#meu bloco de notas
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Fico imaginando como as coisas seriam se tu tivesse aqui.
Se a chama desse romance de verĂŁo ia tĂĄ sendo alimentada
Ou se iria apagar quando o inverno aqui chegar.
Fico listando na minha cabeça os lugares que a gente podia ir,
Os bares que podĂamos conhecer,
AtĂ© as comidas que eu queria fazer pra vocĂȘ.
Fico ensaiando quais assuntos eu podia puxar com teus pais
Porque eu adoro saber que tua mĂŁe gosta de mim
E teus amigos dizerem que a gente combina sim.
E quem poderia imaginar?
Dois escorpiÔes num deserto escaldante
Que se encontraram no oasis
De uma paixĂŁo alucinante.
Pena que esses paraĂsos sĂŁo momentĂąneos
E acabam porque a jornada tem que continuar
Cada. Um. No. Seu. Lugar.
NĂŁo quero me prender nos "e se"
Nem ficar refém da imaginação
Mas o que fazer quando Ă© a tua voz
Que faz palpitar meu coração?
Bom, eu acho que não nos resta muita opção.
NĂŁo!
Eu nĂŁo vou rimar mais uma vez em vĂŁo!
Porém naquela ligação
A gente andando eu quase senti como se pudesse te dar a mĂŁo...
Passo horas a fio criando cenĂĄrios
E Ă© quase que injusto
O jeito que eu não faço ideia
De quando vou tĂĄ do teu lado.
Tu continua mandando mĂșsicas de amor
E falando "quando eu voltar"
Eu continuo falando pra mim mesma
"Isso pode nunca rolar"
Por mais que eu queira muito acreditar.
A gente esbarra nos outros,
A gente vai de bar em bar.
Eu danço aqui, tu corre lå.
Nenhuma dessas moças vai te conquistar
E nenhum desses rapazes vai me fazer suspirar...
Mas o show tem que continuar.
A ideia de que tudo pode mudar me assusta, nĂŁo vou te enganar.
Ainda tenho medo de te ver partir,
Mesmo quando jĂĄ te vi voar.
Ă que eu continuo aqui
E meu coração lĂĄ (onde vocĂȘ tĂĄ).
Mesmo com todos os cenĂĄrios,
Os felizes e os que doem ao pensar,
Vou ficar aberta ao que tiver que rolar.
Mas preciso frisar
Que tu e teu coração marruå
Aqui sempre terĂŁo um lugar.
â cenĂĄrios
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Percy & Diggory sĂł que feitos no bloco de notas (mais ou menos)
#hello from the hallowoods#hfth#diggory graves#percy reed#sofrendo de: nĂŁo consigo desenhar fora do bloco de notas#mas foi colorido no ibis#amo eles meus queridos como pode#br art#br artist#brazilian artists#mine
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eu preciso parar de sonhar com vocĂȘ
pra vocĂȘ
#blocodenotas#bloco-de-notas#meus#amor#sonhar#socorro#desamor#parar#voce#eu#nos#mesus#sos#sinto sua falta#sentimento#pra-sempre#sempre#lilianx#te amei#te amo
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MEU DEUS DO CĂU
~Icon's for apps!~
#meu deussssss#tipo meu deus#essa Ă© uma das coisas mais fofas que eu ja vi no mundo inteiro#cara#meu deus tudo Ă© tao rosinha đ„șđ„șđ„șđ„șđ„ș#o icon lro bloco de notas
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đ kinktober - day four: caçador/presa com enzo vogrincic.
â aviso: dark romance, stalker!enzo, menção Ă sexo e masturbação, homicĂdio e violĂȘncia, menção Ă autoextermĂnio. NĂO LEIA SE FOR SENSĂVEL. (+18).
â word count: 5,6k.
â notas: eu nĂŁo sou estudante de psicologia, entĂŁo provavelmente pode ter alguns conceitos errados ao longo do texto. Ă© tudo ficção, manas e manos. Ă s psicĂłlogas do site: minhas desculpas caso haja um erro muito grotesco!! nĂŁo Ă© um smut. uma coisa meio Mavi de Mania de VocĂȘ.
a cabeça latejava como se as tĂȘmporas estivessem sido apertadas pelas mĂŁos de um gigante impiedoso. os olhos lutavam para continuarem abertos, embora a luz branca do consultĂłrio parecesse tirar sarro do seu esforço. o som da caneta deslizando pelo papel tambĂ©m nĂŁo ajudava em nada. vocĂȘ estava considerando parar de anotar o que o paciente lhe dizia, mas seria falta de educação.
"Enzo, eu preciso que vocĂȘ me dĂȘ mais detalhes da sua infĂąncia. vocĂȘ fica repetindo que as coisas eram muito difĂceis, mas vocĂȘ ainda nĂŁo disse como as coisas eram difĂceis." seu tom de voz sereno mascarava a dor profunda em que vocĂȘ se encontrava. "tudo bem por vocĂȘ?"
o homem bonito assentiu timidamente. era a terceira vez que vocĂȘ o via naquele mĂȘs e sentia que nĂŁo obtivera muito sucesso nas consultas anteriores. ele respondia Ă s perguntas e falava muito sobre coisas do dia Ă dia, mas costumava a ser um pouco vago sobre coisas pessoais. sempre que podia, contornava a pergunta com uma oratĂłria impressionante.
Enzo era muito bonito. tinha cabelos longos, andava sempre com as peças de roupa impecåveis e estava sempre cheiroso. costumava usar colares e anéis e os sapatos estavam sempre limpos. tinha uma voz profunda e envolvente. um sorriso de causar suspiros e um olhar que parecia despir quem quer que fosse.
"eu fui abandonado pelos meus pais quando criança. como nĂŁo tinha nenhum parente prĂłximo, fui deixado em um orfanato." vocĂȘ anotou tal fato no prontuĂĄrio do paciente, um pouco perplexa por ele ter escondido aquilo desde a primeira sessĂŁo. voltou a mirĂĄ-lo depois de feito, mas ele apenas se manteve em silĂȘncio.
"e como era esse orfanato?"
"pĂ©ssimo." a postura mudou. estava relaxado momentos antes e, de sĂșbito, travara em uma posição de desconforto. os dedos batucavam no braço estofado da poltrona. "as freiras que cuidavam do orfanato nĂŁo eram muito bondosas. irĂŽnico, nĂŁo?"
"vocĂȘ acha que o abandono dos seus pais Ă© responsĂĄvel por algum mecanismo de defesa que, hoje, possa te atrapalhar na sua socialização?"
"como assim?" o uruguaio a olhou desconfiado. vocĂȘ conteve a vontade de sorrir. alguns pacientes demonstravam muito mais do que pensavam demonstrar.
"quando algumas pessoas sĂŁo abandonadas, elas criam mecanismos de defesa para lidar com o abandono." vocĂȘ explicou, massageando a tĂȘmpora cuidadosamente. "por exemplo, algumas pessoas podem evitar a socialização e, consequentemente, evitar um possĂvel abandono. outras, irĂŁo socializar, mas vĂŁo fazer absolutamente tudo que elas pensam que irĂĄ garantir a presença da outra pessoa em suas vidas. isso pode ser problemĂĄtico, pois elas colocam as necessidades de outras pessoas Ă frente das suas."
"não acho que eu faça parte de nenhum dos casos. eu me socializo muito bem e sei respeitar meus limites."
"mas tem dificuldade para se abrir para outras pessoas." vocĂȘ pontuou enquanto rabiscava um desenho bobo no fim do bloco de notas. Enzo a olhou como se algo extremamente embaraçoso sobre ele houvesse sido revelado para milhĂ”es de pessoas. "estĂĄ tudo bem, Enzo. isso nĂŁo te faz uma pessoa melhor ou pior. estamos sĂł pontuando algumas caracterĂsticas sobre a sua personalidade."
um sorriso nervoso dançou nos lĂĄbios bonitos do paciente. ele voltou a relaxar, como se realizasse que nĂŁo tinha como mentir para vocĂȘ. de uma maneira ou de outra, vocĂȘ descobriria todos os segredos dele.
"acho que vocĂȘ tem razĂŁo. eu jĂĄ tive problemas relacionados Ă isso." ele confessou, um pouco receoso. "relacionamentos que nĂŁo funcionaram porque eu me abria muito pouco. amizades, romances..."
"entĂŁo vocĂȘ vĂȘ a necessidade de mudar essa sua caracterĂstica?"
"seria bom poder confiar mais nas pessoas. acho que melhoraria muitos aspectos da minha capacidade de socializar." vocĂȘ sorriu. Enzo era um homem muito inteligente, afinal. vocĂȘ gostava dos pacientes que se mostravam aptos Ă mudança.
"isso Ă© muito bom. Ă© exatamente o tipo de pensamento que alguĂ©m deve ter ao procurar a terapia." vocĂȘ o encorajou, voltando a olhar para a ficha dele. "vocĂȘ me disse que as freiras do orfanato nĂŁo eram muito solĂcitas. vocĂȘ lembra de algum episĂłdio em especĂfico que te faz pensar assim?"
[...]
seu corpo colapsou na cadeira do restaurante quando vocĂȘ finalmente achou a mesa ocupada pelo seu noivo. Esteban retirou os olhos do celular, te dando um sorriso caridoso como forma de apoio.
"vocĂȘ estĂĄ linda hoje."
"vocĂȘ Ă© um Ăłtimo mentiroso." vocĂȘ sorriu, um pouco exausta atĂ© mesmo para contrair os mĂșsculos faciais. depois de duas aspirinas, a dor de cabeça tinha atĂ© melhorado. agora restavam as dores musculares que tomavam o corpo de assalto. "vocĂȘ jĂĄ pediu?"
