinho.
e se estava sozinho, o que diabos seus grimórios faziam saindo das prateleiras perto de sua cômoda? max abafou o grito assustado e se encolheu quando o cobertor foi abruptamente puxado para fora de seu domínio. descoberto e sem proteção alguma, o semideus se viu esticando as mãos para liberar os dois chicotes de seus pulsos. “que porra é essa?! seja lá quem ou o que é você, vá embora!” ordenou para qualquer que fosse a força esquisita que estava lhe assombrando.
o filho de afrodite esperou alguns segundos e quando nada aconteceu, se levantou apressado para correr até o quarto de anastasia. as batidas apressadas na porta da irmã apenas aumentaram quando viu sua própria porta no fim do corredor se fechar sozinha. no instante que a irmã abriu a porta, max entrou correndo no quarto dela. “acho que hécate deixou um fantasma pra me assombrar!” foi como anunciou o seu novo problema. e o pior de tudo? não sabia como se livrar de fantasmas.
irmã citada: @ncstya
para: @silencehq
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projetovelhopoema · 3 months ago
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Eu recomeço, todos os dias, quando desperto desejo ter um dia bom e que talvez só por hoje a ansiedade não me consuma ou a depressão não me atormente. Eu recomeço, falo mil vezes que hoje vai dar certo, que eu estou melhorando, que minha cabeça não está pirando e que o coração, apesar de tudo, segue amando no escuro. Eu recomeço, parece que vou poder sorrir hoje, parece que estou aqui novamente, que meu coração e mente estão em paz. Eu recomeço, mas parece que não deu muito certo, minha cabeça está a mil, meu coração já não sabe que direção tomar, é tanta dor que ele precisa segurar, que se despedaça sem ao menos eu pensar. Eu recomeço, repito a mim mesma que não preciso me humilhar assim, que não é me diminuindo que irei caber, que apesar de tudo eu tentei de tudo, ao menos nisso eu não falhei. Eu recomeço, escrevo meus devaneios, minha dores e esse amor que não pode existir, eu escrevo todos os detalhes de mim, apesar de não deixar ninguém ler. Eu recomeço, escolho respirar, quem sabe meditar me ajude, mas eu preciso sair dessa caverna, desse buraco sem fim. Eu recomeço e digo a mim que vai ser diferente, mas olha eu novamente repetindo os mesmos erros, diminuindo meus sonhos para caber, onde nem ao menos me querem, onde nem ao menos tenho a chance de recomeçar a ser eu.
— Camila Prado em Relicário dos poetas.
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littlfrcak · 3 months ago
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ㅤㅤㅤㅤ𝔄 𝔫𝔢𝔴 𝔭𝔯𝔬𝔟𝔩𝔢𝔪 𝔞𝔯𝔦𝔰𝔢𝔰
— o poder desperto: passo 1.
mais alguns dias e isso irá acabar.
a quantidade de vezes que sasha tentava repetir para si mesmo essa frase era um pouco ridícula. fazia três semanas que seus amigos tinham caído na fenda, uma pessoa já havia sido declarada morta e agora o resgate para as cinco restantes finalmente entrava em ação. o jantar deixou um peso em seu estômago, o recado de rachel dare era sério demais; como filho de hades, sabia que o pai poderia estar sendo traiçoeiro ao permitir que os campistas desçam até seu reino através de uma porta específica que ele mesmo abriria.
estava nervoso. mais nervoso do que antes.
vinte e um dias com os nervos à flor da pele sem ter notícias concretas sobre os amigos, apenas se contentando com o pouco contexto que hefesto trazia. contexto este que claramente havia sido manipulado no início, já que sequer mostrou a morte do filho de dionísio. o que mais hefesto não teria mostrado? não dormia direito desde que a fenda se fechou com os semideuses sendo sugados para dentro. a primeira pessoa em quem pensou foi melis, seu instinto protetor para com a filha de hermes sempre estava ativo, então perceber que dessa vez não tinha conseguido segurar uma queda, não tinha ajudado em nada, a impotência lhe assombrava durante a noite. depois arthur… era difícil parar e pensar que o ex-namorado estava enfrentando o submundo e não se encontrava seguro. o primeiro homem a roubar e pisotear em seu coração tinha mergulhado direto no reino de seu pai, onde os perigos eram constantes e a vida não era uma certeza. e por mais que não gostasse de admitir, imaginar katrina lá embaixo também lhe deixava aflito. a primeira vez que notou que aquele pânico de não saber o paradeiro dos amigos se estendia à filha de éris, sasha ficou tonto. como podia sentir-se à beira de um precipício apenas com a ideia de que monstros que estavam a espreita naquele lugar poderia a atingir? o episódio passado do programa de hefesto foi um pesadelo, ver arthur e katrina brigando, a semideusa desacordada no fim, os monstros… escusado seria dizer que não dormiu após aquilo. céus, aurora tinha sido tão gentil consigo na ilha de circe, apoiando sua fuga e acobertando seu escape; a filha de quione se feriu feio com a queda e mesmo assim teve a bravura para enfrentar os monstros também. já tadeu… bem, sasha não dava muita importância se o filho de nêmesis conseguiria ou não sair do submundo, se ele não saísse, não faria diferença para si. ainda estremecia de agonia ao recordar do castigo que teve que enfrentar no amor divino com aquele idiota.
