#bruxaria mariposa
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lobamariane · 4 months ago
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Subi no pé de cajá como quem sobe no pé do tempo e segura forte pra não cair.
Quando devaneio o olhar sobre a terra exterminada vejo gado morto na estrada, mandacarus que brotam em cálices enormes, sedentos.
Lá. Antes do couro. Antes do cangaço. Antes das tropas. Lá, onde minha velha cariri mora, meu fio foi cortado por bandeiras, dentes de cachorro, laço de morte, morte da língua. Meu fio foi cortado, mas continuou correndo:
Utinga, Bonita
Pedra Branca, Paraguassu
Kirimurê, Tororó
Rio Vermelho, Ondina.
Daquelas que na seca costuraram a guerrilha, minha avó, no cruzo das estampas, guarda a sabedoria de traçar com linha de vida o tecido dos dias, costurar com linha divina a história de permanecer viva.
E eu, do alto do pé do tempo, sinto a pele vermelha em brasa quando acendo a memória de quando fui menina, outra, longe, bárbara, tapuia, moça sem nome correndo sob o sol do meio dia em direção ao rio do meu sangue, fonte infinita.
Vó,
Meu fuso é a minha cabeça e eu giro fios de água que meu coração vai costurando, costurando, costurando, do sertão até o mar.
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***
escrito na Praia de Pé de Serra em meados de Março e ofertado às deusas do Destino no Baile da Encruza, Cheia do Fabuloso Agosto. As duas fotos são da minha mãe.
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amamaia · 5 months ago
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Na despedida do inverno-ventania
Essa noite sonhei com minha Mãe da Floresta e seu ninho estava pronto, todo em clara prata de lua derramada, pra despedida do inverno soproso. Era um lugar pra muitas gentes, mas naquele momento estávamos sós. Ela me disse, segurando em meu queixo salgado de lágrimas, que nada aqui se sustenta só. É preciso lembrar das folhas, das mentes, dos atrevimentos. Já deveríamos estar mortas, Ela disse. Você e eu. O que mais você ainda espera? Seus grandes olhos esmeralda eram de sorriso firme. Deu tesão. Eu sabia que deveria dizer adeus a tudo o que precisa ficar pra chegar à terra debaixo da terra e banhar-me do sangue das Antigas mais uma vez. E eu quero. Eu sempre quero. .xxx.
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djinfurtacor · 7 months ago
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Meninas desejam voar
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Cada linha firmada
expressa o grito
impregnado da vontade de
viver em liberdade.
Quantos significados posso enxergar nessa imagem?
Uma jovem moça firmou as dobraduras que deram vida a este pequeno pássaro. Ela abriu momento no tempo-espaço e o entregou em minhas mãos depois de tudo que ouvimos e construímos em uma roda que fez confluir no mesmo ambiente histórias nossas, tão semelhantes e dolorosas e aprendizados necessários e fundantes para seguir nos dias mais seguras pois quando tomamos consciência de nossos direitos, da luta de nossas mais velhas ao longo do tempo para nos encaminhar até este ponto na história, também nos tornamos agentes dessa revolução. Movimento ascendente que cresce de dentro pra fora.
Agora carrego comigo o símbolo de algo que a minha mestra me ensinou no início dessa jovem caminhada:
Toda vez que mulheres se encontram e se conectam, um fenômeno de cura começa a acontecer. Somos como árvores organizando a vida dentro de um ecossistema.
Ao mesmo tempo que grita em minha retina a certeza de outro ensinamento:
A luta pela liberdade é uma causa coletiva. Só seremos livres quando todas as gaiolas deixarem de existir, quando todas as asas se articularem para alçar voo.
Sigo fincando os passos no caminho e ouvindo o sussurro palpável dos ensinamentos da mais velha que me guia toda vez que me deparo com a verdade.
Revérbero de um momento importante para jovens mulheres e moças do território de Serra Grande. Uma formação para o Grupo das Meninas: Vivências Femininas, que reuniu jovens do território com o intuito de disseminar informações e gerar aprendizados sobre os direitos das mulheres e meninas na sociedade brasileira.
Ao longo de três encontros, aconteceram rodas com a presença de mulheres ativas na luta da causa das mulheres, e/ou no inicio de sua caminhada, para partilhar conhecimentos e aprofundar os temas escolhidos.
18.05.2024 no Barracão de Seu Lito Bairro Novo, rua Beira Rio Serra Grande, Uruçuca, Sul da Bahia
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13ellav · 5 months ago
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FACA, PENA OU MEL?
- depende da Lua. para as perguntas, existem infinitas formas de respondê-las. mas não fazê-las, é onde o infinito termina. é preciso dar mais um passo, tentar de novo.
'que Madalena é essa?'.
