#socialização
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endomingado · 1 month ago
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Sempre tive dificuldades para socializar, em tudo que dependo da aprovação dos outros é bem sofrido para mim. Chego sempre animado e tentando ajudar, pois sei que estou sozinho.
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homocausticus · 10 days ago
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As pessoas conversam comigo
Em 2014, eu estava em um grupo de mbti onde se discutia teorias para socializar. Mas eu era o único que não tinha tanta neura com isso. Então, eu estava supermercado com a minha mãe quando um senhor pediu a minha ajuda pra ver uma data de validade e paramos para conversar com seu sobrinho que era um corinthiano. Eu dividi isso na minha conta no facebook e a turma ficou impressionada por ter me…
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obsesseddiary · 1 month ago
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Algumas pessoas parecem ter uma agenda lotada para responder, mas tempo de sobra para fofocar.
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giseleportesautora · 1 month ago
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Lobo Solitário #Poesia
Lobo Solitário #Poesia Depois de tantos erros, você pode a si mesmo perdoar? Andando pela neve, deixando para trás minhas pegadas. Me afasto da civilização, dificuldades para socializar. Olho para as pessoas e todas as mortes são relembradas.
Depois de tantos erros, você pode a si mesmo perdoar? Andando pela neve, deixando para trás minhas pegadas. Me afasto da civilização, dificuldades para socializar. Olho para as pessoas e todas as mortes são relembradas. Com ansiedade, fujo de velhos fantasmas. Hoje é noite de lua cheia, sai de mim algo animalesco. Descobri que tenho garras, seu horror me entusiasma. O lobo solitário se esbalda…
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unspokenmantra · 2 months ago
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Caroline Sardá ♥️♥️♥️
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Caroline Sardá dando aula para um fascistoide.
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sua-evolucao-pessoal · 11 months ago
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melhorcomflorais · 1 year ago
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Você já se sentiu desconfortável em uma situação social por causa da sua timidez? Saiba que você não está sozinho. Mas aqui está uma dica poderosa: observe alguém comunicativo e imite suas ações para quebrar o gelo e iniciar uma conversa. Isso pode ser a chave para superar sua timidez e se conectar com as pessoas ao seu redor. Assista ao vídeo e experimente essa técnica você mesmo!
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egobrazil · 2 years ago
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Lounge 1028 em Novo Hamburgo, no RS: Um espaço exclusivo para networking e diversão
Influencers, universitários, empreendedores e empresários se conectam em um ambiente sofisticado com música, drinks e muitas oportunidades de negócios. Um novo conceito de lounge que une influencers, universitários, empreendedores e empresários está fazendo um sucesso absoluto na cidade de Novo Hamburgo. No Brasil, é comum inaugurar todo mês casas de festas, bons restaurantes e pubs com…
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shigeakialvesphotos-blog · 2 years ago
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#Compromisso #Educação #Coletividade #ComunidadeEscolar #Partilha #Socialização https://www.instagram.com/p/Cn7MoWiOsMt/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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learncafe · 10 months ago
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Curso online com certificado! Cuidados e diversão para animais de estimação
Aprenda todos os aspectos essenciais para cuidar adequadamente dos seus animais de estimação com o curso \”Cuidados e diversão para animais de estimação\”. Este curso abrangente e detalhado fornecerá a você as informações mais precisas e atualizadas sobre como garantir o bem-estar, a saúde e a felicidade dos seus pets. Você vai explorar módulos dedicados […]
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interlagosgrl · 2 months ago
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🎃 kinktober - day four: caçador/presa com enzo vogrincic.
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— aviso: dark romance, stalker!enzo, menção à sexo e masturbação, homicídio e violência, menção à autoextermínio. NÃO LEIA SE FOR SENSÍVEL. (+18).
— word count: 5,6k.
— notas: eu não sou estudante de psicologia, então provavelmente pode ter alguns conceitos errados ao longo do texto. é tudo ficção, manas e manos. às psicólogas do site: minhas desculpas caso haja um erro muito grotesco!! não é um smut. uma coisa meio Mavi de Mania de Você.
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a cabeça latejava como se as têmporas estivessem sido apertadas pelas mãos de um gigante impiedoso. os olhos lutavam para continuarem abertos, embora a luz branca do consultório parecesse tirar sarro do seu esforço. o som da caneta deslizando pelo papel também não ajudava em nada. você estava considerando parar de anotar o que o paciente lhe dizia, mas seria falta de educação.
"Enzo, eu preciso que você me dê mais detalhes da sua infância. você fica repetindo que as coisas eram muito difíceis, mas você ainda não disse como as coisas eram difíceis." seu tom de voz sereno mascarava a dor profunda em que você se encontrava. "tudo bem por você?"
o homem bonito assentiu timidamente. era a terceira vez que você o via naquele mês e sentia que não obtivera muito sucesso nas consultas anteriores. ele respondia às perguntas e falava muito sobre coisas do dia à dia, mas costumava a ser um pouco vago sobre coisas pessoais. sempre que podia, contornava a pergunta com uma oratória impressionante.
Enzo era muito bonito. tinha cabelos longos, andava sempre com as peças de roupa impecáveis e estava sempre cheiroso. costumava usar colares e anéis e os sapatos estavam sempre limpos. tinha uma voz profunda e envolvente. um sorriso de causar suspiros e um olhar que parecia despir quem quer que fosse.
"eu fui abandonado pelos meus pais quando criança. como não tinha nenhum parente próximo, fui deixado em um orfanato." você anotou tal fato no prontuário do paciente, um pouco perplexa por ele ter escondido aquilo desde a primeira sessão. voltou a mirá-lo depois de feito, mas ele apenas se manteve em silêncio.
"e como era esse orfanato?"
"péssimo." a postura mudou. estava relaxado momentos antes e, de s��bito, travara em uma posição de desconforto. os dedos batucavam no braço estofado da poltrona. "as freiras que cuidavam do orfanato não eram muito bondosas. irônico, não?"
"você acha que o abandono dos seus pais é responsável por algum mecanismo de defesa que, hoje, possa te atrapalhar na sua socialização?"
"como assim?" o uruguaio a olhou desconfiado. você conteve a vontade de sorrir. alguns pacientes demonstravam muito mais do que pensavam demonstrar.
"quando algumas pessoas são abandonadas, elas criam mecanismos de defesa para lidar com o abandono." você explicou, massageando a têmpora cuidadosamente. "por exemplo, algumas pessoas podem evitar a socialização e, consequentemente, evitar um possível abandono. outras, irão socializar, mas vão fazer absolutamente tudo que elas pensam que irá garantir a presença da outra pessoa em suas vidas. isso pode ser problemático, pois elas colocam as necessidades de outras pessoas à frente das suas."