de um modo ou de outro, sua vida parecia entrelaçada com os caídos. então não deveria ser uma surpresa que guardou um pouco do jantar e estava indo até o anfiteatro queimar mais uma vez uma oferenda ao pai. vinte e uma noites seguidas, continuaria com isso até que todos estivessem ali em cima em segurança. dessa vez, porém, avistou veronica ali presente também. o loiro permaneceu quieto em seu lugar, os pés descalços na grama quente perto da fogueira enquanto queimava a coxa do frango. deixe-os voltar em segurança, pai. por favor. pediu pela vigésima primeira vez.
o fogo ficou um pouco mais escuro como sempre, o único sinal de que sua oferenda foi aceita. queimou um pouco de macarrão para perséfone também em agradecimento pela ajuda que ela tinha dado aos amigos no segundo dia, que ela ajudasse eles de novo. o cheiro de flores enchia o lugar e sasha apenas sorriu tristemente. esperava que fosse ouvido e atendido.
“pelo menos está perto do fim.” comentou ao se aproximar da filha de hécate. a tensão em seu corpo era tanta que acabou com a distância entre os dois sendo mínima, podendo bater levemente o ombro no dela. “eles vão voltar logo.” murmurou. assim como ele próprio, a loira parecia ter o peso do mundo nos ombros. “vem cá.” acrescentou baixinho, a tensão vazando de seu corpo ao tomar uma decisão que geralmente não faria. sasha virou-se na direção da amiga e abriu os braços, uma oferta que nunca tinha acontecido antes assim de iniciativa sua. toques eram fortemente evitados pelo semideus, suas reservas altas demais para lidar com a proximidade para com os outros. sempre esperando o pior, sempre com receio de ser surpreendido negativamente. abraços são apenas um meio de esconder a face, sua mãe lhe ensinou. agora, porém, era uma forma de buscar apoio. não queria ter a mente cheia de medo e agitação, queria pensar que eles estariam de volta em segurança e em breve. o aperto no abraço foi automático, tentando extrair dali o conforto que precisava e dar um pouco de conforto também para veronica.
o que não esperava, porém, era sentir realmente esse conforto vindo em ondas. parecia surreal que de fato o filho de hades experimentava o gostinho de uma energia mais forte, uma esperança e… ao mesmo tempo a sentisse pesar em seus braços. os olhos tinham se fechado para saborear aquele sentimento então os abriu de supetão, as mãos mais firmes segurando-a para impedi-la de cair. as íris azuis se fixaram na face da semideusa confuso com o que parecia ser um mal estar. “o que é isso? você está bem? o que está sentindo?” perguntou apressado, nem tinha um pedaço de ambrosia ali então o que poderia fazer era ajudá-la a se sentar na arquibancada. e o que notou foi que ao caminhar, a grama no caminho parecia ficar cinza. o que estava acontecendo? assim que a filha de hécate estava em segurança, sasha se afastou dela.
aos seus pés, a grama continuava a escurecer... enquanto longe de si, veronica parecia melhorar. então o problema era consigo. mas o que poderia ser isso?
mencionados: @melisezgin @kretina @lleccmte @nemesiseyes @stcnecoldd @mcronnie
PARA: @silencehq
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morpheusbaby3 · 9 months ago
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PTBR: Você e Morfeu têm uma filha, e ela conta a todos na escola que o pai dela fala com corvos.
EN: You and Morpheus have a daughter, and she tells everyone at school that her father talks to crows.
Aviso: menciona assassinato, matar pessoas.
Warning: mentions murder, killing people.
Language: Brazilian Portuguese.
— Eu os chamei aqui porque a sua filha, Alice, ela tem nos contado algumas coisas que parecem… Diferentes da maioria das crianças.
A professora falava olhando por cima de seus óculos em tons de verde pastel. O olhar indo entre você e seu marido (o rei dos sonhos e pesadelos), que estava sentado ao seu lado, em silêncio, uma expressão séria… E havia preocupação em seus olhos, o que era de se esperar; Orpheus não ia à escola quando criança, ou ia?