23.07.2024 | lua cheia em aquário, fixo do ar | primeiro dia do sol em leão, fixo do fogo | serra grande, bahia dos mistérios
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anansisopra · 7 months ago
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Mal podemos esperar por esse feito. Há muito o que derramar nessas paginas de maré, seja em tempestade, seja em céu pra singrar.
a Penseira (até agora)
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gliterarias · 5 months ago
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Resenha Coletiva: O Bosque das Coisas Perdidas
A obra de Shea Ernshaw chegou ao Brasil três anos após a data de sua publicação original com muita magia e mistério. Vencedora do Oregon Book Award, “O Bosque das Coisas Perdidas” nos conta a história de Nora Walker, descendente das bruxas Walkers, ditas como mais velhas que o bosque onde a história se passa.
Nora Walker segue o caminho de suas ancestrais, diferentemente de sua mãe. A jovem bruxa não liga para os cochichos e os olhares atravessados dos outros moradores da região, segue sua intuição e os aprendizados da sua avó, entrando e encontrando coisas perdidas bo bosque em toda lua cheia, como fora ensinada.
No entanto, em um dos invernos mais rigorosos, onde os moradores acabam sendo isolados e presos pela forte nevasca que os impediu de irem embora, um garoto desaparece. Nora, durante suas visitas ao bosque, para encontrar relíquias para vender ou usar de decoração, o encontra, sentindo uma atração inexplicável por Oliver Huntsman.
Ao retorná-lo ao acampamento de onde ele tinha desaparecido, descobre que no mesmo dia em que Oliver desapareceu, um garoto morreu. Os eventos estariam conectados? Por que a mariposa de ossos(que significa morte) seguia Oliver? E por que o garoto não consegue se lembrar de nada? Estaria ele ligado à morte do outro garoto? Ou também havia sido vítima, mas conseguiu sobreviver? 
As pistas e respostas estão nas páginas seguintes, através de capítulos com os pontos de vistas de Nora e Oliver, em uma narrativa instigante, cheia de mistérios, magia e tensão. E aí? Consegue desvendar esse mistério?
Mary: Já tinham me indicado as obras  de Shea Earnshaw diversas vezes por conta dos conteúdos bruxescos das narrativas, já que sou uma bruxa natural, não como as Walker, mas uma bruxa. A leitura é viciante, a cada descrição eu me conectava ainda mais com os personagens e o bosque, os capítulos sobre as histórias de cada Walker além das referências à bruxaria ver/natural também me deixaram com o coração quentinho. Com toda certeza, “O Bosque das Coisas Perdidas” se tornou um dos meus queridinhos.
Nick: Sendo sincera, ainda não terminei a leitura do livro, já que entrei numa ressaca literária - odeio quando isso acontece, vocês também? - mas assim que comecei a ler, já sabia que ia amar a história, a escrita da autora é incrível, toda a tensão, e como o bosque realmente parece uma coisa viva e sombria. 
Gostei da Nora e do Oliver como protagonistas. Os pontos de vista dela são marcados pela magia ancestral, pelo amor à avó e à família. E pelo medo e reverência à floresta e ao Bosque de Vime. Nora entende o desconhecido. Teme o que não pode controlar. E sabe que, bruxa ou não, aquele lugar antigo merece respeito.
Enquanto o Oliver oferece o mistério. Como ele chegou no bosque? Por que ele foi pro bosque?
Enfim, só lendo para descobrir!
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sanguedivinorpg · 4 years ago
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Hécate
(Filhos precisam ser avaliados antes de serem aceitos)
 Deusa das terras selvagens e dos partos, era geralmente representada segurando duas tochas ou uma chave, e em períodos posteriores na sua forma tripla. Estava associada a encruzilhadas, entradas, fogo, luz da lua, magia, bruxaria, o conhecimento de ervas e plantas venenosas, fantasmas, necromancia e feitiçaria.
 Habilidades:
Nível 1 – Conhecimento de feitiços. A prole conhece um feitiço elemental para cada elemento básico: água, fogo, terra e ar, utilizando de símbolos de magia para cada elemento. Invocar uma esfrega de 30 cm deste elemento e pode controlar para que esta chegue ao seu alvo. Custo: 30 PH
Nível 5 – Bruxaria. A prole da deusa, ao ter os ingredientes necessários para tal feito, poderão fazer poções com fins de: causar dano, recuperar saúde, recuperar pontos de habilidade e atrair névoa. Os ingredientes estarão presentes no grimório em posso do líder do dormitório da deusa, LOGAN SASAGHEN. Deve ter a poção consigo para usá-la. Sem custo.
