#conflitos indígenas
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edisilva64-blog-blog · 2 years ago
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A destruição da floresta amazônica e a participação do governo Bolsonaro
A destruição da floresta amazônica e a participação do governo Bolsonaro A floresta amazônica é um dos ecossistemas mais importantes do mundo, com uma biodiversidade única que é fundamental para a estabilidade do clima global e para a sobrevivência de milhões de pessoas e espécies. No entanto, nos últimos anos, a floresta tem sido alvo de uma crescente destruição, com taxas alarmantes de…
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edsonjnovaes · 3 months ago
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Tuíre Kayapó 1.2
O Brasil amanheceu mais covarde em 10 de agosto. Morreu Tuíre Kayapó, protagonista da cena definidora do conflito de Belo Monte. Sua passagem acontece no momento em que os direitos indígenas são ameaçados por uma infame “conciliação” no STF. Que sua coragem inspire a todos nós. Observatório do Clima – @obsclima. 10 ago 2024 Mídia Ninja A liderança indígena da Terra Las Casas, Tuíre Mebêngôkre…
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antonioarchangelo · 1 year ago
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América: Território indígena
Este conteúdo educativo explora a complexa situação das terras indígenas no Brasil, destacando sua importância para a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas.
Os povos indígenas das Américas têm uma rica história que remonta a milhares de anos. Atualmente, eles enfrentam uma série de desafios relacionados à terra, cultura, direitos e desenvolvimento. Esta visão geral examinará a situação dos povos indígenas em várias regiões das Américas, com foco especial no Brasil e suas populações originárias. I. Américas: Uma Diversidade de Povos…
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polemicasambientaiscil · 1 year ago
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Polícia de Santa Catarina e comunidade indígena Xokleng entraram em conflito neste domingo (8) em José Boiteux por causa de uma operação na barragem.  O fechamento da maior estrutura de contenção de cheias no Vale do Itajaí provocaria a inundação do território e o alagamento de residências nas aldeias mais baixas do povo Xokleng. Por essa razão, há várias manifestações na frente da barragem de José Boiteux.
Em um desses protestos, agentes da polícia dispararam gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Ao todo, três indígenas foram baleados.
Segundo o governo federal, o fechamento da barragem estava autorizado pela justiça federal e já havia sido acordada com lideranças Xokleng. Contudo, a comunidade foi surpreendida pela chegada dos policiais no sábado (7) para o "cumprimento da ação antes mesmo do cumprimento do acordo acertado com as autoridades"
Isso, de acordo com o MPI, "teria gerado insatisfação e protestos dos indígenas, os quais foram reprimidos pela polícia".
A manifestação do Ministério dos Povos Indígenas aconteceu depois da audiência realizada na tarde de domingo pela Justiça Federal. Nessa audiência foi feita a apuração da ação, foi estabelecido a saída da PM da região da barragem e definição que a Polícia Federal ficará no local durente 10 dias. Além disso, também foi determinado de que os indígenas são obrigados a respeitar a atuação do estado na barragem.
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mariana-mar · 1 year ago
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“Existe uma história do negro sem o Brasil. O que não existe é uma história do Brasil sem o negro”, está frase pertence ao fotografo e ativista Januário Garcia, que faleceu em 2021. Ela foi retratada no podcast “projeto Querino”, na voz do jornalista Tiago Rogero.
Aprendemos na aula de história que a independência do Brasil teria sido um processo pacífico, que se deu sem guerras ou conflitos. Movimento protagonizado pelo príncipe regente Pedro (Dom Pedro I), que com bravura teria anunciado as margens do rio Ipiranga, “Independência ou morte”. Mas o que pouco se fala é que houve independência e morte. Do norte ao sul do país, forças contra a emancipação e a favor lutaram por suas ideias. Sangue do povo negro, dos povos indígenas foram derramados em diversas batalhas, a agitação política começou nos fins de 1821 e só cessou mesmo em 1823, como indicou o historiador Hélio Franchini Neto em sua tese de doutorado.
Por mais que a história oficial tente encobrir e apagar, a independência teve heróis e heroínas negros, brancos e povos indígenas que foram às ruas e lutaram por suas ideias. Uma das guerras mais importantes aconteceu na Bahia, onde as tropas portuguesas não aceitaram a emancipação do Brasil.
A exemplo, da marisqueira quitandeira e capoeirista Maria Felipa. Mulher negra que, na ilha de Itaparica, na Bahia, teria liderado um grupo de mulheres que enganaram uma tropa de portugueses. Elas teriam armado uma emboscada e dado uma surra de cansanção (uma planta que causa queimadura) e após isso elas teriam incendiado os navios portugueses.
@sitemundonegro @pretanahistoria
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ourvidesouverdes · 11 months ago
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RECIFE FRIO (KLEBER MENDONÇA FILHO)- QUAL É A VERDADEIRA TRAGÉDIA?
recife, capital do pernambuco, localizado no nordeste, caracteriza-se pelo clima sempre quente e pela presença intensa do sol. um dia, inesperadamente, uma mudança climática ocorre, transformando este local, adorado pelos europeus em busca de um refúgio solar, ironicamente, em um reduto glacial.
em ''recife frio'' mendonça filho explora, através de uma inexplic��vel onda glacial no recife, as contradições desta cidade marcada na história do brasil. brasil, país latinoamericano fruto de uma colonização européia que massacrou povos originários, culturas e modos de vida tradicionais, não está isento das influências de seu passado marcado pela violência.
em ''as veias abertas da américa latina'' eduardo galeano disserta sobre a ilusão de que é possível e esperado que países colonizados atinjam a ''superioridade econômica'' dos países imperialistas. isso seria impossível, visto que os últimos firmaram suas bases econômicas a partir da espoliação dos países dependentes. à custa da escravidão, durante séculos e, atualmente, a escravidão moderna, exemplificada no neoliberalismo.
neoliberalismo este que não é apenas uma doutrina econômica. é um ''habitus'', como diria bourdieu. é um modo de vida, de Ser, de estar, de consumir. é um controle do corpo e da mente. através da dominação econômica pela acumulação primitiva de capital, os países imperialistas, até hoje, constituem-se como influência primordial em questão cultural, social, psicológica e estética.
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e é na questão social e estética que mendonça filho adentra neste curta.
ao se depararem com a brusca mudança de temperatura, os moradores do recife fazem o que de melhor faz o brasileiro, ou, diria mais, os latino americanos: se adaptam.
essa adaptação repercute diferentemente à depender da camada social: os mais pobres queimam pneus nas ruas para sobreviver ao frio; os comerciantes colocam roupa nos antes pelados bonequinhos à venda e adicionam lareiras nos objetos vendidos; os ricos perpetuam a opressão.
em ''manifesto antropofágico'', oswald de andrade repercurte ao declamar a capacidade e missão brasileira de não aceitar como dado as influências estrangeiras, mas, sim, ''engoli-las'', adaptando-as a nossa realidade.
e isso é visto em cenas icônicas, com o papel noel dos trópicos festejando o frio, tendo em vista que não mais desmaiaria de calor no natal; e com o comerciante utilizando-se das referências europeias e norte americanas para representar simbolicamente a nova realidade do recife em seus objetos à venda.
nas famílias ricas o caso é outro.