— Sim, eu entendo. E eu posso lhe assegurar que não há motivos para preocupações. Alice tem uma imaginação muito fértil, e em parte é nossa culpa. Não explicamos a ela sobre nossas profissões…
Você disse calmamente e entregou a ela uma pasta com alguns papéis, dentro haviam documentos que mostravam de uma maneira legítima e oficializada o “emprego” de Morpheus e o seu. A mulher leu rapidamente os papéis e sorriu, voltando a olhá-los, agora com mais suavidade.
— O senhor é veterinário! Que inesperado… — Ela olhou para Morpheus lhe mostrando um sorriso que parecia ter um pouco de… Alívio?
Morpheus, por outro lado, hesitou por breves segundos mas acenou com a cabeça, concordando com a mentira.
— Se é o que diz nesse papel, então eu certamente sou. Um profissional da saúde animal.
— E a senhora é psicóloga. Isso é ótimo. Então se a senhora é psicóloga, não tenho com que me preocupar. — A mulher disse levantando e se afastando de sua mesa. Agora ela parecia mais simpática e você sabia o porquê; ela achava que Morpheus, com aquela expressão e aquelas roupas era um assassino, talvez um agente secreto do governo ou qualquer coisa que envolva matar pessoas.
— Alice dizia o tempo todo como sua mãe lia mentes, e seu pai falava com animais, um corvo, especificamente. Mas agora vejo que é apenas parte da imaginação infantil dela. Sinceramente, estou aliviada.
— Então não houve nenhum outro… inconveniente envolvendo nossa filha?
— Eu sei que parece bobagem, mas nós ficamos sempre atentos a todas as necessidades, falas e gestos das nossas crianças. — Ela andou até a porta e abriu. — Senhor e Senhora Fahrenheit, obrigado por vir, vejo vocês na próxima reunião.
Você dá um cumprimento se despedindo da mulher e saem da sala dela, ambos aliviados.
— Fahrenheit? Esse não é o sobrenome daquele vampiro que você gosta?
Morpheus a olhava enquanto você dirigia para sua casa do mundo desperto. Você mordeu o lábio e deu de ombros, fingindo que não dava a mínima para isso, sendo que certamente poderia ter usado o seu sobrenome invés de ter “inventado” um para Morpheus.
— Esse é o sobrenome de um cientista muito importante. Achei que você gostaria de ter um sobrenome que fosse de alguém importante na história da humanidade, já que você é tão importante quanto ele, meu amor. — Você deu ênfase na parte da importância, mas ainda olhando para a estrada à sua frente.
Morpheus era facilmente convencido por você e suas palavras doces e elogios, então ele mudou de assunto.
— Você acha que vão acreditar nisso, na mentira sobre os empregos? Não é algo que eu possa facilmente intervir usando meus poderes…
— Não se preocupe, eles vão acreditar em nós… Doutores. Há! Aquela menina. Mas não é culpa dela. — Você olhou rapidamente para Morpheus que concordou apenas com um olhar. — Ela sabe que sou telepata e sempre vê você falando com o Matthew.
— Deveríamos ter falado a ela que não devemos falar sobre isso para outras pessoas. Ela estava muito feliz em poder fazer amigos e nos deixamos ser contagiados pela alegria dela, assim esquecendo as restrições.
— Sim. Mas poderia ter sido pior. — Você sorri e olha para o seu marido, que se perguntou como poderia ter sido pior. — Ela ainda não sabe que você é o Rei dos sonhos e pesadelos. Se soubesse… Não sei qual mentira eu teria que inventar.
Você riu e pode notar o pequeno sorriso nos lábios de Morpheus que entendia o quão cômico seria a situação, pelo menos no começo.
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somaisumsemideus · 3 months ago
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O controle de Hécate: O defeito fatal
Uma semana depois...
A noite estava pesada no acampamento. A lua, oculta por nuvens carregadas, banhava a floresta ao redor com uma luz pálida e fragmentada, enquanto uma garoa fina fazia o ar cheirar a terra molhada. Todos os chalés estavam silenciosos, os campistas exaustos dos treinos do dia. Nada indicava o que estava prestes a acontecer. Héktor, como todos os outros, estava profundamente dormecido. No entanto, seu sono não era um refúgio seguro naquela noite. Dentro do seu subconsciente, algo havia se agitado, algo que ele não podia controlar.
De repente, no meio do silêncio, a presença de Hécate se fez sentir.
A deusa, sombria e imponente, emergiu na escuridão da mente de Héktor. Ela estendeu sua influência como dedos invisíveis e tomou controle de seu corpo, penetrando seus sonhos como uma sombra que se alimentava do vazio. Ele não acordou, mas sua consciência foi empurrada para as profundezas de sua própria mente, aprisionada em uma cela invisível, isolada do mundo real. Lá, ele sentiu uma sensação esmagadora de sufocamento, como se estivesse debaixo d'água, incapaz de respirar, e tudo ao seu redor era apenas uma névoa densa que não conseguia afastar.
