#pântanos esquecidos
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QUByte Interactive anuncia novos jogos com lançamento para múltiplas plataformas
Durante a Coelho Awards 2024, evento transmitido no canal do criador Rodrigo Coelho, a QUByte Interactive revelou dois novos títulos que prometem trazer experiências marcantes para os jogadores: Lighthouse of Madness e The Tale of Mara and Moa. Ambos os jogos estarão disponíveis para PC (Steam), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e Nintendo Switch. Thriller psicológico em um…
#aventuras nostálgicas#Cabana Game Studio#Coelho Awards 2024#Enigmas#farol misterioso#florestas tropicais#Flying Jack Studios#habilidades especiais#Lighthouse of Madness#Lovecraftiano#Nintendo Switch#pântanos esquecidos#pc#Playstation 4#Playstation 5#QUByte Interactive#receitas mirabolantes#Rodrigo Coelho#RPG de ação#ruínas ancestrais#Steam#suspense#The Tale of Mara and Moa#Xbox One#Xbox Series X|S
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Noite de Terror em Upper Hogsfield
Por Alana L. Kierkegaard
A noite de 08 de junho de 2025 deveria ter sido um marco para a comunidade bruxa das Terras Altas. A icônica turnê Sangue & Alma das Esquisitonas reuniu fãs de todas as idades em Upper Hogsfield, atraindo estudantes de Hogwarts, adultos nostálgicos e até mesmo famílias inteiras que buscavam celebrar o retorno da banda bruxa mais amada da Grã-Bretanha. Contudo, o que deveria ser uma noite de euforia se transformou em um pesadelo que jamais será esquecido.
Desde antes do início do evento, a vila já transbordava de energia. Após o início, a multidão pulsava ao ritmo de clássicos como “Canções da Coruja” e “Magia no Fim da Estrada”, enquanto o palco vibrava com cores hipnotizantes e fumaça mágica. Estudantes de Hogwarts, liberados sob relutância pela diretora Lidiya Ward-Lowenstein, aproveitaram cada segundo, especialmente os formandos, que viam a noite como uma despedida simbólica de sua juventude.
Na abertura do show, o vocalista Keith Wonders prometeu um espetáculo inesquecível, e assim foi — embora por razões que ninguém jamais poderia prever. Afinal, o momento mais aguardado da noite, a performance de “Sangue & Alma”, foi brutalmente interrompido, causando grande comoção.
Luzes se apagaram em um piscar de olhos, seguidas por uma explosão de gritos. Uma bola de fogo cortou o ar e atingiu o palco, lançando brasas e destroços sobre os músicos e a plateia. No caos que se seguiu, figuras inconfundíveis emergiram das sombras da floresta: veela, transformadas em harpias e visivelmente machucadas, avançaram sobre a multidão em aparente ataque.
A reação inicial foi de confusão. Por que as veela, criaturas mágicas conhecidas por sua graça e beleza, estavam em conflito direto com bruxos e bruxas? Para os presentes, a resposta pouco importava: as harpias desferiram golpes no ar, destruíram casas e espalharam pânico, deixando um rastro de destruição. A área do show, em poucos minutos, virou um cenário de guerra.
Nossa equipe de reportagem presente no local relatou algo peculiar: as criaturas estavam imbuídas de um ódio quase palpável. Seus golpes eram a esmo, mirando mais além de bruxos, árvores e casas. E tão ou mais rápido que o grupo de ao menos vinte veela adentrou as imediações do vilarejo, as veela seguiram adiante, floresta adentro rumo ao Pântano de Ford do Norte.
Conforme o caos diminuía, a extensão da tragédia começava a ser revelada. Quinze pessoas foram levadas em estado grave para o Hospital St. Mungus, enquanto outras 40 receberam atendimento por ferimentos leves. Porém, o mais alarmante foi o surgimento de uma lista de desaparecidos, incluindo estudantes de Hogwarts. Os nomes Charlotte J. Kierkegaard, Chloé e Éowyn Eil-Vanderboom Ward, Jang Uk, Mirko Holtzer Wheathorn e Romeo Piotr Routledge ecoam agora como um grito de desespero na comunidade bruxa, simbolizando o peso da noite fatídica.
