#Casas contemporâneas
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Construção de Casas de Alto Padrão: O Guia Completo para Projetos Exclusivos
A construção de casas de alto padrão está cada vez mais em evidência, pois muitas pessoas buscam residências que ofereçam conforto, sofisticação e exclusividade. Esse tipo de construção envolve não apenas um design diferenciado, mas também o uso de materiais de alta qualidade, soluções tecnológicas modernas e um planejamento arquitetônico que reflete o estilo de vida dos proprietários. Neste…
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Mais uma casa suburbana devidamente eternizada. Garanhuns PE. Bairro Heliópolis (Arraial)
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“Onde fica esta rua? ou Sem antes nem depois” com João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
Depois de estrear no Festival de Locarno e ter passado pela 28ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português, “Onde fica esta rua? ou Sem antes nem depois”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, tem estreia marcada para o dia 30 de novembro. Acompanhando a chegada às salas de cinema, os realizadores estarão presentes na Casa do Cinema de Coimbra nos dias 4 dezembro (21:30) e 5…
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o pastor · the shepherd
o pastor, 2023 técnica mista s/tela [150x160]
«Guarda a ovelha, mesmo quando não vês o lobo» provérbio popular português
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Sem Pretensão
Tiveste carrosséis como amantes Alfinetando filhos, comendo de suas unhas Atormentando mitologias e ressonâncias Ruminando ossos com a saliva
Artrópodes dançam sob a lua Esvaziados dos espelhos do lago Cavam fundo a intimidade E escondem seus sentidos em atos insones
Subindo o rio do futuro desnaturalizado Sem prata, sem lágrimas, sem diabos, sem luxúrias Meu país engole minha força em seus estímulos Tão impessoais, talhados em persuadir com ameaças veladas
Cada antepassado meu foi se não o sol Desequilibrando a química do destino Afetuoso delírio, faz chagas na minha ausência Pois o petróleo já não é mais o mesmo sem meu sangue
Todo o meu ócio na encosta contemporânea O verbo desagradável faz suas verborragias E eu te teço ondas, maré baixa e águas escusas Para naufragar embarcações que carregam minha saudade
Esse temporal derrama a cera da vela Refaz os restos findos de fraturas Casa a acolhida quente suspirando Adagas pela noite revolta
Esvazia Cabral dos meus romances Esvazia a Itália do meu horizonte Estas imagens preveem um idioma cego Incapaz de criar palavras que não sejam para lhe clamar
Contaminam meu sonho com suas mãos Sendo a tal medicina deteriorada pelo ego Uma quimera capaz de devolver os seres Ao estado primitivo dos gestos impacientes
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𝒫𝒾𝑒𝓉𝓇𝒶'𝓈 𝐹𝒶𝓂𝒾𝓁𝓎 𝒯𝓇𝑒𝑒
Hécate (representação da pureza e da busca pelo conhecimento): Bia Arantes
Afonso Venancio, arqueologista: Pedro Pascal.
Pietra Venancio, futura médica conselheira do chalé: Rachael Zegler.
Afonso Venâncio sempre foi apaixonado pela arte e por tudo que pudesse demonstrar, pelo menos em parte, os nuances da vida. Seus olhos brilhavam durante a faculdade de arqueologia enquanto via uma palestra sobre civilizações antigas ou quando lia sobre a arte contemporânea na sua especialização, era mágico... Ele largou tudo nos Estados Unidos para atravessar o oceano e se especializar no centro da arte, na busca incessante por novas civilizações e de expressões artisticas. Trabalhou muito em diversos países europeus antes de conseguir ter um nome importante na sua área, porém, foi quando voltou aos Estados Unidos que encontrou a deusa da magia.
Alguns podem achar que foi em uma encruzilhada ou em um ritual de magia negra... Mas não, Afonso a encontrou em uma biblioteca de uma faculdade, tranquila lendo sobre um assunto que ele iria palestrar. Eles conversaram por horas e os sorrisos não eram mais contidos, a inteligência dele e a paixão pelo que falava encantaram a deusa enquanto o jeito misterioso e profundo dela o deixou ainda mais apaixonado pela linda Donzela. Porém a paixão teve que ser cortada pela metade, afinal não demorou muito pra que voltasse que só prosperou após aquele encontro, com mais ofertas de emprego e exposições para coordenar.
Só que um belo dia a mulher voltou, com expressões mais maduras, ainda que não tivesse passado tanto tempo, e com um serzinho enrolado em um lindo cobertor de tricô. Ali na frente dele era a Mãe, que lhe explicou sobre quem era e como seus caminhos levaram a benção que era pequena menina. Afonso nunca tinha sido pai, nem sabia se queria ser, mas só de pegar Pietra no colo e ver aqueles olhinhos curiosos e apaixonados pela vida foi o suficiente par que ele se derretesse.
Nunca faltou nada parado era mais nova, só que o trabalho cobrava mais do que poderia fazer dentro de casa. Ou melhor, dentro daquele país. Afonso teve que escolher, ficar com sua pequena princesa ou continuar desbravando o mundo e conhecendo novos museus, obviamente ele voltou a ativa. Obviamente não ficava tanto tempo longe, afinal deixava sua filha sob os cuidados dos pais, mas ainda assim...
Demorou muito para que a pequena bruxinha realmente entendesse o porque não tinha uma mãe e seu pai só aparecia duas vezes ao ano.
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Landvættir: Os Espíritos da Terra
Na mitologia nórdica, os Landvættir são espíritos protetores associados à terra e à natureza. Para os antigos povos nórdicos, o mundo era habitado por forças espirituais presentes nas paisagens naturais ao seu redor — montanhas, florestas, rios e até campos de cultivo eram vistos como espaços onde esses espíritos habitavam e protegiam. Assim, os Landvættir não eram apenas figuras de respeito, mas também de conexão e harmonia com o ambiente.
Manifestação e Natureza dos Landvættir
Os Landvættir podiam aparecer de diversas formas, frequentemente representados por animais como cervos, pássaros ou até lobos, dependendo da região ou do tipo de natureza à qual pertenciam. Eles também podiam ser entendidos como forças sutis, representando a energia e o equilíbrio de determinado lugar. Assim, eram vistos não apenas como seres independentes, mas como parte essencial da vitalidade e fertilidade da terra.
