Note
Oi vidinha tudo bem??
Gostaria de um concept com os números 12 e 16 🥰❤️
frases: Então você não se importaria se eu ficasse com ele certo? /Eu desafio você a me dizer algo verdadeiro pelo menos uma vez.
NotaAutora: desculpe pela demora amore espero que goste 💗
Masterlist
Harry Concept #30
Você acordou com os primeiros raios de sol invadindo o quarto de Harry, ele ainda dormia profundamente ao seu lado, era quase impossível olhar para ele e não sentir algo se agitar dentro de você.
Vocês tinham uma relação complicada, um jogo constante de provocações que, de alguma forma, sempre acabava com você na cama dele tarde da noite e por mais que ambos fingissem que era apenas casual, lá, no fundo, havia algo que vocês teimavam em ignorar.
Com um suspiro, você pegou suas coisas e cruzou a porta, mais uma vez deixando-o para trás, no corredor, enquanto vasculhava sua bolsa para pegar as chaves do apartamento, elas escorregaram dos seus dedos e caíram no chão, quando você se abaixou para pegá-las, uma voz desconhecida soou atrás de você.
— Oi!
Você ergueu o olhar e encontrou um homem alto, com um sorriso simpático, ele segurava uma pequena caixa nas mãos com a palavra "cozinha" escrita nela.
— Oi, estranho. — Você respondeu, ligeiramente desconfiada.
— Eu sou o Pedro, acabei de me mudar para cá, desculpe incomodar.
— Seja bem-vindo, eu sou a S/n.
— Muito prazer, você sabe o que aconteceu com o elevador? Estou tentando fazer minha mudança, mas subir três lances de escada está complicado.
— Ah, esse elevador está quebrado desde que comecei a morar aqui, já reclamei, mas nunca arrumam, sinto muito.
— Tudo bem. — Pedro riu de leve, suspirando pelo cansaço. — Obrigado mesmo assim, é bom saber que vou ter vizinhos agradáveis.
— Nem todos são como eu, mas obrigada. — Sorriu gentilmente. — De onde você veio?
— De uma cidade pequena no Canadá, mas decidi tentar a sorte por aqui em New York e você? Mora aqui há muito tempo?
— Já faz alguns anos, é uma boa vizinhança, se você ignorar alguns tipos de lugares.
— Bom saber, adoraria algumas recomendações.
— Claro, tem muitos lugares legais por aqui, eu posso te indicar alguns.
— Eu sei que acabei de te conhecer, mas me culparia o dia todo se não perguntasse... Quer tomar um café um dia desses?
Antes que você pudesse responder, ouviu a porta do apartamento de Harry se abrir, ele apareceu no corredor, descalço e com o cabelo ainda bagunçado, seu olhar cruzou com o de Pedro e depois voltou para você.
— Bom dia. — ele murmurou, a voz rouca de sono. — Vizinho novo?
— Sim, sou Pedro. — Pedro sorriu.
— Harry. — Ele respondeu seco, sem entusiasmo.
Por alguns segundos, o silêncio ficou constrangedor, até Pedro pegar o celular do bolso e estender para você.
— Me passa seu número, assim podemos marcar.
— Claro. — Você hesitou, sentindo os olhos de Harry queimarem em você.
— Nos falamos então. — Pedro cantarolou antes de seguir para as escadas.
Assim que ele desapareceu, Harry aproximou-se da sua porta.
— Você mal saiu da minha cama e já está flertando com outro cara, rápida, hein?
— Eu não estava flertando.
— Estava, sim, eu te conheço. — Ele balançou a cabeça, a risada amargurada ainda nos lábios. — E aquele cara realmente te chamou para sair? Que patético...
— Patético? — Você cruzou os braços, encarando-o.
— É! Ele nem faz o seu tipo.
— E o que exatamente é meu tipo, Harry? — Sua voz estava carregada de ironia.
— Não aquele cara. — Ele revirou os olhos, bufando.
— Eu achei ele fofo.
— Você está brincando, né?
— Está muito interessado... Ficou com ciúmes, Harry? — Você o provocou, sentindo o próprio coração acelerar.
— Óbvio que não. — Riu. — Eu não sinto nada por você além do nosso combinado.
Essas palavras atingiram você como um soco no estômago, você tentou disfarçar o aperto no peito, com um sorriso.
— Então, você não se importaria se eu ficasse com ele, certo?
— Faz o que quiser. — Seu maxilar travou, apesar do tom calmo.
— Ótimo! Tenha um bom dia, Harry. — Você forçou um sorriso.
Com um movimento brusco, você abriu a porta do seu apartamento e a fechou com força, tentando sufocar as lágrimas que ameaçavam cair, por mais que odiasse admitir, aquelas palavras dele haviam machucado você e a pior parte era saber que, mesmo se quisesse, você não conseguiria simplesmente ignorá-lo.
...
Você estava colocando os brincos, observando seu reflexo no espelho, estava se preparando para o encontro com Pedro, mesmo ainda tendo sentimentos por Harry sabia que com ele nada tinha futuro, então porque não tentar com outra pessoa?
As batidas na porta de deram um susto, por um momento pensou que fosse Pedro chegando cedo, mas ao abrir, deu de cara com Harry, ele parou ali, encostado no batente, quando a porta se fechou, te observando.
— Você realmente vai fazer isso?
— Fazer o quê, exatamente? — Tentava não dar bola para ele, finalizando seu batom.
— Sair com ele. — ele disse, como se fosse óbvio.
— Sim, Harry, é exatamente o que eu estou prestes a fazer.
— Você se arrumou mesmo, hein? Tudo isso para o Pedro? Interessante... porque para mim, nunca fez tanto esforço. — Harry arqueou uma sobrancelha.
— Talvez porque você nunca me chamou para um encontro.
— Não sabia que precisava de formalidades com você. — Ele deu de ombros.
— Pois é, Harry, às vezes, as pessoas gostam de se sentir desejadas.
— Bom, espero que ele aprecie seu esforço. — Ele soltou uma risada curta.
— Com certeza ele vai! — Você suspirou, já cansada daquela conversa. — Agora, se me der licença, tenho um encontro para ir. — Apontou para a saída e ele foi sem hesitar.
Pedro havia escolhido um restaurante que você sugeriu, algo simples e aconchegante para um primeiro encontro, ele foi perfeito em cada detalhe: abriu a porta do carro para você, puxou sua cadeira no restaurante e garantiu que você estivesse confortável o tempo todo.
Durante o jantar, ele mostrou um interesse genuíno em seus gostos e histórias, contou sobre sua cidade natal com entusiasmo e fez você rir, por mais que ele fosse encantador, sua mente teimava em divagar, você se pegava imaginando como seria se estivesse jantando com Harry e esse pensamento era irritante.
Depois do jantar, ele a acompanhou enquanto caminhavam pelo corredor até seu apartamento, ele hesitou por um momento, parando em frente à sua porta.
— Foi uma noite incrível, espero que possamos fazer isso de novo.
— Também gostei, obrigada por hoje.
Ele se inclinou para beijá-la, assim que os lábios dele tocaram os seus, ficou claro que algo estava errado, não havia faísca, não havia aquele arrepio que você odiava admitir que sentia com Harry.
— Boa noite. — Sorriu, decepcionada por não sentir nada.
— Boa noite, durma bem.
Ele entrou em seu apartamento e você suspirou aliviada por estar sozinha, mas antes de conseguir destrancar a porta, ouviu a inconfundível voz de Harry.
— Então, como foi o encontro? — Ele estava encostado na porta do próprio apartamento, como se tivesse esperado por você a noite toda.
Você fechou os olhos por um instante antes de se virar.
— Nossa, você não tem mais o que fazer, não? Estava espionando?
— Não, mas as paredes são finas e a voz do Pedro é irritantemente clara, então, como foi?
— Foi ótimo. — Sua resposta saiu apressada e você viu o sorriso surgir no rosto dele.
— Ótimo? Tem certeza? — Ele riu baixo, cruzando os braços. — Não passa nem das 22h.
— Bem, ele não é como você, que só lembra de mim depois da uma da manhã.
— Pelo menos, nossas noites sempre terminam bem... Você sabe, divertidas. — Deu aquele sorriso malicioso.
— Qual o problema, Harry?
— Problema nenhum, só parece que você está se esforçando demais para me convencer de que foi incrível.
— Você está sendo ridículo.
— Ridículo? Ou apenas honesto? Você saiu com ele só para tentar me provocar, admita.
— Eu saí porque quis, Harry, não porque tudo na minha vida gira em torno de você.— Sua voz tremia, a frustração quase te engasgando.
— Ah, não? Então, por que está tão irritada agora?
— Porque eu estou cansada desses joguinhos, Harry, boa noite. — Sem esperar por uma resposta, entrou no apartamento e fechou a porta.
...
Você vem evitando Harry pelos últimos dias, depois de tudo o que aconteceu, parecia a única coisa sensata a fazer, o problema era que evitar Harry parecia impossível, ele estava em todo lugar, cruzando seu caminho como se fizesse de propósito e mesmo quando não estava por perto fisicamente, ele estava na sua mente, dominando cada pensamento.
Era sábado à noite, o dia que vocês costumavam passar juntos, mas desta vez, apenas o som de um seriado qualquer que você colocou preenchia o vazio, o som da porta interrompeu o silêncio do apartamento, seu coração apertou imediatamente, porque você sabia quem era antes mesmo de levantar e abrir.
— Oi, posso entrar?— Ele tinha um pequeno sorriso nos lábios.
— Oi... — Deu espaço para ele.
— Você não foi para meu apartamento hoje, por quê? — Suas mãos deslizaram pelos cabelos sem jeito. — Você ainda está irritada comigo por causa daquele encontro?
— Não é sobre o encontro, Harry. — Revirou os olhos.
Ele realmente não percebia?
— Então, o que é? — Ele se aproximou, seus dedos automaticamente prenderam uma mexa do seu cabelo atrás da orelha.— Me diz, vai.
Você se afastou dele, porque estar tão perto era perigoso.
— É sobre você! — As palavras saíram como uma confissão amarga. — O que nós temos... não está mais funcionando.
— Não está mais funcionando? — Levantou as sobrancelhas. — É por causa do Pedro? Você gosta dele?
— Não, seu idiota! É porque eu tenho sentimentos por você! — Sua voz ecoou pelo apartamento. — E você age como se nada disso importasse.
Harry recuou, seus olhos piscando algumas vezes e você se arrependeu por dizer aquilo.
— O que você quer de mim, S/n?
— Eu quero que você seja honesto. — Sua voz tremia.
— Eu desafio você a me dizer algo verdadeiro pelo menos uma vez.
— Eu não sei... — Harry não conseguia olhar para você.
— Eu acabei de dizer que sinto por você e é só isso que você tem a dizer? — Você avançou erguendo o queixo dele com indicador. — Por favor, diga alguma coisa.
— Eu me importo, é isso que você quer ouvir? — Harry segurou sua mão entre as dele. — Que eu me importo tanto que passo dias me remoendo por coisas que nunca tive coragem de dizer? Que eu fico pensando em você mais do que deveria, mais do que é saudável? Eu não sei o que fazer com isso S/n, eu não sei como lidar e é por isso que fico jogando esses 'joguinhos' que você tanto odeia, porque admitir que também tenho sentimentos é complicado demais. — Você sentiu o coração acelerar, ele estava ali, de pé, dizendo exatamente o que você sempre quis ouvir. — Eu sei que isso tudo é culpa minha, estabeleci essas regras idiotas porque achei que seria mais fácil, mas não é, não quando se trata de você.
Você ficou em silêncio por um momento, tentando entender o que acabara de ouvir.
— Você... Você também gosta de mim?
— Gosto? — Ele soltou uma risada. — Estou louco por você.
— E agora, o que acontece?
A mão dele subiu até o seu rosto, os dedos roçando de leve sua pele, um sorriso malicioso surgiu em seus lábios antes de se inclinar devagar e os lábios tocarem os seus.
— Sem mais joguinhos. — Se afastou, apenas o suficiente para encostar a testa na sua.
— É uma ótima ideia.
Obrigada por ler até aqui, se você gostou sinta-se a vontade para dar um feedback através de um comentário ❤️
#one direction#senhora styles#1d imagines#imagineshot onedirection#cah#imagines one direction#harry#harry styles#imagine harry styles#concepts#harry styles concept#harry styles fanfiction#harry styles girlfriend#harry styles series#harry styles smut#harry styles soft#harry styles sad#harry styles details#harry styles dirty fanfiction#harry styles dirty imagine#harry styles dirty one shot#harry styles imagine#harry styles imagines#harry styles writing
13 notes
·
View notes
Text
Nosso Gabriel 😍😍😍
highlights from tay’s highlights 😩❤️🩹
25 notes
·
View notes
Text
Amanhã vai ter coisinha por aqui 💗 tava com sdds de escrever além da fic kkkk
3 notes
·
View notes
Text
Yes Sir! — Capítulo 34
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá somente o ponto de vista de Aurora, desta vez.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Aurora
Depois de um dia exaustivo na faculdade tentando decifrar um artigo sobre Direito Constitucional, mal tinha forças para erguer os pés até o sofá.
Meus dias têm sido mais suportáveis agora, no começo eu sentia mais a falta de Harry, às vezes esperava que ele aparecesse ou mandasse uma mensagem, eu me perguntava se ele realmente acreditou em mim, se finalmente entendeu que foi o fim, agora seu silêncio era a confirmação que tanto temia, mas tudo bem eu iria superar. Talvez a ideia de que acabou realmente entre mim e Harry esteja finalmente impregnando em minha mente, um tipo de aceitação dolorosa que me fazia seguir em frente, mas ainda assim, quando eu permitia que meus pensamentos vagassem, ele estava lá.
Sempre estava.
O vazio da ausência dele ainda me perseguia, mas não doía tanto quanto antes ou talvez eu só estivesse ficando boa em fingir.
A campainha tocou, me tirando de meus pensamentos, mas eu já sabia quem era, levantei-me devagar, passos arrastados, e abri a porta.
— Pensei que você fosse para casa hoje, está tarde.
Gabriel vinha passando muito tempo no meu apartamento desde que descobriu sobre a gravidez, ele era realmente oposto de Harry em todos os sentidos.
Paciente.
Presente.
Insistente.
— Só passei para ver como vocês estão. — Ele ergueu uma sacola, com um sorriso satisfeito. — E trouxe comida.
Ainda não havia me acostumei com o termo "vocês." Talvez nunca fosse.
— Gabriel, você não precisava...
— Aurora, você diz isso toda vez e toda vez eu ignoro. — Retrucou enquanto entrava no apartamento como se já morasse ali.
Suspirei, fechando a porta enquanto ele seguiu para a cozinha.
— O que tem aí? — perguntei, apontando para a sacola que ele esvaziava na bancada.
— Massas integrais, molho que minha avó me ensinou a fazer e vitaminas.
— Vitaminas? — Cruzei os braços, desconfiada.
— Meu tio recebeu algumas amostras no hospital, achei que poderia te interessar.
— Você mente muito mal, sabia? Você comprou isso?
— Sim, mas minhas intenções são ótimas e você precisa delas.— Ele piscou, sorrindo como se fosse impossível ficar irritada com ele. — Agora, volte a descansar, ver TV ou ler um livro, enquanto eu faço o jantar.
— Gabriel, eu consigo cozinhar, sabia?
— Você já jantou batatas fritas esta semana, Aurora, duas vezes. — Ele ergueu uma colher como se estivesse me acusando de um crime. — Agora deixa que eu cuido disso.
— Você está sendo muito mandão.
— E você, muito teimosa. — Ele abriu um sorriso.
— Você está cansado, não precisa fazer isso.
— Quem disse? — Ele começou a guardar alguns ingredientes. — Eu estou bem.
— Gabriel, você trabalhou o dia inteiro.
— Aurora, deixa eu cuidar de você.
Eu queria protestar novamente, mas minha exaustão venceu, joguei-me no sofá, abraçando um travesseiro, ouvi panelas e o aroma do alho refogado no azeite começou a preencher o ar.
Gabriel era gentil, atencioso, mas eu não podia me apegar a ele.
Não podia me apegar a ninguém.
Não depois de Harry.
Depois de 40 minutos, ele finalmente colocou dois pratos na mesa, sorrindo.
— Prontinho, um jantar digno de uma futura mãe e um aspirante a chef se nada der certo em direito.
— Você é ridículo. — Peguei o garfo, mas não consegui evitar sorrir.
Ele se sentou em minha frente, me encarando e começamos a comer, o prato estava delicioso, muito melhor do que qualquer coisa que eu teria preparado sozinha.
— Está bom?
— Está aceitável.
— Aceitável? — Ele fingiu estar ofendido. — Isso é o melhor elogio que você consegue dar?
Ri, jogando a cabeça para trás e ele ficou quieto por um segundo, olhando para mim com uma expressão que eu não consegui decifrar.
— O que foi?
— Nada, é só bom te ver rindo.
Desviei os olhos, mexendo no meu prato, era realmente bom rir de novo.
— Você está sendo muito fofo, pare.
— Vou voltar a ser mandão, você realmente devia comer mais frutas. — Revirei os olhos para ele. — Estou falando sério, Aurora, você precisa de nutrientes, especialmente agora pelo bebê.
Respirei fundo, forçando um sorriso, não queria parecer chata, mas a preocupação dele me parecia um pouco demais, como se ele achasse que eu fosse incapaz de cuidar de mim mesma ou desse bebê.
— E você virou nutricionista agora?
— Não, mas pesquisei algumas coisas, sabe o que descobri hoje? Nessa fase da gravidez, o bebê já consegue ouvir coisas agora, seria bom conversar com ele ou ela.
Minha mão parou no meio do caminho ao levar o garfo à boca, estava me sentindo desconfortável mais uma vez.
— Isso.
— O quê?
— Isso — repeti, apontando para a barriga. — É assim que eu chamo, não quero dar nome, gênero, nada.
Ele me olhou, sério, mas não disse nada por um momento, talvez eu tenha ido um pouco longe demais, porém eu não gostava de como essa gravidez era tão natural para ele.
— Tudo bem, só não se esqueça de que "isso" é um pequeno ser humano.
— Como se desse para esquecer.
— Então... Já fez os planos do fim de semana? — Ele tentou tirar a tensão estranha que estava no ar.
— Ainda não, por quê?
— Vou jantar na casa do meu tio e estava pensando, você gostaria de ir comigo?
— Jantar com seu tio? Não sei se é uma boa ideia, essa coisa de conhecer a família é meio sério, não acha?
— Meu tio é de boa, Aurora e também ele já te viu no hospital aquele dia, não é como se você fosse conhecer meus pais.
— Ainda assim, é a sua família.
— Tá, mas eu já conheci a sua mãe e sua irmã.
— Não é a mesma coisa, Gabriel. — Revirei os olhos, mas não consegui conter um sorriso. — Naquela época, nem eu te conhecia.
— Eu sei, mas eu realmente gostaria que você fosse. — Ele fez um biquinho estupidamente fofo.
Desviei o olhar porque era quase impossível não ceder aquele biquinho.
— Vou pensar, tá?
— Eba!— Ele sorriu.
— Isso não é um sim.
— Eu sei, mas já estou feliz só por isso.
Depois de terminarmos de comer, fomos para o sofá assistir Gabriel estava visivelmente exausto, mas insistia em ficar.
— Você deveria ir para casa. — Sussurrei, vendo seus olhos sonolentos.
— Estou bem aqui. — Deu um sorrisinho de lado.
— Gabriel...
— Shhh, só me deixa ficar mais um pouquinho. — Colocou o dedo indicador sobre meus lábios.
Ele se aproximou mais, aninhando-se ao meu lado, senti seu calor enquanto ele se ajustava, repousando a cabeça no meu ombro, por um momento, fechei os olhos, eu também estava cansada, então sua mão escorregou suavemente até a minha barriga, seus dedos acariciando de leve, como se quisesse sentir mais perto o bebê que estava ali.
Foi instintivo, meu corpo travou imediatamente e me afastei como se tivesse levado um choque.
— O que você está fazendo?
— Desculpa, eu só...
— Não faça isso. — Não deixei que ele terminasse.
— Desculpe.
— Só não faça isso de novo.
— Não vou, desculpa mesmo.
— Tudo bem.
— Acho melhor eu ir.
— Também acho.
Senti um peso de culpa ao vê-lo ir embora daquele jeito, mas, no fundo, eu sabia que ele estava, aos poucos, tentando derrubar o muro que eu mesma tinha construído entre mim e esse bebê.
Eu não queria isso.
Gabriel ainda não sabia que eu não ficaria com o bebê, então por que permitir que algum tipo de amor surgisse por ele, se em poucos meses ele também não estaria mais aqui?
...
Quando chegamos à casa de Bryan, um leve nervosismo crescia no meu peito, conhecer a família de alguém parecia algo sério demais para mim, mesmo com Gabriel insistindo que era só um jantar, nada, além disso.
Ainda assim, eu estava apavorada.
A verdade era que eu só havia aceitado vir porque me sentia mal por como agi naquela noite, talvez essa fosse minha forma de compensar aquilo.
Será que seu tio iria gostar de mim?
Eu era boa o suficiente para seu sobrinho?
— Tudo bem? — Gabriel perguntou, enquanto segurava minha mão.
— Sim. — Minha voz vacilou.
— Não se preocupe, ele vai gostar de você e você vai gostar do meu tio, ele é incrível. — Apertou a campainha da enorme porta de madeira. — Quando eu era pequeno, ele era tipo um herói para mim.
— Vocês chegaram! — Bryan deu espaço para entrarmos. — Sejam bem vindos.
Eu não havia reparado tão bem em Bryan naquele dia no hospital, mas agora, olhando ele assim, ele era alto, com um corpo forte e bem definido.
Esse homem vivia na academia?
Sua camisa social estava casualmente arregaçada até os cotovelos, dando uma bela visão de suas veias saltadas. Bryan realmente era muito bonito, aquele tipo impossível de ignorar, mas era tio do Gabriel, então eu com certeza não deveria ter olhado tanto para ele.
— Obrigado. — Dei um sorriso, tentando não olhar em seus olhos.
— Espero que estejam prontos para ajudar, o jantar ainda não saiu e preciso de uma mão extra.
— Claro. — Gabriel sorriu, animado.
Seguimos para a cozinha, era daquelas que parecia ter saído do catálogo de revisitas de arquitetura, tinha uma ilha enorme no meio, onde Bryan já havia começado a preparar o jantar, os ingredientes estavam dispostos sobre a bancada, o cheiro de temperos frescos preenchia o ar, Gabriel parecia realmente animado por estar ali, como se aquilo fosse um ritual familiar entre eles, eu já me sentia um pouco deslocada de tudo isso, minha família nunca foi daquelas que cozinhavam e riam juntas.
— Então, no que posso ajudar? — Questionei timidamente.
Queria parecer útil.
— Tem um molho na panela, se puder mexer para mim? — Bryan respondeu, lançando um olhar rápido para mim antes de voltar para Gabriel.
— Claro.
Fui até o fogão pegando a colher de pau, começando a mexer o molho na panela, enquanto minha mente tenta se acalmar e aproveitar o momento.
— Aurora, você precisa ouvir essa história, você não faz ideia de quem é meu tio Bryan. — Gabriel riu, me fazendo virar para ele.