Nível 10 – Lamparina. Por ter a noite como seu véu, insetos como mariposas serão atraídos pela cria, servindo como seus mensageiros e trazendo ingredientes para poções. Custo: 15 PH
Nível 15 – Ritual de proteção. A cria pode usar sua magia para reunir forças para criar um círculo de proteção ao redor de si e de 2 aliados por 1 turno. Custo: 30 PH
Nível 25 – Encruzilhada. Ao criar uma encruzilhada sob seus pés, sendo física ou espiritual, a cria pode lançar uma magia poderosa em nome de sua mãe, causando dano crítico alto. Custo: 20 PH
Nível 35 – Maestria de feitiços. A cria agora aumentou seu arsenal de feitiços, podendo usar outros elementos como: eletricidade, escuridão, luz e minerais mágicos (como Ônix, turmalina negra e etc). Invocar uma esfrega de 30 cm deste elemento e pode controlar para que esta chegue ao seu alvo. Custo por feitiço: 30 PH
Nível 40 – Selvageria. A cria da deusa pode convencer animais puramente selvagens a lhe auxiliarem em batalha, transporte, informações e proteção. Até 2 animais, de pequena à grande porte. Custo: 40 PH.
Nível 50 – Transfiguração. Por ser cria de um deusa tríplice, a prole pode mudar seu corpo para a forma dos animais sagrados de sua mãe por até 2 turnos (mariposa, cão, loba)
Passivas: Deusa triplice. Representando a lua cheia, minguante e crescente, os poderes das proles são maiores durante a lua cheia (100%) e suas chances de sucesso em magia são totais, crescente na lua crescente (70%), tendo mais afinidade com cura e crescimento, e mais fracos na lua minguante (50%) tendo mais facilidade para expulsar espíritos malignos e energias negativas, não tenho poder mágico durante a lua nova (0%). Herbologia. O profundo conhecimento de plantas ajuda a prole a criar venenos, antídotos e remédios diversos. A cria da deusa pode aprender diversos feitiços ancestrais através de missões. Beleza mágica (pode mudar a cor de seus olhos e cabelo). Conhecimento de astrologia e tarô.
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grimorio-da-bruxa · 8 years ago
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Uma das teorias e conceitos da palavra Bruxa! Conceito e Origem da palavra Bruxa / Bruxaria. Assim como Cláudio Moreno - Formado em Letras da UFRGS, com habilitação em Português e Grego. Doutor em Letras com a tese "Morfologia Nominal do Português" - e outras fontes portuguesas e espanholas, a conceituação da palavra Bruxa/Bruxaria é de origem duvidosa, mas existem algumas evidências de que essa palavra seja pré-romana, originária da região Ibérica. Conceito Bruxaria - É um derivado de bruxa, cuja origem até hoje não foi determinada com precisão. Embora alguns autores tentem provar que o vocábulo proveio do latim, o mais provável é que ele já existisse em algum dos dialetos falados na Península Ibérica antes da chegada dos romanos, como foi o caso de bezerro, cama, morro e sarna. Esta hipótese é reforçada pelo fato de só aparecer nas línguas ibéricas (português bruxa, espanhol bruja, catalão bruixa); se viesse do latim, deveria também estar presente no francês (que usa sorcière) e no italiano (que usa strega), que também pertencem à família das línguas românicas. 1. Mulher que faz bruxarias; feiticeira, maga, mágica; As bruxas eram perseguidas e castigadas pela Inquisição.Bruxa. [De uma base pré-romana *brouxa]. S. f. 2. Mulher feia e/ou rabugenta. 3. Bras. Mariposa (1). Tipo de borboleta preta. Mariposa Bruja "Ascalopha odorata " – São conhecidas popularmente como bruxas negras e foram descritas cientificamente pela primeira vez em por Kart Von Linne. Em algumas culturas os lepidópteros simbolizam bruxas e fadas, em outras são consideradas a alma das bruxas. A simbologia se estabelece ao relacionar a habilidade destes animais e das bruxas em se mesclar ao ambiente tal como o camaleão. Alguns contos folclóricos dizem que a alma de um bruxo toma a forma de uma mariposa negra e trata de encontrar seu corpo. Se os humanos o encontram primeiro devem fechar a boca, caso ela entre poderá causar a sua morte. Possivelmente, este conceito de alma explica por que em muitas pinturas medievais dos anjos tenham asas de mariposa, em vez de aves. Filosofia Bruxaria é uma das diversas crenças advindo do conceito paganismo, sua essência são os cultos pré-cristãos nascidos no continente europeu, onde suas bases são o politeísmo, a ancestralidade, o folclore regional (costumes, práticas e espiritualidade de um povo). Bruxaria é uma religião no tocante ao significado "reli gare" (religação/ reunir) e não como uma instituição com um corpo hierárquico. Encontramos dentro desta senda o culto de magia natural, a herbologia, o artesanato e o contato espiritual homem/natureza. História Bruxaria: uma história de perseguições No intuito de tornar a religião cristã uma religião universal e ampliar o poder da Igreja por interesses puramente econômicos, começaram as perseguições aos adeptos da antiga