"não acho que eu faça parte de nenhum dos casos. eu me socializo muito bem e sei respeitar meus limites."
"mas tem dificuldade para se abrir para outras pessoas." você pontuou enquanto rabiscava um desenho bobo no fim do bloco de notas. Enzo a olhou como se algo extremamente embaraçoso sobre ele houvesse sido revelado para milhões de pessoas. "está tudo bem, Enzo. isso não te faz uma pessoa melhor ou pior. estamos só pontuando algumas características sobre a sua personalidade."
um sorriso nervoso dançou nos lábios bonitos do paciente. ele voltou a relaxar, como se realizasse que não tinha como mentir para você. de uma maneira ou de outra, você descobriria todos os segredos dele.
"acho que você tem razão. eu já tive problemas relacionados à isso." ele confessou, um pouco receoso. "relacionamentos que não funcionaram porque eu me abria muito pouco. amizades, romances..."
"então você vê a necessidade de mudar essa sua característica?"
"seria bom poder confiar mais nas pessoas. acho que melhoraria muitos aspectos da minha capacidade de socializar." você sorriu. Enzo era um homem muito inteligente, afinal. você gostava dos pacientes que se mostravam aptos à mudança.
"isso é muito bom. é exatamente o tipo de pensamento que alguém deve ter ao procurar a terapia." você o encorajou, voltando a olhar para a ficha dele. "você me disse que as freiras do orfanato não eram muito solícitas. você lembra de algum episódio em específico que te faz pensar assim?"
[...]
seu corpo colapsou na cadeira do restaurante quando você finalmente achou a mesa ocupada pelo seu noivo. Esteban retirou os olhos do celular, te dando um sorriso caridoso como forma de apoio.
"você está linda hoje."
"você é um ótimo mentiroso." você sorriu, um pouco exausta até mesmo para contrair os músculos faciais. depois de duas aspirinas, a dor de cabeça tinha até melhorado. agora restavam as dores musculares que tomavam o corpo de assalto. "você já pediu?"
"sim. pedi aquele risoto que você gosta, além desse merlot." ele apontou para a garrafa em cima da mesa. inclinou-se gentilmente para servir tanto o seu copo quanto o dele antes de brindar com você. "eu sei que é dia de semana, mas você merece."
"de acordo." você não se opôs, dando um grande gole na bebida. o corpo contraiu em um espasmo de felicidade. "tudo certo para o seu voo amanhã?"
"uhum. vai ficar bem até lá?" a canhota encontrou a sua sobre a mesa, os olhinhos brilhando de preocupação. você sorriu.
"são só cinco dias, meu amor. acho que eu aguento." Esteban sorriu, deixando um selar no anel de noivado caro.
voaria para o Chile para performar algumas cirurgias cardiotorácicas em diversos hospitais do território. o intercâmbio de saúde tinha sido proposto pelo hospital em que Esteban trabalhava e ele, como o homem empático que era, não conseguiu negar. embarcava na sexta e voltaria somente na quarta.
você sentia um pouco de chateação, mas nada além do comum. estavam noivos há pouco tempo e desde o noivado, as coisas estavam mais românticas do que nunca. era comum transarem mais do que o normal, sair para jantar mais vezes no meio das semanas turbulentas e passarem horas planejando o futuro juntos. você sabia que iria sentir falta dele enquanto ele estivesse em Santiago, mas seria por uma boa causa.
o jantar havia sido agradável, como sempre. depois de algumas taças de vinho você estava relaxada o suficiente para aproveitar o resto da noite, esta que começou no elevador do prédio em que vocês moravam. você se lembrava dos lábios de Esteban correndo pelo seu pescoço e em poucos segundos você estava na cama sendo fodida impiedosamente.
você tinha as sextas livres, então aproveitou para fazer tudo que podia depois de levar o noivo no aeroporto. participou de uma aula de pilates, levou os cachorros para passear e decidiu ir até o supermercado mais próximo para repor a dispensa de casa.
estava carregando um saco pesado de ração quando os seus olhos encontraram os dele. era Enzo, o seu paciente do dia anterior. te olhava como se fosse proibido. alguns pacientes não se sentiam muito confortáveis em ver os seus terapeutas fora do consultório.
você sorriu timidamente antes de voltar a procurar pelo seu carrinho. Enzo, lutando contra o desconforto, se aproximou para ajudá-la.
"isso parece pesado." ele ofereceu os braços fortes e você colocou o saco de ração nas mãos dele, agradecendo pela gentileza.
"e muito." você voltou a procurar pelo carrinho, achando-o um pouco distante de onde você o deixara. alguém provavelmente o tinha empurrado. "você mora por aqui?"
"não... eu vim visitar um amigo que mora no bairro e pensei em comprar alguma bebida para não chegar de mãos vazias." ele colocou as mãos nos bolsos, voltando ao estado de desconforto anteriormente. "você está noiva?"
você olhou para as suas mãos, sentindo-se pega. geralmente, tirava a aliança quando atendia os pacientes. gostava de deixar claro o limite entre razão-emoção quando atendia. não queria que os pacientes ficassem envolvidos demais em detalhes sobre a sua vida pessoal.
"sim, fazem alguns meses." você brincou com a aliança. não tinha muito mais sobre o que falar. "obrigada pela ajuda, Enzo."
"não há de quê." ele sorriu, gentil. você se afastou dele lentamente depois de se despedir.
Vogrincic assistiu enquanto você se afastava. estava tão linda naquele conjunto de academia, com os cabelos presos em um rabo de cavalo desleixado. podia ver a sua nuca muito bem, o que lhe causava arrepios. cada pedaço seu era tão perfeito quanto o outro.
não pôde descrever o sentimento que o tomou quando viu a sua aliança. exibia uma pedra oval solitária, o ouro branco reluzindo contra as luzes fosforescentes do supermercado. ele sabia que você era noiva, claro que sabia. mas ainda doía vê-la exibir o anel com tanta felicidade.
era uma tarde de agosto quando Enzo te viu pela primeira vez sentada em um café com algumas de suas amigas. estava bebendo café e comendo um bolo cheio de cobertura de chocolate. ele se lembrava como seus lábios envolviam a colher tão satisfatoriamente. como seu anel de noivado brilhava na sua mão esquerda. como estava linda na blusa de gola alta.
não conseguiu evitar os instintos que há muito lutava contra. tinha que saber mais sobre você.
a seguiu pelo resto do dia. passeou pelo shopping enquanto via você e as amigas entrarem em lojas e mais lojas. assistiu uma das amigas tirar uma foto do prato quando decidiram almoçar em um restaurante caro demais e não tardou em abrir o Instagram, procurando pela localização do ambiente. nos stories que contavam com a localização, estava o prato da sua amiga. clicou no perfil, avançando entre posts e destaques até que achasse uma foto sua e, claro, seu perfil. você tinha o perfil privado e aquilo o fez gostar mais de você. não era burra como as outras.
quando se certificou de que você estava de volta a sua casa em segurança, pegou um táxi para o próprio apartamento. lá, a obsessão começou. passou horas procurando pelo seu nome. encontrou a clínica que você trabalhava, além dos diversos trabalhos de iniciação científica que você já tinha publicado. encontrou uma notícia em um site de fofoca de socialites que falava sobre o seu noivado. aparentemente, seu noivo vinha de uma linhagem de médicos famosos em Buenos Aires. marcou uma consulta com a sua secretária. não era nada barato, mas valeria cada centavo. poderia te conhecer melhor ou, até mesmo, fazer com que você se interessasse por ele. Enzo sabia que era bonito. não era difícil conquistar nenhuma mulher se ele quisesse bastante.