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marcado historicamente pela escravidão, no brasil é comum encontrarmos atualidades do período escravagista. não só em hábitos, comportamentos e mentalidades, mas, também, na arquitetura.
o ''quartinho da empregada'' é retratado, sendo o menor cômodo da casa, e carente de ventilação. é a senzala moderna.
ironicamente, com a queda de temperatura, este cômodo é visto com outros olhos. antes, desvalorizado e destinado à essa pessoa que, apesar da exploração, é ''da família'', é visto como um refúgio do frio.
os lugares são trocados materialmente, mas não simbolicamente. as opressões continuam mesmo que ''mascaradas''.
e, se você for uma fã de carteirinha do kleber, já percebeu que lhe é muito caro a questão arquitetônica do recife, tema que ele trata também em ''retratos fantasmas'', lançado este ano.
de início, a cultura a estética indígena foram massacradas e destituídas pelos colonizadores europeus. a estética europeia mistura-se com a tradicional. cria-se uma estética arquitetônica própria em recife, fruto desta interação, destrutiva, sim, mas uma interação.
na atualidade, a ''originalidade'' histórica, fruto de contradições, conflitos, mortes, resistências, é sumariamente apagada pela conquista neoliberal de uma arquitetura padronizada. sem falar da atual paranóia sobre segurança pública. nunca estamos seguros.
prédios altos, muros altos. cores brancas, cinzas ou pretas. vida monocromática. não só estéticamente, mas em seus hábitos.
nada mais coerente com uma cidade fria em vida e cores com um clima glacial.
mas, nem só de adaptação vive os latinoamericanos. a transgressão se faz presente. nunca esses povos espoliados aceitaram quietos. conflitos, contradições e resistências são a realidade da americalatina, e, por consequência, do brasil. nascer nos trópicos é nascer marcado por uma história que te chama.
e é nesta transgressão que se assenta o plot twist do curta. a possibilidade de sol, de esperança, não virá pelas mãos e pela cultura daqueles que nos escravizam. e não virá da adaptação.
é necessário a retomada de nossos hábitos originários, de nossa identidade, para que possamos encontrar verdadeiramente um caminho iluminado por nossos próprios pés.
qual a verdadeira tragédia a se considerar?
★★★★★
esse vou ter que dar 5 estrelas!!!
com mais de 50 prêmios no brasil e no exterior, ficando atrás apenas de ''a ilha das flores'', é um curta sensacional do começo ao fim, em uma narrativa que mistura cômico ao dramático. entrega tudo o que promete, e até o que não promete.
de certo uma das obras primas de KMF e de emilie, sua esposa, que dirigiu vários outras produções icônicas com ele.
me inspira muito sua obra ser marcada pela sua história de vida - tendo em vista que KMF é do recife - e seu compromisso com a terra na qual cresceu.
como diria o próprio kleber sobre o curta "é um lamento de amor pelo Recife", que ''anda muito mal tratada em seu traçado urbano''
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abissalcomenta · 2 years ago
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CNDH recebe subsecretária-geral das Nações Unidas para debater violações de direitos e genocídio
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O Conselho Nacional dos Direitos Humanos - CNDH recebeu 4 de maio, em Brasília, a subsecretária-geral das Nações Unidas Alice Wairimu Nderitu, que é conselheira especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Prevenção de Genocídio.
Em missão ao Brasil, Wairimu Nderitu reúne-se com representantes do poder público, da sociedade civil, de comunidades indígenas e da comunidade internacional. A viagem inclui ainda visita aos povos Yanomami, em Roraima; Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul; e à comunidade de Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e deve terminar no dia 12 de maio. As três localidades a serem visitadas pela conselheira especial também já foram objeto de preocupação do CNDH, que realizou missões a cada uma delas. Hoje, o presidente do colegiado nacional, André Carneiro Leão, entregou Wairimu Nderitu uma cópia dos três relatórios elaborados após a análise in loco do CNDH.
Carneiro Leão destacou que o CNDH se dedica a prevenir e apurar violações de direitos humanos contra grupo historicamente perseguidos no Brasil, conforme o conselho constata em suas missões. Além dos subsídios, ele ofereceu a disponibilidade do conselho em ofertar uma capacitação sobre cada um dos temas abordados pelos relatórios e para atuar em parceria para combater discursos de ódio; destacou a necessidade de apurar a violação de povos ciganos; e defendeu a necessidade de demarcar terras no Brasil para povos indígenas e comunidades quilombolas, conforme estabelecido na Constituição de 1988. “A falta de demarcação repercute diretamente em diversos crimes, como do Guarani Kaiowá, o que aprofunda conflitos fundiários por todo o país”, afirma.
O conselheiro Leonardo Pinho também destacou as violações sistemáticas sofridas pela população quilombola e por pessoas que vivem nas periferias, especialmente as negras. Já a conselheira Romi Bencke pontuou a dificuldade de caracterização do genocídio no Brasil por não estar normatizado – embora seja fundante da história brasileira.
Wairimu Nderitu explicou que seu mandato enfoca especificamente povos indígenas, afrodescendentes e outros grupos e comunidades vulneráveis do país. Ela agradeceu o material entregue pelo CNDH e explicou que irão analisar as informações para avaliar o cenário brasileiro.
#DireitosHumanos#ParticipaçãoSocial#CNDH
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wrcl · 2 years ago
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Pensar como dono e incoerências afins
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Nós vivemos em uma sociedade que parece agir meio bêbada, com discursos e frases tão incoerentes quanto o número de pessoas que as compõem. E quando esta sociedade toma uma decisão coletiva no voto, que é a única decisão coletiva que pode tomar, todas as incoerências precisam ser aparadas, moldadas, reformuladas e adaptadas para caberem em uma de duas opções: elas podem ser do tipo "ou A ou B", "B não, logo A" ou vice-versa, "nem A nem B" e "tanto faz A ou B", sendo que as duas últimas não elegem ninguém.
Aquelas pessoas que entendem de lógica talvez possam tirar conclusões mais profundas a respeito disto ou, pelo contrário, apontar que não foi por ter usado termos de lógica que o raciocínio seja lógico, mas me pareceu coerente. E é nisto que consiste a dificuldade tanto em encontrar coerência nos outros quanto em encontrar incoerências em si: uma pessoa sempre parece coerente para si, porque sabe quais são os seus critérios e os utiliza conforme a situação que se apresenta, já as outras pessoas, cujos critérios às vezes são insondáveis (mesmo que tenham sido declarados), sempre parecem incoerentes porque, afinal, não são coerentes com os nossos próprios critérios.
Talvez este seja um dos tantos legados do cristianismo na nossa sociedade: ele apresenta valores e princípios públicos que se espera que contenham as possibilidades de decisões que uma pessoa toma. Mesmo alguém que siga outros princípios e valores públicos que não sejam os do cristianismo, ou que em determinado contexto precise decidir com base em outros princípios e valores públicos no qual não se apliquem os do cristianismo, talvez seja o seu legado que nos faz esperar coerência a ponto de cobrá-la dos outros.
Nas nossas relações interpessoais convém muito que não se exija demais que os outros ajam como esperamos, pois do contrário o resultado sempre fica em algum ponto em uma linha estendida entre a frustração e o conflito, embora em relações mais próximas isso não se aplique. Até aqui isto tende mais para uma questão de psicologia, mas como isto acontece com as instituições?
As instituições sempre representam, ao mesmo tempo, no mínimo um grupo de pessoas e algum conjunto de valores e princípios, como neste exemplo rápido: a FUNAI. Ela representa tanto o Estado quanto a proteção aos direitos dos povos indígenas, e a atuação deste órgão no governo passado não foi incoerente com sua representação do Estado (que sob o bolsonarismo era um Estado anti-indígena), mas sim com a proteção aos direitos dos indígenas. Só que, é claro, o governo então não declarava agir contra estes direitos, mas a seu favor, permitindo que o garimpo avançasse sobre suas terras com a promessa de que isto traria prosperidade a eles, o que certamente é um direito muito importante.
