#ruins of Entrada
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Cast of ROE, GACHA EDITION
(Cause I was bored lol)
I just made the girls since the boy characters always came out weird so enjoy these
Update: I made Ben too lol
#ruins of Entrada#my ocs#Hadria roe#Kiara roe#Heathera roe#purple girl is Hadria Lantis#green girl is Kiara Lantis#and red girl is Heathera Barlowe
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Betreten verboten by Pascal Volk
#Alt-Hohenschönhausen#Berlin#Berlin Lichtenberg#Europe#Germany#Sportforum#Ruine#Ruins#Betreten verboten#No entry#No trespassing#Entrada prohibida#NATO-Draht#S-Draht#Klingendraht#Bandstacheldraht#Razor wire#Barbed tape#ruina#decay#Verfall#abandoned#verlassen#Verwahrlosung#dilapidation#desaliño#Canon EOS R7#Pentacon 2.8/135#135mm#M42
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Tate Langdon x Male Reader
"Doente"
• Série: American Horror Story - Murder House
• Personagem: Tate Langdon
• Gêneros: romance e terror/dark
• Sinopse: você está cansado das ameaças, das brigas por motivos idiotas, dos gritos e, principalmente, dos segredos. Apesar de estarem juntos, você sente que não o conhece. Mas, no fim das contas, a omissão é o que os une.
☢️ Avisos: morte, sangue, violência, "suicídio" (as aspas farão sentido) e relacionamento tóxico.
• Palavras: 1.5k
1° pessoa - passado
Tate Langdon era um poço, e em suas profundezas existia algo profano, tão medonho e estranho que ele se sentia na obrigação de esconder.
Seus esforços em me afastar da verdade sombria diziam respeito às suas falhas tentativas de me manter por perto.
Ele afirmava ser melhor assim. Tate falava que tudo o que fazia era para o bem do nosso namoro.
Mas a verdadeira praga que nos afligia eram os seus segredos. Se o que ele omitia não rompesse com tudo, sua falta de confiança iria.
Nosso relacionamento era uma árvore em seu leito de morte; na ausência de folhas para o vento levar, com os frutos podres e as raízes sem a força que já tiveram... o que restava era aguardar a queda.
Mas após tanto desgaste, pegar um machado e acabar com o padecer de uma vez parecia muito mais apropriado.
Afoito, eu descia as escadas, ignorando a existência de alguns degraus, pulando vários deles para chegar mais rápido ao meu destino, que, no caso, seria qualquer lugar longe de Tate.
— M/n, espera! Por favor...
O loiro me seguia e eu fingia não o ouvir. Mas se tornou impossível ignorar os sentimentos quando ele me alcançou no hall de entrada, segurando meu pulso.
Seu toque me irritava, sua voz me magoava, o simples fato de ele existir ali, na minha frente, era o que me incomodava.
— O que você quer? – puxei meu braço para longe de suas mãos e enfrentei seu olhar marejado. — Já não fez o suficiente estragando o que a gente tinha?
Tate não era uma boa pessoa, eu sabia disso. Ele falava coisas esquisitas às vezes, algumas até compartilhávamos juntos, mas o limiar dos problemas trincava as pétalas, e as flores, que um dia foram belas, murchavam.
Mesmo com suas facetas ruins marcadas em mim, eu o amava, e proferir o contrário seria tão desonesto quanto afirmar que eu estou bem com essa situação.
— Você não quis dizer isso. – ele murmurou em um fio de voz. A respiração dele estava pesada, seu peito subia e descia sem uma pausa descente. As lágrimas escorreram e ele nem percebeu.
Eu conhecia muito bem esses sinais...
Tate vai explodir a qualquer momento, e eu poderia desencadear essa crise se prosseguisse com a discussão.
— Ah, eu quis sim! – me aproximei de seu corpo estático. — Eu não te conheço, Tate! Não sei quase nada sobre a droga do seu passado! Apesar de gostar muito dos nossos momentos juntos, eu não posso ficar com alguém que esconde as coisas de mim!
Eu era dependente dele.
— Porque eu sei que você vai me abandonar se descobrir, porra! E eu não conseguiria viver sem você... Entenda que isso é por nós dois!
Mas ele era muito mais dependente de mim.
A diferença é que estou tentando mudar, e Tate não conseguia.
— Se esse segredo é tão ruim ao ponto de poder me afastar de você, então por que não terminamos de uma vez?
— Você é a única coisa boa que já me aconteceu, eu não posso te perder! – Tate se aproximou, mas eu recuei. Ele me encarou com seus olhos vermelhos e inchados, mágoa e frustração brilhando feito lume em seus sentinelas.
— Você já tá me perdendo, Tate.
Me segurei tanto... Precisei me manter firme.
Um terremoto interno balançava o meu emocional confuso. — Feito o trouxa apaixonado que sou, vou te ver como persuasivo e misterioso, mesmo você não passando de um puta mentiroso manipulador!
Era um alívio enorme jogar tudo para fora, mas tão revoltante e lamentável saber que cheguei ao ponto de precisar expurgar coisas que não deviam existir.
Como aquele amor inexplicável, que não deveria passar de repúdio incondicional.
Eu não devia amá-lo, mas amava, e isso me matava.
Tate não expressou nada em palavras. Nós nos encaramos em desavença, e assim como eu, ele parecia sufocar em um turbilhão de pensamentos.
A primeira reação do loiro foi agarrar o meu braço e me puxar de volta ao andar de cima. Tentei me livrar de seu aperto, puxando meu braço na direção oposta à qual era guiado, mas Tate ignorou meus protestos, firmando seu toque a cada tentativa falha de me desvencilhar.
— Qual é o seu problema?! – minha voz soou em níveis estridentes de revolta.
— Vários, mas isso não vem ao caso. – um pouco a frente, testemunhei o olhar vazio de Tate em mim. — Vou revelar pra você o que tanto quer saber.
Talvez eu devesse sentir medo ou possuir algum tipo de receio, mas a satisfação foi o que prevaleceu.
. . .
Espaços escuros me incomodavam, mas o que verdadeiramente me causou calafrios nesse lugar não foi o fato de não conseguir enxergar as coisas ao redor. O sótão era o cômodo, dentre vários outros, que mais me trazia sensações ruins na casa. Eu sentia presenças aqui, não somente a de Tate.
Eu sabia que com o loiro também era assim, mas ele não encarava a situação como eu.
De manhã, o encontrei conversando com alguém por aqui. De acordo com as palavras que ele utilizava e com seu tom de voz, Tate estava dando bronca em uma criança. Quando subi, ele havia ficado em silêncio, me encarando assustado. Não tinha ninguém com ele, mas no fundo da sala, onde se acumulava entulho e a escuridão era abundante, ecoava o som de correntes sendo arrastadas. Tate inventou uma desculpa suja, e foi naquele momento que eu percebi que o buraco era muito mais profundo.
Foi esse o motivo da nossa briga antes de ele me trazer aqui novamente. Imaginei que, para esclarecer todas as interrogação que rondam minha cabeça sobre ele e as coisas que ele sabia sobre essa casa.
Tate puxou o cordãozinho da lâmpada, deixando o ambiente um pouco iluminado. Ele não proferiu nada. Nós dois estávamos próximos, compartilhando o silêncio.
Os olhos de Tate pareciam profundos, completamente indecifráveis. A luz era fraca, eu tinha apenas o contorno de sua face em evidência. Ele permaneceu mudo.
Está tentando me assustar? No máximo, conseguiu me irritar ainda mais. Sentia que estava perdendo o meu tempo.
— Desembucha, Tate! – ele engoliu a saliva como se fosse areia. Parecia estar criando coragem para algo. Novamente, longos minutos de quietude torturaram minha mente ansiosa. — Se você não tem nada pra dizer, pelo menos avise, aí eu saio daqui e faço questão de nunca mais olhar na sua cara. – como um disco pausado, o desgraçado permaneceu na teimosa imobilidade. — Que inferno, Tate! O que você quer? Se for a mim, sugiro que abra a porra do bico!
Todo o frenesi que se seguiu eclodiu em segundos, mas para mim, perdurou em demasia.
Tate estava em meu rosto, na minha camiseta, escorria por meu corpo. Seu sangue jorrou em gotículas violentas. Sentia o gosto ferroso nos meus lábios. O vermelho domou minha visão, estava por todos os lados.
Tate havia tirado um canivete do bolso. Eu não consegui reagir, não me dei por mim, e quando dei, era tarde. A lâmina refletiu nos meus olhos, o brilho dela me cegou, e na piscadela seguinte, ela já havia sumido.
Estava dentro de Tate. O loiro perfurou o próprio pescoço. Com a mão firme no cabo de madeira, ele arrastou o objeto cortante por toda a extensão de pele fina, rompendo os músculos, destroçando a carne, fazendo o fluido rubro vazar em abundância, se afogando com sangue e me encharcando de si.
Eu não pude fazer nada, e não sabia se podia. O corpo dele estava estirado no chão, bem no centro de uma piscina com o líquido perdido. Os olhos dele permaneceram abertos e exalavam a mesma energia de quando ele estava vivo, há segundos atrás. A luz fez uma cópia de mim em seu sangue, via o meu reflexo no vermelho.
As lágrimas preencheram meus olhos e tudo se tornou um borrão. Meus órgãos tremiam. Senti meu intestino formigar, como se minhas tripas estrangulassem o meu coração. Tudo queimava. O ar não inchava os pulmões e meus lábios estavam secos; foi o que antecedeu o grito que subiu pela minha garganta, surgindo das profundezas, vindo de um lugar que eu não conhecia.
Toda a agonia, desamparo e impotência atravessaram o corredor da fala, deixando rastros de chamas, fazendo arder.
A dor era tanta que me fez perder a voz, e no lugar do brado, predominou o clamor mudo.
— Tate... – proferi seu nome quando tive as forças necessárias para agir. Me sentei no piso, colocando a cabeça do outro garoto no meu colo. Não sabia o que fazer, minha mente estava presa em um vazio assustador. Senti as lágrimas descerem sem pausa.
— Agora você sabe. – a voz conhecida veio por trás. Me virei e encontrei Tate, em pé, e ao voltar os mirantes para o corpo ensanguentado, ele não estava mais lá.
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Sean bienvenidos japonistasarqueológicos, a una nueva entrega de arqueología nipona en esta ocasión os hablaré del castillo de Sunpu que se encuentra en la ciudad de Shizuoka, en la Prefectura de Shizuoka. - El castillo de Sunpu, fue en el lugar en donde vivó, Ieyasu Tokugawa en los siglos XVI-XVII, donde pasó sus últimos años de vida, las ruinas de las torres del castillo que se construyeron con diferentes métodos de construcción durante el período Sengoku y el período Edo. - Sunpu Castle Park es uno de los lugares turísticos representativos de la ciudad de Shizuoka es un parque que utiliza las ruinas del castillo, macizo de flores Aoi lleva el logo de la familia de Tokugawa como proyecto conmemorativo del 400 aniversario de Ieyasu Tokugawa. El área está bajo excavación, se encuentra en la zona noroeste y se está realizando actualmente la excavación de la torre del castillo. - Hay una parte del castillo que está muy reconstruida y que se puede visitar con un módico precio, dado que el segundo piso y los superiores no se pueden abrir al público debido a la ley de construcción, el piso se quita para que la estructura se pueda ver desde abajo. - La Puerta Este/Tatsumi Yagura, está rodeada por un foso y está cerca de la estación Shin-Shizuoka. La torreta Tatsumi Higashigomon y Tatsumi Yagura están conectadas,el Tatsumi Yagura fue restaurado en 1989 y la puerta este se restauró en 1996. La entrada al jardín Momijiyama está cerca de la puerta norte del parque del castillo de Sumpu. Hay un gran estanque en el centro, y está dividido en 9 áreas que se asemejan al paisaje de Shizuoka con flores de temporada. Hay una estatua de Yaji-san y Kita-san fue construida para conmemorar el 200 aniversario. - En 1585, Tokugawa Ieyasu comenzó la construcción del castillo y en 1588 se completó la torre del castillo Sunpu.Incluso después de que Ieyasu empezará el shogunato de Edo en 1603 y se mudó a Edo, la familia Tokugawa continuó preparándolo.Se dice que es el lugar donde Ieyasu regresó al castillo de Sumpu en 1607, se retiró y murió en 1616 a la edad de 75 años. - Espero que os haya gustado y nos vemos en próximas publicaciones, pasen una buena semana.
Welcome, Japanese archaeologists, to a new instalment of Japanese archaeology. This time I will be talking about Sunpu Castle, located in the city of Shizuoka, Shizuoka Prefecture. - Sunpu Castle was the place where Ieyasu Tokugawa lived in the 16th-17th centuries, where he spent the last years of his life. The ruins of the castle towers were built with different construction methods during the Sengoku and Edo periods. - Sunpu Castle Park is one of the representative tourist sites of Shizuoka City is a park that uses the ruins of the castle, Aoi flowerbed bears the logo of the Tokugawa family as a project commemorating the 400th anniversary of Ieyasu Tokugawa. The area is under excavation, it is located in the northwest area and the excavation of the castle tower is currently underway. - There is a part of the castle that is heavily reconstructed and can be visited for a small fee, as the first floor and above cannot be opened to the public due to construction law, the floor is removed so that the structure can be seen from below. - The East Gate/Tatsumi Yagura, is surrounded by a moat and is close to Shin-Shizuoka Station. The Tatsumi Higashigomon turret and Tatsumi Yagura are connected, the Tatsumi Yagura was restored in 1989 and the east gate was restored in 1996. The entrance to Momijiyama Garden is near the north gate of Sumpu Castle Park. There is a large pond in the centre, and it is divided into 9 areas that resemble the Shizuoka landscape with seasonal flowers. There is a statue of Yaji-san and Kita-san was built to commemorate the 200th anniversary. - In 1585, Tokugawa Ieyasu started the construction of the castle and in 1588 the Sunpu castle tower was completed. Even after Ieyasu started the Edo shogunate in 1603 and moved to Edo, the Tokugawa family continued to prepare it. It is said to be the place where Ieyasu returned to Sumpu castle in 1607, retired and died in 1616 at the age of 75. - I hope you liked it and see you in future posts, have a nice week.
