#Transtorno dissociativo de identidade
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criticandocriticas · 2 years ago
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Perfect Blue (パーフェクトブル - 1997)
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Direção: Satoshi Kon
Produção: Hiroaki Inoue
Roteiro: Sadayuki Murai
Nota: Oi pessoal, tudo bom? Eu tenho episódios depressivos e acabo sumindo, mas eu estou de volta. Não desistam de mim.
Minha alma otaku está voltando e o ultimo desenho que eu assisti deu tanto gatilho, que eu tinha que assistir outros para lembrar porque eu gostava desse tipo de filme/série, então se prepare, que até que eu me lembre, vou falar muito sobre o assunto. Eu já tinha assistido "Perfect Blue", quando eu tinha uns 18 anos, e sinceramente, eu amei essa obra prima do terror psicológico que inspirou outros filmes como "Cisne Negro" de Darren Aronofsky, que nós já falamos na resenha de "A Baleia", e ainda na minha pesquisa, descobri que ele também se inspirou pra fazer "Requiém para um Sonho", comprando até os direitos! Mágico.
"Perfect Blue" é baseado numa novel com o mesmo nome, escrito por Yoshikazu Takeuchi que conta a história de Mima, uma Idol japonesa que está no processo de sair desse trabalho de cantora pop para fazer trabalhos mais adultos de atriz. Quando ela começa esse trabalho, Mima começa à desenvolver uma série de problemas psicológicos que nos fazem ficar sem saber o que é realidade enquanto a protagonista sente o mesmo. A partir daqui podem conter gatilhos para pessoas sensíveis, então fique por sua conta e risco. Não digam que não avisei!
Apesar de muita gente amar o trabalho, achar super difícil e complexa a história, eu tenho uma má notícia: Não é. "Perfect Blue" apesar de jogar um monte de semiótica na sua cara, a história por trás é muito clara se você não sair procurando pelo em ovo. Eu tenho que avisar que eu estudei semiótica na faculdade e continuei estudando muito, porque é um assunto que me apaixona demais. Óbvio que essa parte de referências, coisas escondidas, uso de cores e tudo mais é muito bonito e bem colocado, mas apesar de ser um filme muito lindo, ele não é complexo como a maioria fala. Nem tudo que tem elementos de semiótica é complexo, aliás, todo filme tem esses elementos, vocês só não procuram. "Psicose" de Hitchcock mesmo, é um exemplo gritante, é super simples mas cheio de semiótica e foi até objeto de estudo na minha faculdade.
A questão é que qualquer leigo assistiria o filme e entenderia que a história fala sobre a deterioração da saúde mental de Mima e outros personagens. Eu não sei se vocês conhecem o contexto da vida dos Idols no Japão, mas é importante entender que isso é muito importante pra a compreensão da história. As Idols são contratadas muito novas e elas precisam ter uma imagem impecável para o público. Por trás de todo aquele glamour e carinhas angelicais, tem uma pressão enorme em ser e parecer inocente, intocável (e intocada). Todas essas meninas (e acho que os meninos também) assinam um contrato em que uma das cláusulas é não ter um relacionamento amoroso ou sexual com ninguém e isso acontece porque a maioria das pessoas que seguem esses artistas são principalmente homens adultos que vêm elas como um fetiche de mulher perfeita que eles gostariam de casar. Basicamente esse é o produto vendido, mas óbvio que eles mascaram falando que é para dar um bom exemplo para a juventude e etc. Mas a gente sabe que não é bem assim e a gente viu algo parecido em "Happy Sugar Life".
Quando essas meninas não são mais meninas, é muito comum que elas abandonem a carreira de Idol. Se forem famosas e amadas o suficiente, se comportaram bem durante o tempo de contrato, conseguem algum emprego de atriz ou, se tiverem sorte, uma carreira solo de sucesso. Raros são os exemplos de alguém que envelhece e continua cantando pop no Japão, como a Kyary Pamyu Pamyu (30), mas ali a gata já tá em outro nível de divindade. No caso da protagonista de "Perfect Blue", Mima conseguiu um contrato como atriz num papel mais adulto e mesmo não querendo ir por esse caminho, ela aceitou. Só que ela construiu toda uma persona baseado no que esperavam dela e quando essa persona não tinha mais sentido em existir, a atriz desabou e perdeu a sua identidade. Acho legal comparar com a história da Miley Cyrus que foi por muitos anos uma menina Disney, fez a personagem "Hannah Montana" e um dia não tinha mais idade para essa série e foi obrigada a encarar o mundo real e adulto. Segundo a mesma, Miley precisou passar por todo um processo para conseguir se encontrar como pessoa e como artista.
Quando a mais nova atriz começa as gravações, percebe-se o nervosismo e o desespero em não saber mais quem é. Então, logo na segunda cena gravada nesse filme novo, Mima precisa performar uma cena de estupro. Nesse momento a vida dela começa a desandar e entramos na onda da perda gradual da personalidade, o diretor não deixa claro se ela foi mesmo estuprada ou se apenas se sentiu violentada, mas o fato é que a protagonista não estava só perdendo a sua identidade como artista pura e intocável, ela perdia também sua própria identidade e começa a ter apagões. Quando finalmente sua imagem infantil é manchada, a ex Idol se vê fazendo um ensaio fotográfico sensual, o que é bastante problemático, a sociedade inteira sexualiza esse estupro. Parece absurdo, mas é o que mais vemos na vida real: cenas de violências em geral contra mulheres sendo sexualizadas, fetiches sendo jogados na sua cara sem mesmo você perceber e consentir. Sexo vende, fetiches vendem e você não têm ideia de como vendem.
Paralelo a tudo isso, começam à acontecer alguns assassinatos, todos ligados à pessoas que trabalham com a Mima e que a violentaram de alguma forma. Além desse fato, nos é mostrado um blog chamado "O quarto da Mima" que é um diário da sua vida, que inclusive falam coisas muito pessoais, que só ela poderia saber. A protagonista chega até a se assustar com o site e fica paranoica, como existe um stalker na história, ficamos de início tentando palpitar se é esse cara que está perseguindo ela, se é ela escrevendo ou se é uma terceira pessoa que ainda não temos ideia de quem é.
