#aristocrata
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blogdorogerinho · 4 months ago
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Críticas — Intocáveis (2011), Uma Razão Para Viver (2017), 37 segundos (2019), em Fuja (2020)
Independência Barbie e Wicked apresentam cadeirantes com o intuito somente de cumprir a cota de diversidade; ao contrário da seleção abaixo em homenagem ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência — comemorado em 3 de dezembro — onde eles atuam como heróis e protagonistas ao mesmo tempo, respeitando suas limitações. Intocáveis (2011), disponível no Telecine, é o melhor e mais conhecido filme…
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miwahoshih · 1 month ago
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O Clube dos Aristocratas do Giz de Cera Vermelho
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imninahchan · 8 months ago
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top únicas coisas que eu gostei na abertura breguíssima: gays na ponte e menage na biblioteca, AYA NAKAMURA, sangue dos aristocratas e a beyoncé cruzando o tietê no cavalo.
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moonielightstar · 5 months ago
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Fiz essa fanart do meu shipp fvt de twist -
quando vi eles juntos com essas roupas eu pensei "tem uma vibe de um casal de aristocratas" como se fosse um duque e uma madame ksk e fiz com essa pose que remete mais ainda esse meu pensamento e eu simplesmente amei o resultado e me diverti fazendo com essa line que nunca tentei antes
Espero que gostem pos foi feito com muito carinho
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guiltymnd · 7 months ago
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DAVID CASTAÑEDA? Não! É apenas ARCHIBALD DIEGO CORTEZ GUTIÉRREZ, ele é filho de DEMÉTER do chalé QUATRO e tem TRINTA E UM ANOS. A TV Hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no Acampamento há QUINZE ANOS, sabia? E se lá estiver certo, DIDI é bastante COMPASSIVO mas também dizem que ele é ORGULHOSO. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
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LINKS UTEÍS:ㅤㅤPINBOARD.ㅤPLAYLIST.ㅤDESENVOLVIMENTO.ㅤOUTROS.
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BIOGRAFIA,
tw, breve menção a suicídio.
Guadalupe nunca imaginou que se apaixonaria tão perdidamente por outra mulher. Ou melhor, por uma deusa. Quando conheceu Deméter, o encontro improvável evoluiu de uma amizade para um amor profundo. As duas tornaram-se inseparáveis, e a humana não conseguia imaginar um futuro sem a bela e misteriosa mulher que havia entrado em sua vida, preenchendo cada espaço e trazendo-lhe imensa felicidade. No entanto, essa felicidade teve um fim, atingindo seu prazo de validade. Os ataques contra elas tornaram-se incessantes, ocorrendo com uma frequência que confundia a deusa. Para proteger a amada, o fim do relacionamento tornou-se inevitável. Antes de desaparecer completamente, Deméter fez seu último ato de amor: tocou o ventre de Guadalupe e, com os últimos beijos apaixonados, a abençoou com uma semente que germinaria ali dentro, dando origem a uma criança descendente de seu sangue divino. Por outro lado, Guadalupe não aceitou bem a ideia. Nos primeiros meses de gestação, tentou terminar com a própria vida, mas algo a impedia, insistindo para que ela continuasse até o fim, levando-a a acreditar que, mesmo na ausência de Deméter, a deusa ainda atuava em intermédio entre elas.
No dia do nascimento, após horas de um parto difícil, nasceu um belo menino chamado Diego Cortez. Guadalupe estava radiante, mas sua alegria logo se desfez. O corpo, ferido e com a alta perda de sangue, não resistiu por muito tempo. Devido à fraqueza, ela faleceu horas depois do nascimento de seu único filho. A mulher foi encontrada sem vida em seu leito no hospital, segurando com força um colar com um pingente que indicava quem lhe havia dado o presente — um pequeno ramo de aveia —, que havia sido um dos últimos presentes deixados por Deméter. Diego foi imediatamente enviado para um orfanato, e não demorou para ser adotado. Um casal sênior de políticos e aristocratas mexicanos viu a oportunidade de realizar o sonho de se tornarem pais após anos de tentativas e espera sem sucesso. Agora nomeado Archibald Diego Cortez Gutiérrez, ele viveu uma vida cercada de luxos e regalias. Por onde passava, era acompanhado por seguranças e, desde muito cedo, era motivo de alegria, especialmente entre os eleitores mais assíduos dos pais.
No entanto, após seu décimo quinto aniversário, a vida do jovem mudou drasticamente. Até então, ele havia levado uma existência pacífica, sem perturbações ou eventos fora do comum. Entretanto, no início da adolescência, ele passou pela sensação de estar sendo seguido. Viu coisas, conseguiu ler outras que iam além de sua compreensão, além de questionar sua própria sanidade por ouvir vozes – vozes que pareciam pertencer a uma mulher e que sempre o alertavam para ser cuidadoso. Em um dia comum, ao voltar da escola, o jovem foi atacado por um trio de gárgulas que repetia incessantemente o nome da deusa do cultivo. Naquele dia, o semideus recorda-se de correr até a casa onde vivia, na bela Guadalajara, clamando por ajuda, apenas para se deparar com uma cena digna de um filme de terror. Havia corpos espalhados pelo chão, todos sem vida. Em desespero, ele voltou a gritar por socorro, desejando que aquele tormento chegasse ao fim. Prestes a sucumbir ao mesmo destino, sem resistir ao ataque das criaturas desconhecidas, Diego, abraçado aos corpos de seus pais, foi surpreendido pelo surgimento de uma silhueta imponente: uma mulher em vestes magníficas que se posicionou à sua frente. Ela protegeu-o dos monstros, ceifando rapidamente a vida dos três, sem dar tempo para que a mente do rapaz processasse o que acabara de ocorrer.
Deméter disse pouco, mas estendeu a mão para ele e sorriu. Ensanguentado e amedrontado, ele aceitou o gesto silencioso, agarrando-se à única chance que tinha. Atingido por um clarão de luz, lembra-se de pouco do que aconteceu depois. Estava exausto, consumido pelo luto. Acordou dias depois em um local completamente desconhecido, cercado por pessoas estranhas. A deusa já o havia proclamado como filho muito antes que ele recobrasse a consciência, deixando todos cientes de sua ascendência divina. Durante um longo período, Diego rejeitou a nova realidade. Entre sofrimento e teimosia, o semideus tentou várias fugas, sendo trazido de volta às vezes por ordem de Quíron, devido à sua incapacidade de sobreviver sem o treinamento necessário, o que lhe rendeu uma reputação problemática entre os outros campistas. Quando finalmente aceitou a situação, já superado, desempenhou seu papel da melhor forma possível. Treinou intensamente, tornando-se exímio no manejo de armas e no combate corpo a corpo, além de aprimorar a habilidade extraordinária que recebeu da sua mãe olimpiana.
No entanto, apesar de adquirir apreço pelo Acampamento Meio-Sangue, Diego declarava-se um espírito livre, sempre buscando missões que lhe permitissem conhecer o mundo além dos domínios mágicos. Em uma dessas missões, decidiu estabelecer-se em Tóquio, no Japão, por três anos, após mais uma tarefa bem-sucedida. Acompanhado de outros semideuses que também adotavam um estilo de vida nômade, ele viveu livremente, sem restrições, respondendo apenas a chamados do acampamento para missões que ele julgasse valer seu tempo. Durante uma dessas missões, ele se viu em um problema que o persegue até então. Após mais uma tarefa bem sucedida, dotado de um ego inflado, principalmente por ter desempenhado protagonismo durante grande parte da ação, Diego achou-se no direito de insultar. Não poupou palavras para exaltar a si mesmo, sem se preocupar com emoções e sentimentos alheios. A espreita, Nêmesis observava a situação, tornando-o alvo de seu mais novo castigo.
Diego não se lembra exatamente como tudo começou, mas a lembrança de uma mulher em vestes tão brilhantes mas pretas apareceu diante dele, cegando-o com sua beleza fria, forçando-o a observá-la. Nêmesis sussurrou, não obstante de também ser categórica, palavras que, mais tarde, ele reconheceu como uma maldição. O filho de Deméter estaria destinado a sofrer sempre que a noite caísse, carregando uma marca mental a qual foi dita pela deusa como o “Fardo da Insolência”. Envergonhado por seus próprios atos, Diego voltou a viver no Japão, mantendo-se incógnito e aproveitando a generosa herança deixada pelos pais adotivos. Receber o chamado de Dionísio foi, ao mesmo tempo, aterrorizante e irritante. Ele não tinha vontade de retornar, tão acostumado que estava à vida que construíra, trabalhando periodicamente em um restaurante típico como cozinheiro, distante da essência dos deuses. No entanto, após muita reflexão, ele concordou e pegou o primeiro voo de volta às terras americanas. Se algo estava acontecendo, ele faria questão de testemunhar com os próprios olhos. Ou talvez o medo, atrelado bastante às noites incertas embebidas pelas consequências da maldição, de se tornar alvo de outro deus tenha falado mais alto, levando-o a tomar a decisão mais “sensata” para a situação.