— Ah, não ouça muito o Gabriel, ele exagera. — Bryan pegava alguns pratos no armário de cima, sua blusa subiu um pouco.
Belo abdômen.
Droga de hormônios.
— Exagero, nada! — Gabriel protestou, inclinando-se para frente na ilha. — Aurora, você sabia que meu tio foi o motivo de um divórcio no dia de um casamento uma vez?
— O quê?
— Não escute isso...— Bryan coçou a cabeça, mas dava para ver que ele estava adorando a atenção.
— Meu tio foi a um casamento como acompanhante da amiga da noiva, uma mulher que ele acabou ficando, só que na festa, ele acabou conhecendo a noiva. — Gabriel parecia tão animado como se fosse a melhor história do mundo.
— A noiva? — Arquei as sobrancelhas parando por um momento de mexer o molho.
— Exatamente! Ele disse que dava para ver de longe que ela estava infeliz e o que o Bryan fez? Ele começou a conversar com ela, só para "animar a festa", né, tio?
— Eu só fui educado, ela parecia tão triste.— Bryan retrucou, levantando as mãos como se fosse inocente.
— Educado? — Gabriel gargalhou. — Você acabou convencendo ela de que aquele casamento era um erro!
— Não foi bem assim.
— Foi exatamente assim! No no final da festa, ela largou o noivo e foi embora com você!
— Ela foi embora com você? — Eu tive que ter certeza que ouvi certo.
— Bem, sim, mas só porque ela já sabia que não queria aquilo, mas pela pressão dos pais ela acabou se casando.
— Então você foi ao casamento e acabou convencendo a noiva a ir embora? Isso é realmente uma história interessante. — Comentei rindo.
— Como eu disse, meu tio é o cara.
— Você exagera garoto, não é nada demais.
— Eu só falo a verdade, se você soubesse de todas as histórias, teve outra vez, em Ibiza...
— Ah, Ibiza não. — Bryan interrompeu colocando a mão na boca de Gabriel.
Bryan realmente parecia um homem que estava acostumado a ter o que quer, sem se preocupar muito com as consequências, mas ainda assim Gabriel o via como um herói.
Eu voltei a mexer o molho, rindo da pequena história embaraçosa como se realmente fosse algo admirável para se orgulhar, quando senti um calor nas minhas costas.
— Mexa o molho devagar, Aurora — Bryan praticamente sussurrou em meu ouvido.
Eu quase derrubei a colher, pude ouvir o riso dele, antes dele colocar a mão sobre a minha, guiando o movimento como se fosse a coisa mais natural do mundo, meu coração disparou, eu não sabia como reagir então só forcei um sorriso.
— Assim está bom?
— Sim.
Eu suspirei fundo e tentei ignorar o que acabou de acontecer.
O que acabou de acontecer?
Quando terminei de mexer o molho, me virei para Gabriel com uma colher.
— Experimenta para mim? — pedi, mas Bryan foi mais rápido ao se inclinar e provar o molho, sorrindo satisfeito.
— Está ótimo! Pode cortar alguns legumes? — Seus olhos fixaram-se nos meus.
Pensei em recusar, afinal Gabriel só estava mexendo no balde de saladas, mas aquele olhar era intimidador.
— Tudo bem. — Eu não sabia como reagir a tudo aquilo.
Era coisa da minha cabeça?
Só podia ser, Gabriel também perceberia as ações estranhas do seu tio, né?
Eles continuaram conversando sobre futebol e outras histórias engraçadas sobre Gabriel, eu me foquei a cortar os legumes, mas Bryan parecia realmente interessado em tudo o que eu fazia, ele se aproximou do balcão onde eu estava cortando, observando-me.
— Assim, Aurora, precisa ser mais uniforme. — Seu peitoral tocou minhas costas ele estendeu a mão e colocou-a sobre a minha pela segunda vez essa noite, agora a que segurava a faca, fazendo o movimento mais devagar. — Perfeito. — A pressão dos dedos de Bryan sobre os meus me fez perder a concentração por um momento, senti um arrepio percorrendo minha espinha.
Eu não estava imaginando coisas, ou estava?
Com um sorriso forçado, voltei minha atenção para Gabriel, que simplesmente parecia achar a coisa mais normal do mundo, seu tio agindo daquele jeito.
Será que Bryan dava em cima de todas as namoradas de Gabriel?
Eu estava começando a ficar nervosa, meus dedos tremiam enquanto segurava a faca com força para que cada pedacinho daquela cenoura ficasse igualmente cortada, foi nesse momento que a lâmina escorregou e um corte apareceu na minha pele.
— Aí! Droga! — Soltei um gemido de dor, puxando a mão para longe da comida enquanto o sangue começava a escorrer.
— O que aconteceu? — Gabriel perguntou, arregalando os olhos.
— Cortei minha mão. — Choraminguei.
Gabriel deu a volta na ilha, tentando ver o corte, mas Bryan já estava lá, antes mesmo que Gabriel pudesse chegar perto de mim, segurando minha mão ensanguentada com um cuidado.
— É só um corte superficial. — disse Bryan com aquela voz calma de médico. — Você vai ficar bem.
— Ok.
— Não é nada grave, Gabriel, não se preocupe, por favor vá buscar o kit de primeiros socorros, está no banheiro, no armário de cima da pia, no final do corredor. — A ordem foi tão imediata que Gabriel obedeceu sem hesitar, correndo dali.
Eu ainda estava olhando para o Gabriel quando senti as mãos fortes de Bryan ao redor da minha cintura, levantando-me com uma facilidade desconcertante me colocando sentada no balcão, aquele arrepio voltou a percorrer minha espinha, meu coração disparou, o rosto dele estava perigosamente perto demais, que pude sentir sua respiração quente em minha pele, senti o cheiro de sua colônia, intensa e masculina, meu peito subia e descia rapidamente, tentando controlar a respiração acelerada.
— Não precisa ficar tensa. — Um sorriso surgiu em seus lábios. — Eu vou cuidar bem de você. — Ele sussurrou porque estava tão perto que, se quisesse, poderia tocar meus lábios com um leve movimento e talvez acho que ele soubesse disso.
Finalmente, Gabriel voltou com o kit de primeiros socorros, dei um longo suspiro por Bryan se afastar, tentando recompor minhas emoções.
Durante os minutos seguintes, eu tentei conter a tensão quase insuportável que ainda havia ali, os toques de Bryan continuaram, mas agora com Gabriel ali, ele mantinha uma distância cuidadosa, como se aquele momento entre nós nunca tivesse acontecido.
— Pronto, você vai ficar bem. — Bryan terminou finalmente o curativo com um pequeno esparadrapo.
— Obrigado. — Eu tentei sorrir, mas eu não conseguia esquecer a forma como seus dedos haviam demorado mais que o necessário sobre a minha pele.
— Obrigado, tio, por cuidar dela. — Gabriel deu um suspiro de alívio.
— Cuidar é parte do meu trabalho. — Ele assentiu como se tudo não passasse de um gesto de cortesia.
Desci do balcão, tentando ignorar as pernas trêmulas e a sensação de calor que ainda queimava minhas bochechas, sentindo um último olhar de Bryan sobre mim antes de se afastar para continuar a preparar o jantar.
...
A mesa estava perfeitamente posta, com o brilho das taças de vinho refletindo as luzes amareladas da sala de jantar, o cheiro da comida estava realmente incrível, eu não esperava que o Bryan fosse tão bom na cozinha, o filé de robalo estava realmente bonito de se ver, o molho por cima parecia delicioso ao lado das cenouras cozidas, eu fiquei ali admirando por um momento antes de dar a primeira garfada.
— Gostou Aurora? — Bryan questionou como se Gabriel nem estivesse ali.
— Muito bom. — Sorri.
— Vinho?
— Não, obrigado, estou bem.
Bryan serviu o vinho para ele e Gabriel, ainda olhando para mim.
— Eu vou ao banheiro rapidinho. — Gabriel se levantou dando um beijo rápido no topo da minha cabeça. — E nada de falarem mal de mim enquanto eu estiver fora!
Então ele saiu da sala de estar deixando-me sozinha com Bryan, eu tentei parecer normal, mas estava suando frio, aquele momento mais cedo tinha sido muito estranho.
— Aurora — ele começou, tomando um gole de vinho enquanto olhava diretamente nos meus olhos. — Eu não sei se deveria tocar nesse assunto, mas Gabriel me contou sobre sua gravidez.
Engoli em seco, meu começou a coração bater mais rápido.
Ele sabia?
— Ele contou? — perguntei, sentindo minha voz falhar.
— Não fiquei brava com ele, por favor, ele estava desesperado, você não faz ideia do quanto isso o abalou, ele pediu conselhos, queria saber o que deveria fazer com toda essa situação.
Eu não sabia exatamente o que pensar, eu estava com raiva de Gabriel, mas também não o culpo por fazer isso.
— Foi você que o aconselhou a voltar a falar comigo?
— Sim — Bryan esboçou um sorriso, apoiando a taça de vinho na mesa, os dedos girando o líquido vermelho no copo. — Eu disse a ele que, se realmente gostasse de você, isso não deveria ser um obstáculo, porém que precisava estar ao seu lado, independentemente do que houvesse acontecido.
— Obrigada.
Bem, talvez eu tivesse julgado Bryan errado, ele parecia uma boa pessoa e se não fosse por ele Gabriel não estaria ao meu lado.
— Mas, diga-me, Aurora — ele continuou com aquele sorriso. — O que aconteceu para um universitário idiota não querer assumir seu próprio filho?
Por um segundo meu coração parou, aquela era última pergunta que eu esperava vindo dele, eu pensei em mentir, em dizer qualquer coisa que pudesse encerrar aquela conversa, mas a intensidade do olhar de Bryan mexia comigo como se me forçasse a ser honesta.
— Não... não foi um universitário — murmurei, sentindo meu rosto corar. — Foi um homem mais velho e casado, mas eu não sabia disso, não sabia até ser tarde demais. — Minhas mãos tremiam levemente enquanto eu mantinha o olhar fixo no meu prato, incapaz de encarar Bryan. — Mas por favor não diga nada a Gabriel eu ainda não contei a ele sobre isso.
— Entendo — ele tomou mais um gole de vinho, sem tirar os olhos de mim. — Não se preocupe, eu não vou contar nada disso a Gabriel, não é o tipo de coisa que ele precisa saber agora. — Suspirei aliviada, mas ainda sentia a vergonha se espalhando sobre mim. — Eu sei como é se apaixonar pela pessoa errada, também me apaixonei por uma mulher casada uma vez.
Levantei os olhos para ele, surpresa.
— Você não sabia que ela era casada? — perguntei, sentindo-me ingênua, mas não consegui evitar.
— Eu sabia — respondeu calmamente, com se esse fato não importasse. — Mas, às vezes, o coração não escuta o que a cabeça sabe, acho que você entende bem esse sentimento. — Seus dedos longos deslizaram pela borda da taça com uma tranquilidade que me deixou nervosa.
A porta do banheiro se abriu e eu levei um susto, pude ouvir a risada de Bryan antes de Gabriel voltar para a sala com um sorriso radiante.
— Espero que não tenham falado muito mal de mim! — ele brincou, ocupando seu lugar na mesa novamente.
— Nunca. — Bryan riu, uma risada suave e despreocupada, enquanto tomava mais um gole de vinho.
...
Gabriel parecia bem a vontade, talvez fosse a presença de seu tio ou o fato dele estar na terceira taça de vinho, enquanto seu tio parecia ainda estar na primeira, mas isso o fazia ficar mais carinhoso, eu gostei, ele segurava minha mão sob a mesa e sorria para mim, até sussurrou algumas vezes o quanto estava linda durante o jantar, mas toda vez que isso acontecia, eu sentia os olhos de Bryan sobre nós.
— Mais um pouco de vinho? — Bryan perguntou, levantando a garrafa que parecia nunca esvaziar.
— Claro! — Gabriel estendeu a taça com a empolgação de sempre. — Esse vinho é incrível, tio, na verdade, o jantar estava muito bom.
— Fico feliz com isso, mas espero que não tenha comido muito, ainda tem a sobremesa, Aurora, quer me ajudar? — Bryan perguntou de repente, levantando-se da mesa.
Hesitei por um segundo, eu não queria ficar sozinha de novo com ele.
— Vai lá. — Gabriel soltou minha mão.
Levantei me sentindo pressionada, peguei meu prato e o dele, e segui Bryan até a cozinha.
— Pode deixar aí na pia — ele disse enquanto abria a geladeira.
Coloquei os pratos no lugar indicado e fiquei ali, sem saber exatamente o que fazer, ele estava de costas para mim e o silêncio na cozinha parecia pesado demais.
— Gabriel parece muito feliz com você — ele disse de repente, sem se virar.
— Ah, eu também tô bem feliz com ele.
Bryan fechou a geladeira, se virando para mim com uma linda torta de limão sobre a mão.
— Ele também sempre fala bastante sobre você.
— Ah, é?
— Ele é um bom contador de histórias, não é? — Bryan disse, com um tom divertido. — Às vezes, conta até o que não deveria. — Com cuidado colocou a sobremesa na ilha da cozinha. — Não precisa se preocupar, eu diria que é típico da idade, ele falar sobre o que fizeram ou o que não fizeram, ainda.
Meu rosto começou a esquentar, meu estômago revirou.
O que ele queria dizer com isso?
Gabriel não falaria que nós nunca transamos, não é?
Não!
Gabriel não falaria isso.
Bem, ele falou sobre a gravidez, mas era diferente.
Eu já não sabia mais o que pensar.
— Gabriel disse isso para você? — A minha voz mal saiu.
Meu corpo estava congelado no lugar.
— Na verdade, não, mas agora eu sei.— Bryan sorriu de lado, como se apreciasse meu desconforto. — Não que já não estivesse estampado na cara dele. — Abriu a gaveta e pegou a faca, fazendo um corte preciso na crosta dourada da torta. — Não precisa sentir vergonha e bem isso me deixou curioso. — Caminhou até o armário para pegar os pratos, o som das porcelanas ecoando levemente na cozinha silenciosa, antes de voltar para servir três fatias frescas e cremosas.
— Sobre o quê?
— Se é por isso que bem... Você sabe...
Ele realmente disso isso?
— O quê?
— Bom, pelo que entendi, você tem um gosto específico, homens mais velhos, mais experientes, é um padrão difícil de superar, não acha? — Ele inclinou-se, colocando uma das mãos na bancada ao meu lado.
Meu rosto ficou quente, minhas mãos tremiam ao lado do corpo, ele estava perto o suficiente para eu sentir o seu perfume novamente.
— Gabriel é ótimo — respondi rapidamente, quase defensiva, mas odiei como minha voz soou pouco convincente.
— É claro que é — ele retrucou, inclinando-se um pouco, como se compartilhasse um segredo.— Gabriel pode ser muitas coisas, mas será que ele pode dar o que você quer? — Sussurrou.
Meu coração estava disparado, ele deixou óbvio demais agora, ele não estava apenas insinuando, eu queria dizer algo, qualquer coisa, mas as palavras simplesmente não vinham.
— Gabriel está esperando pela sobremesa. — Foi a única coisa que conseguiu sair de meus lábios.
— Claro. — Bryan se afastou um pouco, pegou dois dos pratos e finalmente me deixando livre.
Ele não parecia se importar com o quanto eu estava desconcertada, ele parecia satisfeito como se fosse exatamente assim que queria que estivesse.
Respirei fundo, tentando controlar o tremor nas minhas mãos enquanto pegava o terceiro prato e segui atrás dele, tentando esconder o rubor em meu rosto, mas por dentro, meu coração ainda martelava.
Eu só queria ir embora dali e esquecer tudo o que aconteceu, mas assim que deixei o prato em cima da mesa, vi Gabriel meio sonolento, quase cochilando no sofá.
Merda!
— Não sabia que você era tão fraco para vinho, Gabriel. — Bryan riu baixo, o tom brincalhão, deixando os pratos em cima da mesa.
Depois do que aconteceu na cozinha, tinha uma leve impressão de que ele realmente sabia e fez isso de propósito.
Qual era o sentido de tudo isso afinal?
O que Bryan queria comigo?
— Gabriel? — O chamei, ele balançou a cabeça lentamente com um sorriso preguiçoso. — Você está bem?
— Oi, bebê. — Disse esfregando os olhos como se estivesse prestes a cochilar ali mesmo. — Só estou relaxando.
É oficialmente ele estava bêbado, ele nunca me chamou assim.
— Talvez esteja relaxado demais para dirigir. — Bryan arqueou uma sobrancelha, fingindo preocupação. — Acho que me empolguei ao insistir para você provar aquele vinho, não?
Respirei fundo, ele havia sido insistente com Gabriel, com aqueles elogios exagerados ao vinho, como se quisesse garantir que ele aceitasse.
— Aurora, não se preocupe. Gabriel pode ficar aqui essa noite. — Ele olhou para mim, seus olhos brilhando. — Eu mesmo levo você para casa.
Meu coração disparou, eu não gostava da ideia de ficar sozinha com ele de novo, especialmente depois de tudo o que aconteceu essa noite.
O que mais poderia acontecer?
— Não precisa — comecei a dizer, tentando soar convincente. — Eu posso pegar um Uber, está tudo bem.
— Aurora — Bryan disse meu nome gentilmente. — Está muito tarde para entrar no carro com um estranho, eu insisto.
Um estranho seria melhor do que estar dentro de um carro com ele.
— Realmente não precisa. — Olhei para Gabriel, esperando que ele me ajudasse.
— Vai com ele, bebê. — Disse ele, quase fechando os olhos. — Você vai estar mais segura se for com meu tio. — Ele sorriu.
Eu acho não!
— Tudo bem.
Sem saída, respirei fundo e assenti, pegando minha bolsa enquanto Bryan se levantava para pegar as chaves do carro.
No carro, a atmosfera estava estranha, eu mantinha as minhas mãos repousando sobre meu colo, apertando a alça da bolsa como força.
— Se divertiu hoje? — Ele perguntou sem tirar os olhos da estrada.
— Sim.
— Eu também me diverti muito. — Sorriu de lado. — Gabriel gosta realmente de você, sabia?
— Eu também gosto dele.
— Espero que sim. — Ele manteve os olhos na estrada por alguns segundos, antes de lançar um olhar rápido para mim. — Porque a última coisa que quero é ver o Gabriel machucado.
Ele estava me testando o tempo todo?
Eu estava cansada de ficar confusa.
— Eu não tenho a intenção de machucá-lo.
— É o que vamos ver — Bryan riu baixinho, fazendo meu estômago se revirar. — Vou estar de olho em você, raposinha.
Senti meu corpo se enrijecer ao ouvir o apelido, lembrando exatamente do meu último apelido, mas precisamente quem me deu.
— Raposinha? Por quê?
O olhar de Bryan se fixou em mim e seu sorriso excitante e dominador fez meu coração acelerar, causando uma onda de calor inesperada entre as minhas pernas.
— Seu cabelo e seu jeitinho.— Bryan estendeu a mão para brincar com uma mecha solta que caía sobre o meu ombro, seus dedos tocaram meus fios ruivos me fazendo perder o ar até ele voltar a segurar o volante. — Me lembra uma pequena raposa assustada, acho que vou te chamar assim a partir de agora.
Antes que eu pudesse se quer pensar em reagir Bryan estacionou o carro em frente ao meu prédio, ele desligou o motor, suspirei aliviada, virei-me para ele pronta para agradecer e sair rápido dali, mas no mesmo instante ele se inclinou repentinamente, como se fosse beijar meus lábios, eu paralisei enquanto ele se aproximava devagar deixando seus lábios tocarem o canto da minha boca, sua barba roçando contra minha pele, um calor crescente se espalhando por todo o meu corpo me deixando atordoada e sem saber o que fazer mais uma vez.
— Boa noite, raposinha.
Eu apenas assenti, incapaz de formular qualquer palavra e saí do carro correndo em passos apressados.
Eu não sabia o que havia acabado de acontecer, Bryan mexeu com minha mente a noite toda e estava
com medo do que aquilo poderia significar, fechei os olhos e respirei fundo tentando acalmar os pensamentos que corriam desordenadamente na minha mente.
Eu precisava entender o que estava acontecendo antes que fosse tarde demais.
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
#styles#harry styles#one direction#senhora styles#1d imagines#imagineshot onedirection#imagines one direction#imagine harry styles#harry#harry styles fake text#harry styles fic#harry styles fanfic#harry styles fluff#harry styles fanfiction#harry styles series#yes sir#harry styles soft#harry styles girlfriend#harry styles harry's house#harry styles daddy kink#harry styles dirty imagine#harry styles imagines#harry styles imagine#harry styles writing#harry styles wattpad
5 notes
·
View notes
Text
Ja faz dois anos que tirei essas fotos 😢💗
QUE SAUDADE DESSE HOMEM 😔💗💗
7 notes
·
View notes
Text
Yes Sir! —Capítulo 33
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá somente o ponto de vista de Harry, desta vez.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Harry
Algo em mim morreu hoje.
Ela não quer mais me ver.
Minha respiração estava pesada, irregular, eu queria gritar, implorar, mas não havia mais ninguém para ouvir, eu me apoiei na parede, sentindo meus joelhos vacilarem.
Eu fodi tudo.
Descendo as escadas, meus pés pareciam agir sozinhos, enquanto minha cabeça estava presa naquele apartamento, naquela sala onde Aurora me olhou como se eu fosse o pior tipo de homem.
E ela estava certa.
Cheguei ao carro sem nem perceber o trajeto, ele estava estacionado em frente à minha casa, eu deveria entrar em casa, mas ao invés disso, abri a porta do carro e me joguei lá dentro.
Eu sou a razão de tudo isso, Violeta, Aurora, as meninas, nada disso estaria assim se eu tivesse sido alguém melhor.
Por que fui me apaixonar por Aurora?
Por quê?
Com força, bati as mãos no volante, sentindo a dor irradiar pelos dedos, não foi suficiente, fiz de novo e de novo.
Não chora, Harry.
Não aqui.
Não assim.
Girei a chave na ignição e o motor rugiu, não fazia ideia de para onde estava indo, só precisava sair dali, precisava escapar de mim mesmo, do rosto de Aurora, da dor que parecia corroer tudo por dentro. Dirigi sem rumo, esqueci dos sinais, dos limites de velocidade, de tudo, a única coisa que ouvia era o eco daquela última frase dela.
"Vai embora"
Eu fui.
Quando finalmente parei, estava em um bar, por algum motivo eu sempre acabava ali. Esse era pequeno, decadente, com uma placa de neon que mal funcionava, o tipo de lugar aonde as pessoas iam para esquecer o mundo.
Era exatamente o que eu precisava.
Desliguei o carro, me arrastando até a entrada, a porta rangeu quando empurrei, um cheiro forte de álcool, cigarro me atingiu, havia poucos clientes ali, todos perdidos no próprio abismo, como eu, passei direto para o balcão, o barman era um homem com barba grisalha mal-humorado.
— O que vai querer? — Perguntou assim que me sentei na banqueta na frente dele.
— Uísque duplo.
Ele serviu a bebida em um copo que parecia sujo, mas era a última coisa que ligava agora, peguei-o com mãos trêmulas, antes de virar tudo de uma vez, a queimação desceu pela minha garganta como fogo, mas era uma dor que eu sabia suportar.
— Outro. — Pedi, antes mesmo que o copo estivesse vazio no balcão.
