#parnasiano
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Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de sua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera – Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!
Versos íntimos [Augusto dos Anjos]
#augusto dos anjos#versos íntimos#poesia brasileira#poem#parnasiano#parnasianismo#pré-modernismo#naturalismo#simbolismo
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Manifesto Nomofóbico
Esse é o manifesto para todos aqueles que sempre quiseram escrever um, mas nunca conseguiam se motivar a levantar para efetivar esse desejo.
Não sou presa à ilusão dos românticos para acreditar em divina inspiração; por mais que, na verdade, até seria mais fácil se acreditasse, já que tudo o que faço parte de um pensamento efêmero que aparece quando vou dormir e some quando sento a bunda na cadeira para escrevê-lo. Para mim, palavras bonitas são feitas a partir do trabalho, da agonia de fazer e reescrever o mesmo parágrafo trinta e sete vezes para satisfazer ao rato que controla a minha consciência. Mas não digo isso de uma maneira excessiva como os parnasianos - nunca ouse me comparar com um desses! - e sim como uma pessoa com toc e um complexo de perfeição. A verdade é que, escrever um manifesto é díficil para caramba, principalmente quando você é uma pessoa normal, e pelo já mencionado perfeccionismo, não consegue efetivar o que você pensa porque sabe que vai ter se dedicar demais para chegar em algo que você não acha que é o suficiente, e por isso, nunca vai começar, e por não começar, você não melhora, e por não melhorar, você não vai atingir o suficiente! ARGHHH.
Eu queria escrever fanfic, essa é a verdade. Tem uma beleza em escrever simplesmente pelo amor à um personagem, sem nenhum interesse econômico envolvido. O estado de espírito que Karl Marx dizia que era necessário para atingir o comunismo é encontrado no AO3. Mas, por mais que eu tenha o amor necessário, não sou artista, não consigo nem ler o que eu escrevi no último parágrafo sem ter estímulo de uma gameplay de subway surfers no fundo. O estímulo constante de vídeos rápidos realmente está acabando com a atenção humana. Um pouco de tédio é essencial para o sujeito, afinal tenho certeza que Gonçalves Dias não observaria o sabiá cantando se pudesse ouvir um narrador falar uma história do Reddit.
Talvez esse seja o manifesto para todos os jovens privilegiados que não tenham nada melhor pra fazer, então estão lendo esse google docs mal feito. Aqueles que fingem ser intelectuais para tentar combater o sentimento de vazio, de quando você percebe que cresceu e ainda não fez nada de incrivelmente interessante, enquanto os seus colegas estão escrevendo manifestos muito melhores. E daqui a pouco, o seu manifesto vai começar a ser separado no churrasco, não vai sentar com os amiguinhos na mesa, e irá perguntar por que ele é diferente do resto. Como eu posso explicar que eu estava procrastinando? Tadinho dele :(. Nós, mestres da pseudo intelectualidade, que usamos a ênclise ao invés da próclise perto de palavra atratora (ou atrativa?) porque parece mais legal, temos que combater esse movimento! Vamos todos escrever manifestos, depois que acabarmos de ver só mais essa história para determinar se ele é o babaca ou não.
Deus, escrever um manifesto dá um trabalho! É engraçado como eu estou desacostumada a me dedicar, visto que para ver qualquer vídeo a serotonina é instantânea. Talvez deva me desculpar com os parnasianos, porque eles ralavam bastante para escrever suas poesias. Mas mesmo assim, arte pela arte não se salva. Tenho tantas ideias, mas como colocar elas em um papel (além de obviamente só escrevê-las)? Tenho alguns tópicos:
O catolicismo é cultural.
A piada da geração atual é se matar, enquanto a da passada era matar mulheres (dessa vez elas se salvaram, ainda bem!)
Por que a minha pressão caiu?
Por que quanto mais rápido um cérebro recebe serotonina, mais ele precisa de antidepressivos/ansiolíticos para ser feliz?
Bom, talvez exista uma explicação bem lógica para todos esses fatos, e eu pretendo investigar isso. Mas por hora, o que me resta é um questionamento: Qual é a fronteira entre o rídiculo e o inovador? Porque eu não sei o que eu estou fazendo. Amor humor era bem inovador para a época, e eu adoro esse poema (adoro mais o fato que as pessoas se irritam com ele até hoje), mas se eu fosse escrever algo assim, talvez achasse que estava beirando ao ridículo, tal como acho que estou fazendo agora. O que difere esses dois conceitos? A aceitação da academia, ou a confiança do escritor em si?
