#acrescentou
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dtpnews · 6 days ago
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O vice-presidente Kashim Shettima diz que a Nigéria está em uma nova trajetória de crescimento, recebendo investimentos em diferentes setores. Shettima disse isso na terça-feira na vila presidencial, Abuja, durante uma reunião de atualização com alguns ministros e chefes de agências antes do próximo mecanismo de diálogo estratégico da Nigéria-Brazil. Segundo Shettima, a trajetória de crescimento é uma sequência da liderança ousada e corajosa do presidente Bola Tinubu e políticas bem pensadas. Ele observou que: "No presidente Tinubu, a Nigéria tem um líder que mostrou a destreza e a audácia da esperança para um amanhã melhor". Shettima expressou satisfação com a empresa firme das questões reais dos ministros nos principais setores direcionados para deliberações durante o diálogo. Ele chamou todos os principais atores do lado nigeriano para fazer preparativos adequados para o diálogo previsto para a parte posterior do ano, o vice-presidente destacou a necessidade de clareza, coerência estratégica e uma profunda compreensão de questões que serão entregues a discussão na reunião ", que eu queira que os ingressos que se tornem com o diálogo que não se envolverão para que o diálogo seja responsabilizado. “Dirigam o processo, envolvam -se com diferentes grupos estratégicos para oferecer atualizações semanais para nos preparar para a visita do vice -presidente brasileiro e sua delegação. “A coisa mais importante neste momento é atualizarmos os sonhos do desenvolvimento de nossa nação. "Temos os recursos e o conhecimento institucional para fazer esse trabalho para o nosso país", disse ele sobre as semelhanças entre a Nigéria e o Brasil, Shettima enfatizou a necessidade de alavancar as enormes oportunidades inerentes à parceria entre os dois países. Anteriormente, o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Abubakar Kyari, disse que o diálogo apresenta uma oportunidade renovada para a Nigéria revitalizar o setor agrícola do país de atingir objetivos soberanos alimentares da administração. “Em nome do setor agrícola, é hora de andarmos na conversa. É um bom dia para a Nigéria, porque a agricultura desempenhará um papel importante na parceria. "Temos a oportunidade de alcançar o resto do mundo e estar a caminho da soberania alimentar", afirmou o ministro. Além disso, o Ministro da Arte, Cultura, Turismo e Economia Criativa, Hannatu Musawa, falou sobre o significado cultural da parceria. Há uma enorme população de ascendência da Nigéria no Brasil que tem muito interesse na Nigéria. “O que fizemos no ministério é envolver o Brasil ativamente em trabalhar juntos. Já temos um MOU, mas queremos expandir isso além da diplomacia cultural. "Os brasileiros têm muito interesse em explorar nossa indústria criativa", acrescentou. O ministro sugeriu planos de reconstruir a casa nigeriana no Brasil, além de sediar um festival anual de Orisha, em breve. Na cooperação em defesa, o Ministro da Defesa, Muhammad Badaru, disse que tudo está pronto para a assinatura de um acordo de defesa com o Brasil. "Também estamos envolvidos com eles no desenvolvimento da indústria de defesa para iniciar centros de produção na Nigéria." Além disso, a coordenação do Ministro da Saúde e Bem -Estar Social, Ali Pate, destacou oportunidades de assistência médica que o diálogo apresenta à Nigéria. O Brasil é capaz de produzir quase tudo o que precisa, incluindo produtos farmacêuticos e vacinas. Estamos interessados ​​em mudar as coisas e, com os esforços do presidente Bola Tinubu, estamos desbloqueando a cadeia de valor da saúde. "Vacinas de fabricação, diagnósticos e produtos farmacêuticos estão na agenda, mas é uma jornada muito longa e estamos determinados a percorrer por ela", disse ele. (NAN)
O Conselho de Administração da Universidade de Lagos (Unilag) confirmou a nomeação do Prof. Foluso Lesi como vice-vice-chanceler da Universidade (Serviços de Desenvolvimento). A confirmação é uma sequência da eleição de Lesi pelo Senado da Universidade. Isso está contido em um comunicado exibido no site da Unilag na terça -feira. “O Conselho de Administração da Unilag, em sua reunião em 3 de…
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anditwentlikethis · 3 months ago
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O Trincão a mandar dicas ao "treinador" na flash mas é suposto eu achar que está tudo bem, só temos azar e os jogadores só estão cansados
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oliviafb · 24 days ago
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f l a s h b a c k : antes dos encontros
Olivia sustentou o olhar sobre Pasqualina, observando cada detalhe de sua expressão enquanto ela falava. A loirinha tinha essa mania de sempre puxar Deus para o meio da conversa, e normalmente Olivia reviraria os olhos ou soltaria uma piada irônica de maneira sutil para que a outra, em toda a sua ingenuidade, não percebesse, mas dessa vez, ela simplesmente escutou. O toque inesperado quando Pasqualina ajeitou sua mecha de cabelo a pegou desprevenida. Pequenos gestos de afeto sempre a desarmavam um pouco, como se tocassem um nervo exposto que Olivia insistia em ignorar. Ela desviou o olhar por um segundo, sentindo-se desconfortável com a naturalidade do carinho.
“Ele me amou primeiro.” A frase de Pasqualina fez Olivia soltar um suspiro discreto, mas profundo. Era tão típico dela dizer algo assim. Tão simples, tão absoluto. Algo que para Olivia não passava de um conceito bonito, mas distante. — Não quero cometer algum tipo de heresia, mas tenho a sensação de que não estou inclusa nesse grupo de pessoas. Se ele me amasse, não teria me colocado na minha família, teria? — A fala saiu tão natural, que mal percebeu que era a primeira vez em que Olivia verbalizada para a outra a insatisfação de ser uma Boscarino. Carregava o sobrenome com tanto orgulho, enchia a boca para dizer que era uma deles, como alguém poderia suspeitar que tudo o que ela queria era pertencer a outro lugar? Engoliu em seco por perceber que, não tão indiretamente, acabara de dizer algo ruim sobre a própria família, mas com certeza sem nenhuma disposição para desenrolar mais sobre o assunto.
A parte sobre os pais e irmãos se amarem também a fez engolir em seco. Não apenas por desacreditar, mas por saber que aquilo nunca foi a sua realidade. Famílias como a de Lina pareciam pertencer a um universo diferente, um onde amor era algo garantido, e não algo a ser conquistado ou mendigado. Um lugar onde a maldição não teve vez, e eles conseguiram superar tudo com a força do amor, como todo filme clichê de contos de fadas que parecia ser muito real para os Capel D'Angelo. Mas então veio a hesitação de Pasqualina ao falar sobre o amor romântico. O jeito como sua voz falhou, a incerteza. Olivia sentiu uma pontada de curiosidade... e talvez até de alívio, por mais egoísta que pudesse soar. “Então nem você tem certeza...” pensou, observando Lina com uma intensidade disfarçada por um meio sorriso. Se tinha alguém que merecia ser amada, esse alguém era Pasqualina, ela admitia isso com toda a inveja do mundo. Se nem mesmo a ingênua e bondosa filha do pastor tinha certeza sobre o amor, talvez Olivia não estivesse tão perdida assim.
Ela abriu a boca para responder, talvez para perguntar mais, talvez para ironizar suavemente – mas foi interrompida pelo som de risadas e vozes femininas se aproximando. As petúnias estavam chegando. O momento fugaz entre as duas se dissipou no ar, como um perfume que já não se sente mais. Olivia endireitou a postura, colocou de volta no rosto o seu sorriso habitual e lançou um olhar de cumplicidade para Lina. — Parece que nossa conversa vai ter que ficar para outro momento. — E, sem precisar de mais nada, as duas deixaram o assunto em suspenso, cada uma carregando suas próprias perguntas sem resposta, mas agindo com a maior naturalidade possível ao receber as outras meninas para o chá. O assunto agora ficaria mais leve, e ambas teriam tempo de pensar melhor sobre o assunto antes de retomá-lo em outro momento.
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ENCERRADO.
@khdpontos
As palavras de Olivia pareciam ecoar os vários pensamentos que já haviam rondado a mente de Pasqualina, especialmente durante as madrugadas de insônia ou nos pesadelos que a faziam reviver aquela noite na caverna. "Eu já pensei tanto nisso, Liv, tanto..." Balançou a cabeça negativamente, deixando transparecer sua frustração por acreditar naquilo, apesar de ser quem era.
"Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias. E você, Liv..." Inclinou-se e ajeitou uma mecha de cabelo da amiga, colocando-a delicadamente atrás da orelha. O gesto era carinhoso e até brincalhão, mas também uma tentativa de fazer com que Olivia entendesse que também era merecedora. "Consegue ser bem maluquinha, às vezes." Soltou uma risada fraca antes de desviar o olhar novamente.
Sentiu o coração apertar um pouquinho mais a cada palavra da amiga. O que me espanta é você acreditar. Pasqualina sabia o quão estranho aquilo soava, mas ainda insistia em tentar encaixar toda aquela confusão nos limiares da sua fé, uma tentativa constante de se convencer que não estava enlouquecendo. "Eu acho que pode sim ter um motivo divino por trás de tudo isso." Abaixou o tom de voz novamente, chegando ainda mais perto da outra. "Por exemplo..." Estava pronta para desembestar a dar mais exemplos de suas teorias, mas o último questionamento a fez silenciar por alguns instantes. Ela estava falando de amor romântico, certo? Daqueles que Lina lia nos livros e tanto sonhava em sentir da mesma maneira. "Eu tenho amor, Liv. Ele me amou primeiro." Apontou o dedo indicador para o céu e continuou: "Os meus pais se amam tanto, meus irmãos também. Mas, falando de amor de relacionamento...Bom, eu acho que sim" A voz falhou, era mais difícil do que imaginava falar daquilo, escrever em seu diário era muito mais fácil. "Mas, ao mesmo tempo, eu não tenho certeza. Esse tipo de amor é difícil de descrever, não acha?"
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mafleur · 6 months ago
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iii. “ trilha sonora. ”
naquele quarto de hotel, uma das testemunhas de afrodite, euterpe, musa da música, proclamou 'born to die' de lana del rey como a trilha sonora da história de amor entrelaçada de ambos os casais. com sua melodia envolvente, euterpe acrescentou:
ㅤㅤㅤㅤ
“ essa música é facilmente a trilha sonora de ambos os casais, porém, se eu tivesse que escolher uma para cada um, 'young & beautiful', de lana del rey, seria a escolha ideal para hazel e james. há um momento específico na história deles que se encaixa perfeitamente com essa melodia. já para colette e audrey, a canção 'the great war', de taylor swift, seria a escolha mais adequada. ”
com isso dito, não há necessidade de mais explicações, pois a narrativa dos casais já foi suficientemente compartilhada para que se compreenda por que essas músicas se harmonizam tão bem com tais romances.
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jeskadutra · 2 months ago
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#Coração
Se quiser, adicione mais, disse meu coração
Combinado então, senhor, respondi respeitando a hierarquia no qual me encontro
Estou Amando, e tu coração é Senhor
Eu o amo, o coração consentiu
Eu o quero por muitos dias, e o coração se emocionou pedindo pausa, calei
Acrescentou, olha moça, vá com calma, estou tentando manter a razão em silêncio aqui
Recomendo que direcione tuas palavras, levanto em conta, pelo menos, o que tens em mãos
Confessou, exemplificando todo o processo
_ O caminho das emoções é bem escorregadio, fato. Por vezes, preciso de um tempo para conseguir enxergar onde piso
Continuou,
Se me proponho a por os pés em solos de "futuros possíveis" a razão vem e nos "passa a perna" fácil fácil.
Não a queremos por agora, certo ? Afirmou, e eu instantâneamente, disse sim
Eu me realizo no nosso amor, falei de uma vez, e não havendo objeções do coração, continuei
Certamente me desmonto com seu lindo sorriso e doce olhar, e quando sou eu a causadora de tamanha beleza, me orgulho
Me orgulho também, por ser, a que contempla o maravilhoso e exato momento que ele conquista seus sonhos
Eu me sinto viva com sua doação de amor ...
Coração, você silenciou, o que aconteceu? Perguntei curiosa
Estou em paz, moça, disse com um tom franco e gentil
Pensei que diria, "estou amando", o questionei com zelo
Riu, e respondeu que sim, que estava amando, claramente tudo que eu havia dito até agora, se tratava de amor, mas, mais que tudo, ele finalmente viu que a paz chegará, e não poderia fazer mais nada, a não ser, permitir todas as minhas palavras, em silêncio
Desabafou,
Na labuta de bater, moça, a paz é um bom presságio, ela que vem e acende às luzes do caminho das emoções.
O ouvir atentamente,
Quando eu a encontro, eu sei que poderei enxergar, e todas às inseguranças desaparecem, a razão não encontra outra saída, e me aplaude, pois a paz com toda luminescência anda comigo
Realmente não sinto medo, senhor coração
Amemos, moça
Jéssica Dutra
S. Suman
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antihhero · 3 months ago
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firmly holding their hand in public // nate & june
flashback: alguns dias antes do aniversário da june.
Fazia alguns meses desde que combinaram de fingirem um namoro na frente da família de June e, a essa altura, já andavam como casal em praticamente todos os lugares que iam. Era natural para eles se abraçarem ou Nate colocar o braço ao redor dos ombros de June, mas por alguma razão raramente andavam de mãos dadas. Naquela tarde, Nate havia se encontrado com June em frente à barraquinha da Lemon Crème no festival da cidade para dar uma volta. Já tinham estado ali juntos mais cedo naquela semana, mas a Atwood gostava de comemorar o seu aniversário por vários dias, não apenas na data, e o melhor amigo estava tentando acompanhar. Como ainda não tinha conseguido fazê-lo desembuchar sobre o que havia comprado para ela de presente, June estava em uma missão: fazê-lo abrir a boca. Nate era tão fofoqueiro quanto ela, não conseguia guardar segredos nem se sua vida dependesse disso. Era uma das coisas que mais gostava sobre ele, então não conseguia entender por que estava fazendo tanto mistério. "É uma daquelas batedeiras chiques que eu te mandei foto?" tentou adivinhar, pela décima vez, o que era seu presente. Alguns dias antes, havia visto alguns utensílios de cozinha em uma loja no centro e acabou mandando fotos de vários para ele. "Qual é! Me fala, vai." resmungou, suspirando alto. Foi nesse instante que sua mão tocou acidentalmente a de Nate e ela, em um gesto automático, entrelaçou-as. Percebeu o que havia feito em seguida, mas não teve coragem de desfazer o contato - seria estranho se afastar tão repentinamente, ainda que permanecer com as mãos unidas também fosse. "Já sei que não é nada de comer, também não é uma bola." por que seria uma bola? Nem June sabia, mas havia perguntado. "Nem um ingresso pra Eras em Vancouver. Mas podia ser, né?" acrescentou, virando o rosto momentaneamente para ele. Quando voltou a olhar para a frente, percebeu que um rosto familiar acenava para eles: sua tia Margie. Desfez o contato de suas mãos e acenou para ela de volta. Em seguida, percebeu que gostaria de voltar a ter a sua mão na de Nate, mas decidiu não fazer nada. Seria ainda mais estranho do que da primeira vez.
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afinidade082323 · 4 months ago
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_____________: Flores na janela
Acrescente amor, exagerem. A nossa casa tem tudo haver com a nossa personalidade.
