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harrrystyles-writing · 5 hours ago
Note
estou amando os imagines, mas quero logo o próx cap de YES SIRRRRE 😂😂
Vou postar hoje meu amor ❤️❤️❤️
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harrrystyles-writing · 4 days ago
Text
Bitter Sweet
Tumblr media
Inspirado na música: sweet - cigarrettes after sex
A batida da música fazia o chão vibrar sob meus pés, as luzes vermelhas e azuis cortavam o ambiente, iluminando rostos borrados pelo efeito de dos drinks que bebi. Mulheres passavam por mim, algumas me olhavam por tempo demais, mas eu não retribuía, nenhuma delas era interessante o suficiente para me satisfazer. Meu copo estava pela metade, quando senti o celular vibrar no bolso da calça.
Uma vez.
Depois outra.
E outra.
Tirei o aparelho e vi o nome dela iluminando a tela.
S/n.
Meu peito apertou.
Desbloqueei a tela e vi as mensagens chegando sem parar.
Dez.
Quinze.
Todas foram enviadas nos últimos minutos.
Hazz...
Você não me odeia, né?
Você ainda pensa em mim?
Eu ainda penso em você.
Você pensa em mim?
Você sente saudade?
Eu sinto…
Minha mão apertou o celular com mais força, eu sabia onde isso ia dar, sempre acontecia quando ela bebia.
Ela sumia da minha vida, me obrigava a seguir em frente e no segundo em que eu começava a conseguir, ela reaparecia.
Dessa vez, não seria diferente.
Amanhã, quando a ressaca passasse, ela se arrependeria de ter me procurado.
Fingiria que nada aconteceu.
Mas antes que eu desligasse a tela, um vídeo carregou na conversa.
Minha respiração falhou quando vi a imagem refletindo em meu celular. S/n estava no banho, o cabelo molhado pingava gotas que deslizavam por sua pele, o vapor cobria parte da câmera, mas o que consegui enxergar já era o suficiente para bagunçar minha cabeça.
Ela sabia que eu era obcecado pelo seu corpo.
Sabia como mexer comigo.
Mas todas às vezes… todas as malditas vezes… era o jeito que ela sorria que me atraía.
Outro vídeo carregou.
Ela já estava na cama agora, uma lingerie vermelha contrastava com sua pele quente, o tecido se moldando ao corpo que eu ainda conhecia tão bem.
Ela se movia devagar, como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo.
Ela sabia que eu achava que sua pele tinha a cor perfeita.
Perfeita no jeito como se encaixava contra os meus lençóis.
Mas eram sempre os olhos dela que me seduziam, por mais que o corpo me atraísse, eram os olhos que me quebravam.
O jeito como costumavam brilhar para mim, o jeito como, mesmo agora, mesmo bêbada e confusa, ela ainda me olhava como se eu fosse tudo.
Como se eu fosse o único para ela.
Seu único e doce amor.
Meus pensamentos lutavam entre razão e impulso, eu sabia que deveria ignorar.
Eu precisava ignorar.
Porém, mais mensagens chegaram.
Eu fiz merda, Hazz…
Eu estraguei tudo, né?
Diz que não me odeia.
Diz que ainda me quer.
Diz que quer me foder até eu esquecer que a gente terminou.
Me diz que quer me amar até eu lembrar por que a gente começou.
Meus dedos apertaram o copo.
E então, um áudio carregou.
Eu me forcei a não ouvir. Mas não consegui, eu precisava ouvir, eu queria ouvir.
Harry...
Eu sempre fui péssima sem você.
Antes que percebesse, já estava saindo da boate.
O ar frio da madrugada bateu no meu rosto quando alcancei a rua, os passos apressados enquanto tentava chamar um carro.
As mensagens dela ainda piscavam na tela.
Hazz, eu estou tão cansada de sentir sua falta…
Não quero mais sentir isso…
O táxi chegou, e eu entrei sem hesitar.
— Para onde? — perguntou o motorista, sem nem me olhar.
Minhas mãos apertaram o celular, o endereço dela já estava salvo nos meus favoritos, porque eu nunca consegui apagar.
— Madison Avenue, número 845.
O motorista apenas assentiu e começou a dirigir. Meus dedos tamborilavam contra a perna. As luzes da Times Square passavam borradas pela janela, tudo dentro de mim se contraía com a lembrança da voz dela.
"Eu sempre fui péssima sem você."
Ela não fazia ideia do que essa frase fez comigo.
O carro parou, eu saí antes mesmo do motorista dar o aviso, atravessei a rua, subi as escadas do prédio quase correndo, minhas mãos tremiam quando bati à porta.
Nada.
Bati de novo.
Silêncio.
Talvez ela já tivesse desmaiado, talvez nem se lembrasse de que me chamou, mas a porta se abriu com um rangido lento, o que vi me fez prender o ar nos pulmões.
Ela estava ali.
Descalça, os cabelos bagunçados, uma das alças da lingerie caída sobre o ombro, seus olhos estavam inchados, o rímel borrado na pele, o cheiro de álcool impregnado nela.
— Harry… — Ela sorriu. — Você veio…
— Você me chamou.
Ela deu um passo para trás, me dando espaço para entrar, não precisei procurar muito para saber que tipo de noite ela teve sozinha: garrafas espalhadas, um cinzeiro com cigarros amassados, a TV ligada em um dos meus clipes.
Ela estava péssima.
Mesmo assim, mesmo sabendo que essa noite ia me foder inteiro por dentro, eu não consegui ir embora.
S/n cambaleou para o lado ao fechar a porta, eu avancei instintivamente, segurando-a pelos braços.
— Você não deveria ter bebido tanto — murmurei.
— Eu sei… — Ela soltou uma risada fraca e encostou a testa contra o meu peito. — Mas eu só queria parar de pensar.
Eu a conhecia, sabia exatamente o que acontecia quando ela bebia até esquecer de si mesma, sabia que no dia seguinte viriam a ressaca, o arrependimento de tudo o que fez, mas ainda assim, eu estava ali.
Com cuidado, levei-a até o sofá, ela se jogou no estofado com um suspiro.
— Você cuida tão bem de mim… — Ela sorriu de leve, mas logo o sorriso sumiu. — Por que você ainda cuida de mim?
Não tinha uma resposta ou talvez tivesse, mas não queria dizê-la em voz alta.
— Espera aqui.
Fui até o banheiro e peguei alguns lenços umedecidos, quando voltei, ela ainda me olhava.
— Hazz?
— O que foi? — Sentei ao lado dela.
— Eu sei que você sabe, mas... — Ela abaixou a cabeça. — Eu ainda te amo…
Fechei os olhos por um instante.
Isso não era justo.
Não era justo que ela dissesse essas coisas só quando estava bêbada.
Respirei fundo, ignorando sua confissão e voltei a me concentrar no que estava fazendo, com delicadeza, comecei a limpar seu rosto, ela fechou os olhos ao toque.
— Isso me lembra de quando você cuidava de mim depois das festas… — murmurou, segurando minha camisa.
Sim.
Porque sempre tinha sido assim.
Sempre fui eu.
Mas agora, não sabia se ainda deveria ser, por mais que eu ainda me importasse, por mais que ela ainda fizesse meu peito apertar e meu coração acelerar, havia algo dentro de mim que gritava para que eu fosse embora antes que fosse tarde demais.
Antes que eu me perdesse nela outra vez.
Mas eu não fiz.
Quando terminei, ela já estava mais sonolenta, mas sabia que precisava ajudá-la a se recompor, antes que o álcool a fizesse desabar de vez.
— Vem. — Ofereci minha mão. — Você precisa de um banho.
Eu ajudei a se levantar, guiando-a até o banheiro, que estava escuro, exceto pela luz fraca do corredor. Girei o registro do chuveiro, deixando a água cair, morna, quase fria, ela continuava me observando em silêncio.
Eu sabia que ela não tinha forças para ficar ali sozinha. Sabia que confiava em mim, então a fiz entrar na banheira e entrei com ela, sentando-me atrás, enquanto a água escorria pelos nossos corpos.Puxei-a para o meu peito, o calor que emanava dela me fazia quase esquecer a temperatura, S/n ficou ali, mole contra mim, os joelhos dobrados, a cabeça encostada no meu ombro.
— Harry…
— Hm?
— Você me odeia? — Ela respirou fundo, encolhendo-se mais contra o meu corpo.
— Por que odiaria você?
— Você deveria...
— Por que está falando essas coisas?
— Eu fiz algo que não consigo consertar.
— O quê? — Minha pulsação acelerou.
— Antes do nosso último término… — Ela fechou os olhos, apertando as mãos ao redor dos meus braços. — Eu... eu te traí.
Por um momento, achei que tinha ouvido errado.
Ela não.
Não ela.
— O quê? — repeti, torcendo para ser mentira.
Ela abriu os olhos e eu a conhecia bem o suficiente para ver que sua dor, sua culpa, eram reais, mas nenhuma justificativa seria suficiente, nenhuma explicação apagaria o que foi feito.
— Com quem? — Minha respiração travou.
— Isso importa? — A voz dela se desfez em um choro sufocado.
— Importa pra caralho, é alguém que eu conheço?
— Um cara qualquer, Harry. Me desculpa… Eu me odeio por isso, me odeio tanto… — Ela fechou os olhos novamente, como se doesse me encarar. — Eu estava confusa e com raiva, achei que você não se importava mais comigo.
— Então a solução foi dormir com outro?
Passei as mãos molhadas no rosto, tentando raciocinar, mas não havia lógica que aliviasse aquela dor.
Ela me destruiu.
De um jeito que nem todas as idas e vindas, nem todas as brigas e despedidas conseguiram.
— Eu sei que nada do que eu disser vai mudar o que fiz… mas só quero que saiba que me arrependo, eu me odeio por isso. — Ela levantou a cabeça, os olhos implorando por algo que eu não sabia se podia dar. — Harry… diz alguma coisa, grita comigo, me diz que eu sou uma pessoa horrível.
Fechei os olhos por um segundo, tentando respirar, tentando encontrar um resquício de racionalidade, antes que surtasse, mas senti seus dedos fracos agarrando minha camisa.
— Mas por favor... — Seus dedos puxavam com força, como se tivesse medo de que eu desaparecesse e talvez eu devesse. — Por favor, me odeia amanhã, fica comigo hoje... Não me deixe, Harry.
Se fosse qualquer outra pessoa...
Se fossem outras mãos agarrando minha camisa, outra voz implorando para que eu ficasse, outro rosto marcado pelo peso do arrependimento, eu não hesitaria, me afastaria, viraria as costas e jamais olharia para trás.
Mas era ela.
Sempre foi ela.
Desde o momento em que a vi pela primeira vez, desde que aquele sorriso inocente fez algo dentro de mim desmoronar, desde que ouvi sua risada e soube, que estava perdido.
Eu a amei.
Eu a amo.
E não importa o que aconteça, não importa quantas vezes ela me machuque, me destrua, me tire o chão, não há escapatória.
Não para mim.
Eu deveria odiá-la.
Sei que deveria.
Mas como odiar o que é parte de mim?
Como arrancar algo que está entrelaçado à minha alma?
Se eu fosse forte, diria não.
Se tivesse um mínimo de amor próprio, me afastaria.