Relação com os Povos Nórdicos
Os nórdicos tinham uma relação de profundo respeito e gratidão com os Landvættir. Esse vínculo era demonstrado em tradições cotidianas, como a colocação de pedras sobre pequenos montes ou a prática de saudações silenciosas ao passar por determinados locais. Em várias culturas nórdicas, antes de iniciar qualquer atividade que pudesse impactar o ambiente, como a construção ou o plantio, era comum honrar os Landvættir para garantir sua bênção e proteção.
Culto e Rituais
Os Landvættir eram frequentemente honrados com pequenos rituais e oferendas. Esses atos variavam de acordo com a época do ano e o local, podendo incluir ofertas de alimentos, objetos simbólicos ou até derramamento de bebidas no solo. Durante os blóts, rituais sagrados nórdicos, era comum incluir um momento para honrar esses espíritos, agradecendo sua proteção e buscando harmonia.
Culto Moderno
Hoje, no heathenismo moderno e em outras práticas neopagãs inspiradas nas tradições nórdicas, o culto aos Landvættir é preservado e adaptado para a vida contemporânea. Os praticantes que desejam cultivar uma conexão com esses espíritos realizam rituais simples, como deixar oferendas em locais naturais, recitar palavras de agradecimento e respeito, e até dedicar espaços em seus lares ou jardins para honrá-los. Essas oferendas geralmente incluem itens naturais, como grãos, frutas ou flores, e são deixadas com a intenção de manter a harmonia com as energias da terra. Alguns também acreditam que os Landvættir podem ajudar na proteção espiritual de suas casas e famílias, integrando-os em práticas de bênção dos lares.
— Fernanda K.
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Poesia para despertar revoluções possíveis
reportagem sobre a noite do Slam das Minas Bahia em 13 de julho de 2024 (Salvador, BA)
para a Theia Acesa
Ontem estive presente na batalha de poesias Slam das Minas Bahia. Foi a terceira edição e última classificatória para a batalha final de 2024. A vencedora deste ano seguirá para a competição no Slam Bahia, com a possibilidade de seguir para a disputa nacional. Em atividade desde 2017, a iniciativa que busca fortalecer o protagonismo de escritoras e poetas pretas da Bahia, realiza mais do que uma competição quando ocupa a cidade de Salvador amplificando vozes de suas periferias.
Esta edição do Slam fez parte da programação do 12º Julho das Pretas, articulação criada pelo Odara - Instituto da Mulher Negra para mobilização de uma agenda conjunta de ações em torno do Dia Internacional da Mulher Negra Afrolatina Americana e Caribenha, celebrado anualmente em 25 de julho. A agenda do Julho das Pretas deste ano conta atividades de mais de 250 organizações por todo Brasil, Argentina e Uruguai.
Essa foi minha primeira vez numa batalha de poesia depois de mais de 10 anos namorando pela internet diversos slams, vendo inclusive o nascimento do Slam das Minas BA e de outras competições da palavra falada. O Slam aconteceu na Casa do Benin, museu histórico situado no Pelourinho que guarda memórias das culturas afrodiaspóricas ancestrais e contemporâneas. Instrumentos musicais, tecidos estampados, peças de cerâmica, fotografias e outros itens compõem a exposição permanente. Destaco aqui uma peça com o mapa da República do Benin todo feito em tecido, com retalhos coloridos demarcando cada estado e seus respectivos nomes costurados com linha. Já entre as fotografias, estão duas que marcam a visita de Gilberto Gil ao país na década de 80.
Dialogar abertamente para evidenciar a estrutura racista que sustenta a "guerra às drogas"
Nesta edição a batalha foi precedida pela roda de conversa “Por uma política sobre drogas com redução de danos e reparação”, com participação de Lorena Pacheco (Odara Instituto da Mulher Negra), Belle Damasceno (Iniciativa Negra) e Laina Crisóstomo (Pretas por Salvador). O maior lembrete para esta conversa foi dito mais de uma vez: quando falamos de políticas sobre drogas, não estamos falando sobre as substâncias, mas sobre as pessoas. “Ninguém atira num saco de pó, ninguém atira em um beck”, como foi bem colocado por Belle. Ainda estamos na batalha para que a sociedade compreenda que falar sobre drogas não é falar sobre segurança mas sim sobre saúde pública, ainda mais quando tal “segurança pública” mata a população preta no Nordeste de Amaralina com a justificativa de uma suposta guerra às drogas enquanto o bairro branco da Pituba aparece nas estatísticas com alto índice de apreensão de uso/porte de entorpecentes e nem por isso vira um campo de batalha nessa tal guerra. A conversa também é oportuna, pois acontece logo após a notícia da decisão do STF pela descriminalização do porte pessoal de maconha em parâmetro de 40 gramas ou 6 pés da planta cannabis sativa, diferenciando o usuário de traficante. “Se para uma pessoa branca essa decisão é sobre o direito de fumar, para a população negra, é sobre o direito de viver”. E justamente porque é um assunto de vida e morte, todas as falas da roda afirmaram e demandaram das pessoas presentes um posicionamento coletivo sobre o assunto através do diálogo em todos os âmbitos e círculos da vida cotidiana. Sem contar o bom e óbvio lembrete da Laina Crisóstomo: ao falar de maconha “estamos falando da história da criminalização de uma planta”.
“Protagonismo, acolhimento e potência na rima” para além das batalhas
Uma vez fechada a roda organizamos os assentos para a batalha de poesia. O público do Slam é formado majoritariamente por mulheres da juventude negra da capital baiana, mas naquela noite um dos momentos mais emocionantes foi protagonizado pelas ainda mais jovens, as crianças. Nos momentos de microfone aberto nos intervalos da batalha, três delas apresentaram textos de nomes contemporâneos da poesia soteropolitana como Giovane Sobrevivente, abordando o racismo estrutural, misoginia e violências coloniais ao mesmo tempo que, em suas poesias autorais, as meninas ressaltaram as características singulares de beleza e força dos povos que criaram nesta terra raízes de resistência. Ao final do Slam conhecemos a mobilizadora que acompanhava as meninas junto com seus responsáveis. Gisele Soares, deusa do ébano do Ilê Ayê, apresentou o projeto “Omodê Agbara: Criança Empoderada”, em que trabalha pela construção identitária de meninas e meninos de Salvador através da dança afro.
