cbondurant
Cedric
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Teste.
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cbondurant · 10 days ago
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A negação de Celeste o fez prender os olhos nela. O que deveria ser um banho de relaxamento, se mostrava mais conflituoso do que esperavam, e era ele quem estava reagindo mal às conversas que levavam. No entanto, à medida que a maga de fogo falava, Cedric sentia seu coração se acalmar.
“Existe algo… uma certa liberdade em você que não é familiar para mim” ela disse. Ele conseguia enxergar essa diferença, por mais que, no momento, não estivesse se sentindo tão leve assim. Celeste era quem costumava problematizar suas interações e, na maioria das vezes, era ela quem expressava mais livremente seus ciúmes e também seus medos em relação ao que viviam. Ela o julgava, no início, por se deixar vencer pela atração que sentia por ela tão facilmente, mas, segundo ela, gostava dessa sua característica.
Sua fala ácida aparentemente havia deixado a Mechathin preocupada, pois ela pensou um pouco, demonstrando certa apreensão antes de continuar a resposta. Quando pousou a mão sobre a dele, suas palavras levaram Cedric ao embaraço. Ela as dizia com intensidade, olhando-o em seus olhos sinceramente, e ele se arrependeu da reação que havia tido segundos antes.
Sentiu-se um pouco como quando Celeste o contou sobre a sensação de sua aura sobre ela. Surpreso e, ao mesmo tempo, exposto. Porém, essa exposição não era desconfortável como costumava ser com outras pessoas… Essa esquentava seu peito, assim como seu rosto.
Levou alguns segundos para conseguir juntar alguma frase em mente, ainda digerindo o que ouvira e deixando a irritação para trás.
— Me desculpa também… Acho que estou habituado a ser mal interpretado. — Ele abriu um meio sorriso embaraçado e virou a palma para cima, envolvendo a mão de Celeste na dele. — E me importo mais do que deveria com como você me vê… — Admitiu mais baixo, agora fitando as bolhas próximas a seus pés.
— Desculpa pelo castelo também. Foi um pouco difícil pros dois manter a calma naquele dia… Parecia que sua família estava decidida a me fazer explodir.
Já tinham uma relação complicada e a disputa política os desafiava ainda mais, uma vez que parte de seu funcionamento era dependente dos insultos proferidos entre ambos os lados. Conforme se aproximavam como casal, contudo, precisariam ter mais cuidado com o que diziam publicamente sobre o outro? Se sim, aquela seria a disputa ao governo mais respeitosa que Victoria já havia visto.
Voltou a olhá-la com um suspiro, beijando seu rosto em um gesto de paz.
— Eu não consigo mais te ofender em um palanque, aliás. — Testou uma brincadeira que dizia a verdade. — Estou ficando mole demais.
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cbondurant · 12 days ago
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Os carinhos de Celeste pouco serviram para amaciar suas palavras anteriores. Segundo ela, parte de sua atração vinha do que ela entendia como atitudes de playboy e a maga dava a entender que essa não era uma crítica de sua parte, apenas uma brincadeira. Contudo, ele sabia que, no fundo, ela enxergava essa suposta característica com desdém, como sua mãe também via e como provavelmente sua campanha faria e já fazia. Era um desvio de caráter, afirmavam os Mechathins, a forma como Cedric Bondurant vivia, e qualquer outra imagem vinda dele era absolutamente falsa.
— Naquele dia, no Castelo… Você deu a entender que eu estava em um personagem, fingindo me importar com a população… ou com qualquer coisa, pareceu. Que eu era uma pessoa superficial.
Afastou-se quase automaticamente, incomodado. Conhecia playboys, garotos que viam o mundo como seu playground, ostentando dinheiro e símbolos de poder, sem nenhum ideal ou ética como guia, e muito menos alguma conexão com Morgana. Para ele, o que Celeste dizia não fazia sentido.
— Eu não sou assim. — Falou. — Talvez eu só não me importe tanto com as limitações que minha família tentou me impor. Quase sempre só fiz o que quis fazer com a minha vida e isso pode ter incomodado algumas pessoas, mas não posso fazer nada sobre isso.
Ele a ofereceu um sorriso de suave decepção e disse, um pouco mais baixo:
— Mas acho que é engraçado quando o teatro convence tanto que a realidade passa a parecer uma mentira. — A frase incerta falava sobre ele.
Nos últimos meses, estava cada vez mais consciente de como tinha começado a sair e beber mais após a morte de Lyra, em parte criando um personagem superficial, para evitar perguntas e também memórias. As novas distrações com a campanha e seus sentimentos por Celeste o haviam afastado quase que completamente dessa vida e hábitos, porém, e ele não sentia falta deles. Ultimamente, preocupava-se mais com o que faria com o poder que receberia, caso fosse eleito, do que com qualquer evento social de Lucien. Onde conseguiria fazer alguma diferença? Que cartas deveria jogar para não ser apenas um fantoche da mãe em um cargo político?