Em um momento do filme, as coisas começam a ficar confusas porque não da para entender o que é real e o que é da cabeça da ex Idol, e o Satoshi Kon ainda joga uma cena do filme de uma doutora dizendo que ela tem transtorno dissociativo de identidade (o famoso multiplas personalidades) o que confunde tudo. Aquilo ali é real ou só uma cena do filme de Mima? Eu sinto que ninguém prestou muita atenção, é que tudo que parece errado e que trás um desconforto, tá errado. É muito claro com o stalker, por exemplo, que tem um rosto estranho, os olhos tortos e separados, mas não é só esse personagem que é assim. Os que são considerados "doentes" tem um aspecto mais deformado e por não causarem tanta estranheza quanto o perseguidor obcecado, passam despercebidos, então, quem assiste fica surpreso no final. Você consegue lembrar de alguém muito importante na história que passa esse sentimento e que te surpreendeu?
Se você pensou na Rumi, que é aparentemente uma das produtoras, acertou em cheio. Ela tem um rosto mais deformado, olhos muito separados e é a pessoa que mais se incomoda com o rumo da carreira de Mima. A mulher reclama o tempo todo, não quer deixá-la fazer a cena violenta, sai do estúdio chorando e revoltada com o que estava vendo, como se estivesse vivenciando toda a experiência. Spoiler: Era isso mesmo, na cabeça dela, em muitos momentos, Rumi vive indiretamente a vida de Mima, quando dissocia, se torna a Mima que ela idealizou e passa cometer os assassinatos em nome da honra da sua persona.
Sobre os elementos de semióticas, é aí que conseguimos reparar porque acham tão complicado. Satoshi Kon joga muito com espelhos e a cor vermelha, como você consegue ler ou assistir em qualquer lugar, mas ele também joga com cores sóbrias em muitos momentos. Essa é a realidade. Não se trata apenas da cor vermelha presente nas cenas de violência ou para passar o sentimento de que algo está errado, ele também identifica quando as personagens estão tendo um episódio dissociativo, enquanto as cores sóbrias mostram a realidade. No final, sabemos que todas as cenas do filme dentro da história foram reais e a grande protagonista era Rumi com seu alter ego, Mima era só uma atriz fazendo o que foi mandado e tendo seus momentos de psicose e sofrimento paralelos ao enredo principal.
A verdade é que a maioria das pessoas prestaram atenção maravilhadas à somente os elementos de semiótica e esqueceram da história. Eu disse que era simples, é linear. A história fala sobre duas mulheres em processo dissociativos por traumas e sobre a pressão de ser quem os outros esperam delas. E sinceramente, eu nunca pensei que um filme de 97 fosse tão atual como agora com todas essas personas que inventamos para que possamos ser aceitos e amados nas redes sociais ao mesmo tempo que esperamos das personas de outras pessoas. Muitas vezes deixamos de ser nós mesmos em busca de aprovação, criamos o tempo todo máscaras para cada ambiente que convivemos: uma pessoa mais séria no trabalho, uma mais divertida e maluquinha com os amigos, outra mais responsável e amorosa na frente da família. Mas quem nós somos de verdade? Você tem sido você mesmo ultimamente?
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kuramauzumaki18-blog · 2 years ago
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Então, assisti Moon knight hoje e percebi que tenho muito a falar sobre essa série.
Principalmente sobre os personagens de Oscar Isaac dos quais eu tenho muitos headcanons.
Então , em primeiro lugar, eu não acredito que tenha sido o Marc a comprar um falso Gus para o Steven no primeiro episódio, na verdade acho que ele nem lembrava do peixinho. Acho que o responsável por Steven não morrer de tristeza pelo Gus foi o Jake.
Pensem comigo, Jake está sempre escondido dos meninos, mas ele aparentemente é o responsável pela segurança deles (Steven é responsável pelo sentimental do Marc e Jake do corpo do Marc.), então imagino que após as missões de Konshu, Marc estaria acabado de cansaço e simplesmente apagaria, Jake assumiria o comando e voltaria para casa onde iria refazer todo o ritual maluco do Steven apenas para olhar para o aquário e pensar "hijo de puta, Marc matou Gus." Então ele sairia do apartamento correria na loja e pediria por um peixinho sem a barbatana, a mulher diria que não tem, exatamente como falou para Steven, e como ele estava muito cansado Jake apenas aceitaria o falso Gus e voltaria para casa onde cairia na cama e passaria o controle para Steven.
Acredito também que o Jake nunca esqueceria o ocorrido com Gus. Depois que eles se conhecessem Jake seria simplesmente insuportável com Marc, ele ama o cara, óbvio, mas não quer dizer que o assassino de peixinhos pode simplesmente esquecer disso. Então a cada vez que eles discutem um com o outro Jake grita "Cállate ! Tu asesino de peces!" E Marc "Eu já pedi desculpas! Supera aquele peixe, Jake!" E Jake e Steven não voltariam a falar com ele até ele pedir desculpas porque o Gus era da família e Jake também gostava muito dele.
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pluralidadesinfinitas · 2 months ago
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[PT-BR translation]
Normalizem amar a pluralidade. Não só a sua.
Normalizem abraçar novos associados em potencial em outros sistemas como algo positivo até que seja dito o contrário. Normalizem ouvir "acho que tem um cara novo aqui" e responder com "Nossa! Quer falar com ele?" ao invés de "Ah não :(". E, claro, normalizem tratar novos associados que tomam o front do nada, sem ter ideia de onde estão, com gentileza, paciência e compaixão. Normalizem ser um apoio firme enquanto eles dão seus primeiros passos.
Normalizem a frustração de não poder abraçar todos os seus amigos em outro sistema do mesmo modo que você pode abraçar um grupo de amigos não-plurais. Normalizem amar os associados dos seus amigos. Normalizem ficar feliz por eles quando falam de sua pluralidade.
Normalizem amar a pluralidade.
Normalizing loving plurality. Not even your own.
Normalize treating new potential headmates in other systems like a default positive until otherwise. Normalize hearing "I think there's a new guy in here" and saying "Wow! Do you wanna talk to them?" instead of "Oh, no :(" And, of course, normalize treating new headmates who front out of nowhere with no idea where they are with kindness, patience, and understanding. Normalize being a rock they can stand on while they get their footing.
Normalize being frustrated you can't physically hold all your friends in a separate system the way you might hold a non-plural friend group. Normalize adoring your friend's headmates. Normalize being happy for them when they talk about their plurality.
Normalize loving plurality.