Vogrincic recordou-se da última vez em que tinha mergulhado em uma obsessão daquele jeito. tinha sido em Montevidéu. a garota era tão linda. uma colega de classe com quem ele tinha o prazer de dividir trabalhos e atividades. era sempre gentil, compartilhando suas anotações com ele e o incluindo nos grupos de seminários. estava sempre cheirosa, sempre bem arrumada. ele tinha se apaixonado tão perdidamente.
começara a segui-la para as festas, jogos universitários, bares e qualquer outro lugar que contasse com a presença dela. passara semanas e semanas enviando flores e poemas para o seu dormitório. às vezes, quando tinha medo de que alguém fosse machucá-la, ficava rondando o prédio de dormitórios femininos para que ficasse ligado em qualquer atividade suspeita. sentia-se como um herói misterioso.
até ela descobrir.
lembrava-se bem do olhar de descrença, do medo, de como ela não queria que ele se aproximasse. implorou para que ele parasse de persegui-la, mas ela não conseguia entender que era, basicamente, impossível. ele estava envolvido demais e não conseguiria parar. não agora.
então, seguiu com a loucura. não conseguia se conter. quando tentava ficar trancado em seu próprio dormitório, era como se uma crise de abstinência o atacasse. o coração batia forte dentro do peito, as mãos suavam e a cabeça doía sem parar. a garganta ficava seca e embora tomasse litros e litros de água, estava sempre com sede. não conseguia dormir sem pensar nela. não conseguia focar nas atividades da faculdade. não conseguia nem mesmo respirar.
a odisseia durou até que a garota fora encontrada no seu dormitório sem vida. tinha tomado diversas cartelas de opioides e escrito uma longa carta culpando Enzo pelo seu suicídio. ela não entendia que aquela era uma forma de carinho. um jeito de dizer que se importava, que queria cuidar dela quando mais ninguém queria.
foi obrigado a se mudar para Buenos Aires logo em seguida. se transferiu para uma nova faculdade para que pudesse terminar o curso e nunca mais teve coragem de pisar em Montevidéu. ainda se lembrava de como as pessoas reagiram quando o encontraram pelos corredores da faculdade.
“monstro”.
monstro? monstruosidade era abandonar as pessoas. deixá-las para trás com nada além de inseguranças e medos. o que ele fazia era amor. cuidado. estava ali para mostrar à ela que sempre estaria ao seu lado, que sempre cuidaria de tudo. que nunca a abandonaria.
durante o seu tempo em Buenos Aires não encontrou ninguém que despertasse aquele interesse. é claro, vez ou outra se apaixonava rapidamente por uma qualquer e era obrigado à descobrir tudo sobre a vida dela. mas, nenhuma o deixava preso o suficiente para que pudesse amar novamente. as mulheres eram tão fúteis e superficiais na capital.
até que ele encontrou você. você era tão bonita, mas, ao mesmo tempo, tão centrada. você era tão inteligente e empática. tão humilde e tão trabalhadora. leal, viajada, sorridente. você tinha uma vida da qual ele queria fazer parte. você voltou a representar o ideal de felicidade na cabeça dele.
e agora ele não podia mais viver sem você.
as primeiras sessões não tinham dado em lugar algum. você era uma profissional muito boa e ele tinha que lutar para não fugir do personagem. conseguia compreender que se dissesse certas coisas, acabaria lhe assustando como tinha assustado as outras pessoas. mesmo que uma vez ou outra ele pensasse que você o aceitaria por ser uma psicóloga, sempre se acovardava no final.
no entanto, estava se tornando impossível ficar longe de você. se deu conta disso quando a viu cruzar as ilhas do supermercado de um lado para o outro exibindo o colo naquele lindo dia de primavera. era fisicamente impossível não te querer.
sabia que o seu noivo estava fora da cidade. lia cada notícia sobre ele, além de acompanhar a rede sociais dos amigos do casal. ele estava no Chile assim como outros médicos do hospital em que ele trabalhava. e você estava ali, abandonada.
isso o encheu de uma raiva crescente. se você fosse noiva dele, jamais te abandonaria. cuidaria de você dia após dia. você sempre voltaria para um lar cheio de amor e cuidado.
Enzo se deliciava com a imaginação de ser o seu noivo. o seu hobby favorito depois do trabalho era pensar em você. apagava as luzes do quarto, acendia velas, escolhia o vinil favorito dos maiores hits de Ray Charles para tocar e mergulhava nos pensamentos que envolviam você. como cozinharia para você todas as manhãs e noites, como te daria massagens diárias quando você chegasse em casa cansada demais, como te foderia com paixão...
os sonhos sujos eram os mais vívidos. conseguia esculpir o seu corpo na argila que era a própria mente quase que perfeitamente. sabia de cor como eram as suas curvas, o formato e tamanho dos seus seios, como suas mãos eram lindas e ficariam mais lindas o envolvendo. sentia-se mal por pensar em você daquele jeito. mas, era inevitável. enquanto não pudesse te ter completamente, só restaria a imaginação. e aqueles momentos a sós com a própria criatividade passaram a ser seus movimentos favoritos.
acordava ereto mais vezes do que o normal. sempre se aliviava debaixo da água gelada do chuveiro, como uma forma de punição por tal ato tão promíscuo. raramente, quando bebia mais do que devia, o fazia na cama, pensando em você.
decidiu que aquele fim de semana seria o melhor momento para tentar uma aproximação. seu noivo estaria fora da cidade e ele sabia que você não resistiria ao charme. podia ser um bom ator quando queria. havia aperfeiçoado a arte ao longo dos anos em que passara em Buenos Aires se relacionando com uma garota ou outra.
precisava escolher cuidadosamente. assumiu que você provavelmente veria as amigas em algum bar ou qualquer lugar onde ele pudesse se aproximar respeitosamente. se apresentaria para suas companhias, que ficariam embasbacadas por sua beleza, seria simpático até que elas o convidassem para sentar. seria encantador. ela veria como você melhor que Estebán.
