#Punidos
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Somos punidos por nossas recusas, cada impulso que lutamos para sufocar aninha-se na mente e nos envenena.
O Retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde)
#O Retrato de Dorian Gray#Oscar Wilde#citação de livro#Punidos#Recusas#Impulso#Sufocar#Mente#Envenenar#Desejos#Repressão#Conflito#Sofrimento#Consequência#Reflexão#Tensão#Negação#Culpa#Anseio#Liberdade#Dor#Sentimentos#Autenticidade#Luta interna#Liberação#Aceitação#Insegurança#Vulnerabilidade#Emocional#Equilíbrio
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nunca vou entender a margaret qualley namorando o baitola do jack antonoff
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Um imposto de renda 'progressivo' significa o seguinte: quanto mais você trabalha, mais você é punido.
Will Spencer
#imposto#trabalho#trabalhar#punido#punir#frases#reflexões#pensamentos#citações#reflexão#liberdade#economia
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What if Nesta found out she was pregnant with Cassian's child and left?
After the walk. What if her scent had changed in the library and a priestess had spoken and she had gone to one of their healers and left? Something like "I cannot allow a child of mine to be punished in the same way when he does not please his father or Rhysand" something like that.
Just an idea, now write it down
🇧🇷 E se Nesta descobrisse que está grávida de Cassian e fosse embora?
Depois da caminhada. E se o cheiro dela tivesse mudado na biblioteca e uma sacerdotisa falasse e ela fosse até alguma curandeira delas e saísse? algo como "não posso permitir que um meu filho seja punido da msma forma quando não agradar seu pai ou Rhysand" algo assim.
Só uma idéia, agora escrevam isso
#Anti cassian#anti nessian#Anti rhysand#Pro nesta#Nesta archeron fanfic#nesta archeron derseves better#i love nesta#nesta acotar#Acotar Brasil#anti ic#anti inner circle#nesta archeron#acotar fandom#acotar ao3
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livie 😖 tava pensando aq no hyuck e na op sendo ficantes porem eles ficam naquele climazinho de voce eh meu e eu sou seu, mas numa festinha o hyuck resolve provocar e causar ciúmes na op e ela acaba querendo punir ele num sexo meio hardizinho com tapinhas, enforcadas e o hyuck sendo impedido de gozar 😭 sou completamente rendida pela pelo hyuck sub e louco por bct 😭😭
o hyuck não tem amor a vida. ele tava tentando chamar sua atenção de qualquer jeito, ele queria uma reação relevante.
como não consegue, ele joga sujo. começa a dar em cima de várias pra ver se arranca alguma coisa. é quando uma menina quase beija ele que vc reage
óbvio q vc não deixaria barato. primeiro nem deixa hyuck te tocar, ele precisa ficar aguando vendo vc se masturbando na frente dele. a boca dele enche d’água e ele quase chora de tesão, quer muito enterrar o pau em vc. :(
aos pouquinhos vc vai deixando ele se aproximar, até deixa ele te dedar pra te ajudar a gozar. depois fica por cima, beija ele tão gostoso que ele não consegue não gemer e pedir mais.
ele já sabe que tá sendo punido quando vc começa, mas não imagina que teria seu orgasmo negado tantas vezes. até parar a sentada você parou. as bolas ficam doloridas de tanto prazer e ele não consegue mais, precisa muito, muito, muito ir até o fim.
a boquinha carnuda e abusada implora pra te comer, ele até promete que nunca mais vai te provocar em público. mesmo que seja uma promessa vazia, vc sede.
a visão é tão gostosa, ele deitadinho com os lábios entreabertos, os cabelos desalinhados e o peitoral vermelho com as suas unhas. ele tá completamente bêbado de bct e falando que é seu e de mais ninguém, que vc tem a melhor foda, até que ele te ama.
#asks#nct smut#nct dream smut#nct pt br#haechan smut#haechan hard hours#nct hard hours#nct dream hard hours
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Cada vez que alguém é punido pelos erros alheios, sonhos se despedaçam e novas feridas se abrem.
#frases#frases de amor#frases brasileiras#frases vida#frases biblicas#frases bonitas#fairycore#halloween#dark academia#death note#arquivopoetico#arquivopessoal#projetoflorejo#projetoversografando#projetoalmaflorida#projetoverboador#projetovelhopoema#amor love#amor amor#citas de amor#amor propio#notas de amor#amor#a pequena sereia#pequenosescritores#pequenospoetas#pequenosversos#pequenasescritoras#pequenosautores#tag brasileira
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Hmmm, meu primeiro pedido de concept.
Quero um angust com os números 10, 12, 15 e 16
Bem dramático do jeito q eu gosto.
Frases: Você foi uma perda de tempo." "Você me fez me odiar./Quando você deixou de me amar?/Como faço para você me amar de novo?"
Aviso: Angústia.
NotaAutora: @nihstyles que goste meu amor, deixei ele bem dramático 🥹🥹
�� MASTERLIST 🌼
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HARRY CONCEPT #21
— Que porra é essa? — S/n gritou assim que olhou a foto no celular de sua dama de honra — Isso é real?
Era seu noivo sentado em uma poltrona com uma mulher nua o beijando.
— Foi tirada ontem a noite. — Sua irmã tristemente respondeu. — Na despedida de solteiro dele.
— O que?! Ele não pode ter feito isso comigo. — Ela tentava se mexer, mas o enorme vestido branco impedia de fazer muitos movimentos.
— S/n, você está bem?
— Lógico que não, cadê ele? Está no outro cômodo?
— Não! Ele já está no altar esperando, você vai até lá?
— Eu preciso, porque não vai haver mais casamento. — Soltou um suspiro longo, tomando coragem para a situação mais constrangedora de sua vida.
Não era para terminar assim.
Houve uma época em que tudo era perfeito, uma época onde S/n era uma noiva feliz e Harry não a traíu.
Ela gostaria de poder voltar no tempo.
— O que faz aqui? Eu já não disse que não era mais para aparecer. — Seu coração apertou-se ao vê-lo entrar pela porta lateral de manhã.
— Eu só vim pegar algumas coisas.
— Faça isso rápido. — Rispidamente retrucou. — Vou sair daqui a 20 minutos e não quero você aqui.
— Eu tenho muitas coisas não vou conseguir tudo nesse tempo.
— Eu não importo, só quero que você suma da minha casa, eu ainda estou sendo bem boazinha deixando você pegar suas coisas ao invés de queima-lás.
— Da nossa casa, essa ainda é minha casa. — Afirmou com convicção.
— Não, esta não é nossa casa, ela deixou de ser um lar, logo após você ter dormido com outra mulher.
— Eu já te disse que isso nunca aconteceu.
— Ah! Sim, só foi um beijo estúpido na sua despedida de solteiro?! Não foi assim que você descreveu? — Ironizou, jogando sua xícara na pia,todo o apetite de café da manhã havia sumido — Mas eu vi a porra da foto, ela estava nua em cima de você, Harry.
— Olha, eu não vou entrar nessa discussão de novo, estou cansado.
— Que bom, porque já estou cansada de ver suas lágrimas falsas de perdão.
— Não precisa ser tão rude comigo, eu ainda sou um ser humano, sabia? E você tem me tratado pior que um animal.
— E como eu deveria tratar um traidor? Que simplesmente me fez passar a pior coisa da minha vida?
Não restava mais nada além de pura amargura e ódio dentro dela nesse momento.
— Eu sei que mereço ser punido, eu sei, no momento que eu vi a stripper lá eu deveria ter acabado com tudo,eu sei, mas todos estavam animados e bêbados e ela acabou me beijando sem mesmo eu querer isso, me perdoa por ser um bêbado estúpido, quantas vezes eu preciso dizer que eu nunca quis aquilo, mas o que você anda fazendo me machuca muito, parece que todo o amor sumiu. — Seus olhos estavam vermelhos, prestes a chorar. — Quando você deixou de me amar?
— No momento em que eu vi aquela porra de foto prestes a entrar no altar!— Às lágrimas quentes borravam sua maquiagem. — Quer que eu me importe com seus sentimentos agora? Você pensou nos meus sentimentos quando me traiu? Certamente não pensou enquanto bebia e via uma stripper nua na sua frente ou quando todos naquela igreja também viram aquela foto, então por que eu deveria ser boazinha com você? — Apontava o dedo indicador para ele. — Você me fez me odiar. — Soluçou. — É isso que uma traição causa em uma pessoa.
Harry se odiava e odiava mais por ela o odiar agora. Ele fez a única coisa que prometeu que nunca faria. Ele quebrou seu coração.Ele disse que ela era o amor da vida dele e depois a fez sentir completamente o contrário. Agora nada poderia consertar seu erro.
— Aqui estão as chaves, o aluguel vence dia 09, pague certinho e não teremos problemas. — O senhor de bigode entregou o molho ao Harry.
— Muito obrigado. — Sorriu educadamente antes de fechar a porta.
Vendo aquele apartamento vazio, ele quis chorar, tudo parecia estranho sem ela, ele precisava daquela doce voz para dizer que tudo ficaria bem. Ele nunca quis magoá-la, Harry desejou nunca ter ido à casa do Matt naquela noite estúpida, porque aquele beijo não significou nada, mas isso não importa mais, porque custou tudo a ele e dói demais até para admitir.
As coisas do novo apartamento finalmente estavam no devido lugar, mas ainda percebeu faltar algo. A dor no peito só aumentou assim que ele deitou-se exausto na cama para dormir, mas não conseguia, ele precisava dela, ambos eram para estar em lua de mel agora, mas nunca aconteceu por sua causa dele e sabia que do outro lado da cidade ela estava tão triste quanto ele.