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PERSONALIDADE,
Diego possui uma personalidade moldada por tragédias. Ele carrega uma mistura de resiliência e arrogância, resultado de sua linhagem divina e do modo como foi criado. É intensamente determinado, o que o torna um combatente exímio e um líder natural em situações de crise. No entanto, essa determinação é acompanhada por um forte ego, alimentado pelos sucessos que acumulou em missões ao longo dos anos. Sua relação com o poder é ambígua: enquanto busca constantemente aprimorar suas habilidades e explorar seus limites, ele também teme as consequências de sua própria soberba, especialmente após ser amaldiçoado por Nêmesis. Essa maldição o deixou mais introspectivo e cauteloso, criando uma tensão interna entre seu desejo de se destacar e a necessidade de humildade.
O filho de Deméter também é um espírito livre, frequentemente inquieto e em busca de novas experiências. Ele prefere a vida nômade, longe das amarras de qualquer compromisso duradouro, mas mantém um senso de dever para com o Acampamento Meio-Sangue e seus companheiros semideuses. Apesar de suas viagens e seu estilo de vida independente, Diego é leal àqueles que considera amigos, mas tende a evitar se apegar demais, temendo novas perdas. A maldição de Nêmesis, que o aflige durante a noite, o tornou mais vigilante e introspectivo, forçando-o a confrontar seus próprios demônios internos. Ele luta constantemente para equilibrar seu lado competitivo e ousado com a sabedoria adquirida através do sofrimento. Essa dualidade faz de Diego um homem complexo, movido tanto pela vontade de superar seus próprios erros quanto pelo medo de repetir as falhas do passado.
INSPIRAÇÕES:ㅤㅤRaleigh Becket (Pacific Rim) e Satoru Gojo (Jujutsu Kaisen).
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PODER,
Conexão Mútua Ativa — Conectado de forma íntima com a natureza ao seu redor, Diego, como um filho da deusa da colheita, experimenta um vínculo especial e recíproco com as plantas. Para ele, priorizar a proteção da vida vegetal é mais do que um princípio, é uma responsabilidade sagrada. As plantas, árvores e flores respondem de maneira instintiva à sua presença, movendo-se sem esforço aparente para oferecer defesa e assistência quando necessário. Em um gesto de cooperação silenciosa, elas se posicionam estrategicamente, cobrindo pontos cegos e oferecendo apoio, sem que o semideus precise gastar energia para convocá-las.
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ARSENAL,
Yoru no Ken (夜の剣) ou “Espada da Noite” —  Katana feita de ferro estígio, presente ganhado de um filho de Hefesto, semideus também nômade e que compartilhou tempo de morada com Diego no Japão. A arma é simples ao olhar, mas eficiente ao ataque. Sua lâmina é extremamente cortante, efetiva para ferir gravemente qualquer criatura mitológica. Quando esta não está visível em seu formato tradicional, a katana ganha a forma de um bracelete, sempre visível como um acessório inseparável, preso ao pulso direito do semideus. Se perdida, o bracelete sempre irá ressurgir.
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MALDIÇÃO,
Maldição por Nêmesis  —  Diego enxerga sua imagem refletida de forma distorcida e horrível em qualquer superfície reflexiva. Essa imagem revela suas falhas, medos e verdades ocultas de maneira grotesca e perturbadora, causando-lhe grande sofrimento psicológico e prejudicando sua capacidade de formar relacionamentos e interagir socialmente, especialmente no âmbito romântico. Além disso, o semideus é incapaz de escapar das verdades desconfortáveis sobre si mesmo. Sua mente está constantemente sobrecarregada por uma consciência intensa e implacável de suas próprias falhas e erros, tornando difícil para ele concentrar-se em qualquer outra coisa. Como resultado, ele acaba se expondo, principalmente em momentos de tensão e aflição, sem um filtro para isso. No final, isso provoca intenso embaraço e vergonha.
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HABILIDADES,
Reflexos sobre-humanos, durabilidade sobre-humana.
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ATIVIDADES,
Membro da equipe azul de Esgrima;
Co-líder da equipe azul de Corrida com Obstáculos;
Membro da equipe azul do Clube da Luta.
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dreadflvow · 1 day ago
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the appearance of death was distant, although the wish was ever present to my thoughts, and i often sat for hours [...] wishing for some mighty revolution that might bury me.
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𝒕𝒓𝒊𝒗𝒊𝒂 ⨾  
nome completo:  alistair harborn. afiliação:  clã onyx, líder.  data  de  nascimento:  9 de janeiro.  idade: trezentos e oitenta e quatro quarenta anos.  profissão:  professor universitário. possíveis qualidades:  astuto, calculista, eloquente, meticuloso. possíveis defeitos:  amargo, desconfiado, niilista, rancoroso.
𝒉𝒊𝒔𝒕𝒐𝒓𝒚 ⨾  
em uma londres enevoada, existia um homem que já foi um filho, um pai, um marido, e sobretudo, uma alma inquieta. filho mais novo de um mercador inglês, não nascera para ser uma peça de luxo sobre o tabuleiro da alta sociedade. seu nome era uma herança de prestígio, mas os bens materiais e a riqueza nunca estavam ao seu alcance. naquele ambiente, o futuro parecia ser uma ilusão distante, algo que não poderia ser abraçado por alguém que não passava de um espectro, tentando se encaixar onde não havia espaço. a educação refinada que recebera, a qual deveria prepará-lo para ser um homem de letras e discursos elegantes, pouco lhe servia: era apenas uma máscara, moldada para cobrir uma existência que jamais se adequaria à perfeição que londres oferecia aos seus filhos prediletos, os nobres de berço. o dinheiro que sustentava seus devaneios artísticos não se originava de investimentos calculados nem de heranças que poderiam legitimar sua posição. vinha de fontes mais obscuras, alimentadas pelas mãos frias e cadavéricas de aqueles que partiram. alistair era um ladrão de tumbas, com dedos que, antes, tocavam o piano com sensibilidade, agora se estendiam para roubar anéis esquecidos, medalhões, qualquer coisa que pudesse ser trocada por algo mais palpável. nesse meio tempo, não se deixou esfriar pelo seu destino. ele amou profundamente. casou-se. teve um filho. o único raio de sol em sua vida escura, pequeno demais para entender os desígnios do mundo, mas grande o suficiente para preencher a agonia que alistair jamais soubera que carregava. as noites de inverno eram passadas ao lado do piano, alistair tocava para o filho, na esperança de que um dia ele fosse sentir a música da mesma maneira, que encontrasse ali o consolo que o pai nunca soubera encontrar. thomas era seu futuro, seu legado; era para ele que alistair sonhava com um amanhã diferente. mas então, a varíola chegou. o menino sucumbiu em um silêncio doloroso, e com ele, a vida que o pai idealizava. o mundo que ele conhecia se desfez na mesma rapidez que os dedos do menino, ainda frágeis, tocavam as teclas do piano, mas sem saber a melodia. a dor da perda foi a marca indelével de sua vida, e no vazio que se seguiu, o homem que havia sido se dissolveu. alistair tentou lutar contra a dor, mas já era tarde demais. o homem que um dia foi, agora não passava de uma casca oca. foi assim que cavou seu próprio destino: ele procurava um morto rico, um anel de ouro, qualquer recompensa que pudesse aliviar sua existência miserável, mas os olhos que encontrou eram ardentes, uma promessa de algo pior do que a morte. quando deu-se por si, a dor havia moldado algo novo. ele não era mais apenas um homem. a fome vinha como uma tempestade, e ele se lançou ao mundo como um predador que pela primeira vez sentia o gosto do sangue quente. primeiro, testou sua nova natureza nos becos de londres, entre os aristocratas, entre os revolucionários que cuspiram sangue em nome de ideais; viu paris queimar na revolução, e em roma, ele observou o declínio do poder papal e brincava como os cardeais pareciam presas frágeis. sua ida à américa foi como deveria ser, e lá atraído pela promessa de poder absoluto, pela ilusão de ordem em meio ao caos, ele subiu entre suas fileiras não por lealdade, mas por necessidade. ali, ele descobriu como moldar-se com palavras, com estratégia, com manipulação cuidadosa. se adaptou bem no novo século, presente antes mesmo que alguém percebesse sua chegada. não era uma sombra perdida em becos úmidos, nem uma lenda esquecida em igrejas abandonadas. poderia ser um pilar invisível sustentando o mundo ao seu redor sem chamar toda a atenção para si. por isso, ele escolheu os corredores de universidades, os anfiteatros onde os paradoxos da existência, das falácias do tempo e da inevitabilidade da morte eram discutidos com um meio sorriso e olhos que viam muito além daquilo que seus alunos e colegas podiam compreender. para quem desconhecia a sua verdade, era um professor reservado e meticuloso, um homem de hábitos discretos e uma vida pessoal envolta em mistério.