religião, culminando com tortura e morte de muitos inocentes. A sociedade começou a se fundamentar em um alicerce cristão, porém deturpado por interesses diversos, sendo criada a carta "Maleus Malleficarum" (O Martelo das Bruxas) estipulando condutas típicas que caracterizariam uma pessoa como "bruxo", e quem fosse considerado tal, seria condenado. O simples ato de se despir para se banhar em um lago isolado, um simples olhar de um rapaz "flertando" com uma moça ou de usar ervas (infusões, chás) para o tratamento de enfermidades, eram suficientes para acusar uma pessoa de bruxaria... Esta era foi conhecida como 'Era das Fogueiras', quando os acusados (sempre confessos mediante tortura) eram freqüentemente queimados vivos em praça pública. Isto serviu de exemplo para os que ainda não eram convertidos ao cristianismo. Muitos anos após, alguns grupos praticantes da Antiga Religião com prestígio dentro da sociedade despertaram sua consciência com as perseguições e começaram a tomar certas atitudes, influenciando altos juizes em várias porções da Europa. São vários os fatos que contribuiram para o fim das perseguições. Vejamos uma breve cronologia: Início do Século IX: Difundiu-se uma crença popular que feiticeiros e bruxos malignos existiam. Eram vistos como pessoas demoníacas, principalmente as mulheres, que dedicam suas vidas a prejudicar e matar pessoas através de feitiçaria e pactos demoníacos. A Igreja Católica da época oficialmente afirmava que tais bruxos não existiam. Era uma heresia dizer que eles eram reais. "Por exemplo, no século 5o., o Conselho eclesiástico de St. Patrick estabeleceu que 'Um Cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio; a lei dizia que pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu.' Um capitólio da Saxônia (775-790) proclamou estes estereótipos da crença pagã: 'Se alguém, devoto do Demônio, seguindo as crenças Pagãs, qualquer homem ou mulher considerado um bruxo, que por sua vez come carne humana, deverá ser queimado na fogueira [bruxo confesso]... devendo assim receber a pena capital." Ano 906: Regino de Prum, O abade das Trevas, escreve o "Canon Episcopi". Ele reforçava a crença da Igreja de que os bruxos não existiam. Ele afirmava que algumas mulheres desonestas e confusas podiam voar pelo ar com a Deusa pagã Diana embora isto não acontecesse na realidade; o vôo, na verdade, seria uma forma de alucinação. 975: Penalidades para bruxaria e uso de curas mágicas tornam-se severas. O contricionário Inglês de Egbert preconizava (em parte...): "se uma mulher realiza bruxaria , encantamentos e [usa] filtros mágicos, ela deverá se abster de comida por vinte meses.... se matar alguém com seus filtros, ela se absterá por sete anos." A Abstenção consistia apenas de pão e água. 1140: Gratian, um monge italiano, incorporou a Canon Episcopi na lei canônica. 1203: O movimento Cathar, um grupo de Cristãos Gnósticos, tornou-se popular na região de Orleans, França e na Itália. Eles foram declarados Hereges pela Igreja. O papa Inocencio III aprovou uma guerra genocida contra os Cathars. O último Catar que se tem noticia foi queimado na estaca em 1321. 1227: O Papa Gregorio IX propôs a Corte de Inquisição para prender, confessar e executar hereges. 1252: O Papa Inocencio III autorizou o uso da tortura durante o processo de inquisição. 1258: O Papa Alexandre IV restringiu a Inquisição a manter suas investigações à casos de heresia. Não investigaram crença em feitiçaria a menos que hereges estivessem envolvidos. 1265: O Papa Clemente IV reafirma o uso da tortura. 1326: A Igreja autoriza a inquisição para investigar casos de bruxaria. Sua maior contribuição foi o desenvolvimento da "demonologia," a teoria da origem diabólica da bruxaria e estudo dos demônios. 1330: Aumentou a crença popular que bruxos e feiticeiros malignos são aliados de Satã, tinham relações sexuais com o demônio, raptavam e comiam crianças, etc. 1347 a 1349: A epidemia de peste negra dizimou uma porção considerável da população Européia. 1430: Teólogos Cristãos começaram a escrever livros que "provavam" a existência dos bruxos. 1450: A primeira Grande caçada aos bruxos iniciou na Europa. A Igreja Criou uma imaginária religião do Demônio, utilizando esteriótipos que circulavam desde as eras pré-cristãs. Eles afirmavam que os pagãos que cultuavam Diana e outros Deuses e Deusas eram bruxos maus que raptavam bebês, matavam e comiam suas vítimas, vendiam suas almas à Satã, faziam pacto com o demônio, voavam, realizavam encontros secretos à noite, causavam impotência e infertilidade às pessoas, etc. Historiadores afirmavam que estes genocídios religiosamente incitados foram motivados pelo desejo da Igreja em obter maior número de adeptos (monopólio exclusivo), ou ainda como "uma ferramenta de repressão, uma forma de guiar a massa para outras divindades superiores, um joguete contra mulheres (eram desprezadas), ou um modo para pessoas comuns de surrupiar colheitas pagãs, gado ou justificar morte de bebês e crianças." Walter Stephens, um professor da Johns Hopkins University, propõem uma nova teoria: "Acho que os bruxos eram "bodes expiatórios" de Deus." E ainda, o modo de explicar o mal no mundo era atribuir a causa a bruxos e demônios. 