Ela esperava que eu a abandonasse, que finalmente fizesse o que deveria ter feito há muito tempo, mas, no fundo, ela já sabia.
Ela sempre soube.
Que, quando se tratava dela, eu sempre ficava.
Eu sempre voltava.
Sempre escolheria partir meu coração por ela, porque viver sem ela seria muito pior do que carregar essa dor que dilacerava meu peito.
Eu era um homem fraco quando se tratava dela.
Então, meus braços se fecharam ao redor de sua cintura, apertando-a contra mim, como se eu quisesse prendê-la ali, forçando a encarar a dor em meu rosto, seus olhos úmidos e hesitantes me encararam, neles encontrei a versão de mim que eu quis esquecer, a que pertencia a ela.
Minha mão deslizou por sua nuca, os dedos se enterrando em seus cabelos, quase num desespero, meu rosto pairou sobre o dela por um segundo antes de nossos lábios se encontrarem.
Eu não fui cuidadoso.
Não fui gentil.
Sua boca era quente, desesperada, como se aquele beijo fosse a única coisa que a mantinha inteira.
E talvez fosse.
Talvez fosse para os dois.
O gosto das lágrimas se misturava ao beijo, mas eu não parei.
Não conseguia parar.
Porque, por mais que doesse, por mais que a realidade estivesse ali, gritando entre nós, naquele momento, tudo o que importava era que ela estava em meus braços.
Minhas mãos apertaram sua cintura com força, como se eu pudesse arrancar da pele dela as marcas que outro homem deixou, como se eu pudesse reescrever o que já estava feito.
Mas não podia.
E isso me matava.
Eu a continuei a beijá-la com tudo o que sentia, com todo o amor e toda a mágoa que me sufocavam, ela se entregou a mim como se soubesse que essa era a única maneira de eu não desmoronar.
Sem separar nossos lábios, desliguei o chuveiro, a segurei mais forte e a carreguei para fora da banheira, passamos pelo corredor, molhando tudo pelo caminho, mas nada importava, carreguei-a até o quarto, sem dizer uma palavra.
Deitamos na cama, encharcados, os corpos colados, espalhando água pelo chão, pelo colchão, pelos lençóis amarrotados, então ela se afastou sem dizer nada e enterrou o rosto em meu peito, eu fechei os olhos, acariciando seus cabelos.
Meu coração estava exausto, destruído, dolorido...
Mas ele não era mais meu.
Nunca foi.
Ele pertencia a ela.
E se amanhã essa escolha me matasse, que seja.
Se amanhã ela me destruir de novo, eu aceitaria.
Porque, com prazer, partiria meu coração por ela.
De novo.
E de novo.
E de novo.
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harrrystyles-writing · 5 days ago
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Inspirado na música: sweet - cigarrettes after sex
A batida da música fazia o chão vibrar sob meus pés, as luzes vermelhas e azuis cortavam o ambiente, iluminando rostos borrados pelo efeito de dos drinks que bebi. Mulheres passavam por mim, algumas me olhavam por tempo demais, mas eu não retribuía, nenhuma delas era interessante o suficiente para me satisfazer. Meu copo estava pela metade, quando senti o celular vibrar no bolso da calça.
Uma vez.
Depois outra.
E outra.
Tirei o aparelho e vi o nome dela iluminando a tela.
S/n.
Meu peito apertou.
Desbloqueei a tela e vi as mensagens chegando sem parar.
Dez.
Quinze.
Todas foram enviadas nos últimos minutos.
Hazz...
Você não me odeia, né?
Você ainda pensa em mim?
Eu ainda penso em você.
Você pensa em mim?
Você sente saudade?
Eu sinto…
Minha mão apertou o celular com mais força, eu sabia onde isso ia dar, sempre acontecia quando ela bebia.
Ela sumia da minha vida, me obrigava a seguir em frente e no segundo em que eu começava a conseguir, ela reaparecia.
Dessa vez, não seria diferente.
Amanhã, quando a ressaca passasse, ela se arrependeria de ter me procurado.
Fingiria que nada aconteceu.
Mas antes que eu desligasse a tela, um vídeo carregou na conversa.
Minha respiração falhou quando vi a imagem refletindo em meu celular. S/n estava no banho, o cabelo molhado pingava gotas que deslizavam por sua pele, o vapor cobria parte da câmera, mas o que consegui enxergar já era o suficiente para bagunçar minha cabeça.
Ela sabia que eu era obcecado pelo seu corpo.
Sabia como mexer comigo.
Mas todas às vezes… todas as malditas vezes… era o jeito que ela sorria que me atraía.
Outro vídeo carregou.
Ela já estava na cama agora, uma lingerie vermelha contrastava com sua pele quente, o tecido se moldando ao corpo que eu ainda conhecia tão bem.
Ela se movia devagar, como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo.
Ela sabia que eu achava que sua pele tinha a cor perfeita.
Perfeita no jeito como se encaixava contra os meus lençóis.
Mas eram sempre os olhos dela que me seduziam, por mais que o corpo me atraísse, eram os olhos que me quebravam.
O jeito como costumavam brilhar para mim, o jeito como, mesmo agora, mesmo bêbada e confusa, ela ainda me olhava como se eu fosse tudo.
Como se eu fosse o único para ela.
Seu único e doce amor.
Meus pensamentos lutavam entre razão e impulso, eu sabia que deveria ignorar.
Eu precisava ignorar.
Porém, mais mensagens chegaram.
Eu fiz merda, Hazz…
Eu estraguei tudo, né?
Diz que não me odeia.
Diz que ainda me quer.
Diz que quer me foder até eu esquecer que a gente terminou.
Me diz que quer me amar até eu lembrar por que a gente começou.
Meus dedos apertaram o copo.
E então, um áudio carregou.
Eu me forcei a não ouvir. Mas não consegui, eu precisava ouvir, eu queria ouvir.
Harry...
Eu sempre fui péssima sem você.
Antes que percebesse, já estava saindo da boate.
O ar frio da madrugada bateu no meu rosto quando alcancei a rua, os passos apressados enquanto tentava chamar um carro.
As mensagens dela ainda piscavam na tela.
Hazz, eu estou tão cansada de sentir sua falta…
Não quero mais sentir isso…
O táxi chegou, e eu entrei sem hesitar.
— Para onde? — perguntou o motorista, sem nem me olhar.
Minhas mãos apertaram o celular, o endereço dela já estava salvo nos meus favoritos, porque eu nunca consegui apagar.
— Madison Avenue, número 845.
O motorista apenas assentiu e começou a dirigir. Meus dedos tamborilavam contra a perna. As luzes da Times Square passavam borradas pela janela, tudo dentro de mim se contraía com a lembrança da voz dela.
"Eu sempre fui péssima sem você."
Ela não fazia ideia do que essa frase fez comigo.
O carro parou, eu saí antes mesmo do motorista dar o aviso, atravessei a rua, subi as escadas do prédio quase correndo, minhas mãos tremiam quando bati à porta.
Nada.
Bati de novo.
Silêncio.
Talvez ela já tivesse desmaiado, talvez nem se lembrasse de que me chamou, mas a porta se abriu com um rangido lento, o que vi me fez prender o ar nos pulmões.
Ela estava ali.
Descalça, os cabelos bagunçados, uma das alças da lingerie caída sobre o ombro, seus olhos estavam inchados, o rímel borrado na pele, o cheiro de álcool impregnado nela.
— Harry… — Ela sorriu. — Você veio…
— Você me chamou.
Ela deu um passo para trás, me dando espaço para entrar, não precisei procurar muito para saber que tipo de noite ela teve sozinha: garrafas espalhadas, um cinzeiro com cigarros amassados, a TV ligada em um dos meus clipes.
Ela estava péssima.
Mesmo assim, mesmo sabendo que essa noite ia me foder inteiro por dentro, eu não consegui ir embora.
S/n cambaleou para o lado ao fechar a porta, eu avancei instintivamente, segurando-a pelos braços.
— Você não deveria ter bebido tanto — murmurei.
— Eu sei… — Ela soltou uma risada fraca e encostou a testa contra o meu peito. — Mas eu só queria parar de pensar.
Eu a conhecia, sabia exatamente o que acontecia quando ela bebia até esquecer de si mesma, sabia que no dia seguinte viriam a ressaca, o arrependimento de tudo o que fez, mas ainda assim, eu estava ali.
Com cuidado, levei-a até o sofá, ela se jogou no estofado com um suspiro.
— Você cuida tão bem de mim… — Ela sorriu de leve, mas logo o sorriso sumiu. — Por que você ainda cuida de mim?
Não tinha uma resposta ou talvez tivesse, mas não queria dizê-la em voz alta.
— Espera aqui.
Fui até o banheiro e peguei alguns lenços umedecidos, quando voltei, ela ainda me olhava.
— Hazz?
— O que foi? — Sentei ao lado dela.
— Eu sei que você sabe, mas... — Ela abaixou a cabeça. — Eu ainda te amo…
Fechei os olhos por um instante.
Isso não era justo.
Não era justo que ela dissesse essas coisas só quando estava bêbada.
Respirei fundo, ignorando sua confissão e voltei a me concentrar no que estava fazendo, com delicadeza, comecei a limpar seu rosto, ela fechou os olhos ao toque.
— Isso me lembra de quando você cuidava de mim depois das festas… — murmurou, segurando minha camisa.
Sim.
Porque sempre tinha sido assim.
Sempre fui eu.
Mas agora, não sabia se ainda deveria ser, por mais que eu ainda me importasse, por mais que ela ainda fizesse meu peito apertar e meu coração acelerar, havia algo dentro de mim que gritava para que eu fosse embora antes que fosse tarde demais.
Antes que eu me perdesse nela outra vez.
Mas eu não fiz.
Quando terminei, ela já estava mais sonolenta, mas sabia que precisava ajudá-la a se recompor, antes que o álcool a fizesse desabar de vez.
— Vem. — Ofereci minha mão. — Você precisa de um banho.
Eu ajudei a se levantar, guiando-a até o banheiro, que estava escuro, exceto pela luz fraca do corredor. Girei o registro do chuveiro, deixando a água cair, morna, quase fria, ela continuava me observando em silêncio.
Eu sabia que ela não tinha forças para ficar ali sozinha. Sabia que confiava em mim, então a fiz entrar na banheira e entrei com ela, sentando-me atrás, enquanto a água escorria pelos nossos corpos.Puxei-a para o meu peito, o calor que emanava dela me fazia quase esquecer a temperatura, S/n ficou ali, mole contra mim, os joelhos dobrados, a cabeça encostada no meu ombro.
— Harry…
— Hm?
— Você me odeia? — Ela respirou fundo, encolhendo-se mais contra o meu corpo.
— Por que odiaria você?
— Você deveria...
— Por que está falando essas coisas?
— Eu fiz algo que não consigo consertar.
— O quê? — Minha pulsação acelerou.
— Antes do nosso último término… — Ela fechou os olhos, apertando as mãos ao redor dos meus braços. — Eu... eu te traí.
Por um momento, achei que tinha ouvido errado.
Ela não.
Não ela.
— O quê? — repeti, torcendo para ser mentira.
Ela abriu os olhos e eu a conhecia bem o suficiente para ver que sua dor, sua culpa, eram reais, mas nenhuma justificativa seria suficiente, nenhuma explicação apagaria o que foi feito.