Sendo muito sincera, não sei para onde estou indo com esse texto. É triste, mas é verdade. Não sei que conclusão colocar aqui, talvez devesse fundar um movimento. Mário de Andrade fez isso e ele arrasou. Que tal fundar o inercismo? Esquece, alguém provavelmente vai interpretar mal e transformar isso em um movimento de extrema direita daqui a alguns anos, quando retornarmos com o parnasianismo, porque se a IA não for o suficiente para tirar o sentimento da arte, esse movimento vai ser.
- Telescópio,
que não vê mais as estrelas
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NAS VELHAS GERAÇÕES, O BRASILEIRO TINHA SEMPRE UM SONETO NO BOLSO. MAS OS TEMPOS PARNASIANOS JÁ PASSARAM. HOJE, FEROZMENTE POLITIZADO, ELE TEM SEMPRE À MÃO UM COMÍCIO.
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A partir do pressuposto que todo poema é uma poesia, mas nem toda poesia é um poema. Pode se diferenciar de forma atenuante o que é o "Instapoesia" se comparado aos poemas tradicionais. Esses que antes faziam parte não apenas de uma expressão emocional quase sempre intensa e lírica, mas também, eram categorizados em algum determinado movimento ou ideia daquela de sua época, visando um público letrado e especifico. Enquanto o "instapoesia" se preocupa em alcançar o máximo de pessoas possíveis falando de temas cotidianos e mensagens genéricas. Em alguns casos apelando até para o a vertente religiosa, sentimentos de "positividade" e senso comum.
A primeira imagem vem de um instagram chamado @poesiabilhete enquanto a segunda é o poema chamado "A UM POETA" de Olavo Bilac que ressalta o cuidado que se precisa ter com a "palavra" e apresenta o movimento Parnasiano.
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“Deambular restablece la armonía original que alguna vez existió entre el hombre y el Universo.”
Anatole France
Fue un poeta, novelista y ensayista francés ganador de un Premio Nobel de Literatura en 1921, nacido en Paris en abril de 1844, considerado un maestro de la prosa por la sencillez y precisión de su escritura.
Su verdadero nombre era Jacques Antoine Anatole Thibault, fue hijo de un librero y forjó su bagaje cultural principalmente de forma autodidacta en la librería de su padre.
Su carrera inició como poeta en 1873, cuando publica sus “Poemas Dorados”, un breve libro de versos que atestiguan de modo más característico los orígenes parnasianos del arte de Francia.
El parnasianismo planteaba que el arte debía ser solo arte, como un fin y no como un medio en sí mismo.
France produjo muchas novelas, obras de teatro, poemas, ensayos de crítica, filosofía e investigaciones históricas.
En su primer novela “El crimen de Sylvestre Bonnard” en 1881, logra un verdadero estilo depurado, haciendo gala de una gran habilidad estilística de sutil y mordaz ironía.
En sus últimos trabajos, se convirtió en defensor de causas humanitarias, esgrimiendo elocuentes defensas y argumentos en favor de los derechos civiles.
Anatole France se encontraba entre los intelectuales franceses que exigieron con éxito el perdón del capitán francés Alfred Dreyfus, acusado injustamente por supuestamente haber revelado documentos secretos a los alemanes, y en donde, producto de tal injusticia, se generaron violentos disturbios antisemitas que resultarían posteriormente en la anulación de la sentencia y restablecimiento de su cargo.
En 1883 se unió a Madame Arman de Caivallet, quien fuera su musa y le inspiraría y ayudaría a promocionar sus trabajos, ya que Madame Arman era la anfitriona de un salón literario de moda durante la tercera república francesa, y en donde todos los domingos, recibía a las elites francesas de moda, intelectuales y políticos, incluidos escritores, actores y abogados.
Fue nombrado miembro de la academia francesa en 1896 y murió en Tours Francia en octubre de 1924.
Fuentes Wikipedia, https://www.epdlp.com/escritor.php?id=1724, criticadelibros.com
#francia#poetas#ensayistas#frases de reflexion#citas de la vida#citas de escritores#escritores#frases de escritores#novelistas#frases de novelistas#premio nobel
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O fazer poético de João Cabral
João Cabral (JC) é um escritor que, tal como os poetas parnasianos, constrói sua poesia como um engenheiro. Seu fazer poético está voltado para o rigor com a forma e a linguagem.