1450: Johann Gutenberg inventou a imprensa, facilitando a propagação das leis da Igreja e aumentando a insatisfação popular à imagem dos bruxos; isto facilitou em muito a caçada às bruxas. 1474: O Papa Inocencio VIII publicou um bula papal condenando bruxos. 1480: Thomas de Brabant escreve o livro "Formicarius", que descreve a prossecução de um homem por bruxaria. Cópias deste livro foram anexadas ao Malleus Maleficarum anos mais tarde. 1486-1487: Inquisidores (Heinrich Kraemer) e Jacob Sprenger publicam o Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas). Este é um fascinante estudo destes autores que odiavam mulheres. Ele descreve as práticas e condutas típicas para os bruxos, e métodos para obter confissão, sendo posteriormente abandonado pela Igreja. Entretanto este tornou-se a "bíblia" destas cortes seculares que condenavam bruxos. 1500: Durante o 14th século, constataram-se 38 acusações contra bruxos e feiticeiros na Inglaterra, 95 na França e 80 na Alemanha. A caça aos bruxos foi acelerada. "Pela escolha de conceder suas almas à práticas demoníacas teriam cometido crimes contra o homem e contra Deus. A gravidade deste duplo crime caracterizado como "bruxaria" tornava o processo excepcional, permitindo a suspensão de seus direitos de modo a punir por sua culpa." Testemunhos de crianças foram aceitos. A tortura largamente foi utilizada com a finalidade obter confissões. A falta de consistência nas confissões também foi aceita como prova de culpa. 1517: Martin Luther fixou suas 95 teorias na porta da Catedral de Wittenburg, Alemanha. Isto instigou a reforma Protestante. Nos Países Católicos, as cortes continuavam a queimar bruxos. Em Protestantes, eles eram enforcados. Alguns países protestantes não admitiam a tortura. 1550 a 1650: Perseguições alcançaram seu pico neste século. Estes foram chamados de "TEMPOS ARDENTES." Foram muito concentrados no leste França, Alemanha e Suiça. As perseguições ocorreram com maior freqüência em locais onde havia conflitos entre Católicos e Protestantes. Ao contrário da opinião pública, os bruxos suspeitos foram perseguidos pelas cortes - especialmente aqueles envolvidos com feitiçaria maligna. Somente uma minoria respondia às autoridades da Igreja. 1563: Johann Weyer (b. 1515) publica um livro que agride as crenças pagãs. Chamado de "De Praestigiis Daemonum" (Queda das Almas), preconizava a não existência dos bruxos, mas que Satan forçava que eles o seguissem. Ele rejeitava as confissões obtidas sobre tortura e violência e recomendava tratamento médico ao invés de tortura e execução. 1580: Jean Bodin escreve "De la Demonomanie des Sorciers". Ele afirmava que era necessário punir os bruxos. Nenhum bruxo acusado deveria ser liberto em caso de suspeita de culpa. Se o inquisidor esperasse por evidências concretas, nenhum bruxo seria preso, acreditavam eles. 1584: Reginald Scot publicou um livro que estava à frente de seu tempo. In Discoverie of Witchcraft, ele afirmava que os poderes sobrenaturais não existiam. E mais: que as bruxas não existiam. 1608: Francesco Maria Guazzo publica o "Compendium Maleficarum." Este discute pactos entre bruxos e Satã, a magia que os pagão utilizam para prejudicar pessoas, etc. 1609: Pânico contra bruxos na região Basca, Espanha. La Suprema, o corpo governamental da Inquisição espanhola, reconheceu o acontecido e publicou o Edital de Silência que proibia a discussão sobre bruxaria. O pânico da população desapareceu. 1610: Cessa a perseguição aos bruxos na Holanda, provavelmente devido ao livro de Weyer, 1563. 1616: Uma segunda perseguição às bruxas foi em Vizcaya. Novamente um Edital de Silêncio foi publicado pelo Tribunal de Inquisição. Entretanto o rei aboliu o edital e 300 bruxos confessos foram queimados vivos. 1631: Friedrich Spee von Langenfield, um sacerdote jesuíta, escreve "Cautio Criminalis". Ele condena as caçadas à bruxos e perseguições em Wurzburg, Alemanha. Ele diz que o prisioneiro é confesso somente devido à torturas e não define a realidade. 1684: Foi executado na Inglaterra o último acusado de bruxaria. 1690: Cerca de 25 pessoas morreram durante à louca caçada aos bruxos em Salem; um deles foi pisoteado devido a ele não entrar em processo de confissão; alguns morreram nas prisões, o restante foi enforcado. Não houve novas perseguições na Nova Inglaterra. 1745: França cessa a execução de Bruxos. 1775: Alemanha cessa a execução de Bruxos. 1782: Suiça cessa a execução de Bruxos. 1792: A Polônia cessa a execução de Bruxos; o último país da Europa que a realizava. 1830: A Igreja finda a perseguição aos bruxos na América do Sul.