Obviamente um governo negacionista a pónto de ter sido obrigado a reconhecer que a pandemia era uma pandemia também negaria o custo da prosperidade à saúde e à própria existência destes povos, bem como dificilmente teria pensando em perguntar-lhes se aquilo que lhes oferecia como prosperidade era o que eles queriam, e se aquilo era mesmo o que eles entendem como prosperidade. Incoerente com quaisquer outras perspectivas, somente se pode concluir que a ideia da FUNAI então era que os próprios indígenas virassem garimpeiros, se armassem até os dentes e controlassem a destruição das suas terras enquanto defendessem na bala sua propriedade. Qualquer pessoa sensata vê nisto um erro, mas aí se revela a coerência da FUNAI com o governo que desejava transformar o país em um faroeste de pessoas defendendo suas propriedades com armas. Isto não é prosperidade, mas para quem veja alguma prosperidade neste projeto de carnificina, estava aí a chance de os indígenas prosperarem.
Acontece alguma coisa semelhante nos sindicatos: espera-se que um dos pilares que eles defendam seja o emprego. Suas direções são eleitas, entre duas ou mais alternativas, para, entre outras coisas, defender o emprego dos seus associados até onde isto seja possível. Mas até o sindicato, que combate os patrões dos seus associados, é ele mesmo um patrão. E deve-se esperar que aja como ele mesmo espera que os outros patrões devam agir? Se o patrão dos seus associados quiser salvar o negócio demitindo funcionários nenhum sindicato decente poderá aceitar isto, mas se para salvar o "negócio" do sindicato for necessário demitir seus próprios funcionários um sindicato manteria sua decência agindo assim? Será que isto geraria um embate entre sindicatos, o sindicato que emprega funcionários para servirem à luta de seus associados contra o sindicato dos empregados do primeiro sindicato? Ou, para ficar um pouco mais simples o raciocínio: o sindicato-patrão (que não é a mesma coisa que um sindicato patronal) contra o sindicato dos empregados de sindicato? E quem luta pelos empregados do sindicato dos empregados de sindicato?
Talvez no fim das contas não tenha sido a reforma trabalhista que enfraqueceu os sindicatos. Ela com certeza formalizou este enfraquecimento, oficializando a perda de capacidade de luta pelos trabalhadores em geral. E pedir a um sindicato que seja coerente com os princípios que defende aplicando-os também àqueles a quem emprega, além de obviamente aplicá-los àqueles a quem representa, é pedir demais?
Muitas empresas pedem aos seus funcionários que pensem como patrão, embora chamem-no de "dono": "pense como o dono", embora você não ganhe o salário do dono, nem faça os horários do dono. "Pense como dono" mas só no seu horário de trabalho, pois fica difícil pensar como dono espremido no transporte público; "pense como dono" mas receba como empregado.
Um sindicato que compre esta ideia do seu patrão, "pense como dono", estaria traindo de uma forma mais profunda a sua própria essência do que se cedesse às pressões da empresa em uma negociação? Obviamente a resposta depende, e será coerente com tais ou quais argumentos. Mas um sindicato que demite os seus próprios empregados para equilibrar as contas como primeira medida está sendo coerente com os valores dos seus principais oponentes. E se é necessário, às vezes, aliar-se aos oponentes por força das circunstâncias, adotar os mesmos valores é muito mais profundo do que uma aliança, mas mudar-se para o lado do oponente, esvaziando, assim, o lado oposto. Mais do que a reforma trabalhista, o que enfraquece qualquer sindicato, e qualquer luta dos trabalhadores, é esta capitulação, rendendo-se aos valores dos patrões, "pensando como dono" e agindo como eles.
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cyprianscafe · 13 days ago
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Instrumentalizando o Islam na Governação Sensível ao Género
Na década de 1980, vários grupos de pesquisa e advocacia de mulheres, como o Women Living under Muslim Laws, se engajaram criticamente com as estruturas islâmicas para perseguir uma agenda de igualdade de gênero. No entanto, essas ativistas estavam em solidariedade com os movimentos que resistiam à crescente teocratização do estado paquistanês e lutavam para manter sua constituição secular original. Essa orientação secular não se limitava a grupos de mulheres urbanas e educadas no Ocidente, mas incluía organizações nacionalistas-políticas de mulheres rurais, como o Sindhiani Tehreeq.
Após o 11 de setembro, o interesse de pesquisa bem financiado sobre o Paquistão, incluindo o trabalho sobre gênero, começou a se concentrar exclusivamente no estudo de identidades religiosas, na reabilitação de masculinidades muçulmanas, na reforma de madrassas (seminários islâmicos) e no incentivo à liderança religiosa feminina. Esses foram apoiados e sustentados por vários trabalhos acadêmicos que surgiram durante esse período. Alguns exemplos incluem a sugestão de que são os islâmicos do Paquistão, e não os secularistas, que podem servir como agentes autênticos de uma secularização apropriada (redefinida) (Iqtidar 2011); que as mulheres islâmicas são crentes racionais que podem usar o islamismo benignamente para alcançar a justiça social e o desenvolvimento no Paquistão (Bano 2012); que os regimes legais islâmicos são alternativas viáveis ​​à impraticável "secularização ocidental" (Aziz 2005); e que recompensas morais podem surgir de leituras islâmicas de todos os casos legais financeiros e políticos, especialmente para as "pessoas pobres e marginalizadas do Paquistão" (Cheema e Akbar 2010). Essas propostas desafiam a viabilidade de possibilidades feministas seculares universais, liberais e indígenas em países de maioria muçulmana como imposições culturalmente inapropriadas e imperialistas.
Muitos desses projetos colaborativos foram liderados por consultores estrangeiros, jornalistas locais e novos "especialistas" em islamismo, terrorismo, jihad, segurança e estudos de conflito. Um grande número de especialistas/acadêmicos paquistaneses passou a trabalhar em think tanks com os governos do Reino Unido e dos EUA, enquanto outros se mudaram para uma academia ocidental que estava interessada em aprender sobre "muçulmanos". O economista político Akbar Zaidi argumentou que "a 'classe' se tornou uma categoria que perdeu relevância para as ciências sociais no Paquistão e que 'o país foi forçado a uma estrutura islâmica analítica como se nenhum outro sentido de existência ou identidade existisse' (Zaidi 2014: 50).
Essa mudança para projetos baseados na fé em desenvolvimento pode ser vista como um exemplo de "islamismo impulsionado por doadores" no Paquistão. Eles se concentram no senso de empoderamento religioso das mulheres como um indicador de progresso do desenvolvimento. As implicações de gênero específicas e tangíveis de como essas iniciativas reforçam o conservadorismo e as relações de gênero estereotipadas e as divisões de trabalho são ignoradas (Zia 2011, 2018). Presume-se que esses projetos não serão um retrocesso à década da islamização (1979-88), embora limitem o foco na piedade, no empoderamento baseado na fé e nas recompensas celestiais, mas não nos direitos políticos ou materiais (Zia 2011, 2013).
Um dos exemplos de tais esforços caros no Paquistão foi o Religions and Development Research Programme liderado pela agência de desenvolvimento do governo britânico, DFID. Da mesma forma, vários departamentos do governo dos EUA financiaram inúmeros projetos de reforma de madrasa (USAID 2010) e projetos relacionados a gênero, como Behind the Veil (USAID 2008). Muitas ONGs no Paquistão agora são obrigadas por doadores a incluir fé e sensibilidade religiosa em seus projetos, sem dar atenção às lições dos projetos de direitos das mulheres baseados na fé da década de 1990, que não alcançaram avanços legais ou sucessos de política social.