era esse o plano. estava comprometido a segui-lo e tinha até mesmo se liberado das tarefas do fim de semana para que pudesse te seguir para qualquer lugar que fosse. se você não tivesse estragado tudo.
era sábado, um pouco mais de uma da tarde, quando você deixou a sua casa. estava linda como sempre. de camisa social larga, shorts jeans e um tênis confortável. exibia a aliança ostensivamente com um par de brincos que combinavam. as mãos de Enzo agarraram o volante do carro com certo desconforto. a primeira coisa que faria quando estivesse com você, seria destruir aquele pedaço de aliança insignificante.
a seguiu pela rua, parando o carro em frente à um café metros da sua casa. um homem de cabelos curtos e sobrancelhas grossas esperava na porta por você. sorriu ao vê-la, a beijou no rosto carinhosamente e abriu a porta para que você entrasse. foi quando o sangue do uruguaio começou a ferver.
você estava tão confortável com aquele outro homem. quem era ele? você estava traindo o seu noivo e Enzo não havia descoberto? como você era tão estúpida de encontrá-lo em um café tão próximo da sua casa? e se alguém os visse ali? Vogrincic te amaldiçoou por minutos seguidos de minutos, se arrependendo por um dia ter te achado inteligente. você era desleixada, imperfeita, falha. e ele odiava ainda mais a si mesmo por ainda continuar te amando tão incondicionalmente.
deu partida no SUV para que evitasse mirar aquela cena constrangedora. não seria testemunha dos seus casos ilícitos.
a tarde com Fernando tinha sido agradável, como sempre. quando você e Estebán anunciaram a data do casamento na última semana para amigos mais próximos, Contigiani não tardou em entrar em contato. gostaria de organizar uma despedida de solteiro - com a permissão da noiva, é claro - e comprar um presente especial para Estebán. eram amigos desde crianças e você estava extasiada em fazer parte da surpresa. Fernando e alguns outros amigos tinham escolhido presentear Kuku com uma viagem para sua adega favorita da Itália e vocês tinham passado toda a tarde ajeitando os últimos detalhes da viagem.
depois que alguns outros amigos se juntaram a vocês, a reunião virou um encontro despretensioso que tinha resultado em diversos drinques no bar mais próximo. eram sete horas da noite quando você finalmente se despediu dos amigos com a desculpa de que tinha que alimentar os cachorros.
quase como um mecanismo programado, pegou o celular na bolsa enquanto andava para casa. os passos eram lentos e a necessidade de ouvir o seu noivo a consumia durante todo o dia. discou o número rapidamente, como se o pudesse fazer de olhos fechados.
"doutor Kukuriczka?" você fez a melhor voz manhosa que podia quando atendeu. "estou morrendo de saudades. o que você recomenda?"
"doses homeopáticas do seu noivo." ele brincou do outro lado da linha. você sorriu, sentindo a saudade correr pelas veias. "eu estarei aí em alguns dias, não se preocupe. como foi seu dia?"
encheu os ouvidos do noivo de fofocas e mais fofocas sobre seus amigos enquanto andava pela vizinhança, cumprimentando alguns vizinhos. assim que entrou no prédio, deu falta do porteiro, mas seguiu até o elevador sem maiores preocupações. apertou o botão do seu andar.
"endocartite bacteriana em uma criança? meu Deus, amor. seu dia deve ter sido difícil." você fez um biquinho. sabia como aqueles casos o afetavam, queria abraçá-lo e prometer que tudo ficaria bem.
"o prognóstico é favorável. não se preocupe comigo, ok?" ele riu baixinho do outro lado da linha. "preocupe-se com você. eu sei que, quando não estou em casa, você quase não come direito."
"eu almocei hoje, ok? e teve salada e tudo mais." você brincou, descendo no seu andar assim que o elevador abriu. procurou a chave na bolsa, destrancando a porta com facilidade. era como se já estivesse aberta.
"sei. faça o favor e peça um jantar, também. por via das dúvidas." você gargalhou, adentrando o apartamento. procurou pelos cachorros salsichas que, geralmente, vinham à todo vapor quando você abria a porta, mas não os encontrou. "eu preciso visitar um paciente agora, ainda estou de plantão. prometo te ligar quando estiver livre."
"tudo bem, Kuku." você largou a chave na bacia de mármore onde guardava outras bobagens, correndo os olhos pela sala de estar e a sala de jantar. um cheiro diferente enchia as narinas. "eu te amo."
"também te amo, mi prometida."
quando desligou o telefone, foi como se percebesse o silêncio em que o apartamento estava mergulhado. procurou os cachorros por toda parte, os achando trancados no banheiro, batendo as patinhas na porta desesperadamente. nunca havia acontecido deles se prenderem ao mesmo tempo, o que quase lhe causou um ataque do coração (com toda a ironia que aquilo envolvia). depois que os serviu, foi para o banheiro da suíte para tomar um banho.
ligou o registro, se despindo cuidadosamente enquanto a banheira ia se enchendo com o líquido tépido. pingou alguns óleos essenciais de amêndoas que tanto gostava, aproveitando dos vapores odoríferos que embaçavam o espelho e a envolviam sutilmente. quando mergulhou o corpo na banheira, poderia jurar que ficaria ali a noite inteira.
esfregou os braços, as pernas, as costas. lembrou-se das vezes em que dividira aquele espaço ínfimo com o noivo, sentada entre as pernas dele. Estebán era tão cuidadoso em lavar os seus cabelos e acarinhar a sua pele. quase o podia senti-lo ali. fechou os olhos, imaginando-o tocando o seu corpo com tanto clamor. jurando ao pé do seu ouvido que te amava.
o cheiro estranho que sentira na sala de estar voltou a correr, desta vez, no banheiro. era um cheiro herbal, de frescor. um cheiro que você jurava conhecer, mas não se recordava de onde. cheirou o próprio corpo, procurando por resquícios de perfume dos amigos, mas não era você.
quando saiu da banheira e se enrolou no roupão felpudo, escovou os dentes e seguiu para o closet. decidiu vestir uma das camisas de Estebán e uma calcinha confortável. ninguém a veria, então não tinha nada à esconder. perfumou o corpo com um hidratante corporal e pegou o celular para pedir o jantar. quando abandonava o closet para ir em direção à cama, o ouviu.
"quem era aquele cara com quem você se encontrou hoje?"
Enzo. seu paciente Enzo, sentado na poltrona que ficava ao lado da janela. a poltrona em que Estebán lia as notícias todas as manhãs, a poltrona em que você pintava as unhas por causa da boa iluminação. seu paciente Enzo estava na sua casa.
o calor com o que o seu corpo estivera envolvido desde o banho parecia ter esvanecido. seu coração pareceu parar antes de voltar a vida com arritmias. suas mãos tremeram e o celular caiu no chão acarpetado. o que ele estava fazendo ali?