Eu: Amina recomendo 💌
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acnproject · 2 months ago
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SHIKANARU WEEK 2025 DE 16 A 23 DE FEVEREIRO
Week por @loveonepiece20
Regras básicas: 1) Vocês podem combinar e cada um postar uma fic em um dia; 2) Podem escrever para todos os dias, apenas um, aqui, quem manda é vocês!! 3) As histórias devem ser postadas na data correta, sem falta 4) Não é obrigatório participar de todos os dia, um dia já deixa a gente feliz! 5) Pode juntar mais de um TEMA? Sim, apenas escolha em qual data ele será postado! 6) Sem limites de palavras e sem limites e histórias por dia/ficwriter 7) Todos podem participar, ficwriters, betas, designers, samurais…
TAGS: #ShikaNaruWeek2025 #ShikaNaru #WeeksACN2025 #ACNProject #ShikaNaru (acrescente mais caso for necessário)
PROMPTS: 16/02 - Baseado em uma música (songfic) 17/02 - Segredos Compartilhados 18/02 - Beijo por acidente 19/02 - Presos em uma Ilha Tropical 20/02 - Cúpidos também se apaixonam 21/02 - Declaração no meio da discussão 22/02 - Máfia vs. Gangues 23/02 - Conhecendo os sogros
Por favor, para qualquer trabalho marque o @acnproject para podermos encontrar a todos!
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littlfrcak · 7 months ago
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ㅤㅤㅤㅤ𝔄 𝔫𝔢𝔴 𝔭𝔯𝔬𝔟𝔩𝔢𝔪 𝔞𝔯𝔦𝔰𝔢𝔰
— o poder desperto: passo 1.
mais alguns dias e isso irá acabar.
a quantidade de vezes que sasha tentava repetir para si mesmo essa frase era um pouco ridícula. fazia três semanas que seus amigos tinham caído na fenda, uma pessoa já havia sido declarada morta e agora o resgate para as cinco restantes finalmente entrava em ação. o jantar deixou um peso em seu estômago, o recado de rachel dare era sério demais; como filho de hades, sabia que o pai poderia estar sendo traiçoeiro ao permitir que os campistas desçam até seu reino através de uma porta específica que ele mesmo abriria.
estava nervoso. mais nervoso do que antes.
vinte e um dias com os nervos à flor da pele sem ter notícias concretas sobre os amigos, apenas se contentando com o pouco contexto que hefesto trazia. contexto este que claramente havia sido manipulado no início, já que sequer mostrou a morte do filho de dionísio. o que mais hefesto não teria mostrado? não dormia direito desde que a fenda se fechou com os semideuses sendo sugados para dentro. a primeira pessoa em quem pensou foi melis, seu instinto protetor para com a filha de hermes sempre estava ativo, então perceber que dessa vez não tinha conseguido segurar uma queda, não tinha ajudado em nada, a impotência lhe assombrava durante a noite. depois arthur… era difícil parar e pensar que o ex-namorado estava enfrentando o submundo e não se encontrava seguro. o primeiro homem a roubar e pisotear em seu coração tinha mergulhado direto no reino de seu pai, onde os perigos eram constantes e a vida não era uma certeza. e por mais que não gostasse de admitir, imaginar katrina lá embaixo também lhe deixava aflito. a primeira vez que notou que aquele pânico de não saber o paradeiro dos amigos se estendia à filha de éris, sasha ficou tonto. como podia sentir-se à beira de um precipício apenas com a ideia de que monstros que estavam a espreita naquele lugar poderia a atingir? o episódio passado do programa de hefesto foi um pesadelo, ver arthur e katrina brigando, a semideusa desacordada no fim, os monstros… escusado seria dizer que não dormiu após aquilo. céus, aurora tinha sido tão gentil consigo na ilha de circe, apoiando sua fuga e acobertando seu escape; a filha de quione se feriu feio com a queda e mesmo assim teve a bravura para enfrentar os monstros também. já tadeu… bem, sasha não dava muita importância se o filho de nêmesis conseguiria ou não sair do submundo, se ele não saísse, não faria diferença para si. ainda estremecia de agonia ao recordar do castigo que teve que enfrentar no amor divino com aquele idiota.
de um modo ou de outro, sua vida parecia entrelaçada com os caídos. então não deveria ser uma surpresa que guardou um pouco do jantar e estava indo até o anfiteatro queimar mais uma vez uma oferenda ao pai. vinte e uma noites seguidas, continuaria com isso até que todos estivessem ali em cima em segurança. dessa vez, porém, avistou veronica ali presente também. o loiro permaneceu quieto em seu lugar, os pés descalços na grama quente perto da fogueira enquanto queimava a coxa do frango. deixe-os voltar em segurança, pai. por favor. pediu pela vigésima primeira vez.
o fogo ficou um pouco mais escuro como sempre, o único sinal de que sua oferenda foi aceita. queimou um pouco de macarrão para perséfone também em agradecimento pela ajuda que ela tinha dado aos amigos no segundo dia, que ela ajudasse eles de novo. o cheiro de flores enchia o lugar e sasha apenas sorriu tristemente. esperava que fosse ouvido e atendido.
“pelo menos está perto do fim.” comentou ao se aproximar da filha de hécate. a tensão em seu corpo era tanta que acabou com a distância entre os dois sendo mínima, podendo bater levemente o ombro no dela. “eles vão voltar logo.” murmurou. assim como ele próprio, a loira parecia ter o peso do mundo nos ombros. “vem cá.” acrescentou baixinho, a tensão vazando de seu corpo ao tomar uma decisão que geralmente não faria. sasha virou-se na direção da amiga e abriu os braços, uma oferta que nunca tinha acontecido antes assim de iniciativa sua. toques eram fortemente evitados pelo semideus, suas reservas altas demais para lidar com a proximidade para com os outros. sempre esperando o pior, sempre com receio de ser surpreendido negativamente. abraços são apenas um meio de esconder a face, sua mãe lhe ensinou. agora, porém, era uma forma de buscar apoio. não queria ter a mente cheia de medo e agitação, queria pensar que eles estariam de volta em segurança e em breve. o aperto no abraço foi automático, tentando extrair dali o conforto que precisava e dar um pouco de conforto também para veronica.
o que não esperava, porém, era sentir realmente esse conforto vindo em ondas. parecia surreal que de fato o filho de hades experimentava o gostinho de uma energia mais forte, uma esperança e… ao mesmo tempo a sentisse pesar em seus braços. os olhos tinham se fechado para saborear aquele sentimento então os abriu de supetão, as mãos mais firmes segurando-a para impedi-la de cair. as íris azuis se fixaram na face da semideusa confuso com o que parecia ser um mal estar. “o que é isso? você está bem? o que está sentindo?” perguntou apressado, nem tinha um pedaço de ambrosia ali então o que poderia fazer era ajudá-la a se sentar na arquibancada. e o que notou foi que ao caminhar, a grama no caminho parecia ficar cinza. o que estava acontecendo? assim que a filha de hécate estava em segurança, sasha se afastou dela.
aos seus pés, a grama continuava a escurecer... enquanto longe de si, veronica parecia melhorar. então o problema era consigo. mas o que poderia ser isso?
mencionados: @melisezgin @kretina @lleccmte @nemesiseyes @stcnecoldd @mcronnie
PARA: @silencehq
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wolvesland · 1 year ago
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─── 𝐍𝐈𝐁𝐁𝐋𝐈𝐍𝐆 𝐈𝐓 ֪
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→ Jung Hoseok x Leitora
→ Palavras: 1.6K
→ Sinopse: não há melhor maneira de ele passar a noite livre de sexta-feira do que com você, de joelhos, puxando o cabelo dele como um pedido para ir mais rápido.
AVISOS: conteúdo sexual explícito, smut, assistindo pornografia, masturbação feminina, cunilíngua, mordida no clitóris, afiação.
📌 masterlist
© all rights reserved by @jjksblackgf
© tradução (pt/br) by @wolvesland
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Esse era seu passatempo favorito com Hoseok. Assistir a filmes e classificá-los de 1 a 5. Geralmente, assistia a cerca de três filmes por noite, com pipoca, salgadinhos e tudo o mais.
Mas casais normais assistiriam a filmes normais. Vocês dois assistem a filmes pornôs. Sim, você leu corretamente.
Ficar em dia com o que é recente, o que é cafona, histórias ridículas e coisas novas para experimentar na cama. Às vezes, a noite termina com sexo apaixonado, às vezes é só vocês dois rindo e indo dormir.
Então é aqui que você está agora. Em sua sala de estar, sentados lado a lado, com pipoca no meio, prontos para assistir a uma cena picante.
— Qual é o título deste? – Você perguntou, apertando o play na TV.
— Não me lembro. – Ele riu comendo um pouco da pipoca. — Provavelmente algo com duplo sentido.
O filme começa com uma música pornô clichê e a estrela do filme já está seminua na tela.
— Droga, escolhi uma sem história dessa vez. – Disse ele com uma pitada de arrependimento na voz.
— Tudo bem, ainda podemos classificar as coisas falsas óbvias. – Você apontou. — Mas tenho que admitir que gostaria de poder colocar minhas pernas atrás das costas dessa maneira.
— Nada que algumas sessões de ioga não possam resolver. – Ele olhou para você com um sorriso e você sorriu enquanto revirava os olhos.
Até o momento, não há nada de novo para ver aqui, apenas uma linda mulher se masturbando em uma posição em que a maioria das mulheres não se masturba.
— Mas esse plugue anal é muito bonito. – Você disse e isso chamou a atenção de Hoseok.
— Vou comprar um tão bonito quanto esse para você. – Ele a abraçou de lado para apertá-la um pouco, beijando sua têmpora com um tom de provocação.
— Ah querido, isso é muito gentil. – Você se juntou à diversão, sorrindo e bicando os lábios dele.
Os olhares de ambos voltaram para a TV, na posição de meio abraçados, comendo pipoca. Nessa adorável discussão, vocês perderam alguns segundos do filme, o que foi suficiente para deixá-los confusos.
— Qual é a razão para ela estar vendada? – Hoseok tinha um tom curioso em sua voz.
— Será que ela sabe que há um homem atrás dela? – Você falou de volta para a TV.
— Isso é pornografia, na maioria das vezes nada faz sentido. – Ele disse a você.
— Oh, ok. – Disseram os dois em uníssono quando os atores começaram a se beijar e a se masturbar.
O filme prosseguiu por mais algumas cenas com vocês dois em silêncio. Nunca gostou muito de assistir a boquetes, mas sempre podia aprender alguma coisa.
— Droga, ele está pendurado. – Você apontou, comendo mais pipoca e Hoseok virou a cabeça para encará-la, com uma mistura de emoções no rosto. Você riu e continuou a assistir ao filme, comentando algumas posições aqui e ali.
— Já acabou? – Hoseok disse. — Ele nem sequer retribuiu o oral?
— Sinto pena dela, vou dar uma nota 2 de 5, só por causa do plugue anal.
— Esse é um zero para mim. – Acrescentou.
— Veja só você se preocupando com o prazer dela. – Você disse em tom de brincadeira.
Com isso, ele zombou e sorriu em sua direção.
— Você sabe como eu sou.
Você riu com ele e cedeu à vontade de tocar a coxa dele.
— Eu sei como você faz.
Você olhou nos olhos dele, depois de um momento, o olhar dele foi para os seus lábios, sua respiração se misturou com a dele e você ouviu a respiração alta dele. Você mordeu os lábios e isso foi o suficiente para que ele se inclinasse e a beijasse.
Ele não esperou muito para usar a língua, levando a mão ao seu pescoço, enquanto você levava a sua da coxa dele para o peito. Você agarrou a camisa dele pelo colarinho para trazê-lo para mais perto e aprofundar o beijo.
Os lábios apaixonados dele nunca deixaram os seus enquanto ele movia a cabeça de um lado para o outro, buscando mais intimidade e intensidade.
A vibração em seu coração era perceptível em todo o seu corpo. Havia borboletas em seu estômago, suas mãos levemente suadas ainda puxando a camisa dele, seus lábios que pareciam não se cansar dos dele. Enquanto Hoseok misturava a língua dele com a sua, o beijo ficava cada vez mais molhado, assim como a sua calcinha.
Você soltou um gemido alto quando ele mordeu seu lábio inferior. Você interrompeu o beijo para olhar nos olhos dele.
— Me mostre como você faz. – Sussurrou.
Hoseok tinha luxúria em seus olhos, agora com o melhor dos deveres que ele adora cumprir. Ele aproveitou a mão que ainda estava em seu pescoço para puxá-la para perto de si e encontrar os lábios dele novamente. O polegar dele roçava sua mandíbula com muita doçura, mas o beijo era intenso como antes, com a língua percorrendo seus lábios mais uma vez, mas retirando-a para que ele pudesse mordê-la novamente.
A mão dele saiu do seu pescoço e desceu lentamente pelas suas costas, a ponta dos dedos deixando marcas de fogo na sua pele. Ele optou por acariciar sua bunda com a mão, enquanto a outra estava firme em sua região lombar. Seus braços foram abraçar o pescoço dele, sabendo que seus lábios se separariam pouco tempo depois, mas ainda querendo que esse momento durasse.
Ele tocou sua coxa e se aproximou de seu núcleo, suas paredes se apertando com o conhecimento do que estava por vir. Ele não perdeu tempo e abriu suas pernas para sentir o calor através do seu short, movendo a palma da mão para cima e para baixo. Você sibilou nos lábios dele, e a interpretação que ele fez foi colocar mais pressão para aumentar a fricção, o que lhe rendeu um gemido alto.
Ele abriu o zíper do seu short para ter mais acesso a você, e ambos tentaram ao máximo tirar o short sem precisar interromper o beijo. As mãos dele voltaram a usar as palmas por um tempo, mas depois ele passou a usar apenas a ponta dos dedos com os mesmos movimentos.
Você ficou triste quando os lábios doces dele deixaram os seus, mas foi por uma boa causa, pois ele se ajoelhou para tirar sua calcinha e depois abriu suas pernas enquanto segurava a parte de trás de seus joelhos. Ele decidiu não ir direto ao assunto, aproveitando o momento para olhar em seus olhos e beijar a parte interna de sua coxa.
Ele então chegou ao seu destino, primeiro beijando seus lábios externos muito lentamente, certificando-se de que cada centímetro seu recebesse a atenção que merecia. Você não podia mais esperar por esse momento, reclinando-se no sofá, mas transferindo seu peso para os cotovelos para ainda ter uma visão perfeita do que estava acontecendo.
Dessa vez, ele usaria o nariz, massageando seu clitóris de um lado para o outro, depois para cima e para baixo, depois desenhando um oito para desenhar seu próprio nome, em coreano e inglês. Ele então decidiu combinar os movimentos com a língua lambendo a parte externa de sua entrada, a sensação o surpreendeu o suficiente para que ele sentisse suas paredes se contraírem levemente na ponta da língua.
Antes que você pudesse se acostumar, ele começou a beijar seu clitóris, com beijos muito molhados e desleixados. Cada vez aumentando e diminuindo sua pressão. Mas você também não se acostumaria com isso, porque ele passou a lamber seu botão sensível, repetindo os mesmos movimentos que o nariz dele acabara de fazer. Dessa vez, ele inseriu dois dedos, fazendo-os girar no sentido horário, só para lhe dar uma nova sensação. E para dar a suas paredes algo em que se agarrar.
Hoje, Hoseok faria algo que não fazia com muita frequência, passaria os dentes delicadamente em seu clitóris, com movimentos de mordida, mas não exatamente mordendo, apenas com presença suficiente para lhe proporcionar novas sensações. Ele então curvou os dedos em busca de seu ponto e continuou mordiscando seu clitóris.
Ao ver seu rosto e o som de seus orgasmos, ele sabia que você estava perto, tomando seu aperto involuntário e irregular como uma pista para parar.
— Por que você parou? – Você choramingou e olhou para ele, apenas para receber um sorriso de volta.
Depois que você recuperava o fôlego, ele voltava a mordiscar, adorando a sua reação a cada passada dos dentes. Mas ele parava novamente.
— Não! Continue. – Você praticamente gritou.
— Paciência, meu amor. – Ele sussurrou tão perto de seu núcleo que a respiração dele causou arrepios em sua espinha
Mas você não teve paciência hoje. Ele voltou aos movimentos e você agarrou a cabeça dele com dois tufos de cabelo para fazê-lo ficar no lugar.
Ele sorriu com sua ação, e suas calças ficaram mais apertadas. Para ele, não há melhor maneira de passar a noite livre de sexta-feira do que com você, de joelhos, você puxando o cabelo dele como um pedido para ir mais rápido. Ele adorava quando você agia assim, adorava saber que era bom no que estava fazendo, que você estava se sentindo bem por causa dele.