Segundo o crítico literário João Alexandre Barbosa, JC trabalha com a quantidade mínima de vocábulos utilizando ‘a linguagem do mínimo’. No que diz respeito ao vocabulário, JC emprega substantivos concretos, privilegiando a impressão palpável sobre a abstração. Em outras palavras: ao desenvolver seu fazer poético, JC aposta na concretude e não na transcendência das palavras. Explicamos: sua poesia passa pelos sentidos mas, é essencialmente racional.
Para outro estudioso, Luiz Costa Lima, JC é anti-lírico posto que não acredita na poesia atrelada ao sentimentalismo e ao irracionalismo, características congênitas do lirismo.
De acordo com o crítico literário Antônio Carlos Secchin, a poética de JC é a poética do menos (e não do pouco), uma vez que diz tudo com o mínimo ou quase nada. Para tanto, JC emprega linguagem árida (seca, dura) e enxuta. Emprega uma linguagem sem excessos; ‘a linguagem do mínimo’. Segundo a tese defendida por Secchin, essa poesia incorpora e propaga o real pobre e miserável; o real de inúmeras carências geográficas e humanas vivenciado no sertão nordestino.
Nesse ponto, nosso entendimento sobre o fazer poético de JC permite-nos afirmar que sua ‘poesia árida�� é utilizada em prol do engajamento social e político do poeta em favor dos desvalidos socioeconomicamente daquela região geográfica do Brasil. Admitida como correta tal assertiva, percebemos que o projeto estético e ético de JC estão interconectados. E, segundo esse nosso entendimento, é fácil entendermos a razão do rigor e do extremo cuidado com o aspecto formal constituírem-se obsessões do poeta: eles constróem sentidos e imagens que se entrelaçam. Dessa forma, para JC, o poema é uma ‘máquina de linguagem’, i.e, cada palavra e imagem adquirem sentidos na interconexão que estabelecem com a vizinhança e, sobretudo, com o poema como um todo.
Vale salientar que a ‘linguagem do mínimo’ de JC não significa linguagem descomplicada; sequer complicada ao extremo. Para entendê-la, o leitor deve se esforçar, uma vez que a poesia de JC é racional.. cerebral... desorientadora... desconcertante. Explicamos: JC não explicita; sugere. Quando nomeia; JC pode estar querendo disfarçar, distorcer ou, até mesmo, confundir.
Por último, mas não em menor importância, comentamos que JC aproxima-se de Graciliano Ramos no que tange à preocupação e à obsessão com a linguagem. Exemplificamos: na obra Vidas Secas, Graciliano Ramos utiliza ‘a linguagem do mínimo’ para exprimir não somente pobreza vocabular das personagens; mas, também, para transmitir uma realidade com muitas carências na qual as personagens estão inseridas. Vejamos: Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos dominavam apenas “as mesmas vinte palavras”, significando que, além de não serem alfabetizados, não precisavam mais que esse restrito vocabulário para dar conta de nomear a duríssima realidade circundante. Isso porque a realidade que os envolvia não era pobre apenas pela miséria, pela falta de trabalho e de comida; mas, também, era carente de conteúdo e de esperança. Uma vida árida (por demais enxuta, seca) que não se renovava, que estava presa ao ciclo das secas.
Indico acessar o vídeo (disponível no LEITURAN® - Youtube) Impressões sobre o Livro Vidas Secas de Graciliano Ramos em diálogo com um poema e hqs.
OBSERVAÇÃO: Amigos leitores, peço-lhes gentilmente que respeitem os direitos autorais. Caso queiram utilizar algumas passagens de quaisquer textos meus aqui postados no Tumblr, por favor, referenciem meu nome e minha página nessa e em outra(s) redes sociais. LEITURAN® agradece! ❤️
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redação do psc é mais sobre estética e estrutura do que conteúdo so welcome parnasianos
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Olavo Bilac
Olavo Bilac, nacido el 16 de diciembre de 1865, en Río de Janeiro, y muerto en la misma ciudad el 28 de diciembre de 1918 fue un poeta, cuentista y periodista brasileño, autor de la letra del Himno a la Bandera, y uno de los principales representantes del Movimiento Parnasiano, donde primaba el aspecto formal del poema, buscando palabras raras, rimas ricas y rigidez de las reglas de la…
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EL MODERNISMO EN VENEZUELA
Entre nosotros el modernismo llega con retraso. Se asoma detrás de los escombros del romanticismo, que había señoreado durante casi un siglo en nuestro escenario literario. Por esto, un crítico como Jesús Semprum ha dicho que el modernismo es influencia de influencias. Esto es, sin abandonar la influencia elemental, tanto de los clásicos como de los románticos, el nuevo movimiento se emparenta con la búsqueda de los simbolistas, por una parte y de los parnasianos, por otra.
