#produção de grãos
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AGRO: Produção de grãos aumenta a cada ano e portos do Arco Norte lideram na exportação de soja
Rondônia integra o Arco Norte e escoa sua produção e parte da produção do Mato Grosso pela hidrovia do Madeira Com a safra de grãos crescendo no país, registrando em 2022/2023 uma produção de 322,8 milhões de toneladas, com grande parte desse volume destinada à exportação, os portos que integram o chamado Arco Norte seguem na liderança do escoamento de soja para a exportação. É o que aponta o…
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#agro#aumenta#cada ano#CAPITAL DA TILÁPIA NEWS.#exportação de soja#famosos#lideram#manchete#noticas#ocombatente#ocombatente.com#portos do Arco Norte#produção de grãos
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Agro impulsiona desenvolvimento do oeste baiano, diz Aiba
Projeção da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia é que cultivo de grãos na região alcance 8,74 milhões de toneladas na safra 2023/2024
Referência no segmento agrícola em diferentes cenários, o oeste baiano segue em destaque no cultivo de grãos, com 89,9% da produção estadual e 3,3% do volume nacional. Os dados do Núcleo de Agronegócios da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) revelam a soma de 9,64 milhões de toneladas de soja e milho produzidos na safra 2022/23. A projeção para o ciclo 2023/24 é de uma…
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Secretário de Infraestrutura defende investimentos em ferrovias para escoar a produção de Mato Grosso
Secretário Marcelo de Oliveira destacou o aumento exponencial na produção de grãos do estado de Mato Grosso e a importância das ferrovias para a logística do Estado O secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo de Oliveira, defendeu a construção de novas ferrovias para desenvolver a logística do Estado. “Hoje temos orgulho de termos o maior rebanho do Brasil, de sermos os…
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#escoamento de mato grosso#ferrovia#ferrovia em mato grosso#marcelo de oliveira#Mato Grosso#produção de grãos#Sinfra#transporte de grãos#transporte ferroviário
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Ataques Russos Afetam Exportações de Grãos na Ucrânia: Terminais de Odessa Destruídos
Quarta Noite Consecutiva de Bombardeios Prejudica Produção Agrícola e Compromete Acordos Comerciais Nesta sexta-feira (21), mísseis russos atingiram terminais de grãos na região de Odessa, localizada no sul da Ucrânia, causando a destruição das produções agrícolas e ferindo duas pessoas, de acordo com informações divulgadas pelo governador regional de Odessa. Esse é o quarto ataque consecutivo em…
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#ataques a terminais de grãos#exportadores de grãos#Guerra Russo-Ucraniana#guerra ucrania#Mar Negro#Mísseis russos#odesa#Odessa#produção agrícola#rompimento de acordo de grãos#Rússia#Segurança regional.#Ucrânia
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Ponte dos Grimwals
Recebeu seu nome em homenagem à lenda de que família Grimwal, que vivia ali perto, era metade bode. Muitos dizem ter a ver com os deuses dos khajols, e outros dizem ser só uma maneira de eternizar a família querida e há muito extinta.
Vilarejo de Zelaria
O local de moradia e comércio pequeno de quem decidiu morar próximo à floresta, com casas mais simples por fora e aconchegantes por dentro. É repleto de flores, plantas e cheiro dos troncos recém-queimados de palo santo após sua morte natural por todos os cantos.
Rio Thillene
O rio é um dos locais de fácil acesso por uma ponte de pedras, e é o lugar perfeito para quem deseja viver da pescaria em suas refeições. Quando há a seca do rio nos períodos áridos, é uma ótima época bara se banhar sem a ameaça das corredeiras.
Moinho dos Fen
A família Fen tem o moinho há tempos para processar seus grãos, se encontrando em um lugar na floresta escondido e úmido para evitar pragas como roedores e outros animais. Por sua localidade e iluminação baixa à noite, é onde os jovens escolhem para aprontar e fazer encontros escondidos dos demais.
Pigg & Blanket
Para quem quer cerveja artesanal tirada direto dos barris de produção, a taverna Pigg & Blanket vai te oferecer a melhor por preços um pouco mais altos, já que as bebidas se tornaram famosas. O local é aconchegante, com uma lareira para os dias frios e janelas largas para os dias quentes.
Dylar’s Inn
A hospedaria é sempre a mais procurada pelos não-residentes. Com quartos individuais ou duplos, pode-se tranquilamente deixar suas coisas sem preocupação para apreciar o delicioso jantar servido à noite com muito vinho bem fermentado e sobremesas adocicadas.
Trafalgar
A área, esculpida em uma colina, é onde os moradores se reunem para celebrar datas especiais, discutir a política local e até mesmo decidir julgamentos às suas maneiras antes que possa se tornar problema para o Império. Sempre há alguém por ali disposto a socializar.
Cemitério de Zelaria
Os locais optam por manter seus entes queridos e outros falecidos perto de casa invés de levá-los para a capital, pois respeitam a trajetória em Zelaria e o carinho por suas origens. A vegetação se mistura em verde e vermelho, algo que completa a nostalgia.
Margiela Modiste
Originalmente fundada em Ânglia, a casa de moda de Madame Margiela abriu uma filial em Zelaria após muita demanda dos estudantes de Hexwood, que fazem questão de se vestir de acordo com as tendências da capital. As peças são feitas sob medida para cada cliente.
Baldwin’s General Wares
Repleta de muambas das mais variadas cores e tamanhos, e com preços nunca maiores do que um punhado de cobres, a loja de tranqueiras no coração da praça central é conhecida por vender desde produtos alimentícios até bonecas de pano, e por oferecer contrabandos por baixo dos panos.
