#sempre estarei do lado da vítima.
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hyunjungjae · 4 months ago
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essa situação toda é uma merda.
bom, como eu escrevo pro nct, me sinto meio que na obrigação de ter que falar algo sobre isso, não vou citar o nome de vocês sabem quem, pois no meu blog citei pouquissimas vezes o nome dele (apaguei dos posts todas as vezes que citei o nome dele) e quero manter assim.
como nunca escrevi com ele, então não vai mudar nada, mas não pretendo parar de escrever ou deixar de escrever com o 127, acredito que os outros membros não tem culpa disso ter acontecido, a vítima já disse que a única pessoa quem ela quer atacar eh o coiso lá, então aqui não vai mudar nada (já que eu raramente falava dele).
eu to realmente chateada com essa situação, mas não consigo imaginar a dor e agonia da vítima que sofreu/está sofrendo com esse caso, desejo que a vítima esteja se sentindo melhor agora sabendo que ele será punido, e só espero que a justiça seja feita.
se alguém estiver precisando de ajuda por ter sido engatilhado com esse assunto, minha dm sempre estará aberta!! quero que esse blog seja um lugar de conforto pra vocês como é pra mim.
não pretendo parar de escrever com o 127, pois meu utt tá lá e não acho que os outros tenham culpa de uma situação merda como essa estar acontecendo. o 127 como 8 membros é o meu porto seguro, e isso não vai mudar (eu espero :( ), eu amo ainda muito os 8.
claro que esse tipo de coisa é uma quebra de confiança, por isso talvez eu dê uma afastada não apenas do blog, mas de absolutamente tudo, mas futuramente ainda pretendo voltar escrevendo com os membros que mais costumo escrever.
agora falando como pessoa real marie (fora daqui do blog), eu to extremamente chateada, ontem mesmo eu tive um dia cansativo demais, cheguei em casa e botei o nct pra assistir, nos dias em que eu me sinto triste e sozinha, as únicas pessoas que me deixam melhor são eles, mas com esse tipo de coisa eu sempre lembro que eles são homens, e o que a gente vê nas telas são personalidades projetadas pra que a gente goste deles. já hoje cheguei exausta pq passei o dia inteiro triste por conta disso e simplesmente não tenho pra onde correr, já que não sei se posso confiar nem no meu porto seguro.
não é nossa culpa confiar em alguém que a gente só conhece um lado, mas infelizmente essa é a realidade de todas as bg stans, pq eles são homens!!!!!! homens são homens e isso nunca vai mudar, eu não vou desejar o mal a ninguém porque isso vai contra meus princípios, mas eu acredito em Deus e acredito que o julgamento dEle não tem erro, que a justiça seja feita e que a vítima possa viver a própria vida sabendo que seu abusador será punido pelos seus atos.
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divinofloresser · 2 years ago
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🧚‍♀️🪄Para este dia especial, o qual se homenageia a importância da MULHER e seus valores, cada uma com um aspecto único e especial, e com suas particularidades, talvez você tenha sido aquela que tem lutado para superar o desprezo, o abandono, a injustiça de está em uma situação forjada por pessoas que nada ajudaram, pois não entendo sinais ou talvez acusações com o fim de me entristecer, assim lhe afundaram mais aínda com comparações horríveis e inadmissíveis principalmente com algo que sempre pra diminuir. Usando palavras até de Deus, para o UNIVERSO entender que você não significa nada se não oferecer, e pior e mais revoltante manipular a vida. Sendo que esse UNIVERSO eu amo partilhar, amo partilhar. Gente, amo passear, amo pessoas sejam elas quem forem, se me fez mal eu abençoou e sigo sem ter que está junto, se me faz bem quero está por perto, mas se eu não puder estar, eu fico com minha companhia, ela é maravilhosa também.
Eu nunca vou entender, me pergunto sempre, como pode isso? É revoltante! Ora eu só entendi, que quem me rejeitou seja quem for porque não me queria por perto! Eu entendi! ...e não preciso mostrar para ninguém quem sou, se Deus já me conhece como a mulher que ELE escolheu para si, por isso me livrou da morte, da violência e de uma vida que me torturava com a infelicidade e enganos.
Sabe minha maior revolta hoje é que eu sei que estou sendo vítima de situações que eu não pedir para está, eu sabendo que não funciona da minha forma ou não estarei em um lugar sem ter um convite pessoal para isso, ah sabe hoje não quero falar, ou melhor escrever. Por isso, eu escolhi redigitar esse texto da Psicóloga e Escritora Ivonete Rosa, achei maravilhoso, talvez me ajude, e ajude outras mulheres também neste momento.
E sinto muito dizer que o melhor dia da minha vida, eu ainda não vivi. Não sei quando vou viver, se mereço ou ainda vou viver.... então o que me resta é continuar e entender este processo de reconstrução! Ou não,...
Fiquem com Deus, e sejam agraciadas por Deus neste dia. FELIZ DIA DA MULHER!🌸🦋
(A MULHER QUE SE RECONSTRUIU)!
A mulher que se reconstruiu assusta, é óbvio. Porque ela já comeu o pão que o diabo amassou, mas, hoje, ela escolhe a própria dieta emocional.
A mulher que já foi triturada emocionalmente, e que foi capaz de se refazer, não está preocupada em ter alguém ao lado apenas para prestar contas a quem quer que seja, não mais. Ela é livre, ela quebrou as amarras da busca pela aprovação alheia, ela se pertence.
A mulher que encontrou o próprio caminho, passou a ser guiada pela bússola da própria alma; ela abandonou os caminhos que não lhe seduzem. Ela carrega cicatrizes dos espinhos que pisou ao andar fora do seu propósito, mas ela segue plena, percebendo essas marcas como símbolos de um aprendizado.
A mulher que saiu do fundo do poço entende de humilhação, mas optou pelo perdão aos outros, e, principalmente, a si mesma. Ela aprendeu a se abraçar, a se colocar no colo, e a dizer “não se culpe, você fez o que conseguiu fazer naquela época”.
Ela foi subestimada, criticada e alimentada com migalhas, mas decidiu se levantar do chão, sacudir a poeira e iniciar um novo caminho. Ela experimentou a metamorfose de sair do casulo, ela percebeu suas asas nascendo, ela se deu conta de que o chão não é o seu lugar. Contudo, ela mantém os pés no chão, ela sabe que é fundamental saber onde está pisando.
Se tem uma coisa que essa mulher tem de sobra é orgulho de si mesma, então, ela não vai pensar duas vezes antes de abandonar situações e pessoas que ameacem o sagrado dela. Ela tem clareza do que pode negociar, e daquilo que ela jamais vai abrir mão.
Ela aprendeu que nenhuma companhia compensa se ela tiver que deixar de ser ela mesma. A liberdade de ser quem ela é não caiu do céu, foi conquistada sangrando, e essa conquista não será negociada, que fique claro. Ela não quer guerra com ninguém, ela sabe o que quer, e o que merece.
Ela aprendeu que nenhuma companhia compensa se ela tiver que deixar de ser ela mesma. A liberdade de ser quem ela é não caiu do céu, foi conquistada sangrando, e essa conquista não será negociada, que fique claro. Ela não quer guerra com ninguém, ela sabe o que quer, e o que merece.
(Texto de autoria: @ivoneterosapsi)
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myminniespace · 9 months ago
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A fome mental é quando sabemos que estamos restringindo certos alimentos, mesmo já estando fisicamente saciados. Quando queremos comer mais um pão, mais quantidade, etc. Dizem que isso pode levar à fome extrema, alimentação excessiva e também à compulsão alimentar. Eu tenho medo de ter compulsão alimentar.
Eu não sei mais o que é fome mental ou não. Dizem que, quando estamos pensando em comida, é porque estamos com fome e devemos saciar isso, senão estamos restringindo. Como eu venho de um longo tempo restringindo quantidade, tipo e definindo horários para comida, é normal que meu cérebro esteja obcecado com a comida - em como preparar, o que comer, quando comer. Eu não quero mais ser vítima da comida, colocar isso como prioridade, ficar pensando toda hora sobre isso. Tem mais coisas para se pensar no mundo, mas parece que, no momento, só isso está sendo o foco.
Eu fiz muito progresso nessas semanas. Muitos. Mas quanto mais eu leio blogs e sites, mais confusa eu fico. Será que estou fazendo certo? Será que estou comendo certo? Será que estou desenvolvendo um outro transtorno? Eu só queria comer intuitivamente. Sem deixar a comida ser o foco. Sem deixar a minha mente ficar preocupada com isso - com o que, a quantidade, quando, etc.
Pensar em buscar um nutricionista para seguir um plano alimentar significa que eu não estou confiando no meu corpo. Que eu estou restrindo, que eu tenho medo de ganhar peso. Eu deveria comer intuitivamente. Sentir e gostar dos alimentos na quantidade e na hora que eu quiser, sem pensar em calorias, se é um alimento ruim ou bom, se é isso ou aquilo, sem pensar em ganho ou perda de peso. Apenas gostar e apreciar o momento. Mas ao mesmo tempo, como eu estou com transtorno alimentar, meus sinais de fome não estão estabelecidos - pois há toda uma questão hormonal, etc. que a doença causou no cérebro e na fisiologia do meu corpo.
Eu não devo deixar que um nutricionista restrinja quando achar que meu corpo, no imc (que não é confiável) voltar ao saudável. Nem dizer para eu comer pouco. Não reduzir meu plano alimentar, nem falar para manter para não ter que aumentar mais. Não deixar o nutricionista cortar meus snacks e lanches. Lembrar que o plano é apenas o mínimo. Não deixar o nutricionista fazer escolhas "saudáveis". A única pessoa que pode dizer que está completamente reabilitada nutriocionalmente é ela mesma. Até diminuir a fome mental, a pessoa não está reabilitada.
Um nutricionista vai fazer eu me sentir:
Mais confiante sobre o que comer.
Tirar minhas indecisões nas alimentações - será que quero um sanduíche? Será que isso ou aquilo?
Tirar minhas indecisões se estou comendo demais ou pouco.
Vai me renutrir com segurança.
Vai saber a nutrição adequada para meu corpo.
Vai fazer eu superar meu peso, como os homens de minessota (em até 10%) se meu corpo apresentar sintomas clínicos de desnutrição com meu "peso genético".
Vai me dar mais confiança sobre em como ficarei, etc. Pois sempre terei um acompanhamento ao meu lado sobre qualquer coisa.
Um nutricionista pode fazer eu:
Recuar e ter recaídas.
Ficar obcecada com o plano alimentar. Não me permitir comer o "que eu quero".
Fazer eu me sentir culpada em sair do plano alimentar ou comer além daquilo.
Fazer eu me sentir fora de controle sobre mim mesma. Não honrando a vontade do meu corpo.
Ficar pensando que estou fazendo errado, pois não estarei seguindo minha fome mental.
Me fazer ficar obcecada, novamente, com comidas, calorias, horários.
Me fazer ficar com mais pensamentos restritivos e transtornados, como em julgar alimentos de bons ou ruins, saudáveis ou maus.
Achar que estou fazendo algo errado.
Achar que não estou confiando em mim mesma, pois tenho medo de engordar, etc, e tal.
Piorar o meu julgamento com comida entre boa e ruim.
Me fazer focar em uma cultura dietética.
Aumentar meus níveis de toc, aumentando meus níveis de estresse em relação a comida e alimentação.
Achar que estou pedindo permissão para comer, pois não confio em mim mesma.
Eu queria ter liberdade, sintonia e encorajamento em assumir minha responsabilidade pessoal de me alimentar do que e quando quiser. A única dieta e plano alimentar é fazer o que meu corpo está mandando.
Eu quero comer coisas novas.
Eu quero tirar o foco e preocupação com comida.
Eu quero ter uma alimentação neutra. Não culpar ou vilanizar alimentos.
Não me restringir por achar que estou comendo errado com base no que a cultura dietética diz.
Eu acho que estou comendo gordura saturada demais. Açúcar demais.
Não achar que devo comer certos alimentos só nos finais de semana ou em datas comemorativas.
Eu quero comer normal e intuitivamente.
A recuperação não é sobre sair do déficit energético, mas sim sobre religação mental.
Ter apetite bom e forte.
Sinais de fome e saciedade normais.
Sono tranquilo. Ciclo menstrual normal. Sistema digestivo forte. Relação saudável com a comida. Energia e vitalidade.
Quando voltar a me exercitar? Não quero pensar em exercício para perder peso, nem para entrar em déficit energético. Eu não deveria querer mudar meu corpo, apenas aceitá-lo como ele é, mas eu queria ser tonificada, ter uma massa muscular boa, ter barriga chapada e um metabolismo saudável. Eu quero fazer exercícios para eu me sentir bem. Quais eu gosto? Não pensando em compensar a comida, ficar magra, mas sim me concentrando em como eu me sinto, se gosto ou não, sem pensar em tempo, culpa por não fazer, etc.
Acho que procurar um nutricionista vai fazer eu parar logo de me sentir tão confusa. Que saco.
O peso não importa. O peso em si nem é real. O número não importa. IMC não é real. O que importa é sobre como o meu corpo se sente. Se estou comendo aquilo que eu quero, na quantidade que eu quero e não restringindo, não fazendo exercícios por obrigação, nem pensando em perder peso. Meu peso ideal é aquele onde eu como o que eu quero sem precisar fazer exercícios para compensar.
Meu menor peso antes do t.a. foi 45 kgs e meu maior peso foi, talvez, 58 kgs.
Eu confesso que não quero ficar inchada.
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geekey · 11 months ago
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Terminei um namoro de 7 meses recentemente, até então eu tinha certeza que queria me casar. Então terminamos, e eu ainda queria me casar em algum momento, ele não precisava ser necessariamente o noivo.
No entanto, em pouco tempo me peguei pensando, uma reflexão que, confesso, ter assombrado os cantos da minha mente várias vezes, mas que agora pairou como uma nuvem de tempestade com relâmpagos e trovões sempre presentes. Eu sou feita para casar? Eu mereço me casar? Eu devo condenar alguém a passar o resto da vida ao meu lado? Eu sou alguém meramente suportável? Ou amável em algum nível tolerável?
Todo exemplo que tenho sobre casamento vem diretamente dos meus pais, um relacionamento que hoje como uma mulher adulta, entendo perfeitamente que é um relacionamento no mínimo tóxico.
E se os filhos são reflexos de seus pais, minha sina não seria essa? Um casamento restritivo, um relacionamento tóxico, filhos desejando ardentemente estarem fora de casa, que com o mínimo de liberdade, usam desculpas para estar fora de alcance?
Se minha sina é essa desculpa esfarrapada de um casamento, onde não tenho mais certeza se serei vítima ou abusadora, prefiro me abster de tentar algo possivelmente tóxico, não estou afim de continuar ciclos ou tomar lados.
Entretanto, ainda assim, me pego desejando algo, como os olhos de uma criança desejosos por um brinquedo brilhante, em uma vitrine de vidro, me pego desejando alguém ao meu lado, alguém com mãos calorosas, lábios que me sorriem e olhos carinhosos, alguém paciente, não um príncipe, príncipes são restritivos, não um anjo, pois eles são perfeitos demais e não estou atrás da perfeição, mas desejo algo caloso, talvez cicatrizado, alguém com certezas, alguém que me ame.
Sonhos são apenas sonhos, e meus olhos permaneceram na vitrine, mas ainda estarei fora, apenas cobiçando algo que não me pertence.
Afinal, os filhos são reflexos de seus pais, e eu prefiro quebrar o espelho a me tornar algo que desaprovo.
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4h55 · 3 years ago
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me bateu vontade de escrever
e colocar em dia aqui os últimos acontecimentos da vida... Sabe como é né, desce três latinhas e a gente já fica como? Poeta!
Nem sei por onde começar... Mas a primeira frase que me veio á mente foi: “crescer dói, amadurecer dói!” E dói pra caralho, e vai doendo, até não doer mais tanto, ufa!  E no caminho a gente vai perdendo pessoas, vai aprendendo que é preciso abrir mão de algumas coisas pra permitir que a gente cresça e seja melhor... E tudo bem. Perdas nem sempre significam coisas ruins... Ás vezes é necessário e a gente passa a entender isso. A maturidade ajuda demais! Mas a maturidade só vem pra quem vive, pra quem se permite passar por situações difíceis, pra quem dá a cara a tapa, pra quem deixa o medo de lado e fala: tá, vamo lá então, nessa porra! E como é difícil dar a cara a tapa, meu Deus! Mas pra quem consegue, pra quem sai da zona de conforto... Nossa, não tem volta.  Perdi algumas pessoas nesse caminho pra maturidade, alguns “amigos”, e tudo bem! Eu entendi tanta coisa nesses últimos anos, meu Deus! Eu queria conseguir compartilhar tudo o que se passou e ainda se passa na minha cabeça, todos os dias! Todos os pensamentos, as epifanias, as conclusões... Nossa, só eu sei. Não sei muito bem como compartilhar, ou com quem compartilhar, mas EU SEI, e acho que isso basta. Talvez eu esteja passando pelo momento mais solitário da minha vida... Trabalhando bastante, vivendo de menos... Não que meu trabalho não faça parte da minha vida, mas tenho consciência que minha parte de “lazer” foi deixada um pouco de lado... Mas depois me lembro que estamos vivendo anos de pandemia também, então...??? Eu sinto que estou mais consciente, que tenho mais controle das minhas emoções, que consigo pensar antes de agir, que estou desenvolvendo algo que gosto de chamar de respeito/amor próprio e isso faz com que eu corte muitas pessoas e situações da minha vida, e eu entendi que tá tudo bem!  “Antes só do que mal acompanhado”, isso nunca fez tanto sentido. Tanto pra relações “amorosas”, como amizades, e família. Manter uma distância saudável daquilo que te faz mal, é essencial. Mesmo que isso te deixe mais sozinha. Não tenho mais tanta dificuldade pra cortar relações/situações, consigo pensar de forma mais racional... Não me ofendo mais com tanta facilidade, nem me coloco em situação de “vítima”, ou de injustiçada, ou incompreendida, ou sei lá o que eu fazia antes. E isso é bom demais. É isso que chamam de maturidade então? Ou amor próprio? Ou respeito próprio, ou sei lá? Porque tá sendo ótimo.
Claro que não me tornei nenhuma “psicopata”... Ainda penso nas pessoas que ficaram pra trás, que fizeram parte da minha vida e que me auxiliaram no meu crescimento... Não me esqueço de ninguém, tenho memória boa. Mas hoje consigo entender que o lugar delas é lá atrás, e não no meu presente. Dói? Claro que dói, pra caralho! Se despedir de alguém que fez parte de tantos momentos da sua vida, de tantas memórias, conversas, etc... Nossa, dói muito, mas dói mais ainda manter certas situações tóxicas, que te diminuem como pessoa... Isso sim dói! Se apagar, se diminuir, se deixar de lado, pelo outro... Não quero mais isso não.  Hoje consigo enxergar tudo com mais gratidão e resiliência, e por mais que eu esteja mais “sozinha”, prefiro muito mais a Luana de hoje, do que a Luana de alguns anos - ou até - meses atrás. Não sou perfeita, erro muito, falo muita bobagem, ainda sou muito imatura e tenho muito, MUITO, o que aprender... Mas em comparação á alguns anos atrás, sou uma pessoa muito mais feliz. E hoje estou bem, mas não sei como estarei me sentindo amanhã. Pode ser que eu venha aqui amanhã e escreva um texto completamente contraditório a esse...Porque no fundo eu sei que eu sinto falta de algumas pessoas e situações do passado... Mas o “eu” de hoje sabe que eu não aceitaria muitas coisas que o “eu” do passado aceitava antes... Então...
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coragemparasonhar · 5 years ago
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Essa parte está bem mais extensa que a primeira e espero que não se importem.
A próxima parte, talvez, seja a última e justamente por isso optei por desenvolver bem esse pedido maravilhoso da Manu. ✨🥰
Masterlist | Cronograma
Parte I
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Policeman, hot com Harry Styles
PARTE II
S/N
O toque de notificações ecoou pelo quarto quatro vezes seguidas e o brilho da tela do celular atingiu o meu rosto antes mesmo que o sol, por trás das cortinas mal fechadas e claras, pudesse fazer isso. 
Haviam mensagens não lidas em duas conversas no whatsapp e, provavelmente, Charlotte e Diana é quem deveriam tê-las enviado assim como a ligação perdida no mesmo aplicativo. Eu não as avisei que estava bem quando cheguei em casa de madrugada, tampouco havia me lembrado de fazer isso antes de fechar os olhos e apagar. Deviam estar preocupadas e todos os palavrões que eu receberia seriam compreensíveis, mas eu os faria mudar de sentido quando o motivo do meu sumiço fosse esclarecido. 
Elas adoravam uma boa fofoca.
Esfreguei os olhos com força enquanto esticava as pernas e, involuntariamente, erguia as costas e o quadril e sentia a frieza do quarto enrijecer meus mamilos desnudos pelo cobertor. Eles tinham ficado da mesma maneira na madrugada e antes que eu pudesse tocá-los para receber um pouco de prazer matinal para aguentar o dia estressante até à noite, o celular alertou que outra notificação havia chegado.
Bufei, mas eram duas notificações dele.
harrystyles enviou uma mensagem.
harrystyles enviou uma mensagem de voz para você. 
