#existir és resistir
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"No al genocidi, existir és resistir" (CA: Català)
"No to the genocide, existence is resistance" (EN: English)
#No al genocidi#existir és resistir#No to the genocide#existence is resistance#161#1312#class war#anti capitalism#antifascist#antiauthoritarian#anti colonialism#anti imperialism#anti cop#anti colonization#antinazi#eat the rich#eat the fucking rich#ausgov#politas#auspol#tasgov#taspol#australia#fuck neoliberals#neoliberal capitalism#anthony albanese#albanese government#anarchism#anarchist#anarchopunk
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tu me visita e eu acho chato
nunca sei como falar sobre você tu chega, ocupa e fica. sem ser convidado você se acomoda. sem ser perguntado, tu questiona. tu costuma se esconder em emaranhados está sempre a espreita aguardando pelo fatídico momento em que finalmente entrará em ação e tomará o controle da situação. muitas vezes deixo tudo em tuas mãos pois você não me é estranho apesar de não ter permissão para entrar em ação, você sempre fica em segundo plano.
quando te dou voz minha garganta lateja quando te dou espaço meu peito pesa meu corpo reclama te quer fora mas você parece amar o efeito que tem sob minha vida você não consegue me esquecer e eu não te deixo ir
vivo dentro de uma utopia que te transforma em nada.
quando ponho os pés no chão e respiro consigo ver tatear o rastro de estrago que você deixa ao estar tu retornas sem ao menos ter partido me pergunto e anseio pelo dia que você irá se esconder e não irá encontrar o caminho de volta para tua casa emaranhada a tua gaveta que tu guardas memórias danificadas e perdidas pelo teu mal agouro que quando visitadas, ainda mais dolorosas. teus lençóis que estão sempre encharcados d'água salgada tipo a do mar tua casa é também minha casa
nossa casa nossa casa é no fundo do oceano as vezes eu me perco dentro dela falta oxigênio ao ir a varanda é sempre muito difícil respirar quando preciso me ausentar a pressão lá fora me faz não levantar não consigo ficar de pé dentro de casa meu corpo rejeita este lugar mas ele é fraco e não entra em lutas pra quê lutar? me pergunto você não que ir mesmo! toda vez preciso te pôr pra fora preciso te expulsar implorar para que você vá tu é resistente não luta limpo joga sempre pra ganhar e eu sempre entrego tudo em tuas mãos todas as cartas todas as peças as vezes faço questão de te ganhar e esfregar na tua cara que tu perdeu tuas forças
boba eu fico quando acredito que tu fostes e quando tenho noção você já está em casa de novo
te peço que quando retorne do emaranhado lembre-se de que preciso respirar, que preciso ver a luz do sol raiar em algum lugar lá longe, um dia lembre-se que tua casa também é minha, que tu dividi esse espaço comigo, de que você não pode ser a única que manda e desmanda lembre-se de que não preciso mergulhar dentro desse oceano que nós chamamos de casa
pois tua presença faz a minha desaparecer sumir se desfazer pelo ar tua presença causa angústia me faz ter o constante sentimento de interrogação me pergunto sempre o porquê de ter que dividir morada com você o que mais quero é ir pra bem longe correr de você para o mais distante que eu puder distante e além estar adoecida por tua causa me faz querer gritar até meus pulmões queimarem até que eu deixe de existir não tenho forças pra resistir tua a persistência mas como tu és suja também não jogo limpo te falo verdades te ponho no cantinho do pensamento da nossa casa, virada pra parede te deixo lá.
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Você já parou e silenciou seu corpo? Faça isso e conte para si qual é a narrativa que você compõe para si... O que você conta para si verdades, mentiras ou expectativas? Antes de responder você já escutou aquela música do Tom Jobim - "Estrada Branca" uma música tão vacuidade e solitude. Um pouco de inteireza com essas perguntas. O tempo vai passando e tememos quem nos tornamos com passar... O cabelo de trigo. O rosto com suas linhas vão narrando por onde você andou. A pele dos braços pintados e com manchas, baila com a flacidez. Essa é a mulher dentro de mim... Enxergando além e seu futuro. Daqui 30 anos ou mais. O retrato quem sou eu na alma e agora com idade cronológica, e sensação de não pertencer esse corpo atual. Ser uma mulher profunda é levar com si todas as pessoas que tocaram seu coração e deixou uma lição, assim você vai aprendendo ser mais forte e solidaria. Sorrir e sair do juízo é o ponto de partida de recomeçar a vida a cada manhã. O maior milagre ser você e existir enquanto existência. O sistema já anular a existência e resistir é encontra sentido na sua própria inteireza que existe de si. Conte para si quem és e narrar para si... Descanse como criança com calor da voz da mãe no ouvido e no coração. Seja você mulher jovem ou madura você sempre será a mesma dentro da essência. Ninguém pode tirar aquilo que pertencer você.
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Liberdade 31/03/2020
Por muito tempo mantive em cativeiro uma parte de mim. Já havia tentando aniquilá-la algumas vezes as quais não deram certo, pois me diziam que essa não era minha essência, que não era eu, e acatei isso como verdade, queria ser o que viam em mim para que me amassem, enquanto essa parte minha estava lá, presa. O tempo foi passando, cada vez mais tentava me adequar ao que diziam que eu era, enquanto aquela parte criava mais potência, força e vontade de se libertar. Vesti a ideia de um outro eu, que não era eu. Até que tive a oportunidade de passar um tempo comigo, e nessa viagem pra dentro de mim me deparei com essa parte, e ela me disse: - " Pode me soltar, não tem ninguém aqui, deixa eu respirar um pouco, vamos conversar". Não pude resistir ao pedido sincero, então a libertei, ela havia passado tanto tempo acumulando forças, que quando fiz isso ela veio num salto quântico pra fora, e iniciamos nosso diálogo, ela me fez alguns pedidos, me deu algumas orientações, eu a abracei com força e prometi a ela que jamais a, prenderia, trancaria ou a sufocaria novamente, ela me recordou do quanto me ama e eu a amo, pois de fato ela sou eu, como me vejo, sinto. Percebi que o amor deveria existir entre eu e ela e não tentar matá-la para ter o "amor" de outras pessoas. Após tudo isso, eu a deixei livre, e aqueles que amavam o que projetavam de mim e não eu de fato, não sei ao certo se amam mais, ou se já amaram, ou se na verdade estavam enfadados por uma projeção mútua. Mas, no fim aqui estou, eu e ela, que na verdade somos uma única essência, real e verdadeira, a qual me fortalece e me impulsiona a espectralizar o melhor de mim, sendo eu mesma por amor real e incondicional pelo ser sagrado que sou, somos, nós. Seja aquele você que sentes no teu coração, pois tu estás aí contigo e só tu sabes de fato quem tu és, não deixe sua essência de lado e nem a substitua por nada nesse mundo ou nos outros.