Old Light Saloon
Lugar de confraternização entre os mais inclinados para a libidinagem, onde o carteado e a música ao vivo são a principal fonte de entretenimento, e toda noite termina com alguém esfaqueado a sangrar na sarjeta–com sorte não será você.
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“Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto”. João 12:24.
Lançar o grão ao solo parece perda e desperdício, assim é toda renúncia que fazemos para estabelecer o reino de Deus. Ao falar sobre o grão de trigo, Jesus se referia a si mesmo, sua morte e ressurreição. Entregando sua própria vida para que muitas fossem salvas.
Depois que o grão cai ao chão, vem um longo tempo de espera, antes que ele ressurja com uma nova forma, para produzir muitos grãos.
Seja paciente e cuide de sua lavoura.
“Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas”. Tiago 5:7.
Aguarde o crescimento da planta, a produção da espiga e o seu amadurecimento. Não podemos ser precipitados nas nossas vidas, tentando antecipar o que deve ser esperado.
Pois logo mais, no tempo da maturidade, você não vai precisar esperar, mas colher.
“Levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa”. João 4:35.
Alimente-se dessa palavra.
Que Deus abençoe poderosamente sua vida!
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Ministério de Evangelização Fala DEUS 📖🔥
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Curiosidades:
1 – Guernica foi uma pintura encomendada – Picasso recebeu do governo republicano espanhol uma encomenda para preparar uma pintura para o Pavilhão Espanhol na Exposição Internacional de Paris, que aconteceria
2 – A Inspiração veio de uma matéria – Um artigo no jornal The Times (“The Tragedy of Guernica: A Town Destroyed in Air Attack: Eye-Witness’s Account”), escrito pelo jornalista George Steer, foi a inspiração de Picasso para definir o tema de sua obra. Era uma reportagem sobre o massacre na cidade de Guernica e Picasso ficou chocado com o ataque contra a cidade repleta de civis. Na ocasião, a Espanha estava saindo de uma guerra civil de meses, que ocorreu após uma revolta contra o governo do general ditador Francisco Franco. A pedido dos nacionalistas que apoiavam Franco, a poderosa força aérea alemã de Hitler bombardeou cruelmente a vila de Guernica, uma cidadezinha do norte da Espanha e que não tinha nenhum valor militar estratégico. Com cerca de 6 mil habitantes, estima-se que 1.660 pessoas morreram e 890 ficaram feridas com o ataque contra civis, incluindo mulheres e crianças.
em 1937. O artista aceitou o pedido, apesar de raramente misturar arte e política.
3 – Picasso produziu a obra no último momento – Picasso ficou tão afetado pela reportagem do The Times que desistiu de outras ideias para se dedicar ao trabalho de um novo mural para o pavilhão, retratando o massacre de Guernica. Impressionado com a crueldade do ataque, Picasso produziu o mural em apenas três semanas, demonstrando por meio de sua arte o protesto contra a crueldade do bombardeio. O artista começou a trabalhar na obra praticamente em cima da data da exposição e Guernica ficou pronta apenas duas semanas antes da abertura do pavilhão.
4 – Picasso não morava mais na Espanha – Picasso já morava fora da Espanha há três anos quando recebeu a encomenda da obra. Viveu a maior parte da vida na França e ele nunca voltou a morar no seu país de origem.
5 – Com grandes dimensões, a obra era para ser colorida – O mural criado por Picasso é enorme: 7,7 metros de comprimento e 3,4 metros de altura. Foi feito a óleo, com paleta quase monocromática e uso apenas de preto, branco e cinza, com um toque de bege e de azul. Durante sua criação, Picasso permitiu que um fotógrafo registrasse seu trabalho de produção. Picasso chegou pensar em incluir cores na obra, como uma lágrima vermelha saindo de um dos olhos de uma mulher, bem como amostras de papel de parede colorido. A cor e esses elementos foram excluídos da versão final. Historiadores acreditam que as fotos em preto e branco inspiraram o artista a adotar uma paleta com poucas cores. A obra foi pintada sem brilho e com acabamento fosco, com tintas encomendadas especialmente para ela.
6 – Estudos para o mural – Ao contrário do que parece em um primeiro momento, Guernica não é confusa ou caótica. Cada pedaço foi milimetricamente estudado previamente. Esse trabalho é resultado do processo criativo de Picasso. Em grandes obras, costumava produzir estudos preliminares antes de começar suas pinturas. No Museu Reina Sofia há uma sala para apresentar os desenhos usados de inspiração. Guernica possui três agrupamentos verticais, movendo-se da esquerda para a direita, enquanto as figuras centrais são estabilizadas dentro de um grande triângulo de luz. O cavalo e o touro são imagens presentes na obra de Picasso desde o princípio de sua carreira artística, uma vez que foi influenciado pelas touradas espanholas que viu ainda quando criança.
7 – A primeira versão da obra era mais impactante – Guernica evoluiu entre o começo dos estudos e a versão final. Um dos primeiros rascunhos da pintura incluía um punho levantado, representando o símbolo universal de solidariedade e da resistência à opressão. Essa representação estava sendo usada por opositores à ditadura de Franco, como emblema durante a Guerra Civil Espanhola. Picasso retratou um punho de mãos vazias que, depois, agarrava uma pilha de grãos. Por fim, ele excluiu essa imagem completamente de Guernica.