"o que você 'tá fazendo aqui?" a voz saiu trêmula, frágil, desacreditada. a silhueta tremia de medo. as mãos queriam se cobrir e as pernas, queriam correr. mas, você não conseguia fazer nada. "como você entrou?"
"eu te fiz uma pergunta primeiro. é assim que nós conversamos, não é? através de perguntas." ele a encarou como se buscasse por sua afirmação. Enzo, que era, geralmente, muito tranquilo, estava uma bagunça. os olhos injetados corriam por todo o ambiente, em perplexidade por estar na sua casa. "quem era o cara?"
os olhos dele focaram um porta-retrato que estava na mesinha ao lado da poltrona. exibia uma foto sua e de Estebán quando ele tinha se formado na residência. Enzo o pegou com delicadeza, o virando para baixo.
você decidiu que a melhor alternativa era respondê-lo. até que pudesse correr até a porta de casa ou pegar o seu telefone, responderia tudo que ele perguntasse.
"u-um amigo." você abraçou o próprio corpo com temor. "pode responder a minha pergunta agora?"
"qual das duas?" Enzo voltou a mirá-la. agora, algumas lágrimas se formavam em bolsar na linha d'água dos seus olhos.
"o que você está fazendo aqui, Enzo?"
"eu... eu tinha um plano, sabe? nesse fim de semana eu iria te mostrar que eu sou um cara legal. eu ia te conhecer melhor, ia te mostrar quem eu sou de verdade. já tinha feito diversos planos para nós." algumas lágrimas escorreram pelas bochechas avermelhadas. "até que eu te vi com outro cara. eu consigo aceitar o seu noivo, infelizmente você não me conhecia antes de se comprometer com ele. mas, um amante? não dá, não dá..."
"Enzo... eu não tenho um amante. ele era só o meu amigo." seu corpo estava retesado, tenso. não conseguia se mover nem mesmo que forçasse as suas sinapses ao máximo. estava amedrontada. "mas, você entende que isso aqui passa de todos os limites, certo? eu sou a sua psicóloga."
"não... você é o amor da minha vida." Enzo se levantou da poltrona, fazendo você estremecer. "eu sei que você é. eu já tive alguém assim na minha vida, eu me lembro da sensação. lembro de como era estar apaixonado. eu só preciso que você me conheça melhor para que você veja que eu também posso ser o amor da sua vida..."
"Enzo, eu estou noiva." você o olhou nos olhos. era como um acidente: medonho, mas que você não conseguia parar de olhar. "eu já tenho alguém que eu amo. e você com certeza vai encontrar outra pessoa... se você deixar eu me trocar nós podemos ir até o consultório e conversar lá."
"não, eu não quero ir pro consultório. eu não tenho nada para falar na terapia. você nunca reparou? eu só ia lá para te ver." ele sorriu, como se explicasse o óbvio. seu sangue tinha se tornado gelo líquido, correndo pelas suas veias. "é por isso que eu falava tão pouco... eu não tenho nenhum problema, só interesse em ver você."
Enzo se aproximou ainda mais. você não conseguia recuar. estava com medo de que, se fizesse algum movimento brusco, ele faria algo terrível com você. ele envolveu o seu rosto entre as suas mãos de maneira terna.
"eu vi o seu apartamento hoje e fiquei pensando em como seríamos felizes aqui." ele sorriu, ainda choroso. "aquilo que eu te falei sobre o abandono, isso era real. e eu estou aqui para te mostrar que eu não vou te abandonar igual o seu noivo fez. eu vou estar aqui para você, sempre."
"Enzo, você está me assustando." uma lágrima solitária escorreu pela sua bochecha.
"mas... eu te amo. eu te vi com aquele outro cara e vim pra cá imediatamente porque eu queria resolver as coisas com você. não queria te perder para outro, de novo..." ele limpou a sua lágrima com o polegar. "eu estou aqui desde uma e meia. te assisti chegar, te assisti tomar banho e tudo que eu conseguia pensar era em como eu te amo."
não sabia mais o que fazer. ele estava tão próximo. conseguia sentir o cheiro herbal invadindo suas narinas. era ele aquele tempo todo. te observando, seguindo seus passos.
"por que eu não pego um copo de água para você e a gente conversa com mais calma?" você colocou as mãos sobre as deles, as segurando antes de guiá-lo de volta até a sua poltrona. Enzo assentiu, embora parecesse relutante.
foi necessária uma força tremenda para que você controlasse os seus passos e não saísse correndo de imediato. ao chegar no corredor, pisou nas pontas do pé até a porta da entrada, procurando pela chave na bacia de mármore na mesinha ao lado. é claro que Enzo havia a escondido. você pensou se seria uma sentença de morte gritar na varanda de casa para quem quer que estivesse passando. com certeza, seria.
seguiu até a cozinha, pegando dois copos e os enchendo de água. não encheu até a borda porque, na tremedeira em que se encontrava, acabaria derramando o líquido por toda a casa. enquanto voltava para o quarto, decidiu que teria que pegar o seu celular.
Enzo estava sentado, com as mãos entre as coxas. você entregou um dos copos à ele e sentou-se na beira da cama. vislumbrou o local onde havia deixado o celular cair, mas ele também havia sido confiscado. sentiu uma súbita vontade de chorar.
"Enzo, eu entendi que você tem sentimentos por mim. e eu estou fazendo o melhor que posso para compreendê-los." você começou, dando um grande gole na água. "mas não consigo entender porque você está me fazendo de refém."
"eu já disse. eu perdi a pessoa com quem eu era apaixonado antes... não quero que o mesmo aconteça com você."
"você não vai me perder." você encarou os olhos do uruguaio. buscou pelo seu celular na mesinha ao lado da poltrona, mas não o encontrou. "mas, você compreende que não é normal aparecer na minha casa sem permissão, não é? isso me assustou."
"eu sei. mas tempos desesperados requerem medidas desesperadas."
"Enzo..." você se levantou, não acreditando no que iria fazer. talvez estivesse jogando toda a dignidade no lixo, mas era melhor do que ser morta por um filho da puta maluco. andou em direção à ele, colocando o copo d'água na mesinha antes de se sentar em um dos joelhos do homem. "eu só acho que há situações melhores para que eu te conheça bem... nós devíamos marcar um café amanhã, o que você acha?"
"e se eu te perder nesse meio tempo?" Vogrincic respirava fundo. não tinha te tocado, o que você agradeceu mentalmente. estava nervoso, um pouco embaraçado pela situação. não pensava em tirar proveito de você.
"não vai." você negou com a cabeça, o tranquilizando. deu o seu melhor sorriso diplomata para acalmá-lo. "eu só quero dormir depois de um dia longo. e te conhecer melhor amanhã. eu não quero que você sinta que precisa invadir a minha casa para falar comigo... entendeu?"