Se o assassinato de Lyra havia resultado, para sua mãe, em uma maior obsessão por seus lugares na sociedade, para Cedric retirou qualquer significado das inúmeras tradições mal justificadas dos Bondurants e Mechathins. Eram todos carne e osso, como aqueles sem nobreza, ainda que fossem mais educados e preparados para a liderança. Que diferença fazia se usava azul ou preto em um jantar ou a quantos passos de sua Matriarca deveria andar? Por que não poderia namorar com quem bem entendesse? Era seu direito ser livre, feliz. A Morte, e portanto a Vida, eram soberanas a qualquer regulamento.
— Eu não fujo do prazer, mas… — Pensou duas vezes, calando-se em meio à frase. O que estava fazendo, tentando se explicar e mudar sua opinião? Se Celeste ainda o via assim, não seriam meras palavras que a convenceriam do oposto. Já tinham passado tempo juntos o suficiente para que ela mudasse de pensamento. Tinham visões de mundo diferentes.
Respirou fundo rapidamente.
— Mas não importa, não me incomoda. — Forçou uma despreocupação que não sentia e abriu um sorriso mais provocativo, ainda que um falso. — Posso ser um playboy, se é disso que você gosta. Vou embora logo depois do sexo, volto a sair com outras pessoas… — Sua ironia aumentava a cada frase. — Definitivamente não ajudo mais irmãs mais novas…
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cbondurant · 13 days ago
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Celeste de aconchegou mais ainda em seu abraço e o provocou, com um sorrisinho malandro, sobre seu comportamento. Era uma piada, ainda que baseada na realidade, mas Cedric não conseguiu levá-la inteiramente na brincadeira. Na verdade, as palavras chegaram duras a seus ouvidos.
Estava acostumado a ser visto como simplesmente isso por inimigos ou pessoas que pouco o conheciam. Sabia que até mesmo alguns de seus amigos, que se encaixavam alegremente na definição da palavra discutida, imaginavam que isso era tudo que o definia. No entanto, saber que uma parte de Celeste o via como um homem superficial que vivia apenas para festas e pouco se preocupava com o mundo ao seu redor o incomodava. Era isso que ela acreditava, certo? Ela tinha deixado escapar em um momento de raiva e também antes, quando ainda se conheciam, mas poderia a Mechathin ainda enxergá-lo assim?
Estava sendo incoerente. Segundos antes tinha afirmado não se importar com o que as pessoas pensavam sobre ele e, de fato, costumava não se importar. Com Celeste, porém, tudo precisava ser sempre irritantemente diferente.
Afrouxou o aperto e desviou o olhar para a pia de mármore claro, com o corpo um pouco mais tenso. Seu silêncio não durou muitos segundos, mas não foi tão breve quanto gostaria que tivesse sido, um sorriso amarelo tomando seu rosto enquanto pensava numa resposta.
— Pode me ver como quiser… — Soou ligeiramente mais desanimado do que momentos antes, embora tentasse manter a graça. — Não seria a única.
Essa era uma persona que ele não tinha se esforçado muito em mudar. Até o divertia saber que ela desagradava parte das figuras mais velhas dos Bondurant. Afinal, esta sempre seria melhor do que a outra possível opção, caso o público descobrisse o que fazia nas horas vagas, em locais de descanso das almas e sob apenas a luz das estrelas.
Após um instante, soltou outra risada nasalada, embora essa estivesse mais próxima da descrença e mágoa.
— Mas... Isso ainda é tudo que você enxerga? Uma caricatura?
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cbondurant · 14 days ago
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Abaixou ambas as mãos para abraçar Celeste pela cintura e continuou os beijos na região de seu pescoço, agora inclinado para que pudesse apreciá-lo. Porém, ao ouvir sua fala afastou o rosto alguns centímetros, erguendo as sobrancelhas com suavidade.
Àquela altura, com a disputa já tradicionalmente acirrada, as propagandas políticas de ambos os candidatos estavam se tornando cada vez mais ferozes, focando nos pontos fracos pessoais do adversário e exagerando defeitos. Se esse seria o tema da próxima propaganda de Celeste, então ele já podia imaginar o que seria dito.
Os Mechathins não mediam palavras, desde o início de sua candidatura, sobre o que pensavam de Cedric Bondurant ser o candidato de sua família àquela posição. Em uma mistura de opinião sincera, alimentada pela animosidade histórica entre Mechathins e Bondurants, e também veneno político, eles afirmavam para quem quisesse ouvir que um homem desregrado e degenerado como ele não estava apto para assumir tal posto.
Celeste, por sua vez, parecia concordar. Ou, ao menos, foi a impressão que ela havia deixado passar em meio à discussão que tiveram no Castelo Le Fey.
— Por que? Você vai expressar sua verdadeira opinião sobre mim nela? — Ele falou em tom de brincadeira, tentando esconder que essa era uma dúvida real em seu íntimo. Continuou com um meio sorriso mais ácido: — De que sou um playboy... foi isso que você disse aquele dia, não é?