O interesse esmagador do governo dos EUA e a insistência de outros doadores na inclusão de abordagens baseadas na fé e na participação do clero religioso são todos parte da tentativa duvidosa de combater a militância religiosa, substituindo a estrutura universalista baseada em direitos aderida por ativistas de direitos no Paquistão por uma abordagem ‘apropriada’ baseada na fé para contextos de maioria muçulmana (Zia 2011). Eles também consolidam a conexão entre o desenvolvimento neoliberal e o islamismo, ao consolidar o desenvolvimento capitalista como uma causa moral com uma base humanitária sustentada por um ethos islâmico que está atento às relações de gênero ‘muçulmanas’. Zaim traça o nascimento de um novo tipo de empreendedor, o ‘Homo Islamicus’ na Turquia (Zaim 1994, citado em Moudourus 2014). Este conceito também pode ser aplicado ao caso de esforços de gênero e desenvolvimento em contextos muçulmanos como um esforço moral legítimo para harmonizar o islamismo com o desenvolvimento capitalista e para compensar as críticas à opressão das mulheres muçulmanas, incluindo-as em projetos empresariais e de reforma social sem perturbar a ordem de gênero cultural ou religiosa patriarcal.
A alegação de vários analistas pós-seculares (Aziz 2005; Cheema e Akbar 2010; Iqtidar 2011) de que Musharraf impôs um "liberal-secularismo" muscular e de cima para baixo foi, na verdade, uma tentativa de combater ideologias extremistas por meio de interpretações "moderadas" do islamismo. Para promover esse objetivo, jurisconsultos progressistas, como o acadêmico Javed Ghamdi, que apoiava os direitos das mulheres e uma versão pacífica "moderada" do islamismo, foram empregados. Embora o sucesso desse esforço seja contestável, a expansão absoluta das liberdades liberais e das mulheres veio ao custo de críticas silenciadas e praticamente nenhuma oposição ao próprio regime militar. Nesse ponto, parecia que a análise de Jalal sobre as relações comprometidas entre grupos progressistas de direitos das mulheres, a política islâmica e os regimes militares estava se mostrando presciente mais uma vez.
Os movimentos pelos direitos das mulheres do Paquistão parecem estar mais motivados a oferecer resistência radical direta aos governos conservadores, mas seu ativismo tende a se tornar silenciado sob regimes liberais que tentam cooptá-los (Zia 2014a). No entanto, como será visto abaixo, após uma década de governo democrático turbulento, mas ininterrupto, liderado por civis, isso também parecia estar mudando. O estado pós-Musharraf começou a apreciar o valor real do empoderamento das mulheres como uma mercadoria que ajudará a lançar o regime sob uma luz progressista, beneficiar o desenvolvimento geral e combater políticas extremistas. Práticas de governança conscientes de gênero — por mais problemáticas e contestadas que sejam — estão começando a desempenhar um papel significativo na nova subjetividade cidadã das mulheres.
Gender, Governance and Islam (Exploring Muslim Contexts) - Deniz Kandiyoti
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renatoferreiradasilva · 15 days ago
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A Saga da Dívida Americana: Complexidade Histórica e Implicações Contemporâneas
A análise histórica da dívida pública dos Estados Unidos transcende a simples descrição de eventos e se configura como uma reflexão crítica sobre as transformações políticas, econômicas e sociais do país. Este estudo examina as diferentes fases do endividamento, evidenciando como dinâmicas internas e globais interagiram para moldar a hegemonia norte-americana e, ao mesmo tempo, gerar desigualdades sociais persistentes. A partir dessa análise histórica, buscamos oferecer insights sobre o futuro da sustentabilidade fiscal e o papel da dívida na construção de uma sociedade mais justa.
1. Origens e Consolidação: A Dívida como Instrumento de Poder
A dívida pública americana teve suas origens durante a Guerra Revolucionária (1775-1783), quando a necessidade urgente de financiar o conflito levou à emissão de títulos e à contratação de empréstimos externos. Alexander Hamilton, como Secretário do Tesouro, reconheceu o potencial da dívida como instrumento de integração nacional e propôs a consolidação das dívidas estaduais no "Report on Public Credit" (1790). Essa estratégia visava não apenas a estabilidade econômica, mas também a centralização do poder político nas mãos do governo federal, como defendem alguns historiadores da Nova História Política. Essa abordagem historiográfica se concentra na análise das instituições políticas como atores centrais na definição de estruturas econômicas e sociais, destacando a interação entre elites políticas e interesses financeiros. Ao enfatizar o papel do Estado na construção de um sistema econômico nacional, a Nova História Política oferece uma interpretação que contrasta com visões liberais mais tradicionais, que tendem a minimizar a intervenção estatal.
A criação do Banco dos Estados Unidos em 1791 consolidou a visão hamiltoniana, apesar da oposição de figuras como Thomas Jefferson, que temiam o poder dos bancos e a concentração de capital. Essa disputa, analisada por historiadores como Bray Hammond em "Banks and Politics in America" (1957), revela as tensões entre diferentes visões sobre o papel do Estado e a distribuição de poder na jovem república.
2. Expansão, Conflitos e Desigualdades: A Dívida no Jogo de Poder
O século XIX foi marcado pela expansão territorial dos Estados Unidos e por conflitos como a Guerra de 1812 e a Guerra Mexicano-Americana. Essas guerras, além de gerarem endividamento, impulsionaram a escravidão e o deslocamento de povos indígenas, como demonstrado por historiadores da Nova História do Oeste, como Patricia Nelson Limerick em "The Legacy of Conquest" (1987). A dívida, nesse contexto, serviu como instrumento para financiar a expansão imperialista e aprofundar as desigualdades sociais. Projetos como a construção de infraestrutura ferroviária e a concessão de terras federais a colonos exemplificam como o endividamento público foi utilizado para sustentar a política de expansão territorial. Além disso, a dívida financiou a criação de fortes militares ao longo das fronteiras e o desenvolvimento de novas cidades, acelerando o processo de colonização do oeste.
A Guerra Civil (1861-1865) expôs as contradições da sociedade americana e gerou a maior dívida até então. O governo Lincoln, para financiar o conflito, emitiu os "greenbacks" e expandiu o sistema bancário nacional. No entanto, a inflação resultante e a desvalorização da moeda impactaram desproporcionalmente as classes mais pobres, como argumentado por Charles Beard em "An Economic Interpretation of the Constitution of the United States" (1913). A dívida, portanto, contribuiu para exacerbar as desigualdades sociais e gerar conflitos distributivos.
3. Industrialização, Crises e o Papel do Estado: A Dívida como Ferramenta de Gestão Macroeconômica
A industrialização acelerada no final do século XIX impulsionou o crescimento econômico, mas também gerou crises financeiras recorrentes. A crise de 1893, por exemplo, levou a uma reavaliação do papel do Estado na economia. A partir daí, o governo federal passou a intervir de forma mais ativa nos mercados financeiros, regulando bancos e expandindo a oferta de crédito. Essa intervenção, analisada por historiadores da Escola da Regulação, como Robert Boyer e Yves Saillard, contribuiu para a estabilidade do sistema, mas também gerou novas formas de dependência em relação ao Estado. Essa dependência se manifestou, sobretudo, na maior integração entre o setor privado e as políticas públicas, com empresas dependendo de financiamentos estatais e regulações que assegurassem um ambiente de mercado mais previsível. Isso também aumentou a responsabilidade do governo na manutenção da estabilidade econômica, tornando as crises financeiras mais sensíveis à capacidade estatal de intervenção.
A Grande Depressão (1929) marcou um ponto de inflexão na história econômica americana. O colapso do sistema financeiro e a intervenção estatal massiva do New Deal transformaram a relação do governo com a dívida. Keynesianos como Alvin Hansen defendiam o uso da dívida para estimular a demanda agregada e combater o desemprego. Essa mudança de paradigma influenciou profundamente as políticas fiscais nas décadas seguintes.
A Segunda Guerra Mundial consolidou a posição dos Estados Unidos como potência hegemônica. O endividamento atingiu níveis recordes, mas o controle do sistema financeiro global e a expansão do complexo industrial-militar garantiram a prosperidade do país no pós-guerra.