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‘Els desposseïts’: la utopia de voler canviar l’altre
Ursula K. Le Guin és una de les autores de ciència ficció i fantasia més brillants del seu temps i del nostre. La llarga llista de premis que va rebre al llarg de la seva carrera – incloent-hi el National Book Award o el Premi Hugo – ho acredita. Le Guin va ser capaç de conjugar entreteniment i reflexió en desenes d’obres, i, juntament amb Margaret Atwood, és considerada el màxim exponent femení de la ciència ficció en el camp de la literatura. La seva mort va ser una bona ocasió per comprovar com n’era de respectada l’autora entre els seus companys de professió. També ho és per a recuperar la seva obra. Fa uns mesos, Raig verd va publicar en català la novel·la Els desposseïts, amb què Le Guin va guanyar el premi Nebula l’any 1974. En l’edició de Raig verd, el mateix llibre forma part de la història que s’hi narra. Sense ser-ho, és tot el que un lector pot demanar a una edició de col·leccionista.
Els desposseïts s’emmarca en el gènere de la novela de ciència ficció, tan conreat i celebrat als Estats Units. No es tracta, tanmateix, d’un mer divertimento. Des d’un dualisme que fuig de la simplicitat, la novel·la presenta dos móns enfrontats i antitètics, Urras i Anarres. Urras és “tot el que un planeta hauria de ser”, segons l’única terrícola que apareix a la novel·la: és ple de vida i tan ric en recursos que la perspectiva del seu esgotament és del tot inversemblant per als seus habitants. Moralment, en canvi, Urras és una societat perversa. Els rics menyspreen els pobres, que neixen i moren en l’absoluta misèria. Les rebelions són reprimides sense concessions, perquè la necessitat i la injustícia, lluny de ser vistes com situacions contràries a la dignitat humana, es consideren merament quelcom de mal gust. Desconeixem si és l’excés de recursos el que ha definit la moralitat d’Urras perquè, és clar, en absència d’escassetat no hi ha necessitat de compartir, d’ajudar-se mútuament. Le Guin és ambigua al respecte, però tot sembla indicar que l’abudància és un tret que, com a mínim, ha influït en el desenvolupament d’una societat tan poc feta a l’empatia amb qui menys té.
A l’altre extrem, hi ha Anarres. Fundada per un conjunt d’urrastis que van revelar-se contra el règim opressor, Anarres és una societat amb un model d’organització anàrquic en el sentit polític del terme. L’individu ho és tot, és el centre. Alhora, però, té el deure moral de treballar i de formar part de la comunitat que li ho ha donat tot: menjar, educació, habitatge, una comunitat en què créixer. A Anarres no existeix el poder (almenys, en la visió idealista dels seus fundadors), i és per això que existeix la llibertat. I si no existeix el poder, tampoc pot existir la propietat privada. Els seus habitants no tenen res, perquè res és seu. No ho posseeixen – ells són els desposseïts –, tan sols ho fan servir. Ni tan sols els pares posen els noms als seus fills, ja que això, des de l’òptica dels anarrestis, significaria exercir un poder personal sobre ells, subjogant-los a la seva voluntat en la definició de la seva identitat més primerenca. Els noms dels anarrestis són assignats per un ordinador que, de forma aleatòria, tria per a ells una denominació única, que no comparteixen amb ningú. Anarres, però, és hostil i àrida. Els recursos escassegen, viure-hi és difícil. La comunitat, en conseqüència, és més necessària que mai, perquè és una condició sine qua non per a la vida. És aquesta la clau de l’èxit de l’organització aestatal d’Anarres? És l’adequació del model social a l’entorn la clau de la supervivència d’un règim polític? Heus aquí la qüestió.
A Anarres pertany el nostre protagonista, el físic Shevek. Convençut que l’entença entre ambdós móns és possible, en Shevek està decidit a viatjar a Urras per acostar postures amb el que va ser el planeta dels seus avantpassats. En intentar-ho, però, descobrirà que hi ha murs que no poden enderrocar-se. Aquest mur no és pas el que separa Urras d’Anarres, si bé és cert que qui no comparteix una mateixa realitat difícilment podrà compartir un mateix model ètic o polític. La tolerància, el diàleg i la curiositat obren meravelles quan es deixen en mans de les persones adequades, sigui quin sigui el seu origen. Optimista, Le Guin llança un missatge: l’essència universal de la humanitat sempre preval, amb independència de les seves concrecions. Tenint en compte l’apel·lació a la universalitat d’Els desposseïts, no ha d’estranyar el pes que l’autora dóna a la ciència en l’argument de la novel·la.
El mur contra el qual lluita en Shevek no és el que separa uns móns dels altres. És el que separa l’individu de la realitat en la forma que l’hi dóna l’organització social. L’ètica, la política, la ciència. Totes són vies d’aprehendre-la, d’entendre-la i de provar de vèncer a la consubstancial separació que hi ha entre dos ens que, en tant que diferents, mai podran ser el mateix. En Shevek s’adona que és la negació d’aquesta dialèctica natural el que ha començat a desvirtuar l’idealisme de l’anarquisme primigeni d’Anarres i a permetre-hi tics de totalitarisme. Tot aquell que amb la seva paraula o les seves accions negui la màxima que l’individu és inseparable de la societat s’enfronta a la sanció social (també de paraula i d’acció), que és de facto igual de poderosa que l’estatal quan qui hi dóna suport és una majoria.