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cbondurant · 17 days ago
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Flertando de volta, Celeste engatinhou até ele e se virou de costas para se encaixar entre suas coxas. O Bondurant sorriu maliciosamente, tanto por suas ações quanto por não conseguir ignorar o fato de que ainda estavam completamente nus naquela posição. Finalmente confortável e virando o rosto para olhá-lo, ela o perguntou sobre sua fama de boêmio.
Ele a abraçou com o braço esquerdo e deu-lhe um leve beijo bem abaixo da orelha, uma resposta ao que ela havia deixado em seu pescoço.
— São, mas depende de qual rumor você ouviu. — Soltou um pouco de ar pelo nariz, em uma risada silenciosa. — Nunca dei uma festa regada a drogas e que durou três dias seguidos na minha casa, isso é mais a cara do Lucien. E nunca fiz sexo grupal no meio do salão de uma festa, também. Sou um pouco mais reservado que isso, acho.
Riu novamente. Quando leu tais absurdos, também riu, mas sua família — especialmente sua mãe — odiava a forma como algumas pessoas acreditavam tão facilmente no que liam quando a imprensa ou anônimos inventavam detalhes imaginativos o suficiente.
— Teve uma época em que eu gostava de beber e me divertir até cansar, era um jeito fácil de me distrair do que aconteceu, acho. — Não explicou o que dizia, mas imaginava que Celeste entenderia facilmente. Tinha uma natureza introvertida, mas as conversas e barulho das festas eram o ruído que precisava para pensar menos e se anestesiar. — Comecei a me importar menos com o que as pessoas diziam também…
Além disso, passou a ter mais olhares sobre ele após a morte de sua irmã, mas nem todos eram indesejados, e, por mais que teoricamente devesse se comportar mais sobriamente em sua nova posição, a família Bondurant tinha poucas opções que pudessem substituí-lo, ainda mais em meio à crise iniciada com os rebeldes. Isso o dava certa liberdade para agir como bem entendesse dentro do pequeno caos em que haviam entrado.
— Mas agora estou mais domesticado, para a decepção dos meus amigos. — Brincou. — E tenho outras distrações.
Ele desfez um pouco o abraço para envolver o seio direito da Mechathin com a mão, ilustrando o que dizia e descendo a boca mais uma vez até seu pescoço. Carregava um sorrisinho nos lábios ao acariciar seu peito com cuidado.
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cbondurant · 20 days ago
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A Mechathin aceitou suas carícias com facilidade, expressando contentamento através de um pequeno gemido e fechar de olhos e, à medida que ela explicava sua rotina com os banhos, Cedric mantinha os dedos em seu pé.
Não tinha o costume de passar muito tempo dentro de uma banheira, mas não podia negar a eficácia da submersão em água quente, ainda mais com os sais de aroma adocicado que haviam sido adicionados daquela vez. Celeste não estava completamente satisfeita com o que havia feito, mas ele não conseguia encontrar algum defeito. Não era, também, muito exigente nesse assunto.
Juntou as sobrancelhas levemente ao pensar sobre sua pergunta. Em uma entrevista ou conversa com alguém menos íntimo, diria que a pintura o relaxava, mas a atividade também podia ser fonte de estresse quando seu perfeccionismo ou algum bloqueio criativo atrapalhavam seus resultados. Poucos anos antes, o hábito de meditar era mais presente em sua vida, e podia cumprir esse papel, assim como as viagens a locais isolados onde ninguém além de pássaros, veados e peixes o encontraria por alguns dias.
Talvez por isso, cada vez mais o cigarro o atraía, com sua canção de sereia, a retornar o vício.
— Eu costumava meditar… ou escapar para a natureza. Depois escapava com a bebida e festas. Um pouco demais, admito. — Falou, deixando o pé de Celeste dentro da água e buscando o outro. — Agora acho que a luta tem servido pra isso.
Os treinos haviam substituído essas atividades e, por mais que não fosse algo que buscasse em momentos de frustração ou estresse, costumava se sentir melhor depois deles. A exaustão o tomava, mas levava embora preocupações.
— Também ando me encontrando bastante com Mechathins nas últimas semanas… Me relaxa o suficiente. — Brincou, olhando-a nos olhos em um leve flerte, e passou a massagem do segundo pé para mais acima. Moveu as pontas dos dedos em círculos por sua panturrilha, água e espuma auxiliando no deslizar. — Odeio ficar sem.
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cbondurant · 22 days ago
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Apesar de sua irritação inicial, Celeste assentiu e acabou por concordar em dar a ele o que ele queria, sem pressioná-lo ou questioná-lo da razão. Ele sabia que, como a maga havia deixado implícito, estava se comportando diferente ao tentar esconder o que antes diria tão abertamente e, ao vê-la mudar de assunto para satisfazê-lo, sentiu-se um pouco culpado por sua reação indelicada de momentos antes.
