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Bruxas e Religião: Entendendo a Diferença
É comum associar a figura da bruxa diretamente a uma religião específica, mas a realidade é mais complexa. Ser bruxa e seguir uma religião são coisas distintas. A bruxaria é uma prática que envolve magia, rituais e conexão com a natureza e o espiritual, enquanto as religiões são sistemas de crenças organizados, com dogmas, ritos e divindades específicas.
Bruxas e suas afiliações religiosas Nem todas as bruxas seguem uma religião, mas muitas encontram uma espiritualidade que se alinha à sua prática. Algumas das tradições religiosas mais comuns entre bruxas incluem:
Wicca: Uma religião moderna que celebra a natureza, os ciclos da lua e os elementos. A Wicca tem um panteão com deuses e deusas, como o Deus Cornífero e a Deusa Tríplice, e muitos de seus adeptos se identificam como bruxos ou bruxas.
Paganismo: Uma espiritualidade diversa que abrange várias crenças antigas e modernas, incluindo cultos a deuses greco-romanos, nórdicos ou celtas. Muitas bruxas pagãs trabalham com esses panteões e rituais sazonais, como os Sabbats.
Umbanda e Candomblé: Religiões afro-brasileiras que incluem práticas espirituais e mágicas. Algumas pessoas nessas tradições se identificam como bruxas ou utilizam conhecimentos mágicos como parte de seus rituais e oferendas.
Heathenismo: Também conhecido como neopaganismo nórdico, é uma tradição focada nos deuses e ritos da mitologia escandinava. Algumas bruxas seguem essa linha, trabalhando com divindades como Freyja ou Odin.
Bruxaria sem religião Por outro lado, muitas bruxas praticam sem afiliação religiosa. Algumas se definem como bruxas ecléticas, misturando saberes de diversas fontes. Outras preferem uma abordagem mais espiritual e pessoal, sem seguir uma doutrina formal.
O importante é entender que ser bruxa não significa automaticamente pertencer a uma religião específica. A prática da bruxaria pode coexistir com várias crenças ou até nenhuma. Cada bruxa trilha seu próprio caminho, moldando sua magia e espiritualidade de acordo com o que faz sentido para ela. — Fernanda K.
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Explorando o Elemento Terra no Paganismo
O elemento Terra simboliza estabilidade, fertilidade, proteção e o mundo físico. É uma força poderosa usada para criar, ancorar e transformar realidades no paganismo, sendo aplicada em feitiços, rituais e práticas espirituais.
Como a Terra É Usada na Magia e Feitiços?
Aplicações Práticas em Feitiços:
Feitiços de Prosperidade: Usar terra para atrair riqueza, sucesso e estabilidade financeira.
Feitiços de Proteção: Criar barreiras energ��ticas ou espirituais.
Feitiços de Fertilidade e Crescimento: Trabalhar para promover crescimento em projetos ou vida pessoal.
Feitiços de Cura: Conectar-se com a energia estabilizadora e restauradora da Terra para promover equilíbrio e saúde.
Expulsão: Usar a força estabilizadora da Terra para dissipar energias negativas ou expulsar influências indesejadas.
Provisão ou Benefício para Alguém: Feitiços que usam terra para transferir energia positiva, como crescimento espiritual ou material.
Símbolos do Elemento Terra
Objetos Físicos: Pedras, cristais, areia, argila e sal.
Cores Associadas: Verde (fertilidade, cura), Marrom (segurança, estabilidade).
Outros Símbolos: Árvores, montanhas, campos férteis, raízes. Animais como touros, formigas, serpentes e ursos.
Representações na Vida Humana e Situações Externas
Na Vida Humana: Representa as necessidades básicas, como comida, abrigo e saúde. Simboliza estabilidade emocional e força mental. Conexão com a ancestralidade e os ciclos de vida e morte.
Ambiente físico: Lugares estáveis, como montanhas, florestas ou casas.
Conflitos: Pode refletir teimosia ou dificuldades em mudar.
Ciclos naturais: Relaciona-se a mudanças sazonais, como a renovação do solo na primavera.
Energia Positiva e Negativa da Terra
Energias Positivas que Atrai: Estabilidade, nutrição, proteção e cura. Crescimento em projetos, abundância e equilíbrio emocional.
Energias Negativas que Atrai: Estagnação, teimosia, sensação de peso ou bloqueios espirituais. Conexão excessiva ao mundo material, causando desapego do lado espiritual.
Uso para o Bem e para o Mal
Usos Positivos: Promover crescimento, proteção e estabilidade em si mesmo ou nos outros. Cura emocional e física ao liberar tensões e restaurar energias.
Usos Negativos: Práticas que buscam enraizar energias negativas em alguém, causando estagnação. Trabalhos que aprisionam ou criam barreiras em um alvo.
Perigos de Usar Magia com a Terra
Excesso de Conexão: Pode levar a uma sensação de peso emocional ou física, como apatia ou falta de progresso.
Desequilíbrio Energético: Trabalhar com a Terra sem equilíbrio com outros elementos (como Ar ou Fogo) pode causar falta de flexibilidade e criatividade.
Uso Destrutivo: Se mal-intencionada, a magia com Terra pode criar barreiras permanentes em situações ou pessoas, bloqueando avanços.
Benefícios de Usar Magia com a Terra
Conexão Profunda com o Mundo Físico: Ajuda a entender sua relação com o mundo natural e suas necessidades básicas.
Equilíbrio e Estabilidade: Ideal para momentos de crise ou quando você se sente perdido.
Manifestação de Objetivos: Trabalhar com a Terra é uma forma poderosa de trazer intenções para a realidade.
Práticas Seguras com a Terra
Rituais de Grounding: Após feitiços, caminhe descalço na terra ou segure cristais para ancorar energias.
Respeito pela Natureza: Sempre devolva algo à Terra, como plantar árvores ou oferecer sementes após um feitiço.
Equilíbrio com Outros Elementos: Trabalhe com Ar, Água e Fogo para garantir que as energias fluam corretamente.
Trabalhar com a energia da Terra é uma experiência profundamente enraizadora e transformadora. Com respeito e intenção clara, ela pode ser uma grande aliada em sua jornada espiritual.
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"André Breton, no Segundo Manifesto do Surrealismo, proclamou: “Tudo indica a existência de um certo ponto do espírito, onde vida e morte, real e imaginário, passado e futuro, o comunicável e o incomunicável, o alto e o baixo, cessem de ser percebidos como contraditórios”.
O que é o “ponto do espírito”? Algo abstrato ou concreto? Pode ser visto, experienciado? Sim. Na opinião de Octavio Paz, “Filho do desejo, nasce o objeto surrealista: a reunião de montanhas é outra vez cena de gigantes, as manchas na parede ganham vida, põem-se a voar e são um exército de aves que, com seus bicos terríveis rasgam o ventre da formosa acorrentada.” Os deslocamentos de objetos, caminhar ao acaso e ter encontros inesperados, o método paranóico-crítico de Salvador Dali, os registros de sonhos, a escrita automática, segue Paz, não são “exercícios gratuitos de caráter estético”, pois “Seu propósito é subversivo: abolir esta realidade que uma civilização vacilante nos impôs como a só e única verdadeira”. A destruição da falsa realidade revela outra, que “se levanta de sua tumba de lugares comuns e coincide com o homem”, na qual “somos de verdade”. Nela, “o mundo já não se apresenta como um ‘horizonte de utensílios’, mas como um campo magnético.”
