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#prometo que quando me recuperar vou voltar
aidankeef · 3 months
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"Eu vou ligar para o meu advogado e você vai se arrepender de fuxicar o meu diário! Não vai conseguir publicar isso nem na editora de Atena. "
"Um brutamontes com coração - A história de Aidan O'Keef, uma biografia não autorizada."
Nada saberia sobre sua origem grega se não fosse pelo diário de sua mãe, uma mera imigrante irlandesa, que atuava como comerciante de charutos em Boston. Ao que se sabe, ela recebia visitas periódicas de um homem interessante, que trajava roupas de estampa militar, óculos escuros e era um ótimo galanteado, que conseguiu a proeza de convencê-la a aceitar uma reunião no depósito que ficava nos fundos da loja. Nove meses depois, ali estava Aidan. Nos escritos da genitora leu sobre um suposto vínculo mitológico quando ainda era uma criança, mas como não lhe interessou, a informação se perdeu no baú de suas memórias.
Anos mais tarde, sua mãe se casaria com um outro cliente do estabelecimento. O homem era truculento, frequentemente fazia de Aidan um alvo de suas agressões, muitas vezes motivadas pelo excesso de bebidas alcoólicas e pelo péssimo relacionamento com Annelise. A vivência familiar caótica geraram chagas incuráveis na criança de Ares, que vez ou outra tentava fugir de seu lar, mas não obtinha sucesso. Sua mãe, muito ausente pela sobrecarga do trabalho, não exercia a devida vigilância para com o filho.
O ambiente familiar era caótico. Aidan vai monstros e era atacado frequentemente por criaturas diversas que jamais imaginou existir. Inúmeras vezes buscou pela ajuda da mãe, que nada fazia. O padrasto? Muito menos. Era visto como louco, criativo. Depois, as notas na escola despencaram, as agressões se tornaram cada vez mais frequentes como se aquilo fosse o suficiente para corrigir o comportamento do menino, mas nada gerava um resultado positivo. Aos poucos, Aidan começou a consumir as bebidas alcoólicas do padrasto escondido, furtando o dinheiro do homem para conseguir mais bebida e tentar, de uma forma imprudente, sobreviver aos problemas que o rodeavam.
Aidan se tornou um adolescente agressivo, cada vez mais impulsionado pelo ciclo da violência que vivia em sua casa. Iniciou como um bullie e progressivamente se tornou um adolescente delinquente. Rapidamente se tornou conhecido entre os policiais da área e eles toleravam sua conduta em respeito ao seu padrasto, alguém que já havia atuado no setor policial e se aposentou com honrarias.
Entretanto, em uma noite de outono, as coisas saíram do controle. Aidan foi encontrado por policiais enquanto estava alcoolizado em uma briga de rua com meninos mais velhos. Dentro da viatura policial, notou que os olhos dos agentes pareciam diferentes, com um brilho assombroso. Como de costume, os policiais o desceram da viatura e o acompanharam até a porta do apartamento da família. Mas, assim que entraram no elevador, aqueles policiais passaram a grunhir. No canto do olho notou garras surgiram de suas mãos e o adolescente, de apenas quinze anos, passou a batalhar por sua vida usando as próprias mãos. Assim que as portas se abriram, o semideus correu para a porta do apartamento e conseguiu abri-la a tempo. As fúrias acertavam a porta incessantemente enquanto Aidan tentava justificar ao padrasto o motivo de sua entrada triunfal, clamando por socorro. Bom, como esperado, seu padrasto passou a agredi-lo na mesma intensidade que as feras acertavam a porta. A única coisa que o semideus conseguiu fazer foi pular pela janela e fugir pela escada de incêndio, sem olhar para trás.
Foi acolhido por um grupo de criminosos que notaram o adolescente revirando latas de lixo e perceberam que a personalidade e o poder físico lhes serviriam de alguma coisa, já que era extremamente forte, resistência e não possuía nada que pudesse perder. Durante cinco anos o adolescente se graduou como assaltante e sequestrador com os nomes mais conhecidos pelo departamento de polícia local. A empreitada criminosa se expandiu pelo território, Aidan começou a agir em outros estados acumulando mais vítimas. Sátiros chegavam para buscá-lo, mas Aidan insistia em acreditar que tudo era produto de sua mente, uma grande loucura a qual só ele podia enxerga-los. Vivia fugindo de combates, se esgueirando por imóveis abandonados e usando do grupo como um disfarce.
Mas a carreira criminosa cessou quando, estranhamente, foi nocauteado por um motoqueiro enquanto iniciava um assalto dentro de uma empresa tecnológica.
Seu primeiro contato com o pai foi assustador. Ares, estava enfurecido pela descrença e pela resistência do filho. Desarmou Aidan facilmente e o adolescente passou a ser lançado pelo local como um boneco de pano. Irado, tentava avançar novamente e seu corpo era estilhaçado como vidro jogado ao solo. Só parou quando Aidan estava imóvel no chão, com ossos quebrando, sangramentos aparentes e a dignidade dilacerada.
Ares exigiu que Aidan fizesse a entrega de um objeto em um endereço previamente delimitado, identificando-se como seu pai sem informar o seu nome divino. Aidan foi encontrado por um sátiro selecionado pelo pai, que tratou previamente seus ferimentos e o obrigou a proceder fielmente com a entrega, obedecendo cada detalhe das instruções. Foi assim, como serviçal da vontade do pai, que conheceu o acampamento meio-sangue e não mais optou por sair.
Cerca de ume mês depois de sua chegada, com dezoito anos de idade, foi reconhecido pelo pai durante um treinamento na arena, perante todos os irmãos. Em uma gratidão e devoção insensata, tornou-se o feitor dos anseios do deus. Vez ou outra era acionado para proceder com pequenas tarefas como objetos à desconhecidos e agora como chantagista nos acordos do deus grego.
Seu poder já se manifestava desde pequeno, mas o percebeu de fato de forma atípica: no quarto, com uma antiga namorada.
O casal discutia sobre os rumos do relacionamento quando a névoa avermelhada influiu sobre a garota e, em questão de segundos, a semideusa endurecida o atacou e o conflito precisou ser apartado por seus irmãos. Desde então, recebeu o ordenamento que sua presença seria obrigatória nas aulas de controle para sua habilidade, até o momento em que atingisse o nível três. Coisa a qual não aconteceu já que Aidan recusava a submissão às ordens de Quíron, tendo confrontos frequentes com o deus.
Agiu em inúmeras missões como um tanque de guerra. Aguentando ataques e sendo a força bruta das equipes. Aderiu ao grupo dos patrulheiros seguindo estritamente as tradições do chalé de Ares, já que agora sentia pertencer a algo além das ruas. Tinha um lar, uma família e hábitos, tudo que nunca possuiu antes.
Esteve presente durante a profecia, levemente embriagado, e cogitou que tudo era alguma pegadinha dos filhos de Hermes. Após o alerta, passou a atuar mais intensamente nos treinos com as armas, adquirindo grande experiência com adagas (suas armas iniciais).
Sua lealdade é restrita ao pai e a si mesmo. Se Ares ocupa um lado, logo deduz que é o ideal e o segue como uma ovelha de rebanho. O pai por sua vez, parece ter certas afeição pelo filho justamente pelo temperamento e pela adoração irredutível.
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cmechathin · 8 months
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then you come through like the sweetener that you are (celric)
Riu baixinho com o tapa que Celeste deixou em seu braço, satisfeito em ter tido êxito em sua tentativa de provocá-la, e observou bem humorado enquanto ela explicava a verdade para Maddie. A criança ainda não sabia desse pequeno detalhe dos poderes de Cedric, que ele tinha revelado apenas para sua irmã, e demonstrou sua surpresa junto com um toque de animação. O Bondurant conseguia ver como as duas eram próximas e provavelmente seu dom seria algo  que Madeleine gostaria de dividir com a irmã. Ele mesmo sabia como descobrir tal habilidade havia sido útil em sua própria infância. Mesmo que uma sombra de seu estado desanimado tivesse voltado rapidamente a aparecer na face da mais nova, Celeste foi rápida em recuperar a leveza da conversa e, quando Maddie riu, Cedric não pôde deixar de notar certas semelhanças com a risada rara da primogênita Mechathin. “Inclusive acho que é ele quem precisa me dar a mão, Maddie. Ele não é tão corajoso quanto você pensa!”, a maga de fogo disparou, fazendo Cedric erguer as sobrancelhas. Ela tinha uma expressão de zombaria, em clara retaliação. Com isso, certo nervosismo o invadiu instantaneamente. Foi apenas o suficiente para diminuir um pouco seu sorriso e fazê-lo lamber os lábios, disfarçando, mas o significado de sua fala o trouxe um embaraço sutil. Ele realmente buscava seu toque em momentos inesperados e o mantinha por mais tempo do que precisava, apreciando a forma como sua pele estava sempre morna e tocá-la diminuía um pouco do desconforto que aparecia ao estarem próximo sem poderem juntar os lábios. E, aparentemente, Celeste reparava nisso. Sob os olhares de ambas, fingiu se interessar no filme novamente. ー Olha, eles vão finalmente entrar no castelo! ー Exclamou, mantendo o olhar fixo na tela após o anúncio. Para Celeste, provavelmente sua tentativa de retirar a atenção da armadilha que ele mesmo tinha preparado para si não passou despercebida, mas pelo menos não teria que admitir através de sua hesitação que o que ela dizia estava perto demais da verdade. Os comentários de Madeleine se tornaram menos frequentes à medida que o filme avançava, mas foi somente quando ouviu o respirar profundo da criança que Cedric reparou que a razão disso era o horário avançado. Tinha ficado muito tarde para uma criança daquela idade. Ela havia se aconchegado sobre o corpo da irmã mais velha e agora dormia pesadamente, mesmo sob os sons de batalha da animação. A cena era estranhamente adorável, ainda mais considerando que uma das pessoas envolvidas nela era Celeste Mechathin. Vendo a posição em que Celeste se encontrava, que provavelmente dificultaria mais do que o necessário sua saída do sofá, o mago de ar se virou para as duas e perguntou, em um tom baixo o suficiente para não acordá-la: ー Quer que eu leve ela pra cama? - Cedric sabia muito bem caminhar suavemente, seus treinos elementais exigiam tal serenidade em seus movimentos, mas até mesmo ele se surpreendeu quando Maddie despertou somente ao ser colocada sobre os lençóis arrumados. Ela coçou os olhos, sonolenta, e olhou em volta por um instante. ー Você não vai embora, não é? ー Ela murmurou para o Bondurant, com a voz meiga bem usada o atingindo diretamente no coração. Ele mordeu o lábio inferior, olhando na direção de Celeste uma vez antes de voltar a fitar a maga de água. Ajudou-a a entrar dentro do cobertor e levantou o tecido até seu pescoço. ー Não vou. Mas sua voz não passou a firmeza necessária, pois ela o pressionou, mesmo que quase fechando os olhos novamente: ー Promete? Vai estar aqui amanhã? E, incapaz de negar, apesar de um minuto antes estar planejando a volta para a própria casa, ele confirmou, rindo levemente: ー Prometo.
Aparentemente, o atrevimento do Bondurant se extinguiu com a mesma rapidez que apareceu, pois ele não acrescentou nenhum comentário e desviou a atenção de todos para o filme, claramente desconfortável com o rumo da conversa. Celeste reprimiu um riso e Madeleine pareceu satisfeita com o retorno do foco à sua animação preferida, se aproximando da irmã mais velha e descansando a cabeça no ombro dela.
Faltava menos da metade do filme para acabar, mas meia hora depois Maddie já dormia profundamente nos braços de Celeste. Quem percebeu primeiro foi Cedric, que tinha uma visão privilegiada do rosto da pequena, e ele logo a deixou saber. A maga de fogo assentiu com a cabeça em resposta, se movendo lentamente para não acordá-la e ele a pegou no colo com suavidade. Conseguiria levá-la se quisesse, ainda que com certa dificuldade, mas lá estava Cedric com seus braços fortes oferecendo ajuda, então por que não?
Celeste desligou a TV e seguiu ambos até o andar de cima, observando o rostinho sereno de Maddie enquanto subiam as escadas. Só ela mesmo para fazer um Bondurant assistir a um filme de princesas com duas Mechathin e carregá-la para o quarto sem reclamar. 
Tentaram fazer o mais absoluto silêncio, mas foi só ser colocada na cama que sua irmã acordou, com uma única preocupação em mente: se Cedric iria embora. Celeste revirou os olhos, soltando um riso silencioso. Era extremamente irritante o quanto Madeleine parecia afeiçoada à ele.
Não sabia se o mago tinha realmente planejado ficar a noite inteira de primeira, mas agora não tinha mais como voltar atrás, já que prometia a ela dormir lá e Maddie sabia ser extremamente desagradável quando quebravam alguma promessa feita a ela. Se não cumprisse o que prometeu, teria que lidar com uma Madeleine feroz.