Ele estava preso E Hécate, agora no comando de seu corpo, começou a movimentar-se pela floresta com um propósito mortal.
O corpo do semideus moveu-se de maneira fluida, como se uiado por uma força maior. Seus pés quase não tocavam o solo, silenciosos como uma sombra. A Deusa o levou até o coração do bosque, para uma clareira antiga, um lugar imerso em magia primitiva e crua, onde a energia do acampamento se acumulava em veias ocultas sob a terra. As árvores ao redor eram escuras e imponentes, os galhos retorcidos formando uma cúpula que parecia prender a magia no lugar, uma energia pulsante e invisível, apenas sentida por aqueles sensíveis a ela.
Ali, no centro da clareira, as pedras ainda estavam dispostas no mesmo círculo usado semanas atrás. Héktor -- ou mais precisamente, o corpo de Héktor -- foi conduzido ao centro, onde sua magia começaria a ser extraída. Hécate começou a murmurar antigos encantamentos, as palavras saindo de sua boca em grego, mas com uma tonalidade quase inumana.
- Δύναμη του κάτω κόσμου, αφυπνίστε την ουσία της μαγείας του!
Cada sílaba pronunciada, fios de energia escarlate começaram a se desprender de Hektor, saindo de suas mãos e deus olhos como uma fumaça densa e vibrante, dançando no ar antes de se dissiparem na escuridão ao redor. O corpo de Héktor tremia, mas ele, preso em sua mente, nada podia fazer a não ser assistir ao seu próprio poder ser sugado para alimentar o ritual de Hécate.
Ela canalizou a magia através de Héktor, conectando-se ao campo invisível de energia que cercava o acampamento. E então, começou a enviar essa magia para todos os semideuses adormecidos.
Sua magia escarlate se espalhou pelo ar, como um nevoeiro vermelho e pulsante. Flutuando e deslizando sem encontrar nenhuma resistência, como se estivesse seguindo um fluxo invisível tomando conta de todo o acampamento. Sua magia, sutil e sorrateira, adentrando cada um dos chalés tocando as têmporas dos semideuses, algo frio e cruel começou a penertar as suas mentes.
No bosque, o primeiro grito cortou o ar. Um grito que parecia monstruoso, inumano, carregado de dor e desespero. Depois, outro. E mais outro. Logo, o acampemtno inteiro estava desperto tomado pelo terror.
As mãos de Héktor se abriram, e da ponta de seus dedos, sua magia canalizada por Hécate fluiu como rios carmesins, espalhando-se por toda a floresta e além, alcançando cada chalé, cada capista. O semideus estava no centro do ritual, uma marionete controlada, espalhando destruição com um toque suave de energia mágica. Os fios vermelhos e etéreos serpenteavam pelo ar, como teias conectando a mente de cada semideus ao coração negro da magia de Hécate.
Começou com a equipe da patrulha, caminhando pelo bosque em busca de onde vinham os gritos. Sua magia tocou a mente de cada um, facilitando a entrada de Hécate nos pensamentos fragilizados dos guerreiros que graças a coragem que possuíam, adentraram a escuridão da floresta. O que eles viam? Cada um experimentava o próprio inferno. Seus defeitos fatais não apenas emergiam, mas os consumiam por completo. O peso da culpa, da dúvida e do medo se arrastava sobre suas almas, incapazes de escapar da tortura mental.
Enquanto isso, Héktor sentia-se preso dentro da sua própria mente. Ele estava ciente de tudo o que estava acontecendo, mas era impotente para interferir. A sensação de estar perdido, de estar sendo usado como um peão em algo muito maior, esmagava seu espírito. Tudoo o que podia fazer era lutar contra as correntes invisíveis que o prendiam, mas a força de Hécate era avassaladora.
Dentro da clareira, os olhos de Héktor, antes vibrantes, estavam agora completamente brancos, suas veias pulsando com a magia de Hécate. O corpo estava imóvel, como se em transe, mas a energia ao seu redor era vibrante e violenta, com ondas de poder que se espalhavam a cada segundo.
- Μαγεία του σκοταδιού, φέρτε την καταστροφή στους θνητούς… - As palavras ecoavam na clareira como um cântico sombrio, reverberando pela floresta. Os gritos dos campistas estavam ficando mais altos, o caos se espalhava.
Mas então, algo mudou. A intensidade da magia começou a sobrecarregar o corpo de Héktor. A pele dele estava coberta de suor frio, os músculos tremiam sob a pressão. Mesmo que sua mente estivesse longe, o corpo sentia a dor de ser usado como um condutor de uma energia tao vasta e perigosa. Hécate, no entanto, não mostrava sinais de parar. Ela estava determinada a usar cada gota de magia de Héktor até o último momento.