Mordi o lábio antes de suspirar, sorrir e morder o lábio novamente numa mistura de nervosismo e alegria que é possível sentir quando você está flertando com o crush que sempre quis e ele te manda a primeira mensagem do dia. 
Reproduzi o áudio ansiosa, levando o celular a orelha para que apenas eu pudesse ouvir — mesmo que estivesse completamente sozinha. 
“Ei, senhorita S/N” apertei os olhos devagar ao som da sua voz ainda mais rouca na gravação. “Não quero parecer um rapaz extremamente emocionado”, ele deu uma risadinha um tanto quanto tímida, “mas você ainda não me mandou o seu número, então eu deixei o meu aqui, tudo bem? Me manda o endereço e o horário por lá. Tenha um bom dia, babe.”
Acabei ouvindo suas palavras mais duas vezes antes de conseguir responder um “okay, Styles 🥰” e adicionar seu número na minha lista de contatos. 
Presumir que ele estava tão interessado quanto eu, não conseguiu ser mais surpreendente do que a minha intimidade excitada apenas com a sua voz. E quando deslizei a mão pelo meu corpo de forma preguiçosa e a minha mente projetou a imagem de Harry fardado expressando autoridade, meus dedos só conseguiram digitar alguma coisa na conversa do WhatsApp quando me fizeram gozar sobre a cama.
De novo. 
[•••]
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Home office, definitivamente, foi uma criação divina para quem trabalha enfurnada na sala de uma empresa todo dia. E ser agraciada com a escolha de poder utilizá-la dois dias por semana era, sem dúvidas, um privilégio que eu adorava ter. 
Principalmente quando precisava estar relaxada para coisas importantes.
Durante toda a tarde meu foco esteve nas planilhas e documentos que eu precisava preencher e enviar para outros departamentos, mas o celular ao meu lado e as constantes olhadas para o visor em busca de uma notificação, reforçavam a minha preocupação por faltar poucas horas para encontrá-lo e ainda não ter recebido uma resposta.
Enviei o horário e local do pub ainda com a barriga formigando e a respiração ofegante, observando os dois tracinhos surgirem antes de levantar da cama. E a situação continuava a mesma quando adentrei o banheiro no começo da noite, mas o som tão esperado soou assim que sentei numa cadeira para pôr os sapatos.
“Harry: estarei lá, baby. Espere por mim.”
Acabou sendo tudo o que eu precisava ler para chegar no bar mil vezes mais serena do que eu realmente estava, e em uma saia jeans justa de cintura alta, blusa preta decotada, jaqueta e um belo par de botas de cano curto. 
Completamente diferente do dia anterior.
— Você pode começar me dizendo porque diabos você vai realizar o seu fetiche sexual antes de mim? — Lottie questionou antes mesmo que eu a cumprimentasse. Ela e Diana estavam com grandes copos de cerveja nas mãos e sentadas nos bancos do lado de fora. — Você está muito sexy, garota. 
— Ele vale tudo isso?! — Diana me observou de cima a baixo. — OK, estou interessada em participar. 
Revirei os olhos e sentei ao lado de Lottie.
— Pensei que seu fetiche era transar com empresários e que você tinha realizado ele ontem pela décima vez? Décima primeira? — arquei uma sobrancelha, divertida, assistindo Charlotte me exibir seu dedo do meio.
— Qualquer dia eu enforco um com a própria gravata — rosnou. — Se o Kyle não fosse tão sexy, ele já teria sido uma vítima. 
— Corta essa, Lottie — Diana repreendeu. Sabia tanto quanto eu que a loira era apaixonada pelo seu ficante e chefe. — Todas aqui sabemos que seu maior desejo é que ele transe com você apenas de gravata vermelha.
— Vai se foder, Diana — ela mais ria do que expressava raiva. — Isso não se controla, OK? E você deve saber muito bem disso, não é mesmo? — estreitou o olhar. — Caso contrário, não teria dado em cima do nerd do Leon o dia inteiro hoje. 
A mulher arregalou os olhos e parou de beber a cerveja na mesma hora, deixando o espanto de lado aos poucos para sorrir envergonhada.
— O assunto hoje aqui não é a S/N e seu policial? — mordeu os lábios e me encarou rapidamente. — Ele já está chegando? Vai dormir com ele, não é? Um sexo selvagem? 
— Se ele ficar duro na mesma proporção em que eu fiquei excitada apenas em olhar para ele, terei o melhor sexo das minhas três últimas semanas — disparei sem rodeios e assisti as duas me olharem espantadas e com malícia.  
Três safadas ao redor de uma mesa. 
— E ele te deixou assim porque é um belo homem ou por que estava usando uma farda e te deu mole? — Diana perguntou curiosa. 
— Seja pela primeira opção ou pela segunda, não se apaixone. Eu sei como é uma merda, acredite — continuou Lottie, me encarando, mas eu já não retribuía o olhar. 
Meus olhos encontraram os dele no instante em que observava a entrada à sua procura; encostado na parede, segurando um drink rosa, camisa branca com alguns botões abertos, calça justa preta, botas e um sorriso largo com direito a covinhas me encarando. 
Exageradamente bonito. 
— Eu só quebro a lei de não voltar para casa sozinha se alguém valer à pena, não é? — proferi com um sorriso ladino, não desviando meu olhar um segundo do dele. — Então… o que acham? 
Fui sugestiva o suficiente para fazê-las entender e seguir a direção do meu olhar até encontrá-lo, na mesma hora em que Harry bebericou sua bebida e nos observou por cima do copo. 
Ele tinha um pequeno sorriso em seus lábios. 
”Me desejem sorte, meninas” foi o meu sussurro antes que me colocasse de pé e seguisse com passos firmes até ele, que manteve os olhos em mim até que eu estivesse em sua frente e, por ser menor, trouxesse seu olhar um pouco para baixo. Harry sorriu como se tivesse gostado disso. 
— Já está bebendo? Eu espero que não tenha te deixado esperando por muito tempo, Styles — o meu nervosismo não era aparente, mas a sensação das borboletas no estômago estavam começando.
— Não, não se preocupe — puxou os cabelos para trás com a mão livre. — Cheguei faz apenas alguns minutos e fiquei te observando com as suas amigas. O garçom passou e deixou isso comigo — levantou o copo e sorriu. 
— Está gostoso?
— Não tanto quanto a visão que estava tendo de você se divertindo, mas está sim. 
A maneira como aquilo saiu dos lábios de Harry fez as minhas bochechas aquecerem bruscamente e ele deve ter notado isso com clareza, pois seus olhos ficaram mais estreitos e as covinhas mais profundas. Balancei a cabeça em negação umedecendo o lábio inferior com a ponta da língua e estendi minha mão direita para ele, que entrelaçou seus dedos longos nos meus. Sua pele era macia e seu toque era firme. 
À medida que me aproximei de seu corpo, senti o cheiro maravilhoso do seu perfume e contive os suspiros que teimavam em querer sair. Fiquei na ponta dos pés para sussurrar em seu ouvido:
— Vem, vamos para dentro — disse. — Lá está bem mais calmo para conversar e tenho ótimas bebidas para experimentar com você. 
Antes que pudesse escutar uma resposta, me virei puxando-o devagar para a mesa quase ao lado do balcão de bebidas — a mais afastada de todas e a mais perto do que era importante. 
Fiz um conhecido sinal para o garçom e dois drinks verdes foram postos sobre a mesa seguido de um piscar de olho para mim, que não passou despercebido pelo moreno sentado à minha frente — embora eu pudesse jurar que ele estava concentrado em observar cada detalhe do local. 
— Então… — pigarreou pondo os cotovelos sobre a mesa e sorrindo divertido antes de continuar com a voz sedutora. — Você vem sempre aqui? 
O copo entre meus lábios impediu que a risada fosse mais alta, mas o reflexo dela na gargalhada dele deixou claro que era aquilo que queria causar. 
Sedutor e divertido? OK, eu posso aguentar.
— Quase todas as sextas-feiras ou sábados. 
— Curtição? 
— Na verdade, é o bar mais próximo da empresa onde eu trabalho. 
— Isso explica os engravatados aqui e a sua noite frustrada de ontem? — saboreou a nova bebida, mas sem desviar os olhos dos meus. 
— Você não costuma se frustrar ao ver policiais todas as sextas no mesmo bar ou comendo rosquinhas estilo Os Simpsons? — ergui a sobrancelha, completamente afim de embarcar na sua jogada inocente. 
— Certo, você está certa — disse rendido. — Mas eu não como rosquinhas, apenas bebo chá.
— E eu não tomo whisky, apenas bebo água.
— E eu posso saber o motivo? 
Deixei a malícia percorrer no meu sorriso ao me endireitar na cadeira e fitá-lo de novo. 
— Odeio ser parada pela polícia de madrugada e me encantar por policiais de olhos verdes — suspirei. — É demais para o meu coração e para minha calcinha. 
Sua risada era gostosa. E por algumas horas daquela noite, percebi que além dela e de todos os detalhes físicos que umedeciam minha peça íntima sem dó, o jeito e a mente de Harry eram tão gostosas quanto — o que não significava que não me serviam como um ótimo estimulante capaz de me fazer esfregar as pernas uma na outra para conter sensações.
O assuntos em comum surgiram com mais facilidade do que os nossos flertes estimulantes e, por vezes, divertidos ao ponto de me fazer gargalhar e desejá-lo ainda mais próximo.
Harry era absolutamente gentil, não se aborrecendo ou sendo mais grosso nem quando um pouco de bebida do copo de um bêbado caiu sobre ele. 
“Está tudo bem, cara, não se preocupe” ele disse para o rapaz antes de sentar-se novamente. Contudo, por via das dúvidas e temendo que outro incidente ocorresse, puxei sua cadeira para mais próximo da minha; nossas pernas se tocavam enquanto ele tinha um cotovelo apoiado à mesa e seu queixo encostado na palma da mão, encarando meu rosto enquanto eu lhe contava sobre mais uma história de bebedeira.
Styles passou a língua devagar sobre os lábios rosados, deixando-os molhados e brilhosos sob a luz do ambiente. Seus cabelos jogados para trás, uma corrente com um pingente de cruz exposto sobre a camisa.
Um calor súbito percorreu todo o meu corpo.
Inclinou-se um pouco para mim e empurrou meu cabelo para trás do meu ombro, raspando seus dedos pelo meu pescoço ao que se aproximava sua boca da minha orelha da mesma maneira que eu havia feito mais cedo. 
— Vamos um pouco lá para fora? Está ficando um pouco quente aqui, não? Você já está ofegante...
Sedutor, divertido, gentil e provocante. 
Não ousei respondê-lo, apenas fiquei de pé e entrelacei nossos dedos e o deixei nos guiar pelo bar, sentindo os olhares queimarem sobre nós dois a cada passo dado até que passássemos pela porta. 
Me senti estranhamente protegida quando fui puxada, devagar, para mais perto do corpo dele e o seu braço abraçou minha cintura com firmeza. Olhei de relance para a entrada notando dois homens me encarando discretamente, e sorri de lado com a atitude de Harry. Seria instinto ou costume da profissão, talvez, mas a minha intimidade umedeceu pela milésima vez naquela noite. 
Não aguentaria mais nenhum minuto sem senti-lo.
Agarrei sua mão com força puxando-o para a rua ao lado do bar e, vez ou outra, olhando para trás para checar se a confusão em seu rosto se misturava com consentimento, mas o seu sorriso só demonstrava pura safadeza. E como se os meus pensamentos pudessem ser lidos, Harry agiu da maneira como se faz quando não se tem mais controle algum sobre um desejo: puxou-me mais forte para si, enterrando a mão no meu cabelo, com a boca tão próxima a minha, enquanto dávamos poucos passos para trás e minhas costas se chocavam contra uma parede gelada. 
Gemi automaticamente e a resposta foi um riso convencido, excitante e seus lábios roçando nos meus propositalmente. 
— Você é irresistível. Completamente irresistível, porra — seu murmúrio soou mais baixo do que deveria em meus ouvidos e no momento seguinte eu estava entregue aos seus lábios molhados e macios. Muito macios. Macios o suficiente para me fazer pensar em como seria tê-los nos meus outros lábios, e a minha buceta latejou na mesma hora. 
Minha mente parecia estar programada para interpretar cada sensação daquele beijo como toques no meu corpo, e o apertar de suas mãos pela minha cintura como o mais próximo de senti-lo fundo dentro de mim, aproveitando toda a minha excitação para me foder sem dificuldade.
Meu cabelo foi puxado para trás à medida que seus lábios quentes deslizaram pelo meu pescoço e minha cintura era pressionada para que nossos corpos não se desgrudassem. Sentia a ereção coberta batendo contra minha barriga e ergui o quadril com vontade para mostrá-lo que necessitava de mais e mais contato. E Styles entendeu direitinho.
Um tapa leve foi desferido na minha bunda, seguido de outro e um aperto firme para me fazer sentir o quão duro seu pau estava de fato. Gemi manhosa, com o corpo pegando fogo, já sem controlar minhas mãos no seu cabelo curto e a respiração fora de ritmo. Eu precisava sentir o mínimo de contato mais íntimo possível; precisava voltar para casa sabendo se ele me causaria estrago maiores do que os meus próprios dedos me causaram ao pensar nele fardado na noite anterior. E por mais que ele não trajasse a minha perturbação, eu me sentia perdida e rendida por ele naquele momento. 
Ergui uma perna prendendo-a ao redor do seu quadril, levantando a saia e, como consequência, levando os olhos verdes para a calcinha fina e preta escolhida a dedo por mim. A pouca luz do poste mais próximo me deixou assisti-lo morder os lábios com os olhos caídos sobre minha buceta coberta, explicitando desejo, vontade e uma esfregada do seu pau contra ela. 
— Porra, Harry — encostei a cabeça na parede com a boca entreaberta, suspirando e rebolando, como dava, para ele. 
— Você está tão molhada — murmurou rouco. — Eu consigo ver daqui o que fiz com você e isso… — pressionou nossas intimidades mais uma vez e dei um pulinho para trás com a pressão. — Isso é o que você fez comigo desde o momento em que te vi. 
Seus olhos verdes me encaravam como se dissessem que tudo o que ele mais queria era estar dentro de mim naquela mesma posição. E por um triz o meu gemido não saiu como um pedido para que ele me fodesse, mas proferi palavras desconexas quando dois de seus dedos me tocaram por cima do tecido. 
Mordeu meus lábios sem força, me fazendo ofegar mais forte ao que sentia a peça sendo posta de lado. A massagem não começou de imediato, mas seu indicador deslizava sobre a minha fenda lubrificada.
— Caralho… — grunhiu sobre minha boca, olhos fechados com força. — Você está tão molhada, babe. Tão molhada… — ameaçou penetrar, mas recuou com uma arfada e subiu para meu clitóris, esfregando o indicador e o do meio sobre ele. — Eu poderia te ouvir tentando controlar esses gemidos por todo o resto da madrugada, sabia disso? — mordeu meu queixo e ele fez questão de me dar outro tapa na bunda e segurar minha coxa erguida com força. Gemi de novo e de novo me remexendo sobre suas mãos. — Mas você quer meus dedos em você, não é? Porque eu estou louco para entrar em você, S/N… estou louco por isso. 
Apenas o meu quadril teve forças para respondê-lo quando foi ao encontro das pontas dos dedos longos na minha entrada úmida. Uma quicada e Styles os enterrou devagar até a metade; outra quicada e tudo foi deslizado para dentro; a terceira quicada foi seguida da primeira investida; na quarta, minha subida e descida foi acompanhada de um rebolado firme e meus dentes mordendo o lábio inferior rosado da boca de Harry.
Sorri safada e foi o bastante para tudo se intensificar. 
Os movimentos me faziam gemer quase sem controle e eram intercalados entre me estocar com força, entrando e saindo, mexendo-se apenas dentro e, não importava qual fosse o escolhido, eu estava à um passo de me desmanchar por ele e em seus dedos ali, na rua escura, de madrugada, correndo o risco de sermos flagrados, interrompidos ou detidos. 
“Foda-se!”, pensei, “A lei está com os dedos afundados em mim, não é?”
Minha mente ferveu junto com todo o meu corpo no instante em que os encharquei com o meu orgasmo forte — e se Harry não me segurasse com firmeza, com certeza, eu teria caído sobre a calçada. 
Apoiei a cabeça em seu peito para controlarmos a respiração e um barulho de salto alto sobre o concreto pôde ser ouvido mais próximo. Fui abraçada pela cintura com mais força, olhamos para o lado e uma ruiva de vestido curto estava parada e nos olhando sem graça. 
Eu não sei Harry, mas não me importei com o fato dela ter visto ou não alguma coisa. Ela estar o encarando me incomodou um pouco mais.
— Podemos ajudar você? — arqueei a sobrancelha desencostando do peito do meu homem. Senti falta do seu cheiro no mesmo segundo. 
— O motel Eros é nessa rua? — sua voz era fina, inocente, irritante. Seus olhos não saíam dele. 
— Lá no final, à esquerda, não tem erro e cuidado com o buraco na rua, é sempre uma cilada. 
O abracei mais forte e recebi um sorriso divertido. Havia chegado a hora de retribuir, não?!
— Ah… Obrigada, querida — esboçou simpatia. — Tchau, tchau. 
A mulher não precisou dar quatro passos para longe para que eu revirasse os olhos e suspirasse. 
— Então… — prensou-me novamente na parede. — Deveríamos ir para o final da rua e dobrar à esquerda já que você conhece o endereço? — gargalhei negando com a cabeça, divertida. Harry me olhou confuso. — E para onde vamos?
— Nada de frustrações hoje, Styles — colei minha boca em sua orelha e deslizei minha mão por sua nuca. — Nós vamos para a minha casa. 
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gabyzinha4020 · 4 years ago
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IREI ATUALIZAR
Integrantes: Luhan, Sehun, Chanyeol, Xiumin, Baekhyun, D.O (as curiosidades estão diferentes da desse post, pois estou atualizando aos poucos,recomendo olhar elas ao invés desse)
Eles decidem tudo fazendo pedra,papel ou tesoura
Lay: Eu estou com 25 anos já. Com vocês me chamando de fofo, fica difícil pra mim
Chanyeol disse que Kyungsoo é o membro que ele mais gosta de perturbar
Em questão de música, Suho gosta de “Love Me Right”, mas para performance, ele gosta de “Call Me Baby”
Mesmo sem Kris,Luhan e Tao, eles ainda dizem "we are one".
Tem várias coisas simples que eles ainda nunca fizeram ou comeram
D.O acha que o essencial quando faz as malas são os seus fones de ouvido e mp3
Xiumin não gosta de barulho.
Suho disse que o EXO vai existir até que reste um membro
Kai é o que mais reclama
Sehun ama chocolate
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Eles acham que Tao era o mais feio no começo do EXO
D.O leva sua escova de dentes para o hotel,ele não consegue usar outra que não seja a sua
Chen não usa perfume
Sehun não pode comer comida apimentada
Chen divide o dormitório com Lay
Kai diz que tudo quebra quando chega em suas mãos
Chen disse que é viciado em carboidratos
Baekhyun não usa perfume, apenas loção corporal
Sehun: Todas as palavras que todos falam para mim me dão força
Kyungsoo não tem o hábito de beber muito alcool
Falar sobre fones de ouvido é proibido, pois Lay continua perdendo os dele
Quando perguntado que exercicios tem praticado, Chanyeol respondeu "Respirando...?"
Chen disse que quando lê livros, sente-se sonolento
Sehun tem um cachorro da raça bichon chamado Vivi
Lay: As palavras que eu mais quero ouvir dos meus fãs são "Eu estarei ao seu lado"
Baekhyun adora Suho porque ele é confiável. Sempre que ele se sente confuso ou nervoso, Suho o acalma
Quando Chanyeol começa a cantar música folk coreana no dormitório, Kai atira uma almofada para ele se calar
O tipo ideal de Kyungsoo seria Amanda Seyfried
Kris tentou ensinar Yeol a falar mandarim quando eles estavam praticando para promover Wolf, mas Yeol foi tão ruim, que Kris desistiu
Suho adora golfe e bicicletas
Para Luhan, Sehun era como seu irmão mais novo que é cuidadoso com ele e adorável, mesmo Sehun sendo confuso e impertinente, Lu gostava
Do EXO-K, Baekhyun é o mais forte para bebida
Suho parece muito melhor na vida real. Os fãs dizem que é incomparável a forma como ele sai na TV e em fotos
Kyungsoo gosta de cuidar dos cactos do dormitório, dando o nome dos membros a cada um dos cactos
Nome chinês de Baekhyun é "Bai Xian" (白贤)
Com exceção de Suho, todos do EXO-K têm medo de insetos
Lay é o membro que aprende as coreografias mais rápido
Chen gosta de bater, e suas vítimas favoritas era Tao ou Chanyeol
Luhan é bem neutro, não importava com qual membro estivesse, ele era a mesma pessoa
Chen se encaixa com cada pessoa, se ele tá com o Xiumin é quieto igual ele, mas se tá com o Baek e o Chanyeol vira um capetinha
Kris acha algumas coisas sentimentais pura "frescura", mas é só insistir um pouquinho que ele amolece
Os animes favoritos de Luhan são Death Note e Naruto
O filme favorito de Kris é/era Como Treinar o Seu Dragão
"O que te faz sentir bem?" Sehun: Os lugares em que EXO está, quando tem comida...