La virtut de ser frugal
De forma intencionada o no, l’ús del llenguatge que Le Guin fa a Els desposseïts és ben bé un reflex de la frugalitat dels seus protagonistes. L’autora adopta la màxima que regeix la vida en societat a Anarres: “Qualsevol excés és excrement”. L’estil de Le Guin és transparent i gens artificiós. Fuig del tabú i del tòpic en la mesura del possible (el lector no és d’Anarres; té prejudicis, fílies i fòbies) i evita de forma molt convenient les descripcions fantasioses de móns imaginaris sovint recurrents en obres de gènere fantàstic. A Els desposseïts, aquestes descripcions contribuïrien més a allunyar el lector del veritable cor de la història que a situar-lo en un escenari concret. Al cap i a la fi, Urras i Anarres són símbols. Extrems de pols: la lluna vista des de la terra i la terra vista des de la lluna. Una vegada esboçades les seves característiques, es fa innecessari aprofundir més en el seu aspecte extern.
Quan Le Guin els descriu fent ús de llenguatge literari, acostuma a fer-ho en relació a allò que suscita als seus personatges. Els espais en si mateixos no són res, no volen dir res. Sols tenen significat i val la pena descriure’ls quan en aquesta descripció s’hi pot encabir també la d’un estat d’ànim o un sentiment (de forma molt semblant, per cert, a com ho fa Virginia Woolf). Aquest és un plantejament que afavoreix la solidesa de les tesis sobre les quals se sosté l’argument d’Els desposseïts. La veritat vestida de retòrica sovint s’acosta perillosament a la mentida. Le Guin ho sap, i en defuig. Que les descripcions dels seus personatges i espais siguin en si mateixes significatives permet a Le Guin no haver de dedicar paràgrafs i paràgrafs a reflexionar sobre la dimensió moral de les vicissituds a les quals han de fer front els seus personatges. Això ja ho incorpora la seva pròpia història personal. Potser és per això que el desenllaç de l’obra és menys apoteòsic del que un es podria esperar. El lector ha d’estar disposat a acceptar que, quan arriba al final de la història, aquesta ja ha estat narrada. L’aventura ja ha acabat. No hi ha res que importi més que el que ha deixat enrere, perquè és precisament allà on rau el valor de la història que explica Els desposseïts. En síntesi, el clímax argumental de la novel·la no coincideix amb el clímax narratiu, i això ja de dur el lector a afrontar-ne la lectura sent conscient que no trobarà un final trepidant a les darreres pàgines. El final de l’obra, de fet, va ser l’únic punt feble que algun crític va assenyalar-hi. L’escriptor de ciència ficció i editor Lester del Rey va titllar-lo de ‘deus ex machina’. Tanmateix, i considerant que en les obres de ciència ficció la realitat sempre és el que l’autor determina que sigui, quin final de ciència ficció no ho és?
De la cultura a la política
Ursula K. Le Guin recorre a l’utopia per a narrar una història que és al mateix temps una declaració d’intencions i un tauler de joc. Un tauler de joc en què les peces són els individus, les societats i les cultures, tres conceptes que, malgrat estar en permanent diàleg, fan una funció diferenciada dins de l’argument. Així, tant Anarres com Urras estan habitats per éssers humans, però la seva organització política és diferent, fins i tot oposada. Aquesta oposició condiciona la seva estructura social, però també la seva cultura. L’aparent èxit de l’organització anarquista d’Anarres no s’explica sense l’arrelament a la consciència dels seus membres de conceptes com la solidaritat (que no altruisme), la responsabilitat envers la comunitat o la inexistència de jerarquies entre individus iguals. Antropòloga de formació, Le Guin coneix el paper de les cultures com a fonament de les societats, coneixement que trasllada a la ficció. Els col·lonitzadors d’Anarres no van dubtar a crear un idioma, el pràvic, que servís per a edificar les bases de la que al seu judici seria una societat millor, més justa. El lleguatge com a primer esglaó de la formació de la consciència és el que, generacions més tard, dóna origen a una cultura comuna. Sobre aquest graó, ja és possible edificar una societat amb uns valors compartits. Si això és titllat o no d’adoctrinament i de manipulació ja depèn de quina és l’òptica de judici amb què el lector rep la història. Tot plegat, però, posa innegablement de relleu la naturalesa moldejable de la naturalesa humana tal com la concep Le Guin. Que sigui moldejable, no obtant, no significa que no posseeixi una forma pròpia que, en ocasions, pugui resistir-se a la voluntat civilitzadora i benintencionada que va guiar la fundació d’Anarres.
El desenllaç d’Els desposseïts revela que ni tan sols les societats utòpiques resisteixen l’embat de l’instint de preservació, de la necessitat de trobar l’estabilitat com a condició per a la supervivència. Però la revolució, ens explica Le Guin, és per definició inestable. Una societat revolucionària ho ha de ser a partir de tots les ments que la formen. La ment es pot permentre la inestabilitat. Les societats, no. Això no exclou que els seus membres hagin de lluitar per a fer-les penetrables a les idees, l’únic medi en què el canvi pot subsistir de forma permanent.
/ Altres crítiques.
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Onde se perde um rio nas veredas da desesperança, se nada promover ao longo do seu percurso?
E onde encontra-se a nascente do caudal da fé se no lodo da incredulidade ela não resistir para romper, perseverante, o chão da discórdia e da intolerância?
Nada supõe o desânimo se dele não alimentar a preguiça e a pouca disposição de trabalho. Do ofício. Isto! Da aptidão e responsabilidade necessárias à sobrevivência.