8 – Picasso não quis comentar a obra – Desde o primeiro dia que foi exposta, Guernica levantou controvérsias sobre seu significado. Estudiosos interpretam o cavalo e o touro como representantes da mortal batalha entre os combatentes republicanos (cavalo) e o exército fascista de Franco (touro), mas Picasso foi categórico na resposta: “não cabe a mim como pintor definir os símbolos. A interpretação cabe ao público”. Foi questionado muitas vezes sobre o que desejava transmitir com Guernica. Em todas as ocasiões, respondia: “esse touro é um touro e esse cavalo é um cavalo”.
9 – Guernica foi exposta no Brasil – Guernica veio para o Brasil em 1953 e foi o grande destaque da Segunda Bienal de Arte de São Paulo. A obra ajudou a influenciar a temática, os traços e o trabalho de importantes artistas brasileiros como Cícero Dias, que ficou impactado ao ver a obra em 1937, quando morava na Europa. Mudou seu estilo de pintar e começou uma amizade de anos com Picasso. Essa aproximação foi fundamental para obter autorização de Picasso para que Guernica e outros de seus desenhos fossem transportados para o Brasil. O painel fez muito sucesso de público e de crítica, que passaram a chamar a exposição de “A Bienal de Guernica”. Cândido Portinari também adaptou seu estilo de pintura após ver Guernica em 1942, durante um período que morava em Nova York. Um ano depois, quando retornou ao Brasil, encontrou o País sob a ditadura de Getúlio Vargas e sofrendo com os impactos da Segunda Guerra Mundial. Produziu oito painéis para a “Série Bíblica“, influenciada pela temática da dor e das questões sociais advindas da representação de Guernica. Depois disso, os dramas do Brasil passaram a fazer parte da temática de Portinari.
10 – Os americanos cobriram o painel de Guernica antes de declarar guerra – De 1985 a 2009, as Nações Unidas instalaram na entrada de seu Conselho de Segurança uma reprodução de Guernica feita em tapeçaria. Em fevereiro de 2003, Colin Powell, que era secretário de Estado do Governo de George W. Bush, fez um discurso televisionado no local para declarar guerra dos Estados Unidos contra o Iraque. Uma grande cortina azul foi colocada para cobrir a tapeçaria durante o discurso de Powell e, assim, evitar problemas ainda maiores pois não havia a intenção de transmitir mensagens de `massacre a civis`.
11 – A obra quase foi destruída – Em 1974, um vândalo enfurecido usou um spray vermelho para pintar as palavras “Kill Lies All” em cima do painel de Picasso, quando ele estava exposto no MoMA. Após o crime, gritou que era um artista. Felizmente, o museu foi rápido para limpar a obra e deixá-la sem danos. Tony Shafrazi foi preso imediatamente.
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BASIC FORMS > BERND & HILLA BECHER
*CLÁSSICOS
Os alemães Bernd (Bernhard,1931-2017) e Hilla Becher (1934-2015) foram fotógrafos que juntos produziram uma extensa documentação tipológica de estruturas industriais na Alemanha e em outros países da Europa e nos Estados Unidos. Suas imagens têm um caráter que chamamos de "straight" ou seja sem firulas ou maneirismos, observando sempre um plano direto, em preto e branco, que serviram como estudos do que eles chamaram de "Escultura Anônima", um registro das relíquias arquitetônicas em extinção, como minas de carvão, siderúrgicas, caixas de água, silos de grãos e tanques de gás entre outras construções.
A importância da dupla pode ser avaliada pela Bienal de Veneza de 1990 que concedeu o Leão de Ouro da Escultura para eles. No pavilhão alemão daquele ano, foram expostas as séries de instalações arquitetônicas, cujo o mainstream da pesquisa da arquitetura não dava muita importância. Esculturas, no entanto, os Bechers nunca criaram. Eles simplesmente fotografaram as estruturas industriais abandonadas. Sem eles, realmente teriam continuado anônimas, no paradoxo do título de suas séries. Entre os inúmeros livros publicados, encontramos a reedição de seu Basic Forms ( Prestel London, 2020), originalmente publicado em 2014 pela Schirmer/Mosel Verlag Munich como Basic Forms- of Industrial Buildings, uma síntese de 40 anos de trabalho pelo mundo em busca da representação de tipologias e topografias peculiares.
Hilla e Bernd conheceram-se quando estudavam pintura na Kunstakademie Düsseldorf (Academia de Belas Artes de Dusseldorf) instalada na cidade dividida pelo rio Reno, com a Altstadt (Cidade Antiga) na margem oriental e as modernas áreas comerciais. Seguiram um romance que os levou a uma carreira colaborativa. Eles contam: “Tomamos consciência de que estes edifícios eram uma espécie de arquitetura nômade que tinha uma vida comparativamente curta – talvez 100 anos, muitas vezes menos, e depois desaparecem. Parecia importante mantê-los de alguma forma e a fotografia parecia a forma mais adequada.” Seus métodos e técnicas de trabalho influenciaram uma geração de fotógrafos hoje conhecida como Escola de Düsseldorf, que inclui nada menos que os consagrados alemães Andreas Gursky, Thomas Struth, Thomas Ruff e Candida Höfer. Suas obras estão incluídas nas coleções do Art Institute of Chicago, do Museum of Modern Art de Nova York, da National Gallery of Art de Washington, D.C. e da Tate Gallery de Londres, entre inúmeras importantes instituições do mundo.
O inventário fotográfico destas estruturas industriais é sem dúvida uma das realizações mais interessantes e significativas da produção fotográfica dos séculos XX e XXI. Apoiando-se na ideia da tipologia e uma visão comparativa, o casal entrou sistematicamente no assunto revelando constantes variações destes complexos que nunca eram chamados de "arquitetônicos" muito menos interessantes para a arte estabelecida à época do início desta produção ( anos 1960 aos 2000) construindo uma impressionante coleção de séries tipológicas, criando assim uma inestimável enciclopédia fotográfica sobre a cultura industrial de uma época final que combina a taxonomia científica com o empirismo estético. O levantamento mostrado em Basic Forms, segundo seus editores, ilustra ambos: as "formas básicas" da arquitetura industrial anônima e o conceito estético da fotografia de Bernd e Hilla Becher.
