#PRÊMIO SÃO PAULO DE LITERATURA
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Prêmio São Paulo de Literatura anuncia finalistas
Foram anunciados os finalistas ao Prêmio São Paulo de Literatura 2024. O prêmio é dividido em duas categorias "Melhor Romance do Ano" e "Melhor Romance de Estreia". Confira a lista completa dos indicados. #PrêmioSãoPaulodeLiteratura #Finalistas
O governo de São Paulo divulgou, por meio do Diário Oficial, a lista de finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2024. São duas categorias: Melhor Romance de 2023 e Melhor Romance de Estreia de 2023. A solenidade de entrega do prêmio acontece no dia 11 de novembro na Biblioteca Parque Villa-Lobos. O vencedor leva um troféu, assim como R$ 200 mil em dinheiro. Entre os finalistas estão a…
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[L'amore degli uomini soli][Victor Heringer]
Nel calore stordente di un’estate di Rio de Janeiro degli anni Settanta, tra le mura di una villa borghese in un quartiere povero della città,
Nel calore stordente di un’estate di Rio de Janeiro degli anni Settanta, tra le mura di una villa borghese in un quartiere povero della città, Camilo vive protetto dai racconti ancestrali della domestica Maria Aína e dalle cure distratte di una famiglia in procinto di cambiare per sempre la propria storia. Quando il padre, medico negli anni della dittatura, porta a casa Cosme, un ragazzo mulatto…
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#2023#fiction#L&039;amore degli uomini soli#LGBT#LGBTQ#O Amor dos Homens Avulsos#Prêmio Oceanos#Prêmio Rio de Literatura#Prêmio São Paulo de Literatura#Safarà Editore#Victor Heringer#Vincenzo Barca
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16ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura - inscrições abertas.
Governo de São Paulo abre inscrições para a 16ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura. Autores dos melhores romances de ficção receberão prêmio de R$ 200 mil. Obras podem ser inscritas até dia 22 de maio A Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo divulgou a data de abertura das inscrições da 16ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, o maior do País em premiação…
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COISAS QUE EU VI
Memórias de Claudio Edinger
Damien Zanone, professor de literatura francesa na Université Catholique de Louvain, em seu livro Écrire son temps Les Mémoires en France de 1815 à 1848 (Presses Universitaires de Lyon, 2021) escreve que espera-se de um memorialista que partilhe uma experiência exemplar da história contemporânea, uma exemplaridade que a sua voz constrói na representação da relação entre a particularidade de uma existência individual e a generalidade da história coletiva. Para ele é uma condição habitual do texto deste escritor que ele tenha vivido os seus próprios dias de uma forma notável, quer como testemunha, quer como ator em acontecimentos decisivos.
O memorialista pensa nos aspectos que marcaram os traços dominantes de sua geração e na forma como ele mesmo os encarnou. A sua abordagem à escrita encontra-se no cruzamento entre narrativas coletivas e individuais, descobrindo a solidariedade entre ambas. É o que encontramos aqui neste livro de pouco mais de 300 páginas Coisas que eu vi-Memórias de Claudio Edinger ( Ed. Vento Leste, 2024) do consagrado fotógrafo carioca radicado em São Paulo que celebram uma vivência de cerca de 50 anos como profissional da imagem e, acima de tudo, do seu viés como escritor já revelado em alguns livros como História da fotografia autoral e a pintura moderna (Ipsis, 2019) [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/182560838046/hist%C3%B3ria-da-fotografia-autoral-e-a-pintura ] um amplo trabalho de pesquisa ou seu romance Um Swami no Rio ( Annablume,2009) entre seus mais de quase 30 livros publicados no Brasil e no exterior.
Tal experiência consagrada em prêmios importantes como o Leica Medal of Excellence de 1983 e 1985, o Hasselblad de 2011 ou sua permanência em coleções que vão do Museu de Arte de São Paulo ( MASP) ao Los Angeles County Museum ( LACMA) entre as mais de 100 instituições e colecionadores que abrigam sua obra tornam o livro de uma significância ímpar, não somente para o aprofundamento na obra deste artista, mas sua contribuição essencial para o estudo da fotografia como um todo: imagens que reforçam seu talento e narrativas prazerosas que vão além de revelações pessoais, abarcando significativos momentos da história da fotografia.
Um rico conjunto de imagens e textos come��a em 1975, com a documentação do Edifício Martinelli, icônico arranha-céu do centro histórico paulistano, após um pequeno incêndio. O fotógrafo então com 22 anos estava prestes a terminar sua graduação em Economia na presbiteriana Mackenzie e conversando com seu amigo, o sociólogo Lúcio Kowarick, ouviu deste a pesquisa sobre o lugar e ficou encantado. Termina em 2020 com a tragédia da pandemia da Covid-19, que resultou em um livro peculiar: Quarentena ( Ed.Vento Leste, 2022), uma série de retratos de conhecidos e amigos na maioria, tomados com um drone, mostrando o isolamento social deste período. [ leia aqui mais em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/679544661367570432/quarentena-isolamento-social-na-pandemia-de ].
O crítico e curador mineiro Agnaldo Farias, que assina o prefácio escreve que "Combinadas com uma profusão de imagens extraordinárias, as histórias vão se sucedendo: descrições de viagens e perambulações, experiências longas, curtas e curtíssimas, de naturezas bem distintas, como a cobertura da guerra de El Salvador, um período em Venice Beach, na Califórnia, afamado reduto beatnik, uma viagem espiritual pela Índia, incontáveis colaborações e encomendas, além de comentários agudos sobre a natureza técnica e estética fotográfica. O texto finda com a renovação dos laços com o Brasil (sorte nossa!) e com a lúcida defesa do foco seletivo, recurso fotográfico do qual Edinger é um mestre consumado e marca registrada de sua produção recente."
De 1976, quando Edinger vai para Nova York, onde ficaria por 20 anos, as imagens e os relatos são sobre os judeus hassídicos do Brooklyn. Ele lembra que já havia tentado mostrar seu trabalho do Martinelli para Cornell Capa, então diretor do recém criado International Center of Photography (ICP) mas foi atendido por uma assistente que perguntou-lhe onde ficava São Paulo, uma pergunta típica, a qual ele responde com graça dizendo que ficava na Argentina. "Ela não deu importância e olhou as imagens sem interesse, o que fez com que ele saísse de lá magoado. Mas não podia reclamar: estava em Nova York, preparado para passar um ano visitando museus e as revistas como a Life e a Look" conta o fotógrafo. Saiu pelas ruas e achou interessante os judeus ortodoxos que ilustram este período, ou capítulo. A narrativa é uma lição para os neófitos que acham que já sabem tudo e que ignoram que o caminho é árduo, além de uma boa história sobre estes conhecidos e peculiares personagens que habitam a cidade e de como conheceu fotógrafos como Garry Winogrand (1928-1984), Henri-Cartier Bresson (1908-2004), André Kertész (1894-1985), Bruce Davidson, Mary Ellen Mark (1940-2015), Alex Webb, Eugene Smith. (1918-1978), "que perambulavam pela cidade" ajudaram-no em sua formação.
Chelsea 1978 é um capítulo que mostra como o fotógrafo chegou a um de seus melhores livros, The Chelsea Hotel ( Abbeville Press, 1984) ainda jovem. A publicação ganhou uma reedição este ano. O trabalho é um apanhado de retratos de artistas peculiares, que como o fotógrafo moravam no hotel. Os meandros desse período são expostos em uma narrativa bem humorada como seus personagens. Além de memorialista é também um raconteur.
