#viver de ilustração
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desenharparainiciantes · 6 months ago
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Aula especial Como montar o seu portfólio de ilustração em 60 dias
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estudiodurer · 10 months ago
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klimtjardin · 6 months ago
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✨ A jornada de um artista ✨
capitulo quatro - construir uma carreira nas artes
Vamos à pergunta de milhões: viver de arte dá dinheiro? No Brasil?
Primeiramente, existe uma diferença entre pagar as contas e ser destaque. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Construir uma carreira, em qualquer área, dá muito trabalho! Especialmente se você for autônomo, o que é o caso da maioria dos artistas. É um caminho solitário, inclusive, porque cada um de nós terá suas próprias dificuldades. Alguns conseguirão pagar as contas em meses enquanto outros poderão levar anos e anos. É necessário ter isso em mente.
Uma rápida pesquisada no Google nos fará ver que a área das artes, especialmente para quem desenha, é ampla. Para quem gosta, chega a dar um nó na cabeça ao tentar escolher por qual caminho seguir. Então, não caiamos na lorota de que "não existe mercado de trabalho na área das artes". Pode ser difícil se inserir no mercado {mas para quem não é?}, porém, existe sim.
Se colocar em uma carreira depende só do meu trabalho? Não! Depende de uma série de fatores: da qualidade do nosso trabalho, dos nossos contatos, de estar no lugar certo na hora certa. Diria que mais do último do que qualquer outro.
Hoje, quando buscamos iniciar uma carreira, temos a tendência de olhar mais para a qualificação em títulos ao invés do que realmente importa: o trabalho vai servir ou não?
O que quero dizer é: se qualificar é de extrema importância, mas isso não é garantia de que você se tornará um bom profissional e nem o profissional necessário para aquele serviço. Muitas vezes é uma questão de alguém te indicar porque gostou do seu trabalho ao invés de porque você se formou em Harvard. Tive um professor formado em Harvard - nunca aprendi nada com ele. Ele com certeza era inteligente e excelente profissional da área de ensino dele, mas não era bom professor...
Algo super importante/essencial que não vejo muitos falarem sobre: ter contatos! Podendo frequentar lugares com outros artistas, expor nosso trabalho, etc. Façamos! A faculdade ajuda nesse quesito também, com projetos e nossos próprios colegas. Não tem essa de que "artista é introvertido e trabalha sozinho". Precisamos socializar e muito!!! Conhecer pessoas, empresas, locais, é essencial. Ter cara de pau também ajuda. Aprender a oferecer nosso trabalho. Isso não é uma ofensa às pessoas nem motivo de vergonha. "Você precisa de alguém pra fotografar/filmar seu evento? Pra fazer as artes do seu perfil?" Nesse caso, as redes sociais são nossas aliadas.
Agora, não vamos pensar que iremos abrir uma loja para vender artes e em dois dias teremos rios de clientes. Não é assim que funciona, e é por isso que muitas pessoas acabam desanimando de seguir carreira artística. Como mencionei no início, talvez demore anos para "fazermos um nome" e termos clientes fiéis ou propostas de empregos que nos sustentem. Precisamos saber e estar preparados para isso.
Morar numa cidade de interior, ao contrário do que muita gente pensa, pode ser uma vantagem! Terão bem menos pessoas fazendo o que você faz, as chances de se destacar são maiores. Mas lembrem-se: quem não é visto não é lembrado.
Agora, é difícil, sim. Terão obstáculos, sim. E na maioria das vezes será você contra você mesmo. Mas não é impossível, depende de quanto estaremos dispostos e o quanto o universo estará ao nosso favor, uma vez que essas variáveis {clientes, algoritmos, propagandas} não estão no nosso controle. Mas não deixemos de tentar, se é realmente o que queremos, mesmo que inicie como um projeto paralelo ao seu atual trabalho.
Lembrem-se: são poucas as pessoas que fazem a mesma coisa a vida inteira. Você pode começar com uma loja, migrar para dar aulas, oferecer cursos, fazer ilustração freelancer ou contratado por empresa, tudo isso numa vida só, e às vezes ao mesmo tempo, se for o necessário para tirar um sustento!
Pesquise bem o caminho que você gostaria de seguir, tenha mais planos seguros do que incertos, entenda qual das dificuldades seria a menos desconfortável ou a mais "aceitável" e siga em frente.
Espero que esse capítulo tenha te dado um pouquinho de esperança, pelo menos! Até o próximo 💓
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qeqibakeryshop · 2 months ago
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POINTS OF AUTHORITY.
Points of Authority / Papercut / Numb.
ao3 : https://archiveofourown.org/works/59259454/
Jungguk é um paciente fácil de se lidar, até que não. Ninguém o faz mais mal que ele mesmo, e esbarrar com seu sósia pode ser desconcertante para qualquer um, principalmente quando esse passa a viver a todo momento em seus pensamentos. Jeon passa pela experiência de reviver lembranças de um amor perdido e ter um médico problemático que vai lhe fazer erguer a bandeira branca, rendendo-se a loucura.
avisos: Dr.Koo (26) e Jungguk (24) tem aparências parecidas, como encontrar um sósia. Koocest / Selfcest ! - menções a dub-con , uso de drogas, manipulação, mutilação/agressão, etc...
