#ApolloARO
Explore tagged Tumblr posts
twilight-boy · 1 year ago
Text
sunlight - xxvii
Lux: Bom dia, Flamínia! Trouxe presentes. Flamínia: Oiii, meu solzinho favorito! Vou dar um pulo no sete mais tarde, eu tenho ansiedade. Apolo: Gostou? Eu quem fiz. A receita? Descubra.
0 notes
twilight-boy · 1 year ago
Text
Sunrise - IX
Cross your heart...
I had a dream I was seven
��� Sei… Parece estranho estar falando com você dessa maneira.
Era o fim da tarde de um domingo californiano. A luz dourada do sol a se pôr iluminava a praia, fazendo a areia cintilar e tornando as ondas distantes parecerem o mais belo bordado tecido sobre a água. Estavam ambos sob uma toalha quadriculada de piquenique posta sobre o gramado, bem próximos a faixa de areia, voltados para o poente.
A brisa quente batia carinhosamente contra os rostos e agitava os cabelos, e o sol os envolvia, em seu últimos momentos de governo sob o dia.
— Sonhos premonitórios. — Completou Apolo enquanto mordia a maçã, destacando a crocância da fruta ressaltada pelo som da mordida. Estava suculenta. — Posso enviar esses sonhos aos mortais, governo todos os tipos de premonições. Assim consigo invadir, elegantemente, os domínios de Morfeu, Fântaso e Ícelos, mas eles podem confundir, criando sonhos por cima dos sonhos que envio, não tenho controle total.
Apolo estava sentado de pernas cruzadas juntas ao corpo, bem do lado do semideus. Era um sonho, mas havia algo diferente ali, como se o deus tivesse puxado a essência do mortal até onde se encontrava, parecia mesmo real, mas ainda era um sonho. Luxanno só podia ver e ouvir, mas era uma situação agradável, confortável e calorosa, como a voz melódica, grave e hipnótica do deus ao lado.
— É bom explicar, você pode achar que é apenas um sonho trivial, estranho e trivial, isso pode tirar sua sanidade. — Uma outra mordida na maçã.
Até nos intervalos das falas, enquanto se ocupava comendo a fruta, emitia sons de satisfação e mastigação que seriam incapazes de incomodar até mesmo o mais ranzinza dos deuses.
— Só que foi a única maneira possível que achei para falar diretamente com você sem quebrar as regras que me prendem.
Olhava para o filho. Apolo deixa a fruta marcada por algumas mordidas sob a toalha onde estavam, iria terminar logo depois, precisava parar de se distrair com a oferenda. O deus vestia uma calça jeans clara, tênis vans tão brancos que olha-los diretamente causava incomodo na visão, uma camisa de botões aberta feita de flanela quadriculada em tons de amarelo e laranja por cima de uma camisa branca lisa.
— Parabéns. — O sorriso de Apolo era perfeito e verdadeiro. Dava para ver os olhos de cor âmbar por trás das lentes do rayban brilharem como duas piscinas cintilantes de ouro líquido. — Me sinto orgulhoso. Por tudo que vocês alcançam. Pelos esforços e sacrifícios nessa vida que foram colocados. Mas os méritos são seus, colocar vocês no mundo é uma forma de compartilhar meu poder com os mortais, depois disso nada me resta além de me sentir orgulhoso e satisfeito.
Os cabelos de Apolo eram ondulações perfeitas que coroavam sua cabeça e emolduravam seu rosto da mais perfeita maneira. Os fios eram como o ouro batido, pulsando em energia e luz, "ardendo" como uma chama dourada.
— Quíron na grande maioria das vezes é sábio em suas escolhas. — Apolo apoia as mão nas laterais do corpo, levemente recuadas e inclina o corpo para trás, observando o sol desaparecer gradativamente no horizonte. — Acredito que ele tenha feito o certo. Eu te vejo lá de cima. — Indica o sol com um aceno do queixo. — Vejo tudo, todos vocês e quando concentro minha visão em você eu gosto do que vejo.