Em um momento ele conseguia acompanhar a tortura que era ver seu corpo ser usado, conduzido e as palavras que não eram dele saindo pela sua boca. No outro, a escuridão tomou conta da sua visão. Quando a visão de seu defeito fatal tomou conta de seus pensamentos, mesmo preso em sua própria mente, Héktor sentiu a familiar dor perfurante da derrota emocional. Hécate o mantinha preso, prolongando cada segundo fazendo sua visão recomeçar repetidas vezes.
Entretanto, só quando a Deusa retirou sua presença de sua mente é que Héktor desabou de joelhos no chão, inerte e exausto com os olhos brancos e acabeça pendia para trás com a boca aberta e a veia saltando, num grito silencioso eterno.
- Durma agora... O trabalho foi feito. - A última coisa que Héktor ouviu antes de perder completamente a consciência foi o riso suave e distante de sua mãe. Então, a escuridão o engoliu por completo.
Horas depois, quando finalmente acordou, a clareza estava longe de seu alcance. Suas memórias eram fragmentos dispersos, e tudo o que restava era um vazio doloroso. Com dificuldade, ele se levantou e olhou ao redor, o local parecia desconhecido apra ele. Mais uma vez, acordara no bosque sem saber como havia ido parar ali e porquê, mas com a visão nítida, forte e vívida em sua memória. E, como nas outras vezes, conseguia ouvir o caos se instaurar no acampamento não tão distante de onde estava. Uma coisa era clara e cristalina, a visão que trouxe à tona a confusão mental, fazendo-o se perder no que era real e no que havia sonhado. Sendo atormentado pela imagem de Pietra, Ronnie, Natalia, Estelle e Eloi, caídos aos seus pés enquanto suas mãos brilhavam a sua magia... Um verdadeiro massacre.
Bônus para a leitura Campistas no texto @pips-plants; @mcronnie; @magicwithaxes; @stellesawyr e @maximeloi. Visão do defeito fatal de Héktor durante a possessão de Hécate Inspirado no plot original A armadilha Uma história que se passa no @silencehq
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mefistofeles3 · 3 months ago
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y un dia, descubrió el poder de desaparecer,
desconectar las redes,
apagar el wifi
un dia se desperto
con un libro en la almohada de al lado
y no debia vestirse para ir a preparar el cafe,
Y no debia peinarse para ir a desayunar...
Un día descubrió su soledad...
Un día descubrió la paz...
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thecampbellowl · 3 months ago
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She looks right through me And I turn to s t o n e Medusa, Medusa I've been here a l o n e
Abaixo do read more, você poderá encontrar todos os posts (POVs, inters, edits) relacionados ao poder desperto de Charlie Campbell e sua evolução.
She says: Mortal oh you've been chosen You're beautiful but you're broken So hold on to this moment And fight until you're h o p e l e s s
Despertar do poder: Inter com @kittybt (link)
Nível 1
POV sobre o despertar: Wreck them all, girl (link) POV de treinamento: This is how heroes are made (link) POV de relatório: em breve
Nível 2
POV entendendo o poder: em breve POV do desafio: em breve POV de relatório: em breve
Nível 3
POV da missão: em breve POV do relatório: em breve
Extras
Headcanons sobre o poder + edit (link) Inter com @arktoib (link) Inter com @misshcrror (link)
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because-i-lost-it-all · 1 year ago
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it hurts to be something, it's worse to be nothing with you
eu queria te contar da mariposa que vi esses dias atrás e de como me lembrei de ti, de como sempre lembro de ti quando vejo animais que muitas vezes são tidos como grotescos ou nojentos porque você sempre foi mais chegada neles
queria te dizer que que depois que peguei diga pt II da fresno na guitarra eu chorei, chorei porque sabia que não iria poder compartilhar uma conquista contigo, chorei pela falta que faz ter você nos meus dias ensolarados em que o sol me irrita os olhos e da solidão que são as noites quentes que me fazem me perguntar se o mundo tá mesmo acabando
desde que você se foi eu tenho tentado tanto, eu disse pra mim mesmo e pros meus amigos que não é o fim do mundo e deus quem dera fosse, o fim é muito mais difícil quando você tem que acordar no dia seguinte e trabalhar, conversar com as pessoas, seguir com sua vida como se não tivesse uma parte dela faltando
eu queria te contar dos meus pacientes e da conversa que tive com um deles, de como às vezes a gente acredita tanto no que nos é dado como verdade ao longo da vida que aquilo passa a ser nossa verdade mesmo
será que em algum momento foi verdade, audrey?