Harry precisava tentar uma última vez, nem que fosse para sair de coração partido, ele vestiu seus sapatos de corrida e correu por quase toda a cidade até ir de encontro a porta dela.
— Oi... — Seu sorriso era tímido assim que S/n atendeu a porta na oitava vez que apertou a campainha.
— O que você veio fazer aqui?
— Eu precisava ver você.
— Tchau, Harry. — Revirou os olhos, indo fechar a porta.
— Espere. — Ele colocou o pé a impedindo.
— O quê?! — Sua voz já estava um pouco alterada.
Ele percebeu seus olhos inchados, ela chorou.
— Eu preciso te perguntar uma coisa.
— Perguntar o quê?
— Como faço para você me amar de novo? — Quase como um sussurro questionou. — Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo, eu não quero ficar sem você.
Sua expressão não mudou, em outra vida seu coração até podia palpitar ao ouvir essas palavras, mas agora era só dor que preenchia seu peito, ele fez isso com ela. Harry era tudo para ela, seu porto seguro, sua alma gêmea, mas agora não passava do homem que quebrou seu coração.
— Você foi uma perda de tempo.
Não era assim que se consertava as coisas, ele simplesmente não podia só chegar e dizer o quanto a queria, assim ele só estava piorando as coisas e a machucando ainda mais no processo.
— S/n, por favor. — Harry ajoelhou-se implorando. — Eu faço o que for preciso para ter você de volta, pode me tratar como quiser, pode me xingar e me fazer de capacho, eu faço tudo com tanto que no final do dia eu possa estar com você, olhar para você, eu não consigo viver sem você.
— Eu não consigo mais confiar em você, sei que você diz que foi só uma noite e só um beijo, mas você é um traidor, você beijou outra pessoa um dia antes de se casar comigo, como eu posso querer uma vida com alguém que é capaz disto? Vá embora, Harry e faz um favor a nós dois não me procure mais. — A porta foi lentamente se fechando, mas a dúvida em sua mente a consumiu a fazendo perguntar. — Harry?
— Sim? — Ele já estava pronto pra se virar e partir.
— Valeu a pena?
— Você sabe que não.
Muito obrigada por ler até aqui! Se gostou fav, reblogue ou deixe uma ask, isso realmente é muito importante para mim 🥺♥️
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Sobre os Primordiais - Ponto e Tálassa, os Mares.
Dando continuidade a nossa série de posts sobre os protogenoi, os Deuses Primordiais, desta vez focando em duas deidades interessantíssimas que encarnam aspectos poderosos da existência: Tálassa e Ponto, os Mares.
Descritos pelo ilustre Hesíodo como as Potências mais antigas dos oceanos, Ponto e Tálassa são os genitores de todas as criaturas do mar, principalmente os peixes. Juntos eles personificam o próprio elemento líquido e a vastidão oceânica, misturados eternamente. Ambos Deuses são descritos como pais dos daimones chamados de telquines, descritos como divindades com cabeça de cão e corpo de foca responsáveis pela invenção da metalurgia e pela forja da temível foice de Cronos, o Rei dos Titãs. Zeus, nas narrativas escoliásticas e do romano Ovídio, os teria punido por seu uso maligno de mágica e jogado-os ao Tártaro.
Nos mosaicos greco-romanos Tálassa é representada como uma mulher maternal vestida em algas, com chifres que imitam as pinças de um crustáceo e portando um remo na mão, já Ponto é representado como o rosto de um homem maduro e barbado emergindo da água, com pinças de crustáceo como chifres e cabelos nas cores do mar.
Ponto em si é descrito como o pai, junto a Gaia, a Mãe-Terra, de diversos Deuses do mar: Nereu, o Velho dos Mares, oráculo marítimo e Deus dos peixes; Taumante, Deus das maravilhas do mar; Fórcis e Ceto, Deuses dos horrores marítimos, monstros das profundezas e baleias e Euríbia, Deusa do poder de dominar os mares.
Os nomes deles em si são variações da palavra mar em grego antigo. De modo interessante, Tálassa é descrita pelos órficos em seu hino como mãe de Afrodite, deidade nascida da união das partes retalhadas da genitália de Urano, o Deus-Céu, atiradas ao mar.
E embora ao menos um destes protogenoi contem com um hino, os relatos de culto de ambos são escassos nas fontes mais confiáveis, aparecendo mais em representações poéticas como a antiquíssima Teogonia ou o tardio Dionisíacas, do escrito grego Nono. Suas funções e aspecto também são curiosamente replicadas pelos titãs Oceano e Tétis, descritos como pais dos rios da terra, dos seres marítimos e de diversas divindades, as oceânides.
Mesmo assim, há fragmentos de preces e descrições de Pausânias que apontam para a presença de Tálassa em templos dedicados a Poseidon. Nos escritos da Haliêutica, um guia de cinco livros sobre a arte da pesca em escrita símile ao estilo de Homero, o escritor greco-romano Opiano descreve uma prece para os Deuses do mar (Daimones Thalassoi), incluindo Tálassa entre eles.
Por fim, findamos mais um post sobre os Deuses Primordiais que compõem nosso mundo e espiritualidade politeísta. Paz a vós!
Hino Órfico a Tálassa, tradução de Rafael Brunhara.
"A ninfa do Oceano eu chamo, Tétis de olhos glaucos, soberana de escuro véu, corredora ondeante, com brisas de doce sopro pulsando pela terra, quebrando em praias e abrolhos as suas vastas ondas, na calmaria de moventes tenros turbilhões, (5) exultante de navios, umente nutriz de feras, mãe da Cípris, sim; e mãe das Nuvens trevosas, e das fontes florescentes em que fluem as Ninfas; Ouve-me, Deusa multi-insigne; prouvera ajudes, benfazeja, enviando bons ventos aos navios de reto curso, ó venturosa. (10)"
Trecho da Haliêutica de Opiano, tradução livre.
"Sê misericordioso comigo, tu que és rei no trato do mar [Poseidon], filho governante de Cronos (Cronos), Cinturão da terra, e sê misericordiosa tu mesma, ó Thalassa (Mar), e vós, deuses que no mar ressoante tendes a vossa morada (Daimones Thalassai); e concede-me contar sobre os teus rebanhos e tribos criadas no mar."
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⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ning yizhuo interpreta CIRCE
𓂃 ഒ ָ࣪ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: AKRASIA ato I, literatura sáfica, narrativa épica, grécia antiga, fantasia, mitologia grega, misandria, ação, harém, literatura erótica (sexo sem proteção, oral fem, sex pollen?, scissorring, a leitora é mais ativa, EEUSEIQUEVOCÊSSÃOTUDOPASSIVONASMASPFVMEDAUMACHANCEVIDASATIVASIMPORTAM, dirty talk).
Tô muito animada pra essa série, eu sou louca por mitologia grega. Tomei a liberdade de completar os mitos a serem expostos no decorrer dos capítulos com a minha própria interpretação criativa, para poder amarrar o enredo. Porém, não deixo de citar as minhas fontes (para esse ato I) sendo a Odisseia, a obra contemporânea Circe e O livro das Mitologias;
Acho que esse é o texto mais rico que eu já produzi, não só porque me levou tempo e pesquisa. Se você gosta da minha escrita como um todo, leia mesmo que não curta literatura sáfica, é só pular qualquer parte sexual que fica safe.
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⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ⓞⓑⓡⓘⓖⓐⓓⓐ ⓟⓞⓡ ⓛⓔⓡ
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───── ⸙.
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ATO I ⠀⠀ ⠀⠀ o mito de circe
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ESTA CANÇÃO COMEÇA E TERMINA NUMA TEMPESTADE. O raio que corta a imensidão noturna clareia tudo ao redor em vão, pois não há uma porção firme à vista para naufragar os restos do barco.
A trilha incandescente desenha pelo céu, semelhante a uma erva daninha, com seus ramas desaguando de canto em canto, e tomando mais e mais espaço até se perder no horizonte. Gigante, o vazio aberto faz parecer que está presenciando a fúria de um célebre titã, colossal e temido. O clarão que se estabelece pelo momento é capaz de cegar os olhos, construir a fantasia de um eterno vácuo sem cor ou forma.
E o som que sucede o fervor visual te faz tapar os ouvidos, encolhendo a postura. Jura, pelo resto de sanidade que ainda lhe resta, o compasso das ondas chocando-se contra o casco de madeira até muda de curso, como se a frequência reverberante fosse a potência que rege os mares.
O corpo tomba, para o caminho oposto em que a embarcação simplória é jogada. Bate com o peito na borda, os braços são jogados para fora, quase toca a água salgada com a ponta dos dedos. Senta-se sobre o estrado, afogando a pele da cintura para baixo no pequeno oceano que se forma dentro do barco. O supremo do mar não tem motivos para estar te atacando assim, pensa, o irmão dele, sim, pode estar enfurecendo o cosmos para te impedir de atracar em segurança. Quer a sua morte, nenhum rastro do seu cadáver quando a carcaça de madeira despontar em uma ilhota qualquer. Ninguém saberá nem a cor dos seus olhos.
— Nêmesis! — esforça-se para bradar mais alto que o repercutir das ondas quebrando.
Levanta-se num único impulso. Mal se alinha sobre os próprios pés, cambaleia conforme a embarcação nada por cima da maré, até se escorar no mastro. Abaixa o olhar.
— Nêmesis... — o título divino ecoa, agora, com mais fraqueza, tal qual um sussurro em segredo. Cerra os olhos. — Eu louvo a Nêmesis dos olhos brilhantes, filha de Nyx de capa escura...