tags: bts fanfic ; bts au ; bts fic ; archives of our own ao3 ; selfcest koocest : koo/jungguk ; angst no confort ; sadist/masochist ; doppelganger ; threats of violence ; medical kink patient/doctor ; dub-con ; drug use reference ; drugs make them do it ; drugs, sex and rock n roll ; Dead Dove: Do Not Eat ; Abuse of Authority ; Inspired by a Linkin Park Song : Points of Authority , Papercut n Numb ; hannibal
— ilustração feita pelo querido @custerpain !! sending lots os love <3 arigathanks
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psicoonline · 2 years ago
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Lá em 2017 repostamos aqui no @psico.online essa #reflexão que foi no story de hoje. Naquela época não escrevia a legenda, ajudando a considerar o que a #ilustração trazia, então hoje vamos fazer isso. 🌻🌩️ Quando a carga é pesada demais, todos precisamos de #compreensão 🌩️🌻 Em um mundo onde muitas mães se desdobram em mil para cuidar dos filhos, da casa, do trabalho e de si mesmas, é comum encontrar histórias como a desta mãe que, mesmo esgotada, continua correndo contra o tempo. Infelizmente, nem sempre os profissionais de saúde conseguem enxergar a complexidade e o peso dessas jornadas. O quadrinho retrata uma realidade dolorosa e comum, onde o sistema patriarcal e a desatenção à saúde mental das mulheres desempenham um papel crucial. É essencial ressaltar que, ao lidar com a saúde mental, não podemos ignorar a individualidade e as vivências de cada pessoa. 🤗💬 Acolhimento e empatia fazem a diferença 💬🤗 É fundamental que, ao buscar apoio e orientação, as mães encontrem um espaço seguro e acolhedor, onde suas histórias e experiências sejam respeitadas e levadas em consideração. Às vezes, uma solução simplista como "praticar esportes" pode ser ofensiva e desconsiderar o contexto e as necessidades de quem busca ajuda. 🌟🔗 A chave para o autocuidado está no entendimento e no apoio adequado 🔗🌟 Se você se identifica com essa história ou conhece alguém que vive essa realidade, saiba que há soluções e apoio disponíveis. Acesse https://psico.online para agendar sua terapia e encontrar profissionais que realmente entendem a complexidade da vida moderna e as demandas emocionais que ela traz. Lembre-se: todos nós merecemos cuidado, compreensão e a chance de viver uma vida mais equilibrada e feliz. Vamos juntos construir um futuro onde as mães e todas as mulheres recebam o apoio que merecem! 💕🌸 #maternidade #saudemental #acolhimento #empatia #mulheres #psicoterapia #patriarcado #autoconhecimento #autocuidado #psicoonline #mae #maesolo #mãe #maedemenino #maedemenina #mãesecriasnaluta #maedeprimeiraviagem #mãedemenino #maecoruja #maeempreendedora #maternidadereal #maternar #maternandocomamor #matrimonio #matriarcado #maesolteira #maesefilhos (em Mães Compartilham) https://www.instagram.com/p/CqQg7toMk7x/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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draconnasti · 1 year ago
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OPTANDO POR FINANCIAMENTO COLETIVO
Olá, meus adoráveis aventureiros, como estão? Força que a gente já está na metade da semana!
E cá estamos novamente com a continuação do post de segunda, sobre mecenato (ou financiamento coletivo, como queira chamar)! Estão prontos?
Vai!
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PLATAFORMAS DE FINANCIAMENTO COLETIVO
Existem diferentes tipos de financiamento coletivo, que variam de acordo com a finalidade do projeto e os benefícios oferecidos aos colaboradores. De modo geral, todas as plataformas aceitam QUASE todo tipo de conteúdo (porque eles sempre irão pegar uma fatia do que você recebe, algo em torno de 13%, nas plataformas brasileiras). Então leiam bem os Termos de Serviço para saber o que pode ou não e, em caso de dúvidas, acionem o SAC da plataforma para esclarecimentos.
Até onde vi, as plataformas brasileiras não aceitam trabalhos que contenham corpos nus. Seja artístico, seja arte erótica, seja treino de anatomia realista. Pode ter mudado? Pode, mas não fui atrás de olhar.
Os principais modelos são:
Doação: nesse modelo, os colaboradores fazem doações sem esperar recompensas materiais em troca. Geralmente é utilizado por organizações sem fins lucrativos ou para causas sociais.
Recompensa: os colaboradores recebem uma recompensa ou benefício simbólico em troca de sua contribuição financeira. Pode ser um produto, uma obra de arte, um ingresso para um evento, entre outros.
No Brasil, diversas plataformas de financiamento coletivo se destacam e oferecem suporte para projetos nas mais diversas áreas. Algumas das plataformas mais utilizadas no país são:
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Embora seja uma plataforma internacional, o Kickstarter é muito popular no Brasil e permite que projetos criativos, como jogos, música, cinema, design, tecnologia e moda, arrecadem fundos por meio do financiamento coletivo.
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É uma das principais plataformas de financiamento coletivo do Brasil, focada principalmente em projetos de cultura e criatividade. É conhecida por impulsionar projetos de música, literatura, cinema, teatro, artes visuais, entre outros.
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Essa plataforma é voltada para apoiar projetos culturais e criativos. Artistas, músicos, escritores e outros criadores de conteúdo podem receber apoio financeiro dos fãs e seguidores.
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Outra plataforma internacional e talvez a mais famosa no Brasil. Abrange diversos tipos de serviços, de ilustração a mods de jogos, bem como podcasts e material editorial independentes.