Enzo assentiu. os olhos amendoados se tornavam menos maníacos, mais compreensivos. o olhavam com tanta admiração que parecia ser palpável. poderia jurar que, se pedisse à ele pelo seu coração, ele arrancaria do peito naquele momento. também jurou que ele não a machucaria.
segurando o rosto dele com ternura, você depositou um beijo casto nos lábios dele. apesar de não sentir nada além de medo embebido em adrenalina, pôde sentir os lábios macios de Enzo contra os seus. eram quentes, incertos, um pouco tímidos. ele segurou o seu corpo com ternura antes de corresponder.
"isso te faz crente de que você não vai me perder?" você se sentia uma péssima profissional. estava usando justamente da mente para que pudesse sair daquela situação. sentia-se como se estivesse o traindo.
ele assentiu com ternura, grato pela reafirmação. era a primeira vez que Enzo se sentia correspondido e o seu coração se enchia de amor. sabia que, amanhã, faria você se apaixonar por ele. você o tinha visto hoje da maneira que ele sempre quisera ser visto. tinha te compreendido como ninguém.
"por que você não vai lavar o seu rosto antes de ir? você está um pouco nervoso, não é?" você limpou as gotículas de suor que brotavam da testa dele. Enzo riu timidamente, assentindo.
você se ergueu do colo dele, indicando o banheiro com as mãos. o seu plano era interfonar para o porteiro ou qualquer outro apartamento para pedir ajuda, mas o que você ganhou foi muito melhor.
o uruguaio puxou o celular do bolso traseiro da calça e entregou para você. com um sorriso carinhoso, você aceitou o aparelho enquanto ele se direcionava até o banheiro.
com os dedos trêmulos, o desbloqueou e enviou mensagens de socorro para Estebán, além do grupo do condomínio. lá, alguns moradores já noticiavam que o sumiço do porteiro fora suficiente para chamar a polícia. você suspirou em alívio. pediu por socorro no grupo e descreveu Enzo o melhor que pode com o pouco tempo que tinha. quando ouviu a água da torneira parar de correr, desligou o telefone e o colocou sobre a mesa.
Enzo voltou, parecendo melhor. tinha retomado a compostura e os cabelos estavam elegantemente penteados para trás. você sorriu para ele.
"está melhor assim." com cuidado, Enzo retirou a chave da sua casa do bolso da frente. "não faça mais isso, ok? sempre que quiser conversar, você pode me ligar."
"eu não tenho seu número pessoal."
"ah..." você pegou um papelzinho na mesinha ao lado da poltrona, além de uma caneta largada por ali. rabiscou alguns números aleatórios no papel e o entregou, com um sorriso. "agora você tem."
"desculpa por ter te assustado." ele confessou. "não era a minha intenção. mas, eu sei que você compreendeu. você sabe que eu queria somente o seu bem.
"eu sei..."
Enzo te entregou a chave. você o guiou pelo corredor e os seus cachorros latiram ao vê-lo. era uma presença desconhecida, e eles não gostavam disso.
"desculpa por ter trancado os seus cachorrinhos... eu fiquei com medo deles me morderem." o uruguaio sorriu envergonhado.
você teve dificuldades para enfiar a chave na fechadura, mas quando o fez, girou com força para que pudesse se libertar da prisão que virara a própria casa. deu de cara com policiais no corredor, que a miraram em surpresa e a puxaram para fora de imediato.
Enzo foi detido, ali mesmo, no chão da sala de estar. suas mãos foram algemadas e os seus direitos foram lidos. enquanto era culpado pelo assassinato do porteiro, ele pedia desculpas em um tom choroso. "eu não bati forte o suficiente para matar, só para desmaiá-lo..."
seu corpo tremia e os olhos se tornaram torneiras descontroladas que derramavam litros e litros de lágrimas enquanto Enzo se debatia violentamente para se soltar. os olhos dele encontraram os seus e você sentia a decepção correr pela feição dele.
estava tão perto do amor e aquilo fora tirado dele mais uma vez.
um policial se manteve na sua frente como medida de proteção quando o seu paciente foi levantado grosseiramente. os olhos estavam repletos de lágrimas, como os seus. ele ainda não parecia compreender que você tinha guiado os passos da polícia para o seu apartamento.
"está tudo bem, mi amor. eu vou voltar." ele assegurou com um sorriso triste. o policial o forçava para as escadarias do prédio, mas ele apresentava uma força descomunal enquanto resistia. seus olhos eram escuros, quebrados, cheios de uma força vil. "eu vou lutar pelo nosso amor."
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peterpvn · 8 months ago
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tarde, na socialização
Não estava assim tão alheio ao Outro Mundo. Com tantos sequestros de garotos, não é como se ele não soubesse como as coisas funcionavam por lá. Ao menos agora não poderiam acusar-lhe de ser o único a trazer pessoas do mundo mortal para o mágico. Na realidade, era até divertido brincar com aquelas criaturinhas. Com os pés cruzados e erguidos sobre uma mesa, Peter Pan brincava com um canivete de maneira displicente enquanto gesticulava. ' E então? Vão fazer as perguntas ou o crocodilo comeu suas línguas? O tempo ruge e não tenho o dia todo, mas tenho certeza que estão muuuito curiosos a meu respeito '
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conjugames · 1 month ago
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O dia amanheceu nublado, e tomei café demais, enquanto as palavras me faltaram mais que o habitual. Falei pouco com o mundo, mas, dentro de mim, participei de intermináveis monólogos com os personagens que habitam minha mente. Relembrei rascunhos antigos, memórias desbotadas. Tentei me distrair, mergulhei em um livro, e um personagem secundário deu fim à própria vida com um tiro no peito, por amor. Fernando me acertou, fui pega de surpresa, como se o disparo tivesse acertado o meu coração. Essa ideia tem rondado minhas entranhas há dias. E se eu não estivesse? Se eu me ausentasse? Como os dias seguiriam sem mim? Pensei em alguns detalhes, mas nenhum que parecesse ter valor. Uma ideia tola, talvez. Falta-me apetite, e estar em minha pele tem sido uma indigesta rotina. Mas, ironicamente, não me imagino em outro lugar. Aqui estou, presa em mim mesma, tentando encontrar sentido onde a própria ausência parece reinar. Finalmente encontrei a palavra que há dias me escapava. Ensimesmada. Era ela que descrevia esse estado que tanto me inquietava e nunca me vinha à mente. Hilda já dizia que há sentimentos que simplesmente não se deixam nomear, mas foi um alívio encontrar a palavra que, de algum modo, organizou o caos dos meus pensamentos. Estou ensimesmada, recolhida em meu próprio universo, desatando os nós dos meus sentires, revisitando os eternos monólogos que habitam minha mente para me encontrar em cada um deles. E assim, os dias se arrastam enquanto as semanas voam. Sinto-me estagnada no tempo, presa nos minutos, inalcançável ao mundo que gira lá fora, longe de qualquer toque da socialização cotidiana.
sexta-feira, outubro. 14:41.