𝒆𝒙𝒕𝒓𝒂𝒔 ⨾  
tba.
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trinitybloodbr · 4 months ago
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Trinity Blood - Rage Against the Moons Volume I - From the Empire ----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ -----------------
Não sabe por onde começar? Confira o Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!!!
Capítulo 4: Sword Dancer
Mesmo ao virar na terceira esquina, aqueles passos não se afastaram de suas costas. Finalmente, incapaz de suportar, a irmã Agnes disparou em corrida. Seu hábito, úmido pela névoa, se enroscava nas pernas finas da jovem.
“Quem é aquele, afinal!?”
Ao se lembrar da silhueta sinistra que vislumbrou ao se virar há pouco, Agnes estremeceu.
Quando saiu da delegacia, não havia sinais de que estava sendo seguida. Só percebeu os passos que a acompanhavam de perto ao entrar em Zeedijk, esse bairro à beira do dique, tão deserto quanto um cemitério. Mesmo dobrando várias esquinas ao longo do caminho, aqueles passos nunca se afastavam, mantendo-se sempre atrás dela.
A noite em Amsterdã estava silenciosa como o interior de um caixão.
A altitude desta cidade portuária, protegida por diques, é muito inferior ao nível do mar. Por isso, em noites frias como essa, a neblina que se ergue dos canais envolve as ruas em um manto branco. É claro que são poucos os que se aventuram a sair em uma noite dessas. Mesmo Agnes, se não tivesse sido chamada à delegacia por certos motivos, teria trancado a porta de seu quarto na igreja e permanecido enclausurada.
Não havia sequer uma sombra humana passando por perto para quem pudesse pedir ajuda. Quando seu fôlego já estava se esgotando, Agnes finalmente percebeu uma benção que o Senhor lhe havia concedido. Ao lado dela, um pequeno barco balançava sobre as águas do canal. Era uma gôndola com uma cabine fechada, do tipo usado pelos aristocratas da cidade para encontros secretos. Sentia-se culpada por embarcar sem permissão, mas não havia nenhum sinal do proprietário por perto. Descendo até o canal, reuniu coragem e saltou para dentro do barco.
 ...Através do véu de névoa, ele surgiu. Aconteceu antes mesmo de Agnes terminar de contar até dez, depois de se encolher dentro da cabine da embarcação.
Era uma sombra, escura, escura. Como um ceifador da morte, envolvia-se completamente em um manto, com o rosto oculto sob o capuz puxado até cobrir os olhos, impedindo qualquer vislumbre de sua expressão. No entanto, o que mais chamava atenção, acima de tudo, era a longa barra de ferro que carregava nas costas. Não se sabia para que servia, mas provavelmente tinha o mesmo tamanho que a própria Agnes. De qualquer ângulo que se olhasse, não parecia ser alguém normal.
— .....
O perseguidor — stalker — parou ao lado da gôndola. Parecia ter notado a perda de seu alvo. Como um cão de caça que perdeu o rastro do cheiro, ergueu levemente a cabeça e olhou de um lado para o outro.
“Deus, por favor, me ajude... Deus...”
Reprimindo o tremor, Agnes apertou com força o rosário. Do fundo do capuz, olhos verde-esmeralda brilharam de maneira sombria enquanto fitavam fixamente a gôndola. Teve a sensação de que seus olhares se cruzaram. Não, cruzaram mesmo...
Aquele olhar se desviou.
E então, como se nada tivesse acontecido, o perseguidor voltou a caminhar com passos largos. O som seco de seus sapatos foi se afastando gradualmente na névoa, até que, por fim, não se ouvia mais nada.
— ......Haa.
Soltando um profundo suspiro, Agnes rastejou para fora da gôndola.
— Quem era aquela pessoa agora há pouco?
Tentou se perguntar, mas, no fundo, já sabia a resposta.
Desde aquela noite amaldiçoada, uma semana atrás, sempre que saía, ela sentia olhares a vigiando. Provavelmente, o homem de agora era o dono desses olhares.
Subindo hesitante para a estrada, Agnes sacudiu a saia encharcada de névoa, sentindo vontade de chorar. Voltaria para a igreja, sua casa. Não havia mais ninguém lá, mas pelo menos ainda tinha suas grossas paredes e seus portões altos...
Foi logo depois de dar os primeiros passos que a garota escorregou e quase caiu.
No meio da estrada, escondida pela névoa, havia uma carruagem de quatro rodas — uma landó —, parada e bloqueando o caminho. Agnes quase colidiu com ela.
— Tenha cuidado, senhorita. Noites de neblina são perigosas.
A voz que se dirigiu à jovem, que por pouco evitou a queda, era fria como a névoa densa da noite.
— Oh? Por acaso você não seria a irmã Agnes? Que coincidência. Eu estava justamente procurando por você há um tempo. Que sorte a minha.
A risada zombeteira vinha do jovem que estava de pé na escada da carruagem. Acompanhado por alguns serviçais vestidos de preto, sua figura, vestida em um refinado traje de gala de cetim azul, parecia a de um típico aristocrata urbano — um cavalheiro mercante, classe dominante da Aliança das Quatro Cidades. A elegante rapieira dourada em sua cintura e o anel adornado com uma flor-de-íris de safira somavam-se à sua aparência impecável de dândi.
No entanto, Agnes recuou instintivamente. Ela percebeu um brilho excessivamente afiado espreitando pelos cantos dos lábios finos do homem, algo muito mais cortante do que simples dentes caninos.
— A-ah...
Enquanto seu queixo tremia, a freira tentava se afastar da carruagem, mas os homens de preto bloquearam seu caminho por trás.
— Não fique tão assustada, mocinha. Não é como se fôssemos te devorar nem nada.
Um dos homens de preto, um sujeito pequeno de olhos de cobra, riu com uma voz vulgar.
— Sobre aquele padre assassinado na semana passada, o Pieter-sama aqui tem umas perguntinhas pra você. Que tal dar uma voltinha com a gente?
— E-eu não sei de nada...
Misturado ao som dos dentes batendo, a voz da freira estava terrivelmente difícil de entender.
— Quando voltei, todos já estavam mortos... P-por favor, acredite! Eu realmente não vi nada!
— Ora, será mesmo? De qualquer forma, você é a única sobrevivente daquele incidente. Temos muitas outras perguntas a lhe fazer. Se possível, gostaríamos que nos acompanhasse.
Com um sorriso sinistro desenhado em um dos cantos da boca, o homem elegante estendeu uma mão de dedos longos e unhas afiadas. Com o rosto tomado pelo pavor, recuando enquanto os olhos se enchiam de lágrimas, Agnes gritou:
— N-não se aproxime, monstro!
— ... Monstro?
O rosto do cavalheiro elegante enrijeceu.
— Monstro, é? Você ousou chamar a mim de monstro?
Parece que o tom de voz, que mudara drasticamente, carregava algo ameaçador. Apressado, um dos homens de preto se inclinou para murmurar algo ao ouvido de seu mestre.
— Acalme-se, Pieter-sama. A ordem de seu irmão foi clara: a garota deve ser trazida viva, sem falta...
— Não sopre seu bafo fétido em mim, Terran!
Com um único movimento de seu braço esguio, o homem corpulento de preto foi arremessado até a beira da rua. Sem sequer lançar um olhar ao subordinado que rolara sobre o calçamento e ficara imóvel, o elegante cavalheiro fincou suas garras afiadas no ombro de Agnes, que arregalou os olhos, paralisada.
— Um mero inseto insignificante... e ainda ousa chamar a mim de monstro? Você tem coragem, garotinha...