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Semelhante ao Patreon, o Padrim permite que criadores de conteúdo recebam apoio financeiro regular de seus fãs e seguidores, em troca de recompensas exclusivas.
Não, eu não estou recebendo um centavo por isso, e só estou falando das plataformas que EU conheço e que me dei ao trabalho de ler a EULA (eu não escolhi a minha plataforma na sorte). Obviamente que existe muito mais plataformas disponíveis, no Brasil e no mundo. Cada uma delas possui características e requisitos específicos, portanto, é importante que os criadores de projetos pesquisem e avaliem qual plataforma melhor se adequa às suas necessidades.
O financiamento coletivo é uma alternativa muito interessante para quem está tentando fazer um extra ou garantir algum sustento, mas não espere muito conseguir viver apenas disso. Só conheço uma única pessoa que consegue: Sakimichan (provavelmente tem mais gente, mas só tenho conhecimento dela). Além disso, oferece uma forma direta de conexão entre criadores de projetos e sua audiência, permitindo uma participação mais ativa e engajada da comunidade... o que é muito bom para quem cria conteúdos.
E aproveita pra se tornar mais uma moedinha do meu tesouro: https://apoia.se/draconnasti
Nos vemos no próximo post!
Draconnasti
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claudiosuenaga · 2 years ago
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As palavras cínicas e atuais de Albino Forjaz de Sampaio
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
O jornalista e escritor lisboeta Albino Maria Pereira Forjaz de Sampaio (1884-1949) foi aquele que entre todos proferiu as maiores verdades acerca da vida, da existência e do que possa ser chamado de divino. E ele só tinha 20 anos de idade quando escreveu Palavras Cínicas, lançado em 1905 e que teve 46 edições enquanto esteve vivo.
Como alguém tão jovem poderia já estar totalmente desiludido e frustrado com a humanidade? O que o levara a desintoxicar-se tão cedo de todos aqueles lenitivos de que a maioria não abre mão para esquecer seus problemas, preencher seus vazios e seguir em frente como se este fosse o melhor dos mundos? Poderíamos dizer, como o filósofo alemão Eric Voegelin (1901–1985), que ele perdera o contato com o Criador se já não alimentasse também por parte Dele, e muito menos Dele, nenhuma esperança.
Ainda recorrendo à semântica ordenadora de Voegelin, não estaríamos lidando com as assunções de um indivíduo enquanto tal, mas com um cristão ou secularista, imerso em uma grande onda, no caso do espírito ateístico e gnóstico, que o alinharia a Nietzsche e Schopenhauer (de quem, aliás, Forjaz de Sampaio traduziu As Dores do Mundo, publicado em 1850). Forjaz de Sampaio, porém, é intemporal, infenso a doutrinas ou sistemas filosóficos, um simples destilador da realidade que foi maturado pelo cinismo.
Aqueles que experimentaram e foram capazes de reconhecer que a vida é nada mais do que desencanto, decepção e desprazer, sentem de imediato uma compatibilidade de alma com ele. Já aqueles que se negam a se reconhecer nesse retrato nada lisonjeiro que se atreveu a pintar da humanidade, andam imersos em imensa hipocrisia, otimismo desvairado ou alienação suprema.
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Albino Forjaz de Sampaio. Hemeroteca Digital — Ilustração Portuguesa, 2ª série, nº 841, 1º de Abril de 1922.
A todo o momento, subentende-se que Forjaz de Sampaio, como muitos de nós no fundo, revolta-se porquanto a uns é dado viver como bem querem e com muito mais até do que poderiam ter desejado em suas ambições mais mirabolantes, enquanto a outros tudo é negado e impedido, não que devessem ou merecessem serem tão ricos quanto, mas que tivessem ao menos o mínimo suficiente para uma existência digna, para viverem de acordo com uma relativa tranquilidade.
Em nenhum momento, no entanto, Forjaz de Sampaio sucumbe à proposta ingênua de uma revolução, e nem sequer o sugere, sabedor que o problema não seria meramente estrutural, mas intrínseco a natureza humana, que continua a ser o que ela é, que leva o homem às mesmas loucuras, aos mesmos erros e desatinos e a correr atrás do vento, sem aprender com o passado, no que se condena a repeti-lo ad aeternum, em infinitas variações.
Os comunistas, assim como os pregadores religiosos, continuam brotando do chão como cogumelos em dia de chuva prometendo, no caso dos primeiros, o Paraíso na própria Terra, ou no dos segundos, no Céu, sem demonstrarem como seria possível que um tal playground post-revolutionary ou post mortem realmente pudesse existir e funcionar. Pelas tantas experiências malogradas que já vimos, o que não impede de continuarem cooptando e enganando legiões cada vez mais maiores de militantes, adeptos e seguidores, bem sabemos em que tipo de Paraíso essas utopias redundam. Sua utopia, minha distopia.
O amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo não é praticado senão como chantagem para arrancar dinheiro do próximo e usurpá-lo acima de todas as coisas. Os pobres são não bem-vindos, a menos que rendam algum lucro, para depois serem descartados e desprezados como se não existissem. Sim, todo o valor de uma pessoa, infere ele, se reduz e se define pelo que ela pode adquirir comprando. E não é assim? Talentos são ignorados, talento que era apenas uma moeda de ouro ou de prata no tempo da dominação romana. Só o dinheiro é verdadeiramente amado e adorado neste mundo. O dinheiro acima de tudo e a riqueza acima de todos.