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trontenielsen · 1 year ago
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A Batalha Interna
Era uma vez um homem chamado Richard, que vivia uma vida comum como contador em uma pequena cidade. No entanto, Richard era diferente dos outros. Ele sofria de um transtorno dissociativo de identidade, o que resultava em três personalidades distintas habitando sua mente. Cada uma delas era uma entidade única com características únicas e, infelizmente, eram inimigas entre si.
A primeira personalidade era a de um homem chamado Victor, que era ambicioso, egoísta e implacável. Victor sempre buscava o poder e o controle sobre as situações. Ele era competitivo e não tolerava fraquezas. Victor via as outras duas personalidades como obstáculos para seus planos grandiosos.
A segunda personalidade era a de um sujeito chamado Gabriel, um artista sensível e introspectivo. Gabriel era um poeta talentoso, que encontrava beleza nas pequenas coisas da vida. Ele era gentil e compassivo, sempre tentando encontrar a paz interior e a harmonia em tudo. No entanto, ele não se dava bem com Victor e lutava para impedir suas ações impulsivas.
A terceira personalidade era a de um homem chamado Damien, um guerreiro feroz e destemido. Damien carregava consigo a raiva e a agressividade, sempre prontas para explodir. Ele era o resultado de traumas passados de Richard e se manifestava quando a situação exigia uma resposta mais defensiva. Damien detestava tanto Victor quanto Gabriel, considerando-os fracos e irrelevantes.
À medida que o tempo passava, as personalidades de Richard se tornavam mais fortes e mais complexas, lutando constantemente pelo controle sobre sua vida. Cada uma delas tentava manipular os eventos e os relacionamentos para atender aos seus próprios desejos e objetivos.
Os amigos e a família de Richard percebiam que algo estava errado e começavam a notar as mudanças drásticas em sua personalidade. Eles ficavam confusos com as oscilações extremas entre a amabilidade e a hostilidade.
Em seu trabalho, Richard também enfrentava desafios, já que cada personalidade tinha habilidades e competências distintas. Às vezes, Victor assumia o controle e conseguia conquistar novos clientes com sua persuasão implacável. Outras vezes, Gabriel se destacava em resolver problemas de forma criativa e sensível. No entanto, a instabilidade também levava a erros e contratempos.
À medida que a história avançava, a batalha interna entre as três personalidades se intensificava. Richard frequentemente se encontrava preso em um estado de confusão e desespero, incapaz de controlar suas ações ou decisões. Ele se sentia como um mero espectador em sua própria vida.
Eventualmente, Richard decidiu buscar ajuda profissional para enfrentar seu transtorno dissociativo de identidade. Ele começou a fazer terapia com uma psicóloga especializada em casos complexos de personalidade. A psicóloga trabalhou com as três personalidades, tentando entender suas origens e motivações.
Ao longo das sessões de terapia, Victor, Gabriel e Damien começaram a entender que a luta entre eles só estava prejudicando Richard e impedindo-o de levar uma vida saudável e feliz. A psicóloga os guiou para encontrar maneiras de se comunicar e cooperar, ao invés de se combaterem.
Com o tempo, as três personalidades começaram a se entender e a trabalhar juntas. Victor aprendeu a valorizar a criatividade de Gabriel e a coragem de Damien. Gabriel encontrou inspiração nas habilidades de liderança de Victor e na força de Damien. E Damien aprendeu a controlar sua raiva, canalizando-a de maneira positiva quando necessário.
Com o apoio da psicóloga, Richard, Victor, Gabriel e Damien se tornaram um time coeso dentro da mente de Richard. Eles aprenderam a compartilhar o controle, permitindo que cada personalidade se expressasse de maneira equilibrada e saudável.
Conforme Richard se desenvolvia, ele encontrava um novo sentido em sua vida. Ele não era mais uma pessoa dividida e em guerra consigo mesma, mas sim um ser completo e integrado. As três personalidades aprenderam a se apoiar mutuamente, e juntas, elas enfrentaram os desafios da vida com coragem e resiliência.
A história de Richard se tornou uma jornada de autodescoberta e superação, mostrando que mesmo as batalhas mais intensas dentro de nós podem ser vencidas com amor, compreensão e aceitação. E assim, o homem que uma vez foi dividido tornou-se inteiro, abraçando suas múltiplas facetas como um símbolo de força e unidade.
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gliterarias · 4 months ago
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✨Resenha Interligados
 Dessa vez meu comentário vai começar um pouquinho diferente...
"Querida Nick.
    Um livro favorito, um bebê para nós leitores, tal qual o meu "PJO e o Ladrão de Raios" é para mim, é sempre um livro difícil de emprestar, as vezes impossível de sair da estante se não for para nossas próprias mãos. Você me emprestou um livro assim!! Era para ser uma recomendação e empréstimo de um livro que gostávamos e você me entregou um livro com esse peso pra ler!! Menina, imagina o meu medo e pânico cada vez que eu pegava esse livro na mão. Da próxima, por favor, ajuda sua amiga com ansiedade e me empresta um livro de peso normal (risos), que se acontecer qualquer coisa eu possa comprar um novo que não vá trazer traumas para nenhuma de nós duas. Obrigada pela confiança e por me apresentar um dos seus mundos favoritos, eu gostei muito de conhecer o Aden (Haden) e seus muitos amigos."
    Agradecimentos feitos, agora vamos para a hora verdade. O livro da vez foi "Interligados - Aden Stone e a Batalha Contra as Sombras" o primeiro livro da trilogia "Interligados" da escritora Gena Showater, lançado em 2010, que mistura mistério, drama, romance, ação e o paranormal, vindo direto de um dos desafios das Gliterárias, onde nós tínhamos que emprestar entre nós um livro para a outra, que fosse um livro que gostávamos muito da história, e ai volto eu para casa com a bomba, "o livro favorito" de uma amiga. Cuidei tal qual um filho, passou um bom tempo na minha cabeceira para que eu ficasse de olho nele o tempo todo, até eu criar coragem para o ler. 
    E aí veio a segunda bomba, a Nick (a mãe\dona do livro) tinha me falado um pouco da história, a sinopse atrás do livro complementou meu entendimento inicial e ... bem ele não é um livro da minha vibe (risos nervosos). Eu olhei pro plot, o plot olhou pra mim e nós decidimos que um não servia para o outro. Mas, eu precisava ler e ele já estava ali. Então, eu comecei a minha batalha contra as sombras.