"sim. pedi aquele risoto que vocĂȘ gosta, alĂ©m desse merlot." ele apontou para a garrafa em cima da mesa. inclinou-se gentilmente para servir tanto o seu copo quanto o dele antes de brindar com vocĂȘ. "eu sei que Ă© dia de semana, mas vocĂȘ merece."
"de acordo." vocĂȘ nĂŁo se opĂŽs, dando um grande gole na bebida. o corpo contraiu em um espasmo de felicidade. "tudo certo para o seu voo amanhĂŁ?"
"uhum. vai ficar bem atĂ© lĂĄ?" a canhota encontrou a sua sobre a mesa, os olhinhos brilhando de preocupação. vocĂȘ sorriu.
"sĂŁo sĂł cinco dias, meu amor. acho que eu aguento." Esteban sorriu, deixando um selar no anel de noivado caro.
voaria para o Chile para performar algumas cirurgias cardiotorĂĄcicas em diversos hospitais do territĂłrio. o intercĂąmbio de saĂșde tinha sido proposto pelo hospital em que Esteban trabalhava e ele, como o homem empĂĄtico que era, nĂŁo conseguiu negar. embarcava na sexta e voltaria somente na quarta.
vocĂȘ sentia um pouco de chateação, mas nada alĂ©m do comum. estavam noivos hĂĄ pouco tempo e desde o noivado, as coisas estavam mais romĂąnticas do que nunca. era comum transarem mais do que o normal, sair para jantar mais vezes no meio das semanas turbulentas e passarem horas planejando o futuro juntos. vocĂȘ sabia que iria sentir falta dele enquanto ele estivesse em Santiago, mas seria por uma boa causa.
o jantar havia sido agradĂĄvel, como sempre. depois de algumas taças de vinho vocĂȘ estava relaxada o suficiente para aproveitar o resto da noite, esta que começou no elevador do prĂ©dio em que vocĂȘs moravam. vocĂȘ se lembrava dos lĂĄbios de Esteban correndo pelo seu pescoço e em poucos segundos vocĂȘ estava na cama sendo fodida impiedosamente.
vocĂȘ tinha as sextas livres, entĂŁo aproveitou para fazer tudo que podia depois de levar o noivo no aeroporto. participou de uma aula de pilates, levou os cachorros para passear e decidiu ir atĂ© o supermercado mais prĂłximo para repor a dispensa de casa.
estava carregando um saco pesado de ração quando os seus olhos encontraram os dele. era Enzo, o seu paciente do dia anterior. te olhava como se fosse proibido. alguns pacientes não se sentiam muito confortåveis em ver os seus terapeutas fora do consultório.
vocĂȘ sorriu timidamente antes de voltar a procurar pelo seu carrinho. Enzo, lutando contra o desconforto, se aproximou para ajudĂĄ-la.
"isso parece pesado." ele ofereceu os braços fortes e vocĂȘ colocou o saco de ração nas mĂŁos dele, agradecendo pela gentileza.
"e muito." vocĂȘ voltou a procurar pelo carrinho, achando-o um pouco distante de onde vocĂȘ o deixara. alguĂ©m provavelmente o tinha empurrado. "vocĂȘ mora por aqui?"
"nĂŁo... eu vim visitar um amigo que mora no bairro e pensei em comprar alguma bebida para nĂŁo chegar de mĂŁos vazias." ele colocou as mĂŁos nos bolsos, voltando ao estado de desconforto anteriormente. "vocĂȘ estĂĄ noiva?"
vocĂȘ olhou para as suas mĂŁos, sentindo-se pega. geralmente, tirava a aliança quando atendia os pacientes. gostava de deixar claro o limite entre razĂŁo-emoção quando atendia. nĂŁo queria que os pacientes ficassem envolvidos demais em detalhes sobre a sua vida pessoal.
"sim, fazem alguns meses." vocĂȘ brincou com a aliança. nĂŁo tinha muito mais sobre o que falar. "obrigada pela ajuda, Enzo."
"nĂŁo hĂĄ de quĂȘ." ele sorriu, gentil. vocĂȘ se afastou dele lentamente depois de se despedir.
Vogrincic assistiu enquanto vocĂȘ se afastava. estava tĂŁo linda naquele conjunto de academia, com os cabelos presos em um rabo de cavalo desleixado. podia ver a sua nuca muito bem, o que lhe causava arrepios. cada pedaço seu era tĂŁo perfeito quanto o outro.
nĂŁo pĂŽde descrever o sentimento que o tomou quando viu a sua aliança. exibia uma pedra oval solitĂĄria, o ouro branco reluzindo contra as luzes fosforescentes do supermercado. ele sabia que vocĂȘ era noiva, claro que sabia. mas ainda doĂa vĂȘ-la exibir o anel com tanta felicidade.
era uma tarde de agosto quando Enzo te viu pela primeira vez sentada em um café com algumas de suas amigas. estava bebendo café e comendo um bolo cheio de cobertura de chocolate. ele se lembrava como seus låbios envolviam a colher tão satisfatoriamente. como seu anel de noivado brilhava na sua mão esquerda. como estava linda na blusa de gola alta.
nĂŁo conseguiu evitar os instintos que hĂĄ muito lutava contra. tinha que saber mais sobre vocĂȘ.
a seguiu pelo resto do dia. passeou pelo shopping enquanto via vocĂȘ e as amigas entrarem em lojas e mais lojas. assistiu uma das amigas tirar uma foto do prato quando decidiram almoçar em um restaurante caro demais e nĂŁo tardou em abrir o Instagram, procurando pela localização do ambiente. nos stories que contavam com a localização, estava o prato da sua amiga. clicou no perfil, avançando entre posts e destaques atĂ© que achasse uma foto sua e, claro, seu perfil. vocĂȘ tinha o perfil privado e aquilo o fez gostar mais de vocĂȘ. nĂŁo era burra como as outras.
quando se certificou de que vocĂȘ estava de volta a sua casa em segurança, pegou um tĂĄxi para o prĂłprio apartamento. lĂĄ, a obsessĂŁo começou. passou horas procurando pelo seu nome. encontrou a clĂnica que vocĂȘ trabalhava, alĂ©m dos diversos trabalhos de iniciação cientĂfica que vocĂȘ jĂĄ tinha publicado. encontrou uma notĂcia em um site de fofoca de socialites que falava sobre o seu noivado. aparentemente, seu noivo vinha de uma linhagem de mĂ©dicos famosos em Buenos Aires. marcou uma consulta com a sua secretĂĄria. nĂŁo era nada barato, mas valeria cada centavo. poderia te conhecer melhor ou, atĂ© mesmo, fazer com que vocĂȘ se interessasse por ele. Enzo sabia que era bonito. nĂŁo era difĂcil conquistar nenhuma mulher se ele quisesse bastante.
Vogrincic recordou-se da Ășltima vez em que tinha mergulhado em uma obsessĂŁo daquele jeito. tinha sido em MontevidĂ©u. a garota era tĂŁo linda. uma colega de classe com quem ele tinha o prazer de dividir trabalhos e atividades. era sempre gentil, compartilhando suas anotaçÔes com ele e o incluindo nos grupos de seminĂĄrios. estava sempre cheirosa, sempre bem arrumada. ele tinha se apaixonado tĂŁo perdidamente.
começara a segui-la para as festas, jogos universitårios, bares e qualquer outro lugar que contasse com a presença dela. passara semanas e semanas enviando flores e poemas para o seu dormitório. às vezes, quando tinha medo de que alguém fosse machucå-la, ficava rondando o prédio de dormitórios femininos para que ficasse ligado em qualquer atividade suspeita. sentia-se como um herói misterioso.
até ela descobrir.
lembrava-se bem do olhar de descrença, do medo, de como ela nĂŁo queria que ele se aproximasse. implorou para que ele parasse de persegui-la, mas ela nĂŁo conseguia entender que era, basicamente, impossĂvel. ele estava envolvido demais e nĂŁo conseguiria parar. nĂŁo agora.
entĂŁo, seguiu com a loucura. nĂŁo conseguia se conter. quando tentava ficar trancado em seu prĂłprio dormitĂłrio, era como se uma crise de abstinĂȘncia o atacasse. o coração batia forte dentro do peito, as mĂŁos suavam e a cabeça doĂa sem parar. a garganta ficava seca e embora tomasse litros e litros de ĂĄgua, estava sempre com sede. nĂŁo conseguia dormir sem pensar nela. nĂŁo conseguia focar nas atividades da faculdade. nĂŁo conseguia nem mesmo respirar.
a odisseia durou atĂ© que a garota fora encontrada no seu dormitĂłrio sem vida. tinha tomado diversas cartelas de opioides e escrito uma longa carta culpando Enzo pelo seu suicĂdio. ela nĂŁo entendia que aquela era uma forma de carinho. um jeito de dizer que se importava, que queria cuidar dela quando mais ninguĂ©m queria.
foi obrigado a se mudar para Buenos Aires logo em seguida. se transferiu para uma nova faculdade para que pudesse terminar o curso e nunca mais teve coragem de pisar em Montevidéu. ainda se lembrava de como as pessoas reagiram quando o encontraram pelos corredores da faculdade.