Imagem: Artista desconhecido, via Pixabay
Texto via Surrealismo Solúvel
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A Filosofia de Loki: Como Reconhecer um Traidor — Crônicas sobre o paganismo germânico no Brasil 11
Por Seaxdēor
Um trickster é um arquétipo de personalidade bastante popular nos dias atuais, e famosos personagens como Coringa e Duende Verde, ao lado do clássico vilão da Marvel influenciado pela mitologia islandesa, são idolatrados em nossa sociedade moderna graças ao sucesso da cultura pop. Mas cabe perguntar: apesar de fazer coisas positivas de maneira não intencional ou de artimanhas, Loki é mesmo uma figura moralmente exemplar na visão de mundo dos povos germânicos, e, consequentemente, no paganismo dos dias atuais?
Farei aqui um esforço duplamente diferente para interpretar a função de Loki no paganismo moderno: primeiro entendendo a figura desse trickster de acordo com as próprias evidências e o que podemos recuperar da visão de mundo germânica em seu tempo anterior à conversão, e apenas nela; segundo, e decorrente disso, a análise será feita com um enfoque tribal. O objetivo disso é chegar a entender o mais próximo possível quem era Loki dentro do seu próprio contexto nativo.
A figura de Loki enquanto personagem que permeava o imaginário antigo, está um pouco longe de ser a mais contraditória entre os seres mais poderosos das religiões dos povos germânicos, havendo um trickster mais bem-sucedido, como veremos ao final do texto. Todavia, nos mitos preservados em nórdico antigo, Loki aparece em uma soma de ocasiões importantes e fundamentais, como a construção do muro de Ásgarðr (Ēseġeard), o nascimento do cavalo de Óðinn (Wōden), a confecção das armas divinas, como a lança Gungnir e a marreta Mjǫllnir, a disputa de insultos protagonizada por ele no poema Lokasenna, a morte de Baldr, e a própria batalha final, o Ragnarǫk.
Se considerarmos de maneira superficial, podemos correr o risco de alinhar Loki com o שָטָן (Satã) dos judeus, e em especial aquele do satanismo moderno, que tornou-se para muitos um símbolo de liberdade dentro da sociedade cristã. Todavia, a dinâmica das tribos germânicas era radicalmente diferente da nossa, e entender isso ajuda a explicitar melhor como de fato Loki foi compreendido nos tempos antigos bem como seu significado.
A primeira grande divergência entre os tempos tribais e a civilização pós-romana se dá na noção de individualidade. Hoje, o indivíduo é elevado a um grau metafísico, e a vontade e experiência subjetivas são algo que está acima de toda e qualquer coisa. O problema é que muitos julgam-se permitidos por alguma razão de limitar ou controlar a vontade de outros. Ainda assim, cada ser humano é entendido em si mesmo como um microcosmo, uma mônada, um ponto onde tudo se encontra. O indivíduo é a medida de tudo.
É aqui que temos a cisão principal com o modo de viver antigo dos germânicos. Antes da conversão ao cristianismo, a visão de mundo de diversos destes povos fazia-os entenderem-se como insuficientes em sua própria “individualidade”. Eles entendiam-se como a soma de vários espíritos que compunham seu corpo material e espiritual, por um lado. Por outro, para fins legais, haviam círculos sociais, sendo a família a unidade legal básica, e não o “indivíduo”. Isso faz com que, por exemplo, se alguém da família fosse de alguma forma molestado, os seus parentes tinham o dever legal de vingar a injúria. “Honra” era a manutenção da proteção ou vingança por parte dos familiares contra os que atacavam aqueles que estavam no mesmo innanġeard que esses familiares. A família e seu lar (hearth) eram o centro do innanġeard.
O innanġeard, é um termo em inglês antigo cognato do nórdico antigo innangarðr, o qual significa “cercamento interno, jardim interno”, segundo Eric Wōdening em sua obra We are our deeds. O innanġeard é a unidade básica da sociabilidade pagã e proteção legal nos tempos antigos. Era uma espécie de “indivíduo” legal, mas composto de várias pessoas com um laço de proteção mútua (friþ) entre si. O innanġeard era expresso fisicamente pelos próprios limites (cercas) que delimitavam a propriedade rural habitada pelos povos germânicos.
Mas porque os germânicos davam tanto valor ao coletivo e quase nenhum ao indivíduo em grande parte do seu cotidiano? Vários fatores podem ser enumerados, mas a ausência de um Estado centralizado como nos dias atuais transformava cada círculo de innanġeard responsável por defender-se do ūtanġeard, ou seja, o mundo não pertencente, externo ao innanġeard. É do ūtanġeard que vêm os invasores, os “lobos”, os “foras-da-lei” (butan ǣ) e tudo que é identificado como negativo, desestabilizador, perigoso, destruidor da friþ do innanġeard. Dentro do innanġeard, todavia, era onde a lei (ǣ) do grupo tribal e seus costumes (þēaw, sidu), bem como a proteção mútua (friþ), eram assegurados.
O coletivo tinha a função de manter o innanġeard protegido. Não existiam forças policiais ou exército fixo; a sociedade, apesar de guerreira, não era refém de uma força militar independente e mais ou menos alheia às camadas trabalhadoras e produtoras. Logo, era cada família ou grupo de famílias (clã, tribo) por si; fora das famílias só havia uma natureza inóspita, lobos, e tribos ou civilizações dispostas a escravizar ou matar estrangeiros que pudessem lhes oferecer perigo (embora isso não deva ser associado à xenofobia moderna, que é um fenômeno bastante diverso).
Os gigantes (ēotenas, para os anglo-saxões, jǫtnar, para os nórdicos) são, junto dos lobos, o símbolo máximo do ūtanġeard e seu potencial destruidor. A batalha entre os deuses (ēse, para os anglo-saxões, æsir para os nórdicos) e os gigantes não é uma batalha de “bem” versus “mal”. Ao menos não no sentido cristão que estamos acostumados. Para o cristianismo, influenciado pela doutrina platônica, o bem só pode vir de seu deus único, tudo que emana desse deus único é bem ou bom, tudo que não emana dele é mal ou mau. Existem dois polos, um é o da criação e ordem, do Bem, do deus único e onipotente; o outro é o da destruição e desordem, do Mal, de Satã. Para os antigos heathens, a coisa era um tanto mais simples. Bem e mal eram simplesmente entendidos num sentido prático: aquilo que ajuda na manutenção do bem-estar das pessoas de um innanġeard é o que é considerado bom ou benéfico; aquilo que era considerado mal era o que prejudicava e causava danos às pessoas de um innanġeard. Disso, como Eric Wōdening destaca, o Bem é igual ao innanġeard, à lei (ǣ), ao þēaw e ao sidu.
Então, essa batalha entre bem e mal, no sentido cristão, nunca existiu entre os antigos. Ainda assim, havia uma batalha do bem enquanto innanġeard e do mal enquanto ūtanġeard (embora o ūtanġeard represente o mal apenas quando é uma ameaça o innanġeard). Os ēse são a parte mais sagrada do innanġeard dos heathens tribais, assim como era nos tempos anteriores à conversão. Um prejuízo aos ēse significa um prejuízo aos humanos no innanġeard. E os ēotenas são conhecidos pela sua vontade de subtrair riquezas dos ēse e enfraquecê-los. Basta lembrar do episódio da construção do muro na cidade dos deuses reproduzida nos relatos islandeses, do sequestro de Iðunn, do roubo do Mjǫllnir, e perceberemos que sucessivas vezes os ēotenas estão tentando subtrair dos ēse sua força; em especial lhes demovendo a fertilidade, representada por deusas frequentemente exigidas nas pressões exercidas pelos ēotenas.