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dreamwithlost · 2 months ago
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TÔ DE VOLTA
+ Desabafo + Fofocas
OI MEU AMORES, ADIVINHA QUEM VOLTOU? Sentiram saudades? Pois eu sim, mds.
Esses dias parece que me afundei em um poço mais fundo do que aquele que já tentava tanto sair, e isso acabou afetando minha capacidade de socialização (?), sei lá, eu não tinha tempo para entrar em minhas redes sociais direito, e quando tinha, só me dava ansiedade em pensar de entrar do WhatsApp ou Tumblr???
Para vocês terem noção, sai esse fim de semana com um amigo muito querido meu, pois havíamos combinado faz tempo, e odeio desmarcar coisas, mas cara foi TÃO CANSATIVO, tipo, sei lá, ter que conversar, rir, apesar de sempre me sentir muito confortável ao lado dele (uma das amizades que mais amo), eu só queria chorar e ir pra minha cama (Estar sem interagir tanto com meus amigos, inclusive com a Sun, me deixou tristonha mais ainda, te amo Sun). Foi aí que percebi que estava me afundando novamente, fora alguns vícios ruins que eu tinha e voltaram, e coisas autodestrutivas.
Acho que por isso tô tentando voltar, e tô aqui desabafando (algo que faz um tempo que odeio fazer, literalmente sai da terapia por causa disso, mas vou voltar!!!)
Mas então é isso, espero que não tenham se esquecido de mim 😭😭😭
E gostariam que me dissesem... O QUE EU PERDI ESSES DIAS? QUAIS SÃO AS FOFOCAS DE VOCÊS??? E DO TUMBLR???
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lostoneshq · 7 months ago
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Notas OOC antes da leitura:
Vocês ainda podem e devem jogar na parte I do evento.
O evento encerra, oficialmente, no próximo Sábado, dia 20/04, às 23h59. Usem os próximos dias para continuarem as suas interações e, se quiserem, abordarem o que aconteceu no plot drop em interações novas.
Vocês podem fazer interações após o baile: no dormitório, em suas casas, onde quiserem... Contanto que não se precipitem e façam nada "no dia seguinte", até porque o evento vai ser finalizado junto com uma orientação sobre os ânimos no Reino dos Perdidos após o que aconteceu.
Qualquer dúvida, perguntem na inbox! Mas como sabem, o divertido é ter mistério, então algumas coisas não serão respondida propositalmente ;)
Espero que gostem!
WELCOME FESTIVAL capítulo 1, parte 2: os caídos e os escolhidos.
Você estava no salão de baile, no Palácio da Magia, quando tudo começou a ruir. E se eu falar que foi literalmente, você acredita? Calma, respira. Eu vou narrar a história direitinho... Não é isso que eu tenho feito? Eu diria que sou incrível contando histórias! Melhor até que— Enfim... Onde estávamos? Ah, sim...
Você está no salão de baile cercado de seus novos amigos — se é que você pode chamá-los assim... Só se passaram cinco dias. Você se diverte ao som da trilha sonora de Bridgerton, digo, ao som da orquestra mágica que tem ritmos muito parecidos com músicas populares do seu mundo. A comida é incrível, a bebida não acaba nunca... Esse baile é definitivamente o melhor open bar da sua vida.
Você decide ir até o jardim e interagir com as estrelas. Você sabe que elas não só deixam cair o pó delas em você e iluminam o seu caminho, como elas também cabem na sua mão? Elas descem lá do céu, não como bolas de fogo destruídas, como pequenas formas geométricas que você está acostumado a usar para representar estrelas.. E elas deitam na palma da sua mão. Brilham, brilham, brilham... Até se apagarem, como se tivessem ido dormir. É um momento lindo, essa conexão entre um humano e uma estrela.
Então é claro que você estranha quando chega no jardim e elas não estão por aí, caindo ou piscando no céu. É onze da noite, de acordo com o relógio da Fada Madrinha que deu onze badaladas há pouco (essa é uma informação importante, mas você não vai descobrir o porquê hoje). As luas são tudo o que você vê lá em cima, e você não sabe se isso faz parte da magia do local ou se as estrelas desaparecendo significa algum tipo de mau presságio. Você procura alguém que possa saber a resposta e encontra aqueles figurões importantes da Academia da Magia olhando para o céu espelhando a sua confusão. A forma que até Merlin parece aturdido gera certa comoção, claro que gera... Aos poucos, perdidos e habitantes clássicos se aglomeram no jardim; todos olhando na mesma direção.
"O que está acontecendo?" Você escuta a voz de uma mulher. Ao se virar na direção dela, percebe que se trata de Chapeuzinho Vermelho. Você a conheceu mais cedo, na Socialização. A avó dela também.
"É um aviso." Merlin responde, mas ele não dá nenhuma explicação; nem quando a Rainha Legítima, Guinevere, pede por uma.
"Todos para dentro." Merlin pede uma vez, você não sabe dizer se ele está bravo ou calmo. Nervoso, provavelmente. Ele levanta a voz na segunda: "Dentro. Agora."
Com tantas pessoas presentes naquele baile, as ordens do Grande Mago acabam sendo um pouco... caóticas. De repente, você está pisando no vestido de Elsa, tropeçando em Robin Hood e empurrando os pombinhos Romeu e Tadeu. Isso sem falar na Astrid que acabou de te dar uma cotovelada que com certeza vai deixar um roxo.
No fim dá tudo certo, porque a magia do reino é forte o suficiente para que o lugar esteja em expansão à medida que vocês se acomodam de volta no salão. É uma sala infinita, algo digno do País das Maravilhas. Aliás, você encontra o Chapeleiro Maluco procurando o chapéu dele que caiu na confusão e pensa se deve ir ajudar.
Você não tem tempo de ir porque primeiro, há um estrondo. É como o início de uma construção ruindo. Depois, o céu clareia. Não como o amanhecer, mas como se estivesse pegando fogo. Você fecha os olhos quando o clarão de luz atinge o salão de baile. O estrondo se torna tão forte que você precisa cobrir os ouvidos...
Então vem o silêncio. Todos olham ao redor, procurando por qualquer sinal de que algo mudou. E o engraçado é que, aparentemente, nada mudou. Tudo permanece o mesmo e até as estrelas voltaram a brilhar. Você vê alguém perguntando ao Dr. Frankenstein se "isso é um fenômeno científico", mas nem o cara da ciência desse mundo consegue responder.