O desaparecimento de Charlotte foi especialmente perturbador. Testemunhas a viram sendo levada por duas figuras encapuzadas em meio à confusão, possivelmente veela disfarçadas. Esse detalhe sombrio lança uma nova camada de mistério sobre o ataque, sugerindo que ele pode ter sido mais do que um ato de desespero das harpias, mas talvez parte de uma trama maior. A incerteza sobre o paradeiro dos desaparecidos deixou pais, colegas e professores em um estado de inquietação profunda, enquanto as autoridades trabalham incessantemente para obter respostas.
Entre os feridos, a história de Amália E. Bennett tornou-se um símbolo de coragem em meio ao horror. A jovem bruxa, em um gesto heroico, tentou proteger um aluno da Sonserina das investidas das harpias, mas acabou gravemente ferida. Amália perdeu a consciência no tumulto e foi salva por colegas que a retiraram do perigo iminente de ser pisoteada pela multidão em pânico. Seu ato de bravura, ainda que trágico, é um testemunho do espírito de solidariedade que emergiu mesmo nos momentos mais sombrios daquela noite.
Nas horas que se seguiram ao ataque, a comunidade bruxa lutava para compreender o motivo por trás da violência repentina das veela, enquanto tentava lidar com os danos e o trauma deixados para trás. Upper Hogsfield, antes vibrante, agora se encontra em ruínas, com casas reduzidas a escombros e a praça central irreconhecível sob destroços e cinzas. A sensação de desamparo paira sobre o vilarejo, amplificada pela ausência de respostas concretas das autoridades, que parecem tão perplexas quanto os sobreviventes. As veela, outrora vistas como ícones de graça e fascínio, desapareceram sem deixar rastro, como espectros que levaram consigo qualquer chance de redenção ou explicação.
Enquanto isso, cresce o burburinho em torno da diretora Lidiya Ward-Lowenstein, cuja relutância inicial em liberar os alunos para o evento já havia sido alvo de críticas. Agora, em um cruel golpe de ironia, sua ausência no show está sendo apontada por muitos como um símbolo do abandono que teria contribuído para a tragédia. Embora seus apoiadores defendam que ela apenas seguiu sua natureza cautelosa, detratores questionam: se a diretora estivesse presente, poderia ter agido de forma decisiva para evitar parte do desastre? A pergunta, carregada de insinuações, ecoa pela Grã-Bretanha, transformando a noite de terror em uma crise de confiança que ameaça manchar sua reputação.
Com a turnê Sangue & Alma interrompida e tantos feridos, o mundo bruxo permanece em estado de choque, à espera de respostas que talvez nunca cheguem. A pergunta que fica é: Será esse o início de uma caça às veela? A parcela mais progressista da nossa sociedade seguirá defendendo o indefensável? As famílias seguirão sem respostas diante de um crime horrendo contra as suas crianças?
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O Monstro Único - Capítulo 3 – Senhor Geleia e eua insatisfação por não poder viajar
No capítulo anterior, vimos Alex traçar os primeiros passos de sua nova jornada. Agora, ele se encontra em uma encruzilhada decisiva.
Caminhando pela floresta sombria que circunda o vilarejo, sem saber exatamente para onde ir, Alex seguiu adiante, deixando-se guiar por seu instinto. A floresta, com suas árvores retorcidas e cobertas de musgo, parecia viva, como se escondesse segredos há muito esquecidos. Pedras escorregadias, envoltas em lodo, adicionavam uma aura sinistra ao lugar. Em meio a essa atmosfera opressiva, Alex deparou-se com um pântano sombrio, onde as águas escuras pareciam murmurar histórias de terror.
Foi então que, inesperadamente, uma criatura emergiu das profundezas lamacentas do pântano. Um slime verde, com uma aparência viscosa e molenga, que, ao subir no tronco de uma árvore, começou a se transformar. Em poucos segundos, assumiu a forma de um ser pequeno, barrigudo, careca e com um queixo desproporcionalmente grande.