Celeste observou a cena com certo afeto e sem se intrometer, pois Cedric colocava a pequena maga para dormir em seu lugar como se fizesse isso há anos. Após a pequena troca, ela voltou a dormir tranquila e a mais velha se aproximou dos dois, se agachou perto da cama e deixou um beijo em sua testa por hábito.
ー Ela realmente não queria falar do que aconteceu… ー falou com certo pesar, acariciando o cabelo da menina. Não deveria estar passando por tudo aquilo tão nova. 
Ela suspirou. Lidaria com isso depois.
Então, sussurrando ainda mais baixo, perguntou:
ー Você vai dormir aqui mesmo? No sofá? ー sua pergunta tinha um quê de zombaria, pois Celeste se divertia com a ideia.
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cbondurant · 8 months
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then you come through like the sweetener that you are (celric)
cmechathin:
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Riu baixinho com o tapa que Celeste deixou em seu braço, satisfeito em ter tido êxito em sua tentativa de provocá-la, e observou bem humorado enquanto ela explicava a verdade para Maddie. A criança ainda não sabia desse pequeno detalhe dos poderes de Cedric, que ele tinha revelado apenas para sua irmã, e demonstrou sua surpresa junto com um toque de animação.
O Bondurant conseguia ver como as duas eram próximas e provavelmente seu dom seria algo  que Madeleine gostaria de dividir com a irmã. Ele mesmo sabia como descobrir tal habilidade havia sido útil em sua própria infância. Mesmo que uma sombra de seu estado desanimado tivesse voltado rapidamente a aparecer na face da mais nova, Celeste foi rápida em recuperar a leveza da conversa e, quando Maddie riu, Cedric não pôde deixar de notar certas semelhanças com a risada rara da primogênita Mechathin.
“Inclusive acho que é ele quem precisa me dar a mão, Maddie. Ele não é tão corajoso quanto você pensa!”, a maga de fogo disparou, fazendo Cedric erguer as sobrancelhas. Ela tinha uma expressão de zombaria, em clara retaliação. Com isso, certo nervosismo o invadiu instantaneamente. Foi apenas o suficiente para diminuir um pouco seu sorriso e fazê-lo lamber os lábios, disfarçando, mas o significado de sua fala o trouxe um embaraço sutil.
Ele realmente buscava seu toque em momentos inesperados e o mantinha por mais tempo do que precisava, apreciando a forma como sua pele estava sempre morna e tocá-la diminuía um pouco do desconforto que aparecia ao estarem próximo sem poderem juntar os lábios. E, aparentemente, Celeste reparava nisso.
Sob os olhares de ambas, fingiu se interessar no filme novamente.
ー Olha, eles vão finalmente entrar no castelo! ー Exclamou, mantendo o olhar fixo na tela após o anúncio.
Para Celeste, provavelmente sua tentativa de retirar a atenção da armadilha que ele mesmo tinha preparado para si não passou despercebida, mas pelo menos não teria que admitir através de sua hesitação que o que ela dizia estava perto demais da verdade.
Os comentários de Madeleine se tornaram menos frequentes à medida que o filme avançava, mas foi somente quando ouviu o respirar profundo da criança que Cedric reparou que a razão disso era o horário avançado. Tinha ficado muito tarde para uma criança daquela idade. Ela havia se aconchegado sobre o corpo da irmã mais velha e agora dormia pesadamente, mesmo sob os sons de batalha da animação. A cena era estranhamente adorável, ainda mais considerando que uma das pessoas envolvidas nela era Celeste Mechathin.
Vendo a posição em que Celeste se encontrava, que provavelmente dificultaria mais do que o necessário sua saída do sofá, o mago de ar se virou para as duas e perguntou, em um tom baixo o suficiente para não acordá-la:
ー Quer que eu leve ela pra cama?
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Cedric sabia muito bem caminhar suavemente, seus treinos elementais exigiam tal serenidade em seus movimentos, mas até mesmo ele se surpreendeu quando Maddie despertou somente ao ser colocada sobre os lençóis arrumados. Ela coçou os olhos, sonolenta, e olhou em volta por um instante.
ー Você não vai embora, não é? ー Ela murmurou para o Bondurant, com a voz meiga bem usada o atingindo diretamente no coração.
Ele mordeu o lábio inferior, olhando na direção de Celeste uma vez antes de voltar a fitar a maga de água. Ajudou-a a entrar dentro do cobertor e levantou o tecido até seu pescoço.
ー Não vou.
Mas sua voz não passou a firmeza necessária, pois ela o pressionou, mesmo que quase fechando os olhos novamente:
ー Promete? Vai estar aqui amanhã?
E, incapaz de negar, apesar de um minuto antes estar planejando a volta para a própria casa, ele confirmou, rindo levemente:
ー Prometo.
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PhotographTale - Temporada 02
[Imagem sendo feita]
Data do blog feito agora em: 28 - 07 - 2023 mês de julho às 23:53 horas. Explicação da Fanfic: "Escrevendo assim é quando tem um personagem sem nome ou quando está narrando na fanfic."
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Episódio 06: Sendo pai tão cedo.
"Vamos esperar que te dão alta eu tenho que ver a minha empresa prometo sempre voltar aqui para te visitar mais agora descanse pra se recuperar" - Pablo.
"Está bem eu vou esperar então" - Blaster.
"Tá bom então" - Pablo saiu da cadeira que pulou ficando em pé e saiu do quarto falando para as enfermeiras monstros para cuidarem bem dele e tratar bem igualmente e assim saiu do hospital e as enfermeiras concordaram com ele"
"Logo que me apareça uma criança tão de repente e ainda sendo um humano.. Devo confiar?" - Pablo bem preocupado
"Na casa de Toriel com Asgore e Seyve o ninando esse bebê"
"Conseguiram fazer o seyve dormir de novo"
"Ele está dormindo agora eu acho melhor a gente se preparar nós.. Vamos se ver.. Novamente?" - Toriel Forrest.
"É claro que vamos se ver! Eu te prometo a sobre a isso eu tenho um presente é nosso diário de vida de nós três" - Asgore Dremmur dá um diário pessoal para a Toriel Forrest.
"Oh querido isso é muito gentil e fofo da sua parte eu amei e vou sempre olhar" - Toriel Forrest pegou o diário e guardou na bolsa dela.
"De nada e obrigado pelo beijo de antes de ir para o trabalho.. Err eu gostei muito" - Asgore Dremmur disse com o rosto todo vermelho corado.
"Toriel riu bem baixo para não acordar" - Toriel Forrest.
"Prometem que vão ficar bem e se cuidarem? Se precisar de mim é só ligar para mim sabe disso não é? - Asgore Dremmur.
"Sim eu sei muito bem disso pode deixar que vou contar com você" - Toriel Forrest.
"Okay" - Asgore Dremmur.
"Eles se despediram com abraços e beijos na bochecha um do outro e um foi e ficou na sua própria casa toriel ficou em seu quarto com o seyve na cama dela os dois descansando e asgore chegou em casa já seria outro dia como qualquer um dia"
"Alphys estudando sobre a alma do Undyne e undyne na maca descansando"
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Blog salvo e feito em data de 28 - 07 - 2023 mês de julho ano de 2023 às 00:09 horas da noite. Contínua?
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hmdaora · 1 year
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Madonna compartilha selfie no Instagram e fala sobre sua saúde e planos para a turnê
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Madonna se recupera de infecção grave e adia turnê
Madonna, a rainha do pop, está se cuidando após uma internação na UTI por causa de uma infecção bacteriana. Ela agradeceu aos fãs pelo apoio e disse que está se sentindo melhor.
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"Vocês me encheram de amor, orações e energia positiva. Eu estou muito grata por todas as coisas boas da minha vida", escreveu ela no Instagram no dia 10 de julho, junto com uma foto sua. "Quando eu acordei no hospital, o primeiro pensamento foi nos meus filhos. O segundo foi que eu não queria desapontar quem comprou ingressos para a minha turnê".
A turnê The Celebration Tour, que começaria no dia 15 de julho no Canadá, foi adiada. Madonna disse que vai remarcar os shows na América do Norte e começar a turnê na Europa em outubro.
"Minha prioridade agora é a minha saúde e me fortalecer. E eu prometo para vocês que eu vou voltar assim que possível", afirmou ela. Madonna recebeu alta no final de junho e recebeu muitas mensagens de carinho de fãs, amigos e celebridades, como Donatella Versace.
"Estamos com você até o fim, Madonna", escreveu Donatella. "Estou mandando amor, força e abraços para você se recuperar logo. O mundo está ansioso para te ver nos palcos de novo! Eu te amo muito".
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re-construcao2023 · 2 years
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ISIS Nesse tempo em que Alice esteve fora não teve um dia se quer que eu não tenha pensado nela e como eu queria que ela estivesse comigo na escola . Ela sempre tinha um jeito de me defender das demais que viviam no meu pé ; Alice sempre foi a mais alta da turma tinha a pele branca feito neve os cabelos escuros igual a noite e os olhos claros que parecia refletir todo o azul do mar o que fazia todos os rapazes caírem aos seus pés e as outras meninas morrerem de inveja.
Passei a tarde inteira lendo O morro dos ventos uivantes para ver se esquecia do que tinha acontecido quando de repente ouço um barulho de estralo , fui em direção a janela para ver se era um passarinho que havia batido e se machucado mas quando me dei conta de que era Alice que estava ali plantada em meu jardim todo aquele turbilhão de sentimento havia voltado  saí correndo para fora ao seu encontro ; ela mal conseguia me olhar nos olhos quando cheguei apenas me abraçou forte me impedindo de fazer qualquer pergunta sobre seu sumiço.
- Eu sabia que essa cor caíria bem em você . – Disse Alice passando seus dedos entre meus cabelos  ruivos e olhando para ele .
- Não vai mesmo me falar o que aconteceu não é . – Retruco afastando sua mão de mim e me mantendo um pouco distante .
- Eu só queria passar meu tempo com a minha melhor amiga será que isso é pedir demais? Sentou na escada olhando para dentro da janela de casa para ver se meus pais não estavam.
– Foram quase 2 anos Alice  , 2 anos sem saber onde você estava sem saber nenhuma noticia sua , você tem ideia do quanto foi difícil acostumar com a ideia de que você nunca mais iria voltar e agora você esta aqui na minha frente e eu não sei se eu te expulso ou se te convido para entrar , mas eu mereço uma explicação tenho que saber se há uma boa razão pra você ter ido sem se despedir. – Me sento do seu lado e fico olhando para ela com um olhar decepcionado, nesse momento todo o meu corpo se cala para ouvi-la.
- Não tem ideia do quanto foi difícil sair daqui sem te ver , mas eu te levei comigo esse tempo todo por que você é a única parte boa que me aconteceu nessa cidade Ísis ; eu precisei ir embora com a minha irmã e estou aqui agora eu prometo que vou recuperar todo o tempo perdido ; eu até aprendi a cantar todas as músicas do Bruno Mars só pra não ter que desligar toda vez que você coloca o cd olha . – Deixa sua mão por cima da minha colocando seus dedos entre os meus e acariciando com seu polegar em seguida começa a cantar um trecho de The Lazy Song imitando uma parte da coreografia do clipe mexendo sua cabeça de acordo com a música .
- Primeira vez que te reencontro e você já acaba transformando Bruno Mars em uma versão live Chernobyl seja bem vinda de volta Alice . – Digo rindo após ela terminar de cantar .
- Tenho que ir pra casa terminar de arrumar minhas coisas por que amanhã eu volto para a nossa querida e velha escola ; até amanha então Ísis – Se levanta me dando um sorriso indo direção ao portão .
- ESPERA . Ela se vira então eu a abraço forte como fosse a ultima vez que nos veríamos .- Até amanha . Me solto e acompanho com meu olhar ela partindo para a sua casa que ficava em frente a minha.
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hstyles-imagines · 4 years
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Aproximadamente 1470 palavras.
Masterlist.
Depois de 84 anos sem postar...
Meu nome é Baby.
Harry estava nervoso.
Há alguns dias estava com um desconforto incomum em sua mandíbula e dificuldade na hora de mastigar, o que uma rápida consulta ao dentista deixou mais que claro que ele precisaria ter seus 4 terceiros molares – os famosos sisos – extraídos. O pequeno procedimento cirúrgico foi marcado para o dia seguinte à consulta e, por necessitar anestesia, sua namorada, S/N, insistiu em o acompanhar.
Harry não estava nervoso com a extração dos dentes em si – sempre teve muito cuidado com sua saúde bucal e estava acostumado com consultas regulares de check up – seu problema era com a anestesia; sabia que iria ficar sedado por um pouco mais de uma hora e que quando acordasse não estaria completamente consciente. Ele não estava nem um pouco confortável com a ideia de que não teria completo controle sobre ele mesmo e para piorar, a probabilidade de que ele não se lembre do que fez ou falou enquanto ‘drogado’ é de mais de 90%.