âmonstroâ.
monstro? monstruosidade era abandonar as pessoas. deixå-las para trås com nada além de inseguranças e medos. o que ele fazia era amor. cuidado. estava ali para mostrar à ela que sempre estaria ao seu lado, que sempre cuidaria de tudo. que nunca a abandonaria.
durante o seu tempo em Buenos Aires nĂŁo encontrou ninguĂ©m que despertasse aquele interesse. Ă© claro, vez ou outra se apaixonava rapidamente por uma qualquer e era obrigado Ă descobrir tudo sobre a vida dela. mas, nenhuma o deixava preso o suficiente para que pudesse amar novamente. as mulheres eram tĂŁo fĂșteis e superficiais na capital.
atĂ© que ele encontrou vocĂȘ. vocĂȘ era tĂŁo bonita, mas, ao mesmo tempo, tĂŁo centrada. vocĂȘ era tĂŁo inteligente e empĂĄtica. tĂŁo humilde e tĂŁo trabalhadora. leal, viajada, sorridente. vocĂȘ tinha uma vida da qual ele queria fazer parte. vocĂȘ voltou a representar o ideal de felicidade na cabeça dele.
e agora ele nĂŁo podia mais viver sem vocĂȘ.
as primeiras sessĂ”es nĂŁo tinham dado em lugar algum. vocĂȘ era uma profissional muito boa e ele tinha que lutar para nĂŁo fugir do personagem. conseguia compreender que se dissesse certas coisas, acabaria lhe assustando como tinha assustado as outras pessoas. mesmo que uma vez ou outra ele pensasse que vocĂȘ o aceitaria por ser uma psicĂłloga, sempre se acovardava no final.
no entanto, estava se tornando impossĂvel ficar longe de vocĂȘ. se deu conta disso quando a viu cruzar as ilhas do supermercado de um lado para o outro exibindo o colo naquele lindo dia de primavera. era fisicamente impossĂvel nĂŁo te querer.
sabia que o seu noivo estava fora da cidade. lia cada notĂcia sobre ele, alĂ©m de acompanhar a rede sociais dos amigos do casal. ele estava no Chile assim como outros mĂ©dicos do hospital em que ele trabalhava. e vocĂȘ estava ali, abandonada.
isso o encheu de uma raiva crescente. se vocĂȘ fosse noiva dele, jamais te abandonaria. cuidaria de vocĂȘ dia apĂłs dia. vocĂȘ sempre voltaria para um lar cheio de amor e cuidado.
Enzo se deliciava com a imaginação de ser o seu noivo. o seu hobby favorito depois do trabalho era pensar em vocĂȘ. apagava as luzes do quarto, acendia velas, escolhia o vinil favorito dos maiores hits de Ray Charles para tocar e mergulhava nos pensamentos que envolviam vocĂȘ. como cozinharia para vocĂȘ todas as manhĂŁs e noites, como te daria massagens diĂĄrias quando vocĂȘ chegasse em casa cansada demais, como te foderia com paixĂŁo...
os sonhos sujos eram os mais vĂvidos. conseguia esculpir o seu corpo na argila que era a prĂłpria mente quase que perfeitamente. sabia de cor como eram as suas curvas, o formato e tamanho dos seus seios, como suas mĂŁos eram lindas e ficariam mais lindas o envolvendo. sentia-se mal por pensar em vocĂȘ daquele jeito. mas, era inevitĂĄvel. enquanto nĂŁo pudesse te ter completamente, sĂł restaria a imaginação. e aqueles momentos a sĂłs com a prĂłpria criatividade passaram a ser seus movimentos favoritos.
acordava ereto mais vezes do que o normal. sempre se aliviava debaixo da ĂĄgua gelada do chuveiro, como uma forma de punição por tal ato tĂŁo promĂscuo. raramente, quando bebia mais do que devia, o fazia na cama, pensando em vocĂȘ.
decidiu que aquele fim de semana seria o melhor momento para tentar uma aproximação. seu noivo estaria fora da cidade e ele sabia que vocĂȘ nĂŁo resistiria ao charme. podia ser um bom ator quando queria. havia aperfeiçoado a arte ao longo dos anos em que passara em Buenos Aires se relacionando com uma garota ou outra.
precisava escolher cuidadosamente. assumiu que vocĂȘ provavelmente veria as amigas em algum bar ou qualquer lugar onde ele pudesse se aproximar respeitosamente. se apresentaria para suas companhias, que ficariam embasbacadas por sua beleza, seria simpĂĄtico atĂ© que elas o convidassem para sentar. seria encantador. ela veria como vocĂȘ melhor que EstebĂĄn.
era esse o plano. estava comprometido a segui-lo e tinha atĂ© mesmo se liberado das tarefas do fim de semana para que pudesse te seguir para qualquer lugar que fosse. se vocĂȘ nĂŁo tivesse estragado tudo.
era sĂĄbado, um pouco mais de uma da tarde, quando vocĂȘ deixou a sua casa. estava linda como sempre. de camisa social larga, shorts jeans e um tĂȘnis confortĂĄvel. exibia a aliança ostensivamente com um par de brincos que combinavam. as mĂŁos de Enzo agarraram o volante do carro com certo desconforto. a primeira coisa que faria quando estivesse com vocĂȘ, seria destruir aquele pedaço de aliança insignificante.
a seguiu pela rua, parando o carro em frente Ă um cafĂ© metros da sua casa. um homem de cabelos curtos e sobrancelhas grossas esperava na porta por vocĂȘ. sorriu ao vĂȘ-la, a beijou no rosto carinhosamente e abriu a porta para que vocĂȘ entrasse. foi quando o sangue do uruguaio começou a ferver.
vocĂȘ estava tĂŁo confortĂĄvel com aquele outro homem. quem era ele? vocĂȘ estava traindo o seu noivo e Enzo nĂŁo havia descoberto? como vocĂȘ era tĂŁo estĂșpida de encontrĂĄ-lo em um cafĂ© tĂŁo prĂłximo da sua casa? e se alguĂ©m os visse ali? Vogrincic te amaldiçoou por minutos seguidos de minutos, se arrependendo por um dia ter te achado inteligente. vocĂȘ era desleixada, imperfeita, falha. e ele odiava ainda mais a si mesmo por ainda continuar te amando tĂŁo incondicionalmente.
deu partida no SUV para que evitasse mirar aquela cena constrangedora. nĂŁo seria testemunha dos seus casos ilĂcitos.
a tarde com Fernando tinha sido agradĂĄvel, como sempre. quando vocĂȘ e EstebĂĄn anunciaram a data do casamento na Ășltima semana para amigos mais prĂłximos, Contigiani nĂŁo tardou em entrar em contato. gostaria de organizar uma despedida de solteiro - com a permissĂŁo da noiva, Ă© claro - e comprar um presente especial para EstebĂĄn. eram amigos desde crianças e vocĂȘ estava extasiada em fazer parte da surpresa. Fernando e alguns outros amigos tinham escolhido presentear Kuku com uma viagem para sua adega favorita da ItĂĄlia e vocĂȘs tinham passado toda a tarde ajeitando os Ășltimos detalhes da viagem.
depois que alguns outros amigos se juntaram a vocĂȘs, a reuniĂŁo virou um encontro despretensioso que tinha resultado em diversos drinques no bar mais prĂłximo. eram sete horas da noite quando vocĂȘ finalmente se despediu dos amigos com a desculpa de que tinha que alimentar os cachorros.
quase como um mecanismo programado, pegou o celular na bolsa enquanto andava para casa. os passos eram lentos e a necessidade de ouvir o seu noivo a consumia durante todo o dia. discou o nĂșmero rapidamente, como se o pudesse fazer de olhos fechados.
"doutor Kukuriczka?" vocĂȘ fez a melhor voz manhosa que podia quando atendeu. "estou morrendo de saudades. o que vocĂȘ recomenda?"
"doses homeopĂĄticas do seu noivo." ele brincou do outro lado da linha. vocĂȘ sorriu, sentindo a saudade correr pelas veias. "eu estarei aĂ em alguns dias, nĂŁo se preocupe. como foi seu dia?"
encheu os ouvidos do noivo de fofocas e mais fofocas sobre seus amigos enquanto andava pela vizinhança, cumprimentando alguns vizinhos. assim que entrou no prédio, deu falta do porteiro, mas seguiu até o elevador sem maiores preocupaçÔes. apertou o botão do seu andar.
"endocartite bacteriana em uma criança? meu Deus, amor. seu dia deve ter sido difĂcil." vocĂȘ fez um biquinho. sabia como aqueles casos o afetavam, queria abraçå-lo e prometer que tudo ficaria bem.
"o prognĂłstico Ă© favorĂĄvel. nĂŁo se preocupe comigo, ok?" ele riu baixinho do outro lado da linha. "preocupe-se com vocĂȘ. eu sei que, quando nĂŁo estou em casa, vocĂȘ quase nĂŁo come direito."
"eu almocei hoje, ok? e teve salada e tudo mais." vocĂȘ brincou, descendo no seu andar assim que o elevador abriu. procurou a chave na bolsa, destrancando a porta com facilidade. era como se jĂĄ estivesse aberta.
"sei. faça o favor e peça um jantar, tambĂ©m. por via das dĂșvidas." vocĂȘ gargalhou, adentrando o apartamento. procurou pelos cachorros salsichas que, geralmente, vinham Ă todo vapor quando vocĂȘ abria a porta, mas nĂŁo os encontrou. "eu preciso visitar um paciente agora, ainda estou de plantĂŁo. prometo te ligar quando estiver livre."
"tudo bem, Kuku." vocĂȘ largou a chave na bacia de mĂĄrmore onde guardava outras bobagens, correndo os olhos pela sala de estar e a sala de jantar. um cheiro diferente enchia as narinas. "eu te amo."