Loki frequentemente está no centro de tudo isso. Em algumas situações, ele próprio é o elemento desestabilizador. Da mesma forma que o ūtanġeard não é obrigatoriamente mal, mas tem a possibilidade de o ser, assim são os ēotenas. Isso explica porque Loki foi aceito dentro do innanġeard dos ēse (ou æsir, em nórdico antigo), em vez de ser considerado mal (no sentido cristão) em si mesmo, por ser um ēoten. Loki tem um pacto com Óðinn (Wōden), e o acompanha em suas viagens através do mundo mitológico dos germânicos.
Todavia, Loki frequentemente age como um ser do ūtanġeard. Loki frequentemente age tendo em vista prejudicar o innanġeard dos ēse, o Ēseġeard. Loki aparece sempre como um bufão, onde sua postura negativa é transformada em caricatura, o que comumente nos faz achar que suas atitudes são aprováveis, porque rimos delas, sem conseguir entender com profundidade o tipo de crime que Loki estava cometendo. Loki não age em vista de proteger o seu innanġeard, como a honra germânica exige; Loki age apenas em benefício próprio. Mesmo quando é forçado a agir em favor do innanġeard, em não raras ocasiões o faz a contragosto, ou por explícita e violenta ameaça ou coerção.
Dentro de nossa sociedade moderna, parece legitimamente justo que Loki seja uma figura exemplar, a dizer, alguém que pensa em si, alguém esperto. Nossa sociedade é a sociedade onde indivíduos estão em luta para submeterem-se mutuamente, mesmo no ambiente familiar. Nossa sociedade não é composta por pessoas compondo famílias, as quais compõem innanġeardas, os quais compõem tribos. A resposta fácil é: “precisamos adaptar a nossa religião ao nosso contexto histórico e social”, o que eu concordo que é válido em muitos casos, mas não aqui. Estamos falando do centro do heathenry, daquilo que mais sagradamente o define: o innanġeard.
Kindreds nascem e caem a todo momento no Brasil, e eu acredito que em grande parte isso se deve à ausência de uma relação de sacralidade entre o grupo, o estabelecimento de um innanġeard. O innanġeard significa nunca, sob nenhuma condição romper o grupo, e lutar pelo bem-estar coletivamente. Um kindred é, ou deveria ser, literalmente uma família, não apenas uma igreja. É do innanġeard que emana a sacralidade de tudo; como já foi dito, os ēse estão no centro do innanġeard e deles a sacralidade emana para os membros.
Uma das coisas mais sagradas é a manutenção da palavra e dos juramentos. Loki frequentemente quebra sua palavra; pelo qual inclusive tem seus lábios costurados por anões, na passagem do roubo do cabelo da deusa Sif, e da confecção das armas divinas. A quebra da palavra é um dos crimes mais severos, sendo, em vida, punido com o banimento, a transformação em fora-da-lei, o que implicava que se o banido fosse morto, seu assassino não sofreria punições legais. Ainda na mitologia islandesa, o dragão Níðhǫggr é encarregado de estraçalhar e se alimentar de assassinos, traidores e quebradores de palavra, três coisas que Loki representa, e eram considerados os maiores crimes; os únicos capazes de impedir a vida pacífica após a morte, ou o treinamento militar de heróis escolhidos pelas wælcyrian, o qual obviamente era menos comum.
Falando especificamente sobre assassinato, Loki foi o responsável pela morte de Balder (Bældæg ou Bealdor para os anglo-saxões); foi obra de Loki todo o plano para matá-lo e mantê-lo morto, com o qual foi punido com o banimento e o castigo da serpente gotejando veneno sobre seu corpo. Loki deliberadamente matou um membro de seu innanġeard, um crime simplesmente imperdoável, numa sociedade em que o innanġeard é sagrado.
Mas afinal, qual a função de Loki? Por que ele têm tanto destaque, aparece tantas vezes? Não seria esse seu lado “negativo” uma oposição ao lado “positivo” gerando um equilíbrio produtivo, como vemos em outras correntes espirituais?
Eu particularmente acredito que Loki seja um personagem literário, antes de uma entidade digna de culto. Todo aquele que já escreveu uma história sabe como certos personagens são exigidos em determinados contextos, e como eles precisam surgir ou ser encaixados. Os mitos islandeses carregam um jogo de metáforas complexas com funções sociais, éticas, rituais, morais, etc. Para uma sociedade que considerava o seu innanġeard algo sagrado, creio que resta pouco espaço, e nenhuma evidência, para se afirmar que Loki é um ser que recebia ou poderia receber culto. É possível que Loki fosse sim enxergado como uma espécie de entidade como um espírito poderoso ou ēoten, mas o que ele representa é o individualista, é o lobo, é aquilo que a tribo não deseja dentro de si. As mitologias de diversos povos contam não apenas sobre seres louváveis ou cultuados; elas contam também sobre aquilo que elas não desejam em seu meio social.
Loki, sob um ponto de vista heathen tribal representa assim não parte de uma dualidade que desestagna; ele representa, junto de muitos dos ēotenas, o aspecto negativo do ūtanġeard, aquilo contra o qual o innanġeard precisa se proteger para assegurar a sua própria manutenção. Os ēse por sua vez respondem a esses ataques e através de seus atos conseguem criar situações produtivas. O benefício obtido das traquinagens de Loki é um mérito do innanġeard dos ēse e não de uma suposta dualidade necessária da figura de Loki.
Loki é como aquele que se aproxima de nós, e tenta subtrair-nos sorrateiramente a reputação, o respeito, o bem-estar, enquanto se finge de amigo. Loki é aquele traidor disfarçado que não gosta de ser chamado de traidor; é aquele que está associado aos ēotenas inimigos, e, como dito no poema Hávamál, nunca se deve ser amigo do amigo de um inimigo. Loki é aquele que está sempre tramando em silêncio, por inveja, por pura vontade de prejudicar, maquinando para destruir innanġeard de um grupo, seja uma família (cyn) ou um kindred, ou associação de heathens. Loki, assim como esse tipo de pessoa, merece apenas o castigo e o banimento do innanġeard, de um ponto de vista tribal. A visão de mundo dos germânicos, como demonstrado nos relatos islandeses, nunca teve nenhuma piedade de traidores, quebradores de palavra, e desestabilizadores do innanġeard tribal. Não é a toa que Loki sempre perde em seus atos de trapaça, sempre sendo capturado, punido, enquanto outro grande trickster é tão bom no que faz que jamais falha. Esse trickster exemplar quase nunca é compreendido ou percebido: seu nome é Wōden.
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Aceitação da realidade
A forma de religião que a sociedade contemporânea mais está acostumada é a das religiões modulares, nas quais a instituição religiosa possui sua própria estrutura, e conjunto de valores, os quais podem ser transportados através do tempo e espaço de forma mais ou menos intacta, indiferente da paisagem, clima, cultura, idioma e estrutura social local. Esse tipo de religião Bil Linzie chama de religião modular. Mas o Heathenry tribal é uma religião de um tipo um tanto diverso, colocando grande importância no elemento local, cultura, idioma, estrutura social e tudo que para as religiões modulares pode ser ignorado: assim, o Heathenry tribal é uma religião étnica, mas étnico no sentido de tribal, popular, e não racial.