O deus fez uma sutil pausa.
— Queria poder dedicar um pouco mais de meu tempo. Proporcionar a vocês tudo isso. Um fim de tarde juntos vendo o sol se pôr, um dia todo cantando e compondo, praticando arquearia ou até, quem sabe, um pouco de pintura e dança, as opções são variadas. — Havia um tom de tristeza na voz do imortal. — Mas não posso, muito tempo entre os mortais nos faz esquecer quem somos, até um ponto onde podemos deixar de existir por conta própria, fazendo tudo que representamos colapsar. Um pouco de explicação deve te deixar bem e satisfeito.
Olha para o filho. O céu estava alaranjado, era o Crepúsculo.
— Você merecia essa conversa, não sei se pessoalmente teremos uma oportunidade parecida, nem sei se vou poder voltar a te encontrar em outro sonho.
Escurecia agora. As pálpebras do Luxanno estariam pesadas, seus olhos fechariam gradativamente.
— Mas foi bom te ver filho.
Foi a ultima coisa que ouviu de Apolo antes do sonho chegar ao fim. Pela manhã haveria um pouco de areia perto da cama do semideus, ele sentiria a textura da maresia na pele do rosto e sob a mesa ao lado de sua cama uma maçã, de ouro puro em tamanho real, com a marca de duas mordidas.
Havia sido real, de certa forma real.
0 notes
twilight-boy · 4 years ago
Text
Sunrise - VIII
Invisible String
Cutting me open, then healing me fine
O rapaz estava limpando o chalé sete, ou tentando, quando a escolhida do Oráculo apareceu em sua janela tão radiante e elétrica que o assustou. Receber Crawford como uma visita, sozinho e sem aviso prévio poderia não ser um bom sinal sobre as coisas. Uma maldição? Uma profecia? Dinheiro emprestado para a compra de tintas e incensos? Mia poderia ser um perigo ambulante!
Ele nunca havia reparado em como a garota tinha traços delicados em seu rosto ou como o seu cabelo caia em mechas soltas frente ao rosto quando ela se movia muito. Se ela não exibisse um sorriso o tempo todo, Luxanno poderia jurar que poderia ser a personificação do sarcasmo ou similares. Mas lá estava Mia em sua janela!
Com o cabelo trançado caindo sobre o ombro direito e margaridas presas aos fios, vestida em um kimono de verão amarelo canário com as mesmas flores de seus cabelos estampados; abaixo disso, apenas um short que combinava com o kimono e uma blusa branca que adentrava sob o tecido. Luxanno estava... bem, com roupas rotineiras. Camisa laranja do acampamento, bermuda preta e chinelos azul claro, muito casual.
— Venha, meu raio de sol! — A garota anunciava em uma risada cheia de energia. — Quero te mostrar um lugar. E fiz lanchinhos! — Exibiu uma mochila que carregava na mão.
[...]
O lugar pelo qual Mia guiava o filho de Apolo na floresta era desconhecido por ele. Sabia que estavam rumando para o norte mas não queria estar desconfiado a ponto de ficar usando os poderes para se orientar pelo leste, como tipicamente fazia sempre. Estava disposto àquele passeio e iria confiar em seja lá no que a garota estivesse aprontando. Não que ele precisasse de muitos motivos pois o simples atiçar de sua curiosidade era o necessário para fazer Luxanno cometer loucuras.
E ele poderia ter quase certeza de que a luz dançava ao redor dela da mesma forma como dançava sobre si; ela seria quase uma irmã para ele. Ambos banhados pela luz dourada do Sol.
Quando adentraram em meio a grandes arbustos, deram de cara com uma clareira circular, oculta da trilha principal que cortava o norte da floresta. A grama era verde e bem aparada com delicadeza, jacintos brancos e amarelos florescendo por todos os lugares possíveis, pássaros voando acima deles em plena cantoria enquanto feixes de luz solar cortavam o espaço em vários pontos. Era mágico!