4. Desafios Contemporâneos: Globalização, Desigualdade e a Busca por Sustentabilidade
Nas últimas décadas, a dívida americana cresceu exponencialmente, impulsionada por cortes de impostos, gastos militares e o envelhecimento da população. A globalização e a desindustrialização geraram desemprego e desigualdade social, agravando as tensões fiscais. Crises como a de 2008 e a pandemia de COVID-19 exigiram intervenções trilionárias do governo, financiadas por emissão de dívida.
O debate contemporâneo sobre a dívida é complexo e multifacetado. Enquanto alguns defendem a austeridade fiscal para garantir a sustentabilidade a longo prazo, outros argumentam que investimentos em infraestrutura, educação e tecnologia são essenciais para promover o crescimento econômico e reduzir a desigualdade. A história demonstra que não há uma solução universal para a gestão da dívida. Cada época exigiu soluções adaptadas às suas próprias circunstâncias.
O papel do Federal Reserve na gestão da dívida também é central. A política de juros baixos e a aquisição de títulos do Tesouro contribuem para manter os custos do endividamento sob controle, mas também podem gerar distorções no mercado e aumentar a desigualdade, como apontado por economistas heterodoxos como Stephanie Kelton.
5. Lições Históricas e o Caminho a Seguir: Rumo a uma Sociedade mais Justa e Sustentável
A história da dívida americana revela que o endividamento público pode ser tanto um motor de desenvolvimento quanto uma fonte de instabilidade e desigualdade. A gestão eficaz da dívida requer uma combinação de prudência fiscal, investimentos estratégicos e políticas sociais robustas.
O futuro dependerá da capacidade do governo de articular uma estratégia de longo prazo que equilibre as necessidades fiscais com a promoção da justiça social e a preservação do meio ambiente. A história nos ensina que a dívida pública não é apenas um número nas contas do governo, mas um reflexo das escolhas que fazemos como sociedade. Cabe a nós, portanto, utilizar esse instrumento de forma consciente e responsável, promovendo políticas públicas que incentivem investimentos sustentáveis, fortaleçam as redes de proteção social e garantam uma distribuição equitativa dos benefícios econômicos, construindo assim um futuro mais justo e sustentável para todos.
Bibliografia
Beard, Charles A. An Economic Interpretation of the Constitution of the United States. Macmillan, 1913.
Bordo, Michael D., and Hugh Rockoff. A History of Monetary Policy in the United States, 1789-1960. Cambridge University Press, 2013.
Boyer, Robert, and Yves Saillard. Théorie de la régulation: L'état des savoirs. La Découverte, 1995.
Ferguson, Niall. The Ascent of Money: A Financial History of the World. Penguin Books, 2009.
Gordon, Robert J. The Rise and Fall of American Growth: The U.S. Standard of Living Since the Civil War. Princeton University Press, 2016.
Hammond, Bray. Banks and Politics in America: From the Revolution to the Civil War. Princeton University Press, 1957.
Hamilton, Alexander. Report on Public Credit. 1790.
Hansen, Alvin H. Fiscal Policy and Business Cycles. W. W. Norton & Company, 1941.
Kelton, Stephanie. The Deficit Myth: Modern Monetary Theory and the Birth of the People's Economy. PublicAffairs, 2020.
Limerick, Patricia Nelson. The Legacy of Conquest: The Unbroken Past of the American West. W. W. Norton & Company, 1987.
North, Douglass C. Institutions, Institutional Change and Economic Performance. Cambridge University Press, 1990.
Roosevelt, Franklin D. Public Papers and Addresses of Franklin D. Roosevelt. Random House, 1938-1950.
Stein, Herbert. The Fiscal Revolution in America. University of Chicago Press, 1969.
Wright, Robert E. One Nation Under Debt: Hamilton, Jefferson, and the History of What We Owe. McGraw-Hill, 2008.
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josuejuniorworld · 18 days ago
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Quatro Indígenas Avá-Guarani São Baleados em Conflito no Oeste do Paraná
Um novo episódio de violência marcou a disputa por terras no oeste do Paraná. Na noite de sexta-feira (3), quatro indígenas da etnia Avá-Guarani foram baleados em um ataque na aldeia Yvy Okaju, localizada entre as cidades de Guaíra e Terra Roxa, próximo à fronteira com o Paraguai. Entre os feridos estão uma criança de 7 anos, um adolescente de 14 anos, e dois adultos de 25 e 28 anos. Os feridos…
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umaviagemiteraria · 2 months ago
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Obras que marcaram a evolução da literatura portuguesa do século XII ao XX
Obras Brasileiras
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A Morerinha
Bibliografia da obra: publicada em 1844 (século XIX).
Autor: Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882).
Gênero Literário: Romance.
Tipos de Discurso Narrativo: Discurso narrativo, discurso direto.
Subgênero Narrativo: Romance de costumes.
Temas: Amor e paixão, saudade, identidade e classe social.
Estrutura da obra: Dividida em 20 capítulos que desenvolvem a história de forma linear.
Contexto Histórico-Social-Literário: Período de transição no Brasil, marcado pela independência e pela busca duma identidade nacional.
Narrador: Onisciente, o que permite conhecer os pensamentos e sentimentos dos personagens, além duma análise profunda das relações e conflitos.
Personagens: Filipe: O protagonista que se vê dividido entre o amor e as convenções sociais. Morerinha (Carolina): A jovem que representa o ideal romântico de beleza e amor. E os amigos de Filipe: Que ajudam a desenvolver a trama e a explorar os temas sociais.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo da narrativa é linear, seguindo a sequência dos eventos. Psicologicamente, os personagens vivenciam um tempo de reflexão e emoção, especialmente em relação ao amor e à saudade.
Espaço: A história se passa principalmente na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, o que simboliza a beleza natural e a tranquilidade, contrastando com os conflitos internos dos personagens.
Resumo: A Moreninha narra a história de Filipe, um jovem que se apaixona por Carolina, conhecida como Moreninha. O romance se desenvolve num ambiente de amizade e intrigas, onde Filipe deve confrontar seus sentimentos e as expectativas sociais. A obra culmina em um desfecho que reafirma o poder do amor verdadeiro.
Reflexão pessoal: A obra me levou a pensar sobre como as emoções humanas são comuns, mesmo em diferentes contextos históricos. A procura por amor e identidade ressoa até os dias atuais, evidenciando que, apesar das transformações, os sentimentos continuam sendo eternos.
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Iracema.
Bibliografia da obra: Publicada em 1865 (século XIX).
Autor: José de Alencar (1829-1877).
Gênero Literário: Romance.
Tipos de Discurso Narrativo: Discurso narrativo predominantemente descritivo e poético.
Subgênero Narrativo: Romance Histórico.
Temas: Amor e sacrificio, Indianismo, idealização da natureza e da mulher, colonização, submissão, mestizagem.
Estrutura da obra: Caracteriza-se por ser um texto longo em prosa, dividido em 33 capítulos.
Contexto Histórico-Social-Literário: Iracema é ambientada no século XVII, durante o período de colonização portuguesa no Brasil. A obra reflete as tensões entre colonizadores e indígenas, além de abordar o processo de formação da identidade nacional brasileira em um contexto de conflitos culturais e sociais.
Narrador: Onisciente, o que permite proporcionar uma visão ampla dos sentimentos e pensamentos dos personagens, além de descrever detalhadamente o ambiente natural.
Personagens: Iracema: Protagonista indígena, simboliza a beleza e a pureza da natureza. Martim: O colonizador português que representa a civilização europeia. Irapuã: Rival de Martim, chefe dos guerreiros tabajaras, e que também ama Iracema.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo cronológico da narrativa é linear e se passa entre 1603 e 1611. O tempo psicológico é explorado por meio das emoções intensas dos personagens, especialmente no que diz respeito ao amor e à perda.