Depois pedi mais um.
Eu só queria sentir outra coisa.
E mais um.
Conforme o álcool fazia efeito, o mundo ao meu redor ficou mais embaçado e distante, mas não o suficiente.
Nunca seria suficiente.
Será que algum dia vou conseguir escapar de mim mesmo?
Não importava o quanto bebesse, a dor continuava ali, crescendo, se espalhando como uma maldita doença que não tem cura.
Eu me odiava.
Tudo isso era culpa minha.
Que patético...
Eu sou patético.
Não percebi quanto tempo passou até ouvir as risadas, elas vieram de uma mesa próxima, mesmo sem querer, comecei a prestar atenção no grupo de homens tão bêbados quanto eu.
— Cara, esse meu cunhado é um frouxo mesmo, minha irmã traiu ele com o melhor amigo do cara e ele não percebeu. — O sujeito inclinava-se para frente, os braços sobre a mesa.
— Ah! Mas seu cunhado deve ter dado motivo, né? Eu sempre digo: quem não cuida da mulher dá espaço para o amigo cuidar. — O outro riu alto, reclinando na cadeira, quase derrubando a cerveja.
Eu senti o sangue subir.
— Imagina tua mulher te traindo e ainda sorrindo na tua cara? — Um terceiro tinha o riso escancarado. — Tem que ser muito trouxa para não ver! Ele largou dela?
— Largou nada! Está com ela de novo, agora, tá lá, buchuda do corno manso ou do amiguinho dele, ela nem sabe de qual é! — O primeiro gargalhou, batendo com força na mesa.
A risada deles encheu o bar.
Idiotas.
— Voltar para a mulher depois? — O terceiro zombou. — Decide, cara! Ou é corno, ou é fracote.
Meus dedos apertaram o copo com tanta força que achei que o vidro fosse rachar, eu me virei na direção deles, sentindo o calor subir pelo meu corpo.
— Ei, que tal calarem a boca?
Os homens olharam para mim, surpresos, um deles grande e com músculos saltados, arqueou uma sobrancelha.
— Tá falando com a gente?
— Tô, sim, vocês não têm nada melhor para fazer do que falar merda? — retruquei.
— Acho que o cara aqui bebeu demais, que tal você cuidar da sua vida, amigo? — Ele riu, balançando a cabeça.
— Que tal você ir se foder? — Levantei do meu banco.
O homem se levantou, caminhando na minha direção.
— Cuidado com o que fala, ou isso não vai ficar bom para o seu lado.
— E você, fazer o quê, herói? — Olhei para ele, sentindo a raiva pulsar em minhas veias.
— Eu vou até aí e te arrebentar.
No fundo, eu estava implorando por isso.
Queria sentir qualquer coisa que não fosse essa dor insuportável.
— Então vem.
Foi rápido.
Ele avançou para cima de mim, dando o primeiro soco.
Era isso que eu queria.
Dor.
Eu reagi instintivamente, acertando o lado do rosto dele com toda a força que me restava, ele cambaleou, mas voltou com mais força, o próximo soco me derrubou sobre uma mesa.
Mas era exatamente o que eu queria.
Mais.
Eu precisava de mais.
— É só isso que você tem? — Ri.
O homem me puxou de volta e ele deu mais um soco, dessa vez no estômago, fui rápido em acertar mais um golpe duro em seu rosto, tão forte que acho que quebrei minha mão na maldita cara daquele idiota, ele me ergueu pela gola da camisa, me acertando mais uma vez.
— É isso que você queria, seu babaca?
— Sim. — Eu cuspi sangue em seu rosto, encarando-o nos olhos com um sorriso irônico.
— CHEGA! — O barman gritou! — Eu vou chamar a polícia!
Os sons começaram a se dissipar, todos começaram a sair dali, eu estava no chão, o sangue escorrendo da boca, meu olho direito mal abria, meu corpo estava latejando, mas a dor física era nada comparada com meu coração dilacerado.
Com as pernas trêmulas e o corpo doendo, tropecei até a porta e saí cambaleando para o estacionamento até tudo simplesmente desaparecer.
...
Eu não sabia como tinha parado ali, eu estava deitado em uma maca desconfortável, quando me dei conta de que estava em um hospital, me sentei, minha visão oscilava entre a realidade e minha embriaguez, minha testa estava pegajosa, o sangue seco começava a grudar na pele. O pronto-socorro era um caos de vozes, passos apressados e bipes insistentes das máquinas, o ar cheirava a antisséptico e a luz branca era insuportável.
— Senhor... — Uma voz hesitante chamou à minha direita. — O senhor não deveria estar sentado, deite-se.
Levantei o olhar apenas para encontrar um garoto, não, um moleque parado ali segurando um prontuário, ele não devia ter mais que vinte e poucos anos, seus olhos estavam arregalados, claramente avaliando meu estado deplorável.
— Eu não vou deitar, quem é você, como eu cheguei aqui?
— Sou... sou o Dr. Martins, na verdade, sou residente, eu vou cuidar do senhor esta noite.
A mão dele tremia ao folhear o papel, o jaleco parecia grande demais para seu corpo magro.
— Isso só pode ser piada, né? Vá chamar um doutor de verdade!
O garoto deu um passo para trás, desconcertado.
— Senhor, nesse horário não há muitos médicos, mas eu prometo que vou cuidar bem do senhor, sua mão parece quebrada e sua testa, ela vai precisar de pontos. — Ele apontou para o corte, visivelmente indeciso sobre por onde começar.
— Você acha? — Retruquei. — Ou você tem certeza? Você, por acaso, sabe o que está fazendo mesmo?
— Eu... Sim.
— Eu quero um médico agora. — Gritei, sentindo a dor latejante em minha testa.
— Eu vou chamar o médico responsável pelo plantão.
Sem esperar por minha resposta, ele praticamente correu para fora da sala, deixando-me sozinho.
Idiota.
Eu fechei os olhos, tentando respirar fundo, isso estava longe de acabar.
— Você só pode estar de brincadeira comigo, então é você que está causando problemas para meus resistentes? — Aquela voz maldita, eu reconheceria em qualquer lugar.
Bryan.
Agora realmente estava no fundo do poço.
Abri o único olho que parecia estar bom lentamente, lá estava ele vestido com aquele jaleco impecável, os braços cruzados, os olhos fixos em mim com aquela expressão que eu odiava tanto.
— Que bela visão, olhe só para você, sujo, sangrando, fedendo a álcool e honestamente isso deve ser o destino, me mostrando que o fundo do poço tem porão. — Bryan deu um riso debochado. — Eu sou o médico responsável, prazer em te rever, Styles.
— Vai se ferrar, Bryan.
Eu estava uma bagunça, completamente bêbado, com a mão provavelmente quebrada e um olho roxo e agora frente a frente com o homem que mais desprezava no mundo, o universo só poderia estar brincando comigo.
— Deixe-me adivinhar, você se meteu em uma briga em um bar, não é? Porque só um idiota bêbado arranjaria confusão e acabaria assim.
— Eu não vou deixar você me tocar, chama outro médico aí. — Me levantei, tentando dar um passo à frente, mas a tontura me fez cambalear.
— Meu trabalho é cuidar de pacientes, infelizmente para mim você se enquadra nessa categoria hoje, então cala a boca, senta aí e não complica as coisas.
Eu quis socar aquele sorriso arrogante do rosto dele, mas considerando que uma das minhas mãos estava quebrada, isso não parecia uma boa ideia.
— Eu não vou ser tratado por você. — Dei um passo instável para trás, sentando novamente na maca. — Chame outro médico.
— Olha, Harry, eu poderia deixar você sair daqui e se virar sozinho, mas seria irresponsável, então deixe que eu examine essa mão. — Bryan suspirou, passando a mão pelo rosto.
— Eu não vou ser tocado por você! Prefiro que ela apodreça!
— Sempre tão dramático, não é? — Ele cruzou os braços, inclinando a cabeça. — Você está aqui porque precisa de ajuda, então, por que não deixa o orgulho de lado por uma vez na vida?
— Orgulho? — Dei uma risada amarga. — Você destruiu minha vida, Bryan, está tentando roubar a minha filha e agora quer que eu confie minha saúde a você?
— Ah, claro, porque todos os seus problemas são culpa minha, não é? — A calma dele era uma provocação, um lembrete de que ele sabia exatamente onde me atingir.— Você quer culpar alguém, Harry? Olhe no espelho.
— Você não passa de um verme, um oportunista que se aproveitou de cada brecha na minha vida para tentar tomar meu lugar e quer dar sermão em mim?
— Seu lugar? — Ele soltou uma risada sarcástica. — O lugar que você abandonou? Eu nunca tentei tomar o seu lugar, você é que o deixou vazio.
Eu estava perdendo o controle, me levantei, ignorando a dor alucinante na mão.
Eu ia matar aquele idiota.
— Vai me bater? — Ele ergueu uma sobrancelha. — Com essa sua mão inútil? Quero só ver.
— É o que vamos ver.
Eu já estava pronto para quebrar minha outra mão quando ouvi a voz dela.
— Harry! — Violeta entrou apressada.
Seus cabelos estavam desgrenhados, ela usava uma blusa larga e um pijama por baixo.
— O que você está fazendo aqui? — Minhas pernas fraquejaram e tive que me esforçar para ficar em pé. — Você ligou para ela? Você ousou ligar para minha esposa? — Fui novamente para cima dele, mas Violeta segurou meu peito a tempo.
— Para! — Me empurrou para trás. — Me ligaram quando encontraram você desmaiado na frente de um bar qualquer, o que aconteceu?
— Um cara no bar veio para cima de mim.
— E como você foi parar num bar? Você disse que iria encontrar um amigo do trabalho, como acabou aqui, o que está acontecendo com você?
— Não é assim tão simples de explicar. — Voltei a sentar na maca.
— Eu preciso saber, Harry, por que você está aqui, machucado, bêbado, gritando como um louco no meio da madrugada?
— Olha, vocês dois podem terminar o drama familiar depois? — Bryan murmurou, trazendo nossa atenção de volta para ele. — Eu não tenho a noite toda, tem outros pacientes que precisam de mim.
— Pode ir, eu não vou ser tratado por você, já disse.
— Harry, você vai. — Violeta ordenou.
— Prefiro morrer.
Ela estreitou os olhos, cruzando os braços sobre a barriga.
— Você acha que isso vai resolver alguma coisa? Olha para você! — Suspirou, massageando as têmporas.— Tive que deixar nossas filhas em casa, sozinhas, no meio da madrugada, enquanto estou grávida, para vir lidar com você.
— Eu não pedi que você viesse.
— Não pediu?— Balançou a cabeça desacreditada, apontou o dedo para mim como se quisesse perfurar meu peito. — Você acha que tem o direito de se afundar na bebida e brigas enquanto sua família está em casa te esperando?
Antes que eu pudesse responder, aquele desgraçado decidiu entrar na conversa de novo.
— Deixa, vi! — Ouvir ele chamar ela assim fez meu sangue ferver. — Aqui estão as orientações básicas. — Ele deu um passo à frente, ignorando meu olhar mortal e estendeu um formulário para Violeta. — Se ele quiser continuar com essa atitude, é problema dele.
Antes que ela pegasse, me levantei, arrancando o papel dele com minha única mão que ainda prestava, amassando-o com raiva.
— Não teste minha paciência, Bryan. — Atirei o papel na cara dele.
Ele não recuou, só deu aquele sorriso arrogante e debochado.
Eu queria matar aquele homem.
— Para de palhaçada, você vai se sentar, vai calar a boca e vai deixar o Bryan cuidar disso, porque honestamente você não tem escolha.
— Eu não vou...
— Vai sim! — Sua voz aguda ecoou nos meus ouvidos.— Estou grávida, Harry, estou cansada e você não vai sair daqui sem ser atendido.
Meu corpo inteiro tremia de raiva, mas veja ali, desesperada, desapontada, me fizeram ceder, relutantemente me sentei de volta na maca.
— Ótimo. — Bryan disse com uma falsa simpatia. — Vamos começar com a sua testa, preciso limpar isso antes de dar os pontos, depois, vamos ao raio-x para ver o que fazer com a sua mão.
Eu o encarei com um ódio, mas ele parecia imune a isso.
Idiota metido.
Ele puxou uma bandeja com algodão e antisséptico, posicionando-se diante de mim com o mesmo ar superior de sempre, quando tocou minha testa com o algodão encharcado, doeu pra cacete.
— Isso vai doer um pouco. — Ele sorriu. — Quer dizer, para você, para mim, vai ser um prazer.
— Cale a boca, Bryan. — Violeta retrucou sem muita paciência.
Bryan enfim cessou suas provocações, fazendo seu trabalho. A dor da sutura se misturava com a humilhação esmagadora que queimava dentro de mim de estar sendo cuidado por ele.
— Pronto, agora vamos para o raio-x.
Me levantei com dificuldade, tropeçando ligeiramente devido à tontura, vi o olhar de Violeta cheio de decepção.
Por um instante, me perguntei como as coisas chegaram a esse ponto.
...
O curativo na minha testa ainda coçava, mesmo depois de alguns dias desde que saí do hospital, a mão engessada repousava sobre a mesa do meu escritório, enquanto minha mente permanecia num turbilhão constante por causa de Bryan.
Era quase um alívio, por mais cruel que parecesse, focar nele significava escapar, ainda que por pouco tempo, de Aurora, mas a verdade era que Aurora estava lá como uma sombra atrás de cada pensamento, eu podia fingir que não a via, mas ela sempre estava lá.
Sentia um nó na garganta enquanto encarava o telefone sobre a mesa, eu precisava de ajuda se quisesse impedir Bryan, ele não ia desistir, ele queria aquele teste de DNA, eu sabia que ele não pararia até conseguir.
Não havia outra saída, disquei o número de um dos meus amigos mais confiáveis no ramo, um advogado que sabia exatamente até onde as leis podiam ser distorcidas.
— Anderson?
— Harry? Está tudo bem? Você nunca me liga.
Como iria explicar tudo?
— Eu... — Minha voz falhou, respirei fundo tentando continuar.— Anderson, preciso de um favor, é complicado, mas preciso de você.
— Claro, o que você precisa?
Eu expliquei a ele cada pequeno detalhe, a traição de Violeta, a dúvida sobre Aurora, a insistência de Bryan pelo teste, eu tentei me manter controlado, mas sabia que minha voz estava trêmula e meu choro estava engasgado em minha garganta, era humilhante demais admitir aquilo.
Anderson ficou em silêncio constrangedor e eu senti um nó apertando meu peito.
Ele estava me julgando? Ou achava que eu era um fracote por deixar as coisas chegarem a esse ponto?
— Harry... — Ele começou, cauteloso. — Se Violeta não concordar com o teste, Bryan não tem muito o que fazer, mas se ela ceder.
— Ela não vai — tentava me convencer mais do que a ele. — Ela não pode.
— E se ela mudar de ideia? — Ele hesitou. — Harry, você sabe que, legalmente, ele pode ter argumentos, especialmente se for provado que há uma possibilidade de paternidade.
— Anderson, eu não posso permitir que Bryan faça parte da vida de Aurora.
— Harry, eu entendo sua frustração, mas precisa manter a cabeça no lugar, esse tipo de situação pode sair do controle rapidamente.
— Eu já perdi o controle, Anderson, eu preciso que você me ajude a encontrar uma saída, alguma coisa.
— Talvez você deva investigar Bryan, descobrir algo que possa usar, porém, isso pode ser um caminho perigoso.
— Anderson, eu não me importo com isso.
— Entendi, — Anderson suspirou. — Mas, Harry você precisa estar preparado para todas as possibilidades, bem você sabe...
— Eu sei. — Interrompi antes que ele dissesse aquelas palavras.
Não.
Eu precisava de algo contra Bryan.
Algo que o fizesse recuar.
Eu precisava proteger a minha filha.
Minha filha.
...
Quando cheguei em casa, já era noite, a casa estava quieta, subi indo até o quarto de Aurora que dormia tranquilamente, deixei um beijinho em sua testa e fui até o quarto de Isadora que estava no computador, disse para ela ir dormir e só recebi uma revirada de olho.
Violeta estava no quarto sentada na cama com um livro aberto no colo, mas claramente não estava lendo, ela me olhou quando entrei, seus olhos pareciam cansados, fui direto para o banheiro, precisava de um longo banho depois de meia hora finalmente fui até a cama e deitei ao lado dela.
— Dia difícil? — Se aninhou mais perto de mim.
— Muito, falei com Anderson hoje, nós vamos impedir que Bryan faça esse teste. — Deixei um pequeno beijo em sua têmpora. — E como vocês estão? — Acariciei sua barriga.
— H, você não acha que talvez seja melhor deixar isso para lá ou deixar a Aurora fazer teste e acabar logo com isso? — Ela ignorou minha pergunta, voltando nesse assunto ridículo.
— Você está de sacanagem comigo? — Meu corpo inteiro se enrijeceu. — Você quer que eu fique parado enquanto Bryan tenta roubar nossa filha?
— Eu só quero que isso acabe.
— Eu também, mas não assim, não com Bryan conseguindo o que ele quer.
— Estou com medo de que você piore as coisas, Harry eu já não consigo te reconhecer, as coisas que tem feito ultimamente estão fora de controle, tudo isso a troco de quê? — Finalmente me encarou, com seus olhos marejados.
— Você não entende, não é? Não se trata só do teste, violeta, eu me sinto um fracasso, você me traiu e agora minha filha pode não ser minha, eu tenho vergonha do que se tornou a nossa vida.
— Vergonha? — Seus olhos encheram-se de lágrimas.
Ela começou a chorar virando o rosto, eu sabia que estava sendo duro, mas era impossível segurar minha frustração e dor agora, violeta se levantou desajeitada com o peso da barriga e começou a pegar seu travesseiro e uma coberta.
— Onde está indo?
— Eu vou dormir, mas não consigo dormir com você agora.
— Vi, por favor. — Segurei a coberta que estava em suas mãos. — Não faça isso.
— Eu estou cansada de brigar, cansada de tudo isso.
— Me desculpe, eu não queira ter falado aquelas coisas, é que eu não posso deixar isso acontecer, Violeta, não posso. — Eu podia ver a mágoa em seus olhos, enquanto ela se manteve calada. — Deixa que eu vou, fique. — Levantei-me apressado, pegando minhas coisas, não esperando uma resposta.
Eu saí de lá indo para o quarto de hóspedes e, no fundo, sabia que toda essa luta estava nos destruindo lentamente. A noite parecia ainda mais longa e pesada no quarto de hóspedes, virei-me na cama pela décima vez, tentando encontrar uma posição que me desse um pouco de paz.
Não consegui.
Eu sabia que deveria dormir porque amanhã tinha um dia longo, mas o sono era um luxo que minha mente inquieta não permitia, fechei os olhos, mas, como sempre, os pensamentos vieram rápido demais.
Violeta.
Aurora.
Minha família.
As escolhas que fiz e os caminhos que tomei, eles se misturavam em um turbilhão de sentimentos conflitantes e cada um cobrando um preço.
Aurora.
Mesmo aqui, no silêncio da noite, sua imagem invadia meus pensamentos, seu sorriso, sua voz, seu cheiro, por alguns momentos, deixei-me levar.
Era um perigo pensar nela agora.
Eu sabia disso.
Sabia que, se continuasse, não conseguiria me focar no que realmente importava.
Minha família.
Respirei fundo, tentando afastar seu rosto da minha mente.
Isso não era sobre ela.
Não agora.
Eu precisava me concentrar em Bryan, ele ainda estava lá como uma sombra, ameaçando tudo o que eu amava, ele não ia tomar o que era meu.
A noite não podia terminar assim, Violeta e eu precisamos estar bem e juntos para impedi-lo.
Levantei-me caminhando até o nosso quarto, a porta rangeu levemente quando a abri, a luz amarelada do abajur ainda iluminava o ambiente, Violeta estava deitada de lado, mas eu sabia que ela não estava dormindo.
— Vi? — Ela se virou olhando para mim com seus olhos vermelhos e um pouco inchados. — Posso entrar? — Ela assentiu, fechei a porta atrás de mim, sentei-me na beirada, hesitando por um momento. — Me desculpe, pelas noites fora, pelo que disse, por ter surtado daquele jeito.
— Estou cansada de desculpas. — Violeta piscou, os olhos cheios de lágrimas que ela relutava em deixar cair.
— Vi, eu não tenho as palavras certas para consertar tudo de uma vez, mas posso começar dizendo o quanto vocês são importantes para mim, por isso eu fico assim.
— Só quero que a gente fique bem de novo.
Respirei fundo, estendendo a mão que não estava quebrada para tocar a dela, quando ela não recuou, aproveitei o momento para me aproximar, lentamente, passei os dedos pelo seu rosto, ela fechou os olhos, relaxando em minha mão.
— Você é tão linda — sussurrei, aproximando meu rosto do dela.
— Esse é seu jeito de tentar fazer as coisas ficarem bem? — Abriu os olhos com um sorriso. — Com elogios bobos?
— Talvez. — Inclinei-me, tocando seus lábios suavemente com os meus.— E não são bobos, você realmente está linda.
— Linda?— Ela balançou a cabeça. — Estou enorme, Harry.
— Enorme? — Levantei uma sobrancelha, inclinando-me para beijar sua testa. — Você está linda, se me permite dizer, irresistível.
— Idiota.
Eu não esperei mais, inclinei-me novamente para beijá-la, ela correspondeu de imediato, seus dedos se agarrando à minha camisa como se tivesse medo de que eu fosse desaparecer, logo o beijo começou a ficar mais intenso, como se estivéssemos tentando desesperadamente nos reconectar, por um segundo nós afastamos para respirar, aproveitei para deitar ao lado dela a puxando para mim novamente, minhas mãos exploravam cada curva do seu corpo, enquanto os dela deslizavam por meus ombros e braços, eu estava sendo o mais cuidadoso possível, mas o calor entre nos só aumentava.
— Harry... — Ela gemeu entre o beijo, quase implorando. — Eu quero, como eu quero, mas não sei se é seguro com o bebê.
Minha respiração estava acelerada, meu corpo ainda ansiava por ela, mas eu sabia que ela tinha razão.
— Nós vamos perguntar ao médico, ver o que podemos fazer, ok? Não quero nada que coloque você ou o bebê em risco. — Inclinei-me, roçando os lábios nos dela. — Não se preocupe.
— Acho que nunca vi você tão ansioso assim. — Soltou uma risadinha.
— É porque estou. — Dei um sorriso torto, acariciando seus cabelos. — Quero tanto você.
Ela suspirou, relaxando contra mim, eu a puxei para o meu peito, minha mão descansando em sua barriga, ficamos assim, envolvidos um no outro, até que seus olhos começaram a se fechar.
Como eu ainda podia amá-la tanto, depois de tudo?
Talvez o meu amor por ela realmente fosse algo que eu não pudesse controlar, ele estava lá, mesmo quando eu não queria admiti-lo.
Por incrível que pareça eu havia acordado de bom humor aquela manhã, olhei para o lado e Violeta estava esparramada na cama, a barriga redonda subindo e descendo suavemente com sua respiração, minha mão deslizou lentamente até seus cabelos, enrolando uma mecha entre os dedos, ela se mexeu levemente abrindo os olhos com dificuldade.
— Bom dia — murmurei, minha voz ainda rouca de sono.