— Mia? — Chamou a figura masculina. — Por que é que estamos aqui?
Crawford se limitou a uma risadinha tímida, indicando o centro da clareia para ele. Não tardaram até esvaziassem a mochila da garota, estendendo uma grande toalha azul que a mesma havia bordado e colocando as garrafas de suco de pêssego ao lado de fora da cesta e potes plásticos com sanduíches de presunto e muito queijo. Ali sentaram-se e o silêncio só não se fez presentes devido a canção dos pássaros; os campistas estavam admirando a essência que o campo emanava.
— Eu gostaria de pensar que ficaria aqui para sempre. — A sua voz tem uma pontada de tristeza ao fundos das palavras, mas ela parecia tão maravilhada quanto o outro naquele lugar. — Eu que o fiz. — Meneia a cabeça, apontando com o queixo toda a extensão a frente. — Achei que seria lindo e artístico um círculo dourado no meio da floresta, próximo ao riacho Zéfiro, para o amante de Apolo e suas flores.
O dourado a ouvia com grande atenção, como se fosse a mulher mortal mais sábia do mundo; e, talvez, naquele momento, ela fosse. Fazendo os dedos esguios correrem por entre as flores ao seu lado, se perguntava quantos segredos e histórias eles já tinham captado da menina. Sentia uma emoção aflorar em seu âmago, despertando lentamente. Não sabia se deveria falar algo ou se deveria apenas a ouvir.
— Eu o chamei aqui porque sei de você, sei o que pensa e sei o que sente e como sente. — Colheu um jacinto branco com extrema facilidade, até parecia que a planta tinha se entregue de bom grado. Colocou-a atrás da orelha esquerda de Lux e sorriu. — Você é tão bonito, Luxanno, filho de Apolo. Por que alguém bonito não pode se permitir a viver momentos bonitos, falas bonitas, memórias felizes?
— Por que você me trouxe aqui e está dizendo isso agora? — A figura masculina recuou a mão do jardim e levou para tocar o jacinto atrás da orelha. Ele trazia preocupação para Luxanno mas, de alguma forma, sabia que nada aconteceria com Mia por perto. Ou assim imaginava. — Eu pergunto, você tem algo para me revelar, Mia?
— Te revelar, criança?! — Apesar de ser mais nova que Lux, a garota mortal falava como se portasse todos os seus três mil anos de história. Deu uma breve gargalhada até apanhar uma das garrafas de suco de pêssego para si e levar aos lábios, dando um gole. — Vocês são tão bravos mas tem medo de uma coisa tão inevitável quanto ao destino. Por quê? Pense, ele é tão mutável, tudo flui de maneiras diferentes. Vai chegar de uma forma ou de outra, mas quem garante que é da mesma forma como foi previsto?
Desenhando um linha na horizontal com a mão em frente ao corpo, o oráculo pôs fim ao assunto.
As delicadas mãos de Mia desceram até um sanduíche e indicou para que o filho de um deus fizesse o mesmo. A presença dela movia com cada sentimento dele, fazendo sentir dores de cabeça no joelho ou sentir a vibração das palavras nas pontas dos dedos. Seu coração batia tão calmo porque tocava a canção favorita da garota. Apesar de pensamentos envenenados correrem por sua mente, ele se prestava a relaxar.
Um coelho de pelagem selvagem atravessou o campo com rapidez, sumindo por entre os canteiros de flores e desaparecendo; atrasado? Observando o animal, eles conversaram sobre como Alice era um clássico favorito de ambos. Mia sugeriu que brincassem de "E se o Acampamento Meio-Sangue fosse a Disney?". Caíram na gargalhada ao nomearem, ambos, que Lux seria a Rapunzel. Estendendo a lista, Harper seria uma Ariel melhor do que a original e Felice, o tio Patinhas de caráter duvidoso. "Edoardo, com a sua bicicleta voadora, poderia chegar à Terra do Nunca?"