Mas nem tudo era viver em meio de uma cultura alternativa e Edinger foi parar no conflito de El Salvador em 1983, um assigment para a revista Isto É. Felizmente um breve registro de um fotógrafo cosmopolita em meio a barbárie da América Latina, que serviu de intervalo para retornar aos excêntricos, desta vez em Venice Beach, uma praia de Los Angeles. que segundo ele era "quatro quilômetros com um calçadão onde artistas, músicos, mímicos, malabaristas e malucos de todas as vertentes se apresentavam diariamente." O resultado foi outro belo livro, Venice Beach ( Abbeville Press,1985). Duas experiências com uma câmera de pequeno formato, 35mm, que lhe dava certa agilidade e frescor, anos antes de aderir ao médio e grande formato em 4X5 polegadas, que adotaria por alguns anos até o advento da digital de qualidade.
O fotógrafo não hesita em contar suas memórias mais dramáticas como a série feita no Hospital Psiquiátrico do Juquery, de Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo, de 1989-1990. Publicação excepcional e produzida em médio formato, que exigia um relacionamento maior do fotógrafo e seus personagens. Nesta série que também virou livro, Loucura -Madness - DBA, DAP, Dewi Lewis, 1997) uma contundente amostra do sistema psiquiátrico brasileiro traz também o relato de uma conexão mais íntima, com sua avó, que nos últimos anos de vida, provavelmente, padeceu do Mal de Alzheimer. Mais uma vez, Edinger mostra o trabalho para Cornell Capa, que tinha gostado de suas imagens dos judeus novaiorquinos tendo como resposta " E quem é que vai querer ver isso?". Ironicamente, o trabalho ganhou o Prêmio Ernst Haas e foi finalista do W.Eugene Smith Grant. Hoje as imagens estão na Coleção da Maison Européenne de la Photographie, em Paris e da do MASP e do LACMA.
No mesmo ano do Juquery , Edinger pega outro assigment do New York Times, para uma matéria sobre o carnaval no Rio de Janeiro que resultaria no livro Carnaval (DBA, Dewi Lewis, DAP 1996) com imagens em cor e em preto e branco, com uma história que passa pela Favela da Rocinha e pelas praias do Rio. Segundo ele, foram cinco anos para entender o que era o carnaval e a relação dele com as pessoas. O livro é um tratado antropológico visual por excelência. Eclético, Edinger continua sua saga indo para Habana, em Cuba, onde o resultado tornou-se mais um livro Old Havana (DBA, DAP, Dewi Lewis, Editions Stemmle 1997) que revela a beleza e a resiliência cubana da pós -revolução.
Os bastidores de retratos feitos para inúmeras publicações do exterior e no Brasil de 1986 a 2000 mostram versatilidade e conhecimento de seus personagens, elementos essenciais para execução dos mesmos, onde o leitor que gosta do gênero ou o fotógrafo iniciante poderá aprender muito. De fato, a maioria dos textos não deixa de ser didática, um pouco da conhecida generosidade do autor.
Nova York 1994-2000, é um capítulo importante que mostra um trabalho único feito em 6X6 cm, já com vestígios de um roteiro para um foco mais seletivo que resume sua obra nos dias de hoje: o belíssimo livro Cityscapes (DBA, 2001) quando ele revela que seu tempo na cidade está acabando. O fotógrafo então terminava seu período como professor no ICP, chamado "O projeto fotográfico", o qual ministra até hoje pelos festivais brasileiros. Ele considera esta série autobiográfica e faz uma boa recomendação ao leitor: "Fotografar o que conhecemos é muito mais fácil! E cada um vê a cidade de uma forma. O segredo é fotografar a sua."
Daí em diante, o portfólio é iniciado por outro belo livro Rio ( Rio - DBA 2003) uma ode monocromática e poética à cidade onde nasceu. Momentos em que o leitor menos informado na técnica fotográfica oferecida pelo uso de negativos em grande formato pode aprender muito, mostrando que os tempos como docente nos Estados Unidos marcam a sua história. Segue com uma série de livros que o caracterizam até seu momento contemporâneo como São Paulo, {DBA 2009); Sertão da Bahia de Bom Jesus a Milagres (BEI, 2012); O Paradoxo do Olhar, (Editora Madalena, 2015) e Machina Mundi ( Bazar do Tempo, 2017) entre tantos que desdobraram-se em outras edições relacionadas ao "Paradoxo" das imagens e a "Machina Mundi" que move sua vida. Publicações alimentadas por sua curiosidade em lugares como a Amazônia ou cidades europeias de Santa Catarina, capturas espetaculares das paisagens brasileiras bem como o caos da urbanidade. Imagens aéreas, seja pelo uso de um helicóptero até chegar no uso do drone, do qual tornou-se exímio piloto.
Claudio Edinger explica de maneira filosófica que "A fotografia aérea nos possibilita o distanciamento vital para refletirmos sobre a relatividade de todas as coisas- a insignificância dos maiores prédios, matas, rodovias e monumentos. Como somos, na verdade, irrelevantes diante de nosso microplaneta, que é parte de um bilhão de sistemas solares, dentro de um bilhão de galáxias. Nada importa. Tudo é ordinário."
A curiosidade, o desejo pelo conhecimento são duas características de um bom pensador e de um artista virtuoso. Junto, temos sua honestidade e generosidade para com o próximo e para consigo mesmo. Edinger dá um spoiler já no início de suas memórias relativo a sua personalidade: " Há mais de cinquenta anos ando caçando minha identidade. Sou carioca, criado em São Paulo, educado em Nova York, filho de mãe russa e pai alemão, economista que fotografa e escreve, judeu cercado de amigos católicos, iogue que adora o budismo e os sufis... Nunca consegui encontrar o meu lugar, e meu trabalho é essa busca inesgotável." Para quem acha que já entendeu e sabe o que é a fotografia e a vida, melhor ler este livro.
Imagens © Claudio Edinger. Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
Coordenação editorial: Mônica Schalka
Editora executiva: Heloísa Vasconcellos
Direção de Arte: Claudio Edinger
Coordenação de estúdio: Gabriel Guarany
Arte Final: Fernando Moser
Editor assistente: Cauê Siqueira Cardoso
Tratamento de imagens: Gabriel Guarany
Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica
aquisição: ventoleste.com
* LANÇAMENTO DIA 18 de MAIO - 15 hs- CONVERSA COM O AUTOR E O CURADOR AGNALDO FARIAS 16 hs
no MUSEU DA IMAGEM E DO SOM,MIS Av. Europa, 158.
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resenha #2 ︱pequena coreografia do adeus
"Acho que existe uma escritora dentro de mim."
avaliação: ★★★★☆
'Pequena Coreografia do Adeus', segundo livro de Aline Bei e finalista do Prêmio Jabuti e São Paulo de Literatura 2022, conquistou o coração de diversos brasileiros desde seu lançamento. Nascida em São Paulo e formada em letras e artes cênicas, Aline nos deixa cara a cara com a brutalidade do cotidiano feminino em 'Pequena Coreografia do Adeus.'
Neste livro, acompanhamos o crescimento gradual de Júlia, mais uma criança vítima do divórcio dos pais. Enfrentando traumas, a falta de afeto familiar, confusões sobre a evolução feminina e a exposição ao relacionamento precário entre seus genitores, Júlia recorre a escritora que vive dentro de si para tentar dar sentido a sua vida.