“Protagonismo, acolhimento e potência na rima”, a frase de convergência para as poetas no palco também é a atmosfera que envolve o Slam das Minas. A condução da Mestra de Cerimônias Ludmila Singa, do início ao final, foi de incentivo, encorajamento e abertura para que as poetas na casa se abrissem pra jogar suas palavras no microfone. Uma informação interessante que ouvi foi sobre o desaparecimento de muitas slammers após o período de pandemia e que nesse sentido o Slam das Minas além de fomentar a chegada de novas poetas, busca chamar de volta aquelas que por quaisquer razões se afastaram ou desistiram da prática. Também foi pontuado por Ludmila a trajetória de “sucesso” de alguns slammers nos últimos anos. Xamã foi citado como um desses exemplos, poeta que ascendeu nas batalhas de poesia e que agora está atuando na Rede Globo. Vejo sucesso entre aspas pois, no caminho de prática anticapitalista que aprendemos enquanto vivemos na lida diária da Guilda Anansi, observamos as armadilhas de associar o dinheiro e a visibilidade nacional à ideia de êxito. Há de se ponderar o quanto ser bem sucedido nacionalmente nos distancia da nossa comunidade mesmo que “lá fora” estejamos falando por ela. A “globalização” permanece sendo uma grande armadilha quando se deseja subir ao topo e, indo no caminho contrário, ressalto que assim como todo mundo ali presente, eu vi o sucesso e êxito do trabalho de 7 anos do Slam das Minas quando a menina Dandara recitou seus poemas no microfone representando o futuro que já brinca aqui entre nós.
Confesso que me surpreendi com a quantidade de poetas que se apresentaram para a batalha da noite. Apenas Ane, Eva e La Isla se inscreveram, de forma que não houve uma disputa pelo pódio, apenas pelos lugares a serem ocupados. Nas três rodadas as poesias declamadas conhecemos a verve de cada poeta em palavras de combate ao verdadeiro inimigo, de acolhimento e cuidado entre mulheres, de saudação às raízes ancestrais. Ouvir poesia é raro e ali fiquei à vontade pra me deixar permear por cada fala.
Quando vou a Salvador sempre faço uma breve passagem pela praça Castro Alves e lembro o poeta basilar que inspira justamente por isso, por usar a própria voz e dizer em versos (ou não) o que lê do mundo ali, na Rua, lugar que a Bruxaria Mariposa me ensina a amar. E se essas mulheres me inspiram ainda mais é também porque elas vão mais fundo que Castro Alves pois são mulheres e porque não silenciam mesmo quando vemos lá do fundo do palco a luz piscante da viatura policial que se manteve parada à porta da Casa do Benin durante todo o evento. De forma que a competição, como também foi ressaltado por Ludmila Singa, figura como parte de um movimento que é revolucionário porque existe e permanece, se propondo a marcar o tempo.
Acredito que só uma coisa me fez falta durante a noite, e é essa falta que coloco aqui como reflexão e desejo concreto para o futuro do Slam das Minas. Ouvi sobre saúde, segurança, educação mas não ouvi falas que indicassem o autoreconhecimento dessa iniciativa como uma ação cultural em seu sentido fundamental de cultivo e movimento que pode ter um grande poder de decisão dentro das políticas culturais brasileiras que, desde o retorno do Ministério da Cultura, tem passado por um processo de estruturação inédito na história do país. Um dos aprendizados que estamos vivendo em Serra Grande, no município de Uruçuca, através da organização da sociedade civil pela implementação das políticas públicas culturais é justamente este. Quem movimenta a comunidade, ou as comunidades, em torno da cultura precisa se reconhecer como agente cultural para a partir daí exercer tal papel no território e vejo esta grande potência mobilizadora pelos direitos culturais nos slams. E se assim puder deixar como sugestão nesta reportagem, desejo ver o Slam das Minas BA circular por todos os municípios da Bahia, buscando mulheres poetas e amplificando vozes de diferentes realidades deste estado tão vasto geográfica e culturalmente. Vida longa ao Slam das Minas Bahia!
#Theia Acesa#reportagem#revérbero#guilda anansi#políticas culturais#direitos culturais#feminismo#violência#racismo estrutural#Salvador#Bahia#Slam das Minas Ba#slam#poesia
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Santa Clara de Assis
Uma das santas mais amadas é, sem dúvida, Santa Clara de Assis, que viveu no século XIII, contemporânea de São Francisco. Seu testemunho mostra-nos o quanto a Igreja deve a mulheres corajosas e ricas na fé como ela, capazes de dar um impulso decisivo para a renovação da Igreja.
Quem foi então Clara de Assis? Para responder a esta pergunta, temos fontes seguras, não apenas as antigas biografias, como a de Tomás de Celano, mas também os autos do processo de canonização promovido Papa já pouco depois da morte de Clara e que contêm o testemunho dos que viveram ao seu lado por muito tempo.
Nascida em 1193, Clara pertencia a uma família aristocrática e rica. Renunciou à nobreza e à riqueza para viver pobre e humilde, adotando a forma de vida que Francisco de Assis propunha. Apesar de seus pais planejarem um casamento com algum personagem de relevo, Clara, aos 18 anos, com um gesto audaz, inspirado pelo profundo desejo de seguir a Cristo e pela admiração por Francisco, deixou a casa paterna e, em companhia de uma amiga sua, Bona di Guelfuccio, uniu-se secretamente aos frades menores junto da pequena igreja da Porciúncula. Era a tarde de Domingo de Ramos de 1211. Na comoção geral, realizou-se um gesto altamente simbólico: enquanto seus companheiros tinham nas mãos tochas acesas, Francisco cortou-lhe os cabelos e Clara vestiu o hábito penitencial. A partir daquele momento, tornava-se virgem esposa de Cristo, humilde e pobre, e a Ele totalmente se consagrava. Como Clara e suas companheiras, inumeráveis mulheres no curso da história ficaram fascinadas pelo amor de Cristo que, na beleza de sua Divina Pessoa, preencheu seus corações. E a Igreja toda, através da mística vocação nupcial das virgens consagradas, demonstra aquilo que será para sempre: a Esposa bela e pura de Cristo.
Em uma das quatro cartas que Clara enviou a Santa Inês de Praga, filha do rei da Bohemia, que queria seguir seus passos, ela fala de Cristo, seu amado esposo, com expressões nupciais, que podem surpreender, mas que comovem: “Amando-o, és casta, tocando-o, serás mais pura, deixando-se possuir por ele, és virgem. Seu poder é mais forte, sua generosidade, mais elevada, seu aspecto, mais belo, o amor mais suave e toda graça. Agora tu estás acolhida em seu abraço, que ornou teu peito com pedras preciosas… e te coroou com uma coroa de ouro gravada com o selo da santidade” (Lettera prima: FF, 2862).