Ele sorriu com sua ação e suas calças ficaram mais apertadas. Para ele, não há melhor maneira de passar a noite livre de sexta-feira do que com você, de joelhos, você puxando o cabelo dele como um pedido para ir mais rápido. Ele adorava quando você agia assim, adorava saber que era bom no que estava fazendo, que você estava se sentindo bem por causa dele.
A mistura de mordiscadas e ação dos dedos enrolados fez com que você chegasse bem perto. Seus dedos dos pés já estavam se curvando e o nó em seu estômago estava esperando para ser liberado. Mas você queria algo um pouco mais bruto esta noite. E, em vez de simplesmente deixar Hoseok terminar o que começou, você moveu a cabeça dele de um lado para o outro.
Hoseok ficou surpreso, mas encantado, e simplesmente colocou a língua para fora, deixando que você decidisse o ritmo e a pressão. Ele continuou a se concentrar nos dedos e a textura da língua foi fricção suficiente para que seu orgasmo viesse alguns segundos depois.
Se vocês dois fizessem um filme, ele o classificaria com 10 de 5.
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gingermaracujazinho · 9 days ago
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𝒆𝒎𝒃𝒓𝒂𝒔𝒔𝒆-𝒎𝒐𝒊
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dave lizewski x leitora
avisos: sugestivo. palavras: 2.9k
Dave suspirou, os olhos fixos em você enquanto passava mais uma vez pelos corredores da escola. Cada movimento seu era hipnotizante; a leveza com que a saia se movia enquanto você caminhava, a forma como seu cabelo balançava suavemente ao vento, como se fosse um sussurro de seda. Ele inalou profundamente, sentindo o perfume doce que deixava um rastro invisível pelo corredor, marcando sua presença de uma maneira que apenas ele parecia notar.
“Não é à toa que ela é a garota mais popular do colégio.” Marty observou, notando o olhar perdido de Dave.
“Sai dessa, Dave. Isso não vai dar certo.” Todd disse, fechando o armário com um baque, tentando chamar a atenção de Dave, que parecia perdido em seu próprio mundo.
“Por que não? Pelo que sei, ela 'tá solteira.” Dave respondeu sem desviar os olhos, sua cabeça ainda encostada no armário, observando você descer as escadas com uma graciosidade que o fazia sentir o coração acelerar. “Meu Deus, olha como os pés dela se movem, quase como se estivessem dançando…”
“Ok. Isso foi nojento, mas ouvi dizer que ela tá precisando de um professor de francês.” Todd comentou, notando o modo como Dave rapidamente se virou para ele, batendo a mão contra o armário com mais força do que o necessário.
“O quê?”
“Parece que os pais dela querem que ela seja perfeita em tudo.” Marty continuou, pegando um livro em seu armário enquanto observava Dave com um sorriso travesso.
“É, eles são diplomatas. E francês é uma língua obrigatória pra esse tipo de cargo.” Todd completou, olhando para Dave com um ar de desafio. “É porque eles são ricos, sabe? E esperam que ela seja fluente em tudo, piano e tal.” acrescentou, observando o novo brilho nos olhos de Dave.
“É, Dave, ela é tipo um anjo aqui.” Marty brincou, dando um sorriso irônico e pegando um salgadinho, antes de fechar o armário com um estrondo.
“Eu sei o suficiente. E já tenho planos.” Dave declarou com um sorriso arrogante, ajeitando o casaco como se fosse uma grande revelação.
“Você?” Todd riu, encarando Dave de cima a baixo. “Não sabe nem o que é um beijo francês.”
“Ele é BV, Todd. Isso é gatilho.” Marty sussurrou, fazendo um gesto com a mão ao redor do pescoço.
“Eu sei o suficiente, tirei isso das minhas ofensivas no Duolingo.” Dave respondeu, com um tom de defesa, cruzando os braços e tentando parecer mais confiante do que se sentia.
“Você literalmente me ignorou no Duolingo.” Todd retrucou, cruzando os braços em desafio.
“Porque eu não quero aprender latim.” Dave respondeu, girando os tornozelos de maneira descomplicada. “Au revoir, mon amour.”
“É mon ami, idiota.” Todd corrigiu, revirando os olhos, enquanto dava um soco de brincadeira no braço de Dave.
Dave voltou para casa, cheio de determinação. A ideia de aprender francês de maneira rápida e eficaz parecia simples, mas logo descobriu que os verbos eram complicados, a estrutura das frases desconcertante, e o significado de tudo parecia escapulir entre seus dedos. Mas ele não se deixaria abater. Ele estava disposto a fazer qualquer coisa para ficar mais perto de você.
Na manhã seguinte, ele foi direto à escola, decidido a ser tutor de francês. Depois de conversar com alguns professores e garantir sua assinatura, Dave se dirigiu à biblioteca, esperando o melhor. Ou melhor, o melhor que ele podia conseguir.
“Você é o monitor de francês?” Sua voz parecia um sussurro doce no ar, e Dave piscou rapidamente, certo de que seu coração havia pulado uma batida.
“Sim. Sou eu, sim. Pode se sentar.” Ele se apressou, tentando parecer tranquilo enquanto gesticulava para a cadeira ao seu lado. Você acenou com um sorriso, e Dave teve dificuldade em não engolir em seco.
De perto, você era ainda mais hipnotizante. Ele já sabia que você era bonita, mas agora, sentindo o peso da sua presença ao lado dele, era como se cada detalhe de você fosse esculpido para deixá-lo sem palavras. Sua pele, seu olhar, até o jeito sutil como você ajeitava os cabelos. Você parecia uma pintura que ele não conseguia parar de admirar.
“Então… como vai ser?” Você perguntou, os olhos fixos nele com uma leve ansiedade, as mãos repousando suavemente sobre o colo. Ele podia ver o esforço para se mostrar confiante, mas também via a vulnerabilidade ali, e isso o deixou ainda mais fascinado.
“Nós vamos começar pelo básico.” Dave tossiu, tentando dar uma disfarçada para acalmar seu coração, que parecia querer sair pela boca. Ele ajustou a posição na cadeira, tentando esconder o nervosismo. “Então, qual é a sua maior dificuldade?”
“Posso ser sincera?” Você perguntou, seus ombros se contraindo levemente enquanto se preparava para dizer algo que parecia pesado.
“Claro.” Ele sorriu, tentando não notar o movimento do seu decote que apareceu quando você se curvou ligeiramente.
“Eu não sei absolutamente nada.” Você confessou, o suspiro que escapou de seus lábios transmitia o alívio de um peso sendo tirado.
Os lábios de Dave se curvaram em um sorriso de satisfação. Ah, ele seria sua salvação. Ele faria isso acontecer, nem que fosse a última coisa que fizesse.
“Ne pas y aller de main morte.” Ele murmurou, inclinando-se na cadeira com um olhar autoconfiante, um brilho nos olhos.
“O que foi isso?” Você inclinou a cabeça, seus olhos curiosos.
“Disse que vou dar o melhor de mim.” Ele sorriu, o coração disparando enquanto ela o olhava com olhos brilhantes, impressionada. As horas gastas no Duolingo estavam finalmente valendo a pena. “Ok. Vamos começar pelas palavras mais simples. Depois a gente vai para frases como essa.”
E ali estava ele, pronto para mostrar a você que, apesar de não ser um expert em francês, ele estava determinado a ser o melhor tutor que você poderia ter.
“Tudo bem.” Você disse, animada, pegando o caderno da bolsa e se preparando para anotar tudo o que Dave estava prestes a ensinar.
Na verdade, ele não tinha a menor ideia do que estava fazendo, mas, de alguma forma, o raciocínio era o mesmo de quando gravava tutoriais de jogo. E, de alguma maneira, isso estava funcionando. Ele começava a notar as mudanças no seu olhar, que antes parecia perdido, e agora estava mais atento, absorvendo as palavras que saíam de sua boca com um interesse visível.
Mas o que mais o deixava orgulhoso era ver como você anotava tudo com sua caligrafia impecável. Ele quase se perdia nos traços suaves da sua letra, no detalhe da mancha de tinta que surgia no canto de sua mão, onde ele, sem querer, havia encostado. Ele a tinha manchado. E isso era bom. Muito bom.
As aulas logo se tornaram parte da rotina. Duas vezes por semana, sempre no mesmo horário. Você era a única aluna dele, e, sinceramente, ele não reclamava nem um pouco disso. Ele adorava cada momento a sós com você, mesmo que fosse apenas por uma hora toda terça e quinta. Ele já não sabia mais se estava vivendo para as aulas ou esperando ansiosamente pelas terças-feiras chegarem.
“Não… é, não é assim que se escreve.” Ele disse, se inclinando ligeiramente para mais perto, observando a palavra que você acabara de escrever. “É S’il vous plaît. Você escreveu vus.”
“Ai, droga…” Você amaldiçoou baixinho, rabiscando a palavra e corrigindo o erro.
“Ei, não precisa se estressar. Você tá só começando.” Ele disse, tentando tranquilizá-la, observando como você até melhorou a caligrafia da palavra ao corrigir o erro. “E pra ser sincero, tá indo muito bem.”
“Você ensina tão bem.” Você elogiou, olhando para ele com um sorriso que fez o coração de Dave bater mais rápido. Ele se encolheu um pouco, percebendo o quanto estava perto de você agora. “É muito paciente.”
“Não, eu só tô fazendo meu trabalho.” Ele se encolheu mais, o calor subindo pelo seu rosto, um rubor inconfundível que ele não podia esconder.
“Não, sério. Eu sei do que estou falando.” Você riu, deixando a caneta de lado, os olhos brilhando. “Todos os professores que meus pais me colocaram eram chatos e eu nunca aprendi nada. Nem ao menos um S’il vous plaît.”
“É sério? Isso é… terrível.” Ele respondeu, coçando a parte de trás da cabeça, tentando disfarçar a própria timidez com a tentativa de empatia.
“Muito. Mas você é ótimo.” Você disse, sorrindo. “Podemos ter outra aula essa semana?”
“Outra?” Dave engasgou, pegando a parte de trás do cabelo como se fosse se agarrar a algo para se estabilizar. “É… quando você quiser. Quer dizer… você tá livre amanhã nesse horário?”
“Não, eu tenho aula de piano na sexta…” você respondeu, a decepção velada na sua voz, como se estivesse desapontada com isso.
“Entendi…” ele murmurou, sentindo uma pontada de frustração, mas tentando disfarçar.
“Mas nós podemos continuar e aprender mais… francês.” Você sugeriu, a mão apertando a barra da sua saia com nervosismo visível, o que fez Dave se sentir ainda mais ansioso.
“O quê? Ah. Certo. Como?” Ele perguntou, sem entender completamente a mudança de rumo na conversa.
“Já deu beijo francês?” Você perguntou, com um sorriso travesso no rosto, o que fez Dave congelar por um momento.
“O quê?” Ele exclamou, falando mais alto do que pretendia, e imediatamente tapou a boca, lembrando-se que estavam na biblioteca. Ele passou a mão no rosto, tentando acalmar seu coração, que parecia querer sair pela boca. Quando olhou para você novamente, percebeu que você também estava vermelha como um pimentão.
Você olhou para o chão, seu rosto um mar de vergonha, antes de estender a mão em direção à dele, os olhos voltando a encontrar os de Dave, com um brilho suave e um sorriso persistente.
“Você quer tentar?” Você perguntou, seus olhos se fixando na boca dele antes de retornar ao olhar dele, seus lábios ligeiramente curvados em um sorriso tímido, mas determinado.
“Eu…” Dave suspirou, seu olhar vasculhando a biblioteca rapidamente. Não havia ninguém por perto, e a área em que estavam era mais afastada. Ponto positivo para sua timidez patológica. “Quero, se você quiser, e não for… sabe… incômodo.”
A dúvida e o desejo estavam tão presentes nos olhos dele quanto na expressão suave de sua voz, e ele sabia, naquele momento, que nada mais seria o mesmo depois daquela simples pergunta.
Você avançou de vez, calando-o com seus lábios nos dele com um selinho suave. Dave respirou fundo, apertando os dedos na cadeira. Você se separou para olhá-lo, com os lábios partidos te olhando pelos cílios. 
“Embrasse-moi [beije-me.]” Você respondeu, lambendo seus lábios. 
“Avec plaisir [com prazer].” Ele sussurrou, apreciando a umidade de sua boca. Dave engoliu em seco, levantando uma mão para colocar uma mecha de seu rosto atrás da orelha. 
Ele lambeu os próprios lábios de aproximando com cuidado, dando oportunidade de você se afastar, mas você ainda estava lá, de olhos fechados, apenas esperando ele. 
Ele fechou os olhos e te beijou, partindo levemente os lábios e pegando seu inferior para sugar com cuidado. Você fez o mesmo com ele e abriu um pouco mais a boca para introduzir a língua. Dave gemeu, quase desmoronando ao sentir o toque. Ele fez o mesmo, apesar de não fazer a mínima ideia do que estava fazendo, apenas seguindo sua liderança. 
Você tocou os cachos dele, tão macios como pelúcia, apoiando sua mão no maxilar dele, que se mexia conforme ele se aprofundava no beijo. Seu gosto era parecido com seu perfume, ele amava isso. Mas não tanto quanto você amava o gosto de Dave. Era como química, explosivo e com os ingredientes certos. 
O beijo foi quebrado naturalmente, ambos se olhando por entre os cílios, o calor evidente entre vocês que não precisava ser dito. Ainda estavam próximos, muito próximos. E como se chamasse para outra rodada, vocês se aproximaram para outro beijo. Dessa vez, a mão de Dave estava na sua cintura, quase na dobra do quadril. O tecido do vestido que amoldava seu corpo era macio nas mãos dele. Abençoado seja o design que fez poliéster cair tão bem em você. 
Sua outra mão sobrevoou para o ombro dele. Era firmes, forte, rígido de trabalho. Deslizou outra vez para a clavícula, entre o peitoral, até os biceps, apertando entre seus dedos. Era ainda melhor. E outra vez, vocês se afastaram. Ainda mais quente. Ardente. 
E você queria mais. 
Fechando os olhos outra vez, sua boca se abriu mais. Dave estava pegando o jeito da coisa, tendo mais coragem para marcar sua pele e puxar o lábio entre os dentes. Coisa que ele nem sabia que era capaz. Muito menos ser capaz de saber que seu corpo estava quente, com um cheiro celestial que, de alguma forma, ele sabia o que era. Você estava excitada. Tanto com ele. 
“Com licença, senhores.” A voz rouca da bibliotecária trouxe vocês de volta à realidade, como um balde de água fria. Aquele breve momento mágico foi interrompido, e os dois se afastaram instantaneamente, limpando as bocas com pressa, como se nada tivesse acontecido. “O que acham que esse lugar é, exatamente?”
“Uma biblioteca, senhora.” Dave respondeu rapidamente, abaixando a cabeça, tentando esconder a onda de vergonha que o tomava. Você, por sua vez, abaixava o rosto, buscando esconder o calor que subia pelas suas bochechas, se afundando um pouco na mesa.
“Bom, achei que fosse um motel, pela quantidade de suspiros e barulhos irritantes de beijo que estavam ecoando por aqui.” Ela zombou, balançando a cabeça com um ar de pura indignação. O olhar dela, cortante, parecia descer por vocês como uma lâmina.
“Não, senhora. Perdão. Não vai se repetir.” Dave pediu, a voz nervosa, a palma da mão suada, uma gota de suor escorrendo pela têmpora. Ele tentou controlar o tremor que ameaçava invadir sua voz, mas o constrangimento era mais forte.
“Bom, que não se repita.” A bibliotecária sibilou, se inclinando para analisar vocês dois com um olhar avaliador, como se estivesse a ponto de detectar mais algum erro. Ela então se virou e se afastou, seus sapatos de salto alto clicando pelo corredor, o som da cadeira indicando que ela se sentava em sua estação novamente.