Por ser uma religião tão ligada à comunidade humana, seus costumes, maneira de pensar, idioma, cultura e história, o Heathenry tribal dificilmente consegue separar aquilo que é secular daquilo que é religioso, e aquilo que é religioso no Heathenry tribal assume um significado bastante diferente daquilo que nos foi legado pelo cristianismo, assumindo menos conotações de fé incontestável em dogmas abstratos, e aproximando-se mais da reinserção do homem na ordem natural das coisas, na observação da natureza e cumprimento de suas obrigações enquanto ser pertencente e dependente dessa ordem.
Enquanto religiões reveladas buscam ardentemente amedrontar e converter pessoas ameaçando-as com suposições para após a morte, o Heathenry tribal está mais preocupado com o desenvolvimento da comunidade humana e preservação e respeito à memória dos ancestrais, o cuidado com a terra à sua volta que abriga os landvættir, a preservação e proteção das pessoas que compartilham com cada heathen o innangarðr, todos os fatores os quais influenciam a vida cotidiana do heathen tribal, que é o verdadeiro escopo de sua prática: alcançar o estado de friðr, abundância, bem-estar e harmonia social do innangarðr.
Assim enquanto religiões que rejeitam a realidade oferecem várias alternativas e consolos para depois da vida e do dia-a-dia, o Heathenry tribal, em oposição a isso, é muito mais preocupado com a vida material e o “estar aqui”. Os próprios ancestrais eram vistos ligados à existência cotidiana, beneficiando a vida de sua comunidade humana e se beneficiando disso, pela outra via.
Os destinos além-vida parecem um tanto confusos e complexos, se olharmos as fontes antigas, e a grande razão disso é justamente essa ênfase que a morte tinha, não em si mesma, mas na capacidade de se unir e ser incorporada na vida material dos heathens tribais antigos. Para o Heathenry tribal é mais importante se viver com honra, respeitando e protegendo seu innangarðr do que buscar uma salvação individual depois da vida, pois a ideia essencial dos costumes antigos é melhorar e propiciar uma vida mais plena em nosso mundo, principalmente.
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O Elemento Água no Paganismo
O elemento Água é um dos quatro elementos fundamentais no paganismo e está associado às emoções, intuição, cura e purificação. Sua energia fluida e mutável reflete aspectos profundos da vida, como sentimentos, ciclos naturais e a conexão com o subconsciente. Aqui está uma visão detalhada sobre a Água no paganismo:
Significado do Elemento Água
Representação: A Água simboliza emoções, adaptação e conexão espiritual. É o elemento da fluidez e do mistério.
Emoções: Representa o fluxo de sentimentos, desde a calma até a turbulência.
Intuição: Está ligada ao subconsciente, sonhos e percepção psíquica.
Purificação: Associada à limpeza espiritual e emocional.
Fertilidade e Renovação: Relacionada à vida e ao ciclo de nascimento e renascimento.
Energia do Elemento Água
Propriedades: Acolhedora, calma e curativa, mas também poderosa, destrutiva e transformadora. Estimula a conexão com o mundo interior e promove equilíbrio emocional.
Relação com a intuição: Ajuda no desenvolvimento de dons psíquicos, como clarividência e empatia.
Uso do Elemento Água no Paganismo
Purificação: Usada para limpar espaços, objetos ou pessoas de energias negativas (ex.: água benta, água de lua).
Cura: Em rituais de cura emocional, banhos sagrados ou elixires.
Conexão espiritual: Em meditações guiadas ou jornadas espirituais ligadas ao subconsciente.
Magias de amor: Fortalece sentimentos, empatia e conexões emocionais.
Magias de sonho: Facilita sonhos lúcidos, visões e mensagens espirituais.
Magias de proteção: Usa a Água como barreira energética ou escudo.
Magias de mudança: Reflete adaptação e transformação emocional.
Símbolos do Elemento Água
Direção: Oeste.
Cores: Azul, verde-marinho, prata e branco.
Ervas: Algas marinhas, camomila, salgueiro, jasmim e lavanda.
Cristais: Água-marinha, ametista, selenita, pérolas e quartzo azul.
Animais: Golfinhos, peixes, sapos, cisnes e serpentes.
Deuses associados
Gregos: Poseidon (mares), Afrodite (amor), Selene (lua).
Celtas: Brigid (poços sagrados), Manannán mac Lir (oceano).
Finalidades do Elemento Água
Cura: Facilita a liberação de traumas e o equilíbrio emocional.
Expulsão: Elimina energias indesejadas através de banhos ou rituais de água corrente.
Ganho: Atrai amor, paz, empatia e clareza emocional.
Provisão: Serve como veículo para bênçãos e intenções direcionadas ao bem-estar de alguém.
Água e a Vida Humana
Representa��ão interna: Reflete o fluxo emocional e o estado de espírito.
Representação externa: Simboliza situações ou energias que impactam nosso equilíbrio emocional e espiritual.
Aspectos Positivos e Negativos da Água
Positivos: Inspira criatividade e intuição. Promove cura e purificação. Ajuda a superar bloqueios emocionais.
Negativos: Pode amplificar emoções instáveis, como raiva ou tristeza. Usada incorretamente, pode trazer confusão ou manipulação emocional.
Riscos e Benefícios de Trabalhar com Água
Benefícios: Cura profunda, limpeza energética e fortalecimento intuitivo. Equilíbrio emocional e desenvolvimento espiritual.
Riscos: Emoções intensas podem surgir durante rituais ou meditações com a Água. Se mal direcionada, a energia da Água pode causar estagnação emocional ou confusão.
Como Honrar e Trabalhar com a Água
Rituais simples: Meditar perto de rios, lagos ou oceanos. Criar uma tigela de água sagrada com intenções específicas. Usar água de chuva ou água de lua em rituais de purificação e cura.
Oferendas: Flores frescas, conchas, cristais, ou pequenos objetos simbólicos ao deixar suas intenções na água.
Comunicação: Fale suas intenções ou emoções diretamente para a água.
O elemento Água no paganismo é poderoso e transformador, ideal para quem busca trabalhar com emoções, intuição e renovação espiritual. Usado com respeito e cuidado, ele pode ser uma força incrível de cura e crescimento.
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O Elemento Terra no Paganismo
No paganismo, o elemento Terra é o símbolo da estabilidade, solidez e fertilidade. Ele representa a base da existência, o mundo físico, a segurança e a nutrição. É frequentemente associado à conexão com o corpo, ao mundo material e ao crescimento espiritual a partir de raízes sólidas.
Significado do Elemento Terra
Simbologia Geral: A Terra é a base dos quatro elementos, representando o alicerce da vida. Está ligada à criação, fertilidade, crescimento e renovação. É considerada o ventre que sustenta e nutre tudo que vive.
Relação com a Vida Humana:
Fisicamente: Representa o corpo e as necessidades básicas (abrigo, comida).
Emocionalmente: Significa segurança, constância e paciência.
Espiritualmente: Simboliza conexão com a natureza e raízes ancestrais.
Propriedades e Energia do Elemento Terra
Energia: Lenta, estável e densa. Associada à persistência, disciplina e construção. Representa forças estruturantes, como o crescimento de árvores ou a formação de montanhas.
Ancoramento: Traz estabilidade emocional e mental.