Basic Forms contém um texto instigante do belga Thierry de Duve, professor visitante de Arte Moderna e Teoria da Arte Contemporânea, nas universidades de Lille III e Sorbonne, ambas na França, além de crítico de arte e curador, como do Pavilhão belga Na Bienal de Veneza de 2003, e autor de livros importantes como "Pictorial Nominalism; On Marcel Duchamp's Passage from Painting to the Readymade (University of Minnesota Press, 1991),"Bernd and Hilla Becher" (Schirmer Art Books, 1999), entre dezenas de outros, publicados na Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.
As fotografias são feitas com uma câmera que utiliza negativos no formato grande 20X25cm, no início da manhã, em dias nublados, para eliminar sombras e distribuir a luz de maneira uniforme. O tema é centrado e enquadrado frontalmente, com suas linhas paralelas dispostas em um plano o mais próximo possível de uma elevação arquitetônica. Nenhum ser humano e nenhuma nuvem ou pássaro no céu interferem na rigidez. A imagem não transmite nenhum humor, nem o menor toque de fantasia que perturbe sua neutralidade ascética. Raramente a recusa do Fotografte ( o fotografado) subjetivo é feita e a Sachlichkeit (Objetividade) da lente da câmera foi perseguida de forma tão sistemática, reflete Thierry de Duve.
Considerando a possibilidade de uma fotografia ser totalmente desprovida de estilo, a dos Bechers poderia ser entendida deste modo. Um trabalho que segundo a crítica pertence à tradição arquivística da fotografia na qual o francês Eugène Atget (1857-1927) e o alemão August Sander (1876-1964) – fotógrafos que fizeram questão de não serem artistas e se destacaram, embora hoje sejam considerados como tais. "As fotos de Bernd e Hilla poderiam ser descritas como puros documentos se não houvesse algo que nos impedisse de colocá-las, sem mais delongas, na categoria da foto documental." diz Duve.
O crítico em seu texto explora o ideal da imagem conceitual e recorre a um provérbio chinês apócrifo: “Quando o homem sábio aponta para a lua, o tolo olha para o seu dedo”. No caso dos fotógrafos, o tolo olha para a fotografia e o sábio para o que esta mostra. "O tolo pergunta por que essas imagens são “arte”, enquanto o sábio vê nelas um testemunho indiscutível do mundo real. "No entanto, o mais sábio dos homens sábios é um tolo, porque para saber que o dedo está apontando para a lua, ele deve primeiro olhar para o dedo. É um dos paradoxos da fotografia que um elemento giratório balance incessantemente o espectador de uma representação para um uso estético da imagem e vice-versa.
Mesmo que os Bechers tenham profundo conhecimento da sua profissão é difícil chamá-los de fotógrafos. No mundo da arte onde os seus trabalhos circulam, onde é visto e vendido, as pessoas os descrevem como artistas, acrescentando ocasionalmente “que fazem uso da fotografia”. Para de Duve, "a obra do casal abriga uma emoção contida, melancolia sem nostalgia, dor histórica, guerras de classes travadas ou sustentadas, admiração pela arte multifacetada do engenheiro, lucidez, dignidade, respeito pelas coisas, humildade e auto-anulação que só tenho uma coisa a dizer sobre isso : esta é uma arte genuinamente grande, daquelas que não tem necessidade de ter o seu nome protegido ao ser colocada num museu, porque já pertence à nossa memória coletiva."
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As fotografias, nas paredes de um museu ou galeria são “arte”. Inseridas nas páginas deste livro fazem fronteira com o documento etnográfico, mas em ambos os casos, são fotografias e não pinturas ou gravuras. Mostram aquilo que a luz gravou em sua superfície. O filósofo americano Charles Sanders Peirce (1839-1914) um dos pioneiros da Semiótica - classificou a fotografia como um sinal por conexão física que, como fumaça ou pegadas na neve, é ao mesmo tempo um índice do objeto ao qual se refere e um indicador apontando para ele. É a existência real dos seus referentes, porque como eles estão relacionados por um nexo causal que pode operar em contiguidade espaço-temporal ou em contiguidade quebrada e assemelham-se aos seus referentes. Aqueles que figuram na classificação de Peirce tanto como ícones quanto como índices. Esse é o caso da fotografia. Faça uma fotografia de uma torre de água, no sentido de representá-la e mostre-a, diz o crítico. Ela é a representação de como faria um desenho com uma ligeira diferença que é a causalidade fotoquímica.
O projeto de quase uma vida de Bernd e Hilla Becher ao documentar a paisagem industrial do nosso tempo assegura sua posição no cânone dos fotógrafos do pós-guerra. Ao reunirem ao mesmo tempo arte conceitual, estudo tipológico e documentação topológica, certamente nos aproxima da grande mostra New Topographics Photographs of a Man-Altered Landscape, no museu de fotografia da George Eastman House, em Rochester, Nova York, entre outubro de 1975 e fevereiro de 1976, com curadoria de William Jenkins, na qual os dois tiveram importante papel na ruptura da história da fotografia e as representações não tradicionais da paisagem. A visão romântica e transcendente deu lugar às indústrias austeras, a expansão suburbana e cenas cotidianas, elaboradas por fotógrafos como eles e seus companheiros da mostra original: os americanos Robert Adams, Lewis Baltz (1945-2014), Joe Deal (1947-2010) , Frank Gohlke, Nicholas Nixon, John Schott, Stephen Shore e Henry Wessel (1942-2018).