Dave soltou o ar que estava segurando como se tivesse escapado de um pesadelo. Ele se jogou na mesa, apoiando a cabeça nos braços, e, por um instante, parecia que o mundo poderia continuar. Você virou a cabeça, e foi impossível para ele não notar o sorriso que se formava no seu rosto, mesmo com toda a vergonha ainda estampada.
“Achei que ia morrer.” Você sussurrou, a risada baixa escapando de seus lábios, abafada pela vergonha, mas impossível de conter.
“Nem me fala. Você só se abaixou e eu tive que enfrentar isso sozinho.” Ele sussurrou de volta, se aproximando de você, ainda sentindo a adrenalina da situação.
“Mon héro.” Você flertou com uma leveza desconcertante, seu cabelo caindo sobre o rosto de forma que parecia até colaborar com o pequeno segredo compartilhado entre vocês dois, o que fez Dave sorrir bobo, como se não pudesse acreditar que estava acontecendo.
“Ne pas faire d’omelette sans casser des oeufs.” Ele deu de ombros, arranhando seu melhor sotaque francês, tentando aliviar a tensão.
“Esse eu acho que entendi. Não se faz omelete sem quebrar os ovos.” Você respondeu com um sorriso, seus olhos brilhando ao ver o orgulho que surgiu nos olhos de Dave. Ele realmente tinha ensinado algo a você. Aquilo parecia… importante para ele.
“Je te drague là. [Estou te paquerando]” Ele piscou, como se o francês fosse a chave mágica para derreter qualquer vergonha que ainda restasse. E, para sua surpresa, estava funcionando.
“Tu me plais. [estou afim de você],” você confessou, mordendo seu lábio com um sorriso travesso, a sensação de estar flertando em francês deixando a conversa ainda mais eletricamente carregada.
“Sério?” Dave repetiu, os olhos brincando com os seus, completamente cativado pela forma como você o estava olhando.
Você se aproximou ainda mais, seus corpos quase se tocando, e os lábios dele tão próximos dos seus que podiam sentir o calor um do outro. “Tu es très sexy.” Você sussurrou com uma voz suave, mas cheia de significado, e, sinceramente, aquilo nem precisava de tradução.
“Ah, não continua falando assim não… S'il vous plaît,” ele pediu, os olhos se fechando ao sentir os dedos de você acariciando seu cabelo, um sorriso travesso se formando em seus lábios. “Je peux t’inviter à sortir? [posso te convidar pra sair?]”
“Oui, avec plaisir.” Você sorriu, os olhos brilhando de alegria enquanto se aproximava ainda mais, colocando um selinho rápido nos lábios dele.
Dave fechou os olhos, ainda sentindo o gosto do beijo no ar, e quando os abriu lentamente, ele não resistiu. Aproximou-se mais uma vez, devolvendo o beijo com a mesma intensidade, mas agora com a certeza de que nada seria o mesmo.
“Onde aprendeu essas frases?” Ele perguntou, seus olhos fixos nos seus, uma mistura de surpresa e admiração.
“Você não é o único a aprender francês para paquerar.” Você riu baixinho, provocando-o com o olhar. E, nesse instante, ele soube que não importava o quanto seu francês fosse imperfeito. Ele queria ser seu professor a vida inteira. Ou melhor, que você fosse a professora dele.
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nuwacoffeebreak · 7 months ago
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Pontuações em diálogos
Vamos ao café de hoje.
Além do travessão para sinalizar o discurso direto (fala real do personagem), temos algumas regras a seguir em relação a pontuações.
Antes de falar sobre elas, preciso esclarecer o que são verbos dicendi e sentiendi.
Os verbos dicendi são aqueles que apresentam a forma pela qual alguém se expressa. Por exemplo: disse, falou, contou, respondeu, perguntou, afirmou, repetiu, acrescentou, etc.
Já os verbos sentiendi são aqueles que expressam as emoções ou estados psicológicos do personagem. Por exemplo: balbuciou, gaguejou, suspirou, riu, exclamou, gritou, vociferou, lamentou, etc.
Dito isso, podemos prosseguir.
Quando um diálogo é seguido de uma narração que contém esses verbos (dicendi e sentiendi), o correto é não pontuar com o ponto final e iniciar a narrativa com letra minúscula.
Exemplos:
— Você está bem? — perguntei. — Eu acho que eles foram embora — ela disse. — Você precisa vir conosco — insisti. — O que acha de partirmos amanhã? — ele sussurrou. — Não temos mais novidades sobre o caso — a voz monótona do atendende repetiu.
No caso do diálogo seguido de uma narração sem os verbos dicendi e sentiendi, a fala deve ser pontuada (com ponto final, exclamação, interrogação, reticências) e a sequência deverá ser iniciada com letra maiúscula.
Exemplos:
— Temos que ir ali também. — Apontei para a loja. — Mas esta menina aqui... — Ele apontou para mim. — Você está bem? — Ouvi a preocupação na voz dela e me sentei na cama. — Sim. — Ele se virou. — Foi a minha esposa que me escreveu. — Pode deixar comigo. — A voz dele era suave. — Vou resolver isso. — Pronto. — Dá uma risada de satisfação. — Aí está.
Veja que nos exemplos a narração tem uma ação (um verbo) do personagem e não é sobre a fala dele. Ou então é uma descrição que não se relaciona diretamente com a fala.
Parece um pouco confuso a princípio, mas com a prática esse conhecimento se torna intuitivo.
A dica que eu dou é pensar o seguinte: o verbo da narração tem a ver com a fala? Explica como ela foi dita? Se sim, sem ponto final e letra minúscula.
Se o verbo não se relaciona com o que foi dito (ou seja, não expressa sobre a fala), então é pontuação e letra maiúscula.
Oskei? É isso por hoje ☕
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skzoombie · 8 months ago
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temas: angustiante, término de relacionamento e traição.
sinopse: você percebe seu noivo cada dia mais distante e possivelmente seja o momento de tomar uma decisão.
artista: carlos sainz
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Você estava com olhar fixo na parede cinza na sua frente, segurava uma taça na mão e estava com as pernas encolhidas no sofá macio. Quebrou o foco da parede quando escutou de longe o som da senha da porta de entrada sendo digitada, suspirou baixo e aguardou o noivo caminhar até o cômodo.
-Ainda está acordada? - questionou surpreso quando entrou no ambiente iluminado apenas por um abajur que ficava ao lado da televisão, você afirmou a pergunta com um movimento da cabeça.
-Fiquei esperando para a gente comemorar a assinatura do seu contrato juntos - justificou terminando de tomar o último gole de vinho que ainda estava na taça.
-Desculpa meu amor, o lando me convidou para jantar junto com ele e uns amigos - explicou caminhando para perto de você e sentando ao seu lado no sofá.
Você concordou com a cabeça e deixou a taça em cima da mesa de centro, por segundos passou os olhos pela vista do gramado e árvores que escondiam a casa toda de vidro, percebeu estrelas no céu e apreciou o som distante de trovões, sinalizando que a chuva começaria em minutos.
-Me conta como foi a sensação - pediu virando o olhar para ele novamente e quebrando o silêncio.
-Não sei como explicar, acho que na hora senti um pouco de indecisão e depois alívio - respondeu com o sotaque forte, já que era espanhol - Para a mídia eu sempre tentei parecer tranquilo com a situação, mas no fundo eu senti medo de não receber nenhuma proposta.
-No final você recebeu três propostas diferentes - acrescentou sorrindo fraco para ele e ambos concordaram com a cabeça.
-Sim, eu acho que quando me avisaram das propostas, senti algo revivendo dentro de mim, acho que foi quando percebi que ainda existem pessoas que acreditam no meu potencial.
-Equipe nova, vida nova e muitos mais - falou baixo e ele riu um pouco.
-Estratégias e posições mudam, mas nada muito gritante, já que vou correr nos mesmos países, com as mesmas pessoas e essas coisas - você riu baixo e afirmou com a cabeça.
O silêncio retornou e ambos ficaram apenas encarando a mesa de vidro que ficava no centro da sala.
-Carlos - chamou pelo nome e ele virou olhar aguardando que continuasse - Quando vamos voltar a trabalhar com a sinceridade?
-Como assim? - questionou confuso.
-Como foi o jantar com o lando? - perguntou ignorando a dele.
-Foi ótimo, fomos no seu restaurante favorito. - respondeu ainda confuso - O que você quis dizer com sinceridade?
-Carlos, primeiro acho que você esqueceu não vivemos na era das cavernas, segundo que meu restaurante favorito nem fica em Mônaco.
O homem virou o corpo completamente na sua direção, cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas surpreso com sua frase anterior.
-O que está insinuando?
-Não estou insinuando nada, estou apenas comentando fatos - falou com a voz tranquila e o corpo relaxado no sofá.
Tinha se preparado para essa conversa a semana inteira, os sinais estavam evidentes a muitos meses mas preferiu preparar o terrenos com provas antes de colocar a decisão na mesa.
-Lando ligou por vídeo chamada para a gente e avisou que iria passar a semana na Inglaterra com a família - acrescentou fechando com chave de ouro as provas implícitas que tinha apresentado.
Carlos suspirou alto e manteve o silêncio, não havia com o que retrucar, ele virou o olhar para a taça em cima da mesa e manteve por segundos.
-Você deve ter bebido muito, melhor a gente conversar amanhã - ele respondeu tentando pegar na sua mão.
-Não faça isso, não me trate como louca que vai ser pior - rebateu ainda calma - Não precisamos mais adiar essa situação.
-S/n - ele chamou com um tom de frustração e deixando sotaque em espanhol soar mais forte.
-Só me conta quando, quem e por quê - pediu suspirando.
Precisava dessa explicação, não queria acreditar que tinha sido uma falha própria, que talvez tenha deixado a desejar em alguns aspectos e não reparou de forma consciente.
-Isso vai doer em mim tanto quanto em você, vamos evitar esse sofrimento - ele falou fechando os olhos e juntando as mãos.
-Pode falar, eu já chorei o suficiente com tudo, estou preparada para escutar - justificou, surpreendendo carlos.
-Ano passado, eu tinha realmente saído para jantar com o lando e acabei encontrando uma conhecida dos meus primeiros anos de formula um - contou brevemente e baixou a cabeça com vergonha.
-Hum - concordou com a cabeça e continuo encarando ele - Eu fiquei por muito tempo me culpando, revivendo momentos nossos juntos e tentando encontrar alguma atitude horrível minha que tenha dado motivo para você.
-Não é culpa sua, por favor nem cogite pensar desse forma - ele falou pegando sua mão e olhando fundo nos seus olhos.
-Eu sei, ao contrário de você, eu consigo ter consideração pelos últimos três anos - começou a sentir lacrimejar e arder por estar segundo o choro.
-S/n, eu tenho consideração por nosso relacionamento, são anos formados por memórias inesquecíveis - justificou firme nas próprias palavras.
-Por que me pediu em casamento? Se meses depois estaria me traindo - começou a sentir as lágrimas caírem.
-O pedido foi sincero, eu amo você, por favor não duvida disso - disse quase implorando com o olhar.
-Não existe amor e traição na mesma frase, se você procurou uma pessoa fora, é porque não sentia mais nada por mim.
-S/n, por favor - ele falou baixo rezando para a conversa acabar - Eu já me culpei demais com a situação, ou você acha que fazia tudo com a consciência tranquila?
-Para retornar para casa e agir normalmente como fez agora pouco, você não me parece que sente tanta culpa assim - jogou na cara a situação anterior - Sabe Carlos, não tem mais amor nisso aqui, você só continuou comigo pelo conforto de ter alguém ao seu lado para a mídia sair da sua cola e ter fotos minhas no paddock.
-Acabou? - ele perguntou aumentando levemente o tom de voz - Por que é muito fácil jogar toda a culpa em apenas uma pessoa, sendo que a relação é entre dois.
-Sim, pode falar tudo, chega de ficar escondendo o que sente em relação a mim - provocou.
-Aquela vez que você e o charles..
-Sério isso? De novo essa mesma história que já foi desmentida por mim, por ele e você concordou que era algo da sua cabeça - respondeu com indignação - Isso parece ser uma situação que condiz com o meu caráter?
Carlos se manteve em silêncio e cruzou os braços novamente, agora apertando a região com força fazendo o peitoral e os músculos saltarem.
-Eu nunca tentei ficar com o Charles, ele nunca deu em cima de mim e nem se quisesse eu ficaria, ao contrário de vocês dois, eu sou fiel - finalizou.
Você finalmente levantou do sofá e caminhou até o corredor que levava a porta dos quartos, escutou Carlos caminhando logo atrás apressado.
-O que vai fazer? - ele perguntou.
-Vou pegar minhas coisas e ir embora - respondeu parando em frente a porta da suíte onde dormiam.
-Não, você não pode ir embora assim - ele retrucou segurando a maçaneta da porta com força e não permitindo que você abrisse.
-Carlos, abre a porta - falou tentando manter a calma.
-Não - ele respondeu firme.
-Para com isso, você sabe muito bem que é o fim - falou frustrada.
-Precisamos conversar com calma, você precisa me perdoar, eu fui um idiota - ele falava implorando.
-CARLOS, ABRE A PORRA DESSA PORTA, EU NÃO PERMITO QUE VOCÊ ATRASE MINHA VIDA AINDA MAIS. - gritou com o homem bem mais alto.
Pela primeira vez em todos esse anos presenciou o noivo chorando. Os olhos dele começaram a lacrimejar e as lágrimas caiam sem parar, ele ficou de joelhos no chão e abraçou suas pernas com força.
-Por favor, não sai da minha vida, você é o motivo para eu não ter desistido de tudo, de ainda acreditar em mim mesmo - falava ainda abraçado.
-Você quer saber como eu tive certeza de tudo? - perguntou para o homem que levantou a cabeça concordando e ficando em pé de novo.
Pegou o celular que estava no bolso de trás, abriu no aplicativo de mensagens e virou a tela para o noivo.
-Sua mãe me perguntando como você estava, já que não conversavam a meses - ele fechou os olhos e mexeu a cabeça em negação - Você teve a capacidade de usar a própria mãe para esconder a mentira, comentando que todas as ligações que receba de manhã cedo era dela.
-Eu não conheço mais você, parece outra pessoa - falou para ele e abriu a porta do quarto rapidamente.
Carlos ficou no corredor paralisado por segundos, suspirou alto e caminhou para dentro do quarto, sentou na cama e ficou observando você guardando as roupas dentro de uma mala.
-Carlos, eu chorei sem parar todas as madrugadas nos últimos três meses, acordava assustada e ficava no banheiro até a ansiedade cessar, mas nem isso mais você percebeu, vazio do outro lado da cama - comentou enquanto dobrava as roupas para caber todas.
-Desculpa, não sei mais o que dizer para você me perdoar - respondeu baixo.
Você finalizou de guardar tudo e fechou o zíper, soltou uma respiração leve e sentou na cama para pensar no que falar antes de ir embora para sempre.
O homem percebeu seu movimento e rastejou pela cama até deitar a cabeça no seu colo, você riu fraco e fez um carinho fraco no couro cabeludo dele.
-Eu espero que um dia encontre alguém muito especial, que lute por essa pessoa e nunca nem cogite procurar algo fora de casa - falava enquanto acariciava ele - Que leve essa experiência como uma certeza de que a sinceridade deve estar acima de tudo em uma relação. Nesse momento eu estou com raiva de você, mas ainda assim desejo que seja feliz um dia.
Carlos abraçou sua cintura, ficou chorando contra a região e molhou toda a sua camiseta. Ele ergueu a cabeça e ficou encarando você com aqueles olhos grandes, os fios de cabelo caindo no rosto e o peito fazendo movimentos rápidos.
Ele sentou na cama novamente, levou as mãos para os dois lados do seu rosto e aproximou o rosto de ambos. Tocaram os lábios fraco, roçaram levemente e depois iniciaram um beijo devagar, sem necessidade de pressa e apenas aproveitando o último contato.