S/N tentava não rir da expressão engraçada de Harry – o rapaz parecia uma criança com os braços cruzados na altura do peito e sobrancelhas cerradas enquanto pensava concentrado em algo, uma de suas pernas balançava sem ritmo algum como se uma onda de eletricidade a percorresse – Ele apenas saiu de seus pensamentos quando sentiu a mão da moça pousar delicadamente em sua perna parando seus movimentos ansiosos. Ele a encarou e não hesitou em agarrar a mão em seu colo, seus dedos logo encontrando seus devidos lugares entre os dela.
“Não fica nervoso, amor.” Ela disse baixinho apenas para ele ouvir, seus olhos e sorriso doce o suficiente para acalmá-lo um pouco. “Vai dar tudo certo, ok?” Harry desviou seus olhos dos dela e sua perna voltou a balançar. “Baby…” Ela chamou tentando recuperar sua atenção.
Harry sabia que estava agindo feito uma criança mas não é como se conseguisse evitar. “Lovie… por favor…” Começou mas logo foi interrompido.
“Hazz, eu não posso fazer nada. Você precisa tirar esses dentes. Lembra como estava sendo horrível mastigar sentindo dor?”
“Mas… mas eu posso passar a tomar aqueles shakes de proteína com gosto ruim, eu não me importo…” Ele respondeu sem pensar muito e fez S/N rir.
“Você ainda nem foi anestesiado e já não ‘tá fazendo sentido nenhum.”
“Mas lovie, eu não quero ser anestesiado.” Disse sério. “Várias pessoas morrem por causa de anestesia, eu não quero morrer, lovie…” Continuou apertando a mão dela.
“Baby, a probabilidade de você morrer por causa da anestesia é de 1 em 50,000. E é melhor que você esteja sedado amor, é um procedimento muito invasivo.” Ele suspirou com as palavras da namorada. “Mas eu prometo que vai dar tudo certo.” Ele a encarou novamente em busca de conforto.
“Ok.” Respondeu.
Eles ficaram em silêncio por mais alguns minutos até que o rapaz o quebrou.
“Promete que vai me perdoar se eu fizer algo idiota?” Pediu sincero.
“Claro que sim, amor.”
“Mesmo e se eu fa-…” Harry estava no meio de sua frase quando seu nome foi chamado.
“Harry Edward?”
E depois disso, tudo ficou um pouco embaçado para ele.
//
Depois de mais de 1 hora de cirurgia, S/N foi chamada para ver o namorado. Harry ainda estava sentado na cadeira em que o procedimento foi realizado – seus olhos estavam fechados e suas bochechas coradas devido ao anestésico que corria em seu sangue, ele tinha a boca levemente aberta deixando o algodão em cima dos pontos recém colocados à amostra.
A dentista riu da figura a sua frente e com cuidado balançou o ombro do rapaz que abriu os olhos devagar, claramente desorientado.
“Harry, você já pode ir. S/N vai te levar pra casa. Ok?”
“Lovie…” Harry ignorou completamente a dentista assim que avistou a namorada.
“Como você tá se sentindo, baby? Pronto pra ir pra casa?” Ela perguntou se aproximando e ele foi rápido em envolvê-la em um abraço desengonçado. “Ei, calma amor…” S/N disse rindo tentando recuperar o equilíbrio.
“Ele estava tão nervoso que resolvi usar um pouquinho do gás do riso também, mas tudo deve voltar ao normal depois que ele dormir por algumas horas.” A mulher de meia idade disse rindo do comportamento de Harry.
“Ok, espero conseguir chegar em casa com ele agarrado na minha cintura.” Ela riu.
Depois de alguns minutos conversando sobre troca de curativos, horário dos medicamentos e alguns cuidados essenciais, o casal seguiu até o estacionamento da clínica – Harry em uma cadeira de rodas ainda muito debilitado para fazer o caminho. Assim que percebeu que estava sendo guiado para o banco do passageiro Harry reclamou: “Ei! Esse é o meu carro, eu que tenho que dirigir.”
“Não, obrigada! Eu quero chegar em casa viva.” Respondeu a moça afivelando o cinto do rapaz e logo depois entrou no carro também. Harry cruzou os braços na altura do peito e algo parecido com uma expressão zangada se formou em seu rosto. “O que foi, amor?”
“Eu queria ir de avião.” Disse sério.
“Mas a gente mora pertinho.” Ela respondeu rindo.
“Por que você tá rindo de mim?” Ele perguntou ofendido – o algodão em sua boca deixando sua voz estranha e fazendo a cena ainda mais engraçada. “Para de rir de mim, lovie…”
“Ok, baby. Desculpa por rir de você. Uh?” Disse tirando uma de suas mãos do volante e levando até os cabelos do namorado que esqueceu da atitude rude da moça instantaneamente.
Foi quando Satisfaction do Rolling Stones começou a tocar no rádio do carro que Harry se empolgou um pouquinho mais do que era seguro em suas condições – ele cantava e balançava a cabeça ao ritmo da música como se não houvesse amanhã.
“Harry, você não pode se mexer tanto, ‘tá bom? Fica mais quietinho, ok?” S/N pediu delicadamente quando parou no sinal vermelho e agarrou a mão do rapaz que logo a dispensou se virando para a sua janela. “Ei, o que foi?” Ela perguntou confusa. “‘Tá sentindo dor?” Continuou preocupada.
“Não.” Respondeu sem olhar para ela.
“O que foi então?”
“Meu nome é Baby, não é Harry.” Disse dessa vez encarando-a com lágrimas nos olhos.
“Oh, é mesmo?” Ela perguntou rindo e voltou sua atenção para a estrada quando percebeu o sinal verde.
“É claro que é.” Harry respondeu óbvio – ‘Como assim sua própria namorada não sabia seu nome?’ - Pensou.
“Desculpa, baby. Você tá certo.”
“Eu sou Baby e você é Lovie.” Harry explicou e ela não conseguiu deixar de rir, ele parecia uma criança falando. Tão adorável. “Por que você tá rindo de mim de novo?” Perguntou com as sobrancelhas franzidas.
“Não, não. Eu não ‘tô rindo de você.” S/N respondeu rápido tentando evitar magoar os sentimentos dele outra vez.
“Eu sou seu marido, você não pode rir de mim. ‘Tá nas regras.”
“Oh, você é meu marido agora?” Ela perguntou curiosa com a resposta.
“Uhum…” Harry fez que sim com a cabeça devagar.
“Desde quando? Hum?”
“Eu não sei.” Ele respondeu sincero. “Você pode casar comigo outra vez pra eu lembrar?” Pediu.
“Eu acho que posso fazer isso por você.” Ele sorriu feliz com a resposta.
//
Assim que chegaram a casa, S/N levou o namorado até o quarto e – depois de trocar os curativos em sua boca e fazer com que ele tomasse o anti-inflamatório recomendado – ela o deitou na cama e esperou que ele dormisse – o que não demorou a acontecer.
Depois de um pouco menos de 1 hora dormindo Harry começou a despertar, seus olhos abrindo devagarinho e se aproximando mais da namorada.
“O que foi, baby? ‘Tá doendo?” Ela perguntou deixando o namorado esconder o rosto no pescoço dela. Harry fez que sim com a cabeça e logo uma das mãos de S/N estava em seus cabelos numa tentativa de conforto. “Quer um analgésico?” A moça perguntou e o rapaz respondeu um ‘não’ abafado. “Mas você não está com dor?”
“Uhum, mas eu quero beijinho.” Ele respondeu baixinho levantando a cabeça com olhos inocentes e inchados de sono. S/N deixou um selinho delicado nos lábios dele que sorriu com a sensação. “Mais um, por favor?” Ela o beijou novamente e depois deixou vários outros por todo o rosto dele o fazendo rir.
“Já é o suficiente por hoje? Uh?” S/N comentou fazendo o semblante do rapaz cair.
“Mas eu quero mais…” Protestou.
“Baby, você precisa dormir pra melhorar mais rápido.” Tentou argumentar.
“Mas eu não quero dormir, lovie.” Continuou e escondeu o rosto no pescoço dela novamente.  
“Harry, eu prometo que vou te dar quantos beijos você quiser amanhã.”
“Promete?”
“Uhum.”
“Ok.” Harry a puxou para mais perto pela cintura e deitou sua cabeça nos seios da moça, os dedos dela fazendo uma massagem gostosa no couro cabeludo do rapaz. “Lovie…” Ele chamou baixinho.
“Oi.” Ela respondeu.
“Meu nome é Baby.” Ele disse baixinho, num tom quase inaudível, e ela riu. Ela tem o namorado mais fofo do mundo.
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All the love. x
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sunleth-haze · 3 years
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『Na saúde ou na doença 』
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【 01 】 、【02】 、【03】、【04】、【 05】 、【06】
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Kiki: 37.8°C ... Deve ser porque você está cansada de fazer tanta hora extra ultimamente.
Que tal você ir mais cedo pra casa e descansar? Eu aviso o RH.
《 A preocupação de Kiki lhe deixa feliz, mas ao olhar a pilha de arquivos em sua mesa, você balança a cabeça. 》
Rosa: Estou quase chegando no fim do caso. Vou ter um bom descanso assim que eu terminar de lidar com os arquivos.
Além de que é apenas uma leve febre. Você não precisa se preocupar tanto comigo.
Kiki: tudo bem... mas se você se sentir pior, você tem que me contar!
Rosa: Claro!
《 Você massageia levemente as têmporas, e se apoia à mesa ao se levantar pra pegar um copo de água quente na área de convivência. 》
* ੈ✩‧₊˚Área de Convivência* ੈ✩‧₊˚
Artem : Aqui está você. Como anda a situação daquele projeto com a Pax...
《 Sua mão de repente enfraquece justo quando ia responder à Artem. O copo de água quente cai no chão e se quebra.
O barulho do copo quebrando interrompe a fala de Artem, instantaneamente clareando sua mente turva pela febre.
Rosa : Artem? Você não se queimou, né? Eu sinto muito... foi um acidente da minha parte. Eu...
Artem : Acalme-se, eu estou bem. Sente-se. Você não me parece bem, está doente?
Rosa : Sim, é apenas uma leve febre, mas eu prometo que não vou deixar isso atrapalhar meu trabalho.
《 Você pode ver a expressão de Artem se escurecer à isso. O franzido na sobrancelha dele está mais profundo que quando em um caso difícil.
Kiki que estava passando com alguns documentos vêm correndo depois de ouvir o copo quebrando. 》
Kiki: Rosa, seus lábios estão pálidos... vá pra casa e descanse logo!
O que houve com esse vidro quebrado? Artem, você não pisou nele, pisou? Eu vou pegar uma vassoura pra limpar logo isso!
Rosa : Ah, Kiki....
《 ...zoom, e ela se foi. 》
Artem : Vá pra casa. Eu cuido do resto. Lembre de pedir um atestado médico quando voltar.
Rosa: Eu estou quase terminando. Eu ainda posso...
《 Sentindo o firme olhar de Artem, você abaixa a cabeça conforme sua voz fica mais suave. 》
Artem : Pessoas doentes não deveriam se esforçar tanto.
《 mordendo os lábios você olha pra ele e vê os olhos escuros dele olhando pra você. 》
Artem : Cuide-se bem. O trabalho pode esperar, vá pra casa e descanse.
《 Apesar do tom dele ser mais gentil do que o normal, ainda assim era um que não deixava espaço pra argumentos. 》
Rosa: Entendi. Vou organizar os arquivos e entregá-los a você antes de sair.
Artem : Não precisa, vá pra casa e descanse. Deixe tudo comigo.
Rosa : Obrigada... Artem..
* ੈ✩‧₊˚ Seu quarto * ੈ✩‧₊˚
《 Ao chegar em casa, você vai direto ao quarto e pega o termômetro em sua gaveta de remédios ao lado da cama. 》
Rosa : ... 37.5°C, está mais baixa que quando na firma. Essa febre vai embora mesmo que eu deixe por assim, certo?
Mas eu deveria tomar algum remédio e me recuperar o mais rápido possível pra evitar causar mais problemas ao Artem.
《 Você continua a olhar pra gaveta de remédios. Pelo medo de que ficar doente interfira com o trabalho, sua gaveta está cheia com vários remédios de resfriado e febre. 》
Rosa : Este é pra febre... esse é pra dor de cabeça... esse é de dor de garganta...
Pareço ter todos esses sintomas. Eles não poderiam fazer um remédio que trata tudo...
Vou tomar todos. Espero que façam efeito ao mesmo tempo, e que eu esteja completamente recuperada na hora que eu acordar.
《 Depois de tomar o remédio e colocar o pijama, você apaga as luzes e vai dormir.
Talvez seja o remédio mas a sensação de calor pela fraqueza se espalha pelo seu corpo. Sua consciência turva fica mais embaçada. O celular vibra em seu travesseiro, acordando de seu sono dos sonhos.