— Com quem? — Minha respiração travou.
— Isso importa? — A voz dela se desfez em um choro sufocado.
— Importa pra caralho, é alguém que eu conheço?
— Um cara qualquer, Harry. Me desculpa… Eu me odeio por isso, me odeio tanto… — Ela fechou os olhos novamente, como se doesse me encarar. — Eu estava confusa e com raiva, achei que você não se importava mais comigo.
— Então a solução foi dormir com outro?
Passei as mãos molhadas no rosto, tentando raciocinar, mas não havia lógica que aliviasse aquela dor.
Ela me destruiu.
De um jeito que nem todas as idas e vindas, nem todas as brigas e despedidas conseguiram.
— Eu sei que nada do que eu disser vai mudar o que fiz… mas só quero que saiba que me arrependo, eu me odeio por isso. — Ela levantou a cabeça, os olhos implorando por algo que eu não sabia se podia dar. — Harry… diz alguma coisa, grita comigo, me diz que eu sou uma pessoa horrível.
Fechei os olhos por um segundo, tentando respirar, tentando encontrar um resquício de racionalidade, antes que surtasse, mas senti seus dedos fracos agarrando minha camisa.
— Mas por favor... — Seus dedos puxavam com força, como se tivesse medo de que eu desaparecesse e talvez eu devesse. — Por favor, me odeia amanhã, fica comigo hoje... Não me deixe, Harry.
Se fosse qualquer outra pessoa...
Se fossem outras mãos agarrando minha camisa, outra voz implorando para que eu ficasse, outro rosto marcado pelo peso do arrependimento, eu não hesitaria, me afastaria, viraria as costas e jamais olharia para trás.
Mas era ela.
Sempre foi ela.
Desde o momento em que a vi pela primeira vez, desde que aquele sorriso inocente fez algo dentro de mim desmoronar, desde que ouvi sua risada e soube, que estava perdido.
Eu a amei.
Eu a amo.
E não importa o que aconteça, não importa quantas vezes ela me machuque, me destrua, me tire o chão, não há escapatória.
Não para mim.
Eu deveria odiá-la.
Sei que deveria.
Mas como odiar o que é parte de mim?
Como arrancar algo que está entrelaçado à minha alma?
Se eu fosse forte, diria não.
Se tivesse um mínimo de amor próprio, me afastaria.
Ela esperava que eu a abandonasse, que finalmente fizesse o que deveria ter feito há muito tempo, mas, no fundo, ela já sabia.
Ela sempre soube.
Que, quando se tratava dela, eu sempre ficava.
Eu sempre voltava.
Sempre escolheria partir meu coração por ela, porque viver sem ela seria muito pior do que carregar essa dor que dilacerava meu peito.
Eu era um homem fraco quando se tratava dela.
Então, meus braços se fecharam ao redor de sua cintura, apertando-a contra mim, como se eu quisesse prendê-la ali, forçando a encarar a dor em meu rosto, seus olhos úmidos e hesitantes me encararam, neles encontrei a versão de mim que eu quis esquecer, a que pertencia a ela.
Minha mão deslizou por sua nuca, os dedos se enterrando em seus cabelos, quase num desespero, meu rosto pairou sobre o dela por um segundo antes de nossos lábios se encontrarem.
Eu não fui cuidadoso.
Não fui gentil.
Sua boca era quente, desesperada, como se aquele beijo fosse a única coisa que a mantinha inteira.
E talvez fosse.
Talvez fosse para os dois.
O gosto das lágrimas se misturava ao beijo, mas eu não parei.
Não conseguia parar.
Porque, por mais que doesse, por mais que a realidade estivesse ali, gritando entre nós, naquele momento, tudo o que importava era que ela estava em meus braços.
Minhas mãos apertaram sua cintura com força, como se eu pudesse arrancar da pele dela as marcas que outro homem deixou, como se eu pudesse reescrever o que já estava feito.
Mas não podia.
E isso me matava.
Eu a continuei a beijá-la com tudo o que sentia, com todo o amor e toda a mágoa que me sufocavam, ela se entregou a mim como se soubesse que essa era a única maneira de eu não desmoronar.
Sem separar nossos lábios, desliguei o chuveiro, a segurei mais forte e a carreguei para fora da banheira, passamos pelo corredor, molhando tudo pelo caminho, mas nada importava, carreguei-a até o quarto, sem dizer uma palavra.
Deitamos na cama, encharcados, os corpos colados, espalhando água pelo chão, pelo colchão, pelos lençóis amarrotados, então ela se afastou sem dizer nada e enterrou o rosto em meu peito, eu fechei os olhos, acariciando seus cabelos.
Meu coração estava exausto, destruído, dolorido...
Mas ele não era mais meu.
Nunca foi.
Ele pertencia a ela.
E se amanhã essa escolha me matasse, que seja.
Se amanhã ela me destruir de novo, eu aceitaria.
Porque, com prazer, partiria meu coração por ela.
De novo.
E de novo.
E de novo.
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harrrystyles-writing · 6 days ago
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Boa noite meus amores, o que eu então achando dos últimos imagines?!
Mandem ask pra mim e me contem!! Amo quando vcs interagem comigo 🥹🥹💗💗
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Tenho mais um imagine praticamente pronto!
Pedido: queria um imagine hot em que harry é militar (pode ser policial, soldado, qualquer coisa relacionadakk) ele chega em casa super cansado do trabalho e meio estressado também, mas a sn (q no caso seria a esposa) se dispõe a relaxa-lo e tal (se eh q vcs me entendem) eles vao tomar banho na banheira, ela ajuda ele a tirar a roupa, um momento em que eles tem mta química e acaba rolando.
Então logo sai mais imagine por aqui. 😘
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harrrystyles-writing · 6 days ago
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Bitter Sweet
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Inspirado na música: sweet - cigarrettes after sex
A batida da música fazia o chão vibrar sob meus pés, as luzes vermelhas e azuis cortavam o ambiente, iluminando rostos borrados pelo efeito de dos drinks que bebi. Mulheres passavam por mim, algumas me olhavam por tempo demais, mas eu não retribuía, nenhuma delas era interessante o suficiente para me satisfazer. Meu copo estava pela metade, quando senti o celular vibrar no bolso da calça.
Uma vez.
Depois outra.
E outra.
Tirei o aparelho e vi o nome dela iluminando a tela.
S/n.
Meu peito apertou.
Desbloqueei a tela e vi as mensagens chegando sem parar.
Dez.
Quinze.
Todas foram enviadas nos últimos minutos.
Hazz...
Você não me odeia, né?
Você ainda pensa em mim?
Eu ainda penso em você.
Você pensa em mim?
Você sente saudade?
Eu sinto…
Minha mão apertou o celular com mais força, eu sabia onde isso ia dar, sempre acontecia quando ela bebia.
Ela sumia da minha vida, me obrigava a seguir em frente e no segundo em que eu começava a conseguir, ela reaparecia.
Dessa vez, não seria diferente.
Amanhã, quando a ressaca passasse, ela se arrependeria de ter me procurado.
Fingiria que nada aconteceu.
Mas antes que eu desligasse a tela, um vídeo carregou na conversa.
Minha respiração falhou quando vi a imagem refletindo em meu celular. S/n estava no banho, o cabelo molhado pingava gotas que deslizavam por sua pele, o vapor cobria parte da câmera, mas o que consegui enxergar já era o suficiente para bagunçar minha cabeça.
Ela sabia que eu era obcecado pelo seu corpo.
Sabia como mexer comigo.
Mas todas às vezes… todas as malditas vezes… era o jeito que ela sorria que me atraía.
Outro vídeo carregou.
Ela já estava na cama agora, uma lingerie vermelha contrastava com sua pele quente, o tecido se moldando ao corpo que eu ainda conhecia tão bem.
Ela se movia devagar, como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo.
Ela sabia que eu achava que sua pele tinha a cor perfeita.
Perfeita no jeito como se encaixava contra os meus lençóis.
Mas eram sempre os olhos dela que me seduziam, por mais que o corpo me atraísse, eram os olhos que me quebravam.
O jeito como costumavam brilhar para mim, o jeito como, mesmo agora, mesmo bêbada e confusa, ela ainda me olhava como se eu fosse tudo.
Como se eu fosse o único para ela.
Seu único e doce amor.
Meus pensamentos lutavam entre razão e impulso, eu sabia que deveria ignorar.
Eu precisava ignorar.
Porém, mais mensagens chegaram.
Eu fiz merda, Hazz…
Eu estraguei tudo, né?
Diz que não me odeia.
Diz que ainda me quer.
Diz que quer me foder até eu esquecer que a gente terminou.
Me diz que quer me amar até eu lembrar por que a gente começou.
Meus dedos apertaram o copo.
E então, um áudio carregou.
Eu me forcei a não ouvir. Mas não consegui, eu precisava ouvir, eu queria ouvir.
Harry...
Eu sempre fui péssima sem você.
Antes que percebesse, já estava saindo da boate.
O ar frio da madrugada bateu no meu rosto quando alcancei a rua, os passos apressados enquanto tentava chamar um carro.
As mensagens dela ainda piscavam na tela.
Hazz, eu estou tão cansada de sentir sua falta…
Não quero mais sentir isso…
O táxi chegou, e eu entrei sem hesitar.
— Para onde? — perguntou o motorista, sem nem me olhar.
Minhas mãos apertaram o celular, o endereço dela já estava salvo nos meus favoritos, porque eu nunca consegui apagar.
— Madison Avenue, número 845.
O motorista apenas assentiu e começou a dirigir. Meus dedos tamborilavam contra a perna. As luzes da Times Square passavam borradas pela janela, tudo dentro de mim se contraía com a lembrança da voz dela.
"Eu sempre fui péssima sem você."
Ela não fazia ideia do que essa frase fez comigo.
O carro parou, eu saí antes mesmo do motorista dar o aviso, atravessei a rua, subi as escadas do prédio quase correndo, minhas mãos tremiam quando bati à porta.
Nada.
Bati de novo.
Silêncio.
Talvez ela já tivesse desmaiado, talvez nem se lembrasse de que me chamou, mas a porta se abriu com um rangido lento, o que vi me fez prender o ar nos pulmões.
Ela estava ali.
Descalça, os cabelos bagunçados, uma das alças da lingerie caída sobre o ombro, seus olhos estavam inchados, o rímel borrado na pele, o cheiro de álcool impregnado nela.
— Harry… — Ela sorriu. — Você veio…
— Você me chamou.
Ela deu um passo para trás, me dando espaço para entrar, não precisei procurar muito para saber que tipo de noite ela teve sozinha: garrafas espalhadas, um cinzeiro com cigarros amassados, a TV ligada em um dos meus clipes.
Ela estava péssima.
Mesmo assim, mesmo sabendo que essa noite ia me foder inteiro por dentro, eu não consegui ir embora.
S/n cambaleou para o lado ao fechar a porta, eu avancei instintivamente, segurando-a pelos braços.
— Você não deveria ter bebido tanto — murmurei.
— Eu sei… — Ela soltou uma risada fraca e encostou a testa contra o meu peito. — Mas eu só queria parar de pensar.
Eu a conhecia, sabia exatamente o que acontecia quando ela bebia até esquecer de si mesma, sabia que no dia seguinte viriam a ressaca, o arrependimento de tudo o que fez, mas ainda assim, eu estava ali.