Lay tem o sono bastante pesado, nada consegue perturbar o seu sono
Chanyeol já fez cirurgias nos olhos, contra o seu problema de visão
Kyungsoo revelou que gosta de ficar apenas de camiseta e cueca no dormitório
Momento de maior vergonha para Luhan foi quando ele estava no aeroporto e foi de cara em uma porta de vidro, distraído
Em seu agradecimento no Music Bank, Suho mencionou Lay dizendo: "Nosso Lay, nós amamos você"
Recentemente, Chen doou 150.000 Dólares Taiwaneses (R$18.218) para famílias carentes
Quando Chanyeol soube que as fãs estavam gritando "BaekYeol", ele puxou as mãos de Baekhyun de modo que eles ficassem mais próximos
Sehun sempre segurava às mãos de Luhan quando o K e o M estavam juntos
O membro que Xiumin mais admirava era Kris, porque ele é alto, tem uma boa aparência e fala muitas línguas
Suho acha seus olhos seu ponto encantador
Os personagens do One Piece favoritos de Chanyeol são Chopper e Luffy
Suho prometeu proteger todas as pessoas ao seu redor
Fã: "Oppa, vendo você me faz feliz" Chanyeol: "Eu também me sinto feliz, olhando no espelho"
Kris sobre Tao: Eu pensei que ele era muito maduro e víril. Ele é muito carismático
Tao era o membro que mais se emociona fácil
Kai diz que seu herói é sua mãe
Baekhyun interrompeu mais de 5 vezes enquanto a SM anunciava quem ia aparecer no teaser da Tiffany
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Espero que tenham gostado bjs💖
Até a próxima #EXO😊
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callamicia-historietas · 4 years ago
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Bem vindos a Butantã…
— Está muito calor Rick!
— Eu sei mas já estamos chegando, aguente mais um pouco.
Os dois estavam cansados de ficar dentro do carro, tanto Rick quanto sua namorada Liz, não estavam aguentando mais ficar presos naquele calor insuportável, queriam chegar logo para esticarem as pernas, se refrescarem e relaxarem. Quanto mais andavam mais aliviados se sentiam por estarem chegando, esses dias de férias estão muito quentes na visão deles dois.
Quando notaram que estavam chegando no bairro desejado começaram a se sentirem mais calmos. Estacionando o carro em uma vaga, o casal desce junto com as suas malas. Beatriz a avó de Liz estava a espera deles na porta de sua casa, quando avistou os dois, começou a acenar freneticamente.
— Olá vó!
Liz abraçou sua vó, tentando mostrar toda saudade que sentia da mesma. Beatriz viu o menino bonito perto de sua neta e logo tratou de perguntar.
— Que menino bonito Liz! É seu namorado?
— É sim vó, o nome dele é Rick.
— Prazer senhora.
— O prazer é meu garoto. Vamos entrar!
Assim que entraram na casa sentiram um arrepio na espinha, a entrada da casa era grande, as paredes eram listradas em vários tons de verde, cheios de quadros e uma escada que dava para andar de cima. O casal se olhou e continuaram a seguir a senhora que começou a subir as escadas em silêncio, os degraus rangiam a cada passo que davam, Liz pensou que a casa estava diferente, mais apagada e triste. Ela e sua família não voltavam desde a morte de seu avô, então tirou a conclusão que a casa estava assim por falta dele.
Chegaram ao andar de cima e entraram no quarto indicado por sua avó, deixando suas malas dentro do quarto perto da porta e disseram para a senhora:
— Muito obrigada vó.
— De nada minha querida, qualquer coisa podem me chamar estarei no andar de baixo, na sala.
Beatriz falou apontando o dedo em direção a escada.
— Ok, obrigado de novo senhora –agradeceu Rick.
— Por favor me chame de vó ou de Beatriz, querido.
— Certo, irei chamar.
Beatriz desce as escadas e o casal fecha a porta. Rick queria perguntar se essa casa era sempre assim, o que tinha de errado nela? Qual o motivo dela ser sombria desse jeito? Mas assim que abriu a boca para perguntar, Liz se jogou na cama e suspirou, e ele notou que sua namorada estava cansada e a deixou descansar se deitando ao lado dela. Os dois adormeceram juntos.
Liz abriu os olhos com dificuldade e reclamou do barulho, o som de madeira sendo batida a acordou, e então, quando despertou totalmente percebeu que o som vinha do andar de baixou, olhou para seu lado e Rick dormia tranquilamente. Se levantou e abriu a porta do quarto, desceu as escadas devagar, notou que estava de noite, quando chegou atrás da porta colocou a mão na maçaneta fria, hesitou um pouco mas quando se ouviu mais uma batida tomou coragem e abriu. Deu de cara com um casal de terno.
— Olá -Liz os cumprimentou.
— Olá senhorita… -O moço falou.
— Liz, Liz Mendes. -Se apresenta.
— Somos da polícia, estamos aqui para investigar um assassinato, sua avó está? Ambos mostravam seus distintivos.
— Está sim, entrem por favor.
Mesmo assustada Liz deu passagem para os dois entrarem, os levou para a sala e se sentaram nos sofás beges que tinham ali. Beatriz apareceu logo em seguida, perguntando o que estava acontecendo, sua neta respondeu que os dois policias queriam conversar sobre um assassinato.
— Agente Miranda, Agente Perreira, alguma novidade? –questiona Beatriz.
Liz olhou para sua vó meio chocada e confusa, que assassinato é esse? E por que sua avó esta no meio disso?
Pediu licença e subiu para o quarto que seu namorado estava. Entrou e logo acordou Rick que se levantou um pouco assustado.
— O que aconteceu?
— Tem dois agentes da polícia na sala, agora, conversando com a minha vó e eles estão investigando um assassinato.
— Por que eles estão conversando com a sua vó?
— Não sei, vamos descer?
— Claro.
Rick se levantou, pegou na mão da sua namorada e saíram do quarto indo até à sala. Os dois pareciam confusos com isso, mal chegaram e já tinha muita novidade acontecendo. Chegaram na sala e os dois agentes pararam de falar, o que foi muito suspeito para o casal, mas, se mantiveram quietos e se sentaram no mesmo sofá que Beatriz.
— Sentimos muito que sejam recepcionados assim -Agente Miranda fala.
— Querida, na USP, a universidade onde eu trabalho tem ocorrido uma série de assassinatos há algum tempo e os dois agentes queriam saber de mais algumas informações. — Beatriz falou ao perceber que sua neta estava assustada.
— Assassinatos? Que coisa terrível!!
— Sim. Todas as vítimas são estudantes, mortos e enterrados por todo bairro.
— Que horror! -Rick comenta.
— Verdade, mas a pessoa ou pessoas que estão fazendo isso irão se ver com a justiça, iremos garantir isso –O agente Perreira garante.
— Iremos ajudar com o que precisar! -Liz diz com precisão.
— Bom, já estamos indo. Obrigada por sua ajuda Senhora Mendes.
— Por nada Agente Miranda, qualquer coisa estamos aqui.
Os três acompanharam os policias até a porta, todos ali estavam muito abalados pelo o que estava acontecendo.
— Obrigado de novo.
Perreira falou para Beatriz que balançou a cabeça em resposta e se virou para Liz e Rick.
— Bem vindos a Butantã…
O agente foi embora e a porta se fechou. Outro arrepio se passou pelo corpo dos dois e dessa vez pensaram ao mesmo tempo em voltar para Minas Gerais, mas, se voltassem, pareceriam suspeitos, os dois queriam passar suas férias tranquilamente juntos e relaxando. Alguma coisa na cabeça de Liz falava que tranquilo e relaxante seria a última ciosa que ela encontraria nessa situação.
Os três voltaram para seus respectivos quartos e se deitaram buscando o sono novamente, o casal estavam deitados abraçados cada um com os seus pensamentos.
Na manhã seguinte, o clima continuava tenso ninguém falava nada, Beatriz avisou que iria ao mercado, então os dois poderiam ficar a vontade ou sair de casa para conhecer mais sobre o bairro, optaram por ficar em casa mesmo.
De tarde Beatriz Mendes saiu, os dois estavam no quarto mexendo em seus celulares.
— Estou entediado -Rick comentou.
— Vamos passear um pouco então -Liz sugere sorrindo.
— Não! Esta perigoso lá fora não viu os policias ontem? -diz Rick
— Vi sim, então vamos passear pela casa, vou te mostrar o resto dela.
Caminhando pela casa Liz mostrou o andar de baixo inteiro junto com o quintal. As risadas estavam presente pelas brincadeiras que os dois faziam, por um momento eles esqueceram dos assassinatos, do tédio e do calor que fazia, mostrando o andar de cima as risadas ainda se podiam ouvir.
Não prestando a atenção onde pisava, Liz acabou tropeçando e batendo com tudo na parede perto do quarto de sua avó, ela esperou o baque da parede, mas para a sua surpresa e a de Rick a parede se abriu, dando entrada a uma passagem. O silêncio substituiu as risadas e brincadeiras, a tensão voltou ainda pior, os dois se olharam.
— O que é isso? -Liz pergunta, se levantando e indo para o lado de seu namorado.
— Eu não sei, você nunca viu isso aqui antes? -Rick pergunta e segura a mão da namorada que nega com a cabeça.
— Vamos entrar! -Rick fala e aperta um pouco a mão da moça.
Assim que entraram o frio e a escuridão do lugar os acolheram, Liz pegou o seu celular ligou a lanterna e iluminou o lugar. Na frente deles estava uma maca e várias ferramentas cheias de sangue penduradas na parede, facas, martelos, alicates, pás e entre muitas outras, tinha objetos que nunca viram na vida e não sabiam para que foram usadas. E em outra parte do cômodo eles viram várias telas mostrando a casa, notaram que estavam sendo observados o tempo todo. Finalmente a ficha dos dois caíram, e então o clima da casa fazia sentido na cabeça deles, isso explica a tensão. Liz não acreditava no que estava vendo e pensando. Era ela, era a sua avó a assassina dos estudantes, tinha que contar a polícia o que descobriu mas se sentia triste por ter que entregar a mesma.
Logo a porta do andar de baixo foi ouvida, em desespero os dois saíram do cômodo fechando a parede atrás de si e entraram correndo em seu quarto, se jogando na cama tentando se acalmar.
No andar de baixo Beatriz chamava sua neta e o namorado mas não recebeu resposta, continuou chamando e nada, então pensando na pior hipótese possível começou a correr em direção as escadas, vendo que o corredor estava tudo normal, entrou no quarto do casal encontrando os dois dormindo na cama, se sentindo aliviada saiu do quarto e voltou para a cozinha pensando qual parte deveria cozinhar hoje.
O clima tenso e os piores pensamentos estavam sufocando os dois, não sabiam o que falar e nem o que pensar, a garota estava perdida e paralisada. Rick se sentou na cama perdido, não sabendo como agir.
— Meu Deus! No que minha vó se tornou? O que eu vou fazer agora? Ligo para a polícia? Para a minha família? Voltamos para casa?
Rick percebendo que a mesma estava prestes a enlouquecer, segurou seus ombros e olhou no fundo de seus olhos.
— Vamos ligar para a polícia, mas depois que ela sair da casa de novo, e logo em seguida vamos embora, ok?
A menina balançou a cabeça positivamente, eles se abraçaram fortemente. Ouviram a porta da frente bater com força e se assustaram dando um pulo. Juntos e com medo saíram do quarto e foram para a entrada da casa. Liz chamou a sua avó, mas não foi respondida, chegaram na cozinha e a comida estava em um prato em cima mesa, procuraram Beatriz pela casa inteira e tiraram a conclusão de que a senhora tinha saído novamente.
Em seguida pegaram o celular de Rick e ligaram para a polícia, e quem atendeu foi o Agente Perreira, contaram tudo o que descobriram e o que sabem. Poucos minutos depois, bateram na porta, os dois correram para abrir a mesma, o Agente Perreira entrou sozinho e pediu para explicarem tudo de novo e mostrarem a sala. O policial entrou e analisou tudo sem encostar em nada.
O homem Perreira pegou o telefone para chamar reforços, pedir para analisarem a sala e as ferramentas, e um mandado de busca para a senhora Beatriz Mendes, mas recebeu uma mensagem, ou melhor uma ameaça. Na mensagem estava a foto da avó da menina caída no chão em cima de uma poça de sangue, ela aparentava estar muito machucada, um texto apareceu logo em seguida.
“Praça Monteiro Lobato, s/nº. Não peça reforços e venha com a neta e o namorado senão ela morre.”
Explicando a situação para os dois, decidiram obedecerem à mensagem e ir ao endereço, entraram no carro com o agente e dirigiram até o local, no meio do jardim viram a casa de Butantã que era um museu da região, o assassino não podia estar dentro do lugar, seja lá quem for. Observando ao redor da casa, o Agente Perreira achou uma passagem secreta subterrânea, os três estavam perplexos e mais uma vez estavam decidindo o que iam fazer.
Descendo as escadas do lugar, viram vários corpos cheios de sangues e machucados desde ralados a falta de partes do corpo, chegando mais perto daquele monte de corpos, foram ouvidos dois disparos e um baque. Tudo se apagou.
Antes de Liz ceder a escuridão, ela ouviu um sussurro bem baixinho.
— Bem vindos a Butantã…
E tudo se apagou completamente.
Liz se levantou com tudo muito confusa, sua visão ficou turva e uma forte dor de cabeça, colocou uma mão na cabeça e olhou ao redor. Ela estava em um hospital, nas janelas passavam a claridade do sol fazendo a dor da menina piorar. A porta foi aberta, a avó da menina entrou e ela começou a se desesperar.
— O quê? O que você esta fazendo aqui? A senhora esta bem? Ele te machucou? O que aconteceu? Onde está Rick? Ele está bem?
Liz perguntou desesperada, Beatriz ficou confusa por um momento e fez sua neta se sentar.
— Você ainda não esta totalmente recuperada! Fique sentada ou deitada. Esta tudo bem, não aconteceu nada com a gente, o Rick esta la fora esperando para poder entrar.
Beatriz falou com calma, o semblante de sua neta ficou mais confusa ainda.
— Querida, deixa eu te perguntar. Você é sonâmbula?
— O quê? Não, mas as vezes eu falava alguma coisa ou me sentava na cama, mas nada fora do normal. Por quê?
— No meio da noite, você se levantou e saiu de casa, não sabemos o por que se levantou no meio da noite, mas no dia seguinte achamos você na esquina de casa desmaiada, trouxemos você para o hospital e eles te diagnosticaram com veneno de serpente no sangue e só depois vimos a mordida.
— Eu fui mordida por uma serpente no meio da noite sonâmbula?
Liz perguntou confusa e a sua avó confirmou. Logo Rick entrou no quarto e assim que a viu acordada correu para a abraçar.
— Que bom que esta bem meu amor! -Rick falou.
— O Instituto Butantã providenciou uma vacina contra o veneno da serpente que te mordeu, já que era da mesma espécie de serpentes que eles tem. -Sua avó falou.
— Então tudo que eu vi foi um sonho?
— Eu acho que sim querida.
— Sinto muito por preocupar vocês.
Ela aproveitou para contar tudo o que sonhou, cada detalhe, sentimento pensamento, atitude, tudo estava fresco em sua mente. Mesmo com o veneno Liz não esqueceu do que viu e não esqueceria tão cedo.
Fim…
                                                                                                      - Amicia Cho
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cachosdecobre · 4 years ago
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A Bifurcação
                                                     Mariana
- Vem! – Disse eu, estendendo a mão para Benjamin. Ele segurou a minha mão e então comecei a sentir o meu corpo pender para o outro lado do muro.
- Não, não, não, não! – Dizia eu repetidas vezes de forma desenfreada até que o meu corpo batesse com toda força no chão.
- Nossa, achei que ia doer mais. – Disse eu olhando para o lado e percebendo que meus ossos estavam inteiros.
- É porque você caiu em cima de mim. – Disse Benjamin com uma voz de dor. Me levantei rápido e limpei a grama que estava na minha calça.
- Vamos, seu pastel! – Disse eu, enquanto pegava sua mão e o puxava pra cima.
- Ah, eu estou bem, Mariana! Obrigado por perguntar!
- Vem, vamos tentar de novo! – Disse eu.
- Mari, desiste! A gente vai cair de novo. – Disse Benjamin. - E mesmo que a gente consiga passar, quem garante que o guarda não vai pegar a gente e que amanhã a gente não vai estar na sala da Dona Rosilda? Você já tirou uma nota vermelha na última prova de Matemática e eu já estou com um pé dentro da recuperação em física. Não sei se irritar a minha mãe e a tia Renata é uma boa ideia.
- Deixa de ser frouxo, Benjamin. Quando eu ganhar o meu primeiro Grammy, a minha mãe vai é chorar de orgulho e a Dona Rosilda vai ficar se exibindo por aí dizendo que eu fui aluna na escola dela. – Disse ela, examinando o muro. - Vamos! O teatro da escola vai ser o lugar perfeito pra gravar o vídeo pra minha música nova.
- A gente podia gravar também no quintal de casa... – Sussurrou Benjamin, porém não tão baixo para que eu não conseguisse ouvir.
- Vamos, Ben... Eu preciso de você! – Então naquele momento, sua feição mudou e ele se deu por vencido.
- Vamos tentar eu subindo primeiro, depois eu te puxo...
 Naquela noite, depois de conseguirmos gravar os vídeos que queríamos, estávamos voltando para o muro no qual pulamos, quando um guarda nos viu. Saímos em disparada e por um momento, eu me esqueci que eu era uma pessoa totalmente sedentária. Na verdade, eu acho que nunca corri tão rápido na minha vida.
O guarda tentou nos alcançar enquanto gritava para que parássemos, porém, por pura sorte, conseguimos escalar o muro antes que o segurança pudesse nos alcançar e continuamos correndo sem olhar pra trás.
Assim que já estávamos longe da vista de qualquer autoridade, caímos na gargalhada. Rimos tanto que eu quase engasguei com a minha própria saliva.
- O que eu não faço por você, Mariana. – Disse Benjamin, e quando me dei conta, os seus olhos azuis estavam cativando os meus.
Me mantive em silêncio por um tempo, sem reação, estudando-os até que saímos do transe e Benjamin soltou:
- Prepare-se pra amanhã ir pra sala da diretora, e ficar de castigo por um mês.
- Ah, eu já estou de castigo pela nota de matemática... O que é um chuvisco pra quem já está molhado, meu caro Benjamin?
Na manhã seguinte, a profecia de Benjamin se cumpriu e lá estávamos nós na sala da Dona Rosilda. Nem tivemos como nos defender, as câmeras mostravam tudo. Fiquei um mês de castigo.
Meus pensamentos então voltaram para o chão. Lá estava eu, maquiada e produzida para dar mais uma entrevista na televisão. A agenda estava cheia, como sempre. Depois de lá, eu iria direto para o aeroporto para pegar um voo de oito horas até Nova Iorque, onde eu iria fazer um ensaio fotográfico para a campanha publicitária de um perfume.
- Está na hora, Mariana. – Disse um dos funcionários da produção. Agradeci e me encaminhei para o estúdio. Ao entrar, os aplausos da plateia ecoaram pelo recinto acompanhando a minha caminhada até o sofá de couro preto onde sentavam os entrevistados.
- Então, Mariana, todo mundo está falando de você ser a pessoa mais jovem a receber um Grammy de Álbum do Ano, e eu aposto que todos estão te perguntando sobre como você está se sentindo. Por isso, vou te perguntar algo novo. Qual é a sua sobremesa favorita? – Disse o entrevistador assim que as palmas cessaram.
- Espetinhos de morango cobertos com chocolate. Aqueles que vendem nas barraquinhas de festa junina, sabe?
***
                                                 Benjamin
- Pra mim, Einstein não era um gênio. Gênio foi quem olhou para um morango e pensou “Hm, e se a gente pegar isso, mergulhar no chocolate e colocar em um espeto?” – Disse Mariana.
- A pessoa desenvolveu a teoria que embasa todo um campo da física, e ela não é um gênio? – Perguntei.
- Não, porque ninguém nunca ficou de castigo por não saber fazer espetinho de morango coberto com chocolate. Agora por não saber física, eu mesma sou uma vítima. Logo, pra mim isso não é um gênio. É um destruidor de vidas.
- Se você diz... – Disse eu, rindo.
Mari estava com a boca toda lambuzada de chocolate, comendo os últimos morangos do espeto e observando as pessoas que passavam. Então, saquei o meu celular do bolso e tirei uma foto daquele momento.
- Eu vou comprar mais um. – Disse ela se levantando.
- Mas vai ser o seu quarto! Você vai ficar com dor de barriga.
- E você acha que eu passo as minhas tardes naquela loja aturando cliente chato pra que? Pra me mimar e me empanturrar de doce no final de semana, meu caro. – Disse ela em um tom como se estivesse se gabando.
Meus pensamentos então foram puxados de volta para o planeta terra pela voz do meu pai me chamando:
- Acorda, Benjamin. Tem um monte de cliente esperando pra ser atendido.