Fertilidade: Promove a criatividade e a manifestação de ideias no mundo físico.
Renovação: Auxilia no desapego e no início de novos ciclos.
Como o Elemento Terra é Usado no Paganismo?
Altares: Representado por cristais, pedras, areia, plantas ou sal.
Oferendas: Frutas, sementes, flores ou outros elementos naturais.
Rituais de Conexão: Trabalhos ao ar livre, jardinagem ritualística ou meditações em florestas.
Para Estabilidade e Prosperidade: Usado em feitiços de abundância, proteção e segurança financeira.
Para Cura: Trabalhos de cura corporal ou emocional com ervas e cristais.
Para Ancoramento: Meditações para equilibrar a energia e liberar tensões.
Meditações e Reflexões: Sentar-se no chão ou abraçar árvores pode ajudar a canalizar a energia da Terra. Práticas de grounding para alinhar o corpo e a mente ao presente.
Relações do Elemento Terra
Cores: Verde (fertilidade, saúde), Marrom (estabilidade, conexão com o solo).
Ervas e Plantas: Sálvia, patchouli, vetiver, eucalipto. Árvores e plantas de raízes fortes, como carvalho e alecrim.
Cristais e Minerais: Quartzo verde, jade, hematita, turmalina preta.
Animais Associados: Touro (força), formigas (trabalho), serpentes (renovação e transformação).
Direção e Estação: Norte, em muitas tradições pagãs. Inverno, representando repouso e preparação para novos ciclos.
Para Quê É Usado o Elemento Terra?
Ancoramento e Estabilidade: Ideal para momentos de insegurança ou instabilidade emocional.
Conexão com a Natureza: Reconhecer o valor da vida e a interconexão com o mundo físico.
Manifestação de Objetivos: Realizar feitiços ou práticas para concretizar sonhos e objetivos.
Proteção: Criar barreiras energéticas usando sal, cristais ou plantas.
O elemento Terra, no paganismo, é uma força essencial para quem busca estabilidade, crescimento e conexão com o mundo material e espiritual. Ele nos lembra que somos parte do ciclo natural e que tudo começa com raízes sólidas.
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O Elemento Água no Paganismo: Detalhamento Profundo
O elemento Água é essencial na prática do paganismo, representando a fluidez, emoções, intuição e a conexão espiritual. A seguir, abordaremos de maneira mais detalhada como a Água é usada em feitiços e magias, seus símbolos, energias, riscos e benefícios.
Como o Elemento Água é Usado no Paganismo
Purificação: A Água é um agente natural de limpeza, usada em rituais para remover energias negativas de pessoas, objetos ou locais.
Conexão emocional e espiritual: A energia da Água ajuda na introspecção, meditações e na amplificação da intuição.
Harmonização: Auxilia no equilíbrio emocional, especialmente em períodos de turbulência ou estresse.
Rituais cíclicos: Ligada aos ciclos da lua e das marés, a Água é usada em feitiços relacionados a mudança, adaptação e renovação.
Em quais Feitiços e Magias a Água é Usada
Cura: Banhos rituais com ervas e cristais para aliviar dores emocionais ou físicas. Feitiços com água benta, água de chuva ou de nascente para limpar traumas.
Expulsão: Lavar objetos ou ambientes para remover negatividade. Rituais com água corrente (rios ou chuvas) para levar embora mágoas e bloqueios.
Ganho: Feitiços para atrair amor, empatia ou paz emocional. Magias relacionadas à abundância (água de rios ou lagos, que fluem continuamente, simbolizando prosperidade).
Prover: Oferecer bênçãos a outras pessoas, colocando intenções na Água e entregando-a simbolicamente ou fisicamente.
Símbolos Associados à Água
Direção: Oeste, representando o fim de um ciclo e a introspecção.
Cores: Azul, prata, branco, verde-marinho.
Animais: Golfinhos, peixes, sapos, cisnes, tartarugas e serpentes.
Cristais: Água-marinha, ametista, pérolas, selenita, quartzo azul.
Ervas e Plantas: Salgueiro, algas marinhas, jasmim, lavanda, lótus.
Deuses e Entidades: Poseidon, Afrodite, Nereu. Manannán mac Lir, Brigid (poços sagrados). Iemanjá, Oxum.
Representações da Vida Humana e Situações Externas
Nascimento: A Água simboliza o começo da vida (líquido amniótico).
Emoções: Reflete o estado emocional, fluindo ou estagnando conforme as circunstâncias.
Adaptação: Representa como enfrentamos mudanças e desafios externos.
Cura coletiva: Usada para promover harmonia em grupos ou ambientes.
Energias Positivas e Negativas que a Água Pode Atrair
Energias Positivas: Empatia, amor, paz, intuição aguçada. Renovação espiritual e emocional.
Energias Negativas: Estagnação emocional se a Água não for usada corretamente. Amplificação de sentimentos como tristeza, mágoa ou apego excessivo ao passado.
Uso para o Bem e para o Mal
Para o Bem: Cura de traumas, fortalecimento emocional e promoção de harmonia. Limpeza de ambientes carregados com más energias.
Para o Mal: Pode ser usada para amplificar emoções negativas ou manipular as emoções de outras pessoas.
Perigos de Usar Magia com Água
Riscos Emocionais: Trabalhar com a Água pode trazer emoções intensas à tona, como memórias reprimidas ou traumas. Conectar-se à Água sem preparo emocional pode levar a desequilíbrios.
Riscos Energéticos: Atrair energias estagnadas ou criar dependência emocional em relação a objetos ou práticas rituais.
Cuidado com Água Contaminada:
Usar água de fontes poluídas pode trazer energias negativas ou desconexão espiritual.
Benefícios de Usar Magia com Água
Cura profunda: Ajuda a soltar mágoas e traumas emocionais, promovendo paz interior.
Renovação espiritual: Traz uma sensação de recomeço e purificação.
Conexão com o subconsciente: Facilita sonhos reveladores e insights espirituais.
Abertura de caminhos: A Água, sendo fluida, ajuda na aceitação de mudanças e novas possibilidades.
Como Usar a Água de Forma Segura
Preparação Espiritual: Medite antes de usar a Água em rituais para equilibrar suas emoções.
Fontes Limpa e Puras: Escolha água de fontes naturais, de chuva ou consagrada.
Intenções Claras: Sempre deixe claras as intenções ao trabalhar com a Água.
A Água no paganismo é poderosa e transformadora, trazendo equilíbrio e insight para quem trabalha com ela de forma respeitosa e cuidadosa. É uma ferramenta incrível para cura e crescimento espiritual, mas exige preparação emocional e conexão consciente.