日本の考古学者の皆さん、新しい日本考古学へようこそ。今回は、静岡県静岡市にある駿府城についてお話します。 - 駿府城は、16 世紀から 17 世紀にかけて徳川家康が晩年を過ごした場所です。天守閣跡は、戦国時代から江戸時代にかけてさまざまな工法で築かれました。
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静岡市を代表する観光地の一つである駿府城公園は、徳川家康公400年記念事業として城跡を利用した公園で、葵花壇には徳川家のマークが刻まれています。発掘調査中のエリアで、北西部に位置し、現在天守閣の発掘調査が行われています。
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城の一部は大規模に復元されており、1階以上は建築法の関係で一般公開できないため、床を撤去して下から構造を見学できるようになっており、低料金で見学できる。 。
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新静岡駅からもほど近い、お堀に囲まれた東門・巽櫓。巽東御門櫓と巽櫓はつながっており、巽櫓は1989年、東門は1996年に復元されました。紅葉山庭園の入り口は駿府城公園の北門近くにあります。中央に大きな池があり、季節の花々が彩る静岡の風景をイメージした9つのエリアに分かれています。弥次さんと喜多さんの像があり、200年を記念して建てられました。
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1585年に徳川家康が築城を開始し、1588年に駿府城天守閣が完成しました。 1603年に家康が江戸幕府を開き、江戸に移った後も、徳川家では仕込み続けられました。 1607年に家康が駿府城に戻り、隠居し、1616年に75歳で亡くなった場所といわれています。
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気に入っていただければ幸いです。今後の投稿でお会いしましょう。良い一週間をお過ごしください。
#日本#歴史#ユネスコ#城#考古学#遺跡#徳川家康#戦国時代#駿府城#静岡市#葵の花#辰野櫓#紅葉山庭園#大名#静岡県#地理#人類遺産#japan#history#unesco#castle#archaeology#archaeologicalrests#TokugawaIeyasu#Sengokuperiod#SunpuCastle#ShizuokaCity#AoiFlowers#TatsuYagura#MomijiyamaGarden
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What could go good?
Rating: Mature
Warning: oral (f reseving & giving), fingerings, unprotected sex, creampies, smutty- fluff (at the end), breeding, hair pulling, 4 some, slight name calling, i think there's more but i haveth no clue what im missing, MDNI!!!
Category:F/M/M/M
Fandom: Obx (outer banks netflix)
Relationships: Rafe x reader x jj x pope
Not proof read... ...
It had been a long day on the island, from work 2 double shifts on the cut and figure 8 but needless to say I was tired.
Pulling up at the Chateau and ready to fight anyone who dared to ruined my plans to sleep. "Hi boys, where's kie?" The first to stop his tomfoolery was JJ, "Oh she'd handling shit at home, I think it's her mom's birthday or some shit like that." I nod as I head to John B's room to shower, only for him to run in front of me. "No entrada sweetheart. I need the hot water so I can get ready for my date with Sarah."
"No, JB please oh pretty please I've worked for like 48 hours straight; please just let me take a shower please I need this." He sighed "I know, but if we're gonna get the gold you gotta let me be my best looking for dinner with her family tonight." I punched his arm "You asshole, J can we go to your place or is your pops home?" JJ gave me that sad smile before shaking his head telling me everything I needed to know.
"Ohhhh sweet loving Beautiful, handsome-" I was cut off by Pope. "C'mon plus my mom hasn't seen you, and as she stated if she doesn't lay eyes on you soon she's sending out a man hunt." I squeal in happiness, "Yesss we'll be back you asshats." I quickly snatch my keys and give them to Pope.
After a well needed shower some of Momma Havyward's cooking and Pope's clean clothes we headed back to the Chateau for my well deserved sleep. "Oh pops asked me to drop some stuff off at the Cameron's." Laying in the passenger seat I just nodded my head and close my eyes.
I had woke up to the sound ot tapping on my window. With annoyance on my face I rolled it down. "What can I do for you in this fine day Rafe?" He smirks at me "Well well well few of my friends besides Topper are throwing a party, and we'll here's a special invite for you to come." I look for a sign that he is telling a lie. "Oh Rafey you know the only way I'd come is if yhe crew can too, but that's not all you are here for is it."
"No, no it's not Y/n, I wanna take you out a day before the party on Friday night, just one date." Smirking at him I rolled my window up, but only for him to keep tapping. "Please I'll promise to act like a good boy the whole time." He begged at me with hopefull eyes. "Fine one date Rafe, anything goes wrong I'm leaving." He rubbed my cheek "Don't worry I'll treat you like the most perfect princess ever."
Before he could try anything else, Pope came back and was ready to go. "Yo everything good here?" He asked as he got back in the car. "Yeah everything goods here we can go home." I say as I roll my window up. "Are you gonna tell me what that was because it looked like some weird shit was going down." I shook my head nothing, its fine lets go home cause I'm tired."
As the week progressed I got more and more worried about this date, but it was to late to back out. The girls were helping me get ready for this date. "I swear Y/n if he tries any thing I will kill him with my bare hands." Sarah said with a serious look on her face. "Oki I believe you." We, mainly the boys thought I should get ready at the Chateau so they can help me with my outfits. Hell JJ was on his knees begging fore me to cancel my date with Rafe, so was Pope; however tonight they are more quite then two common house rats.
Every single dress, shirt, skirt, hell even shoes were not up to their standards. It was now an hour before and I have not one decent outfit, cause of those two. "Fuck it JJ, Pope outside now!" I stormed out with them both hot on my tail. "Y/n slow, fuck slow down." "How does she have the shortest legs out of all of us and walk so fuckin fast." Pope says as they are trying to keep up with me. "WHAT THE HELL IS WRONG WITH YOU TWO, YOU BOTH KEEP FUCKING UP ME GETTING READY!" I yelled as I stopped and turn to them. "Its just that we don't think you should go out with him Y/n, like seriously, he's a kook and a Cameron not to mention!" JJ exclaimed while Pope was trying to catch his breath. "Oh really, so Rafe is bad news but Sarah whos also a kook and a Cameron isn't bad news for the crew. Fuck this I'm going home and getting ready there you hypocrites!" I say as I stormed off to my house and finish getting ready by myself.
Rafe came and got me at 8 sharp and treated me like the most perfect princess ever. "So, do you want dessert or do you wanna go to part two of your date?" He asked as I finished my second glass of Stella wine. "Is it possible to get dessert to go?" I ask with a soft smile on my face. "Sure thing pretty girl. Get whatever your little heart wants.
Once we got to the open field with a cute almost drive in movie set up. "I, how did you know." He got out and opened the door for me. "I may or may not have asked Sarah for help." I reached on my tippie toes and kissed his cheek thanks for this really.
Rafe pulled my body close to his and kissed me deeply before making his way to my lower neck. I moan lightly and manage to get out "Rafe I." He rubs his thumbs over my hip bones. "Is that...this something that you want, we don't have to do anything but watch the movie I promised to be a good boy and treat you like the most perfect princess." I rest my head on his chest pondering in thought. "Rafe I've never had sex before." I say shyly
I feel his hands slide up and down my arms "I can change that if you let me." I look at him with gentle eyes and nod my head. "To be fair I didn't plan for us to have any sexual activities so I'm just gonna treat you and worry about me another time." He says as he leads me to the cute tent he had setup for us to watch the movie in. He begins to leave love bites on my neck "your mine for tonight" I whimper,as he lays me bll down and unzips my skirt. "I've been wanting a taste of you ever since you walked out your front door" Rafe slides the skirt down along with my underwear. I jumped slightly at the cold air hitting my freshly shaved, now wet and needy pussy. He pushes a finger inside and I moan "Can I add another one?" He asked with pleading eyes I nod my head "Y-y-yes give me more." Rafe hoverd over me but looks down as he pushes another one inside. Once he had set a good steady pace I moan out and squealed as the pleasure was buliding up "fuck don't stop, harder please Rafey" he removes his fingers, licking them clean and I whimper at the loss of contact.
I was about to protest but he connects his mouth with my pussy "fuck" he giggles and it sends vibrations through my entire body."You like that baby?" I nod my head and push his head down further "uhhhh I'm almost there, oh Rafey." My legs begin to shake and I cry out but he continues, letting me ride out my orgasm.
Once I come down from my high he starts the princess and the frog while tending to my needs. "I hope that was everything you wanted." He says before laying next to me til we both fell asleep. The next morning he took to my house to get ready for work and waited on me as well.
"So how was your date?" Kie asked as we bussted tables til the boys came in. "It was like so perfect, Kie." JJ grabbed a fry from my plate and aimed for it to go in my shirt "So future kook princess are you going to the party?" "Yes, JJ I am and so is everyone else." I say as squirt ketchup om his nose. "And never call me that again." He wiped his nose on my cheek. "Sure thing lil lady."
We burst out laughing before I gave him the rest of my food. "Soooo Y/n looks like we'll be in-laws." John B steals a fry off the plate I once had. "We've not discussed if we were officially official yet." "Yeah, probably in a new girl already." Pope says out of poket "Whoah bro what the actual fuck" Jj and Kie smack him at the same time. "I'm sorry but he's a kook and I stand on and behind not liking him."
Over the next few months Rafe would come hang out with the pouges and I at the beach and even a few parties at the Chateau. Just like tonight there was a party at the Chateau it had been like maybe 2 hours into the party when some grabbed me by my waist and pulled me into a deep kiss. I turn around to see who it is but they kiss me before I can say anything else. I moan into the kiss only to be yanked into the familiar arms of my boyfriend Rafe. "Bro what the hell, dude shes with me!" Rafe yelled at the person who kissed me. "Well obviously she liked it." I gasp once I heard those words come out of Pope's mouth. Pulling myself from Rafe's arm leaving to gind JJ and everyone else just incase a fight broke out between Rafe and Pope.
I found JJ first "J, we hey J I need to to help-" before I could say me we could hear people yelling about a fight. JJ and I took off to see Kie, Topper and a random trying to break them apart. "She's mine you pouge get that through your head!" Rafe yelled throwing a punch to Pope's nose. I pushed my way through the crowd with JJ's tight in mine. "Guys plese stop this" I begged and pleaded as i went to break them up only to get hit on the cheek by Rafes elbows.
"Alright party's over everyone out right now!" JJ yelled coice laced with venom. Within 10 mins everyone was cleared out. Kie went to find JB and Sarah, leaving me with JJ, powp and Rafe. "Alright wanna tell me what the fuck was that Pope." Jj asked getting me some fozen peas fir ny face. "You idiots could have seriously gitten hurt and if im the one tmdoing the parenti g we've hut rock bottom. "Look j, pope kiss Y/n, my girl I felt that evey lick he got from me was well deserved." Rafe sighed before holding his head down. "Look I'm- I'm so sorry, I couldn't help it. I'm sorry." Pope said before storming out.
Well that was weeks ago I've done my best to avoid everyone including Rafe. "Aye, Y/n we gotta talk." Kie says as she pulls me in The Wreck right before my shift stared. "What Kie, I just wanna do my shift and go home." Ju
"Just, just listen to me. We miss you jj and JB have been giving Pope hell, please just comeback." She begged. "Kie things are weird its nit like how when jb kissed you." I say as I start start working my shift.
"Table for 3 please." I hear out of Pope's mouth to see JJ and Rafe right behind him. "Get Kie to set you 3." "Yo Kie Y/n is ending her shift lil early and I'll you 500 on the spot." Rafe stated handing her 500 dollars on table and lead me his range rover with the other 2 following close behind. "What, whats happening?" I stop and turn to the three boys staring me down. "We are gonna talk and discuss some things sweetheart, that's all." JJ says in a soft tone, "Now get in princess, please." I get in the car first with the 3 boys right behind me. Rafe put his hand on my thigh. "Everything's good I promise." Rafe state as he pull into his drive way.
"We just, God fuck ok so... all 3 of us like you in a romantic way." JJ says grabbing at his har as we sit of the front porch. "Yea and we couldn't have a conversation without you, that is until Pope here suggested we share you romantically that is." "Wait please explain." I say look between all 3 boys. "Pope sits up ready to explain. "We fuck, we love you and we put up with each other and we all love you like the beautiful queen you are." I stil there in shock. "So what, what do you think?" Rafe asked with an eager look on his face. "No, no fighting over me, we communicate and I say when things get to much for me, yea." I say nodding my head.
After our I long talk we ended up in One of the guest rooms. The one thing we cabt decided on is who gets to taste this sweet pussy of yours first." Rafe said with an evil smirk on his face. I roll my eyes "bullshit and you kno who's first." Rafe stops smirking and turns to me with his hand around my neck pullingbmy close to his face. "Eatch your mouth princess" I glare at him "I can say whatever I fucking want to say because you're not my dad soooo."
He turns to JJ "You wanna handle this?" JJ walks and stands in from onto me "That's no problem." He stalks up to me even more "Watch your mouth, lil lady. " I roll my eyes "make me!" he chuckles "I have many ways to make you but I'll say it for the last time watch your fucking mouth." I cross my arms with a smirk on my face. "And I said make me." he smirks "Oh I will don't worry." He grips my waist "I'll fuck those manners out of you if I have to" I laugh "yeah rig-" he cuts me off by kissing me intensely.
I moan "mmm" he pushes my skirt up and connects his mouth with my thighs before he uses two of his fingers amd slowly slide them in my pussy "Oh my goddd." He chuckles and it sends vibrations to my pussy "Yesss" I push his head down and I squeal "fuck J" he smacks my thigh "Watch your mouth." He pushes his two fingers inside of me fast and I cry out "I'm gonna cum" he immediately backs away and before I can protest Pope walks up with a weird looking vibrator."This is a magic wand and it's works wonders but for you it's gonna make you cum over and over again until you can't take it anymore, until you learn your manners."
I begin to back in to the top of the bed but I feel arms wrap around me and I see strands of blonde hair "I thought we went over the rules already, hmm?" I roll my eyes and I feel a stinging sensation on my ass "Don’t try me babygirl, I'll do way worse then that vibrator." I get lifted to end up skin tio skim with Rafe as he holds me in his lap with my legs spread wide. "Go ahead Pope, she's not going anywhere" Pope chuckles "Should I turn it all the way" JJ looks down at me "Should he put it on it's highest setting, lil lady?" I open my mouth to answer but it's replaced with a moan "holy shit" Rafe yanks on my hair "Watch that mouth of yours princess." The vibrations become more intense within every minute or so, I squeeze my eyes shut and orgasm. "You can cut it off I'll take it from here" JJ and pope leave the bed room and Rafe smiles at me "You look really beautiful princess, by the time we're done with you your gonna be a fucking mess...a moaning non speaking mess." He climbs on top of me "Are you ready for me to do this?" I nod my head "Yes Rafey" he chuckles "Okay."
He thrusts into me leaving me no time to adjust to his size "Yess babe right there" he wraps his hand around my throat and squeezes lightly. I wrap my legs around him "Please go harder" he slows down "Bad girls don't get rewarded" I pout and he leans down to kiss me then he bites my bottom lip. pHe begins to rub my clit and the pleasure becomes intense "you gonna follow your rules princess" I nod my head "yes" he smacks my inner thigh "Yes what, princess? " I moan "yes daddy." He begins to thrust into me at speeds unknown "you gonna be my good little girl hmm?" I nod my head "Yesss yesss I promise." He moans "Fuck your so tight." I run my nails down his back leaving marks "I'm gonna" I make noises that I didn't know I could even make then I blank out.