Com um som metálico de dentes rangendo, suas garras se cravaram no ombro pálido. Enquanto a freira se contorcia de dor lancinante, o vampiro baixou o rosto lentamente, de propósito, em direção ao seu pescoço. De sua boca aberta, como uma flor venenosa, presas curvas começaram a se projetar. Sua língua ligeiramente afilada se estendeu, deslizando-se pelo pescoço da presa...
Um rugido horrendo explodiu no instante seguinte, saindo da boca da criatura, que se contorceu para trás cobrindo o rosto.
— Pieter-sama!?
Sem ao menos lançar um olhar à freira jogada sobre o calçamento, os homens de preto correram até o seu mestre e arregalaram os olhos. Na língua do vampiro, que gritava em agonia, estava cravada uma adaga fina como um palito de dente.
Enquanto todos estavam atordoados, apenas um dos homens de preto, o de baixa estatura, se virou na direção de onde o projétil havia sido lançado.
— Quem diabos é você, desgraçado!?
Do outro lado da rua, um homem envolto em um manto negro como a noite estava parado. Sob o capuz puxado até os olhos, um par de olhos verdes brilhava sombriamente. Em suas costas, ele carregava uma longa barra de ferro.
— Pode se afastar dessa garota, vampiro?
O homem ignorou completamente a pergunta do baixinho.
— Em breve, eu mesmo me apresentarei a vocês, mas agora, cuidar dos ferimentos dela vem primeiro. Vou deixar passar desta vez, então desapareçam imediatamente. Se recusarem... eu mato vocês aqui mesmo.
‘Matar’...? O ser vivo mais poderoso da Terra — um vampiro — e ele fala em ‘matar’...? Esse homem está em seu juízo perfeito?
O próprio vampiro, com a boca escorrendo sangue, foi quem gritou de volta, indignado com o comentário extremamente arrogante.
— Seu desgraçado, não brinque comigo!
Empurrando os subordinados para o lado, ele avançou, e em sua mão... O punhal que arrancara de sua própria língua brilhava intensamente.
— Matar? Você ousa dizer que vai matar a mim? Não sei de onde saiu esse inseto, mas quanta conversa fiada arrogante!
Ao rugido, juntou-se o som cortante do vento. O punhal fora arremessado de volta contra o rosto de seu dono. Impulsionada pela força descomunal da raça noturna, a lâmina atingiu velocidade subsônica. Todos pensaram ter visto o sangue jorrar.
— O quê!?
Mas o que escapou dos lábios do vampiro e de seus capangas de preto ao lado foi um grito de espanto.
Por um instante, pareceu que a mão do homem se moveu levemente... Com um som claro e ressonante, o punhal desapareceu completamente em um rumo inesperado.
— É inútil — você não pode me matar.
O homem murmurou calmamente, mantendo à sua frente a barra de ferro com que desviara o punhal,
— Oh? Você conseguiu bloquear isso...? Nada mal para um Terran.
Lambendo os lábios repuxados de forma vulgar, Pieter levou a mão à rapieira em sua cintura.
— Interessante! Nesse caso, que tal isso!?
Com um som metálico e sinistro de lâminas se raspando, a lâmina branca deslizou para fora da bainha.
No instante em que a lâmina deixou por completo a bainha, o vampiro já havia se impulsionado contra o chão de pedra. Sua velocidade era algo que, de forma alguma, olhos humanos comuns poderiam acompanhar.
No entanto, mesmo diante do corte avassalador que avançava, o homem não demonstrava o menor sinal de medo. Apenas trouxe a barra de ferro, que antes segurava à sua frente, para junto do quadril esquerdo, flexionando levemente os joelhos e baixando o centro de gravidade.
— Terran Idiota! Você realmente achou que poderia bloquear com algo assim!?
Erguendo a fina lâmina acima da cabeça, Pieter soltou uma gargalhada estrondosa.
A lâmina desta espada fina é feita de titânio — uma das ligas compostas mais resistentes que existem. Se combinada com a velocidade e força de um Methuselah, aquela barra de ferro não passaria de uma fina folha de papel como defesa.
No instante em que Pieter viu a capa do homem esvoaçar para trás, mesmo sem vento, as duas sombras se entrelaçaram, deixando para trás um agudo som metálico.
— Eu queria saber, pelo menos o seu nome, verme!
Passando ao lado do homem na postura de um golpe cortante, Pieter zombou com uma risada estridente. Mas o que chegou aos seus ouvidos foi um sussurro baixo.
— Hugue...
...Sem dúvida, o havia cortado. Então por que ele ainda estava falando?
No instante em que esse pensamento lhe cruzou a mente, a visão de Pieter subitamente se inverteu.
Apesar de seu corpo continuar avançando em linha reta, por algum motivo, sua visão estava voltada para trás ── e ainda por cima, de cabeça para baixo. Ele via as costas daquele Terran com quem acabara de cruzar.
— Ah...?
No mundo invertido, Pieter viu a capa rasgada deslizar dos ombros do homem. Mas, por baixo dela, o manto negro que se revelava...
A última coisa que o vampiro viu foi o rosto do homem emergindo debaixo do capuz. Seus cabelos eram de um louro desbotado, comum nessas terras baixas (Nederlands). Sob eles, um rosto pálido e refinado, marcado por uma expressão de melancolia.
— Eu sou Hugue ── Padre Hugue.
O jovem de batina sussurrou em um tom baixo.
Quando finalmente percebeu que sua cabeça, ligada ao corpo por uma fina camada de pele, estava virada para trás, o pescoço de Pieter cedeu ao peso e caiu ao chão.
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— De qualquer forma, sobre o incidente na Antiga Igreja — na Oude Kerk, eu não sei de nada!
O Conde de Amsterdã, Karel van der Werf, expôs suas longas presas contra a escuridão. O suor frio cobria seu característico nariz adunco.
— Eu realmente não sei de nada. Ninguém do meu clã sequer tocou na igreja!
〈Isso significa, Karel-kun...〉
Três hologramas tomaram forma ao redor do Methuselah de terno azul. O jovem de terno vermelho vivo, que estava à direita, ronronou como um gato brincando com um rato.
〈Isso só significa que você é um completo imbecil. Afinal, um andarilho qualquer agiu com tamanho atrevimento e você nem percebeu... Ora, ora, que lamentável para alguém que carrega o título de um dos ‘Count Four’.〉
Karel lançou um olhar cheio de ódio para o jovem de cabelos castanhos encaracolados, que os alisava de forma presunçosa.
— Cale a boca! É melhor ficar quieto, Memling! Sabe com quem está falando? Se continuar tagarelando com essa arrogância, eu te mato!
〈Matar? Você quer matar este Hans Memling? Que divertido. Venha a Antuérpia quando quiser, eu lhe darei as boas-vindas. Se preferir, podemos marcar agora mesmo a data do duelo...〉
〈Parem com isso, cavalheiros!〉
Aquele que repreendeu os dois Methuselahs que haviam começado a discutir foi um ancião de trajes negros que se mantinha no centro.
Seus cabelos já estavam brancos, mas suas sobrancelhas grossas eram negras como carvão. Seus olhos afiados, que lembravam os de uma ave de rapina, combinavam com seus lábios firmemente cerrados, transmitindo uma aura severa.
O ancião ─ o Conde de Bruxelas, Thierry d'Alsace ─ falou com uma expressão como se tivesse acabado de engolir um inseto amargo.
〈Pensem um pouco na situação atual! Justamente em nosso território, a igreja foi atacada. Vocês não conseguem entender que tipo de consequência isso trará?!〉
〈O que o Conde de Bruxelas disse está absolutamente correto. Este não é momento para brigas internas.〉
Ao lado do velho vampiro, um jovem de terno branco assentiu com um ar pensativo. Sua aparência esguia lembrava a de um contador terran. No entanto, os olhos estreitos por trás dos óculos de aro prateado, imóveis, eram a própria definição de frieza e inteligência.
O jovem, Conde de Bruges, Guy de Granvelle, murmurou em um tom melancólico.
〈Precisamos encontrar o verdadeiro culpado o quanto antes e tomar alguma providência. Conde de Amsterdã, há possibilidade de um Methuselah desgarrado, não afiliado ao Count Four, estar escondido na cidade?〉
— Não posso imaginar isso.
Karel respondeu de imediato.
‘Count Four’ — o nome vulgar comum dado aos quatro Methuselahs e seus clãs subordinados, que dominavam o submundo da Aliança das Quatro Cidades.