Ó, grande deusa e rainha, Celebro-vos, a vingadora dos oprimidos, Que observais, que garantis que todo mal seja punido. Imparcial e inflexível, distribuidora da recompensa certa, Escutai meu lamento.
— Injustiça atormenta minhʼalma — confessa. — Sejais o corte da minha lâmina quando eu cruzar o destino de meu inimigo. Não deixeis que o sopro de vida opoente seja mais eterno que o meu. E eu vos prometo: será a minha alma pela dele.
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QUANDO CIRCE NASCEU o nome para o que ela viria a se tornar ainda não existia. Chamaram-na, então, de ninfa, confiando que seria como a mãe, antes de si, e as tias e as centenas primas. Modesto título, cujos poderes são tão singelos que mal podem assegurar-lhes a eternidade. Conversam com peixes e balançam-se em árvores, brincando com as gotas de chuva ou o sal das ondas na palma da mão. “Ninfa”, eles a chamaram, não apenas como em fada, mas em noiva.
Sua mãe Perseis era uma delas, uma náiade, filha do grande titã Oceanos e guardiã das fontes e águas doce. Belíssima, de ofuscar os olhos ao focar em outra coisa senão o brilho de sua pele feérica. Captura a atenção de Hélio, numa de suas visitas aos salões do primogênito dos titãs. Não havia nada igual Perseis.
Oceanos tinha uma aparência abatida, de olhos fundos na cara e uma barba branca beirando o colo. Seu palácio, entretanto, era um exímio refúgio situado nas profundezas das rochas terrestres. A estrutura se levantava em arcos altos, os pisos de pedra reluziam como a derme de bronze no corpo de Hélio. Pelos corredores amplos, era possível ouvir a dança das ondas, liderando a um infinito caminhar em que não se sabia o começo ou fim do leito rochoso. Nas margens, floresciam rosas acinzentadas, em cachoeiras dʼágua onde se banham as ninfas. Rindo, cantando e distribuindo as taças douradas entre si. Ali, se destacava Perseis. Não havia nada igual Perseis.
— E quanto àquela? — Hélio sempre se apaixonava por coisas belas, era seu defeito. Ele acreditava que a ordem natural do mundo era agradá-lo aos olhos.
Oceanos já conhecia o caráter do titã do sol, o brilho dourado em todos os netos que corriam de um canto ao outro pelos salões não o deixava esquecer.
— É minha filha Perseis — responde, num suspiro cansado. — Ela é tua, se desejar.
Hélio a encontrou no outro dia. Perseis sabia que ele viria, era frágil mas astuta, a mente feito uma enguia de dentes pontiagudos. Sabia que a glória não estava nos bastardos mortais e quedas nas margens dos rios. Pois quando estiveram frente a frente negociou, “uma troca?”, ele perguntou, poderia tê-la em seus lençóis apenas através do matrimônio. Teria o encanto de outras flores nos jardins que se espalham pela terra, mas nenhuma delas jamais reinaria em seus salões.
No dia de seu nascimento, Circe foi banhada e envolvida pela tia — uma das centenas.
— Uma menina — anunciou.
Hélio não se importava com as meninas. Suas filhas nasciam doces e brilhantes como o primeiro lagar de azeitonas. E mesmo quando olhou para o bebê emaranhado na colcha, sem reconhecer seu esplendor jovem, manteve sua fé.
Circe não era nada como Perseis.
— Ela terá um casamento digno — o titã acariciou a pele recém-nascida, feito uma bênção.
— O quão digno? — Perseis soou preocupada.
— Um príncipe, talvez.
— Um mortal?
— Com o rosto cheio dessa forma... Não sei se podemos pedir por muito.
A decepção estava clara na face de Perseis.
— Ela vai se casar com um filho de Zeus, com certeza — ela ainda insistiu, gostando de imaginar-se em banquetes no Olimpo, sentada à direita da rainha Hera.
Circe cresceu rápido — ou perdeu a noção do tempo enquanto cuidava dos irmãos. Os pés descalços correndo pelos corredores escuros do palácio do pai, sem um nome pelos primeiros quinze anos de vida. “KIRKE”, a chamaram, a princípio, para repreender quando olhavam nos profundos olhos amarelados e o choro estridente como uma águia que se senta ao canto do trono de Zeus.
O palácio de Hélio era vizinho a Oceanos, enterrado nas rochas da terra. As paredes pareciam não ter fim, extraídas de obsidiana polida. O titã do sol escolheu a dedo, gostava como a pedra refletia sua luz, superfícies lisas pegavam fogo quando ele passava. Mas não pensou na escuridão que deixaria assim que partisse.
Circe viveu na noite. As vistas demoram a se acostumar com o clarão que as rodas da carruagem celestial do pai descia dos céus. Bem-vindo de volta, papai, clamava, porém era recebida em silêncio.
Aos poucos, se acostumou a não falar tanto. Não retribuir, não repreender, não se opor. Não questionava por que não reluzia na água feito as outras náiades, ou tinha os cabelos castanhos e sedosos, por mais que os escovasse com os pentes de marfim. Na época de se casar, também não argumentou contra o matrimônio com um príncipe de uma cidade qualquer. Até hoje, ela não se lembra do nome exato.
Para classificá-lo, poderia usar um termo que fosse do horrendo ao desprezível, com tranquilidade. Sua boca tinha gosto salgado, e o som de sua voz martelava profundo na cabeça da jovem toda vez que abria a boca para dizer algo. Circe não se agradou da cama, da casa, das restrições, dos apelidos enfadonhos que recebia nas noites em que o álcool o tomava o juízo. Então, ela o matou.
Rebelde, insensata, má, foram algumas das palavras que ouviu de sua mãe ao ser devolvida nos salões do palácio. Era incompreensível para Perseis como sua filha havia retornado para casa sem uma moeda de ouro ou um herdeiro para recorrer um trono. Os cochichos sobre ervas e misturas de água quente não faziam sentido, de onde a prole de uma náiade saberia dosar veneno no cálice de vinho de alguém?
Hélio não sabia o que fazer, consumido pela decepção que tanto esforçou-se para afugentar, embora tenha visto nos olhos daquele bebê o destino miserável que o aguardava. Não queria ouvir quando os sussurros contavam sobre o terror daquele banquete em que o príncipe fora transformado em um besouro azul e pisoteado pela esposa de olhos amarelos.
Só que escutou quando Zeus murmurou em seu ouvido uma solução.
— Se odiais tanto a presença de um filho sem honra, exilai-o longe de suas preocupações.
O castigo pareceu justo. Sozinha, em exílio, Circe não seria a aberração do palácio do titã do sol. Não sentiria mais o gosto salgado dos beijos, as mãos ásperas que um dia já envolveram seu corpo. Seria somente ela e aquilo a que deu o nome de magia. E todo homem que aportasse em cais teria o mesmo fim que o primeiro.
Mas o corpo que amanheceu em sua praia não pertencia a nenhum homem.
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OS SEUS OLHOS SE ABREM DEVAGAR, a visão turva impede que reconheça perfeitamente o ambiente em que está, mas as curvas sem foco à sua frente não negam que se encontra sobre o teto de alguém, em um cômodo bem iluminado e decorado. Pisca as pálpebras, apetecendo, agora, com a pontada que sente se desprender quase que de dentro do cérebro.
Zonza, sente a cabeça pesada. Recosta na parede atrás de si. Os músculos, inicialmente, dormentes te dão a impressão de que está nas nuvens, flutuando. Até que a realidade bate e mais dores se somam ao desconforto. As pernas latejam, mas a pele está emaranhada em um tecido suave e escorregadio. Os braços doem, formigando, e só se dá conta do porquê de tamanho incômodo quando olha para os lados e percebe os punhos erguidos no ar por um pedaço de pano amarrado ao dossel de madeira da cama.
A primeira reação, claro, é se soltar. Luta contra a própria dor para puxar os punhos em direção ao corpo deitado para afrouxar as amarras, força ao máximo que o estado debilitado permite, ouvindo o estalo da madeira. Porém, é em vão.
Franze o cenho. Não deveria ser tão difícil para você conseguir se libertar assim, até que o ressoar de risadinhas doces ecoam pelo cômodo e levam os seus olhos para a beirada da cama, aos seus pés.
Vê a forma que as cabecinhas formam montanhas com seus cabelos esverdeados. Os olhinhos curiosos se erguendo do “esconderijo” para espiar a movimentação que se dá sobre a cama. Murmuram entre si, sorrindo. Ninfas, você soube na hora. Mas elas servem a alguém, quem era sua senhora?
— Saiam, saiam! — a resposta surge com o chegar de outra mulher ao recinto. Ela balança as mãos, causando um alvoroço entre todas as criaturas que estavam escondidas debaixo dos móveis para descobrir mais sobre o estranho que aportou naquela manhã.
As ninfas choramingam, passando por cima das mesas, jogando as peças de cerâmica no chão, mas não desrespeitam a ordem. Deixam todas o quarto, fechando a porta ao saírem.
— Perdoa pela confusão — a mulher diz, com um sorriso —, elas estão morrendo de curiosidade.
Você a assiste se aproximar mais. Acompanha como caminha em paz ao móvel à sua direita para despejar um pouco do líquido da jarra para o cálice. Se vira com o objeto em mãos, te oferecendo.
— Onde estou? — é o que a pergunta.
— Na minha casa — ela responde. — Bebe.
— Me solte — pede, ignorando completamente a oferta. — Com certeza, não estou no lugar onde deveria estar. — Torna a face para o próprio corpo estirado sobre o tecido e não reconhece a roupa que está vestindo. — O que fizeste com as minhas coisas? Onde estão minhas coisas?