Sobretudo no início de sua experiência religiosa, Clara teve em Francisco de Assis não só um mestre a quem seguir os ensinamentos, mas também um amigo fraterno. A amizade entre estes dois santos constitui um aspecto muito belo e importante. Efetivamente, quando duas almas puras e inflamadas do mesmo amor por Deus se encontram, há na amizade recíproca um forte estímulo para percorrer o caminho da perfeição. A amizade é um dos sentimentos humanos mais nobres e elevados que a Graça divina purifica e transfigura. Como São Francisco e Santa Clara, outros santos vivenciaram uma profunda amizade no caminho para a perfeição cristã, como São Francisco de Sales e Santa Giovanna de Chantal. O próprio São Francisco de Sales escreve: “é belo poder amar na terra como se ama no céu, e aprender a amar-nos neste mundo como faremos eternamente no outro. Não falo aqui de simples amor de caridade, porque este devemos tê-lo todos os homens; falo do amor espiritual, no âmbito do qual, duas, três, quatro ou mais pessoas compartilham devoção, afeto espiritual e tornam-se realmente um só espírito” (Introduzione alla vita devota III, 19).
Após ter transcorrido um período de alguns meses em outras comunidades monásticas, resistindo às pressões de seus familiares que no início não aprovavam sua escolha, Clara se estabeleceu com suas primeiras companheiras na igreja de São Damião, onde os frades menores tinham preparado um pequeno convento para elas. Nesse mosteiro, viveu durante mais de quarenta anos, até sua morte, ocorrida em 1253. Chegou-nos uma descrição de primeira mão de como estas mulheres viviam naqueles anos, nos inícios do movimento franciscano. Trata-se do informe cheio de admiração de um bispo flamengo em visita à Itália, Santiago de Vitry, que afirma ter encontrado um grande número de homens e mulheres, de toda classe social, que, “deixando tudo por Cristo, escapavam ao mundo. Chamavam-se frades menores e irmãs menores e são tidos em grande consideração pelo senhor Papa e pelos cardeais… As mulheres… moram juntas em diferentes abrigos não distantes das cidades. Não recebem nada; vivem do trabalho de suas mãos. E lhes dói e preocupa profundamente que sejam honradas mais do que gostariam, por clérigos e leigos” (Carta de outubro de 1216: FF, 2205.2207).
Santiago de Vitry tinha captado com perspicácia um traço característico da espiritualidade franciscana, a que Clara foi muito sensível: a radicalidade da pobreza associada à confiança total na Providência divina. Por este motivo, ela atuou com grande determinação, obtendo do Papa Gregório IX ou, provavelmente, já do Papa Inocêncio III, o chamado Privilegium Paupertatis (cfr FF, 3279). Em base a este, Clara e suas companheiras de São Damião não podiam possuir nenhuma propriedade material. Tratava-se de uma exceção verdadeiramente extraordinária em relação ao direito canônico vigente, e as autoridades eclesiásticas daquele tempo o concederam apreciando os frutos de santidade evangélica que reconheciam na forma de viver de Clara e de suas irmãs. Isso demonstra também que nos séculos medievais, o papel das mulheres não era secundário, mas considerável. A propósito disso, é oportuno recordar que Clara foi a primeira mulher da história da Igreja que compôs uma Regra escrita, submetida à aprovação do Papa, para que o carisma de Francisco de Assis se conservasse em todas as comunidades femininas que iam se estabelecendo em grande número já em seus tempos, e que desejavam se inspirar no exemplo de Francisco e Clara.
No convento de São Damião, Clara praticou de modo heróico as virtudes que deveriam distinguir cada cristão: a humildade, o espírito de piedade e de penitência, a caridade. Ainda sendo a superiora, ela queria servir em primeira pessoa as irmãs enfermas, submetendo-se também a tarefas muito humildes: a caridade, de fato, supera toda resistência e quem ama realiza todo sacrifício com alegria. Sua fé na presença real da Eucaristia era tão grande que em duas ocasiões se comprovou um fato prodigioso. Só com a ostensão do Santíssimo Sacramento, afastou os soldados mercenários sarracenos, que estavam a ponto de agredir o convento de São Damião e de devastar a cidade de Assis.
Também esse episódio, como outros milagres, dos quais se conservava memorial, levaram o Papa Alexandre IV a canonizá-la só dois anos depois de sua morte, em 1255, traçando um elogio a ela na Bula de canonização, onde lemos: “Quão vívida é a força desta luz e quão forte é a claridade desta fonte luminosa. Na verdade, esta luz estava fechada no esconderijo da vida de clausura, e fora irradiava esplendores luminosos; recolhia-se em um pequeno monastério, e fora se expandia por todo vasto mundo. Guardava-se dentro e se difundia fora. Clara, de fato, se escondia; mas sua vida se revelava a todos. Clara calava, mas sua fama gritava” (FF, 3284). E é precisamente assim, queridos amigos: são os santos que mudam o mundo para melhor, transformam-no de forma duradoura, injetando-lhe as energias que só o amor inspirado pelo Evangelho pode suscitar. Os santos são os grandes benfeitores da humanidade!
A espiritualidade de Santa Clara, a síntese de sua proposta de santidade está recolhida na quarta carta a Santa Inês de Praga. Santa Clara utiliza uma imagem muito difundida na Idade Média, de ascendências patrísticas, o espelho. E convida sua amiga de Praga a se olhar no espelho da perfeição de toda virtude, que é o próprio Senhor. Escreve: “feliz certamente aquela a quem se lhe concede gozar desta sagrada união, para aderir com o profundo do coração [a Cristo], àquele cuja beleza admiram incessantemente todas as beatas multidões dos céus, cujo afeto apaixona, cuja contemplação restaura, cuja benignidade sacia, cuja suavidade preenche, cuja recordação resplandece suavemente, a cujo perfume os mortos voltarão à vida e cuja visão gloriosa fará bem-aventurados todos os cidadãos da Jerusalém celeste. E dado que ele é esplendor da glória, candura da luz eterna e espelho sem mancha, olhe cada dia para este espelho, ó rainha esposa de Jesus Cristo, e perscruta nele continuamente teu rosto, para que possas te adornar assim toda por dentro e por fora… neste espelho resplandecem a bem-aventurada pobreza, a santa humildade e a inefável caridade” (Quarta carta: FF, 2901-2903).