Essa aliança de quatro clãs, que começou a expandir sua influência drasticamente há cerca de dez anos, erradicou e absorveu sucessivamente facções inimigas e organizações criminosas dos Terrans. Hoje, consolidou-se como um gigantesco conglomerado criminoso que controla por completo o submundo da Aliança. Seria impensável que um Methuselah desgarrado entrasse na cidade sem que Karel tomasse conhecimento disso.
〈Se isso tivesse ocorrido nas terras fronteiriças, como os domínios do Marquês da Hungria, em István ou do Conde da Curlândia, em Riga ainda seria compreensível... mas aqui...〉
Mantendo as sobrancelhas espessas inclinadas num ângulo de desagrado, d'Alsace observou:
〈A Aliança das Quatro Cidades está situada no coração da sociedade terrana. Nossa sobrevivência até agora se deve exclusivamente ao fato de jamais termos tocado na Igreja. Mas agora, justo um padre foi drenado e morto dentro da própria igreja. Isso já não é algo que possa ser resolvido apenas com o governo da Aliança... Sem dúvida, ‘eles’ irão intervir.〉
— Eles?
〈Os fanáticos que se fazem de protetores dos terrans, um grupo de assassinos que anseia por nos exterminar...〉
Ao murmúrio de Guy, entoado como uma canção fúnebre, se sobrepôs a voz estridente de Memling.
〈O Vaticano! Aquele bando de assassinos! Graças a alguém, estamos enfiados nessa bagunça!〉
〈Pare com isso, Memling. Este não é o momento para conflitos internos.〉
Repreendendo o Methuselah de cabelos castanhos, com uma expressão severa, digna de um avô rigoroso, d'Alsace voltou-se para Karel.
〈De qualquer forma, nós três pressionaremos o governo da Aliança e faremos o possível para retardar a intervenção do Vaticano. Nesse meio tempo, Karel, encontre o assassino do padre a qualquer custo.〉
— Entendido... Agora estou procurando aquela freira sobrevivente. Vou arrancar dela os detalhes.
〈Hum. Mas, creio que já saiba disso, apresse-se. Não há tempo.〉
Com um olhar severo, d'Alsace advertiu Karel. De repente, a figura de d'Alsace ficou turva. O holograma se desfez, deixando para trás partículas de luz pálida. A sombra do terno vermelho já havia desaparecido antes mesmo disso.
Apenas um permaneceu no local. Para ele, um companheiro Methuselah, Karel dirigiu uma voz sombria.
— O que foi, Guy? Ainda tem algo a dizer?
〈Sim... Na verdade, há algo que me preocupa um pouco.〉
O Methuselah magro ajustou os óculos, com uma expressão que parecia querer dizer algo. Parecia determinado a respeitar o mais velho, mantendo um silêncio discreto. Karel, sem conseguir mais suportar, perguntou.
— O que exatamente te preocupa?
〈Tudo sobre este incidente. Você não acha estranho? No nosso território, e ainda por cima na cidade sob o comando do número dois — no caso, você. Um sacerdote foi brutalmente assassinado, de um modo que deixa evidente a autoria de um Methuselah. Isso aumentou o risco da intervenção do Vaticano e tornou sua posição dentro do Count Four instável... Não parece bom demais para ser coincidência?〉
— Hum... agora que mencionou...
Karel esfregou seu nariz adunco e mergulhou em pensamentos. Mesmo sendo conhecido como da facção guerreira dentro da organização, ele não era exatamente bom em usar a cabeça. No entanto, desde o início deste caso, algo parecia estranho para ele.
Uma semana atrás, dez sacerdotes foram brutalmente assassinados dentro de uma igreja em Amsterdã. Todas as vítimas tiveram suas vértebras cervicais esmagadas com uma força avassaladora, e seus pescoços traziam marcas de mordidas. Sem dúvida, era obra de um Methuselah.
No entanto, como foi afirmado há pouco, é improvável que aquilo tenha sido um crime cometido por um Methuselah errante. Além disso, todos os membros da Casa do Conde de Amsterdã, incluindo seu irmão mais novo, Pieter, eram leais a Karel. Sendo assim...
— Há um traidor entre os outros clãs?
〈Não gostaria de pensar nisso. No entanto, se presumirmos que há alguém dentro do Count Four tentando derrubá-lo, então tudo faz sentido.〉
— Traidor... Aquele desgraçado do Memling!?
Golpeando a mesa de mogno, Karel gritou.
Claro! Por que não tinha pensado nisso antes?
Esta Amsterdã é, entre as quatro cidades da aliança, a segunda mais próspera depois de Bruxelas. Se, por algum meio, Karel fosse eliminado e esta cidade fosse tomada, aquele que o fizesse estaria em uma posição de vantagem esmagadora. Poderia até mesmo controlar toda a Aliança dos Quatro Clãs, o ‘Count Four’.
No entanto, não parecia provável que o ancião d'Alsace, ou Guy, um novato, estivessem pensando em algo assim. Guy, como se pode ver, ainda lembrava da ajuda que recebeu no passado e continuava a respeitar Karel. Quanto a d'Alsace, que outrora era temido como um tirano cruel, ultimamente envelheceu consideravelmente e tende a evitar problemas sempre que possível.
No entanto, Memling de Antuérpia — ele era diferente. Esse homem, que desperdiçava dinheiro comprando obras de arte, belas mulheres e belos rapazes enquanto fingia ser um artista, sempre invejou a riqueza de Amsterdã. Além disso, mais de uma vez pediu dinheiro emprestado a Karel e foi recusado sem rodeios, o que o fez nutrir um profundo ressentimento. Se fosse aquele tolo, não seria surpresa se ele estivesse disposto a correr o risco de atrair a interferência do Vaticano.
〈Não há provas concretas. No entanto, Conde de Amsterdã, creio que não custa nada tomar cuidado.〉
— Eu sei. Mas só espera pra ver, aquele desgraçado... Desculpe, Guy. Eu nunca vou esquecer sua consideração.
O magro Conde de Bruges esboçou um sorriso sincero.
〈É uma consideração natural. Com o Conde d’Alsace cada vez mais debilitado, apoiar Vossa Excelência, nosso pilar central, é um dever óbvio que compreendo perfeitamente, para alguém como eu, que ocupa a posição mais baixa entre os Count Four.〉
— Pilar central? Eu?
Karel coçou o lado do nariz com satisfação, mas logo endureceu a expressão. Bem, não era uma coisa ruim de se ouvir, mas agora não era hora para isso. Antes que Memling aprontasse algo de novo, precisava pensar em um contra-ataque.
— Valeu, Guy. Quando essa confusão acabar, vou até aí. E então, poderemos nos divertir caçando de novo.
〈Estarei aguardando.〉
Assim que a silhueta do jovem Methuselah desapareceu deixando apenas uma reverência, o lustre acima se acendeu. A luz voltou à biblioteca. No centro da sala, Karel jogou os pés sobre a escrivaninha de mogno e cruzou os braços grossos.
— ...Agora, a questão é como vou agarrar o rabo de Memling.
Era uma questão bastante difícil. Embora estivesse utilizando ao máximo sua rede de informações espalhada pela cidade e pela polícia, ainda não havia encontrado nenhuma pista concreta. Se ao menos aquela freira ── a única sobrevivente do incidente ── tivesse visto o rosto do criminoso...
— Karel-sama...
Uma voz fraca vinda do outro lado da porta interrompeu os pensamentos do Methuselah.
— Sou Willem. Acabo de retornar.
Era aquele baixinho Terran, criado de seu irmão Pieter. Pelo visto, ele havia conseguido sequestrar a freira sem problemas.
— Entre. Imagino que trouxe a freira, certo?
Perguntou enquanto permanecia recostado na cadeira. No entanto, assim que o homenzinho cabisbaixo entrou no cômodo, as sobrancelhas de Karel se ergueram bruscamente.
Logo atrás do homenzinho, os servos Terrans entraram carregando uma maca suja de sangue. Da silhueta disforme sob o lençol erguia-se uma mão pálida, sem vida, pendendo inerte. Os dedos, curvados como se tentassem agarrar o vazio, ostentavam um anel de safira moldado na forma de uma íris.
— Q-que brincadeira é essa...?
Sob o lustre que repentinamente perdeu seu brilho, Karel cambaleou até a maca. Com mãos trêmulas, arrancou o lençol e prendeu a respiração ao ver o que estava deitado ali.
— Willem, me explique! Que tipo de piada é essa?!
— O-o padre...
A voz do homenzinho era fraca como o zumbido de um mosquito.