I thought we were done until JJ and Pope came back fully naked and noticeable hard."Look at her," Pope laughed mockingly from where he was standing. "Pope I got her pussy, you take her mouth." Pope walked closer to me with my mouth wide open, thrusting his dick in and out of my mouth, both of his hands in my hair. "She loves taking our dicks so much, J. Insatiable little thing."
I heard Rafe give a small chuckle of his own from behind me, still holding me like a rag doll. JJ thrusts his hips faster while Rafe took the vibrator and put it on my clit with the highest setting. At some point Rafe ended up being in me as well with his own cock thrust in and out of my pussy at a faster speed. Causing me to jerk forwards and gag a little on Pope's dick, making all 3 men laugh. My cheeks heated up in embarrassment, but, ultimately, I'm enjoying myself. "She's so fucking wet, boys" Rafe cooed, smoothing his fingers across my nipples, causing JJ grasping her hips to slam her harder back into him. "She's making a mess. Drenching me and the bed."
"Stupid slut," Pope spat, taking his cock out of my mouth and running it across my swollen lips. He smacked it lightly across my faces, smearing my own spit around my delicate skin. "Gets wet over being used by her three boyfriends." "Mhm, please," I manage to mutter.
"What do you want, our sweet girl ?" Pope hissed as jerked himself to the way JJ and Rafe were fucking into me "Want your cock, Pope." I whimper out andfeel their non stop thrust speed up more. "Good girl, baby" Rafe murmured and squeezed your cheeks with his strong fingers so you pouted, then he dug a little deeper and caused a pain that made your mouth fall open, your tongue sticking out for him. "Take it like a good slut, Y/n."
I accepted Pope's cock back into my mouth, loving the heavy weight of it on my tongue whilst Rafe kept rammed into me from behind. I felt JJ cave a little over me to press kisses at my neck, causing me to shiver from the chain dangling from his neck.
Rafe took the chain in his hand lightly and pulled JJ into a kiss over my head. Some how JJ managed to slam into me harder now, the wet sounds filling the house and making me blush. Their large cocks were hitting spaces that I didn't even realise existed and I whined around Pope's dick who laughed as he had the look of amusement across his face as if he weren't being sucked off. "Pretty little slut," Rafe growled and then his fingers drifted to my clit. "You wanna cum? Gotta make us cum first, bunny."
JJ stopped being over you, proceeding to slam mercilessly inside of me. "Look at her tits bounce," Pope mentioned, "So fucking hot." "Mm," Rafe murmured, "I have a good view of them from back here. So nice and round." "Could use her all day," JJ agreed, "These pretty little lips are amazing."
"Once we've came, you should try her back here, she so fucking thick and so good." Rafe said, and I whimpered at the degrading comments they were sharing, as if I weren't even here. "She's practically clenching around my cock with every thrust. Greedy little cock slut, in't right baby." He slapped your thigh.
"Hmm, maybe I should." Pope hummed and brushed some of your hair out of your face to look down at you, your eyes meeting. "Our greedy little cock slut, Y/n." I whimper as the three of them came in my used holes. I was woren out but some how still wanted and craved for more. "Oh, baby all I have to do is just slide in, fuck so wet and tight for us." Pope say as he slowly slides his dick into my used cunt with me now on all fours.
"Mmm s'big can't take more." I whine out. "Aww c'mon baby take Pope's dick like you took mine, and Rafe's." JJ says as he gently shoves his cock in your mouth. He hears my whimper. smiles and licks his lips. “Pretty, so fucking pretty."
“So good,” Pope groaned as he continue to move in and out of my still full cunt, rolling his hips against mines and working his cock in me. “Fuck yes,” I breathed, and Pope somehow gathered my wrists in one hand, pinning them behind my back. Pope's fingers with his other tightened on my hips, and I watched J's face, contorted in pleasure, mouth open as I sucked his dick like it was my last.
“You look so good making her come,” Rafe managed to murmured, “so fucking hot,” I started feeling that familiar tightness in my cunt as I clench around Popes's dick. “I’m not going to last,” Pope choked out, Wooyoung gripping your head and taking his dick out of your mouth only to thrust it back in faster while, Rafe spoke up. “Let me help,” he reached under me to rub firm and frantic circles against my clit, causing me too arch suddenly in response, with my body trembling.
Pope clung to you, biting out a curse as he started to come, the combination of his frantic thrusts and Rafe's fingers pushing you over the edge again. With your wrists pinned and your hips held in place, I struggled against the three of them as they held me down to ride out my orgasm. Only for JJ to come all over your tits. "Are you okay baby?" I nod my head "Yes I feel fine, I'm just gonna go to the bathroom." As soon as my feet touch the ground I fall but I catch myself on the bed. I look at the three of them "your a fucking incubus or something, I can't even walk" Pope chuckles "I'll carry you."
They all made their way into the bathroom to help me get cleaned up and taking care of my needs before theirs. "I... I really had fun boys. Thanks." I relax in the bath more, "You did wonderful lil lady, plus you're our girl we gotta make sure you're taken care of." JJ says causing Pope and Rafe to nod I'm agreement.
From that point on the 4 of us we inseparable and the whole island knew it too. No matter where I went one or all of the boys were with me when JB, Sahara or Kie couldn't be.
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Thank you for reading! 🩵🩶
-Prettygirl-gabi
@ihe4rttwd @princessbun-ee @rubiehart ....... and many moree....
#obx netflix#rudy obx#obx fic#rafe obx#obx pogues#obx pope#sarah cameron#kiara carrera#rafe cameron#jj maybank#john b routledge#y/n x Rafe#y/n x jj#y/n x pope#obx#obx fanfiction#oneshot
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SITUAÇÃO PÓS DROP
todos os de frase serão para os dias após o caos do pavilhão.
então você pode mandar: inicial de qual char meu você quer + frase ou prompt + um local do acampamento. + 👂orelhinha para ser meu char falando a frase OU 👄 boquinha para ser seu char falando a frase.
*se não tiver a boquinha ou orelhinha, vou presumir que você me deixou escolher o que encaixa mais.
ESCOLHER DAQUI: FRASES OU FRASES OU PROMPT
para os que gostam de plots mais concretos, venho com pedidos abaixo:
para um desses daqui você pode mandar: inicial do char escolhido + número do prompt.
*aos que têm interações com meus chars no evento, estarei encerrando ainda hoje aos poucos. então fiquem à vontade para pedir coisas atuais!
BROOKLYN (@mcdameb)
estava sóbrio e teve uma boa reação de escape, isso não lhe impediu de ter sorte contra aqueles ursos malditos. brook foi encurralado por um unicórnio e um troll e foi MUSE quem lhe ajudou a escapar já que brook não é muito bom de luta. @kretina
após a morte de flynn, brook ficou um pouco abalado pois de tarde tinha até brincado com o semideus no parque. a morte abrupta lhe deu gatilhos sobre a recente morte da mãe e MUSE vai lhe encontrar na madrugada tendo uma crise de ansiedade. @mindkiler
com todos os sentimentos a flor da pele, não ajuda que as pessoas em sua volta também estejam bem inflamadas. então absorvendo todo esse caos ao redor do acampamento, todos esses sentimentos ruins, brooklyn vai acabar usando seus poderes em MUSE. o poder dele é de manipulação de emoções, no momento o que está predominando nas pessoas é o ódio e o luto, então é o que está tomando conta dele. é o que vai descontar em MUSE. (essa tem a chance de fazermos interação ou combinarmos um POV) @luisdeaguilar
MAXIME (@maximeloi)
depois de todo o caos, maxime precisa de um descanso para a mente. não chegou a ver o falecido mas mortes no geral mexem com ele pois lhe lembram da sua missão fracassada. max então vai tomar a poção para o sono e vai dormir. o problema é que ele vai ter pesadelos, algo que não deveria acontecer. MUSE vai encontrá-lo escondido na entrada desativada do labirinto e lhe ajudar a sair dessa névoa caótica do sonho. @misshcrror
max está exausto, está tendo crise de cansaço mesmo depois de tomar a poção e conseguir algumas horas de relaxamento. no meio de uma aula na estufa vai passar mal e as crianças acabam chamando MUSE para que elu ajude max. @onmyknifes
ser aprendiz da magia no meio desse caos é... complicado. max está enfrentando alguns problemas com semideuses querendo descontar nele a raiva sobre a situação. infelizmente estando fraco demais para tentar se defender com mais veracidade, acabou sendo alvo de MUSE 1 (@deathpoiscn). a confusão está sendo tanta que chamou atenção de MUSE 2 e elu vai lhe ajudar a sair dessa. (sim, essa é uma interação tripla. @ JOSH é alguém que está com raiva dos filhos da magia e dos aprendizes, MUSE 2 é alguém que vai ajudar Max a sair dessa confusão)
SASHA (@littlfrcak)
o fogo é um gatilho desgraçado para sasha. tudo de ruim que aconteceu em sua vida envolve fogo. a morte da mãe, sua vingança contra os assassinos dela... e agora esse ataque no acampamento. ele se machucou e só percebeu depois quando tudo já estava calmo, mas foi @d4rkwater que notou e lhe arrastou para a enfermaria. MUSE ficará junto até garantir que sasha, teimoso como sempre, receba o atendimento adequado.
a magia de afrodite se acabando e deixando a mostra todas as cicatrizes foi um dos traumas da noite para sasha. ele confiou que podia dar aquela chance à deusa e não usou seu amuleto mágico que esconde as cicatrizes antigas. acontece que no fim do baile quando a magia foi embora, tudo ficou à mostra. e MUSE viu. agora ele e MUSE vão ter uma conversa sobre isso durante a madrugada. @juncyoon
o fogo deixou para trás não só mais uma nova cicatriz, como também inflamou seus traumas antigos. sasha vai ter um flashback do dia em que quase morreu junto com a mãe na infância e isso, essa sensação de perigo, faz com que sua benção seja ativada e ele usa o poder contra MUSE. (irei explicar mais sobre a benção no seu pv) @thxbellamour
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Bagagens
Não é tão fácil assim sair da vida das pessoas, da vida de alguém. Não é fácil dizer ''adeus ou um até logo'' sem saber se irá voltar. Apagar as memorias e as lembranças? É um sacrifício quando não temos muitas escolhas a não ser seguir em frente e engolir o choro fingindo que nunca aconteceu uma determinada história. Virar as costas para alguém com lagrimas não derramadas? É como sentir uma facada no peito incansavelmente. Os dias são arrastados, coração quebrado, cabeça não funciona como antes, expectativas foram para o espaço e no caminho? Lagrimas no chão e choro preso na garganta. É desumano quando somos deixados para trás, dolorido saber que não teremos mais aquela pessoa fazendo parte de nossas vidas, na maioria das vezes não temos muitas escolhas a não ser sair silenciosamente sem olhar para trás, mas não porque queremos, mas sim porque não era necessário permanecermos. Sabe aquela sensação de perder o chão e ouvir o coração quebrar ? Ela é real. Somos iguais a um aeroporto permitindo entradas e saídas das pessoas deixando suas bagagens para trás e o que fazemos? recolhemos as bagagens deixando em um cantinho, assim são as lembranças, a dor, deixamos em um canto dentro de nós para uma vez ou outra marchemos nelas e reviver alguns sentimentos mesmo que sejam ruins. As vezes não temos que carregar bagagens de outras pessoas além das nossas só o que temos que fazer é entrega-las aos responsáveis e dizer um ''adeus'' como se fosse uma passagem comprada só de ida e a volta? Não precisa ter volta, o avião só precisa cair, assim como nossa ficha, entendendo que merecemos mais do que idas e vindas, merecemos algo permanente e com bagagens leves em nossas vidas.
Verso e Frente
#escritos#pequenos textos#pequenosautores#pequenosversos#pequenasescritoras#lardospoetas#pequenospoetas#autorias#versoefrente#pequenosescritores
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Tamborilando os dedos no próprio braço enquanto observava uma pintura no corredor, Christine tentou fazer mais um dos exercícios de respiração que o Dr. Coelho tinha ensinado. Não adiantava nada estar ansiosa pela chegada dele. Se viesse, poderiam conversar. E se não, aquilo poderia significar várias coisas diferentes. Sabia que estava correndo um risco ao chamá-lo até lá. Nem mesmo sabia dizer se ele tinha colocado os pés em outro teatro, quem dirá em um que fosse tão parecido com o deles - ou somente dela agora. Ainda sim, se eles fossem fazer parte da vida um do outro daqui em diante - não por conta das histórias reescritas, mas porque ela desejava isso - esperava que ele pudesse pelo menos conhecer seu local de trabalho. Quem sabe conseguiria ressignificar aquele tipo de lugar em sua memória? Também não fazia ideia de como estaria seu humor. Se estava tão afetado pelas mudanças quanto ela ou se os efeitos não tinham sido tão ruins. Quando convidou @erikxphantom, acabou optando pelo caminho mais complicado, mesmo que a intenção fosse só demonstrar seu carinho: ao invés de mandar uma mensagem pelo Scroll, optara por enviar Orfeu até sua livraria. Já tinha feito aquilo algumas vezes antes para mandar recados aos amigos e depois de certo treinamento o pássaro conseguia fazer qualquer rota pelo meio da cidade sem dificuldades. Junto do bilhete escrito a mão convidando-o até a Casa da Ópera tinha mandado também o desenho de uma rosa muito pequena, já que Orfeu era pequeno e não aguentaria carregar uma rosa de verdade. Quando cansou de observar a pintura a sua frente decidiu que o esperaria mais perto da entrada. No final da semana o lugar quase não tinha movimento, e as apresentações do dia já tinham chegado ao fim. Chegando mais perto do final do corredor Christine sentiu o alívio percorrendo seu corpo quando viu a silhueta familiar. Esperou que ele olhasse em sua direção para sorrir, aliviada, e apressou os passos até diminuir os metros que os separavam. "Erik! Você veio." Não sabia exatamente o que fazer com as próprias mãos, se deveria se aproximar mais e cumprimentá-lo melhor ou se respeitava seu espaço. Tanto tempo tinha se passado e as vezes ainda se sentia como a garota encantada pelo anjo que aparecera em sua vida. "Orfeu não te assustou, não é? Mandei meu passarinho até você. Queria que ele te conhecesse antes de te convidar para me visitar. Ele costuma piar muito quando vê estranhos." Mesmo que não soubesse qual seria o resultado daquele encontro Christine estava torcendo para que fosse bom. Estava até planejando outra visita dele, agora em sua casa. "Eu fiz chá e café para nós dois no meu escritório. Como você não demorou ainda deve estar quente." Começou a andar em direção ao lugar indicado, esperando que ele alcançasse seu ritmo para enfim se aproximar e pegar sua mão.
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DIARIO DE UMA QUIMCOPRE
Este diário pertence a Callitiam Galon. Pesquisadora chefe da UEPR Aurora.
Caso encontre este diario, por favor, devolva-o a sua respectiva dona ou deixe nos achados e perdidos da nave.