Com cuidado, levei-a até o sofá, ela se jogou no estofado com um suspiro.
— Você cuida tão bem de mim… — Ela sorriu de leve, mas logo o sorriso sumiu. — Por que você ainda cuida de mim?
Não tinha uma resposta ou talvez tivesse, mas não queria dizê-la em voz alta.
— Espera aqui.
Fui até o banheiro e peguei alguns lenços umedecidos, quando voltei, ela ainda me olhava.
— Hazz?
— O que foi? — Sentei ao lado dela.
— Eu sei que você sabe, mas... — Ela abaixou a cabeça. — Eu ainda te amo…
Fechei os olhos por um instante.
Isso não era justo.
Não era justo que ela dissesse essas coisas só quando estava bêbada.
Respirei fundo, ignorando sua confissão e voltei a me concentrar no que estava fazendo, com delicadeza, comecei a limpar seu rosto, ela fechou os olhos ao toque.
— Isso me lembra de quando você cuidava de mim depois das festas… — murmurou, segurando minha camisa.
Sim.
Porque sempre tinha sido assim.
Sempre fui eu.
Mas agora, não sabia se ainda deveria ser, por mais que eu ainda me importasse, por mais que ela ainda fizesse meu peito apertar e meu coração acelerar, havia algo dentro de mim que gritava para que eu fosse embora antes que fosse tarde demais.
Antes que eu me perdesse nela outra vez.
Mas eu não fiz.
Quando terminei, ela já estava mais sonolenta, mas sabia que precisava ajudá-la a se recompor, antes que o álcool a fizesse desabar de vez.
— Vem. — Ofereci minha mão. — Você precisa de um banho.
Eu ajudei a se levantar, guiando-a até o banheiro, que estava escuro, exceto pela luz fraca do corredor. Girei o registro do chuveiro, deixando a água cair, morna, quase fria, ela continuava me observando em silêncio.
Eu sabia que ela não tinha forças para ficar ali sozinha. Sabia que confiava em mim, então a fiz entrar na banheira e entrei com ela, sentando-me atrás, enquanto a água escorria pelos nossos corpos.Puxei-a para o meu peito, o calor que emanava dela me fazia quase esquecer a temperatura, S/n ficou ali, mole contra mim, os joelhos dobrados, a cabeça encostada no meu ombro.
— Harry…
— Hm?
— Você me odeia? — Ela respirou fundo, encolhendo-se mais contra o meu corpo.
— Por que odiaria você?
— Você deveria...
— Por que está falando essas coisas?
— Eu fiz algo que não consigo consertar.
— O quê? — Minha pulsação acelerou.
— Antes do nosso último término… — Ela fechou os olhos, apertando as mãos ao redor dos meus braços. — Eu... eu te traí.
Por um momento, achei que tinha ouvido errado.
Ela não.
Não ela.
— O quê? — repeti, torcendo para ser mentira.
Ela abriu os olhos e eu a conhecia bem o suficiente para ver que sua dor, sua culpa, eram reais, mas nenhuma justificativa seria suficiente, nenhuma explicação apagaria o que foi feito.
— Com quem? — Minha respiração travou.
— Isso importa? — A voz dela se desfez em um choro sufocado.
— Importa pra caralho, é alguém que eu conheço?
— Um cara qualquer, Harry. Me desculpa… Eu me odeio por isso, me odeio tanto… — Ela fechou os olhos novamente, como se doesse me encarar. — Eu estava confusa e com raiva, achei que você não se importava mais comigo.
— Então a solução foi dormir com outro?
Passei as mãos molhadas no rosto, tentando raciocinar, mas não havia lógica que aliviasse aquela dor.
Ela me destruiu.
De um jeito que nem todas as idas e vindas, nem todas as brigas e despedidas conseguiram.
— Eu sei que nada do que eu disser vai mudar o que fiz… mas só quero que saiba que me arrependo, eu me odeio por isso. — Ela levantou a cabeça, os olhos implorando por algo que eu não sabia se podia dar. — Harry… diz alguma coisa, grita comigo, me diz que eu sou uma pessoa horrível.
Fechei os olhos por um segundo, tentando respirar, tentando encontrar um resquício de racionalidade, antes que surtasse, mas senti seus dedos fracos agarrando minha camisa.
— Mas por favor... — Seus dedos puxavam com força, como se tivesse medo de que eu desaparecesse e talvez eu devesse. — Por favor, me odeia amanhã, fica comigo hoje... Não me deixe, Harry.
Se fosse qualquer outra pessoa...
Se fossem outras mãos agarrando minha camisa, outra voz implorando para que eu ficasse, outro rosto marcado pelo peso do arrependimento, eu não hesitaria, me afastaria, viraria as costas e jamais olharia para trás.
Mas era ela.
Sempre foi ela.
Desde o momento em que a vi pela primeira vez, desde que aquele sorriso inocente fez algo dentro de mim desmoronar, desde que ouvi sua risada e soube, que estava perdido.
Eu a amei.
Eu a amo.
E não importa o que aconteça, não importa quantas vezes ela me machuque, me destrua, me tire o chão, não há escapatória.
Não para mim.
Eu deveria odiá-la.
Sei que deveria.
Mas como odiar o que é parte de mim?
Como arrancar algo que está entrelaçado à minha alma?
Se eu fosse forte, diria não.
Se tivesse um mínimo de amor próprio, me afastaria.
Ela esperava que eu a abandonasse, que finalmente fizesse o que deveria ter feito há muito tempo, mas, no fundo, ela já sabia.
Ela sempre soube.
Que, quando se tratava dela, eu sempre ficava.
Eu sempre voltava.
Sempre escolheria partir meu coração por ela, porque viver sem ela seria muito pior do que carregar essa dor que dilacerava meu peito.
Eu era um homem fraco quando se tratava dela.
Então, meus braços se fecharam ao redor de sua cintura, apertando-a contra mim, como se eu quisesse prendê-la ali, forçando a encarar a dor em meu rosto, seus olhos úmidos e hesitantes me encararam, neles encontrei a versão de mim que eu quis esquecer, a que pertencia a ela.
Minha mão deslizou por sua nuca, os dedos se enterrando em seus cabelos, quase num desespero, meu rosto pairou sobre o dela por um segundo antes de nossos lábios se encontrarem.
Eu não fui cuidadoso.
Não fui gentil.
Sua boca era quente, desesperada, como se aquele beijo fosse a única coisa que a mantinha inteira.
E talvez fosse.
Talvez fosse para os dois.
O gosto das lágrimas se misturava ao beijo, mas eu não parei.
Não conseguia parar.
Porque, por mais que doesse, por mais que a realidade estivesse ali, gritando entre nós, naquele momento, tudo o que importava era que ela estava em meus braços.
Minhas mãos apertaram sua cintura com força, como se eu pudesse arrancar da pele dela as marcas que outro homem deixou, como se eu pudesse reescrever o que já estava feito.
Mas não podia.
E isso me matava.
Eu a continuei a beijá-la com tudo o que sentia, com todo o amor e toda a mágoa que me sufocavam, ela se entregou a mim como se soubesse que essa era a única maneira de eu não desmoronar.
Sem separar nossos lábios, desliguei o chuveiro, a segurei mais forte e a carreguei para fora da banheira, passamos pelo corredor, molhando tudo pelo caminho, mas nada importava, carreguei-a até o quarto, sem dizer uma palavra.
Deitamos na cama, encharcados, os corpos colados, espalhando água pelo chão, pelo colchão, pelos lençóis amarrotados, então ela se afastou sem dizer nada e enterrou o rosto em meu peito, eu fechei os olhos, acariciando seus cabelos.
Meu coração estava exausto, destruído, dolorido...
Mas ele não era mais meu.
Nunca foi.
Ele pertencia a ela.
E se amanhã essa escolha me matasse, que seja.
Se amanhã ela me destruir de novo, eu aceitaria.
Porque, com prazer, partiria meu coração por ela.
De novo.
E de novo.
E de novo.
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harrrystyles-writing · 7 days ago
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oiiii cah! vai postar amanhã? 👀
Postei amor ❤️
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harrrystyles-writing · 7 days ago
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Bitter Sweet
Tumblr media
Inspirado na música: sweet - cigarrettes after sex
A batida da música fazia o chão vibrar sob meus pés, as luzes vermelhas e azuis cortavam o ambiente, iluminando rostos borrados pelo efeito de dos drinks que bebi. Mulheres passavam por mim, algumas me olhavam por tempo demais, mas eu não retribuía, nenhuma delas era interessante o suficiente para me satisfazer. Meu copo estava pela metade, quando senti o celular vibrar no bolso da calça.
Uma vez.
Depois outra.
E outra.
Tirei o aparelho e vi o nome dela iluminando a tela.
S/n.
Meu peito apertou.
Desbloqueei a tela e vi as mensagens chegando sem parar.
Dez.
Quinze.
Todas foram enviadas nos últimos minutos.
Hazz...
Você não me odeia, né?
Você ainda pensa em mim?
Eu ainda penso em você.
Você pensa em mim?
Você sente saudade?
Eu sinto…
Minha mão apertou o celular com mais força, eu sabia onde isso ia dar, sempre acontecia quando ela bebia.
Ela sumia da minha vida, me obrigava a seguir em frente e no segundo em que eu começava a conseguir, ela reaparecia.
Dessa vez, não seria diferente.
Amanhã, quando a ressaca passasse, ela se arrependeria de ter me procurado.
Fingiria que nada aconteceu.
Mas antes que eu desligasse a tela, um vídeo carregou na conversa.
Minha respiração falhou quando vi a imagem refletindo em meu celular. S/n estava no banho, o cabelo molhado pingava gotas que deslizavam por sua pele, o vapor cobria parte da câmera, mas o que consegui enxergar já era o suficiente para bagunçar minha cabeça.
Ela sabia que eu era obcecado pelo seu corpo.
Sabia como mexer comigo.
Mas todas às vezes… todas as malditas vezes… era o jeito que ela sorria que me atraía.
Outro vídeo carregou.
Ela já estava na cama agora, uma lingerie vermelha contrastava com sua pele quente, o tecido se moldando ao corpo que eu ainda conhecia tão bem.
Ela se movia devagar, como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo.
Ela sabia que eu achava que sua pele tinha a cor perfeita.
Perfeita no jeito como se encaixava contra os meus lençóis.
Mas eram sempre os olhos dela que me seduziam, por mais que o corpo me atraísse, eram os olhos que me quebravam.
O jeito como costumavam brilhar para mim, o jeito como, mesmo agora, mesmo bêbada e confusa, ela ainda me olhava como se eu fosse tudo.
Como se eu fosse o único para ela.
Seu único e doce amor.
Meus pensamentos lutavam entre razão e impulso, eu sabia que deveria ignorar.
Eu precisava ignorar.
Porém, mais mensagens chegaram.
Eu fiz merda, Hazz…
Eu estraguei tudo, né?
Diz que não me odeia.
Diz que ainda me quer.
Diz que quer me foder até eu esquecer que a gente terminou.
Me diz que quer me amar até eu lembrar por que a gente começou.
Meus dedos apertaram o copo.
E então, um áudio carregou.