— As ninfas te acomodaram — justifica. — A roupa molhada não te faria bem, e não havia mais nada contigo quando te encontramos na praia. Vamos, bebe.
— Mentira! — roga, virando-se para ela mais uma vez. O cálice está a milímetros dos seus lábios, mas não cede. — Eu trazia uma bolsa comigo, em meu barco, e quero de volta.
A mulher parece se controlar para não perder a paciência, respira fundo. Senta-se no cantinho da cama.
— Escuta — começa —, se estavas em alguma embarcação no caminho para cá, os destroços estão no fundo do oceano. Não havia mais nada além de ti.
Você escuta, mas claramente não digere.
— E se não queria perder sua bolsa ��� ela continua —, deveria tê-la segurado com mais força.
Argh, você grunhe, não conformada com o que ouve. Os braços doloridos voltam a ser flexionados, conforme tenta escapar mais uma vez.
— Não gaste tanto esforço — ela te aconselha —, não vai se soltar.
— O quê... — murmura, impaciente. Te aflige a forma com que puxa com o máximo de força que possui e mesmo assim o tecido nem fraqueja. — On... Onde estou? Que lugar é esse? Não te pedi para que me trouxesse para cá!
— Por que é tão ingrata? — levemente se irrita. Hum, resmunga, erguendo-se para largar o cálice de volta no móvel onde estava. — Está me fazendo arrepender de ter sido tão boa...
— Boa?! — repete, incrédula. — Me mantém presa à tua cama!
— Porque não confio em ti.
— Pois eu não confio em ti.
Ela pende a cabeça pro lado, te observando com pouco crédito. Se inclina, de surpresa, apoiando as mãos nos cantos do seu corpo debilitado para estar pertinho do seu rosto quando diz “certo, quer sair?”
— Espero muito que seja uma guerreira habilidosa e não uma filha de pescador qualquer, porque aí pode conseguir caminhar para fora deste palácio antes que os lobos te peguem. — O tom na voz dela é de pura gozação, como se menosprezasse até o ar que você inala nas quatro paredes do domínio dela. — E que os deuses te protejam para que não seja devorada pelos leões no caminho à praia e possa morrer de exaustão nadando sem rumo pelo oceano.
A ameaça em si não te assusta, o que desperta o seu alarde é a descrição singular. Na mente, as pecinhas desse quebra-cabeça vão se unindo para formular uma resposta para as suas perguntas.
Se lembra da fúria que enfrentou naquela tempestade a mar aberto, sem saber se sobreviveria e onde os destroços do naufrágio iriam parar. No entanto, as suas preces parecem ter sido ouvidas, pois Nêmesis te trouxe para a casa de uma das mulheres mais fascinantes da qual já ouviu falar.
Se lembra do eco da canção nas noites de festa, a lira ao fundo acompanhando a voz que recitava os versos sobre a lenda de uma jovem rebelde, insensata e má. Em exílio em uma ilha, à espreita de nobres cavalheiros que aportassem em seu cais. Embebedando cada um em seus banquetes de recepção e transformando-os em criaturas variadas para cultivar seu zoológico pessoal.
É, você a conhece muito bem. Deveria ter se tocado assim que colocou os olhos no olhar profundo e amarelado como uma águia.
— Esta é Eéia — anuncia o nome da ilha. — Tu és Circe — um sorriso ameaça crescer nos lábios da mulher —, a primeira bruxa.
Circe endireita a postura, não sabendo bem como receber esse título.
— Então é assim que me conhecem... Interessante — murmura, de queixo erguido.
— Cantam canções sobre ti, seus feitos.
— Hm, é mesmo?
— Circe dos olhos de águia. Algumas aldeias te veneram.
— Me bajular não vai fazer com que eu te solte.
Você meneia o rosto para o lado contrário, sem graça depois que suas intenções são desmascaradas. Porém, é obrigada a encará-la novamente mais quando ela te segura pelo queixo, “é minha vez de fazer as perguntas agora.”
— Qual teu nome? Da onde vens?
As suas palavras são engolidas, não emite um som em resposta sequer. E Circe espera, de bom grado, olhando no fundo dos seus olhos em busca de uma pista qualquer, mas não encontra nada.
— Além de ingrata, é muito egoísta — te diz —, como pode saber tanto sobre mim quando não sei nada sobre ti? — Sorri, soltando teu rosto. — Se não vai falar, te aconselho a beber — torna a atenção para o cálice cheio —, até que eu me decida o que fazer contigo, não quero que morra desidratada.
Se inclina, com aquele mesmo tom gozador de antes. “Sabe, é a primeira vez que isso me acontece” , ela conta, “normalmente, eu convido os marinheiros para um banquete e os amaldiçoo, eu odeio marinheiros. Mas tu não és um marinheiro como os outros... Então, pode ser que eu demore um tempo até me decidir.”
E ela não tem pressa. Os dias se somam, pela manhã as ninfas adentram o quarto para te alimentar e saem logo em seguida, silenciosas, porém risonhas. Não vê ou escuta a bruxa, como se ela nem existisse ou fosse a dona daquele palácio. O que compõe a sinfonia para os seus ouvidos é o som dos animais de pequeno porte que invadem pela janela, feito os macaquinhos e os pássaros, e o rugido dos leões. À noite, por vezes, o que julga ser uma união das vozes doces das ninfas te mantém acordada. Os gemidos prolongados, longe de choramingar por dor, mas por prazer.
Não demora a compreender que para Circe, você não tem valor algum. Com o tempo, não tem dúvidas, as servas deixaram de te trazer o cálice de kykeon com uma mistura fortificada com cevada e morrerá de fome. E se não tem valor nenhum à bruxa, talvez seja melhor mostrar para a bruxa que ela tem valor para ti.
— Diga a tua senhora que estou pronta para falar com ela — é o que orienta as ninfas numa manhã.
Circe manda organizar um pequeno festim. Você recebe uma túnica nova e um par de sandálias de couro. É banhada, vestida, o cinto lhe molda a cintura. Quando sai do quarto pela primeira vez, a decoração do lado de fora não se diferencia muito do que via no confinamento. Peças de cerâmica espatifadas pelo chão, cortinas rasgadas pelos animais, as formosas ninfas penduradas nas pilastras, olhando-te com sorrisos bobos nos lábios vermelhinhos.
Atravessa o pátio até o grande salão, sentindo-se pequena entre as feras deitadas sobre o mosaico imenso. Circe está deitada num divã, puxando as uvas do cacho e rindo. Traja uma túnica com detalhes em vermelho e dourado, unida no ombro esquerdo pelo broche de cabeça de leão. As tochas e as velas ajudam a lua a iluminar o ambiente. Ao canto, o som da lira se mistura aos demais instrumentos de sopro e o som da ninfa que cantarola com um coelho no colo.
— Ah, aí está ela! — O sorriso de Circe aumenta ao te ver. Apanha a taça na mesinha de apoio cheia de frutas e o ergue no ar, como se brindasse sozinha, antes de beber um gole.
As servas te acomodam à mesinha redonda em frente ao divã, sentada sobre as almofadas e os lençóis estirados. Um cálice te é oferecido, adoçam o vinho com mel para que a bebida forte desça mais facilmente pela garganta seca. Prova do peixe frito, controlando a própria fome para não parecer ingrata pela sopa que recebia todos os dias.
Os aperitivos parecem se multiplicar nas mesinhas espalhadas pela área coberta, chamativos. Mas você precisa manter a cabeça em foco.
— Espero que perdoe meu silêncio — faz com que a voz sobressaia de leve por cima da música, do canto em coral e do som dos passos dançados no pátio.
Circe espia brevemente na sua direção, com um sorriso pequeno.
— No teu lugar, eu também temeria.
Você leva uma unidade do cacho de uvas à boca, sentando-se aos pés do divã.
— Mas não preciso temer-te agora, preciso?
A bruxa lhe oferece mais um olhar, dessa vez com o sorriso mais largo.
— Pareço com alguém que deve temer?
É a sua vez de sorrir, desviando a atenção para o festejo que as ninfas realizam entre si.
— Não estava em meus planos atracar em tuas terras — admite a ela —, mas estou contente que assim o fiz. Tens me alimentado e por isso sou grata.
— Sou benevolente demais, é um defeito meu.
— E muito inteligente, eu suponho. Especialmente porque vai aceitar a minha oferta.
Ela aperta o cenho, não te leva a sério.
— Oh, tem uma oferta pra mim? — o tom divertido não te intimida.
— Estava certa ao duvidar de uma mulher que naufraga sozinha na tua praia — começa, em sua própria defesa. — Eu não sou filha de um pescador, ou de um comerciante qualquer. Eu naufraguei na tua ilha porque estava fugindo.
Agora, ela se interessa, “e do que estava fugindo?”
— Do meu destino — a sua resposta não é a mais precisa de todas, porém é suficiente. — Uma grande tempestade assombrava o mar naquela noite, eu, de fato, pensei que não fosse sobreviver. Mas eu rezei para que aquele não fosse meu último suspiro, e as minhas preces me trouxeram para cá, para que eu possa concluir a minha missão.
— E que tipo de missão é essa?
Você desce o olhar para o cálice em mãos. À medida que o vinha desaparece, a pintura de um guerreiro empunhando a espada surge no fundo da taça. Vingança.
— Irei subir até o topo da morada dos deuses e castigar Zeus por toda tormenta que trouxe à minha vida.
Talvez fosse a ousadia de subir o monte sem ao menos dispor de um veículo de locomoção, e possivelmente o nome sagrado dito com tamanho desprezo, Zeus, que faz Circe rir como se tivesse ouvido a piada mais bem contada no palco de uma peça.