Esperou que ela entrasse na banheira espaçosa, acompanhando suas curvas nuas com os olhos e, depois, prestando atenção em suas palavras consideravelmente mais leves. Deixou que um canto dos lábios subisse em um meio sorriso à menção do termo “romântico” e, à medida que ela falava, mais fácil se tornava esquecer a pequena discussão anterior.
A espuma do banho agora cobria Celeste até a altura dos seios e seus joelhos dobrados saíam da água como pequenas ilhas. Cedric se aproximou e logo sentiu o calor da banheira na própria pele.
— Parece delicioso, na verdade. — Respondeu, sinceramente, sentando-se dentro das águas perfumadas, encarando a Mechathin de frente. O cheiro de hortelã era um de seus preferidos e uma xícara de chá da planta também o ajudava a relaxar em tardes tensas. Nunca havia aproveitado flores silvestres de qualquer forma além de esteticamente, no entanto, mas imaginava que Celeste sabia o que sugeria.
Pendeu a cabeça para trás, apoiando a nuca em um dos acolchoados à prova d’água que estavam embutidos nas duas extremidades da banheira retangular. A água estava na temperatura perfeita para agir rapidamente sobre cada um de seus músculos e arrancar dele um longo suspiro. Inspirado, buscou o pé esquerdo de Celeste sob a espuma e o puxou delicadamente até a direção de seu peito, iniciando uma massagem lenta. Segurava-o pelo calcanhar enquanto o dedão direito subia, decidido, por toda extensão da sola. Suas próprias pernas, por sua vez, encostavam no corpo da maga, mesmo que tivessem espaço suficiente para que isso não ocorresse.
— Você faz isso com frequência? Relaxar numa banheira, à luz de velas? — Sua voz já estava mais tranquila, agora que o assunto de antes parecia longe de vista e a água quente acariciava sua pele. — Eu não me importaria de experimentar todas suas sugestões…
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cbondurant · 24 days ago
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Naturalmente, sua resposta passiva agressiva irritou Celeste. Após lembrá-lo de que ele fazia o possível para driblar suas regras, ela andou até onde estava o Bondurant. Sentando-se na beira da banheira, buscou sua própria taça e o encarou duramente. “Mas podemos voltar a evitar, se quiser”, ela completou.
Cedric não soube o que falar de imediato, sustentando seu olhar com certo incômodo. Sabia que havia sido seco demais e que as perguntas de Celeste eram justificáveis, considerando a relação que compartilhavam. Ainda assim… Não conseguia esconder o pé atrás que sentia em expor sem subterfúgios aquilo que sentia por ela — porque era isso que estaria fazendo, certo? —, uma hesitação nascida no dia em que visitaram o cemitério com Madeleine e Celeste o rejeitou educadamente, pedindo por seu silêncio. Dessa vez, ela o questionava diretamente, retirando, dessa forma, o que havia dito naquela noite, mas o assunto em questão era mais delicado ainda, principalmente porque o que ela tinha com Lance Doyle já era oficial o suficiente para que frequentassem eventos públicos juntos e dançassem, aos sorrisos, mais do que o número educado de valsas — uma. Essa era uma lembrança de seu desejo impossível de que pudesse ser ele ali, dançando com ela, e não outro homem… De que ele pudesse tomá-la dos braços de outro apresentá-la como sua amante.
Cedric engoliu a saliva e deixou a garrafa ao lado do quadril da Mechathin, esforçando-se para suavizar seu olhar e desfranzir o cenho que se enrrugava com os pensamentos. Após olhar para a banheira praticamente cheia por um segundo, suspirou, relaxando o corpo.
— Não quero isso... — Falou em voz baixa. Voltou os olhos escuros para ela, e agora eles carregavam seu próximo pedido, um pouco suplicantes: — Mas não podemos relaxar por agora? O banho está pronto.
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cbondurant · 29 days ago
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Provavelmente Celeste não esperava que ele evitasse responder sua pergunta diretamente, pois sua reação foi de um mau humor surpreso e transparente. Ela o observou seriamente por algum tempo — segundos em que Cedric se esforçou para não desviar os olhos. Depois, o respondeu com certa irritação.
O mago aguardou enquanto a ouvia completar os pensamentos, cada vez mais frustrado pela Mechathin não ter tomado sua implicância como uma brincadeira, como gostaria que ela tivesse feito. Entendia, no entanto, a razão de sua zanga, pois costumava estar em seu lugar. Nessa questão, aparentemente agora os papéis se invertiam. Se antes era Cedric quem costumava fazê-la quase gaguejar ao aprofundar em assuntos desconfortáveis para Celeste, nesse momento era ele quem evitava seus olhos ao escutar sua pergunta.
A confirmação de que sua amante não tinha o hábito de sentir ciúmes poderia trazer um sorriso ao seu rosto, se esta não o deixasse tão consciente de como ele passava pela mesma situação. Os ciúmes por seus possíveis namorados do passado ou flertes que Celeste podia ouvir quando ele não estava por perto já o causavam incômodo o suficiente, mas vê-la com Lance, em público, como namorados… Cedric estava fazendo o possível para esquecer o sentimento cruel e irracional que o rasgava o peito e lá vinha a maga de fogo lembrá-lo de que provavelmente os veria assim novamente, em poucos dias.