"também te amo, mi prometida."
quando desligou o telefone, foi como se percebesse o silĂȘncio em que o apartamento estava mergulhado. procurou os cachorros por toda parte, os achando trancados no banheiro, batendo as patinhas na porta desesperadamente. nunca havia acontecido deles se prenderem ao mesmo tempo, o que quase lhe causou um ataque do coração (com toda a ironia que aquilo envolvia). depois que os serviu, foi para o banheiro da suĂte para tomar um banho.
ligou o registro, se despindo cuidadosamente enquanto a banheira ia se enchendo com o lĂquido tĂ©pido. pingou alguns Ăłleos essenciais de amĂȘndoas que tanto gostava, aproveitando dos vapores odorĂferos que embaçavam o espelho e a envolviam sutilmente. quando mergulhou o corpo na banheira, poderia jurar que ficaria ali a noite inteira.
esfregou os braços, as pernas, as costas. lembrou-se das vezes em que dividira aquele espaço Ănfimo com o noivo, sentada entre as pernas dele. EstebĂĄn era tĂŁo cuidadoso em lavar os seus cabelos e acarinhar a sua pele. quase o podia senti-lo ali. fechou os olhos, imaginando-o tocando o seu corpo com tanto clamor. jurando ao pĂ© do seu ouvido que te amava.
o cheiro estranho que sentira na sala de estar voltou a correr, desta vez, no banheiro. era um cheiro herbal, de frescor. um cheiro que vocĂȘ jurava conhecer, mas nĂŁo se recordava de onde. cheirou o prĂłprio corpo, procurando por resquĂcios de perfume dos amigos, mas nĂŁo era vocĂȘ.
quando saiu da banheira e se enrolou no roupão felpudo, escovou os dentes e seguiu para o closet. decidiu vestir uma das camisas de Estebån e uma calcinha confortåvel. ninguém a veria, então não tinha nada à esconder. perfumou o corpo com um hidratante corporal e pegou o celular para pedir o jantar. quando abandonava o closet para ir em direção à cama, o ouviu.
"quem era aquele cara com quem vocĂȘ se encontrou hoje?"
Enzo. seu paciente Enzo, sentado na poltrona que ficava ao lado da janela. a poltrona em que EstebĂĄn lia as notĂcias todas as manhĂŁs, a poltrona em que vocĂȘ pintava as unhas por causa da boa iluminação. seu paciente Enzo estava na sua casa.
o calor com o que o seu corpo estivera envolvido desde o banho parecia ter esvanecido. seu coração pareceu parar antes de voltar a vida com arritmias. suas mãos tremeram e o celular caiu no chão acarpetado. o que ele estava fazendo ali?
"o que vocĂȘ 'tĂĄ fazendo aqui?" a voz saiu trĂȘmula, frĂĄgil, desacreditada. a silhueta tremia de medo. as mĂŁos queriam se cobrir e as pernas, queriam correr. mas, vocĂȘ nĂŁo conseguia fazer nada. "como vocĂȘ entrou?"
"eu te fiz uma pergunta primeiro. é assim que nós conversamos, não é? através de perguntas." ele a encarou como se buscasse por sua afirmação. Enzo, que era, geralmente, muito tranquilo, estava uma bagunça. os olhos injetados corriam por todo o ambiente, em perplexidade por estar na sua casa. "quem era o cara?"
os olhos dele focaram um porta-retrato que estava na mesinha ao lado da poltrona. exibia uma foto sua e de EstebĂĄn quando ele tinha se formado na residĂȘncia. Enzo o pegou com delicadeza, o virando para baixo.
vocĂȘ decidiu que a melhor alternativa era respondĂȘ-lo. atĂ© que pudesse correr atĂ© a porta de casa ou pegar o seu telefone, responderia tudo que ele perguntasse.
"u-um amigo." vocĂȘ abraçou o prĂłprio corpo com temor. "pode responder a minha pergunta agora?"
"qual das duas?" Enzo voltou a mirĂĄ-la. agora, algumas lĂĄgrimas se formavam em bolsar na linha d'ĂĄgua dos seus olhos.
"o que vocĂȘ estĂĄ fazendo aqui, Enzo?"
"eu... eu tinha um plano, sabe? nesse fim de semana eu iria te mostrar que eu sou um cara legal. eu ia te conhecer melhor, ia te mostrar quem eu sou de verdade. jĂĄ tinha feito diversos planos para nĂłs." algumas lĂĄgrimas escorreram pelas bochechas avermelhadas. "atĂ© que eu te vi com outro cara. eu consigo aceitar o seu noivo, infelizmente vocĂȘ nĂŁo me conhecia antes de se comprometer com ele. mas, um amante? nĂŁo dĂĄ, nĂŁo dĂĄ..."
"Enzo... eu nĂŁo tenho um amante. ele era sĂł o meu amigo." seu corpo estava retesado, tenso. nĂŁo conseguia se mover nem mesmo que forçasse as suas sinapses ao mĂĄximo. estava amedrontada. "mas, vocĂȘ entende que isso aqui passa de todos os limites, certo? eu sou a sua psicĂłloga."
"nĂŁo... vocĂȘ Ă© o amor da minha vida." Enzo se levantou da poltrona, fazendo vocĂȘ estremecer. "eu sei que vocĂȘ Ă©. eu jĂĄ tive alguĂ©m assim na minha vida, eu me lembro da sensação. lembro de como era estar apaixonado. eu sĂł preciso que vocĂȘ me conheça melhor para que vocĂȘ veja que eu tambĂ©m posso ser o amor da sua vida..."
"Enzo, eu estou noiva." vocĂȘ o olhou nos olhos. era como um acidente: medonho, mas que vocĂȘ nĂŁo conseguia parar de olhar. "eu jĂĄ tenho alguĂ©m que eu amo. e vocĂȘ com certeza vai encontrar outra pessoa... se vocĂȘ deixar eu me trocar nĂłs podemos ir atĂ© o consultĂłrio e conversar lĂĄ."
"nĂŁo, eu nĂŁo quero ir pro consultĂłrio. eu nĂŁo tenho nada para falar na terapia. vocĂȘ nunca reparou? eu sĂł ia lĂĄ para te ver." ele sorriu, como se explicasse o Ăłbvio. seu sangue tinha se tornado gelo lĂquido, correndo pelas suas veias. "Ă© por isso que eu falava tĂŁo pouco... eu nĂŁo tenho nenhum problema, sĂł interesse em ver vocĂȘ."
Enzo se aproximou ainda mais. vocĂȘ nĂŁo conseguia recuar. estava com medo de que, se fizesse algum movimento brusco, ele faria algo terrĂvel com vocĂȘ. ele envolveu o seu rosto entre as suas mĂŁos de maneira terna.
"eu vi o seu apartamento hoje e fiquei pensando em como serĂamos felizes aqui." ele sorriu, ainda choroso. "aquilo que eu te falei sobre o abandono, isso era real. e eu estou aqui para te mostrar que eu nĂŁo vou te abandonar igual o seu noivo fez. eu vou estar aqui para vocĂȘ, sempre."
"Enzo, vocĂȘ estĂĄ me assustando." uma lĂĄgrima solitĂĄria escorreu pela sua bochecha.
"mas... eu te amo. eu te vi com aquele outro cara e vim pra cĂĄ imediatamente porque eu queria resolver as coisas com vocĂȘ. nĂŁo queria te perder para outro, de novo..." ele limpou a sua lĂĄgrima com o polegar. "eu estou aqui desde uma e meia. te assisti chegar, te assisti tomar banho e tudo que eu conseguia pensar era em como eu te amo."
nĂŁo sabia mais o que fazer. ele estava tĂŁo prĂłximo. conseguia sentir o cheiro herbal invadindo suas narinas. era ele aquele tempo todo. te observando, seguindo seus passos.
"por que eu nĂŁo pego um copo de ĂĄgua para vocĂȘ e a gente conversa com mais calma?" vocĂȘ colocou as mĂŁos sobre as deles, as segurando antes de guiĂĄ-lo de volta atĂ© a sua poltrona. Enzo assentiu, embora parecesse relutante.
foi necessĂĄria uma força tremenda para que vocĂȘ controlasse os seus passos e nĂŁo saĂsse correndo de imediato. ao chegar no corredor, pisou nas pontas do pĂ© atĂ© a porta da entrada, procurando pela chave na bacia de mĂĄrmore na mesinha ao lado. Ă© claro que Enzo havia a escondido. vocĂȘ pensou se seria uma sentença de morte gritar na varanda de casa para quem quer que estivesse passando. com certeza, seria.
seguiu atĂ© a cozinha, pegando dois copos e os enchendo de ĂĄgua. nĂŁo encheu atĂ© a borda porque, na tremedeira em que se encontrava, acabaria derramando o lĂquido por toda a casa. enquanto voltava para o quarto, decidiu que teria que pegar o seu celular.
Enzo estava sentado, com as mĂŁos entre as coxas. vocĂȘ entregou um dos copos Ă ele e sentou-se na beira da cama. vislumbrou o local onde havia deixado o celular cair, mas ele tambĂ©m havia sido confiscado. sentiu uma sĂșbita vontade de chorar.
"Enzo, eu entendi que vocĂȘ tem sentimentos por mim. e eu estou fazendo o melhor que posso para compreendĂȘ-los." vocĂȘ começou, dando um grande gole na ĂĄgua. "mas nĂŁo consigo entender porque vocĂȘ estĂĄ me fazendo de refĂ©m."
"eu jĂĄ disse. eu perdi a pessoa com quem eu era apaixonado antes... nĂŁo quero que o mesmo aconteça com vocĂȘ."
"vocĂȘ nĂŁo vai me perder." vocĂȘ encarou os olhos do uruguaio. buscou pelo seu celular na mesinha ao lado da poltrona, mas nĂŁo o encontrou. "mas, vocĂȘ compreende que nĂŁo Ă© normal aparecer na minha casa sem permissĂŁo, nĂŁo Ă©? isso me assustou."
"eu sei. mas tempos desesperados requerem medidas desesperadas."
"Enzo..." vocĂȘ se levantou, nĂŁo acreditando no que iria fazer. talvez estivesse jogando toda a dignidade no lixo, mas era melhor do que ser morta por um filho da puta maluco. andou em direção Ă ele, colocando o copo d'ĂĄgua na mesinha antes de se sentar em um dos joelhos do homem. "eu sĂł acho que hĂĄ situaçÔes melhores para que eu te conheça bem... nĂłs devĂamos marcar um cafĂ© amanhĂŁ, o que vocĂȘ acha?"