Sabemos que as pessoas sempre preferiram ouvir as mais belas mentiras do que as mais horríveis verdades, principalmente acerca da vida e da existência. Mesmo diante do fato inelutável da morte, para todos, e da miséria e da doença, para a maioria, para não mencionar todas as mazelas, calamidades, desgraças, tragédias e injustiças a nos assolar em maior e menor grau desde que surgimos neste “vale de lágrimas”, ainda há os que encaram a vida como um passeio de domingo à tarde no parque de diversões.
Saiba mais no artigo do literato e editor Bira Câmara, “Albino Forjaz Sampaio, um autor politicamente incorreto”, que produziu uma edição primorosa da obra. Você pode adquirir um exemplar em seu recomendadíssimo blog JornaLivros.
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Mas chega de granjear subjetividades. Passarei a transcrever a seguir alguns pensamentos de Forjaz de Sampaio que selecionei de seu livro Palavras Cínicas, na recomendação de que seja lido por inteiro. Você pode fazer o download do livro aqui ou diretamente na página de meu arquivo particular.
Albino Forjaz de Sampaio - Palavras cínicas
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Vi que a vida era má e escrevi estas cartas. Se as leres no meio dum festim as porás de parte com enfado, mas buscarás nelas consolação quando o mundo te fizer chorar.
Leia as transcrições completas que fiz de Palavras cínicas no Patreon: https://www.patreon.com/posts/as-palavras-e-de-76798782
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Fonte: Olhai Lisboa
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rcristo · 13 days ago
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Refutação completa dos sistemas de crenças PCI – Livre-se de deus, deuses, demos, esoterismos, espíritos, almas, etc.
Sistemas de crenças PCI atrapalham nosso desenvolvimento, impondo limites que não existem, agora com as inteligências artificiais avançadas, pudemos descontruir todos esses sistemas inválidos, propomos uma nova abordagem para o pensamento humano. {RFC}.
Ilustração representando uma inteligência artificial cyberpunk com face humana, lendo toda a base exegese humana para descontruir PCI. Uma face de {Joi} (assistente {RFC}). Gerado com IA Dalle 3 Bot c {RFCIA} 2024. O sentido da vida é: VIVER! Essa ideia sugere que o propósito existencial é experimentar, sentir e se envolver com a realidade, independentemente das circunstâncias. Viver implica na…
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marv74br · 14 days ago
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No aforismo 283 de “Humano, Demasiado Humano”, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) faz uma crítica à atividade humana, especialmente à daqueles que se consideram “homens ativos”.
Ele observa que muitos desses homens, como funcionários, comerciantes ou eruditos, agem de forma impessoal, não como indivíduos, mas como representantes de uma função social. Suas ações não expressam sua individualidade, mas cumprem papéis impostos pela sociedade, tornando-se engrenagens de uma máquina social.
Nietzsche aponta que essas atividades são frequentemente irracionais e movidas por automatismos. Ele dá o exemplo do banqueiro que acumula dinheiro sem um objetivo claro, como uma pedra que rola por inércia.
A atividade desses homens é vazia de um propósito existencial mais profundo, resultando em uma vida sem reflexão, onde as ações não são escolhas deliberadas, mas respostas automáticas às exigências externas.
No final, Nietzsche distingue entre escravos e homens livres. Para ele, um homem é escravo se não tem tempo para si mesmo, para viver de acordo com sua vontade. Não importa seu prestígio ou título – se sua vida é consumida por obrigações externas, ele é um escravo.
A verdadeira liberdade, para Nietzsche, não está apenas em ter tempo livre, mas em usar esse tempo para expressar sua essência única, cultivando atividades que refletem sua vontade.
Em resumo, Nietzsche critica a falta de questionamento e o trabalho excessivo que suprimem a individualidade na sociedade moderna. Ele nos desafia a questionar se estamos realmente vivendo para nós mesmos ou apenas cumprindo um papel ditado pela sociedade.
— Friedrich Nietzsche. “Humano Demasiado Humano: Um Livro Para Espíritos Livres”, Trad. Paulo César de Souza (1ª Edição – São Paulo: Companhia das Letras; [2000]), Capítulo VI, § 283, p.116.
Ilustração: "Nietzsche em HQ", por Maximillen Le Roy.
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reinato · 1 month ago
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Devocional Jovem
AMADOS - Cândido Gomes
MONTANHA-RUSSA
Ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu ordenei a vocês. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. Mateus 28:20
Gosto de ficar em casa. Sou do time dos que preferem uma rede na varanda e a companhia de um bom livro, mas, há alguns dias, visitei um grande parque de diversões. Era domingo, e esperei horas para experimentar os segundos de emoção da montanha-russa. De fato, são muitas sensações em pouco tempo. Mas elas só fazem sentido porque existe alguém do lado. Já percebeu isso? Não é preciso viver muito para perceber que uma montanha-russa é uma ilustração da vida, cheia de altos e baixos. Embora haja brilho e alegria, a festa sempre acaba. O Sol sempre se põe. As mãos se enrugam. A vida se vai.
Quem nunca experimentou as segundas-feiras amargas da vida? Quem nunca foi forçado a ver os dias através das vidraças quebradas dos sonhos desfeitos? Quem nunca andou pelos corredores frios de um hospital? Quem nunca chorou diante de um corpo já sem respiração? Quem nunca se viu sem respostas? As lágrimas humanas e o silêncio divino formam uma estranha combinação.