Este diário foi traduzido utilizando o sistema universal de traduções da União Espacial
Entrada: 67
Data estelar: 576 dias desde o último eclipse solar, ano 2127
Não sei nem como começar a escrever isso. Acho que um termo terráqueo seria "minha vida virou de cabeça para baixo".
Para começar, eu estava a bordo da nave UEPR (Unidade Espacial de Pesquisa e Reconhecimento) Aurora, uma nave exploradora usada pela Aliança Espacial, em missões de reconhecimento de planetas e pesquisa dos mesmos.
Somos focados em fazer reconhecimento para preservar esses planetas ou utilizá-los como forma alternativa de coleta de recursos. Como também tentar fazer contato com as espécies ali presentes e fazer uma união pacífica entre nossas espécies. Nossa nave é composta por diferentes espécies para promover essa cooperação e mostrar que apesar de sermos diferentes aonda podemos viver em harmonia, é claro que esse sistema não é perfeito, mas busca ao máximo o potencial de todos.
(Que é o meu caso. Sou uma Quimcopre, nós somos orgulhosos pelo nosso conhecimento e mente aberta, conseguimos rapidamente assimilar os conhecimentos, como também somos fascinados por ele. Por essa razão fui definida como a chefe de pesquisa no nosso centro de coleta de informações científicas.)
Tudo mudou quando soube que um humano iria fazer parte da nossa nave, nossa equipe, ele seria designado para a área de segurança da nave, junto com os outros recrutas, fiquei ansiosa e confusa. Já ouvi muitas histórias sobre os terráqueos, tanto boas quanto ruins, já ouvi rumores e já li bastante sobre eles, mas seria a primeira vez que eu os veria cara a cara.
Logo antes de partirmos para um novo planeta descoberto a alguns anos Luz da Base de operações da União Espacial, foi apresentado para a equipe os novos recrutras como também o terráqueo. Ele não era tão alto quanto imaginei, não parecia tão forte e nem tão velho. Sua pele tinha uma cor que os terráqueos chamam de "morenos". Seus pêlos eram curtos e disciplinados (está certo isso? Pêlos? Ou seriam cabelos? Sinceramente alguns termos são má traduzidos para minha língua natal. Talvez eu deva enviar uma mensagem para os responsáveis pela edição desses livros.) seus olhos eram escuros, lembravam os olhos dos meus amigos em meu planeta natal.
Alguns olhavam com medo, sussurrando na multidão, já outros comentavam admirados. (Como sou uma Quimcopre, os membros do meu rosto servem como "sensores", consigo sentir os cheiros no ambiente, o quão puro é o ar, e as vibrações dos outros ao meu redor, sentir a falha em suas vozes quando falam uma mentira, ou a fraqueza em suas vozes quando estão tristes. Por esses motivos minha raça é muito sensível e dependente do ambiente o qual vivemos, mas eu enxergo isso como algo positivo, pois posso saber se minhas ideias estão sendo propriamente compreendidas.)
O terráqueo falou confiante:
"É um prazer conhecer todos. Meu nome é Diego, não posso ser como vocês esperavam, ou dos rumores que normalmente rondam sobre os terráqueos. Mas posso assegurar vocês, muitos deles são mentirosos ou falsos. E espero demonstrar mesmo que uma raça 'fraca' como a minha, possa se mostrar forte e confiante quando se trata em proteger um dos seus. Eu estarei responsável pela segurança de todos aqui, igual eu possuo confiança em vocês, gostaria que confiassem em mim do mesmo modo."
Ele falou com tanta confiança que eu sentia mais sua "energia" que os demais. Após sua apresentação, a Tenente Greta, chefe da segurança, falou com os demais para irem aos seus postos para começarmos a nossa viagem.
(A Tenente Greta é um Constructo, um ser totalmente feito de metais e fios, um android por assim dizer. Mas diferente deles, um Constructo possui algo que eles chamam de "Alma Psiônica" uma energia criada em seu núcleo, alguns estudiosos dizem ser uma junção de energias. Nem os próprios Constructos sabem sua origem, porém sua religião diz que sua origem foi causada por um Deus mecânico. Adoraria saber mais sobre eles algum dia.)
Após a multidão sair da reunião, Greta levou o terráqueo para sua sala. Admito que me senti curiosa sobre esse terráqueo, alguém como ele não demonstrou medo em sua fala, confiante e postura dominante. Mas eu logo voltei para minha sala, continuei os preparativos para a nossa viagem.
Em poucas horas a UEPR Aurora partiu em sua viagem até o próximo sistema solar, o que duraria alguns siclos lunares do meu planeta natal, seria uma viagem longa mas excitante pela chance de catalogar e pesquisar mais sobre esse novo planeta descoberto.
Como eu fazia parte da equipe de pesquisas, não havia muito o que fazer antes de chegarmos até nosso destino, tínhamos somente os relatórios, mas sem amostras fisicas era como tentar ler um livro, mas composto apenas por frases secas e sem emoção, com uma história tão entendiante que no primeiro parágrafo dava sono. Então eu decidi me dirigir até o refeitório da nave, talvez uma caminhada e uma refeição poderiam me animar.
Chegando lá eu me senti enjoada, o ar estava denso e pesado, fazendo eu perder totalmente o apetite. Isso porquê o humano estava presente, e os outros em volta não estavam gostando. O humano comia sozinho, era possível escutar os cochichos e sentir os olhares ameaçadores e medrosos até ele.
Mas então todo o barulho foi quebrado. Um grupo foi até a mesa do humano comer junto com ele, pensei que iria ter confusão na nave logo no primeiro dia de viagem, pois eu sabia das histórias sobre como os humanos eram explosivos com suas emoções.
Mas para minha surpresa, o clima se tornou fresco naquela mesa, o humano parecia se divertir, da mesma forma que os outros ali na mesa também se divertiam. Pareciam ser recrutas iguais ao humano, sinceramente fiquei impressionada com sua atitude. Com o orgulho da minha espécie eu teria me retirado do refeitório de tanta pressão que eu sentia.
Bem, como eu estava com fome e não queria ficar em volta daquele ambiente enjoativo, eu decidi me sentar à mesa dos recrutas. Eles estavam em 5 contando com o humano.
Tinha o aviario Angus (ele se parecia com uma ave terrestre, mas sua estrutura era humanoide)
A rockstone Magma (uma rocha viva com um núcleo similar a de um planeta, porém em pequena escala. Sua estrutura era maior que os demais, porem ainda humanoide. Talvez ela tenha escolhido essa estrutura por ser fácil de se transitar pela Aurora. Soube que eles normalmente tem estruturas iguais a montanhas, e ate proprios planetas originados de um único rockstone)
A lagarta Zadri (tinha uma pele escamosa e mucosa, também possuía uma estrutura humanoide.)
E por último o peixe anfíbio Nassu. (Ele estava com suas escamas frágeis, provavelmente o climatizador da nave não estava fazendo bem a sua pele, mas ele não parecia se incomodar com isso.)
Eles faziam um grupo improvável, mas pelo o que eu pude ver e sentir com meus tentáculos. Eles já formaram uma amizade forte. Não se importaram comigo junto deles, na realidade me convidaram para mais perto já que o humano estava falando da sua vida passada, isso me chamou atenção, estava intrigada por ele no início então quis saber mais.
Diego nasceu na terra, mas sua família se mudou para uma das colônias no planeta que eles chamam de Marte. Lá os pais dele desenvolveram grandes tecnologias que avançaram na chamada "Transformação do planeta vermelho". Eu li sobre isso em uns livros de pesquisa planetária, os humanos queriam transformar o planeta Marte habitável para eles, deixar o planeta vermelho "Verde". Essa pesquisa foi um avanço reconhecido pela Aliança Espacial, que implementou esse projeto como uma forma de reconstruir planetas arrasados pelas guerras planetárias.
A família de Diego se tornou chefe de pesquisa, ele contava das riquezas que possuía. Apos essa história eu pensava que ele seria mais um dos que tentaram a vida aqui na UEPR Aurora, "subiram na vida" por causa dos títulos dos país, que depois de 1 mês de viagem, ja pediam para serem deixados em um dos portos galáticos pois não aguentavam o trabalho ou não o achavam "excitante". Urg...esses hacamets (tradução: imbecis) não sabem a beleza de uma aventura, em especial suas descobertas.
Mas...o que me surpreendeu é que Diego não falava com orgulho, meus tentáculos sentiram tristeza em sua voz. Quando mais velho ele decidiu voltar para a terra, ver como era aquele lugar onde ele nasceu mas nunca viveu, chegando lá ele se deparou com tristeza e lixo. Ele tentou ajudar, fazendo doações e ele mesmo trabalhando lá, desejando ver aquele mundo verde que ele via através dos hologramas...
Ele dizia que na epoca a terra estava na sua guerra territorial. Que aconteceu alguns anos depois quando terra se tornou um planeta comércio e de refúgio.
Ele foi repreendido pelas pessoas do alto escalão, e até pelo seu pai por "estar manchando o nome da família". Diego, enojado pela atitude do pai renuncia seu nome de família, dizendo "Se isso é ser parte da família, eu não vou me tornar um rico que pisa naqueles que foram necessários para nossa vitória! Eu vou para um lugar onde eu mesmo possa fazer o bem! O que for necessário para proteger a minha família! O meu povo!" E com isso ele partiu para a terra, se juntando à força militar local. Eu confesso, isso me deixou mais intrigada pelo humano que "renunciou a nobreza para se juntar aos pobres", uma atitude realmente de se admirar, levando em conta as histórias de humanos que fizeram atrocidades apenas por quererem ser ricos.
Quando tinha 19 ele se juntou aos militares locais, aos 23 ja fazia parte do grupo de infantaria, aos 26 ele se tornou Sargento, comandando 2 grupos com 100 homens cada, aos 30 anos ele se tornou capitão, não por escolha disse ele, mas porque o antigo capitão morreu em batalha. Eu pude sentir o medo em sua voz, seu pelotão com 200 homens foi reduzido a 75, seu superior foi baleado em sua frente, e com os homens que restavam, Diego foi com eles ate o inimigo. Dos 75, apenas 53 sobreviveram. Foram muitas baixas, ganharam a vitória mas a que custo? Hoje com 32 anos ele decidiu se alistar na força de segurança da União Espacial, na tentativa de deixar seu passado de guerreiro para trás. E tentar proteger as pessoas.
Depois da refeição eu decidi ir para meu quarto, me preparar para o meu dia de amanhã. Pensei em tentar estudar mais os relatórios e as imagens que tínhamos desse novo planeta, é claro, sem algo físico para estudar essa "pesquisa" se torna algo entediante, apenas fazendo suposições sem ter como prova-las ou testa-las.
Fim da pagina
Oi oi tudo bem? Esse é minha primeira tentativa tentando fazer uma "história" é claro que a escrita não é perfeita, devo ter cometido bastante erros, mas para mim ficou bem legal.
Estou pensando em fazer uma versão em inglês para o resto do público aqui do Tumblr. Espero conseguir fazer isso logo. Bem, se você achou a minha história interessante, e quiser comentar um pouco se sinta a vontade para tal, vou adorar ler os comentários.
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— 𝑑𝑖𝑑 𝑦𝑜𝑢 𝑡ℎ𝑖𝑛𝑘 𝑖𝑡 𝑎𝑙𝑙 𝑡ℎ𝑟𝑜𝑢𝑔ℎ? 𝘈𝘭𝘭 𝘵𝘩𝘦𝘴𝘦 𝘵𝘩𝘪𝘯𝘨𝘴 𝘸𝘪𝘭𝘭 𝒄𝒂𝒕𝒄𝒉 𝒖𝒑 𝘵𝘰 𝘺𝘰𝘶
𝐼𝑙ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑙 _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
AVISO: o texto seguinte contém abuso psicológico e violência física. A leitura não é recomendada em caso de desconforto.
Personagens citados npc's: Hans Westergaard, Ophelia Ashdown e Angus Ashdown Angus faceclaim: Will Poulter.
Sabe o que dizem sobre coisas ruins? Elas sempre podem piorar, e Verena sabia disso melhor do que ninguém. A contenção tinha feito com que ela perdesse um pouco do brilho, sentindo-se presa naquele lugar e como se isso já não fosse o bastante, tivera também o evento recente fazendo-a perceber coisas sobre si que estavam tão bem escondidas, que jamais conseguiu imaginar que existiam, além disto, tinha o pequeno detalhe da audição comprometida que voltava aos poucos, os chás e poções infelizmente não tinham um efeito tão rápido no corpo de Verena, e ela jamais pensou em investigar o motivo. De qualquer forma, a loira estava lidando com isso da melhor forma que poderia e a última coisa que precisava naquele momento era mais uma das infinitas cartas do pai, mas tinha algo diferente sobre aquela que encontrou assim que cruzou a porta do dormitório, a caligrafia não pertencia a Hans, mas sim a Ophelia.
Verena encarava o envelope descrente e incerta se deveria abri-lo. Por tantos anos imaginou como seria o contato com a mãe, a mulher sempre lhe pareceu um fantasma com acenos e poucas palavras, e a loira quase não tinha lembranças dos momentos anteriores a isso, era pequena demais para lembrar-se de qualquer afeto, mas sabia que ele existia, sentia em seu ser sempre que olhava a figura materna. Passados alguns minutos de reflexão, ela finalmente abriu o envelope revelando o texto que seguia a mesma caligrafia da parte externa, era realmente Ophelia. Lágrimas rolavam livremente pela face a medida que lia, e o peito que antes estava apertado, sentia alivio aos poucos por saber que a mãe estava melhor. Ao final, Verena não teve duvidas de que deveria aproveitar a liberação para diminuir aquela saudade e resolver as questões presentes no texto.
Ela arrumou uma bolsa simples, sem muita coisa pois tinha de tudo em casa e partiu para o centro de Norvina para que usasse o portal sem muitos questionamentos ou inconvenientes. Minutos depois já estava respirando profundamente o ar das Ilhas, aquele lugar sim era a sua casa, não Arendelle como o pai teimava em insistir. Bastou que chegasse ao centro para que reconhecessem a princesa e lhe dessem uma carona para o castelo que ficava no pico mais alto da ilha, Verena jamais chegaria lá sozinha e nem sabia se queria, pois apesar de sentir-se bem, precisava admitir que atravessar os portões do castelo sempre traziam uma sensação ruim ao seu âmago, era bom que não o fizesse sozinha, mesmo que na companhia de um estranho.
Os guardas a reconheceram assim que viram os cabelos dourados ao vento, liberando sua passagem e a escoltando até a entrada principal, mas a pedidos sua chega não fora anunciada, precisava ser Ophelia antes de Hans, ou esqueceria o que a levou até lá. No entanto, assim que adentrou ao salão principal, deu de cara com os dois sentados lado a lado, enquanto conversavam com quem ela poderia jurar ser seu tio, o rei dos vales de Bresta e o príncipe herdeiro que francamente só tinha visto uma vez, mas como esquecer sua cara de ânsia de vomito ou a prepotência que exalava de seu corpo? "Mamãe, pai.", chamou pelos dois ao aproximar-se, ignorando completamente a presença dos outros. "O que está acontecendo?", indagou curiosa enquanto os olhos prendiam-se a imagem de Ophelia, que lhe desviava o olhar.