"e se eu te perder nesse meio tempo?" Vogrincic respirava fundo. nĂŁo tinha te tocado, o que vocĂȘ agradeceu mentalmente. estava nervoso, um pouco embaraçado pela situação. nĂŁo pensava em tirar proveito de vocĂȘ.
"nĂŁo vai." vocĂȘ negou com a cabeça, o tranquilizando. deu o seu melhor sorriso diplomata para acalmĂĄ-lo. "eu sĂł quero dormir depois de um dia longo. e te conhecer melhor amanhĂŁ. eu nĂŁo quero que vocĂȘ sinta que precisa invadir a minha casa para falar comigo... entendeu?"
Enzo assentiu. os olhos amendoados se tornavam menos manĂacos, mais compreensivos. o olhavam com tanta admiração que parecia ser palpĂĄvel. poderia jurar que, se pedisse Ă ele pelo seu coração, ele arrancaria do peito naquele momento. tambĂ©m jurou que ele nĂŁo a machucaria.
segurando o rosto dele com ternura, vocĂȘ depositou um beijo casto nos lĂĄbios dele. apesar de nĂŁo sentir nada alĂ©m de medo embebido em adrenalina, pĂŽde sentir os lĂĄbios macios de Enzo contra os seus. eram quentes, incertos, um pouco tĂmidos. ele segurou o seu corpo com ternura antes de corresponder.
"isso te faz crente de que vocĂȘ nĂŁo vai me perder?" vocĂȘ se sentia uma pĂ©ssima profissional. estava usando justamente da mente para que pudesse sair daquela situação. sentia-se como se estivesse o traindo.
ele assentiu com ternura, grato pela reafirmação. era a primeira vez que Enzo se sentia correspondido e o seu coração se enchia de amor. sabia que, amanhĂŁ, faria vocĂȘ se apaixonar por ele. vocĂȘ o tinha visto hoje da maneira que ele sempre quisera ser visto. tinha te compreendido como ninguĂ©m.
"por que vocĂȘ nĂŁo vai lavar o seu rosto antes de ir? vocĂȘ estĂĄ um pouco nervoso, nĂŁo Ă©?" vocĂȘ limpou as gotĂculas de suor que brotavam da testa dele. Enzo riu timidamente, assentindo.
vocĂȘ se ergueu do colo dele, indicando o banheiro com as mĂŁos. o seu plano era interfonar para o porteiro ou qualquer outro apartamento para pedir ajuda, mas o que vocĂȘ ganhou foi muito melhor.
o uruguaio puxou o celular do bolso traseiro da calça e entregou para vocĂȘ. com um sorriso carinhoso, vocĂȘ aceitou o aparelho enquanto ele se direcionava atĂ© o banheiro.
com os dedos trĂȘmulos, o desbloqueou e enviou mensagens de socorro para EstebĂĄn, alĂ©m do grupo do condomĂnio. lĂĄ, alguns moradores jĂĄ noticiavam que o sumiço do porteiro fora suficiente para chamar a polĂcia. vocĂȘ suspirou em alĂvio. pediu por socorro no grupo e descreveu Enzo o melhor que pode com o pouco tempo que tinha. quando ouviu a ĂĄgua da torneira parar de correr, desligou o telefone e o colocou sobre a mesa.
Enzo voltou, parecendo melhor. tinha retomado a compostura e os cabelos estavam elegantemente penteados para trĂĄs. vocĂȘ sorriu para ele.
"estĂĄ melhor assim." com cuidado, Enzo retirou a chave da sua casa do bolso da frente. "nĂŁo faça mais isso, ok? sempre que quiser conversar, vocĂȘ pode me ligar."
"eu nĂŁo tenho seu nĂșmero pessoal."
"ah..." vocĂȘ pegou um papelzinho na mesinha ao lado da poltrona, alĂ©m de uma caneta largada por ali. rabiscou alguns nĂșmeros aleatĂłrios no papel e o entregou, com um sorriso. "agora vocĂȘ tem."
"desculpa por ter te assustado." ele confessou. "nĂŁo era a minha intenção. mas, eu sei que vocĂȘ compreendeu. vocĂȘ sabe que eu queria somente o seu bem.
"eu sei..."
Enzo te entregou a chave. vocĂȘ o guiou pelo corredor e os seus cachorros latiram ao vĂȘ-lo. era uma presença desconhecida, e eles nĂŁo gostavam disso.
"desculpa por ter trancado os seus cachorrinhos... eu fiquei com medo deles me morderem." o uruguaio sorriu envergonhado.
vocĂȘ teve dificuldades para enfiar a chave na fechadura, mas quando o fez, girou com força para que pudesse se libertar da prisĂŁo que virara a prĂłpria casa. deu de cara com policiais no corredor, que a miraram em surpresa e a puxaram para fora de imediato.
Enzo foi detido, ali mesmo, no chĂŁo da sala de estar. suas mĂŁos foram algemadas e os seus direitos foram lidos. enquanto era culpado pelo assassinato do porteiro, ele pedia desculpas em um tom choroso. "eu nĂŁo bati forte o suficiente para matar, sĂł para desmaiĂĄ-lo..."
seu corpo tremia e os olhos se tornaram torneiras descontroladas que derramavam litros e litros de lĂĄgrimas enquanto Enzo se debatia violentamente para se soltar. os olhos dele encontraram os seus e vocĂȘ sentia a decepção correr pela feição dele.
estava tĂŁo perto do amor e aquilo fora tirado dele mais uma vez.
um policial se manteve na sua frente como medida de proteção quando o seu paciente foi levantado grosseiramente. os olhos estavam repletos de lĂĄgrimas, como os seus. ele ainda nĂŁo parecia compreender que vocĂȘ tinha guiado os passos da polĂcia para o seu apartamento.
"estå tudo bem, mi amor. eu vou voltar." ele assegurou com um sorriso triste. o policial o forçava para as escadarias do prédio, mas ele apresentava uma força descomunal enquanto resistia. seus olhos eram escuros, quebrados, cheios de uma força vil. "eu vou lutar pelo nosso amor."
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âž» đđ!đđđđ đđđđđđđđđ đđđđ
đđđđđđ
obs.: nĂŁo sei se vai se tornar uma mini sĂ©rie de hcs (jĂĄ que eu jĂĄ postei com o matĂ), mas tenho de alguns outros do elenco no meu bloco de notas, e como Ă© bem levinho e funsies e etc penso que seja legalzinho de ler pra matar o tempo! beijinhos, bebezas đ„°đ
tw.: menção à atividades sexuais, slightly degrading. mdni
bf!enzo que te viu pela primeira vez em uma exposição de arte, curioso para saber o porquĂȘ de vocĂȘ fotografar tantas obras e de tantos Ăąngulos, mas que sĂł falou contigo quando te encontrou pela segunda vez, numa mostra cultural para amadores, qual sua universidade estava promovendo. "si no es la pequeña artista, eh?"Â
bf!enzo que antes mesmo de te chamar para um encontro tinha passado HORAS no seu instagram de desenhos e releituras. ele tinha visto postagem por postagem e lido todas as legendas e comentĂĄrios, fazendo questĂŁo de escrever um "belĂssimo" no ĂșltimoÂ
bf!enzo que sempre te olhou com os olhos apaixonados, escutando o que vocĂȘ tinha pra dizer e te incentivando a falar, era sempre "e o que vocĂȘ achou?", "eu te cortei? pode falar, nena, tĂŽ ouvindo"Â
bf!enzo que acha seu brilho jovial muito bom de estar por perto, ainda que vocĂȘs nĂŁo tenham uma diferença de idade tĂŁo gritante assim, pra ele algumas coisas sĂŁo completamente novas. "esse artista que vocĂȘ gosta tem cds? quero comprar pra ti", "como assim sĂł no spotify?"Â
bf!enzo que te pediu em namoro naturalmente, nĂŁo teve preparo, nem nervosismo. vocĂȘs tinham se encontrado num parque depois de uma entrevista importante que ele ia para pleitear um papel numa peça. mesmo sem saber o resultado, quando enzo chegava, vocĂȘ estava encostadinha numa ĂĄrvore segurando um buquĂȘ de girassĂłisÂ
bf!enzo que percebeu em pouco tempo que apesar do seu espĂrito aventureiro e sua personalidade alegre, tinham muitas coisas quais vocĂȘ nĂŁo se sentia confianteÂ
bf!enzo que na primeira vez em que vocĂȘ se chamava de "feia" perto dele, parava por longos segundos antes de suspirar e te puxar para o banheiro, te colocando de frente ao espelho. as mĂŁos firmes tocando seus ombros enquanto ele começava... "nĂŁo existe absolutamente nada feio em vocĂȘ, da ponta do nariz atĂ© o polegar do pĂ© esquerdo, pequena, absolutamente nada que nĂŁo seja perfeito"Â
bf!enzo que nos dias em que vocĂȘ fica petulante e relutante em aceitar começa uma sessĂŁo de worship ferrenha, vai tirando suas roupas devagar, beijando cada centĂmetro exposto, soltando elogios e juras de amor, "vocĂȘ Ă© a mulher mais linda, mi amor", "seu cheiro, seu gosto, tudo me deixa louco" dizendo antes de voltar a lamber seu sexo numa lentidĂŁo que te faz querer rasgar os lençóisÂ
bf!enzo que ficou em choque quando te pegou lendo dark romance com bdsm e degradação. "vocĂȘ gosta disso?" ele tinha perguntado baixinho com uma das sobrancelhas arqueadas vendo vocĂȘ assentir, sem dizer mais nada, apenas anotando mentalmenteÂ
bf!enzo que depois de te dar o primeiro light spanking da vida e ver sua carinha de puta derretida tinha expandido o horizonte em um milhĂŁo de hectares, passando a mesclar as duas coisas quando iam pra cama "vocĂȘ Ă© tĂŁo boa pra mim", dizendo e socando os dedos na sua boca atĂ© que vocĂȘ estivesse engasgando e babando os dĂgitos por inteiro "Ă© a vadiazinha mais gostosa que existe, hm?"Â
bf!enzo que tem muitas linguagens amorosas, as vezes aparece na sua porta com presentes, ou entĂŁo pede que o carteiro te entregue cartas escritas Ă mĂŁo, gosta de cozinhar massas e te fazer marmitinhas e tem dias que passa a tarde toda cochilando com a cabeça no seu colo (resmunga numa lĂngua alienĂgena se vocĂȘ ameaça sair de perto)Â
bf!enzo que gosta que vocĂȘ seja independente, mas fica de dengo quando vocĂȘ sĂł manda mensagem ou liga no final do dia. "lembrou do namorado, chiquita?"Â
bf!enzo que nĂŁo tem masculinidade frĂĄgil, e que acha cĂŽmico observar seus amigos homens, sempre fofocando contigo no final do role.Â
bf!enzo que tem uma lista de coisas, filmes e mĂșsicas que fazem ele lembrar de vocĂȘ, ama anotar suas tiradas engraçadas e a galeria do celular Ă© basicamente um book seu, de quase um ano e mais de mil registros, porque nem sĂł de selfies no espelho do elevador sobrevive o homemđâïž
#la sociedad de la nieve#enzo vogrincic#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic reader#enzo vogrincic headcanons
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Dicas Para Auxiliar Na Perda De Peso! ËËË â
ËËË
Intrudução àł
Ă de grande importĂąncia aqui na nossa comunidade ED alguns conselhos para nĂłs ajudar Ă s vezes, nĂŁo Ă©? EntĂŁo, eu estou aqui hoje a fim de dar algumas dicas que eu e algumas pro-anas usam para emagrecer com mais rapidez.