Os pássaros reduziram o volume da canção para que pudessem ouvir os dois conversaram enquanto o tempo escorria por entre os dedos das mãos da dupla. Falaram de suas casas de Hogwarts, de Friends até Dark, passando por séries que eram apaixonados. O vento que soprava por entre as árvores chegavam até a clareira trazendo uma pequena rajada de frio, elevando as flores e folhas mortas para os ares, escapando por entre o círculo no ar, onde não havia galhos e folhas de árvores.
Após recolher suas coisas, deixando o espaço sobre a toalha bordada totalmente livre, o jovem deitou sobre as coxas dela. Encarou-a nos olhos por um tempo até que fechasse os seus, entregue ao momento. Ela pareceu não se importar; e não se importava, de fato. O via como um irmão mais velho com milhares de parafusos a menos mas aprendera a gostar do filho de seu deus, era genuíno. Levou a ponta dos dedos para acariciar os fios de cabelos dourados.
— De zero a dez, quanto você quer saber um segredo? — A voz de Mia era baixa como um sussurro, apesar de não ter ninguém para ouvir além dele.
— Sete! — Lux falou em prontidão, sorrindo levemente. Não abriu os olhos, apenas se acomodou melhor para receber a carícia nos cabelos.
— Eu lhe trouxe aqui para te preparar para uma coisa que vai acontecer logo, mas você não vai ousar se preocupar com isso! — A voz dela era autoritária, apesar dele notar o esforço que ela fazia para soar assim. — Você tem o dom da profecia, assim como eu. Eu gostaria que pudéssemos trabalhar nisso juntos para que você possa ser tão bom em adivinhar o futuro quanto eu.
Ele queria erguer o seu tronco para se sentar e fazer questionamentos, à princípio. Contudo, conforme ouvia o que ela tinha a dizer, permitiu seguir em relaxamento e mover a cabeça algumas vezes em concordância.
— Eu não sei se quero saber sobre o futuro ou lançar versos para as pessoas enquanto uma fumaça sai pelos meus lábios... — Ele queria rir, era nítido. Entretanto, apenas comprimiu os lábios, umedecendo-os.
— Isso é mais trabalho do Oráculo e tenho quase certeza que você tem muito para aprender antes de ousar ter o desejo de me substituir. — Mia franze o cenho, dando um tapa sem muita força contra o peito de Luxanno. — Mas eu falo sério. Precisamos aprender a expandir a sua mente para que você possa, hm... interpretar sonhos com mais clareza, por exemplo. Por isso estamos aqui!
A mão que acariciava os cabelos dourados, descem para a sua face, ficando sobre as pálpebras fechadas do menino e voltando a correr pela pele de seu rosto. Ele tinha perguntas a fazer mas, antes de tudo, deixaria ser guiado por ela.
— Um lugar calmo, onde não há conversas... — A entonação era doce e tranquila, como uma canção de ninar. — Estas voando para um lugar longínquo, filho do Sol. Permita concentrar-se em minha voz e voar para os limites da consciência, abrindo suas asas para o céu. — A carícia contra a pele do menino perdurava e o seu coração batia tão lentamente em a sua respiração estava quase fúnebre, leve. — Deixe ser levado para um lugar sublime, onde só há calma e músicas dançantes. Flutue para onde a estrela brilha mais forte e a água entre em atrito com o seu corpo. Sonhe, herói...
Luxanno era apenas uma folha de papel e as palavras de Mia o sopravam para longe, desprendendo-o da realidade. Antes mesmo que pudesse entender o que estava acontecendo, caiu tão profundamente no sono que esqueceu-se de pedir por mais instruções. A garota, agora, tinha um corpo em seu colo fora de consciência com os pássaros cantando uma melodia suave aos dois. Era fim de tarde, o céu estava tingido de púrpura e laranja e estava esfriando naquele local. Ela deu um beijo cauteloso na testa do rapaz.