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Questionário Reflexivo para Escolha de Caminho no Paganismo
Sobre espiritualidade e crenças pessoais
1. O que significa "sagrado" para você?
2. Você sente conexão com divindades específicas? Se sim, quais?
3. Prefere reverenciar forças da natureza ou deuses com personalidade própria?
4. Como você se sente sobre a ideia de politeísmo (muitos deuses)?
5. Qual o papel da espiritualidade na sua vida cotidiana?
Sobre a natureza e o mundo ao seu redor
6. Você sente uma ligação especial com a natureza? Em quais formas isso se manifesta?
7. Prefere práticas baseadas nos ciclos da natureza, como solstícios e equinócios, ou outro tipo de celebração?
8. Você já observou como as fases da lua afetam seu humor ou energia?
9. Existe algum elemento (terra, água, fogo, ar) com o qual você se identifica mais? Por quê?
10. Como você lida com mudanças nos ciclos da vida (começos, términos, renascimentos)?
Sobre mitologias e tradições
11. Há alguma mitologia (grega, nórdica, celta, egípcia, etc.) que tenha um significado especial para você?
12. Você sente atração por práticas de alguma cultura ou tradição específica?
13. Prefere práticas estruturadas (como Wicca) ou um caminho mais intuitivo?
14. Como você enxerga o papel da história e da tradição na sua espiritualidade?
15. Há uma figura mítica ou simbólica que te inspira?
Sobre práticas espirituais e mágicas
16. Você sente afinidade com rituais, meditação ou magia?
17. Prefere práticas individuais ou sente necessidade de fazer parte de um grupo/comunidade?
18. Qual a importância de rituais e cerimônias para você?
19. Você já se sentiu chamado(a) a criar um altar ou espaço sagrado?
20. Como você vê o uso de ferramentas espirituais, como cristais, tarot ou ervas?
Sobre ética e propósito espiritual
21. Quais valores ou princípios guiam sua vida espiritual?
22. Você sente que sua espiritualidade deve ter um impacto positivo no mundo?
23. Como você enxerga a relação entre espiritualidade e responsabilidade ecológica?
24. Como você lida com questões de bem e mal na espiritualidade?
25. Prefere uma abordagem prática e terrena ou mística e transcendente?
Sobre conexão e intuição
26. Você se sente guiado(a) por intuições ou "chamados"?
27. Já teve experiências espirituais ou místicas que marcaram sua vida?
28. Como você lida com sentimentos de dúvida em relação ao caminho espiritual?
29. O que você busca em termos de conexão espiritual (com o universo, com os outros, consigo mesmo)?
Sobre objetivos e visão do futuro
30. O que você espera alcançar com sua espiritualidade? Paz, conhecimento, transformação?
31. Como você imagina sua prática espiritual daqui a 5 anos?
32. Quais desafios você enfrenta ao explorar seu caminho espiritual?
33. Há algo que você sente que precisa curar ou transformar dentro de si por meio da espiritualidade?
34. Qual a importância de viver em harmonia com sua espiritualidade no dia a dia?
Sobre afinidades específicas
35. Prefere explorar tradições existentes ou criar algo novo e pessoal?
36. Você sente afinidade com energias femininas, masculinas, ambas, ou algo além?
37. Há rituais específicos que você sente vontade de praticar (dedicação, colheita, purificação)?
38. Como você enxerga a interação entre mente, corpo e espírito?
39. Existe alguma prática espiritual que você gostaria de experimentar, mas ainda não teve coragem ou oportunidade?
Como usar o questionário
Responda com honestidade e sem pressa. Depois de responder, releia suas respostas e procure por padrões ou temas recorrentes (por exemplo: conexão com a natureza, atração por mitologias específicas, interesse em rituais, etc.).
Use essas reflexões para guiar suas próximas leituras, práticas ou decisões. Se quiser ajuda para interpretar suas respostas ou traçar um plano com base nelas, é só pedir!
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Sentir conexão com divindades: uma perspectiva pagã.
Sentir conexão com divindades é uma experiência espiritual profundamente pessoal e subjetiva. Essa conexão pode variar de pessoa para pessoa, desde uma leve sensação de presença ou inspiração até encontros místicos mais intensos.
O que é sentir conexão com divindades?
É uma sensação de proximidade espiritual com uma ou mais divindades. Pode se manifestar como um "chamado", um conforto inexplicável ou uma certeza interna de que a divindade está presente na sua vida. Para alguns, a conexão é uma troca ativa (comunicação, sinais), enquanto para outros é mais sutil, como inspiração ou intuição.
Como pode ser essa conexão?
Presença: Sentir que a divindade está próxima, em momentos específicos ou durante práticas espirituais. Sinais: Ver símbolos ou ter experiências recorrentes associadas à divindade (como flores de Afrodite, corujas de Atena, trovões de Thor).
Sonhos ou Visões: Algumas pessoas têm sonhos claros ou meditações profundas onde sentem a presença ou orientação de uma divindade.
Emoção ou Inspiração: Sentir-se motivado, energizado ou em paz ao pensar em ou trabalhar com uma divindade.
Quando sentimos essa conexão?
Durante práticas espirituais, como rituais, meditação ou orações. Em momentos de necessidade ou crise, quando buscamos conforto ou respostas. Espontaneamente, quando nos deparamos com algo que nos faz lembrar da divindade (como paisagens, músicas ou eventos). Quando nos aprofundamos em estudos ou práticas relacionadas a essa divindade.
É possível não sentir conexão?
Sim, e isso é normal. Nem todos sentem uma conexão imediata com divindades, e isso não significa que você está "errado" ou que as divindades não te ouvem. Pode ser que você ainda não encontrou uma divindade que ressoe com sua energia. Seu foco espiritual esteja mais voltado para a natureza, o universo ou sua própria jornada interior. A conexão seja mais sutil e não percebida de imediato.
O que fazer se não sentir conexão?
Reflita sobre suas expectativas: Conexões nem sempre são dramáticas ou claras; elas podem ser sutis.
Explore outras divindades: Estude mitologias e veja se alguma figura ressoa com você.
Conecte-se com a natureza: Às vezes, a energia divina se manifesta no mundo natural antes de se revelar como uma divindade específica.
Pratique a paciência: Conexões podem levar tempo. Mantenha-se aberto.
O que fazer se sentir conexão?
Honre a divindade: Crie um altar, faça oferendas ou rituais simples para expressar gratidão.
Estabeleça um relacionamento: Converse com a divindade, escreva orações ou dedique tempo a ela regularmente.
Pesquise sobre ela: Estude mitos, símbolos e práticas associadas à divindade para entendê-la melhor.
Confie na intuição: Siga o que sentir certo para fortalecer a conexão.
Como criar uma conexão com divindades?
Se você deseja sentir uma conexão com divindades específicas, aqui estão algumas práticas:
Pesquise e escolha uma divindade: Estude suas histórias, símbolos e atributos.
Crie um espaço sagrado: Monte um altar com itens associados à divindade (cores, símbolos, ervas, incensos, etc.).
Faça oferendas: Isso pode incluir flores, alimentos, velas ou orações dedicadas.
Medite ou visualize: Durante a meditação, imagine a presença da divindade ou peça orientação.
Comunique-se: Fale com a divindade como se fosse uma conversa; seja honesto e aberto.
Observe sinais: Esteja atento a símbolos ou eventos incomuns que possam ser respostas.
Participe de rituais: Faça rituais específicos para celebrar ou invocar a divindade.
Tipos de conexão com divindades
As conexões podem variar:
Devoção plena: Uma ligação intensa e constante com uma divindade específica.
Relacionamento temporário: Algumas conexões surgem em momentos específicos da vida e depois desaparecem.
Ligação múltipla: Alguns trabalham com várias divindades ao mesmo tempo, dependendo de suas necessidades.
Ligação com arquétipos: Conexão com ideias ou energias representadas pelas divindades, sem vínculo pessoal direto.
Dicas finais
Siga sua intuição: Não force uma conexão; permita que ela aconteça naturalmente.
Pratique gratidão: Agradeça pelas experiências, mesmo que pareçam pequenas.
Esteja aberto(a): Nem todas as conexões são diretas. Às vezes, elas vêm de maneiras inesperadas.