Es posible, como han dicho algunos analistas del proceso literario hispanoamericano, que el modernismo haya sido el producto de la crisis generada por los excesos del romanticismo. Esta crisis, sin duda se debió a la angustia del cambio, surgida a finales del siglo en la mente de la juventud dispuesta a rebelarse contra la caducidad del antiguo estado de cosas. Frente a los viejos métodos de dominación y de atraso, la desilusión de las generaciones, creaba una situación de sueño y de evasión, que tenía como meta la reforma del medio propio. Los modernistas no ven la realidad como los románticos sino que la toman como materia de expresión simbólica para relacionarla, por la vía estética con los conflictos del artista.
En el Modernismo venezolano se posee dos tendencias: la primera hacia el esteticismo puro, esa búsqueda de la belleza a través del lenguaje preciosista. Se puede observar en los ensayos de Pedro Emilio Coll y en la narrativa de Manuel Díaz Rodríguez y Pedro César Dominici. La segunda hacia el nativismo, hacia lo propio, lo vernáculo, presente en los cuentos u novelas de Luis Manuel Urbaneja Achelpohl y en la poesía de Francisco Lazo Martí
En poesía se destacaron Rufino Blanco Bombona, Carlos Borges, Arvelo Larriva y José Tadeo Arreaza Calatrava.
LA NARRATIVA MODERNISTA (1896 - 1916)
La prosa narrativa modernista es considerada como prolongación y rectificación del Romanticismo: prolonga y desarrolla la libertad de éste; pero también se opone a la despreocupada entrega a la inspiración, al olvido del trabajo creador del artista, causas de la degeneración y crisis final del movimiento romántico. La novela modernista se caracteriza por reducir al máximo el elemento argumental, por ser expresión de los sentimientos e ideas de un protagonista en cuya conciencia, al manifestarse, se define su mundo, y por utilizar un lenguaje que, al privilegiar la función expresiva, se orienta hacia lo lírico. La novela existe como extensión de un personaje cuyo mundo brota y se materializa como “novela de personaje” porque queda definida por éste.
La narrativa modernista es la culminación del la expresión del individualismo de fin de siglo a un grado máximo, cruzado de uno a otro extremo por una ola creciente de ideas, proyectos y realizaciones que hace al individuo, centro y razón de ser de todas las cosas, así en la filosofía como en la vida. Y ese individualismo, teñido de despreocupación, es lo que se vierte en la prosa narrativa, una prosa que a veces no cuenta nada, que se explaya en descripciones de lujos y bellezas y no trasciende, pues se diluye en un antipositivismo escéptico en aras de la valoración del conocimiento como muestra de museo, o bien, en un pesimismo o desidia de vivir o bien en un cosmopolitismo, como fuga de la realidad, fuga que se puede interpretar como oposición al modelo de vida impuesto. Ese deseo de evasión en la novela modernista se manifiesta a su vez por medio de temas que anteriormente no habían aparecido en la novela hispanoamericana, tales como el ocultismo o el esoterismo. Son novelas que describen paisajes urbanos, con una sublimación de la realidad histórica; dos son las vertientes experimentales del personaje de las novelas modernistas: la primera es la experimentación en su relación con la sociedad a través del erotismo, las drogas y la cultura y la segunda es más bien una relación consigo mismo, una introspección que es la del propio autor. El desarrollo de la narrativa modernista fue tan prodigiosa que estuvo determinada por una verdadera poética con reglas prefijadas que hizo de la escritura del cuento y la novela hispanoamericanas un verdadero arte que ha persistido hasta la actualidad.
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Coador
Ainda olho pro céu à noite.
Vejo os mesmos filmes.
Penso em quem se foi
E não vai voltar.
No talvez de antes e de agora.
Vou comprar pão amanhã...
Perdi a conta dos cigarros,
Dos corotes e catuabas,
Tomadas e fumadas só.
Sentado ao som de The Cure
Que mais adoece
Do que cura.