Você o beijou, fechou os olhos sentindo ainda os lábios dele no seu, respirou fundo e abriu os olhos encarando o homem que estava parado apenas observando seus movimentos.
-Peço para buscarem o resto das coisas até o final da semana - respondeu, levantou da cama, pegou a mala e antes de seguir para porta, deixou um beijo na testa dele.
-S/n - ele sussurrou quase inaudível com o sotaque em espanhol marcante, enquanto apenas observava você seguir embora sem olhar para trás.
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trinitybloodbr · 4 months ago
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Trinity Blood - Rage Against the Moons Volume I - From the Empire ----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ -----------------
Não sabe por onde começar? Confira o Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!!!
Capítulo 3: Do Império
— Área de combate assegurada (Clear) ── Reescrevendo (Rewrite) o pensamento tático do modo de aniquilação (Genocide Mode) para busca e destruição (Search & Destroy).
Entre os escombros desmoronados, não restava nem sombra nem vestígio do homem de cabelos longos. Com mais de trezentos disparos diretos de projéteis de 20 mm, ele aparentemente havia sido literalmente obliterado.
— Relatório de Danos (Damage Report), Duquesa de Milão.
— Estou bem... Bom trabalho, Padre Tres.
Diante das palavras de reconhecimento de sua mestre, Tres fez uma reverência inexpressivo. Ele largou a metralhadora Gatling, que havia disparado todas as suas balas, no chão.
Parece que apenas aquele homem havia atacado a represa. Seria necessário examinar o cadáver em detalhes e investigar suas conexões. No entanto, no momento, a prioridade era conduzir a evacuação.
— ‘Iron Maiden’ está aguardando nos céus. Duquesa de Milão, recomendo que embarque o mais rápido possível.
— Por favor, façam embarcar as irmãs a bordo antes de mim... A propósito, qual é a situação de Sua Santidade?
— Crusnik e a Viscondessa de Odessa estão posicionados. Assim que o alvo aparecer, irão interceptá-lo e destruí-lo.
— Ótimo. Execução magnífica.
— !
Ao som de um aplauso exagerado, todos, exceto Tres, viraram-se.
— V-você...
Até mesmo a voz de Caterina estava rouca de puro temor. Diante do olhar silencioso e paralisado de todos...
— Francamente, não me deixarem nem ao menos cumprimentá-los... Que falta de consideração. Meu terno acabou se sujando, sabia?
Kämpfer sorriu amargamente e, com elegância, passou a mão pelos cabelos negros. Em seu rosto perspicaz, não havia sequer um arranhão das trezentas balas disparadas.
— Ah! Padre Tres. Acrescente isso ao relatório. O Conde de Zagreb já foi preso. A esta altura...
À voz serena sobrepôs-se um estrondo nada pacífico de disparos.
Tres, ainda de costas para todos, subitamente abriu fogo.
Jericho M ‘Dies Irae’ — O cano de treze milímetros da arma mirava, por debaixo do braço do padre, diretamente na testa do oponente. A cabeça, atingida em cheio por dois projéteis, deveria ter se transformado em uma massa disforme de carne. Porém...
— Um brinquedo grosseiro. Não tem um pingo de elegância.
Bem diante de seus olhos, os dois projéteis de chumbo pareciam suspensos no ar, como se estivessem colados à própria atmosfera. Kämpfer os observou com desgosto. Então, ergueu levemente a mão enluvada, e as balas caíram no chão com um pequeno ruído.
— Padre Tres, você é um homem competente, mas, infelizmente, ainda não compreendeu o verdadeiro significado do massacre... Muito bem. Permita-me lhe dar uma pequena lição.
O pentagrama bordado na luva do ’Mágier’ começou a irradiar um brilho vermelho sinistro.
— Diante de mim, Junges (Pro Mau Junges). Atrás de mim, Teletarcae (Obiko Mau Teletarcae). Na mão direita, a espada. Na mão esquerda, o escudo. Ao meu redor, o pentagrama brilha. Dentro da pedra, o hexagrama (Epi Dexia Xiphos Evaristella Aegisfuet El). ...Vinde, Espada de Belzebu!
Kämpfer apenas moveu a mão levemente. Não segurava nada ali. No entanto, no instante seguinte, a jovem freira que tremia ao lado de Caterina já não tinha mais a cabeça.
— I-Irmã Anna!
O rosto, ainda com traços infantis, mantinha os olhos arregalados em choque, enquanto repousava nas mãos de sua colega ao lado.
— N-nãããão!
— Não se mova, Irmã Rachel.
A freira, que acabara de lançar longe a cabeça de sua colega, virou-se em meio a um grito estridente e desesperado. Ignorando completamente a ordem de Tres, ela tropeçou nos próprios pés e correu em direção à porta...
— ......Amém.
No instante em que Kämpfer, ainda de costas, ergueu os lábios em um sorriso sarcástico, a irmã Rachel se dilacerou nas quatros direções — como um manequim quebrado, seus membros foram despedaçados, e os pedaços de carne e órgãos internos se espalharam pelo chão.
— !
Diante das mortes sucessivas de suas colegas, as freiras sobreviventes já não eram capazes nem mesmo de gritar. Pálidas como a própria morte, elas apenas se encolhiam, tremendo, contra o corpo da igualmente pálida Caterina.
— 'O medo da morte é mais detestável que a própria morte' — Schiller... Ah, não se mova, Padre Tres. Marionetes são entediantes. Afinal, você não possui sentimentos elevados como o medo, não é mesmo?
Sem sequer se virar, Kämpfer impediu o padre atrás dele de avançar.
— Não há graça nenhuma em destruir uma marionete mecânica. Medo, terror, tristeza... Que tal aprender um pouco com a ternura delas?
— Negative... Não temos tempo.
O rosto de Tres permaneceu inexpressivo enquanto fitava o cadáver caído. No entanto, mesmo sem qualquer inflexão, algo em sua voz oscilou, ainda que imperceptivelmente.
— Faltam aproximadamente trezentos segundos para a chegada dos reforços. Antes disso, preciso deletar você ── não temos tempo.
— ...Hoo.
Os olhos de Kämpfer, ao se virar, brilharam com um tom divertido. Enquanto ajustava meticulosamente as luvas em ambas as mãos, ele murmurou:
— Deletar a mim... foi isso que você disse?
— Positive...
Tres assentiu, e seu olhar se moveu ligeiramente. Ele passou os olhos, um por um, por Caterina, pelas freiras trêmulas e pelos cadáveres espalhados no chão de forma brutal, antes de continuar sua fala com um tom inexpressivo.
— Eu irei exterminá-lo ── nem os ossos restarão.
— Tente, se puder.
O combate se iniciou de forma abrupta.
O dedo de Kämpfer se ergueu levemente. No instante em que esse dedo apontou para o adversário, a sombra de Tres já havia desaparecido. Em seu lugar, o que surgiu no chão onde ele estava um segundo antes foi uma fissura afiada. A "espada" invisível perseguiu a sombra do alvo que saltou para cima, e desta vez perfurou profundamente o teto.
— De fato, rápido. Mas é só isso?
Os dedos de Kämpfer se moveram como as pernas de uma aranha. Conforme batiam e subiam e desciam sobre um teclado invisível, as fissuras que surgiram na parede expandiram-se como se fossem uma criatura bizarra. Serpenteando amplamente enquanto avançava velozmente, no instante seguinte, essa coisa capturou o padre, que corria pela parede, em suas mandíbulas.
— Acabou, 'Gunslinger'.
— ...0.03 segundos atrasado.
Murmurou Tres, e de repente sua mão direita quebrou.
Para ser mais exato, o pulso que segurava a pistola cedeu com um estalo. De dentro, surgiu a ponta de um bocal largo e de formato bruto.
O bocal ── o lança-chamas (Flame Launcher) expeliu uma chama de magnésio que atingia milhares de graus, descrevendo um círculo belíssimo. No anel de fogo azul-esbranquiçado, fios parecidos com longos cabelos brilharam prateados por um instante e desapareceram.
— Fios de fibra de carbono monomoleculares!
Gritou Caterina, em uma voz reprimida.
A Lost Technology de antes do Grande Cataclismo (Armageddon), os fios de fibra de carbono monomoleculares (Mono Carbon Fiber), são as fibras de carbono mais finas e resistentes já criadas, compostas por partículas bicristalinas de fulereno. Apesar de sua fraqueza contra o calor, esses fios são capazes de cortar até mesmo diamantes com facilidade e, dependendo de seu uso, podem se tornar verdadeiras armas invencíveis.
— Oh! Então a ‘Espada de Belzebu’ foi... Humph, nada mal. Mas, no fim das contas, você não passa de uma marionete.
Os lábios de Kämpfer se curvaram em um sorriso em forma de lua crescente.
A M13 de Tres estava apontada para ele. O cano da arma mirava com precisão o centro de sua testa.
Mas, por mais que fossem os projéteis 512 Máxima da M13, eles não poderiam perfurar o seu ‘escudo’. As balas refletidas, pelo contrário, deveriam se voltar contra seu próprio mestre e atingir sua testa...
No campo de visão do risonho Kämpfer, duas feras rugiram. Mandíbulas de aço escancararam presas de treze milímetros de diâmetro.
— É inútil, balas não me atingem.
— Acertei.
As falas de ambos estavam corretas.
O "Escudo de Asmodeus" — as balas, desviadas pelo intenso campo eletromagnético, giraram exatamente cento e oitenta graus. No entanto, na linha de tiro, a figura de Tres já não estava mais lá. No instante do disparo, o padre se lançou ao solo, e o projétil passou raspando por sua cabeça, continuando seu curso para além — atingindo a parede corta-fogo de aço em um ângulo raso. Transformado em ricochete, o disparo então acertou a lâmina da espada de um dos guardas, que estava cravada no chão. E seu próximo destino...
— ....!
Quando recuou, fazendo seus cabelos negros balançarem, as mãos de Kämpfer — junto com as luvas — haviam sido completamente arrancadas. Observando-as rolarem pelo chão sem derramar uma única gota de sangue...
— Realmente, você é um homem inacreditável.
Kämpfer balançou a cabeça, não em estado de choque, mas sim como se estivesse genuinamente exasperado. Disparar já prevendo o ricochete e sua trajetória subsequente...
— Parece que o título de 'Gunslinger' não é apenas para enfeite. Assim como o meu 'Mágier'.
— O-o que... é aquilo...!?
Das freiras, ergueu-se um grito sufocado.
O 'Mágier' parecia, de repente, ter encolhido. Não — ele não havia encolhido. Suas pernas, da altura dos joelhos para baixo, haviam desaparecido.
— Perder uma habilidade dessas seria um desperdício... tive uma ideia interessante.
Mesmo enquanto era engolido pela própria sombra caída no chão, a voz de Kämpfer permanecia completamente calma. Ele alternava o olhar entre o impassível Tres e o rosto pálido de Caterina.
— Tenho certeza de que nos encontraremos novamente em breve. Quando a roda do destino se fechar, vocês terão a honra de serem sacrifícios excepcionais...
Quando finalmente despertou do choque e recobrou a razão, Caterina já não via mais Kämpfer — seu corpo havia desaparecido até o pescoço.
— O que está fazendo? Atire, Gunslinger!
— ......
Mas Tres não reagiu. Algo deslizou de seu corpo enquanto ele dava um passo lento para trás.
— Pa-Padre Tres!
Com um som pesado, os dois braços cortados na altura dos ombros caíram no chão. O agente caiu de joelhos, enquanto um jorro torrencial de fluido circulatório subcutâneo se espalhava. Diante daquela cena, Caterina arregalou os olhos.
— Agora estamos quites. Nada de ressentimentos, Padre Tres... Bem, senhoras e senhores, com isso me despeço (Auf Wiedersehen).           
Agora, da sombra do 'Mágier', que havia engolido completamente a imagem real, ressoou uma risada baixa.
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— ...Isso conclui meu relatório. Além disso, o Conde de Zagreb está atualmente sob escolta. Creio que chegará dentro de um ou dois dias.
  〈Bom trabalho.〉
  Do trono flutuante, a Imperatriz Augusta dirigiu palavras de reconhecimento à jovem ajoelhada além do véu de seda. Sua voz, eletronicamente modulada, desceu sobre a sala do trono carregada de um peso grave e imponente.
  〈Então, Viscondessa de Odessa... Sobre o colaborador do “outro lado” mencionado em seu relatório, como foi?〉
 — Q-Quando diz 'como foi', o que exatamente quer dizer?
 Do outro lado do véu cerimonial, o rosto da viscondessa permanecia oculto sob os cabelos brancos caídos. No entanto, a Imperatriz Augusta não deixou de notar o leve enrijecimento dos ombros reverentes.
 〈Perguntei se ele foi útil. Você parece ter feito um relato consideravelmente elogioso, não?〉
— N-não foi elogio nenhum! Apenas... para um Terran, ele era surpreendentemente útil... Se desejar, posso adicionar mais detalhes ao relatório.
 〈...Não, isso não será necessário. Seria um peso para mim, impor mais esforços para ti. Agradeço-te. Retira-te e descansa.〉
 — Ha! Com licença, retiro-me.
 〈Descansa com tranquilidade... Hum, ele continua o mesmo de sempre.〉
 Assim que a figura esguia da Viscondessa de Odessa desapareceu da sala do trono, o sudare (cortina de bambu) se ergueu suavemente. Na sala agora vazia, uma pequena sombra, sentada sozinha no trono, foi banhada por uma luz suave. A figura espreguiçou-se profundamente e, com uma voz clara e cristalina — totalmente diferente da que usara instantes atrás — murmurou baixinho.
 — Aquele cara ainda está do lado dos humanos... Mas, se for assim, talvez seja melhor não brigar com o Vaticano agora. Se fosse só ele, tudo bem, mas tornar os dois nossos inimigos ao mesmo tempo... isso, por mais que seja, seria um problema sério, né?
Sentada no trono, seus olhos cor de jovem folhagem brilhavam com um toque travesso. Ela era uma garota que não parecia ter mais do que a primeira metade da adolescência. Seu rosto, emoldurado por um cabelo preto curto e desalinhado no estilo brunet, era de uma beleza de tirar o fôlego. Seus membros esguios, finos como arames, davam a impressão de fragilidade, mas sua expressão, transbordando vitalidade, lembrava a de um felino selvagem pouco acostumado à presença humana.
A garota — 'Imperatriz Augusta’ Vladika — tirou o grande chapéu e, sobre o trono flutuante, deitou-se de lado com um giro despreocupado.
— Mas, falando nisso, aquele cara também, viu... Ainda continua leal à mulher do passado e fica do lado dos terrans. E o mais estranho é que ele faz sucesso com as mulheres... Devia logo procurar outra... Astharoshe é uma ótima recomendação! Se eu fosse homem, com certeza não a deixaria passar. Não mesmo!
O sistema de ventilação da sala de audiências recriava o ambiente das florestas do Canadá antes do Grande Cataclismo (Armagedon) — aquela saudosa floresta verdejante no início do verão. A brisa refrescante, impregnada com o aroma de clorofila, e o canto dos tordos que ali eram criados soltos criavam uma sensação indescritivelmente agradável.
— Aaah! E agora, o que eu faço? Desde sempre, todas as encrencas acabam sobrando pra mim. Sério, não aguento mais isso.
A voz resmungona da garota foi ficando mais baixa até sumir por completo.
No lugar das palavras, de seus lábios entreabertos escapou uma respiração tranquila. Sobre o peito que subia e descia suavemente, um tordo pousou delicadamente.
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— Vim buscá-lo, Graf (Conde).
— Oh! Kämpfer!
O velho vampiro olhou para o homem que estava do outro lado da porta de ferro, com um olhar suplicante. Para onde teria ido o carcereiro? Nem sua sombra, nem seu rastro podiam ser vistos.
— V-Você veio me salvar, não foi? Bom trabalho!
            — Estou honrado. Por favor, acompanhe-me até o convés. O dirigível está à sua espera.
— U-Um...