— Bom dia.
— Você sabia que fica ainda mais bonita pela manhã?
— Acho que você precisa de óculos novos. — Riu, revirando os olhos.
— Estou falando sério, mesmo na terceira gravidez, você continua tão linda quanto no dia em que nos conhecemos. — Ela desviou o olhar, mas eu a segurei pelo queixo, gentilmente, para que voltasse a me encarar. — Eu te amo.
— Eu te amo muito mais.
— Preciso tomar um banho e me arrumar para o trabalho — murmurei, depositando um beijo em sua testa antes de me levantar.
O banho foi rápido, saí do banheiro com a toalha amarrada na cintura, encontrando Violeta sentada na cama, os olhos fixos em mim.
— Você me encarando assim está me dando ideias de atrasar ainda mais para o trabalho, sabia?
— Não posso admirar meu homem? — Ela tinha um sorriso travesso nos lábios.
Eu ri, enquanto pegava meu terno no armário, sentindo o olhar dela em cada movimento, entre colocar a camisa branca até ajustar a gravata no espelho, quando terminei de ajeitar o paletó, virei-me para encará-la.
— Está babando, aí. — Brinquei enquanto calça os sapatos.
— E você deveria me agradecer por isso — Retrucou.
Me aproximei, até que nossos rostos estivessem a poucos centímetros de distância.
— Ah! Como eu agradeço por isso. — Depositei um longo beijo em seus lábios.
— Não se esqueça da consulta depois do trabalho, tá?
— Nunca. — Segurei sua mão por um instante, levando-a aos lábios. — Vou estar lá, prometo.
Ela assentiu, mas antes que eu saísse do quarto, ouvi sua voz novamente.
— H...
— Hm? — Olhei por cima do ombro.
— Você fica muito sexy de terno.
Balancei a cabeça, rindo, enquanto seguia para o corredor.
Hoje realmente seria um bom dia.
...
Talvez eu tivesse me precipitado, porque aquela sala mais para um inferno do que para meu escritório, entre os papéis espalhados, pilhas de trabalhos mal escritos e uma dor de cabeça latejante, eu me perguntei pela milésima vez por que exatamente tinha me levado a dizer sim para essa reunião. Lily estava sentada na minha frente, os braços cruzados, o sorriso arrogante e aquele maldito olhar que ela sabia mais do que eu gostaria.
— Professor Styles. — Inclinou a cabeça. — Acho que um B– seria justo, considerando as circunstâncias.
Circunstâncias?
Garota ridícula.
Como se a chantagem dela fosse uma estratégia digna de aplausos.
— Lily. — comecei, apertando o lápis na minha mão. — Seu trabalho está deplorável, carece de argumentos sólidos e sua análise é tão superficial quanto você, então eu diria que um C seria mais apropriado.
— Seria decepcionante, sabe a faculdade, perder um professor tão promissor como você, não acha? — Ela piscou devagar, inclinando-se levemente para frente.— Acho que você poderia reconsiderar, afinal, um B– não é pedir tanto, certo?
Meu rosto permaneceu impassível, mas por dentro eu fervia, se ela achava que isso me intimidaria, ela claramente subestimava o quanto eu estava cansado de suas insinuações, engoli seco, anotando na folha à minha frente. Um B– não porque ela merecesse, mas porque eu precisava que ela me deixasse em paz, se Lily queria ser uma advogada medíocre, o problema não era meu.
— Vou reconsiderar. — disse finalmente, olhando para o relógio na parede. — Agora, se não se importa, tenho outro compromisso.
— Obrigada, professor, você é muito justo. — Ela sorriu, satisfeita, enquanto recolhia a bolsa.
Justo?
Sua...
Engoli a palavra, resistindo ao impulso de dizer algo que me faria perder o emprego.
Assim que a porta se fechou atrás dela, soltei um suspiro profundo, esfregando o rosto com as mãos, na minha mesa, peguei o número que Anderson havia me dado.
Jhonatan Stelfeld, Investigador Particular.
Meu dedo pairou sobre o telefone por alguns segundos antes de discar. Do outro lado da linha, a voz grave e firme atendeu.
— Stelfeld falando.
— Sr. Stelfeld. — tentei soar confiante. — Meu nome é Harry Styles, tenho uma situação complicada e preciso dos seus serviços.
— Complicado como?
— Quero que investigue um homem, ele tem se aproximado da minha família e quero saber tudo sobre ele, se há algo que possa ser usado contra ele, quero saber.
— Muito bem, vou aceitar o caso, vou precisar de todas as informações que você tiver sobre esse homem e quero deixar claro que isso não será rápido nem barato.
— Dinheiro não é problema.
Desliguei e joguei o telefone sobre a mesa, meu coração batendo rápido.
Eu estava indo longe demais?
Qualquer pai faria o mesmo para proteger sua filha.
...
O hospital sempre teve uma sensação estranha para mim, mas hoje, eu estava otimista, era raro eu me sentir assim depois das frustrações que venho tendo nesses últimos meses, mas a ideia de finalmente saber do médico se estava tudo bem o suficiente para voltarmos a ter nossa vida sexual, talvez fosse egoísta, mas eu via isso como um sinal de que ainda havia algo para salvar entre nós.
— Olá, como posso ajudar? — A recepcionista, uma jovem com um sorriso profissional demais para o meu gosto, falou com familiaridade.
— Temos uma consulta agendada com Dr. Payne, Harry e Violeta Styles.
— Ah, Sra. Styles, você voltou rápido! Esta é a segunda consulta esta semana, não é? Aquela menininha que veio com você era adorável.
Minhas sobrancelhas franziram no mesmo instante, por um momento, achei que tinha entendido errado.
— Que menininha? — Minha pergunta saiu antes que eu pudesse processar completamente o que tinha acabado de ouvir.
— Ah, deve ser algum engano. — Violeta levantou o olhar para ela, hesitando. — Você se confundiu.
— Não, não, tenho certeza! Você veio há dois dias com uma garotinha de acho que uns dois anos? Era muito fofa, todas nós ficamos apaixonadas por ela, acho que o nome dela era Aurora. — A recepcionista continuou casualmente:
Senti um nó se formar no meu estômago.
Virei o rosto para Violeta, tentando manter minha voz controlada, mas era como tentar conter uma tempestade.
— Você trouxe Aurora aqui? Por quê? O que você fez, Violeta?
— Harry, agora não. — Sua voz mal saiu.
— Agora não? Repeti, incrédulo. — Você trouxe nossa filha para cá e não achou que eu deveria saber? Que diabos está acontecendo aqui?
Antes que eu pudesse pressioná-la mais, a recepcionista, aparentemente alheia ao que estava acontecendo, continuou.
— Ah, senhora Styles, sobre o exame, o resultado sai na próxima semana, viu? O genitor já apareceu para o teste, então vai sair rápido, geralmente os homens demoram para aceitar esses testes, mas esse estava bem disposto.
Meu corpo inteiro ficou tenso.
Senti o ar deixar meus pulmões.
Não, não, não...
Isso não estava acontecendo.
Eu tinha sido claro com ela.
Isso só podia ser mentira.
Era uma mentira.
— Você fez a minha filha fazer aquele teste? — Me virei para Violeta, o rosto dela agora tão pálido quanto uma folha de papel.
— Harry, por favor... — A voz dela era tão baixa, quase implorando.
— Você fez a minha filha fazer aquele teste? — Repeti, cada palavra saindo com dificuldade para manter a calma e o resquício de sanidade que me restava.
Ela abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu.
PORRA!!!
NÃO
NÃO
NÃO
Eu sabia pela maneira como ela evitava meu olhar, como as mãos dela tremiam.
Não era possível.
Ela não teria feito isso.
Não sem me contar.
Não depois de tudo o que conversamos.
Não depois de eu continuar a confiar nela.
Como ela pôde?
Por quê?
— Senhor e senhora, Styles? O doutor está pronto para vocês.— Uma enfermeira chamou da porta, a voz interrompendo o caos dentro da minha mente.
Por um momento, fiquei paralisado.
Tudo dentro de mim queria explodir.
Mas não ali.
Não na frente de estranhos.
Respirei fundo, o ar entrando e saindo com dificuldade, sem olhar para Violeta, dei um passo em direção à sala de consulta.
— Vamos. — Murmurei, controlando minha voz o máximo que pude, mas dentro de mim, eu estava segurando um vulcão prestes a entrar em erupção.
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
12 notes
·
View notes
Note
Amiga um com o número 20, ele não está bem emocionalmente para relacionamento e ela ama ele, fala que tudo bem e se afasta um pouco dele. Depois de uns meses, Ele fica louco quando descobre que ela está saindo com outra pessoa e percebe que ama ela.
Final feliz com Hot 🔥🔥🔥🔥🔥
NotaAutora: Amigaaa me perdoa mas eu não vi que era com hot no final 😁 aí fiz todo o pedido, mas peça outro que farei hot, me desculpe mesmo só vi agora.
Frase: Não me ame, por favor! Não faça isso.
Masterlist
Harry Concept # 29
Harry estava parado à sua frente, seus olhos que tantas vezes você admirou estavam vermelhos e inchados.
— Não me ame, por favor! Não faça isso.
Aquelas palavras atingiram seu peito como se o ar tivesse sido arrancado, você piscou rapidamente, tentando organizar seus pensamentos.
Como ele podia pedir algo assim? Depois de meses juntos fingindo que não sentiam nada um pelo outro enquanto se envolviam cada vez mais, não era sua culpa que ele parecia feito sob medida para você, não era sua culpa que, mesmo sem esforço, ele havia conquistado cada parte de você.
— Harry...
— Eu não estou bem, você sabe disso, sabe que nunca quis nada sério com você porque eu não estou pronto ainda, não depois do que aconteceu entre mim e Lory, eu não consigo te dar o que você merece, S/n.
Talvez ele ainda amasse Lory e isso doía.
Mas você era forte.
Você deveria ser forte.
— Tudo bem. — Não estava nada bem. — Eu não vou te forçar a nada, Harry, só cuida de você, tá bom?
Deixando as lágrimas caírem, virou-se e foi embora, deixando-o ali.
...
Meses haviam passado desde aquela noite, você tentou se reconstruir, um pedaço de cada vez, algumas partes de você ainda pertenciam a ele, mas você sabia que precisava seguir em frente, foi então que Johnny apareceu, ele não era Harry, não havia uma intensidade avassaladora entre vocês, mas talvez fosse isso que você precisasse.
Harry obviamente descobriu sobre Johnny, afinal vocês tinham amigos em comum, ele tentou fingir que não se importava, mas não conseguiu, ele havia pedido para você não amá-lo, mas nunca imaginou que isso significaria ver você amar outra pessoa.
Só então percebeu o quanto sentia falta de você, ele tentou preencher as horas com trabalho, amigos e qualquer distração que o mantivesse longe de pensar em você, mas era uma tarefa impossível quando o som da sua risada ainda ecoava na cabeça dele e seu queiro estava impregnado em seu apartamento como uma lembrança cruel do que ele havia deixado escapar.
Ele sabia que não tinha o direito de procurá-la, mas não conseguiu evitar, ele sabia que você costumava ir à livraria no centro da cidade, aquela que tinha o café que você amava e o cheiro de livros velhos que te fazia sorrir.
Foi lá que ele a viu pela primeira vez em meses, enquanto ele te observa do outro lado da rua, ele viu algo que gostaria de apagar, Johnny beijando seus lábios, os lábios que só ele deveria beijar, Harry sabia que você estava saindo com outra pessoa, mas ver era completamente diferente de ouvir sobre isso, ele desviou o olhar, sentindo-se enojado.
Ele sabia que era isso que acontecia quando se deixa escapar alguém que ama, ele realmente a ama e demorou demais para perceber, as duas da manhã, Harry estava parado diante da sua porta, ele sabia que era loucura aparecer ali sem avisar, ainda mais naquela hora, mas ele não conseguiu dormir, porque só o que passava na mente dele era seu beijo com outro homem e agora ele precisava dizer tudo o que estava preso em sua garganta desde o dia em que pediu para você não amá-lo.
— Harry? O que você está fazendo aqui? — Você ainda sonolenta.
Ele notou que você estava descalça, usando um moletom grande demais, o moletom que era dele.
— Eu precisava te ver.
— A essa hora? Por quê?
— Eu vi você hoje com Johnny, eu não sabia que seria tão difícil ver você com outra pessoa. — Ele deu um passo à frente e você deu um passo para trás.
— Eu sabia que você estava saindo com ele, mas ver você com ele acabou comigo.
— E o que você quer agora, Harry? Você me pediu para não te amar, foi você que me afastou.
— Eu sei que fui um idiota, eu te empurrei para longe porque estava com medo, medo de amar de novo, mas perder você sem nem tentar foi muito pior.
— Harry, eu realmente não sei o que dizer.
Ele sabia que tinha errado, que havia te magoado profundamente, mas também sabia que precisava tentar, mesmo que fosse tarde demais.
— Você e Johnny é sério? — Sua voz vacilou.
— Não sei, Harry, só saímos algumas vezes.
— E é como era entre nós?
— Harry... — Respirou fundo. — Nada vai ser como era entre nós, mas isso não quer dizer que foi bom, você me magoou muito, eu não sei se consigo confiar em você de novo.
— Eu sei que te magoei, também sei que não posso apagar isso, mas eu quero provar que sou capaz de ser diferente agora e reconquistar sua confiança.
— Eu não sei se posso fazer isso...
— Você disse que não é sério com aquele cara e não precisa decidir agora. — Harry ousou se aproximar e segurar sua mão. — Só me deixe tentar, eu não estou pedindo para você voltar comigo, só quero a chance de começar de novo, só te peço um encontro.
— Um encontro?
Vocês nunca haviam tido um encontro de verdade.
— Sim, sem pressão, só eu e você, como deveria ter sido desde o início, só me deixe tentar.
— Tudo bem, um encontro e mais nada.
— Obrigado por me dar essa chance. — Ele disse suavemente. Então, para sua surpresa, ele inclinou e deixou um beijo leve em sua bochecha, arrancando um sorriso tímido de seus lábios.
— Boa noite, Harry.
— Boa noite.
Você ficou parada à porta, observando enquanto ele desaparecia, meu coração estava uma confusão de sentimentos, mas uma coisa era clara pela primeira vez, Harry estava disposto a lutar por você e talvez isso fosse o suficiente para recomeçar.
32 notes
·
View notes
Text
Yes Sir! —Capítulo 33
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá somente o ponto de vista de Harry, desta vez.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Harry
Algo em mim morreu hoje.
Ela não quer mais me ver.
Minha respiração estava pesada, irregular, eu queria gritar, implorar, mas não havia mais ninguém para ouvir, eu me apoiei na parede, sentindo meus joelhos vacilarem.
Eu fodi tudo.
Descendo as escadas, meus pés pareciam agir sozinhos, enquanto minha cabeça estava presa naquele apartamento, naquela sala onde Aurora me olhou como se eu fosse o pior tipo de homem.
E ela estava certa.
Cheguei ao carro sem nem perceber o trajeto, ele estava estacionado em frente à minha casa, eu deveria entrar em casa, mas ao invés disso, abri a porta do carro e me joguei lá dentro.
Eu sou a razão de tudo isso, Violeta, Aurora, as meninas, nada disso estaria assim se eu tivesse sido alguém melhor.
Por que fui me apaixonar por Aurora?
Por quê?
Com força, bati as mãos no volante, sentindo a dor irradiar pelos dedos, não foi suficiente, fiz de novo e de novo.
Não chora, Harry.
Não aqui.
Não assim.
Girei a chave na ignição e o motor rugiu, não fazia ideia de para onde estava indo, só precisava sair dali, precisava escapar de mim mesmo, do rosto de Aurora, da dor que parecia corroer tudo por dentro. Dirigi sem rumo, esqueci dos sinais, dos limites de velocidade, de tudo, a única coisa que ouvia era o eco daquela última frase dela.
"Vai embora"
Eu fui.
Quando finalmente parei, estava em um bar, por algum motivo eu sempre acabava ali. Esse era pequeno, decadente, com uma placa de neon que mal funcionava, o tipo de lugar aonde as pessoas iam para esquecer o mundo.
Era exatamente o que eu precisava.
Desliguei o carro, me arrastando até a entrada, a porta rangeu quando empurrei, um cheiro forte de álcool, cigarro me atingiu, havia poucos clientes ali, todos perdidos no próprio abismo, como eu, passei direto para o balcão, o barman era um homem com barba grisalha mal-humorado.
— O que vai querer? — Perguntou assim que me sentei na banqueta na frente dele.
— Uísque duplo.
Ele serviu a bebida em um copo que parecia sujo, mas era a última coisa que ligava agora, peguei-o com mãos trêmulas, antes de virar tudo de uma vez, a queimação desceu pela minha garganta como fogo, mas era uma dor que eu sabia suportar.
— Outro. — Pedi, antes mesmo que o copo estivesse vazio no balcão.
Depois pedi mais um.
Eu só queria sentir outra coisa.
E mais um.
Conforme o álcool fazia efeito, o mundo ao meu redor ficou mais embaçado e distante, mas não o suficiente.
Nunca seria suficiente.
Será que algum dia vou conseguir escapar de mim mesmo?
Não importava o quanto bebesse, a dor continuava ali, crescendo, se espalhando como uma maldita doença que não tem cura.
Eu me odiava.
Tudo isso era culpa minha.
Que patético...
Eu sou patético.
Não percebi quanto tempo passou até ouvir as risadas, elas vieram de uma mesa próxima, mesmo sem querer, comecei a prestar atenção no grupo de homens tão bêbados quanto eu.
— Cara, esse meu cunhado é um frouxo mesmo, minha irmã traiu ele com o melhor amigo do cara e ele não percebeu. — O sujeito inclinava-se para frente, os braços sobre a mesa.
— Ah! Mas seu cunhado deve ter dado motivo, né? Eu sempre digo: quem não cuida da mulher dá espaço para o amigo cuidar. — O outro riu alto, reclinando na cadeira, quase derrubando a cerveja.
Eu senti o sangue subir.
— Imagina tua mulher te traindo e ainda sorrindo na tua cara? — Um terceiro tinha o riso escancarado. — Tem que ser muito trouxa para não ver! Ele largou dela?
— Largou nada! Está com ela de novo, agora, tá lá, buchuda do corno manso ou do amiguinho dele, ela nem sabe de qual é! — O primeiro gargalhou, batendo com força na mesa.
A risada deles encheu o bar.
Idiotas.
— Voltar para a mulher depois? — O terceiro zombou. — Decide, cara! Ou é corno, ou é fracote.
Meus dedos apertaram o copo com tanta força que achei que o vidro fosse rachar, eu me virei na direção deles, sentindo o calor subir pelo meu corpo.
— Ei, que tal calarem a boca?
Os homens olharam para mim, surpresos, um deles grande e com músculos saltados, arqueou uma sobrancelha.
— Tá falando com a gente?
— Tô, sim, vocês não têm nada melhor para fazer do que falar merda? — retruquei.
— Acho que o cara aqui bebeu demais, que tal você cuidar da sua vida, amigo? — Ele riu, balançando a cabeça.
— Que tal você ir se foder? — Levantei do meu banco.
O homem se levantou, caminhando na minha direção.
— Cuidado com o que fala, ou isso não vai ficar bom para o seu lado.
— E você, fazer o quê, herói? — Olhei para ele, sentindo a raiva pulsar em minhas veias.
— Eu vou até aí e te arrebentar.
No fundo, eu estava implorando por isso.
Queria sentir qualquer coisa que não fosse essa dor insuportável.
— Então vem.
Foi rápido.
Ele avançou para cima de mim, dando o primeiro soco.
Era isso que eu queria.
Dor.
Eu reagi instintivamente, acertando o lado do rosto dele com toda a força que me restava, ele cambaleou, mas voltou com mais força, o próximo soco me derrubou sobre uma mesa.
Mas era exatamente o que eu queria.
Mais.
Eu precisava de mais.
— É só isso que você tem? — Ri.
O homem me puxou de volta e ele deu mais um soco, dessa vez no estômago, fui rápido em acertar mais um golpe duro em seu rosto, tão forte que acho que quebrei minha mão na maldita cara daquele idiota, ele me ergueu pela gola da camisa, me acertando mais uma vez.
— É isso que você queria, seu babaca?
— Sim. — Eu cuspi sangue em seu rosto, encarando-o nos olhos com um sorriso irônico.
— CHEGA! — O barman gritou! — Eu vou chamar a polícia!
Os sons começaram a se dissipar, todos começaram a sair dali, eu estava no chão, o sangue escorrendo da boca, meu olho direito mal abria, meu corpo estava latejando, mas a dor física era nada comparada com meu coração dilacerado.
Com as pernas trêmulas e o corpo doendo, tropecei até a porta e saí cambaleando para o estacionamento até tudo simplesmente desaparecer.
...
Eu não sabia como tinha parado ali, eu estava deitado em uma maca desconfortável, quando me dei conta de que estava em um hospital, me sentei, minha visão oscilava entre a realidade e minha embriaguez, minha testa estava pegajosa, o sangue seco começava a grudar na pele. O pronto-socorro era um caos de vozes, passos apressados e bipes insistentes das máquinas, o ar cheirava a antisséptico e a luz branca era insuportável.
— Senhor... — Uma voz hesitante chamou à minha direita. — O senhor não deveria estar sentado, deite-se.
Levantei o olhar apenas para encontrar um garoto, não, um moleque parado ali segurando um prontuário, ele não devia ter mais que vinte e poucos anos, seus olhos estavam arregalados, claramente avaliando meu estado deplorável.
— Eu não vou deitar, quem é você, como eu cheguei aqui?
— Sou... sou o Dr. Martins, na verdade, sou residente, eu vou cuidar do senhor esta noite.
A mão dele tremia ao folhear o papel, o jaleco parecia grande demais para seu corpo magro.
— Isso só pode ser piada, né? Vá chamar um doutor de verdade!
O garoto deu um passo para trás, desconcertado.
— Senhor, nesse horário não há muitos médicos, mas eu prometo que vou cuidar bem do senhor, sua mão parece quebrada e sua testa, ela vai precisar de pontos. — Ele apontou para o corte, visivelmente indeciso sobre por onde começar.
— Você acha? — Retruquei. — Ou você tem certeza? Você, por acaso, sabe o que está fazendo mesmo?
— Eu... Sim.
— Eu quero um médico agora. — Gritei, sentindo a dor latejante em minha testa.
— Eu vou chamar o médico responsável pelo plantão.
Sem esperar por minha resposta, ele praticamente correu para fora da sala, deixando-me sozinho.
Idiota.
Eu fechei os olhos, tentando respirar fundo, isso estava longe de acabar.
— Você só pode estar de brincadeira comigo, então é você que está causando problemas para meus resistentes? — Aquela voz maldita, eu reconheceria em qualquer lugar.
Bryan.
Agora realmente estava no fundo do poço.
Abri o único olho que parecia estar bom lentamente, lá estava ele vestido com aquele jaleco impecável, os braços cruzados, os olhos fixos em mim com aquela expressão que eu odiava tanto.
— Que bela visão, olhe só para você, sujo, sangrando, fedendo a álcool e honestamente isso deve ser o destino, me mostrando que o fundo do poço tem porão. — Bryan deu um riso debochado. — Eu sou o médico responsável, prazer em te rever, Styles.