— Um padre incrivelmente habilidoso apareceu no meio do caminho e... o Pieter-sama foi...
— Um padre?
Soltando um grunhido, Karel baixou os olhos para o cadáver decapitado de seu irmão. O corte era assustadoramente limpo e afiado. Além disso, sua vértebra cervical — um dos poucos pontos fracos dos Methuselahs — fora esmagada com precisão cirúrgica. Dessa forma, por mais que eles mesmos se orgulhassem de sua vitalidade imortal, nada poderia fazê-los escapar de uma morte instantânea. Isso era, sem dúvidas, obra de um assassino profissional, e mais do que isso, um matador especializado em caçar Methuselahs. E, tanto quanto Karel sabia, havia apenas uma única entidade capaz de criar cães de caça tão perigosos...
— Já começaram a se mover, Vaticano?!
Com os olhos injetados de sangue voltados para trás, o vampiro enraivecido rugiu.
— O que diabos vocês estão fazendo parados aí?! Vamos acabar com esse maldito padre agora! Movam-se e se preparem, rápido!
— A-a partir de agora?! Mas, chefe, não há mais muito tempo até o amanhecer. Talvez seja melhor evitar sair...
Ao notar que os ponteiros do relógio já haviam passado das cinco da manhã, Karel rangeu os dentes. Mesmo que as manhãs de inverno fossem tardias, restavam menos de duas horas até o amanhecer. 
Esperar a noite? De jeito nenhum! Então, confiar nesses Terrans? Mas, contra alguém habilidoso o bastante para abater até mesmo Pieter, há alguma chance enviando esses inúteis...?
— ...Não, espere. Willem, você consegue usar 'aquilo' do armazém, certo?
— Aquilo? Aquele negócio que compramos do Germânicos? Sim, bem, eu posso usar... Mas, chefe, tem certeza disso?
O pequeno homem lançou ao seu mestre um olhar astuto.
— Se usarmos um troço desses no meio da cidade, vai chamar atenção demais.
— Eu já vou dar um aviso à polícia. Não é à toa que despejamos dinheiro neles o tempo todo — é pra momentos como esse.
Arrancando o anel dos restos de seu irmão, Karel expôs suas presas longas.
— Não me importo quantos morram! Mas em troca, tragam aquele padre e a freira pra cá — nem que seja arrastados!
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Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!
Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
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leoquartz · 10 months ago
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Gems que eu criei que fariam parte de STEVEN UNIVERSE⭐•
•gem de cores vermelho amarelo e azul
•gem aristocrata de cor azul
• gem de cor magenta
•gem rosa cherry
•cordierite azul
•gem rosa
• gem amarela
• gem vermelho
• gem Branco azulado
• pink roselite
Obs: as funções seram reveladas o decorer do tempo.
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rebuiltproject · 5 months ago
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CainVamdemon
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Nível Perfeito/ Kanzentai/ Ultimate
Atributo Virus
Tipo Fera Demoníaca
Campo Soldados do Pesadelo (NSo)/ Área Negra (DA)
Significado do Nome Caim, na bíblia, o primogênito de Adão, na cultura pop tido como o primeiro Vampiro; Vampiro; Demônio.
Grupo Trindade Profana
Descrição
Conhecido como o primeiro de todos os imortais, CainVamdemon é um Digimon que mistura uma ferocidade bestial com um comportamento aristocrata e cavalheiro.
As lendas contam que esse vampiro foi amaldiçoado pelo próprio deus do Mundo Digital Rebuilt, pois quando tomado pela ira e pela inveja, tirou a vida de seu irmão e se alimentou de seus dados e após negar 3 vezes a chance de se arrepender, foi condenado a jamais poder experimentar o renascimento enquanto apodrece sem jamais morrer, se alimentando do sangue dos outros.
Por ter combinado perfeitamente a crueldade bestial com a inteligência e a classe natural de sua espécie atingiu o estado metafísico da Golconda, assim seus poderes superam o de VenomVamdemon mesmo sendo de nível Perfeito e dizem se equiparar ao de BelialVamdemon, contudo, sua sede de poder o faz querer atingir um patamar ainda maior e se tornar o mais poderoso ser das trevas.
Seu covil está estabelecido em Salem no grotesco Castelo Bran sob a Lua Vermelha, local esse onde as trevas habitam e poucos tem coragem de se aproximar, pois alem de ser protegido do por uma poderosa Magia das Trevas é também o lar de uma fera maligna que guarda seus portões. É nessa enorme construção de aparência tenebrosa que CainVamdemon guarda seus troféus de caça, uma vez que também é famoso por empalar suas vítimas com a cruz de prata na ponta de sua cauda, a chamada Sin, que nada mais é do que a marca de sua maldição.
Seu conhecimento sobre a Feitiçaria das Trevas só são superados por sua companheira e líder da Trindade Profana, Heartlessmon, porém no que diz respeito a ciência ninguém é capaz de superá-lo, fazendo de CainVamdemon um perigoso e orgulhoso alquimista, o que se reflete especialmente em combate, já que encontrar essa criatura especialmente nas noites é uma sentença de morte inevitável.
Técnicas
Filho da Meia-noite (Midnight Son) Emite uma Sombra Amaldiçoada que avança tão veloz que transpassa o inimigo corrompendo toda sua programação no processo;
Perpétua Lua de Sangue (Eternal Blood Moon) Abrindo suas enormes asas Draculia, absorve a energia da Lua Vermelha do Mundo Digital Rebuilt e converte em uma chama maligna com cor escarlate que dispara pela boca;
Maldição do Éden (Eden's Curse) Emana uma densa névoa que causa paranóia e loucura ao entrar em contato com inimigo, além de causar dores excruciantes levando a morte;
Pecado Mortal (Second Sin) Empala o inimigo com a cruz de prata Sin na ponta de sua cauda;
Voo de Draculia (Soarin' Draculia) Expande suas enormes asas Draculia gerando um tornado sombrio que espalha Digimojis que soletram maldições;
Estaca do Vampiro (Vampire Stake) Perfura o coração do inimigo com suas garras;
Fim da Linha (Undead-End) Saindo das sombras, surpreende o inimigo com uma mordida na jugular, drenando sua energia vital e impedindo um contra-ataque.
Linha Evolutiva
Pré-Evolução
VamHelmon
Artista Caio Balbino
Digidex Aventura Virtual
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carriessotos · 6 months ago
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❛ don’t we deserve to be happy? ❜ (libby e denver)
não era a primeira vez em que entravam naquele tópico e, embora elizabeth gostasse de varrer todos os seus questionamentos para baixo do tapete, estava completamente ciente de que não seria a última. era complicado chegarem em um acordo, visto que pareciam estar cada vez mais enrolados na questão de se levariam o relacionamento a sério ou não. especialmente porque libby o levava, sim, e gostava muito de denver - talvez até mais do que isso, embora a ideia a assustasse -, mas não gostava nada da ideia de outras pessoas terem conhecimento da relação deles. não quando poderia mudar toda a dinâmica dos dois permanentemente, e porque sabia exatamente qual seria a reação que o restante de seus familiares teriam ao descobrir quem era homem com quem a caçula saía - justamente o herdeiro da corporação rival. “nós merecemos muita coisa, mas é diferente.” deu de ombros, o olhar se desviando para a janela na qual estava apoiada. a vista de uma das belas praias de marselha não era nenhuma surpresa para quem já havia se hospedado tanto no d’ávila, mas libby nunca se cansaria. 