Endre saiu do porão com o peito estufado e olhou ao redor. Havia cerca de cinquenta tripulantes nesta embarcação, mas o interior do navio estava completamente silencioso.
— O que aconteceu com a tripulação?
— ......
            Kämpfer apenas deu de ombros levemente. A atitude insolente daquela Terran o incomodou um pouco, mas...
“...Bem, que seja.”
Endre conteve a si mesmo.
Se fosse escoltado ao Império, sofreria um destino pior que a morte. Apenas ter sido resgatado já era motivo suficiente para se dar por satisfeito.
 — Mas estou um pouco enfraquecido...
No instante em que sentiu alívio, a sede ressurgiu. Não exigia luxo algum. Um marinheiro sujo e desgrenhado, qualquer um serviria. Não havia uma presa humana por perto? Porém, além do homem de cabelos longos que caminhava à sua frente, não havia sinal de vida na embarcação.
”...Nesta situação, talvez eu devesse me contentar com este sujeito?”
Lançando um olhar faminto às costas do homem, Endre ergueu os lábios em um sorriso discreto.
Se parasse para pensar, já não tinha mais uso para ele.
Por ora, precisaria permanecer escondido. Nesse caso, quanto menos pessoas soubessem de sua existência, melhor. Ele fora útil de várias formas, mas deixar um figurante vivo só para que bagunçasse o palco depois seria problemático...
— Ah! A propósito, Vossa Excelência...
Como se tivesse lido os pensamentos de Endre, a voz partiu das costas que caminhavam à sua frente.
— Meus parabéns pelo feito desta vez. Foi uma exibição admirável de habilidades.
— Do... do que está falando?
— Escondendo os dentes afiados, Endre forçou um sorriso – enquanto, por dentro, estalava a língua em frustração e se fazia de desentendido.
— Algo digno de celebração aconteceu?
— Não se faça de desentendido. Naturalmente, estou falando do caso de Veneza... Aquilo foi um sucesso espetacular.
— P-Pare de me provocar!
“Esse desgraçado... Está zombando de mim!?” 
Mas, sem sequer virar-se para o vampiro que, tomado pela fúria, mostrava os dentes, Kämpfer apenas balançou a cabeça em silêncio.
— Provocando? De forma alguma. O plano foi um grande sucesso. Com isso, o Império e o Vaticano acabaram por formar uma aliança temporária. É um resultado do qual se pode estar satisfeito, não acha?
— O que disseste!? O que queres dizer com isso!?
— O que não existe, não pode ser destruído, mas aquilo que existe pode ser quebrado... É isso que quero dizer. Esse incidente serviu como um excelente gatilho para a cooperação deles. Até mesmo um pervertido que só sabe atormentar os fracos pode ser útil, dependendo de como for usado.
— In-insolente!
Seu belo rosto se contorceu de maneira grotesca.
— Tu, um mero terran, ousas erguer tua voz contra mim!?
Expondo até as gengivas enquanto rugia, Endre estendeu suas garras afiadas em direção às costas do insolente terran...
— ......Ah?
Mas as garras do velho vampiro cortaram apenas o vazio. Algo fez a ponta de seus pés tropeçar... Não, não era isso. Algo havia agarrado seus pés.
— O-o que é isto!?
Ao baixar os olhos para o chão, Endre soltou um gemido.
A sombra longa de Kämpfer, estendida no corredor — era ali que seus pés estavam afundando.
— A-a minha perna...!
Era como se tivesse sido jogado em alcatrão ou em um pântano sem fundo. O corpo do jovem, debatendo-se desesperadamente, afundava cada vez mais no chão — não, mais precisamente, na sombra caída do Mágier que estava ali.
Enquanto observava a cena pelas costas, Kämpfer acendeu o cigarro fino que segurava entre os lábios.
— Isso me causa problemas, sabe? Não posso deixar que um figurante continue bagunçando as coisas... Antes que o protagonista faça sua grande entrada, o palco precisa estar devidamente arrumado.
— O que... o que diabos és tu!?
O corpo do jovem já estava imerso na sombra até o peito. Usando todos os músculos de seu rosto para expressar o terror, Endre soltou um gemido sufocado.
— Kämpfer! Seu desgraçado, o que...! 
No entanto, nenhuma outra pergunta jamais seria feita. O rosto, distorcido além do ponto de não manter mais sua forma original, afundou na escuridão, e apenas uma pequena mão projetada no chão se contraiu, como se tentasse agarrar algo no último instante. Mas mesmo ela logo foi engolida pela sombra.
— Que bela lua... ’Nesta doce noite, cercado pelos espíritos das estrelas, eis que surge a Rainha da Lua em seu trono. Contudo, na terra não há luz’. – Keats.
Depois disso, como se nada tivesse acontecido, Kämpfer ergueu o olhar. No céu do sul, brilhavam lado a lado uma grande lua cheia e, ligeiramente menor e deformada, a “lua dos vampiros”.
Certamente, a noite em que o mundo terminar será uma noite de lua tão bela quanto esta. E, sem dúvida, esse dia não está tão distante.
— Que bela noite... realmente, uma bela noite.
O Mágier lançou seu cigarro fino ao mar, enfiou as mãos nos bolsos e voltou a caminhar pela noite.
FROM THE EMPIRE(FIM)
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Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!
Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
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leinielly · 26 days ago
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Drawing Yuichi once again! My style has evolved a lot lately.
Desenhando o Yuichi mais uma vez! Meu traço evoluiu bastante ultimamente.
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🇺🇸: I added some things that the fandow added to it, like these red circles on the underside of his eye, I honestly think it's very beautiful, it adds charm, I want to hug whoever had this idea first because it was brilliant!
🇧🇷: Aderi a algumas coisas que o fandow acrescentou nele, como essas olheiras vermelhas na parte de baixo do olho dele, eu sinceramente acho isso muito lindo, deu um charme, quero abraçar quem teve essa ideia primeiro porquê foi genial!
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lagrya · 2 months ago
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Imagine Mingyu
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O palco estava tomado por uma energia vibrante. Depois da apresentação conjunta, os idols ainda não haviam descido completamente da euforia. Diversos grupos se misturavam, interagindo e trocando sorrisos, enquanto os flashes das câmeras capturavam momentos espontâneos. A internet, sem dúvida, já estava fervilhando com vídeos e fotos daquele encontro raro.
S/N, em um canto, estava próximo aos membros do Stray Kids, rindo enquanto Hyunjin fazia gestos exagerados, imitando um movimento de dança que deu errado no palco.
— Eu só tentei criar um momento icônico, tá bom? — Hyunjin disse, segurando o riso. — Não é culpa minha se você estava na trajetória, S/N.
— "Trajetória"? Isso é um jeito bonito de dizer que quase me atropelou — S/N respondeu, balançando a cabeça com um sorriso.
Felix, ao lado, apontou para Hyunjin com uma expressão teatral de indignação.
— Claro, Hyunjin, como se você fosse o centro do palco o tempo todo.
— Não finja que não é verdade! — Hyunjin rebateu, piscando para Felix, o que arrancou mais risadas do grupo.
Enquanto isso, Sunghoon e Jungwon, do Enhypen, se aproximaram, atraídos pela conversa animada. Sunghoon, com uma garrafa de água na mão, olhou diretamente para S/N.
— O que está rolando aqui? Parece divertido — ele comentou, com um sorriso que mostrava interesse genuíno.
— Estamos descobrindo que o Hyunjin tem talento pra atropelar pessoas no palco — S/N explicou, apontando para Hyunjin, que agora colocava as mãos na cintura, fingindo indignação.
Jungwon franziu o rosto, como se estivesse processando a informação.
— Isso explica por que ele quase me acertou na última música — ele comentou, com um ar de falsa seriedade.
— Ei! Vocês estão fazendo eu parecer o vilão aqui! — Hyunjin protestou, cruzando os braços. — Não vou aceitar calado!
— Fica tranquilo, Hyunjin, sua reputação de ícone está intacta — S/N disse, com um sorriso provocativo.
— Exatamente. Você só precisa ter cuidado com sua "trajetória" da próxima vez — Sunghoon acrescentou, acompanhando o tom.
A conversa continuava leve e animada, enquanto outros idols se aproximavam aos poucos. Era o tipo de interação que não se via com frequência, e a mistura de grupos só tornava tudo ainda mais interessante. 
O momento de euforia coletiva começava a se acalmar. Um a um, os idols recuavam para fora do palco, acenando calorosamente, jogando beijos e fazendo reverências de despedida para os fãs que ainda gritavam com entusiasmo. S/N agora estava ao lado de Sunoo, ambos rindo alto de uma piada que Sunoo havia feito sobre Ni-ki, que estava alguns passos à frente, alheio ao motivo da risada.
— Você está exagerando, Sunoo! Ele nem é tão desastrado assim! — S/N disse, segurando a barriga de tanto rir.
— Não é? Da próxima vez, eu gravo! — Sunoo respondeu entre gargalhadas.
A distração foi o suficiente para que S/N não percebesse o fio mal posicionado próximo à borda do palco. O tropeço foi inevitável. Em questão de segundos, ele perdeu o equilíbrio, sentindo o vazio ameaçar sob seus pés. A adrenalina disparou, e um grito de surpresa quase escapou, mas não houve tempo para isso.
Braços fortes o envolveram rapidamente, puxando-o para trás com firmeza. O impacto o fez colidir contra um peito sólido, quente, e o cheiro amadeirado de um perfume familiar preencheu seus sentidos. Ofegante, S/N levantou os olhos, encontrando-se a poucos centímetros do rosto de Mingyu.
Os dois ficaram imóveis por um instante que pareceu uma eternidade. O palco e o som dos aplausos ao fundo desapareceram, deixando apenas a tensão entre eles. S/N sentia o coração disparar como se quisesse escapar do peito. Mingyu o segurava pela cintura com firmeza, os olhos castanhos tão intensos que S/N não conseguiu desviar o olhar.
— Você está bem? — Mingyu perguntou, a voz baixa, mas carregada de preocupação.
— E-eu... sim. Obrigado — S/N respondeu, a voz quase um sussurro.
Mingyu ainda não havia afrouxado o aperto, e o sorriso que se formou no canto dos lábios dele foi ao mesmo tempo reconfortante e enervante para S/N. Era como se o mundo tivesse parado para eles, e tudo ao redor não passasse de um borrão distante.
Sunoo, que havia testemunhado a cena, soltou um pigarro alto, quebrando o momento.
— Uau, S/N, que maneira dramática de chamar atenção — ele provocou.
S/N piscou rapidamente, como se voltasse à realidade, e tentou se afastar, embora Mingyu demorasse um segundo a mais para soltá-lo.
— É, bem... Eu não fiz isso de propósito — S/N respondeu, tentando disfarçar o rosto quente.
Mingyu deu um passo para trás, mas seus olhos permaneceram fixos nos de S/N por mais alguns segundos antes de finalmente se virar. O momento havia terminado, mas o coração de S/N ainda parecia correr uma maratona.
S/N suspirou enquanto se acomodava contra a porta da van, o rosto ligeiramente inclinado para o lado, os olhos perdidos em pensamentos. O estacionamento estava silencioso, quebrado apenas pelos sons ocasionais de passos apressados ou vozes distantes. Ele estava distraído, revivendo a cena no palco. O toque firme de Mingyu em sua cintura, o olhar intenso, o calor que ainda parecia pairar sobre sua pele.
— Que droga... — murmurou para si mesmo, passando a mão pelo rosto. — Ele nem é tão especial assim.
Mas a verdade é que, em questão de segundos, Mingyu havia deixado seu coração em um estado que nem S/N sabia explicar. Era como se ele tivesse sido transportado para um daqueles clichês de colegial, onde o protagonista se apaixonava perdidamente pelo capitão do time de futebol no primeiro encontro. Ele riu, balançando a cabeça.
— Ridículo — disse a si mesmo, mas a lembrança insistente do sorriso de Mingyu fazia suas palavras soarem pouco convincentes.
Como se atraído pelos próprios pensamentos, ele ouviu passos firmes se aproximando. Seu coração, ainda sensível, começou a bater mais rápido, uma ansiedade familiar surgindo em seu peito. S/N olhou para o reflexo na janela escura da van, e sua respiração ficou presa por um momento.
Uma figura alta e reconhecível caminhava em sua direção, iluminada pelas luzes fracas do estacionamento. O rosto era inconfundível: Mingyu.
S/N se endireitou automaticamente, o coração agora martelando de verdade. O que ele estava fazendo ali? Não era como se eles fossem próximos o suficiente para que Mingyu tivesse um motivo para procurá-lo. Ainda assim, ali estava ele, as mãos nos bolsos, caminhando com uma confiança descontraída que fazia S/N sentir o rosto esquentar.
Quando Mingyu chegou mais perto, ele parou ao lado da van, abaixando-se levemente para ficar na altura de S/N. Um sorriso leve brincava nos lábios dele.
— Achei que ainda estivesse aqui — disse, a voz baixa e cheia de calma, como se eles já tivessem tido mil conversas antes.
S/N piscou, tentando organizar os pensamentos bagunçados.
— E-eu... meu manager foi pegar algo no camarim. Ele pediu pra eu esperar aqui — respondeu, torcendo para que sua voz não parecesse tão nervosa quanto ele se sentia.
Mingyu inclinou a cabeça levemente, ainda com aquele sorriso fácil.
— Eu vi você saindo, mas não tive a chance de falar antes. Está tudo bem? Não se machucou? — Ele se referia claramente ao quase acidente no palco.
S/N ficou em silêncio por um momento, surpreso com a preocupação na voz dele.
— Ah... não, eu estou bem. Você me salvou a tempo — respondeu, um sorriso pequeno escapando sem que ele percebesse.
— Ainda bem. Não queria ser o culpado por algo no seu primeiro dia de desmaio teatral — Mingyu brincou, piscando para ele, o que fez S/N soltar uma risada fraca.
— Pelo menos teria sido um jeito memorável de encerrar a noite — ele devolveu, tentando parecer mais à vontade do que realmente estava.
O silêncio que se seguiu não foi desconfortável, mas carregado de uma tensão sutil que ambos podiam sentir. Mingyu se endireitou, tirando as mãos dos bolsos.
— Bom, fico feliz que esteja bem. Mas, da próxima vez, tenta não tropeçar — ele disse, o tom brincalhão.
— Vou tentar, mas você ainda vai me salvar, certo? — S/N respondeu sem pensar, mordendo o lábio logo depois, percebendo o que havia dito.
Mingyu riu, o som profundo e genuíno.
— Sempre — respondeu antes de dar um leve aceno e se afastar, deixando S/N encarando as costas dele enquanto desaparecia no estacionamento.
S/N suspirou, encostando a cabeça na van novamente. O que exatamente estava acontecendo com ele naquela noite?
S/N estava sentado na cama do hotel, os cabelos ainda úmidos do banho quente que ele havia tomado. Vestindo roupas confortáveis e enrolado no cobertor, ele olhava para a tela do celular, analisando o cronograma do dia seguinte. A agenda estava lotada: gravações, sessões de fotos e até um desfile para uma marca famosa à noite.
— Isso vai ser uma loucura... — murmurou para si mesmo, suspirando enquanto passava os dedos pelos cabelos.
Mas sua atenção se desviou quando o celular vibrou em suas mãos. Uma mensagem de um número desconhecido havia chegado. Ele franziu a testa, hesitando antes de abrir.
Mensagem: "Oi, espero que não se assuste com um número desconhecido."
S/N leu e releu, um pouco desconfiado. Quem poderia ser? A ideia de ser algum fã que conseguiu seu número o deixou levemente apreensivo.
Mensagem: "Sou eu, Mingyu. Peguei seu número com o Sunoo. Tudo bem?"
O coração de S/N quase parou. Ele piscou algumas vezes, como se não acreditasse no que estava lendo. Mingyu...? Por que ele estaria mandando mensagem? E como assim ele tinha pedido seu número ao Sunoo?