Ele a virou as costas, em uma tentativa de esconder a expressão conflituosa que aparecera em seu rosto, e seguiu até o frigobar para buscar a garrafa de champanhe. Respirou fundo antes de se virar novamente, logo enchendo sua taça prematuramente vazia.
— Achei que você não queria que conversássemos sobre coisas como essa. — Foi mais sério do que gostaria, falando em um tom quase seco.
Seu orgulho o gritava para não admitir que, além de sentir ciúmes por ela, algo que ambos já sabiam que acontecia, essa era a primeira vez que se sentia dessa forma sobre alguém. O que mais sairia de sua boca se falasse sobre isso? Provavelmente iria querer perguntá-la sobre Lance novamente, resgatar a provocação que fizera ao telefone após vê-la plenamente divertida ao dançar com o herdeiro Doyle. E o que ganharia além de respostas que provavelmente não queria escutar?
Ele não tinha direito de desejar que ela fosse somente sua.
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cbondurant · 1 month ago
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Baby, I know places we won’t be found (celric)
Não sabia por quê vivia provocando Cedric assim. Claro, isso já fazia parte da dinâmica deles, mas mesmo depois de começar a se sentir mais confortável perto dele, ainda gostava de atiçá-lo daquela forma. Era por que, dessa forma, ainda que inicialmente mascarada, acabavam se revelando mais e mais? Por meio de brincadeiras e piadas, deixavam no ar coisas que não conseguiam falar em voz alta e séria.  Observou Cedric se aproximar com as duas taças enquanto abria o pote de sais de banho, revirando o olho divertida à sua pergunta. Ainda que já tivesse —  em teoria —  superado aquele episódio, ainda assim não gostava de lembrá-lo com muita clareza. Não tinha mostrado sua melhor versão naquela noite e a memória da cena que vira ainda lhe esquentava ligeiramente.  Celeste se aproximou um pouco enquanto sentava na borda da banheira, colocando um punhado de sais na mão e jogando na água enquanto falava: — Diz aquele que não gosta nem de pensar em outro me pintando… — brincou, usando de certa licença poética para exagerar. Depois, pegou outro punhado um pouco maior e jogou na banheira. Ela riu silenciosamente e deixou o pote de lado sem fechá-lo, olhando-o nos olhos enquanto perguntava, audaciosa: — Por quê? Você gosta que eu sinto ciúmes de você? Imitou o tom de voz que Cedric tinha usado na cama algums minutos antes, ao perguntá-la algo parecido, e inclinou-se para trás, apoiando-se nas duas mãos.
Aproximando-se e se sentando na borda da banheira branca, Celeste iniciou a preparação do banho, passando dois punhados dos sais de banho rosados para a água enquanto respondia sua brincadeira. O cheiro inconfundível de rosas escapou quase imediatamente das pequenas pedras de sal e sabão, intensificado pela espuma abundante que começava a se formar pela mistura dos sais com a água corrente.
Cedric conteve uma pequena risada, lembrando-se da forma que ela o havia enganado ao fazê-lo pensar que já tinha se relacionado com um amante pintor, antes dele. E o Bondurant mal teve tempo de erguer os olhos da banheira para a maga quando foi pego de surpresa por sua pergunta perspicaz.
Ele gostava? Claramente sim. Uma grande parte sua, pelo menos, tinha o ego alimentado pelas expressões de ciúmes da maga, provas de seu apego por ele. No entanto, isso também o confundia, como a maioria das ações de Celeste em algum ponto acabavam fazendo. Em nenhum momento a maga de fogo havia deixado explícito que gostaria que ele fosse apenas dela, mas esse desejo estivera implícito o suficiente em suas reações. Ela, porém, não parecia tão interessada em ser apenas dele.
Talvez Celeste ainda estivesse acostumada a se relacionar com homens socialmente inferiores, que cumpririam suas exigências sem esperar reciprocidade em suas demandas, especialmente focados em agradá-la a qualquer custo… Ou talvez os ciúmes fossem parte de sua personalidade, como Cedric descobria agora ser, aparentemente, parte da dele. De qualquer forma, apesar de brincar com ele, os ciúmes da maga de fogo o confundiam.
Ele desviou os olhos para a taça de champanhe e a levou nos lábios, forçando um sorriso que se encaixasse na energia de provocação que lhes era clássica.
— Hm… Não sei... — Começou como se brincasse, mas evitou seu olhar por alguns instantes. — Você não seria a primeira nem última pessoa a sentir ciúmes de mim... Talvez eu já esteja acostumado. — Alfinetou, mantendo o sorriso ao voltar a olhá-la e terminando a taça em um longo e ligeiramente ansioso gole.