Eu me forcei a não ouvir. Mas não consegui, eu precisava ouvir, eu queria ouvir.
Harry...
Eu sempre fui péssima sem você.
Antes que percebesse, já estava saindo da boate.
O ar frio da madrugada bateu no meu rosto quando alcancei a rua, os passos apressados enquanto tentava chamar um carro.
As mensagens dela ainda piscavam na tela.
Hazz, eu estou tão cansada de sentir sua falta…
Não quero mais sentir isso…
O táxi chegou, e eu entrei sem hesitar.
— Para onde? — perguntou o motorista, sem nem me olhar.
Minhas mãos apertaram o celular, o endereço dela já estava salvo nos meus favoritos, porque eu nunca consegui apagar.
— Madison Avenue, número 845.
O motorista apenas assentiu e começou a dirigir. Meus dedos tamborilavam contra a perna. As luzes da Times Square passavam borradas pela janela, tudo dentro de mim se contraía com a lembrança da voz dela.
"Eu sempre fui péssima sem você."
Ela não fazia ideia do que essa frase fez comigo.
O carro parou, eu saí antes mesmo do motorista dar o aviso, atravessei a rua, subi as escadas do prédio quase correndo, minhas mãos tremiam quando bati à porta.
Nada.
Bati de novo.
Silêncio.
Talvez ela já tivesse desmaiado, talvez nem se lembrasse de que me chamou, mas a porta se abriu com um rangido lento, o que vi me fez prender o ar nos pulmões.
Ela estava ali.
Descalça, os cabelos bagunçados, uma das alças da lingerie caída sobre o ombro, seus olhos estavam inchados, o rímel borrado na pele, o cheiro de álcool impregnado nela.
— Harry… — Ela sorriu. — Você veio…
— Você me chamou.
Ela deu um passo para trás, me dando espaço para entrar, não precisei procurar muito para saber que tipo de noite ela teve sozinha: garrafas espalhadas, um cinzeiro com cigarros amassados, a TV ligada em um dos meus clipes.
Ela estava péssima.
Mesmo assim, mesmo sabendo que essa noite ia me foder inteiro por dentro, eu não consegui ir embora.
S/n cambaleou para o lado ao fechar a porta, eu avancei instintivamente, segurando-a pelos braços.
— Você não deveria ter bebido tanto — murmurei.
— Eu sei… — Ela soltou uma risada fraca e encostou a testa contra o meu peito. — Mas eu só queria parar de pensar.
Eu a conhecia, sabia exatamente o que acontecia quando ela bebia até esquecer de si mesma, sabia que no dia seguinte viriam a ressaca, o arrependimento de tudo o que fez, mas ainda assim, eu estava ali.
Com cuidado, levei-a até o sofá, ela se jogou no estofado com um suspiro.
— Você cuida tão bem de mim… — Ela sorriu de leve, mas logo o sorriso sumiu. — Por que você ainda cuida de mim?
Não tinha uma resposta ou talvez tivesse, mas não queria dizê-la em voz alta.
— Espera aqui.
Fui até o banheiro e peguei alguns lenços umedecidos, quando voltei, ela ainda me olhava.
— Hazz?
— O que foi? — Sentei ao lado dela.
— Eu sei que você sabe, mas... — Ela abaixou a cabeça. — Eu ainda te amo…
Fechei os olhos por um instante.
Isso não era justo.
Não era justo que ela dissesse essas coisas só quando estava bêbada.
Respirei fundo, ignorando sua confissão e voltei a me concentrar no que estava fazendo, com delicadeza, comecei a limpar seu rosto, ela fechou os olhos ao toque.
— Isso me lembra de quando você cuidava de mim depois das festas… — murmurou, segurando minha camisa.
Sim.
Porque sempre tinha sido assim.
Sempre fui eu.
Mas agora, não sabia se ainda deveria ser, por mais que eu ainda me importasse, por mais que ela ainda fizesse meu peito apertar e meu coração acelerar, havia algo dentro de mim que gritava para que eu fosse embora antes que fosse tarde demais.
Antes que eu me perdesse nela outra vez.
Mas eu não fiz.
Quando terminei, ela já estava mais sonolenta, mas sabia que precisava ajudá-la a se recompor, antes que o álcool a fizesse desabar de vez.
— Vem. — Ofereci minha mão. — Você precisa de um banho.
Eu ajudei a se levantar, guiando-a até o banheiro, que estava escuro, exceto pela luz fraca do corredor. Girei o registro do chuveiro, deixando a água cair, morna, quase fria, ela continuava me observando em silêncio.
Eu sabia que ela não tinha forças para ficar ali sozinha. Sabia que confiava em mim, então a fiz entrar na banheira e entrei com ela, sentando-me atrás, enquanto a água escorria pelos nossos corpos.Puxei-a para o meu peito, o calor que emanava dela me fazia quase esquecer a temperatura, S/n ficou ali, mole contra mim, os joelhos dobrados, a cabeça encostada no meu ombro.
— Harry…
— Hm?
— Você me odeia? — Ela respirou fundo, encolhendo-se mais contra o meu corpo.
— Por que odiaria você?
— Você deveria...
— Por que está falando essas coisas?
— Eu fiz algo que não consigo consertar.
— O quê? — Minha pulsação acelerou.
— Antes do nosso último término… — Ela fechou os olhos, apertando as mãos ao redor dos meus braços. — Eu... eu te traí.
Por um momento, achei que tinha ouvido errado.
Ela não.
Não ela.
— O quê? — repeti, torcendo para ser mentira.
Ela abriu os olhos e eu a conhecia bem o suficiente para ver que sua dor, sua culpa, eram reais, mas nenhuma justificativa seria suficiente, nenhuma explicação apagaria o que foi feito.
— Com quem? — Minha respiração travou.
— Isso importa? — A voz dela se desfez em um choro sufocado.
— Importa pra caralho, é alguém que eu conheço?
— Um cara qualquer, Harry. Me desculpa… Eu me odeio por isso, me odeio tanto… — Ela fechou os olhos novamente, como se doesse me encarar. — Eu estava confusa e com raiva, achei que você não se importava mais comigo.
— Então a solução foi dormir com outro?
Passei as mãos molhadas no rosto, tentando raciocinar, mas não havia lógica que aliviasse aquela dor.
Ela me destruiu.
De um jeito que nem todas as idas e vindas, nem todas as brigas e despedidas conseguiram.
— Eu sei que nada do que eu disser vai mudar o que fiz… mas só quero que saiba que me arrependo, eu me odeio por isso. — Ela levantou a cabeça, os olhos implorando por algo que eu não sabia se podia dar. — Harry… diz alguma coisa, grita comigo, me diz que eu sou uma pessoa horrível.
Fechei os olhos por um segundo, tentando respirar, tentando encontrar um resquício de racionalidade, antes que surtasse, mas senti seus dedos fracos agarrando minha camisa.
— Mas por favor... — Seus dedos puxavam com força, como se tivesse medo de que eu desaparecesse e talvez eu devesse. — Por favor, me odeia amanhã, fica comigo hoje... Não me deixe, Harry.
Se fosse qualquer outra pessoa...
Se fossem outras mãos agarrando minha camisa, outra voz implorando para que eu ficasse, outro rosto marcado pelo peso do arrependimento, eu não hesitaria, me afastaria, viraria as costas e jamais olharia para trás.
Mas era ela.
Sempre foi ela.
Desde o momento em que a vi pela primeira vez, desde que aquele sorriso inocente fez algo dentro de mim desmoronar, desde que ouvi sua risada e soube, que estava perdido.
Eu a amei.
Eu a amo.
E não importa o que aconteça, não importa quantas vezes ela me machuque, me destrua, me tire o chão, não há escapatória.
Não para mim.
Eu deveria odiá-la.
Sei que deveria.
Mas como odiar o que é parte de mim?
Como arrancar algo que está entrelaçado à minha alma?
Se eu fosse forte, diria não.
Se tivesse um mínimo de amor próprio, me afastaria.
Ela esperava que eu a abandonasse, que finalmente fizesse o que deveria ter feito há muito tempo, mas, no fundo, ela já sabia.
Ela sempre soube.
Que, quando se tratava dela, eu sempre ficava.
Eu sempre voltava.
Sempre escolheria partir meu coração por ela, porque viver sem ela seria muito pior do que carregar essa dor que dilacerava meu peito.
Eu era um homem fraco quando se tratava dela.
Então, meus braços se fecharam ao redor de sua cintura, apertando-a contra mim, como se eu quisesse prendê-la ali, forçando a encarar a dor em meu rosto, seus olhos úmidos e hesitantes me encararam, neles encontrei a versão de mim que eu quis esquecer, a que pertencia a ela.
Minha mão deslizou por sua nuca, os dedos se enterrando em seus cabelos, quase num desespero, meu rosto pairou sobre o dela por um segundo antes de nossos lábios se encontrarem.
Eu não fui cuidadoso.
Não fui gentil.
Sua boca era quente, desesperada, como se aquele beijo fosse a única coisa que a mantinha inteira.
E talvez fosse.
Talvez fosse para os dois.
O gosto das lágrimas se misturava ao beijo, mas eu não parei.
Não conseguia parar.
Porque, por mais que doesse, por mais que a realidade estivesse ali, gritando entre nós, naquele momento, tudo o que importava era que ela estava em meus braços.
Minhas mãos apertaram sua cintura com força, como se eu pudesse arrancar da pele dela as marcas que outro homem deixou, como se eu pudesse reescrever o que já estava feito.
Mas não podia.
E isso me matava.
Eu a continuei a beijá-la com tudo o que sentia, com todo o amor e toda a mágoa que me sufocavam, ela se entregou a mim como se soubesse que essa era a única maneira de eu não desmoronar.
Sem separar nossos lábios, desliguei o chuveiro, a segurei mais forte e a carreguei para fora da banheira, passamos pelo corredor, molhando tudo pelo caminho, mas nada importava, carreguei-a até o quarto, sem dizer uma palavra.
Deitamos na cama, encharcados, os corpos colados, espalhando água pelo chão, pelo colchão, pelos lençóis amarrotados, então ela se afastou sem dizer nada e enterrou o rosto em meu peito, eu fechei os olhos, acariciando seus cabelos.
Meu coração estava exausto, destruído, dolorido...
Mas ele não era mais meu.
Nunca foi.
Ele pertencia a ela.
E se amanhã essa escolha me matasse, que seja.
Se amanhã ela me destruir de novo, eu aceitaria.
Porque, com prazer, partiria meu coração por ela.
De novo.
E de novo.
E de novo.
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harrrystyles-writing · 7 days ago
Note
todo mundo ansioso! ninguém aguenta esperar até sexta kkkkk
postaaaaa hojeeeeee! 🙏🏻
Acho que hj já tá muito tarde não? Kkkk
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harrrystyles-writing · 7 days ago
Note
oie!
cah, a música que eu escolhi como inspiração é ‘sweet - cigarrettes after sex’
contexto para a história: eles são ex-namorados, com muitas idas e vindas. uma s/n muito bêbada enviando mensagens embaraçosas ~que sóbria jamais aconteceria~ harry se dando conta que ainda ama ela mais do que gostaria. ele vai atrás dela no apartamento dela, encontra ela muito mal, cuida dela. mas a s/n revela que antes do ultimo termino deles ela traiu ele, isso parti o coração dele pra valer. o final você decide.
obrigadaaaa 💗
Cara vc não tem ideia de como amei fazer imagine e espero muito que você goste, amaria muito saber o que você achou depois de ler 💗
Ele é o próximo a ser postado.