"Verena, querida, essa foi a educação que demos para você? Não vai cumprimentar nossos parentes?", a voz de Hans era suave ao mesmo tempo que era gélida, seu olhar transmitia controle, como sempre fazia e Verena apesar de cansada, sempre acabava cedendo a ele. "Majestade.", reverenciou ao tio como havia aprendido a fazer e só depois voltou o corpo na direção do primo que a olhava com atenção, como se julgasse e avaliasse cada movimento seu, "vossa alteza.", completou sem reverencias, mantendo-se de pé ao meio dos quatro, mas antes tivesse sentado, pois logo sentiu a mão de Hans sobre seu ombro, ele havia levantado e se colocado ao seu lado, de modo que Verena nem percebeu. "Hoje é um dia muito feliz, minha filha voltou para casa e não poderia ter sido em momento melhor.", seu sorriso era largo e cordial, desfazendo-se no instante em que os lábios tocaram a face de Verena fazendo-a estremecer internamente e encolher-se. Ao sofá, Ophelia ainda não conseguia olhar a filha nos olhos e isso lhe lembrava muito a dinâmica quem sempre tiveram, seria a carta uma mentira? Não poderia.
"O que quer dizer com o momento não poderia ser melhor?", perguntou curiosa, o olhar desviando-se para Hans que continuava tão perto, que ela podia sentir o hálito gélido dele. O homem era tão frio e insensível que até o ar que exalava combinava com ele. Outra vez, aquele sorriso amarelo apareceu nos lábios do pai. "Sua mãe não contou?", respondeu em tom irônico, revelando nas entrelinhas que sabia da carta e da tentativa de contato entre elas. Os olhos de Verena se arregalaram em pavor e do outro lado, Ophelia fazia o mesmo, finalmente cruzando o olhar com o da filha. "Contou o que?", receosa, ela insistiu de modo mais firme. "Vai ver ela não queria estragar a surpresa, tão atenciosa minha querida Ophelia.", ele pronunciou ao virar-se para encarar a princesa, que assim como Verena, retraiu-se sobre o sofá, soltando um pigarro antes de responder, pois era claro que ele a forçaria a dar aquela informação para Verena. "Querida, seu pai e eu acabamos de acordar os detalhes do seu noiva com Angus.", a mãe pronunciou a contra gosto, incapaz de olhar Verena enquanto fazia, mas a inquietação de suas mãos sobre o colo transmitia o quão desconfortável estava com tudo isso.
Verena tentou desviar-se do toque de Hans que permanecia em seu ombro, para ir na direção da mãe e lhe perguntar se estava maluca ou implorar para que não permitisse. Mas ao mínimo sinal de que faria isso, os dedos de Hans apertaram seu ombro, não só mantendo-a no lugar, mas trazendo de volta o seu olhar para ele. Aquele maldito sorriso amarelo continuava estampado em sua face, "teremos um jantar de comemoração mais tarde, creio que esteja cansada e seu noivo também.", ele direcionou a última frase para Angus atrás dela, que apenas limitou-se a rir e assentir enquanto dava espaço para os Westergaard ficarem sozinhos, talvez fosse melhor assim, pois Verena estava ao ponto de explodir em ódio. "Você só pode estar de brincadeira comigo, me solte.", empurrou o braço do mais velho, distanciando-se dele para que finalmente pudesse ir até sua mãe, mas Hans a interceptou novamente, puxando-a pelo braço e forçando-a para que virasse para ele outra vez. Seu olhar era puro ódio e desprezo, e ela engoliu a seco qualquer outra resposta malcriada que pudesse dar a ele. "não pense em dar uma de louca outra vez, ou qualquer coisa do tipo, Verena. Não vou deixar isso passar em branco de novo, estou avisando.", seu tom era firme, s��rio e continha uma ameaça velada que lhe ficou clara no instante em que o olhar desviou para a mãe no sofá. Ele jamais tocaria em Verena, pois ela era seu trunfo, já Ophelia... era outra história.
"você está me machucando.", dizia enquanto tentava soltar o braço da mão dele, sem qualquer sucesso, "ótimo, vejamos se assim você me leva a sério, garota.", ele retrucou ao apertar ainda mais o braço da loira entre seus dedos, arrancando-lhe um gemido de pura dor. "você não pode me casar, é contra as leis.", ela protestou, soltando a primeira coisa que vinha em sua mente, mas deveria saber melhor que não teria efeito e só arrancaria uma risada sarcástica do pai. "e você também não pode fugir, mas isso não está a impedindo de tentar. Achou mesmo que eu não iria saber?", era um questionamento retórico, visto que Hans aparentemente sabia de tudo que Verena fazia, cada passo que ela dava. No entanto, saber disso não evitou a surpresa na expressão da loira, o olhar arregalado e apavorado na direção do pai. "vá para o seu quarto, descanse e vista a roupa que separei para você no jantar. Não ouse fazer nada contrário a isso, Verena, ou vai se arrepender muito.", concluiu soltando-a por fim, virando-se para ir em direção a Ophelia para que a tomasse pelo braço e levasse para distante da filha, mas não antes que seus olhares se encontrassem mais uma vez, e a mulher movesse os lábios em silêncio, "perdoe-me, meu amor.". As palavras atingiram Verena no meio do estômago, e ali mesmo ela desabou em lágrimas de desespero e dor.
[CONTINUA...]
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A escrita de Fire Emblem Three Houses é uma bagunça adorável
Em meio a diálogos bobos, Fire Emblem tece suas críticas de maneira simples, porém efetiva
Alcançando minhas dez primeiras horas em Fire Emblem Three Houses e tendo acompanhado a jornada dessa franquia por alguns meses com Awakening e Echoes, vai ficando cada vez mais claro a estrutura narrativa e criação de mundo dos jogos de estratégia desenvolvidos pela Intelligent Systems e Nintendo.
Entre diálogos bobos, uma narrativa inicialmente simples e um background avassalador, a franquia acha seu espaço criando um mundo de fantasia medieval único, onde o verdadeiro poder é a boa e velha amizade.
O triunfo de Fire Emblem
Tendo como base o gênero de estratégia e gerenciamento, a franquia Fire Emblem também encontra espaço para uma narrativa poderosa através de sistemas de simulação e novel que permitem o desenvolvimento de cada personagem, criando laços entre você (jogador) e as unidades que você comanda.
Durante horas de jogo você estará fortalecendo essas amizades para simplesmente entrar em uma batalha, cruzando os dedos, para que aquele seu personagem favorito não morra. O combate é o grosso da franquia, já que boa parte do tempo você passará decidindo quem enfrenta quem no campo de batalha, Mas é justamente em seus momentos de tranquilidade que FE brilha para mim.
As amizades e relacionamentos que você desenvolve são um ponto crucial para os acertos e o carisma da franquia. Enquanto conversa com suas unidades você está se preparando melhor para a batalha, aumentando seus status, diminuindo o grind e expandindo a história.
O bom dragão e o mau dragão
Mas vamos dar nomes aos dragões e começar a falar propriamente da estrutura narrativa desses jogos. Logo de cara os dois pontos em comum entre os que experimentei, são seus personagens carismáticos e seu desenvolvimento de mundo rico e político.
A sensação que fica é que os desenvolvedores confiam muito no seu processo de escrita e design, já que praticamente todo FE possui um bom elenco de personagens carismáticos que tem a árdua tarefa de carregar uma narrativa super simples nas costas. Isso não significa que as histórias sejam ruins, elas só são isso mesmo, simples.
Em Awakening por exemplo, a história se resume a uma conexão forte entre Chrom e Robin, que será colocada a prova ao caminhar da trama. Já em Echoes, vemos um amor de infância tomando rumos diferentes e gerando conflitos pessoais.
Mas não se engane, essa narrativa simples serve para amaciar a carne, antes de apresentar uma lore complexa e cheia de subtramas, que podem ser acessadas de acordo com a sua vontade de expandir os relacionamentos entre suas unidades.
De péssimos presságios, a noções de responsabilidade, passando pelos horrores da guerra e a influencia da igreja no poder econômico, FE tece críticas interessantes e propõe uma reflexão para a história do mundo em que vivemos.
A complexidade de Three Houses
De longe FE Three Houses parece ter a narrativa mais complexa até o momento. É sabido que em seu desenvolvimento o jogo foi tratado como uma entrada grandiosa para a franquia. E isso definitivamente está em tela.
Não só o jogo é inteiramente dublado, como também possui uma longa jornada de mais de 100 horas de gameplay, cheia de novidades e sistemas para se relacionar com suas unidades. E obviamente que esse carinho também estaria em sua narrativa.
Dessa vez nosso protagonista Byleth, filho de um mercenário, é recrutado para dar aulas em um monastério que abriga os futuros líderes de 3 reinos adjacentes. Cabe a você jogador assumir a responsabilidade pela classe de um desses três herdeiros.
De inicio Three Houses possui um ritmo lento e gradual, apresentando as belezas do mundo de Fódlan e assumindo uma característica pastelona de apresentar a nobreza e o elenco de personagens aos jogadores (todos eles são belos, cheirosos e se preocupam com os pobres...)
No momento em que estou, já percebo a narrativa construindo algo grandioso, que está prestes a se revelar a mim. Porém ao longo dessas primeiras dez horas estava sentindo que a escrita dos personagens não encaixava com o escopo do jogo. Então procurei entender melhor esse sentimento que estava tendo.
Dois pesos, duas medidas
Three Houses por muitas vezes tem um tom infantil, principalmente quando tratamos das conversas de suporte (Conversas que aproximam duas unidades que lutam juntas). Existe uma espécie de animeficação nos dialogos, onde todos os personagens parecem exagerar uma de suas características para mascarar o fato deles serem rasos e sem substância.
Mas como eu estava enganado...
Foi em uma conversa de suporte com a Bernadetta, que uma chave virou para mim. De repente a menina que tinha o arquétipo "Dandere" justificou seu comportamento por uma série de traumas e abusos que sofreu durante sua infância. A partir daquele momento não via mais ela como uma caricatura e sim um personagem complexo.
Quando é veiculado uma série de notícias sobre a grandiosidade de um jogo, automaticamente vamos com sede ao pote na expectativa de encontrar uma obra inigualável. O rigor das críticas quando estamos jogando um jogo assim também muda... mas FE Three Houses é exatamente isso, uma obra inigualável, porém ela toma o seu próprio ritmo até te conquistar.
Sim, é sobre a luta de classes
Para concluir esse início de jornada no mundo de Fódlan, o que era essência foi transformado. Toda essa máscara criada para a nobreza vai caindo aos poucos, assim o jogo também se revela um grande potencial para discutir o lugar de cada pessoa e a luta de sua classe social.
Vemos a narrativa assumindo um tom de alienação pelos personagens nobres que tem como dever defender os pobres, mas não porque querem, e sim porque se sentem escolhidos. Vemos os abusos que os filhos podem passar nas mãos de figuras paternas autoritárias. O papel da guerra para manter o status quo e a violência como resposta dentro de um sistema opressor.
A partir de agora o jogo toma um rumo muito corajoso que te põe em check a todo momento, questionando suas atitudes como jogador e posicionando ele entre os melhores já feitos na história dos videogames.
#fire emblem#three houses#fire emblem three houses#artigos#opinião#video games#gaming#games#game review
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Meet the Artist!
Name: Bel
Age: Older Teen
Fandoms: IZ, GF, ATLA, Amphibia, Marvel, Star Wars, Portal, and ITSV/ATSV
Occupations: Singer, VA, Artist, Writer
Top Books: The Rise Of Irk, The Powerstones, World Zero, Agent_Mothman’s Paranormal Log (all available on Wattpad for free)
Favorite Bands: Skillet, Disciple, Evanescence, Flyleaf, DAUGHTRY, LEDGER, Decemberadio, No Doubt
Favorite Genres: Action, Adventure, Sci-Fi, Fantasy, Mystery
Just here to vibe :P
Love me some fictional worlds, I’ll doodle ya something if you want (I can also edit images)
(NOTE: @shandzii drew the cover for Rise of Irk, and @electrozeistyking drew the cover for The Powerstones! I just wrote the books, I’m not that good of an artist lol)
I did draw the rest of the images though! Fun Fact: The Dipper Drawing was liked by Jason Ritter himself on Twitter!!!
#invader zim#iz#gravity falls#amphibia#avatar the last airbender#atla#GF#into the spider verse#across the spider verse#ITSV#ATSV#marvel#spider man#spider girl#dewdrop spider girl#the rise of irk#the powerstones#world zero book#ROE#ruins of entrada#ruins of Entrada RP#roleplay#ocs#art#meet the artist#my art#my stories#:D
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also brandonate being a psychopath ruined nice!brandon for me. plus whenever nice!brandon is on screen, all i see is brandonate half naked on the floor in entrada after Olivia stole his pants
#fringe relapse 2024#i love how this post is complete nonsense to anyone who's not seen fringe#yet it will make sense to all of you enlightened people
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Nova História! Amor de Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor
Oii, como vai? Estamos de volta! Porém, com novidades.
Antes que vocês me perguntem, não, não vou largar a "NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR", é só que... bem... por que ninguém me disse que os últimos capítulos estavam tão ruins? Tipo... precisou um leitor me dizer "isso está estranho", dá forma mais monossilábica que eu já vi para eu finalmente entender. Acho que isso aconteceu porque a história que eu estava escrevendo antes dessa estava bem pesada, então, a proposta dessa vez era ser algo leve, mas de tão leve, ficou bobo e não muito crível. Enfim, enquanto eu penso na melhor forma de concluir essa história, vou revisar "AMOR DE BABÁ (REFULGENTE)", exatamente a história que fez eu querer escrever algo leve e bobo. Vai entender.
O problema aqui é que quando eu estava escrevendo a AMOR DE BABÀ, escrevi em primeira pessoa. Não foi uma boa decisão, sabe? Ai, eu reescrevi as primeiras 50 mil palavras e ficou bem melhor. Outro problema é que eu ia monetizar ela, então, acabei mudando o nome dos personagens, ok? Vou colocar uma lista abaixo para simplificar quando os personagens forem surgindo. Ou você pode ler como uma original.
Espero que vocês gostem.
Nesse post colocarei os primeiros três capítulos.
Sinopse: Certo, ele disse a si mesmo. Nada pessoal. Claro. Não era nada de mais, apenas mais um emprego onde Matteo ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse o suficiente para a faculdade. Ele deu alguns passos em direção a porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza. Logo em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto. Impaciente e vencido pela ansiedade, Matteo tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. Certo, nada pessoal.