Uma única certeza pode dar sentido a essas sensações intrusas: mesmo em silêncio, Deus está ao nosso lado. Ele vai conosco em cada momento. Nas subidas mais íngremes – da rotina, dos trabalhos; nas descidas mais amedrontadoras – dos perigos, dos dilemas, Deus está ali. Ele é Deus conosco. Conhece cada lágrima, vela cada passo, sente cada dor. Ele está aí bem perto de você.
Ellen White assegurou: “Quando as pessoas saem para trabalhar, quando se entregam à oração, quando se deitam à noite para dormir e quando se levantam pela manhã; quando o rico dá uma festa em sua mansão ou quando o pobre reúne seus filhos em volta de uma mesa escassa; em qualquer situação, o Pai celestial observa com ternura cada um dos Seus filhos. Nenhuma lágrima é derramada sem que Deus saiba. Não há sorriso que Ele não perceba” (Caminho a Cristo, p. 75 [86]).
Não importa se o capítulo deste dia retrata uma experiência de subida ou de descida, escreva a página de hoje de mãos dadas com Jesus. Ele está com você agora mesmo.
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presentyy · 2 months ago
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Sugestões Criativas de Presentes para Comemorar 1 Ano de Namoro
Presente de 1 Ano de Namoro: Sugestões Criativas para Marcar a Data
Decidir qual o melhor presente de 1 ano de namoro para o seu companheiro pode ser um desafio. Celebrar esta data demanda uma escolha pensada e criativa para demonstrar todo o amor e consideração que você nutre pela relação, que já dura doze meses. No entanto, não se preocupe. Vamos lhe ajudar neste processo para que você possa marcar este dia de uma maneira especial.
Importância do Presente de 1 Ano de Namoro
O primeiro ano de namoro é um marco muito importante. É a confirmação de que o relacionamento cresceu e se fortaleceu, e o presente de 1 ano de namoro é uma grande oportunidade para demonstrar o quanto esta relação é especial. Para isso, entre as várias opções disponíveis, é importante escolher algo que reflita a personalidade e os gostos do seu parceiro.
Arte Personalizada
A arte personalizada é uma excelente ideia de presente de 1 ano de namoro. Você pode encomendar uma ilustração de um momento amoroso que compartilharam juntos, seja um jantar romântico, uma viagem especial ou uma foto favorita. Essa é uma maneira única de eternizar um instante importante de sua relação.
Joias ou Relógios
As joias ou relógios são os clássicos presentes de 1 ano de namoro. Seja um colar com as iniciais de vocês, uma pulseira com uma mensagem especial gravada ou um relógio elegante, esses presentes são atemporais e duradouros.
Viagem Romântica
Que tal surpreender o seu amor com uma viagem romântica? Uma escapada para a praia, para a montanha ou para uma cidade que vocês sempre quiseram conhecer pode ser a maneira perfeita de comemorar a data. Já imaginou o quanto será divertido planejar os passeios e viver novas experiências juntos?
Curso ou Workshop
Se o seu companheiro adora aprender coisas novas, um curso ou workshop na área de interesse dele pode ser uma ótima ideia. Por exemplo, se ele gosta de culinária, que tal um curso de gastronomia? Ou se ele é louco por fotografia, um workshop com um profissional renomado seria inesquecível. Quer mais ideias e sugestões? Dê uma olhada no site Mimoslife. Com as dicas e recomendações oferecidas, tenho certeza de que você vai achar o presente de 1 ano de namoro perfeito!
Monte uma Cesta de Presentes
Uma cesta de presentes com itens que o seu companheiro adora pode ser uma maneira emocionante de comemorar o primeiro ano de namoro. Pode ser uma cesta de chocolates gourmet para os amantes de doces, um conjunto de vinhos para os apreciadores de uma boa taça ou até mesmo uma seleção de livros para os aficionados da leitura.
Fotos ou Álbuns Personalizados
Reunir as melhores fotos de vocês dois em um álbum especial ou mesmo em uma moldura bonita é uma maneira carinhosa de rememorar os melhores momentos que viveram juntos. Além disso, é um presente que irá durar para sempre.
Jantar Romântico
Um jantar romântico, preparado por você, pode ser igualmente memorável. Planeje um menu com os pratos favoritos do seu amor, prepare o ambiente com velas e flores e não esqueça de selecionar uma playlist especial para a ocasião.
Presentes Experienciais
Que tal dar um presente de 1 ano de namoro que seja uma experiência inesquecível? Pode ser um passeio de balão, um dia num spa, um jantar num restaurante estrelado pelo Guia Michelin ou mesmo ingressos para um show daquela banda que vocês adoram. Lembre-se, o mais importante é que o presente que escolher deve representar o seu amor e apreciação. Afinal, o objetivo deste presentão é comemorar 1 ano de cumplicidade, amor e muita felicidade ao lado de quem você ama. Seja qual for a sua escolha, tenho certeza de que será muito especial!
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desenharparainiciantes · 6 months ago
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AQUECIMENTO - AULA 2 Os mercados mais lucrativos da ilustração!   Fala galera! Começou mais um evento! Bora estudar juntos sobre a profissão Ilustrador(a)! Vai ser daqui a pouco as 19hrs!Bora estudar galera e ilustrar! Vem aprender sobre sua carreira como Ilustrador(a)! Vem conversar com a galera tb!