— Vai se ferrar, Bryan.
Eu estava uma bagunça, completamente bêbado, com a mão provavelmente quebrada e um olho roxo e agora frente a frente com o homem que mais desprezava no mundo, o universo só poderia estar brincando comigo.
— Deixe-me adivinhar, você se meteu em uma briga em um bar, não é? Porque só um idiota bêbado arranjaria confusão e acabaria assim.
— Eu não vou deixar você me tocar, chama outro médico aí. — Me levantei, tentando dar um passo à frente, mas a tontura me fez cambalear.
— Meu trabalho é cuidar de pacientes, infelizmente para mim você se enquadra nessa categoria hoje, então cala a boca, senta aí e não complica as coisas.
Eu quis socar aquele sorriso arrogante do rosto dele, mas considerando que uma das minhas mãos estava quebrada, isso não parecia uma boa ideia.
— Eu não vou ser tratado por você. — Dei um passo instável para trás, sentando novamente na maca. — Chame outro médico.
— Olha, Harry, eu poderia deixar você sair daqui e se virar sozinho, mas seria irresponsável, então deixe que eu examine essa mão. — Bryan suspirou, passando a mão pelo rosto.
— Eu não vou ser tocado por você! Prefiro que ela apodreça!
— Sempre tão dramático, não é? — Ele cruzou os braços, inclinando a cabeça. — Você está aqui porque precisa de ajuda, então, por que não deixa o orgulho de lado por uma vez na vida?
— Orgulho? — Dei uma risada amarga. — Você destruiu minha vida, Bryan, está tentando roubar a minha filha e agora quer que eu confie minha saúde a você?
— Ah, claro, porque todos os seus problemas são culpa minha, não é? — A calma dele era uma provocação, um lembrete de que ele sabia exatamente onde me atingir.— Você quer culpar alguém, Harry? Olhe no espelho.
— Você não passa de um verme, um oportunista que se aproveitou de cada brecha na minha vida para tentar tomar meu lugar e quer dar sermão em mim?
— Seu lugar? — Ele soltou uma risada sarcástica. — O lugar que você abandonou? Eu nunca tentei tomar o seu lugar, você é que o deixou vazio.
Eu estava perdendo o controle, me levantei, ignorando a dor alucinante na mão.
Eu ia matar aquele idiota.
— Vai me bater? — Ele ergueu uma sobrancelha. — Com essa sua mão inútil? Quero só ver.
— É o que vamos ver.
Eu já estava pronto para quebrar minha outra mão quando ouvi a voz dela.
— Harry! — Violeta entrou apressada.
Seus cabelos estavam desgrenhados, ela usava uma blusa larga e um pijama por baixo.
— O que você está fazendo aqui? — Minhas pernas fraquejaram e tive que me esforçar para ficar em pé. — Você ligou para ela? Você ousou ligar para minha esposa? — Fui novamente para cima dele, mas Violeta segurou meu peito a tempo.
— Para! — Me empurrou para trás. — Me ligaram quando encontraram você desmaiado na frente de um bar qualquer, o que aconteceu?
— Um cara no bar veio para cima de mim.
— E como você foi parar num bar? Você disse que iria encontrar um amigo do trabalho, como acabou aqui, o que está acontecendo com você?
— Não é assim tão simples de explicar. — Voltei a sentar na maca.
— Eu preciso saber, Harry, por que você está aqui, machucado, bêbado, gritando como um louco no meio da madrugada?
— Olha, vocês dois podem terminar o drama familiar depois? — Bryan murmurou, trazendo nossa atenção de volta para ele. — Eu não tenho a noite toda, tem outros pacientes que precisam de mim.
— Pode ir, eu não vou ser tratado por você, já disse.
— Harry, você vai. — Violeta ordenou.
— Prefiro morrer.
Ela estreitou os olhos, cruzando os braços sobre a barriga.
— Você acha que isso vai resolver alguma coisa? Olha para você! — Suspirou, massageando as têmporas.— Tive que deixar nossas filhas em casa, sozinhas, no meio da madrugada, enquanto estou grávida, para vir lidar com você.
— Eu não pedi que você viesse.
— Não pediu?— Balançou a cabeça desacreditada, apontou o dedo para mim como se quisesse perfurar meu peito. — Você acha que tem o direito de se afundar na bebida e brigas enquanto sua família está em casa te esperando?
Antes que eu pudesse responder, aquele desgraçado decidiu entrar na conversa de novo.
— Deixa, vi! — Ouvir ele chamar ela assim fez meu sangue ferver. — Aqui estão as orientações básicas. — Ele deu um passo à frente, ignorando meu olhar mortal e estendeu um formulário para Violeta. — Se ele quiser continuar com essa atitude, é problema dele.
Antes que ela pegasse, me levantei, arrancando o papel dele com minha única mão que ainda prestava, amassando-o com raiva.
— Não teste minha paciência, Bryan. — Atirei o papel na cara dele.
Ele não recuou, só deu aquele sorriso arrogante e debochado.
Eu queria matar aquele homem.
— Para de palhaçada, você vai se sentar, vai calar a boca e vai deixar o Bryan cuidar disso, porque honestamente você não tem escolha.
— Eu não vou...
— Vai sim! — Sua voz aguda ecoou nos meus ouvidos.— Estou grávida, Harry, estou cansada e você não vai sair daqui sem ser atendido.
Meu corpo inteiro tremia de raiva, mas veja ali, desesperada, desapontada, me fizeram ceder, relutantemente me sentei de volta na maca.
— Ótimo. — Bryan disse com uma falsa simpatia. — Vamos começar com a sua testa, preciso limpar isso antes de dar os pontos, depois, vamos ao raio-x para ver o que fazer com a sua mão.
Eu o encarei com um ódio, mas ele parecia imune a isso.
Idiota metido.
Ele puxou uma bandeja com algodão e antisséptico, posicionando-se diante de mim com o mesmo ar superior de sempre, quando tocou minha testa com o algodão encharcado, doeu pra cacete.
— Isso vai doer um pouco. — Ele sorriu. — Quer dizer, para você, para mim, vai ser um prazer.
— Cale a boca, Bryan. — Violeta retrucou sem muita paciência.
Bryan enfim cessou suas provocações, fazendo seu trabalho. A dor da sutura se misturava com a humilhação esmagadora que queimava dentro de mim de estar sendo cuidado por ele.
— Pronto, agora vamos para o raio-x.
Me levantei com dificuldade, tropeçando ligeiramente devido à tontura, vi o olhar de Violeta cheio de decepção.
Por um instante, me perguntei como as coisas chegaram a esse ponto.
...
O curativo na minha testa ainda coçava, mesmo depois de alguns dias desde que saí do hospital, a mão engessada repousava sobre a mesa do meu escritório, enquanto minha mente permanecia num turbilhão constante por causa de Bryan.
Era quase um alívio, por mais cruel que parecesse, focar nele significava escapar, ainda que por pouco tempo, de Aurora, mas a verdade era que Aurora estava lá como uma sombra atrás de cada pensamento, eu podia fingir que não a via, mas ela sempre estava lá.
Sentia um nó na garganta enquanto encarava o telefone sobre a mesa, eu precisava de ajuda se quisesse impedir Bryan, ele não ia desistir, ele queria aquele teste de DNA, eu sabia que ele não pararia até conseguir.
Não havia outra saída, disquei o número de um dos meus amigos mais confiáveis no ramo, um advogado que sabia exatamente até onde as leis podiam ser distorcidas.
— Anderson?
— Harry? Está tudo bem? Você nunca me liga.
Como iria explicar tudo?
— Eu... — Minha voz falhou, respirei fundo tentando continuar.— Anderson, preciso de um favor, é complicado, mas preciso de você.
— Claro, o que você precisa?
Eu expliquei a ele cada pequeno detalhe, a traição de Violeta, a dúvida sobre Aurora, a insistência de Bryan pelo teste, eu tentei me manter controlado, mas sabia que minha voz estava trêmula e meu choro estava engasgado em minha garganta, era humilhante demais admitir aquilo.
Anderson ficou em silêncio constrangedor e eu senti um nó apertando meu peito.
Ele estava me julgando? Ou achava que eu era um fracote por deixar as coisas chegarem a esse ponto?
— Harry... — Ele começou, cauteloso. — Se Violeta não concordar com o teste, Bryan não tem muito o que fazer, mas se ela ceder.
— Ela não vai — tentava me convencer mais do que a ele. — Ela não pode.
— E se ela mudar de ideia? — Ele hesitou. — Harry, você sabe que, legalmente, ele pode ter argumentos, especialmente se for provado que há uma possibilidade de paternidade.
— Anderson, eu não posso permitir que Bryan faça parte da vida de Aurora.
— Harry, eu entendo sua frustração, mas precisa manter a cabeça no lugar, esse tipo de situação pode sair do controle rapidamente.
— Eu já perdi o controle, Anderson, eu preciso que você me ajude a encontrar uma saída, alguma coisa.
— Talvez você deva investigar Bryan, descobrir algo que possa usar, porém, isso pode ser um caminho perigoso.
— Anderson, eu não me importo com isso.
— Entendi, — Anderson suspirou. — Mas, Harry você precisa estar preparado para todas as possibilidades, bem você sabe...
— Eu sei. — Interrompi antes que ele dissesse aquelas palavras.
Não.
Eu precisava de algo contra Bryan.
Algo que o fizesse recuar.
Eu precisava proteger a minha filha.
Minha filha.
...
Quando cheguei em casa, já era noite, a casa estava quieta, subi indo até o quarto de Aurora que dormia tranquilamente, deixei um beijinho em sua testa e fui até o quarto de Isadora que estava no computador, disse para ela ir dormir e só recebi uma revirada de olho.
Violeta estava no quarto sentada na cama com um livro aberto no colo, mas claramente não estava lendo, ela me olhou quando entrei, seus olhos pareciam cansados, fui direto para o banheiro, precisava de um longo banho depois de meia hora finalmente fui até a cama e deitei ao lado dela.
— Dia difícil? — Se aninhou mais perto de mim.
— Muito, falei com Anderson hoje, nós vamos impedir que Bryan faça esse teste. — Deixei um pequeno beijo em sua têmpora. — E como vocês estão? — Acariciei sua barriga.
— H, você não acha que talvez seja melhor deixar isso para lá ou deixar a Aurora fazer teste e acabar logo com isso? — Ela ignorou minha pergunta, voltando nesse assunto ridículo.
— Você está de sacanagem comigo? — Meu corpo inteiro se enrijeceu. — Você quer que eu fique parado enquanto Bryan tenta roubar nossa filha?
— Eu só quero que isso acabe.
— Eu também, mas não assim, não com Bryan conseguindo o que ele quer.
— Estou com medo de que você piore as coisas, Harry eu já não consigo te reconhecer, as coisas que tem feito ultimamente estão fora de controle, tudo isso a troco de quê? — Finalmente me encarou, com seus olhos marejados.
— Você não entende, não é? Não se trata só do teste, violeta, eu me sinto um fracasso, você me traiu e agora minha filha pode não ser minha, eu tenho vergonha do que se tornou a nossa vida.
— Vergonha? — Seus olhos encheram-se de lágrimas.
Ela começou a chorar virando o rosto, eu sabia que estava sendo duro, mas era impossível segurar minha frustração e dor agora, violeta se levantou desajeitada com o peso da barriga e começou a pegar seu travesseiro e uma coberta.
— Onde está indo?
— Eu vou dormir, mas não consigo dormir com você agora.
— Vi, por favor. — Segurei a coberta que estava em suas mãos. — Não faça isso.
— Eu estou cansada de brigar, cansada de tudo isso.
— Me desculpe, eu não queira ter falado aquelas coisas, é que eu não posso deixar isso acontecer, Violeta, não posso. — Eu podia ver a mágoa em seus olhos, enquanto ela se manteve calada. — Deixa que eu vou, fique. — Levantei-me apressado, pegando minhas coisas, não esperando uma resposta.
Eu saí de lá indo para o quarto de hóspedes e, no fundo, sabia que toda essa luta estava nos destruindo lentamente. A noite parecia ainda mais longa e pesada no quarto de hóspedes, virei-me na cama pela décima vez, tentando encontrar uma posição que me desse um pouco de paz.
Não consegui.
Eu sabia que deveria dormir porque amanhã tinha um dia longo, mas o sono era um luxo que minha mente inquieta não permitia, fechei os olhos, mas, como sempre, os pensamentos vieram rápido demais.
Violeta.
Aurora.
Minha família.
As escolhas que fiz e os caminhos que tomei, eles se misturavam em um turbilhão de sentimentos conflitantes e cada um cobrando um preço.
Aurora.
Mesmo aqui, no silêncio da noite, sua imagem invadia meus pensamentos, seu sorriso, sua voz, seu cheiro, por alguns momentos, deixei-me levar.
Era um perigo pensar nela agora.
Eu sabia disso.
Sabia que, se continuasse, não conseguiria me focar no que realmente importava.
Minha família.
Respirei fundo, tentando afastar seu rosto da minha mente.
Isso não era sobre ela.
Não agora.
Eu precisava me concentrar em Bryan, ele ainda estava lá como uma sombra, ameaçando tudo o que eu amava, ele não ia tomar o que era meu.
A noite não podia terminar assim, Violeta e eu precisamos estar bem e juntos para impedi-lo.
Levantei-me caminhando até o nosso quarto, a porta rangeu levemente quando a abri, a luz amarelada do abajur ainda iluminava o ambiente, Violeta estava deitada de lado, mas eu sabia que ela não estava dormindo.
— Vi? — Ela se virou olhando para mim com seus olhos vermelhos e um pouco inchados. — Posso entrar? — Ela assentiu, fechei a porta atrás de mim, sentei-me na beirada, hesitando por um momento. — Me desculpe, pelas noites fora, pelo que disse, por ter surtado daquele jeito.
— Estou cansada de desculpas. — Violeta piscou, os olhos cheios de lágrimas que ela relutava em deixar cair.
— Vi, eu não tenho as palavras certas para consertar tudo de uma vez, mas posso começar dizendo o quanto vocês são importantes para mim, por isso eu fico assim.
— Só quero que a gente fique bem de novo.
Respirei fundo, estendendo a mão que não estava quebrada para tocar a dela, quando ela não recuou, aproveitei o momento para me aproximar, lentamente, passei os dedos pelo seu rosto, ela fechou os olhos, relaxando em minha mão.
— Você é tão linda — sussurrei, aproximando meu rosto do dela.
— Esse é seu jeito de tentar fazer as coisas ficarem bem? — Abriu os olhos com um sorriso. — Com elogios bobos?
— Talvez. — Inclinei-me, tocando seus lábios suavemente com os meus.— E não são bobos, você realmente está linda.
— Linda?— Ela balançou a cabeça. — Estou enorme, Harry.
— Enorme? — Levantei uma sobrancelha, inclinando-me para beijar sua testa. — Você está linda, se me permite dizer, irresistível.
— Idiota.
Eu não esperei mais, inclinei-me novamente para beijá-la, ela correspondeu de imediato, seus dedos se agarrando à minha camisa como se tivesse medo de que eu fosse desaparecer, logo o beijo começou a ficar mais intenso, como se estivéssemos tentando desesperadamente nos reconectar, por um segundo nós afastamos para respirar, aproveitei para deitar ao lado dela a puxando para mim novamente, minhas mãos exploravam cada curva do seu corpo, enquanto os dela deslizavam por meus ombros e braços, eu estava sendo o mais cuidadoso possível, mas o calor entre nos só aumentava.
— Harry... — Ela gemeu entre o beijo, quase implorando. — Eu quero, como eu quero, mas não sei se é seguro com o bebê.
Minha respiração estava acelerada, meu corpo ainda ansiava por ela, mas eu sabia que ela tinha razão.
— Nós vamos perguntar ao médico, ver o que podemos fazer, ok? Não quero nada que coloque você ou o bebê em risco. — Inclinei-me, roçando os lábios nos dela. — Não se preocupe.
— Acho que nunca vi você tão ansioso assim. — Soltou uma risadinha.
— É porque estou. — Dei um sorriso torto, acariciando seus cabelos. — Quero tanto você.
Ela suspirou, relaxando contra mim, eu a puxei para o meu peito, minha mão descansando em sua barriga, ficamos assim, envolvidos um no outro, até que seus olhos começaram a se fechar.
Como eu ainda podia amá-la tanto, depois de tudo?
Talvez o meu amor por ela realmente fosse algo que eu não pudesse controlar, ele estava lá, mesmo quando eu não queria admiti-lo.
Por incrível que pareça eu havia acordado de bom humor aquela manhã, olhei para o lado e Violeta estava esparramada na cama, a barriga redonda subindo e descendo suavemente com sua respiração, minha mão deslizou lentamente até seus cabelos, enrolando uma mecha entre os dedos, ela se mexeu levemente abrindo os olhos com dificuldade.
— Bom dia — murmurei, minha voz ainda rouca de sono.
— Bom dia.
— Você sabia que fica ainda mais bonita pela manhã?
— Acho que você precisa de óculos novos. — Riu, revirando os olhos.
— Estou falando sério, mesmo na terceira gravidez, você continua tão linda quanto no dia em que nos conhecemos. — Ela desviou o olhar, mas eu a segurei pelo queixo, gentilmente, para que voltasse a me encarar. — Eu te amo.
— Eu te amo muito mais.
— Preciso tomar um banho e me arrumar para o trabalho — murmurei, depositando um beijo em sua testa antes de me levantar.
O banho foi rápido, saí do banheiro com a toalha amarrada na cintura, encontrando Violeta sentada na cama, os olhos fixos em mim.
— Você me encarando assim está me dando ideias de atrasar ainda mais para o trabalho, sabia?
— Não posso admirar meu homem? — Ela tinha um sorriso travesso nos lábios.
Eu ri, enquanto pegava meu terno no armário, sentindo o olhar dela em cada movimento, entre colocar a camisa branca até ajustar a gravata no espelho, quando terminei de ajeitar o paletó, virei-me para encará-la.
— Está babando, aí. — Brinquei enquanto calça os sapatos.
— E você deveria me agradecer por isso — Retrucou.
Me aproximei, até que nossos rostos estivessem a poucos centímetros de distância.
— Ah! Como eu agradeço por isso. — Depositei um longo beijo em seus lábios.
— Não se esqueça da consulta depois do trabalho, tá?
— Nunca. — Segurei sua mão por um instante, levando-a aos lábios. — Vou estar lá, prometo.
Ela assentiu, mas antes que eu saísse do quarto, ouvi sua voz novamente.
— H...
— Hm? — Olhei por cima do ombro.
— Você fica muito sexy de terno.
Balancei a cabeça, rindo, enquanto seguia para o corredor.
Hoje realmente seria um bom dia.
...
Talvez eu tivesse me precipitado, porque aquela sala mais para um inferno do que para meu escritório, entre os papéis espalhados, pilhas de trabalhos mal escritos e uma dor de cabeça latejante, eu me perguntei pela milésima vez por que exatamente tinha me levado a dizer sim para essa reunião. Lily estava sentada na minha frente, os braços cruzados, o sorriso arrogante e aquele maldito olhar que ela sabia mais do que eu gostaria.
— Professor Styles. — Inclinou a cabeça. — Acho que um B– seria justo, considerando as circunstâncias.
Circunstâncias?
Garota ridícula.
Como se a chantagem dela fosse uma estratégia digna de aplausos.
— Lily. — comecei, apertando o lápis na minha mão. — Seu trabalho está deplorável, carece de argumentos sólidos e sua análise é tão superficial quanto você, então eu diria que um C seria mais apropriado.
— Seria decepcionante, sabe a faculdade, perder um professor tão promissor como você, não acha? — Ela piscou devagar, inclinando-se levemente para frente.— Acho que você poderia reconsiderar, afinal, um B– não é pedir tanto, certo?
Meu rosto permaneceu impassível, mas por dentro eu fervia, se ela achava que isso me intimidaria, ela claramente subestimava o quanto eu estava cansado de suas insinuações, engoli seco, anotando na folha à minha frente. Um B– não porque ela merecesse, mas porque eu precisava que ela me deixasse em paz, se Lily queria ser uma advogada medíocre, o problema não era meu.
— Vou reconsiderar. — disse finalmente, olhando para o relógio na parede. — Agora, se não se importa, tenho outro compromisso.
— Obrigada, professor, você é muito justo. — Ela sorriu, satisfeita, enquanto recolhia a bolsa.
Justo?
Sua...
Engoli a palavra, resistindo ao impulso de dizer algo que me faria perder o emprego.
Assim que a porta se fechou atrás dela, soltei um suspiro profundo, esfregando o rosto com as mãos, na minha mesa, peguei o número que Anderson havia me dado.
Jhonatan Stelfeld, Investigador Particular.
Meu dedo pairou sobre o telefone por alguns segundos antes de discar. Do outro lado da linha, a voz grave e firme atendeu.
— Stelfeld falando.
— Sr. Stelfeld. — tentei soar confiante. — Meu nome é Harry Styles, tenho uma situação complicada e preciso dos seus serviços.
— Complicado como?
— Quero que investigue um homem, ele tem se aproximado da minha família e quero saber tudo sobre ele, se há algo que possa ser usado contra ele, quero saber.
— Muito bem, vou aceitar o caso, vou precisar de todas as informações que você tiver sobre esse homem e quero deixar claro que isso não será rápido nem barato.
— Dinheiro não é problema.
Desliguei e joguei o telefone sobre a mesa, meu coração batendo rápido.
Eu estava indo longe demais?
Qualquer pai faria o mesmo para proteger sua filha.
...
O hospital sempre teve uma sensação estranha para mim, mas hoje, eu estava otimista, era raro eu me sentir assim depois das frustrações que venho tendo nesses últimos meses, mas a ideia de finalmente saber do médico se estava tudo bem o suficiente para voltarmos a ter nossa vida sexual, talvez fosse egoísta, mas eu via isso como um sinal de que ainda havia algo para salvar entre nós.
— Olá, como posso ajudar? — A recepcionista, uma jovem com um sorriso profissional demais para o meu gosto, falou com familiaridade.
— Temos uma consulta agendada com Dr. Payne, Harry e Violeta Styles.
— Ah, Sra. Styles, você voltou rápido! Esta é a segunda consulta esta semana, não é? Aquela menininha que veio com você era adorável.
Minhas sobrancelhas franziram no mesmo instante, por um momento, achei que tinha entendido errado.
— Que menininha? — Minha pergunta saiu antes que eu pudesse processar completamente o que tinha acabado de ouvir.
— Ah, deve ser algum engano. — Violeta levantou o olhar para ela, hesitando. — Você se confundiu.
— Não, não, tenho certeza! Você veio há dois dias com uma garotinha de acho que uns dois anos? Era muito fofa, todas nós ficamos apaixonadas por ela, acho que o nome dela era Aurora. — A recepcionista continuou casualmente:
Senti um nó se formar no meu estômago.
Virei o rosto para Violeta, tentando manter minha voz controlada, mas era como tentar conter uma tempestade.
— Você trouxe Aurora aqui? Por quê? O que você fez, Violeta?
— Harry, agora não. — Sua voz mal saiu.
— Agora não? Repeti, incrédulo. — Você trouxe nossa filha para cá e não achou que eu deveria saber? Que diabos está acontecendo aqui?
Antes que eu pudesse pressioná-la mais, a recepcionista, aparentemente alheia ao que estava acontecendo, continuou.