Matteo!Babá, Derek!Professor
Essa é uma história sobre um estudante que, para ter dinheiro na faculdade, se torna babá, conhecendo o pai das crianças e desenvolvendo um sentimento/tesão por ele. A partir daí as fantasias começam a surgir e tudo vai se complicando entre eles.
Personagens Percy Jackson: Derek Davis Moore Nico di Angelo: Matteo Rossi Pagano Annabeth Chase: Sofia Gray Jason Grace: Hazel Levesque: Will Solace: Diego Lewis Hades: Personagem original: Alice Gray Moore Personagem original: Logan Gray Moore
Lista a ser atualizada!
Também disponível em versões antigas no AO3 e no SpiritFanfic.
Aquele não era um dos melhores dias na vida de Matteo. De fato, não era a melhor semana, mês ou ano.
— Matteo. — O gerente do lugar onde trabalhava disse assim que o viu se aproximar da porta de entrada.
Esse era o momento que Matteo mais temia a cada manhã desde que começou a trabalhar naquele lugar.
Andrew McMillan se aproximou dele a passos despreocupados e parou em sua frente, o cumprimentando todo feliz e animado. O gerente tinha o cabelo penteado para trás, pele alva e olhos negros que sempre reviravam seu estômago. Matteo não poderia dizer que o homem era feito, porque de fato, ele era um dos homens mais bonitos que já tinha visto. Mas algo nele, por detrás daqueles olhos escuros e calculistas, o fazia repensar cada palavra que saia de sua boca, buscando o duplo sentido que sempre vinha, cedo ou tarde.
O gerente o olhou de cima a baixo, vitorioso, o fitando com maldade, olhos esses que faiscavam a cada segundo que se passava, em que nenhum dos dois dizia nada.
“É, era hoje”, Matteo pensou.
Seus ombros caíram e ele suspirou, conformado com seu destino. Andrew pareceu ficar ainda mais feliz enquanto anotava algo em sua prancheta. Sorrindo mais aberto ainda para ele, Andrew voltou a examinar Matteo como se ele fosse um espécime misterioso, o apreciando daquela forma que fazia Matteo se sentir desconfortável, algo que somente esse gerente conseguiu fazer em seus poucos anos de vida. E mesmo que fosse uma máscara, Matteo não deixaria Andrew saber como esses olhares o faziam querer vomitar, como sua ansiedade aumentava conforme eles continuavam parados no meio da calçada, principalmente por saber que ninguém viria em seu socorro.
Isso só poderia significar uma coisa.
— Senhor, posso explicar tudo. Eu--
— O ônibus atrasou? Ficou preso no trânsito? — Andrew balançou a cabeça, fingindo pesar e tocou em seu ombro, fazendo Matteo paralisar em repulsa, sentindo um medo que ele não sabia de onde vinha. — Dessa vez, não há nada que eu possa fazer por você.
— Por favor, eu preciso desse emprego!
— Estou do seu lado, mas você sabe as regras. Essa já é a quinta vez esse mês.
— Não tem nada que você possa fazer?
Matteo se arrependeu de perguntar assim que as palavras saíram de sua boca.
— Talvez haja, mas eu não sei… — Andrew cruzou os braços e se aproximou de Matteo, como se fosse contar um segredo a ele. — Isso requer um sacrifício. Você está disposto a isso?
— Ah. — Matteo murmurou, dando um passo para trás.
Não era a primeira vez que Andrew falava uma coisa dessas. A questão é que Matteo nunca havia levado a sério nenhuma dessas… sugestões, mas agora que ele estava ali, não sabia se iria querer continuar em lugar como aquele, mesmo que pudesse ou precisasse muito.
— Sinto muito, Matteo. — Andrew disse, sua voz soando piedosa e gentil, para logo em seguida acrescentar: — Não podemos nos esquecer de passar no RH, certo?
Matteo não sabia o que tinha mudado naquela manhã. Ele tinha acordado cedo, tomando banho, pegado sua mochila do encosto da porta de seu quarto e andado pelos corredores de sua casa silenciosamente para não acordar ninguém. Tinha pegado o ônibus lotado no mesmo horário e enfrentado uma hora de viagem até chegar ao seu emprego atual, um restaurante que dizia ser gourmet, mas que, na verdade, era uma imitação híbrida desses restaurantes de comida rápida; hambúrgueres, sanduíches, milkshakes e pizzas de todos os sabores. E como em todos os outros dias, ele havia descido do ônibus bem em cima da hora e corrido para o digníssimo estabelecimento em que trabalhava.
É claro que seu gerente o esperava na entrada, como todos os outros dias. Ele tinha espiado para dentro do lugar e viu que eles já haviam aberto todas as portas, limpando as mesas e colocado as cadeiras nos lugares, podendo ouvir o barulho das pessoas já trabalhando em seus postos.
Assim, meio confuso, porém, aceitando seu destino, Matteo seguiu Andrew pelo restaurante naquela estranha caminhada da vergonha. Não seria a primeira vez que algo assim aconteceria, o rodízio de trabalhadores sendo bem grande por ali. Ainda assim, a maioria das pessoas o olharam com sorrisinhos tão maldosos quanto o de Andrew, e os outros, que o encaravam com uma pena sincera, ele sentiria falta. Tirando isso, todo o resto podia se explodir se dependesse dele.
Matteo levantou a cabeça, segurou firme em sua bolsa e foi para os fundos do restaurante onde ficava a contabilidade. Ele podia estar indo embora, mas Andrew se arrependeria por abusar de seu poder.
***
— Cara, eu não acredito que você fez isso! Meu pequeno herói. — Diego disse, abrindo um sorriso enorme.
Matteo não sabia por quanto tempo aguentaria isso.
Diego olhou para ele de cima a baixo e o abraçou bem forte depois de apertar suas bochechas até que elas adormeceram de tão doloridas, o jeito do namorado se tornando tão energético que Matteo pensou que elas fossem se distender e cair no chão flácidas. Um beijo veio em seguida, doce e suave em seu rosto, outro no queixo, descendo devagar com aquelas pequenas bitoquinhas que só serviam para deixá-lo mais irritado.
— Diego, para com isso! E eu não sou pequeno. Como um metro e setenta e nove pode ser pequeno?
Matteo fechou os olhos por um momento e inspirou profundamente, ele apenas precisava respirar.
Geralmente não se importaria de Diego estar tão perto, até gostava quando Diego lhe tocava daquela maneira um pouco sexual demais, porém, nada que ultrapasse o que ele se sentia confortável em fazer. Hoje não era um desses dias; hoje essas carícias suaves o sufocavam, lhe fazendo sentir preso dentro de uma caixa que não havia escapatória ou buracos onde o ar pudesse entrar. Diego o asfixiava, o estrangulando naquele cuidado que o namorado insistia em oferecer quando Matteo não havia pedido por isso.
Ele respirou fundo e desviou dos lábios de Diego, o empurrando pelo ombro. Deu uma mochilada em Diego, seguido de um soco no ombro do namorado. Sim, Diego, seu namorado corpulento e idiota apenas riu, o rosto quadrado e gentil lhe irritando um pouco mais a cada segundo. Se não bastasse ter passado duas horas na delegacia e ser questionado como se fosse ele quem tivesse cometido o crime, teve que ficar uma hora extra no escritório do RH negando os “bônus” e “benefícios” em troca de “confidencialidade”. Um tempo depois, quando foi liberado do interrogatório, Sr. Jones, dono daquela franquia, fez de tudo para que ele não prestasse queixa, ainda mais quando viu que as câmeras que ficavam na porta do restaurante haviam gravado tudo em áudio e vídeo, tendo provas suficientes para acusar o gerente de abuso de poder e assédio sexual.
Sinceramente? Matteo sabia que não daria em nada e que o processo demoraria para ser julgado e, ao mesmo tempo, sabia que tinha que fazer aquilo; todas aquelas tardes tendo que ouvir as piadinhas que, no fundo, eram sinceras demais, precisavam ser denunciadas. Sem perder tempo e se sentindo muito vingado, Matteo fez a única coisa que podia, pegou o celular e fez a denúncia. Logo viaturas bloquearam a frente do estabelecimento e os empregados foram dispensados, enquanto que o Sr. Jones e companhia foram processados por danos morais e abuso de poder. Agora, se ele ganharia o caso era algo a se ver no futuro quando a decisão judicial fosse tomada.
O problema real apareceu quando Matteo foi solto do interrogatório. Sem dinheiro para o almoço e com a passagem do ônibus contada, decidiu que continuar com seu dia como se nada tivesse acontecido era a melhor das táticas. Se arrastando pelas ruas ao sair da delegacia, Matteo caminhou as poucas quadras se forçando a visitar Diego no centro comunitário, exatamente como ele sempre fazia naquela hora do dia; Matteo se encontraria com Diego na hora do almoço, o único momento onde Diego estava livre para falar com ele e depois iria para casa procurar por outro emprego até que tivesse o suficiente para pagar os custos da faculdade.
Matteo virou a esquina e continuou seu caminho, distraído e tão chateado pelas últimas horas que mal percebeu o que acontecia. Quando viu, mãos lhe puxaram pelas costas e o arrastaram para um beco ali perto enquanto alguém o prensava contra a parede e uma boca se colocava sobre a dele sem sua permissão. E de tão aflito só percebeu que era Diego quando deu um soco no estômago dele e um chute bem-dado em sua virilha.
— Diego Lewis! — Matteo arfou surpreso, irritado, enfurecido. Embora Matteo admitisse que estava um pouco traumatizado com toda aquela experiência, aquele não era o momento ou o lugar certo para fazer esse tipo de coisa. Também admitia que não estava no seu melhor momento, Matteo poderia matar alguém se lhe dessem a motivação certa.
Diego não pareceu ligar para o que ele falava. Gemendo ofegante, Diego se aproximou de Matteo e o segurou pela cintura, falando: — Isso não se faz com um homem, baixinho.
Então, dessa vez, se sentindo culpado e um pouco temeroso pelo que Diego poderia fazer, ou pior, temendo que Diego dissesse algo para seu pai, Matteo deixou que Diego continuasse. Diego o levantou um pouco do chão e ele automaticamente enrolou os braços e pernas ao redor de Diego.
Diego… ele… Diego não gostava de ser contrariado, sabe? Se as coisas não saíssem exatamente como Diego queria, algo podia explodir ou ser lançado pelos ares. Matteo preferia evitar esse tipo de discussão. Ou outros tipos de reações. Não seria a primeira vez que eles brigariam pela ausência de sexo ou pela ausência de Matteo no geral. Ele não estava pronto e Diego estava. Ele não queria se casar e Diego já tinha comprado as alianças. Matteo definitivamente não queria morar junto com ele enquanto Diego tinha comprado uma casa com direito a berçário e tudo mais o que eles poderiam precisar na visão deturpada de Diego. Matteo nem sabia se queria esse tipo de responsabilidade, mas, ainda assim, esse era ele fazendo uma forcinha pelos pais e por todos os outros que pensavam que logo o casório aconteceria. E talvez… só talvez… não fosse tão ruim assim ter um namorado bonito e gostoso que estava disposto a ficar com alguém tão chato e… antiquado feito ele. Apesar de saber dos erros de Diego, ignorando as pessoas que Diego ficava por trás de suas costas, ele não se importava contanto que todos continuassem satisfeitos.
Matteo ficava se perguntando… quem é que namorava por três anos e não queria fazer sexo? Ou não se importava com traições?
Ele não conseguia explicar, havia algo nisso tudo… algo entre eles que não parecia… certo. Quer dizer, o problema deveria ser ele, não? Diego lhe traía porque ele não conseguia dar aquele último passo, não importava quantas vezes Diego tentasse; Matteo sempre desistia no momento final. Apenas parecia… errado, como se Matteo estivesse prestes a cometer o maior erro de sua vida.
Matteo sentiu um arrepio estranho e incômodo subir por sua coluna quando Diego o segurou com mais força do que o costume e o puxou firme pelos cabelos, sussurrando em seu ouvido:
— Senti tanto a sua falta, baixinho. Onde você esteve que não atendeu o celular?
Ah, talvez ele não estivesse tão desconfortável assim… quer dizer, Diego era sempre gentil demais, sabe? Tão cuidadoso, e esse cuidado todo fazia com que Matteo se sentisse um fraco, como se ele fosse quebrar em mil pedaços a qualquer momento, e Matteo não gostava disso nenhum pouco. Mas quando Diego perdia o controle? O tocando com força e com vontade, sem medo de lhe machucar como se, na verdade, ele quisesse o ferir, mas só um pouquinho, apenas para deixar uma marca nele, exatamente como Diego fazia agora…? Era outra história. Era nessas horas que Matteo diria sim se Diego lhe pedisse. O fato era que se Diego tinha que se forçar a ser bonzinho para tratá-lo bem… Matteo não queria viver com alguém que no fundo fingia ser algo que não era. Não importava o motivo.
— Você está me escutando? — Matteo ouviu novamente uma voz suave ao pé de seu ouvido. Ele se sentiu arrepiar e desistiu de tentar raciocinar.
Matteo queria dizer que não fez de propósito. Ele queria ter respondido à mensagem e as ligações de Diego e mesmo que ele quisesse ter contado tudo o que tinha acontecido imediatamente, não teria conseguido, estava no meio de um interrogatório policial; não que a resposta para isso parecesse ser importante no momento, não para Diego. Ele voltou a beijar Matteo como se esse fosse o único objetivo de sua vida e todo o ar ou pensamentos fugiram para fora da cabeça de ambos.
Aquilo… aquilo era tão errado, bem no meio da rua onde qualquer um que passasse poderia vê-los… Matteo se remexeu e tentou falar, sentindo o ar abandonar seu corpo, desconfortável por outra razão. Bem, talvez ele tenha gemido baixinho, Matteo não saberia dizer, tentado se afastar de Diego só para ser puxado de volta contra sua vontade.
— Qual é o problema? — Diego disse entre suspiros e mordiscadas, a língua dele voltando para dentro da boca de Matteo, massageando a sua e se movendo daquela forma que Matteo mais gostava, o fazendo relaxar mais um pouco, apenas o suficiente para Diego abaixar o zíper das suas calças.
E de novo, ele não tinha o direito de escolha. Diego enfiou os dedos dentro de sua cueca, o fazendo arfar. Entretanto, esse foi o momento onde Matteo ouviu algo, um som estridente que o fez abrir os olhos e perceber o que estavam fazendo. Matteo então desviou a boca dos lábios de Diego, o empurrou pelos ombros e colocou as pernas no chão enquanto fechava o zíper das próprias calças, procurando pelo celular que tocava. Ele definitivamente deveria ter ido para casa em vez de ir até ali há duas quadras do centro comunitário onde crianças e adolescentes vinham em busca de ajuda.
Bem, costumes eram difíceis de serem quebrados.
Matteo enfim se abaixou, abriu o zíper da mochila e encontrou o maldito celular que estava no fundo de um bolso estreito.