Espaço: A história se desenvolve num ambiente natural, que é descrito de forma poética, refletindo a beleza do Brasil, a cultura indígena e a conexão dos personagens com a terra.
Resumo: Iracema narra a história de amor entre Iracema, uma indígena da tribo dos Tabajaras, e Martim, um colonizador português. Após um encontro inicial carregado de tensão, eles constroem um romance que desafia as dificuldades culturais e sociais resultantes da colonização. O amor deles culmina no nascimento de Moacir, representando a fusão das duas culturas. Entretanto, o trágico destino de Iracema culmina em sua morte depois de dar à luz, deixando Martim com seu filho para voltar à Europa.
Reflexão Pessoal: Iracema é uma criação que ultrapassa o tempo ao tratar de temas universais como amor, sacrifício e identidade. Por meio da interação entre Iracema e Martim, José de Alencar não somente relata um romance, mas ainda estimula reflexões sobre as complexidades das relações interculturais. A beleza poética das narrativas contrasta com a severidade da realidade colonial, fazendo com que o leitor questione os legados históricos que formaram o Brasil atual. Por isso, a criação permanece relevante na conversa sobre identidade nacional e as implicações do encontro entre culturas diversas.
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Grande Sertão; Veredas
Bibliografia da obra: Publicada em 1956 (século XX).
Autor: João Guimarães Rosa (1908-1967).
Gênero Literário: Romance Modernista.
Tipos de Discurso Narrativo: O discurso narrativo é predominantemente descritivo e reflexivo, com forte presença de monólogos internos que revelam os pensamentos e sentimentos do protagonista.
Subgênero Narrativo: Romance de formação.
Temas: Existensialismo, identidade, sertão, conflito, violência, natureza do amor e amizade.
Estrutura da obra: A obra é extensa, com mais de 600 páginas, e é dividida em duas partes. Essa divisão é estruturada como um bloco de texto contínuo, com uma narrativa que é dividida em parágrafos extensos, seguindo o fluxo de pensamento do narrador, Riobaldo.
Contexto Histórico-Social-Literário: A história foi escrita numa fase de mudança na literatura brasileira, após a Segunda Guerra Mundial. Por isso, o sertão simboliza uma realidade social complexa, caracterizada pela batalha pelo poder e pela sobrevivência. A obra retrata as tensões sociais e políticas do Brasil daquele período, além de trazer questões sobre a identidade nacional.
Narrador: Primeira pessoa, o que permite ao protagonista a compartilhar sua própria história, proporcionando uma visão mais íntima.
Personagens: Riobaldo: Protagonista e narrador, ex-jagunço que reflete sobre sua vida. Diadorim (Reinaldo): O grande amor de Riobaldo, cuja identidade é central para a trama. Joca Ramiro: Chefe dos jagunços e pai de Diadorim. Nhorinhá: Representa o amor carnal de Riobaldo. Zé Bebelo: Antagonista político que busca acabar com os jagunços.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo cronológico abrange eventos que ocorrem ao longo da vida de Riobaldo, enquanto o tempo psicológico é marcado pelas memórias e reflexões de Riobaldo, que busca entender sua vida e suas escolhas.
Espaço: Sertão brasileiro, abrangendo regiões de Minas Gerais, Bahia e Goiás.
Resumo: Grande Sertão: Veredas narra a trajetória de Riobaldo, um ex-jagunço que conta suas memórias a um interlocutor. Ele relata suas experiências no sertão, suas lutas entre jagunços e seu amor por Diadorim. Embora não trate a homossexualidade de forma explícita ou positiva em todos os momentos, aborda a temática de maneira profunda e multifacetada, refletindo as tensões entre amor, identidade e as normas sociais do sertão brasileiro. Ademais de explorar temas como identidade, amor platônico e as normas sociais daquela época. Ao longo da narrativa, Riobaldo reflete sobre suas escolhas, medos e a inevitabilidade da morte.
Reflexão Pessoal: Grande Sertão: Veredas é uma obra que trascende o tempo ao tratar de questões universais sobre amor, identidade e a condição humana. A intensidade das reflexões de Riobaldo ressoa com qualquer leitor que já se questionou sobre seu lugar no mundo. A linguagem elaborada e poética de Guimarães Rosa transforma o sertão num espaço não apenas físico, mas também metafórico, onde as lutas internas dos personagens refletem as batalhas existenciais que todos enfrentamos. A leitura dessa obra é uma jornada pela alma humana, revelando que cada ser é uma construção complexa formada por suas experiências e emoções.
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Gabriela, Cravo e Canela
Bibliografia da obra: Foi publicada em 1958 (século XX).
Autor: Jorge Amado (1912-2001).
Gênero Literário: Romance, com forte influência do realismo mágico e do regionalismo.
Tipos de Discuro Narrativo: Discurso direto e discurso indireto, com diálogos ricos que revelam as características dos personagens e o ambiente social em que vivem.
Subgênero Narrativo: Romance regionalista-social.
Temas: Amor, sexualidade, identidade cultural, transformação social, conflito social, preconceitos, liberdade e feminismo.
Estrutura da obra: Se divide em 30 capítulos.
Contexto Histórico-Social-Literário: Ambientada na cidade de Ilhéus durante a década de 1920, um período marcado pela exploração do cacau e pelas transformações sociais no Brasil. Permite refletir sobre as desigualdades sociais, as relações de classe e o papel da mulher numa sociedade conservadora e ao machismo presente na época.
Narrador: Onisciente, proporcionando uma visão ampla dos pensamentos e sentimentos dos personagens
Personagens: Gabriela: Protagonista, uma mulher livre e sensual que desafia as normas sociais. Nacib: O turco proprietário do bar que se apaixona por Gabriela. Amâncio: O antagonista que representa os interesses da elite local. Zé Inácio: Um político local que busca o poder a qualquer custo.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo cronológico da narrativa ocorre principalmente na década de 1920. Enquanto o tempo psicológico é explorado através das emoções dos personagens, especialmente no que diz respeito ao amor, à liberdade e às ambições pessoais.
Espaço: O cenário é a cidade de Ilhéus, retratada de forma vibrante e detalhada, com descrições que evocam a cultura, a paisagem e a vida cotidiana da região.
Resumo: Conta a trajetória de Gabriela, uma jovem que chega a Ilhéus em busca de emancipação. Ela passa a ser amante de Nacib, um turco dono de um bar. A relação deles desafia as normas sociais do período. Enquanto isso, a cidade confronta disputas políticas e sociais entre os trabalhadores do cacau e a elite local. A obra investiga o amor livre de Gabriela em comparação às regras conservadoras da sociedade.
Reflexão Pessoal: Gabriela, Cravo e Canela é uma homenagem à emancipação feminina num ambiente social opressor. A figura de Gabriela simboliza não apenas a sensualidade, mas também a determinação duma mulher que deseja viver intensamente suas paixões. Jorge Amado emprega sua prosa vibrante para capturar a essência da cultura baiana, transformando cada página numa experiência sensorial rica. Convidando os leitores a refletir sobre as questões eternas do amor, da identidade cultural e das lutas sociais, demonstrando que as narrativas pessoais estão sempre interligadas com os contextos históricos. É uma leitura que ressoa intensamente com aqueles que procuram compreender as complexidades das interações humanas em qualquer período.