Aden Stone, que na verdade se chama Haden Stone (e esse foi um fato engraçadíssimo pra mim, o querido não sabia falar o próprio nome e até hoje se apresenta se chamando de Aden), é um garoto que a princípio eu entendi, tal qual os médicos dele entenderam que fosse, um garoto esquizofrênico, ou no mínimo, com transtorno dissociativo de identidade. Aden tem 4 almas vivendo na cabeça dele. E, pasmem, cada alma tem um super poder. Enquanto o super poder de Aden é ser super perturbado por esses quatro 24h por dia. Então vamos começar por aí, os 4 amigos mais íntimos de Aden e seus poderes: Julian, ele pode ressuscita os mortos, na realidade ele os ressuscita sem querer fazer isso, basta ele chegar perto de um cemitério que os mortos se levantam e tentam devorar o pobre Aden; Elijah, prevê o futuro, bom, ele tem visões do futuro, que na maioria das vezes quando mudam é para pior, então, Aden mesmo não gostando do que Elijah compartilha com ele, o garoto tenta não mudar o que vê, por que já aprendeu que as mortes vistas por Elijah acontecem independente do que Aden faça para mudar; Eve, pode viajar no tempo, bom, "ela" pode fazer Aden voltar por alguns momentos em uma parte da vida do menino e ali eles podem alterar algumas coisas que aconteceram com o garoto, as vezes para melhor, as vezes para pior, por isso, Aden odeia quando Eve os manda de volta para algum momento de sua vida, visto que o menino foi abandonado e passou boa parte da vida internado em diversos hospitais psiquiátricos; e finalmente, chegamos em Caleb que tem o dom de tomar para si o corpo de outra pessoa por um tempo, Aden pode se fundir e possuir o corpo de alguém, o que é estranhamente legal em alguns eventos (risos), exemplo, possuir o corpo de um lobisomem muito, muito zangado e correr por aí.
    Tudo que Aden sabe é que esses 4 queridos que vivem dentro dele nem sempre estiveram ali, eles tinham uma vida antes de estarem em Aden mas não conseguem se lembrar de quem foram antes disso, por isso seus nomes atuais foi Aden quem ajudou a dá-los, e tudo que esses 4 queridos querem é estar fora da cabeça do jovem, apesar de o terem acompanhado desde o nascimento até agora em seus 16 anos, eles querem seus corpos de volta. E Aden não os aguenta mais dando conselhos a todo momento não deixando o menino em paz. Eve é a voz da razão e mãe do grupo, Elijah é o tio do "eu avisei", Caleb é quem dá as ideias ruins e atazana Aden o tempo todo quando vê uma menina bonita ou alguém querendo briga com o menino, e Julian gosta de estar do lado de todos comentando sempre a favor da voz que estiver falando mais alto.
    E bem, para falar com seus amigos, Aden até pode falar mentalmente com eles mas as vozes falam tanto que a voz do mais novo nunca é ouvida em meio a bagunça, então infelizmente Aden precisa falar em voz alta para que eles escutem o que bem... faz com que Aden seja taxado de maluco. Atualmente Aden está vivendo em um rancho para jovens rapazes com problemas onde o dono do lugar tenta dar aos meninos uma segunda chance de viver em sociedade, o que em tese era uma boa ideia. Mas na pratica acaba não sendo tão bom assim. Quando Aden fica sozinho com os garotos eles mostram o lado que os fez acabar ali. Então para ficar o mais longe possível dos rapazes Aden costuma fazer suas atividades do rancho bem rápido e fica o mais afastado possível dos garotos até a hora de dormir. Certo dia quando Aden finalmente consegue seu primeiro final de semana fora do rancho ele caminha sem rumo pela cidade que mal conhece apenas para tentar relaxar um pouco de sua própria situação. O ruim é que o garoto não conhece a cidade ainda então acaba parando bem no meio de um cemitério e quando Aden nota isso Julian também acaba notando e os mortos começam a se levantar. Em meio ao caos do ataque Aden nota uma presença e imediatamente olha para onde essa vem e ali ele se depara com uma menina, que parece tão assustada quanto ele e quando seus olhos se encontram um vento forte empurra ambos para o chão a menina se recupera mais rápido e corre dali enquanto Aden tem que se livra da cena do crime que acaba de cometer sem querer. Ali o garoto se lembra de uma das mais recentes visões de Elijah, a garota quem ele viu Aden beijando. 
Aqui meus queridos eu achei o nosso querido herói muito emocionado, Elijah viu ele beijando a garota e automaticamente o Aden assume que eles são namorados, então por que não correr atrás da provável garota não é verdade? Mas o que o menino notou também é que assim que os olhos dos dois se encontraram as vozes se calaram, elas ficaram atordoadas enquanto a garota estava por perto e assim que ela se afastou elas pediram que Aden não fosse mais atrás da menina pois ela tinha um estranho efeito sobre eles, e um efeito que Aden almeja a muito tempo. Silencia-las.   
O primeiro encontro de Aden e Mary Ann faz o garoto quer de vez ficar ao lado dela, Mary Ann não é a garota da visão de Elijah mas faz Aden se sentir bem e dono do próprio corpo. E estranhamente Aden tem vontade de abraça-la como se a conhecesse desde muito tempo atrás. Com esse estranho encontro o garoto resolve fazer de tudo para ficar ao lado dela por máximo de tempo possível, Aden bola um plano que seus amigos aceitam por querem o bem do menino e acreditarem na teoria de Mary Ann pode ajuda-lo a tira-los da cabeça dele. Aden se matricula em uma escola, na mesma escola que Mary Ann, infelizmente um dos "Imundos" ,como ele costuma chamar os garotos do rancho, vai estar dividindo o ambiente escolar com ele. 