Você mal consegue reunir forças pra acender a lâmpada da mesa de cabeceira. Se esforçando, você pega o celular. 》
Rosa : Oi, Artem? Você tá ligando tão tarde... Você perdeu um documento ou algo assim?
Espere um pouco, deixa eu ligar meu computador.
Artem : Não é trabalho. Eu apenas... queria perguntar se sua febre baixou. Eu deixei você ir pra casa cedo e pegar um atestado pra você descansar, então não precisa pensar sempre em trabalho.
Ros�� : Certo! Eu já tomei remédio e estou me sentindo muito melhor. Vamos caminhar juntos na próxima vez? Sou boa nisso.
《 Isso não é algo que você normalmente diria mas com sorte, ele não achou nada muito estranho sobre sua atitude. 》
Rosa : Artem, parece um pouco barulhento onde você está. Você já saiu do trabalho?
Artem : barulho? Como pode isso? Eu estou no meu escritório. Não tem ninguém falando e não tenho nada ligado na sala.
Rosa : Tem certeza mesmo? Que ótimo. Eu estava com receio de que eu poderia estar te atrapalhando...
《 De repente, você é atingida por uma tontura. Sua consciência se desvanece lentamente, como manteiga em contato ao calor... 》
Artem : Ei? Rosa! O que houve? Responda!
《 Alguém estava te chamando no celular. As palavras vagarosamente se registravam na sua cabeça, mas o que você deveria estar fazendo mesmo.. ?
Atordoada, o celular cai sobre o cobertor fazendo um som abafado que fez os gritos urgentes mais distantes. 》
《 Bate, bate, bate...
Você ouve um bater distante , cada um mais forte que o outro.. Os batidos acordam você. 》
Rosa : Quem será?
《 Se apoiando à parede ao descer as escadas. Você emite um som rouco que até lhe assusta 》
Rosa : Sabe, tem uma campainha...
《 A voz de Artem vem pelo outro lado da porta. Você luta pra caminhar e abrir a porta. Um sopro de vento gelado.
O vento gelado leva qualquer força que restava em seu corpo, seus pés cedem.
Provavelmente irá cair no chão... você pensa... 》
Artem : Cuidado!
《 Mas na verdade, você cai nos braços aconchegantes de Artem 》
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『Nota: área de convivência* foi a palavra que eu achei que ficou melhor pra se usar na estória. Em inglês é usado "Pantry" que em português seria despensa, mas achei que não ficaria bom de se usar ainda mais que se passa em um local de trabalho. 』
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xblakebloom · 4 years
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Justificando minha ausência e agradecendo a paciência
Desde que a quarentena começou, passei a fazer capas por diversão. Uma forma de entretenimento para mim e de vantagens para quem precisasse. No entanto, me deparei com alguns problemas no último mês que me fizeram me afastar da internet.
Por algumas semanas, aproximadamente um mês e meio, fui incapaz de me sentar na frente do computador, escrever alguma coisa e muito menos deixar minha criatividade trabalhar em edições; para todos os efeitos, eu tive um bloqueio criativo provindo de uma falta de tempo. Se eu não tinha tempo para fazer capas e escrever fanfics, como eu conseguiria gastar aquele minúsculo pedacinho livre do meu dia pra me dedicar a isso? Estive tão ocupada que precisei trancar o meu curso por medo de não aprender nada. Minha criatividade não fluía. Não para fazer edições de baixa qualidade em 20min e entregar como obrigação.
Fazer capas não é uma obrigação. Escrever muito menos. Descobri isso da pior forma, depois de me lamentar por dias pelas quatro capas não entregues, pelas fanfics paradas há meses, pelos atrasos nas atividades dos projetos em que participo. Sim, precisamos ter compromisso quando falamos um prazo, mas nada que não possa ser resolvido conversando com as pessoas depois em casos estritamente necessários. Seria mais fácil se os meus problemas não existissem (tanto os externos quanto os internos; psicológicos), mas eles existem. Tenho de conviver com isso sem surtar, não sou mais adolescente. 
Felizmente, consegui me recuperar. Consegui voltar e, olha só, estou com tempo e animada novamente. Voltei a produzir fanfics, estou trabalhando nas capas que fiquei devendo, e peço desculpas pelo atraso. Nenhuma das pessoas que me pediu veio reclamar até o momento, então estou grata por isso. Terminarei as obras imediatamente.
Prometo tentar me ajustar melhor na próxima abertura de pedidos, e avisar o quanto antes em caso de imprevistos. Prometo tentar não me sobrecarregar, não ficar abrindo exceções porque alguém “precisa muito", vou ser justa comigo mesma e não pegar mais pedidos do que aguento. Mas também prometo tentar não fazer capas quando estiver mal, pois isso pode afetar o resultado, e eu quero entregar artes boas o bastante para fanfics incríveis. Pra finalizar, prometo tentar não me cobrar tanto com minhas próprias fanfics, e escrever uma por vez, sem me atolar em várias estórias. E se eu tiver bloqueios, vou tentar não hesitar em dar hiatus nas fanfics. Sim, prometo tentar, pois as coisas são imprevisíveis e eu posso cair no mesmo erro novamente por falta de atenção. Mas o importante é começar de alguma forma.
Isso foi um desabafo, uma explicação, um pedido de desculpas, tudo junto. No fim, só tenho a dizer que agradeço a quem ler isso aqui. Se ninguém ler, tudo bem, pois eu fiz minha parte. Sobre as capas atrasadas, estou produzindo todas, mas não vou cobrar seu uso caso os ficwriters já tenham pedido para outra pessoa. É totalmente compreensível, então se elas não forem usadas, colocarei na minha próxima doação.
É isto.    Blake
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thayanegardel · 3 years
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Eu te escrevo tanto, te sinto tanto, mas está doendo muito tudo isso, a dor já me levou ao limite e eu sabia que iria ser assim, que você seria meu tudo e te perder me deixaria absolutamente sem nada. Mas eu perdi, antes de te ter eu já te perdi, na real acho que nunca tive. O Tumblr está me machucando, todas as redes sociais estão me machucando. Eu Te escrevo tanto, te sinto tanto mas você nem vê, acho que já deu de Tumblr e das redes sociais, vou me recuperar de você, longe de tudo isso. Então querido Tumblr, quando eu estiver melhor prometo voltar. Eu Te escrevo e te sinto tanto...
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twilight-boy · 3 years
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Sunrise - III
A GOLDEN LOVE STORY
We were both young when I first saw you
Estava quase anoitecendo naquele sábado de dezembro. O sol se punha ao oeste de San Francisco, do mundo, e a emergência e o setor de traumas estava um caos no Saint Francis Memorial Hospital trazendo inúmeros feridos de uma competição maluca de ciclismo anual que tomara conta da cidade naquele dia. Os médicos estavam trabalhando quase de modo automático para fazer suturas ou colocar braços no lugar.
Marjorie Miller, a nova médica do programa de residência, se esforçava para dar conta de todos os casos que chegavam até ela, averiguando um a um de seus internos enquanto regia a ordem de pulso firme, sem desanimar. Apesar do aparente cansaço físico, ela desfilava uma beleza extraordinária, inconfundível. Chegava a ser brilhante no meio do caos instalado naquele andar do prédio.
Em meio a risadas de bêbados, choro dos dramáticos pela eliminação da corrida e alguns gemidos de dor, onde mais nenhum barulho poderia ser distinguido, a porta do setor de traumas fez um grande booom e se abriu as presas. Uma equipe de seguranças entraram as pressas atrás de internos que puxavam na maca um cara em uma maca.
Os olhos de Marjorie se cruzaram com o do homem por uma pequenina fração de tempo, o suficiente para que o coração dela batesse mais alto. Ele vestia uma camisa preta e jeans preto desbotado. Sua perna esquerda parecida quebrada pelo que se podia ver do ferimento; seus cabelos amarelados em cachos davam a graça de um anjo que machucou-se ao cair. Ela suspirou pesado enquanto ele seguia para um leito.
O que mais a surpreendeu foi quando aquele integrante de alguma banda de rock, ao que parecia, gritou pela residente de trauma, debatendo-se para chamar a atenção de Marjorie enquanto gemia de dor durante o processo.
— Ela! Eu quero que a mulher mais bonita deste hospital me atenda! - o loiro sorria e piscava para Marjorie, intercalando sorrisos com gemidos de dor.
— Ela é a residente, senhor, se acalme. Vamos cuidar de sua perna e deixá-la com casos mais graves. - falava a interna em uma tentativa frustrada de conter aquele homem.
A residente de trauma deu alguns passos e desapareceu no meio da multidão, dando um pequeno sorriso ao ouvir o homem tentar chamar a sua atenção uma última vez. Foi até a sala de medicamentos e a de equipamentos, se preparando para voltar até o leito do roqueiro e tratar de seus problemas. A situação do trauma estava ficando mais calma, nenhum cirurgia solicitada... por que não ajudar alguém que quer tanto você fazendo isto?
No fundo, ela sabia que aquele homem de cabelos dourados havia mexido com ela. Foi uma surpresa para seus internos quando Marjorie os dispensou e fechou as cortinas para conferir privacidade, coisa que faria com quem quer que seja. O roqueiro ficou surpreso com a atitude da mulher e não falou nada para deixar com que ela rompesse o silêncio entre ambos. Ela soltou uma risada baixa para ele, com as bochechas levemente róseas pela forma com a qual era observada por ele.
— Então? O que temos aqui? - ela questionava mas ele parecia tão concentrado em admirá-la que gaguejou por algumas vezes.  — Você tem um nome, não tem? Até a pouco, estava gritando. Esqueceu-se como se fala?
— Apolo - disse o rapaz com uma sonoridade única em sua voz, balançando a cabeça sugestivamente para ela. Sua voz era tão melódica e sua pele tão quente...  — Eu me chamo Apolo e tenho uma perna quebrada. Ela vai ser apenas um detalhe se você me dizer como se chama!
Marjorie estava desconfiada do interesse que ele não fazia questão de esconder dela. Um cantor de rock, com gritos de fãs podendo ser ouvidos do lado de fora, tinha a perna quebrada e se esforçava para ter a presença dela.
— Então, senhor Apolo - a voz doce e aconchegante da mulher fazia com que ela emanasse calor quase da forma como ele fazia. Para Apolo, ela era uma brisa que corria entre a primavera e o verão.  — Eu vou começar a fazer os exames e estudar o seu ferimento para que possamos engessar. Está... 
Ela foi, rapidamente, interrompida por ele.
— Se eu ganhar um gesso, posso pedir para a médica mais bonita da Costa Oeste assiná-lo com seu telefone? - ele insistia.
A residente de traumas limitava-se a dar um pequena risada para Apolo, movendo a cabeça de forma suave em tom de negação para o homem a sua frente. Mordendo a parte interna da bochecha esquerda, atitude a qual ela tomava enquanto estava ponderando certas decisões, soltou um longo suspiro como quem se rendia.
A mão esquerda da mulher agarrou o ombro do homem com um toque delicado, sentindo o calor que irradiava do seu corpo e o olhar curioso do mesmo sobre ela. Apolo mostrou-se interessado na atitude, curioso para saber se subiriam um degrau naquela cena privada dos dois. O coração dela vibrava como um tambor melódico, agradando os ouvidos do deus.
— Quem é você e o que você quer? - Marjorie esforçava-se para ficar séria diante a situação mas as suas pernas tremiam diante do momento, usando o ombro de Apolo quase como um apoio, na verdade.  — Podemos tentar mais uma vez antes que dê em cima de mim mais uma vez, homem dourado?
Ele sorriu um sorriso tão expansivo e tão branco que deixaram os olhos dela levemente irritados. Apolo estendeu a mão esquerda para a mulher enquanto a sua mão direita cobria a mão de Marjorie sobre o seu ombro. 
A forma como ela falava, o seu toque, o brilho em seus olhos e o ritmo de seu coração... tudo aquilo eram fatores que despertavam a atenção do deus. Ele não precisava olhar para a beleza física da residente pois além de velada pelas roupas hospitalares, estas eram completamente dispensáveis para o que ele estava sentindo.
Já ela estava perdida em seus próprios pensamentos, tremendo pela forma como era observada, quase devorada com os olhos. Porém, ela gostava de como tudo aquilo seguia e começou a se apaixonar, naquele exato momento, pelo paciente que nunca vira em sua vida. Ela queria mais que tocar o seu ombro sobre a camisa... “Não, contenha-se”, repreendeu-se mentalmente.
— Um único beijo. Um beijo é tudo o que te peço e prometo ficar quieto, deixo-a trabalhar sem importuná-la mais. - Ele disse... porém ambos sabiam o tipo de importunação que desejavam, em verdade. 
O momento estava congelado lá fora. Nenhum barulho era audível além do coração acelerado de Marjorie e a voz galante e enérgica de Apolo.
— Um único beijo... - ela repetiu as palavras do dourado como um sopro, uma brisa primaveril.  — E eu seguirei o meu trabalho!