será que em algum momento você olhou pra mim e viu não um menino assustado que faz piada com qualquer coisa pra tentar disfarçar um pouco a solidão dos dias, mas viu a pessoa que passou a te amar incondicionalmente mesmo através de milhares de quilômetros de distância?
nesses últimos dias minha for you page do tiktok não tem nada além de edits do simon e da betty de hora de aventura com a música da mitski de fundo, e me deixa triste de ver como mesmo perdido em toda a loucura ele nunca deixou de amar a mulher que ele queria pra vida dele
e eu ainda te amo loucamente, audrey.
desde outubro de dois mil e vinte quando você sumiu por metade do mês e eu achei que nunca mais iria falar contigo
desde o dia que você apareceu de novo e eu tive certeza que te perder seria perder uma parte de mim
e eu continuei te amando, na distância que por muitas vezes não parecia existir entre nós
nas noites em que a gente assistia um filme juntos ou nas vezes que você me fazia ouvir taylor swift ou the 1975 e que eu fingia não gostar só pra te fazer raiva
mas você sabia, eu também, eu sempre amei tudo em você
desde seus gostos mais estranhos até tudo o que você tinha que acabou virando parte de mim também
eu costumava sentir que junto a ti o céu era nosso lugar, era tudo feito pra mim e pra você
e agora tudo isso tá caindo encima de mim.
eu te amei, e eu te amo, audrey
nos momentos de loucura e nos pequenos episódios de sanidade
porque te amar foi a coisa mais fácil que eu fiz durante todos esses anos
foi tão natural quanto respirar ou saber que o sol nasce amanhã.
e eu vou continuar te guardando comigo, pelo tempo que for necessário, pela vida toda. vou continuar lembrando de como seu sorriso me contagiou no dia que você colocou as presas de vampiro. ou de como a gente sempre ria das mesmas piadas
vou te guardar comigo porque a lembrança do que você era é tudo que me sobrou, é tudo que eu tenho
depois de você eu tenho esse vazio que ainda anseia por uma mensagem sua, uma notificação
que ainda entra nas suas redes sociais na esperança de ver seu sorriso mais uma vez
que checa seu spotify pra escutar sua playlist mais nova e me sentir mais perto de você de novo
porque quando dostoiévski disse 'e com o que sonhar, se desperto me vi tão feliz ao teu lado?' ele não poderia ter descrito tão bem o que eu sinto
você sempre gostou do que eu escrevia, audrey, e por isso eu te dedico meu maior manifesto, te dedico o único dos meus textos que eu cito um nome, seu nome
porque por esses últimos anos foi o único nome que tinha o gosto doce na minha boca
e é o único nome que eu quero guardar a sensação de pronunciar, como uma oração que eu repito todas as noites na esperança de acordar no dia seguinte do seu lado
eu sei que não vou, não somos mais
com amor,
matheus.
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magicwithaxes · 3 months ago
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—ㅤㅤnível um,ㅤㅤpov um.
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Natalia sabia o que estava acontecendo. Não era ingênua.
“ A sensação que sentiu enquanto recitava o feitiço, observando a fenda e como foi intoxicada por aquela energia segundos depois, era perceptível.
Seu corpo foi tomado por arrepios, e a mente esvaziou-se diante do brilho esverdeado que escapava por entre os dedos. Estava extasiada. ”
(...)
A primeira manifestação ocorreu horas depois do fechamento da abertura que ligava o acampamento ao submundo. Após poucas horas de sono, Natalia estava descansada, mas estressada. A mente parecia borbulhar, pensamentos em frenesi, porém borrados, confundindo-a a cada movimento. Perdia-se no silêncio do chalé, naquela hora da noite em que todos finalmente descansavam após “vencer” mais um trauma. Para a filha de Hécate, a recuperação não era tão simples. Ela precisava agir. Descarregar. Suas mãos pareciam querer adormecer, e seu corpo era tomado por um calor quase febril. Natalia pensou nos desaparecidos e no novo desafio que enfrentariam. A falta de contato entre os dois mundos só dificultava o resgate. Pensou nos “traidores” e na forma rude como havia tratado um deles. Pensou em Hécate e em como a detestava, ou melhor, a odiava com todas as forças. Esse ódio era quase palpável… Natalia poderia jurar que conseguia controlá-lo, torná-lo real, tê-lo em suas mãos ávidas por ação.