Não queria que os pensamentos voltassem ao caminho que pareciam gostar tanto de seguir nos últimos dias: o próprio ciúme. Esperava, secretamente, que o álcool o ajudasse a evitá-los.
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cbondurant · 1 month ago
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Baby, I know places we won’t be found (celric)
Esperou pacientemente e ansiosamente Cedric responder, mas quanto levantou os olhos para ele, o mago estava mais sóbrio do que esperava. Pensava que ele demostraria uma certa timidez, já que provavelmente era o que Celeste sentiria se a pergunta fosse dirigida a ela, mas não a seriedade que apareceu em seu rosto. Ele então a respondeu de modo sucinto, sem dar muitos detalhes, e devolveu a pergunta. Celeste ergueu as sobrancelhas minimamente por um segundo e não devolveu seu sorriso, instigada. Demorou também um momento para respondê-lo, analisando seu rosto com interesse.  Por mais que a relação dos dois estivesse mais confortável e eles se permitissem se expressar mais, principalmente fisicamente, Cedric parecia hesitar mais cada vez que ela lhe perguntava algo mais profundo. Claro que entendia, de certa maneira. Não era o assunto mais fácil e ela mesma tinha evitado — e ainda evitava, até certo ponto — falar abertamente sobre os sentimentos, mas não era isso que estava perguntando ali, era? Só queria saber o quanto ele compartilhava com Lucien. Não sabia porquê tinha começado a desviar-se assim quando antes lhe dava tudo sem grandes problemas, mas se não queria falar, não tinha nada que Celeste pudesse fazer além de se frustrar. Resolveu não pressioná-lo mais, até porque não queria parecer desesperada, e abriu um sorriso no máximo educado. — Foi basicamente como você disse… — começou, deixando a taça em cima do frigobar. A banheira já estava em um terço e era o suficiente para começar a preparar o banho — Ele insistiu até eu deixar escapar. De onde estava, conseguia ver os sais e bombas de banho numa prateleira perto da banheira e começou seu caminho até lá. — Sobre Maddie… — disse, hesitando ao se recordar da conversa que estava tendo ao deixar escapar que Cedric conhecia a menina Mechathin — Foi sem querer. Não era o assunto principal. Ela foi seduzida pelo frasco rosado, acertando em cheio no que queria: rosas, um clássico e sempre útil. Pegou-o e virou para Cedric, dessa vez abrindo um pequeno sorriso malandro. — Ele estava tentando me convencer que eu estava com ciúmes. Eu me irritei e… saiu.
Celeste o respondeu tranquilamente, embora levasse um sorriso um pouco mais duro que o comum em seu rosto, e logo andou até a região onde a banheira estava. Ali, tomou um pote do que parecia ser sais de banho em mãos enquanto falava, virando-se com uma expressão menos comportada do que antes. Cedric ergueu as sobrancelhas, rindo com leveza.
Pegou a taça que a maga havia deixado para trás e fez a gentileza de levá-la para ela. A banheira era espaçosa e retangular e, em uma de suas pontas, tinha espaço suficiente para que ele pudesse descansar ambas as taças, a dele e a dela, uma ao lado da outra. Fez isso e voltou a erguer o rosto para a Mechathin. Cedric espelhou seu sorriso arteiro com um próprio.
— … E ele conseguiu te convencer?
Ele se lembrava de quando Lucien também tentou convencê-lo de que Celeste havia tido uma crise de ciúmes após vê-lo com Liza. Obviamente, ele havia conseguido perceber isso sozinho, uma vez que sua amante não tinha conseguido esconder muito bem sua reação, mas Lucien o trouxe à atenção outros detalhes da situação: o que isso significava para os dois, se teimavam em agir como se estivessem envolvidos em uma relação meramente casual? E, além disso, não era a própria Celeste que insistia em mantê-los emocionalmente afastados?
— Imagino que não tenha sido tão difícil. — Brincou, suavizando o sorriso. — Você não foi muito sutil naquele dia...
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cbondurant · 1 month ago
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Então Lucien realmente agia da mesma forma com Celeste. Perguntou-se como se davam essas conversas. Sabia que ele já havia conseguido arrancar da maga algumas informações que nunca a imaginara dividindo com qualquer pessoa… Ele a pressionava como fazia com Cedric ou apenas abusava da intimidade para incomodar o amigo de infância, poupando Celeste?
A pergunta de Celeste o tirou de seus pensamentos e ele congelou o movimento suave que fazia com a própria taça de champanhe inconscientemente. Sua expressão se tornou um pouco mais séria. Essa era uma daquelas perguntas que Celeste fazia mesmo sabendo que, se os papéis estivessem invertidos e fosse ele questionando, ela não responderia. Inventaria uma maneira de fugir do assunto ou faria algum comentário bem humorado ou malicioso, mas não seria transparente.