"Eu era o lugar onde as pessoas depositavam suas variações de tristeza e raiva sem medo algum de depositar."
Foi uma leitura turbulenta. Júlia me apresentou muitos sentimentos familiares, e de certo que vi nela muito que em mim vive há anos. E um livro que traz reflexões sobre como é crescer com corpo e alma feminina, como o relacionamento entre os pais tem um efeito enorme sobre o psicológico dos filhos e o medo e incompreensão constantes que Júlia sente dentro de si durante, principalmente, sua primeira infância.
O relacionamento com seus pais foi muito bem abordado, desde o medo de fazer barulho ao fechar uma porta, até os domingos com seu pai em que não parecia certo ficarem juntos em um lugar sem outras pessoas de atração. As camadas que o relacionamento com sua mãe tem foram muito bem feitas, as conversas noturnas onde eram duas pessoas diferentes e Júlia não achava que precisava ter medo de nada que a mãe pudesse fazer.
Tinha muito o que prestar atenção nesse livro. A escrita poética que te faz lembrar que a ficção contemporânea literária do Brasil é uma daquelas coisas que nunca vai deixar de valer a pena, a evolução de Júlia em uma mulher que escreve em necessidade de sangrar, conhecendo aos poucos o que é o amor e, pela primeira vez, se permitindo. A vontade que Júlia tem de fazer seus pais a enxergarem como uma criança forte como as outras, e não a menina desengonçada e problemática. A criança que era quando assistiu aos pais se desapaixonando e compreendeu quem nem sempre o amor é eterno.
"Seu corpo era uma espécie de museu da dor."
Uma das melhores leituras que tive até então neste ano, e um livro obrigatório na estante de todos que tiveram somente amores devastados como exemplo na vida. Uma obra de arte por Aline Bei.
"Que conselho você daria para alguém que é o fruto de um amor devastado?"
Informações do livro:
Editora: Companhia das Letras.
Páginas: 264.
Autor(a): Aline Bei.
Obra Nacional.
Classificação Indicativa: +16
Sinopse adicional:
'Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares. Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis. Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos.'Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares. Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis. Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos.
"Aline Bei narra como quem se posiciona à beira do abismo, o corpo em espera, o instante que se aproxima. Ler Pequena coreografia do adeus é acompanhar essa queda, íngreme e definitiva, mas também sublime e transformadora." ― Carola Saavedra
"A experimentação formal que sublinhou o estilo marcante de Aline Bei, em sua estreia com O peso do pássaro morto, sedimenta-se neste segundo romance, trazendo-nos a história dolorosa de Júlia Terra ― personagem complexa, cujas margens familiares vão se dissipando. A trama urdida com lirismo entrelaça a educação afetiva, a violência e a experiência do desamor, revelando o paradoxo da condição humana ― a um só tempo precária e (por meio da escrita) redentora." ― João Anzanello Carrascoza'
#livro#leitura#literatura#ficção#aline bei#aline#livros#book tumblr#escritor#autor#escrevendo#resenha#pequena coreografia do adeus#books#escritos#poesia#poético
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João Silvério Trevisan participa de bate-papo literário oferecido pela BibliON
No dia 20 de junho, 19h30, a BibliON oferece um bate-papo literário com João Silvério Trevisan, escritor premiado, vencedor de três Prêmios Jabuti. Nascido em 1944, em Ribeirão Bonito, São Paulo. Trevisan é um dos grandes nomes da literatura LGBTQ+ no Brasil. Sua obra é marcada pela coragem de abordar temas difíceis e pela defesa dos direitos humanos e da diversidade sexual. João Silvério…
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Lula & Raduan
Aniversariante de 27 de novembro: Raduan Nassar, um dos principais nomes da literatura brasileira – na foto, com Lula, em 2011, na época em que o escritor doou sua fazenda, no interior de São Paulo, ao governo federal, para a implantação de um campus com ênfase em agricultura sustentável na UFSCar. Autor de "Lavora arcaica", "Um copo de cólera" e "Menina a caminho", Raduan venceu em 2016 o Prêmio Camões, a mais importante premiação da língua portuguesa.
Veja mais em:
Semióticas – Camões para Raduan Nassar
https://semioticas1.blogspot.com/2016/05/camoes-para-raduan-nassar.html
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Só me questiono a razão pela qual Clarice,a nossa Clarice Lispector não ganhou o prêmio Nobel de literatura enquanto viva, já que o conjunto de sua obra é uma viagem no lado insólito e " cinza" do ser humano, no âmago de sua alma, no " estranho" ou "unheimlich" em todos nós.
Unheimlich.
Por: Fred Borges
"Unheimlich" é um termo alemão que se refere a algo que é assustador, mas que também já foi familiar. Na psicanálise, o conceito de unheimlich é utilizado para explicar algo que provoca angústia, terror ou confusão, e que remete a algo primordialmente conhecido.
Em português, o termo "unheimlich" pode ser traduzido como: O inquietante, O estranho familiar, A inquietante estranheza.
Segundo Freud, o unheimlich é o efeito da reaparição indesejada de complexos infantis. O conceito de unheimlich pode emergir de forma particular ou coletiva, e está relacionado ao processo de identificação e interpelação ideológica.
Sigmund Freud, no texto "Das Unheimliche" (O Estranho), nos ensina que o homem diante do que lhe parece ser misterioso e enigmático (Estranho/Unheimelich) reage com medo e horror. Mas é preciso grifar que o estranho não se opõe ao familiar. Muito pelo contrário, nos esclarece Freud que:
(...) o estranho é aquela categoria do assustador que remete ao que é conhecido, de velho, e há muito familiar. (...) nem tudo o que é novo e não familiar é assustador; a relação não pode ser invertida. Só podemos dizer que aquilo que é novo pode tornar-se facilmente assustador e estranho; algumas novidades são assustadoras, mas de modo algum todas elas. Algo tem de ser acrescentado ao que é novo e não familiar, para torná-lo estranho.
Estar relacionado ao processo de identificação e interpelação ideológica pode significar no contexto do inconsciente coletivo o estranhamento em relação ao familiar continuísmo político por exemplo da esquerda no Brasil, afinal a lógica de uma esquerda liberal ou capitalista faz com que os cidadãos ou eleitores percebam esquerda ou direita como uma massa "esverdeada" de que todos " roubam, mas fazem" ou todos são corruptos e juristas redigem ou juízes julgam por meio das próprias interpretações da Carta Magna, sempre a favor de si mesmos, num corporativismo execrável,num " câncer " que já virou uma metástase coletiva que leva a uma catástrofe da credibilidade individual e coletiva do cidadão ou cidadã, cidadãos nunca grafado ou falado erroneamente de"cidadões",das instituições pelo "unheimlich",uma mudança é uma forma de continuísmo familiar que os "vermelhos" são "azuis" e " vice-versa transformando toda uma massa de eleitores ou cidadãos manipuláveis, portanto a "unheimlich" coletiva é a não capacidade de distinguir as ideologias, dogmas, da política que massifica opiniões, tornando o senso comum, o bom senso, a ignorância, escravidão, a prisão, liberdade numa continuísmo ora vermelho, ora azul, gerando na sua mistura o verde da bandeira nacional, não mais na pontas, mas no CENTRO ou CENTRÃO do Legislativo federal, a amálgama "unheimlich" que cada vez mais absorve, como orgão no corpo-corporativista da política nacional,fonte de todo câncer da política brasileira,tornando o normal em comum, e o comum em natural, e quem se recusa a comer ou votar na "carne" é rotulado de o "unheimlich" e descartado como foi o candidato a prefeitura de São Paulo: Pablo Marçal que na sua " ingenuidade", do "novo" resolveu expressar verdades inconvenientes do SISTEMA,nivelando por baixo já por baixa educação da população, em constante metástase, continuísmo pendular, quem desafia, torna-se "unheimlich".
"Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser - se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele. Fico tão assustada quando percebo que durante horas perdi minha formação humana."Assim é um dos trechos do livro: A Paixão segundo GH, em outros revela: "...Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.Ainda em outro:"É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo."
"Agora preciso de tua mão, não para que eu não tenha medo, mas para que tu não tenhas medo. Sei que acreditar em tudo isso será, no começo, a tua grande solidão. Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas como eu agora: por amor."
Ninguém foi tão densa e ofereceu expor a angústia e tensa solidão em sua época quanto Clarice no seu tempo.Não querendo fazer comparações mas o prêmio Nobel de literatura desse ano desaparece diante da grandiosidade de vários autores de língua portuguesa, especificamente Clarice Lispector em o Amor Segundo GH.Acredito que a genialidade tem o seu tempo, tempo que não pode ser antecipado ou postecipado, tempo no tempo certo e aí chamamos de genialidade aquilo que compreendemos ou um " corpo elitista" compreende,aceitamos, abraçamos, quantos gênios da literatura em língua portuguesa tiveram sua genialidade olvidada,desprezada, ignorada, talvez o Brasil não mereça o Brasil, mas quem se importa? O Brasil está longe de ser uma meritocracia!
Han Kang,foi a ganhadora do prêmio Nobel de literatura em 2024 pelo livro: " A Vegetariana" .
Dividida em três partes narradas por vozes distintas, a primeira seção da novela é homônima ao livro e tem como narrador o marido de Yeonghye (protagonista), mulher banal que, assaltada por sonhos tenebrosos envolvendo sangue, carne crua e labirintos assustadores, resolve parar de comer quaisquer produtos de origem animal. Sua disposição não termina aí: a protagonista também joga fora toda a comida da geladeira e passa a se esquivar do esposo para fugir do cheiro de carne que, segundo ela, exalava de seus poros.A carne a contamina assim como a ignorância e estupidez também, o que chamamos de febre vermelha pode ser azul e vice-versa, caberá ao verde a solução de nossas angústias?Afinal a carne é verde para feijoada!
É possível reconhecer em seus sonhos a manifestação daquilo que Freud chamou de "unheimlich", ou, como geralmente traduzido ao português, o estranho. A sensação que a acomete é a do estranhamento,nem tão inusitadamente causado por algo que, ao mesmo tempo, lhe é familiar segundo o próprio Freud. Na tentativa de livrar-se desse insólito que perturba seu subconsciente, o que Yeonghye acaba fazendo é deixá-lo escapar do plano onírico ao plano coletivo do real. Nesse sentido, a narrativa assume ares kafkianos: sem conseguir se desprender dos sonhos intranquilos, a protagonista os abraça, e a partir de então ostenta uma metamorfose integral, que ultrapassa os limites da sua dieta alimentícia e passa a afetar sua relação com o outro. Acima de tudo, segundo Tamy Ghannam* o que deve ser levado em conta é que, rejeitando a carne, Yeonghye nega os princípios básicos sobre os quais seus relacionamentos se fundam. O conflito se arma não pelo seu regime vegetariano, mas por toda a mudança estrutural que decorre dessa decisão. Quando se torna vegetariana, ela deixa de ser a esposa ordinária, a filha submissa, a cunhada desinteressante. Ela se transforma em "unheimlich".
A vegetariana é um retrato em três atos da desumanização de uma mulher que, constantemente oprimida, acaba liberando pelo corpo o surreal que habita seu interior, resistindo à vida encarceradora de sujeito do sexo feminino. Essa resistência ganha forma em seu propósito de abandonar a carne, voltando-se aos vegetais como uma possível via de libertação da condição humana que a aprisiona.
Já a obra "O amor segundo GH" Clarice busca o infinito através dos fluxos de consciência e do inconsciente, a verdade que cabe a barata e a Janair a reflexão ou inflexão ao "unheimlich" , o livro é escrito em primeira pessoa e faz livres associações que levam à tensão e ao movimento. Existem duas baratas aqui. A de Kafka é usada para mostrar a desumanização de Gregor Samsa e em Clarice ela é tomada como a humanização de G.H.A qual posição caberia Yeonghye?
Ambas as autoras trabalham em suas obras, os traumas humanos, tão complexo e tão profundo ser humano, uma no plano individual, íntimo, particular, outra no plano individual para o coletivo. Han Kang,foi a ganhadora do prêmio Nobel de literatura em 2024 pelo livro: " A Vegetariana", mas também pelo total de sua obra.Clarice Lispector nunca recebeu o prêmio, nenhum brasileiro o foi, cabe a reflexão das razões, dos critérios, das mudanças ocorridas a essa premiação, hipóteses não faltam, mas como toda teoria e pressupostos da metodologia científica orientado somos a reduzir as hipóteses num trabalho científico, ficamos reduzidos as opções do azul e do vermelho, nos acostumamos, habituados a isso,ao câncer brasileiro, latino americano,norte americano, das localizações geográficas, geopolíticas, do bem, do mal, da carne, do vegetal e simplesmente vegetamos para o bem ou para o mal.O verde é a mistura obtida pelas duas cores, logo no final o verde é a mesma massa homogênea, pequena que apequena a nós brasileiros.
Clarice Lispector merecia o Nobel pelo conjunto de sua obra, e em específico pela " Paixão segundo GH? Prefiro que o leitor responda e estenda a mão, a minha está estendida aguardando a sua, e ao se tocarem estaremos mais próximos à LUZ que ao "UNHEIMLICH"!
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Airton Souza é finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2024 com “Outono de Carne Estranha”
O escritor Airton Souza, uma referência consolidada na cena literária da região norte do Brasil, é um dos destaques entre os finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2024, a maior premiação de romances do país. Airton concorre na categoria Romance de Estreia do Ano com sua obra “Outono de Carne Estranha”, publicada pela Editora Record. O Prêmio São Paulo de Literatura é dividido em duas…
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Uma nova história
[Texto publicado na Revista da GOL em fevereiro de 2024]
Enquanto a venda de livros aumenta e as grandes livrarias fecham as portas, a gente se pergunta quais os novos caminhos da indústria editorial. Entre clubes de assinaturas e espaços especializados, uma coisa é certa: a curadoria personalizada nunca esteve tão em alta
Por Lígia Nogueira
“Quero um livro que conte a história de alguém que saiu do nada e conquistou tudo”, pediu o homem. Pensando em algumas biografias com esse tipo de narrativa, as livreiras sugeriram “Esforços olímpicos”, em que a autora Anelise Chen narra a trajetória de uma imigrante taiwanesa que usa o esporte como metáfora para refletir o que é vencer e o que significa desistir. “Gostei, vou levar”, disse, satisfeito, o leitor, passeando entre as prateleiras dedicadas a Oriente Médio, Ásia e Imigrantes deslocados da livraria Aigo, inaugurada no fim de julho em São Paulo. Se tivesse sido aberta há cinco anos, dizem as proprietárias, teria sido ainda mais desafiador encher as seções com a curadoria atual. Boa parte do acervo da loja, que se define como migrante diaspórica, é de livros lançados recentemente.