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harrrystyles-writing · 7 days ago
Text
Oii meus amores!!! Estou com um imagine pronto!!! Ainda não revisei ele, mas está prontinho.
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harrrystyles-writing · 7 days ago
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nunca torci tanto pra um casal não ficar juntos no final como tô torcendo nessa fanfic, to sentindo nenhuma pena do harry acho até que a aurora podia ser mais cruel com ele pq depois de todas as coisas que ele fez esse sofrimento dele não é nem a metade do que ele realmente merece
Aiii aiii, pior que ainda tem bastante gente que quer eles juntos kkkk
Mas Harry tá chegando o momento dele pagar os pecados kkk
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harrrystyles-writing · 8 days ago
Note
cah qual o próximo imagine 👀👀
Oi amore, tô escrevendo com essa música ‘sweet - cigarrettes after sex’
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harrrystyles-writing · 10 days ago
Note
ai amiga, saudade de ter tempo pra ficar horas aqui! minha vida tá uma correriaaaa
esse final de semana quero me organizar pra conseguir me atualizar do seus posts!
parei de ler yes sir no capítulo 30 😭😭😭
mas vou voltarrrrr 🙏🏻
Aiii realmente até eu tenho sdds dos tempos que só pensava em escrever e ver os meninos 😍🥹
Vou deixar os últimos posts fixados, assim vc vê qual são os novos.
E AMIGAAAA VOLTAAAA!!! Ainda dá tempo de acompanhar kkklk
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harrrystyles-writing · 10 days ago
Note
e amg continuando fui eu que fiz aquele desabafo da fanfic e safira relendo pode parecer que eu fui grossa me desculpa tá se passei essa impressão não tive a intenção na hora que escrevi ele tinha acabado de lê o capítulo e fiquei com tanta raiva escrevendo o meu desabafo pelo que tinha acontecido que pode ter parecido que eu tava sendo grossa mas só estava com raiva dos personagens mesmo principalmente do harry, me desculpa novamente e você escreve muito bem viu e vi que tu tava incerteza sobre eles terminarem juntos e minha torcida é pra que eles não terminem mas a fanfic tá muito boa viu, e por acaso amg ela já está perto de entrar na reta final? quantos capítulos vc planejou? então é isso fica bem e continue escrevendo pra eu surtar ainda seja de raiva ou felicidade, tá mais pra raiva mas isso a gente esquece
Maginaaa não pareceu grossa não kkkk
Tumblr media
Aiii muito obrigado por todo carinho 💗💗
Sim amiga já tá acabando estou escrevendo o 43 né (scrr nunca pensei que escreveria tantos capítulos kkkk
Acho que até os 50 acaba! Eu acho não sei kkkk
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harrrystyles-writing · 10 days ago
Note
fui eu que mandei aquela ask que acho que o gabriel sem graça, é que o problema nem é a personagem já que ele realmente é perfeito mas sim o fancast que tu se inspirou sla quando eu vi que pra vc ele era assim eu meio que não consigo desver mais, sabe o problema é o ator acho ele feio e sem graça ai qualquer personagem que tenha ele de fancast automaticamente vira isso pra mim
Oieeee amore, bom ver vc de novo por aqui 💗
Jura??? Eu acho ele bonito kkkkk mas gosto é gosto né !
Pior que eu tbm depois que vejo uma fancast não consigo desver mais, pior quando é de livro e sai filme e não é o que a gente quer kkkk
Mas ainda sim obrigado pela ask e por compartilhar comigo sua opinião 😍😍
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harrrystyles-writing · 11 days ago
Note
esses imagines estão tão bons 🥹
Tumblr media
Muito obrigado meu amor tenho feito eles com muito carinho e dedicação 💗
1 note · View note
harrrystyles-writing · 12 days ago
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Yes Sir! Capítulo 43
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Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá o ponto de vista de Aurora e Harry.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Aurora
A campainha tocou pela terceira vez.
Fechei os olhos com força, exausta, Harry não demorou nem cinco minutos desde que liberei sua entrada. Quando abri a porta, ele estava ali, parado, como se não fosse o homem que bagunçou minha vida inteira.
Seus olhos verdes deslizaram pela minha barriga antes de subirem para o meu rosto. Foi a segunda vez que me viu grávida, mas pelo choque em seu rosto, parecia a primeira.
— Então, você está mesmo grávida. — Comentou hesitante.
— O que você quer, Harry?
— Você está bem? — Ele inclinou a cabeça, me analisando.
— O que você quer, Harry? — Repeti, impaciente.
— Depois que te vi no hospital, fiquei preocupado, te liguei e tentei mandar mensagem, mas você me bloqueou, então eu não tinha como saber se estava bem.
— Preocupado com o quê? Com a sua trepada insignificante?! — Uma risada amarga escapou dos meus lábios.
— Aurora, me desculpe por aquela noite, eu nunca deveria ter dito aquilo, eu estava meio bêbado e com raiva, minha vida estava um caos… Me perdoa. — Ele se aproximou de mim, me fazendo recuar. — Você foi muito mais do que isso, você sabe disso.
— Você acha que esse seu discurso vai mudar alguma coisa? — Minha boca se contorceu em um sorriso irônico.
— Não, eu sei que não.
— Então, faça um favor a nós dois e vá embora.
— Aurora, eu não vou antes de ter respostas. — Sua insistência me irritava.
— Respostas do quê?
— Como… Como você conhece o Bryan? Como foi parar naquele hospital machucada? Foi ele?
— Isso não é da sua conta.
— Aurora…
— Era só isso? — cortei antes que continuasse.
— Não.
— Eu preciso saber... Esse bebê…
— Vai embora, Harry.
— Aurora, me diz quem é o pai. — Eu não respondi. — É o Bryan?! — Sua voz subiu. — Me diz que não! Não me diz que você engravidou daquele babaca?! — Eu vi o desespero nos olhos dele. — Do Gabriel, eu sei que não, é impossível, vocês não estão juntos há tanto tempo, não é? Ou é possível? Quanto tempo você está? — Ele falava rápido, como se tivesse cogitado cada hipótese por dias. — Por favor, me diz, Aurora, diz alguma coisa.
— Bryan…
Eu não sei qual era a relação de Harry com o Bryan, mas pelo jeito que seu rosto ficou pálido assim que mencionei aquele nome, provavelmente não era algo bom.
— Não... — Uma dor que nunca vi estava estampada em cada linha do seu rosto. — Então é dele...
— Bryan não é o pai.
— O quê?
— Ele não é o pai. 
— Que bom... Muito bom. — Passou as mãos pelo cabelo, soltando uma risada nervosa. — E Gabriel? Deixou aquele garotinho inútil te engravidar?
— Não fale assim dele. — Retruquei, fechando os punhos.
Quem era ele para falar de Gabriel assim?
— Só me diz!
— Não.
— Então sou eu?! Eu sou o pai?! — Ele avançou, segurando meu rosto entre as mãos, seus dedos estavam trêmulos. — Me diz, Aurora! É meu bebê que está crescendo aí dentro?!
Minhas bochechas ficaram quentes, ele me encarava como se pudesse ver minha alma, me forçando a dizer a verdade.
— S... Sim. — Finalmente admiti baixinho, encarando as iris verdes tão próximas de mim.
Por um segundo, achei que ele fosse se enfurecer, gritar comigo, mas foi o oposto, os olhos dele brilharam, as lágrimas caíram, não sabia dizer se eram de felicidade, mas antes que eu pudesse reagir, ele me puxou para seus braços, segurando-me firme.
— É meu... É meu… — Ele afastou o rosto apenas o suficiente para me encarar. — Vamos ter um bebê. — Meu coração doía, doía mais vê-lo feliz. — Por que você não me contou? Por que me deixou por fora esse tempo todo, docinho? Eu queria estar com você em todos os passos da gravidez. — Sua mão deslizou pelos meus cabelos.
— Por quê? — Afastei-me dele.— Você ainda pergunta por quê?! Harry, você é casado, você tem uma família, sua esposa estava grávida! O que queria que eu fizesse?! Que aparecesse na sua porta e te dissesse ‘Ei, Harry, surpresa! Você vai ser pai de novo’?
— Me contasse a verdade! Não importa a situação! Se era meu, eu devia saber, não acha?
— Bom, agora já sabe, já pode ir.
— Eu não vou ir, Aurora, eu preciso saber de tudo.
— Não, isso não importa mais. — Balancei a cabeça, mordendo os lábios para segurar o choro.
— Claro que importa! A partir de agora, eu quero saber tudo sobre esse bebê, eu quero estar com você!
— Não.
— Não?! Como assim, não?!
— Harry, eu não quero você por perto, eu não quero nada que venha de você, você já não tem um bebê para cuidar?! Vai e me deixa em paz.
— Eu não vou deixar você sabendo que está carregando meu filho aí dentro.
— Eu não vou permitir que você chegue mais perto.
— Aurora, eu sou o pai, eu tenho direito de estar presente para essa criança.
— Eu nem vou ficar com esse bebê, então poupe seu tempo me deixando em paz. — As palavras sairam antes que eu conseguisse me controlar.
— O quê?! — Seus olhos se arregalaram. — Você acabou de dizer o quê?
— Eu já dei entrada na adoção, então esqueça que ele existe, como você fez comigo. — Olhei para o chão, não conseguia encara-lo, depois de toda verdade.
— Por quê?! Por que fez isso, Aurora?!
— Porque eu não posso ficar com ele, eu não quero nenhuma lembrança de você e isso aqui me atormentaria até o final da minha vida. — Gritei, apontando para minha barriga.
— Isso?! Aurora, isso é uma criança! Nosso filho! Como você pôde fazer isso?!  — Ele balançou a cabeça, tomado pela fúria. — Eu sou o pai!  Eu não vou aceitar!
— Pela lei, eu posso fazer isso sozinha, você não pode me impedir.
— Aurora, você não pode fazer isso, se você não quer esse bebê, por favor, me deixe ficar com ele! Mas não faça isso.
— Você? Ficar com ele? — Soltei uma risada fria. — Com a família fodida que você tem?  Nunca! Esse bebê vai ficar muito melhor longe de nós dois.
— Aurora, você não devia ter feito isso.
— E o que você teria feito, Harry? Se estivesse no meu lugar, hein?
— Se você tivesse me contado, eu teria… 
— O quê? — interrompi. — Se importado? Me ajudado? Quer que eu acredite nisso?  Depois de tudo o que você me disse, depois de todas as mentiras, você achou mesmo que deveria ter corrido para você?
— Não importa, eu nunca deixaria você sozinha, nós teríamos dado um jeito, nós ainda podemos fazer isso juntos.  — Puxou minhas mãos para a dele.
— Não tem mais jeito, Harry, eu já tomei minha decisão.  — Tirei suas mãos de mim.
E então… aconteceu.
Harry caiu.
Literalmente.
Ele desabou de joelhos na minha frente, com olhar transtornado.
— Aurora…
Ele ergueu as mãos, hesitante, até tocar minha barriga, seus dedos trêmulos deslizaram sobre o tecido da minha blusa.