Fechei então a tela do celular e corri para o balcão. Olhei além do cliente que estava me perguntando qual era o sanduíche da promoção do dia, e Mari estava na televisão:
- Então, Mariana, todo mundo está falando de você ser a pessoa mais jovem a receber um Grammy de Álbum do Ano, e eu aposto que todos estão te perguntando sobre como você está se sentindo. Por isso, vou te perguntar algo novo. Qual é a sua sobremesa favorita? – Disse o entrevistador.
- Espetinhos de morango cobertos com chocolate. – Sussurrei comigo mesmo.
- Espetinhos de morango cobertos com chocolate. Aqueles que vendem nas barraquinhas de festa junina, sabe? – Respondeu ela.
Ela estava deslumbrante e confiante. Tinha as respostas preparadas para qualquer pergunta. A mesma Mariana determinada que eu conheci. E lá estava ela, ganhando o mundo, o mundo que ela sempre mereceu. E por trás daquele vestido e da maquiagem, eu conseguia enxergar o mesmo brilho nos olhos da Mariana de moletom e boca suja de chocolate que eu conhecia.  
A última vez que a vi foi no último Natal, quando ela veio comprar um sanduíche e um milkshake. Conversamos um pouco, mas logo ela teve que voltar para ajudar a sua mãe com a ceia. Desde que ela se mudou para São Paulo, eu passei a vê-la com cada vez menos frequência. Porém, eu ficava feliz em vê-la voar. E se um dia ela precisar de alguém, eu estarei sempre aqui.
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victoria-hendricks-rp · 5 years ago
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Vote Victoria Hendricks for vice president!
The debate
Sentada nas cadeiras reservadas aos candidatos, a morena olhava mais uma vez para os papéis em sua mão, contendo os pontos que deveria abordar durante seu discurso; quando anunciaram a chamada para as candidatas à vice presidência, seu coração pulou uma batida, a ansiedade chegando como sempre acontecia antes de se apresentar em público. Para sua sorte, ela nunca transparecia e sempre se demonstrava tranquila e confiante. A outra candidata foi chamada primeiro, e embora Victoria estivesse prestando atenção, seu olhar estava nas folhas em seu colo, como uma garantia que se lembraria de tudo. A única mudança perceptível nela foi quando ouviu seu nome ser mencionado, dando a entender que ela não se importava com a posição, e só queria aquilo para o seu histórico, o que era ridículo, já que o mesmo era impecável e dificilmente precisaria do posto. Ela queria ganhar porque queria representar os alunos, porque se importava com eles e com a escola e principalmente porque se importava com fazer a diferença, queria ver se isso era o que seguiria no futuro. A única expressão que deixou transparecer pelo golpe baixo foi um leve franzir de cenho, mas não era de seu feitio comentar contra um oponente durante o debate, de modo que, quando foi chamada, a morena abriu um sorriso e começou:
como você combateria o bullying e as rixas entre os grupos do colégio?
Primeiramente, fico muito feliz em ouvir que a outra candidata ao cargo esteja igualmente preocupada em relação ao assunto e buscando pela melhor solução; exatamente por causa disso, minha proposta está em consonância com a dela e com diversas pesquisas elaboradas sobre o assunto, mostrando que a suspensão seria uma forma efetiva de punição para um bully, visto que isso reduziria sua média e mancharia seu currículo. Recomendo também que os funcionários e outros alunos possam ter a liberdade e sejam incentivados a comunicar casos de assédio se o virem, porque muitas vezes a vítima não se sente confortável para denunciar ou até mesmo segura, e é buscando seu bem-estar e segurança, assim como de cada um, que tornamos a escola melhor. Por causa disso, eu também indico e acho necessária a criação de uma equipe psicopedagógica para ouvir os alunos e, se necessário, encaminhar para um médico mais qualificado, porque a saúde mental é muitas vezes deixada de lado, quando na verdade é de imensa importância. Essa equipe não funcionaria apenas para ouvir as vítimas, mas também para desabafos e principalmente para guiar os estudantes em um caminho que lhe seja confortável, ajudando a buscar faculdades, suas aplicações, e quaisquer outras questões que estejam em sua mente.
O AIE é um ambiente muito plural em que temos a sorte de possuir diversas atividades extracurriculares para nos encaixarmos; infelizmente isso também apresenta por vezes um lado negativo, já que acaba criando grupinhos de socialização e consequentemente até gera certa rixa entre eles. Isso é normal em todos os colégios, mas não pode ser admitida a falta de respeito para com ninguém. Ao meu ver, o corpo docente poderia estimular a conversa e familiaridade entre alunos que normalmente não se falam, seja por passar atividades em grupo em sala de aula ou trabalhos; e sim, sei que é mais divertido fazer trabalho com um amigo com quem você já tem intimidade, mas é benéfico tanto para o indivíduo quanto para o coletivo que essa mistura de grupos aconteça, e no fim cabe a nós, alunos, permitir que isso aconteça, seja sendo simpático e conversando com outras pessoas ou pelo menos se esforçando para respeitar a todos.
quais mudanças e novidades você irá propor para a aie?
Uma das razões pela qual acredito que o AIE seja tão especial é a quantidade de extracurriculares oferecidas, e principalmente a capacidade que temos de ir mais além e agregar ainda mais. Pensando nisso, proponho que os ambientes já existentes sejam utilizados para mais atividades, como por exemplo: o pista de gelo poderia ser adaptada para o hóquei, a piscina pode ser usada para nado sincronizado caso tenha demanda para tal e a de badminton adaptada para o tênis. Além disso, poderíamos incluir atividades adjuntas e oferecer mini cursos derivados das atividades já existentes. A cozinha da cantina é profissional e poderia ofertar um curso de culinária, o clube do livro poderia ser integrado com um curso de escrita, o jornal da escola poderia ter uma sala de fotografia para quem se interessasse e nossa querida professora de teatro tem me ajudado com aulas para melhorar meu porte em público e oratória, e isso poderia ser arranjado para outros alunos que quisessem. Não seria nada difícil implementar um clube de xadrez e sinceramente, em um estado como a Califórnia onde as leis e decretos são promulgadas em inglês e espanhol, em uma cidade como San Diego, que quase 30% da população é latina e quase 16% é asiática, por que não temos aulas de línguas estrangeiras?
Outra proposta interessante é incrementar o currículo oficial com aulas que todo cidadão deveria saber, como primeiros socorros e educação financeira; além disso, seria muito importante divulgar e estimular os alunos a participarem de eventos nacionais como competições de debates, robótica, coral, simulações da ONU e juris simulados, o que só iria aumentar a notoriedade da escola e agregar ao currículo dos alunos. Para as equipes em competição ou que acham necessário mais treino, proponho que a escola disponibilize o espaço aos sábados para treinos extras se a equipe assim demandar, e também uma arrecadação voluntária mensal em parceria com o comitê de serviços voluntários, para ajudar diferentes causas com mais frequência. Proponho também um projeto de sustentabilidade para a escola, a ser desenvolvida juntos com os professores em aulas de ciências naturais, por exemplo, desde ações menores, como criar uma lista de transmissão por mensagem e email para diminuir a quantidade de papéis distribuídos, até pensar em maiores, como o desenvolvimento de projetos para serem patenteados. Embora nossa cantina seja de excelente categoria, poderiam ser incluídos mais pratos e opções veganas, assim como para evitar aglomeração e atrasos durante o almoço, proponho pensar junto ao setor financeiro a possibilidade de incluir na mensalidade o custo das refeições, de forma que o almoço estaria incluso e não seria necessário pagar por ele na hora, gerando menos filas e auxiliando os alunos que tenham menos condições financeiras.
Ao se pensar no futuro, a Armstrong já abre diversas portas da forma que é, mas por que não utilizar ao nosso favor todas as conexões que a escola possui? Proponho uma parceria com empresas, organizações e faculdades para que os alunos sejam possibilitados de fazerem estágios experimentais e até intercâmbio com esses parceiros, agregando à bagagem experiências e novas visões de mundo. Por fim, gostaria de deixar claro que essas ideias são propostas iniciais e que meu maior objetivo é facilitar e melhorar a experiência de todos os alunos no ensino médio, de modo que estarei aberta a qualquer ideia trazida a mim, e não apenas passarei para a presidência e diretoria, mas tentarei meu máximo para a execução dela.
por que você se considera a melhor escolha para esse cargo?
Eu poderia dizer que meu perfil e meu currículo escolar, além de ter trabalhando no clube de debates, comitê de eventos e de serviço voluntário seriam o suficiente, porque com certeza ajudam. Mas a verdade é que não são o suficiente; eu me considero a melhor opção porque eu quero muito essa experiência a ponto de considerar levá-la para minha vida e estou com muitas ideias e muita vontade de representar o corpo discente. Tudo o que quero é uma chance para isso, e com certeza garanto que irei dar o meu melhor, como em tudo o que faço, e melhorar a experiência de vocês nesse colégio, representando todo mundo.
escolha uma palavra que te representa e explique o porquê.
Competente; absolutamente tudo o que me proponho a fazer, faço com tudo de mim, me doando por completo e com grande responsabilidade. Se eu não tiver experiência, vou aprender e farei isso bem, porque sou determinada e capaz.
qual seu maior defeito? como fará para isso não atrapalhar seu mandato?
Embora algumas pessoas acreditem que perfeccionismo é baboseira porque é geralmente associado a uma característica positiva, eu discordo. Todas as características podem ser defeitos ou qualidades, desde que na situação e moderação certa. Eu diria que meu maior defeito é minha ambição; não me levem a mal, eu gosto de ter ambição e ir atrás daquilo que quero, mas quando se tem muita, as vezes podemos nos perder e acabar fazendo mal a nós mesmos, sempre querendo o melhor o cobrando o melhor de si próprio, o que pode causar danos psicológicos como ansiedade ou depressão, ou até mesmo físicos, como bulimia. O que quero dizer é que nada disso deve ser desrespeitado, porque todos lidam com suas características da forma que consegue. Para não atrapalhar meu mandato, eu lidarei com a minha me cercando de pessoas pé no chão que não terão problema em me dizer que estou indo longe demais. O Grêmio não trabalha sozinho, e sei que posso lidar com isso se me derem uma chance. Obrigada.
@armstronghq
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lauralouize · 5 years ago
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12/05/2020 estou deixando essa data registrada para poder lembrar daqui algum tempo o quanto isso tudo foi desgastante pra mim, o quanto eu acreditei em alguém e esse alguém me destruiu...
No início de tudo eu não esperava sentir nada por ti, foram conversas que acabaram virando rotina, depois vieram os encontros e eu acabei me apegando a você, eu imaginava que você fosse um cara legal, que gostava de conversar comigo, da minha companhia, me enganei. Com o passar dos dias eu já tava tão envolvida que não conseguia enxergar o quanto você me manipulava, me fazia fazer as suas vontades, chegava a me falar que não queria mandar em mim, que eu era livre, mas me manipulava de uma forma que eu acabava fazendo o que você queria e quando você errava, fazia com que eu me sentisse culpada pelo seu erro. Enquanto você me mantinha na sua vida para satisfazer as suas vontades, você ficava com outras pessoas, procurava alguém de quem você pudesse gostar de verdade. Você fez eu me apaixonar por você sem intenção nenhuma de permanecer na minha vida, me usou pra satisfazer suas vontades até o dia que estava sendo conveniente pra você. Quando comecei perceber que você não me queria de fato, você me enganou, falou que eu estava errada e que me queria sim em sua vida, até o dia que resolveu me deixar. Sem motivo algum você olhou nos meus olhos e me disse que não dava mais, que era uma pessoa ocupada e que não teria tempo pra mim. Você me destruiu naquele momento, tentei de diversas maneiras tentar te fazer mudar de ideia, mas você já tinha tomado a sua decisão. Dias depois ao me ver tentar seguir minha vida resolveu conversar, acabamos voltando e foi a pior decisão que eu pude tomar na vida. Você não me pediu pra voltar pq gostava de mim, pq você nunca gostou. Você pediu pra voltar pq estava com o ego ferido por eu ter começado seguir minha vida tão depressa, eu como a burra que sou, por gostar de você acabei voltando. Quando isso aconteceu você ficou ainda pior, tinha crises de ciúmes, me tratava mal por causa disso e eu sempre tentava de todas as formas tentar te mostrar que eu não queria outra pessoa na minha vida, que eu te amava e era com você que eu queria estar. Você usava tudo contra mim, me sufocou ao ponto de eu adquirir um transtorno de ansiedade e baixo autistima que carrego comigo até hoje. Em fim, eu acabei tendo crises e entre essas crises eu acabava falando muito do que eu sentia com relação ao que você fazia pra mim, tentava terminar, você me manipulava, se fazia de vítima pra mim não fazer aquilo, me perguntava pq eu ia desistir da pessoa que eu gostava assim tão fácil e eu te respondia que era pq eu já tava exausta. Terminei contigo mas na manhã seguinte voltei atrás, fiz isso pq a carência e a dependência emocional que eu tinha criado já não me deixavam te deixar ir, eu sabia que nada daquilo tava sendo bom pra nós e ainda assim eu insistia, insistia pq seu ego não me deixava te deixar e nem minha dependência afetiva te deixava ir. Eu já avia me acostumado com tudo aquilo, com tuas mensagens 24h por dia me monitorando, falando que eu tinha outros, que tava ficando ocupado e tava me deixando muito só... eu não pude enxergar que era você quem tava fazendo isso, você me julgava pq aquelas eram atitudes suas, você já tinha outra pessoa e não me permitia sair da sua vida por sentimento de posse. Você gostava da forma como eu me doava por inteira a você, da forma como eu fazia de ti o centro das atenções, gostava de me ter pq sabia que eu ficava só contigo enquanto você ficava com quem queria. Eu depositei toda minha confiança em você, todo meu sentimento, cuidado e atenção e foi exatamente por isso que você preferiu outra pessoa. Você se apaixonou pela Laura que enganou muitos homens, mas fez de tudo pra moldar ela pra satisfazer as suas vontades, então ela se tornou desinteressante pra você, pq ninguém quer ficar com uma mulher bipolar, insegura e ciumenta, só que o que você não enxergou é que essa foi a Laura que você criou. Hoje você está com alguém pra quem você apresentou pra sua família e se apaixonou novamente, pq ela é o oposto da Laura que fazia sempre o que você queria e no final acabava se desgastando, se sufocando e colocando o que sentia pra fora, pq já não suportava mais.
Você não foi capaz de me mandar embora da sua vida pq mesmo após o término, mesmo você já tendo outra e fazendo planos ao lado dela, você gostava da forma como eu servia de marionete pra você, gostava de como eu me umilhava quando te mandava mensagens falando que sentia sua falta, de como eu te implorava pra não se distanciar de mim. Você não foi capaz de me dizer que tinha outra desde o nosso último término, foi egotista ao ponto de me manter na tua vida por mero capricho, só pra inflar o teu ego. Você me decepcionou da pior maneira que alguém possa decepcionar alguém, pq eu acreditei em você, eu dei o melhor de mim pra você e ainda assim não foi o suficiente pra te fazer ficar. Hoje ainda me encontro em lágrimas por ter amado tanto e acreditado tanto em alguém que não teve consideração alguma por mim. Talvez em algum momento da sua vida você olhe pra trás e veja o quanto perdeu, o quanto agiu de má-fé com alguém que só te fez bem, e nesse dia eu quero poder ter te superado, quero poder estar feliz assim como você está hoje e poder te fazer enxergar que você perdeu a mulher da sua vida, perdeu alguém que nunca vai te amar como eu fui capaz de amar, que mesmo depois de conhecer o monstro que você esconde dentro de ti, ficou e tentou te ajudar a ser melhor. Se Deus quiser eu estarei bem e serei muito agradecida de você não ter me escolhido. Hoje eu choro por todo mal que você me causou, mas creio em Deus que daqui um tempo ele irá honrar cada lágrima derramada.
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srbarrosworld · 5 years ago
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A CARTA DE UM SARGENTO Quero que saibam que apesar de nascer do outro lado da cidade, tenho ambições e projetos, um dia também sentarei na mesa como, um dos reis. Sei que ainda não estou preparado, mas também não me sinto incapacitado. Tenho coragem para lutar por nós dois, o meu pelotão sabe muito bem que podem confiar em mim, eles sabem que o seu sargento não é de desistir. Hoje fiquei sabendo que vamos partir, se os planos não mudarem amanhã mesmo já estarei no Iraque, a melhor parte e menos engraçada é que a ordem partiu do seu pai. Agora é tudo ou nada, é lá que vou mostrar a minha bravura o meu valor não tem escolha, volto como noivo ou o seu pai sempre esteve certo, que não importa o quão forte me acho sempre irei falhar. O problema é que estou com medo, e não posso demonstrar isso para os meus soldados, olho para eles sabendo que muitos não voltarão a sorrir, vivos ou mortos eles nunca mais irão voltar daquela situação, são jovens prestes a conhecerem um mundo cheio de dor e maldade. Muitos serão vítimas de tudo isso e só cabe a mim olhar para o céu e gritar por misericórdia, completamente cheio de sangue do irmão de farda, infelizmente meu amor eu já vi esse filme. Ontem um deles me perguntou em quantas guerras eu estive, falei que estive em muitas, mas que morri na primeira. Sei que nesse momento você ta pensando que fui duro com ele, mas querida foi necessário, ele não pode se perder da realidade. Ontem lembrei da primeira vez que a vi, parecia um anjo e eu completamente perdido nada mais que um soldado confuso e revoltado, se hoje sou sargento o mérito é todo seu, me deu um objetivo e sabe como lutei por isso. Me peguei sorrindo sozinho no alojamento, pois lembrei da primeira vez que você me apresentou para os seus pais, nunca vi um coronel tremer e suar tanto, até dava para ouvir ele gritando por dentro. Entendo o seu pai uma linda médica com um, cara que tinha acabado de se formar na escola de sargento, ele se viu no passado sua mãe tinha a mesma profissão que você. Quero que saiba que questionei o seu pai, o porquê de me enviar para o Iraque até quando ele iria continuar contra o nosso amor puro e sincero. O mais interessante foi o que ele me disse, contou que nunca foi contra o nosso amor, muito pelo contrário sempre me viu como um aliado, o fato dele me cobrar tanto é porque tinha certeza do quanto eu te amo. Sobre o Iraque ele lutou o máximo para evitar que o meu pelotão lá não fosse, posso até imaginar o quanto foi estranho um coronel se oferecendo para ir, no lugar de um sargento e sem se quer saber se irá voltar. Eu queria poder te dizer tantas coisas pessoalmente, meu coração aperta só de pensar que não existirá mais a gente, sangro por dentro só de imaginar que posso morrer sem teu último beijo o seu abraço, agora que sinto o gosto amargo da minha própria morte. Hoje me questiono, será que voltarei para os seus braços e se por milagre de Deus isso acontecer nunca mais irei sair do seu lado. Quero mais uma vez poder tirar a minha farda e no seu corpo descansar, eu a amo e saiba que no meu coração você está protegida a sete chaves, levarei todo esse amor mesmo morrendo e me perdoa se eu não conseguir sobreviver. Sempre estarei ao seu lado, em espírito ou como sempre seu soldado.
Sr.Barros
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wanessapatricya · 5 years ago
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Depois de tantas brigas e desentendimentos eu tô aqui pra te desejar parabéns por esse dia tão especial né kkkkk. Graças a Deus que a gente teve essas brigas, porque todas elas provaram o quanto nossa amizade é verdadeira, porque em cada momento dos nossos afastamentos eu sentia a sua falta, para perguntar se você estava bem, sua amizade é e sempre foi muito importante para mim! Eu já vou te desejando todo aqueles clichês que todo mundo fala em todos os textos para aniversariantes, mas que são clichês desejados de coração para você: Parabéns chata, te desejo toda a felicidade do mundo e toda a felicidade de Deus em sua vida, te desejo riqueza, tanto financeira, como de paz, e que os brilhos dos seus olhos jamais se apaguem, te desejo força para suportar todas as rasteiras da vida para que esse seu lindo sorriso continue iluminando cada pessoa a sua volta (inclusive a mim), sempre estarei aqui para ficar do seu lado, seja antes ou depois de uma briga!parabéns 19vizou🎂👏🎊🎉🎈❤
João 10.10.