— Matteo Rossi? Temos uma vaga para você. — Alguém falou imediatamente, mal lhe deixando atender a ligação.
Era Caren da agência de empregos, sua voz seca e mal-humorada podia ser reconhecida em qualquer lugar. Mal-educada e rude, soava aguda a seus ouvidos.
— Claro. Sobre o que seria?
— Cuidar de duas crianças durante o dia. Com horas extras e direitos trabalhistas.
Com toda certeza seria melhor do que o último emprego. Nisso Matteo podia confiar.
— Pra quando?
— Amanhã às 7h.
— Tudo bem. Devo usar uniforme?
— Não, apenas apareça no horário.
Assim, o telefone foi desligado na cara dele e Diego que estava a seu lado encostado na parede riu, o tocando no rosto e lhe beijando agora suavemente.
— Parece que nossa diversão acabou.
— Você não viu nada. Sabe o que aconteceu hoje? — Diego levantou as sobrancelhas e se inclinou em direção a Matteo, curioso, o que lhe deixou muito aliviado. Ele amava Diego, mas não estava no clima para beijo nenhum.
Matteo desceu do ônibus e parou em frente a um grupo de casas luxuosas, já estranhando o lugar. Ele segurou o celular com força e verificou o endereço que lhe mandaram. Sim, era ali, Rua dos pinheiros… eh… o que parecia estar certo, havia árvores tão altas que pareciam desaparecer entre as nuvens. Ele deu de ombros e andou pela calçada larga, sentindo como se entrasse em um mundo desconhecido ao ver que os tijolos no chão eram pintados de uma cor amarela num tom dourado e fosforescente, se estendendo sem fim por longos quilômetros que mais parecia sair de um conto de fadas conforme as fileiras de residências se perdiam ao horizonte e além.
Ele não podia evitar, se via deslumbrado por aquele lugar; eram os grandes portões que delimitavam as propriedades, as separando por muros ainda mais altos. Árvores gigantes e canteiros menores com flores em diferentes formatos e cores que bloqueavam a visão das outras casas ou do que havia dentro daqueles portões.
Ele continuou andando e parou em frente ao conjunto que tinha o número 17, onde mais um grande portão de ferro negro subia mais alto do que ele podia ver. Matteo não conseguia expressar como era estranho estar num lugar como aquele, o ambiente era tão quieto e a ausência de qualquer pessoa por ali fazia sua pele se arrepiar. E só para ter certeza, ele verificou mais uma vez se aquele era o endereço correto. Matteo coçou os cabelos, tentado a abrir mais uma vez o e-mail com os dados do contratante, porque aquilo só podia ser um engano; o que ele presenciava não podia ser chamado de casa. Agora que chegava bem perto dos portões, podia ver que era um conjunto de pequenas mansões bonitas e bem estruturadas. Cercas brancas, largos jardins, parques, piscinas, academias e tudo mais o que pudesse ser imaginado, além de seguranças que protegiam o perímetro ao redor da propriedade e nas áreas comuns a todos os moradores.
Parecia que ele de fato tinha entrado em uma realidade paralela, o que era estranho. Matteo sentia que ele não era alguém que aquelas pessoas contratariam para trabalhar ali, alguém sem faculdade, sem qualificações ou indicações profissionais adequadas. Mas já que Matteo estava ali… ele deu de ombros outra vez. Que mal tinha em tentar?
Ele andou até a frente do portão e apertou o interfone:
— Com licença, sou Matteo Rossi. Tenho uma reunião com Sofia Gray na casa 4.
— Sim, bom dia. A Senhorita Gray deixou um recado. — O porteiro solicito e educado, lhe disse. — Ela pede desculpas por não poder recebê-lo pessoalmente. Nós o encaminharemos até o local.
Restou a Matteo agradecer e esperar que os portões se abrissem.
Ele jurava que estava tentando manter a mente aberta, porém, a coisa mais esquisita aconteceu em seguida. Enquanto parte do portão deslizava para o lado, dois seguranças com o triplo do seu tamanho o olharam de cima a baixo e pararam em sua frente.
— Documentos. São regras do condomínio. — Matteo achou mais estranho ainda, mas tudo bem. Já que ele tinha embarcado nessa loucura, iria até o fim.
Ele abriu o zíper da mochila e entregou a eles sua carteira de habilitação. O mais alto e ruivo pegou o documento de suas mãos e tirou uma prancheta de dentro do posto da guarita, se aproximou, olhou para as informações que tinha e depois pareceu comparar com as informações do documento.
O mesmo guarda-costas escreveu alguma coisa no papel e entregou o documento e a prancheta para ele, dizendo: — Assine aqui. — Foi tudo o que o ruivo lhe disse antes de Matteo assinar rapidamente e o segurança conferir a assinatura. Quando as informações pareceram bater, o outro segurança que estava ao lado acenou e o guiou até um carro que o esperava em frente a outro portão menor.
Matteo se deixou ser encaminhado até o próximo portão e sentiu vontade de rir; primeiro, esse era algum tipo de prisão luxuosa? E em segundo, por que havia um carrinho de mini golfe ali? O mais interessante era que o carinho até vinha com um motorista particular.
Ainda achando graça, ele entrou no carro, colocou o cinto de segurança e se deparou com um garoto da idade dele, algo entre vinte e vinte e cinco anos, cabelos castanhos, olhos negros e um bonito sorriso largo.
— Primeira vez?
Ele acenou, tentando não demonstrar como tudo aquilo o incomodava e o divertia ao mesmo tempo.
— Não se preocupe, todo mundo fica meio assustado na primeira vez. Qual o seu nome?
— Matteo.
— É um prazer, Matteo. Você pode me chamar de Gabe. Vou te dar uma carona pelo tempo que você ficar por aqui.
— Por quê? Você acha que eu não vou ficar muito tempo?
— Ninguém fica. Não é nada pessoal. Você sabe como são essas pessoas.
— Como elas são?
— Acho que você vai descobrir, não vai?
Assim, quando ele menos percebeu, Gabe parou o carro em frente a casa de número 4.
Sorrindo todo charmoso com covinhas e dentes brancos, Gabe perguntou: — Eu posso? — E antes que Matteo pudesse responder, Gabe o ajudou a tirar o cinto de segurança, deu a volta no carro e estendeu a mão para ele.
Por um motivo que Matteo não compreendia, sentiu uma quentura subir por seu pescoço até encontrar suas maçãs do rosto, um sorriso se formando em seus lábios quando a mão de Gabe tocou na sua e mais envergonhado ainda, ele aceitou a ajuda oferecida.
Matteo desceu do carro e Gabe que estava perto dele o puxou suavemente por um momento, os deixando mais perto ainda, Matteo quase podendo sentir a respiração de Gabe contra seu rosto. Ele observou a forma que Gabe parecia querer se aproximar o resto da distância e pigarreou, enfim dando um passo para trás em direção a casa. Matteo encarou uma última vez os olhos negros de seu mais novo amigo que pareciam brilhar quase maliciosos ao encará-lo e viu o tal sorriso se alargar por algum motivo que Matteo não entendia.
— Não se esqueça, não leve para o lado pessoal. — Ele piscou para Matteo, todo charmoso e deu a volta no carro, entrando no lugar do motorista.
“Certo. Nada pessoal. Claro.” Matteo pensou consigo mesmo, vendo Gabe se afastar rapidamente pelas ruas do condomínio, arrancando para longe dali.
Ele se permitiu respirar fundo e encarou a casa de dois andares que era rodeada por um jardim tão extenso que não era possível ver nada além da natureza, alguns carros e mais árvores que cresciam altas com folhagens volumosas. Não restava para Matteo nada além de tentar ignorar a exuberância do lugar, dizendo a si próprio, não era nada demais; esse seria apenas mais um emprego onde ele ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse dinheiro o suficiente para custear seus estudos. Apenas mais um dentre tantos outros.
Ele deu mais alguns passos em direção à porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza, seguindo o resto do design da casa; tudo muito pálido e em tons pastéis, isso ficando claro até mesmo do lado de fora da casa. Em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto, restando a Matteo respirar fundo mais uma vez, tentando se acalmar. Ele arrumou suas roupas amassadas e segurou na alça da mochila passando a mão nos cabelos, tentando ajeitá-los no reflexo da tela do celular, o que se provou ser inútil. Não havia milagre naquele mundo que o faria se sentir adequado ou bem-vestido, assim, ele se forçou a esperar o mais paciente que alguém como ele poderia.
Não era nada demais, disse a si mesmo mais uma vez. Ele sempre ficava nervoso no primeiro dia e isso nem tinha a ver com os chefes insuportáveis ou abusivos que Matteo já teve o prazer de aturar, não, tudo isso estava impregnado em sua pele não importando para onde ele fosse. Fazia parte de sua condição psicológica.
Impaciente e vencido pela ansiedade, ele tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu bruscamente, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. O homem parecia ter pulado para fora da cama, vestindo apenas calças de moletom cinza e mostrando… mostrando uma trilha de pelos que levava a um certo volume avantajado naquele lugar.
— Sim? — O homem murmurou rouco, seus olhos mal se abrindo e tão sério que Matteo pensou em dar meia volta e escapar daquela situação estranha.
Se sentindo pior ainda, como se alguém revirasse suas entranhas, Matteo manteve seus olhos acima dos ombros do homem seminu e conferiu o celular, verificando novamente o e-mail que a agência tinha enviado.
Casa 4. Empregadora - Sofia Grey.
— Posso falar com a senhora Sofia Grey ?
— Volte no próximo mês. Talvez no próximo ano, sim? Nunca pensei que ela gostasse dos mais novos… — O homem murmurou quietamente como se Matteo não devesse ter escutado, principalmente a última parte, distraído, nem parecendo se importar com a presença dele.
— Senhor…?
— Moore, Derek Moore. — Ele disse de má vontade, bocejando.
— Sr. Moore. — Matteo falou. Ele fez questão de ignorar o que aquele senhor insinuava. — Me avisaram sobre a vaga de cuidador infantil. A agência me enviou aqui.
— Ah.
Derek Moore não agiu como ele esperava. Não, o homem apenas levantou as sobrancelhas e o encarou pela primeira vez parecendo lhe analisar, o dissecando com seus analíticos e intensos olhos verdes, como se tentasse decidir se Matteo valia o seu tempo. O que fez Matteo se sentir ainda mais estranho, querendo se esconder e socar a cara daquele homem ao mesmo tempo.
— Você tem experiência com crianças? — Derek Moore lhe disse, mesmo que não fosse o que o homem pretendia falar. Isso estava nítido para Matteo.
— Cuido dos meus irmãos desde criança. Serve? ��� Quando Matteo viu que parecia desrespeitoso demais, completou: — O anúncio não exigia especificações.
— Me deixe ver.
Não parecia ter sido um pedido.
— Claro. — Ele deu de ombros, fingindo não se importar com aquele interrogatório todo.
Matteo entregou o celular para o Sr. Moore e se sentiu vitorioso quando o homem não achou nada de errado. Sr. Moore apenas pareceu ler, virou a cabeça para o lado e suspirou fundo, dizendo: — Típico dela.
— Se o senhor quiser posso ir embora. — Afinal, nenhum dinheiro era suficiente para passar aquele tipo de humilhação. Ou o que ainda estava por vir. Matteo nunca tinha certeza do que poderia acontecer.
— A culpa não é sua. Entre.
Sr. Moore deu espaço para que Matteo entrasse e assim a porta se fechou, dando início a algo que ele em hipótese alguma poderia ter previsto.
— A culpa não é sua. Entre.
Sr. Moore deu espaço para Matteo entrar e fechou a porta, logo em seguida caminhou para dentro da casa, o guiando pela câmara de entrada.
Matteo tentou seguir pelo cômodo na velocidade do homem, mas teve que parar por um momento. A primeira coisa que viu foi o branco em seu tom mais puro, vendo que conforme ele andava e seus olhos percorriam o saguão, o branco se misturava a outras tonalidades mais claras e neutras. Ele piscou, olhando ao redor e se perguntou o que mais iria encontrar naquele lugar. As paredes eram brancas e os móveis de uma cor clara, neve pálida, que contrastavam com os quadros bonitos no qual ele nunca poderia reconhecer seu real valor mesmo que o pagassem, decoravam tais paredes intercaladas por grandes janelas que iam até o chão em pontos estratégicos; tudo era tão imaculado, tão limpo e claro que ele teve medo de dar um passo à frente e sujar alguma coisa. Por isso, com o maior cuidado possível, Matteo pisou no tapete branquíssimo que se estendia por toda a entrada e andou o mais rápido que pôde tentando alcançar Sr. Moore que já lhe esperava na entrada para a sala de estar, parecendo impaciente.
E como todo o resto, o chão daquela casa também era de um granito branco que reluzia quase lhe cegando. Ele tinha mencionado a grande escada em caracol que levava ao andar de cima? Era lindo, algo saído de algum conto de fadas. Matteo podia muito bem imaginar uma princesa descendo por aqueles degraus claros e lustrados. Ele escutou um pigarro e enfim desviou o olhar da escada vendo que havia duas portas à direita e uma a esquerda, e o cômodo que ele pensava ser uma pequena sala de estar se abriu ampla mais à direita, bem iluminada pelas grandes janelas que também havia ali mostrando o jardim bem cuidado, com mais paredes brancas, sofás creme, uma mesinha de centro e uma televisão de setenta polegadas presa a parede.
Feito um idiota, ele continuou andando enquanto olhava para os lados e sem querer tropeçou no fim do tapete, parando no início da sala de estar. Já o Sr. Moore, tinha andado a passos confiantes pelo longo corredor, lhe esperando, parecendo a cada minuto mais impaciente agora parado no meio da sala.
— Entre. Por favor. — Sr. Moore lhe disse tão sério quanto antes.
Por algum motivo que Matteo não podia explicar, ele se sentia em conflito, embora… embora soubesse ser um tipo diferente de conflito. Era uma sensação engraçada no pé do estômago que fazia os pelos em sua nuca se arrepiarem, como se… podia parecer ridículo, mas ele sentia ter entrado em uma armadilha de forma que se pisasse em falso seria devorado. Ele admitia, tinha atração por um tipo específico de homem. Alto, forte e… decidido.
Bem, ele não sabia se “decidido” era a palavra certa, mas Matteo gostava de acreditar nisso. Ele não sabia, talvez fosse toda aquela pele à mostra, a forma que o homem seminu estava parado no meio do cômodo como se não tivesse nada a esconder, a forma que Sr. Moore parecia usar sua altura para exigir… exigir algo dele. Também era o jeito que aqueles olhos que brilhavam intensos pareciam o espreitar, contidos, atentos, tentando comunicar algo que Matteo se negava em compreender.