    E estranhamente no mesmo momento que os dois garotos entram na escola Mary Ann começa a ser perturbada, seguida e ameaçada por um estranho lobo gigante que parece aparecer só para ela. O que a faça suspeitar de ambos, mesmo que estranhamente Mary Ann se sinta atraída a dar um abraço em Aden toda vez que o vê, ela sente como se o garoto fosse um irmão a muito tempo perdido que finalmente tinha voltado. Até que ela é salva por Aden do lobo, então ele também podia vê-lo! E mais que isso Aden possuiu o lobo para protege-la. Depois de uma luta árdua com o Lobo o garoto começa a suspeitar do Imundo que agora é quase um amigo para ele. Mas ele não tem nem tempo de pensar nisso antes de encontrar, ou melhor ser encontrado pela garota das visões. Que se diz ser nada mais nada mesmos que uma princesa vampira, simplesmente a filha do próprio Drácula, Victória é a garota por quem Aden vai se apaixonar e morrer por ela. Enquanto isso o Lobo volta a encontrar Mary Ann e é ela quem descobre que o Imundo e o Lobo são pessoas diferentes, o recém apelidado Lobinho, é conquistado por Mary Ann e acaba virando um pet da menina (risos) sério de lobo mal a cachorrinho de bolsa em poucas páginas, e logo ele se mostra em sua forma humana e se apresenta, esse foi meu crush do livro Riley. E com esse quarteto formado o desvendamento desse mundo magico e novo para Aden e Mary Ann começa, muitos seres mágicos estão sendo atraídos para Aden e pretendem usar o menino para seu bem o acabar com ele.
    Eis minhas reclamações, as coisas se resolvem rápido de mais, Aden é um personagem morno, parece ter uma personalidade inacabada seria facilmente um dos meus queridinhos só pelos traumas de infância mas o querido é muito sonso, ele fica terrivelmente apaixonado e bobo por Victoria, em um simples respirar da menina, e Lobinho, que tinha tudo para ser o bad boy do livro acaba se rendendo em um virar de paginas a Mary Ann, quase que perde totalmente o charme, ele conseguiu manter um pouco da personalidade marrenta mas mesmo assim de um personagem top ele virou um personagem requentado, Victória é outra, tadinha parece que só a colocaram no livro pra Aden ter uma desculpa para sair e entrar do Rancho a hora que quiser, a é e ter um ex asqueroso e criminoso em muitos sentidos. Aliás Gena parece odiar ex namorados (risos) todos os que apareceram foram o auge do nojo.
    Gostei do livro? Sim. Foi uma delícia passar duas tardes inteiras o lendo freneticamente (risos). Chorei lendo? Sim. Tem uma cena em específico que eu chorei horrores, senti que tinha perdido um amigo ali na hora, por que eu consegui me colocar no lugar do Aden e sei que aquela foi uma perda terrível para o menino. Mas não sei se vou encarar mais dois livros com essa turma. Os casais foram previsíveis demais para o meu gosto, Gena até tentou botar um clima de dúvida, mas não deu certo. E muitas das grande propostas de plot twist da história eu já tinha matado nos primeiros capítulos ( um deles foi o que me fez chorar, risos).  É um universo com muito potencial eu adorei o conhece-lo, mas foi mal aproveitado, Aden podia ter sido melhor isso o faria um dos meus queridinhos fácil, Victória não precisava ter sido só uma chave mágica, Mary Ann quase se salva e vira minha queridinha se também não resolvesse as coisas com uma facilidade quase magica, em segundos ela sai de um choro copioso para pensar na solução magica para o problema, e por fim Riley que foi um desperdício, um personagem que começou tão bom perdeu toda a pose de durão em segundos ao lado da menina. 
    "Interligados - Aden Stone e a Batalha Contra as Sombras", com toda certeza ganhou o direito de estar na minha estante física de livros lidos e é uma recomendação pra uma leitura de sessão da tarde, é um livro que dá vontade de ler, você vê os problemas dele, mas toda hora aprece uma coisinha que te faz continuar virando as paginas continuamente. Se você ainda não leu é a minha recomendação de leitura de aventura adolescente cheio de referências mágicas e paranormais. 
✨resenha por: Tainá✨
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marginal-culture · 1 year ago
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POR QUE HÁ PESSOAS TÃO "ESTÚPIDAS"?
As pessoas estúpidas, (ignorantes, limitadas) comportam-se em correspondência ao medo que sentem.
Elas têm medo de que não sejam amadas, medo da superioridade alheia, medo de morrer, de viver, de ofensas, da solidão, do ridículo, das perdas, dos fracassos e da falta.
Elas perderam a habilidade de usar o potencial de suas almas porque partes inconscientes usurpadoras assumiram sua personalidade – um transtorno dissociativo de identidade: a perda da conexão com o seu Eu pacífico e livre, por trauma ou esquecimento encarnatório.
Poderia ser uma experiência temporária, a ser remediada através de práticas espirituais para autoexploração e autotransformação.
Mas pode durar uma vida inteira, até o Despertar.
Todos tendemos, em fases de turbulência, a perder alguma parte de nossa energia espiritual, se nos identificamos com os egos que criam o medo e a insegurança, e podemos procurar nos sentir inteiros por meio de relacionamentos, vício em trabalho, drogas... o que só causa fadiga crônica, depressão, vazio e ansiedade; e também baixa autoestima, ou ações sob o jugo do narcisismo, soberba, e avidez por consumismo.
Qualquer conflito com essas pessoas desconectadas vem revelar a verdade e a falsidade, porque o medo surge como arma de intimidação e manipulação.
O medo extingue o Amor deixando apenas a raiva, que depois se transforma em ódio, em caos, e pode fazê-las cometer ações onde inexiste a frequência do Amor.
Gerar amor próprio é o que nos faz sobreviver na vida.
Exigimos demais de nós mesmos, não nos elogiamos por boas ações, não nos poupamos, não nos amamos, tentando nos encaixar na perspectiva de outros.
Tenha consciência de que quando não há inimigo dentro, os inimigos de fora nunca podem lhe magoar ou ofender. Essa é a distração da consciência para a falta de senso do Amor autêntico nas relações.
Porque muitos acham que não conseguem ser felizes?
Porque estão convencidos de que a vida deve ser árdua e competitiva e então não acreditam que é possível encontrar e viver sob a Alegria da Luz do seu Coração.
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pesquisatdi · 1 year ago
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Missão
Essa página se dedica a traduzir e compartilhar as informações abrangentes disponíveis no site did-research.org, promovendo a acessibilidade de recursos sobre Transtorno Dissociativo de Identidade, dissociação, trauma, entre outros, em português.
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box-souvenirs · 1 year ago
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Se eu tivesse um desejo?
🤔...
Desejaria apenas empatia e compreensão, não é fácil ser eu, e sei o quanto sofre quem realmente é como eu.