“que tipo de coisa ter a validação dos nossos pais vai trazer pra gente? ou deixar meus irmãos saberem? vão passar o resto da vida me chamando de ‘a mulher do denver’, ou sei lá o que aquela cabeça toda cheia de merda do conrad inventar pro preston repetir.” pareciam um par de gralhas, isso sim. nunca perderiam sua chance de infernizar a vida da irmã mais nova se soubessem que estava saindo com denver constantin, de todas as pessoas. “e, não, você não entende. seus pais não vão fazer um inferno na sua vida, mesmo eu duvidando que queiram olhar na minha cara. talvez sua mãe só comece a querer te apresentar pra aquela lady que anda claramente te dando mole.” o que deixava libby fervendo com ciúmes toda vez que via o projeto de aristocrata em questão que frequentemente encontravam entre as festas da alta sociedade britânica. só não queria admitir com todas as palavras para denver, então, fazia pouco caso e tentava só debochar da situação. “que tanta diferença vai fazer outras pessoas saberem disso?” da gente. “não precisamos da permissão de ninguém, mas também não quero ver a minha cara em matérias de fofoca. prefiro até morrer que parar na capa do the sun com uma foto sua passando a mão em mim na praia.” os traços de seu rosto se moldaram em uma careta, e saiu da proximidade da janela. a ideia de ser fotografada em um momento de intimidade era extremamente desagradável.
se aproximou de denver, sentado na ponta da cama, e ajeitou o corpo n o colo dele. gostava de ficar tão próxima assim dele. “mas isso não quer dizer que eu não me importo.” esclareceu, tocando no maxilar dele com o polegar. manteve o olhar fixo no dele por alguns instantes, enquanto percorria sua pele com carinho, e enfim continuou: “você não está feliz assim?” indagou, tanto em curiosidade como em um teste. “é melhor deixar do jeito que tá, do que mudar e correr o risco de acabar com tudo. quem te garante que você vai continuar gostando de mim não tendo mais a animação de ser um segredinho seu?” apesar de utilizar um tom mais leve para tentar - frise-se no tentar - soar divertida e despreocupada, libby estava ciente de que não era a melhor fazendo isso. não quando era um medo real seu, de que, assim que a emoção do momento passasse, ele não visse mais toda aquela graça nela. não seria a primeira vez em que conhecê-la além da fachada tão despreocupada e mais interessante afugentaria alguém. “só estar assim, comigo, não é suficiente pra você?” estava apelando um pouco para o emocional, sabia disso. mas faria bem para suas inseguranças escutar aquela resposta, e queria encerrar o assunto de uma vez.
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ernestdescalsartwok · 5 months ago
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OXATRES-ARTE-PINTURA-ALEJANDRO MAGNO-ACUARELAS-PARIENTES-DARIO-PERSONAJES-CORTE-AQUEMENIDA-PERSIA-PINTOR-ERNEST DESCALS
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OXATRES-ARTE-PINTURA-ALEJANDRO MAGNO-ACUARELAS-PARIENTES-DARIO-PERSONAJES-CORTE-AQUEMENIDA-PERSIA-PINTOR-ERNEST DESCALS por Ernest Descals Por Flickr: OXATRES-ARTE-PINTURA-ALEJANDRO MAGNO-ACUARELAS-PARIENTES-DARIO-PERSONAJES-CORTE-AQUEMENIDA-PERSIA-PINTOR-ERNEST DESCALS- Oxatres, uno de los parientes del Rey Dario, era uno de los personajes de la Corte Aqueménida en el Imperio de Persia que se distinguió desde el principio por apoyar al rey ALEJANDRO MAGNO, el nuevo Emperador, sus servicios al ejército macedonio le hicieron tener un lugar de honor junto al conquistador de Asia como enlace entre los macedonios y los persas. Personajes de la vida y conquistas de Alejandro Magno y sus victorias continuadas. Pintura con acuarelas sobre papel, aún me quedan muchas obras por Pintar sobre estos hechos históricos, de momento he pintando bastantes decenas con las que he formado una amplia Colección de Arte que resume la epopeya macedonia.
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lysan-loren · 7 months ago
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Um pouco sobre minha safira que fiz pra rp: ︶︶︶︶ 𔓕 ︶︶⠀ ୨ ✨️ ୧ ⠀︶︶ 𔓕 ︶︶︶︶
__☆﹕ᘛ ഉ﹒Nome:__ Safira Rosê. __⊹𝅄﹒Idade: __ 5.600 anos. __☆﹕ᘛ ഉ﹒Pronomes:__ Ela/Dela.
__⊹𝅄﹒Função:__ Prever possibilidades de futuros de outras gems, servindo ao império. __☆﹕ᘛ ഉ﹒Corte:__ Rosa (Original), Amarelo (Atual). __⊹𝅄﹒Hierarquia:__ Aristocrata.
︶︶︶︶ 𔓕 ︶︶⠀ ୨ ✨️ ୧ ⠀︶︶ 𔓕 ︶︶︶︶
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inutilidadeaflorada · 11 months ago
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Massa Seráfica
As mãos colhem a voz rubra Guardadas como um segredo Entre os urros que supõe A vinda de uma criatura caída
Os olhos despejados a pele Azar de quem pôde decifrá-los ou bebê-los A tinta suprimi os discursos sinestésicos De antemão: Você muda o sentido da minha oração
Espinhos nas frestas dos dentes Rosas são apenas oportunidades De dançar um tango sem o olhar Voyeurista de lobistas aristocratas
Moer o pendão e nublar caminhos Para não cair outra vez na tentação Lágrimas de vinagre dissipam Um perfume traiçoeiro
A chuva de cicuta é um homem infiel Ardendo de medo pela revanche Cada gota da janela são versos de um idioma Como as cartas cínicas escritas a sua esposa
Tingir o jardim suspenso com tuas traições Não era uma guerra, não era a indústria Era um coração de barro moldado Para outros fins...
Sem meias palavras, sem meias bandeiras Hoje o sol se põe para dentro de suas veias Uma repetição inapropriada, não era feitiço Mas o ritual mundano de uma máquina
Absorver a torrente como consciência Todos esses nomes são teus cúmplices Todas essas virtudes são seus vetos Toda essa contrapartida é o teu álibi
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elysianhqs · 1 year ago
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2402 chegou em pompa! Você mal podia aguentar em pé depois de uma semana tão lotada de eventos, compromissos ou até mesmo trabalho se não conseguiu pegar uma folguinha. Gostou dos presentes que ganhou? Se sentiu satisfeito com os que distribuiu? Será que conseguiu ficar com aquela pessoa debaixo do visco? É, até mesmo os mais ranzinzas com festividades de final de ano pareciam ter seus corações de gelo derretidos pela contagiante boa sensação de alegria e prosperidade.
Mas isso era para os mais ricos e para os privilegiados, é claro. Até mesmo trabalhar no palácio de Versailles é considerado um privilégio quando se coloca em perspectiva tantos milhares de pessoas que passavam fome todos os dias, ou as crianças e idosos que rezam para que algum aristocrata burocrata escolha a carta delas esse ano para terem seus desejos simples cumpridos, ou as pessoas que morreram de frio durante o inverno rigoroso, fosse pelo frio ou por uma doença que se rastejou por entre a imunidade baixa.
Talvez você seja uma realeza que esteja muito bem confortável para pensar nesse tipo de coisa, ou estivesse ocupado demais pensando em roupas para usar nas ocasiões festivas, ou simplesmente não liga. Mas é revoltante, não é? Eu acho. Os Guardiões também.
Desde a Festa das Folhas o grupo rebelde estava muito calado. Nem mesmo pareceram reagir quando foi revelada outra selecionada rebelde capturada e substituída. Funcionários que lidam com segurança até puderam relaxar um pouco nos últimos meses sem ataques ou ameaças para se preocuparem. Contudo, os mais experientes diriam que aquela era uma calmaria antes da verdadeira tempestade.
Foi na noite do dia 5 de janeiro que os rebeldes infiltrados, Louis (@flowerbcy), Séraphine (@seraphineum) e Tristan (@kkvapo), receberam por debaixo da porta de seus aposentos um telegrama. Todos eram experientes o suficiente para saber que ali havia uma mensagem da causa para eles que deveriam queimar imediatamente. Pelo menos, as informações do papel eram simples, e não tinha muitos detalhes a serem decorados:
MISSÃO DE RECRUTAMENTO: ESPALHE A PALAVRA DA CAUSA. RECRUTE E REPORTE. FOCO EM SELECIONADAS. MAIS DETALHES NA COMUNIDADE EM BREVE.
NÃO SE FAZ UMA REVOLUÇÃO SEM SANGUE.
PELA REPÚBLICA, PELA LIBERDADE.
Os telegramas de cada um ainda haviam missões específicas ao final, pós o lema:
Louis: MISSÃO DE ELIMINAÇÃO: REMOVA O GUARDA DA PRINCESA.
Séraphine: MISSÃO DE INTELIGÊNCIA: ESTUDE O SISTEMA DE SEGURANÇA E COMUNICAÇÃO DO PALÁCIO E REPORTE.
Tristan: MISSÃO DE RECONHECIMENTO: MAPEIE ROTINAS DIÁRIAS. RAINHA, CONVIDADOS, COMITIVAS. REPORTE O ELO MAIS FRACO. INFILTRE FALSAS INFORMAÇÕES ENTRE AS COROAS.
Ordens diretas para missões importantes e de alto risco. Não sabiam ainda o que os líderes do grupo estavam tramando, mas ao que tudo indicava, começaram a preparar o terreno para algo grande.