10 O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.
Mas jamais irei me considerar uma derrotada.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Aí que dor😔
Mulher sofre mesmo🤚🏼
namore alguém que ama você do jeitinho que você é ❤
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E eu tenho 5 em 1 só que é meu marido ♥️
Ouça, mas não ao ponto de calarem sua voz ✍️🤞
Chuva mais que abençoada 🙏🏻🌧☔
Agora defeito todos nós temos
Simplicidade 🌹
Coração ernome 👏🏻🙏🏻❤
Humildade eu tenho demais 🙏🏻
Porque que o povo só sabe criticar🤔
Meus amores o tempo passa tão depressa mas o amor q sinto por vcs aumenta a cada dia❤😍🥰
Mais um mês ao seu lado meu amor 👏🏻🥰... Agradeço a Deus por ter colocado vc em minha vida e agradeço vc por conseguir me aturar durante esse tempo kkkkk obrigado meu amor por ser essa pessoa incrível que é comigo te amo meu benzinho ❤❤💑 7 meses de muito amor 🔐💞
Por as coisa são tão difícil 😩
👈🏻🍃 _" Não é o Destino que Determina o Nosso Futuro , e sim Nossas_ _Escolhas , pois O que Faz um Sonho Se tornar Impossível é o Medo de_ _Fracassar . E quando você Acha que Sua Vida está cheia De nada . . . Lembre - se . . . É do Nada que Tudo começa " ! !_ 🍃😉😊❤🍃💫✨
"Antes de tentar mudar o mundo
pregando o Evangelho, comece com as coisas pequenas da vida:Chegar no
horário, ter bons modos, ser limpo, falar
com educação, tratar bem os outros, ser
responsável, ser trabalhador, ser legal,
perdoar as pessoas, ajudar o próximo,
assim você ganhará credibilidade
quando abrir a boca."Zoe Lilly
"Cara se vc gosta de Mulher bonita, arruma a tua mulher então... E não fique cobiçando a do outro não, pois não existe mulher feia, oque existe é homem miserável!👋
Quando você acorda, você nunca sabe as coisas que estão reservadas para você no dia que está começando. Você pode escolher ser uma vítima, e passar o dia se queixando de todas as coisas que te acontecem.
Mas você pode respirar fundo e sair da cama com a mentalidade de um vencedor, pronto para lutar e conquistar a felicidade! 🙏
ღ 🍃♥️🍃•.ღ
° ೋ ♡ ೋ ° ° ೋ
Bom Dia☺️
Se solte das âncoras que te prendem. E se agarre aos balões que permitem te fazer voar bem alto .⚓🎈👏😊
Eu amo o meu sorriso
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beifongnation · 6 years ago
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The Rebound: Now in Portuguese!
A note in English: I can’t even tell you all how astounded/humbled I am that Spaild on FF.net reached out and asked to translate this story into Portuguese. I’m super excited that more people will have a chance to read one of my personal faves (Partial to Kazuo, what can I say?). A HUGE obrigada to Spaild for her translations, which you can read below. This is next level wonderful :D
Descrição: Lin se envolve em um breve romance após sua separação com Tenzin. [Tradução]
Leia esta história no FF.net
História: 
Esta fanfic foi postada originalmente em Abril de 2013, então levem em consideração que ainda não havia respostas para algumas das perguntas que nós, fãs de Avatar fazíamos.
Satomobile, a autora, me permitiu a tradução de uma série de histórias que ela escreveu. Então este texto está devidamente autorizado a existir.
Eu fiz a tradução exclusivamente para compartilhar com todos a obra prima que é a criação deste personagem incrível que vocês logo vão conhecer.
No mais, boa leitura.
Lin estreitou os olhos para o homem em pé diante dela. Seu nome era Kazuo, um representante em potencial da Nação do Fogo em Republic City que fazia campanha para um lugar no conselho da cidade. Ele parecia em cada centímetro com um político; mandíbula esculpida, ombros largos e cabelos grossos e escuros que nunca pareciam fora do lugar. Ele era encantador tanto na aparência quanto na personalidade, mas seu sorriso perfeito não estava ganhando a simpatia da chefe de polícia de Republic City. Ela cruzou os braços e o encarou tentando descobrir do que o novato estava brincando. Ele havia lhe perguntado sobre comida, o que ela gostava e o que não gostava. Seu objetivo era sem dúvida de cunho político, mas ele estava fazendo uma quantidade suspeita de perguntas pessoais.
- Você come não é? - ele perguntou com uma risada pequena.
- Sr. Kazuo, o caminho para um lugar no Conselho não é através do meu estômago, posso lhe garantir. - Lin respondeu secamente.
Esse comentário lhe rendeu uma risada que surgiu das profundezas dele. Sua cabeça se inclinou quando ele riu, as mãos nos bolsos.
- Eu não estou pedindo para apoiar a campanha Chief Beifong. - ele sorriu - Estou te convidando para jantar.
De alguma forma aquilo a pegou de surpresa.
Ele estava paquerando.
Os olhos foram para o lado, desviando o olhar antes confiante. Ela resistiu olhar por cima do ombro em busca de outra pessoa com a qual Kazuo poderia estar falando. Por fim ela checou, embora, obviamente, estivesse sozinha com ele em seu escritório. Sentiu o calor subir em suas bochechas assim como o pânico que zumbia dentro de seu peito. Fazia tanto tempo desde que ela havia sido alvo daquele tipo de atenção que ela não conseguia entender o que o tinha levado àquilo. Ela usava seu uniforme como de costume, seu cabelo estava penteado da mesma forma de sempre e ela não usava nenhuma maquiagem. Sem contar claro, o batom em um leve tom rosado que ela usava.
Além de sua aparência comum ela considerou o que mais no mundo teria lhe dado a ideia de que ela estava de alguma forma disponível. Ela estava, é claro, mas sua linguagem corporal e o comportamento dizia o oposto. Depois de quase vinte e cinco anos de relacionamento, o ar de mulher compromissada estava preso a ela como um perfume que pairava ao redor em cada uma de suas interações diárias. Dificilmente alguém poderia apontar Lin Beifong como disponível.
E, no entanto, de alguma forma Kazuo havia notado.
- Eu espero que você entenda que eu sou muito ocupada com o meu trabalho no momento. - ela disse sem deixar nenhum espaço para discussão. Sentiu-se presa entre desespero e alívio. Uma pequena voz em sua cabeça a dizia para seguir em frente, mas durante a maior parte de su vida ela foi condicionada a dizer "Não, obrigada" e seguir em frente.
Ele assentiu.
- Eu entendo. - E deu-lhe um sorriso melancólico ao virar-se para sair. - Mas eu espero que você saiba, eu não desisti de lhe convidar. Estarei aqui por... duas semanas? Eu aposto que você vai precisar parar em algum momento para o almoço.
Lin se impediu de retrucar "Não conte com isso", mordendo o lábio quando ele saiu do escritório.
Ela voltou a sentar-se à sua escrivaninha dando a pilha de papéis a sua espera um olhar fulminante. Isto era sua vida por quase um ano agora. Pilhas de papel, conferências de imprensa, treinamento, trabalho. Trabalhe e nada mais. Ela suspirou, ciente de quão fechada ela havia se tornado.
Houve uma batida em sua porta e ela gemeu esperando que Kazuo reaparecesse com alguma história ridícula sobre ter esquecido algo em seu escritório. Em vez disso seu secretário enfiou a cabeça para dentro.
- Chief. - ele chamou. - Ligação urgente para você na linha um.
- Quem é?
- Princesa Ursa da Nação do Fogo.
Lin revirou os olhos e suspirou pegando o fone na mão esquerda.
- Chief Beifong.
- Tente não parecer muito feliz. - disse a voz pomposa de Ursa do outro lado.
Deu um riso pouco antes de responder a saudação de Ursa.
- O que está acontecendo?
- Apenas ligando para dizer olá. - informou Ursa e Lin quase podia vê-la esticando os longos dedos para examinar as unhas recém pintadas.
- Meu secretário disse que era urgente. - Lin falou encostando as costas em sua cadeira.
- De que outra forma eu consigo fazer você atender o telefone? - Ursa questionou em voz alta. - Você não escreve, não liga...
- Estou apenas ocupada. - Lin disse ao mover brevemente a cabeça pegando distraidamente um lápis sobre a mesa e começar a girá-lo entre os dedos.
- E eu não estou? - Ursa retrucou.
- Oh sim, me desculpe. - respondeu. - Cortar a fita na inauguração do hospital deve estar consumindo todo seu tempo.
- É minha vida. - Ursa brincou. - Então... como está indo a temporada eleitoral?
- Ugh. - Lin gemeu mostrando a língua em claro desgosto. O fato de que Ursa não a podia ver não era sequer uma consideração, sabia que ela podia imaginar sua expressão claramente de qualquer maneira. - Eu mal posso esperar o fim disso. Se eu tiver que ir a mais uma reunião ou cerimônia eu juro que vou matar alguém!
- Tenzin? - Ursa se aventurou a adivinhar quem seria sua vítima.
- Serve. - Respondeu alegremente embora a realidade de sua situação queimasse dentro dela.
Como a representante do Departamento de Polícia, ela era obrigada a participar de vários eventos políticos este ano. Era uma veterana experiente do circuito político, tendo participado de tais eventos em representação de seu escritório e, no passado, como a namorada de Tenzin. Ela estava acostumada com a conversa monótona, com os delicados petiscos e com a dolorosa rede de contatos que eram as marcas de tais reuniões até agora, mas este ano estava sendo um pouco mais difícil de aguentar. Provavelmente porque naquele ano, suas funções políticas significavam ter que ver Tenzin com a nova esposa.
- Então quando será o próximo. - Ursa questionou.
Lin deslocou o telefone para o ombro e o prendeu lá com a cabeça enquanto estendia a mão sobre a escrivaninha para o pequeno calendário manchado de chá que continha os compromissos de sua vida diária anotados à mão. Ela olhou e gemeu.
- Hoje a noite. - respondeu. - Irei enviar Saikhan. - falou decididamente a Ursa jogando o calendário de volta à mesa.
- O que? Não! Você deveria ir. - Ursa insistiu desconfiada que o coquetel daquela noite estava sendo oferecido pelo Embaixador da Nação do Fogo.
Lin trocou o fone de lado e estreitou os olhos desconfiada.
- Por que?
- Eu não sei... - Ursa respondeu. - Apenas acho que pode ser divertido.
- Oi, a gente se conhece? - Lin respondeu cheia de sarcasmo quando ela se moveu para descansar os pés em cima de sua mesa.
Ursa bufou.
- Eu só quero dizer que talvez alguém esteja lá e você poderia, eu não sei... ter um encontro com...
Os olhos de Lin se arregalaram quando as peças do quebra-cabeça se encaixaram. Ela inadvertidamente agarrou o lápis em sua mão e saltou para frente em seu assento.
- Você o colocou nisso? Pediu a ele que me convidasse para jantar? - o tom era de acusação.
- Não! - Ursa respondeu de imediato. - Eu juro... Espere, Kazuo te convidou para jantar?
- Sim. - Lin soltou um suspiro agravado.
- Então vá! - Ursa a instruiu. - Escute, não fui eu quem o colocou nisso! Ele me perguntou se você era solteira.
Lin chegou a abrir a boca para argumentar, mas a fechou lentamente quando a curiosidade venceu-lhe.
- Ele perguntou?
- Sim Lin! ele é um dos meus representantes favoritos. Ele é inteligente, corajoso, um colírio para olhos... - Ursa disse.
- Ele tem doze anos. - Lin argumentou, havia notado sua aparência relativamente jovem.
- Trinta e quatro. - Ursa a corrigiu.
- Eu tenho quarenta. - Lin a lembrou.
- Lin, você tem trinta e nove anos, não exagere. Cada vez que faz isso me deixa um ano mais velha também e além disso, quarenta são os novos trinta.
- Eu odeio quando as pessoas dizem que isso é o novo aquilo. - Lin resmungou.
- Você odeia tudo. - Ursa respondeu. - Mas escute, ele recentemente saiu de um relacionamento de longo prazo, então tem isso.
- E isso deveria me influenciar de alguma forma? - Lin perguntou, a testa franzida em confusão.
- Só estou dizendo que vocês dois provavelmente podem se dar bem. - Ursa defendeu com um suspiro. - Aqui, façamos o seguinte Lin. Ele pareceu bastante interessado, você precisa fazer algo sobre isso, saia com ele. Vista-se, sinta-se bem novamente. Qual foi a última vez que você usou algo diferente de seu uniforme deprimente?
- Meu uniforme não é deprimente.
- Quando? - Ursa exigiu. - E pijama não conta.
Lin franziu os lábios em pensamento logo concluindo que Ursa tinha um bom argumento. Ela não conseguia lembrar da última vez que tinha usado roupas civis fora de sua própria casa. Ela sequer conseguia se lembrar da última vez que saiu com um propósito social.
- Eu estou esperando. - Ursa disse em uma voz cantada. Lin soltou um suspiro derrotado e Ursa se animou do outro lado da linha. - Sim! Saia com ele Lin. Se você não fizer algo, em breve seu hímen voltará a crescer.
Lin zombou do comentário do outro lado da linha.
- Ok, vou desligar.
Ursa estava entre gargalhadas.
- Eu não estou brincando, ele vai voltar ao lugar.
- Adeus. - gracejou antes de colocar o fone de volta no pedestal.
Lin balançou a cabeça para si mesma, um sorriso brincando nos lábios com o comentário de sua velha amiga. Sua maneira de abordar o assunto foi... muito Ursa. Lin tinha certeza que, se optasse por não comparecer neste evento Ursa estaria a esperando quando chegasse em casa batendo o pé no chão como uma mãe impaciente.
Ela poupou um último olhar para os papéis a sua frente decidindo que eles eram ligeiramente mais dolorosos do que se misturar na Embaixada da Nação do Fogo, agarrou seu casaco, ela iria apenas para provar que Ursa estava errada.
Pouco depois de chegar, Lin se encontrou observando a mesa de comida por puro tédio. Ela se serviu de uma bebida após a outra, segurava firmemente um copo em sua mão esquerda enquanto parada em frente a pequenas cenouras. Iria se vangloriar disso com Ursa mais tarde quando estivessem no telefone. Ela iria lhe dizer que tinha sido um desperdício aquela noite, não haveria nenhum encontro, na haveria excitação e Lin sorriu em pensar em sua vitória.
Então ela franziu a testa, seria uma vitória vazia, ter uma noite horrível apenas para vencer uma discussão não a tornava exatamente vitoriosa. Foi a natureza de seu relacionamento com Ursa que a fez pensar assim, as duas eram amavelmente competitivas por culpa. Enquanto cresciam, suas apostas frequentemente terminavam em uma ou ambas entrando em situações muito distintas que geralmente exigiam resgate da parte dos pais e mais tarde da parte de outras pessoas importantes. A lembrança de Tenzin murchando os ombros quando as duas mulheres apertaram as mãos rapidamente lhe veio à mente. "É só uma questão de tempo antes que eu esteja arrancando uma de vocês do chão." Ele lamentou com um revirar de olhos.
- Elas disseram algo engraçado? - Uma voz perguntou a trazendo de volta ao presente.
- Hmm? - Lin virou-se para encarar Kazuo.
- Eu perguntei se as cenouras estavam dizendo algo engraçado. Você estava aqui, parada sorrindo enquanto as olhava. - Ele perguntou com um elegante erguer de sobrancelha.
Lin o lançou um olhar frio.
- Lá vamos nós. - ele disse. - Essa é mais como a Chief Beifong que eu conheço.
- Você não me conhece. - Lin o lembrou rispidamente.
- Mas eu adoraria. - ele lhe respondeu sem hesitar.
Sua resposta foi mais rápida e genuína do que ela imaginou. O olhar em seus olhos a surpreendeu, era igualmente amigável e humilde apesar de seu tom confiante.
Ao notar que ele a deixou sem palavras ele continuou:
- O que você me diz se depois que eu terminar de apertar algumas mãos e beijar bebês, te levar para comer alguma coisa de verdade?
Lin respirou fundo tendo uma recusa preparada para deixar facilmente seus lábios vermelhos, ao erguer os olhos seu olhar cruzou e se prendeu ao olhar de seu melhor amigo no mundo inteiro do outro lado da sala. Ela segurou o olhar de Tenzin por um instante antes de desviar.
Ela se encontrou sem uma palavra, sem recusa, sem resposta. Apenas um suspiro pesado deixou seus lábios. Kazuo moveu a cabeça apenas para chamar sua atenção novamente. Seus olhos se encontraram e Kazuo ofereceu um sorriso esperançoso quando Lin piscou de volta sentindo aquele irritante ardor.
- ... Então? Agora eu sei que você come. - Brincou Kazuo apontando as cenouras. Lin soltou uma risada patética quando seus olhos se voltaram para o lado observando Pema passar o braço pelo de Tenzin. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela mordeu o interior do lábio em uma tentativa de manter a compostura. Tenzin olhou para trás em sua direção depois de um momento e Lin desviou os olhos para o homem diante dela.
- Sim, Okay. - ela concordou como se mergulhasse em água gelada. - Eu vou sair para jantar com você.
Kazuo abriu um sorriso, o brilho de seus dentes perfeitos quase a deixou cega.
- Você gosta de comida da Nação do Fogo?
- Nossa, como você sabia que é a minha preferida? - Lin perguntou cheia de sarcasmo.
Kazuo deu um sorriso tímido.
- Eu posso ter conseguido alguma informação privilegiada.
Lin deu-lhe um aceno de cabeça.
- Bem, não fuja de mim. Irei até o Embaixador lhe dizer que algo surgiu. - ele disse.
- Você acabou de chegar aqui. - Lin respondeu em pânico, sentido-se subitamente convencida a concordar com o encontro. Quando ela disse sim havia certa distância entre aquele momento e o encontro. Havia minutos, talvez horas onde ela poderia preparar uma desculpa para cancelar.
- Eu tenho uma boa autoridade aqui, posso deixar a festa mais cedo se quiser. - respondeu com um olhar significativo.
"Ursa" Lin a amaldiçoou para si mesma.
- Volto logo. - ele sorriu, deixando seu lado com urgência.
Lin gemeu interiormente e levou a taça aos lábios bebendo todo o vinho em segundos. Foi tão rápido que ela fez um pequeno suspiro assim que terminou. Coragem líquida, ela disse a si mesma em uma voz que soou muito parecida com a de sua mãe.
Seus olhos examinaram o espaço anteriormente ocupado por Tenzin e sua esposa, achando-o desprovido que quaisquer obstáculo emocional, se dirigiu naquela direção para pegar um pouco mais de vinho. O barman encheu a taça rapidamente e Lin se virou para encarar o salão, mas em vez disso se viu sendo confrontada por seu ex.
- Lin. - Tenzin a cumprimentou com tanta formalidade que a irritou de modo que ela precisou se impedir de jogar todo o conteúdo de sua taça no rosto dele.
- Você não bebe. - falou ríspida em vez de cumprimentá-lo ao que ele esperava sua vez.
- Eles servem água aqui. - ele a lembrou. O sorriso hesitante em seu rosto tentava transmitir amizade, mas Lin apenas via presunção. Com sua melhor carranca ela fez um movimento para se afastar sem mais nenhuma palavra, mas ele a deteve.
- Estou feliz por tê-la encontrado aqui. Eu estava limpando um dos quartos de hóspedes e me deparei com uma caixa com coisas suas. - ele disse aceitando o copo de água.
- Você pode jogar fora. - sua voz transmitia apenas frieza.
- Tem muitas roupas de inverno. - ele explicou suspirando com a rejeição.
- Eu não me importo. - disse a ele. - Você pode jogar fora, ou melhor ainda, dê as roupas para Pema. Eu sei que ela está acostumada com coisas de segunda mão.
- Lin...
- Tenzin. - o cortou. - Estou tendo muita dificuldade em não jogar esse vinho na sua cara. - falou calmamente a mover o líquido na taça para dar ênfase. - Estou indo, jogue a caixa fora, de verdade eu não dou a mínima.
Ela deu um passo o contornando decididamente o deixando firmemente para trás. Seu rosto poderia ter vacilado se não fosse pelo sorriso vitorioso de Kazuo a se aproximar rapidamente. Ele caminhava em sua direção com uma confiança e determinação que fez Lin abaixar a taça de vinho em sua mão em um esforço para se mostrar tão confiante quanto ele.
- Pronta?
- Sim, por favor. - respondeu rapidamente e passou o braço em volta do cotovelo dele. Eles saíram precipitadamente sem chamar muita atenção, além do olhar confuso de Tenzin que os seguiu até a porta.
Lin e Kazuo entraram no ar fresco da noite, livres de sua festa desajeitada, mas presos em uma situação igualmente desconfortável. O vento soprava puxando o casaco de Kazuo e Lin estremeceu ligeiramente.
- Aqui, pegue meu casaco. - ele disse a ela de maneira cavalheiresca enquanto começava a tirar o casaco de uma profunda cor vinho dos ombros.
- Não, na verdade não estou com frio. - ela recusou honestamente. O álcool fazia mais para aquecê-la do que a lã poderia. Bastou uma olhada em suas bochechas brilhantes para confirmar a afirmação e Kazuo sorriu.
- Justo. - ele divagou. - Então, pra onde?
Lin arqueou uma sobrancelha o olhando com ceticismo.
- Achei que você tivesse me convidado para jantar.
E ele teve o bom senso de parecer envergonhado, mas serviu apenas para destacar seu charme.
- Eu não sou daqui... - ele começou a se explicar. - então achei justo deixar você escolher.
Lin estava assentindo, mas qualquer traço de frieza desapareceu de seu rosto ao ver ele se atrapalhar com a explicação. Havia algo sobre ele, ou talvez fosse o vinho, que enviou uma onda de vertigem e ela precisou se agarrar ao braço dele novamente.
- Me siga.
Caminharam uma curta distância pelas ruas alinhadas com embaixadas imponentes e prédios oficiais até um pequeno restaurante na esquina da rua política com o parque da cidade. A grande placa sobre a porta dizia: "Pepper!".
Eles estavam um pouco bem vestidos demais para o local, mas Lin garantiu a ele que era um dos melhores lugares, a curta distância, com comida da Nação do Fogo. A grande janela de vidro estava embaçada devido ao calor interno e quando Kazuo expressou sua hesitação Lin apontou isso como se fosse uma prova de autenticidade.