Agradecidos a Deus que nos dá os santos, que falam ao nosso coração e nos oferecem um exemplo de vida cristã a imitar, gostaria de concluir com as mesmas palavras de benção que Santa Clara compôs para suas irmãs e que ainda hoje as Clarissas, que desempenham um precioso papel na Igreja com sua oração e com sua obra, custodiam com grande devoção. São expressões das que surge toda a ternura de sua maternidade espiritual: “Bendigo-vos em minha vida e depois de minha morte, como posso e mais de quanto posso, com todas as bênçãos com as que o Pai de misericóridas abençoa e abençoará no céu e na terra seus filhos e filhas, e com as quais um pai e uma mãe espiritual abençoa e abençoará seus filhos e filhas espirituais. Amém” (FF, 2856).
Papa Bento XVI
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01 | La bella vita in un mondo di merda
Tudo até aqui havia sido exaustivo e nada pareceu sair como o planejado, exceto ele.
Mesmo em meio ao caos, conseguimos nos encontrar e naquele momento, no meio daquele aeroporto imenso, não existia mais nada no mundo além dos seus grandes braços abertos e seu sorriso gigante.
Era incrível como eu me sentia abrigo e casa ao mesmo tempo. Eu sabia que ele precisava daquilo tanto quanto eu.
Era verão na Europa e o mundo havia acabado de desabar em nossas cabeças em continentes opostos. Fomos descobertos por um bando de repórteres que são incapazes de pensar em algo além de dinheiro e por um punhado de pessoas que ainda não entendem que, quando se trata de alguém que amamos, pertencer não é ser dono.
Ninguém parecia estar ao nosso lado naquele momento. Os nossos amigos não nos entendiam e todo o resto do mundo - que você também pode chamar de stalkers -, não nos permitiam sequer tentar explicar, eles apenas esperavam um pedido vazio de desculpas, tão vazio quanto a vida que levávamos antes de nos conhecermos.
Você conseguiu se acomodar bem? - Ele me perguntou beijando minha cabeça enquanto olhava a redor, tentando reafirmar para si mesmo que ninguém ali ainda havia nos percebido.
Bem... não foi fácil, mas consegui um lugar para podermos colocar a mente no lugar e pensar nos próximos passos - Falei enquanto me desvencilhava dos braços dele e o puxava pela mão.
Apesar de sabermos que as coisas não estavam bem e que precisávamos pensar num plano infalível, naquele momento apenas queríamos parecer fortes um para o outro.
J�� comeu alguma coisa? Sinto que morrerei nas próxima hora se não comer algo cheio de molho - Ele brincou, dando um leve sorriso e puxando o celular para procurar um bom restaurante
Não comi, mas passei em um lugar incrível no caminho pra cá, que tal darmos uma chance ao novo? - Depois de falar, percebi que pareceu um leve alfinetada devido a situação, mas ele apenas me olhou e sorriu, como se nada que fosse dito ou feito nesse espaço de tempo fosse sério ou real. Tudo parecia um sonho depois de três longos meses distantes.
No caminho para o Fidelio's, não podia deixar de pensar no tanto de coisa que vivemos em um breve espaço de tempo.
Nos conhecemos, saímos alguma vezes e vivemos tudo que o meu eu de 10 anos sonhava vendo os filmes de comédia românticas mas que meu eu de 17 decidiu que era apenas ficção. Depois de tudo, tivemos nosso mundo particular invadido por uma multidão que não havia sido convidada.
Eu sabia que um dia isso aconteceria, mas ainda estávamos construindo nossa história e descobrindo um ao outro, ninguém tinha o direito de tomar isso de nós. Uma mistura de sentimentos me tomavam como em ondas sempre que pensava no que estávamos passando.
Depois de satisfazer o desejo dele por uma autêntica pasta italiana, chegamos ao nosso quarto, algo completamente fora da realidade luxuosa e contemporânea que ele tinha vivido no último ano, era bem menor, mais simples e aconchegante.
Eu amei esse lugar! - Me falou com os olhos brilhando enquanto acomodava suas malas no chão.
Eu havia chegado dois dias antes, procurei um lugar em Trastevere para ficarmos. Ele era distante o suficiente do centro de Roma, já que não queríamos que tanta gente nos visse, porém próximo o suficiente para não nos privarmos de tudo que aquela viagem podia nos oferecer.
Foi intencionalmente pequeno. Queria que a gente sempre estivesse pertinho no tempo que temos - Falei olhando ao redor e reafirmando que essa foi sim a melhor escolha que eu poderia ter feito.
Esse é o começo da nossa pequena vida, você percebe? Tudo ao meu redor é sempre tão grandioso... parece que apenas lhes falta uma estátua minha para adorar, como se eu fosse um deus. Deuses não podem errar. Pra eles, eu não posso errar. - Seu olhar se tornou um pouco mais distante e vazio enquanto contemplava a nossa vista dos próximos dias, mas ele logo voltou seus olhos para mim e voltou a falar.
Eu sou humano e também estou propenso a errar, mas você... Você não foi um erro.
#fanfic#fantasy#my writing#kpop fanfic#bagtan#skz imagines#skz x reader#bts fanfic#ateez fic#ateez fanfic
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The GMC CCKW, also known as "Jimmy", or the G-508 by its Ordnance Supply Catalog nr, was a highly successful series of off-road capable, 21⁄2-ton, 6×6 trucks, built in large numbers to a standardized design (from 1941 to 1945) for the U.S. Army, that saw heavy service, predominantly as cargo trucks, in both World War II and the Korean War. The original "Deuce and a Half", it formed the backbone of the famed Red Ball Express that kept Allied armies supplied as they pushed eastward after the Normandy invasion.
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EDVARD MUNCH E A FOTOGRAFIA
Autorretrato de Munch.
"Tenho uma câmera antiga com a qual tirei inúmeras fotos minhas. Muitas vezes ela produziu efeitos surpreendentes." afirmou o genial artista norueguês Edvard Munch (1863-1944) em uma entrevista de 1930. "Algum dia, quando eu estiver velho e não tiver nada melhor para fazer do que trabalhar em uma autobiografia, todos os meus autorretratos fotográficos verão a luz do dia novamente." arrematou ele. A autobiografia nunca foi escrita, mas os autorretratos chegaram às páginas do livro "The Experimental Self". The photography of Edvard Munch" (Thames and Hudson, 2021) e as exposições homônimas na Scandinavia House em colaboração com a American Scandinavian Foundation de Nova York, entre novembro de 2017 e abril de 2018 e no Munch Museet, de Oslo, na Noruega, de junho de 2020 a setembro de 2021, revelando as suas experimentações com a câmera fotográfica.