Após a concordância da mulher para a investida de Apolo, ela sentou-se ao seu lado, recuando a mão de seu ombro e encarando-o por alguns segundos, avaliando a decisão. Não iria voltar atrás. Ela inclinou-se sobre ele, pegando a mão que ele havia estendido e usando-a para se aproximar da personificação masculina do verão. O homem não ousou perder tempo e levou a outra mão, agora livre, para a nuca de Marjorie e a puxou ainda mais para perto.
Seus lábios se encontraram em uma onda de calor, rastejando sobre o corpo de ambos como resposta a conexão que estabeleciam. Em movimentos lentos e sensuais, suas bocas se conheciam no primeiro contato, ansiando por um pouco mais. Ao levarem as línguas ao encontro dos lábios, estas comportavam-se como se estivessem morrendo de saudades uma da outra, distantes há tanto tempo que não poderiam perder nenhum segundo a mais agora que voltaram a estar juntas.
Ela se dispôs a inclinar-se ainda mais sobre o homem, desejando por sentir o seu corpo e o seu toque sobre ela. E ele o fez. Seguiram trocando carícias e se beijando por um bom tempo que ela jamais pode quantificar. Quando se separaram para recuperar o fôlego do que parecia horas de beijo, ele disse:
— Eu estarei a esperando no restaurante duas quadras abaixo para um jantar às 22h. Esteja lá... por mim. - Logo, ele brilhou forte e ela, institivamente, virou o rosto para se proteger da forte luz.
Ali estava Marjorie Miller, em um leito fechado, vazio, sozinha. Colocou a mão na cabeça e se questionou da própria sanidade; talvez estivesse borrado a linha entre o verdadeiro e o falso. O seu coração estava descompassado, batendo forte. Apolo se fora e marcara um encontro... a única coisa que fazia Marjorie ter certeza do que vivera era a sensação das mãos fortes do homem dourado sobre o seu corpo. 
Ela iria até o seu encontro e pediria respostas... ou mais do quem um beijo.
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a-hood · 4 years
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                      ⊰ ✧ — the struggle is part of the journey.                                   everyone goes through it.                                  keep going & don't give up. — ✧ ⊱
INSPIRAÇÕES:
Fight Club, 1999. O prazer de Alexis em iniciar e se envolver em lutas foi inspirado tanto no narrador do filme quanto em Tyler Durden.
Harry Potter e a Pedra Filosofal, 2001. Os centauros, principalmente Teinar, tiveram como base os centauros da saga de Harry Potter.
Dungeons & Dragons (RPG). Como toda história precisa de um vilão, os Kobolds foram escolhidos para serem os antagonistas nesta versão.
Robin Hood. O objeto que precisa ser recuperado é uma pedra preciosa, simbolizando a famosa premissa da história do ladrão que “rouba dos ricos para dar aos pobres”. Nesse caso, a personagem está “roubando” de volta um item dos vilões para devolvê-lo em segurança para a tribo dos centauros.
Considerações ooc: Tentei ao máximo escrever uma história que mostrasse a evolução da personagem nesta jornada do herói. Me perdoem se estiver demasiadamente irreal. Posso alterar algumas coisas se as administradoras julgarem necessário caso algo tenha saído demais da realidade. Levei em consideração o mote básico dos ladrões (recuperar uma joia, um objeto de valor) além é claro das criaturas que possuem um talento incrível com arco e flecha, os centauros. Também quis mostrar o quanto a personagem se importa com o próprio conto e o futuro, se questionando se ela será capaz de levar adiante o legado que o pai deixou. É bem nítida a influência de Robin Hood na vida de Alexis, fazendo-a ponderar bastante o que o homem pensa. 
Aproveito também para me desculpar pelo tamanho do texto socorro. Prometo escrever menos nos próximos, até porque a criatividade ficou toda aqui q brincadeira! Tendo dito tudo isso, deixo vocês com o link para a task:
                    ⋅ ⋆  Alexis Hood em A JORNADA DO HERÓI.  ⋆  ⋅
CAPÍTULO I
“Você precisa comer alguma coisa.”
Ouviu a sentença pela milésima vez ao que respondeu com uma careta e empurrou o prato para longe. Acabou apoiando os cotovelos na mesa e escondeu o rosto entre as mãos, inspirando fundo algumas vezes para tentar se acalmar. Apertava os olhos com força, buscando ao máximo esvaziar a mente e poder se concentrar em alguma ideia minimamente coerente. Aparentemente, a razão resolvera tirar férias e deixá-la somente com aquela profusão de sentimentos a qual insistia em lhe tirar o sossego.
Desde que nascera, Alexis Hood carregava uma energia extremamente forte consigo e, ficar irritada era algo bastante comum. Essa personalidade forte a fez se envolver em constantes brigas e discussões ao longo dos anos, importando-se pouco com as consequências que aquela postura poderia vir a causar. Na verdade, ela gostava de começar: saber que havia sido o pontapé inicial de uma desordem lhe provocava uma satisfação incrível. Dela surgiam os comentários sarcásticos e perigosamente incitantes os quais podiam culminar em uma batalha não somente verbal, mas física. Com o passar do tempo, percebeu que gostava da dor. Sentia prazer sempre que os nós dos dedos se chocavam contra a carne, os músculos se retraindo assim que levavam o golpe, os sons secos os quais facilmente podiam se tornar úmidos diante da constância e força aplicadas. Não gostava somente de causar aquilo, porém, como de sentir: havia algo de prazeroso em sentir o sangue lhe chegar ao paladar, em perder a sensibilidade nos músculos conforme eram atingidos, em presenciar a expressão distorcida pela fúria que ela havia despertado. Nada se equiparava, porém a sensação de quase perder a consciência, aquele momento em que seu corpo começa a sucumbir em meio à tanta violência e seu cérebro renunciar a qualquer outra coisa que não fosse a escuridão. Quando se destruía muito, recorria a alguns amigos com poderes de restauração de modo a recuperar os resultados das lutas.
A adrenalina também era grande responsável em impulsionar Hood para aquele comportamento autodestrutivo. A comichão na boca do estômago, a incerteza de quais serão os resultados do embate, o arrepio percorrendo a espinha, a respiração acelerada e o coração martelando contra o peito. Como aquele sentimento era capaz de se igualar a uma paixão avassaladora! Todos fatores os quais proporcionaram uma rotina agitada e recheada de castigos. Acabou se fortalecendo, desenvolvendo técnicas cada vez mais eficazes para se defender e fugir. Seus pés eram tão ágeis quanto suas mãos leves de ladra, ou até mais. Habituara-se àquela vida e, tinha de admitir que entregar-se aos comportamentos brutais era demasiadamente mais fácil do que ter de se portar como uma verdadeira dama.
Assim que ingressara no instituto, seus pais foram veementes com relação à grade a qual ela deveria cursar: monarquia. Odiava com todas as forças o teatro ao qual tinha de se submeter para frequentar aquele mundo de excessos desnecessários. No entanto, aprendeu a conviver com aquilo e até sabia se portar muito bem quando necessário. Sendo assim, acabou desenvolvendo uma vida dupla, assim como Robin. Era capaz de transitar entre a elegância e a selvageria. Aliás, escondia aquele lado mais sombrio com primor ao exibir um sorriso encantador e expressões inocentes. Tivera de viver tanto naquele mundo que acabou suprimindo parte da raiva. Os clubes e atividades extracurriculares tiveram sua parcela naquela mudança, assim como os relacionamentos cultivados dentro dos muros do instituto, resultando em amizades fortalecidas ao longo dos anos.
Por mais que tivesse se acalmado, ainda era possível encontrar Alexis espalhando algumas travessuras e provocações pelo castelo toda vez que encontrava oportunidade. No entanto, alguma coisa dentro dela havia modificado drasticamente desde o último evento. Ter presenciado a transformação dos colegas em ogros e vivenciar um desespero naquele nível mexera com os seus nervos. Parecia que qualquer mínima faísca seria capaz de desencadear um incêndio o qual iria consumir não somente a ela como quem estivesse por perto. Para piorar a situação, não parava de ouvir uma voz hipnotizante a lhe chamar da floresta. Toda e qualquer brisa parecia trazer os sussurros até seus ouvidos. Nem mesmo quando dormia se via livre daquele tormento. Já não sabia o que fazer e ter um colega lhe dizendo o que tinha que fazer era revoltante.
— Eu não tô com fome! — Mesmo mantendo o tom baixo, era praticamente tangível a sua raiva através da sentença. “Mas você vai ficar doente”, insistia o aprendiz.
Alexis ergueu o rosto e cruzou os braços, inclinando-se para frente. — Não vou ficar. A hora que eu sentir fome, vou comer. Tudo bem? Simples assim. — As írises azuis carregavam uma tonalidade escura e se moviam freneticamente. Alimentando-se precariamente e despertando constantemente durante a noite, suas feições beiravam a loucura. — Se eu não comer você vai fazer o que? — Estava disposta a enterrar aquele assunto, mas aparentemente o colega não. — Me amarrar e empurrar a comida goela abaixo? — Estreitou os olhos, tombando a cabeça para um dos lados de forma ameaçadora. — Pode tentar se quiser, idiota! — Levantou-se ignorando completamente os protestos alheios e rumou para o seu dormitório.
Durante todo o trajeto, as vozes a acompanhavam. Os sussurros não cessaram um minuto sequer, passando a povoar a mente de Hood de maneira enlouquecedora, de modo que deitou-se na cama, cobrindo ambas as orelhas com as mãos ao que um grito desesperado brotou no fundo de sua garganta enquanto ela se agitava de um lado para o outro como se pudesse interromper as vozes com aquele movimento. Sentiu as lágrimas brotarem nos cantos dos olhos, externalizando toda a frustração presa no peito, sufocando-a. Não soube em que momento adormeceu naquela posição encolhida, porém, acabou se encontrando no meio da tão conhecida clareira onde costumava treinar em Sherwood. Apesar de visualizar somente a vegetação sob seus dedos, com a cabeça baixa ao tentar recuperar o fôlego, sabia exatamente onde estava.
“Anda, levante-se! Você tem de lutar.” Conhecia aquela voz, mesmo a tendo deixado para trás há muito tempo. O que ela fazia ali? Alexis quis se levantar, mas seus músculos doíam e protestavam. Haviam passado a manhã inteira naquela mesma lição e seus braços e pernas não tinham mais força para se erguerem. Pensou em dizer aquilo em voz alta quando recebeu de volta, de maneira tão cortante quanto a espada a qual jazia no chão alguns metros para frente. “Você é filha de uma grande lenda, não pode desistir.” Por que não podia? Queria somente tomar um banho e aceitaria de bom grado as lições de Madame Hughes sobre etiqueta sem ao menos reclamar. Por mais entediante que pudesse ser, tomar lições como uma dama podia ser bem menos... doloroso do que aquilo. Amava a liberdade da floresta e poder se defender, mas naquele momento não veria problema algum em abrir mão de toda autonomia para se ver no conforto da mansão.
“Você é uma vergonha para sua família. Imagina a decepção do seu pai quando voltar da incursão. Já não basta ser um vexame diante das lições de sua mãe agora quer cuspir também em cima dos ensinamentos de Robin Hood?” Estava cansada quando as palavras ecoaram de maneira brutal não só entre as árvores como em seu peito. Não queria mais lutar muito menos ser lembrada do fracasso que era em todas as esferas de sua vida. Sir Cunningham podia ser um dos mais fiéis e leais seguidores de Robin e, quando não estavam treinando, podia também ser um dos mais adoráveis homens com Alexis, chegando a ser como um segundo pai. Por isso, talvez, o que ele dizia pesava o dobro para a garota a qual se viu tremendo enquanto o choro embaçava as suas vistas.
“Isso, chore menina tola. Quem sabe assim seus inimigos tenham piedade de você e te matem mais rápido.” Agora tudo o que preenchia o lugar eram os soluços embargados, sem conseguir se mexer como se o corpo estivesse preso no solo. O cavaleiro estendeu uma das mãos, suavizando tanto as feições quanto a voz quando a chamou. “Vem aqui.” Relutante, Alexis acabou aceitando a ajuda para se levantar e o homem a aninhou em um abraço. “Não há misericórdia em batalhas, criança. Você tem que aprender a ser forte. Lutar mesmo com dor, manter o foco e sobreviver.” Ela assentiu de olhos fechados e limpou o nariz nas costas da mão ao que o mais velho respondeu com um riso divertido. “Todos sabemos que não é lá muito boa com as tarefas de uma senhora. Então você vai aprender a se defender. Você tem potencial, Alexis.” Aquela última frase a fez vacilar. Cunningham nunca a chamava pelo nome e, por um momento, seus ouvidos lhe pregaram uma peça, pois a voz pareceu ganhar um tom diferente. “Você tem potencial e nós precisamos da sua ajuda.”