Era uma boa ideia admitir que às vezes precisava de alguém com quem conversar sobre ela e o caso impensável que alimentavam? Que, apesar de geralmente ser Lucien quem iniciava esse tipo de assunto, de vez em quando era ele quem o dava de bandeja? Não parecia…
— Ele costuma perguntar sobre, de tempos em tempos... — Disse, e finalmente bebeu da taça, ganhando tempo para pensar. Não queria que ela pensasse que ele passava seu tempo livre conversando sobre ela, como um tolo apaixonado. — E insiste até que eu deixe algo escapar. Parece que acha fascinante. E vocês?
Jogou a pergunta de volta para ela, curioso com como a maga lidaria com ela.
— Ele ficou sabendo que eu conhecia a Maddie através de você… Eu não esperava isso. — Voltou a abrir um pequeno sorriso, ligeiramente divertido.
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cbondurant · 1 month ago
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O banheiro da suíte era espaçoso como imaginava e quase tão grande quanto ele lembrava ser o do próprio Lucien, na propriedade. Todo feito em mármore branco com veias amareladas que traziam um brilho suavemente dourado para as paredes, o cômodo seguia a estética do restante da casa: era luxuoso e elegante, sem os exageros em que os novos ricos costumavam apostar.
Celeste seguiu rapidamente para a banheira e Cedric a acompanhou com os olhos, fitando seu corpo firme e completamente nu com um pequeno sorriso. Mesmo após se deliciar com esse mesmo corpo, ainda sentia a força que o atraía para ela quase fisicamente. Ela seria seu fim, ele lembrou.
Focou no que a maga dizia e desviou os olhos para o frigobar, soltando uma risada com o que via. Indiscutivelmente, Lucien os havia deixado uma garrafa de seu espumante favorito, da marca que nunca faltava em suas festas.
— É claro. — Concordou, logo balançando a cabeça ao se lembrar do que o amigo o havia dito mais cedo, pelo celular. — Ele disse que nos daria um presente. Imagino que seja isso.
Era um alívio ter a confirmação de que Lucien não havia inventado alguma bizarrice para pregar uma peça nos dois, como a imaginação — e experiência passada — de Cedric sugeria.
Ele caminhou até o refrigerador e abriu a porta transparente, retirando as duas taças de champanhe e pousando ambas sobre o aparelho branco. Em seguida, buscou a garrafa congelante e deu início à abertura da rolha. Com um pop, ela foi expulsa pela pressão, e o Bondurant os serviu.
Entregou a primeira taça a Celeste.
— Às vezes não sei se Lucien está maravilhado ou horrorizado com nós dois. Acho que nem ele sabe... Mas quando fala sobre isso ele me olha como se... — Pausou, tentando encontrar as palavras. Então, riu. — Como se estivesse vendo um fantasma.
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cbondurant · 2 months ago
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Já tinha dado alguns passos, sem ouvir uma resposta a sua provocação, quando Celeste o abraçou por trás, grudando seus corpos por um instante. Cedric sorriu com a aproximação bem vinda e ergueu as sobrancelhas suavemente para sua pergunta.
Havia sugerido que se encontrassem mais cedo do que o normal para que pudessem ter alguma flexibilidade de horário e a possibilidade de passarem mais tempo juntos. Não poderiam atravessar a noite mais e nem adormecer na mesma casa, então essa foi a solução mais adequada que conseguiu pensar. Aparentemente, a maga de fogo também tinha em mente o passar dos minutos no relógio e Cedric não conseguiu esconder seu agrado ao perceber esse fato.
Celeste fez um semicírculo à sua volta e o pegou pelas mãos, sugerindo que passassem parte do tempo que ainda tinham relaxando em uma banheira. Ela tinha a cabeça ligeiramente pendida para o lado, evidentemente tentando convencê-lo. Dessa vez, porém, seu sorriso carregava afeto em vez da malícia habitual que costumava usar para persuadi-lo, e Cedric quis envolvê-la num abraço de igual ternura ao vê-lo.
Assim o fez, abraçando-a pela cintura e dando um passo para mais perto, olhos baixando para focar nos dela e narizes se encostando com cuidado.
— Eu gostaria de experimentar, então. — Ele confirmou, sorrindo e selando a resposta com um pequeno beijo. — Tem algum tempo que não uso uma banheira.
Era impossível recusar essa oferta e, ali, percebeu que passara a enxergar as horas que passava na companhia da Mechathin como um momento de relaxamento em meio a uma rotina de campanha cada vez mais exigente. Os dois não tinham a relação mais fácil do mundo, é claro, mas estar perto dela cada vez mais provocava nele o efeito inebriante de recarregar suas baterias.
Deu um passo atrás novamente e, buscando uma de suas mãos, seguiu para o banheiro com Celeste à sua cola e qualquer ciúme anterior esquecido.
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cbondurant · 2 months ago
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O embaraço de Celeste foi perceptível o suficiente para que Cedric alargasse o próprio sorriso, satisfeito em tê-la afetado. Ela não aguentou passar mais de um momento na posição de perdedora, no entanto, pois logo tentou virar o jogo, levando carícias confortáveis a seu cabelo e depois bochecha e queixo.