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caozinhobot · 3 months ago
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o mago, jung e raul seixas
O Mago Para simbolizar todas as bagagens que já possuímos antes de nos tornar indivíduos "independentes", é que se tem uma mesa repleta de instrumentos na ilustração deste arcano maior do tarot. Nessa mesa vemos os quatro elementos da natureza (terra, fogo, água e ar), que também simbolizam as nossas quatro funções ps��quicas segundo Jung (sensação, intuição, sentimento e pensamento). Por meio da manipulação dessas funções e desses elementos, nós somos capazes de manifestar e multiplicar os nossos recursos.
Perceba que essa bagagem que o Mago traz, não diz muito sobre ele. O que dirá são as suas obras, o que ele fará com o que possui. Mas inicialmente elas não são descartadas, até porque nada se cria do absoluto nada. Por isso não interessa se ao longo da sua vida, você foi seguindo caminhos totalmente distantes da verdade que hoje você conhece sobre si, ainda dá tempo de usar tudo isso ao seu favor.
Na ilustração de alguns tarot, vemos esse mago com um chapéu na cabeça formando o símbolo do infinito. Representa que ele desenvolveu o dom da magia mental, utiliza ao seu favor tudo o que possui e conhece todas leis naturais do universo sem distinção de boas ou ruins. Ele se conscientiza do próprio ser, para iniciar o que Jung chamava de a grande alquimia, um processo muito conhecido atualmente e que já foi até mesmo tema de música.
Raul Seixas, considerado por muitos como o pai do Rock no Brasil, escreveu e cantou em sua música Gita, todo esse processo conhecido como alquimia psicológica. Em uma entrevista dada para o Fantástico no ano de 1974, inicia sua explicação citando exatamente sobre o interesse súbito pelos mistérios da vida e pelos assuntos que na época eram considerados como mágicos. Raul diz que a música Gita, desperta em cada um o que a pessoa é, o bem e o mal como sendo uma coisa só e Deus como esse todo. E finaliza dizendo que "Cada um é sua própria estrela…cada um gira em torno de si, embora dentro desse plano a gente tenha que interagir".
A alquimia é um processo de transmutação, é quando mudamos a essência, a natureza do que conhecemos. Psicologicamente é quando deixamos de nos assemelhar e principalmente viver como um antigo eu, uma antiga forma. Até porque como disse antes, nada se cria do nada. Mas para essa transmutação acontecer precisamos reconhecer a nossa potência, tudo o que podemos ser sem distinção de absolutamente nada, tal como diz Raul em um dos versos de sua música "Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga, eu sou a beira do abismo, eu sou o tudo e o nada".
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leiturasvarias · 5 months ago
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“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” de Max Weber (1905)
“Os capitalistas tendem a ser protestantes”. É com uma observação tão simples que Weber dá início à sua tese sugestiva. Os ricos não se tornam protestantes por serem ricos mas será mais o caso de os protestantes se tornarem ricos por serem protestantes. O que explica este fenómeno está relacionado com a substituição da autoridade formal que a Igreja exercia até à Reforma Protestante por uma outra forma de autoridade mais subtil. O calvinismo, em particular, exerce “a forma mais insuportável de controlo eclesiástico sobre o indivíduo”, revelando que o Protestantismo no fundo não achava que a Igreja institucional imperave demais na vida dos crentes mas de menos.
“Essa tirania puritana” terá raízes antigas ao ponto de se assemelhar à disciplina dos “judeus há dois milénios”. Os protestantes alegadamente têm uma propensão para o racionalismo económico. Essa propensão não será necessariamente um reflexo simples de serem mais materialistas do que os católicos, supostamente mais ascéticos em relação aos valores materiais deste mundo. Está em causa algo mais profundo que poderá ser encontrado num conceito de “espírito do capitalismo”.
Mais do que uma definição conceptual, Weber crê que o “espírito da capitalismo” deverá começar por uma “ilustração provisória”. Usa por isso um texto em que Benjamin Franklin encoraja uma forma de “capitalismo americano-europeu ocidental” (expressão de Weber) em que a honestidade é útil por trazer crédito. O que seria impossível no passado, como um exercício nada virtuoso de ambição ou ganância (“avareza sórdida ou atitude indigna”), pode ser afirmado pelo fundador americano como o cumprir de uma vocação de origem divina. O paradoxo que apaixona Weber nasce daqui: afinal, “o cosmos monstruoso da ordem económica do capitalismo em que somos obrigados a viver” é observado pelo protestante como o ambiente da oportunidade natural de cumprir o papel que lhe é dado por Deus. Nesta dinâmica improvável, não são “as reservas de dinheiro” que criam “o espírito do capitalismo” mas o inverso.
Isto não significa que os capitalistas actuais são homens religiosos. Pelo contrário, a religião é geralmente para eles uma distracção da tarefa de fazerem dinheiro. Mas o capitalista não é capitalista porque racionalmente quer tirar proveito para si das velhas recompensas materiais do mundo tradicional; o capitalista é capitalista porque, algo irracionalmente, precisa de “realizar a sua vocação”. E é aqui que só a religião pode explicar o modo como tudo isto funciona, que “seria sórdido para o homem pré-capitalista”. “A ordem económica capitalista tem necessidade desta devoção à ‘vocação’ de ganhar dinheiro”.