“Só para ficar em um exemplo, ‘A vegetariana’ (Todavia), da coreana Han Kang, que ganhou o Man Booker International Prize, um importante prêmio literário internacional, em 2016, foi provavelmente o primeiro livro coreano traduzido para o português que nós lemos. A partir de leituras como essa a gente pôde se reconectar com um país que apenas conhecíamos de segunda mão”, diz Agatha Kim, 38 anos, sócia da Aigo ao lado de Yara Hwang, 37, e de Paulina Cho, 32. Filhas de imigrantes coreanos, as três cresceram no Bom Retiro, deixaram o bairro e agora retornam ao local para ressignificar a relação com as suas origens e empreender, apostando na curadoria cada vez mais especializada e no atendimento ainda mais próximo do leitor. Por todo o espaço, há cartões escritos à mão pela equipe e por visitantes da vizinhança com indicações de leitura, uma prática comum em livrarias de bairro em outros países.
“Ler nos coloca em contato com a vida íntima daqueles que seriam nossos conterrâneos, vizinhos e amigos se nossas famílias não tivessem emigrado. E nos faz querer que mais pessoas tenham essa experiência”, continua Agatha, que, assim como Yara e Paulina, não era do mercado editorial e deixou um emprego na área de publicidade para cuidar do novo negócio. Elas também estão aos poucos trazendo livros em outros idiomas para suas prateleiras, para ampliar o acesso a quem não tem o português como primeira língua. “A ideia é expandir as narrativas literárias”, contam as sócias, que costumam receber pessoas de todos os lugares do Brasil e de fora, principalmente aos sábados, quando o movimento é maior. As estudantes Ana Paula Jacobson, 25 anos, e Giovanna Pires, 26, de São Paulo, aproveitaram o fim de semana para conhecer a livraria e aprovaram a visita. “Amei a experiência. O espaço passa uma sensação muito afetiva, é possível sentir o esforço que fazem para se conectar com a comunidade local de leitores e receber as pessoas”, diz Giovanna, que levou três publicações para casa. Ana Paula, que nunca tinha estado em uma livraria independente antes, comprou dois títulos por indicação das sócias.
A livraria de 60 m² fica no Centro Comercial do Bom Retiro, uma galeria com projeto do arquiteto polonês Lucjan Korngold inaugurada na década de 1960 onde estão instalados cafés, salões de cabeleireiro, brechós e restaurantes como o Prato Grego. Muita gente acaba passando por lá rumo à Feira do Bom Retiro ou incentivada pela cultura do k-pop. Para André Conti, editor e sócio da Todavia, esse movimento faz parte de uma tendência mais geral da indústria do livro no Brasil. “No caso de autoras e autores coreanos, temos visto a popularização dessa cultura por aqui, seja pela música, pelos doramas [espécie de novela], por onde for, então é natural que se publique também a literatura daquele país”, diz ele, lembrando que outras editoras vinham fazendo isso anteriormente – o próprio "A Vegetariana" teve uma edição pela Devir.
Assim como as donas da Aigo, o advogado Leo Wojdyslawsk, 50 anos, também contou com uma consultoria especializada antes de ingressar no mercado editorial e apostou em um local emblemático para abrir, em dezembro de 2022, a Eiffel, que ocupa uma loja térrea no prédio de mesmo nome assinado por Oscar Niemeyer na Praça da República, região central da capital paulista. Acostumado a frequentar o edifício, sonhava ver ali uma livraria independente focada em arquitetura, urbanismo, design e paisagismo, até que decidiu ele mesmo concretizar a ideia. “Liguei para vários clientes do mercado editorial para mapear o setor e muitos me deram força, mas outros disseram que eu não teria retorno. Não sei quem é mais meu amigo”, brinca Leo, que hoje reúne 4.500 títulos no acervo e enxerga o momento atual com otimismo. “A boa surpresa é que as pessoas estão voltando a ler sobre arquitetura e foi possível perceber que havia uma carência nesse nicho com o fechamento da livraria que funcionava dentro da sede do IAB/SP (Instituto de Arquitetos do Brasil), aqui no Centro.”
Mais do que um lugar onde se vendem livros, a livraria é um espaço de encontros, descobertas e de conexões reais entre as pessoas, algo que ficou ainda mais claro depois da pandemia do Coronavírus que afetou a economia de modo geral e manteve as lojas de portas fechadas por um longo período. Segundo uma pesquisa feita pela Nielsen Bookscan, conhecida como Painel do Varejo de Livros no Brasil, divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), houve um crescimento de 8,33% no faturamento do mercado editorial brasileiro em 2022, em comparação a 2021. Já um balanço divulgado pelo SNEL em setembro mostra que 2023 não foi um ano tão bom quanto o anterior, mas os números seguem animadores. Em 2022 houve um número alto tanto de faturamento quanto de volume de livros comercializados devido principalmente ao fenômeno dos álbuns de figurinha da Copa do Mundo. O 9º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2023 mostra um volume 16,96% menor e uma queda de 11,41% na arrecadação para o setor.
Mesmo diante dos obstáculos, os empresários do setor se mostram resilientes e permanecem investindo, o que tem colaborado com o aquecimento do mercado.
Desde o segundo semestre de 2021, as livrarias físicas estão se recuperando e voltando a crescer. Em 2022, foram inauguradas cerca de 100 novas livrarias no Brasil – no mesmo ano em que a Bienal Internacional do Livro de São Paulo bateu recorde de público, com mais de 660 mil pessoas. A Bienal do Rio, em 2023, reuniu mais de 600 mil pessoas que levaram para casa cerca de 5,5 milhões de livros, uma média de nove títulos por visitante, de acordo com a organização.
Isso mostra que, se o brasileiro passou a ler mais durante a pandemia, a tendência é que mantenha o hábito da leitura daqui para a frente.
Beneficiados com o isolamento e a consequente procura por mais livros, os clubes de assinatura tiveram um aumento significativo em seus números a partir de 2020. Um exemplo é a TAG, que chegou a dobrar de tamanho e alcançar quase 70 mil associados. Fundada em 2014, a empresa tinha 10 mil assinantes em 2016 e hoje conta com aproximadamente 30 mil leitores. Em quase uma década de funcionamento, já enviou mais de 3 milhões de caixinhas e passou recentemente por uma fusão, anunciada em agosto, com a Dois Pontos, criada em 2021 como a primeira livraria 100% virtual do Brasil, com forte presença em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e 150 mil títulos em seu portfólio. “A estimativa, com a fusão, é de faturar entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões anualmente a partir de 2024”, afirma Rafaela Pechansky, publisher da TAG.
As últimas pesquisas de venda do setor editorial de 2022, promovida pelo SNEL, CBL e Nielsen, apontam para um aumento da participação das livrarias virtuais nas compras gerais de livros para o patamar de 35% do mercado. Foi a primeira vez que a venda por e-commerce ultrapassou a de livrarias físicas. “Sabemos que isso é reflexo da consolidação da Amazon como vendedora de livros no Brasil e que esse foi um movimento acelerado pela pandemia que preocupa o setor livreiro por conta da política de preços praticada por essas empresas, usando o livro como produto de entrada do cliente na plataforma”, analisa Ana Rocha, diretora de operações da TAG-Dois Pontos.