Sintetizadas a um estado essencialmente topográfico e transmitindo quantidades substanciais de informação visual, mas evitando quase inteiramente os aspectos de beleza tradicional, emoção e opinião são características que resumem estes trabalhos. Entretanto, ao olhar as formas capturadas pelos Bechers fica difícil não realizar a beleza (melancólica) e ímpar contida- principalmente pelo seu caráter tipológico nelas representadas- ao incorporaram igualmente uma precisão técnica excepcional, expressa nos negativos de grande formato e filmes lentos.
O livro Bernd & Hilla Becher, Life and Work (MIT Press, 2006) de Susanne Lange, historiadora da fotografia, uma bem documentada biografia, discute as dimensões funcionalistas e estéticas do tema do casal, em especial a tipologização na obra deles, que considera uma reminiscência dos esquemas classificatórios dos naturalistas do século XIX e o estilo de construção industrial anônimo preferido pelos arquitetos alemães. Ela argumenta que os tipos de edifícios industriais impõem-se à nossa consciência como a catedral o fez na Idade Média, e que as fotografias do casal - que à primeira vista parecem registar apenas uma paisagem em extinção - servem para examinar esta configuração das nossas percepções.
Em 1922, se pergunta Thierry de Duve, quando o arquiteto suíço Le Corbusier (Charles-Edouard Jeanneret-Gris,1887-1965) procurava o caminho para uma nova arquitetura, ou antes, em 1919 quando o arquiteto alemão Walter Gropius (1883-1969) fundou a Bauhaus, quais eram os seus referentes, que modelos citavam para uma arquitetura ainda por nascer? Ele responde: "O mais conhecido foi tirado da América industrial e celebrado tanto pelo primeiro quanto o segundo: o silo de grãos. Se você adicionar armazéns, fábricas, transatlânticos, pontes, torres de água, torres de resfriamento e gasômetros, logo temos uma tipologia de edifícios técnicos inteira, composta de "edifícios industriais", "construções" e “estruturas”. Como devemos chamar toda essa arquitetura anônima sem consciência de si mesmo?"
As imagens de Bernd e Hilla Becher estão entre essas obras, diz Duve. Não desconsidera uma modernidade que, na arquitetura como em outros campos onde a arte e a política se encontram, começou por celebrar um futuro melhor e termina ou esgota-se no desencanto do pós-modernismo, completa o pensador. Mas leva-nos de volta ao lugar onde começou a utopia da arquitetura moderna e onde, apesar de ter falhado em Sarcelles ou Brasília, acrescento, a Cidade do Amanhã ainda guarda a recordação da utopia.
Imagens © Bernd e Hilla Becher. Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
Editora Prestel, Londres
Design: Schirmer/Mosel
Impressão EBS, Verona, Itália
Papel Gardamatt
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salão de jantar menor , old palace , sunspear . nove horas da noite .
o salão era iluminado pelo oscilar quase imperceptível das velas , conferindo a ele um , ou uma tentativa de , comodismo . aquele cômodo , em especial , era menor que os outros — seu pai gostava de utilizá-lo para cerimônias mais íntimas ou casuais . no entanto , o cenário não era íntimo e nem casual . nymeria , por sua vez , despojava de um de seus mais belos trajes . o tecido laranja escuro , quase marrom , e os vários detalhes e acessórios dourados , a deixavam mais bela ainda . as longas madeixas , contrariando o penteado usual , mantinham-se trançadas e presas . nos olhos , ela permitira que pintassem , levemente , as suas pálpebras com um pigmento terroso , enquanto os lábios exibiam uma coloração avermelhada . em outra ocasião , teria impedido que tocassem em seu belo cabelo , no entanto , possuía uma explicação para toda aquela produção maçante; o jantar com a casa allyrion , ou melhor , parte dela . nymeria espetou a carne em seu prato com o garfo dourado , embora não tivesse intenção alguma de levá-lo até a boca . os olhos escuros encaravam a feição de caspian , quase como se pudesse espetá-lo só com o olhar . bem , esse era o seu desejo . de vez em quando , limitava-se a falar breves palavras , não querendo dar continuidade ao assunto que ali insistiam em tratar . a verdade é que tão pouco queria estar ali . queria estar sentada de frente para a penteadeira extravagante , desembaraçando os fios com a escova , prestes a dormir . ‘ sim , está tudo perfeito . ’ disse entredentes , era claro que não estava nada perfeito , a expressão facial e o tom de voz a denunciavam . brincou com a comida no prato , jogando os grãos para lá e para cá , mas sem desviar o olhar do tão ilustre convidado . ‘ nos dê a sua ilustre opinião , por favor , lorde allyrion . o quê achou da carne de cordeiro? ’ ela não poderia saber , já que não possuía nenhuma intenção de experimentar a comida . apesar dos cheiros incríveis e da aparência espetacular , a fome de nymeria era inexistente . ‘ o vinho harmoniza perfeitamente com a carne , não acha? ’ tombou a cabeça ligeiramente para o lado . ‘ nós não entendemos muito de vinho , então , peço perdão caso não esteja agradável . ouvi dizer que vocês da casa allyrion , por outro lado , sabem apreciar uma boa bebida . estou errada? ’ perguntou , a voz falsamente doce . com as palavras , ela tentava alfinetar caspian sentado na cadeira em sua frente . nymeria , ao contrário do pai , não estava nada entusiasmada com a proposta de casamento .
@bloodtearsdusts , @cissymalfoy .