Se perante algo complexo e difícil não existir uma mão firme capaz de enveredar neste miolo e arrancar o que complica, de nada resulta desgastar em sábias e inúteis tentativas de compreensão.
A dureza de uma alma não se faz apenas pela sua antiguidade ou pela sua maturidade espiritual. Mas, sobretudo, pela sua consciência, prudente, diante da sombra do medo ou da perturbação do desconhecido, ainda por resgatar.
Amar é perdão como sofrer é missão.
Se fores capaz de enveredar pela amplitude da tu'alma, poderás desvendar, a seu tempo, de qual amparo és constituído.
Nenhuma alma é vazia e nenhuma alma é genuinamente renascida do nada.
Toda alma tem uma história. E toda alma tem uma conexão divina com o mistério de Deus.
Em nome da Sagrada Família e pela bondade de Deus, saudações fraternas.
#rio#veredas#discordia#intolerance#intolerância#preguica#ofício#trabalho#desanimo#intolerancia#perdao#missao
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matxos are upsetting me_ and_ my_homegirl
Estimat [redacted]*
*utilitzarem artur, però podria ser pere_jaume_joan_max_alex_benet_guillem_jose_josefa_javi_john_postmalone_eduard_eduardo_albert_ramon_pol_pau_kevin_louis
si penséssim, per un moment, si només per un moment, artur, penséssim sobre la blancor i la virilitat, parlaríem d’habitar un cos i une(s) identitat(s) que comporten diverses violències. M’inquieta el vincle entre com el patriarcat aliena els homes de si mateixos –dels seus desitjos (parlem de l’eròtica d’audre lorde[1], no l’eròtica del capitalisme [2] )– i instal·la també la seva incapacitat, el seu rebuig a l’hora de preocupar-se i comprendre les necessitats, els plaers i les voluntats de les seves parelles. Com dificulta conèixer, acollir i convidar la vulnerabilitat. Es tracta d’un rebuig i una incapacitat que s’alimenten de la crueltat, i si no són literalment transformades en violència i traïdoria físiques, hi ha una consciència ferma que navega totes les vulneracions al món enteses cap a nosaltres; nosaltres, les vostres nenes, que ens fem responsables de la perseverança i la criança a la llar mentre la nostra resistència al vostre dolor determina el nostre valor. Estimar i resistir, a la mateixa avant-sala dialèctica?
Una metàfora perversa: aquest valor atribuït a nosaltres dones equivaldria a un tipus de yelp review, una ressenya a amazon; d’alguna manera el patriarcat ha configurat una xarxa pels matxos, amb la llengua dels matxos, per tal que se’ns jerarquitzi en funció de la nostra tolerància a la vostra ineptitud.
També penso que aquesta consciència contorna el vostre lent i habitualment enutjós retorn a lo humà-decent i sovint sento que ens nega les nostres pròpies existències fora de la pudor i l’alleujament del dolor quan no ens feu mal (que suposo que és això el que s’articula com a “amor” o “apreciació” a occident). Com si existir sense ser jerarquitzades, o violentades, o vulnerades us inquietés, a vosaltres, o d’alguna manera ens fes menys dones.
Em pregunto i em pregunto: com ho fem les persones que en gran mesura no podem o no aconseguim escapar de les interaccions i les comunitats i intimitats i teixits de llinatge amb aquests matxos? Què fem? Vull dir, com es resol el dubte entre el "no us abandonaré" i el "salveu-vos les vostres putes carns"?
Em sembla, amb tot, que tot aquest temps quan parlava d’apoderament i de de-construcció només volia parlar de la violència
records a casa,
[1] Audre Lorde reads Uses of the Erotic: The Erotic as Power: https://www.youtube.com/watch?v=xFHwg6aNKy0
[2] “Erotic capital” - increasingly important in the economy: https://www.youtube.com/watch?v=e00PGuwXrn4
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tô te dizendo, amar vc até o infinito é pouco pra mim, é pouco pro meu sentimento, é pouco tempo pra nós. Mas ao mesmo tempo que acho isso, acho também que é o perigo de saber q um dia vai acabar que torna o nosso amor tão precioso, é o perigo de te perder, que me faz ter tanto zelo por ti, minha Nina. Pedir obrigada por você existir e por tu ser exatamente o que tu és, pode até parecer estranho, mas é uma gratidão q tenho no fundo do meu coração por ter conseguido de fazer pertencer a minha vida, tu não sabe o orgulho que eu tenho de poder te chamar de namorada, mesmo q só pra alguns amigos, isso enche meu peito de alegria. Obrigada por ser tão especial e principalmente por me colocar em um lugar de tamanha importância na sua vida, mesmo que eu julgue não merecer um lugar tão grande assim. Eu sei q as coisas estão difíceis Nina e eu sei, q eu fraquejo bastante, mas eu acredito em nós, eu sei q o que a gente construiu nesses tês meses, é forte e que apesar de todas as dificuldades q a gente vai passar, nós vamos conseguir resistir, mesmo q a gente brigue por bobagens, mesmo q eu tenha vontade de te matar e vc a mim. Nosso amor é maior q todas essas adversidades, a gente consegue Nina. Quero te pedir desculpa também, por todas as vezes q fui grossa e não soube agir contigo, ou que te magoei, essa nunca foi e nunca será a minha intenção, e também por agir como uma doida controladora, e por muitas vezes ficar tão doida de ciúmes ao ponto de chegar a não ver o seu sentimento por mim. Eu te amo Nina e eu nunca vou cansar de dizer isso pra vc, obrigada por tudo o que faz por mim, mesmo sem perceber, obrigada por ter escrito um “quer namorar comigo” naquele papelzinho e ter entregado como se fosse a coisa mais casual da vida, obrigada por ter cada defeitinho q vc tem e mesmo assim conseguir ser perfeita com eles e me fazer amar cada um deles. Obrigada por estar perto mesmo longe, obrigada pela preocupação, obrigada por cada mimo e cada alegria q me proporciona diariamente. Eu te amo com todo meu coração Nina e quero q você saiba, q mesmo q a gente termine daqui a alguns segundos, ou q a gente dure pra sempre, meu amor por vc será sempre incondicional. Eu sou sua pra sempre.