Sempre que houver um descontrole ou compulsĂŁo, leia alguns meanspos: Parece nĂŁo tĂŁo importante, mas olha, ajuda bastante. Se vocĂȘ se descontrolar, leia algumas palavras ruins e veja tambĂ©m uns thinspos, ajuda muito.
Anote: Se vocĂȘ tiver um descontrole ou compulsĂŁo, escreva o que vocĂȘ sentiu depois dela ou em um diĂĄrio, ou bloco de notas, ou qualquer coisa. Quando sentir vontade de comer, sempre leia, certeza que desistirĂĄ!
Se nĂŁo conseguir, diminua o tempo: Se nĂŁo conseguir fazer um NF de 24h, 48h ou mais, faça um menor, tipo 16, atĂ© 12h. Tipo, se vocĂȘ estuda de manhĂŁ, atĂ© Ă s 12h, se vocĂȘ nĂŁo comer desde 00:00h, e ficar sem comer atĂ© o fim das suas aulas, jĂĄ Ă© um NF de 12h!
Quando nĂŁo houver opção, coma o mais limpo possĂvel ou a menor quantidade: Se em fins de semana seus pais ou pessoas que moram com vocĂȘ te fizerem comer, coma o mĂnimo possĂvel! Por exemplo: uma colher de arroz, meia de feijĂŁo, um pouco de salada. Nada de se aproveitar dessas oportunidades para se encher de comida!
Em caso de seu peso acabar se estabilizando, dietas para platĂŽ: As dietas para platĂŽ sĂŁo um dĂ©ficit de calorias, onde um dia vocĂȘ consome bastante e no outro quase nada, ajuda MUITO a sair de imediato a sair do peso que se estabilizou.
Compre laxantes e diureticos: Se vocĂȘ comer, tome um laxante (remĂ©dio que estimula os movimentos intestinais, produzindo fezes), se beber algo, tome um diurĂ©tico (remĂ©dio que estimula a necessidade de urinar). Ambos sĂŁo bem baratinhos, o meu laxante eu comprei por R$ 18,99. Minhas indicaçÔes de laxante sĂŁo o Lacto-purga e o Repilax, que Ă© o que eu tomo; os que tem um efeito mais rĂĄpido sĂŁo os lĂquidos, que tem um preço um pouco maior, porĂ©m, efetuam mais, e jĂĄ de diuretico, como nĂŁo uso, nĂŁo sei recomendar, mas se sintam livres de comentar os que usam, atĂ© irĂĄ me ajudar!
Sempre tenha um motivo para gastar calorias: Se te pedirem para ir ao mercado, ou ao algum lugar, sempre vĂĄ! De preferĂȘncia, com um relĂłgio contador de passos ou um aplicativo que faça isso; eu uso o "Contador de Passos - PedĂŽmetro" e acho que ele conta direitinho.
Tome chĂĄs que auxiliam no emagrecimento: Bom, eu vou listar aqui alguns chĂĄs para vocĂȘs! (Lista no final do post)
NĂŁo se pese todo dia: Se pesando todo dia vocĂȘ criarĂĄ uma pressĂŁo em si mesmo/a sobre emagrecer (mais do que vocĂȘ jĂĄ tem) entĂŁo se pese NO MĂXIMO, JĂ ESTOURANDO 2 vezes por semana.
Quando quiserem comer algum aperitivo, veja receitas Ana: Como a sopa Ana, por exemplo. Eu postarei algumas das minhas "receitinhas" quando as fizer
Tenha aplicativos sobre: No meu post fixado, mostro alguns aplicativos que podem lhe auxiliar, como diĂĄrios para marcar o peso, aplicativos de jejuns, exercĂcios, etc. DĂȘ uma olhada lĂĄ e vĂȘ se gosta de algum!
Se sentir fome, tome alternativas: em jejum, se sentir fome, durma, vå se distrair, fazer uma aeróbica, andar, tudo para não comer! Também masque um chiclete e beba ågua, se tiver, com gås, ajuda demais a mascarar a fome!
àł Mega Thinspo!
àłÂČ Nome dos chĂĄs!
ChĂĄ de Gengibre com Abacaxi
ChĂĄ Verde com Amora
ChĂĄ de Hibisco com Canela
ChĂĄ Mate com LimĂŁo
ChĂĄ de Feno Grego e Alcachofra
ChĂĄ de CĂșrcuma com limĂŁo
ChĂĄ Preto com Laranja e Canela
ChĂĄ de Oolong
ChĂĄ de Cavalinha
Chå de Açafrão com Gengibre
ChĂĄ Vermelho
ChĂĄ Capim-LimĂŁo
ChĂĄ de Oliveira
Chå de Orégano
ChĂĄ de Dente de LeĂŁo
ChĂĄ Matcha
(Em alguma hora, farei um post sobre os ingredientes de cada)
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Aqui estou eu, mais uma vez escrevendo no bloco de notas do meu celular, num espaço vazio que logo serĂĄ preenchido com algumas palavras do que tentei te dizer e nĂŁo consegui. Por medo. Sinto que digitar foi a Ășnica escolha que me sobrou. Trabalho. Estudo. Vejo um filme. Qualquer coisa que me faça, por um segundo, esquecer aquela noite. A nossa primeira noite. Quando sentamos no banco daquela praça longe de tudo e vocĂȘ me contou de detalhes que talvez nem todos saibam - dentro dos poucos minutos que tĂnhamos. Ali pude sentir seu toque. Pude observar seu sorriso nas entrelinhas. Aquele olhar. Aquele maldito olhar que me assombra atĂ© hoje. Quando dizem que do futuro nĂŁo sabemos, posso sentir o gosto amargo dessa frase atĂ© na pele. Talvez o futuro poderia ser o presente se as escolhas e decisĂ”es que tomamos fossem fĂĄceis. Talvez o errado seria o certo, porque para nĂłs dois era. O nosso universo. O nosso mundo. Eu queria que fosse. Momentos como esses me fazem pensar em como tudo poderia ter sido diferente se vocĂȘ tivesse visto meu coração atravĂ©s dos meus olhos, e considerasse tudo que deixei pra traz pra ter vocĂȘ. Larguei tudo o que me tirava o brilho e transferi minha fĂ© pra o nosso amor, mas percebi que na verdade era sĂł meu. O universo que criei a partir de nĂłs, um mundo inteiro de fantasias sobre um amor que estava prestes a acontecer, eu te quis e continuo escrevendo pra vocĂȘ dia apĂłs dia esperando pra viver de novo o pra sempre que nunca teve um inĂcio. Meu medo de viver sempre me paralisou, e agora me encontro entre linhas e lĂĄgrimas sob um bloco de notas fadado a ouvir lamĂșrias de um amor que nĂŁo vingou.
Tudo aquilo que eu nĂŁo disse. Inspirado na histĂłria de um anĂŽnimo; por psicoativos e inspirasse - para vibraste.
#taqnd#lardepoetas#mentesexpostas#pequenosescritores#poecitas#carteldapoesia#eglogas#projetovelhopoema#espalhepoesias#liberdadeliteraria
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eu escrevi sobre vocĂȘ, sobre a gente, escrevi as vezes que sorri e as milhares de vezes que chorei baixinho por vocĂȘ, eu derramei minha escrita, eu te mostrei meus melhores textos, te dediquei poesia, te fiz poema, te marquei em mim, escrevi teu nome no meu bloco de notas, gritei teu nome na rua, falei de vocĂȘ para os meus amigos, bebi pensando em vocĂȘ, eu me fiz tua, e hoje estou em silĂȘncio, hoje quase nĂŁo consegui escrever sobre vocĂȘ, sobre o cĂ©u nublado que vocĂȘ me causou, hoje, eu, que sou tĂŁo tagarela, nĂŁo encontro palavras pra descrever o que sinto, nĂŁo tenho palavras pra te entregar, olhando assim parece atĂ© que vocĂȘ matou as palavras que habitam em mim.