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Safra 23/24: Chuvas favorecem armazenamento hídrico e cultivos
É o que mostra o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Foto: Aiba/Divulgação Nas três primeiras semanas de janeiro, chuvas mais regulares e com volumes significativos em grande parte das regiões produtoras do país contribuíram para a recuperação e a manutenção do armazenamento hídrico no solo, possibilitando melhores condições para a safra de 2023/24. A informação é do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de…
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#Agricultura#clima#Conab#condições climáticas#monitoramento da safra#produção de grãos#regiões produtoras
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Produção de grãos será recorde, confira!
Próximo a atingir um novo recorde, produção de grãos está estimada em 315,8 milhões de toneladas Os produtores brasileiros deverão colher 315,8 milhões de toneladas na safra de grãos 2022/2023. A nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta terça-feira (13), aponta para novo recorde de produção podendo registrar um crescimento de 15,8%, o que representa um…
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#Conab#cultura da soja#cultura do milho#grãos#produção de grãos#safra de grãos#safra recorde#safra recorde de grãos#soja#trigo
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Conab estima safra recorde de 325,7 milhões de toneladas
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção da safra de grãos brasileira 2024/25 será a maior já produzida no país, ficando em 325,7 milhões de toneladas de grãos. O volume representa o crescimento de 9,4% acima da safra anterior. Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela companhia nesta quinta-feira (13). O desempenho é decorrente,…
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https://youtu.be/BXfTW_IEOTg?feature=shared
Bom dia pessoas maravilhosas ❤️🥰🌻
Hoje é dia 14 de Shevat e o Tehilim do dia é:
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Hoje a noite começa Tu Bishvat
https://rabinogloiber.org/tu-bshvat/
Tu B'Shvat
O décimo quinto dia do mês judaico de Shvat, Tu B’Shvat, é o Ano Novo das Árvores, um dos quatro Anos Novos judaicos.
Os outros três são o primeiro dia de Tishrei que é o Rosh Hashaná a partir da criação do mundo, o primeiro dia de Nissan que é o Rosh Hashaná a partir da saída do Egito, e primeiro dia de Elul que é o Rosh Hashaná lemaasser behemá que poderia ser chamado de o ano novo dos animais.
Qual o motivo de termos um Ano Novo específico para as árvores?
*Mandamentos Divinos que dependem da Terra Santa*
Segundo a Lei da Torá, o ciclo agrícola na Terra de Israel leva sete anos, e conclui com um ano sabático, a Shemitá.
Quando o Beit Hamikdash, o Templo Sagrado de Jerusalém, estava de pé, nos seis primeiros anos de cada ciclo os fazendeiros eram obrigados a separar uma parte de sua produção anual para os seguintes propósitos sagrados:
Trumá:
Mais ou menos 2% da produção eram dados a um Cohen, isso é chamado de Trumá.
Maasser Rishon:
10% da produção era dado a um Levi, e isso se chama Maaser Rishon que é o Primeiro Dízimo.
Maasser Sheini:
Nos anos um, dois, quatro e cinco de cada ciclo, os fazendeiros tinham que separar outros 10% de sua produção e comê-los em Jerusalém.
Esse dízimo é chamado Maaser Sheni que é o Segundo Dízimo.
Maasser Ani:
No terceiro e sexto ano do ciclo, em vez de comer o Maaser Sheni em Jerusalém, os fazendeiros davam esse Segundo Dízimo aos pobres.
Esse segundo dízimo do terceiro e sexto ano é chamado de Maasser Ani e os pobres podiam comer o Maasser Ani onde quisessem.
Shemitá
O sétimo ano desse ciclo é chamado de Shemitá e nele não havia separação de dízimos porque toda a produção que cresce durante a Shemitá não tem dono e pode ser colhida por qualquer um.
Como a Torá não nos permite separar dízimos das safras de um ano para o outro, era fundamental determinar o início de uma nova safra.
Nossos Sábios determinaram que os frutos que floriam antes do dia 15 de Shvat eram safra do ano anterior.
Se cresciam a partir desse dia 15, eram produto do novo ano.
Isso em relação às frutas das árvores, mas o ano novo para grãos, legumes e verduras é o primeiro dia de Tishrei, Rosh Hashaná.
Por que, então, o ano novo das frutas é no dia 15 de Shevat e não em Rosh Hashaná?
Porque na Terra Santa, único lugar do mundo onde podemos cumprir esse Mandamento Divino, a estação chuvosa se inicia na festa de Sucot.
Leva aproximadamente quatro meses de Sucot que se inicia no dia 15 de Tishrei até o dia 15 de Shevat para que as chuvas do ano novo penetrem totalmente no solo e as árvores dêem frutos.
Todos os frutos que florescem antes são produto das chuvas do ano anterior e, portanto, contabilizados para os dízimos juntamente com a safra do ano anterior.
As leis dos dízimos são técnicas.
Preenchem muitas páginas do Talmud Yerushalmi, mas têm pouca relevância para a maioria de nós.
Na verdade, Tu B’Shvat é uma data que não teve significado prático durante os milênios em que o Povo Judeu esteve exilado da Terra de Israel.
Mesmo assim Tu BiShvat sempre foi uma data festiva no calendário judaico.
Ainda que não seja um Yom Tov, um dia sagrado, é uma data festiva na qual não falamos a reza de Ta’hanun.
São muitas as razões para esse dia ser festivo.
Uma delas é o fato de que durante os 2000 anos em que nós, judeus, vivemos na Diáspora, Tu B’Shvat nos recordava a conexão eterna de nosso povo com a Terra de Israel.