- s.n.
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VAI TER TEXTÃO SIIM!!! HOJE é o dia da minha princesa linda completa hoje seu 5 aninho. Filha agradeço a Deus todos os dias por me conceder a honra de tornar me sua mãe. VOCE a jóia rara, que eu tive o dom de lapidar te! Que Deus te abençoe, te ilumine, lhe proporcione saúde, paz, sucesso, prosperidade (já és uma menina próspera e farta), bênçãos w muito alegrias! Que você cresça na graça do Senhor, com muita paciência, sabedoria, discernimento e esse gênio abençoado que só quem vive sabe! És o que é, forte, personalidade firme e amável! À 5 anos dei a luz com muito sofrimento, que ao nascer só me trouxe alegria! Feliz aniversário meu amor, parabéns por você ser forte, existir e resistir! Te amo! Vamos comemorar sua vida, #BarbieEmParis #LeleFaz5
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Capítulo 3
Aos monstros dentro de nós
Um dos grandes prazeres de ser humano é andar de roupa intima pela casa. Não estamos nus e também não estamos vestidos, estamos em um estado de conforto, não precisando ter vergonha de nossas genitálias ou pelos. Para a maioria essa sensação de liberdade só vem se estivermos sozinhos, sem o julgamento dos outros sobre nosso corpo, sobre nossos tamanhos e formas. Mas quando se é um deus esse prazer é constante, independente de companhia ou não; os outros da sua espécie - todos os outros imortais como você são capazes de te ver da forma que tu realmente és: tua essência, sem maquiagens e sem mentiras, a forma completa de teu espirito, sem roupa intima, totalmente despido e livre, e, para os imortais, isso é perfeito pois proporciona total compreensão, dispensando mentiras supérfluas, teatralidade ou dissimulação.
E havia alguém que ainda me via dessa forma, alguém que poderia resistir às variações de tempo e existir mesmo que não, alguém que me via por quem eu realmente era, desprotegido e despido de corpo e alma, sem maquiagens, roupas ou qualquer peça íntima.
Havia conjurado-o três dias atrás, exatamente aqui nesta rua. Nos outros dois dias vim de bom grado no mesmo horário, hoje, nem tanto.
É madrugada de Natal. Deixei meu tio e a namorada dormindo, horas após a ceia e agora encontro-me aqui, em uma rua deserta às 02:47 da madrugada. Embora estejamos no meio do verão, uma neblina persistente impede que a chama de minha única vela queime regularmente e desalinha os símbolos que desenhei no chão com terra escura, umedecendo-a e fazendo com que os desenhos se desestruturem. Espero com um pouco de preocupação disso ter afetado meu feitiço.
Espero.
Espero muito.
Penso que minha alma está cansada. Meu corpo se move constantemente, mas minh’alma quer deitar e dormir.
Peso para passar o tempo. Então escuto passos naquela rua estreita à esquerda, saio da transversal de fininho e vejo um homem vindo em minha direção, marchando e eu sei que é ele, vestindo uma calça preta e uma blusa cinza. A medida que se aproxima vejo melhor os detalhes: sua barba sem fazer – provavelmente a 3 dias, o colar que o pai lhe dera, ainda no pescoço.
- Júnior!
Posso sentir as quentes lágrimas em meus olhos. 5 anos mantendo distância e mais 70 sabendo que ele havia morrido e não o veria novamente. Agora ele estava ali, andando com suas botas marrons, vindo até mim.
- Canalha! Egoísta! – grita ele furioso, fazendo pausas no início. Seu dedo acusador apontado para mim, raiva nos seus olhos, veias pulsando dos dois lados da testa.
- O quê?
- Eu estava bem antes de te conhecer e você estragou tudo, eu estava bem depois que Nyx me “trouxe de volta” e agora você tem que me trazer até aqui?! – grita ele me empurrando nos ombros.
- Ei, calma. Eu senti sua falta, pensei que nunca mais iria te ver novamente.
- Calma? O que há de errado com você? Calma? Você destruiu minha vida antes e quer destruir agora novamente?
- Você está sendo infantil, eu não destruí a sua vida. Ei, espera, como você sabe que Nyx te trouxe de volta?
- Eu preciso responder?! Você me chamou Olha, Derek, o mundo mudou desde que você me deixou sozinho para morrer e eu mudei junto com ele.
- Eu te deixei sozinho para morrer? É deste modo que você enxerga as coisas? É isso que dizia todos os dias para si mesmo? Você chorava noite após noite, implorava para isso parar. Nunca aceitou realmente quem era, se transformou três vezes por questão de vida ou morte e quantas vezes eu salvei sua vida? Quantas vezes eu me arrisquei? E depois de quase morrer por você e eu me certifiquei de que pudesse ir embora e viver livre, sem ser caçado e perseguido, sem todo esse caos e você me diz que eu te deixei sozinho para morrer?
- Caos para o qual você me arrastava.
- Cresça, criança! Caos para o qual você foi predestinado. Não fui eu quem ofereci seu corpo.
- Por sua causa eles vieram, me caçaram, eu tive que lutar sozinho, me transformar várias e várias vezes, eu matei pessoas, Derek, pessoas inocentes e no fim eles me mataram, por sua causa. Eu vi o inferno e não foi a parte agradável com a qual seus amiguinhos estavam acostumados. Foi o profundo e horripilante Tártaro, as partes mais sombrias do submundo, aquelas que a reforma que você e seus amigos iniciaram não poderia alcançar. Eu estive lá, completamente sozinho.
- Eu... não... sabia – me perco com as palavras - Mas agora você não precisa ficar sozinho, eu estou aqui e preciso da sua ajuda.