Eles entraram e se sentaram levados até a mesa por uma jovem que parecia preferir estar em outro lugar. Estavam próximos a grande janela observando estranhos passarem do lado de fora apertando seus casacos ao redor do corpo.
Quando Lin voltou o olhar finalmente percebeu que era o centro da atenção daquele homem. Embora fosse ela com um olhar frio e confiante, era difícil segurar seu olhar afetuoso por mais de um segundo de cada vez e rapidamente olhou para algo de os pudesse distrair. Misericordiosamente a garçonete apareceu e em seguida saiu com os pedidos das bebidas.
O silêncio se estabeleceu entre eles.
- Eu não costumo beber tanto assim. - Lin disse e instantaneamente se arrependeu ao admitir que estava, de fato, bebendo mais que o habitual.
O sorriso que ele exibia pretendia deixá-la à vontade.
- Você está nervosa?
- De forma alguma. - mentiu. - Eu apenas não o conheço de verde...
- Bem, - ele suspirou e abriu os braços como se estivesse segurando um livro aberto. - o que gostaria de saber?
- O que Ursa lhe disse sobre mim?
Aquela pergunta saiu tão imediata quanto lhe queimava a garganta. Ela se perguntava que tipo de coisas Ursa deveria ter dito para atrair esse homem despretensioso e bonito para a levar em um encontro por pena. E então ela se questionou quando sua autoconfiança havia se tornado tão pequena.
- Então ela disse que eu perguntei sobre você? - ele respondeu com um suspiro e um rubor nas bochechas.
E não era essa a resposta que ela esperava. Ela ficou ligeiramente surpresa com a ideia de que ele realmente havia perguntado sobre ela. Lin acenou com a cabeça uma vez sem dizer nada em um esforço de insistir pela resposta a sua pergunta inicial.
- Ela me disse que você era solteira e que eu não deveria insistir ou você iria me daria um fora. - ele riu enquanto suas sobrancelhas erguiam. - e disse que você acabou de sair de um longo relacionamento.
- Ela disse tudo isso, não é? - Lin disse em voz alta se inclinando sobre a mesa. - Ela disse o mesmo sobre você.
Ele deu de ombros.
- Ela não estava mentindo.
Lin abriu a boca para responder mas a garçonete chegou trazendo as bebidas. Ela as colocou sobre a mesa e anotou os pedidos. Lin ficou em silêncio satifeita quando ele pediu o macarrão extra picante, geralmente era uma busca solitária a comida mais picante que ela poderia encontrar. Era agradável ter alguém com o mesmo gosto no jantar.
A garçonete se retirou em direção a cozinha e o silêncio constrangedor voltou como uma névoa rastejante.
- Então... - ele se aventurou.
- Então.
- Estou feliz que tenha aceitado meu convite para sair esta noite.
Lin deu de ombros.
- Qualquer coisa para sair daquele horrível coquetel.
Ele ficou em silêncio por um momento e o rosto de Lin foi ficando vermelho de vergonha. Era uma declaração honesta, mas provavelmente algo que ela teria guardado para si mesma se não tivesse bebido.
- Sinto muito. - disse. - Eu não quis sugerir...
Ele acenou para ela.
- Gosto que seja honesta.
Porém, como estava bêbada ela completou.
- Sério? Não é todo dia que se encontra um político que valoriza a honestidade.
- Bem, você encontrou um. - ele assegurou. - É interessante que você diga isso, no entanto, você não foi criada por um político?
- Vejo que Ursa o deixou muito bem informado. - Lin admitiu. - Mas eu gosto de pensar no meu padrasto como mais um... 'fundador' de Republic City do que como um político. Ele era um idealista. O sistema vivia pegando em seu pé. Ele não era um bajulador dissimulado como tantos outros políticos são hoje. É uma raça diferente, um mundo diferente.
A cabeça de Kazuo se moveu com uma risada calorosa.
- Bajulador e dissimulado? Pare de tentar me lisonjear.
Lin revirou os olhos.
- Não estou dizendo que todos os políticos são ruins... só estou dizendo que é uma cultura diferente.
Ele balançou a cabeça em diversão.
- Eu não posso discutir com você. Este é o motivo pelo qual eu me tornei um político. Eu vou lhe contar um pequeno segredo. - ele sussurrou ao se inclinar sobre a mesa levemente. Sem perceber Lin se aproximou para ouvir. - Qian, a representante atual da Nação do Fogo? Vê-la removida do Conselho seria minha maior conquista. Ela é a epítome do que eu não suporto em um político.
Lin se recostou na cadeira absorvendo o que ele tinha acabado de lhe dizer. Aquela avaliação a deixou intrigada uma vez que ela pessoalmente não via nada muito atraente sobre Qian. A mulher se recusava a formar uma opinião sólida sobre qualquer coisa e sua fluidez a tinha levado muitas vezes nas temporadas eleitorais.
- Ela é uma apologista. - o modo como ele disse deu clara sugestão de repulsa a palavra.
Ser um apologista na Nação do Fogo nunca foi uma postura questionável. Depois da guerra o mundo estava compreensivelmente cauteloso com a súbita mudança de coroação da Nação do Fogo. Eles foram diretamente responsáveis por cem anos de opressão e imperialismo. Agora que a nação se encontrava do lado perdedor da história havia uma reputação a ser reparada. Era a coisa politicamente correta a se fazer, assumir a culpa e engolir o ressentimento, por pior que fosse. Apologista não era uma palavra ruim para ninguém, exceto para Kazuo, aparentemente.
- E você não acredita que a Nação do Fogo tenha algo do qual se desculpar? - Lin pressionou.
- Não, não me entenda mal. Eu não sou um simpatizante de Ozai de forma alguma. E sim, a Nação do Fogo estava errada, mas por quanto tempo devemos reverenciar o resto do mundo? A Nação do Fogo tem muito a oferecer, mas nossas mãos estão atadas e nossas bocas amordaçadas pela história. Não é prático continuar se desculpando e viver no passado, há muito mais com o que podemos contribuir, mas mós sentamos silenciosamente porque nós sentimos a necessidade de nos arrepender dos erros cometidos pelo nosso antecessor. Qian presta um desserviço a nossa nação permanecendo no conselho. Ela representa o passado, não o futuro.
Lin se recostou, braços cruzados e olhos arregalados. Não era frequente uma pessoa falar abertamente sobre as virtudes de uma nação manchada.
Kazuo suspirou e se recostou na cadeira como se fosse um lutador derrotado.
- Estou reclamando.
Em um momento em que grande maioria estaria correndo para a porta Lin sorriu. Suas opiniões certamente não eram populare, mas eram dele e tinham valor, tanto que ela sequer poderia discutir.
- Está tudo bem. - ela disse. - Você tem um bom ponto.
- Eu acredito que seja mais fácil para você entender do que o eleitor médio, uma vez que cresceu no meio de tudo isso.
Lin concordou com a cabeça assim que a comida chegou.
- Eu tenho uma opinião diferente da maioria.
- Como foi isso? - Ele perguntou com um curioso estrabismo enquanto enrolava o macarrão ao redor dos pauzinhos. - Crescer ao redor de todos estes famosos heróis de guerra?
Lin riu um pouco com a boca cheia. Quando ela terminou de mastigar ela respondeu.
- Eu não achei que fosse algo particularmente extraordinário na época. Minha mãe era mãe, Firelord Zuko era Tio Zuko e o Avatar era simplesmente Aang.
Houve um certo espanto no modo como Kazuo balançou a cabeça.
- Não consigo imaginar...
- Quando fiquei mais velha comecei a perceber que havia algo diferente nos círculos que minha família lidava. - ela admitiu. - Mas, enquanto criança eu não pensava em nada disso.
- E você nunca pensou que era amiga de uma Princesa da Nação do Fogo?
- Ainda não penso. - resmungou.
Sua risada foi fácil e amável que Lin se viu imitando, caindo naquele riso leve.
A conversa casual continuou enquanto eles comiam, foram trocando opiniões e até nenhum deles lembrar o silêncio constrangedor que os atormentava mais cedo. Era como se eles se conhecessem a séculos e estivessem em uma rotina confortável de brincadeiras. Quando a conta chegou Kazuo insistiu em pagar.
- Eu realmente não quero que se sinta obrigado a pagar.
- Seu dinheiro não serve aqui.
- Mas...
- Eu te arrastei para fora de uma festa emocionante, o mínimo que eu poderia fazer é compensar suas perdas. - ele brincou e Lin não pode deixar de rir. Seus olhos sorridentes encontraram os dela e ela teve que desviar o olhar, não porque estava desconfortável, mas porque a intimidade que eles passavam era demais para suportar.
Enquanto contava o dinheiro e o deixava sobre a conta ao lado da bandeja Lin o observou com uma estranha sensação de calor. Foi então que ela percebeu que podia se imaginar acordando ao lado dele pela manhã.
- Você está pronta para sair daqui? - perguntou ao colocar a última nota sobre a mesa.
- Claro. - Lin concordou.
Estava muito mais frio do lado de fora que Lin sequer pensou em recusar quando ele colocou o grande casaco de lã sobre seus ombros. Caminharam de volta na direção da Embaixada da Nação do Fogo lentamente e quando eles contornaram o canto do parque Kazuo pegou a mão dela e a puxou.
- Você não se importa, não é? - Ele perguntou ao erguer as mão com os dedos entrelaçados.
Ela balançou a cabeça em negativa e ele sorriu.
- Estou usando minhas melhores estratégias de ensino médio em você.
Era estranho porque Lin nunca foi dada a demonstrações públicas de afeto como isto. A mão sempre lhe pareceu bastante pueril, como se fosse uma demonstração aos olhos alheios ao invés de uma genuína demonstração de afeto, mas naquele caso parecia uma forma genuína dele transmitir seu afeto.
Quando a embaixada podia ser vista Lin recuou um pouco.
- Tenho de admitir, na verdade eu tive uma noite muito boa.
Kazuo devolveu o sorriso gentil, porém um pouco mais sério.
- Hum, não precisa acabar aqui. - ele se virou balançando um pouco o corpo. - Você poderia vir até o meu quarto para uma bebida se quiser. Meu hotel fica a apenas mais um quarteirão daqui.
- Tudo bem. - ela respondeu sem hesitar. Surpreendeu-a a rapidez com que as palavras saíram de sua língua. Embora ela tivesse pensado nisso durante o jantar, concordar em se juntar a ele de repente era mais real do que ela previa e havia alguma ansiedade enquanto continuava a andar de mãos dadas pela rua com ele.
Seu hotel era um dos altos prédios que se erguia ao longo do lado norte do parque. Seu quarto, em um dos últimos andares tinha uma bela vista para a baía e uma garrafa de champanhe de cortesia. Eles entraram em silêncio e Lin ficou sem jeito no meio da sala sem saber se ela queria se comprometer a sentar na beira da cama.
- Gostaria de um copo? - ele perguntou segurando o champanhe para ela o inspecionar.
- Por que não? - Lin respondeu movendo as mãos para cima.
Ele serviu uma taça para ela e a entregou. Depois de aceitar ela andou até a janela tentando ver a cidade através do brilho das luzes lá dentro. Kazuo desligou várias luzes em um esforço de ajudá-la a ver melhor e, certamente, para criar uma iluminação ambiente.
Seus olhos percorreram a cidade, sua cidade, e enquanto a observava brilhar e prosperar, avistando pequenos satomobiles se movendo, ela se perguntou se aquele lugar realmente pertencia a ela.
- É uma ótima cidade que você tem aqui Chief. - ele comentou parando por trás dela para olhar a vista por cima do ombro dela.
- Uhum. - ela concordou, os olhos nunca deixando a metrópole movimentada abaixo.
- Ou eu poderia te chamar de Lin agora? - ele brincou.
Ela sorriu preparada para virar com algum tipo de resposta sarcástica para ele quando sentiu os lábios roçarem a parte de trás de seu pescoço. Ela suspirou, respirando fundo, buscando em seu âmago por algo para negar aquele movimento mas estava de mãos vazias.
Ela encarou o reflexo na janela.
- Pensando bem... - respondeu. - Lin está ótimo.
- Hmm... - ele cantarolou contra o ombro dela. - Você pode me chamar de Kaz. Só a minha mãe me chama de Kazuo.
- Compreendo. - Lin reconheceu engolindo de modo rígido ao sentir o corpo dele pressionar contra suas costas. Ela estava ciente da rigidez na calça dele enquanto os dedos dele traçaram o comprimento de seu braço lentamente. Ela estava enraizada no local, os nervos congelados. As mãos que começaram percorrer ao longo de seu corpo pareciam maravilhosas, mas ela ainda não conseguia retribuir o toque dele.
Havia uma certa quantidade de medo que a detinha. Ela não era virgem em nenhuma versão da palavra, mas isso parecia totalmente novo e intimidante. Ela não estava acostumada a este tipo de encontro, sequer conhecia as regras para sexo com alguém que não se ama. Em trinta e nove anos ela nunca precisou se preocupar.
A mão dele desceu ao redor de seus quadris e roçou seu abdômen sob a túnica que seda que ela vestia pouco antes de se aventurar pelo cós da calça dela e mover a mão até entre suas pernas. Ela respirou fundo e seus olhos se fecharam quando os dedos começaram a se mover. A boca dele continuou a desenhar uma linha de beijos ao longo de seu ombro, seu pescoço e sua mandíbula. Fisicamente ele estava movendo as peças de maneira correta, mas mentalmente ela não conseguia passar pelo bloqueio emocional que a impedia de se entregar completamente a aqueles toques.
- Eu preciso ser honesta. - ela começou a dizer decidindo que verbalizar sua questão iria aliviar a tensão. - Isso é uma novidade para mim.
O clima quase morreu ali mesmo porque ela conseguia ouvir o som da própria voz. A vulnerabilidade que envolvia cada palavra a tirou do momento e ela revirou os olhos para sua própria confissão.
No entanto, suas palavras não pareceram surtir efeito negativo em Kazuo. Ele continuou a beijar seu pescoço embora os dedos estivessem de volta a sua cintura. Ele a segurou e a virou com cuidado para o encarar. Seus olhos se fixaram nos dele e depois ela os desviou envergonhada demais por sua falta de confiança.
- Não quero deixá-la desconfortável. - ele sussurrou.
- Não é isso. - ela sacudiu a cabeça. - Eu apenas nunca dormi com alguém que tivesse acabado de conhecer.
- Na verdade esta é a primeira vez para mim também. - ele admitiu e Lin deu um risadinha.
- O político honesto. - ela suspirou com ceticismo.
- Estou falando sério. - ele afirmou. - Sou um homem de relacionamentos. Honesto.
Lin revirou os olhos novamente e riu.
- Porque estamos tendo esta conversa? Me sinto uma idiota.
- Eu não sei. - ele sorriu enquanto deslizava a mão ao longo de suas costas. - Você se sente bem comigo.
Ela gemeu com a simplicidade do comentário dele, mas ele continuou:
- Eu não estou aqui para a obrigar a fazer qualquer coisa que não queira. Mas, sendo franco, eu tenho imaginado algo assim desde o dia em que te conheci.
- Mesmo? - Lin respondeu inclinando a cabeça para o lado em tom de brincadeira.
- Sim. - ele confirmou com um aceno de cabeça. - Eu notei você imediatamente e quando Qian nos apresentou eu pensei; 'Como eu vou chegar perto desta mulher?' E agora aqui está você, em meu quarto.
- Aqui estou eu. - Lin concordou sua expressão inocente finalmente conseguindo a deixar a vontade.
- Então... o que vamos fazer sobre isso?
Era agora ou nunca
Lin ergueu a cabeça encontrando os lábios dele. O beijo começou cheio de tentativas e buscas, muito similar ao relacionamento deles até o momento. E foi assim apenas por um minuto antes dos braços dele se apertarem ao redor de sua cintura a atraindo para um beijo apaixonado que deixou os dois sem folêgo.
Sem se afastar eles seguiram em direção a cama e Lin ficou surpresa quando Kazuo a pegou no colo e a colocou lá. Seu toque era firme sem ser agressivo ou ameaçador, era como se ele não pudesse esperar para explorar cada centímetro de seu corpo.
Não era com o que ela estava acostumada, Tenzin tinha paciência em abundância e seu jogo era desvendá-la o mais lentamente possível até que ela implorasse por 'libertação'. Kazuo, por outro lado, parecia incapaz de se controlar com ela em sua mira.
Sua ânsia era exatamente o que ela precisava, isso a fazia se sentir desejável e especial, como se ela fosse a única mulher no mundo que pudesse satisfazer sua necessidade. Ele estava faminto e Lin era o que ele desejava.
Ele não tinha vergonha de dizer isso a ela também. Ele era muito mais vocal do que ela esperava, dizendo exatamente o que passava pela sua mente conforme iam se despindo. E a disse o que pretendia fazer com ela antes de realmente fazê-lo. Isso a teria feito rir se não a tivesse excitado tanto.
Havia algo a ser mencionado em um novo começo, Lin poderia tomar certas liberdades e se permitiu a gritar tão alto como ela gosta. A liberdade de se fazer amor sem precedência era tão emocionante que el decidiu sentir tudo da forma mais completa possível.
Quando ambos estavam satisfeitos, eles caíram um ao lado do outro na cama respirando pesadamente.
- Eu tenho que dizer, isso foi ainda melhor do que eu imaginava. - comentou Kazuo enquanto lutava para recuperar a respiração.
- Oh? - Lin o olhou em uma respiração igualmente ofegante empurrando o cabelo que ameaçava a agarrar ao suor em sua testa, ofereceu um sorriso.
- Sim, e eu tenho imaginado muito. - ele assegurou com uma risada antes de envolver a cintura dela e a puxar novamente. Beijou o ombro dela suavemente fechando os olhos.
Ela teria respondido se não estivesse adormecido tão rapidamente encolhida contra ele.
Acordou de novo às três da manhã com a cabeça latejando. Sua boca estava seca e seu corpo estava grudando de suor seco. Não era tão sexy como no cenário que ela se lembrava pouco antes de adormecer. O braço de Kazuo estava pendurado em sua cintura e ela o removeu cuidadosamente, deixou a cama e vestiu sua calcinha.
Suas pernas pareciam vacilantes quando ela entrou no banheiro pegando a taça cheia de champanhe da cômoda no caminho. Jogou na pia o líquido e encheu a taça com água bebendo com vontade. Tornou a encher e bebeu a água instantaneamente. Ela estava se sentindo muito mal para alguém que estava apenas embriagado. Olhando seu reflexo no espelho ela suspirou e admitiu em voz alta.
- Você está bêbada.
Balançou a cabeça em desaprovação enchendo novamente a taça e saindo do banheiro em um ato de esforço a fugir de seu próprio reflexo. A sala estava em silêncio embora pudesse ouvir os sons abafados e distantes de uma sirene. Ela voltou para a janela olhando para fora, um dos dirigíveis da polícia flutuava ao longo do lado oposto do parque.
Havia uma cadeira debaixo de uma mesa e ela a levou até a janela. Sentou puxando os joelhos em direção ao peito e ficou observando a aeronave se mover imaginando quem estaria de plantão naquela noite.
Estaria lidando com Saikhan pela manhã, talvez fosse ele lá dentro. Seus olhos percorreram os edifícios e correram até a baía finalmente parando na ilha do templo do ar. Era um lugar que ela costumava chamar de lar. Se perguntou se poderia identificar sua própria casa e encostou o rosto na janela tentando encontrá-la.
Sem sorte.
Sua atenção voltou para a ilha. As luzes do lado de fora tinham um brilho suave das lanternas que adornavam as passarelas e pátios. Ela se perguntou se alguém estava acordado. Imaginou Tenzin na cama que uma vez compartilharam, ao lado de sua nova esposa, feliz e contente.
Ela fungou estendendo a mão trêmula para limpar as lágrimas que corriam por sua bochecha ameaçando dominá-la. Tomou outro gole de água na tentativa de distrair a mente mas ela continuou trabalhando. Olhou de volta para Kazuo e sentiu uma onda de auto-aversão. 'Sexo era apenas uma atadura.' ela pensou 'Nada vai me curar'.
Embora o ato tivesse sido agradável o resultado emocional era mais do que ela esperava. Havia algo em compartilhar seu corpo com outro que parecia tão definitivo, como se tivesse feito uma escolha irreversível e a vida nunca mais fosse a mesma. Logicamente ela sabia que era uma tolice já que Tenzin era casado e certamente fizera o mesmo, mas havia um estranho sentimento de culpa no peito, como se o tivesse traído ou traído a si mesma.
Bebeu o restante de sua água e se repreendeu mentalmente por sua incapacidade de soltar alguém que deixara bem claro que não a queria mais.
Podia praticamente ouvir a voz de sua mãe dizendo para manter o rosto duro. Enxugou as bochechas uma última vez antes de tentar afastar toda auto piedade e desviar o olhar para baixo.
Observava qualquer movimento, qualquer sinal de vida. Um vagabundo aleatório que poderia estar acordado e vagando bêbado pelo local. Mas não viu nada. Quando ela suspirou outro suspiro ecoou e sua cabeça se levantou.
- Oh... Você é linda pra caralho. - Kazuo gemeu na cama como se o ato de observá-la o tivesse provocado.