Também poderia ser aquele lugar gigante e deserto que lhe dava essa impressão de sufocamento, como se ele fosse minúsculo e a vastidão branca fosse engoli-lo naquela casa que parecia ser a perfeita prisão feita de ouro. Ou ainda pior, poderia ser algo inédito, algo que Matteo recusaria até o fim por puro senso de moral; ele odiava essa sensação que subia por sua coluna e lhe deixava mais confuso, pois, não era justo, ele estava irritado com o homem há menos de dez minutos e agora, bem… Matteo não podia esconder, era algo que vinha a ele naturalmente; essa sexualidade que tentava enterrar o máximo que pudesse e que era óbvio se ele pudesse comparar, era a semelhança na postura desse homem que o encarava dos pés à cabeça tão intensamente que lhe deixava desconfortável e ao mesmo tempo com vontade.
Mas tudo estava bem, Matteo podia admitir isso para si mesmo. O único motivo de hesitar tanto era a lembrança do que havia acontecido ontem, era exatamente por conhecer pessoas como esse homem, autoritário e confiante, como se fosse óbvio que os outros viviam para atender seus desejos, que ele tinha perdido o emprego. Matteo não queria que acontecesse a mesma coisa tão rápido. Ou que acontecesse algo pior.
Ah, por que ele não escutou sua intuição e foi embora quando pôde? Quer dizer… ninguém o obrigava a estar ali, certo? Sr. Moore apenas tinha segurado a porta, lhe dando passagem e andado para dentro da casa. Talvez um pouco com a cabeça empinada? Talvez se colocando mais ereto do que antes como se… como se estivesse estufando o peito? E só talvez… só talvez ele pudesse ver um brilho meio sinistro naqueles olhos que por algum motivo Matteo não conseguia desviar a atenção… Não, devia ser coisa da ansiedade que gostava de lhe pregar peças.
Matteo respirou fundo e fez o seu melhor para se convencer, ele fazia esse sacrifício apenas pelo dinheiro.
Inspirou profundamente, mais uma vez, e deixou o ar sair, dando o primeiro passo para dentro da sala. Depois deu mais um e parou na frente do Sr. Moore que o encarou por mais uns segundos, seu rosto ilegível, braços cruzados em frente ao peito, parado no meio do cômodo com as pernas afastadas. Era difícil impedir seus olhos de seguir a direção natural das coisas.
— Me siga.
Sem esperar por Matteo, Sr. Moore andou a passos largos em direção aos sofás na sala de estar e se sentou pesadamente contra uma das milhares de poltronas que enfeitavam o cômodo, o forçando a ir atrás dele.
— Não vou enrolar. Minha esposa viaja a maior parte do tempo e eu cuido das crianças. Sou pesquisador e não tenho tempo a perder. Elas têm uma rotina. Você deve acordá-la às sete em ponto, trocar elas, me ajudar com o café da manhã, levá-las para a escola, buscá-las, ajudá-las com o dever de casa, mantê-las entretidas até a hora de ir dormir e dar banho nelas no fim do dia. Durante o resto do tempo, eu não me importo com o que você faz. Se você fica aqui ou em outro lugar, não é da minha conta.
— Hmm… tudo bem? — Matteo disse meio confuso, a irritação voltando a subir por seus nervos. — O senhor vai estar presente em algum momento? Ou devo fazer alguma coisa a mais?
— E o que seria isso?
O homem finalmente sorriu para Matteo, mas era algo tão zombador e cínico que ele quase se levantou da cadeira para dar um soco nele.
— Olha, eu não sei o que você faz na casa das outras pessoas, mas aqui você vai fazer o que foi contratado para fazer. Cuidar das crianças e arrumar a bagunça que elas fizerem. Duzentos reais por dia é o suficiente?
— Duzentos reais? — Matteo disse, surpreso. Isso era o dobro do que ele esperava.
— Duzentos reais mais transporte e almoço. Você está livre para comer ou fazer o que quiser.
Sr. Moore deu mais um sorrisinho na direção de Matteo e se espreguiçou lentamente ao se levantar, Matteo observando cada movimento com mais atenção do que o necessário, ainda levemente confuso e se negando a corar. O pior era saber que ele era tão óbvio, não conseguindo evitar o constrangimento.
— Não se preocupe. Acontece com todo mundo. — Sr. Moore piscou para Matteo e enfim se afastou, mas não sem antes falar: — Subindo as escadas, estou no primeiro quarto à direita. As crianças devem ser acordadas em vinte minutos.
Matteo acenou meio zonzo e viu a silhueta dos ombros largos de seu mais novo chefe desaparecer escadas acima.
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Espero que vocês tenham gostado, vou adorar receber um feedback sincero, mas sem pressão. Ficou confuso? Lento demais?
Obrigada por ler!
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kintsugi.
Existe um provérbio japonês chamado Kintsugi, que é basicamente aceitar os desgastes e imperfeições que a vida nos proporciona ao longo da vida, como uma peça de porcelana que está rachada pelo tempo, é olhar para esta rachadura e saber que ela foi usada, mas que por trás dela há uma história.
Téo tinha lido isso alguns anos atrás – muito anos, na verdade -, e agora parado em frente a enorme casa na qual ele morou esse provérbio veio em sua mente. Ele subiu os três degraus da entrada e assim que entrou, a enorme sala se fez presente, e ela estava lá, a grande estante de livros, não só uma, como várias que ocupavam cada parede da sala. Era uma verdadeira biblioteca e o acervo que se encontrava ali continha os mais diversos e raríssimos livros. Téo lembrava-se que desde que “se entendia por gente” a estante já exista e já era quase que cem por cento coberta por livros. Seu pai adorava ler, especialmente ao lada da janela onde colocava sua poltrona de couro. Ele esticava as pernas e com seus óculos de meia lua ele passava noites e noites lendo, sempre acompanhado de um cigarro ou dois. Em uma dessas noites, por volta das três da manhã, Téo, sem sono, foi para a sala e encontrou seu pai sentado mais uma vez lendo algum calhamaço e fumando seu cigarro.
“Venha Téo, sente-se aqui” apontou seu pai para o puff que ficava ao lado de sua poltrona.
“Por que o Sr. lê tanto” perguntava Téo coçando os olhos.
O pai deu uma tragada forte e soltou a fumaça espessa e azulada para a janela que estava aberta. No luar, a fumaça se despedaçou e sumiu na noite.
“Veja bem, Téo, ler é partilhar existências...” ele fez uma pausa. Olhou para a estante. “pense em como todos esses livros foram escritos por pessoas diferentes, de lugares diversos e costumes peculiares que se diferem dos nossos? Ler é partilhar tudo isso, e aprendemos, e vivenciamos (mesmo que de forma não literal) todos esses escritos!”
Téo bocejou. “Mas o Sr. já leu todos esses livros?” perguntou olhando para imensa estante de livros.
O pai ajeitou os óculos de meia lua que estavam na ponta do seu nariz.
“Obviamente que não” ele riu “assim como meu avô e meu pai não leram todos... A vida é curta demais para ler todos os livros que almejamos” ele deu uma tragada no cigarro “por isso temos que saber quais livros ler, a vida é curta demais para ler livros ruins. Lembre-se Téo, todos esses livros irão te ensinar algo, abrace a sabedoria.”
Era evidente que nessa época Téo não deu ouvidos para os conselhos do seu pai. Era muito novo e meninos nessa idade só queriam saber de brincar, mas ele cresceu, e conforme fora crescendo a estante também crescia – e envelhecia -, as pessoas em sua volta estavam indo embora, começou com a mãe, o irmão e por fim seu pai. Téo lembrava bem que seu pai queria morrer fazendo aquilo que tanto amava, que era ficar sentado na sua poltrona de couro lendo algum livro e fumando seu cigarro, e Téo atendeu seu pedido, o levou para casa. Cuidou do pai por uns meses, e toda noite ele repetia seu hábito de ler sentado na sua poltrona de couro – já super desgastada -, fumando seu cigarro – mesmo doente ele se recusava abandonar o cigarro -, e olhando a noite através da sua janela.
Uma dessas noites, Téo que já tinha seus dezenove anos de idade estava em seu quarto fumando um cigarro enquanto lia um livro de poemas – era verdade que ele não tinha herdado o hábito de ler constantemente igual seu pai herdou do seu avô, mas Téo tinha um apreço por poemas, poesias e cânticos sombrios que expressavam os sentimentos mais obscuros do homem -, quando ouviu um barulho vindo da sala.
[1]Não choreis nunca os mortos esquecidos Na funda escuridão das sepulturas. Deixai crescer, à solta, as ervas duras Sobre os seus corpos vãos adormecidos.
Desceu as escadas e quando chegou finalmente à sala, o exemplar caído de “o sol é para todos” estava aos pés do seu pai.
E quando, à tarde, o Sol, entre brasidos, Agonizar… guardai, longe, as doçuras Das vossas orações, calmas e puras, Para os que vivem, mudos e vencidos.
Ele dormia. O cigarro estava no cinzeiro já no seu fim. O sereno da noite adentrava a sala através da janela. O pai dormia. Estava sentado com seus óculos de meia lua agora caído sobre seu peito. Ele tinha uma feição serena, plena e se olhasse bem, ele parecia esboçar um sorriso.
Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos, Da multidão sem fim dos que são vivos, Dos tristes que não podem esquecer.
Téo ficou parado alguns minutos olhando-o. Ele sabia que esse dia chegaria, e já estava preparado para ele, afinal, quando se perde todos em sua volta, saber lidar com a morte se torna fácil. Olhava para o pai. Olhava para estante de livros. Ele estava em paz.
E, ao meditar, então, na paz da Morte, Vereis, talvez, como é suave a sorte Daqueles que deixaram de sofrer.
As lembranças eram invitáveis, e Téo sabia que ficaria vulnerável assim que entrasse naquela casa. Hoje com seus quase cinquenta anos, ele tinha voltado para essa cidade com uma missão. A casa não estava tão deteriorada, mas ainda assim precisaria de uns pequenos reparos, e claro, muita faxina. E isso aconteceu lentamente durante uns meses. Quando chegou ao fim, a casa até parecia do jeito que ele deixou quando foi embora uns anos atrás. Tudo estava no seu devido lugar, mas aquela mesa de jantar continuaria com seus arranhões e a tintura das paredes continuariam descascando. Assim como os livros – mesmo depois de uma boa limpeza -, continuariam com algumas páginas soltas e com seus amarelados devido a ação do tempo. Isso era o Kintsugi. A casa estava intacta, com suas imperfeições causadas pelo tempo, porém com várias histórias para contar, e Téo queria mais pessoas usufruíssem dessas histórias que ficaram por muito tempo presas nesta casa. Foi então que depois de toda reforma ele decidiu fazer dessa casa uma grande biblioteca, que seria o refúgio para quem quisesse viajar por algumas horas em meio aquelas histórias.
[1] Não choreis os mortos, de Pedro Homem de Mello.
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Fermin Antonio Mundaca y Marecheaga. Who was he? Why does he have a gravestone in Isla Mujeres? What is the story of the island’s Hacienda Mundaca, and what was his involvement? A story that has been passed down through generations, unfortunately hard to separate fact from fiction. Join us as we step back in time and delve into the life, love, heartbreak, insanity, and death … the legend of one of Mexico’s most famous pirates. And let's see what the plans are for the gorgeous space that is Hacienda Mundaca on Isla Mujeres, as the team, thanks to the willingness and work of President Atenea Gomez Ricalde, begin the project to restore and rescue the space, highlighting the wonderful history of the island.
Life and Legend of Mundaca
The story of Fermin Antonio Mundaca y Marecheaga begins in Santa Maria, Spain, where he was born, in October of 1825, he finished school and left Spain for the New World. It is said that he was an architect and a great sailor, however, this was a front for his crimes, and he made his fortune by trafficking slaves to Cuban plantations, pirating and smuggling merchandise from foreign ships. He arrived on the shores of Isla Mujeres in 1854 at the age of 29 and set out building his hacienda, “Vista Alegre” (Happy View), a farm that covered 40% of the island with gardens full of exotic flowers and plants, areas with animals, and fruit and vegetable plantations. This was his pride and jewel until he fell in love!
La Trigueña (the brunette) - Martiniana (Prisca) Gomez Pantoja was born in 1862, one of five sisters, she was 37 years younger than Mundaca, and it is said she grew into a beautiful young woman with green eyes, golden bronzed skin, and long dark hair. Despite the age difference, Mundaca fell deeply in love with her, showering her with gifts, even building and dedicating the arches above the gates to the entrance of his farm to her, “La Entrada de La Trigueña (The entrance of La Trigueña), all in the hopes that his efforts and the portrayal of his wealth would win him her heart. However, La Trigueña never accepted Mundaca’s love and instead married a humble local man closer to her age, the story continues that Mundaca was lovesick, heartbroken, and slowly went insane. With his own hands, it is said that he carved his gravestone, which can be found on his tomb in Isla Mujeres’ downtown cemetery.
A Pirate's Grave
Today in the island’s downtown cemetery, you can find the hand-carved gravestone and tomb of the notorious pirate Mundaca, carved with a skull and crossbones to remember his days of piracy, as well as the epitaph and words for his love La Trigueña - “As you are, I was. As I am, you will be.” The gravestone has been kept on the island and is an important nod to the island’s history. However, the remains of Mundaca are not located in his tomb and never made it back to the island. As he lost his sanity, he left the island and the story concluded that he was last seen in Merida, where he died alone. It is said that he died of love!
Hacienda Mundaca
As mentioned, Hacienda Mundaca was a large hacienda first built by the 19th-century slave trader and pirate, Mundaca, once called Vista Alegre, the property would have covered 40% of the island, with areas of plants, flowers, fruit, and vegetable plantations, and livestock. Structures, walls, archways, and other parts of the hacienda still exist on the island today.
The Future of Hacienda Mundaca
In 2015 the place was rescued and for years the partially reconstructed/restored historic location of Hacienda Mundaca was open to the public where visitors could go to view the beautiful botanical gardens, the museum, and the historic ruins of the farm. However, the work done was considered by some as not enough, and the site was closed once again to have more work and restoration done on it, and today it has not yet been reopened.
For years there have been works being done on the archaeological rescue of the place, and this year plans and proposals have been made and announced, and construction has been started to rescue the space. The proposals include the restoration of the open-air theater, a Mayan house, a pirate walk, and even a train that runs through the entire 19 hectares of the Hacienda. The island famous palapa has been removed, and the shops and businesses underneath have been closed as work has begun. The final aim is to highlight and increase the historical and cultural value of the island, creating a space for visitors and islanders to learn about the story and history of the area, the island, Isla’s pirates, and the island’s fishermen.
There are also plans for a new circuit for people to enjoy, with a hiking path and a cycling path, which will begin and end at the entrance of Hacienda Mundaca. This circuit will take visitors along the west coast of the island, to Punta Sur and the temple of Ixchel, and back along the east coast with views of the sea, and lookout points.
https://www.tasteofisla.com/post/the-real-pirate-of-the-caribbean
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