"Pride Lands..." Você escuta a voz de Nala. Os olhares dividem-se entre ela e Merlin, porque é com o feiticeiro que ela fala. "Foi Pride Lands, não foi? Eu consigo sentir..."
"Me desculpe, Nala..." Merlin estende a mão, mas a mulher recua.
Simba e Sarabi carregam o mesmo pesar em seus rostos e até Scar respira pesadamente.
"O que está acontecendo, galera?!" Jane Porter repete a pergunta de Chapeuzinho Vermelho mais cedo.
Você procura as faces dos outros figurões daquele mundo que talvez tenham respostas também. Arthur, Guinevere, Morgana, Fada Madrinha, Jafar, Glinda, o tal Feiticeiro aleatório... Mas ninguém mostrar entender. Ninguém além de Merlin e Rumpelstiltskin, que partilham o mesmo olhar.
"O reino de Pride Lands caiu, destruído pelas forças que estão mexendo com esse mundo." Direto ao ponto — você talvez começasse a gostar mais de Rumpelstiltskin por isso. "Não há nada que possa ser feito."
"Nós não sabemos ainda." Merlin intervém, mas você não sabe se pode confiar no cara. Todo poderoso, né? Então cadê as soluções? "Mas, sim. O reino de Pride Lands—"
"Haviam pessoas lá!" A grande rainha-mãe Sarabi interrompe. Ela pode não estar em sua forma de leoa agora, mas se porta como uma. "Você prometeu que elas ficariam seguras. Você prometeu que o nosso reino—os nossos reinos estariam seguros!"
"Isso é maior do que o meu conhecimento, Sarabi." Merlin ergue o tom com ela. "Estamos tentando. Estou tentando." Antes da sua aventura naquele mundo, você nunca imaginaria que deuses poderiam ficar nervosos e serem vulneráveis... Mas, é claro, você nunca leu Percy Jackson; uma falha de caráter sua.
Sarabi deixa os ombros caírem e recua. Merlin se volta na direção de Lancelot, o chefe da Defesa, e dá uma ordem simples: "Procurem por sobreviventes em Pride Lands." Depois, ele olha para Morgana, referindo-se à Academia: "Aumentem a proteção nos outros reinos. Usem a magia escondida."
Magia escondida? Epa, calma! Assunto para outra hora!
Você não sabia que pessoas haviam sido deixadas para trás nos reinos, até porque esbarrou com vários desconhecidos-figurantes-aleatórios por aí. Mas faz sentido que alguns tenham ficado, é claro, porque os reinos não poderiam ser abandonados... E você aprendeu que, embora os grandes livros foquem em alguns nomes específicos, o Mundo das Histórias é rico em magia, em histórias individuais, em vida... Pessoas nasciam lá, cresciam lá, tinham vidas à parte das história da Branca de Neve e da Rainha Má, do Robin Hood ou de Howl.
Conforme a Defesa e a Academia começam a agir sob as ordens de Merlin, um grupo partindo para cada lado, o Rei Legítimo se faz ouvido. "Todos vocês: vão para as suas casas! Não se preocupem quanto a sua segurança, há uma barreira protetora nesse reino e nós providenciaremos proteção para todos os outros. Por favor, descansem! O nosso trabalho não irá cessar, mas Rumpelstiltskin estava certo, por mais que eu deteste concordar com um lagarto das trevas." Rumpelstiltskin dá o dedo do meio para o Rei. Você definitivamente tem um favorito. "Não há nada que vocês possam fazer agora."
Você aprendeu em seu curto tempo naquele mundo que a palavra de Merlin é essencial, mas a de Arthur é lei. Pouco a pouco, as pessoas ao seu redor começam a se dispersar; cada uma mais chocada que a outra. Muitos param para desejarem as suas condolências a Nala e Simba. Se você não vai dormir esta noite tentando digerir tudo o que está acontecendo, imagine eles: um rei e uma rainha sem um reino. Sem os seus súditos.
Antes de sair do salão de baile e voltar para o Centro de Contenção de Crise pelo mesmo caminho iluminado que o trouxe até o Palácio da Magia, você escuta algo que não deveria.
É a voz de Peter Pan. Ele conversa com alguém.
"Algo aconteceu no outro mundo também. O que Nala sentiu, eu também senti. Mas sei que não foi sobre a Terra do Nunca."
"O que pode ter acontecido?" Você não reconhece a voz, mas chuta que é Clarion pelo tom.
"Não sei! Não é como se eu pudesse sair daqui e descobrir, não é?" Ele está amargurado por isso, é nítido.
"Não, Peter, você não pode. Mas eu conheço algo que pode." Com certeza é a Rainha da Fadas, sempre disposta a resolver problemas... Menos os do seu relacionamento, pelo que as más línguas dizem. "Não fale com Merlin sobre isso. Não fale com ninguém. Não queremos piorar a situação e causar ainda mais caos."
Bom, você sabe! Que engraçado, não é? E o que você deve fazer com essa informação? Engolir e fingir que está tudo bem? Mais uma vez, você tenta sair do Palácio, dar o fora dali de uma vez por todas para pelo menos tentar pensar no que fazer, mas algo o impede.
Você sente uma dor aguda na palma de sua mão, como se alguém estivesse cortando a sua pele. Você grita, mas ela não para. Ao olhar para a sua mão, você vê algo escrito. Uma única palavrq rasgando a sua pele.
"Escolhido."
Ela desaparece logo depois que você lê, mas a dor permanece pelo resto da noite.
Mais tarde, você descobre que não é o único que recebeu uma tatuagem demoníaca do além. Seu colega de quarto e os outros perdidos com quem você se comunicou também. Todos concordam que não devem falar com Merlin ou os outros figurões sobre isso: vai que decidem colocar a culpa em vocês ainda mais que já estão fazendo!
Mas todos vocês foram marcados.
Todos vocês foram escolhidos.
Escolhidos para o quê?
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be-phoenix · 7 months ago
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Um poeta de vagas horas, em que as horas são atropeladas por pensamentos, que em meio ao caos e a ansiedade externa, tenta se manter calmo sem se perder de si, na minoria das vezes esse esgotamento é perceptível, na maioria é uma máscara de normalidade bem enfeitada, o mistério dos meus passos talvez nunca sejam revelados, destinado em tempos a me ocultar através de uma criatura mítica, vago pelo mundo não em busca de reconhecimento, vago em busca da paz e da tranquilidade que tantos esqueceram, alma divagando em compreensão, divergindo pensamentos, esse segundo já não é o segundo que passou, entre tantos viajantes, poucos portos seguros, entre tantos destinos, poucos extraordinários, entre tanta socialização, pouquíssimo entendimento, procurar sentido onde quer que seja ou esteja, é não fazer sentido algum, e ainda assim vivemos.
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