— Quer se vingar de Zeus?! — claramente não leva seus planos a sério. — Ah, querida, não tem nem uma adaga de bolso para a viagem. Eu posso envenenar-te com esse cálice que segura e tu não conseguirias se defender. E fala de matar Zeus?! O Deus dos Deuses?
Você finaliza o vinho, para mostrar que nem a ameaça da boca pra fora dela te faz temer.
— Não tenho uma espada comigo agora, é verdade. — A olha. — Mas você me dará uma.
Circe apoia o cotovelo no descanso do divã, para chegar mais perto de ti.
— Sinto que as canções que cantaram-te eram enganosas — rebate, com a voz afiada —, pois não sou nenhum mestre da forja. Eu não crio coisas, querida, eu as transformo.
E você não se deixa intimidar.
— Não, não terá que criar nada — argumenta. — A espada que empunharei até o Olimpo será feita pelo próprio ferreiro dos deuses.
— Hefesto? — ela duvida mais uma vez. — E ele já está ciente dessa loucura?
— Ele estará, assim que chegarmos ao Submundo.
O som da risada divertida da bruxa se destaca entre a orquestra. Circe joga a cabeça para trás, manejando a taça em mãos. Recupera o fôlego sem pressa, cruelmente debruçada na comicidade para te penetrar o mínimo de juízo.
Para você, entretanto, não existe uma frase racional sequer que possa te fazer desistir do plano que elaborou meticulosamente em todos esses dias de confinamento. Enquanto as ninfas te alimentavam, tratavam as feridas superficiais que o naufrágio deixou, e os animais passeavam pela sua cama, a mente entrelaçava um percurso ousado desde de Eéia até a região da Tessália. Todas as cidades em que iria passar, com quem iria conversar e quem iria matar pelo caminho.
O riso que recebe agora é só um prelúdio para o choro incessante que despertará no panteão.
— Quando Hefesto me construir a espada, eu te entregarei o metal — você prossegue, inabalada —, e caberá a ti transformá-lo.
“Te confiarei o meu sangue, pois somente um deus pode matar outro deus”, fala, “para que abençoe a espada, e faças dela uma matadora de deuses.”
O sorriso de Circe diminui aos poucos, és uma semideusa, murmura, se familiarizando melhor com a situação que lida.
— Oh, entendo agora... — o indicador circula pela beirada da taça. — Este é um impasse familiar? Por isso quer vingança... Mas, se tratando de família, temo que devo me retirar, pois já tenho impasses desse tipo por conta própria.
Você não se dá por vencida facilmente.
— Pense em tudo que conquistará — apela. — Depois que eu matar Zeus, e eu o matarei — frisa —, quem estará sob o comando do Olimpo, uma vez que eu não disponho de nenhum interesse de poder?
— A Rainha, certamente.
— Não quando o rei dela cairá pelas minhas mãos. — Você se apruma de joelhos, mais pertinho do corpo estirado no divã. — Pode ter muito mais do que a Ilha. Uma mulher tão poderosa quanto tu não deveria estar exilada e solitária.
— Não estou sozinha.
— Eles cantam canções sobre ti, Circe. Sobre teu poder, tua grandeza. Não imagina quantas garotas por aí queriam poder gozar dos mesmos encantos que prega para se protegerem dos homens do mundo.
Apoia-se com a palma no descanso do estofado para se posicionar atrás dela. A boca ao pé do ouvido, feito uma tentação. “Poderia ser adorada como uma deusa, e responder às preces que te rogam.”
“Não tem que se contentar com os marinheiros que aportam uma vez a cada lua cheia, ou às vezes nem mesmo atracam... Não nasceste para viver nessa ilha, por mais que tenha se acostumado a chamá-la de lar. Está aqui porque te colocaram aqui. Zeus te colocou aqui.”
— Meu pai me colocou aqui — ela retruca, cuspindo cada palavra após terem tocado em sua ferida ainda aberta.
— Porque ele ouviu Zeus — você corrige mais uma vez. — Hélio teria feito diferente se não fosse pela influência daquele que chamaram de Deus dos Deuses.
— Você não conhece meu pai.
— Mas conheço Zeus.
“Eu sei do que ele é capaz”, completa. “Eu vivi a sua fúria, se eu não tenho mais uma casa para qual retornar é por sua culpa. Ele já nos causou mal demais”, aproxima-se do outro ouvido, para sussurrar: é hora de fazê-lo pagar.
Circe mantém a postura. Os olhos de águia, antes tão caçadores, agora fogem do seu olhar. Beberica do vinho em mãos, murmurando um “vou pensar com misericórdia”, tentando trazer de volta o mesmo tom gozador que já usou previamente contigo.
— Levem-na para celebrar! — orienta as servas, com aceno das mãos.
— Eu não celebro — você contradiz, em vão, pois as mãozinhas finas das ninfas te tocam os ombros e guiam para fora da área coberta.
É levada até o pátio, no centro do mosaico. Aos seus pés, o desenho que se forma com pedrinhas coloridas ilustra a cena de uma batalha sanguinária, a lâmina reluzente é erguida à mão de uma mulher. Dizem, nos cânticos, que o mosaico encantado no palácio da primeira bruxa revela aos olhos desatentos dos homens que ela embriaga o futuro que os aguarda.
Guerra, sangue, destruição. As faces assustadas e o mar de cabeças rolando não te aflige.
À sua volta os corpos belos e mal vestidos da ninfas rondam-te como presas. Cabelos extensos, passando da cintura e quase no joelho. O brilho da pele feérica cintila sob o banho da lua, somam-se ao ecoar dos instrumentos de sopro, ao tambor, e as vozes tão melosas quanto o mel que adoçou teu vinho.
Se cobrem com o véu, para valsarem ao seu rodar em sincronia. De repente, está com a visão totalmente monopolizada por elas. Aquilo que dizem sobre as ninfas, sua capacidade de hipnotizar quem quer que almejem, aqui pode provar da procedência. Talvez seja o efeito do álcool que ingeriu, é uma boa explicação senão o misticismo daquelas criaturas da floresta, quando a visão fica turva, perdendo o foco de supetão e voltando ao normal.
Sente o som dos tambores batendo no seu coração, o corpo pesar. Esquenta a pele, como se a temperatura ambiente tivesse ido às alturas em um verão mais árido que o normal. Cambaleia, perde a noção de equilíbrio. As vozes cantam no fundo do seu ouvido, parecem moldar o caminho incorreto que as suas sandálias traçam.
Olha ao redor, em busca de algo que faça sentido, e só enxerga a insanidade. Os sorrisos imorais, o mover depravado de corpo em corpo. Os rostinhos falsamente inocentes abraçados às árvores do jardim. Corpos se eriçando feito bestas, unhas pontiagudas como garras de caça. Olhos brilhando na escuridão que se guarda nos limites do refúgio infame da bruxa.
Mas um olhar se destaca entre o mar de lascividade. Grandes, profundos, amarelados. Estreitos nas pontas como uma águia.
Você pisa em falso, vai de encontro ao chão para ser recebida pelo conforto de almofadas e mantas, e descansa a nuca no pelo de um leão. O par de mãos que sobe pelas suas canelas não se importa com o limite que a sua túnica estabelece. Toque quente, queima junto à sua pele, arrepia até o último fio de cabelo. E aqueles olhos ferventes... Aqueles malditos olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Olhos de quem percebe tudo, tudo sem dizer nada.
— Circe — chama o nome dela, segurando em seus ombros, como se evocasse um demônio. — Não me tente, bruxa.
— É isso que achas que estou fazendo? — O sorriso ladino se espalha pela boca como verme. A ponta do nariz roça na sua, respiração soprando contra o seu rosto.
Ardilosa, ela se acomoda sobre o seu colo, permite que o calor entre as pernas te aqueça o ventre por cima da fina camada de tecido que ainda lhes cobre a nudez. Os longos cabelos negros recaem para o canto, conforme se inclina, “nunca conheci nenhuma mulher além das ninfas”, ela conta, “me deixe experimentar você.”
É o feitiço em efeito, só pode ser, pois se doa sem pensar muito nas consequências. A última vez que vê o rosto dela é quando já está se aproximando no meio das suas pernas, com um sorriso libidinoso e os quadris eriçados, de quatro sobre o chão.
Encara a lua cheia no céu noturno. A imensidão vazia às bordas só não te captura a atenção porque o baixo ventre se remexe em prazer. Sente o carinho dos dedos te circulando, escorregando entre as dobrinhas conforme se molha mais e mais. O nariz se esfrega no seu monte de vênus, sensual, inebriando-se no seu cheiro antes de te provar o sabor. Quando a boca vem, você se agarra aos lençóis ao seu redor.
Pode ouvir os sons das ninfas, jura, uma orquestra erótica se fortificando ao pé do seu ouvido como se quisesse te levar à loucura. Desce as mãos pelo próprio corpo, toca os fios escorridos da moça e os toma na palma. Feito a guiasse, mantém o controle da carícia que recebe. Os olhos se fecham, um suspiro longo deixando o seu peito ao se entregar mais e mais. Desde que saiu de casa, empurrando aquele barco simples pela areia até a praia, de todos os possíveis cenários que protagonizaria em seu futuro, nenhum deles envolvia estar aqui onde está, com quem está, fazendo o que faz agora. E não é como se arrependesse, entenda.
Encontra-se à beira, quase derramando, mas não permite-se entregar ao deleite. A ergue pelos cabelos, bruta na maneira de manejá-la de volta aos teus braços. É fácil romper o broche de cabeça de leão na altura dos ombros alheios, maior ainda é a facilidade para desfazer as amarras da túnica que ela usa.