— Ah, senhora Styles, sobre o exame, o resultado sai na próxima semana, viu? O genitor já apareceu para o teste, então vai sair rápido, geralmente os homens demoram para aceitar esses testes, mas esse estava bem disposto.
Meu corpo inteiro ficou tenso.
Senti o ar deixar meus pulmões.
Não, não, não...
Isso não estava acontecendo.
Eu tinha sido claro com ela.
Isso só podia ser mentira.
Era uma mentira.
— Você fez a minha filha fazer aquele teste? — Me virei para Violeta, o rosto dela agora tão pálido quanto uma folha de papel.
— Harry, por favor... — A voz dela era tão baixa, quase implorando.
— Você fez a minha filha fazer aquele teste? — Repeti, cada palavra saindo com dificuldade para manter a calma e o resquício de sanidade que me restava.
Ela abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu.
PORRA!!!
NÃO
NÃO
NÃO
Eu sabia pela maneira como ela evitava meu olhar, como as mãos dela tremiam.
Não era possível.
Ela não teria feito isso.
Não sem me contar.
Não depois de tudo o que conversamos.
Não depois de eu continuar a confiar nela.
Como ela pôde?
Por quê?
— Senhor e senhora, Styles? O doutor está pronto para vocês.— Uma enfermeira chamou da porta, a voz interrompendo o caos dentro da minha mente.
Por um momento, fiquei paralisado.
Tudo dentro de mim queria explodir.
Mas não ali.
Não na frente de estranhos.
Respirei fundo, o ar entrando e saindo com dificuldade, sem olhar para Violeta, dei um passo em direção à sala de consulta.
— Vamos. — Murmurei, controlando minha voz o máximo que pude, mas dentro de mim, eu estava segurando um vulcão prestes a entrar em erupção.
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
#styles#one direction#senhora styles#1d imagines#imagineshot onedirection#imagines one direction#harry#harry styles#imagine harry styles#daddy harry styles#harry styles cheating#harry styles comfort#harry styles and y/n#harry styles and reader#harry styles x student#teacher x student#student x teacher#teacher writing#angst writing#writers on tumblr#writing fiction#harry styles fanfic#harry styles fanfiction#fanfic#harry styles series#harry styles smut#harry styles soft#harry styles sad#harry styles dirty fanfiction#harry styles dirty imagine
12 notes
·
View notes
Text
Olha em apareceu 😍😍😍
good fuckin’ morning
291 notes
·
View notes
Note
Amiga um com o número 20, ele não está bem emocionalmente para relacionamento e ela ama ele, fala que tudo bem e se afasta um pouco dele. Depois de uns meses, Ele fica louco quando descobre que ela está saindo com outra pessoa e percebe que ama ela.
Final feliz com Hot 🔥🔥🔥🔥🔥
NotaAutora: Amigaaa me perdoa mas eu não vi que era com hot no final 😁 aí fiz todo o pedido, mas peça outro que farei hot, me desculpe mesmo só vi agora.
Frase: Não me ame, por favor! Não faça isso.
Masterlist
Harry Concept # 29
Harry estava parado à sua frente, seus olhos que tantas vezes você admirou estavam vermelhos e inchados.
— Não me ame, por favor! Não faça isso.
Aquelas palavras atingiram seu peito como se o ar tivesse sido arrancado, você piscou rapidamente, tentando organizar seus pensamentos.
Como ele podia pedir algo assim? Depois de meses juntos fingindo que não sentiam nada um pelo outro enquanto se envolviam cada vez mais, não era sua culpa que ele parecia feito sob medida para você, não era sua culpa que, mesmo sem esforço, ele havia conquistado cada parte de você.
— Harry...
— Eu não estou bem, você sabe disso, sabe que nunca quis nada sério com você porque eu não estou pronto ainda, não depois do que aconteceu entre mim e Lory, eu não consigo te dar o que você merece, S/n.
Talvez ele ainda amasse Lory e isso doía.
Mas você era forte.
Você deveria ser forte.
— Tudo bem. — Não estava nada bem. — Eu não vou te forçar a nada, Harry, só cuida de você, tá bom?
Deixando as lágrimas caírem, virou-se e foi embora, deixando-o ali.
...
Meses haviam passado desde aquela noite, você tentou se reconstruir, um pedaço de cada vez, algumas partes de você ainda pertenciam a ele, mas você sabia que precisava seguir em frente, foi então que Johnny apareceu, ele não era Harry, não havia uma intensidade avassaladora entre vocês, mas talvez fosse isso que você precisasse.
Harry obviamente descobriu sobre Johnny, afinal vocês tinham amigos em comum, ele tentou fingir que não se importava, mas não conseguiu, ele havia pedido para você não amá-lo, mas nunca imaginou que isso significaria ver você amar outra pessoa.
Só então percebeu o quanto sentia falta de você, ele tentou preencher as horas com trabalho, amigos e qualquer distração que o mantivesse longe de pensar em você, mas era uma tarefa impossível quando o som da sua risada ainda ecoava na cabeça dele e seu queiro estava impregnado em seu apartamento como uma lembrança cruel do que ele havia deixado escapar.
Ele sabia que não tinha o direito de procurá-la, mas não conseguiu evitar, ele sabia que você costumava ir à livraria no centro da cidade, aquela que tinha o café que você amava e o cheiro de livros velhos que te fazia sorrir.
Foi lá que ele a viu pela primeira vez em meses, enquanto ele te observa do outro lado da rua, ele viu algo que gostaria de apagar, Johnny beijando seus lábios, os lábios que só ele deveria beijar, Harry sabia que você estava saindo com outra pessoa, mas ver era completamente diferente de ouvir sobre isso, ele desviou o olhar, sentindo-se enojado.
Ele sabia que era isso que acontecia quando se deixa escapar alguém que ama, ele realmente a ama e demorou demais para perceber, as duas da manhã, Harry estava parado diante da sua porta, ele sabia que era loucura aparecer ali sem avisar, ainda mais naquela hora, mas ele não conseguiu dormir, porque só o que passava na mente dele era seu beijo com outro homem e agora ele precisava dizer tudo o que estava preso em sua garganta desde o dia em que pediu para você não amá-lo.
— Harry? O que você está fazendo aqui? — Você ainda sonolenta.
Ele notou que você estava descalça, usando um moletom grande demais, o moletom que era dele.
— Eu precisava te ver.
— A essa hora? Por quê?
— Eu vi você hoje com Johnny, eu não sabia que seria tão difícil ver você com outra pessoa. — Ele deu um passo à frente e você deu um passo para trás.
— Eu sabia que você estava saindo com ele, mas ver você com ele acabou comigo.
— E o que você quer agora, Harry? Você me pediu para não te amar, foi você que me afastou.
— Eu sei que fui um idiota, eu te empurrei para longe porque estava com medo, medo de amar de novo, mas perder você sem nem tentar foi muito pior.
— Harry, eu realmente não sei o que dizer.
Ele sabia que tinha errado, que havia te magoado profundamente, mas também sabia que precisava tentar, mesmo que fosse tarde demais.
— Você e Johnny é sério? — Sua voz vacilou.
— Não sei, Harry, só saímos algumas vezes.
— E é como era entre nós?
— Harry... — Respirou fundo. — Nada vai ser como era entre nós, mas isso não quer dizer que foi bom, você me magoou muito, eu não sei se consigo confiar em você de novo.
— Eu sei que te magoei, também sei que não posso apagar isso, mas eu quero provar que sou capaz de ser diferente agora e reconquistar sua confiança.
— Eu não sei se posso fazer isso...
— Você disse que não é sério com aquele cara e não precisa decidir agora. — Harry ousou se aproximar e segurar sua mão. — Só me deixe tentar, eu não estou pedindo para você voltar comigo, só quero a chance de começar de novo, só te peço um encontro.
— Um encontro?
Vocês nunca haviam tido um encontro de verdade.
— Sim, sem pressão, só eu e você, como deveria ter sido desde o início, só me deixe tentar.
— Tudo bem, um encontro e mais nada.
— Obrigado por me dar essa chance. — Ele disse suavemente. Então, para sua surpresa, ele inclinou e deixou um beijo leve em sua bochecha, arrancando um sorriso tímido de seus lábios.
— Boa noite, Harry.
— Boa noite.
Você ficou parada à porta, observando enquanto ele desaparecia, meu coração estava uma confusão de sentimentos, mas uma coisa era clara pela primeira vez, Harry estava disposto a lutar por você e talvez isso fosse o suficiente para recomeçar.
32 notes
·
View notes
Note
amigaaaaa, eu tava esperando o hot KKKKKK
vai ter parte 2???? 👀
Vou fazer uma parte 2 com hot pra vc amigaaa 💗
Me desculpe mesmo 😁
0 notes
Note
8 e 1 com o Harry plisssss
Amore amei demais seu pedido espero que goste♥️ muito obrigada por ter mandado
1 e 8 (Você não pode gritar meu nome enquanto minha família está na sala aqui do lado)/( Você acha que eles poderiam nos ouvir transando?/Sim nos podemos)
Masterlist
Harry Concept#10 “The birthday”
“ Feliz Aniversário Mãe” Harry alegremente abraçou sua querida Anne assim que ela abrira a porta de sua casa.
“ Obrigada meu doce menino.” O abraçou e beijou suas bochechas, deixando uma fofa marquinha de seu batom em cada uma delas. O que fez seu noiva rir um pouco.
“ Feliz aniversário Anne.” Desta vez sua futura nora dizer e ela a abraçou afetuosamente.
“ Obrigada S/n .”Agradeçeu os puxando para dentro. “ Todos estão lá na sala. Vão.” Ela indicou o local e ambos foram caminhando timidamente cumprimentando todos os convidados da festa.
***
Havia apenas algumas pessoas ao seu redor onde eles estavam parados, S/n tinha um par de mãos a abraçando por trás, com os anéis HS em volta da sua cintura. De vez enquando S/n se mexia suavemente entre as batidas da música, as mãos ainda firmemente nela, as apertando com mais força quando roçava em si.
“Ei Coelhinha.” Ele coloca a cabeça na curva do seu pescoço “Minha linda coelhinha", ele sussurrou depositando um beijo em seu pescoço. "Você está tão bonita hoje.” Esse comentário a fez sorrir pelo apelido — o mesmo foi dado por tanto S/n adorar pular em seu pau. “ Você me deixou excitado dançando assim.” Choramingou em seu pescoço.
“Obrigado H, tenho certeza de que sua família também sabe pelo jeito que você está me apertando” riu tomando um gole de sua bebida, vendo uma de suas tia os encarando“ Você precisava se controlar.” Zombou. “ Desde que noivamos você praticamente fica excitado em todo lugar.” Ela deu mais uma leve rebolada com a música.
“ Saber que vou me casar com a mulher mais gostosa desse mundo me deixa muito excitado, eu acabo querendo transar com ela em todos os lugares.” Defendeu-se rindo, suas mãos descendo até sua bunda, ela solta um suspiro quando ele aperta.
“Estamos em público.” O repreendeu.
"Não se preocupe", ele murmura em seu pescoço, levando sua boca para beijar seu ombro exposto. “Só quero te beijar e te foder ... você fica tão gostosa com esse vestido, porra.! Vamos embora, agora."
"Harry!" Ela se vira olhando seus olhos verdes maliciosos “Ainda não podemos. É o aniversário da sua mãe. ”
“ Por favor.” Ele faz um lindo biquinho. “ Vamos, você pode pular em mim a noite toda. Vamos S/n! Eu preciso tanto de você agora!”Ele suspira alto, seu peito enchendo de todo ar que podia. “ Não precisamos ir embora se não quiser, podemos fazer aqui mesmo.” Propôs.
“ E onde seria senhor Styles?” Ela pronunciou-se e um sorriso perveço surgiu com as covinhas.
“ Lá fora ! Agora.” Harry à puxa e vão para o lindo jardim do lado de fora da enorme casa. Com a iluminação apenas do luar Harry salpicava beijos molhados a todo o pescoço de S/n. A pressionando entre uma das paredes laterais da casa, obviamente não prestou atenção que era a da sala.Harry tirava seu fôlego em beijos ferozes e desesperados, suas mãos na barra do vestido que fez questão de levantá-lo até os quadris dela.
“ Porra você é tão gostosa.” Gemeu mordendo seu lábio inferior. “ E só minha!.” Isto a fez rir. — Desde que a pediu em casamento uma semana a trás Harry vivera numa bolha de endeusamento com esta ideia sentindo-se brilhante e excitado, se vendo querendo comemorar este acontecimento varias e varias vezes. O momento nostálgico ainda não havia passado e ele precisava sentir cada pedacinho do corpo de S/n. E ela estava linda assim, suas bochechas estavam com uma tonalidade vermelha e seu corpo tenso, enquanto os dedos de Harry brincavam com seu clitóris por cima da calcinha, a fazendo choramingar em seus lábios.
“Estou tão duro por você amor”, ele tira sua mão debaixo do vestido ouvido-a praguejar, Harry puxa sua pequena mão e a pressiona diretamente em sua protuberância. Ela o aperta levemente por cima das calças e ele solta o gemido alto.
"Shiu!! Se não alguém pode nos ouvir.”
“Não seria a primeira vez” Ele brinca e ela aperta de novo fazendo-o fechar os olhos, respirando fundo e gemer outra vez.
“ Se continuar assim nós teremos que parar e continuar na sua casa.” sussurrou.
“Com base no quanto estou duro agora, não conseguiríamos nem chegar ao carro.” Ele bufa. "Por favor, coelhinha.” Ele geme, empurrando seu pau ainda mais em sua mão. “ Eu preciso tanto de você.”
“Você não vai poder gemer muito alto, acha que consegue?” Ele concorda e ela começa a desfazer as calças dele, seu pau salta para fora e rapidamente ela envolve sua mão ao redor dele.
“ Porra!” Ele geme baixinho, empurrando contra sua mão. “ Eu não aguento mais esperar.” Murmura empurrando o vestido de S/n para cima, levantado seu corpo contra a parede, as pernas dela se enrolaram em sua cintura. Harry, absolutamente amava fode-lá contra parede e vê-la tremer acima dele enquanto gozava. Antes que ela pudesse pensar ele já estava empurrando contra ela, tentando segurar um gemido alto que estava enroscado em sua garganta. Começou a meter com força e rapidez, cada vez mais fundo, seus quadris batendo uma contra a outro, estava os consumindo pelo prazer, Harry sabia o quão perto ele estava, então encharcou dois de seus dedos e começou esfregar o clitóris de S/n para ajudá-la a gozar em torno dele.Ela não conseguia nem pensar direito, só choramingava em seu ouvido o seu nome. Ele sente a libertação dela se aproximando e empurra seus quadris tão forte quanto pode dentro dela chegando ao seu fundo sendo sua fraqueza.
“Harry” Ele grita bem alto, agarrando o ombro dele, quando seu orgasmo lhe envolve, a deixando totalmente impotente.
“ Você não pode gritar meu nome enquanto minha família está na sala aqui do lado.” A repreende .”E você falou sobre eu gemer muito alto" Ele pressiona uma de sua mãos sobre sua boca continuando a foder sentindo seu corpo enquanto a ouvia gemer por sua mão, olhá-la fechar os olhos de prazer, fez começar a formigar todo seu corpo, Harry deu um último impulso e mantendo os quadris pressionados sentindo seu esperma escorrer dentro dela, soltando um rouco gemido abafado em seu pescoço.
Ele então a coloca de volta no chão, mantém suas mãos sobre seu quadril esperando recuperarem o fôlego, Harry puxa seu vestido para baixo e veste suas calças, ele da um leve beijo em sua testa antes de entrelaçar em seus dedos durante a volta para dentro.
“ Você acha que eles poderiam nos ouvir transando?” Harry questionou alguns passos antes da entrada.
“Sim nos podemos” Gemma diz assim que abre, o coração de S/n dispara suas bochechas coradas aos olhares sobre eles. “ Nós estavam esperando os pombinhos terminar de transar para bater os parabéns e cortar o bolo. Ficaria meio difícil cantar com os gemidos altos de vocês dois ou o barrulho de vocês sobre a parede.”Ela zomba deixando ainda mais envergonhados.“ Mas entrem, depois de uma transa dessas devem estar famintos.”Gemma afirma fazendo todos caírem na risada.
“ Muito.” Harry ri entrando na brincadeira sabendo que não tinha escapatória.
Gostou? Deixe seu Feedback, não seja tímido ☺️
89 notes
·
View notes
Note
Amiga um com o número 20, ele não está bem emocionalmente para relacionamento e ela ama ele, fala que tudo bem e se afasta um pouco dele. Depois de uns meses, Ele fica louco quando descobre que ela está saindo com outra pessoa e percebe que ama ela.
Final feliz com Hot 🔥🔥🔥🔥🔥
NotaAutora: Amigaaa me perdoa mas eu não vi que era com hot no final 😁 aí fiz todo o pedido, mas peça outro que farei hot, me desculpe mesmo só vi agora.
Frase: Não me ame, por favor! Não faça isso.
Masterlist
Harry Concept # 29
Harry estava parado à sua frente, seus olhos que tantas vezes você admirou estavam vermelhos e inchados.
— Não me ame, por favor! Não faça isso.
Aquelas palavras atingiram seu peito como se o ar tivesse sido arrancado, você piscou rapidamente, tentando organizar seus pensamentos.
Como ele podia pedir algo assim? Depois de meses juntos fingindo que não sentiam nada um pelo outro enquanto se envolviam cada vez mais, não era sua culpa que ele parecia feito sob medida para você, não era sua culpa que, mesmo sem esforço, ele havia conquistado cada parte de você.
— Harry...
— Eu não estou bem, você sabe disso, sabe que nunca quis nada sério com você porque eu não estou pronto ainda, não depois do que aconteceu entre mim e Lory, eu não consigo te dar o que você merece, S/n.
Talvez ele ainda amasse Lory e isso doía.
Mas você era forte.
Você deveria ser forte.
— Tudo bem. — Não estava nada bem. — Eu não vou te forçar a nada, Harry, só cuida de você, tá bom?
Deixando as lágrimas caírem, virou-se e foi embora, deixando-o ali.
...
Meses haviam passado desde aquela noite, você tentou se reconstruir, um pedaço de cada vez, algumas partes de você ainda pertenciam a ele, mas você sabia que precisava seguir em frente, foi então que Johnny apareceu, ele não era Harry, não havia uma intensidade avassaladora entre vocês, mas talvez fosse isso que você precisasse.
Harry obviamente descobriu sobre Johnny, afinal vocês tinham amigos em comum, ele tentou fingir que não se importava, mas não conseguiu, ele havia pedido para você não amá-lo, mas nunca imaginou que isso significaria ver você amar outra pessoa.
Só então percebeu o quanto sentia falta de você, ele tentou preencher as horas com trabalho, amigos e qualquer distração que o mantivesse longe de pensar em você, mas era uma tarefa impossível quando o som da sua risada ainda ecoava na cabeça dele e seu queiro estava impregnado em seu apartamento como uma lembrança cruel do que ele havia deixado escapar.
Ele sabia que não tinha o direito de procurá-la, mas não conseguiu evitar, ele sabia que você costumava ir à livraria no centro da cidade, aquela que tinha o café que você amava e o cheiro de livros velhos que te fazia sorrir.
Foi lá que ele a viu pela primeira vez em meses, enquanto ele te observa do outro lado da rua, ele viu algo que gostaria de apagar, Johnny beijando seus lábios, os lábios que só ele deveria beijar, Harry sabia que você estava saindo com outra pessoa, mas ver era completamente diferente de ouvir sobre isso, ele desviou o olhar, sentindo-se enojado.
Ele sabia que era isso que acontecia quando se deixa escapar alguém que ama, ele realmente a ama e demorou demais para perceber, as duas da manhã, Harry estava parado diante da sua porta, ele sabia que era loucura aparecer ali sem avisar, ainda mais naquela hora, mas ele não conseguiu dormir, porque só o que passava na mente dele era seu beijo com outro homem e agora ele precisava dizer tudo o que estava preso em sua garganta desde o dia em que pediu para você não amá-lo.
— Harry? O que você está fazendo aqui? — Você ainda sonolenta.
Ele notou que você estava descalça, usando um moletom grande demais, o moletom que era dele.
— Eu precisava te ver.
— A essa hora? Por quê?
— Eu vi você hoje com Johnny, eu não sabia que seria tão difícil ver você com outra pessoa. — Ele deu um passo à frente e você deu um passo para trás.
— Eu sabia que você estava saindo com ele, mas ver você com ele acabou comigo.
— E o que você quer agora, Harry? Você me pediu para não te amar, foi você que me afastou.
— Eu sei que fui um idiota, eu te empurrei para longe porque estava com medo, medo de amar de novo, mas perder você sem nem tentar foi muito pior.
— Harry, eu realmente não sei o que dizer.
Ele sabia que tinha errado, que havia te magoado profundamente, mas também sabia que precisava tentar, mesmo que fosse tarde demais.
— Você e Johnny é sério? — Sua voz vacilou.
— Não sei, Harry, só saímos algumas vezes.
— E é como era entre nós?
— Harry... — Respirou fundo. — Nada vai ser como era entre nós, mas isso não quer dizer que foi bom, você me magoou muito, eu não sei se consigo confiar em você de novo.
— Eu sei que te magoei, também sei que não posso apagar isso, mas eu quero provar que sou capaz de ser diferente agora e reconquistar sua confiança.
— Eu não sei se posso fazer isso...
— Você disse que não é sério com aquele cara e não precisa decidir agora. — Harry ousou se aproximar e segurar sua mão. — Só me deixe tentar, eu não estou pedindo para você voltar comigo, só quero a chance de começar de novo, só te peço um encontro.
— Um encontro?
Vocês nunca haviam tido um encontro de verdade.
— Sim, sem pressão, só eu e você, como deveria ter sido desde o início, só me deixe tentar.
— Tudo bem, um encontro e mais nada.
— Obrigado por me dar essa chance. — Ele disse suavemente. Então, para sua surpresa, ele inclinou e deixou um beijo leve em sua bochecha, arrancando um sorriso tímido de seus lábios.
— Boa noite, Harry.
— Boa noite.
Você ficou parada à porta, observando enquanto ele desaparecia, meu coração estava uma confusão de sentimentos, mas uma coisa era clara pela primeira vez, Harry estava disposto a lutar por você e talvez isso fosse o suficiente para recomeçar.
32 notes
·
View notes
Text
ATUALIZADA!!!
NEW CONCEPT MASTERLIST ✨
* indica conteúdo adulto (18+)
Aquele que ele é o namorado de sua melhor amiga. *
Aquele que ele é um narcisista que não supera seu término.
Aquele que eles são amigos coloridos *
Aquele em que ele implora para ela ficar
Aquele que ela adora estar de joelhos pra ele
Aquele que ela é amiga colorida dele e diz eu te amo
Aquele que ela o ama, mas vai embora
Aquele com a primeira vez que ela diz que o ama
Aquele que eles são amigos, mas se beijam.
Aquele com sexo no carro
Aquele com o pedido de casamento
Aquele que ele é apaixonado pela namorada do amigo
Aquele que eles criam uma nova tradição*
Aquele que ela manda nudes pra seu chefe Harry Styles*
Aquele que Harry pede para beijar sua melhor amiga *
Aquele que ele é o namorado da melhor amiga dela Parte 2 *
Aquele que eles se odeiam, mas uma noite muda tudo.