A cabeça dela se voltou para a janela e ela rezou em silêncio para que ele não tivesse visto nenhuma lágrima.
- Há quanto tempo está acordado?
- Eu não sei. - ele respondeu ao se sentar na cama procurando por sua peça intima. Ele se vestiu e foi até a janela pegando outra cadeira e a colocando ao lado da dela.
Se sentaram juntos em silêncio por vários minutos, os olhos vasculhando a paisagem urbana.
- Onde é uma boa vizinhança? Onde devo morar se eu vencer a eleição? - ele perguntou em voz alta.
Lin encolheu os ombros apoiando o queixo nos joelhos.
- Em qualquer lugar.
- Onde você mora?
Lin apontou para a esquerda indicando que não era visivel da janela. Kazuo suspirou e assentiu fixando seu olhar de volta para a cidade.
- Seria bom ter minha própria ilha, como outros membros do conselho. - ele brincou vendo a casa de Tenzin.
- Não é tudo o que parece. - ela disse. - Está longe de tudo e pegar uma balsa em um dia frio... não consigo pensar em nada mais desagradável.
- Você passou algum tempo lá então? Quando estava crescendo?
Lin deu a ele um olhar de canto de olho.
- Achei que Ursa tivesse contado tudo sobre mim.
Kazuo ergueu as sobrancelhas indicando sua falta de conhecimento.
- Eu costumava morar lá. - ela confessou. - Com Tenzin.
Os olhos de Kazuo se arregalaram e sua cabeça virou de um lado para o outro da janela transmitindo sua surpresa.
- Você está brincando.
Ela balançou a cabeça.
- Vereador Tenzin? Esse é o cara de um relacionamento longo? Você e o Vereador Tenzin? Sério? - parecia que ele mal conseguia conter o riso. - Bem, a princesa Ursa definitivamente deixou essa parte de fora.
- Você parece surpreso. - ela observou.
- Eu simplesmente não consigo imaginar. - ele admitiu. - Quero dizer, você é uma pessoa interessante, sexy... ele é apenas... eu não sei, meio que rigido.
Lin riu.
- Ele não é, na verdade ele é realmente divertido. - sua mão voou até sua testa e ela gemeu. - E eu não sei porque estou defendendo ele para você. - suspirou.
Kazuo se endireitou e sorriu para ela.
- Está tudo bem, eu entendo. Ele não é recém casado? Quanto tempo faz que você terminou?
Seus lábios se franziram indignados.
- Quase um ano.
- Quase?
- Okay, fazem dez meses na quarta-feira. - ela esclareceu, encontrando seus olhos e enxergando humor em sua situação pela primeira vez.
Ele assobiou.
- Isso é ruim, mas eu venci você.
- Como é?
Ele ergueu a mão.
- Seis semanas. Eu estava com minha ex há doze anos e levou apenas seis semanas para ela se casar com outra pessoa.
Os olhos de Lin se arregalaram.
- Seis semanas? Demorou tanto tempo para encontrar alguém. - ela gargalhou.
- Eu deveria saber. - Brincou Kazuo e ambos riram. - Não, de verdade, ela estava com o cara por algum tempo.
- Oh. - Lin respondeu de repente ficando séria. - Me desculpe.
Ele deu de ombros.
- Ela disse que era porque eu já era casado com o trabalho. Eu sou um workaholic, algumas pessoas não conseguem lidar com isso. Ela queria se estabelecer e ter filhos, eu simplesmente não tenho tempo.
Lin assentiu conscientemente.
- Estou começando a entender porque a Ursa acha que seríamos um bom casal.
- Acho que ela tem razão. - ele concordou. - Deixe-me perguntar uma coisa.
Lin suspirou desconfiada de para onde a conversa iria.
- Se eu ganhar a eleição, - ele começou. - e eu me mudar para cá, você namoraria comigo?
Lin revirou os olhos.
- Você ainda não ganhou.
- Mas se eu ganhar... - insistiu.
- Sim. - ela concordou com as bochechas coradas. - Suponho que eu possa lhe dar uma chance.
Ele se inclinou para frente e beijou seu antebraço.
- Okay então.
Ele avançou mais para capturar sua boca beijando-a levemente. A língua dele passou por seus lábios e de repente a faísca foi reacendida. Ele se moveu de sua cadeira praticamente invadindo a dela.
Eles transaram pela segunda vez naquela noite, exatamente onde estavam.
De alguma forma Lin acordou novamente na cama quando o sol estava nascendo. Ela se desvencilhou dos braços dele escorregando da cama o mais silenciosamente possível. Andou ao redor da sala reunindo suas roupas que estavam todas espalhadas.
- Você está tentando fugir de mim? - Kazuo perguntou sentando-se e esfregando os olhos.
- Eu tenho que ir trabalhar. - Lin respondeu vestindo sua túnica de seda. Quando o rosto dela surgiu na abertura ela o viu sorrindo descaradamente para ela. Estava pronta para sair silenciosamente, mas a expressão dele esperava alguma informação adicional.
- Eu tenho que estar no escritório às oito. - continuou. - E tenho que participar de uma reunião do conselho as dez.
- Oh! Eu vou debater uma última vez com Qian na prefeitura, 11:30 em ponto. Talvez eu veja você?
- Talvez. - ela concordou puxando suas calças e colocando os sapatos. Virou para deixar o quarto, mas viu os olhos brilhantes dele e parou no meio do caminho. Ela foi até a cama e se inclinou para dar um beijo de despedida sem saber se um beijo de despedida era costumeiro em uma situação como aquela.
Ele a beijou completamente, um belo beijo de lingua e tudo, a puxando para trás um pouco quando o fez. Ela riu contra os lábios dele e se livrou dos braços firmes.
- Não, boa tentativa, mas não.
- Não pode culpar um homem por tentar. - ele defendeu com um encolher de ombros e uma risada.
- Até logo Kazuo. - ela disse firme, embora seu sorriso fosse amplo.
- Kaz! - ele a corrigiu.
- Okay, Kaz. Até logo. - Ela se reiterou saindo da sala rapidamente para não ser pega de volta.
Ela pegou o bonde de volta para sua casa incapaz de apagar o sorriso de seu rosto o caminho inteiro. Ela entrou em casa e passou pelo telefone no corredor imaginando se Ursa havia ligado enquanto ela estava fora. Não havia como saber então ela seguiu com sua rotina matinal, tomando banho e vestindo o uniforme para mais doze horas.
Por volta das nove o sorriso já havia deixado seu rosto. Seria um longo dia. A noite dela com Kazuo já parecia ter sido uma vida atrás. Aconteceu algo no Parque de Republic City na noite passada, um corpo havia sido encontrado por um grupo de crianças que ficaram vadiando depois do toque de reconher. Foi um crime cometido por um dobrador de fogo, provavelmente outra vítima das tríades Agni Kai.
Depois de visitar a cena e colocar seus melhores homens no caso ela voltou ao escritório para reunir alguns dos papéis que tinha deixado para levar a reunião do conselho. Ela folheou a pilha tentando se lembrar o que exatamente iria precisar quando seu secretário enfiou a cabeça para dentro.
- Chief? Princesa Ursa na linha para você. - ele informou.
- Obrigada. - ela suspirou. Seus olhos foram para o telefone relutante em atender. - Chief Beifong.
- Ahh, aquela voz ranzinza que eu estava procurando. - respondeu Ursa do outro lado da linha. - Onde esteve Lin?
- Na cena de um assassinato. - ela retrucou rapidamente. - Não posso falar, estou com pressa.
- Oh não, - retorquiu Ursa. - estou tentando imaginar onde você esteva ontem à noite. Liguei para sua casa três vezes e ninguém atendeu.
- Três vezes? Você não tem nada melhor para fazer? - Lin perguntou casualmente quando ela começou a escolher as páginas de precisava.
- Como uma de suas amigas mais antigas seu bem estar sexual é minha preocupação! - Ursa se defendeu com uma risada. - Então?
- Então o que? - o sorriso havia voltado ao seu rosto.
- Não seja tímida. - suspirou Ursa. - Eu posso ouvir em sua voz sua vadia.
Lin deu uma pequena gargalhada.
- Eu não sei o que quer dizer.
- Eu quero detalhes Beifong.
- Desculpe Ursa, eu realmente tenho que correr para esta reunião. - Lin respondeu apenas para ouvir Ursa resmungar de frustração do outro lado.
- Você transou com ele?
- Duas vezes. - Lin respondeu.
- Maravilhoso, obrigada, mas eu tenho que ir. - Lin disse com um suspiro.
- Espere, espere! - Ursa insistiu e Lin concordou com um suspiro pesado. - Eu sempre me perguntei uma coisa... Quão grande é?
Lin zombou no telefone ignorando que Ursa estava provavelmente tentando irritar ou a envergonhar. Porém suas suspeitas foram confirmadas pela gargalhada que se seguiu.
- Adeus Ursa.
- Me ligue mais tarde.
- Sim, talvez.
Colocou o telefone de volta no pedestal juntando os últimos papéis e se dirigiu a porta. Ao sair do prédio ela captou seu próprio reflexo notando a vermelhidão na ponta de suas orelhas. Ursa conseguiu envergonhá-la completamente a milhares de quilômetros de distância.
A reunião do Conselho teria sido entorpecente se não fosse pela presença de Tenzin que a mantinha muito acordada. Era como se algum tipo de zumbido baixo e doloroso percorresse seu corpo quando eram forçados a ficar no mesmo cômodo. Ela manteve seu rosto passivo quando se sentou em frente a ele, mas quando ele falou ela teve que se esforçar mais para ficar quieta e sua expressão começou a beirar a raiva.
O que era uma grande piada, porque ódio era exatamente o oposto do que ela sentia por ele. De qualquer forma, ela tentou o seu melhor para passar pela reunião sem beijar ou sufocá-lo e ambos eram igualmente difíceis de resistir.
Eventualmente a reunião chegou ao fim e ela percebeu que tinha desperdiçado mais de uma hora do seu dia em uma reunião que deveria ter levado no máximo quinze minutos. Eles queriam que ela fornecesse segurança extra para a noite da eleição, haveria pelo menos cinco partidos de aceitação a pleno vapor naquela noite e o Conselho queria assegurar que essas reuniões fossem pacíficas. Ela concordou, então no fim a reunião deveria ter sido de um total de trinta segundos.
Lin dirigiu-se para o grande corredor de mármore com pressa, consciente de que Tenzin tentava a alcançar.
- Lin!
Ela parou no meio do caminho endurecendo-se antes de virar para ele.
- O que você quer?
- Eu sabia que iria te encontrar aqui então eu trouxe aquela caixa. - ele começou.
Ela bufou de aborrecimento e cruzou os braços.
- Eu disse para se livrar disso.
Ele pareceu momentaneamente derrotado e depois se recuperou.
- Eu sei que você vai querer, um dos suéteres era da sua mãe...
Lin suspirou piscando rapidamente para afastar as lágrimas de outro assunto doloroso.
- Tudo bem.
Ela se moveu para o seguir e de repente ouviu a voz de Kazuo do outro lado do corredor.
- Lin! Eu disse que te encontraria aqui.
Ela e Tenzin pararam observando enquanto ele se aproximava. De pé entre eles Lin se sentiu como se estivesse sendo espremida entre duas paredes de pedra muito intransponíveis. Ela conseguiu se manter firme quando se virou para cumprimentar Kazuo.
Ele parou ao seu lado, os ombros se roçando. Ele estava bem dentro de seu espaço pessoal e Tenzin olhou entre eles com desconfiança.
- Sr. Kazuo. - Tenzin cumprimentou com um aceno de cabeça. Ele olhou para Lin e perguntou. - Vocês já se conhecem?
- Oh sim, - Kazuo respondeu antes que ela pudesse falar. - Nós nos conhecemos.
O tom que ele usou era sugestivo e não deixava dúvidas para quem o ouvisse que eles, de fato, se conheciam. Lin congelou e sentiu uma onda de náusea percorrer seu corpo. Seus olhos ardiam e seu rosto aquecia tornando-se quase tão vermelho quanto o de Tenzin. Ele ficou de lado apertando os lábios com desagrado enquanto tentava controlar a veia que ameaçava pulsar em seu crânio com a insinuação que veio alto e claro.
Os olhos dele foram para os de Lin e quando ela desviou o olhar confirmou exatamente o que ele supôs.
- Percebo. - ele conseguiu ranger através dos lábios finos. - Bem, eu estava indo. Lin, irei mandar a caixa para sua casa.
Ela acenou com a cabeça uma vez e observou-o, com os olhos nublados, ir embora.
Kazuo se inclinou perto de seu ouvido enquanto Tenzin se afastava.
- Alguém está com ciúmes. - ele riu com sua voz cantada.
Lin se virou para ele com os olhos úmidos.
- Não faça isso. - ela disse severamente.
Ele podia dizer pelo olhar dela e pelo tom de sua voz que uma linha havia sido cruzada e imediatamente se arrependeu do comentário dele.
- Me desculpe, eu não... eu estava tentando ser engraçado.
- Bem, não foi. - Lin disse firme. Seus olhos reviraram e ela resmungou. - Sabe, eu nem te conheço. Só porque dormi com você não lhe dei nenhuma autoridade para interferir na minha vida pessoal.
Ela se impediu de dizer mais. Queria perder a calma e o amaldiçoar, lembrá-lo de que se tivesse uma escolha ela o jogaria em segundo plano em benefício do homem que ele acabara de envergonhar em seu nome. Sabia que nunca deveria ter ido jantar com ele, ou ir até seu quarto. Isso tudo tinha sido um grande erro e ela estava vivendo para se arrepender.
- Lin eu...
- Chief Beifong. - ela corrigiu. Eles mantiveram os olhos fixos por um momento. - Boa sorte com sua campanha Sr. Kazuo.
Ela o contornou saindo do prédio sem olhar para trás. Fez o caminho de volta para seu escritório suprimindo a vontade de gritar parecendo excepcionalmente inacessível. Esta seria a última vez que ela iria compartilhar qualquer intimidade com alguém, sério ou casual, todos eles acabavam machucando-a de alguma forma.
De volta a seu escritório ela escutou o debate dele com Qian enquanto trabalhava em sua pilha de papéis. Ela decidiu que o escutaria falar. Como esperava uma das primeiras perguntas que o moderador fez foi a respeito do assassinato que ocorreu na noite passada, aparentemente nas mãos da tríade Agni Kai.
Enquanto Qian se apressou em pedir desculpas pelas ações de seus colegas firebenders, Kazuo apontou a irrelevância da questão. Ele condenou as ações da tríade Agni Kai, mas reiterou que eles eram uma gangue que operava fora da lei. Ele sustentou que suas ações de modo algum refletiam a Nação do Fogo, e portanto, não tinham qualquer influência sobre ele ou sobre Qian como candidatos.
Ele realmente se recusou a se comprometer, isso ela o dava crédito. Ela se sentou a sua mesa preenchendo seu trabalho enquanto o ouvia continuar por este caminho, por pior que fosse. Quanto mais ele falava, mais ela concordava com ele, e ela percebeu sua raiva diminuindo lentamente. Foi rapidamente substituída por vergonha e constrangimento. Não era culpa dele, realmente. Tinha sido ela quem deixou tudo sair de controle.
Em um momento Saikhan apareceu colocando mais papéis em sua mesa e erguendo a sobrancelha.
- Você também está ouvindo isso? - ele perguntou.
- Uhum... - assentiu escrevendo.
- Aquele cara está bombardeando lá. - ele comentou. - Parece que eles terão mais dois anos de Qian.
- Sim, sim. - ela concordou olhando finalmente para cima.
- Muito ruim para a Nação do Fogo, na verdade. - Saikhan disse. - Parece que o coração dele está no lugar certo.
- Sim, ele está. - Lin concordou novamente considerando mais do que sua posição política.
Saikhan encolheu os olhos e a deixou sozinha com nada além da voz de Kazuo ao redor dela.
Foram apenas três horas depois que o próprio Kazuo estava na porta de seu escritório segurando um pequeno ramo de flores. Sua cabeça levantou-se de seu trabalho e seu peito se esvaziou com a visão dele. Ela só queria que toda essa situação acabasse.
- O que você está fazendo. - ela perguntou bruscamente.
- Me desculpando. - ele respondeu segurando as flores.
Seus olhos se estreitaram para ele.
- Eu pensei que você não fosse um apologista.
- Não quando se trata do meu país. - ele concordou. - Mas quando se trata da minha boca grande... vamos apenas dizer que se eu ganhar esta eleição tenho a sensação de que vou comprar muitas flores para você.
Lin levantou-se lentamente, contornou a mesa para se sentar em sua borda. Era uma afirmação presunçosa, dado o que ocorrera anteriormente. Ela considerou dizer-lhe imediatamente que a oferta para namorá-lo estava descartada, mas ela tinha que admitir que seu sorriso estava enfraquecendo sua vontade.
- Você não me deve nada. - ela assegurou.
- Eu sei disso. - ele balançou a cabeça. - Mas isso não é realmente sobre eu estar devendo algo a você. Eu só queria dizer que sinto muito por fazer coisas estranhas esta manhã. Eu estava tentando ser bem humorado e não era o momento.
Lin permaneceu em silêncio mantendo o olhar fixo em vez de responder. Foi uma tática de intimidação. Muitas vezes o silêncio gritava mais alto do que uma pessoa jamais poderia. As pessoas achavam desconfortável e debatiam-se na ausência de conversas.
Kazuo avançou e segurou as flores diretamente para ela, sem palavras. Lin mordeu o lábio por um momento antes de aceitar.
- Eu espero que você possa me perdoar. - ele disse solenemente e ela assentiu. Seus olhos brilharam com seu movimento sutil. - Você me perdoa então?
- Eu não disse isso. - insistiu Lin.
- Você acabou de fazer esse pequeno gesto com a cabeça então basicamente...
Lin não pode evitar o riso que saiu, desconcertado por sua audácia. Ela não havia dito uma palavra para confirmar, mas ele conseguiu voltar para suas graças por suposição.
- Um aceno de cabeça não é o mesmo que perdão. - ela o lembrou.
- Então talvez você possa sair para jantar comigo novamente? Eu venho buscá-la.
- O que?
- Eu te encontro aqui às oito.
- Não. - ela balançou a cabeça em confusão. - Eu não te perdoei. - Argumentou.
Ele estendeu a mão para tocar seu braço delicadamente.
- E eu te perdoo por isso. Eu venho às oito então, não se preocupe.
Ele virou-se e rapidamente desapareceu pela porta deixando Lin de pé com um ramo de flores na mão imaginando o que exatamente havia acontecido.
Ela olhou para as flores e suspirou pensando no gesto que ele fez contra seu erro. O que ele fez realmente? Danificando algo que estava além do conserto? Não era como se ela fosse voltar para Tenzin de qualquer maneira.
Ainda assim doeu. Havia algo infinitamente terrível em saber que ele sabia que ela estava com outra pessoa. O único indulto foi o olhar em seu rosto quando ele percebeu. Ela riu tendo que admitir que havia alguma satisfação em ver o rosto dele vermelho de ciúmes. Foi uma pequena e vazia vitória, mas seria dela ao longo do dia. Pelo menos até às oito horas, com certeza.
Kazuo voltou ao seu escritório por volta das sete e meia e circulou pelo espaço aberto diante de sua mesa esperando.
- Você nunca desiste não é? - ela exalou com um tom de diversão. Ele prendeu os olhos com os seus do outro lado da mesa. Sua expressão era confiante e intrigada como se ele estivesse prestes a desafiá-la.
- Não quando vejo algo que quero. - ele disse.
Lin desatou a rir.
- Essa manobra realmente funciona com alguém?
- Me diz você. - ele riu de volta com um leve erguer de ombros.
Não era o modo, mas algo sobre sua persistência que a conquistou novamente. Era tão irritante quanto cativante, mas no final das contas era semelhante à intoxicação. Ela desejava e não podia deixar de ser seduzida pela sensação que ele proporcionava.
Não era amor, mas era algo especial, independente disso. Era uma pequena faísca em meio a escuridão que ela existia nos últimos dez meses. O simples fato de que ele era uma presença tangível e fácil que a fazia sentir-se desejada lhe dava esperança de que o mundo não estivesse desmoronando totalmente.
E então ela foi jantar com ele.
E depois foi para o quarto dele.
Eles continuaram assim toda a semana que antecedeu o dia das eleições, formal a luz do dia e inteiramente sem restrições um com o outro sob o manto da noite.
No dia da eleição Kazuo a convidou ao hotel para ouvir os resultados das eleições pelo rádio. No entanto, não seria o ambiente íntimo habitual. Esta festa aconteceria em um dos grandes salões do hotel, com a equipe e os apoiadores.
Ela lhe deu um excessivamente incerto 'talvez' em resposta.
Até o momento ela sentia algum senso de obrigação com ele, mas estar com ele abertamente em tal função oficial a fez parar. Esse tipo de comportamento entrava firme na categoria de relacionamento, um lugar que Lin não tinha certeza se que se sentia confortável.
A contagem se encerrou às cinco horas e ela se encontrou observando os segundos passarem, indecisão a corroendo a cada tique-taque.