E então ele chorou.
Não era um choro silencioso, era desesperado, eu nunca o vi assim antes.
— Não faz isso, por favor... — Ele soluçava. — Por favor, não me tira isso, eu prometo que serei melhor, que estarei aqui, eu prometo que vamos conseguir, mas não faz isso.
— Para. — Engoli o choro e desviei o olhar, tentando tirar suas mãos de mim, mas ele insistia.
— Não... Não... — Implorou mais uma vez, sua testa encostando na minha barriga.
— Harry, vai embora.
— Eu não vou...
Eu sentia o calor do corpo dele e ouvia seus soluços abafados contra mim.
— Harry…
— Não terminamos.
— Terminarmos sim.
— Me deixe ficar.
— Não.
Ele não respondeu.
Só ficou ali.
E ficou.
E ficou.
Segundos se passaram.
Depois minutos.
Ele ainda continuava ali chorando, agarrado à minha barriga.
Então, finalmente, ele se ergueu.
— Eu vou. — Seus olhos estavam vermelhos. — Mas volto amanhã e no dia seguinte, todos os dias, até você aceitar que esse bebê é meu também.
E então se levantou, mas mesmo quando ele se afastou, eu ainda sentia o calor do corpo dele na minha pele, mesmo quando desapareceu pelo corredor, eu ainda ouvia seu choro no silêncio do meu apartamento.
E odiei o quanto aquilo doía.
Harry
As portas do elevador se fecharam, eu encostei a testa contra o metal frio, meus dedos tremiam ao apertar o botão para o térreo, minhas pernas ainda estavam bambas e dentro de mim só existia um pensamento.
Aquele bebê era meu.
O bebê da Aurora.
Meu filho estava crescendo dentro dela e eu nem sequer sabia.
O elevador descia lentamente, enquanto minha cabeça latejava. Esfreguei o rosto com força, tentando disfarçar a vermelhidão nos olhos, mas era inútil. Assim que a porta se abriu, tropecei nos próprios pés ao sair.
Eu perdi.
Eu perdi de segurar sua mão, sentindo nosso bebê se mexer.
Perdi de ver seu corpo mudar porque estava gerando algo meu.
Eu perdi de estar lá em cada passo até aqui.
Mas esse bebê precisava de mim, eu já estive ausente tempo demais e não posso...
Não posso entregar o nosso filho para outra família.
Não.
Meus joelhos cederam assim que saí do hall de entrada, o impacto contra o chão ressoou no meu corpo, mas a dor física era insignificante perto da devastação dentro de mim. Escondi o rosto entre as mãos e chorei sem me importar com os olhares indiferentes dos desconhecidos que passavam ao meu redor.
Porque já não havia orgulho em mim.
Eu era um covarde.
Um desgraçado egoísta que passou tempo demais fingindo que poderia ter tudo.
Família.
Casamento.
Aurora.
Eu queria tudo.
Eu pensei que daria conta e que no final valeria a pena, mas...
E agora... agora estou aqui.
Perdendo tudo.
Tão rápido como ganhei.
                ...
Quando abri a porta de casa, o calor da lareira me envolveu, tirei o casaco, sacudi um pouco da neve dos cabelos, Violeta estava sentada no sofá, amamentando Amélia. O som da televisão ecoava ao fundo, mas sua atenção estava totalmente voltada para o bebê. Assim que me viu, seus olhos me analisaram por um breve segundo antes de desviarem de novo.
— Oi.
— Oi. — Respondeu como se minha presença não significasse nada.
Fechei a porta atrás de mim e me aproximei do sofá, deixando meu olhar cair sobre a pequena Amélia. Seus olhinhos estavam fechados, a mãozinha delicada segurando a mãe, tão tranquila e protegida. Abaixei-me um pouco, passando os dedos pelos fios finos do seu cabelo antes de deixar um beijo em sua testa, inalando aquele cheiro doce que só bebês têm.
Quando ergui os olhos, Violeta me observava.
— Onde estão as meninas? — perguntei, hesitando se deveria beijá-la também.
No fim, não fiz nada.
— Isadora foi dormir na casa de uma amiga, Aurora dormiu depois do banho.
— E sua mãe?
— Foi deitar cedo, amanhã pela manhã pega o voo de volta para casa.
— Já?
— Sim, ela não pode mais ficar aqui.
— Ok.
O silêncio se instalou de novo.
— A gente precisa falar sobre a viagem para a Disney. — Comentou ela, ajeitando a Amélia.
Eu sei que isso precisava ser resolvido, mas agora?
Agora, quando tudo estava desmoronando na minha cabeça e eu mal conseguia raciocinar?
— Vi, eu não estou com cabeça para isso agora.
— Já se arrependeu, é?
— Não, eu só preciso de um tempo para organizar algumas coisas antes.
— “Algumas coisas” — ela repetiu, balançando cabeça — Você ao menos já falou com o detetive?
— Ainda não. — Fechei os olhos por um instante.
— Claro que não, ao invés de passar os dias sabe-se lá fazendo o quê, poderia ao menos se importar com a audiência da sua filha.
— Pode deixar que eu vou falar com o detetive, mas não se esqueça de que nada disso estaria acontecendo se você simplesmente não estivesse dormido com outro homem. — Eu não quis dizer aquilo, mas acabou saindo tão rápido que não consegui evitar.
— E como esquecer, né, Harry? Você me lembra disso todos os dias, como se só eu fosse a errada da história.  — Violeta soltou uma risada sem humor, sacudindo a cabeça.
— Você precisa de alguma coisa para Amélia? — Eu respirei fundo, passando a mão pelo rosto, não estava a fim de mais uma discussão. — 
Se não precisa de nada, eu vou deitar.
— Não.
Me afastei sem dizer mais nada, indo para o quarto, antes de alcançar as escadas, hesitei, me virando para ela.
— Vi... — Ela suspirou, mas me encarou. — Você não quer saber por que eu venho saindo todos os dias?
— Não, Harry, faz tempo que parei de querer saber.— Ela nem ao menos olhava para mim quando dizia isso. — Se eu me importar, significa que vou sofrer e eu já cansei de sofrer por você. — Era um desinteresse tão cruel, que doía.
Minha cabeça latejava enquanto subia para o quarto de hóspedes, não sabia como consertar nada disso, não sabia nem por onde começar, somente uma coisa eu tinha certeza.
Eu precisava ver Aurora mais uma vez.
        ...
Eu estava determinado.
No começo, Aurora se recusava a me ver, o porteiro já estava cansado de me ver ali, repetindo o mesmo discurso todas às vezes.
" Ela não quer te ver, cara."
Mas eu voltei no dia seguinte.
E no outro.
E no outro.
Até que ela finalmente cedeu.
Quando a porta se abriu, Aurora me encarou com os olhos brilhando de raiva.
— Já não deixei claro que não quero você aqui.
Eu devia ir embora.
Qualquer pessoa em sã consciência desistiria, mas o fato de ela estar me dizendo isso, cara a cara, ao invés de mandar o porteiro me dispensar, já era um avanço.
— Posso entrar?
— Não.
— Eu só quero ver o bebê. — Tentei não me afetar.
— Não há nada para você ver, ele está dentro de mim e eu não quero você perto.
— Aurora… por favor.
— Não volte mais aqui.
Ela estava irredutível, mas eu não me importava.
Porque, por alguns minutos, eu estive ali.
Com meu bebê.
E isso já significava alguma coisa.
— Tudo bem — murmurei, enfiando as mãos nos bolsos. — Eu volto amanhã.
— Não volte.
— Eu vou.
Ela bufou, batendo a porta na minha cara com força.
Estávamos fazendo progresso.
No dia seguinte, no mesmo horário, eu estava lá.
O porteiro riu de mim, como se minha insistência fosse uma piada, mas o que disse me animou.
— Acho que ela está de bom humor hoje.
— Como assim?
Bom humor?
Não parecia uma expressão que combinava com Aurora nos últimos dias.
— Hoje o rapazinho está lá — comentou, discando o número do apartamento.
— Quem?
— Gabriel.
Ótimo, mais uma coisa para atrapalhar, se ele estava lá, obviamente não ia querer que eu subisse, mas para minha surpresa, o porteiro me olhou e acenou com a cabeça.
— Pode subir.
— Tá brincando? — Meus olhos se arregalaram.
— Como eu disse, ela está de bom humor.
Subi pelas escadas mesmo de dois em dois degraus, com o peito apertado de ansiedade. Quando Aurora abriu a porta, eu tinha um sorriso no rosto, mas ela não parecia exatamente de bom humor.
— Se você vai insistir em continuar com isso, vai ser do meu jeito.
— O que isso significa?
— Você só tem meia hora, só pode vir quando eu estiver com vontade e nunca  vamos ficar sozinhos, se Gabriel não estiver aqui, você não entra.
— Você está falando sério? — Bufei.
— Se não quiser aceitar, pode ir embora.
Qual era a outra opção?
Não vê-lo?
Fingir que meu filho não existia até que ela o entregasse para outra família?
Eu não podia deixar isso acontecer.
— Ok — respondi, forçando um sorriso. — Se é isso que preciso fazer para ver ele, aceito.
Era mentira.
Eu nunca aceitaria aquilo.
Assim que entrei no apartamento, senti o olhar de Gabriel sobre mim, ele estava sentado no sofá, confortável demais, como se pertencesse àquele lugar, ignorei sua presença, eu não tinha vindo para brigar, meus olhos foram direto para Aurora.
— Como ele está?
— Está bem.
— Você já sabe o sexo?
— Preferi não saber, quero deixar para a nova família.
— Nova família… Aurora, por favor…
— Já está decidido, Harry. — Ela suspirou, impaciente.— O tempo que você tem com esse bebê são só mais três meses, depois, nunca mais o verá, é melhor aceitar isso.
Minha visão ficou turva por um instante.
Três meses?
Isso nunca seria o suficiente.
Eu respirei fundo, tentando conter o desespero que me consumia.
— Posso tocar?
— Não… — Aurora hesitou, se afastando.
— Só um pouquinho, por favor, eu prometo que será rápido.
— Tá, deixa eu me sentar.— Revirou os olhos, antes de se sentar no sofá ao lado de Gabriel.
Fui rápido e me ajoelhei à sua frente, minhas mãos trêmulas levantando sua camisa o suficiente para tocar sua barriga.
Meu bebê estava ali.
Meu coração estava disparado quando Gabriel resolveu abrir a boca.
— Está com frio, amor? Quer que busque um cobertor?
Eu nem tive tempo de processar o desgosto que senti por ouvi-lo chamá-la assim, porque naquele exato momento…
Algo se moveu debaixo da minha mão.
Minha respiração falhou.
— Fala de novo! — Ordenei sem pensar.
— O quê? — Gabriel franziu a testa.
Meu coração bateu forte.
O bebê se mexeu de novo.
— Isso… Isso acontece sempre?
— O quê? — Aurora deu de ombros, tão confusa quanto ele.
— O bebê, ele sempre se mexer assim?
— Ah, isso? — Ela sorriu de leve. — Ele só se mexe quando ouve a voz do Gabriel.
— O que você disse?
— O bebê gosta da voz de Gabriel.
Minha garganta secou, meu estômago revirou e um calor infernal de raiva subiu pelo meu corpo.