Presa a esses pensamentos, seus olhos fixos no vazio, a realidade ao redor parecia distorcer-se, pressionada pela negatividade que a filha de Hécate exalava. Começou com pequenos objetos — medalhas penduradas em prateleiras — assumindo cores e formas diferentes, emitindo sons característicos, como se o metal inerte lutasse para não se transformar. À medida que a intensidade aumentava, objetos maiores entravam no mesmo ritmo, criando ruídos que quebravam o silêncio da noite. Involuntariamente, Natalia levantou-se da cama, ficando de pé. Suas mãos irradiavam energia, mas ela ainda não havia percebido. Estava completamente imersa em seus pensamentos, presa ao sentimento ruim que nutria pela mãe, enquanto a desordem ao redor aumentava. Móveis e objetos maiores começavam a piscar, revelando formas que poderiam tomar. Sua expressão calma estava retorcida, e o brilho daquela luz verde se intensificava, enquanto seus olhos, antes azuis, espelhavam a mesma cor...
Rápido demais, sem aviso algum. Por quê?
A pergunta surgiu em meio aos pensamentos nublados, alcançando sua consciência confusa. Não havia respostas, mas Natalia não podia negar que o sentimento alimentava algo que a satisfazia.
Era filha da deusa tríplice. Mas por que justamente agora?
Parada em frente a um espelho, Natalia recobrou a consciência, surpreendendo-se com a imagem refletida. Estava diferente… sentia-se poderosa. O ímpeto de que poderia fazer qualquer coisa inflamava seus poros, incitando outros pensamentos, guardados por tanto tempo. Por anos, acreditou piamente que algo do tipo jamais aconteceria. Considerava-se azarada, sem aptidão para aquele nível de poder. Ainda que surpresa, entendia como tudo acontecia em sua vida — rápido e sem dar-lhe tempo para respirar. A luz que atravessava seu corpo foi se esvaindo aos poucos, concentrando-se nas mãos, até desaparecer por completo. O resultado daquela pequena demonstração do novo poder era visível no metal derretido e no cheiro perceptível a todos. As medalhas retorcidas tinham formas diferentes, mas ainda reconhecíveis. Ela, por outro lado, tentou acessar o poder mais uma vez, sem sucesso. Não havia luz, energia, nada. Seria ingenuidade desejar e querer tanto assim. Ainda estava começando.
Os dias seguintes foram de pesquisa e aprendizado. Em livros antigos, Natalia procurou pistas, algo que a levasse à exatidão do que procurava. Mesmo sem disposição para conversar, Natalia foi ao encontro de Quíron e depois de Dionísio. Alvoroçada, explicou aos dois o que estava acontecendo:
(...)
“Vocês não fazem ideia…” Disse, esboçando um sorriso sem graça. “Não, não… Claro que devem saber.” As palavras não foram suas amigas naquele momento, escapando-lhe todas, antes que pudesse gerar algo com algum sentido. “Mas eu não entendo! Não entendo como isso pode ter surgido justamente agora, depois de tanto tempo. Passei em alguma prova divina e não estou sabendo?” Duvidar da própria habilidade não era algo novo. Além da impulsividade, a semideusa nutria certa descrença quanto ao assunto. Havia passado tanto tempo apenas aprendendo a manipular sua própria força física, que acabou descuidando-se do principal, a magia que jamais achou que um dia herdaria de tal forma da própria mãe. E em meio a mais um episódio de nervosismo criado por mais uma sessão de pensamentos, a filha de Hécate voltou a manipular a magia, inconsciente de seus atos, incapaz de controlar e fazer parar. Os móveis da Casa Grande sofriam transformações e pareciam pular sobre o assoalho de madeira. Natalia pôde ouvir a risada desconfortável do deus presente, pedindo que parasse, mesmo sem saber como. Até que, ao fechar os olhos com força e abrir os braços rapidamente, com as mãos espalmadas contra o nada, a filha de Hécate esbravejou irritada, ordenando que aquela comoção cessasse. A sensação que surgia quando aplicava sua atenção a isso era arrebatadora, mas também exaustiva. Ela sentia as pernas fraquejarem, ao mesmo tempo que precisava persistir, deixando que o tremor ocupasse todo seu corpo. Era vital entender o que aconteceria ao atingir o ápice daquele calor. Seu caminho para o controle parecia incerto. Quíron, acostumado com situações do tipo, explicou o que ela poderia fazer; procurar instrutores, manter-se calma e por enquanto, manter aquela informação velada até que estivesse apta para moldar e controlar com certa experiência. Ainda que mais velha, as emoções ainda tinham um peso em suas decisões. “Manipulação. Você manipulou a realidade igual a ela.” Captou do deus do vinho, as palavras voltadas para si enquanto partia, mas não deixando de surpreender-se com a revelação.
(...)
Era necessário buscar ajuda. Natalia pensou nos irmãos, hábeis na magia ativa, que sem dúvida poderiam auxiliá-la naquela fase. Entretanto, ainda era teimosa demais para pedir. Tinha em mente manter-se distante do chalé, fugir até que não houvesse outra escolha. Enquanto isso, se manteria fiel aos livros, agarrando-se à teoria, confiando na própria calma e na sensação — que poderia ser falsa, dada a insegurança — de que poderia lidar com a situação sozinha.