Num movimento único, a coloca sob ti, tão habilidosa com a arte de mover-se que arranca um daqueles sorrisinhos debochados que ela tem. A separa as pernas e se posiciona de modo que possam ficar bem encaixadinhas. A conexão é tão úmida, o seu desejo se misturando ao dela quando se encontram dessa forma. Deixa que a perna dela descanse no seu ombro, movendo os seus quadris contra o corpo feminino.
Circe leva a mão à sua cintura, aperta. Puxa o seu cinto, desfaz a cobertura que a túnica promove somente para poder arrastar as unhas da sua barriga às costelas. E você grunhe, ardendo não só pelo carinho arisco, mas pela ousadia de quem tecnicamente está sob seu controle.
— Má — a sua voz soa mais baixa, num murmuro como se não quisesse que ninguém além dela escutasse. — Pensei que fosse boa, esse era o seu defeito, não era?
Ela se delicia com as palavras, com o tom aveludado. Eu sou quem eu quero ser.
Amar Circe foi uma das melhores coisas que já fez, não só pela experiência nova e erótica, mas também pela conexão que se estabelece ao fazer dela sua primeira companheira. Deita ao canto dela, ao fim, quase se perde com o olhar pelo desenho do corpo nu, de lado com a cabeça sobre os lençóis macios. Os cabelos negros recaem em cascata, são jogados para trás e limpam o rosto corado, os olhos brilhantes.
Ela encolhe de leve a postura, o ombrinho tocando a bochecha.
— Eu vou contigo — diz.
Você apenas sorri, num suspiro que mistura o cansaço e o alívio.
— Mas, se me trair... — ela ameaça.
— Não vou te trair — garante. — Pareço com alguém que deves temer?
Tomam a noite para si, para o ócio. Com o nascer da manhã, porém, devem de partir. Faltam quatro dias para o fim do verão, e se querem uma passagem para o Submundo, estão com o tempo contado.
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essa situação toda é uma merda.
bom, como eu escrevo pro nct, me sinto meio que na obrigação de ter que falar algo sobre isso, não vou citar o nome de vocês sabem quem, pois no meu blog citei pouquissimas vezes o nome dele (apaguei dos posts todas as vezes que citei o nome dele) e quero manter assim.
como nunca escrevi com ele, então não vai mudar nada, mas não pretendo parar de escrever ou deixar de escrever com o 127, acredito que os outros membros não tem culpa disso ter acontecido, a vítima já disse que a única pessoa quem ela quer atacar eh o coiso lá, então aqui não vai mudar nada (já que eu raramente falava dele).
eu to realmente chateada com essa situação, mas não consigo imaginar a dor e agonia da vítima que sofreu/está sofrendo com esse caso, desejo que a vítima esteja se sentindo melhor agora sabendo que ele será punido, e só espero que a justiça seja feita.
se alguém estiver precisando de ajuda por ter sido engatilhado com esse assunto, minha dm sempre estará aberta!! quero que esse blog seja um lugar de conforto pra vocês como é pra mim.
não pretendo parar de escrever com o 127, pois meu utt tá lá e não acho que os outros tenham culpa de uma situação merda como essa estar acontecendo. o 127 como 8 membros é o meu porto seguro, e isso não vai mudar (eu espero :( ), eu amo ainda muito os 8.
claro que esse tipo de coisa é uma quebra de confiança, por isso talvez eu dê uma afastada não apenas do blog, mas de absolutamente tudo, mas futuramente ainda pretendo voltar escrevendo com os membros que mais costumo escrever.
agora falando como pessoa real marie (fora daqui do blog), eu to extremamente chateada, ontem mesmo eu tive um dia cansativo demais, cheguei em casa e botei o nct pra assistir, nos dias em que eu me sinto triste e sozinha, as únicas pessoas que me deixam melhor são eles, mas com esse tipo de coisa eu sempre lembro que eles são homens, e o que a gente vê nas telas são personalidades projetadas pra que a gente goste deles. já hoje cheguei exausta pq passei o dia inteiro triste por conta disso e simplesmente não tenho pra onde correr, já que não sei se posso confiar nem no meu porto seguro.
não é nossa culpa confiar em alguém que a gente só conhece um lado, mas infelizmente essa é a realidade de todas as bg stans, pq eles são homens!!!!!! homens são homens e isso nunca vai mudar, eu não vou desejar o mal a ninguém porque isso vai contra meus princípios, mas eu acredito em Deus e acredito que o julgamento dEle não tem erro, que a justiça seja feita e que a vítima possa viver a própria vida sabendo que seu abusador será punido pelos seus atos.
#não acho que esse post merece a tag do meu cotidiano#pq como todos os membros fizeram#quero só fingir que ele nunca existiu#se algum seguidor meu vier dizer merda defendendo ele#não manda nada#para de me seguir e me bloqueia#eu imploro#pq se não eu faço isso com muito gosto.#sempre estarei do lado da vítima.
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Medite nas realizações de Deus. Ele não fecha os olhos para o nosso pecado, nem abre mão dos seus preceitos. Não faz vista grossa a nossa rebelião, nem afrouxa suas exigências. Em vez de desconsiderar nossos pecados, ele os assume e (inacreditável!) sentencia-se a si mesmo. A santidade de Deus é honrada. Nosso pecado é punido... e somos redimidos. Deus faz o que não podemos fazer para que possamos ser o que nem sequer ousamos sonhar: perfeitos diante de Deus.
Na Jornada Com Cristo, Max Lucado
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Coragem?
O que você faria se tivesse 20 segundos de coragem? Beijaria alguém? Gritaria bem alto no meio da rua? Tomaria impulso pra pular de paraquedas? Tomaria aquela decisão que martela a tempos em sua cabeça mas que você nunca conseguiu levar adiante?
O que você faria se por 20 segundos você pudesse fazer qualquer coisa sem ser punido ou sem que te julgassem? Como você se vestiria? O que você comeria, aonde iria?
E se você tivesse apenas 20 segundos de vida? Pediria perdão? Perdoaria alguém? Qual seria sua última ação ou pensamento?
#projetocartel#becodospoetas#lardepoesias#lardospoetas#carteldapoesia#lardepoetas#arquivopoetico#liberdadeliteraria#projetoflorejo#projetoversografando
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Quem é Lucifer para você?
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/77b93ef29d35c0b20f87c8b5e8dafe41/acca3f2db135ce63-40/s540x810/b6427c092a179667441419a84864815197417a64.jpg)
Ele é visto como um símbolo de iluminação, conhecimento e liberdade,um portador da luz (como o próprio nome indica,vindo do latim lux ferre,“aquele que traz a luz”). Para bruxas e praticantes de ocultismo,Lúcifer muitas vezes representa a rebeldia contra sistemas opressores e o despertar da consciência.
Em vez de ser encarado como um ser maléfico, ele é compreendido como o questionador,aquele que desafia as normas e a autoridade injusta. Ele é visto como uma figura que estimula o ser humano a buscar a verdade e o autoconhecimento,incentivando a desobediência contra dogmas cegos. Essa ideia de Lúcifer como o portador de luz também pode ser relacionada com Prometeu,na mitologia grega,que roubou o fogo dos deuses para dá-lo à humanidade,trazendo sabedoria, mas sendo punido por isso.
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/50e397fd00ff7835d611b1975c45435a/acca3f2db135ce63-45/s540x810/bc1347569c14b12cc62c0d90b7f7a94fe781d09f.jpg)
Lúcifer se torna o símbolo da liberdade individual,da recusa à submissão e do empoderamento pessoal. Ele nos convida a enfrentar nossos próprios medos e sombras,a romper com as correntes impostas por forças externas e a caminhar rumo à verdadeira independência espiritual. Um aliado no caminho do autoconhecimento e do empoderamento pessoal,inspirando a busca pelo potencial máximo que cada ser humano possui,sem medo de enfrentar tabus ou dogmas. Ele é honrado como um símbolo de luz interior e despertar.
Você tem medo?
Se você não possui conhecimento sobre um determinado assunto e não domina isso o medo será um dos primeiros sentimentos que você sentirá,principalmente se você ainda está preso em correntes dogmáticas e cristãs,muitas das vezes você compreende Lúcifer intelectualmente mas em seu inconsciente ainda existem dogmas,preconceitos e crenças limitantes e escravagistas e isso prejudica seu crescimento e evolução espiritual,assim como,a conexão com Lucifer e sua egrégora.
Lúcifer e suas egrégoras
Muitas pessoas deturpam Lúcifer e isso é bem comum no ocultismo,principalmente entre aqueles que buscam apenas interesses gananciosos e imaturos,eles associam Lúcifer a aspectos frívolos e aspectos materiais e vingativos (há uma grande diferença entre justiça e vinganças imaturas),criando uma visão e egrégora desagradável e deturpada,isso atrai pessoas leigas e imaturas,que acreditam que a espiritualidade é brincadeira,algo superficial e limitado a desejos humanos e mesquinhos e que tudo se resume a sangue e dinheiro,se você enxerga Lúcifer dessa maneira você atrairá essa egrégora para sua vida,não será benéfica.
Lúcifer e suas sombras
Lúcifer trabalha de uma maneira semelhante a Exu mas não são a mesma coisa,Exu é uma entidade e Lúcifer é uma divindade,embora,algumas pessoas o enxergue apenas como um arquétipo,mas vamos focar no aspecto divindade. Se você ainda tem uma visão bíblica de Lúcifer aconselho você a buscar o conhecimento e o desprendimento destas crenças pois você não terá boas experiências com essa divindade tendo aspectos tão negativos em seu inconsciente.