S/N mordeu o lábio e após alguns segundos encarando a tela, ele finalmente respondeu:
Mensagem de S/N: "Ah, oi. Não esperava uma mensagem sua. Tudo bem sim, e você?"
Quase imediatamente, a resposta chegou.
Mensagem de Mingyu: "Que bom. Eu só queria ter certeza de que você chegou bem. Hoje foi um dia longo."
S/N sorriu involuntariamente. Ele não sabia exatamente o que pensar sobre Mingyu estar preocupado com ele, mas não podia negar que havia algo reconfortante na atitude dele.
Mensagem de S/N: "Cheguei bem, sim. Obrigado por perguntar. E você? Já está descansando?"
A resposta veio com a mesma rapidez, como se Mingyu estivesse esperando por isso.
Mensagem de Mingyu: "Estou no meu quarto já, mas descansando é um termo forte. Eu só queria te dizer que foi bom te ver hoje, mesmo que por acidente."
S/N sentiu o rosto esquentar. Ele riu baixinho, colocando a mão na testa. Como Mingyu conseguia deixá-lo tão sem palavras com mensagens simples?
Mensagem de S/N: "Foi bom te ver também. Mas, convenhamos, você salvou meu dia, literalmente."
Dessa vez, a resposta demorou um pouco mais. Quando chegou, foi direta e fez o coração de S/N disparar ainda mais.
Mensagem de Mingyu: "Então acho que vou ter que cuidar pra você não tropeçar de novo. Ou vou precisar de uma desculpa nova pra te ver de novo."
S/N encarava a tela do celular como se ela tivesse acabado de se transformar em uma bomba prestes a explodir. A mensagem de Mingyu continuava lá, iluminando o quarto escuro.
Ele passou a mão pelo rosto, o coração martelando. Por que Mingyu tinha que ser tão... direto? Ele mordeu o lábio, tentando decidir o que responder, enquanto o celular vibrava de novo.
Mensagem de Mingyu: "Espero que não esteja achando isso estranho. Só achei você interessante. E queria conversar mais, se você não se importar."
"Interessante?" S/N murmurou para si mesmo, como se testasse a palavra na boca. Ele sabia que era um dos rostos mais populares no momento, mas ouvir isso de Mingyu, alguém tão charmoso e confiante, era algo completamente diferente.
Ele digitou uma resposta, apagou, digitou de novo. Finalmente, depois de um momento de hesitação, enviou:
Mensagem de S/N: "Não acho estranho... Só não esperava que você quisesse conversar comigo depois do que aconteceu hoje."
A resposta de Mingyu foi quase imediata, como se ele estivesse esperando ansiosamente.
Mensagem de Mingyu: "Por que não? Você parece uma boa pessoa, e além disso, eu não poderia ignorar o garoto que literalmente caiu nos meus braços. Destino, talvez?"
S/N soltou uma risada alta, jogando a cabeça para trás. Ele tinha que admitir que Mingyu sabia como provocar uma reação. Mesmo assim, tentou manter o tom leve na resposta.
Mensagem de S/N: "Destino ou azar de tropeçar no palco? Acho que prefiro a segunda opção."
Mensagem de Mingyu: "Azar pra você, sorte pra mim."
S/N arregalou os olhos, sentindo o calor subir pelo pescoço até o rosto. Ele não estava preparado para isso. Por mais que tentasse, não conseguia evitar o sorriso bobo que se formava em seus lábios. Depois de alguns segundos, digitou com os dedos ainda trêmulos:
Mensagem de S/N: "Você é sempre assim direto ou é só comigo?"
Dessa vez, houve uma pausa. Quando a resposta veio, foi tão simples quanto eficaz:
Mensagem de Mingyu: "É só com você."
S/N colocou o celular de lado, pressionando o rosto contra as mãos e quase gritando contra elas. Ele tentou se acalmar, mas o celular vibrou de novo. Relutante, ele pegou o aparelho e viu outra mensagem.
Mensagem de Mingyu: "Boa noite, S/N. Não vou te atrapalhar mais, mas espero que a gente se fale de novo. Quem sabe até se veja de novo... Sem tropeços, dessa vez."
S/N respirou fundo, digitando uma resposta rápida antes de desligar o celular e encará-lo como se fosse uma arma carregada.
Mensagem de S/N: "Boa noite, Mingyu. Até a próxima... e sem tropeços, eu prometo."
Ele jogou o celular na cama e caiu de costas, encarando o teto do quarto. O que diabos tinha acabado de acontecer? Ele estava em um flerte via mensagens com Kim Mingyu. E o pior de tudo era que ele não queria que isso terminasse.
A manhã seguinte começou antes mesmo do sol nascer para S/N. O som insistente do despertador ecoava pelo quarto, e ele, ainda com os olhos fechados, tateou até silenciá-lo. Ele mal havia dormido, em parte pela agenda lotada, mas também porque os pensamentos sobre Mingyu haviam insistido em permanecer vivos em sua mente durante boa parte da noite.
Com um suspiro cansado, ele se levantou, se arrastando para o banheiro. O dia mal havia começado, e ele já sentia o peso da exaustão. Depois de um banho rápido e um café da manhã apressado enviado pelo serviço de quarto, S/N estava a caminho de seu primeiro compromisso do dia: uma gravação de um programa de variedades.
08h00 No estúdio, as luzes fortes e os rostos sorridentes não deixavam margem para pausas. Entre takes, entrevistas rápidas e brincadeiras no set, ele manteve sua expressão impecável e seu sorriso brilhante para as câmeras.
— S/N, pode refazer essa entrada? — pediu o diretor pela terceira vez. — Claro, sem problemas! — ele respondeu com a mesma energia de antes, apesar de sentir o cansaço começando a pesar em seus ombros.
11h30 Do estúdio, S/N foi direto para uma sessão de fotos com uma famosa marca de roupas. O local era movimentado, cheio de fotógrafos, stylists e assistentes correndo de um lado para o outro. Ele trocou de roupa incontáveis vezes, cada uma mais apertada ou elaborada que a anterior.
— Mais um clique, S/N. Perfeito, segura esse olhar! — elogiava o fotógrafo enquanto S/N mantinha a pose.
Por dentro, ele só queria se jogar no sofá mais próximo e fechar os olhos por cinco minutos.
14h00 Após uma breve pausa para almoço — que consistiu em sanduíches e suco de caixinha no carro —, ele seguiu para uma entrevista ao vivo em uma rádio. Lá, as perguntas fluíram, e S/N fez o possível para se manter espirituoso, mesmo quando as perguntas começaram a tocar na interação da noite anterior.
— Então, S/N, vimos alguns vídeos de você no palco ontem. Parece que Mingyu foi o herói da noite, hein? — comentou o locutor com um sorriso malicioso.
— Ah, sim... Foi só um pequeno tropeço. Ele foi muito gentil. — S/N respondeu com um sorriso nervoso, desviando o olhar.
16h00 A tarde se transformou em uma corrida entre gravações, ensaios e reuniões rápidas com a equipe de planejamento. Seu telefone vibrava ocasionalmente no bolso, mas ele mal tinha tempo de checar as mensagens. Ele sabia que os fãs e amigos estavam enviando palavras de apoio, mas tudo parecia uma névoa enquanto ele seguia de um compromisso para o outro.
20h00 Chegando ao desfile noturno, S/N foi levado direto para a sala de maquiagem e preparação. O ambiente era frenético: modelos apressados, estilistas ajustando roupas de última hora e maquiadores finalizando detalhes.
— Você está incrível, S/N! — elogiou uma das estilistas enquanto ajeitava a gola de sua jaqueta.
Ele sorriu agradecido, mas por dentro já contava os minutos para o fim daquele dia interminável.
22h00 Quando o desfile finalmente acabou, S/N sentiu como se um peso tivesse sido tirado de suas costas. Ele ainda precisou posar para algumas fotos e agradecer aos organizadores, mas, ao finalmente entrar na van que o levaria de volta ao hotel, sentiu-se desmoronar no assento.
O celular vibrou em seu bolso, e, com um suspiro, ele o pegou para checar.
Mensagem de Mingyu: "Sobreviveu ao dia? Ou vai tropeçar no caminho para o quarto agora?"
S/N riu baixinho, sentindo o cansaço dar lugar a uma pequena chama de alívio.
Mensagem de S/N: "Por um milagre, sobrevivi. E você? Alguma missão de resgate hoje ou estou seguro?"
A resposta veio rápido, como sempre:
Mensagem de Mingyu: "Por enquanto, você está seguro. Mas se precisar, é só chamar."
S/N encarava o celular após enviar a mensagem, um misto de ousadia e arrependimento correndo em suas veias. Ele tinha digitado rápido, quase sem pensar:
Mensagem de S/N: "Bom, eu meio que preciso de você agora."
Assim que a mensagem foi entregue, ele se jogou para trás no banco da van, cobrindo o rosto com as mãos. "Que ideia idiota," ele pensou. Era claro que Mingyu ia levar isso como uma brincadeira, se é que responderia. Mas então o celular vibrou.
Mensagem de Mingyu: "É só me mandar o endereço. Vou tentar chegar o mais rápido possível."
S/N arregalou os olhos, sentindo o estômago dar um salto. Ele riu nervosamente, digitando uma resposta hesitante.
Mensagem de S/N: "Não precisa exagerar. Estou só brincando. 😂"
Mensagem de Mingyu: "Eu não estou."
Com o coração acelerado, S/N digitou o endereço do hotel e enviou. "Ele só está zoando," pensou. "Não tem como ele realmente vir até aqui." Mesmo assim, a ideia de Mingyu aparecer o deixou inquieto. Quando chegou ao hotel, tomou um banho rápido, tentando afastar os pensamentos que insistiam em pairar sobre Mingyu.
Vestindo roupas confortáveis, ele se jogou na cama, pronto para apagar, mas, no momento em que fechou os olhos, o telefone do quarto tocou. Ele demorou um segundo para atender, confuso.
— Alô?
— Senhor S/N? Temos um visitante aqui na recepção. Ele se identificou como Kim Mingyu. Podemos liberá-lo para subir? — perguntou a recepcionista, com um tom educado.
S/N congelou, sentindo o coração disparar. Mingyu veio mesmo.
— Ah... sim, claro. Pode liberá-lo. — Ele respondeu, tentando manter a calma na voz, mas por dentro estava em pânico.
Ele desligou, encarando o telefone por um segundo. "O que ele tá fazendo aqui? Ele não estava brincando?" Levantando-se às pressas, S/N olhou ao redor, verificando se o quarto estava minimamente apresentável. Não que ele tivesse tempo para grandes ajustes — a batida na porta veio antes que ele pudesse fazer qualquer coisa.
Caminhando até a porta com o coração na garganta, ele a abriu lentamente, e lá estava Mingyu, encostado no batente, usando um moletom simples e um sorriso que fazia o mundo parecer desacelerar.
— Eu disse que vinha, não disse? — Mingyu falou, cruzando os braços com um olhar divertido.
— Eu achei que você estava brincando! — S/N respondeu, a voz um pouco mais alta do que pretendia.
Mingyu deu uma risada baixa, balançando a cabeça.
— Eu não costumo brincar quando o assunto é você. Então, posso entrar?
S/N ficou sem reação por um momento antes de abrir mais a porta e dar espaço. Mingyu entrou, seu perfume suave e presença avassaladora preenchendo o quarto.
— Então... o que você precisava de mim? — Mingyu perguntou, virando-se para S/N com um olhar que misturava curiosidade e provocação.
S/N sentia as mãos suarem enquanto olhava para Mingyu parado à sua frente. Porra, ele realmente tinha vindo. E agora? As palavras pareciam travadas na garganta, e tudo o que ele fazia era encarar Mingyu, os olhos denunciando o quanto estava perdido na situação.
O silêncio se estendeu, mas Mingyu não parecia incomodado. Pelo contrário, ele sorria. Um sorriso calmo, quase divertido, como se achasse adorável o jeito nervoso de S/N.
— Você é tão fofo... — Mingyu murmurou, a voz baixa e rouca, enquanto dava um passo à frente.
S/N arregalou os olhos ao sentir a presença dele se aproximar, o coração disparado como se estivesse prestes a explodir. Mingyu era mais alto, e agora pairava sobre ele, o olhar intenso fazendo cada nervo do corpo de S/N entrar em alerta.
— F-fofo? — S/N conseguiu balbuciar, sentindo as bochechas queimarem.
— Fofo demais pra resistir... — Mingyu completou, o tom quase um sussurro.
Antes que S/N pudesse processar o que estava acontecendo, Mingyu inclinou-se, fechando a distância entre eles. Os lábios dele encontraram os de S/N em um beijo firme e quente, mas ao mesmo tempo gentil, como se quisesse testar as águas antes de se aprofundar.
S/N ficou imóvel por um segundo, o choque o congelando, mas então seus olhos se fecharam, e ele se entregou ao momento. A intensidade do beijo foi crescendo, as mãos de Mingyu se posicionando na cintura de S/N, segurando-o com firmeza, enquanto S/N sentia suas próprias mãos subirem automaticamente até os ombros largos de Mingyu.
Era surreal. Era como se o mundo ao redor tivesse desaparecido, deixando apenas os dois ali, conectados de uma maneira que S/N nunca imaginou que poderia acontecer.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes, e S/N encarava Mingyu, os lábios ligeiramente entreabertos.
— Você... me beijou. — Ele disse, ainda processando o que tinha acabado de acontecer.
— E eu faria de novo, se você deixar. — Mingyu respondeu, o olhar brilhando de algo entre desejo e ternura.
Mingyu mal teve tempo de processar o olhar determinado que S/N lançou antes de sentir as mãos dele agarrando sua camiseta. Com um movimento rápido e decidido, S/N o puxou para mais perto, colando seus lábios nos de Mingyu novamente.
O impacto foi diferente desta vez. Não havia hesitação ou timidez; era puro atrevimento, algo que Mingyu claramente não esperava. Ele ficou surpreso por um segundo, os olhos arregalando ligeiramente, mas logo se deixou levar, um sorriso surgindo entre o beijo enquanto respondia com ainda mais intensidade.
As mãos grandes de Mingyu deslizaram pela cintura de S/N, apertando-o contra si, enquanto ele aprofundava o beijo, dessa vez com mais paixão. O calor entre eles era palpável, como se o ar ao redor tivesse ficado mais denso. Mingyu podia sentir o coração de S/N disparado através do tecido fino da camiseta, e isso só o provocava ainda mais.
— Você é mesmo ousado, hein? — Mingyu murmurou contra os lábios de S/N quando finalmente se separaram por um instante para respirar. O sorriso em seu rosto era malicioso, mas os olhos brilhavam de admiração e diversão.
— E você não é? — S/N respondeu de imediato, surpreendendo até a si mesmo com o tom desafiador.
Mingyu riu, uma risada baixa e rouca que fez o estômago de S/N revirar. Ele não respondeu com palavras; em vez disso, deslizou os dedos pelo rosto de S/N, segurando seu queixo delicadamente antes de puxá-lo para outro beijo, dessa vez mais lento, mais provocador, como se quisesse mostrar que ele também sabia ser ousado.
A tensão entre eles crescia a cada segundo, e o quarto parecia pequeno demais para conter a eletricidade no ar. Mingyu afastou os lábios por um instante, apenas o suficiente para encarar S/N com aquele olhar intenso que fazia as pernas dele ficarem bambas.
— Se você continuar assim, eu não vou mais querer ir embora. — Mingyu avisou, a voz carregada de diversão, mas também de algo mais sério, como se estivesse testando os limites de S/N.
— Então não vá. — S/N respondeu, o rosto quente, mas sem desviar o olhar, sua ousadia inesperada claramente afetando Mingyu mais do que ele imaginava.
S/N despertou lentamente, os olhos piscando contra a luz suave que filtrava pelas cortinas do quarto. Ele sentiu o peso confortável de um braço sobre sua cintura e percebeu que seu corpo estava completamente enredado ao de Mingyu. Por um momento, ele pensou que estava sonhando, mas a realidade rapidamente tomou conta quando ele virou a cabeça e viu o rosto sereno de Mingyu, os cabelos levemente bagunçados, os lábios relaxados em um leve sorriso enquanto dormia.