        Aquele definitivamente não era o mesmo senhor que lhe treinava e afastou-se instantaneamente, abrindo os olhos. De repente, não estava mais em Sherwood e não tinha mais nove anos. Estava em sua cama, na casa apadrinhada por Jafar a qual fora selecionada sete anos atrás. Seus dedos estavam emaranhados nos lençóis enquanto ela tentava controlar a respiração, sentindo os cabelos se grudarem na nuca. Aquilo não fora um sonho comum e sim uma lembrança. Ou parte dela, uma vez que o desfecho tivesse sido completamente diferente do que realmente acontecera naquele dia. Levou uma das mãos ao peito tentando organizar os pensamentos, mas a voz ao final do sonho teimava em ecoar em sua mente: precisamos da sua ajuda. Quem precisava dela? A família? Não era possível, pois estavam longe demais e agora ainda havia o fator da redoma envolvendo a ilha, impossibilitando-a de sair dali.
CAPÍTULO II
Assim que o castelo foi restaurado, começou a ouvir as vozes. No começo, imaginou ser efeito do encantamento que a paralisara por um tempo o qual não soube mensurar. Certamente aquele feitiço do diretor para colocar tudo em ordem tinha desregulado algo dentro de sua cabeça. Entretanto, por mais que tentasse ignorar, o chamado persistiu, tornando-se mais nítido a cada dia. Não queria admitir, mas tudo parecia ter origem na Floresta Assombrada. Os sonhos também sempre envolviam lembranças de quando estava entre as árvores de sua terra natal, o que só podia significar alguma coisa: tinha de encontrar um jeito de burlar a regra que os proibia de se afastarem do Castelo.
Prestar atenção nas aulas se tornara impossível com a cabeça fervilhando de ideias e planos mirabolantes para conseguir escapar. Alexis era astuta e se camuflar nunca foi um problema. Caso a segurança no instituto não estivesse tão reforçada, provavelmente teria se aventurado bem mais cedo. No entanto, precisou observar e estudar todos os movimentos do lugar antes de se arriscar. Planejar nunca foi uma de suas tarefas favoritas, uma vez que agir sempre lhe parecia mais atrativo: agir primeiro e depois pensar, sempre motivada pela adrenalina que a incerteza lhe proporcionava. Desta vez, porém, tinha de ser cuidadosa. As coisas tinham saído muito do controle e o diretor adotava medidas mais rígidas.
Naquela noite, quando um dos aprendizes sugeriu que ela devia comer alguma coisa, concordou animada ao se servir: — Tá bom! — Aparentemente seu humor havia mudado, sustentando uma postura mais relaxada e exibindo até um sorriso, apesar do olhar se perder vez ou outra durante a conversa ao redor da mesa toda vez que repassava o plano em sua mente. Anunciou que dormiria cedo e, de fato, se dirigiu ao dormitório para encenar todo o ritual antes de se deitar. Precisava parecer convincente e nem um pouco suspeita quando se levantasse após os aprendizes dormirem para se aventurar pelas passagens secretas do castelo até conseguir chegar à Floresta. Não demorou muito até colocar tudo em ação. Seus pés a conduziam de maneira sorrateira, abraçando novamente a aquela famosa sensação de estar agindo contra as regras. Chegar até a orla da floresta, passando pela Anilen era tarefa razoavelmente fácil, tendo em vista que conhecia muito bem aquele trajeto a ponto de se esgueirar sem ser vista. O que não esperava era o que havia depois da casa de Morgana. Automaticamente sentiu o frio percorrer a espinha, deixando todo o corpo em sinal de alerta conforme avançava pelo novo território tendo a lua como sua principal fonte de iluminação. Tarde demais, percebeu que se aventurou ali sem arma alguma a não ser o pequeno archote entre as mãos. Aquele pensamento fez seu coração acelerar ainda mais enquanto os ouvidos se acostumavam com aquela profusão de sons.
Conforme havia chegado à conclusão, as vozes vinham mesmo dali e os sussurros se intensificavam, a confundindo a cada passo. Assim que viu uma sombra entre as árvores, escondeu-se para poder avaliar melhor a situação. Ouviu um uivo distante, congelando-a no mesmo lugar e fazendo-a se arrepender de ter se arriscado para começo de conversa. A sombra parecia se mover sem tocar o chão, apesar da silhueta se assemelhar a uma pessoa e as vozes vinham mais alto dali: “por favor, nos salve, estamos presos aqui!” Somente percebeu ter saído do esconderijo quando seus pés quebraram um graveto. O som seco a despertou da hipnose, mas se aproximara o suficiente para fazer com que a silhueta decidisse se apresentar, vindo com toda a velocidade para a sua direção e a derrubando de costas. Sentiu as palmas das mãos serem arranhadas quando tentou se apoiar no chão e a sombra emitira o som mais aterrorizante que havia escutado na vida, como um lamento ensurdecedor o qual só foi cessado assim que ouviu os cascos. O solo se estremeceu, mas estava paralisada demais para perceber o que era.
“Qual é o seu problema, filha de Robin Hood?” Girou a cabeça desnorteada para a origem da questão encontrando um homem que poderia ter a sua idade, não fossem a barba e as expressões hostis. Ele era incrivelmente alto montado em um cavalo ou melhor, ele era o cavalo?
“E por que você veio desarmada? Nós achamos que fosse mais inteligente.” Outra figura irrompeu das arvores, carregando um arco em posição de tiro, a trança dourada brotando de um dos lados da cabeça e uma armadura lhe desenhando perfeitamente o corpo. Poderia dizer que era uma amazona, se não baixasse os olhos para onde deveriam estar as pernas da mulher: quatro cascos se projetavam até o chão. “Que merda é essa?”, pensava ainda no chão.
— Eu... ahn... foram vocês? Vocês quem me chamaram? — Franziu o cenho ao tentar encaixar toda a história. O homem-cavalo lhe ofereceu a mão para se levantar, mas a mulher mantinha o arco apontado para ela como se pudesse oferecer alguma ameaça.
“Não fomos os únicos, aparentemente.” Ela comentou mal humorada assim que Alexis se pôs de pé novamente, batendo as próprias vestes para se limpar.
— O que era aquilo? E... caramba! — Sua mente rodopiava recusando-se a acreditar no que via com os próprios olhos. — Vocês são... vocês... por Merlin! Vocês são centauros de verdade?
“Não acredito que Ronan quer depositar nossa esperança nessa criança estúpida! Ela não pode nos ajudar.” Alexis arfou com aquele comentário. Ela e a mulher-cavalo deviam carregar pouca diferença com relação a idade e tampouco se considerava estúpida. Como a outra podia fazer tal julgamento equivocado sem nem a conhecer? Antes que pudesse protestar, o outro centauro se intrometeu para apaziguar os ânimos. “Filha de Robin Hood, aquilo que viu era um espírito errante. São comuns nesta região e não fazem nada a não ser lhe causar calafrios. Há muitas outras criaturas com as quais você precisa se preocupar, foi um erro ter vindo de mãos vazias. Ainda bem que te encontramos antes do pior acontecer... Eu sou Teinar e esta é Urana, nossa tribo mora aqui também. Nosso Xamã nos pediu para vir e foi ele quem viu ser você ajudar o nosso povo. Ronan é o nosso principal guerreiro e ele acredita em tudo o que o Xamã fala. Por isso está apostando todas as fichas nessa profecia, por mais que a maioria da tribo acredite ser uma tolice.”
“E é uma tolice! Olha só para ela.”, insistiu Urana ao que o centauro acenou com as mãos para que parasse.
— Tá legal... — Respirando fundo para organizar os pensamentos, começou. — Em primeiro lugar eu tenho um nome. Sou Alexis, ok? Não precisa me chamar de ‘filha de Robin Hood’ nem ‘criança estúpida’. E depois... que merda toda é essa? Não sei quem é esse tal de Xamã que vocês estão falando, mas ele tá errado. Eu não posso ajudar vocês, não. Sinto muito.
“Eu disse.”, a centauro comentou, recebendo uma careta de Hood. Teinar permaneceu sem se abalar e até sorriu para a aprendiz. “Filha de... Alexis... Sabíamos que você iria ficar confusa no começo, mas, se nos permitir, vamos explicar tudo. Por favor...”
Ela não saberia dizer se era a voz tranquilizadora ou os olhos brilhantemente inteligentes e cativantes, porém, sem que se desse conta ou pensasse sobre o assunto, assentiu com a cabeça. Num piscar de olhos, o centauro sem qualquer esforço a segurou pela cintura e a jogou em suas costas, passando a galopar em uma velocidade alucinante. Seus olhos somente captavam borrões conforme avançavam na floresta e, quando achou que estava prestes a vomitar, a movimentação cessou. Sentiu o solo sob os pés, mas desmoronou no segundo seguinte, colocando a cabeça entre as pernas para se adaptar com aquela sensação. Assim que ergueu os olhos, viu uma profusão de criaturas semelhantes se aproximar em uma clareira iluminada por pequenas fogueiras. Um dos homens-cavalos, o maior e mais intimidador deles de cabelos e pelos escuros como a noite estendeu os braços, exibindo um enorme sorriso. “Filha de Robin Hood!” Sua voz trovejou, fazendo Alexis revirar os olhos: “e lá vamos nós.” O homem-centauro, que julgou ser o tal guerreiro a levantou no ar pela cintura e a sacudiu como se fosse uma boneca, seu riso forte sendo ecoado pela noite. “Eu sabia que você viria!”
— O senhor pode me colocar no chão, por gentileza? — Não compreendia a felicidade alheia, agradecendo mentalmente por ter seu pedido atendido. — Não sei como posso ajudar vocês, mas... Teinar... — Ela lançou um olhar hesitante por cima do ombro para encontrar o centauro que a trouxera. — Ele disse que vocês explicariam toda essa história…
“Claro, claro, criança.” E foi assim que Ronan começou a contar sobre a tribo, como eles moravam na floresta há séculos e como os principais inimigos deles haviam roubado a joia da virtude e sabedoria há algumas semanas, colocando todos os centauros dali em risco. Os kobolds eram criaturas reptilianas e malignas as quais sequestravam os filhotes e saqueavam a tribo de Ronan há muito tempo. Podiam não ser assim tão fortes, mas era astutos e bolavam armadilhas traiçoeiras o que compensava a sua fragilidade. Desta vez, no entanto, haviam levado a pedra responsável por manter o equilíbrio entre razão e instinto entre os centauros. Longe da joia da virtude, pouco a pouco, os integrantes daquela tribo deixariam de possuir os dons para alquimia, adivinhação e todos os estudos que se dedicaram por anos, sendo tomados somente pelo lado animal.
— Ok, e por que vocês acham que eu posso ajudar? — Poderia ter um panorama mais bem desenhado da situação, mas ainda não compreendia como podia ser útil.
“Você é a descendente do homem mais astuto com armadilhas que conhecemos. Você tem potencial, criança. E nós precisamos de ajuda.” Aquela sentença acendeu uma luz em seu interior: — Foi você! Foi você quem apareceu em meu sonho! — A risada cortou o ar novamente como se aquilo fosse uma piada muito engraçada. “Eu mesmo, criança! Com ajuda do nosso Xamã, é claro.”
— Certo, mas eu não entendo. Vocês querem que eu invada o acampamento desses tais kobolds para recuperar a joia que eles roubaram... Você por um acaso está se ouvindo falar? Sou uma criança, como vocês mesmo gostam de ressaltar. Não faz sentido.
“As estrelas mostraram e nós seguimos as estrelas.”
— Isso é um monte de palhaçada. Eu tô fora. — Declarou, meneando a cabeça para expulsar toda aquela ideia maluca de que poderia ser capaz de auxiliar uma tribo de centauros. — Quero voltar ao instituto. Nem deveria estar aqui para começo de conversa.
“Filha de Robin Hood, nós te chamamos e não fomos os únicos. Você precisa ter cuidado pois algo muito ruim espreita Aether e não vamos adotar qualquer lado nesta luta. Queremos o bem do nosso povo e só. Os astros mostraram você por alguma razão, no entanto respeitamos a sua escolha.” Por um momento, Alexis se sentiu incomodada diante de tamanha profundida naquelas palavras. Era como se o centauro estivesse falando diretamente com a sua alma e, ela estava prestes a ir embora quando ele acrescentou: “Certa vez um dos nossos ensinou seu pai a usar o arco e flecha. Por um instante, pensei poder contar com um Hood ao nosso lado uma vez mais.”
Teinar e Urana a acompanharam até a orla da floresta em segurança, mas as palavras do guerreiro ainda martelavam sua mente. Aquilo era mesmo verdade? Um flash de um dos treinamentos em Sherwood vieram à tona com força total. Na ocasião, por mais que se esforçasse, não conseguia se manter firme no cavalo e erguer o arco e flecha como o pai fazia tão facilmente e agora tentava lhe ensinar. “Você precisa fazer da arma uma extensão dos seus braços e do animal uma extensão das suas pernas. Vocês três são uma só pessoa. Vamos lá, Alexis. Foco! Você consegue. Mantenha. O. Foco!”