Referências:
Diana, D. (2020, November 13). Iracema: resumo do livro. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/iracema/
De Alencar, J. (2002). Iracema. Biblioteca Virtual Miguel De Cervantes. https://www.cervantesvirtual.com/obra/iracema--0/
Iracema: resumo, análise, autor, contexto - Brasil Escola. (n.d.). Brasil Escola. https://brasilescola.uol.com.br/literatura/iracema.htm
Diana, D. (2024, July 22). Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/grande-sertao-veredas-de-guimaraes-rosa
Estudante, R. D. G. D. (2018, June 25). “Grande Sertão: Veredas” – Resumo da obra de Guimarães Rosa. Guia Do Estudante. https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/grande-sertao-veredas-resumo-da-obra-de-guimaraes-rosa
Rosa, J. G. (1994). Grande Sertão: Veredas. EDITORA NOVA AGUILAR. https://joaocamillopenna.wordpress.com/wp-content/uploads/2018/03/rosa_j_g_grande_sertao_veredas.pdf
ecturalia.com. (n.d.). Jorge Amado: libros y biografía autor. Lecturalia. https://www.lecturalia.com/autor/2209/jorge-amado
Ziccardi, N. (2024, August 6). Jorge Amado: vida y obra del célebre escritor brasileño. Radio Perfil. https://radio.perfil.com/noticias/podcasts/jorge-amado-vida-y-obra-del-celebre-escritor-brasileno.phtml
Libros de Jorge Amado | Casa del Libro. (n.d.). Casadellibro. https://www.casadellibro.com/libros-ebooks/jorge-amado/14779
De Macedo, J. M. (n.d.). A Moreninha. Joaquim Manuel De Macedo: 9788525406545 - IberLibro. https://www.iberlibro.com/9788525406545/Moreninha-Joaquim-Manuel-Macedo-8525406546/plp
Bravo. (2024, June 3). Entenda o livro “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa. Bravo! https://bravo.abril.com.br/literatura/entenda-o-livro-grande-sertao-veredas-de-guimaraes-rosa
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curso-online · 2 months ago
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Livro Processos circulares por Kay Pranis | PDF
Este livro Processos circulares, de Kay Pranis, apresenta uma metodologia revolucionária para transformar conflitos e promover a reconciliação em diferentes contextos sociais. A proposta de Pranis é baseada em processos circulares de construção de paz, que buscam resolver disputas por meio da escuta ativa, empoderamento e respeito mútuo. Utilizando práticas que têm raízes nas tradições indígenas…
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hoteldaninnexpressfoz · 2 months ago
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História da Tríplice Fronteira: Conexões Culturais entre Brasil, Paraguai e Argentina
 A Tríplice Fronteira, onde Brasil, Paraguai e Argentina se encontram, é uma região rica em diversidade cultural, marcada por uma história de trocas, influências e convivência entre diferentes povos. Situada entre as cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), Ciudad del Este (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina), essa área é um verdadeiro ponto de encontro de culturas, refletindo a união e o respeito entre três países que compartilham tradições e heranças. Neste artigo, exploramos como essas conexões culturais moldaram a Tríplice Fronteira e o que torna essa região única.
As Origens da Tríplice Fronteira: Povos Indígenas e Colonização
Antes da chegada dos colonizadores europeus, a região da Tríplice Fronteira era habitada por diversos povos indígenas, principalmente os guaranis, que mantinham uma relação íntima com a natureza e desenvolviam uma cultura rica em mitos, rituais e tradições. A presença indígena ainda é forte, e o respeito por essa herança é visível em diversos aspectos culturais, como o artesanato, a culinária e a música da região.
Com a colonização europeia, Brasil, Paraguai e Argentina passaram a disputar territórios e influências, o que deu origem a uma mescla cultural única. Ao longo dos anos, as fronteiras se definiram e, apesar dos conflitos históricos, essa convivência entre as três nações se consolidou em um espírito de colaboração e troca.
A Convivência entre Diferentes Culturas
A região da Tríplice Fronteira é um dos melhores exemplos de multiculturalismo na América Latina. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, convivem pessoas de várias nacionalidades, incluindo descendentes de libaneses, japoneses e italianos, além dos paraguaios e argentinos que migraram para o Brasil. Essa diversidade é refletida na culinária, nos idiomas falados, nos eventos culturais e até nas práticas religiosas da região.
Os idiomas português, espanhol e guarani são amplamente falados, o que enriquece a experiência de quem visita a região. Essa multiplicidade de línguas facilita a interação e fortalece as relações entre os moradores dos três países, promovendo um ambiente de respeito e troca cultural.
Influências na Gastronomia e no Artesanato
A gastronomia da Tríplice Fronteira é um dos reflexos mais deliciosos dessa união cultural. Pratos típicos de cada país, como a chipa paraguaia, as empanadas argentinas e o churrasco brasileiro, são encontrados facilmente em toda a região. Além disso, o chimarrão (ou tereré) é uma tradição compartilhada, apreciada nos três países, mas com variações que mostram as particularidades de cada cultura.
O artesanato local também reflete essa mistura. Peças inspiradas na cultura guarani, como bijuterias e objetos em madeira, podem ser encontradas nas feiras de Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú e Ciudad del Este. Cada país contribui com suas técnicas e estilos, criando produtos únicos que são representações culturais da Tríplice Fronteira.
Eventos Culturais e Celebrações Compartilhadas
A Tríplice Fronteira sedia eventos culturais que celebram a união entre os três países. Em Foz do Iguaçu, o Festival das Cataratas é um exemplo de evento que atrai turistas de toda a América Latina, promovendo apresentações artísticas e gastronômicas das culturas brasileira, paraguaia e argentina.
Outras festividades, como as celebrações do Dia da Independência e o Carnaval, são oportunidades para que cada nação exiba sua identidade cultural, ao mesmo tempo em que valoriza e respeita a cultura dos vizinhos. Isso cria um ambiente de harmonia e respeito, onde as pessoas compartilham e aprendem sobre as tradições dos três países.
A Tríplice Fronteira como Destino Turístico Internacional
A área da Tríplice Fronteira é um destino turístico popular, atraindo visitantes de todo o mundo. As Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, estão entre as atrações mais visitadas, com turistas podendo admirar essa maravilha tanto pelo lado brasileiro, em Foz do Iguaçu, quanto pelo lado argentino, em Puerto Iguazú.
Outras atrações turísticas, como a Usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia, e a famosa ponte da Amizade que conecta o Brasil ao Paraguai, refletem a importância econômica e cultural da região. Esses locais representam a cooperação entre os países e são um símbolo de como é possível unir o desenvolvimento econômico à preservação cultural.
A Importância da Cooperação entre os Três Países
A Tríplice Fronteira é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer as relações entre países vizinhos. Em um mundo cada vez mais globalizado, a região demonstra como é possível conviver em harmonia, mesmo com fronteiras físicas, promovendo o desenvolvimento econômico e social conjunto. Essa união também se reflete na segurança, com operações conjuntas entre as polícias dos três países para manter a tranquilidade na região.
Onde se Hospedar para Conhecer a Tríplice Fronteira
Para os turistas que desejam explorar a Tríplice Fronteira e viver essa experiência multicultural, uma excelente opção de hospedagem é o Hotel Dan Inn Express Foz do Iguaçu. Com uma localização estratégica em Foz do Iguaçu, o hotel oferece conforto e facilidade de acesso às principais atrações turísticas da região, permitindo que você conheça o melhor dos três países.
Mais informações sobre hospedagem: https://www.nacionalinn.com.br/hotel/39/dan-inn-express-foz-do-iguacu
Para mais dicas e conteúdos sobre a região, acesse o blog da Nacional Inn: https://blog.nacionalinn.com.br/.
A Tríplice Fronteira é uma das regiões mais fascinantes da América Latina, onde três culturas se encontram e coexistem de forma harmoniosa. Visitar Foz do Iguaçu e seus arredores é mergulhar em uma experiência única, que une natureza, história e diversidade cultural.