A desvalorização do produto livro para aquisição de clientes é uma prática que prejudica a saúde das livrarias. Ao mesmo tempo, continua Ana, no mesmo período, se observou nos grandes centros o nascimento de livrarias de rua com foco em atendimento ao leitor, qualidade de curadoria e cuidado com os espaços. “Há uma valorização desse serviço do livreiro e do cuidado que as livrarias dedicadas têm, muito diferente do que vemos nas lojas que vendem tudo onde o verdadeiro serviço oferecido é o de logística.”
O Brasil conta hoje com 2.972 livrarias físicas espalhadas pelos cinco cantos do país, de acordo com a 5ª edição do Anuário Nacional de Livrarias, lançado em agosto de 2023 pela Associação Nacional de Livrarias (ANL). No intervalo de uma década, entre 2013 e 2023, a queda no número de livrarias no país foi de 1,8%, um declínio considerado mínimo por Marcus Teles, presidente da ANL. De acordo com os dados do anuário, que tem por objetivo mapear a localização das livrarias e identificá-las, além de contribuir para ações empresariais futuras de investimento no setor livreiro, a região Sudeste lidera com 1.814 espaços, seguida por Sul (561), Nordeste (334), Centro-Oeste (165) e Norte (98). Foram considerados dados entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro semestre de 2023 – desde então, houve uma movimentação no setor com a confirmação do decreto de falência da Livraria Cultura, a Saraiva fechando diversos endereços e a Travessa, com lojas no Rio e em SP, indo na direção contrária.
“Nos últimos dois anos abrimos cinco novas unidades, o que levou a um aumento significativo do faturamento. Fazendo um exercício de considerar apenas as unidades já existentes verificamos que os bons números de 2019 se mantiveram”, avalia Rui Campos, que fundou a Travessa em 1975. Segundo ele, de setembro de 2022 a setembro de 2023 a empresa vendeu 1,5 milhão de livros e teve um faturamento de R$ 110 milhões. “Assistimos a grandes mudanças no setor com o desaparecimento de empresas que se tornaram inviáveis por estratégias equivocadas e o surgimento ou crescimento de outras mais adaptáveis aos tempos atuais”, diz. “Todo esse poder de mobilização que o livro suscita nos alerta para operações de e-commerce que o utilizam para atrair novos clientes, mas que comprometem a sustentabilidade desse mercado que não pode prescindir das livrarias, que é onde o encontro entre o leitor e o livro se dá.”
Outro veterano do setor, Samuel Seibel, que fundou a Livraria da Vila em 1985 no bairro paulistano da Vila Madalena, relaciona a longevidade do negócio à experiência do cliente em loja. “Oferecer acolhimento ao leitor é o nosso dia a dia”, afirma. “Nos últimos anos, com a saída dessas empresas, vemos que um número razoável de novas livrarias de uma loja só, independentes, se espalharam, não só em São Paulo, mas em vários lugares. Elas já nascem com essa vocação natural – são pessoas que têm no livro uma paixão como nós temos, mas pensando em vender títulos só para mulheres, como a Gato Sem Rabo, por exemplo, pensando em um público mais específico. O que tem em comum hoje no mercado é isso, essa certeza de que o atendimento pessoal é fundamental no nosso setor.”
Referência em Porto Alegre quando se fala em livraria independente, a Baleia se especializou em temáticas de gênero, sexualidade e direitos humanos. Foi fundada em 2014 pela jornalista e produtora cultural catarinense Nanni Rios, que já havia trabalhado na Câmara Catarinense do Livro, atuando em feiras e eventos literários por todo o estado, e na gaúcha L&PM Editores, como editora de mídias sociais, e decidiu abrir um espaço que fosse “diferente das lojas convencionais”. “Queria algo como uma biblioteca de casa, sem o ar comercial das livrarias que eu conhecia”, conta. Saiu, então, em busca de móveis usados, sofás e tapetes, dispensou o balcão e criou um lugar totalmente voltado para as conversas sobre livros e o contato com autores e autoras. A livraria precisou se reinventar na pandemia e está sem sede fixa desde agosto de 2022, quando passou a funcionar dentro de um trailer. A previsão é inaugurar a loja nova, no Centro Histórico da capital gaúcha, em janeiro de 2024 e assim retomar o modelo de negócio original. “Foi o que sempre garantiu à Baleia o seu diferencial, que é estar conectada à produção literária contemporânea por meio de encontros e eventos na loja e fora dela”, diz Nanni, que, assim como tantos livreiros pelo país, continua investindo em curadoria especializada, clubes de leitura e na relação humanizada como principais estratégias – algo que o leitor sempre desejou e que agora finalmente está encontrando em muitas livrarias.
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Conheça "Mata Doce" vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura
“Mata Doce”, da escritora Luciany Aparecida, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria Romance. "Uma prosa lírica e de força singular", ambientada no interior da Bahia. Confira. #MataDoce #LucianyAparecida #GeekPopNews
“Mata Doce”, da escritora Luciany Aparecida, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura. O livro foi premiado na categoria Melhor Romance do Ano de 2023. A Alfaguara é responsável pela publicação. Segundo as informações da Companhia das Letras (da qual a Alfaguara faz parte), “Mata Doce” narra, com “uma prosa lírica e de força singular”, uma série de acontecimentos trágicos, em um pequeno vilarejo…
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instagram
O inédito ex-gaúcho, agora cidadão do mundo Luis Só @bancodossonhos formado em Ed. Física que também cursou Design Gráfico e Artes e é mais conhecido como artista multimídia, ufa, aqui no ARTE MUDA. . Vocalista da banda “Nicolas não tem Banda”, e um dos cofundadores da Ocupação Artística Ouvidor 63 @centroculturalouvidor63 onde residiu até o primeiro semestre de 2019.Tem muita influências da música, literatura, mídia, esquizofrenia e cultura afro. . De 2008 a 2012 participou como artista em trânsito no Papel Pinel (Instituto Philippe Pinel) Botafogo e em 2014 veio para São Paulo/SP e se uniu ao Coletivo Androides Andróginos, para fundar a Ocupação Artística Ouvidor 63. . Em 2018 fez parte da equipe de curadoria coletiva da II Bienal de Artes Ouvidor 63,que foi indicada ao Prêmio da Revista Select de Arte e Educação; participei do projeto @skate_point na Ocupação Ouvidor 63 @ouvidor63 . No segundo semestre de 2019 participou do coletivo artístico @colabirinto no bairro do Bixiga, e em 2020 juntamente com a Perfume Skt Co., criou a arte do shape para Rodrigo Kbeça Lima @rodrigokbcalima primeiro skatista profissional assumidamente gay no Brasil, e manager da equipe de skate Vans Brasil. . Em 2021 iniciou residência artística no @estudiolamina que é um espaço de arte independente, aí em 2022 realizou a primeira exposição individual neste espaço. Atualmente faz parte do grupo de artistas BASA @basa.network com mentoria de Lucas Pexão @lucaspexao. . É muita produção pra pouco instagram.