Como fotógrafo, Munch expandiu a liberdade proporcionada pela sua condição de amador e os aspectos imprevisíveis da tecnologia fotográfica, então analógica, abordando com muito humor sua própria imagem e explorando seu individualismo, já percebidos na sua pintura e gravura, cujo epítome nas duas técnicas é sem dúvida "O Grito", de 1893. As imagens proporcionam um acesso único a sua radical visão artística, que este livro estuda através dos ensaios dos americanos Patricia Gray Berman, historiadora e professora da Wellesley College, de Boston; Tom Gunning, professor de Cinema e Mídia da The University of Chicago, e MaryClaire Pappas, do Departamento de História da Arte na Indiana University, em Bloomington.
Em 1902 Edvard Munch comprou em Berlim sua primeira câmera, uma Bull 's Eye No. 2, introduzida no mercado em 1892 pela Boston Camera Manufacturing Company, quando tinha 40 anos. Ele usou-a sistematicamente para experiências no seu entorno e para si mesmo onde estivesse, na praia, no seu jardim ou no chamado "Sanatorium Parkstrasse", a casa de Hanni e Herbert Esche, um casal amigo em Chemnitz, na Alemanha, onde passou um tempo convalescendo-se de sua fragilidade mental em 1905. Sempre considerando-se um fotógrafo amador, era curioso e frequentemente explorava seus erros técnicos em ângulos da câmera incomuns, desfoques e o borrado do movimento durante exposições longas. Esses "efeitos" refletiram suas estratégias na pintura e nos trabalhos gráficos, mas por se considerar um amador, Munch não mostrava suas fotografias, como fazia com seus outros trabalhos.
Em pinturas icônicas como O Grito, descreve a escritora novaiorquina Alexandra Alexa, o artista Edvard Munch expressou a ansiedade e a incerteza da vida moderna. Além das pinturas com carga psicológica, xilogravuras e aquarelas pelas quais é conhecido, e além disso era um curioso sobre a tecnologia contemporânea, Tal como as suas pinturas, as suas fotografias centraram-se em tornar visível o invisível.
Munch fez principalmente autorretratos e retratos de familiares e amigos com um forte elemento narrativo, descrevendo sua experiência vivida. “Suas fotografias são explorações muito informais e às vezes extremamente bem-humoradas do artista e de seu ambiente”, explica a curadora e historiadora de arte Dra. Patricia Berman. “Ele documenta, até certo ponto, a si mesmo, seus amigos, seu ambiente imediato – e em seus breves clipes de filmes, os ambientes pelos quais vagou – mas raramente o faz de maneira direta.”
O livro, a exposição fotográfica, gravuras e filmes enfatizam o experimentalismo do artista, examinando sua exploração da câmera como meio expressivo. Ao sondar e explorar a dinâmica da prática “defeituosa”, como distorções involuntárias, movimento desfocado, ângulos de câmera excêntricos, exposições duplas, Munch fotografou a si mesmo e ao seu ambiente mais íntimo de maneira que os tornaram poéticos. Tanto em imagens estáticas como em suas poucas incursões com uma câmera cinematográfica portátil com suas imagens em movimento, Munch não apenas arquivou imagens, mas as inventou.
As abordagens sobre o relacionamento de Munch e a fotografia não são poucas e traduzem um grande interesse nesse meio. Edvard Munch as Photographed for his 75th Birthday, 1938: Strategies in Defense of a Legacy, um paper de Reinhold Heller, professor de História da Arte e estudos germânicos da University of Chicago, aborda outras peculiaridades nesta relação. Ele escreve que Munch tornou-se visível ao público de diferentes formas: Pouco antes deste seu aniversário, ele colaborou com o fotógrafo de Oslo, Ragnvald Væring (1884-1960) para criar um trio de fotografias formais que o retratavam no ambiente de seu estúdio de inverno, em pé ou sentado, rodeado por suas obras.
Outrora um permanente protetor do isolamento eremita proporcionado pela sua casa e estúdio, ele permitiu que esta condição reclusa fosse quebrada por Ragnvald Væring com o seu equipamento para estas imagens, conta Heller. O fotógrafo não apenas teria entrado na sua privacidade como, uma vez publicadas, as fotografias transformariam o que era privado em algo público. Pelo menos através da realidade virtual das fotografias, o público entraria no espaço privado de Munch para ser confrontado pelo fantasma fotográfico do próprio artista. As três fotografias (aqui uma delas publicada) bem como o processo de encená-las e fazê-las, representam uma notável invasão da privacidade habitual e veementemente protegida de Munch.
Uma resposta parcial sobre por que Munch cooperou, e até mesmo instigou, esta intrusão pode ser fornecida por uma breve entrevista telefônica com Munch publicada no jornal Morgenbladet, o mais antigo da Noruega. Quando questionado se pretendia passar o dia inteiramente na “paz e tranquilidade de sua vida privada”, Munch respondeu: “Sim, você sabe, eu vivo em grande parte retraído, acima de tudo. É como se eu precisasse viver um pouco isolado…” Além disso, observou, “hoje, o que mais me agrada é poder voltar a trabalhar… Como vocês sabem, nos últimos anos houve tantas coisas que interferiram na minha vida e resultaram em eu não fazer muito, ou melhor, muito menos do que eu gostaria... Mas agora isso acabou completamente. Agora me sinto fabuloso e em boa forma e, como disse, estou extremamente feliz por poder voltar a trabalhar seriamente.” À luz desta entrevista, as fotografias podem ser consideradas como a documentação visual aparentemente objetiva da saúde, vitalidade e continuidade da vida do artista, de outra forma recluso, quando ele atingiu a idade de 75 anos.
Munch, porém, não desistiu. À medida que o Ano Novo de 1939 aproximava-se, ele distribuiu as fotografias pela comunidade mais íntima dos seus amigos, enviando-as como saudações de Natal. De alguma forma, ao que parece, ele insistiu em tornar as imagens públicas. No entanto, só depois da sua morte, em 1944, é que as fotografias finalmente se tornaram amplamente disponíveis, publicadas em artigos comemorativos pelos seus amigos. Hoje elas são onipresentes, aparecendo como “documentos” visuais em praticamente todos os catálogos de exposições de Munch para acompanhar suas cronologias. Em certo sentido, foi assim que Munch pretendia que as fotografias funcionassem, como documentos, analisa Reinhold Heller.