- Claro, já é de praxe. Sempre foi tudo por sua causa... Você é realmente o Caos e eu preciso me manter longe de você novamente.
- Eu... – as palavras falham-me à boca – eu... sinto muito.
Não posso dizer mais nada.
- Sente mesmo? – diz ele com desprezo.
Lágrimas escorrem dos meus olhos.
Engulo metade do meu ego e fico em silêncio.
- O que você realmente quer de mim? – pergunta.
- Esquece. Desculpa ter te conjurado e te trazido aqui. Vá em frente e viva sua vida feliz.
- Claro, porque é assim que funciona, não é mesmo? Você ainda vai “precisar” de mim mesmo que eu vá. – diz ele gesticulando aspas no ar.
Um carro cinza esportivo passa pela rua, distraindo-nos.
- Ainda há bruxas aqui, inúmeras, porém poucas são como Ana. Há duas especiais que são capazes de ajudar as outras a mudar e a evoluir e elas não vão conseguir fazer isso por si só. A Bancada Pagã enviou um projeto de lei e está pressionado para que o governo crie uma emenda com os direitos e feriados pagãos, o Estado Islâmico está declarando como inimigo qualquer povo que propaga o que eles chamam de “falsa fé” e logo haverá guerra se não impedirmos.
- Impedirmos? Haha! – ri sarcasticamente - Que engraçado, nós, plural, muito engraçado. E você quer ajudar a todos, quer impedir uma futura guerra, mas não tem força suficiente, ninguém sabe quem você é, então ninguém irá te seguir.
- Praticamente isso. – admito frustrado por ele me conhecer tão bem.
Como eu disse: nu, sem camadas, sem mentiras.
- OK, mas por que isso é importante para você?
- Nyx me trouxe de volta para pôr as coisas no eixo e impedir que tudo morra novamente. Esses dois não conseguiram ajudar ninguém se ficarem escondidos por ai.
- Claro, e quem melhor que o Senhor-Salvador-do-Ano para coloca-los em destaque na cena mundial, não é?
- Pode parar de ser tão passivo-agressivo? Eu entendo que você me odeia, mas não faz isso, por favor.
- Eu não te odeio.
O carro volta, os faróis apontados para nós, impedindo nossa visão completa. Os vidros permanecem fechados. Não somos capazes de enxergar quem está dentro por causa da película fumê, até que eles descem – 4, eram eles. A luz amarela impede-me de ver seus rostos.
- Estão perdidos? – pergunta Júnior com a mão na altura das sobrancelhas, tentando bloquear a luz.
- Não... Nós não, vocês estão!
- Não senhor. Sabemos onde estamos.
- Júnior, vamos sair daqui.
- Quem são eles? – pergunta a mim, surpreso.
- Os seus evangelizadores. – responde um homem em uniforme cinza – Prendam os dois, certifiquem-se de que as mãos estejam bem inutilizáveis.
Dois dos homens andam em frente, em direção de mim e Júnior, ambos portando algemas não convencionais: grossas, espessas e foscas, diferente das usadas por policiais; dois rifles de assalto, um para cada um, pendurados às costas.
- Quem são vocês? – indaga Júnior novamente.
- Vamos correr. Não iremos lutar com eles. – sussurro. Sabia que ele seria capaz de ouvir.
- Não! – grita ele – Eu fugi por muito tempo. Quero saber quem diabos estas pessoas pensam que são.
- Nós sabemos exatamente quem somos e quem vocês são, bruxas.
- Bruxas? É isso que acham que somos?
- Nós sabemos que sim. Viemos monitorando seu amiguinho aqui desde que saiu daquele hospital, sabemos o que você é, bruxa imunda. – diz ele apontado para mim.
- Prendam eles. – ordena.
Posiciono as mãos abaixo da altura dos quadris, fecho e abro ambas rapidamente, na esperança de conseguir alguma coisa. Uma faísca de fogo branco e outra faísca de fogo negro ameaçam surgir respectivamente nas mãos esquerda e direta, porém, logo a doença se manifesta. Minhas veias assumem um tom enegrecido, assim como meus olhos, uma dor quase que insuportável toma conta de todo meu corpo. Caio no chão de joelhos e apoio-me com a mão esquerda - a que menos dóia. Ergo a cabeça e percebo as armas apontadas para nós.
- Bora! Você ai de pé. Coloquem as mãos na cabeça se não quiserem morrer aqui e agora.
- É disso que eu sempre falo: você me põe em situações complicadas, me força a ser quem eu não quero ser e no fim me deixa sozinho. – Júnior fala baixo apenas para mim.
- Desculpa, eu não queria te por nessa situação. – digo com os lábios vacilando pela dor.
- Mas pôs. Então, tanto faz.
- Você vai...? – pergunto sem mencionar a palavra.
- Alguém precisa, não é?
- Não, você pode correr e partir, eu seguro eles. Não quero te forçar novamente a ser quem você não quer ser.
- Você não pode me forçar a ser o que já sou. Fica atrás de mim.
Levanto e recuo.
- Certo. Sinta-se livre para ser quem você é. – sussurro.
- Quem eu sou...
- Mudança de planos, homens. Podem atirar para matar. – diz o homem no meio, que obviamente estava no comando.
Júnior abaixa a cabeça e fica em silêncio.
Um dos idiotas resolve atirar e vejo a bala dançando no ar - ao menos meus reflexos e visão ainda funcionam. Júnior está de cabeça baixa, ele estende a mão direita e pega a bala, como quem apara um caneta que fora arremessada.
- Cristian, espera! – grita o homem que está no comando.
Júnior ri, sua risada macabra ecoa por toda rua.
Não, não era sua risada, era a dele, o demônio por trás do homem.
A grande cabra alada.
Ele força a mão um pouco para traz e arremessa a bala de volta, como quem arremessa uma pedra em um lago.