Lúcifer foi deturpado em passagens bíblicas e há inúmeras traduções errôneas,se referem a ele como estrela da manhã mas em traduções mais antigas se referem a Cristo como estrela da manhã também,há muitas metáforas e códigos na bíblia que foram manipuladas,principalmente por aspectos políticos.
A egrégora de Lúcifer é uma egrégora mais densa,nem todos estão preparados ou foram feitos para ela,mas antes de adentrar é de suma importância estudar sobre ou você poderá ter experiências desagradáveis. No meu caso minhas entidades tem ligações com magia luciferiana mas nem todas possuem mas isso não significa que você não possa praticar e aprender sobre isso.
Uma das experiências que tive neste âmbito foi quando "minha" entidade me guiou em meus estudos sobre isso mostrando a mim sobre o Luciferianismo e me fazendo despertar,tanto Lúcifer quanto Exu começam a trabalhar com nossas sombras e o caos e não é um processo fácil ou agradável,são às noites escuras da alma e do caos nasce a luz e a organização,trazendo equilíbrio. Se contaram a você que praticar tais coisas é sinônimo de que você ficará rico é uma grande mentira,essa deturpação pregada pelos ares é apenas para atrair leigos,sarcedotes enriquecem às custas da imbecilidade humana.
Lúcifer não pertence a nenhuma religião e odeia dogmas ou doutrinas ele é o sinônimo da liberdade e justiça,vem justamente libertar e o que agrada a Lúcifer ou até mesmo Exu é a busca pelo conhecimento é a disciplina. Comodismo,superficialidades e indisciplinas afastam ambos. Quando me refiro a justiça e ao bem e mal neste âmbito é relativo e não está baseado nas leis e morais criadas pelo homem e sociedade atual menos ainda a parâmetros cristocêntricos,por isso a importância de libertar-se destes pilares,não é a toa que somos vistos como algo "ruim" ou ovelhas negras.
Lúcifer e seus aspectos
Se você é preguiçoso e procastinador não o invoque,ele odeia frivolidades. Tais sacrifícios tão cabalusos pregados pelos ares,principalmente envolvendo sangue animal é apenas para chamar atenção e faturar,atrair aqueles que vivem a mercê do seu próprio egocentrismo,pois suas oferendas em maioria são bebidas,frutas,grãos,carnes que você encontra em açougue e abatida.
Algo importante NÃO EXISTE assentamento de Lúcifer (divindade) ou Baphomet como muitos aproveitadores tem feito propaganda,apenas para faturar,existe o assentamento do Exu Lúcifer que é uma ENTIDADE muito comum na quimbanda e não uma divindade.
Cada um vê Lúcifer de uma maneira,ele aparece para cada um de uma maneira diferente,todas às experiências são relativas e há várias vertentes,não necessariamente existe um certo ou errado,mas como eu disse,você deve tomar cuidado com às egrégoras,uma visão deturpada não dará um acesso a verdadeira essência desta divindade. Deve haver o equilíbrio sobre a luz e sombras.
Minhas experiências em gnose com ele foram bem interessantes e fez bem e não,ele não tem chifres ou rabo menos ainda é vermelho. Em viagens astrais visitei lugares bem interessantes e naqueles locais eu sentia muita luz e leveza de espírito,eu não me recordava das dores ou traumas terrenos e eu sentia uma espécie de "calor" dentro da minha alma no sentido de conforto e paz,era como se eu estivesse curada de todas às minhas dores e isso foi bem emocionante para mim. Ele,assim como Exu,limpou minhas mágoas e rancores internos e me ensinaram muitas coisas que agregaram na minha vida.
O fato de você cultuar X é Y não isenta você de tribulações ou provações,vivemos em um plano extremamente injusto onde existem diversas provações e misérias,não somos melhores que X ou Y por isso. Vamos adoecer,atravessar injustiças,dores e tantas outras coisas é inevitável e muitas perguntas ficarão sem respostas,basta reconhecer o quanto somos insignificantes e estamos aqui apenas de passagem e em busca de um crescimento e riqueza espiritual,o dinheiro é importante e necessário e bom não é uma maldição menos ainda a riqueza é maldição,mas deixar-se dominar pela ganância será a sua queda moral e espiritual,é graças a ganância humana que há tanta injustiça social e sangue inocente sendo derramado e vidas inocentes em sofrimento.
Lúcifer ensina que às pessoas terão de nós o que merecem,eu por exemplo,não desperdiço o meu amor,luz,respeito e gentileza com quem merece a minha escuridão,você deve defender-se de quem busca a todo custo arruinar a sua vida injustamente,misericórdia é para quem merece misericórdia,assim como,perdão. Claro,dentro de parâmetros cristãos e moralistas com jugos de escravidão isso soará "errado" mas errado é você dar a sua face para canalhas bater e enterrar você viva,há pessoas que realmente merecem o pior de você e você não é ruim por isso menos ainda deve sentir-se culpado,liberte-se dessas amarras morais de escravidão e deixem pensar que você é um "Demônio" pois para quem merecer você deve ser mesmo,não carregue o fardo de agradar pessoas idiotas.
Bem,finalizando isso é um breve resumo sobre Lúcifer e afins,se o seu caminho não é esse está tudo bem,mas o conhecimento nunca é demais explore tudo o que estiver ao seu alcance e não viva dentro de uma caverna,aliás,você pode cultuar o que você quiser e quantos Deuses e entidades você quiser!
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Alien Stage Teoria
Parte 1 (Você está aqui)
Parte 2
Parte 3
Tenho uma teoria que Ivan tentou fugir com Till, mas Till desistiu disso, pois não queria abandonar a Mizi na instalação.
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Essa cena aparece no Round 3, o Ivan estava preso, imagino que ou todas as crianças ficavam presas a noite ou Till estava preso por tentar lutar contra um alien (a cena aparece um pouco antes na música).
Se for a 1ª opção, pode ser que Ivan, ou descobriu uma maneira de se soltar, ou por ele ser o melhor da turma, tivesse privilégios como não dormir preso.
E a cena anterior onde Till luta contra um alien para salvar Mizi tenha sido mostrada apenas para indicar quando Ivan se apaixonou por Till.
Se for a 2ª opção, Till foi preso por lutar contra um superior como punição e Ivan foi soltá-lo.
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Penso que Till achou divertido fugir inicialmente, não ter que estar mais naquele lugar, mas...
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Se Till realmente fosse embora com Ivan, ele estaria deixando alguém para trás.
Alguém que ele se importava muito...
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Till parece exitar em sua decisão por um momento, afinal era de sua liberdade que ele estava abrindo mão.
Na segunda imagem até parece que ele estava decepcionado consigo mesmo por ter pensado em escolher abandonar Mizi a própria sorte, por um desejo "egoísta".
Embora escolher sua liberdade não fosse algo egoísta, Till era apenas uma criança. E isso é uma escolha extremamente difícil para ser feita por uma criança.
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No final, Till decidiu não fugir para não deixar Mizi sozinha.
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E Ivan escolheu ficar na instalação por Till.
°•°•°•°•°•°
Ah, mas por que os 3 não fugiram juntos então?O sonho de Mizi era cantar junto de Sua e juntas empatarem, e fugir da instalação impediria que esse sonho virasse realidade.
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Cheguei a pensar que Ivan provoca e bate com frequência em Till por ter escolhido Mizi ao invés de fugir.
Isso seria a maneira de Ivan dizer a Till que ainda daria tempo de voltar atrás e fugirem.
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E conforme os dois crescem, Ivan continua a pressioná-lo sobre fugir.
Mas sem usar palavras, pois poderiam ser punidos caso os aliens soubessem desse plano.
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E sem usar palavras, Till continua recusando a deixar Mizi.
Mas não importa quanto tempo passe...
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Ivan nunca perde o costume de tirar as algemas de Till, para que ele escape.
E quando Ivan tem que escolher entre a si próprio e a liberdade de Till no Round 6. Ele tira a última corrente que o prende, morrendo no processo.
E Till não sabe onde Mizi está e a última pessoa que ele podia confiar naquele também se foi.
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Um desabafo sincero — É possível um RPG sobreviver quando os players não escutam?
Que as comunidades, especialmente no Xwitter, estão durando cada vez menos não é novidade. Inclusive, já fiz um texto sobre isso. Eu, particularmente, não tenho sido uma player tão assídua quanto já fui, mas, com a pouca experiência que tive nos últimos meses, notei algo em comum que resultava no fim de todas elas: a falta de escuta. É possível ter uma comunidade acolhedora e duradoura se players não escutam uns aos outros ou, em alguns casos, a própria moderação?
A resposta básica é "não". Depois disso, poderiam subir os créditos para anunciarem o fim do texto. Contudo, quero ir além. É necessário destrinchar alguns acontecimentos recorrentes que não só desanimam quem quer jogar, como a própria moderação.
Como player, acredito que sempre deva existir uma relação amigável e respeitosa entre os players e moderação. Quase sempre que eu saio de uma comunidade, gosto de dar um feedback do motivo da saída. Nas últimas comunidades que participei, percebi que, ao passar esse feedback para os moderadores, eles me retornaram que também estavam desanimados pelo mesmo motivo: a falta de colaboração dos players.
Alguns tópicos merecem ser trabalhados ao longo do texto. Trabalharei em cada um, de acordo com o que eu tenho observado.