Contudo, a neutralidade e a objetividade da fotografia são problemáticas, como observa o francês Roland Barthes (1915-1980) em sua declaração: "Nenhuma representação poderia me assegurar o passado de uma coisa, exceto por intermediários; mas com a fotografia a minha certeza é imediata: ninguém no mundo pode me desiludir. A fotografia torna-se então um meio bizarro, uma nova forma de alucinação: falsa ao nível da percepção, verdadeira ao nível do tempo: uma alucinação temporal, por assim dizer, uma alucinação modesta e partilhada (por um lado) não está aí”, por outro “mas de fato esteve”: uma imagem louca, transtornada pela realidade. E sabemos que neste quesito interpretativo, o pensador não estava sozinho.
Se a própria natureza das imagens levanta questões sobre a realidade de Munch questiona Heller, ontologicamente há outras dúvidas a serem colocadas sobre elas também. O “momento recortado no tempo” ou a "alucinação temporal” das fotografias merece consideração. Se o foco da percepção é desviado da sombra de Munch para o ambiente fotografado, então as pinturas, gravuras e esculturas que o cercam em seu estúdio tornam-se uma lembrança do tempo anterior ao momento das fotografias. O momento preservado e partido das próprias fotografias. O que podemos estender as discussões mais contemporâneas sobre o tempo propostas pelo filósofo e sociólogo francês Pierre Lévy.
As obras de arte que cercam Munch, na problematização de Heller, não trabalham nem interagem com o artista. Mas sim o resultado do êxtase atingido por este.. A atividade então é relegada ao passado. Assim como na proposta discutida pela ensaísta americana Susan Sontag (1933-2004), estas fotografias funcionam como um memento mori: do momento de sua própria produção, mas contêm em si outras referências a um passado igualmente morto através das relíquias que são as obras de arte concluídas e reconhecidas por trás do efêmero na obra de Munch, através de sua atividade passada.
Outro livro que aborda a interação do artista com a fotografia é Munch and the Photography (Yale University Press, 1989) de Arne Kristian Eggum, historiador de arte norueguês que focou principalmente sua pesquisa no artista e que ajudou a criar o Munch Museet, dedicado a ele em 1964, tornando-se curador chefe em 1970, e no qual trabalha até hoje. A instituição mantida pela cidade de Oslo e a Galeria Nacional da Noruega, nesta cidade, abrigam mais de 1.000 pinturas, aproximadamente 15.000 desenhos, cerca de 16 mil gravuras e sua biblioteca de mais de 6 mil livros e papéis efêmeros e cartas, invariavelmente com autocríticas, doados pelo artista,
Eggum relaciona o uso da fotografia por Munch a dezenas de imagens específicas em outras mídias; faz ligações com diferentes personalidades como a do importante escritor sueco Johan August Strindberg (1849-1912), igualmente fascinado pela fotografia e às discussões gerais sobre o propósito, a utilidade e a estética que os preocupavam tanto. O livro, repleto de detalhes, amplamente ilustrado e com detalhadas legendas, vai dos álbuns de família para um exame escrupuloso do envolvimento do próprio Munch, tanto como modelo quanto como fotógrafo.
Para a crítica e curadora de arte novaiorquina radicada na Inglaterra, Marina Alandra Vaizey, em artigo publicado no jornal inglês Sunday Times, "É um curioso paradoxo que a fotografia, em um sentido muito real olhando para fora, tenha sido tão importante para Munch" Entretanto, Eggum mostra a variedade de abordagens fotográficas que envolveram Munch: desde o instantâneo atmosférico, pessoal (quase memórias), até a fotografia "espiritual" e o ocultismo. Ele ainda era fotografado quando já estava com 80 anos e aguardando a morte. A narrativa absorvente de Eggum não apenas lançou literalmente uma nova luz sobre o trabalho de Munch, mas também sobre sua vida - e o espírito de sua época.
Texto © Juan Esteves. Imagens © Munch e creditados.
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nome completo: oscar zoroaster phadrig isaac norman henkle emmanuel ambroise diggs (ou OZ PINHEAD) pronomes: ele/dele idade: 223 anos ocupação: líder da sociedade secreta dos mágicos sexualidade: panssexual natural de: canto obscuro da inglaterra traços positivos: perspicaz, engenhoso, audaz e carismático traços negativos: egocêntrico, presunçoso, inflexível, vingativo.
tw: provavelmente morte.
biografia
em 1800, em algum cantinho obscuro da inglaterra contemporânea, nascia o jovem oscar zoroaster phadrig isaac norman henkle emmanuel ambroise diggs (ou OZ PINHEAD), como o mais novo de uma família de oito filhos. nomeado em homenagem a uma quantidade absurda de antepassados, a família diggs já tinha sido mais rica em algum ponto da história. eram tempos difíceis, e logo que oscar completou idade o suficiente para começar a trabalhar, seus pais o colocaram como engraxate em frente ao novo trabalho de sua mãe. extremamente carismático desde muito cedo, foi em uma dessas oportunidades que conhecera um rico extremamente influente, que deixou-se ser convencido pelo menino à contratá-lo em um trabalho. alguém fissurado pelos novos balões de ar-quente, o diggs sabia exatamente o que estava fazendo ao conversar com o sr. jean-pierre blanchet, e o plano diabólico daquele menino de oito anos de idade tinha dado perfeitamente certo. todos os dias ele caminhava por uma hora e meia para chegar na casa do senhor, e por todo o resto do dia o ajudava com seu ofício. chegava exausto em casa, mas ganhava o dobro do que seus pais conseguiam num dia inteiro de trabalho. era hábil, e aprendia rápido. insistia tanto para que o blanchet deixasse-o dar uma volta que um dia fora atendido. lá estavam os dois em pleno ar quando o velho leva sua mão até o peito, e exclama de dor. desesperado, sem saber o que fazer, oscar apenas assiste enquanto ele agoniza, caindo do próprio balão de ar quente e deixando o garoto à deriva. claro que ele não fazia ideia nenhuma de como parar aquele balão. algumas horas após tentativas frustradas e com medo de acabar acelerando sua iminente morte, oscar acabou caindo no sono enquanto chorava recolhido no balão. quando ele acordou, em meio ventos turbulentos, capturou flashes do balão sendo engolido pelo olho de um furacão antes de apagar mais uma vez. seu segundo despertar imediatamente denunciou que toto, we’re not in kansas anymore. a criança chorosa foi acolhida por algumas fadas do sul pouco depois de sua chegada, estas responsáveis pela sua criação. os habitantes de oz o conheciam como o menino que havia caído dos céus, aquele criado por fadas. talvez não existisse um pingo de mágica em si quando saíra da terra, mas ali, oscar tinha sido abençoado habilidades únicas. as fadas responsáveis pela sua criação o edificaram e ensinaram a utilizar seus dons para performar pequenos milagres nos munchkins, oferecendo-lhes aquilo que seu coração desejasse. rapidamente se tornara especialista em ver exatamente aquela peculiaridade: o que o coração de cada um desejava. suas habilidades atraíram atenção do rei pastoria, que o trouxe para sua corte como o novo mágico da cidade das esmeraldas, que estava sendo construída no coração de oz. era suposto que ele mantivesse sob controle as bruxas más do leste e oeste, agora que as do norte e sul haviam morrido, e no meio tempo, continuasse seus bons atos com os cidadãos de oz. por muitos anos, assim fora. os anos fizeram com que sua mágica se fortalecesse, e a supremacia também era benéfica para o rei até o seu desaparecimento. assumindo o lugar do rei, provavelmente esse foi o último passo para sua corrupção total. décadas, séculos no poder sem ninguém para interferir, a população para aplaudir todas suas decisões. o isolamento de um homem beijado por fadas, que não envelhecia ou ficava doente (como todos os cidadãos de Oz). era sempre tudo do mesmo jeito. e é fácil entender como a depressão chegou, e um menino originalmente bom se tornara…. bem, isso. o tédio o compeliu a deixar a terra de oz, anos atrás, para construir mais um castelo em tão tão distante. afinal, por que ser ditador em apenas um lugar quando pode ser em dois?