22:48
05 novembro 2023
#meus devaneios#pequenosescritores#autorias#escrevemos#liberdadeliteraria#carteldapoesia#arquivopoetico#projetovelhopoema
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se vocĂȘ soubesse de tudo que escrevi em meu bloco de notas, vocĂȘ enxergaria o livro aberto da minha alma.
bloquinho de notas
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- Como os meninos reagiriam a vocĂȘ toda atrevida da silva querendo testar uns babadinhos e querendo ficar no controle - HEADCANON
đđđđđđ: precisa nem falar nada nĂ©, linguagem baixĂssima, menção a sexo do inĂcio ao fim, fem!dom e muito sexooo
- ESTEBAN
esteban ia tĂĄ lĂĄ todo uepa que hoje temđ„đ„đ„ quando vocĂȘ jĂĄ chega toda na intenção, aĂ vocĂȘs vĂŁo pra cima e ele começa a notar que vocĂȘ tĂĄ diferente, tĂĄ mais... soltinha? tĂĄ com cara de quem tĂĄ aprontandođŻđŻđŻ aĂ vocĂȘ começa com suas vigarices sexuais đ€Șđ€Ș começa a mandar nele e fazer selvagerias. ele vai gostar?? MUITO, vai ficar todo lerdinho enquanto vocĂȘ acaba com ele na sentada e vai querer que isso se repita mais vezes (nĂŁo que ele nĂŁo gostasse antes, Ăłbvio, mas assim ficava mais intenso e diferente)
- ENZO
enzo com certeza ia amar, esse homem tem essa cara de coitado e esse jeito dele de bom moço, mas ele Ă© a maior VAGABUNDA da AmĂ©rica Latinađđđ ele ia ficar todo putĂŁo e ia aproveitar que vocĂȘ tava fazendo umas coisas diferentes pra testar umas coisas que ele vinha querendo fazer hĂĄ um tempinho. tambĂ©m iria mostrar que ele tambĂ©m tĂĄ no controle. no fim, iriam sair os dois đ”đ”đ” de tanto levar pica e buceta
- MATĂAS E SIMON
matĂas e simon iriam simplesmente AMAR vocĂȘ toda destruidora de pirocas acabando com eles e iriam fazer QUESTĂO de ficar falando toda hora o quanto vocĂȘ tava gostosa toda soltinha e atrevida mi dĂȘ papai e o matĂas no final ia ficar "o que deu em vocĂȘ hein??" tipo, que bicho do sexo te mordeu e vocĂȘ sĂł ia ficar đ€«đ€«đ€«đ€« gostou ou nĂŁo gostou?? e a resposta era Ăłbvia nĂ©. simon ia encorajar vocĂȘ, segurar suas coxas e sussurrar insanidades sĂł pra te deixar maluquinha de tesĂŁo e fazer cada vez mais barbaridades em cima dele
- PIPE
pipe ia ficar tipo "mds morri e o cĂ©u existe mesmođđđ" ia gamar em cada mĂnimo movimento que vocĂȘ fizesse, no começo ele ia ficar um pouco ???? em vocĂȘ querer estar totalmente no controle, jĂĄ que vocĂȘ costuma sempre deixar ele guiar o momento (oh delĂcia pode ir me botando) masss ele amou e vai querer vocĂȘ toda ousada mais vezes
- BLAS
blas mds o menino ia desmaiar em baixo de vocĂȘ ia ficar đ”đ”đ” tipo nĂŁo ia nem conseguir abrir o olho direito e ia ficar todo tesudinho com vocĂȘ mandando nele e fazendo barbaridades diferenciadas do que vocĂȘs normalmente fazem. ele todo burrinho de tesĂŁo assim *emoji implorando por tudo que vocĂȘ tem a oferecer* gemendo seu nome e resmungando o quanto vocĂȘ Ă© boa pra ele.
- FRAN
gente, pelo amor, Ă© canon que esse homem se amarra numa mulher gostosona capaz de quebrar ele numa sentada. ele nunca sentiria tanto tesĂŁo quanto no momento em que vocĂȘ começasse a mandar nas posiçÔes, mandar nele e ficar lĂĄ toda abaladora de picas ixqueceđ
ââïž
- AGUSTĂN
AgustĂn, porra, esse homem iria te CULTUAR enquanto vocĂȘ tĂĄ lĂĄ toda selvage e ele todo đ«đ«đ« estapeando sua bunda, falando inĂșmeros elogios e falando que desse jeito nĂŁo iria aguentar (seu ego indo lĂĄ pra cima nĂ©) e vocĂȘ nĂŁo conseguindo conter o sorrisinho satisfeito de conseguir a reação que vocĂȘ queria. aliĂĄs, quem que nĂŁo iria gostar de simplesmente ser tratada como uma deusa por agustĂn pardella, nĂŁo Ă© minhas companheiras??
agora que eu reparei que o tĂtulo do hc ficou que nem tĂtulo do xvĂdeos đŻ
foi isso tudo foi baseado na minha imaginação demonĂaca e a imagem que eles passamđąđą qualquer coisa que queiram adicionar, sintam-se livres
namoral, tava puta hoje pocas ideias, meu bloco de notas apagou uma ideia pika que eu tive, se eu tiver disposição talvez eu escreva de novo mas não sei não hein
foi isso minhas tesĂŽnicas, meus xuxusđ
#lsdln cast#esteban kukuriczka#enzo vogrincic#matias recalt#simon hempe#felipe otaño#blas polidori#fran romero#agustin pardella#headcanon
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Hoje quando peguei meu caderno,
e reli alguns versos,
vi que muito do que te escrevi
envolve saudades, dĂșvida e dor.
Mas agora eu quero falar sobre a beleza do nosso amor.
Talvez a poesia mais impactante,
seja a do poeta que sofre.
Talvez uma rima feliz nĂŁo seja tĂŁo fĂĄcil de sair,
quanto as tristes que insistem em vir.
Mas nada Ă© mais simples e fĂĄcil,
do que te amar,
mesmo quando eu te vi ir.
Seja com uma mĂșsica ou ligação,
quando tu demonstra preocupação,
todas as vezes que a gente deu as mĂŁos,
todos os beijos nas noites de verĂŁo...
E mesmo agora,
quando tudo parece tĂŁo difĂcil quanto nadar esse oceano,
quando a dor da saudade chega e me consome,
tu continua sendo o meu verso de amor constante.
Nos dias cinzas,
quando tu azuleja meu dia,
simplesmente por estar aqui,
sempre me fazendo rir.
E por falar em sorrir,
o que dizer do teu sorriso que me encanta desde o inĂcio?
Porque como alguém pode ser tão engraçado,
e ainda conseguir iluminar a sala com seu riso?
Se for loucura tudo isso,
te amar e te querer comigo,
talvez mais louco seja
quem nĂŁo vĂȘ que nosso amor era destino.
Porque mesmo com todos os percalços no caminho,
com todas as dĂșvidas e inconstĂąncias,
da mesma forma que tu carrega esse amuleto,
eu te trago comigo no peito.
EntĂŁo pode-se dizer que estamos juntos,
independente do prefixo ou DDD.
Ă, a gente meio que dĂĄ nosso jeito.
Se eu dizer que nĂŁo te quero comigo, tĂŽ mentindo.
E sobre ter pressa eu nem vou comentar.
E talvez demore até tu ficar...
Mas até lå,
nĂŁo tem um sĂł dia,
que eu nĂŁo ame te amar.
â agosto
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cherrybloggs minha querida âïžđ€đ„°đ
vc bem q podia canetar algo sobre o pipe cozinhando com sua amada né... q dps vira uma comelùncia gostosa (não estou falando de comida)
eu não ia postar nada hj, mas depois dessa live maldita irei me pronunciar. deixo esse video para reflexÔes
queria cozinhar e depois dar pra eleâ€ïž
"NĂŁo, gatita, coloca depois isso." Felipe diz retirando o pote de tempero da sua mĂŁo.
VocĂȘs estavam na cozinha fazendo um prato especial juntos diretamente das receitas salvas do Pipe. VocĂȘ achava tĂŁo fofo que toda comida que ele fazia ou aprendia anotava no bloco de notas do celular. Na maioria das vezes quem cozinha Ă© ele, nĂŁo Ă© nem porque vocĂȘ Ă© ruim, mas sim, porque ele adora testar receitas e cozinhar o acalma de certa forma, alĂ©m de sempre ser delicioso qualquer prato que ele fazia. Agora, vocĂȘ estava o acompanhando na cozinha, depois de ler as receitas salvas dele e perguntar se podiam fazer um em especĂfico, na maioria das vezes vocĂȘ sĂł lavava a louça quando ele finalizava, entretanto, hoje ele te chamou porque queria te ensinar um pouco.
"Mas na sua receita diz que Ă© agora." Fala pegando o celular dele e ampliando a tela para confirmar. VocĂȘ estava sentada no balcĂŁo com um avental com uma frase cafona combinando com o dele, apesar de estarem "cozinhando" juntos ele sĂł tinha te deixado pegar a lista de ingredientes e fez todo o resto sozinho, sĂł as vezes te pedindo para colocar na panela os temperos e molhos. Seu Ășnico foco era babar na carinha concentrada dele ao cozinhar e a voz suave te pedindo os utensĂlios perto de vocĂȘ.
"Ah Ă© porque da Ășltima vez que eu fiz nĂŁo ficou legal nessa ordem e esqueci de mudar." Felipe responde distraĂdo ao colocar panela com a carne no fogo. Ele sai de perto do fogĂŁo, chegando mais perto do seu corpo e te dĂĄ um beijinho quando estica o braço com facilidade para pegar uma vasilha na pratileira mais alta acima da sua cabeça.