Não sei nadar
Não sei dirigir
Penso no que devia
Leio putaria (escondido)
Pra ninguém me atrapalhar.
Odeio pombos
E os parnasianos.
Não gosto de sushi,
Mas provei saquê outro dia
E achei superestimado.
Ainda não sei tocar violão
Nem mesmo gaita,
Mas ainda me encanto
Em não fazer nada.
Sonhei com Adriana sentada
E seus cabelos vermelhos
Estavam mais vermelhos.
Ela sorria e não falava,
Me apontava um livro pra ler.
Acho que nunca vou superar
Meu poema, Filtros de Café.
É o que todos pedem,
Mas leio sobre meu pau.
Tem mais não
Iury Aleson, o sujo.
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E os peixes continuam na rede
Inexplicavelmente há corpos que padecem ao viver. Tais corpos que passam de uma matéria, para um rito itinerário, cujos caminhos, desaparecerão ao longo da esperança de honestidade.
‘’Devemos ser irmãos de todos’’, ou melhor dizendo, tornamo-nos todos clones de outros. Outros que pela passarela do individualismo conquistam e reformam suas caras serenas e sedentas em uma face boquiaberta por perder o que os fazem únicos. Basta! Não há mais palavras para descrever o egoísmo e muito menos cores para designar e diferenciar os falsos. Pois no fundo, todos nós já fomos.
Hoje sinto-me decepcionada comigo mesma, em meios aos peixes da rede obscura da sociedade mordi uma isca que não me trouxe de volta ao mar profundo e cristalino, infelizmente, permaneci no mesmo lugar. A onda nunca me tocou da forma que queria, e suas baladas, permaneceram apenas no palco daqueles que a admiram pela margem.
Talvez devore toda a isca. Talvez ela no final traga-me alívio, ou quem sabe – mais provavelmente - arrependimento. Meus desejos são os mesmo afora todas as minhas inseguranças. E imploro piedosamente que um, somente um, vire realidade. Quem sabe minha pele não mais se machuque, minha carne não mais se apodreça, minha mente não mais me enlouqueça e meu coração... jamais me abandone.
Quero girar nos tangos de seus pés de bolero, fitar seus olhos risonhos imbatíveis, jurar a jura de teus lábios parnasianos e amar a alma que apresentou-me a verdadeira aura de catarse.
Quero reamar o meu amor esquecido nos mesmos braços acolhedores, mas de outro coração, pois o antigo agora encontra-se cansado. Sua angústia tornou-se independente de minhas mágoas vazias, estás livre e eu continuo apaixonada. Por um amor, que nem sequer foi sentido.
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“Las verdades que revela la inteligencia permanecen estériles. Sólo el corazón es capaz de fecundar los sueños”
Anatole France
Fue un poeta, novelista y ensayista francés ganador de un Premio Nobel de Literatura en 1921, nacido en Paris en abril de 1844, considerado un maestro de la prosa por la sencillez y precisión de su escritura.
Su verdadero nombre era Jacques Antoine Anatole Thibault, fue hijo de un librero y forjó su bagaje cultural principalmente de forma autodidacta en la librería de su padre.
Su carrera inició como poeta en 1873, cuando publica sus “Poemas Dorados”, un breve libro de versos que atestiguan de modo mas característico los orígenes parnasianos del arte de Francia. El parnasianismo planteaba que el arte debía ser solo arte, como un fin y no como un medio en sí mismo.
France produjo muchas novelas, obras de teatro, poemas, ensayos de crítica, filosofía e investigaciones históricas. En su primer novela “El crimen de Silvestre Bonnard” en 1881, logra un verdadero estilo depurado, haciendo gala de una gran habilidad estilística de sutil y mordaz ironía.
En sus últimos trabajos, se convirtió en defensor de causas humanitarias, esgrimiendo elocuentes defensas y argumentos en favor de los derechos civiles.
Anatole France se encontraba entre los intelectuales franceses que exigieron con éxito el perdón del capitán francés Alfred Dreyfus, acusado injustamente por supuestamente haber revelado documentos secretos a los alemanes, y en donde, producto de tal injusticia, se generaron violentos disturbios antisemitas que resultarían posteriormente en la anulación de la sentencia y restablecimiento de su cargo.
En 1883 se unió a Madame Arman de Caivallet, quien fuera su musa y le inspiraría y ayudaría a promocionar sus trabajos, ya que Madame Arman era la anfitriona de un salón literario de moda durante la tercera república francesa, y en donde todos los domingos, recibía a las elites francesas de moda, intelectuales y políticos, incluidos escritores, actores y abogados.