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lobamariane · 5 months ago
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Noite estrelada, chuva brilhante
As estrelas são o rastro da descida de Ishtar à Terra. Victor me lembrou disso há algum tempo atrás e nem sabe - até agora.
Há um mês e um dia eu escrevia sobre minha avó e seu pai, que a ensinou a enxergar a Estrela Dalva. Quis partilhar isso de um jeito bonito. Para partilhar é preciso viver e isso eu fiz. O céu está nublado em Serra Grande, mas eu alcanço o céu estrelado além das nuvens.
Por isso folheei o livro dos meus mergulhos buscando lampejos de memória.
Estrelas.
Espere completar 5 anos para modificar sua promessa sabendo "o suficiente para tomar as melhores decisões" - lições do caminho de ser a mariposa e a luz.
Viva uma estrela. Mensagem atirada por outra centaura soteropolitana e que caiu no lugar certo. Não sei se ela viu, mas talvez agora saiba. Os Luizes Simas e Rufino, mais uma vez, aparecem pra lembrar: há de se honrar quem sabe antes o destino da flecha. A sabedoria cabocla é a do desejo então?
Sigo para descobrir.
Achei o poema que desejava.
Era sobre a minha avó, de novo.
As costuras de Dona Noélia.
O Sol está em Leão.
Amanhã é aniversário dela.
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lobamariane · 5 months ago
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Quando aprendi que gostava de jogar mau mau aprendi também que os jogos presentificam. Jogar é aceitar um convite para falar uma certa língua.
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anotação breve, reverberando a última noite de Carrossel Hierofante.
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lobamariane · 9 months ago
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do caminho até aqui
A viagem ao sertão da raiz de minha família, o reencontro com meus avós e a visita ao território Payayá em dezembro do ano passado foi culminância de um primeiro momento da pesquisa na qual veio me envolvendo ao longo dos últimos tempos e que hoje entendo ser um estudo de ancestralidade como memória e raiz de uma existência poética em diálogo com os tempos do agora.
Nasci e cresci em contexto urbano, no centro antigo de Salvador, no entanto meus pais são do interior. Minha mãe é de Ibiaporã, distrito de Mundo Novo e meu pai, do Rio Sêco, povoado de Itatim. São apenas 3 horas de viagem entre um lugar e outro, no entanto só estou aqui hoje porque ambos, cada um por suas razões, resolveram migrar para construir a vida na “cidade da Bahia”. 
Sou de 95, portanto faço parte daquela geração atingida pela ascensão da esquerda no Brasil, muito marcada pela enorme abertura de possibilidades, a exemplo da entrada nas universidades, acesso à internet e aos cartões de crédito. Não foi difícil ser levada pela cultura pop, ser escravizada pelo padrão das garotas brancas e viciar no açúcar capitalista não só porque tive a possibilidade de enfiar revistas, fanfics e literatura europeia goela abaixo por anos, mas também porque, no fim das contas eu não sabia responder o que levou meu pai e minha mãe a deixarem seus territórios para viver na capital.
Demorou muito, mas muito mesmo para que eu visse os traços e raízes indígenas nesses lugares desde o nome. Sei que não sou a única e que isso não é uma coincidência. Crescendo em Salvador eu estava muito mais próxima das filhas e filhos da diáspora africana e morei toda vida na beira do Dique do Tororó que embora também tenha rastro indígena no nome é muito conhecido como lar dos orixás e terra sagrada para as diversas casas de candomblé nos arredores daquele corpo d'água. E quando me aproximei da literatura fiz visitas constantes a Castro Alves e tanto aprendi fazendo e desfazendo o caminho do Pelourinho até a Barra. No entanto, não havia nenhum espelho visível em beco algum da Avenida Sete, nada que eu lia ou ouvia parecia comigo, não reconhecia semelhantes na escola. Apenas na cara do meu pai e da minha mãe havia identificação e mesmo eles pareciam estranhos dentro da "cidade mais negra fora da África", e eu sempre pensei assim, somos pessoas estranhas. Isso porque havia um dado na mistura deles que nunca foi realmente identificado, compreendido, sequer visto. Por muitas vezes fui chamada de japinha por conta dos olhos pequenos e do cabelo muito preto. Eu mesma dizia que tinha a pele amarela, sabia que não era nem branca, nem preta. Ser filha dessa terra por herança era um pensamento inexistente porque eu "sabia" que todos foram mortos ou resistiam em povos isolados. Fora da aldeia, indígenas eram aparições alienígenas.