— Dormir é acordar e acordar é dormir, Lux!
[...]
O filho de Apolo acordou assustado no fim da madrugada. Estava em seu chalé, deitado em sua cama, sozinho. Esfregando os olhos várias vezes, olhava de um lado para o outro para conferir se estava mesmo lúcido. Viu as horas, 5:58 AM, e olhou para outros detalhes ao redor.
— Até onde foi real?
9 notes · View notes
twilight-boy · 4 years ago
Text
5 notes · View notes
twilight-boy · 4 years ago
Text
Sunmer - III
Apolo, o pai de Luxanno
O céu da madrugada já estava começando a clarear quando Luxanno adentrou na área dos chalés com as mãos ocupadas. Carregava consigo maçãs, jacintos, louros e girassóis, plantas dedicadas ao culto de seu pai, o deus Apolo. O aroma que aquela combinação em seus braços exalava era tão sublime que o semideus já se encontrava com a ponta do nariz avermelhada de tanto inalar, gerando uma suave irritação no olfato.
Quando os primeiros raios da aurora despontavam no céu, ele sabia que não ia demorar até que seu pai passasse por cima do estreito de Long Island e, quem sabe, poderia receber a sua oferenda prontamente; o primeiro com quem ele falaria.
Enquanto a fogueira crepitava sozinha no coração daquela região, Lux começou a trançar as delicadas hastes daquelas plantas com suas mãos habilidosas. Sentando-se ao redor do fogo para buscar estabilidade em seu trabalho, ele buscava ser rápido o bastante para terminar antes que o Sol se erguesse e preciso o suficiente para que nada ficasse imperfeito ou fora de seu devido lugar. Os louros foram os primeiros a serem trabalhados pelas mãos do rapaz, começando a trançar os seus ramos em uma estrutura robusta e bonita. Logo, conseguiu uma coroa de louros como as dos gregos da antiguidade.
Deixando o seu novo objeto ao seu lado, a prole do Sol recolheu os girassóis que havia trago, nivelando o tamanho de seus caules com um corte preciso de uma faca. Fazendo o uso de um ramo de louros sem folhas, amarrou os girassóis como um grande buquê e sorriu satisfeito com o resultado. Não tardou até que pudesse encaixar os jacintos brancos em meio as flores maiores, conferindo-os de modo que ficassem como detalhes sutis do arranjo.
O meio-sangue ficou de pé e finalmente deu atenção para as maçãs que colhera. Depositando as flores ao lado da coroa de louros, caminhou até a fogueira, fazendo uma curta reverência ao fogo. Apanhando duas maçãs firmes e avermelhadas, jogou para que fossem queimadas.
— Oferto, primeiramente, à deusa Héstia pela família que mantém unida e cuida para que as oferendas sejam devidamente destinadas aos deuses!
Recuou de volta para onde estava sentado e apanhou a coroa de louros, o buquê de girassóis e jacintos e as maçãs vermelhas restantes. De costas para o oeste, esperando o exato momento em que o primeiro raio de luz cortasse o céu do leste, ele encheu os pulmões de ar para conectar-se com o divino, desprendendo a mente do corpo físico.
— Ao radiante deus-Sol, o arqueiro dourado e inspirador de atletas. A luz brilhante do Olimpo, aquele que tudo vê, eu o louvo. Eu canto sobre Apolo, deus das artes e da música, meu pai!
Ao cessar as palavras de saudação, Luxanno exibe uma postura forte e determinada. Com o peito saltando frente aos ombros, em um aspecto de beleza e saúde atlética, o jovem apresentou um brilho no olhar ao se dirigir à aurora. Posteriormente, colocou cada uma das outras maçãs em círculo dentro da fogueira de Hésita, parando de costas para o oeste mais uma vez. Suas mãos, então, seguraram o buquê de flores e estendeu ao ar, acima de sua cabeça.