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Landvættir: Os Espíritos da Terra
Na mitologia nórdica, os Landvættir são espíritos protetores associados à terra e à natureza. Para os antigos povos nórdicos, o mundo era habitado por forças espirituais presentes nas paisagens naturais ao seu redor — montanhas, florestas, rios e até campos de cultivo eram vistos como espaços onde esses espíritos habitavam e protegiam. Assim, os Landvættir não eram apenas figuras de respeito, mas também de conexão e harmonia com o ambiente.
Manifestação e Natureza dos Landvættir
Os Landvættir podiam aparecer de diversas formas, frequentemente representados por animais como cervos, pássaros ou até lobos, dependendo da região ou do tipo de natureza à qual pertenciam. Eles também podiam ser entendidos como forças sutis, representando a energia e o equilíbrio de determinado lugar. Assim, eram vistos não apenas como seres independentes, mas como parte essencial da vitalidade e fertilidade da terra.
Relação com os Povos Nórdicos
Os nórdicos tinham uma relação de profundo respeito e gratidão com os Landvættir. Esse vínculo era demonstrado em tradições cotidianas, como a colocação de pedras sobre pequenos montes ou a prática de saudações silenciosas ao passar por determinados locais. Em várias culturas nórdicas, antes de iniciar qualquer atividade que pudesse impactar o ambiente, como a construção ou o plantio, era comum honrar os Landvættir para garantir sua bênção e proteção.
Culto e Rituais
Os Landvættir eram frequentemente honrados com pequenos rituais e oferendas. Esses atos variavam de acordo com a época do ano e o local, podendo incluir ofertas de alimentos, objetos simbólicos ou até derramamento de bebidas no solo. Durante os blóts, rituais sagrados nórdicos, era comum incluir um momento para honrar esses espíritos, agradecendo sua proteção e buscando harmonia.
Culto Moderno
Hoje, no heathenismo moderno e em outras práticas neopagãs inspiradas nas tradições nórdicas, o culto aos Landvættir é preservado e adaptado para a vida contemporânea. Os praticantes que desejam cultivar uma conexão com esses espíritos realizam rituais simples, como deixar oferendas em locais naturais, recitar palavras de agradecimento e respeito, e até dedicar espaços em seus lares ou jardins para honrá-los. Essas oferendas geralmente incluem itens naturais, como grãos, frutas ou flores, e são deixadas com a intenção de manter a harmonia com as energias da terra. Alguns também acreditam que os Landvættir podem ajudar na proteção espiritual de suas casas e famílias, integrando-os em práticas de bênção dos lares.
— Fernanda K.
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Völvas e Seidkonas: Guardiãs da Magia Nórdica
Völvas
As völvas eram mulheres respeitadas e poderosas, vistas como xamãs e profetisas na cultura nórdica antiga. Seu papel envolvia acessar o conhecimento dos deuses e espíritos, atuando como intermediárias entre os mundos. Além de profecias, elas orientavam comunidades e líderes em momentos de crise, usando magia para prever ou até influenciar o destino.
Características das Völvas:
Profecia e adivinhação: A prática da spá, através da qual viam o futuro.
Viagens espirituais: Acreditava-se que podiam transitar entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
Uso de objetos ritualísticos: Como varas e cajados, símbolos de seu poder e sabedoria.
Seidkonas e Seiðr
A Seidkona é uma mulher praticante do Seiðr, uma forma específica de magia ritual. Embora as völvas também pudessem praticar o Seiðr, ele é uma técnica mais associada à manipulação de sorte, destino e energias ocultas.
O Seiðr envolvia um estado de transe, alcançado por meio de cantos e danças ritualísticas, permitindo que a praticante canalizasse forças sobrenaturais. Curiosamente, essa prática não era limitada às mulheres — embora considerada tabu, até Odin é descrito como um praticante do Seiðr.
Características do Seiðr:
Trabalho com a sorte e o destino: Influenciar ou alterar o curso dos eventos.
Manipulação de emoções e sonhos: Tanto para cura quanto para controle.
Prática em grupo: Muitas vezes realizada com auxílio de cantos e rituais comunitários.
Semelhanças e Diferenças
Função espiritual: Ambas as figuras eram mediadoras entre os mundos espiritual e material.
Gênero: Embora as völvas fossem quase exclusivamente mulheres, o Seiðr era praticado por ambos os gêneros, com restrições sociais aos homens.
Natureza das práticas: A völva era mais voltada para profecia e orientação, enquanto a seidkona manipulava energias e sorte.
O Desaparecimento das Völvas e Seidkonas
Com a cristianização da Escandinávia e de outras regiões germânicas, as práticas pagãs começaram a ser marginalizadas e proibidas. A Igreja associava essas figuras espirituais à feitiçaria e ao mal, e o uso de magia se tornou um crime severamente punido. Mulheres que mantinham práticas similares àquelas das völvas e seidkonas eram frequentemente acusadas de bruxaria e perseguidas durante os séculos seguintes.
Além disso, a mudança cultural enfraqueceu os cultos locais e rituais antigos, à medida que os valores cristãos se consolidavam. A nova religião suplantou o paganismo, e com o tempo, tanto o conhecimento quanto os rituais das völvas e seidkonas foram esquecidos ou reprimidos.
Porém, hoje, há um crescente resgate dessas tradições por meio de movimentos neopagãos como o Ásatrú e outras práticas espirituais nórdicas modernas, que buscam preservar e reinterpretar essas antigas sabedorias para os tempos atuais.
— Fernanda K.
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Heathenismo e Vertentes
O Heathenismo é uma denominação ampla que se refere a um conjunto diversificado de crenças pagãs originárias entre os povos germânicos e nórdicos, antes da cristianização. Este termo abrange não apenas as tradições nórdicas, mas também as práticas de outros grupos germânicos, como os anglos, saxões e frísios. O Heathenismo é frequentemente caracterizado pela veneração de deuses, espíritos da natureza e a conexão com a terra e suas energias.
Dentro do Heathenismo, existem duas vertentes principais:
Ásatrú: Uma forma específica de Heathenismo que se concentra na adoração dos deuses nórdicos conhecidos como os Aesir. Os praticantes de Ásatrú realizam rituais para honrar deuses como Odin, Thor e Freyja, buscando sua proteção e sabedoria em suas vidas cotidianas.
Vanatrú: Esta vertente enfatiza a veneração dos deuses Vanir, associados à fertilidade, prosperidade e natureza. Deuses como Njord e Frey são centrais para aqueles que praticam o Vanatrú, e seus rituais frequentemente celebram a conexão com a terra e os ciclos naturais.
Mas há outras formas e práticas que podem ser consideradas como "subculturas" ou "movimentos" dentro do Heathenismo, alguns exemplos:
Forn Sidr (Velha Tradição): Comum nos países escandinavos, é uma prática mais genérica do Heathenismo, sem se concentrar exclusivamente em Aesir ou Vanir, mas sim na preservação de tradições nórdicas em um contexto mais amplo.
Theodism: Um movimento Heathen que busca recriar e praticar as estruturas sociais e religiosas das tribos germânicas antigas. O foco é na reconstrução histórica e na reconstituição da hierarquia tribal.
Rökkrtrú: Uma vertente em que os praticantes veneram deuses e entidades ligados às forças destrutivas ou caóticas da mitologia nórdica, como Loki, Hel e os gigantes.
— Fernanda K.