OOC.
Os personagens citados por nome nesse drop ou são os infiltrados rebeldes que receberam a mensagem, ou conversaram conosco no privado explicando seus plots como pedimos nesse post aqui;
Por mais que as selecionadas foram citadas ali como maior importância, qualquer um que os rebeldes acharem que seja útil para causa pode (e deve) ser recrutado. A imaginação de como vão fazer isso é o limite de vocês!
Aos rebeldes que precisarem de ajuda em como prosseguir com as missões, podem nos questionar que podemos dar algum direcionamento;
Players que acham que podem ajudar os rebeldes nas suas missões, comuniquem aqui!
Aos que forem recrutados com sucesso, mandem uma mensagem para nós para anotarmos os que irão aderir à causa!
POVs com relação ao plot drop podem ser postados marcando a central e com a tag #elysianpov
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alekseii · 7 months ago
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como um bom filho de nyx, aleksei não havia pregado os olhos naquela noite. tinha hábitos perigosos, como o de passear pela madrugada, oculto na escuridão da ausência da lua. por onde andava, apenas a fumaça de seu cigarro denunciava sua presença, efêmera, conforme ele guiava passos largos e sem rumo. guardava as bitucas de cigarro no bolso, para não incomodar as ninfas, e lançava olhares furtivos para o bosque atrás de si. antes do primeiro grito, ele se lembrava da sensação que lhe percorreu a espinha— um silêncio ensurdecedor por breves segundos, interrompido abruptamente pelos gritos.
tw: existe uma série de gatilhos associados a morte e assassinato, além da menção de sangue. caso tenha sensibilidade com algum desses temas, pule para o último parágrafo.
gritos sempre haviam sido um gatilho para ivashkov. assombrado pelas memórias das últimas palavras de diversas pessoas, proferidas em gritos ou sussurros pouco antes de seu pai tirar-lhes a vida. e depois de seu pai, ele. um fantasma mais recente se unia aos outros para ativar violentamente o gatilho em sua mente: flynn. os gritos do dia do baile ainda percorriam sua mente torturada.
não sabia determinar se os gritos vinham de perto ou de longe, ora ensurdecedores, ora parecendo vir de algum ponto mais adentro do bosque. ele girava, tentando capturar algum sinal que denunciasse o que os causava ou de onde vinham, até ouvir o alarme ser acionado. talvez seu maior erro tenha sido decidir ir completamente sozinho atrás dos gritos, acreditando que logo mais semideuses viriam consigo. era imprudente, mas, cá entre nós, era exatamente o modus operandi que sempre tivera.
a névoa parecia se espessar conforme avançava mata adentro, e ele não via nenhum outro semideus. agora parecia impossível de fugir, como se algo tivesse plantado em sua cabeça e o sugasse para o epicentro do caos. ele se lembrava de transmutar um pedaço de tronco em seu machado, e então as coisas ficaram pouco claras.
ao olhar para baixo, sangue. em todas as suas mãos. erguer o olhar fez com que percebesse que já não estava mais no acampamento meio-sangue.
a cena fez com que fosse fácil esquecer de tudo. como se todas suas memórias tivessem sido subitamente limpas, e só restasse o que vinha antes daquele ponto. a primeira vez em que seu pai o fez assistir. o cenário de árvores tinha sido substituído pelos painéis de mogno escuro. olhar para cima permitia um vislumbre de teto ornamentado com afrescos dourados, com entalhes que misturavam mitologia russa com padrões barrocos. dele, longos lustres de cristal pendiam, apagados. a única iluminação vinha, na verdade, da lareira de mármore branco, que ainda queimava fracamente. e abaixo de si, a poça de sangue, manchando todo o tapete persa vermelho.
o cenário em si só denunciava, sem a necessidade do sangue, que algo terrível havia acontecido. o tapete de trama intricada estava virado, fora do lugar. a mesa de centro de vidro, quebrada, espalhava cacos por cima do tecido vermelho. a cadeira de veludo verde estava caída, com o estofado rasgado. o vento gelado entrava através da janela alta, empurrando as grossas cortinas vermelhas, e, mesmo assim, o ar parecia abafado.
a memória estava distorcida, pois, por mais que aleksei não tivesse mais que dez anos quando aquilo acontecera, estava em sua fisionomia atual. recuando pelo cômodo como fizera naquele dia, seus olhos tentavam se distrair, sem sucesso. até os retratos de antigos aristocratas, pendurados em quadros de molduras douradas sobre todo o salão, pareciam fitá-lo profundamente, como se fossem capazes de ver sua alma. e o silêncio sepulcral, interrompido apenas pelos ocasionais estalos da madeira no fogo morrendo.
ele caminhou para trás, trêmulo. era exatamente como naquele dia, mas não via seu pai por ali. mesmo enviesada, sua mente conseguia perceber que algo estava errado, fora do lugar. ivashkov carregava a culpa pelo corpo que jazia no piso de madeira desde aquele dia, mas ainda assim, o autor do crime não estava presente na memória deturpada. ele não conseguia definir se a realidade estava ali ou nos flashes das memórias que passavam em sua cabeça—do pai lhe mandando limpar o machado, enquanto se apropriava da parte separada da figura decapitada. aquilo fez com que ele manchasse suas mãos de sangue, a mancha que nunca saíra.
continuava a recuar. dali, a cena ia se desenvolvendo em paralelo ao real. na memória verdadeira, tinham ido embora não muito depois daquilo, no silêncio da noite. mas ali, ele ia se afastando, e o cômodo se alargando, até metamorfosear por completo em um quarto com um único objeto. um espelho. não vira o espelho, mas sabia que ele estava ali, como um demônio pendurado sobre sua coluna.
deveria virar? o ímpeto duelava fortemente com o frio que congelava. e então ele virou, e achou no reflexo a figura que faltava.
seu pai. o instinto de tocar o rosto, tentando conferir a realidade, fez com que ele se sujasse de sangue. isso prolongou o desespero, a sensação de sujidade, o peso da culpa. ele tentou andar para trás, e tropeçou. mais uma vez, não estava mais naquele lugar. outro corpo ocupava a sala, mas não havia sido seu pai o autor. não, aquilo tinha sido ele.
a primeira pessoa que matara a serviço de nyx.
ivashkov gritou. as memórias continuaram, depositando sobre si traumas que ele havia empurrado fundo em sua mente, expondo rostos outrora esquecidos. o evento torturante durou por horas, até que ele finalmente foi acordado. ainda sozinho, ainda na floresta. e agora em prantos.
“ressentimento, ele ainda ressente tudo que passou. o maior medo do aleksei está em tomar o mesmo trajeto que o pai. de fazer exatamente a mesma coisa e acabar se tornando a mesma pessoa, e definitivamente o medo de ter um filho. isso porque ele acha, em partes, que já se torna aos poucos essa pessoa, como um processo irreversível que lentamente progride. e assim, acabaria criando outro dele, a pessoa que ele mais odeia nesse mundo.”
@silencehq @hefestotv
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classicopanda · 4 months ago
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Atlante, de Annibale Carracci (1560 - 1609)
O desenho retrata um jovem de braços cruzados em posição ereta, mas levemente inclinado para trás, como se procurasse o melhor ângulo para assistir a uma cena que lhe desperta interesse e prazer, como se nota por seu sorriso e olhar animados.
A coroa de louros e a capa nos permitem imaginar o jovem como um guerreiro, atleta ou nobre, mas, independentemente de quem ele seja, o desenho captura muito bem sua essência de aristocrata: ele é jovem, forte e belo; a perspectiva de baixo para cima o posiciona como alguém distante do espectador e acima dele; esse mesmo ângulo faz saltar aos olhos os volumes de sua musculatura; por fim, a luz também inferior dá destaque justamente aos volumes que só podem ser vistos dessa posição particular, reforçando os dois primeiros aspectos.
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The drawing depicts a young man with crossed arms in an upright position, but slightly leaning back, as if seeking the best angle to watch a scene that arouses his interest and pleasure, as can be seen by his excited gaze and smile.
The laurel wreath and cape allow us to imagine the young man as a warrior, athlete, or noble, but, regardless of who he is, the drawing captures his aristocratic essence very well: he is young, strong, and handsome; the low-angle perspective positions him as someone distant from and above the viewer; this same angle highlights the volumes of his musculature; finally, the lighting from below emphasizes precisely the volumes that can only be seen from that particular position, reinforcing the first two aspects.
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