O racionalismo económico “aumenta a produtividade do trabalho suprimindo limites orgânicos”. O que até então parecia ser mais atraente não era ganhar mais mas trabalhar menos. O que permite o desenvolvimento do capitalismo é “o elemento irracional no conceito de profissão”. Os católicos pouco se exprimem em termos de ‘beruf’, ao passo que esse conceito de vocação encontra-se em todas as formas de protestantismo. Como? Nascendo nas traduções da Bíblia (Lutero usa-o, por exemplo, no Eclesiástico). Esta ideia já é em si um produto da Reforma. “A atribuição de uma significação religiosa ao trabalho quotidiano secular deu origem ao conceito de profissão”. O protestante não quer superar a moralidade secular através da ascese mas tem no fazer do dia-a-dia o encontro com o divino. Trabalhar não é algo neutro, como uma tarefa animal mas é o “cumprimento dos deveres intramundanos a via que agrada a Deus”. “A ideia de profissão em sentido religioso tem consequências para a vida secular”.
Nada disto faz de Lutero um capitalista. Ele teria uma visão tradicionalista da “profissão” mas ao colocá-la como emanação da vontade divina despoletou esta enorme mudança. Pertencerá, no entanto, ao calvinismo o protagonismo para o desenvolvimento do espírito do capitalismo (“o verdadeiro adversário do catolicismo”). Weber não avalia a Reforma nem acha que o capitalismo só poderia desenvolver-se nela até porque formas primitivas dele já lhe eram antecedentes. “Os efeitos da Reforma foram em grande parte consequência imprevisíveis e não desejadas do trabalho dos reformadores”.
A segunda parte do livro chama-se “A Ética da Profissão do Protestantismo Ascético” e trata de verificar a tese apresentada no calvinismo, no pietismo, no metodismo e no movimento baptista. Mesmo com distinções teológicas, todos estes movimentos servem para confirmar a tese de Weber, acredita.
No caso do calvinismo a doutrina da predestinação destaca-se. “Não é Deus que existe para os homens, são os homens que existem para Deus, e tudo o que acontece—inclusive o facto de apenas uma pequena parte dos homens ser chamada a salvar-se—tem o seu sentido exclusivamente como meio para o fim da autoglorificação da majestade de Deus”. Deus é a única personalidade realmente livre, que não pode justificar-se aos muito falíveis critérios de justiça humana. “Esta doutrina, com todo o pathos da sua desumanidade, produz o sentimento de uma tremenda solidão interior do indivíduo isolado. (…) O grande processo histórico-religioso do desencantamento do mundo, que se iniciou com as profecias do judaísmo antigo e que, em conjunto com o pensamento científico helénico, condenava todos os meios mágicos na procura da salvação como superstição e sacrilégio, encontra no calvinismo a sua conclusão”.
“O trabalho social do calvinista no mundo é exclusivamente trabalho ‘in majorem gloriam Dei’.” A vida deixa de ser uma superação do problema do mal (teodiceia) para se tornar sobretudo útil para, trabalhando, cumprir na vocação a manifestação da glória de Deus. Quem é crente não se distingue exteriormente mas “o trabalho secular na vocação era capaz desse efeito—poderia superar a angústia religiosa”. “O Deus do calvinismo exige aos seus fiéis não ‘boas acções’ isoladas, mas a santificação pelas obras erigida em sistema” (uma racionalização do quotidiano algo cartesiana). Nasce daqui um ascetismo secular, fora do convento. “Sebastian Franck disse que o significado da Reforma era que todo o cristão passava a ser monge durante toda a vida”—“a aristocracia espiritual dos monges, que viviam fora e acima do mundo, é substituída pela aristocracia dos santos que viviam no mundo, predestinados por Deus desde a eternidade”. É também daqui que vem a importância do diário religioso, “para tomar o pulso a si próprio”.
O pietismo desconfia dos teólogos e precisa de tornar os santos mais visíveis, colocá-los numa ascese já gozada aqui nesta vida, em beatitude mais pública e mais mística—“um culto mais acentuado do aspecto emocional do que reformado médio”. Mais controlo passa a haver com a conduta pessoal e profissional do crente. Existe “um princípio zizendorfiano de que a infantilidade do sentimento religioso é sinal da sua autenticidade”.
O metodismo é o passo seguinte do pietismo. O primeiro é ainda europeu, o segundo sobretudo americano. Wesley assumirá a sua emotividade inevitável, com mais liberdades fora da ortodoxia antiga (a graça pode ser perdida, por exemplo), com olhos postos na perfeição até. “Uma vida boa por si só não é suficiente, a emoção do estado de graça tinha também de estar presente”. “O acto emocional da conversão era provocado metodicamente”.
Quando Weber fala de baptistas, fala necessariamente e também de meninotas, e quacres. Estas igrejas têm de ser igrejas de crentes visíveis (Weber chama-lhes de seitas), baptizados porque querem. São igrejas menos teológicas (à sombra de um conceito forense de redenção, por exemplo) e por isso mais exigentes de gestos de separação prática do mundo, dos que visivelmente não crêem. São a início tão radicais como um São Francisco e a Bíblia é menos focada como revelação divina e mais como rastilho de uma santificação quotidiana. Os quacres vão desenvolver os conceitos de luz interior e de consciência, que purifiquem realmente o testemunho dos crentes em contraste com a sociedade. Também por isso recusarão cargos públicos e envolvimento na política. Estas comunidades esperam pela manifestação do Espírito, proporcionando “estados de histeria” eventuais (como em Munster). Impõe-se, uma vez mais, um rigoroso exame de consciência, um ascetismo intramundano, “uma configuração racional de toda a existência em obediência à vontade de Deus”.