#artemuda#AM#vista#vistaart#arte#arteecultura#naoremregras#leiavista
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Bites Trends #24
Trecho que contribuí para a newsletter semanal de tendências da Bites, enviada em 17/11/2023
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Onda de calor dispara buscas por soluções refrescantes
Não é novidade para ninguém que vive aqui: o Brasil enfrenta uma intensa onda de calor, com previsões de altas temperaturas até o próximo domingo. Afetando principalmente as regiões Centro-Oeste e Sudeste, e se estendendo até o Norte, Nordeste e Sul, tem levado a recordes de calor em várias capitais.
Em resposta, foi observado um aumento significativo nas buscas por alternativas para amenizar o calor. Dados revelam que a procura por "piscina" no Google alcançou seu pico em cinco anos, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com destaque para modelos de fácil instalação e que não exigem grandes espaços, como as de fibra de vidro e de plástico. Além disso, as buscas por "ventilador com umidificador de ar" cresceram mais de 3000% no Google Shopping.
Preocupações com o bem-estar de animais de estimação também estão em alta, com muitos buscando maneiras de proteger cães e gatos do calor extremo. Diversos sites estão consultando especialistas que respondem essas questões, é o caso dO Globo e da CNN Brasil.
A hashtag #Ventilador ganhou popularidade no TikTok, subindo 26 posições no ranking até o 16º lugar. O interesse mais crescente é por “life hacks” para potencializar o aparelho com gelo.
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Jabuti nomeia e desclassifica obra com IA, inflamando debate
A Câmara Brasileira do Livro desclassificou a obra "Frankenstein", ilustrada por Vicente Pessôa com auxílio de inteligência artificial (IA), da disputa pelo Prêmio Jabuti. A nomeação gerou controvérsia após a revelação de que cerca de 50 ilustrações da edição publicada pelo Clube de Literatura Clássica foram criadas usando a ferramenta de IA Midjourney. A organização justificou a desclassificação, destacando a ausência de diretrizes para avaliação de obras que utilizam IA, prometendo debates futuros sobre o tema.
Os desenhistas e jurados André Dahmer e Baptistão expressaram desconhecimento prévio sobre o uso da IA, ressaltando dilemas éticos e criativos dessa prática.
A controvérsia elevou o interesse pelo Prêmio Jabuti, resultando em um pico de buscas no Google nos últimos cinco anos e em 8,8 mil tweets sobre o caso, representando 55% das discussões totais sobre a premiação.
A desclassificação abriu um debate sobre os limites e potenciais da IA na criação artística, questionando a autenticidade e o valor da arte gerada por máquinas em comparação com a produção humana.
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YouTube e Meta apostam em revolução criativa com IA
Em um movimento que contrasta com as recentes controvérsias no Prêmio Jabuti, o YouTube introduz o Dream Track, uma ferramenta de IA que gera músicas no estilo de artistas renomados, tudo com autorização. Ela permite que os criadores do YouTube Shorts criem faixas inspiradas em nomes como Demi Lovato e Sia. A plataforma acredita estar abrindo novas fronteiras na criação musical, oferecendo composições únicas com salvaguardas de direitos autorais integradas.
Paralelamente, a Meta está inovando no Facebook e Instagram com ferramentas de edição de vídeo e imagem alimentadas por IA. Utilizando o sistema Emu, usuários sem experiência em edição poderão realizar transformações que seriam “surpreendentes” em suas fotos e vídeos, potencializando a criatividade e a expressão individual.
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Guerra das buscas: TikTok enfrenta Google
O TikTok está elevando sua aposta no mercado publicitário brasileiro, lançando o Search Ads Toggle - uma funcionalidade que permite às marcas veicular anúncios nas páginas de buscas da plataforma. Com um bilhão de usuários globais, a rede social chinesa está desafiando diretamente gigantes como o Google.
A incorporação de trechos da Wikipedia em setembro já indicava essa direção. Esse movimento acontece em um contexto onde os jovens recorrem cada vez mais ao TikTok para informações, enquanto a própria natureza da busca online está sendo reformulada pela ascensão de assistentes baseados em inteligência artificial, como o ChatGPT. Este avanço do TikTok sinaliza uma era inovadora nas estratégias de marketing digital, remodelando a paisagem da busca online e da publicidade.
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CHAPADA DOS VEADEIROS- Povos dos Campos Gerais > ANDRÉ DIB
Algumas décadas foram necessárias para que o livro Ansel Adams in Color ( Little, Brown and Company, 1993) do renomado fotógrafo americano tenha sido publicado. O californiano Adams (1902-1984) embora consagrado no fine art do preto e branco em suas imagens da paisagem americana começou a fotografar em cor ainda em 1935 quando da invenção do filme Kodachrome. Já o fotógrafo André Dib, com seu Chapada dos Veadeiros-Povos dos Campos Gerais ( Ed. Origem, 2022), recentemente lançado no Festival Foto em Pauta de Tiradentes foi mais breve ao passar da cor, da qual é um virtuose para o monocromatismo.
Mineiro de Uberaba, radicado na Chapada dos Veadeiros desde 2002, Dib dedica-se a imagem ambiental essencialmente explorando lugares de difícil acesso fotografando paisagens, a fauna e flora cultivando o esplendor da cor destes ambientes como raros fotógrafos do gênero, caso do seu livro Chapada dos Veadeiros (Ed.Origem, 2020) [ leia aqui review em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/616566807556407296/chapada-dos-veadeiros-andr%C3%A9-dib ], publicação esta que sustenta o livro atual, na qual a inserção humana faz-se mais presente, juntamente com a arrojada opção pelo preto e branco.
Dib confessa que após ver uma exposição do também mineiro Sebastião Salgado, a mesma chancelou a sua ideia- que já era forte em seu pensamento há algum tempo- de optar pelo preto e branco. Afinal, já havia publicado o livro acima em cor, entre outros tantos, frutos do seu vasto trabalho que já lhe rendeu mais de 15 prêmios no Brasil e no exterior. Entretanto, esta "nova" Chapada, é estruturada na impactante presença humana, expressa em belíssimos retratos que ganharam relevância pela sua edição, que traz o tratamento das imagens executado pelo fotógrafo paulista Valdemir Cunha, também editor e publisher do livro, amparadas pelas paisagens, que agora nos remetem ao renomado Adams.
Em texto introdutório, o professor Adilson Fernando Franzin, doutor em Letras pela Université Paris Sorbonne e pela Universidade de São Paulo ( USP) enfatiza a ideia dos retratos: "Gentes do mato e de grota, de vãos e veredas, de capinzais e roças; eis os povos dos campos gerais em permanente simbiose com o Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul." Para ele, "é valido lembrar que os habitantes destas cercanias,- a um só tempo, reais e míticas- formam a incontornável fonte de inspiração e a matéria viva a que lançou mão certo gigante das veredas para compor suas fabulosas histórias que percorreram todos os quadrantes do mundo. " Um chamado João" a quem Carlos Drumond de Andrade, com reverência, indagou num poema sobre o escritor que misticamente "guardava rios no bolso".
Acerta Franzin na analogia a Guimarães Rosa (1908-1967). Os personagens de Dib são nascidos desta literatura assim como a literatura nasce deles. Não há como deixar de lembrar da inglesa Maureen Bisilliat com seu A João Guimarães Rosa ( Gráficos Brunner, 1979). Esta "dramaturgia" já faz algum tempo que é representada por imagens em outros livros. No entanto, poucas tem a relevância destas.