Cedric balançou a cabeça, ainda sorridente, mas pouco convencido pela sedução provocante da maga. Ele podia ter sido o primeiro a procurar por um beijo dentro daquele carro, mas todos os outros primeiros passos haviam sido dados por uma Celeste ávida, que sentia os efeitos intensos da ausência de encontros dos dois.
Aproximou o rosto para deixar um novo beijo suave em seus lábios e logo trouxe o corpo para trás, deixando a cama.
— Não aceita nunca ficar por baixo, não é, Vossa Graça? — Devolveu, com uma risada baixa acompanhando a brincadeira. Então, com mais mais malícia, mas buscando somente implicar com a amante, continuou: — Quer dizer… Exceto em algumas situações…
E começou a caminhar em direção ao ainda desconhecido banheiro da suíte, desejando tomar uma ducha rápida.
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cbondurant · 2 months ago
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A maga de fogo se virou para ele dentro de seu abraço e acariciou o rosto de Cedric com os dedos, acompanhando sua brincadeira com uma própria. O Bondurant semicerrou os olhos, sabendo que ela apenas o torturava com a possibilidade do afastamento dos dois se tornar algo rotineiro. Provavelmente a distância havia sido desagradável para ela, assim como para ele. Ou ao menos era nisso que ele escolhia acreditar...
Cedric a beijou mais uma vez, puxando-a para mais perto de novo e virando os dois com cuidado até que se colocasse sobre seu corpo nu. Seus cotovelos evitavam que a incomodasse com seu peso, no entanto, e quando afastou o rosto, ele a olhou nos olhos castanhos para perguntar:
— Você gosta que eu sinto sua falta? — Foi sugestivo, mantendo o olhar fixo no dela com um pequeno sorriso que se tornava ligeiramente mais diabólico com o passar dos segundos. — Hm… Que eu me lembre, na última vez que ficamos sem se ver foi você quem quis que eu te desse prazer dentro do carro mesmo. — Sua nova provocação era uma devolução clara à fala da Mechathin, e foi concluída com um risinho: — Tão impaciente... Não conseguiu esperar.
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cbondurant · 2 months ago
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Celeste o recebeu com um sorriso tímido e este reapareceu em seus lábios após o beijo de boas vindas. Cedric afagou seu rosto e a vulnerabilidade que ela demonstrava nele, sentindo um quieto calor no peito com a visão. Era um grande contraste a forma como se tratavam agora, comparada às trocas de ofensas de quando se conheceram. Ele sorriu para isso, tanto pela memória de uma Celeste arredia quanto pela suavidade que ela trazia agora.
— Estamos… — Ele concordou, em voz baixa. Ela tinha concordado, na noite anterior, em encontrá-lo ali, e tinha sido rapidamente convencida… Se é que Celeste ainda precisava ser convencida de algo. Nas últimas semanas, era ela quem o convencia a experimentar novas coisas.
Beijou-a novamente e ali ficaram por alguns minutos, com o beijo se tornando cada vez mais exploratório lentamente. Suas mãos acariciaram o corpo da maga de fogo um pouco mais timidamente do que o comum, como se o novo espaço o trouxesse uma calma renovada, mas, como de costume, foi impossível se manter aos beijos com Celeste por muito tempo sem querer se pressionar contra ela e arrancar gemidos de sua boca.
Os lençóis de seda perolada da suíte principal foram um detalhe claramente pensado por Lucien e, por mais que talvez tivessem sido um exagero do amigo, trouxeram uma textura nova e suave que casou bem com os arredores pouco familiares do quarto. Quando posicionou Celeste no colo e alisou suas coxas, a sensação de sua pele era parecida com a que tinha contra as costas — assim como a maciez de estar dentro dela.
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— Fizemos uma bagunça nos lençóis… — Murmurou, trazendo Celeste mais para perto no lado da cama que estava seco. Ele não tinha economizado no esforço de fazê-la chegar ao êxtase daquela vez, disposto a lembrá-la de como a fazia se sentir na cama, e, devido a isso, a seda branca trazia agora um círculo de umidade no outro lado do colchão.
Era quase criminoso como os gemidos de Celeste o excitavam e serviam de gasolina para que ele a fizesse gozar mais vezes. E era excitante pra ele, também, usar de todas as ferramentas que tinha para chegar a essa finalidade. Sentir os dedos da maga em seu cabelo puxando-o para que ele não parasse de beijá-la entre as pernas tinha sido quase a gota d'água para que voltasse para dentro dela, mas foi paciente e, com isso, colheu os frutos de fazê-la gozar uma terceira vez. Depois, com ele dentro dela novamente, Celeste chegou ao quarto orgasmo do dia, e Cedric permitiu-se terminar, com um gemido entrecortado por sua exasperação de prazer.
Próximos na cama, Cedric a abraçou por trás e deixou beijos suaves em seu pescoço.
— Estava com saudades. — Era quase uma justificativa bem humorada.
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