Panelinhas: O que já foi considerado o maior dos problemas do RPBR não é algo que eu tenho visto com tanta frequência mais, porém isso não quer dizer que não exista. Não sei se já mencionei sobre o assunto aqui, mas costumo entrar nas comunidades sozinha. Ultimamente, tenho entrado com um ou dois amigos, mas ainda assim nunca foi um problema para mim. Tenho uma técnica infalível que consiste em comentar nas fotos de todas as pessoas, algumas pessoas acabam ignorando, só que isso nunca foi um problema relevante, porque, na maioria das vezes, consigo uma boa interação. Teve uma única comunidade em particular que, ao realizar isso, recebia respostas ríspidas das pessoas, o que eu achava compreensível, já que nem todos iriam gostar da personagem. Considerando que toda ação tem uma reação, minha personagem poderia ser ríspida de volta, mas eu tinha medo, porque houveram outras situações que, ao atacarem uma das pessoas daquele grupo, todos surgiam para brigar, como um ataque em bando. Foi desestimulante, mas, como eu disse, foi um caso em específico e não acho que seja esse o problema.
Ignorarem personagens: Acredito fielmente que todos possam escolher com quem querem ou não interagir. Existem personagens que eu acho que trazem estereótipos e comportamentos problemáticos e, pelo bem da minha saúde mental, eu ignoro. O problema, no entanto, vem quando as pessoas ignoram uma grande porção de uma comunidade, reduzindo suas interações a meia dúzia de pessoas, seja porque querem ficar com aquele personagem ou por usarem um FC que o OOC gosta.
Ignorarem a moderação: Apesar de já ter notado esse tipo de comportamento no passado, acho que nunca foi tão intenso quanto nos últimos tempos. Apesar de ver pessoas ignorando a moderação, é a primeira vez que eu vejo players ignorando tudo, incluindo o plot da comunidade. Plot drop? Não participam. Tasks? Não querem. Clima e outros detalhes menores? Aí é que realmente nem se interessam. Parece que a única vontade é farrear virtualmente — e nunca na vida real — utilizando uma foto de idol.
Plot calls: Apesar de uma parte disso estar incluída em ignorarem personagens, uma vez que a quantidade de likes em um plot call não chega nem a 10% dos personagens de uma comunidade, nem mesmo as calls de DM IC, onde seu único trabalho é curtir e responder a DM recebida, quero incluir também os plot calls compulsórios. Entendam que fazer plot calls não é obrigatório. Você, como player ou personagem, não vai ser punido se não fizer, então, caso faça, é necessário fazer a sua parte também. E qual seria a parte do player? Chamar a pessoa que curtiu. Uma reclamação frequente em comunidades, até mesmo em atuais que estão ativas e com boa durabilidade, é que as pessoas não chamam aqueles que curtiram seus plot calls. E se a pessoa não vai chamar, seria muito mais fácil não fazer.
Entendam que aqui não coloco os moderadores como santos imaculados que não erram, porque eles são falhos com todo ser humano, mas, na maioria dos casos, a culpa das comunidades não durarem é dos próprios players desinteressados em jogarem.
Como player, é triste e doloroso estar escrevendo isso. Sei que não são todos os players da tag que se encaixam nessas coisas que falei, mas acho que vale a pena a reflexão. Todos possuem o direito de jogar com quem quiserem e da maneira que quiserem, mas, existindo tantas possibilidades, como o nxn, 1x1 e afins, por que insistem em ir para comunidades e arruinarem as experiências alheias?
Este texto foi pesado, mas também foi um desabafo. Não queria retomar as atividades desta maneira, mas eu realmente precisava colocar para fora. Obrigada quem leu até aqui e vamos tornar a tag um lugar melhor!
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Dotada de uma notável capacidade descritiva e de uma sensibilidade peculiar que se reflete nas páginas, Katherine Rundell criou nesta obra um fenómeno delicioso que, exatamente por não ser o género de muita gente, deveria ser lido por todos. O modo quase lírico como a prosa flui, aliado ao talento incrível da escritora para criar visões vívidas na mente do leitor, tornam um enredo que se assemelha ao do Titanic (se a história seguisse as consequências do naufrágio em vez do evento em si) em algo único, belíssimo e profundamente comovente, podendo apenas ser equiparado a algo saído do Studio Ghibli em termos dos sentimentos que provoca.
Usando como palco as cidades de Londres e Paris do século XIX, este livro conjuga a viagem altamente arriscada de uma rapariga que procura o último elo que pode explicar a estranheza da sua aparência e natureza, num mundo onde a sua forma de ser é o contrário de tudo o que se deseja, a duras críticas e reflexões sobre os "valores" e instituições, que preenchidas por humanos são desprovidas de humanidade, pelas quais a sociedade se rege. Isto é possível através do investimento da autora no desenvolvimento de personagens que se destacam pelo seu realismo e com os quais é impossível não criar uma conexão, o que faz com que o sofrimento inevitável a que os mesmos são sujeitos, chame a atenção do leitor para a derradeira injustiça e falta de nexo presentes no seu tratamento. Sophie e Charles são os primeiros exemplos desta situação: o amor que os une é mais sincero, incondicional e puro do que os laços de sangue que sustentam muitas famílias, mas por ambos se rebelarem contra as milhentas exigências que são colocadas sobre o seu género e se alimentarem do que os preenche em vez do que fica bem, é lhes negada a legitimidade como pai e filha. É visível em muitas instâncias o quanto o que os rodeia lhes grita para sucumbirem ao tradicional, para abandonarem a curiosidade, a franqueza e a confiança inata que têm no que o coração lhes diz e, SIMPLESMENTE, seguirem o protocolo, mas Sophie nunca abdica das calças com remendos, do estudo do violoncelo e da perseguição louca pela mulher que confirma a sua crença de que remar contra a maré é a única forma real de viver, algo que o Charles nunca deixa de encorajar, e que é veementemente punido pelas figuras rígidas da obra.
Com a entrada dos vagabundos dos telhados em cena, a Sophie encontra, pela primeira vez, uma verdadeira sensação de controlo e compreensão no local mais inesperado concebível, e abre-se-lhe um novo mundo. A grande maioria dos caminhantes-dos-céus são crianças que não põem os pés em terra firme há anos, porque, em França, ser-se sem-abrigo é incómodo, e, por tanto, ilegal, e isso significa que seriam mandados para a prisão impessoal e fria que são os orfanatos. Para serem livres, habitam onde ninguém os pode encontrar e, embora as descrições da graciosidade com que se deslocam pelas telhas pintadas pelas estrelas sejam de sonho, o seu modo selvagem de sobreviver não é, e a escritora faz questão de não embelezar a miséria e hábitos nojentos que acabam por se infiltrar na sua identidade. Além deste grupo ser o único que está aberto a entender a importância da causa da protagonista, revelando que a maior bondade vem de quem tem pouco a oferecer e está despido de pomposidade e ego, acaba também por ilustrar a perigosa relação que se estabeleceu entre a empatia, a moralidade e a forma como cada um se apresenta no meio social. É óbvio que, a partir do momento em que alguém sem uma rede de apoio fica numa situação vulnerável, é obrigado a adaptar-se e a adotar uma forma de funcionar que assenta no desenrasque, deixando de ter tempo para os costumes politicamente corretos e polidos que, infelizmente, estão na base das relações humanas do quotidiano. Assim sendo, a negligência das frivolidades pelos que passam por tempos difíceis, quando prolongada, leva a um isolamento que queima a última ponte com a sociedade normal, fazendo com que os que estão de parte sofram uma desumanização aos olhos do público geral, passando a ser vistos como perigosos e menos merecedores de consideração. É precisamente isto o que acontece com os vagabundos dos telhados, que são tratados como animais e literalmente caçados incansavelmente, até que possam ser inseridos no sistema e alterados ao ponto de perderem todos os traços que fazem deles incómodos.
Relativamente ao desfecho do enredo, após toda uma série de considerações poderosas e umas quantas leis infringidas, a narrativa honra o seu tema musical ao acabar da mesma forma que começa, com Sophie envolta nas melodias que a ligam à mãe. No entanto, desta vez, não é uma sinfonia a ter o protagonismo, mas um Requiem, que é tocado quando a vida de alguém chega ao fim, e que, neste caso, simboliza a conclusão de um ciclo marcado por uma perpétua confusão e busca de identidade, que dá lugar à paz e a uma pequena comunidade de gente que está pronta para lutar com unhas e dentes por Sophie, e que torna o seu propósito um pouco mais claro. Contudo, apesar de o livro dar à sua heroína a oportunidade de atingir o seu objetivo e de o conflito central ficar bem resolvido e atado com um laçarote, tenho de admitir que, depois da relevância que foi dada à intriga secundária dos habitantes das alturas, há uma certa hipocrisia da autora no facto de não se preocupar em conceder-lhes um fim digno, e abandoná-los depois de eles servirem o seu propósito da maneira que os parisienses, que são alvo de julgamento, fazem. Parece-me brusco parar de escrever logo que a Sophie vê a mãe, eram necessárias mais umas 50 páginas, um segundo volume ou, no mínimo dos mínimos, um simples epílogo (e não digo isto só por o querer muito) para que fosse oferecida uma solução que devolvesse a voz às crianças em causa e recompensasse os seus sacrifícios, e essa é realmente a única falha que posso apontar a esta obra.
Fora esse detalhe, "Rooftoppers - Os Vagabundos dos Telhados" é uma leitura indescritivelmente potente e refinada que promete encantar qualquer sonhador, capturando a maravilha dos melhores clássicos infantis e a inteligência dos grandes romances num só exemplar. RECOMENDO vivamente que adquiram este livro (aqui) e que lhe dêem uma oportunidade de vos impressionar, mas aviso já que não é para os impacientes.
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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