Para muitos artistas, o apelo de fotografar em preto e branco é, simplesmente, uma questão emocional. Não é preciso ser um crítico de arte para perceber que as fotos em preto e branco costumam ser mais dramáticas do que as coloridas. Seus tons escuros e contrastes profundos muitas vezes instilam uma aura quase temperamental ou misteriosa no trabalho. Esse tipo de teatralidade é difícil de reproduzir na fotografia colorida, ainda que esta obtenha algum sucesso. Além disso, os neurobiólogos provaram que algo na fotografia em preto e branco. Sejam as gamas tonais, os pretos ricos ou a luminosidade, atrai-nos psicologicamente.
Por décadas, o filme monocromático imperou na arte. Algo que vinha desde o advento do filme moderno na década de 1880, tempos em que os fotógrafos concentraram-se em dominar o comportamento "básico" da fotografia moderna. Foi somente na década de 1930 que começaram a explorar provisoriamente a fotografia colorida. Nos anos 1960, porém, o mundo da fotografia tornou-se uma explosão de cores com a invenção das câmeras instantâneas. Desde então, escolher a fotografia em preto e branco em vez da colorida tem sido uma escolha muito consciente. Por muitos anos, a fotografia em preto e branco foi o padrão escreveu o fotógrafo espanhol Samuel Cueto.
Certamente, ao olharmos a edição anterior de André Dib sobre a Chapada, vemos que a sua transição para o preto e branco não provocou perdas na exuberância da paisagem, pelo contráriio, esta "ressignificação" está plenamente alinhada com sua produção. O livro, como explica Franzin, " traz simultaneamente um registro sensível e crítico às questões ambientais mais urgentes da região, configurando-se como um brado em prol da natureza que ainda pulsa, instituindo, com engenho e arte, um libelo contra o obscurantismo e a ignorância de nossos dias, sem perder de vista a delicadeza do olhar que sonha não apenas o abraço telúrico em nacos de nuvens, mas também almeja a força transformadora, o alimento e a cura em mãos humanas." Daí a presença imprescindível dos retratos, que além de belos transmitem a contundência da resiliência do povo da região.
Povos dos Campos Gerais nos mostra igualmente o paradoxo da beleza transmitida entre a terra vibrante e aquela que é destruída, caracterizada aqui pelas imagens de incêndios de áreas imensas do Cerrado, tais como veredas e campos úmidos, ou como escreve o fotógrafo, zonas extremamente sensíveis que são degradadas de forma irreversível secando nascentes e mudando o comportamento do ciclo dos rios e de suas bacias hidrográficas. Segundo dados científicos recentes, estes acontecimentos constituem-se como uma das maiores causas da crise hídrica pela qual passamos nos últimos tempos.
Sendo uma espécie de cartografia do imaginário, como escreve o professor, o potencial narrativo de André Dib impressiona. Mas não somente um potencial natural que o fotógrafo possui, mas sendo uma marca de seu processo criativo e de uma concepção artística. "Não apenas na seara da fotografia documental, a qual prima por contar uma história qualquer, mas sua arte fotográfica, paradoxalmente, parece transcender o tempo e o espaço a tocar o mito num constante flerte com nossas páginas literárias mais genuínas." A publicação tem também um conjunto de detalhadas legendas e audiodrescrição, que ampliam a função da mesma.
Infos básicas:
Edição do livro e imagens: Valdemir Cunha
Editora: Ed. Origem
Direção de Arte: Valdemir Cunha
Projeto gráfico: Editora Origem
Texto: Adilson Fernandes Franzin - Edição bilingue português/inglês
Mapa: Pablo Aguiar Saboya
Editora Executiva: Ligia Fernandes.
Audiodescrição: Marisa Barbosa
Impressão: Pancrom, em Couché fosco, 1000 exemplares.
Projeto contemplado pelo Edital de fomento as artes visuais do Fundo de Arte e cultura do estado de Goiás.
Aquisição do livro editoraorigem.com.br
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Lançamento da editora Almedina Brasil compila trabalhos de um dos maiores cartunistas do país Em 1978, quando a redemocratização batia à porta, Orlando Pedroso publicou suas primeiras charges no extinto jornal Em Tempo. De lá para cá, ele se tornou um dos mais conceituados cartunistas do Brasil, tendo colaborado com veículos de todo o país e ilustrado mais de 80 livros. Com 45 anos de carreira consolidados em 2023, a arte de Pedroso ganha destaque em um lançamento duplo publicado pelo selo Minotauro da editora Almedina Brasil. A coletânea Charges, cartuns e ilustrações – VOL. I e II celebra o humor irreverente e sempre sagaz do ilustrador. O primeiro volume reúne ilustrações feitas a mão, com pincéis e tintas, publicadas em grande parte na Folha de S. Paulo entre 1985 e 2011, desde o tempo em que o mundo ainda era analógico. As charges abordam especialmente as movimentações dos governos de Fernando Collor de Mello e Itamar Franco. O outro volume, mais recente, traz cartuns com temas livres, desenhados à mão, mas já finalizados no computador, confirmando que Orlando Pedroso não parou no tempo. A obra, formatada no estilo 2 em 1 ou "vira-vira", tem prefácios do quadrinista Spacca e da jornalista Mariliz Pereira Jorge. Em cada página, é possível perceber que as metodologias de desenho empregadas e os resultados alcançados são extremamente variados. Algumas das ilustrações mais complexas soam até mesmo poéticas e convidam os leitores a explorar detalhes e texturas. Tudo isso sem perder a piada, claro. Duas vezes finalista do Prêmio Jabuti – com a ilustração das obras “Não vou dormir”, em 2007, e “Filosofias baratas me são as mais caras”, em 2015, o cartunista concorreu ainda ao Prêmio AEILIJ de Literatura e venceu do Prêmio HQ Mix de Melhor Ilustrador três vezes. Charges, cartuns e ilustrações – VOL. I e II reverencia não apenas o talento de Orlando como ilustrador, mas também sua maneira de fazer rir e pensar. Isso porque suas charges não deixam de capturar o cotidiano com doses iguais de sarcasmo e reflexão, seja qual for o contexto sociocultural. Ficha técnica Livro: Charges, cartuns e ilustrações – VOL. I e II Autor: Orlando Pedroso Editora: Almedina Brasil, Minotauro ISBN: 9788563920683 Páginas: 220 Formato: 23x23x1,9 Preço: R$ 119,00 Onde encontrar: Almedina Brasil | Amazon Sobre o autor Orlando Pedroso é artista gráfico, cartunista e ilustrador, nasceu em São Paulo, em 1959. Foi colaborador do jornal Folha de S. Paulo de 1985 a 2011 e de vários veículos de imprensa do Brasil, além de Artista Homenageado no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) de Belo Horizonte, de 2007. Produz eventualmente séries de desenhos inéditos para mostras individuais, como “Como o diabo gosta (1997)”, “Olha o passarinho! (2001)”, “Uns desenhos e Ôtros desenhos (2007)”. É membro do conselho da Sociedade dos Ilustradores do Brasil (SIB). Sobre a editora Fundada em 1955, em Coimbra, a Almedina orgulha-se de publicar obras que contribuem para o pensamento crítico e a reflexão. Líder em edições jurídicas em Portugal, a editora publica títulos de Filosofia, Administração, Economia, Ciências Sociais e Humanas, Educação e Literatura. Em seu compromisso com a difusão do conhecimento, ela expande suas fronteiras além-mar e hoje traz ao público brasileiro livros sobre temas atuais, em sintonia com as necessidades de uma sociedade em constante mutação.
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