"VocĂȘ nĂŁo deixa eu fazer nada." Diz manhosa com um bico quando ele volta a misturar a comida na panela.
"Oh amorcito, eu gosto de te ter aqui me fazendo companhia." Ele diz em um tom preocupado se aproximando de vocĂȘ de novo para segurar seu rosto com as mĂŁos gigantes. "SĂł quero minha musa perto de mim."
"Ai, vocĂȘ me envergonha com essas suas gracinhas." Responde tĂmida fechando os olhos ao sentir o rosto esquentar e tentando segurar um sorriso bobo, enquanto ele ri abertamente com a maneira que, independente do tempo, sempre consegue te deixar afetadinha.
"Mas Ă© verdade, bebita." Ele finaliza com um beijinho no seu nariz e pegando a sua mĂŁo te descendo da bancada. VocĂȘ segue os passos do seu namorado que te entrega uma colher grande quando te posiciona na frente do fogĂŁo.
"Pega a colher aqui e mexe a comida, porque meu braço tå cansado." Felipe diz obviamente mentindo e te deixa remexer o molho cheiroso por um tempo até que ele agarra sua mão, mexendo por ti. "Sentido anti-horårio, amor."
Felipe fala com a mĂŁo se movendo em cima da sua e o corpo grande grudado no seu, ele enrosca o braço livre na sua cintura, em seguida abaixando a cabeça para distribuir selinhos molhados no seu pescoço. Soltou um suspiro trĂȘmulo com o calor do corpo e lĂĄbios dele te acariciando, sua mĂŁo continuava fracamente mexendo o molho e Felipe que fazia a maior parte da força, por mais que estivesse com a cara no seu pescoço observava a coloração da comida prestes a ficar pronta.
"Parece uma bonequinha toda fofinha me ajudando a cozinhar." Fala ao seu ouvido ao mesmo tempo que empurrava a ereção na sua bunda te fazendo arfar." VocĂȘ fica tĂŁo gostosinha prestando atenção em tudo o que eu faço." Ele geme apertando o seu quadris e sugando a pele sensĂvel abaixo da sua orelha. Atrevida, move a cintura pressionando o volume preso na calça de moletom por baixo do avental, vocĂȘs dois se esfregavam em uma posição esquisita por cima das roupas e com as mĂŁos mexendo o molho na panela. Ambos se assustam quando o cronĂŽmetro dispara anunciando que a comida estava pronta.
Felipe Ă© o primeiro a se afastar, vocĂȘ observa de canto de olho ele organizar tudo com o rostinho pĂĄlido corado, ele te pega suavemente pelo braço, te afastando e recolhendo o molho para colocar sobre a carne, vocĂȘ fica quietinha de costas limpando a bancada e tentando controlar a sua respiração.
VocĂȘ solta um gritinho surpreso quando subitamente Felipe te inclina sobre a bancada, te deixando empinadinha para os olhos dele.
"Agora eu quero minha sobremesa, bebita." Ele geme se curvando sobre seu corpo com o ereção encaixada nas suas nådegas por um momento para então descer sua roupa de baixo.
Felipe distribui beijos pelo seu cabelo e costas, levando as mĂŁos grandes para apertar seus peitos e depois se ajoelha atrĂĄs de ti. O argentino grunhe, direcionando as mĂŁos para a sua buceta molhada e afastando os lĂĄbios maiores para brincar com a fendinha melecada.
"Oh princesa, ela fica tĂŁo chorona quando eu nĂŁo dou atenção, nĂ©?" Diz com falsa piedade e deixando um beijinho estalado nos seus lĂĄbios menores. VocĂȘ arranha a bancada quando ele continua a pressionar os lĂĄbios carnudos na sua entradinha, sabia que ele estava sorrindo ao ouvir seus suspiros.
Pipe passa a lĂngua pela extensĂŁo de pele macia, gemendo ao sentir seu gostinho encher a boca dele, em seguida lambe o clitĂłris algumas vezes atĂ© ficar inchadinho, depois circula a pontinha da lĂngua nele te fazendo empurrar os quadris contra ele e levar uma mĂŁo para as mechinhas onduladas conforme o seu namorado lambia suas dobrinhas. Com o rosto encharcado com o seu melzinho, Felipe encaminha uma mĂŁo para o pau duro, apertando por cima do short tentando alivar a tensĂŁo, com o outro braço ele segura sua cintura te imobilizando e começa a mover a cabeça de cima para baxo, esfregando a lĂngua enrijecida na sua bucetinha pulsante.
NĂŁo aguentando mais continuar com os toques superficiais, Felipe retira o membro babado da roupa, apertando a glande e em seguida punhetando o comprimento, grunhindo na sua buceta. A cozinha era preenchida por gemidos, sons molhados da boca do seu namorado e pelo barulho do homem batendo uma. Perto de gozar, Felipe acelerava o movimento de sobe e desce da prĂłpria mĂŁo direita, com a outra ele volta a tocar sua buceta, provocando o buraquinho apertado ao enfiar metade de dois dedos e ao mesmo tempo chupar seu clitĂłris.
"Felipe! Eu vou gozar, amor." Grita manhosa, rebolando no rosto e dedos dele.
Seu namorado mete os dedos inteiros, curvando e pentrando rapidamente na medida que suga o pontinho para dentro da boca. Retira a mĂŁo melada que se masturabava, subindo ela atĂ© a sua bunda onde deixa tapas fortes na mesma hora que vocĂȘ se contrai soltando uma abundĂąncia de lĂquidos nos lĂĄbios e dedos que nĂŁo paravam de se mexer te estimulando atĂ© vocĂȘ puxar os cabelos dele para afastĂĄ-lo.
Nem consegue regular sua respiração quando Pipe se pĂ”e de pĂ© e te vira para ele, em seguida te subindo na bancada com as pernas completamente abertas. Emite um miado ofegante ao observar ele pincela o pau grande e duro na sua entradinha sensĂvel, Felipe circulava a cabecinha gotejando de prĂ©-gozo no seu clitĂłris inchado do abuso dos lĂĄbios dele o que te faz levar as mĂŁos ao peitoral musculoso tentando parar as provocaçÔes.
"NĂŁo tava na receita, mas agora eu vou te dar leite, gatinha."
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Oi meu amor, hoje eu senti uma falta imensa de ti. Talvez seja porque jĂĄ faz um tempo que nĂŁo nos falamos, talvez seja porque vi algo na rua que me lembrou vocĂȘ. Cheguei em casa, peguei meu celular e pensei em te ligar, bem como eu fazia antes. Mas aĂ eu me recordei e comecei a chorar, vocĂȘ jĂĄ nĂŁo era mais minha. Em vez de te ligar, peguei um bloco de notas e comecei a escrever, expressei lĂĄ naquele papel, que enxugava as minhas lĂĄgrimas, todo meu amor e sofrimento.
#enlouqueceste#mardeescritos#pequenosescritores#lardepoetas#carteldapoesia#espalhepoesias#mentesexpostas
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Sempre q eu penso "ah, vou comer alguma coisa agr a tarde/noite", automaticamente eu abro esse app ou o meu bloco de notas (anotei um monte de dicas e tals la), e me controlo
#ed but not ed sheeran#tw ana blĂžg#tw ed ana#4norexla#4ana#ana problems#borboletando#anabrasil#âving#anadiet#tw ana rant
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dia 2 da minha tentativa de voltar a escrever a escrita foi uma companheira fiel e prĂłxima por cerca de dez anos da minha vida, desde a adolescĂȘncia atĂ© o começo da vida adulta. nĂŁo sei muito bem como começou, nĂŁo sei muito bem em que momento eu acreditei que seria bom, mas foi algo tĂŁo intenso e tĂŁo visceral que era difĂcil acreditar que um dia iria embora. mas como a fumaça de um charuto, por mais que tivesse uma presença intensa e encorpada, a escrita se dissipou. eu escrevia diariamente, metodicamente, quase que industrialmente. pĂĄginas e pĂĄginas em prosa e poesia eram produzidas todas as madrugadas, e o mĂ©todo era sempre o mesmo: caneta azul, caderno pautado, caneca de cafĂ© e sempre de madrugada. talvez o mĂ©todo tenha se tornado insustentĂĄvel. eu comecei a trabalhar e ficou impossĂvel de manter uma faculdade, um emprego e o desejo de escrever toda madrugada. mas como havia um mĂ©todo, ao parar de escrever daquela forma eu acabei parando de escrever em definitivo. tambĂ©m tem o fato de que eu comecei a ler tantos livros da faculdade que se ficou insustentĂĄvel ler poesia. tambĂ©m tem o fato de que eu comecei a beber demais. tambĂ©m tem o fato de que eu me apaixonei e fui correspondido e sem dor nĂŁo hĂĄ poesia. sĂł que os anos se passaram e eu simplesmente abri mĂŁo de algo que sempre me acompanhou de maneira tĂŁo prĂłxima. agora eu estou aqui perdido, escutando Come As You Are como se eu tivesse 16 anos de novo, parado em frente ao bloco de notas do computador e tendo a plena certeza de que a minha escrita estĂĄ muito abaixo do que poderia ser. eu devia ter continuado a treinar. devia ter continuado a ler Fernando Pessoa todas as noites na esperança de que a genialidade se transmitisse pelo cheiro do papel. agora eu uso um kindle e nĂŁo leio mais no papel. agora eu escrevo num bloco de notas e nĂŁo em um caderno. agora eu fui interrompido pelo meu chefe me mandando voltar a trabalhar. que merda, nem dĂĄ pra chamar isso de crĂŽnica. pelo menos eu tentei. quem sabe amanhĂŁ sai algo melhor.
07/11/2024 - 16:53
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