Ela considerou ter a opinião de Ursa sobre o assunto, mas acabou colocando o telefone no pedestal assim que o levantou rosnando em frustração por sua própria vacilação.
O rádio em seu escritório anunciou o nome de Tenzin alguns minutos após o encerramento da votação, afinal estava concorrendo sem oposição mais uma vez. Ela riu para si mesma, lembrando-se das temporadas eleitorais anteriores. Apesar de Tenzin ter passado por grandes dificuldades para garantir aos Acólitos que ele aceitava o desafio e constantemente os lembrava que só porque ele era um verdadeiro dobrador de ar não significava que ele tinha todas as respostas, nenhum deles tinha audácia de concorrer contra ele. Ele se sentiu péssimo, mas Lin sempre ria e dizia que ele considerasse uma das vantagens de ser uma espécie em extinção. Soava terrível, mas sempre conseguia tirar um sorriso dele.
Ela olhou para o relógio novamente, percebendo que haviam se passado cinco minutos. O fato dela estar em seu escritório relembrando Tenzin respondeu todas suas perguntas sobre a festa de Kazuo.
Ela pegou o casaco e foi direto para casa, vestiu algo mais casual e preparou uma xícara de chá.
Foi apenas uma hora depois quando a contagem da Nação do Fogo foi tão forte em favor de Qian que a contagem para aquele país foi encerrada.
Enquanto o rádio continuava a relatar sobre as Tribos da Água e o Reino da Terra, Lin moveu o disco trocando de estação, procurando por uma análise pós eleitoral. A opinião da mídia era que Kazuo realmente havia perdido devido a sua recusa a pedir desculpas.
Lin vestiu o casaco e se dirigiu ao hotel. Ela entrou no grande salão cheia de bandeirinhas que estava sendo lentamente removidas enquanto uma pequena multidão de pessoa com aparência miserável se preocupava em consolar uns aos outros. No centro de tudo isso estava Kazuo, parecendo deprimido e graciosamente agradecendo aos que o rodeavam com tapinhas no ombro.
Ele olhou para cima e fechou os olhos.
- Timing perfeito. - ele gritou para ela abrindo os braços. - A festa está apenas começando.
Ela deu a ele um sorriso simpático assim que um balão caiu do teto diante dela. Ele gesticulou com uma risada cáustica quando bateu no chão e quicou pateticamente para o lado.
Ela andou para frente diminuindo o espaço entre eles.
- Sinto muito.
- Isso é o que eu deveria ter dito. - ele falou. - Basta uma atitude apologista.
Um jovem aproximou-se deles de lado e apertou o ombro de Kazuo sugerindo que gostaria de ser oficialmente apresentado.
- Lin este é o meu gerente de campanha, Koji. Koji está é a Lin.
- Eu sei quem ela é. - ele respondeu. - Eu só não sabia que você a conhecia. Você percebe o que um apoio a sua campanha poderia ter feito por nós?
- Ela não está aqui para me apoiar, ela está aqui como... amiga. - esclareceu Kazuo.
Koji ficou quieto e olhou para Lin que lhe deu seu olhar mais frio.
- Oh.
- Sim, oh. - repetiu Kazuo e Koji saiu do lado deles com pressa. Os olhos de Lin se arregalaram para demonstrar sua desaprovação por ele quando saiu.
- Eu poderia ter apoiado você. - ela sussurrou quando Koji estava fora do alcance de sua voz.
Kazuo balançou a cabeça.
- Eu não queria que você pensasse que fosse sobre isso... - ele gesticulou entre eles. - que isso é.
- Eu entendo, mas futuramente...
- Obrigado. - ele concordou. - Eu vou precisar de você daqui há dois anos.
- Todo esse tempo? - ela perguntou como se estivesse de repente perdendo algo importante.
- Eu tenho um bilhete para amanhã de manhã em um navio a vapor. Ainda tenho meu emprego na Câmara, então pelo menos não estou totalmente sem emprego.
- Isso não seria bom, um Workaholic sem emprego. - comentou Lin na ausência de qualquer outra coisa a dizer. A sala estava quase vazia agora, mas eles permaneceram de pé no centro inquietos.
- Isso me lembra uma piada sobre Ozai, quer ouvir?
Lin sacudiu a cabeça e riu levemente.
- Muito cedo.
- Acho que é esse o meu problema, sempre cedo demais.
Lin assentiu, considerando as palavras. Provavelmente era cedo demais para tudo, não apenas sobre piadas de guerra, mas o envolvimento emocional. Talvez isso fosse melhor.
- Bem. - ele suspirou enquanto olhava a sala vazia. - É melhor eu ir para meu quarto, você... quer se juntar a mim?
Lin sacudiu a cabeça.
- É melhor não.
- Claro. - Ele concordou com um aceno de cabeça resignado.
- Mas eu gostaria de agradecer. - ela continuou. - Essas últimas semanas, tudo tem sido muito... legal.
Ele riu um pouco.
- Bom se você for a Nação do Fogo me procure.
- Eu irei. - ela concordou.
Ele se inclinou para um beijo e ela o devolveu de modo reservado.
- Vejo você em dois anos Lin. - ele suspirou quando se separaram.
- Está marcado. - ela concordou.
Eles saíram do salão de baile e a mão dele encontrou a dela segurando enquanto atravessavam as portas. Eles pararam de novo no corredor prontos para se separar.
Um pequeno sorriso curvou o canto da boca de Kazuo e ele a puxou pela mão seguindo em direção as escadas.
Lin riu em resposta o seguindo sem discutir.
Afinal seriam dois anos inteiros, era melhor se tivessem um adeus memorável.
Então, animados com Kaz como eu fiquei?
Espero que sim porque existem outra histórias com este ship maravilhoso e inclusive existe fanarts que ilustram bem a aparência desse belo político.
Conforme eu for traduzindo irei postando aqui. Então se quiserem deixar comentários eu posso os passar a nossa autora.
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kleinnasredes · 2 years ago
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Entrevista com Ray Conniff
Ele é maestro da última grande orquestra do mundo. E, certamente, a mais conhecida da atualidade. Ray Conniff é um dos maiores arranjadores da história da música. Na entrevista a seguir, ele conta detalhes de sua vida e da carreira, fala de música contemporânea, do público brasileiro e nega que vá se aposentar.
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Quais são os planos para o futuro? Uma parte da imprensa tem divulgado que esta seria sua última turnê internacional. É verdade? Estão dizendo, inclusive jornais, revistas e nos anúncios dos meus shows, que vou parar. Só esqueceram de me consultar a respeito. Não pretendo parar. Estou com 85 anos e não sei quanto tempo mais Deus me dará, mas enquanto eu estiver por aqui, vou trabalhar com música. O que sei, de imediato, é que a atual turnê termina com o show aí de Santos. A partir de segunda-feira estarei de férias. Eu e minha esposa vamos sair de férias, viajar por pelo menos uma semana no nosso motorhome, pelos Estados Unidos. Vamos a um lugar que adoramos, na Pensylvannia, habitado exclusivamente pelos amish, um povo que veio da Suíça, a mesma terra da minha esposa, e que não têm nem telefone nem eletricidade nem nada de modernidades. É muito quieto e possibilita um grande contato com a natureza.
O sr. nasceu e mora nos Estados Unidos. O atentado a Nova York, claro, o afetou como ser humano. E sua agenda, foi prejudicada de alguma forma? Moro em Los Angeles, do outro lado dos Estados Unidos. Eu vim para o Brasil no domingo anterior ao atentado e soube do acontecido pela minha esposa, que está lá, com quem converso diariamente. Ela me avisou que vários shows e turnês de outros músicos haviam sido cancelados em virtude dos ataques terroristas. Eu já estava no Brasil, mas minha banda, não. Corri o risco de não poder fazer os shows porque todos os vôos estavam cancelados. Eles tiveram que pegar um ônibus de Los Angeles para Tihuana, no México, e de lá pegaram um vôo para a Cidade do México. Só então conseguiram embarcar para São Paulo.
O repertório das apresentações mudou muito em função dos atentados? Até conversei com minha esposa, Vera, sobre ser ou não inoportuno tocar New York, New York no show, pois meus arranjos são bem alegres e talvez o momento não fosse para felicidade. Ela me deu um argumento definitivo: é exatamente o que os terroristas querem, acabar com nossa vontade de ser alegres, tirar nosso espírito. Decidi, então, mudar apenas a abertura do show. Abro com Ave Maria, peço um minuto de silêncio e ofereço, em seguida, New York, New York, como homenagem às vítimas. Depois, o show continua normalmente.
Mudando para assuntos mais agradáveis, como o sr. despertou para a música? Nasci em 1916, em Attleboro, Massachussets, em uma família de músicos. Meu pai tocava trombone e minha mãe era pianista. Os dois costumavam cantar para mim quando eu era criança. Quando tinha nove anos, meu pai me deu um trombone. Não me interessei muito, pra ser sincero, até porque achei que aprenderia imediatamente e me decepcionei, fiquei envergonhado, porque queria impressioná-lo. Mesmo assim, quando cheguei ao colegial, me juntei com outros sete amigos e montamos uma orquestra de dança. Isto foi em 1933, se não me engano. A partir deste momento, a música passou a ser a coisa mais importante da minha vida.
E a carreira de arranjador, como se desenvolveu? Meu pai, apesar de tocar trombone, não era um músico profissional. Exercia outras atividades e tinha a música como hobbie, uma paixão. Ele assinava a revista Billboard. Um dia estava lendo essa revista e achei um anúncio de um método para escrever músicas, para transpôr arranjos de um instrumento para outro. E o melhor de tudo: custava apenas US$ 1. Foi o melhor investimento que fiz até hoje. Meu primeiro arranjo escrevi por este método. Foi da música Sweet Georgia Brown, ainda naquela época da escola.
E seu estilo, considerado único, cujo nome virou até sinônimo do ritmo? É uma pergunta difícil de responder. Sempre achei que o ritmo é a coisa mais importante de uma música. Acho que as pessoas reconhecem de imediato quando uma música é minha justamente pelo ritmo forte, pelo modo como uso as vozes, o coro característico. E também porque tocamos sempre as músicas que são fortes hits em todo o mundo, como aquelas que chegam ao primeiro lugar da Billboard, no máximo as top ten. Acho que esses elementos, o ritmo e o coro funcionando como mais um instrumento, são minha principal característica e eles aconteceram normalmente.
E depois da escola, a carreira de músico veio naturalmente ou tentou uma carreira ‘formal’? Quando saí da escola, não pensava em seguir carreira musical. Meu objetivo era entrar em uma faculdade de Boston, o Massachussets Institute of Technology (MIT). Mas, no mesmo período, comecei a receber muitos convites de orquestras, tanto na minha cidade quanto em Boston. Vi que era uma boa oportunidade, parecia que Deus estava me dizendo que aquilo era o que eu devia fazer da minha vida. Muitos músicos me telefonavam e convidavam para tocar trombone com eles e também para fazer arranjos de suas orquestras. Fui para Nova York, onde todos os grandes músicos da época tocavam, nas big bands.
No início da carreira, o sr. tocou com músicos já conhecidos e respeitados à época, como Harry James e Artie Shaw. Foi uma influência importante? Toquei com muitos. Meu primeiro emprego foi como trombonista e arranjador de Bunny Berrigan. Depois toquei na orquestra de Bob Crosby, onde passei um ano. A seguir fui contratado por Artie Shaw, depois por Glenn Ray. Em 1944, em plena Segunda Guerra Mundial, fui chamado para fazer arranjos para o serviço de rádio das Forças Armadas, onde permaneci até 1946. Quando saí do exército, fui orquestrar para Harry James. Toquei em todas as grandes bandas da época, e tenho orgulho disso.
Qual sua opinião sobre a música composta atualmente? Há muita coisa interessante acontecendo, bons compositores surgindo, fazendo sons agradáveis. Não gosto de tudo, entretanto. O rap, por exemplo. Não acredito que vá durar muito tempo sem evoluir para outra coisa. Música é feita por três elementos: harmonia, ritmo e melodia. Rap é basicamente ritmo e tem alguma harmonia, mas nenhuma melodia. É música incompleta.
E a música eletrônica? É possível compôr música eletrônica bonita. Mas não acho, por exemplo, que os Djs façam música. Apenas tocam e misturam músicas criadas por outros. Roubam, enfim. Uma pessoa do meu fã-clube na Alemanha me mandou um CD de samplers em que um DJ usava minha versão de Besame Mucho. Não puseram meu nome em lugar algum, não me deram crédito algum por ter criado aquele arranjo e, principalmente, não me pagaram nenhuma participação.
Como é a escolha de seu repertório? Toca só o que gosta? No início, sim. Comecei na Columbia Records no início da década de 50, convidado por Mitch Miller, o diretor da gravadora. Ele me conheceu como arranjador, quando trabalhava com Harry James, e me deu oportunidade de fazer arranjos para outros artistas, especialmente Johnny Ray, Guy Mitchell e as primeiras canções de Johnny Mathis, como It´s Not For Me To Say e Chances Are, canções das quais eu gostava muito.
Como surgiu o primeiro disco próprio? Todas estas músicas que eu arranjara para outros maestros se tornaram sucessos e Mitch percebeu que já era hora de produzir um CD com meu nome, orquestra e coro. Era um single. Perguntei que repertório devia tocar e ele me deu uma liberdade rara para alguém que estava começando: me disse para escolher o que gostava e produzir meus próprios arranjos para estas músicas. Foi o que fiz. Escolhi músicas que eram sucessos de público e de vendas à época: Stardust e Beguin the Beguine. Os executivos da Columbia me chamaram de volta ao estúdio para gravar outras dez músicas e assim surgiu S’ Wonderful, meu primeiro álbum, que no início não vendeu muito mas depois de dez meses decolou e ficou outros nove meses entre os discos mais vendidos nos Estados Unidos.
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O sr. sempre deu muito valor à musicalidade de uma canção. Quais são suas preferidas? Seu compositor preferido é Tchaikovski, não? Gosto de grandes melodias. E é verdade, Tchaikovski é um dos meus favoritos. Gosto muito, também, de Henry Mancini. Acho que minha música preferida é a maravilhosa Love Letters. Mas considero compositores eruditos melhores que os populares. Esta é minha preferência e, se eu pudesse tocar exclusivamente o que gosto, é o que eu tocaria.
Não é estranho um músico que é conhecido por seus arranjos bastante alegres ser fã da bela, porém de certa forma triste, música de Tchaikovski? Quer saber? Isso é uma espécie de tradição na música. As mais belas melodias têm algo de melancólicas, de tristes. Eu gosto, também, de músicas alegres, mas você me perguntou no início da entrevista o que eu gostava mais. Está aí a resposta, é disso que eu gosto. Acho que esse é um dos aspectos mais interessantes da música, a distorção das emoções. Belas melodias, alegres ou tristes, me fazem lembrar da natureza, que é sempre bela, e de Deus, que é a origem de tudo isso.
Que momentos considera os melhores da carreira? Você provavelmente está falando de momentos musicais, não?
Também, ou qualquer outro que o sr. considere marcante… Volto, então, para antes da carreira oficial. Nunca vou esquecer os momentos, quando era criança, em que meus pais cantavam e tocavam para mim. Isso é o mais marcante, tem, além de tudo, uma carga emocional muito forte, minha ligação com meus pais era extraordinária. Outro grande momento foi quando, anos mais tarde, toquei pela primeira vez naquela orquestra da escola. Meu primeiro emprego na orquestra de Bunny Berrigan, foi maravilhoso. E, claro, quando saiu o primeiro disco de Ray Conniff Orchestra and Chorus.
Alguma frustração? Não vou falar de coisas negativas. Não dou a mínima para os críticos que não gostam da minha música. Leio muito e sei muito bem o que dizem, as piadas que fazem, os sarros que tiram de mim. Não faço música de elevador e me dedico muito à minha carreira. Sei do talento que Deus me deu, que não é meu, foi emprestado por ele. Não me importo, portanto, com o que dizem dele. Acho que meus fãs pelo mundo podem responder às críticas melhor do que eu.
O sr. tem uma relação muito próxima com o Brasil e talvez faça mais sucesso aqui do que nos Estados Unidos. É seu público mais fiel? Já era músico havia algum tempo quando os executivos das gravadoras me disseram: “Ray, seus discos são um verdadeiro fenômeno nos países latinos, especialmente no México, na Europa e no Brasil”. Sugeriram que eu gravasse um álbum exclusivamente com temas latinos. Foi um dos meus primeiros trabalhos, o disco Say It With Music. Era o álbum que tinha Besame Mucho, Night and Day, Brasil, Aquarela do Brasil e Tico Tico no Fubá. Isso marcou o início de um contato muito próximo, em que me mandam o que faz sucesso no Brasil e eu gravo com meus arranjos. O Brasil é um dos lugares em que mais vendo discos no mundo. Vendo perto de 2 milhões de álbuns por ano. Um milhão nos Estados Unidos e um milhão no resto do mundo. Deste milhão, metade é no Brasil. Nos meus shows — e isso sempre me surpreende — a música mais aplaudida é Emoções, de Roberto Carlos. Por isso, quando vou à Alemanha, ou à Inglaterra, ou à Itália, digo a eles que são grandes fãs, mas nunca que são os maiores. Porque preciso ser honesto: meus fãs mais apaixonados estão no Brasil. Mas não toco músicas brasileiras apenas porque são brasileiras ou para fazer média. Toco porque as acho espetaculares, mesmo.
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bc2022june · 3 years ago
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Se você está lendo isso é porque tive coragem de te enviar. Isso pode ter acontecido por dois motivos: você me deixou se aproximar ou você decidiu por alguém. Acho que estamos na segunda opção né? Sei que tudo é muito complicado. Mas James, eu queria te agradecer por tudo. Você foi e é uma das melhores pessoas que conheci aqui. Obrigada por cada vez que esteve do meu lado, me defendeu, esteve comigo e me fez rir, você não sabe como andei precisando rir nos últimos tempos em minha vida. Eu sou muito sozinha, parte disso porque afasto as pessoas e a outra parte porque geralmente as pessoas me afastam das outras por ciúmes. Minha vida tem sido solidão por muito tempo, então fui obrigada a lidar com isso. Mas você tirou isso do meu coração toda vez que me fez rir. Você me mostrou que eu podia ser amada e aceita num grupo quando sempre fui expulsa deles, sofri bullying e fui vítima do ciúme das outras pessoas. Eu carrego feridas horríveis de rejeição que prefiro nem pensar. Acreditei que poderia ser forte lidando com isso tudo sozinha e é só o que tenho feito. Mas a vida tem que ser mais do que isso né? Sobreviver. É o que a gente sempre tem que acreditar apesar da cautela demasiada e das cicatrizes que as vezes se abrem.
Eu moveria mundos por você e cada madrugada virada acreditando no seu sonho contigo, cada live que só participei porque sentia que era a única forma de estar mais perto, tudo isso foi porque eu só queria ficar perto de você, eu nunca fiz por mal e nenhuma intenção além dessa. E mesmo que não tenha mais lugar pra mim ali, ei estarei te apoiando sempre. Porque eu gostaria de ter pessoas assim comigo.
A verdade é que fui gostando de você aos poucos, como quem vai pegando no sono, vai tentando negar, mas esse sentimento aqui é diferente de todos que já senti, ele vem carregado de amadurecimento e coisas boas, por isso espero que você seja feliz. Espero que não desista dos seus sonhos e que se permita ser rodeado de pessoas que realmente querem estar do seu lado, por amizade ou admiração, você merece cada segundo desse afeto e cuidado.
Eu me sinto tão distante de você, mas saiba que eu sempre estarei aqui, mesmo que seja um pouco mais distante do que eu gostaria, você sempre poderá contar comigo. Nem sempre soube como agir contigo porque às vezes senti que você se fechava e só me deixava ir até certo ponto e sou capaz de respeitar isso. Mas não posso mudar o fato de que você se tornou importante e que, mesmo dizendo isso as vezes, mesmo às vezes sem conversas diárias, eu não vou mudar a forma como te vejo ou considero.
Relutar contra esse distanciamento foi algo que fiz até me machucar muito, então resolvi apenas deixar a vida acontecer como é. Mas eu estou aqui, sempre.
É hora do meu coração seguir em frente na questão dos sentimentos que tenho por você, como homem. Mas o afeto que tenho por você, sempre existirá, independente de qualquer coisa, pela pessoa que você é... fica bem. E nunca esqueça dos seus sonhos, de quem você é, das pessoas que se importam e te amam. Talvez em outra vida né? Talvez... mas nessa, apesar de tudo, estarei por perto.... por favor, seja feliz. Não serei completamente feliz se você não for. Guarda isso pra ler nos dias ruins e nas solidões intermináveis ok? Eu estarei lá contigo.
Faça a passagem dessa fase da sua vida alegremente, que seja sempre cheia de amor... da forma como eu gostaria, talvez nos reencontremos em outra vida, enquanto nossos espíritos existirem... eu estarei aqui, você será uma parte minha e eu estarei aí.
Posso te pedir um favor?
Sempre lembre de mim ao olhar as estrelas no céu.
E quando se sentir triste e sozinho olhe pra elas. Eu estarei permanentemente ali, olhando pra você.
Você já é uma parte de mim e sempre será.
E lembre-se, a vida é muito mais do que sobreviver.
Com amor,
WanHeda, Bonnie.
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