Aquele que ela tem uma crise de ciúmes e vai longe demais.
Aquele que Harry sente ciúmes da sua assistente.
Aquele que ela vê as mensagens dele e encontra algo que não queria.
Aquele que ele está prestes a casar, mas ela cancela tudo
Aquele que eles são melhores amigos e se beijam
Aquele que ela está de TPM e ele a consola.
Aqueles que eles são melhores amigos e se beijam— Parte2
Aquele que ele aprende português para surpreender ela
Aquele que Harry é orgulhoso demais para admitir que sente algo.
Aquele que eles são exs namorados e sempre estão indo e voltando.
Aquele que ela sente ciúmes e ele resolve isso da melhor forma
66 notes
·
View notes
Text
Faz tempo que não trago imagine por aqui né! Preciso voltar! Sdds tenho uns praticamente prontos, vou voltar trazer coisinhas novas além da fic! Prometo.
Hoje tem Concept por aqui 💗
Aproveitem !!!
2 notes
·
View notes
Text
Só LEIAMMMM 💗💗💗💗💗💗💗💗
Hotel
N/A: Espero que vocês gostem do imagine! Escrevi com carinho para ressuscitar o perfil e animar o clima que já não está dos melhores, mediante os últimos acontecimentos. Não esqueçam de curtir, comentar e reblogar para me ajudar, é importante. Gratidão a todas que estão aqui e me seguem, mesmo diante da minha ausência. Enfim, boa leitura a todas!
AVISOS: conteúdo explícito, linguagem agressiva, traição e sexo casual. Imagine foge da realidade do Harry (ou seja, aqui, ele não é uma celebridade).
MASTERLIST | IMAGINES ANTIGOS
Assim que passei pelas grandes portas de ferro, adentrando o hall de entrada do hotel, senti que a atenção de todos se voltaram para mim. Um suspiro entediado escapou, instintivamente, dos meus lábios, logo me senti desconfortável. Sendo assim, coloquei uma das minhas mãos no pescoço, passando as unhas por um ponto específico em que começara uma coceira repentina, provavelmente resultado do meu desconforto perante toda a atenção que estou recebendo, desnecessariamente.
Ora essa, estou na Itália. Quem me reconheceria aqui? Vir para Capri aparentava ser o plano perfeito para mim, já que eu sabia que não correria o risco de tropeçar em qualquer rosto conhecido.
A passos rápidos e ágeis, me aproximei da recepção e joguei nas mãos da atendente a minha carteira de identidade. Batia com a ponta dos dedos na mesa, esperando ansioso para concluir o check-in e entrar de uma vez. No entanto, meu celular começou a vibrar, notificando algumas vezes, o que me acordou dos diversos pensamentos sujos que eu estava tendo, a respeito da mulher que está me esperando nesse exato momento.
Foi impossível não sentir meu coração saltando uma batida mediante a vibração do meu telefone no bolso da calça que uso. Passei a mão livre pelo aparelho por cima do tecido e o puxei para fora, checando rapidamente a tela e constatando que sim, é ela. — Harry Edward Styles? — perguntou a mulher, me assustando levemente. A olhei. Ela mascava um chiclete e fazia um barulho irritante pra caralho, mas eu estava tão extasiado pelo que faria a seguir que nem me importei tanto com isso.
— Isso. Sou eu. — respondi, enquanto tinha meus olhos grudados na tela do celular. Meu sorriso aumentou.
"Tô ansiosa, Harry. Vem logo!"
Haviam algumas outras mensagens, mas eu não tive tempo de ler. A mulher logo disse: — Certo. Senhor, chequei aqui os seus dados e encontramos a reserva. Há uma pessoa esperando pelo senhor no quarto-
— Eu já sei. Obrigado. — a interrompi, sem paciência para quaisquer delongas. Peguei o segundo cartão de acesso e a minha identidade, e tornei a andar, agora na direção do elevador. Cliquei no botão correspondente ao andar em que S/N estava, com o coração bombando dentro de mim de uma maneira avassaladora. Não só o meu coração... Meu corpo inteiro reagia à sequência de mensagens que ela estava a me enviar. Fotos, fotos e mais fotos de seu corpo desprovido de roupas formais. Ela usava somente uma lingerie na cor azul. A minha cor favorita, caralho.
Afrouxei a gravata e nem esperei as portas se abrirem direito, já estava quase voando na direção da porta, observando feito um maluco a numeração nas portas para encontrar a que ela está. Passei o cartão na maçaneta e a porta se abriu automaticamente. Tentava controlar o meu sorriso, mas porra, eu não conseguia. Não conseguia mesmo.
Tirei o paletó e o joguei em cima do sofá que ali havia, assim como meus sapatos e meias. Ela estava no quarto. Quando entrei, ela saiu de lá e veio abrir a porta com um sorriso, logo se aproximou. Como um animal irracional, eu só conseguia olhar para o corpo dela, imaginando as mais diversas maneiras que eu iria enfiar o meu cacete nela, para saciar o desejo que eu venho reprimindo há três meses, desde que nos vimos pela última vez, num quarto de hotel também. A propósito, nós nos conhecemos num hotel na Suiça.
Um engano. Um maldito engano no sistema do hotel foi o que me fez a conhecer, o que me empurrou para dentro de um abismo profundo de pecado e luxúria. Abismo esse que eu não tenho forças para sair... Desde que conheci S/N, eu já sabia que ela era uma grande causadora de problemas. Ou melhor, eu imaginava e meu palpite não estava errado.
— Oi, meu amor. — ela disse enquanto caminhava em minha direção. Devagar demais para alguém que tem tanta pressa... Eu não respondo. Apenas avanço na direção dela, a beijando tal qual o animal selvagem que mencionei há pouco. A agarro pela cintura, a puxando para mais perto, grudando nossos corpos de modo que ela possa sentir a minha ereção, a forma como me deixou apenas com algumas malditas mensagens e fotos. Se ela soubesse o quanto eu venho desejando esse corpo, a desejando, ela não me provocaria tanto.
A peguei no colo e carreguei até o sofá mesmo. A luz do sol era forte ali na sala, o dia estava raiando, no auge da sua magnitude. Me afastei um pouco para olhar para ela, o seu corpo, que não estava tão diferente desde a última vez em que estivemos juntos. Na verdade, S/N parecia ter rejuvenescido e isso me deixava ainda mais excitado, porra. — Tira a roupa. — ela disse, quando eu a coloquei no sofá. Disse de maneira rígida e autoritária. — Vai, Harry. — me incentivou e eu, sem pensar muito, comecei a fazer exatamente isso. Fui tirando peça por peça e olhava nos olhos dela enquanto o fazia, tendo seu sorriso diabólico e a expressão de puro tesão como incentivo maior.
S/N me puxou pela cintura para mais perto e tão rapidamente inverteu nossas posições. Logo eu estava sentado no sofá e ela em pé bem na minha frente. Sem quaisquer roupas, eu me sentia exposto mas não conseguia me importar em ter seus olhos curiosos me analisando minuciosamente.
Ela se sentou no meu colo e então me beijou. Se esfregava no meu corpo sem qualquer pudor, sua língua invadia a minha boca com tanto prazer, eu sentia pelas suas sugadas, pela maneira como me lambia e chupava, que ela fazia isso com muito prazer e vontade, o que me excita ainda mais. — Senti tanto sua falta, Hazz. Você não imagina... — para me dizer tais palavras, ela se afastou minimamente e, com um sorriso, voltou a se aproximar para lamber meus lábios com a ponta da língua. — Senti falta de foder com você, do seu corpo. De tudo. Você me fez falta, Harry. Completamente. — ela rebolava no meu cacete tão lentamente, simulando que estava, de fato, cavalgando e foi impossível não gemer baixo, algumas palavras desconexas.
Sem que eu percebesse, minhas mãos já estavam repousas em sua bunda, a trazendo para mais perto. Eu queria tanto, tanto a foder que já estava doendo, era dolorido para mim não estar dentro dela. — Senta. — eu ordenei, no mesmo tom rígido que ela usou para se dirigir a mim há pouco, mas ela só riu e cavalgou mais ainda, no entanto, a sua calcinha ainda impedia o meu pau de entrar dentro dela e, caralho, isso estava me frustrando tanto. — S/N, por favor. — eu me vi implorando, porque a vontade, o desejo estava quase me consumindo. Eu sentia que podia morrer se não a sentisse na minha volta o mais rápido possível.
— Mal começamos. Seja paciente e confie em mim. — passou os dedos pelos meus lábios e puxou o inferior para baixo com o seu polegar. Ela olhava tudo isso atentamente, sem me olhar nos olhos. — Você confia, Harry?
— Você sabe que sim, amor. — eu respondi, numa manha que me assustou completamente, mas minhas defesas estavam terrivelmente no chão, agora que estou diante dela.
S/N se afastou um pouco mais e começou a distribuir beijos em meu pescoço, lambendo, chupando, mordiscando a minha pele. Vez ou outra, ela sussurrava em meu ouvido, me instigando ainda mais. Não conseguia largar o corpo dela, mas estava tão ansioso, desejoso, sendo assim puxei o fecho do seu sutiã e o arranquei do corpo dela, tendo seus peitos quase pulando na minha cara. Um sorriso escapou de minha boca e eu me atrevi a focar-me nos dois, ouvindo-a sofregar sob minhas mãos.
Ela não se permitiu manter-se dessa maneira por muito tempo. Logo se levantou e, com um olhar misterioso, ajoelhou-se na minha frente. A visão me fez quase explodir, as lembranças bombeando na minha cabeça, todas as vezes em que fizemos isso se passavam pelos meus pensamentos, o que me empurrou para um estado de combustão ainda mais tenso e palpável. A puxei pelo cabelo, mas S/N gosta disso. Ela ria feito uma verdadeira vagabunda que estava gostando de tudo aquilo e eu sei que estava. Vejo pelo rosto dela.
Sua boca recostou-se na minha barriga e foi beijando, acariciando a minha pele bem lentamente e, dessa mesma forma, ela ia descendo suas carícias para o meu quadril, onde meu pau já estava quase perfurando o tecido da cueca que eu estava a usar. Eu só sabia me contorcer e implorar para que ela fizesse algo sobre aquilo, sentia que iria convulsionar caso ela continuasse a me torturar.
Quando ela puxou o tecido para fora do meu corpo, me descobrindo, eu suspirei de alívio, mesmo que tenha sido algo mínimo. S/N observava-me, e eu já estava pronto para reclamar, mediante a sua lentidão. Mas eu não precisei falar mais nada. Ela começou então a bater uma para mim. Lentamente. Agarrou-o pela base e, suavemente, passava a movimentar a sua mão, de cima para baixo, repetidamente e gradativamente, aumentava a sua precisão.
Enquanto o fazia, ela também começou a usar a sua boca. Tornou a diminuir o movimento de sua mão, mas para abocanhar-me com maestria, sugando-me com bastante cuidado. Aos poucos ela me engolia, provocando um turbilhão de sensações em meu corpo, todas elas gostosas demais para serem descritas em palavras. Um bufo escapou dos meus lábios, e eu já buscava apoio com as mãos. As forças pareciam ter sumido do meu corpo, enquanto S/N me chupava cada vez mais rápido; ela me engolia o máximo que podia, de modo que eu ainda comecei a ouvi-la engasgando, mas não parava o que estava a fazer.
Eu tentava conter os meus gemidos, mas era quase impossível. Principalmente quando eu a olhava, quando eu observava-a... Ela fazia tão bem que eu sentia que podia gozar só em assisti-la me chupando como há tanto desejei. — Porra. — resmunguei algo conexo finalmente e confesso que não consegui resistir aos meus instintos... Foram mais fortes que eu. Enrolei um bom tanto de seus cabelos em minhas mãos e comecei então a guiar os seus movimentos, e enquanto fazia isso, eu sentia que ela estava engasgando cada vez mais, mas não me afastou. Surpreendentemente.
Mesmo que o tesão estivesse tomando conta do meu corpo, ainda assim, eu fiquei temeroso em machucá-la, então, não prolonguei muito aquilo. Deixei que ela fizesse como queria, eu estava gostando de qualquer maneira. Assim sendo, ela se afastou um pouco para tornar a me masturbar com suas suaves mãos, e logo em seguida, passou a lamber-me de baixo para cima para tornar a me chupar, bem gostoso. Os seus movimentos e tornaram mais ágeis e deliciosos, ela deslizava tão fácil pelo meu falo, eu sentia que iria gozar a qualquer momento, meu corpo já começava a dar os primeiros indícios de que eu não estava tão longe.
— S/N... — eu gemi o nome dela, num tom mais baixo e olhando nem no fundo dos seus olhos, que já se encontravam escuros. Eu sei, tenho certeza e quase posso sentir o cheiro da excitação dela. Sei como a sua calcinha deve estar nesse segundo e só o pensamento de me enterrar todo dentro dela me fez gozar, no rosto dela. Eu assisti a minha porra escorrer pela sua pele e isso me excitou tanto.
A sensação que tomou conta de mim levou consigo as minhas forças. Fiquei um tempo respirando, tentando me recuperar e então, ela se levantou. Com um sorriso, ela me beijou. Não demorou para que eu estivesse pronto, então, a joguei no sofá. Fiquei por cima de seu corpo pequeno e olhei parava sua calcinha, estava úmida, eu sabia. A toquei e não tive a menor paciência para tirar, rasguei. O sorriso de S/N só crescia. Ela estava louca de vontade, abriu as pernas na minha frente e disse: — Me come, Harry. Eu não aguento mais esperar. — o tom manhoso que ela usou quase me fez engasgar, mas por sorte me controlei.
Me curvei para sentir o seu cheiro, seu gosto. E quando finalmente o senti, foi como se a minha alma fosse sugada para uma outra dimensão, aquilo me instigou ainda mais. S/N gemia mais descontroladamente, ela agarrou a minha cabeça e, com as pernas, me manteve ali. Com os dedos, a massageei suavemente, entrando e saindo, sentindo como as suas paredes internas os esmagavam, ela estava tão molhada, pronta, pronta para mim.
Necessitada, ela rebolava contra o meu rosto, enquanto me pedia para não parar. Eu só obedeci aos seus comandos, ao mesmo tempo que também a chupava como se o mundo fosse acabar naquele exato instante.
E iria mesmo, se eu não a fodesse de uma vez.
Quando percebi que ela estava quase lá, simplesmente parei o que estava fazendo. Ambos já estávamos prontos, eu só queria me enterrar nela e ver estrelas, como sempre acontece. E, bom, fiz exatamente isso. Coloquei o preservativo com os dedos tremendo, a respiração descompassada e o coração martelando dentro por entre minhas costelas.
No momento que eu deslizei para dentro, ambos gememos alto. Porra, os vizinhos... Eles com certeza nos escutariam, mas o meu pensamento não se voltou por muito tempo para eles. Em poucos segundos, eles se tornaram apenas meros detalhes, numa realidade completamente diferente da nossa, mesmo que estivessem tão perto de nós dois e, provavelmente, nos escutando nesse momento. Quando eu comecei a meter na S/N, foi como se uma bolha nos envolvesse e fôssemos só nós dois, apenas estas duas almas sedentas uma pela outra, transando de uma maneira tão deliciosa, como se, de fato, o mundo fosse acabar em poucos minutos.
— Harry! — ela gemia o meu nome cada vez mais alto, me apertando, esmagando-me, de maneira que me enlouquecia cada vez mais.
Fiquei cego pelo tesão. Aumentei a velocidade das minhas investidas, sentindo o prazer revestir cada molécula do meu corpo, me extasiando deliciosamente. Me sentia sob o efeito de entorpecentes, porém, temo que nem o mais poderoso deles seria capaz de me deixar desse jeito... Viciado, extasiado por essa mulher, pelo corpo dela. Por tudo. Por ela.
Como é possível eu esquecer-me completamente das adversidades que nos impedem de ficarmos juntos? Como lembrar-me de que países e nacionalidades nos diferem? Já que esses momentos, estar dentro dela em várias posições possíveis é o que me completa.
Nunca me senti dessa maneira por nenhuma outra. A intensidade do fogo da paixão, a luxúria tomando conta de mim, dos meus pensamentos. A minha necessidade por ela só cresce a cada dia que passa e eu confesso que já deixei de me assustar com isso. Já não me importo. Só quero estar com ela. Dentro dela. Me envolvendo no seu corpo e no seu cheiro; a propósito, quero senti-lo exalando da minha pele depois, sentir a sua presença em mim mesmo que ela amo esteja fisicamente perto.
Virei-a, de modo que estivesse de costas para mim. De quatro. Ela se empinava, pedia para que eu continuasse a enfiar nela e assim o fiz, ouvindo seus gritos ecoarem por entre as grossas paredes do quarto. Revirei os meus olhos em sua órbita, sentindo como ela só me apertava a cada segundo que se passava. A vontade de tirar o preservativo e meter nela sem proteção só aumentava, eu queria tanto senti-la no pele a pele, mas não podia fazer isso. Não podia mesmo, ela mesma já havia deixado claro pra mim.
Observei quando enquanto ela apertava as bordas do sofá, ao mesmo tempo, a safada empinava ainda mais na minha direção, me permitindo comê-la como eu bem entendesse. Porra, essa mulher vai me enlouquecer.
Até que o toque do meu celular irradiou todo aquele clima sujo que estávamos cultivando até agora. Olhei rapidamente para cima da mesa de centro, onde eu o havia posto. Foi então que a realidade bateu duramente na minha cara, quando eu percebi a foto que brilhava no ecrã do aparelho.
Lana.
Era Lana quem estava a me ligar. A minha noiva... A quem eu estava traindo, nesse exato instante. Pensar nisso me fez vacilar, os movimentos cessaram e nem mesmo o desejo de continuar me fez, de fato, fazer isso. — Por que parou? — me afastei um pouco e S/N desfez a sua posição. Ela olhou para mim sem entender, mas o tesão ainda estava ali, porra, ela estava pingando. — Ah, é ela. — ela sorriu minimamente ao falar isso, pegando o telefone da mesa e voltando até mim.
À essa altura, eu já havia me sentado no sofá. Não sabia se deveria atendê-la.
Eu não amo a Lana. Não. Mas ainda me sinto um pouco culpado pelo que faço, pois mesmo que eu não a ame, ela me ama e muito. Eu me sinto um cretino, uma grande cretinice da minha parte fazer isso, mas eu não consigo simplesmente deixar de fazer algo ou de encontrar alguém que faz eu me sentir verdadeiramente completo para satisfazer os desejos dela. Eu não posso deixar de lado a minha felicidade para fazê-la feliz e foda-se se isso me torna um egoísta do caralho, eu não me importo mesmo.
Mas eu não fiquei melancólico por muito tempo. S/N subiu no meu colo com o meu telefone em mãos e me beijou. Soltou o aparelho por um segundo para agarrar o meu rosto, aprofundando aquele contato que me fez lembrar de como eu estava ansioso por isso, ansioso por ela. — Não terminamos. — ela disse antes de começar a cavalgar em mim, bem gostoso, o que me arrancou um choramingo considerável. Fechei os olhos e joguei minha cabeça sobre o sofá, sentindo meu corpo inteiro se arrepiando, tornando a mergulhar naquele familiar oceano luxurioso. — H-Harry... — ela gemia bem rente ao meu ouvido. Se apoiava nos joelhos para que conseguisse subir e descer em mim, e observar aquilo estava me satisfazendo tanto.
Até que meu telefone tornou a tocar. Eu iria ignorar, mas S/N disse: — Atende. — foi meio que uma ordem.
— N-não. — eu tentei falar algo conexo, mas a minha voz falha não me permitia.
— Atende, vai. Ela vai ficar preocupada. — rebateu — Juro que vou ficar quietinha, Hazz. — a expressão dela ao me dizer isso não foi das melhores, não me trouxe tanta confiança assim, mas eu atendi. Com os dedos trêmulos, quase sem conseguir deslizar a tela para aceitar a chamada.
— Lana. — eu disse o nome dela, dando o meu máximo para soar firme, como sempre faço.
— Está tudo dando certo aí, amor? — ela perguntou animada do outro lado. S/N tinha parado o que fazia, até agora. Ela então continuou, me fazendo arfar e a tentar segurá-la com uma das mãos, mas não consegui. Não tinha forças.
— Eu... Eu... Está, sim. Por que não estaria? — respondi — Estou numa reunião, depois te ligo, Lana.... Lana.
— O que está acontecendo? Eu quero falar com você. Por que não me atende? Eu estou preocupada, Harry. — para a minha infelicidade, ela insistiu e eu sentia o meu clímax se aproximar cada vez mais. O telefone caiu das minhas mãos sem que eu conseguisse me segurar.
— D-depois, Lana. Depois! Caralho. Eu tô ocupado. — no meio do meu desespero eu desliguei a ligação e S/N riu baixinho, se aninhando em meu pescoço enquanto mordia a minha pele. Ela gozou em cima de mim, ao passo que repetia o meu nome diversas vezes, tal qual uma prece em que ela foi atendida. Ela só parou de quicar em mim quando eu finalmente gozei e uma vez finalizado, ela simplesmente desmoronou em meus braços.
O som da sua respiração eu conseguia ouvir claramente, enquanto seu peito subia e descia depressa. — Eu acho que depois de hoje, Lana vai me matar. — foi eu quem disse isso, pensando que talvez ela realmente vá fazer isso. Droga. — S/N... Estou ferrado.
Ela só me abraçou mais.
— Seria bom, Harry. Seria bom que ela terminasse com você, assim você seria todinho meu, finalmente. — ela disse, a voz meio abafada por estar com o rosto em mim. Eu sorri feito um idiota.
Eu também acho, S/N. Essa seria uma ótima ideia, sim.
32 notes
·
View notes
Text
Yes Sir! Capítulo 32
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá somente o ponto de vista de Aurora, desta vez.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Aurora
Não.
Não.
Não.
Meu coração pulou uma batida quando meus olhos caíram sobre ela, o ar pareceu faltar em meus pulmões.
Era ela.
E ela estava...
Aquela barriga, aquela curva nítida e impossível de ignorar, estava lá.
Por quê? Como? Quando?
Não podia ser real, não podia estar acontecendo.
Não, não, não.
Eu recuei um passo, mas minhas pernas mal respondiam a dor me atravessava tão súbita e intensa, então ele me olhou e parecia cravar uma nova ferida em meu peito, eu queria desviar o olhar e sair dali, mas não conseguia era como um pesadelo do qual eu não conseguia acordar, eu só conseguia pensar em sair dali antes que desmoronasse.
Por um momento fiquei paralisada, presa naquela imagem impossível de apagar, eu reuni toda a força que me restava, forçando meus pés a se moverem até finalmente conseguir me virar e andar na direção da porta tropeçando pelos corredores da loja como se estivesse em uma luta constante contra o chão que parecia querer me engolir, saí da loja quase correndo tropecei até o carro e bati a porta com força me jogando no banco do motorista, minhas mãos tremiam tanto que mal consegui encaixar a chave na ignição a dor no peito crescia queimando dentro de mim.
Desde o começo ela estava grávida?
Ele traiu sua esposa grávida para ficar comigo?