@silencehq
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wordwizardsara · 5 months ago
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Response to time (Resposta ao tempo)
by Nana Caymmi
listen to the original song
Batidas na porta da frente Knocks on the front door É o tempo It's Time Eu bebo um pouquinho pra ter argumento I drink a little bit to have an argument Mas fico sem jeito calado, ele ri But I get embarassed and quiet, he laughs Ele zomba do quanto eu chorei He mocks how much I've cried Porque sabe passar e eu não sei Because he knows how to pass and I don't Num dia azul de verão, sinto o vento In a blue summer day, I feel the wind Há folhas no meu coração There are leaves in my heart É o tempo It's Time Recordo um amor que perdi I recall a love I've lost Ele ri He laughs Diz que somos iguais He says we're the same Se eu notei Asks if I noticed it Pois não sabe ficar e eu também não sei Because he doesn't know how to stay, and neither do I E gira em volta de mim And he spins around me Sussurra que apaga os caminhos Whispering that he erases the paths, Que amores terminam no escuro, sozinhos that passions end in the dark, alone. Respondo que ele aprisiona I answer that what he imprisons Eu liberto I set free Que ele adormece as paixões That the passions he puts to sleep Eu desperto I awaken them E o tempo se rói And Time gnaws itself Com inveja de mim Envying me Me vigia querendo aprender He watches me, wishing to learn Como eu morro de amor How I die of love Pra tentar reviver To try to relive No fundo é uma eterna criança Deep down he's an eternal child Que não soube amadurecer That never knew how to mature/grow up Eu posso, ele não vai poder I can, but he won't be able Me esquecer To forget me
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luisdeaguilar · 5 months ago
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HENRY ZAGA? não! é apenas LUIS XAVIER DE AGUILAR, ele é filho de MORFEU do chalé QUARENTA e tem 31 ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL II por estar no acampamento há 15 ANOS, sabia? e se lá estiver certo, LUIS é bastante CALMO mas também dizem que ele é CABEÇA DURA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
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Resumo - background:
As coisas foram até fáceis para Luis. Ele recebia visitas de Morfeu em seus sonhos quando mais novo. E foi assim que descobriu que era um semideus. Aos Aos onze anos, ele foi dormir e não despertou na manhã seguinte. Luis passou 5 anos adormecido, vivendo no mundo do pai, conhecendo-o e explorando. Até que a dor ficou insuportável para sua mãe, e o deus resolveu devolvê-lo para o mundo dos despertos (como ele gostava de chamar). Entretanto, mal voltou e já teve de partir para o acampamento. Ele não se adaptava mais, depois de ter conhecido tanto do mundo do deus, era melhor que ele ficasse entre os seus. E mais seguro também. O deus se encarregou de que ele chegasse ao acampamento em segurança.  Mesmo que o acampamento não fosse lá o lugar que o pai queria para ele, considerou que lá o garoto teria mais chances de aprender a se defender, fazer amigos como ele e ser um tanto mais livre. E ele esteva certo, em quase tudo. Luis viveu um forte amor no acampamento. Elus faziam tudo juntes, até que em uma missão a outra pessoa fora envenenada, e restou ao filho de Morfeu suplicar para que Hades tivesse misericórdia. Ele e o deus fecharam um “contrato em branco”. Hades salvou seu amor, e Luis lhe deveria algo. No futuro, quando solicitado, ele deveria obedecer sem contestar. Poucas semanas depois o relacionamento acabou sem mais e nem menos. Luis se viu devastado, e nesse dia ele despertou seu poder.
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poderes e habilidades:
PODERES:  Névoa Maldita: como o nome já diz, Luis consegue criar uma névoa ao redor de seu corpo, que se expande atualmente num raio de 5 metros (ela pode expandir um pouco além, mas esse foi o máximo que ele ousou tentar), e ao respirar a névoa, o adversário irá adormecer profundamente e ter pesadelos que se tornaram reais, pelo tempo em que estiver dormindo. O efeito da névoa dura ainda cinco minutos, depois que Luis para de a expelir. HABILIDADES: agilidade e durabilidade sobre-humana.
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ARMA:
Um bastão com ponta dupla, adornado em bronze celestial, podendo ser manuseado tanto para ataques quanto para defensivas. O bastão assume a forma de lança sempre que Luis se sente ameaçado. A lâmina da ponta em dois gumes e a da base, por ser menor, assemelha-se a uma adaga.
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EXTRAS:
Patrulheiro e Membro da equipe azul de escalada.
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