Outra razão para sempre termos celebrado Tu B’Shvat é que apesar de ser o Ano Novo das árvores, atribuímos significado especial à data pois, como nos ensina a Torá, “o homem é a árvore do campo” (Deuteronômio 20:19).
As leis referentes a essa data podem ser técnicas e irrelevantes para muitos judeus, mas nossos Sábios derivam muitas lições relevantes da comparação que a Torá faz entre o homem e a árvore do campo.
Celebramos Tu B’Shvat comendo frutas, particularmente as sete espécies destacadas pela Torá como prova da fertilidade da Terra de Israel:
trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras.
Shivat HaMinim - as Sete Espécies da Terra de Israel
Fora o fato de a Torá ser um livro de leis e ensinamentos, a Torá também é um código.
Fora o fato de ela significar exatamente o que está escrito, ela também tem infinitos níveis metafóricos e alusivos em suas entrelinhas.
Por exemplo, quando a Torá afirma que a Terra Prometida se distingue por meio de suas sete espécies de plantas, faz alusão à alma do homem e às sete qualidades que a movem e enriquecem.
Como um dos propósitos primordiais do estudo da Torá, e particularmente da Cabalá, é atingir-se o autoconhecimento, é importante nos aprofundarmos no que dizem os livros místicos sobre o simbolismo das Shivat HaMinim, as Sete Espécies da Terra de Israel que costumamos comer na celebração de Tu B’Shvat.
1. Trigo: Transcendência
Aprendemos na Cabalá que cada um de nós tem duas almas distintas: uma Divina, que incorpora nossos impulsos transcendentes, e uma animal, que é a origem de nossos instintos naturais e auto orientados.
Na Torá, o trigo é considerado a base da dieta humana, enquanto a cevada é mencionada como alimento animal (Talmud Bavli, Sotá 14a).
O trigo simboliza a Alma Divina e a cevada simboliza a alma animal.
O trigo representa o empenho humano em buscar transcendência – ou seja, elevar-se para alcançar o Divino.
A Guemará nós conta que o fruto proibido no Jardim do Éden era o trigo que naquela ocasião era alto como um coqueiro.
mesmo que o trigo não seja tecnicamente uma fruta, sua natureza era diferente no Gan Éden.
Por que teria Eva caído à tentação e ter comido o fruto proibido?
Porque a cobra disse para ela que se ela comesse aquela fruta ela seria como D’us.
Ou seja, eles acharam que assim estariam mais unidos à D’us, e esse foi o erro de avaliação que eles fizeram naquela hora..
Contrariamente à alma animal, que busca a autopreservação e o prazer, a alma Divina busca a união com D’us.
A pessoa que apenas alimenta sua alma animal e priva a Divina de seu alimento espiritual, nunca encontrará a verdadeira felicidade, satisfação e paz.
A Alma Divina somente pode ser alimentada com espiritualidade.
O trigo, a primeira das Sete Espécies, nos ensina que nossa prioridade na vida tem que ser nutrir, adequada e plenamente, nossa Alma Divina.
2. Cevada: Vitalidade
A cevada antigamente era alimento animal, e por isso ela representa a alma animal.
Aparentemente, o trigo tem uma conotação positiva e a cevada, negativa.
No entanto, é um erro acreditar que a alma animal deva ser menosprezada.
Segundo a Cabalá, nosso empenho em nutrir e desenvolver a alma animal é uma tarefa não menos fundamental para nossa missão na vida do que o aperfeiçoamento da Alma Divina.
É verdade que, contrariamente à Alma Divina, a alma animal é envolta em uma carga de negatividade, egoísmo, ganância, luxúria, vaidade e crueldade, entre muitas outras falhas humanas.
Mas ela tem certas vantagens sobre a alma Divina que são a vitalidade, a determinação e a paixão que o lado mais espiritual do ser humano não possui, em geral.
Aqueles que sabem aproveitar a vitalidade da alma animal podem realizar grandes coisas, talvez até mais do que aqueles que são principalmente impulsionados pela alma Divina.
O essencial é que se use a alma animal para causar impacto positivo no mundo, pois nada é mais destrutivo do que a vitalidade mal direcionada.
A cevada, segunda das Shivat HaMinim, nos ensina que se direcionarmos adequadamente nossa alma animal, esta pode ser um excelente aliado de nossa Alma Divina e nos ajudar a executar a nossa missão neste mundo.
3. Uva - Alegria
As uvas são associadas com a alegria. Como está no Tana’h, “…que alegra a D’us e aos homens...” (Juízes 9:13).
A alegria é um elemento indispensável à vida.
A Torá nos ordena servir a D’us com alegria e desaprova a tristeza e a depressão.
A importância da alegria se percebe em tudo. Quando estamos alegres, tudo o que fazemos fica mais evidente.
Nossa mente fica mais brilhante, nosso amor mais profundo, nossos desejos mais intensos.
A alegria permite que as emoções brotem. Como ensina o Talmud, “Quando o vinho entra, os segredos saem”.
Quando nos embebedamos de alegria, podemos revelar mais facilmente os grandes tesouros que estão profundamente aninhados em nossa alma.
Por outro lado, uma vida sem alegria é rasa e vazia.
O ser humano pode ter tudo, pode possuir uma infinidade de bênçãos materiais e espirituais, mas se não tiver alegria, não viverá toda a plenitude da vida.
Tanto a Alma Divina como a alma animal contêm amplos reservatórios de discernimento e sentimento, mas, na ausência de alegria, esse manancial nunca é expresso plenamente porque não há nada que os estimule.
A uva representa justamente o elemento que libera esses potenciais, adicionando-lhes cor, profundidade e intensidade em tudo o que fazemos.