"Porra..." S/N pensou, a ficha finalmente caindo. Ele tinha conhecido Mingyu há o quê? Dois dias? E já tinham ido para a cama. Uma risada nervosa escapou de seus lábios. Se contasse isso para alguém, com certeza diriam que ele estava maluco. Mas, ao mesmo tempo, a lembrança da noite anterior o fazia sentir arrepios.
Ele tentou se mover com cuidado, mas o braço firme de Mingyu o puxou de volta, apertando-o contra o peito largo e quente. S/N sentiu o rosto queimar ao perceber como Mingyu parecia confortável e seguro mesmo dormindo. E, droga, era impossível não notar como a figura nua e imponente dele parecia uma obra de arte, mesmo naquela vulnerabilidade do sono.
"Como alguém pode ser tão desgraçadamente bonito?" S/N pensou, mordendo o lábio para não rir alto. Era como se cada detalhe dele — desde os ombros largos até as linhas suaves do rosto — tivesse sido esculpido para ser uma tentação constante.
S/N tentou desviar o olhar, mas era impossível. Seu coração acelerava só de pensar no que tinham compartilhado, em como Mingyu o tinha feito se sentir na noite passada. Não era só físico; havia algo na maneira como Mingyu o olhava, como tocava, que fazia S/N se sentir desejado, como se ele fosse especial.
Mas agora, na luz do dia, as dúvidas começavam a surgir. "O que acontece a partir daqui?" ele se perguntou. Não sabia se Mingyu esperava algo mais, ou se tudo isso era apenas um momento passageiro.
Como se sentisse que estava sendo observado, Mingyu murmurou algo baixinho antes de abrir os olhos lentamente. Ele piscou algumas vezes, ajustando-se à claridade, antes de soltar um sorriso preguiçoso ao ver S/N tão perto.
— Bom dia... — Mingyu disse, a voz rouca de sono, o sorriso ampliando-se enquanto seus dedos traçavam círculos preguiçosos na cintura de S/N.
S/N tentou disfarçar a própria timidez, mas falhou miseravelmente, desviando o olhar.
— Bom dia... — respondeu, a voz baixa.
Mingyu riu, inclinando-se para deixar um beijo suave no cabelo de S/N.
— Algum arrependimento? — ele perguntou, a voz carregando uma nota de curiosidade genuína, mas também de preocupação.
S/N olhou para ele, vendo a sinceridade nos olhos escuros de Mingyu, e balançou a cabeça.
— Não... nenhum.
E naquele momento, ele sabia que, mesmo que a situação fosse confusa, estar nos braços de Mingyu parecia certo.
A relação entre S/N e Mingyu se desenvolveu de forma tão natural quanto inesperada. Depois daquela primeira noite, eles começaram a se encontrar sempre que as agendas lotadas permitiam, mas de forma discreta. Afinal, ambos sabiam o peso de suas carreiras e o impacto que um relacionamento público poderia causar. No entanto, isso não impedia Mingyu de ser descaradamente provocador sempre que tinham a chance de interagir em eventos.
— Você fica tão lindo sob essas luzes, S/N... Mas prefiro como você fica sem nada. — Mingyu sussurrava com um sorriso malicioso enquanto passava por S/N no corredor de uma premiação, próximo o suficiente para que só ele ouvisse.
S/N, tentando manter a compostura, o encarava com uma mistura de repreensão e nervosismo. Mas, por dentro, ele sabia que gostava daquela atenção. Especialmente porque, longe dos olhos curiosos, era ele quem provocava.
As trocas de mensagens entre os dois ficavam cada vez mais quentes. S/N, que inicialmente parecia mais tímido, revelou um lado ousado que Mingyu não imaginava. Fotos sugestivas, com pouca ou nenhuma roupa, chegavam ao celular de Mingyu em momentos estratégicos — especialmente quando ele estava longe e não podia fazer nada a respeito.
"Está com saudades?" S/N escrevia, acompanhando a mensagem com uma foto dele na cama, apenas parcialmente coberto pelo lençol, deixando à mostra o suficiente para enlouquecer Mingyu.
Mingyu não demorava a responder: "Saudades de arrancar esse lençol de você, isso sim. Vou aí resolver isso agora."
E ele realmente ia. Não importava o horário ou o cansaço, Mingyu aparecia no quarto de S/N, trancando a porta atrás de si e puxando-o para seus braços antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
As noites eram intensas. Mingyu fazia questão de tomar controle, conduzindo cada momento com uma mistura de paixão e domínio que fazia S/N perder completamente a cabeça. Os gemidos de S/N enchiam o quarto, seus dedos agarrando os lençóis ou os ombros de Mingyu enquanto ele entregava tudo de si.
— Você é tão safado, sabia? — Mingyu murmurava contra a pele de S/N, suas mãos deslizando possessivamente pela cintura dele.
S/N, ainda ofegante, sorria malicioso, puxando Mingyu para mais perto. — Só com você.
E assim, a dinâmica entre eles se fortalecia. Em público, eles eram colegas e amigos, sempre mantendo uma distância estratégica. Mas, nos bastidores, em quartos de hotel ou em mensagens trocadas durante a madrugada, eles eram apenas S/N e Mingyu, entregues um ao outro de todas as formas possíveis.
CENA BONUS UM
A confirmação do nível do relacionamento entre eles para S/N, veio de forma inesperada, e talvez um pouco mais intensa do que o planejado. Durante um programa de variedades, S/N, sempre carismático e despreocupado, acabou se sentando inocentemente no colo de Jackson enquanto todos brincavam e riam. A interação pareceu inofensiva para os outros, mas para Mingyu, que assistia do outro lado do palco, a cena foi como um gatilho. O sorriso dele permaneceu no rosto, mas seus olhos entregavam um misto de ciúmes e possessividade.
Quando a gravação terminou e eles voltaram ao hotel, Mingyu estava estranhamente silencioso. S/N notou isso imediatamente quando Mingyu entrou em seu quarto sem dizer uma palavra, fechando a porta com mais força do que o necessário.
— Mingyu? Está tudo bem? — S/N perguntou, a preocupação evidente na voz. Ele se aproximou, mas Mingyu apenas o encarou por alguns segundos antes de cruzar os braços.
— Você acha que aquilo foi normal? — Mingyu finalmente disse, sua voz perigosamente calma.
S/N piscou, confuso. 
— Aquilo o quê?
— Você. Sentado no colo do Jackson como se fosse a coisa mais natural do mundo. — A voz de Mingyu agora estava mais firme, e ele deu um passo à frente, encurtando a distância entre eles. — Você acha que isso é apropriado quando você tem um namorado?
S/N arregalou os olhos, percebendo onde aquilo estava indo. 
— Eu... Eu não pensei que fosse algo tão sério assim. Estávamos só brincando!
Mingyu balançou a cabeça, seu olhar fixo nos olhos de S/N. 
— Você não pensou. Mas eu pensei. Porque você é meu, S/N. Só meu.
O ar parecia pesado no quarto, e antes que S/N pudesse responder, Mingyu o puxou para um beijo intenso, cheio de necessidade e uma possessividade que fez S/N estremecer.
Mingyu o empurrou suavemente até a cama, sua presença dominando completamente o espaço. 
— Acho que você precisa de uma pequena lembrança de quem é seu namorado agora... e a quem você pertence.
— Namorado?
—  Sim, S/N. Namorado. Com todas as letras.  
A noite foi uma tempestade de emoções e sensações. Mingyu estava determinado a marcar seu território, a deixar claro para S/N que ele não era apenas um caso passageiro. Ele o fodeu com uma paixão feroz, repetindo em seu ouvido:
— Você é meu, S/N. Só meu. — Suas mãos seguravam a cintura de S/N com firmeza, estocando violentamente no calor apertado e reconfortante dele, enquanto o garoto se agarrava a ele, completamente absorto no prazer.
Quando S/N pensou que Mingyu tinha terminado, ele o surpreendeu, segurando-o pelo quadril e o colocando em posição para cavalgar.
— Sua vez agora. Mostre pra mim, S/N. Mostre que você é meu.
Os gemidos de S/N ecoaram pelo quarto, seus movimentos desajeitados no começo, mas logo guiados pelas mãos firmes de Mingyu, que não tirava os olhos dele por um segundo.
— Quem é seu namorado, S/N? — Mingyu perguntou, a voz baixa e rouca.
— Você... Só você, Mingyu! — S/N respondeu entre respirações ofegantes, completamente dominado pelo momento.
Naquela noite, qualquer dúvida que pudesse ter existido sobre o relacionamento deles foi dissipada. Mingyu tinha feito questão de deixar claro que, no coração e no corpo, S/N pertencia apenas a ele.
CENA BONUS DOIS
O dia começou como qualquer outro para S/N e Mingyu, com agendas lotadas e horários apertados. Ambos estavam trabalhando em uma parceria musical que, até então, deveria ser mantida em sigilo. As gravações no estúdio foram intensas, mas o momento em que estavam sozinhos nos bastidores foi o que capturou mais atenção — infelizmente, não apenas a deles.
No estacionamento do estúdio, longe das câmeras oficiais, mas não dos olhos atentos de um paparazzi, Mingyu não conseguiu conter o desejo de roubar um momento mais íntimo com S/N. Pressionando-o contra a parede do prédio, seus lábios encontraram o pescoço de S/N, enquanto suas mãos deslizaram audaciosamente por dentro da camisa do garoto.
— Mingyu, estamos no estacionamento... — S/N sussurrou, claramente nervoso, mas sem a menor intenção de afastá-lo.
Mingyu sorriu contra a pele de S/N, mordendo levemente antes de murmurar: 
— E daí? Você sabe que não resisto a você.
S/N mordeu o lábio, tentando abafar qualquer som que pudesse escapar, mas o flagrante foi inevitável. Um fotógrafo, escondido estrategicamente, capturou o momento em uma imagem que não deixou dúvidas sobre a intimidade entre eles.
No dia seguinte, a foto estava em todas as redes sociais, acompanhada de manchetes sensacionalistas: "Kim Mingyu e S/N em momento quente no estacionamento: romance confirmado?"
S/N quase derrubou o celular ao ver a notícia. Ele andava de um lado para o outro no quarto do hotel, claramente surtando.
— Meu Deus, Mingyu! Todo mundo está vendo isso! — Ele exclamou, jogando o celular na cama. — Minha equipe vai me matar... Os fãs... E se isso acabar com nossas carreiras?
Mingyu, sentado calmamente na poltrona, olhou para S/N com um pequeno sorriso, completamente relaxado.
— Você está exagerando, S/N. — Ele levantou e se aproximou, segurando os ombros de S/N para acalmá-lo. — Eles iriam descobrir mais cedo ou mais tarde. Além disso, você acha que vou deixar isso nos atrapalhar?
— Exagerando? Mingyu, todo mundo viu!. — S/N gesticulou, o rosto ainda vermelho de vergonha. — Você não se importa?
Mingyu riu, inclinando-se para beijar suavemente a testa de S/N. 
— Não, eu não me importo. Eu te amo, S/N. E se o mundo sabe disso agora, melhor ainda.
As palavras de Mingyu fizeram o coração de S/N disparar. Ele queria protestar, dizer que ainda era arriscado, mas a determinação nos olhos de Mingyu e o conforto de suas palavras o fizeram parar.
— Você... me ama? — S/N perguntou baixinho, quase sem acreditar no que ouviu.
— Claro que sim. E eu não vou deixar que algo tão bobo quanto uma foto nos impeça de viver isso.
O silêncio entre eles foi quebrado pelo som do celular de S/N, provavelmente outra mensagem da equipe, mas ele ignorou. Olhou para Mingyu, sentindo uma onda de alívio e carinho misturada com o medo que ainda o acompanhava.
— Eu só... não sei lidar com isso. — S/N admitiu, sua voz quase um sussurro.
Mingyu segurou o rosto de S/N entre as mãos, seus polegares acariciando suavemente as bochechas dele.
— Então, deixa que eu cuido disso. — Ele sorriu. — Estamos juntos nisso, lembra?
Apesar da situação, o coração de S/N se acalmou. Ele sabia que, com Mingyu ao seu lado, poderia enfrentar qualquer coisa — até mesmo os holofotes intensos do mundo que agora sabia sobre eles.
CENA BONUS FINAL
O burburinho na internet não parou desde o momento em que a foto de S/N e Mingyu foi revelada. O mundo estava obcecado pela confirmação do novo casal, que não demorou para dominar as manchetes. As redes sociais explodiram, os fãs estavam em polvorosa e até mesmo as empresas dos dois começaram a aproveitar a onda de popularidade.
Como se fosse uma jogada de mestre, logo após o vazamento da foto, a proposta de um dueto surgiu. A música seria uma balada romântica, algo que refletia tanto a relação deles quanto o momento que estavam vivendo. A química entre os dois na música foi palpável, e logo o single foi lançado.
"You & Me", o nome da música, rapidamente se tornou um sucesso estrondoso. Com uma letra profunda e melodias apaixonadas, a faixa não só conquistou fãs antigos, mas também novos admiradores. Em poucos meses, a música atingiu um bilhão de reproduções nas plataformas de streaming, quebrando recordes e se tornando uma das mais tocadas do ano.
A parceria entre eles não foi só musical, mas também profissional. Juntos, receberam diversos prêmios em cerimônias de premiação, sendo aplaudidos não apenas pela sua música, mas pela relação aberta que tinham, algo que inspirou muitos.
Em uma dessas cerimônias, enquanto subiam ao palco para receber o prêmio de "Melhor Dueto do Ano", S/N e Mingyu estavam mais nervosos do que pareciam, embora o sorriso de ambos fosse genuíno. A platéia estava vibrando com a presença dos dois, e todos os olhos estavam voltados para eles enquanto subiam ao pódio.
Mingyu, o mais espontâneo de sempre, pegou o microfone primeiro e sorriu para S/N, seus olhos brilhando com carinho.
— Eu sei que a gente costuma ser privado, mas... — Ele olhou para S/N com um sorriso travesso. — Esse momento é especial demais para não ser compartilhado com todos, não é?
S/N, ligeiramente envergonhado, olhou para Mingyu com uma leve risada nervosa, pegando o microfone. 
— É, você tem razão. — Ele disse, a voz um pouco mais suave, mas cheia de gratidão. — Não há nada mais especial do que estar aqui, com alguém tão incrível ao meu lado.
Mingyu sorriu, apertando a mão de S/N enquanto o olhava com admiração.
— Eu só quero agradecer a você, S/N. Não só por ser um parceiro incrível nessa música, mas por ser alguém que me faz mais feliz do que qualquer coisa no mundo. — Mingyu fez uma pausa, olhando profundamente nos olhos de S/N. — Eu te amo, e estou muito orgulhoso de tudo o que conquistamos juntos.
O público se derreteu com as palavras sinceras de Mingyu. S/N, que ainda estava em choque com o tamanho da demonstração pública de afeto, sorriu tímido, mas seu olhar refletia a mesma intensidade de amor.
— Eu também te amo, Mingyu. E eu nunca imaginei que a minha vida fosse tomar um rumo tão inesperado, mas você... você me fez acreditar que vale a pena ser corajoso. — S/N olhou para o público e então voltou seu olhar para Mingyu. — Eu sou muito grato por tudo que estamos vivendo.
A multidão aplaudiu em êxtase. Era impossível não ver a conexão verdadeira entre os dois, e a música romântica que haviam criado não era apenas uma expressão artística, mas um reflexo de seus sentimentos. A sinceridade deles tocava a todos na sala.
Enquanto o prêmio era entregue a eles, S/N olhou para Mingyu com um sorriso cheio de promessas silenciosas, como se dissesse "Este é apenas o começo." Mingyu, com a mão entrelaçada à dele, respondeu com o mesmo sorriso, o mesmo sentimento. E, naquele momento, parecia que o mundo inteiro estava ao seu favor.
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