Mesmo estando no conforto do dormitório, não conseguiu desligar o cérebro com a voz do pai ecoando tão vívida como se a tivesse ouvido naquele instante: “do animal uma extensão das suas pernas. Uma só pessoa.” Teria Ronan dito a verdade? Robin Hood recebera instruções sobre como lutar com um centauro?
CAPÍTULO III
Os próximos dias transcorreram de forma turva. Não conseguia se concentrar bem nem nas aulas, muito menos nas interações com os colegas. Tampouco era capaz de ter noites tranquilas se revirando na cama toda vez que se recordava da experiência na Floresta Assombrada. Precisava encerrar aquela questão para poder ter um mínimo de sossego, por isso retornou para ouvir melhor o plano dos centauros e recuperar a tal joia da virtude. Sua tarefa era simples: visitar o acampamento dos kobolds e estudar suas estratégias. Tinha de aprender as artimanhas dos reptilianos para poder conceder alguma vantagem aos centauros. Alexis não iria lutar propriamente falando, mas receberia o treinamento adequado caso houvesse a necessidade de se defender. Não demorou muito a demonstrar os sinais de cansaço. Estudando durante o dia e ajudando a tribo durante a noite, era óbvio que sucumbiria em algum momento. Por mais empolgante que aquela aventura pudesse ser, precisava descansar e em um dos encontros, Ronan finalmente declarou.
“A partir de hoje você esperará três luas inteiras antes de voltar. Nada de me contradizer, criança. Seu corpo e mente precisam descansar além de que você é observada. Aja naturalmente e procure se alimentar bem. Sua ajuda tem sido de grande valia a nós, obrigado filha de Robin Hood. A batalha se aproxima, prepare-se.” Alexis suspirou, pois não gostava quando Ronan lhe escondia informações e tinha ciência de que ele o fazia naquele momento. Certa vez perguntara a Teinar porquê os centauros mais velhos insistiam em chama-la como “prole de Robin Hood” ao invés de trata-la pelo nome.
“Eles não acham que você será capaz de ter um conto próprio, Alexis. Você não passa de uma descendente de uma grande história.” Por mais que o centauro tentasse parecer sério, um sorriso divertido teimava em lhe curvar os lábios, irritando a garota. “Ah, não faça essa cara para mim. Será capaz de compreender no futuro. Além do mais, você está em treinamento, não está? Ainda é cedo para saber se terá uma história ou não. Mas, se me permite dizer, eu acho que tem muito potencial para isso. Só precisa saber ser menos cabeça dura.” Teinar era um dos poucos além de Ronan que a tratavam bem, chegando a considerá-la uma boa amiga. O restante da tribo em sua maioria desconfiava de sua índole. O jovem centauro também lhe explicara sobre aquilo: “Eles desconfiam de todo mundo. Até de nós mesmos. É da nossa natureza. Mas, você não passa de uma humana frágil, não sei porque insistem nesse comportamento.” Ela não ia deixar barato e bateu a parte achatada da espada no torso dele. “Ai! Tudo bem, você não é tão indefesa assim.”
Durante os três dias, Alexis agiu como Ronan orientara. Para ela seguir instruções sempre fora uma tarefa árdua e, no entanto, toda a sua faísca por iniciativa começava a se acalmar. Passar tanto tempo junto de criaturas que prezavam a razão lhe concedera o dom de ponderar antes de agir. Por mais que ficar longe da joia da virtude por tanto tempo estivesse mostrando seus efeitos pouco a pouco em alguns dos integrantes da tribo, eles ainda eram os mesmos que passavam horas contemplando as estrelas e refletindo sobre o que elas queriam dizer. No início, esse comportamento tão diferente causara diversos atritos, mas Hood começava a compreender as razões por trás de tanta análise. Também havia os momentos para descontar sua inquietação, quando treinava ou quando se arriscava como espiã entre os kobolds. A espera chegou ao fim e logo estava entre Ronan e seus guerreiros novamente, explicando como os reptilianos agiam e como pensavam. Como boa trapaceira, havia elaborado um plano para distraí-los e recuperar a pedra preciosa. Voluntariou-se a ser ela quem entraria na caverna a qual mantinha a joia em segurança, pois seria um elemento surpresa aos kobolds além de ser rápida e possuir as mãos leves o bastante para entrar e sair sem ser vista.
— Você acha que algum dia irei protagonizar um grande conto, Ronan? — A comichão tão familiar na boca do estômago antes de se lançar para o embate se fazia presente quando arriscou fitar o mais velho.
“É muito cedo para afirmar, Hood. E agora temos uma luta para travar.” Ele sequer desviou o olhar do acampamento inimigo quando declarou e logo depois deu a ordem. “Vamos seguir o plano.”
Tudo discorreu exatamente como haviam previsto, os centauros levavam vantagem e tudo o que Alexis tinha de fazer era encontrar a joia. Não era difícil saber onde a guardavam, sendo o lugar mais bem vigiado pelos reptilianos. O coração martelava quando ergueu o arco para limpar um pouco a área antes de entrar. Poucos segundos depois, a visão periférica capturou Teinar e Urana se unindo a ela. “Nós vamos te dar cobertura, vá.” Aquele era o momento. Desceu da montaria para disparar pelo campo de batalha, movendo-se tão velozmente quanto sabia. Lutar com kobolds era bem diferente do que estava acostumada. Os nós dos dedos recebiam uma textura diferente ao desferirem os golpes e acabou utilizando a adaga muito mais do que imaginara ser necessário. Não saiu ilesa do embate quando seus dedos encontraram o objeto desejado e sentia algumas partes do corpo começarem a inchar pela luta, seu olho esquerdo praticamente tendo se fechado com o ferimento. Não viu quando uma das criaturas em um ato desesperado apertou o botão para desencadear a explosão. Já estava longe da caverna quando as paredes desmoronaram, mas o ruído foi ensurdecedor. Acabou indo ao chão e bateu a cabeça tão forte que somente teve tempo de ver Teinar se aproximar antes de abraçar na escuridão.
Novamente estava em Sherwood, porém desta vez não era sir Cunningham quem lhe ensinava, mas o próprio Robin Hood. A gargalhada do homem era tão sincera que, mesmo diante de todas as suas preocupações, Alexis sentiu vontade de rir também. “Mas é claro que você terá o próprio conto, minha filha. Não é atoa que estamos te mandando ao instituto.” Ele a puxou para os braços e a aninhou entre o peito. O aroma amadeirado que carregava era tão reconfortante, que a garota fechou os olhos para absorvê-lo melhor; não sabia por quanto tempo ficariam separados e tinha de aproveitar cada segundo. “Ouça, posso não dizer muito isso, mas tenho orgulho de você. Uma garotinha tão determinada, cheia de opinião... para não dizer teimosa.” Riu mais uma vez, depositando um beijo nos cabelos escuros da filha antes de se afastar. “Por isso vai acabar encontrando uma história incrível, tenho certeza. Vá e aprenda, construa seu próprio futuro. Eu...” Alguém o chamava do lado de fora, de modo que teve tempo somente para exibir um último sorriso antes de se despedir. “Preciso ir agora... Comporte-se! Merlin está velho demais e não vai saber lidar com as suas travessuras tão bem quanto sua mãe e eu.” Piscou e foi a vez dela rir.
Assim que suspirou, não precisou abrir os olhos para saber que não se encontrava mais em Nottingham. Aquela lembrança lhe enchera o peito de esperança e um sorriso bobo se desenhava nos lábios. Havia conseguido recuperar a joia da virtude? Seu corpo apresentava um formigamento estranho e não sabia se estava em segurança ou se era uma refém dos kobolds. A julgar pelo conforto ao qual se deitava, diria que os centauros foram os vitoriosos e, assim que seu cérebro concluiu, pôde ouvir a empolgação de Teinar. “Finalmente, bela adormecida! Você precisa voltar ao castelo agora.” Sua cabeça protestou, o lado esquerdo de maneira mais forte que o restante e abriu os olhos com uma careta. “Não faça essa cara. Tem que ser agora ou vão notar que você sumiu... Até que seu rosto está bonitinho de novo, Hood. Você estava parecendo um cogumelo velho quando te trouxemos para cá.”
— Cala a boca! — Aquilo definitivamente deveria ser verdade, porque ainda sentia o corpo pesado, apesar de saber que os centauros possuíam poções e conhecimentos medicinais incrivelmente poderosos capazes de apagar aqueles estragos. — Vamos logo nessa — Perguntou, pois ele era o responsável por sempre a acompanhar até a parte “mais segura” da Floresta. Ronan agradeceu a aprendiz em nome de toda a tribo antes de se despedirem. Internamente estava feliz por ter conseguido cumprir aquela missão a qual lhe acrescentara tanto em pouco tempo. Porém, a dúvida a cerca de seu conto permanecia ali como um fantasma. Será que ela conseguiria uma história tão marcante como a do pai? O peso da responsabilidade iria pesar em seus ombros pelo resto da formação em Aether e teria de conviver com aquilo, esforçando-se ao máximo para se tornar uma grande heroína ou vilã.
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Me perdi e não sei como me encontrar. Já fui pra todos os lados e não encontrei uma saída, só lembranças do que eu já não sou mais. Tô tentando, seguindo em frente sem saber pra onde, vira e mexe me encontro andando em círculos é preciso recomeçar. Tem sido dias difíceis, me sinto numa montanha russa constantemente, toda hora um humor diferente, às vezes sinto que vou explodir, às vezes só quero sumir e nunca mais voltar, e às vezes me sinto tão sortuda pela vida que tenho apesar de tudo. Cresci tendo que guardar segredos, tanto sobre mim quanto sobre os outros, eu tinha, e ainda tenho, pavor do que as pessoas pensariam se soubessem de tudo, desculpa, eu tentei te contar, eu tentei confiar. Mas eu tinha medo de que se você soubesse, você partisse, que tola, você se foi mesmo assim. Tudo bem, todo mundo sempre vai, já me acostumei, mas eu realmente quis que você ficasse, eu queria tanto você aqui, queria mais caminhadas, mais risadas, mais amor, mais beijos, mais sexo e mais você. Mas a gente sempre soube que nosso tempo era finito e durou mais do que imaginávamos. Tá tudo bem, eu vou ficar bem. É que quando a gente se apaixona tudo vira o fim do mundo, eu queria ter tido mais tempo, queria ter tido que me preocupar menos se ia ser a última vez que ia te ver ou não, queria ter sido mais segura e menos infantil, queria que tivéssemos sido nossa melhor versão, infelizmente não fomos. Confesso que você ainda tá morando no meu peito, mesmo contra sua vontade. Sim, eu sei que você já conseguiu outro coração pra morar ou pelo menos outra cama, eu sei, eu também vou encontrar em algum momento, alguns demoram mais do que outros pra se recuperar, alguns nem precisaram se recuperar porque o amor já tinha partido não é mesmo? Acontece. Prometo que vou te expurgar como um câncer mesmo que isso me tire lembranças boas também, não dá pra guardar só as coisas boas não é mesmo? Então preferível não guardar nada. Quero me encontrar, quero conhecer coisas novas, pessoas novas, lugares novos. Preciso recomeçar, sem você, esquecer os planos que fiz pra um futuro que infelizmente não vai acontecer, é que eu nunca estive nos seus planos de futuro enquanto eu já tinha escolhido até o vestido pra sua formatura, deixa pra lá,a gente nunca daria certo mesmo. Tá tudo bem, é o meu novo mantra, é o que repito de hora em hora, minuto em minuto, até que eu enfim acredite, ou até que pare de doer. É que eu sempre me importei demais, as coisas mais bobas sempre foram as mais importantes, eu só precisava de um pouco mais de atenção e você simplesmente não conseguiu entender e nem quis. Mas é claro que eu ainda não deixei de te amar ainda e nem aprendi a te dizer não, então não volta, não me machuca mais, te amar já foi exaustivo demais, não me faz ter que te odiar também. Mas caso precise, eu ainda vou estar aqui, você sabe onde me encontrar. Jasmine Bergamo
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mateus-meu-colibri · 5 years
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O amor não tem DNA - 73
Narrado por Mateus
Dois dias depois que a Carla apareceu em casa ela voltou para nossa conversa, estou vendo ela sentada na sala de casa e ela observa tudo atenta.
- Mudou muita coisa por aqui -ela disse observando a decoração da sala completamente mudada-
- Eu e minha família precisávamos de uma vida nova e este é o resultado de uma das coisas que mudamos -eu disse-
- Hum, legal -ela disse- A Júlia está por aí? -ela perguntou e olhou para a escada-
- Não, ela foi passar à tarde com a Rafa na casa da mãe dela -eu disse-
- Você sabe que o que vocês estão fazendo é errado, né?! -ela questionou e olhou para mim, minha mãe e pra Giselle- Eu tenho o direito de ver minha filha.
Nesse instante a Gi levantou do sofá e foi em direção a cozinha e eu tenho certeza que sua vontade não era permanecer calada como prometera, ainda mais ouvindo a Carla chamar a Júlia de filha.