O primeiro abalo nessa construção de pensamento aconteceu em 2015, eu contava 20 anos e fazia parte do Núcleo Viansatã de Teatro Ritual, grupo que naquele ano viajava em turnê por diversas cidades da Bahia com espetáculo que se propunha a reler o clássico de Shakespeare Romeu e Julieta. Na época estávamos estudando sobre o Sagrado então durante as viagens além de apresentar o espetáculo, saíamos em busca de diferentes manifestações e egrégoras em cada lugar que passávamos. Visitamos prédios históricos, igrejas, terreiros, conversamos com suas lideranças. E no Extremo Sul da Bahia visitamos Cumuruxatiba, no Prado. Nesse dia meu rosto foi pintado com urucum por uma criança do povoado Pataxó da Aldeia Gurita. Eu tirei uma foto e publiquei no instagram. Na legenda eu dizia "virei índia". Nesse mesmo dia olhei para o cacique e pensei "nossa, ele é a cara do meu avô".
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A vida continuou, a foto se perdeu no tempo assim como esse lampejo de memória. No entanto, o incômodo de ser uma estranha nunca cessou. E se na infância não havia história alguma sobre as origens da minha família, tratei logo de preencher os vazios com os produtos ofertados pela colonização que nunca terminou.
E poderia ser assim pra sempre não fosse aquela pesquisa sobre sagrado que foi expandindo, expandindo até Amanda encontrar-se na encruza de povos e a partir disso, artista que é, dar conta de criar a própria realidade, a Bruxaria Mariposa. Vivi a sorte de caminhar ao seu lado ao longo de todo esse itinerário, continuo até hoje e é desse tempo vivido que veio o chamado de ir atrás do que fazia sentido pra mim. Minha ficha foi caindo aos poucos, até perceber que não me reconhecia como coisa alguma, até olhar no espelho e me ver coberta das marcas do apagamento da memória e ver também o desejo de estudar, investigar, limpar e cuidar das raízes que hoje me põem de pé.
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amamaia · 5 months ago
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A Rua sempre me liberta
reflexão desde o solstício de inverno no ano da vassoura
Quando regressei para o sul da Bahia, após 13 anos residindo em Salvador, um grande nó surgiu. Meu coração sabia todos os porquês, muito embora ainda não houvesse naquele momento a transdução certa em palavras e ações que dessem conta de expressar para o mundo os mais radicais desejos que me moveram.
Lá se vão 08 anos que voltei, migrei de volta ao, até aquele ponto, misterioso lar, onde cresci e aprendi a escrever, me machucar, me curar. No Agora posso mirar de peito aberto, prismado e cristalino, o encontro mais sublime, sincero e transformador que me faz retumbar de paixão, cada vez mais e mais, pela existência poética que escolhi como salto diante do Abismo. Hoje brindo com toda a intensidade à maior das mestras, a mais generosa e justa, a Rua.
E o faço irmanada a seres extraordinários, artistas da aventura imensa que é viver o que se diz ser, todos os dias, com todos os percalços e alegrias e revoluções diárias pra sagrar Tempo como a maior das grandezas. Cada integrante da Guilda Anansi é universo inteiro e complexo, com suas origens, razões, forças, potências e apetites, somos plantinhas no jardim brotando do asfalto, essa é a maior das graças de viver coletivamente.
Percebo que esse tem sido meu tema mais recorrente nos últimos tempos, pra onde tudo converge, cada ação artística libertária, cada hibridismo imbricado nas fronteiras da mística, cada desenredo, cada desvelamento. O véu cai e o barco voa, e assim é porque tudo aqui é fonte, manancial incessante, abrigo e desafio, divindade e construção.
Estou nos braços da Mãe do Mar. Encantada na Floresta. Lendo sopros da Grande Aranha. Enraizando na Vontade as escolhas que brilham na Encruza. A Rua sempre me liberta. Continuarei daí.
Como digo sempre, ser artista e agente cultural ainda não é pleonasmo, é necessidade. Há trabalho e não cessa. Longe da ilusão de salvar ou prover, estou aqui dedicada ao Bem Viver, aquele que só alcançamos quando nos certificamos de que também o sentem as pessoas que vivem e morrem, a comunidade que nos abraça e nos enxerga em nossas peculiaridades, sem fingimentos ou rapapés, nos nota como diferentes que somos e nos lança as demandas do Jogo.
Exu sabe. A gente adora jogar. Rumar interessa mais. Realizar faz diferença.
.xxx.