- Cristian! – grita o homem novamente, porém, demasiadamente tarde. Antes das duas ultimas letras serem pronunciadas a bala perfura o pescoço do pobre, que caí agonizando no chão. Sua mão no pescoço, em uma falha tentativa de estancar o sangramento, mas como penso eu: uma falha tentativa.
- Vocês não querem uma carnificina, por favor, vão embora. – peço verdadeiramente aflito.
- Só com o cadáver de vocês dentro de sacos cinza.
Ele ri uma última vez.
- Ouviram o garoto. Vão agora ou nunca terão outra chance. – diz Júnior.
Aliás... diz Baphomet com sua voz rouca.
Os três que restaram apontam suas armas para nós.
Júnior respira fundo que até posso ver suas costelas arqueando, então, tudo começa a mudar.
O vento está mudando, de calmo para rápido e voraz, como quando uma tempestade está vindo. Já havia presenciado isso algumas vezes e mesmo assim calafrios se manifestam pelo meu corpo, um medo se espalha da parte mais periférica de minha espinha para o resto de meu ser; não sinto mais o medo que sentia antes, porém um enorme desconforto vem a mim. Queria sair dali, correr e me esconder. E então toda visão de cidade para; o barulho dos carros dá lugar ao vento forte e é possível sentir o aroma das folhas e da terra molhada, da natureza, o asfalto e os paralelepípedos começam dar lugar a terra úmida, árvores se erguem do chão onde antes haviam casas e edifícios. Me deixo levar pelo clima, mesmo sabendo que é uma ilusão, um jogo mental que Baphomet faz para assustar seus adversários e sentir-se mais poderoso, mesmo fora das suas florestas.
- Crianças estúpidas. Acham que podem nos ameaçar? Eu sou adorado e aclamado pelas minhas filhas e filhos. Sou um deus entre eles e acham que podem me matar com balas de metal? – pergunta ele erguendo a cabeça.
A imponência em sua voz. Os olhos vermelhos, em tom de sangue vivo, suas veias alteradas, eu podia ver novamente o demônio tomando forma, a sombra do verdadeiro espirito dentro do homem - Baphomet, projetado no chão mostrando as garras nas mãos, os cascos e os 4 chifres de cabra, o relevo dos seios, a enorme cauda e as majestosas asas.
Posso ver também o terror estampado nos rostos dos homens que a pouco nos perseguiam; não se mexem, não gritam, mal conseguem piscar de tão aterrorizados.
O corpo caminha para frente, sua mão direita erguida, dois dedos, o mindinho e indicador, apontados para frente e outros três dobrados. Ele balança levemente a mão e sussurra “Down” fazendo com que dois dos homens fiquem de joelhos.
Assisto agoniado enquanto ele põe a mão direita sobre a cabeça do outro que deixou de pé.
- Olhe-me nos olhos.
O homem parece estar tentando não olhar, percebo pelas suas palpébras tremendo, entretanto acaba cedendo e em um rápido movimento o demônio enfia dois dedos, um em cada órbita, perfurando os olhos. Ele grita, Baphomet fecha os olhos e sorri, como se estivesse apreciando uma bela música. Ergue a mão esquerda e usa ela para segurar a parte inferior da boca do homem, entre a arcada dentária e queixo, solta a outra mão do topo da cabeça e segura a parte superior, posicionando a mão nos dentes da frente até o nariz. Em um lento movimento ele lacera totalmente as bochechas e separa a cabeça do que antes era um homem, segura a mandíbula e deixa o corpo morto cair no chão.
Eu estou horrorizado e ele sabe disso.
Ele me olha, o brilho sanguinário em seus olhos, sangue espirrado levemente em sua face.
Volta-se para os outros dois homens.
O da esquerda ele soca fortemente no coração, sem teatricidade ou drama. Anda até o da direita, abaixa-se de frente, vejo sua mão no pescoço e penso em estrangulamento, mas não, ele não pressiona, apenas segura enquanto lambe o rosto do homem.
- Qual o seu nome?
O pobre coitado não responde.
- Prefere dizer sob tortura? Eu já vi vários homens revelarem segredos de Estado só para não ter um segundo dedo arrancado. O que você me diria se quisesse salvar outra mão?
- É Jo-jo-ão. – ele gagueja – Por fa-fa-fa... – começa a chorar e se embaralha com as sílabas – não me mate, por favor.
- Uma vez um João matou meus filhos. Ele e seus servos amarraram-nos em estacas e puseram fogo na madeira, deixando que minhas crianças queimassem vivas. Eu assisti, senti o cheiro de suas carnes queimando e escutei seus gritos de agonia. Foi doloroso, mas me impulsionou a mata-lo. Saltei a seu quarto a noite e o amarrei a cama, usei o pé de uma cadeira para empalá-lo, seu castelo não podia ouvi-lo porque eu já havia cortado sua língua, ninguém o salvaria, porque havia expulsado sua esposa do quarto para dormir com putas, estas que correram assim que me viram pela janela. Ele acabou morrendo de hemorragia depois que eu lacerei seu intestino, demorou um pouco até e eu pude aproveitar. Mas você não demorará para morrer, demorará João? Ele foi o primeiro, você será mais um de muitos. Adeus, João...
Em um movimento voraz ele abocanha o pescoço do homem e solta, deixando sangue esguichar pelas perfurações dos dentes. João tenta parar o sangramento com a mão, porém, nada mais adiantaria.
Fico ali olhando, esperando que ele morra logo, mas ele não morre.
Baphomet percebe minha angustia e com uma grosseira pisada quebra o pescoço do miserável.
Morto.
- Há sangue em seus dentes. – aviso.
Ele cospe no chão.
- Eu queria que não vissem a morte como solução, mas para eles é a melhor de todas.
Seus olhos se fecham e a criatura se vai. Em pouco tempo Júnior cai no chão, tremendo, e vou ao seu encontro tirando minha camisa.
Entrego-a à ele, que nega, me empurrando.
- Veste por cima, você está tremendo.
Ele empurra a camisa e permanece em silêncio, olhando para baixo.