Meu filho… reagia à voz dele?
O meu filho.
Minha mão apertou o tecido da calça.
Aurora deixou esse homem fazer parte da vida do meu bebê enquanto me manteve longe?
— Você me deixou fora de tudo isso… enquanto ele… — minha voz saiu trêmula, estava tentando me manter calmo.
— Você fez suas escolhas, Harry, agora lide com elas.
— Eu nunca fiz essa escolha, Aurora! — Meu sangue ferveu.
— Fez quando mentiu para mim, quando, em todas as oportunidades, resolveu me magoar.
Se eu não estivesse tão desnorteado e confuso, eu teria revidado, mas engoli a dor, abaixei a cabeça e toquei sua barriga novamente.
— Oi, pequenino�� ou pequenina… — minha voz falhou quando um nó se formava na minha garganta. — Eu sou o seu papai, sabia? Eu te amo muito, mesmo que agora você não reconheça minha voz, eu vou fazer de tudo para que não se esqueça de mim.
— Ok, já chega. — A dor explodiu em meu peito quando ela afastou minha mão. — Acho que já está na hora de você ir.
— Mas eu mal cheguei, ainda não deu meia hora. — Olhei para ela, confuso.
— Mas eu não quero mais você aqui.
— Aurora… — supliquei, esperando que, no fundo, ainda houvesse compaixão por mim.
Ela se levantou.
— Vai embora.
— Não faça isso… 
— Já disse que seria do meu jeito, se não obedecer, eu vou voltar atrás no que disse, então vá embora.
— Tudo bem, tudo bem, mas... Eu posso pedir uma coisa?
— O quê?
— Eu posso ir à sua próxima consulta de pré-natal?
— Por quê?
— Porque eu me importo, porque, mesmo que você me odeie, eu ainda sou o pai desse bebê, eu quero estar perto dele, ouvir seu coraçãozinho, porque eu preciso saber que vocês estão bem.
Aurora ficou em silêncio por um longo momento.
— Você vai comigo, não vai? — Virou para Gabriel.
— Claro, meu amor — respondeu ele, sem hesitação.
Merda, ela ia usar ele como punição agora?
— Tudo bem, eu tenho uma consulta na próxima terça-feira, se não estiver ocupado com mais uma amante, pode ir.
— Obrigado. — Nem me dei ao trabalho de responder à provocação.
Eu veria meu filho de novo.
E estava feliz demais para sentir qualquer outra coisa.
Aurora
Eu estava esperando por isso, ver Harry desconfortável era uma pequena satisfação que eu me permitia sentir.
Ele estava ali, parado na entrada do meu prédio, olhando para Gabriel como se o simples fato de ele existir fosse um insulto.
— Achei que iríamos cada um no seu carro — murmurou Harry, cruzando os braços.
— Se quer tanto ver esse bebê, já disse que vai ser do seu jeito. — Revirei os olhos. — Afinal, não tem necessidade.
Gabriel sorriu de leve ao meu lado, colocando a mão na minha cintura e me guiando até o banco do carona. Durante todo o trajeto até o hospital, senti os olhos de Harry queimando minha nuca.
Assim que entramos, ele parecia inquieto, os olhos sempre vagando pelo ambiente.
— O que foi?
— Nada.— Ele desviou o olhar.
Mentira.
Observei que ele parecia querer evitar ser visto comigo, mas isso não era algo em que eu pudesse me prender agora. No fim das contas, foi ele quem pediu para vir, eu nem sequer o queria aqui.
— Senhorita O’Connor? — A enfermeira chamou. — O doutor está à sua espera.
O clima já estava desconfortável o suficiente sem os olhos do Dr. Payne fixos em nós três assim que entramos.
— Hoje temos muitos espectadores, então? — O médico ergueu as sobrancelhas, alternando o olhar entre mim e os dois homens ao meu lado.
— Bem, Gabriel, você já conhece e esse é o pai biológico. — Disse sem muito entusiasmo. — Harry.
— Ora, Sr. Styles? — Olhou surpreso.  — Não faz tempo que nos vimos, não é?  Como está?
Eles já se conhecem?
Como?
— Bem. — Harry respondeu seco, completamente desconfortável.
Oh! Será que era o médico da Violeta?
Então, era por isso que ele não queria ser visto comigo?
— Certo, certo, então hoje o bebê estará feliz vendo os dois pais.
— Só existe um pai nesta sala. — Harry cruzou os braços, o maxilar travando.
— Oh! Desculpe. — Payne ergueu as mãos em rendição.
— Podemos começar? — Murmurei, impaciente.
— Pode deitar. — instruiu o médico, preparando o ultrassom.
Gabriel segurou minha mão e Harry permaneceu imóvel, apenas olhando.
Quando o gel gelado tocou minha pele, me arrepiei. A tela ao lado piscou, mostrando os primeiros contornos do bebê.
Então, o som encheu a sala.
Tum-tum.
Tum-tum.
Tum-tum.
O coração do meu bebê.
Eu já tinha ouvido antes, mas Harry, não.
E quando olhei para ele...
Vi o momento exato em que aquilo mexeu com ele.
Seus olhos estavam presos na tela, como se estivesse vendo algo que não esperava sentir tão intensamente, havia lágrimas nos olhos dele, ele limpou rápido, como se quisesse esconder.
Por um instante, esqueci que queria magoá-lo.
Por um instante, quis proteger aquela expressão no rosto dele.
Me forcei a olhar para Gabriel, segurando sua mão ainda mais forte.
Eu sabia que Harry queria estar no lugar dele.
E eu queria que ele soubesse que nunca estaria.
— Gabriel, quer falar um pouco para vermos esse bebezinho se mexendo? — perguntou o médico.
Me recusei a olhar para Harry porque já sabia o que encontraria ali.
— Ei, pequenino, tá aguentando aí? — Gabriel brincou.
E então aconteceu.
O bebê se mexeu.
Gabriel riu, maravilhado.
E eu senti a dor de Harry sem nem precisar olhar para ele.
Aquele era seu filho.
Seu.
Mas ali estava ele, assistindo outro homem ocupar o espaço que deveria ser dele.
Ele merecia isso.
Merecia sentir na pele tudo o que me fez sentir.
E ainda assim…
Ainda assim, uma parte de mim se odiava por ver ele assim.
Porque, por mais que eu tentasse negar, aquele era o pai do meu filho.
E nada poderia mudar isso.
Mas eu não podia sentir pena dele, não agora.
Porque ele nunca sentiu de mim.
— Está tudo bem com ele, doutor? — Harry perguntou, tentando recuperar a compostura.
— Sim, tudo perfeito — respondeu Payne.
— Então ele é saudável?
— Muito forte, felizmente nada aconteceu com ele no acidente.
— Ainda continua sem querer saber o sexo, Aurora? — perguntou o médico.
— Sim.
Harry me olhou.
Eu sabia que ele queria saber, mas não teria esse direito.
— Como quiser — disse Payne. — Terminamos por aqui.
— Espere... — Harry interrompeu. — Você se importaria de me dar uma foto do ultrassom?
Payne olhou para mim, depois para Gabriel.
— Se Aurora autorizar...
— Por favor. — Harry me encarou.
— Tudo bem.— Suspirei.
— Ok, vou providenciar.
Eu limpei o gel da barriga, Gabriel me ajudou a descer da maca, sua mão pousando instintivamente na minha cintura.
— Vamos?
— Claro.
— Aurora… Podemos conversar? A sós? — Harry pediu com a cabeça baixa.
— Pode me dar um minuto? — falei para Gabriel, que hesitou antes de assentir e sair.
— O que foi?
Eu não podia ser boazinha com ele.
Eu não podia deixar ele se aproximar.
— Não faça isso. — Ele apertou o maxilar, os olhos fixos em mim.
— O quê?
Ele deu um passo à frente, meu corpo quis recuar, mas me obriguei a ficar parada.
— Fingir ser algo que você não é. — Seus olhos percorreram meu rosto. — Você não é cruel, Aurora. Você é doce.
— Você não me conhece. — Mordi o interior da bochecha até sentir a dor.
— Eu conheço. — Ele ergueu a mão, então afastou uma mecha do meu cabelo do rosto.
— Não, você conheceu quem eu era antes de você ferrar com tudo. — Afastei sua mão imediatamente. — Agora diga logo o que você quer.
— Eu só queria agradecer, por ter me deixado ver o bebê hoje, por não ter me tirado isso.
— Tá.
— Eu também precisava dizer, eu vou precisar viajar nos próximos dias. — Confessou com a voz baixa.— Não vou poder ver o bebê.
— Então...? — Ergui uma sobrancelha.
— Eu queria que você me desbloqueasse e me mandasse notícias, por favor.
— Notícias do quê?
— Qualquer coisa, se ele mexer, se você não estiver bem, se precisar de algo, você pode me ligar a qualquer hora.
— Para quê? Eu não vejo necessidade disso.
— Por favor, aurora.— os olhos dele me imploravam.
Eu não queria isso.
Não queria ele tão perto, não queria ele pedindo coisas que eu não sabia lidar.
Mas eu disse que, se ele seguisse minhas regras, poderia saber sobre o bebê, talvez eu devesse ter pensado melhor antes de aceitar isso.
— Tá.
— E se precisar comprar alguma coisa para o bebê, não hesite em mandar mensagem.
— Eu não preciso do seu dinheiro e já disse que não vou ficar com ele.
— Aurora. — Suspirou fundo. — Tudo bem, só quero que saiba que estou aqui.
— Você já terminou? — perguntei, impaciente. — Vamos. — E então, antes que eu pudesse me afastar, senti o toque no meu pulso.
— Eu... eu posso confessar uma coisa? — Eu só o encarei. — Você está tão bonita, Aurora, não pensava que você poderia ficar ainda mais linda, mas agora carregando meu filho...— Ele disse cada palavra sem pressa, como se estivesse guardado aquilo desde o momento que me viu grávida.
Eu senti meu coração disparar, mas me forcei a manter a frieza, eu não iria ceder.
— Não fique me dizendo essas coisas, você não pode agir assim comigo.
Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo e não ia cair mais nessa armadilha.
— Eu só... Eu só não podia ir sem falar isso.
— Da próxima não fale.
Eu não queria isso.
Não queria mais nenhuma gentileza, nenhuma demonstração dele.
— Eu só queria te elogiar, não precisa agir assim.
— Harry, eu vou deixar bem claro, não se engane achando que só porque eu deixei você perto de mim significa algo, isso não tem nada a ver com você, é só pelo bebê, se fosse por mim, nunca mais olharíamos nos olhos um do outro.
— Eu não posso ser mais amigável com você agora? — Jogou as mãos para o alto. — Por que não podemos pelo menos tentar ser amigos?
— Isso não é sobre nós, então não fale coisas assim de novo, Harry, entendeu? — Eu fechei os olhos, tentando afastar qualquer sentimento que estivesse se infiltrando em mim.
— Ok. — disse finalmente derrotado e abrindo a porta. — Não precisa me levar, eu vou embora sozinho.
— Sem problemas.
E eu fiquei ali, sozinha, sentindo meu coração bater mais forte a cada segundo.
Era mais fácil odiá-lo quando ele não estava por perto.
Mas agora... agora...
O que ele estava fazendo comigo?
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