Tem dias que o fardo de ter problemas reais de raiva, ansiedade e pior de tudo, ter transtorno dissociativo de identidade é tão grande, mas tão grande que até a morte parece mais confortável, o fardo de ser um bomba relógio e nunca saber em que ponto o temporizador está, ter apagões e outra parte de você tomar conta da sua consciência, fazer você se tornar um perigo não só para você, mas para os outros e você não ter ninguém com quem possa contar por que incomodar alguém com seus problemas é a última coisa na vida que vai querer Fazer...
Desejaria isso, empatia e compreensão.
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tiberio-z · 17 days ago
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#dissociaçãodepersonalidade #personalidadedissociada #psicoterapia
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nabusco · 1 year ago
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fight club
Transtorno dissociativo de identidade não faz sentido no caso do Tyler/Narrador. Mas seria o mais próximo de um diagnóstico. Ainda assim, vejo de forma metafórica. Os dois são opostos praticamente, silêncio e conformidade externa, carisma e extroversão, no entanto uma revolta compartilhada com as corporações e com o sistema capitalista em geral (curiosamente a entrada no clube me parece tão cruel quanto algumas coisas que o "sistema" leva as pessoas a fazerem). 
Não gosto da forma que a Marla é retratada. Garota problema com poucas falas e um papel feito como um acessório do protagonista. No final, eles dão as mãos. Ew. Mas acho que o papel dela é absolutamente crucial para a história. "Somos uma geração de homens criados por mulheres", então... vamos retomar nossa masculinidade na porrada, sabe? Visão intransponível entre o binário feminino/masculino, o fato dele encontrar alívio nas tetas do Bob e no final dar as mãos para a Marla... tudo me leva a pensar em um garoto com problemas com o sexo oposto e sua tentativa de se impôr como homem para conseguir mostrar-se assim. Encontrar a Marla no grupo do testículo, terminar "juntando" os pedaços do protagonista narrador e do Tyler em uma pessoa só, finalmente alcançando um equilíbrio que o deixa confortável com o sexo oposto. A cena final dos dois dando as mãos e tão parecidos. Não sei. Essa ideia falta elaboração. 
De quando é esse livro? Em tempos onde os sexos biológicos se misturam com gêneros autodeclarados, faria mais ou menos sentido tentar se estabelecer como homem ou mulher utilizando-se de estereótipos? Infelizmente, na minha opinião, mais. E isso não arranha a superfície da questão, mas aqui eu estou divagando. 
A cena do tiro é péssima. Péssima. O final é péssimo. No entanto, a percepção de "a arma não está na sua mão, está na minha" foi interessante. 
A forma como o personagem é dividido vejo mais como uma metáfora, alguém que quer pertencer, quer um grupo, percebe que para isso precisa se deixar de lado e virar apenas mais um. Estratégia de romper com tudo isso indo para um oposto que acaba, no entanto, se tornando mais um grupo, com outras regras, mais subversivo, viva intensamente etc., e daí? Ainda somos humanos querendo pertencer a algo maior. Seja nos batendo em um clube secreto, nos abraçando em reuniões de auto ajuda, seja conversando sobre o tempo num elevador.  Seja em um clube com características de culto onde coisas são explodidas.
Tudo é uma cópia de uma cópia de uma cópia. Eu sinto emoção copiando a emoção das pessoas de um grupo de anônimos, sinto emoção comprando móveis e tendo a minha casa bonita, sinto emoção batendo e apanhando. Qual dessas emoções é mais legítima? 
A casa me interessou. Ela ser suja, abandonada, desimportante. Uso como local de descanso, no entanto a estética não importa. As coisas não me possuem. De Ikea para casa abandonada. O desconforto não parece ser resolvido assim: tenho uma mansão ou coisas que caibam em uma só mala? Não vejo libertação total nas atitudes do protagonista, vejo mais um extremo e outro quando na verdade o equilíbrio exige, bem... equilíbrio. 
Com coisas em volta ou não, o que tem dentro talvez seja o mais importante. Não somos a nossa conta no banco e blablabla. Mas qual o preço de ser um outsider? E em qual momento o outsider deixa de o ser quando existem outros em volta? Um paraíso descoberto é um paraíso corrompido, a busca humana por qualquer coisa não acaba nunca. Eu explodo as grandes corporações, e depois? Acho esse filme poderoso para uma juventude desejando se revoltar, mas não vejo nele a profundidade da discussão que costumam atribuir. 
Você concorda que a primeira minoria é o indivíduo?
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littlemisjess · 1 year ago
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Oi, eu tenho Borderline
Fui diagnosticada com transtorno de personalidade Borderline, classificado no DSM-5 grupo B(Bordeline TPB) CID F60.3
Minhas emoções são como uma queimadura de 3° grau, o tempo todo estão me ferindo.
Meus sintomas são:
• Alterações na cognição, ideias superestimadas, dissociação (pela perda da percepção da realidade e despersonalização), comumente associadas a episódios psicóticos (ilusão e alucinação);
• Impulsividade caracterizada por comportamentos autodestrutivos, automutilação, tentativas de suicídio, explosões verbais;
• Humor instável com abruptas e extremas mudanças ao longo do dia;
• Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo;
• Disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa;
• Raiva intensa e inapropriada com dificuldade em controlá-la;
• Pensamentos paranoicos temporários ou sintomas dissociativos graves desencadeados por estresse;
• Sentimentos persistentes de vazio;
• Relacionamentos intensos e instáveis que se alternam entre idealização e desvalorização da outra pessoa;
Além disso tem muitos outros sintomas, mas quer saber? Tem muitos outros borders igual a mim e eles são fortes assim como eu, não somos ruins como falam por aí a gente tem muita qualidade também o mundo sem nós seria tedioso demais.