Enquanto os prédios passavam pela janela como vultos o silêncio dentro do meu carro era estrondoso, a única coisa que eu podia ouvir era o som ofegante da minha respiração e a pulsação furiosa no meu peito, minhas mãos tremiam tanto que eu quase perdi o controle do volante algumas vezes, eu queria gritar, queria arrancar aquela imagem da minha cabeça, Harry com a mulher que ele escolheu e aquela barriga.
Aquela maldita barriga.
Parei o carro em uma rua qualquer desliguei o motor e encostei a cabeça no volante, se eu continuasse a dirigir assim eu iria bater.
Eu estava grávida dele.
Eu também estava grávida dele, mas não havia ninguém ali para acariciar a minha barriga, para prometer um futuro ao nosso filho, eu estava sozinha.
A primeira lágrima caiu, quente e amarga traçando um caminho pelo meu rosto e de repente eu estava soluçando tão alto que não conseguia respirar, toda a dor, frustração, raiva e o desespero explodiram de uma só vez, sem controle, eu bati no volante repetidas vezes como se isso pudesse aliviar a pressão insuportável que esmagava meu peito.
Por que eu estava tão surpresa?
Eu sabia que ele nunca seria meu, eu sabia que no fim ele sempre iria escolher sua esposa, mas isso não tornava a realidade menos cruel, eu me imaginei no lugar dela, sonhei com o dia em que ele também me tocaria com aquela gentileza, que ele diria que me amava, mas eram só fantasias, sonhos tolos que eu jamais deveria ter alimentado.
Eu nunca seria ela.
Nunca teria o que ela tinha.
Eu nunca seria suficiente.
E ele nunca seria meu.
Quando finalmente cheguei em casa estava exausta, a dor parecia ter drenado cada parte de mim, as horas seguintes passaram como um borrão eu perdi a noção do tempo esperando que a dor diminuísse, quando me dei conta já se passava das 20h, o encontro que marquei com Harry era para ter acontecido há uma hora, ele sabia que eu não apareceria, não havia como ir até ele depois do que eu tinha visto.
Com as pernas ainda bambas me forcei a levantar e ir até a cozinha para tomar um copo de água, minha garganta doía, meu corpo doía, eu sabia que ele viria, era o que Harry fazia quando sentia que estava perdendo o controle, meia hora depois minha campainha tocava insistentemente, por um segundo pensei em me esconder, fingir que não estava em casa, mas eu não conseguia fugir de Harry não importava o quanto eu tentasse.
Enxuguei rapidamente as lágrimas do rosto e fui até a porta abrindo apenas o suficiente para ver seu rosto, Harry estava corado, com seus olhos vermelhos.
Ele havia chorado?
— Aurora, eu posso explicar! — Sua voz vacilou.
— Explicar o quê, Harry? — Minhas palavras saíram rápidas. — Eu já entendi tudo.
— Você não entende. — Sua mão segurou a porta com força, enquanto eu tentava fechar. — Você não sabe o que realmente está acontecendo, por favor, me deixa explicar.
— Eu não quero ouvir suas desculpas! — Senti garganta apertar. — Vai embora, Harry.
— Eu não vou a lugar nenhum até você me deixar entrar. — Ele balançou a cabeça. — Por favor, Aurora! — Ele tentou empurrar a porta um pouco mais, mas eu resisti.
— Para com isso! — As palavras saíram mais altas do que eu pretendia.
— Por favor, eu imploro, eu preciso saber o que você queria me dizer, eu preciso te explicar, só por favor me deixa entrar.
— Não!
De repente, a porta do apartamento 203 se abriu com força, o meu vizinho ranzinza apareceu claramente irritado, nos encarando sem paciência.
— Ei! Vocês podem calar a boca? — Ele gritou. — Você já viu a hora, senhorita Aurora? Para de gritar! Tá todo mundo ouvindo sua briguinha no corredor.
— Me desculpe, senhor. — Abaixei a cabeça. — Vai embora, Harry, por favor, eu não quero mais discutir.
— Eu não vou embora.
— Harry! — Meu vizinho continuava encarando. — Vai.
— Não.
— Deixa ele entrar logo e para de fazer essa cena ridícula! — Murmurou impaciente. — Se continuarem assim, eu vou abrir uma reclamação para síndico logo de manhã sobre você.
— Me desculpe. — Repeti mais uma vez.
Eu estava me sentindo humilhada e sem opções, dei um passo para o lado, deixando Harry passar com o vizinho ainda nos encarando antes de fechar a porta, caminhei até a sala, parando de costas para ele, encarando minha janela.
— Aurora.
— Para! — Continuei encarando a rua escura. — Já disse que não quero ouvir você.
— Eu posso explicar.
— Explicar o quê? Que você traiu sua esposa enquanto ela estava grávida? — Me virei bruscamente, encontrando seus olhos arregalados. — O quão baixo você é?
— Aurora... Eu não queria que as coisas acontecessem assim.
— Eu me sinto suja, Harry e a vergonha que sinto é insuportável, isso ultrapassou todos os meus limites. — Meus olhos se fecharam com força. — O que fui para você?
— Aurora... — Ele respirou fundo, passando a mão pelos cabelos. — Me desculpe por não contar nada, não faz muito tempo que descobri sobre a gravidez, foi depois de tudo o que aconteceu, eu não sabia que ela estava grávida quando nós estávamos juntos, eu pensei em te contar quando eu descobri, mas a verdade é que você disse que nunca mais queria me ver, você me queria longe, então eu só deixei para lá, mesmo que isso não importe agora, eu queria explicar que foi por isso que eu não me divorciei, eu sei que disse que faria, eu realmente queria isso, mas eu simplesmente não poderia deixar ela assim, talvez você seja muito nova para entender, mas é o meu bebê que está crescendo na barriga dela, eu não podia abandoná-la assim.
Quando ele terminou de falar, eu só conseguia encará-lo, eu senti cada palavra perfurando meu peito como uma faca, funda o suficiente para me fazer sangrar enquanto a dor de espalhava, eu queria gritar, queria socar a cara dele se tivesse força para isso, eu queria falar, mas não consegui, então fiquei ali de pé congelada no meu lugar, tentando recuperar a respiração enquanto Harry deu um passo à frente, os olhos cheios de desespero.
— Aurora, por favor, fala comigo. — A voz dele saiu quase num sussurro. — Por favor, me diz alguma coisa. — Eu não consegui mexer nem quando sua mão tocou meu rosto, acariciando. — Me perdoa, eu sou uma pessoa terrível, Aurora — Confessou, enrolando seus braços em meu corpo imóvel. — Eu nunca quis te arrastar para isso, nunca quis te destruir, eu fui um tolo apaixonado em pensar que isso um dia daria certo, que nós daríamos certo, porque eu desejei muito isso.
Eu finalmente consegui mexer, dei um passo para trás, saindo do seu abraço.
— Você sempre teve uma desculpa, Harry, sempre, como se eu pudesse simplesmente esquecer como você me fez sentir. — Minha voz vacilou por um segundo. — Por que você está aqui? Por que você continua voltando, querendo se justificar, querendo se explicar? O que você quer de mim? Que eu te perdoe? Que eu finja que nada disso aconteceu? — Eu precisava que ele entendesse que aquilo era o fim. — Você acha que, se disser as palavras certas, eu vou esquecer a dor que você me causou?
— Aurora... — Ele sussurrou, a voz falhando. — Meu Deus, eu sinto tanto...
— Cuida do seu bebê, Harry, cuida da sua família e esquece que eu existo, eu não quero mais ver você, não quero ouvir sua voz, não quero falar com você, eu nem quero olhar para você. — Sentia as lágrimas queimando meus olhos. — Por favor, só me deixe ir, eu te imploro. — Minha voz tremeu, mas eu mantive o olhar firme no dele. — Não volte, não me procure, não me magoe mais, Harry.
Eu vi o arrependimento em seus olhos.
— Você diz isso agora, mas, no fundo, você sabe que nós sempre acabaremos aqui de novo, Aurora. — A dor em seu olhar quase me fez desabar.
— Se você me procurar de novo, eu não vou pensar duas vezes em atravessar aquela rua e contar tudo para a sua esposa.
Por um momento, achei que ele fosse tentar protestar, que fosse me desafiar, mas ele apenas assentiu como se estivesse aceitando a derrota.
— Se é isso que você quer...
— É isso que eu quero, Harry, então por favor, vai embora.
Ele ficou parado por mais alguns segundos, como se esperasse que eu mudasse de ideia, mas eu não disse mais nada.
— Eu vou, mas antes eu preciso saber por que você mandou aquela mensagem? O que era tão importante? O que você iria me dizer, Aurora?
Eu estou grávida...
Eu sempre vou ter uma parte sua comigo...
Eu não podia dizer a verdade.
Era tarde demais.
— Não importa mais, Harry. — Nunca doeu tanto contar uma mentira.— Agora vá embora.
— Aurora...
— Vá embora.
Eu continuei olhando, até que ele finalmente se virou e caminhou para fora da minha vida.
O som da porta se fechando foi como o último prego no caixão, selando tudo o que um dia havíamos sido e pela primeira vez eu senti que talvez fosse realmente o fim.
Eu fiquei ali, caída no chão, soluçando sem controle, minhas mãos tremiam enquanto eu abraçava meus joelhos, sentindo o desespero apertar meu peito por um longo, longo tempo.
— Aurora! Meu Deus, o que aconteceu?
Eu levantei o rosto, desesperada, era Gabriel, ele agachou-se ao meu lado, os olhos arregalados de preocupação.
— O que aconteceu? — Ele repetiu, senti suas mãos firmes no meu ombro.
— O que você está fazendo aqui?
— Você não está respondendo minhas mensagens, disseram que você passou na loja hoje e depois saiu correndo, eu fiquei preocupado e resolvi vir aqui ver como estava, o que aconteceu?
Eu queria que ele fosse embora, eu não queria olhar para ele, não queria que ele visse, mas ele insistiu e eu não consegui resistir quando ele me puxou para um abraço apertado, foi então que desabei por completo, eu me agarrei a ele com toda a força que ainda me restava como se ele fosse a última âncora que me impedia de afundar de vez, meu corpo tremia contra o dele e as palavras que eu tanto temia dizer começaram a borbulhar dentro de mim.
— Aurora, o que houve? Me conta, por favor... Diga alguma coisa.
— Eu... — tentei falar, mas eu estava dilacerada por dentro. — Eu sou horrível, Gabriel.
— Aurora, você está me assustando. — Ele me afastou só um pouco, segurando meu rosto entre as mãos, forçando-me a encará-lo — O que está acontecendo?
Olhei nos olhos dele, vendo a preocupação, eu não podia mais segurar aquilo dentro de mim, todas as mentiras, os segredos, tudo o que eu vinha escondendo estava me consumindo e eu estava tão farta de toda essa merda.
— Eu estou cansada, cansada de todas as mentiras, cansada de esconder a verdade. — Confessei num sussurro. — Me desculpa, Gabriel, me desculpa por tudo.
— Aurora, por favor, só me diz o que está acontecendo? Por que você está assim? Por que está dizendo essas coisas?
— Porque que eu não suporto mais.
— O quê? Me diz!
— Você vai me odiar... — Eu respirei fundo, buscando coragem.
— Não, eu nunca poderia odiar você, só preciso entender, por favor.
— Eu... — eu inspirei profundamente, reunindo toda a força que ainda me restava. — Eu... estou grávida.
Vi o rosto de Gabriel ficar pálido, suas mãos que seguravam meu rosto caíram lentamente, ele ficou imóvel, me encarando como se fosse incapaz de acreditar no que tinha acabado de ouvir.
— Aurora... — Murmurou mais para si mesmo do que para mim. — Grávida... Como... como isso...? — Ele parecia lutar com as palavras.
— Bem, você sabe... — Eu estava apenas encolhida no chão, sentindo a vergonha me consumir inteira.
— Quantos meses? — Ele abaixou-se de novo, só que desta vez não me tocou, apenas me olhou com um sofrimento que me fez odiar cada fibra do meu ser.
— Acabei de completar cinco.
— Você sabia, esse tempo todo? — Ele soltou um suspiro pesado. — Você sabia que estava grávida quando me conheceu?
— Sim. — Confessei, as lágrimas caindo mais rápido.
— Quem é o pai?
— Gabriel. — Supliquei desesperada para que ele não fizesse mais perguntas.
— Você está assim por causa do pai do bebê, não é? Ele veio aqui? — Apenas assenti, sem conseguir falar. — Ele te machucou? Machucou o bebê?
— Não... ele não... ele não fez nada. — Minha voz se desfez num soluço.
Ele estava preocupado?
Ele me olhou por um longo momento, seus olhos pareciam tristes, o que me deixou ainda mais confusa quando ele limpou as lágrimas do meu rosto com a ponta dos dedos.
— Por que... Por que você está sendo gentil comigo?— Eu não conseguia entender. — Você devia ir embora...
Ele apenas olhou para mim, passando os dedos pelo meu cabelo.
— Você não parece bem, Aurora, você ao menos comeu alguma coisa hoje?
— O quê?
— Aurora, você está grávida, precisa se alimentar direito.
Eu não sabia como reagir, não sabia o que estava acontecendo.
— Eu... Sim... — Menti, comer realmente era a última coisa que eu queria agora.
— Então vem. — Gabriel se levantou, oferecendo a mão para mim. — Vamos deitar, parece que essa conversa que teve com ele te deixou esgotada.
— Gabriel, eu não estou entendendo, você não está bravo? — Eu o encarei, perdida.
Ele não respondeu, me puxou com cuidado, envolvendo meu corpo me ajudando a levantar, quando fiquei de pé, ele não soltou minha mão, Gabriel me guiou lentamente em direção ao quarto.
Ele não ia embora?
Ele não me deixaria sozinha ali mesmo depois de tudo?
Quando chegamos ao quarto ele puxou gentilmente a colcha e me ajudou a deitar eu estava em choque, não conseguia compreender o estava acontecendo, eu esperava que ele me odiasse, me xingasse de mentirosa e me deixasse ali sozinha para encarar a bagunça que eu tinha feito, mas ele não fez nada disso.
— Você não quer conversar? Não quer gritar comigo?— Eu não sabia por que estava perguntando isso, mas eu precisava de uma resposta.
— Não agora, não é o momento.
Eu me deitei esperando que ele se afastasse logo em seguida, mas para minha surpresa ele não saiu, em vez disso, Gabriel se deitou ao meu lado sem dizer uma palavra, senti meu corpo ficar tenso, nunca tínhamos dormido juntos antes, mas ele deitou ali como se fosse a coisa mais natural do mundo.
— Você não vai embora? — Sussurrei sem acreditar.
— Não vou a lugar nenhum — Ele me puxou para seu peito, eu senti o calor do corpo dele contra o meu.
Eu fechei os olhos exausta, eu queria perguntar mais, queria entender por que ele não estava gritando, porque não estava me culpando, mas o cansaço estava puxando-me para um sono inevitável, Gabriel também não disse mais nada, não fez mais perguntas, apenas me segurou, mesmo que tudo dentro de mim gritasse que eu não merecia.
Acordei com coração disparado e a mente lutando para entender onde eu estava, a minha cama estava vazia, virei-me esticando a mão para o lado onde Gabriel estava a noite passada, mas só encontrei o vazio.
Ele foi embora.
Me encolhi debaixo das cobertas, sentindo o peito apertar novamente, tentei focar no ritmo da minha respiração, mas tudo o que conseguia sentir era o vazio crescente que tomava conta de mim.
Então ouvi um barulho estranho.
Eu não estava sozinha?
Com um movimento hesitante, me levantei da cama, passei pela porta do quarto quando alcancei o fim do corredor, um cheiro familiar de café fresco veio da cozinha.
Ele ainda estava aqui?
Meu coração começou a bater mais rápido, uma mistura de alívio e medo se chocando dentro de mim, então eu o vi, Gabriel estava lá parado de costas para mim enquanto mexia lentamente algo no meu fogão.
Ele estava aqui.
Não tinha me deixado.
— Gabriel? — Minha voz saiu quase um sussurro.
Ele se virou lentamente, os olhos encontrando os meus, ele parecia tão perdido quanto eu, seus cabelos bagunçados como se não tivessem dormido a noite inteira.
— Bom dia, fiz café, você precisa comer.
A gentileza dele era um golpe inesperado, ele ainda se preocupava, mesmo depois de tudo. Olhei para a mesa arrumada, com dois pratos e duas xícaras de café quente, senti meu coração se apertar ainda mais.
— Você está... Você está aqui, eu pensei que tivesse ido embora. — Confessei, mordendo meus lábios com toda força que podia.
— Eu pensei em ir, mas não consegui.
Sentei-me lentamente na cadeira, tentando controlar a respiração, ele sentou-se em minha frente, o silêncio vergonhoso se espalhou.
— Continua sentindo enjoo pela manhã?
— Não... não sinto mais.
— Aurora, eu... — Notei como os dedos dele estavam apertando a alça da xícara com força. — Eu preciso de um tempo para entender tudo isso. — Eu tentei dizer algo, qualquer coisa, mas as palavras não saíram.— Eu não quero te deixar sozinha, me desculpe, Aurora, mas eu estou perdido. — Gabriel se levantou lentamente. — Eu preciso ir. — Ele se aproximou, inclinou-se e me deu um beijo suave na testa. — Não se esqueça de comer e se cuidar.
O som da porta se fechando ecoou pela casa, deixando-me sozinha de novo.
Desde que Gabriel saiu por aquela porta, senti que não havia mais salvação para mim, por mais que eu tentasse me convencer de que foi melhor assim, meu coração gritava para que ele ficasse, eu fui egoísta desde o começo, eu sabia disso, mas a verdade era que eu queria ele mais do que deveria.
Eu queria ele.
Queria tanto ele.
Não sei bem se era por carência ou só o fato de ter alguém que me olhava como se eu ainda tivesse alguma coisa boa dentro de mim, mas tê-lo ao meu lado fazia a dor ser um pouco mais suportável, agora eu estraguei tudo.
Ele deve me odiar.
Eu me odeio.
Os dias seguintes na faculdade foram tão cinzentos como o céu de Boston em outubro, era doloroso ter que ver Gabriel todos os dias sem nem poder falar como ele, ele apenas dava aquele aceno breve e um sorriso de lado, a indiferença e o silêncio dele estava me matando aos poucos, pensar nele me fazia pensar menos em Harry, então eu optei sofrer por Gabriel, pois esse sofrimento parecia bem menos cruel do que a dor de sofrer por Harry.
Eu realmente merecia ser punida assim?
Talvez eu realmente merecesse, afinal, mesmo depois de tudo que passei, mesmo depois de ser enganada, eu fiz exatamente o que o Harry fez comigo, eu menti para Gabriel, como Harry mentia para mim, isso me fazia sentir uma pessoa horrível, talvez, no fundo, eu fosse desprezível, egoísta e hipócrita.
Muito hipócrita.
Então, quando eu recebi a mensagem de Gabriel no fim da tarde de sexta-feira, eu já havia perdido minhas esperanças.
Gabriel: Posso ir até o seu apartamento?
Aurora: Hoje à noite?
Gabriel: Se estiver livre.
Aurora: Estou, sim, te espero às 19h?
Gabriel: ok. :)
Não vou mentir que quase soltei um gritinho estritamente no refeitório lendo as mensagens, ele mandou uma carinha feliz, era um bom sinal.
Às 19:01, eu me encontrava sentada em meu sofá tentando manter a calma.
Ele realmente viria?
Eu estava muito nervosa, afinal, a conversa que viria seguir ia ser uma das mãos difíceis da minha vida, eu nem sabia como começar. Quando a campainha tocou, meu coração já estava acelerado, com as mãos suando fui até a porta dando uma conferida no olho mágico antes de abrir.
— Oi... — Sua voz mal saiu.
— Oi! — Murmurei, dando um passo para o lado. — Pode entrar.
Ele entrou sem olhar diretamente para mim, fechei a porta devagar, tentando controlar a respiração. O silêncio entre nós era insuportável, ele parou no meio da sala, ainda evitando meu olhar, como se aquele lugar tivesse se tornado estranho para ele de repente.
— Senta, eu não mordo. — Tentei descontrair a tensão, mas talvez não tenha dado muito certo.
Gabriel não riu, apenas se sentou no sofá enquanto eu me sentei um pouco mais afastada, sem saber se deveria me aproximar ou manter a distância.
— Então, Aurora, eu nem sei muito bem o que dizer. — Seus olhos finalmente encontraram os meus. — Eu não queria ter demorado tanto tempo para te ver, desculpe não quis parecer que estava bravo, talvez eu estivesse um pouco afinal você escondeu algo tão importante de mim, mas mesmo assim eu não queria fazer com que você sentisse que de alguma forma eu não me importasse com você, me desculpe.
Ele estava mesmo se desculpando, quando a culpada era eu?
— Gabriel. — Me aproximei um pouco mais. — Eu devia ter sido honesta desde o começo sobre tudo, eu sinto muito por ter te envolvido nisso, por deixar você se aproximar, eu nunca deveria ter deixado isso ir tão longe. — Meus olhos começaram a arder. — Eu me arrependo de ter deixado as coisas chegarem a esse ponto, foi muito egoísta da minha parte, eu sabia que estava errada, mas mesmo assim eu me deixei levar porque você foi tão gentil e eu precisava disso, precisava de você. Me perdoe, Gabriel, de verdade, não me odeie, por favor. — Fechei os olhos, respirando fundo, sentindo um nó se formar no meu estômago.
— Aurora, olha para mim. — Ele estendeu a mão e segurou a minha, fazendo abrir os olhos. — Eu não te odeio, eu gosto muito de você e isso não vai mudar só porque você está passando por tudo isso, eu ainda quero você.
— Você não se incomoda com que estou grávida de outro homem? Gabriel, eu não posso ser a namorada que você quer, eu não posso te dar o que você precisa.
— Eu não estou pedindo nada, desde o começo você disse que não estava pronta, que não queria isso, mas eu insisti, bem agora eu sei porque, não vou mentir que isso não me incomoda, na verdade doeu muito, mas eu não vou embora só porque você está grávida de outro homem, eu não posso simplesmente fingir que você não significa nada para mim, eu quero estar aqui mesmo que não seja do jeito que você acha que eu quero, se você não pode ser minha namorada tudo bem, mas eu quero cuidar de você Aurora, quero ser o que você precisar que eu seja.
Eu o olhei, sentindo as lágrimas caírem, meu coração apertado.
Como?
Como ele podia ainda querer ficar ao meu lado, mesmo depois de tudo?
— Não é justo com você, você merece mais, muito mais do que uma garota grávida cheia de problemas.
— Talvez, mas quem decide o que eu mereço sou eu, eu escolho estar aqui com você, Aurora O’Connor, com toda sua bagagem.
— Por quê?
— Porque eu me importo com você, eu que quero estar aqui mesmo que tudo pareça errado, porque, no fundo, eu sei que você estava machucada, perdida e sozinha e se agarrou a mim porque precisava de algo para segurar mesmo que isso significasse esconder partes da verdade, eu quero continuar sendo essa pessoa para você.
Eu encarei seus olhos marrons brilhando com a umidade das lágrimas contidas, todas as palavras que eu poderia dizer simplesmente desapareceram, eu impulsivamente me joguei em seus braços deixando meu corpo se encaixar ao dele, apertando-o contra mim, naquele instante minhas forças me abandonaram.
Eu estava completamente rendida a ele.
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
10 notes
·
View notes