Fue nombrado miembro de la academia francesa en 1896 y murió en Tours Francia en octubre de 1924.
Fuentes Wikipedia, https://www.epdlp.com/escritor.php?id=1724, criticadelibros.com
#citas de reflexion#frases de reflexion#citas de escritores#escritores#frases de escritores#anatole france#francia#premio nobel#ensayistas#poetas#frases de poetas
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Trajetória Literária de Manuel Bandeira
Olá, meus amores! Mais um vídeo (disponível no LEITURAN® - Youtube) para vcs com muito carinho. Mil beijinhos e toda luz do Universo!
Venho com abordagem sobre Trajetória Literária de Manuel Bandeira.
Os atos de ler e escrever poesias são maravilhosos para mente e espírito e em "pequenos" e "grandes" momentos da Vida. Manuel Bandeira é um exemplo de como escrever poesia pode mudar nosso modo de ser e de estar no mundo. Não apenas os livros de poesias, todo o universo dos livros nos traz algo para aprendermos e praticarmos ou não em nossas vidas!
Para darem uma força ao canal, podem se inscrever, curtir o vídeo e ativar o sininho das notificações! Muito Obrigada!
Texto apresentado no referido vídeo:
Manuel Bandeira (1886-1968) exprimiu experiências particulares, como indivíduo, assim como do cotidiano captados pelo escritor. Explicamos: antes de ser acometido, em 1904, pela tuberculose ─ àquela época, doença incurável ─, seu fazer poético era realizado apenas para entretenimento. Nessa época, em estilo simples e direto, tratou de temas e de formas colhidas nas tradições clássicas e medievais.
Em 1917, já cônscio do mal que o definhava, escreveu e produziu seu primeiro livro “A Cinza das Horas” no qual exprime ─ em composições poéticas rígidas, sonetos em rimas ricas e métrica perfeita ─ elevada carga melancólica diante da finitude da vida e da inexorável iminência da morte. Nessa atmosfera lúgubre ─ que associava certa dose de angústia, na procura de uma forma de sentir alegria em viver ─, produziu quase como necessidade para conviver com a tísica, tal como verificamos no verso “Eu faço versos como quem morre”. Dessa forma, a carga poética do escritor foi ainda mais acelerada pelas debilitações impostas pela doença, que forçaram-no a: (a) isolar-se de seus amigos e familiares; e (b) tornar-se mais introspectivo, desalentado e melancólico. Vale notar, ainda, que seus escritos poéticos estão longe de se constituírem canções melancólicas, pois também refletem momentos felizes. Nada obstante, ao reconhecer-se tuberculoso, Bandeira produz escritos intensamente melancólicos. Posteriormente, aceita ─ de forma resignada ─ o convívio com a enfermidade; e diminui o tom melancólico. Nessa fase, escreve o poema “Libertinagem”, no qual externa libertação da amargura contida em seu ser. Chega, até mesmo, a registrar alegres momentos resgatados da infância.
Destacamos que Bandeira ainda nos possibilita refletir sobre questões afetas aos escritores modernistas quando, no poema “Evocação ao Recife”, defende o traço coloquial da linguagem na escrita poética e, em face disso, afasta sua poesia do parnasianismo e do academicismo. Ao fazer uso, com maestria, de vocabulário e sintaxe próprios da linguagem cotidiana, Bandeira propicia-nos perceber que a liberdade formal e temática de seu fazer poético, liberta-o dos cerceadores preceitos estéticos parnasianos. O poema “Carnaval” marca o início da libertação das formas fixas e a opção pela liberdade formal. Enfim: é dessa forma que Bandeira recusa utilizar a linguagem do ‘lirismo comportado’.
Vale ainda enfatizarmos que, a despeito de não participar da Semana de Arte Moderna de 1922, o poeta envia o poema “Os Sapos”, no qual, de forma inconformada e rebelde, tece ferrenhas mas maduras críticas ao fazer poético parnasiano.
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Ouvir Estrelas -Via láctea, XIII
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto A via-láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.
_ Olavo Bilac.
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A Ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!
Augusto dos Anjos, poeta brasileiro, simbolista/parnasiano (20 de abril de 1884, Cruz do Espírito Santo, Paraíba - 12 de novembro de 1914, Leopoldina, Minas Gerais).
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