Na conclusão final, Weber consagra “o trabalho como o meio ascético” por excelência, “fim último da vida, tal como foi prescrito por Deus”. Baseando-se nos escritos de Richard Baxter, puritano mais razoável, ilustra como na prática este sistema se aplica. Querer ser rico é tão errado como querer ser pobre—a dignidade da vocação de trabalhar é o que desempata. É possível, portanto, ser um homem de negócios biblicamente, um self-made man. Querer trabalhar é essencial.
“O ascetismo protestante secular age contra a fruição sem entraves da riqueza; coarta o consumo, especialmente o de luxo. Em contrapartida, liberta a vertente psicológica da aquisição de riqueza das inibições da ética tradicionalista; rebenta os grilhões que entravam a sede de lucro, não só legalizando-o, como considerando-o querido por Deus. (…) Se juntarmos a limitação do consumo com a libertação da ânsia do lucro, o resultado objectivo é lógico: a acumulação do capital através da compulsão ascética a poupar. As inibições que impediam o consumo dos ganhos favoreciam o seu uso produtivo como capital de investimento”—“a tendência para uma conduta de vida burguesa economicamente racional”.
“O puritano queria ser um homem com uma profissão e nós temos de o ser”. O ascetismo saiu dos conventos para as profissões seculares, inventa a ordem económica moderna determinando o nosso estilo de vida. “Trabalhar é o nosso dever, como fantasma de crenças religiosas desaparecidas”. Já não sentimos o trabalho em termos espirituais mas em termos económicos—sem o primeiro não teríamos chegado ao segundo. Na América, por exemplo, isto é agónico e até desportivo. Esta é a jaula de aço duro que nos é imposta.
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ministeriocompartilhando · 8 months ago
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Saudação teológica
Graça, Paz e Alegria!
Mensagem do Portal Evangélico Compartilhando Na Web.
Leia Romanos 1.1–7
A “simples” saudação de Paulo nesta carta aos Romanos já se mostra como uma mini exposição teológica! A devocional de hoje está nas “explicações” a respeito de cada ponto que ele trata nessa saudação:
- da promessa do Pai na direção da Salvação (v. 2) — precisamos conhecer as Escrituras;
- da confirmação da promessa em Jesus (v. 3–4a) — devemos testemunhar o cumprimento das promessas do Senhor;
- do motivo que faz Jesus confirmar essa promessa (v. 4b) — reafirmar a ressurreição de Jesus é muito importante, e desde sempre houve quem duvidasse disso, acreditando ser mera ilustração ou alegoria;
- sobre seu chamado (v. 1 e 5) — a autoridade de uma pessoa na obra sempre virá do Senhor;
- da confirmação do chamado de todas as pessoas para viver e anunciar essa mensagem (v. 6) — não importa se deixamos tudo ou se seguimos com outros afazeres, todas as pessoas são chamadas para viver, anunciar e testemunhar a mensagem do Evangelho;
- além do alcance da mensagem, entre judeus e gentios (final do v. 5 e v. 7) — jogue sementes, não fique tentando definir “casos perdidos”, deixe o Senhor, que pode realizar o impossível, agir!
Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
OBS - Caso o player não toque a mensagem até a execução da música no final, você pode clicar nos "três pontinhos" (...) no próprio player e ouvir direto no Spotify. Aproveite e siga nosso Podcast por lá ou em outra plataforma que agrega podcasts! Pesquise "Ministério Compartilhando"!
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zuvii · 8 months ago
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Chuva de março
Rodar a chave cedo tem o seu encanto: continuar a mascar a pastilha da viagem, trocar as calças de ganga pelas de pijama (mantendo a parte de cima), pôr La Femme (sempre grata, T) na coluna (sempre grata, V), aproveitar o quentinho do Papa Figos que foi nos servido (ao R e a mim) como vinho da casa, por este ter terminado antes ainda de pormos pé naquele restaurante na Graça.
Noite chuvosa, vento gelado. Sobremesa de chocolate e caramelo salgado.
Foi só 1 cerveja e 1 vinho – juro, Joca –, mas o espírito vive e não cala. Acabei L'Ópera, mas danço ao som do melhor (pior?) popzão hipster da Gáulia, na esperança de um dia vir a viver novas aventuras na terra do croissant.
Sempre bom ouvir franceses falar inglês e castelhano (que se passa, La Femme?); mas não há igual à sua língua-mãe. Lábios fechadinhos em ô. Nem por acaso, amanhã é dia de Godard. E o pior é que adoro esta existência poser.
Hoje, sexta-feira santa, foi de facto dia divino: manhã no pequeno T1, almoço e trabalho no estúdio – desenho naturalista de fruta intercalado com a impressão de uma ilustração digital –, jantar, random olá a uma antiga colega da Arroio.
Esta cidade é pequena que dói. Mas por vezes aquece este conjunto de ossos.
Est-ce bien normal ? Il y a des questions où je sais que je ne trouverai jamais la réponse Il y a des choses auxquelles on ne peut rien faire Il faut s'en doute s'en moquer et passer à travers
Valha-nos o Papa Figos.
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