O Sol havia se erguido para aquela região do mundo e Luxanno atirava as flores às chamas.
— Eu sei que tivemos um primeiro encontro conturbado, com uma ruptura de expectativas e apresentações pouco calorosas, para não dizer frívolas. — Os lábios do jovem se comprimem por um instante. — Espero que possa encarar minha sinceridade como um bônus de tudo o que eu tenho a dizer para com você, Apolo.
Neste interim, as maçãs e as flores já estavam sendo consumidas por chamas vorazes, levando a beleza e essência mortal em meio a queima de substâncias. Segurando a coroa de louros que havia feito com suas próprias mãos, a claridade da manhã atinge os olhos do semideus como uma carícia, fazendo-o brilhar um pouco mais. Não tarda até dar continuidade em suas palavras.
— Gostaria de saber se está aqui, se pode me ver. — A voz tende a falhar por julgar-se estúpido mas Lux a recupera. — Já não sei como lidamos um com o outro, as coisas me parecem incertas. Mas eu quero contar que eu acabei de ser nomeado conselheiro do Chalé 7. Quíron me escolheu não só para representar o chalé mas também honrar teu nome aqui no Acampamento! Não sei se tem alguma influência sobre isso mas eu quero dizer que estou feliz com o título que me foi confiado.
Luxanno faz uma pequena pausa conforme a luz da aurora alcança novas alturas nos céus da manhã, sentindo-a aquecer a sua pele para além da temperatura própria. Eleva a coroa de louros junto ao peito antes que um suspiro fuja dos lábios. Concentra-se no fogo mais uma vez.
— Como eu lhe disse, não sei se está por aqui ou se tem prestígio nestas decisões. Quero que saiba que, por mais que eu esteja lhe contando, eu tenho orgulho de mim mesmo por chegar onde cheguei... — Estende as mãos sobre o fogo. — Eu sei das regras mas um sinal aqui ou ali, um "e aí" de vez em quando não mataria nenhum de nós dois, não é? Ou dois grifos para um passeio, talvez?!
O último pedido soa muito incerto devido a fala arriscada que profere. De qualquer forma, o campista não hesita em atitudes. Com grande cuidado, coloca a coroa de louros para que seja queimada ao fogo.
— Eu a fiz para você e espero que tenha um bom dia, Apolo! — Se afasta das chamas. — Tenha um bom dia, pai... — profere esta últimas palavras de modo quase inaudível antes que possa se afastar do fogo, indo em direção ao chalé 7.
4 notes · View notes
twilight-boy · 4 years ago
Text
Sunrise - III
A GOLDEN LOVE STORY
We were both young when I first saw you
Estava quase anoitecendo naquele sábado de dezembro. O sol se punha ao oeste de San Francisco, do mundo, e a emergência e o setor de traumas estava um caos no Saint Francis Memorial Hospital trazendo inúmeros feridos de uma competição maluca de ciclismo anual que tomara conta da cidade naquele dia. Os médicos estavam trabalhando quase de modo automático para fazer suturas ou colocar braços no lugar.
Marjorie Miller, a nova médica do programa de residência, se esforçava para dar conta de todos os casos que chegavam até ela, averiguando um a um de seus internos enquanto regia a ordem de pulso firme, sem desanimar. Apesar do aparente cansaço físico, ela desfilava uma beleza extraordinária, inconfundível. Chegava a ser brilhante no meio do caos instalado naquele andar do prédio.
Em meio a risadas de bêbados, choro dos dramáticos pela eliminação da corrida e alguns gemidos de dor, onde mais nenhum barulho poderia ser distinguido, a porta do setor de traumas fez um grande booom e se abriu as presas. Uma equipe de seguranças entraram as pressas atrás de internos que puxavam na maca um cara em uma maca.