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orientacoesmetodologicas · 2 years ago
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Clube da Luta – Chuck Palahniuk
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Fight Club (1996), é um romance escrito por Chuck Palahniuk. O livro convida o leitor a refletir sobre a sociedade de consumo e a fragilidade do indivíduo dentro dela. O que nos define como pessoas? O que significa ser feliz? As coisas que possuímos nos fazem felizes? A violência é uma fuga dos problemas pessoais? Essas são algumas das questões que o romance levanta. É como a "voz interior" que todos temos, um grito desesperado de "socorro" diante de uma sociedade cada vez mais materialista que destrói e isola o indivíduo da verdadeira felicidade. Resumo do livro O livro conta a história de um personagem, que atua como narrador e não revela seu nome em nenhum momento, cansado de sua vida pessoal e ambiente de trabalho. O protagonista é um homem comum dominado pelo consumismo e materialismo que impera na sociedade, o que lhe causa insônia. Um dia, seu médico o recomenda a participar de uma terapia de grupo para homens com câncer de testículo, a fim de conhecer o verdadeiro sofrimento. Nesses grupos, ele conhece Marla Singer, uma mulher que também frequenta as conferências sem estar doente. Durante uma das sessões terapêuticas, eles têm um confronto que os leva a tentar não coincidir nos mesmos encontros. Muito rapidamente, o protagonista também conhece Tyler Durden, um trabalhador negro, com quem passa a dividir um apartamento depois que sua casa é tomada pelas chamas após uma explosão. No apartamento, ela reencontra Marla Singer, que está tendo um caso com Tyler Durden. Criação do clube da luta e suas regras Após uma discussão com Marla Singer, Tyler Durden pede ao protagonista para "bater forte nele". Assim nasceu um novo e muito particular grupo terapêutico clandestino denominado "Clube da luta”. Jovens funcionários, insatisfeitos com suas vidas, se reúnem todas as noites para brigar. Este grupo tem um conjunto de regras que todos os membros devem seguir: - Ninguém fala sobre o clube da luta. - Nenhum dos membros fala sobre o clube da luta. - Se um dos participantes gritar "pare", a luta termina imediatamente. - Deve haver apenas dois homens por luta. - Uma luta de cada vez. - Lute sem camisa e descalço. - As lutas duram o tempo que for preciso. - Se é a primeira noite de um membro no clube, eles têm que brigar. Este grupo também serve a Tyler Durden para combater o consumismo e divulgar seus ideais entre os membros. Gradualmente, o grupo se espalhou para diferentes partes dos Estados Unidos. Mais tarde, Tyler Durden cria um grupo paralelo, com membros do clube da luta, que visa acabar com a civilização moderna, denominado "Project Mayhem". O narrador participa desse grupo, mas, não satisfeito com o comportamento de Tyler Durden, tenta detê-lo. Dupla personalidade Nesse ponto da trama, descobrimos que o narrador e Tyler Durden são na verdade a mesma pessoa. O protagonista sofre de transtorno dissociativo de identidade. É uma cisão na personalidade do personagem principal que ocorre em decorrência da vida infeliz e insatisfeita do protagonista em sua obra, o que lhe causa insônia. Mais tarde, o personagem principal tenta impedir Tyler Durden de explodir diferentes edifícios usando explosivos. No telhado de um dos prédios, o narrador confronta seu alter ego e consegue matá-lo. O narrador então espera que os explosivos feitos por Tyler Durden explodam o prédio e, portanto, a si mesmo. No entanto, isso nunca acontece porque as bombas nunca explodem. Assim, o protagonista decide pegar a arma que Tyler Durden carregava e tenta se matar. Finalmente, o narrador acorda em um hospital psiquiátrico, de onde os membros do "Project Mayhem" continuam seus planos de mudar o mundo e desejam que Tyler Durden volte. Análise do livro Narrador em primeira pessoa, linguagem direta com frases simples e coerentes. E, ao fundo, uma história que esconde uma profunda crítica à sociedade de consumo e à vulnerabilidade do ser humano numa civilização que privilegia o materialismo como filosofia de vida. Estes são os ingredientes que Chuck Palahniuk usou para escrever um romance que tenta apresentar o mundo em que vivemos, quais são as nossas relações com os outros e, acima de tudo, para onde vamos. Será que reduzimos a felicidade a nada? As empresas tentam estimular o consumidor a mudar de produto a cada estação: roupas, celulares, carros. Basta um bom slogan e um sorriso da celebridade do momento para dar a entender que, ao comprar determinado produto, a felicidade está garantida. O personagem principal, que não precisa ser apresentado por um nome específico, pode ser qualquer dissidente, escravo de sua própria rotina e cujos problemas não o deixam dormir. O narrador passa a representar um dos principais dilemas da sociedade consumista, qual seja, que, como muitos, acredita que a aquisição de bens materiais está diretamente ligada à obtenção da felicidade. Você compra um móvel e diz para si mesmo: "Este é o último sofá que vou precisar na minha vida". Você compra o sofá e por alguns anos fica satisfeito, porque mesmo que nem tudo corra bem, pelo menos conseguiu resolver o problema do sofá. Então os pratos certos. Então a cama perfeita. Cortinas. O tapete. Eventualmente, você se encontra preso em seu ninho, e os itens que você possuía agora são seus. Uma das ideias que o autor tenta oferecer a seus leitores pode ser explicada pelo conceito de "adaptação hedônica". Em geral, tendemos a pensar que depois de adquirir um objeto desejado, seremos totalmente felizes para sempre. Porém, como acontece com o protagonista do romance, esse estado de alegria proporcionado pela aquisição de tal produto é efêmero. Ele desaparece assim que nos acostumamos e automaticamente assumimos que outro "objetivo" nos deixará mais felizes do que o anterior. Se você não sabe o que quer (…) acaba ficando com um monte de coisas que não precisa. Adaptação hedônica explica a capacidade das pessoas de se acostumarem com uma situação, seja ela positiva ou negativa, e retornarem ao estado emocional anterior. No final da década de 1990, o psicólogo Michael Eysenck explicou esse conceito com sua teoria da "esteira hedônica". Ele compara o comportamento das pessoas ao de um hamster andando sobre uma roda. Porque, assim como o roedor, os indivíduos tendem a ir para o mesmo lugar sem atingir o objetivo da felicidade duradoura. Isso leva a um estado constante de insatisfação. Será que um dia entenderemos que o importante não é atingir uma meta, mas aproveitar a jornada? Tyler Durden como o antagonista do sistema de consumo. Como acontece com o narrador desta história, há momentos em que os problemas rotineiros nos invadem e acreditamos que não têm solução. Então, o personagem de Tyler Durden surge como o principal antagonista da cultura consumista e como o alter ego do protagonista. Ele é uma projeção do personagem que emana do desespero e do estresse. Pode-se até