4. Figo - Envolvimento
Uma vida plena, no entanto, não exige apenas alegria mas também envolvimento.
Podemos realizar muitas coisas de forma séria e competente, mas podemos não estar envolvidos muito profundamente na tarefa que temos que realizar.
Envolvimento significa mais do que executar algo com cuidado e precisão; significa envolver-se plenamente em algo com nossa mente, coração e alma.
O figo simboliza esse envolvimento.
São várias as opiniões a respeito da identificação do fruto proibido no Jardim de Éden: uva, trigo e Etrog.
Mas há também uma opinião que diz que o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal era o figo.
Como ensina a Cabalá, o conhecimento requer um profundo envolvimento, e esse envolvimento é simbolizado pelo figo, envolvimento com algo ou com alguém.
O pecado original se originou na recusa do ser humano em se reconciliar com o fato de que há certas coisas com as quais não se pode envolver.
Adão e Eva comeram o fruto proibido porque queriam se igualar a D’us.
Queriam se envolver com cada uma das criaturas Divinas, mesmo com o mal, que D’us proibira.
O figo também simboliza nossa capacidade de envolvimento profundo e íntimo com nossos esforços positivos, um envolvimento que significa que nos preocupamos profundamente com tudo o que fazemos.
5. Romã - Ação
Romãs simbolizam ação.
Há muitas ocasiões, na vida, em que o imperativo nos dita simplesmente realizar algo, sem sentir nem pensar, mas agir.
Por exemplo, a Torá nos impõe cumprir seus mandamentos mesmo se cumprirmos eles sem conscientização, sem alegria ou sem envolvimento.
Dizem nossos Sábios que o mais importante é a ação.
O Judaísmo está muito mais preocupado com as ações de uma pessoa do que com suas intenções.
É melhor ajudar pessoas carentes mesmo sem sentirmos compaixão do que estar cobertos de piedade pelos necessitados e não fazermos nada para socorrê-los.
Há um famoso ensinamento talmúdico que diz que “mesmo os vazios, entre os judeus, estão repletos de boas ações como a romã está repleta de sementes”.
Um dos significados desse ensinamento é que mesmo quem é “vazio” – aquele que possui pouco conhecimento e não está ligado com sua Alma Divina, mesmo ele realiza uma enormidade de boas ações.
Trata-se de uma característica que redime a alma humana: a capacidade de erguer-se acima de si mesmo e fazer o que é certo mesmo quando não se tem motivação para isso.
6. Azeitona - Desafio
Um dos grandes mistérios da condição humana é que, em geral, somos mais inovadores e capazes quando nos deparamos com limitações, pressões e dificuldades.
Damos o melhor de nós quando pressionados, quando enfrentamos uma situação desafiadora ou opressiva.
A sexta qualidade da alma é representada pela azeitona, que, espremida, produz azeite de oliva – fonte de sustento e de luz.
A azeitona representa a capacidade humana de transformar dificuldades em forças poderosas para a realização e o crescimento – física e espiritualmente.
7. Tâmara - Tranquilidade
Em contraste com a azeitona temos a sétima fruta, a tâmara, que simboliza nossa aptidão para a paz, tranquilidade e perfeição.
É bem verdade que damos o melhor de nós diante de um desafio, mas também é verdade que há muito potencial em nossa alma que apenas emerge quando estamos em paz, apenas quando atingimos o equilíbrio e a harmonia entre os diferentes componentes de nossa alma.
Está escrito no Livro dos Tehilim que “Os Tzadikim florescerão como a tamareira” (Salmos 92:13).
O Zohar, obra fundamental da Cabalá, explica que há uma certa espécie de tamareira que só dá frutos após 70 anos.
O aspecto emocional da nossa Alma é composta de sete atributos básicos, cada um deles, por sua vez, com 10 subcategorias.
Assim, o Tzadik que floresce após cumprir 70 anos é fruto de uma Alma cujo caráter, em todas os seus aspectos foi refinado e está em harmonia consigo mesmo, com os seus semelhantes e com D’us.
Apesar de azeitonas e tâmaras serem antíteses metafóricas, ambas podem existir dentro de todo ser humano.
Mesmo em meio a nosso empenho mais ardente, podemos sempre encontrar conforto e força na perfeição que reside na essência de nossa Alma.
Ao mesmo tempo, mesmo quando encontramos a paz interna e com o mundo, sempre podemos encontrar um desafio que nos impulsione a realizações ainda maiores.
Tu B’Shvat é um dia festivo que nos transmite muitas lições.
Com as Sete Espécies da Terra de Israel aprendemos que a vida é plena quando o ser humano é guiado pela transcendência de sua Alma Divina e impulsionado pela vitalidade de sua alma animal.
As Sete Espécies também nos ensinam que uma vida plena requer alegria, envolvimento, vontade de agir, habilidade de vencer as dificuldades e capacidade de encontrar tranquilidade dentro de si próprio e no mundo.
Um dos temas centrais de Tu B´Shvat é a comparação entre o homem e a “árvore do campo”.
Assim como o fruto é a maior conquista da árvore, D’us pede para todos os seres humanos usarem seus poderes e recursos espirituais para constantemente dar frutos.
Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
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VLI lidera Arco Norte e impulsiona exportação de grãos com investimentos estratégicos
A VLI, companhia de soluções logísticas que integra ferrovias, portos e terminais, reforça sua liderança na exportação de grãos no Norte do Brasil. Com investimentos estratégicos, a empresa tem ampliado e modernizado sua infraestrutura para garantir mais eficiência, segurança e agilidade no escoamento da produção agrícola da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de estados…
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