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amamaia · 5 months ago
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Acendimento
enigma para abrir olhar que lê sussurros de caldeirão aceso
É sobre crescer. Como um voleio. Imenso e intenso. Um raio inescusável diante dos olhos abrasados. Tempero. Desejo. Destino. De um fôlego, tudo se contorce, até caber. O peito enche da fome antes do respiro. As pupilas dançam na hipnose da chama. Os brilhos explodem na imensidão da Noite Escura.
A outra face iluminada, ri embriagada de mais um gole da pulsação acelerada. As mãos buscam ávidas pelo banquete viscoso do mel muito que se abre em pétalas. Tudo se abre. Dos lábios mordidos às exigências do Fogo, tudo se abre.
As chaves encontram o Fio eriçado nos mistérios da Revolução. Tudo é curso no céu d'água, Sol e Lua confluem no desvelar dos lugares que cintilam. Um a um, dá pra sentir. O que está dentro revolve o que está fora.
Depois do Agora, saber-se feita. Daí, mirar no próximo passo. Encontrar prazer no mergulho.
.xxx.
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amamaia · 6 months ago
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Há coragem no coração da Sorte
enigma pra mover Mundo no enlace do Fio
Encontrar no Desejo, a nascente de mover vendavais e renascer na Dança perfumada além dos olhos da Morte.
Voltar ao corpo e ser alimento, raíz de todo sonho, sangue e sal.
Senhora do Céu, seja comigo. Senhora do Céu, seja comigo.
Há coragem no coração da Sorte que se faz Noite após Noite, nos mapas, cicatrizes, predições.
O Mundo é de beijar, enlace e farol, sinestésica diretriz, feitiço de brilho para além de qualquer fim.
E quando mirarmos o Fio, é preciso beber do Fogo no Espelho, de uma vez, por todas nós. .xxx.
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amamaia · 7 months ago
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Você também escuta?
enigma pra acender feitiço no brilho
Quando minhas mãos forem asas, desejo voar beirando o amor que perfuma o beijo entre mar e areia.
E abrir abismos nos sulcos dos troncos pra olhar o visgo dos líquidos percorrendo a sinceridade de cada caminho.
Quando a Lua desenha o ritmo insondável das sombras que sabem tanto de mim, retorno ao quase delírio da ambivalência sedutora desprendida a cada giro.
Da saudade só eu sei o quanto.
E o que há após o infinito da Morte?
Digo que há a Dança, exaltada, desviante, impetuosa, petulante.
A Dança da serpente luminosa que se faz de ponte entre os mares-espelho do meu altar.
Brinco nos fachos sorrateiros mergulhados nos ruídos literais que se erguem agudos quando meu coração ressoa a festa que pulsa inteira em cada encontro na Noite.
Renasço no laço.
Sim. Ainda estou aqui. Cresço além dos ais, porque ouso dizer. Quero ser mais.
Sim. Feiticeira. Curandeira. Cúmplice.
E tudo está tão no princípio que a gargalhada sabe ser livre e olhar no fundo de meu veneno pra escolher permanecer.
No risco, as curvas são marcas da Fonte, guardiãs dos segredos, convites em qualquer direção.
Paixão. Movimento. Vida.
Você também escuta?
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amamaia · 6 months ago
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Tempo é maior
estudo dos arcanos maiores • IX • Nove • Eremita
A Nove costuma preocupar quem entra no Jogo desavisadamente. Como assim Eremita? Preciso me isolar? Partir pras montanhas? Largar a vida?
Diz-se que sua influência é neutra e as duas palavras me soam ridículas. Influência e neutra em uma só afirmação, imagine só.
Valer-se da projetada influência de uma carta é fazer a famosa terceirização das responsabilidades. E neutra, o que é mesmo? Os olhos são filtros e com eles lemos tudo. Sua mão te trouxe um lampejo de sua própria verdade, portanto sua influência é você. O mundo é sempre manchado.
É assim que a Sorte se faz.
Talvez se trate tão somente de despir-se pra mergulhar nas despedidas. Aprender no Silêncio pra ouvir tanto dentro quanto fora. A gente menospreza demais o fora de nós. Toda vida é fonte de aprendizado. Descortinar a visão é o que se precisa pra adentrar o Insondável.
O mundo é tão vasto e não depende de nossa vontade. O Tempo é maior, nos diz a Nove. Três mais três mais três. Eremita sim, pois há certos acessos que brotam forte no coração como estrela numinosa quando estamos em mergulho na beleza de criar jardins e paradoxos, absortos no infinito de dentro.
Fiz até música misturando a Nove com desafios terríveis dessa Travessia. O Tempo de ouvir as melodias do tudo em volta não deixa detalhe passar sem mexer nos sorrisos e nas lágrimas tardias. A Sabedoria espera o Desejo pra se mostrar inteira, intrincada e generosa, viva e valorosa como um entardecer de fim de era na curva de um rio.
A Nove nos diz que isso também passará. É assim que o Caos me faz poesia. .xxx.
{estudo dos arcanos maiores • escrito originalmente em 15.02.2021}
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