interpretá-lo como um produto do subconsciente do personagem principal. Essa é a parte que gostaria de quebrar tudo para começar do zero. Antes de "conhecer" Tyler Durden, o personagem principal decide frequentar grupos de apoio para combater sua insônia. Sobre assistir a essas sessões, ele diz: - É por isso que eu gosto tanto dos grupos de apoio, porque as pessoas, quando acham que você está morrendo, te dão toda a atenção. Somos muitos, mas estamos completamente sozinhos. Vivemos em uma sociedade onde ouvimos muito, mas ouvimos muito pouco. Estamos desamparados em um mundo cada vez mais globalizado, no qual damos cada vez menos importância aos relacionamentos. Nós dialogamos, dizemos ao nosso interlocutor o que fazer e como fazer, e até o informamos sobre seus erros o tempo todo. Em uma conversa, muitas vezes simplesmente esperamos nossa vez de falar, pensando no que dizer em resposta. Mas e a escuta empática? Assim como o protagonista, muitas pessoas se sentem incompreendidas e isso as faz preferir viver isoladas da sociedade. Quando Tyler Durden aparece na vida do protagonista, nasce o grupo secreto onde um grupo de homens, oprimidos por seus problemas pessoais, que se unem para lutar. Assim, neste romance, a violência é justificada como a única saída emocional em um mundo onde o poder e a riqueza são a base do sucesso. Eles usam a força para atingir um fim. A maioria deles está no clube da luta "por causa de algo que eles têm medo de lutar". Alguns desses homens são, de dia, advogados ou executivos que, graças a essas lutas noturnas, conseguem diminuir o medo e seguir em frente. Projeto Mayhem: Autodestruição como salvação A certa altura, Tyler Durden não se contenta com o clube da luta para justificar a luta contra o consumismo. É por isso que ele cria o "Projeto Mayhem", cujo objetivo é "a destruição completa e imediata da civilização". Mas ele não apenas propõe um ataque à sociedade de consumo, mas também fala em autodestruição. Tyler me diz que ainda estou longe do fundo e que, se não descer até o fundo, não serei salvo. Jesus fez o mesmo com o relato de sua crucificação. Não tenho apenas que abrir mão de dinheiro, bens e conhecimento. Não é apenas uma escapada de fim de semana. Eu deveria parar de tentar melhorar a mim mesmo e fazer qualquer coisa. Não posso mais jogar pelo seguro. É a forma do alter ego do narrador dizer "basta". Ele sugere que diminua o ritmo e "chegue ao fundo do poço", pois só assim entenderá o que realmente vale a pena. A autodestruição pode ser uma forma exagerada de aprender, mas se o autor nos ensina alguma coisa com essas palavras é a não desistir diante das adversidades. O segredo pode não estar em atingir a perfeição sem errar, mas sim em tirar nossas falhas como lição e transformá-las em lições de crescimento. Personagens principais Narrador: Seu nome não aparece. Ele é um homem que vive preso à rotina, trabalhando como agrimensor em uma oficina de automóveis. A insônia o leva a fazer terapia de grupo enquanto finge ter câncer. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ele conhece Tyler Durden e Marla Singer. Tyler Durden: Ele é o fundador do clube da luta e mais tarde "Project Mayhem". Ele luta contra a sociedade de consumo. Mais tarde, descobre-se que ele é produto do distúrbio do narrador. Tyler Durden é a personalidade alternativa do protagonista. Ele é apresentado como um homem negro que exerce, entre outras coisas, os ofícios de saboeiro, projecionista e garçom. Marla Singer: Ela é uma mulher que, como o narrador, está em terapia de grupo. Durante um desses encontros, ela discute com o protagonista e tenta não encontrá-lo novamente. Mais tarde, suas vidas se cruzam novamente quando ela começa um relacionamento com Tyler Durden. Por que ler Clube da Luta? Você provavelmente já ouviu falar do Fight Club, seja através do romance ou da adaptação cinematográfica de David Fincher, que era muito popular na época. Ambas as versões merecem sua atenção, mas principalmente a obra literária. Aqui estão os motivos: É uma prosa com uma linguagem minimalista que define perfeitamente o princípio "menos é mais". Possui uma narração curta e ágil que facilita a leitura desde a primeira página. Porque é um romance eterno. Mais de vinte anos depois de sua publicação, as questões que surgem ao lê-lo são as mesmas de então. É um romance que nos faz rir, pensar e, embora pareça superficial, esconde uma profunda filosofia que nos faz questionar sobre o nosso lugar na sociedade. Biografia de Chuck Palahniuk Ele é um romancista americano de ascendência europeia. Ele se formou em jornalismo na Universidade de Oregon e mais tarde trabalhou como editor em um jornal local. Mais tarde, ele também ganhou a vida como mecânico até que sua carreira de escritor florescesse. Na casa dos trinta, participou de oficinas de redação ministradas pelo escritor Tom Spanbauer. Isso o encorajou a escrever seu primeiro livro, Insônia: se você morasse aqui, já estaria em casa, que ele deixou em uma gaveta e nunca publicou. Após o fracasso de outra segunda história, Invisible Monsters, o escritor escreveu Fight Club em 1996, obra que lançou sua carreira. Em 1999, o diretor David Fincher fez uma adaptação cinematográfica do romance Fight Club. Edward Norton e Brad Pitt interpretam o narrador e Tyler Durder, respectivamente. A adaptação de 139 minutos é bastante fiel ao romance, embora apresente algumas mudanças significativas, desde como os personagens se encontram, variando algumas cenas e alterando o final. Read the full article
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saturnobarzz · 3 years ago
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O rei inocente e puro, I.M.
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Amoroso e gentil, o líder do sistema utiliza qualquer pronome (geralmente ele/dele).
> Ama artes e poesias, principalmente a dança;
> Viciado em açaí e chocolate;
> Apaixonado por Vênus, seu primeiro amor e a pessoa com quem construiu uma vida inteira.
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psicorodrigogiannangelo · 4 years ago
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10 MECANISMOS DE DEFESA QUE CONTROLAM SUA VIDA SEM QUE VOCÊ PERCEBA
10 MECANISMOS DE DEFESA QUE CONTROLAM SUA VIDA SEM QUE VOCÊ PERCEBA
Mecanismos de defesa impedem que você atinja a maturidade emocional e desenvolva plenamente sua personalidade Em post anterior (Mecanismos de defesa desatualizados causam boa parte do nosso sofrimento) falei sobre mecanismos de defesa do ego – o que são e como funcionam. Agora, listo abaixo 10 mecanismos de defesa clássicos que podem estar controlando sua vida sem que você perceba: Mecanismos…
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viversonharamar · 6 years ago
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Relacionamentos do sistema | Callíope
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morganadeavalon · 7 years ago
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By Pamela Mora
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