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ocombatenterondonia · 2 months ago
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Guajará-Mirim: Assista ao vivo ao evento "Fortalecendo Vínculos"
O Tribunal de Justiça de Rondônia lança o projeto “fortalecendo vínculos” nesta sexta-feira, dia 22 de novembro de 2024, às 9h, no Fórum de Guajará-Mirim, e conta com a disponibilização de uma Cartilha informativa sobre a ação. O projeto proporciona um ambiente seguro e acolhedor nas comunidades indígenas para que os adolescentes em conflito com a lei possam cumprir suas medidas…
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alemdobvio · 3 months ago
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Identificar as etapas da evolução da literatura e as correspondências entre África, Brasil e Portugal é um processo abrangente que envolve reconhecer influências mútuas, contextos históricos e temáticas específicas que marcaram cada época. 1. Literatura Medieval (Séc. XII - XV)Mundial: Domínio da literatura oral e religiosa, com poemas épicos, crônicas, e obras de cavalaria. Influência dos valores feudais e da Igreja. Portugal: A literatura medieval portuguesa é marcada pelas cantigas trovadorescas (de amor, amigo, e escárnio) e crônicas reais. Obras como as Cantigas de Santa Maria e os registros de Fernão Lopes se destacam. Brasil: Não há produção literária no Brasil nesta época, devido ao período pré-colonial. África: Literatura predominantemente oral, com mitos, lendas e histórias transmitidas oralmente que preservam a cultura e identidade dos diversos povos. 2. Renascimento e Literatura Clássica (Séc. XV - XVI) Mundial: Redescoberta dos textos clássicos e valorização do humanismo, das artes, e da ciência. Surge a literatura renascentista com figuras como Dante, Petrarca e Camões. Portugal: Grande destaque para Os Lusíadas de Camões, que celebra as descobertas marítimas e a expansão de Portugal. Surge uma literatura que enaltece a pátria e o espírito aventureiro. Brasil: Início da colonização, com textos descritivos dos cronistas e cartas de viajantes, como a Carta de Pero Vaz de Caminha. África: Contacto inicial com a literatura ocidental através dos colonizadores europeus, mas a tradição oral continua sendo o principal meio de transmissão cultural. 3. Barroco (Séc. XVII) Mundial: Época de contrastes e complexidade. O estilo barroco reflete a crise espiritual da época e o conflito entre o sagrado e o profano. Portugal: Poetas como Padre António Vieira e Francisco Rodrigues Lobo expressam uma literatura marcada pela retórica rebuscada e pelos dilemas religiosos. Brasil: Surge a literatura barroca com destaque para Gregório de Matos e o Padre António Vieira, que abordam temas religiosos e sociais com uma linguagem rica em metáforas e ironia. África: A literatura escrita é praticamente inexistente, mas a oralidade permanece forte, enquanto o contato colonial afeta a cultura tradicional.
4. Neoclassicismo e Arcadismo (Séc. XVIII) Mundial: Retorno à simplicidade e aos valores clássicos greco-romanos, com uma poesia bucólica e racional. Portugal: O Arcadismo foca em temas rurais e naturais. O principal autor é Manuel Maria Barbosa du Bocage. Brasil: A Escola Mineira (Arcadismo) surge com poetas como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, que idealizam a vida no campo e criticam o abuso de poder colonial. África: Presença cultural africana em obras brasileiras e portuguesas, enquanto o continente africano ainda permanece com uma literatura fortemente oral.
5. Romantismo (Séc. XIX) Mundial: Exaltação do individualismo, da natureza e da liberdade. Surgem temas nacionalistas e valorização da cultura popular.
Portugal: Almeida Garrett e Alexandre Herculano lideram o movimento romântico, com destaque para o nacionalismo e o medievalismo.
Brasil: O Romantismo brasileiro celebra a identidade nacional com autores como José de Alencar e Gonçalves Dias, que exploram temas indígenas e exóticos.
África: Início da escrita literária africana, embora ainda limitada devido ao domínio colonial. Há o início de uma literatura de resistência e identidade cultural.
6. Realismo e Naturalismo (Séc. XIX) Mundial: Movimentos que buscam representar a realidade de forma objetiva, abordando temas sociais e psicológicos.
Portugal: Eça de Queirós é a grande figura do Realismo português, com obras como Os Maias, que criticam a sociedade portuguesa.
Brasil: Machado de Assis se destaca, trazendo uma visão crítica da sociedade brasileira em obras como Dom Casmurro.
África: Literatura africana começa a questionar o colonialismo, mas a produção literária escrita ainda é limitada.
7. Modernismo (Séc. XX)Mundial: Quebra com a tradição, inovação na forma e no conteúdo, explorando temas como a alienação e o caos urbano.
Portugal: O Modernismo português é liderado por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, com grande experimentação linguística e introspecção.
Brasil: Semana de Arte Moderna de 1922 marca a ruptura com o passado e a busca por uma identidade nacional autêntica, com autores como Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
África: O Modernismo se consolida com autores que abordam temas de identidade e independência. Surgem nomes como Agostinho Neto em Angola e José Craveirinha em Moçambique.
8. Literatura Contemporânea (Séc. XXI) Mundial: Diversidade de estilos e temáticas, com literatura digital, autoficção, e questionamentos sobre o futuro.
Portugal: Expansão de temas universais, como a globalização e a memória histórica, com autores como José Saramago e António Lobo Antunes.
Brasil: Literatura contemporânea aborda temas como urbanização, questões de gênero e minorias, com autores como Conceição Evaristo e Milton Hatoum.
África: Literatura africana reflete questões de identidade, pós-colonialismo e diáspora, com autores renomados como Mia Couto e Chimamanda Ngozi Adichie.
Essa correspondência entre as literaturas de África, Brasil e Portugal mostra como as fases e movimentos literários se entrelaçam, ao mesmo tempo que mantêm particularidades ligadas à história e à cultura de cada país ou região.
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Glossário:
Arcadismo: Influência literária das Arcádias.
Colonialismo: Doutrina ou atitude favorável à colonização ou à manutenção de colónias.
Crónicas: História que expõe os factos em narração simples e segundo a ordem em que eles se vão dando.
Humanismo: Doutrina dos humanistas do Renascimento que ressuscitaram o culto das línguas e das literaturas antigas.
Idealismo: Sistema filosófico que encarece e afirma o valor da ideia.
Medievalismo: Fascinación o idealización de la Edad Media, frecuente en el Romanticismo, donde se retoman temas y personajes de ese período.
Mitos: Relatos tradicionales que intentan explicar fenómenos naturales, valores culturales o creencias religiosas de una sociedad.
Naturalismo: Corriente literaria del siglo XIX que intenta representar la realidad de forma detallada y científica, mostrando el entorno y la herencia como factores que determinan el destino humano.
Pós-colonialismo: Corriente de pensamiento que examina y critica las consecuencias del colonialismo, especialmente en términos de identidad cultural y social en los países que fueron colonizados.
Realismo: Movimiento artístico y literario que busca representar la realidad de manera objetiva, sin idealizaciones. Surgió en el siglo XIX y se caracteriza por abordar temas sociales y psicológicos.
Renacimiento: Movimiento cultural de los siglos XV y XVI que implica un "renacer" de las artes y el conocimiento clásico, destacando el Humanismo y los avances científicos.
Romanticismo: Movimiento literario y artístico del siglo XIX que exalta los sentimientos, la naturaleza, el individualismo y la libertad.
Trovadores: Poetas de la Edad Media que componían y cantaban poemas amorosos o satíricos. Las “cantigas trovadorescas” son un ejemplo en la literatura medieval portuguesa.
Vanguardismo: Movimiento artístico y literario del siglo XX que rompe con las normas establecidas, promoviendo la innovación en la forma y el contenido, y cuestionando temas sociales y culturales.
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