- É pro bem da Júlia que estamos fazendo isso -minha mãe disse- Ela não merece ser exposta a tudo isso que você está fazendo.
- Eu estou fazendo? -a Carla se pôs como vítima- Eu perdi cinco anos da vida da minha filha e me arrependo por isso, hoje eu to aqui e quero recuperar tudo o que perdi, quero poder ouvir ela me chamar de mãe, quero poder partilhar com ela coisas que mãe e filha partilham -eu podia crê que ela iria chorar, seria muito cinismo da parte dela se fizesse isso-
- Para Carla, você foi embora por livre e espontânea vontade -eu disse- Os cinco anos que você perdeu da vida da Júlia jamais voltarão e nem que você se faça presente na vida dela a partir de hoje, as coisas não vão voltar a ser como antes e a mãe dela não vai deixar de ser a Giselle.
- A mãe da Júlia sou eu -a Carla disse já com a voz alterada- É meu sangue que corre dentro dela, é o meu sangue -ela disse e bateu no peito-
- Grande coisa o sangue que corre dentro dela, sangue não significa nada perto de todo o amor, carinho e cuidado que eu dei a ela, sangue não significa nada perto de todas as vezes que eu vi ela mamando em meu peito, me olhando fraternalmente e do jeito dela me agradecer por ter salvado sua vida -a Gi disse e caminhou em direção a sala- Você ao invés de vim aqui querer ocupar um lugar não é mais seu e querer arrumar uma confusão danada com isso, você deveria vim agradecer a todos nós por termos salvado a vida da filha que você tanto aparenta gostar agora.
- Você não tem o direito de falar desse jeito comigo, você não sabe o que eu passei e não sabe o tanto que eu sofri por ter deixado minha filha desse jeito, eu tive medo de assumir uma responsabilidade que eu sempre acreditei não ter -a Carla disse e levantou indo encarar a Giselle- Você chegou aqui de bandeja e pegou o trem andando, já juntou o útil ao agradável e está aqui desfrutando de tudo isso -ela olhou em volta- Assim é muito fácil falar que ama a filha de um cara que tem o que o Mateus tem, é muito fácil assumir essa vida de esposa perfeita pra não perder todas essas mordomias.
- Você é que não sabe o que eu passei, Carla -a Giselle lhe encarou- Eu não cheguei e peguei tudo de bandeja não, antes de eu conhecer o Mateus e a Júlia eu estava em um hospital a seis meses com meu filho na incubadora, o João nasceu com seis meses e precisou ficar ali pra tentar se salvar, ele lutou todos os dias pela própria vida e eu estive ali todos os dias cuidando do meu filho com a esperança de levar ele pra casa e depois de um tempo eu contar pra ele que ele havia sido um milagre na minha vida, mas eu não tive essa sorte Carla, dias antes do João morrer -nesse instante a Carla deu dois passos pra trás e sua postura de ataque passou para uma postura de observação e a Gisella já chorava- a mãe do Mateus chegou com a Júlia no hospital quase implorando por alguém que pudesse amamentá-la pois a mãe dela de SANGUE, -a Giselle enfatizou essa última palavra- que no caso é você, havia ABANDONADO ela e eu mesmo sofrendo com o estado de saúde do meu filho EU ESTAVA ALI TODOS OS DIAS PRA DAR VIDA A MINHA FILHA de coração, a Júlia nasceu no meu coração no exato momento em que ela teve seu primeiro contato com meu peito. Então não ache que você vai chegar aqui, vai dizer que tem sangue seu correndo na veia da Júlia que as coisas vão se resolver, as coisas não vão ser assim como você quer. E enquanto eu estiver aqui a Júlia não vai precisar de mãe nenhuma a não ser de mim e ela nem merece saber que foi abandonada, ela não precisa saber que foi rejeitada por você -a Gi disse chorando como eu não havia chorado a muito tempo, eu recordo de ter visto ela assim logo no início da nossa vida juntos quando ela contou que o João havia morrido-
- Calma meu amor -eu disse indo até a Giselle e fazendo ela olhar pra mim- As coisas vão se resolver, fique calma.
- Eu não quero mais essa mulher aqui -ela disse baixinho entre os soluços- Eu não quero perder mais um filho meu, eu não vou aguentar ter que perdê-la.
- Você não vai perdê-la, nós não vamos -eu disse a fiz olhar pra mim- Olhe pra mim -ela me olhou- Eu prometo a você, nós vamos continuar nossa família unida, eu prometo -eu beijei ela- Tá bom?!
- Aham -ela disse e me beijou outra vez-
A Giselle acabou nos deixando sozinhos e foi ficar com o Joel no quartinho dele, afinal ela já havia dado seu recado e ele com certeza precisaria muito mais dela com ele do que nós nessa discursão desgastante.
- Eu sinto muito pelo o que aconteceu com ela -a Carla disse após se recuperar da enxurrada de emoção e raiva que a Giselle havia despejado em cima dela-
- Pois é Carla, enquanto você tinha uma filha bem e saudável existiam mães e uma delas foi a Gi que lutava diariamente pra poder ao menos carregar seu filho no colo, o que foi lhe privado por diversas vezes, você não soube dar valor em nenhum momento em que esteve conosco -eu disse a Carla me observava- E não vai ser agora que você vai recuperar isso, pelo menos eu não tenho nenhuma pretensão de permitir isso.
- Eu já entendi Mateus, mas acho que antes de você se achar dono da Júlia você precisa saber que eu não tenho certeza se você é realmente o pai dela -a Carla disse e como isso já não era surpresa pra mim, me mantive imparcial- Você não vai falar nada? -ela indagou-
- Eu já sabia disso -eu comentei- E por esse motivo eu já marquei uma audiência onde será levado o exame de DNA meu e da Júlia e lá no tribunal diante de um juiz vamos decidir o que vai ser melhor pra Júlia, se será ficar conosco que já somos a família dela ou se vai ser entregue a você, a mãe que a abandonou, ou se vai ser entregue ao pai que nem sabe que ela existe.
- Eu nem tenho mais o contato do Marcos, não sei nem por onde esse cara anda -a Carla disse-
- Bela explicação pra se dar a um juiz -eu disse sendo irônico- Você ainda está morando no mesmo apartamento?
- Sim -ela disse-
- Então vai chegar lá a convocação pra audiência, enquanto isso eu quero você distante da minha casa, da minha família e mais ainda distante da minha filha -eu caminhei até a porta- Agora por favor -eu abri a porta- Vá embora.
- Tudo bem -ela disse e caminhou em saída da casa-
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quadradodesbotado · 5 years
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Entre pausas e retornos
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Eu não queria escrever este texto. Não queria ter que chegar a esse ponto.
O Quadrado Desbotado vai sofrer uma pausa nas suas produções.
Não, isso não é o fim. Eu não seria capaz de me perdoar se eu desistisse agora, quase um ano depois de ter começado a criar meus quadrinhos. Mas, infelizmente, por razões um tanto além do meu alcance, isto será necessário.
No ano passado eu estabeleci um cronograma de produção semanal - afinal, eu escrevo e desenho três séries, fora as tirinhas extras que eu protagonizo, as ilustrações e os cartuns. Eu consegui criar um bom ritmo de produção, sem perder prazos. Mas isso mudou entre fevereiro e março deste ano, quando comecei a trabalhar num outro projeto paralelo aos meus quadrinhos. Não vou dizer o que é, por ora - umas poucas pessoas sabem do que se trata. A questão é que esse projeto demanda muito, muito tempo. Eu até estava conseguindo conciliar o tempo entre esse projeto "secreto" e o Quadrado Desbotado, mas a partir de julho, isso não será tão possível assim. O apartamento onde moro vai passar por uma reforma, e eu e minha família vamos nos mudar temporariamente para outro apartamento até que a reforma seja concluída. Um pequeno porém: não teremos wifi nesse apartamento novo. O que significa que eu tenho que terminar de desenhar alguns quadrinhos, deixar suas publicações programadas aqui no blog e na página do Facebook, e editá-las para publicar no Instagram antes da mudança. Se você leu este último trecho, tudo indica que eu consegui.
Além disso, eu irei fazer uma prova em agosto, e vou precisar de tempo para estudar. Ou seja: terei que interromper a produção do outro projeto. Portanto, depois que eu fizer a tal prova, vou ter que recuperar o tempo perdido nesse projeto... E vou ter que deixar os quadrinhos de lado por mais algum tempo.
Agora vamos ao que interessa: como isso vai afetar as séries do Quadrado Desbotado?
Bolinha Vermelha vai passar por um hiato depois da publicação da 22ª tira, no final de julho. É como se fosse um final de temporada. Felizmente, a história chegou num ponto no qual é possível fazer uma pausa. Já tenho umas ideias pra "segunda temporada" - algumas tiras já estão até esboçadas - e, se tudo der certo, poderei começar a publicá-las entre o fim desse ano e o começo do próximo.
Três Olhos provavelmente será afetado também. O primeiro capítulo já foi publicado e o segundo já está pronto e sairá na última semana de julho. Mas não sei se vou conseguir publicar o terceiro em agosto.
E A História de Jonathan... Bom, a primeira edição está quase pronta. Já passei um pouco da metade do processo de colorização das páginas. Só falta isso. Vou retomar a colorização quando voltar pro apartamento, para enfim publicar a edição em setembro. Provavelmente, vai dar tudo certo. Quero aproveitar o momento e dizer que Jonathan não terá uma periodicidade definida por enquanto. Eu queria muito que fosse mensal, depois cheguei a pensar que poderia ser bimestral, mas agora... Só Deus sabe quando vou conseguir trabalhar na segunda edição (o roteiro já está pronto, só pra deixar claro).
Desde já, quero agradecer a todos vocês pela compreensão. E também por todo o carinho, todos os comentários, elogios e incentivos que recebi desde que comecei a expor minhas histórias e meus personagens - sejam vocês meus parentes, amigos e seguidores que nem conheço mas considero pacas. Vocês me dão cada vez mais ânimo para continuar. Vocês tornam o Quadrado Desbotado cada vez maior e mais importante.
Eu vou voltar. Prometo.
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girlpoemsz · 2 years
Text
Sempre pensei que essa relação chegaria nessa situação. Todas os dias estava me preparando para isso, mas quando realmente aconteceu tirou todo meu chão, minha vontade. Eu quis acreditar que não, que era só mais uma inconstância nossa, porquê é tão mais fácil pensar assim que realmente te deixar ir. Não queria estar escrevendo um texto de despedida, não dessa forma. Mas tenho que ir agora, te deixar está sendo um dos meus maiores sacrifícios.
Infelizmente não posso mesmo e não mereço estar em um lugar aonde não serve, aonde não importa. Sei que está cansada, como eu também estou. Eu me odeio por acreditar mesmo que seria diferente, que dessa vez poderia vim a se tornar algo.
Uma noite qualquer você me liga e só avisa que tudo vai ficar melhor se por um fim. Não consegui esboçar nenhuma reação, não ouve nenhum grito ou barulho de algo quebrando. Porém eu senti meu coração despencando do pedestal que tinha montado para ti com todos sentimentos que você cultivou em mim.
Decidi fingir que não ouvi cair, que meus sentimentos criaram espinhos com o desejo de se fincar profundamente sem a intenção de sumir. Quando eles apareceram falando desesperadamente que queria você, e não ia abrir mão assim.
Ao ouvir sua resposta de frieza e apenas desejo carnal. Eu o ouvi se estraçalhar, deixando apenas um zumbido no ouvido. Meu coração tinha chegado ao chão.
Nao pude conter a queda. Mas ninguém está preparado quando se ama e entrega tudo. Quando já se ofereceu tanto.
Como recuperar o seu eu de antes? Antes do toque, dos sorrisos, das conversas e confissões trocadas?
Meus sentimentos me puxam e arrastam para aquele buraco frio e escuro. Aonde permanece meu coração em pedaços. Preciso juntar cada pedacinho com o pensamento que fiz o meu melhor e não é culpa minha. Então de quem é?
Quem culpar quando um amor não dá certo? Quando toda a expectativa alimentava foi simplesmente levada? O amor que antes parecia tão recíproco, se tornou nada?
Eu sinto muito pela dor que carrega no seu peito, mas por favor não me leve junto nisso.
Lembro de te dizer um dia qualquer para não terminar comigo, porquê eu não estava pronta para enfrentar mais 2 anos de terapia. Naquele dia disse em um tom de brincadeira, mas hoje sei que foi real. Que meu coração já sabia da possibilidade de se quebrar.
Eu que demorei tanto tempo para conseguir viver na minha própria consciência, agora do quero fugir daqui e de tudo. Queria dar uma sumida das coisas, das pessoas.
É triste pensar nisso, e ainda mais triste saber que nesse tempo vou acabar deixando pessoas no caminho. Pessoas que realmente gostei de criar um vínculo.
Vou me embora agora. Mas não prometo voltar.
Fim
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