Os olhos de Marjorie se cruzaram com o do homem por uma pequenina fração de tempo, o suficiente para que o coração dela batesse mais alto. Ele vestia uma camisa preta e jeans preto desbotado. Sua perna esquerda parecida quebrada pelo que se podia ver do ferimento; seus cabelos amarelados em cachos davam a graça de um anjo que machucou-se ao cair. Ela suspirou pesado enquanto ele seguia para um leito.
O que mais a surpreendeu foi quando aquele integrante de alguma banda de rock, ao que parecia, gritou pela residente de trauma, debatendo-se para chamar a atenção de Marjorie enquanto gemia de dor durante o processo.
— Ela! Eu quero que a mulher mais bonita deste hospital me atenda! - o loiro sorria e piscava para Marjorie, intercalando sorrisos com gemidos de dor.
— Ela é a residente, senhor, se acalme. Vamos cuidar de sua perna e deixá-la com casos mais graves. - falava a interna em uma tentativa frustrada de conter aquele homem.
A residente de trauma deu alguns passos e desapareceu no meio da multidão, dando um pequeno sorriso ao ouvir o homem tentar chamar a sua atenção uma última vez. Foi até a sala de medicamentos e a de equipamentos, se preparando para voltar até o leito do roqueiro e tratar de seus problemas. A situação do trauma estava ficando mais calma, nenhum cirurgia solicitada... por que não ajudar alguém que quer tanto você fazendo isto?
No fundo, ela sabia que aquele homem de cabelos dourados havia mexido com ela. Foi uma surpresa para seus internos quando Marjorie os dispensou e fechou as cortinas para conferir privacidade, coisa que faria com quem quer que seja. O roqueiro ficou surpreso com a atitude da mulher e não falou nada para deixar com que ela rompesse o silêncio entre ambos. Ela soltou uma risada baixa para ele, com as bochechas levemente róseas pela forma com a qual era observada por ele.
— Então? O que temos aqui? - ela questionava mas ele parecia tão concentrado em admirá-la que gaguejou por algumas vezes.  — Você tem um nome, não tem? Até a pouco, estava gritando. Esqueceu-se como se fala?
— Apolo - disse o rapaz com uma sonoridade única em sua voz, balançando a cabeça sugestivamente para ela. Sua voz era tão melódica e sua pele tão quente...  — Eu me chamo Apolo e tenho uma perna quebrada. Ela vai ser apenas um detalhe se você me dizer como se chama!
Marjorie estava desconfiada do interesse que ele não fazia questão de esconder dela. Um cantor de rock, com gritos de fãs podendo ser ouvidos do lado de fora, tinha a perna quebrada e se esforçava para ter a presença dela.
— Então, senhor Apolo - a voz doce e aconchegante da mulher fazia com que ela emanasse calor quase da forma como ele fazia. Para Apolo, ela era uma brisa que corria entre a primavera e o verão.  — Eu vou começar a fazer os exames e estudar o seu ferimento para que possamos engessar. Está... 
Ela foi, rapidamente, interrompida por ele.
— Se eu ganhar um gesso, posso pedir para a médica mais bonita da Costa Oeste assiná-lo com seu telefone? - ele insistia.
A residente de traumas limitava-se a dar um pequena risada para Apolo, movendo a cabeça de forma suave em tom de negação para o homem a sua frente. Mordendo a parte interna da bochecha esquerda, atitude a qual ela tomava enquanto estava ponderando certas decisões, soltou um longo suspiro como quem se rendia.
A mão esquerda da mulher agarrou o ombro do homem com um toque delicado, sentindo o calor que irradiava do seu corpo e o olhar curioso do mesmo sobre ela. Apolo mostrou-se interessado na atitude, curioso para saber se subiriam um degrau naquela cena privada dos dois. O coração dela vibrava como um tambor melódico, agradando os ouvidos do deus.
— Quem é você e o que você quer? - Marjorie esforçava-se para ficar séria diante a situação mas as suas pernas tremiam diante do momento, usando o ombro de Apolo quase como um apoio, na verdade.  — Podemos tentar mais uma vez antes que dê em cima de mim mais uma vez, homem dourado?