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A Busca de Odin pelo Conhecimento
Muito antes do começo dos tempos, quando o mundo ainda se formava, Odin, o Pai de Todos, caminhava inquieto. Ele, que já era o mais sábio entre os deuses, sentia um vazio que nem a glória das batalhas, nem o poder do trovão poderiam preencher. Sabia que, para governar os reinos e proteger seu povo dos perigos ainda desconhecidos, precisava de algo que ultrapassava o poder físico: precisava de sabedoria, a verdadeira visão além do que é mortal.
Em sua jornada, chegou ao poço de Mimir, o guardião do conhecimento mais profundo e das águas que tocavam as raízes da Yggdrasil, a árvore que une os nove mundos. Este poço continha a essência dos segredos antigos, mas beber de suas águas tinha um preço. Ao encontrar Mimir, o sábio guardião, Odin foi direto:
— Quero beber das águas do conhecimento, Mimir. — E seu tom não era de pedido, mas de quem conhece a importância do que busca.
Mimir o observou em silêncio. Para acessar aquela sabedoria, Odin teria que renunciar a algo precioso, uma parte de si que não poderia ser recuperada. Sem hesitar, Odin ofereceu o que poucos jamais sacrificariam: um de seus olhos, pois sabia que o valor do que buscava era maior do que a visão mortal.
Com o sacrifício feito, Mimir o permitiu beber do poço. As águas tocaram seus lábios e, naquele momento, Odin viu além da superfície do mundo, compreendeu os segredos das runas, as profecias sobre o destino dos deuses e dos homens, e percebeu o peso do futuro que viria. Ele agora carregava a sabedoria, mas seu olhar mostrava um vazio, uma profundidade que revelava seu sacrifício.
Odin retornou para Asgard com um novo semblante, mais ciente de seu papel, das provações que viriam e das responsabilidades que ele, o Pai de Todos, teria de enfrentar. Seu sacrifício pelo conhecimento ecoa nas lendas e lembra que, para atingir o verdadeiro saber, há sempre um preço a pagar.
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Heathenismo
O heathenismo (ou heathenry) é um termo usado para se referir ao neopaganismo nórdico ou germânico. Ele revive as tradições espirituais e culturais dos antigos povos escandinavos e germânicos pré-cristãos, como os vikings. O que acreditam os heathens?
O heathenismo não é uma religião centralizada com dogmas fixos, mas sim um conjunto de tradições focadas nos deuses e mitos nórdicos e germânicos. Além dos deuses, os heathens honram os ancestrais, espíritos da natureza (como elfos e landvættir, guardiões da terra), e os Nornir, entidades que tecem o destino.
Como são os rituais?
Os rituais mais comuns incluem:
Blóts: Cerimônias de oferendas aos deuses ou espíritos.
Sumble: Um ritual social onde se faz brindes em homenagem aos deuses, aos ancestrais e à comunidade.
Rituais sazonais: Celebrações ligadas a ciclos naturais, como solstícios e equinócios, marcando as mudanças das estações.
Heathens valorizam muito a comunidade e os laços familiares, mas alguns preferem praticar de forma mais individual, conectando-se pessoalmente com os deuses e a natureza.
Heathenismo como paganismo
Paganismo é um termo mais amplo. Ele engloba práticas que celebram a natureza, ciclos da terra e a conexão com o espiritual por meio de muitos deuses e forças. Heathenismo é uma vertente específica, focada nas tradições dos povos nórdicos e germânicos e nas suas divindades
Então, todo heathen é pagão, mas nem todo pagão é heathen. Um druida ou wiccano, por exemplo, também é pagão, mas seguem tradições diferentes. — Fernanda K.
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Forças da Natureza no Paganismo
As forças da natureza no paganismo representam as energias que governam o mundo natural e estão intimamente ligadas às práticas espirituais de muitas tradições pagãs. Essas forças são vistas como sagradas, vivas e interconectadas, e os pagãos frequentemente buscam honrá-las, trabalhar com elas e aprender delas.
O Que São as Forças da Natureza?
No paganismo, as forças da natureza incluem elementos, ciclos naturais e manifestações do mundo físico e espiritual. Elas são percebidas como entidades ou energias com poder próprio, capazes de influenciar e equilibrar nossas vidas.
Os Elementos:
Terra: Estabilidade, segurança, crescimento, conexão com o corpo físico.
Água: Emoções, intuição, purificação, ciclos de vida e morte.
Fogo: Paixão, transformação, energia vital, força criativa e destrutiva.
Ar: Pensamento, comunicação, sabedoria, inspiração e liberdade.
Éter (Espírito): Unidade, equilíbrio, a força que conecta todos os elementos.
Ciclos Naturais:
Estações do Ano: Primavera (renascimento), verão (vitalidade), outono (colheita), inverno (reflexão).
Fases da Lua: Crescente (início de projetos), cheia (manifestação), minguante (liberação).
Solstícios e Equinócios: Momentos sagrados marcando mudanças sazonais.
Fenômenos Naturais: Raios, tempestades, ventos, vulcões, mares e montanhas são considerados manifestações da energia divina.
Como as Forças da Natureza São Trabalhadas?
Rituais e Cerimônias: Honrar as forças da natureza por meio de altares ao ar livre, oferendas e orações específicas a elementos ou ciclos. Práticas sazonais, como celebrações do Sabbat na Wicca (Yule, Beltane, Samhain, etc.).
Meditação e Conexão: Meditar em um espaço natural, como florestas ou praias, para sentir a energia dos elementos. Visualizações guiadas para se conectar com cada elemento e entender como ele impacta sua vida.
Magia Natural: Uso de ervas, cristais e outros materiais naturais em feitiços. Trabalhar com a energia do clima ou dos astros para alcançar objetivos.
As Forças da Natureza como Divindades
Em muitas tradições pagãs, as forças da natureza são personificadas como deuses e deusas. Por exemplo:
Gaia: A personificação da Terra.
Poseidon: Representação do mar e das águas.
Hélios: Sol e luz.
Outras vezes, são vistas como espíritos, como os genius loci (espíritos do lugar) ou fadas, que habitam e protegem locais específicos.
A Importância das Forças da Natureza no Paganismo
Conexão Espiritual: Reconhece que tudo na Terra é interligado, e a humanidade faz parte do ecossistema.
Respeito e Sustentabilidade: Muitos pagãos são ambientalistas, acreditando que proteger a natureza é um ato sagrado.
Cura e Equilíbrio: Trabalhar com forças naturais ajuda a equilibrar mente, corpo e espírito.
Como Sentir as Forças da Natureza?
Práticas ao Ar Livre: Caminhe descalço, abrace árvores, sente-se perto de um rio ou cachoeira.
Escuta Atenta: Preste atenção aos sons do vento, da água ou dos animais.
Elementos no Altar: Use representações dos elementos (terra, água, velas, incensos).
Sinais e Mensagens: Observe mudanças no ambiente, como ventos inesperados ou a presença de certos animais.
Riscos e Benefícios
Riscos: Falta de respeito pode causar desconexão ou desequilíbrio. Uso irresponsável de recursos naturais pode ir contra os valores pagãos.
Benefícios: Sensação de pertencimento e harmonia com o mundo. Maior sensibilidade à energia ao seu redor. Crescimento espiritual por meio de aprendizado com a natureza.
Trabalhar com as forças da natureza é um lembrete constante da interconexão entre nós e o universo. Seja por meio dos elementos, ciclos ou fenômenos, essas energias nos convidam a viver em equilíbrio e reverência.
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