habilidades
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sociedade secreta
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História:
Aaliyah Blyn ou Aly, para os poucos íntimos. Dizem que ela se parece muito com a Abigail Cowen. Fisicamente ela tem 25 anos, mas já viveu 85 primaveras.
Aaliyah nasceu no final do século XIX em uma família aristocrática de Londres. Ela era a filha mais velha de Lord e Lady Blyn e vivia uma vida privilegiada na alta sociedade britânica. Desde jovem, ela mostrava uma personalidade forte e independente, desafiando as normas sociais de sua época.
No entanto, sua vida mudou dramaticamente quando, aos 18 anos, ela foi apresentada a um charmoso estranho em uma festa de gala. O homem, chamado Alexander, era, na verdade, um vampiro ancestral que havia se infiltrado na sociedade humana. Ele foi atraído pelo espírito destemido de Aly e sua beleza radiante.
Alexander seduziu Aly, e ela, apaixonada, aceitou sua proposta de se tornar uma vampira, acreditando que viveriam uma eternidade de amor e aventura juntos. No entanto, a realidade era bem diferente. Ela rapidamente percebeu que Alexander a havia enganado e que sua nova condição vampírica era acompanhada por uma sede insaciável de sangue.
Assombrada pela culpa e pela necessidade de esconder sua verdadeira natureza de sua família, ela voltou para casa, apenas para descobrir que sua família havia sofrido uma série de tragédias desde sua partida. Seu pai havia morrido em um acidente misterioso, sua mãe estava à beira da falência e seu irmão mais novo estava gravemente doente.
Aly, incapaz de revelar sua condição vampírica e a responsabilidade que sentia por essas tragédias, tomou a difícil decisão de deixar sua família para trás e buscar ajuda entre os vampiros mais antigos e sábios. Ela viajou pelo mundo, buscando conhecimento e treinamento para controlar seus poderes vampíricos e aprender a sobreviver em uma sociedade de vampiros onde a traição era comum.
Ao longo dos anos, se tornou uma das vampiras mais poderosas e respeitadas, eventualmente liderando seu próprio clã. No entanto, o peso de seu passado e a busca por redenção continuaram a assombrá-la, moldando sua personalidade forte e seu compromisso em proteger sua espécie a qualquer custo.
Atualmente, é a líder do clã vampírico mais poderoso e antigo da região do sul da Irlanda. No entanto, a coexistência com os humanos tornou-se cada vez mais precária, com caçadores de vampiros e facções anti-vampiro ganhando força. Além da luta pelas terras com o coven das bruxas estar cada mais insustentável.
Características:
Física:
Aly é uma mulher de beleza sobrenatural que parece ter 25 anos, apesar de sua verdadeira idade de 85 anos. Sua pele é pálida e impecável, com um toque sutil de porcelana que contrasta com seu cabelo ruivo exuberante e vibrante. Seus cabelos caem em ondas suaves e alcançam seus ombros, enquadrando seu rosto delicadamente.
Seus olhos são um tom profundo de âmbar, com uma intensidade que reflete sua natureza determinada e poderosa. Eles são ligeiramente amendoados, acentuando seu olhar penetrante e hipnotizante, que pode cativar e dominar qualquer um que a encare. Exceto quando acaba de se alimentar, momento em que seus olhos tornam-se vermelhos como o sangue.
Ela possui traços faciais finos e elegantes, com maçãs do rosto delicadamente esculpidas e lábios carnudos de um tom de vermelho escuro. Sua expressão é frequentemente marcada por um sorriso enigmático, revelando um senso de humor afiado.
Ela é alta e esbelta. Seu estilo é uma mistura de elegância clássica e contemporânea, muitas vezes vestindo roupas que realçam sua figura esbelta e destacam sua presença em qualquer ambiente.
Em suma, a aparência física de Aaliyah é uma combinação de beleza etérea e charme magnético, o que a torna uma figura cativante e impressionante em seu mundo vampírico.
Personalidade:
Uma vampira de personalidade forte e audaciosa. Sua liderança é marcada por uma combinação de autoridade e carisma, o que a torna respeitada e temida por seu clã. Ela é inteligente, estratégica e não tem medo de tomar decisões difíceis para proteger sua família. É apaixonada por sua espécie e está determinada a garantir a sobrevivência e a prosperidade de seu clã a qualquer custo.
Habilidades especiais:
Como uma vampira clássica, ela possui habilidades sobrenaturais, incluindo super velocidade, força sobre-humana, imortalidade e a capacidade de se curar rapidamente de ferimentos. Além disso, ela também é altamente habilidosa em manipular sombras e criar ilusões, tornando-a uma estrategista formidável.
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Lygia Clark
aniversariante de 23 de outubro: Lygia Clark — pintora, escultora, escritora, terapeuta, referência na Arte Contemporânea. Na foto, em 1968, dentro de sua instalação “A Casa é o Corpo”, na Bienal de Veneza. Veja mais em:
Semióticas – Lygia Clark no MoMA
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