Ele sorriu um sorriso tão expansivo e tão branco que deixaram os olhos dela levemente irritados. Apolo estendeu a mão esquerda para a mulher enquanto a sua mão direita cobria a mão de Marjorie sobre o seu ombro. 
A forma como ela falava, o seu toque, o brilho em seus olhos e o ritmo de seu coração... tudo aquilo eram fatores que despertavam a atenção do deus. Ele não precisava olhar para a beleza física da residente pois além de velada pelas roupas hospitalares, estas eram completamente dispensáveis para o que ele estava sentindo.
Já ela estava perdida em seus próprios pensamentos, tremendo pela forma como era observada, quase devorada com os olhos. Porém, ela gostava de como tudo aquilo seguia e começou a se apaixonar, naquele exato momento, pelo paciente que nunca vira em sua vida. Ela queria mais que tocar o seu ombro sobre a camisa... “Não, contenha-se”, repreendeu-se mentalmente.
— Um único beijo. Um beijo é tudo o que te peço e prometo ficar quieto, deixo-a trabalhar sem importuná-la mais. - Ele disse... porém ambos sabiam o tipo de importunação que desejavam, em verdade. 
O momento estava congelado lá fora. Nenhum barulho era audível além do coração acelerado de Marjorie e a voz galante e enérgica de Apolo.
— Um único beijo... - ela repetiu as palavras do dourado como um sopro, uma brisa primaveril.  — E eu seguirei o meu trabalho!
Após a concordância da mulher para a investida de Apolo, ela sentou-se ao seu lado, recuando a mão de seu ombro e encarando-o por alguns segundos, avaliando a decisão. Não iria voltar atrás. Ela inclinou-se sobre ele, pegando a mão que ele havia estendido e usando-a para se aproximar da personificação masculina do verão. O homem não ousou perder tempo e levou a outra mão, agora livre, para a nuca de Marjorie e a puxou ainda mais para perto.
Seus lábios se encontraram em uma onda de calor, rastejando sobre o corpo de ambos como resposta a conexão que estabeleciam. Em movimentos lentos e sensuais, suas bocas se conheciam no primeiro contato, ansiando por um pouco mais. Ao levarem as línguas ao encontro dos lábios, estas comportavam-se como se estivessem morrendo de saudades uma da outra, distantes há tanto tempo que não poderiam perder nenhum segundo a mais agora que voltaram a estar juntas.
Ela se dispôs a inclinar-se ainda mais sobre o homem, desejando por sentir o seu corpo e o seu toque sobre ela. E ele o fez. Seguiram trocando carícias e se beijando por um bom tempo que ela jamais pode quantificar. Quando se separaram para recuperar o fôlego do que parecia horas de beijo, ele disse:
— Eu estarei a esperando no restaurante duas quadras abaixo para um jantar às 22h. Esteja lá... por mim. - Logo, ele brilhou forte e ela, institivamente, virou o rosto para se proteger da forte luz.
Ali estava Marjorie Miller, em um leito fechado, vazio, sozinha. Colocou a mão na cabeça e se questionou da própria sanidade; talvez estivesse borrado a linha entre o verdadeiro e o falso. O seu coração estava descompassado, batendo forte. Apolo se fora e marcara um encontro... a única coisa que fazia Marjorie ter certeza do que vivera era a sensação das mãos fortes do homem dourado sobre o seu corpo. 
Ela iria até o seu encontro e pediria respostas... ou mais do quem um beijo.
1 note · View note
twilight-boy · 3 years ago
Quote
my father was a king and the son of kings
the song of achilles
2 notes · View notes
twilight-boy · 3 years ago
Quote
Vejo tudo, todos vocês e quando concentro minha visão em você eu gosto do que vejo.
Deus Apolo, pai de Luxanno
4 notes · View notes