- Veste a droga da camisa!
Ele recusa novamente, me olhando com ódio.
Mas não era por mim, não era um ódio direcionado, pelo contrário. Era ódio em essência, na personalidade e no espirito, forte e maciço.
- Deixa eu cuidar de você. Veste a camisa, por favor.
- Não estou tremendo de frio, não seja estúpido. Meu corpo ainda está se acostumando às transformações, são espasmos, adaptações nervosas. E por mais que tenha um belo abdômen, você precisa se vestir, afinal meu corpo é resistente a resfriados e o tempo só vai piorar por aqui.
- Ok. – visto minha camisa de volta – Obrigado por ter salvado minha vida.
- Eu sou um monstro.
- Somos monstros, nós dois.
- É, somos monstros... Monstros permanecem em bando, unidos. Nós te seguiremos. – diz ele sério.
- O quê? – entusiasmo-me com a possibilidade.
- Monstros permanecem em bando.
- Como você...? – iria perguntar como ele sabia dessa jura que eu, Ana, Alex, Sofia e Tori havíamos feitos a um longo tempo, porém ele responde antes de eu completar a sentença.
- Tori me manteve atualizado por um tempo. Ela me mandava e-mails criptografados quando podia. Parou de manter contato depois que... – hesita – você sabe.
- Sinto muito por tudo que te fiz passar, de verdade.
- Não sinta, afinal eu não teria tido a chance de me tornar o monstro que me tornei hoje.
Não consigo me conter, um sorriso se forma em meu rosto. Ele havia conseguido achar compreensão em si mesmo, havia se chamado de monstro e aceitado positivamente o fato de ser um.
Penso que cada um de nós precisa passar pelo mesmo que Júnior passou: descobrir quem e o que somos, abraçar nossos demônios interiores e domá-los [porque, por mais sombrios que eles sejam são eles que nos tornam únicos] aceitar nossa verdade e a real natureza de quem somos, mudar e evoluir, para que no fim nos tornemos quem sempre fomos destinados a ser, humanos ou não.
- É... é oficial. Somos monstros. – completa ele.
Dou um soco de leve em seu braço e ele devolve, porém, com a força sobre-humana em um braço totalmente humano e frágil. Solto um leve “ai” de dor.
- Desculpa. – diz ele apenas por costume, sem o mínimo remorso.
- Não foi nada, relaxa.
Júnior se ergue de pé.
- O que faremos com eles?
Olho para os quatro cadáveres no chão.
- Não podemos deixa-los aqui.
Começo checando os bolsos de um dos mortos, retirando qualquer documento que pudesse estar ali; não olho, não queria saber quem eu indiretamente havia matado. Depois arrasto seu corpo para dentro do carro deles. Júnior entende e faz o mesmo.
Com pouca dificuldade acabamos pondo os quatro nos bancos de trás, junto a todos os pedaços deles que Baphomet havia arrancado fora.
Violência não era o seu estilo. Ele é um mensageiro, guiava seus adoradores pelo caminho da evolução e iluminação através do conhecimento e apenas isso, mas com o tempo e com algumas circunstâncias até os demônios podem mudar e agora violência é o seu estilo.
Checo por todo carro atrás de qualquer documento ou registro que possa ajudar a identifica-los.
- Você dirige até o Rio Jacuípe. Entraremos por aquela área das fazendas, retiramos as placas e jogamos o carro dentro do rio com os vidros abertos, a água destrói algumas evidências, os peixes atrapalham na identificação e levarão um bom tempo até achar o veículo lá dentro.
- Certo, mas se eu vou te ajudar preciso que você me ajude também.
- Do que precisa?
- Roupas e um carro.
- Já vai partir?
- Não. Nós vamos.
- Para onde?
- Porto Seguro.
- O que há lá?
- Você pode me ajudar ou não?
- Claro, mas seria mais fácil se você me dissesse o que quer lá.
- Você vai ver.
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Liberta 31/03/2020
Por muito tempo mantive em cativeiro uma parte de mim.
Já havia tentando aniquilá-la algumas vezes, as quais não deram certo, pois me diziam que essa não era minha essência, que não era eu, e aceitei isso como verdade, queria ser o que viam em mim para que me amassem, enquanto essa parte minha estava lá, presa.
O tempo foi passando, cada vez mais tentava me adequar ao que diziam que eu era, enquanto aquela parte criava mais potência, força e vontade de se libertar. Vesti a ideia de um outro eu, que não era eu.
Até que tive a oportunidade de passar um tempo comigo, e nessa viagem pra dentro de mim me deparei com essa parte, e ela me disse:
- " Pode me soltar, não tem ninguém aqui, deixa eu respirar um pouco, vamos conversar".
Não pude resistir ao pedido sincero, então a libertei, ela havia passado tanto tempo acumulando forças, que quando fiz isso ela veio num salto quântico pra fora, e iniciamos nosso diálogo, ela me fez alguns pedidos, me deu algumas orientações, eu a abracei com força e prometi a ela que jamais iria prendê-la, ou a trancaria e sufocaria novamente, ela me recordou do quanto me ama e eu a amo, pois de fato ela sou eu, como me vejo, sinto.
Percebi que o amor deveria existir entre eu e ela e não tentar matá-la para ter o "amor" de outras pessoas. Após tudo isso, eu a deixei livre, e aqueles que amavam o que projetavam de mim e não eu de fato, não sei ao certo se amam mais, ou se já amaram, ou se na verdade estavam enfadados por uma projeção mútua.
Mas, no fim aqui estou, eu e ela, que na verdade somos uma única essência, real e verdadeira, a qual me fortalece e me impulsiona a espectralizar o melhor de mim, sendo eu mesma por amor real e incondicional pelo ser sagrado que sou, somos, nós.
Seja aquele você que sentes no teu coração, pois tu estás aí contigo e só tu sabes de fato quem tu és, não deixe sua essência de lado e nem a substitua por nada nesse mundo ou nos outros.
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