O slime, claramente frustrado, resmungava:
— Poxa! Estou preso neste lugar! Sou alvo de zombaria de todas as outras criaturas. Eu queria tanto uma aventura!
Curioso com a criatura, Alex se aproximou e, com um sorriso astuto, iniciou uma conversa:
— Ora, ora! O que temos aqui? Uma criatura fascinante com grande potencial!
Surpreso, o slime retrucou:
— Está tirando sarro de mim, como os outros fazem?
Alex, com um tom convincente, respondeu:
— De jeito nenhum! Vejo em você um monstro poderoso. Qual é o seu nome?
— Meu nome é Geleia, mas todos me chamam de Senhor Geleia.
— Muito prazer, Senhor Geleia. Eu sou Alex. Estou em busca de colaboradores com mentes abertas e corpos extraordinários, como o seu, para me ajudarem em meus objetivos.
Senhor Geleia, surpreso e incrédulo, perguntou:
— Eu? Com corpo extraordinário e mente aberta?
Alex, com firmeza, respondeu:
— Todos nós temos habilidades únicas, somadas às nossas qualidades e defeitos. Com uma mente aberta, não há limites para o que podemos realizar. Esse é você, Senhor Geleia. Então, vou perguntar novamente: o que você realmente deseja?
Refletindo por um momento, Senhor Geleia respondeu:
— Eu quero viajar pelo mundo, conhecer novas pessoas, viver cada dia em um lugar diferente e, claro, me envolver em grandes aventuras.
Alex, agora sorrindo com satisfação, falou:
— Isso é fascinante! Tenho exatamente o que você precisa. Em minha organização, há uma posição que se encaixa perfeitamente no que você deseja. Você gostaria de ser meu espião?
— Sua função será identificar alvos e coletar informações. Isso permitirá que você viaje pelo mundo, conheça pessoas diferentes e viva aventuras inesquecíveis.
Senhor Geleia, com os olhos brilhando de entusiasmo, exclamou:
— Incrível! Adorei a ideia! O que preciso fazer para entrar?
Alex, aproximando-se, encostou seu tridente em Senhor Geleia, conferindo-lhe o poder do camaleão, uma habilidade que lhe permitiria se camuflar de forma quase perfeita.
— A partir de agora, você será o espião mais valioso que qualquer organização poderia desejar. Ninguém será capaz de encontrá-lo facilmente.
Orgulhoso e emocionado por finalmente ser reconhecido, Senhor Geleia estava sem palavras. Alex, aproveitando o momento, decidiu testar as habilidades recém-adquiridas de seu novo aliado, e, ao mesmo tempo, obter informações valiosas:
— Então, Senhor Geleia, que lugar é este? Que mundo nos cerca? Existem cidades próximas? E quem detém o poder por aqui?
Senhor Geleia, prontamente, respondeu:
— Este é o Pântano Infinito, habitado por inúmeras criaturas. Dizem que quem entra aqui nunca mais consegue sair... mas eu já saí várias vezes! Quanto ao planeta onde nos encontramos, chama-se Éden. Um dia, foi um paraíso abundante em fauna e flora. Os humanos dominavam estas terras, mas foram enganados por uma organização conhecida como Kaos, que os levou à extinção. Hoje, os remanescentes dessa organização estão no topo do poder. Se você sair do pântano, encontrará uma cidade chamada Nekoia, habitada por homens-fera.
Com um brilho de determinação nos olhos, Alex declarou:
— Nossa primeira aventura será nessa cidade, Nekoia. Vamos!
E, com isso, os dois seguiram em direção à saída do pântano, prontos para enfrentar novos desafios e explorar o desconhecido.
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Eu sou o tronco apodrecido nas entranhas do pântano, fitando a morte com olhos cegos;
Sou as lágrimas de todos os copos de uísque escorrendo em mãos frias e indolentes;
Sou o bosque esquecido o qual o sol teme explorar;
Sou o teatro vazio no qual as almas perdidas dançam em vestidos de cetim;
Sou o calabouço sórdido no qual os demônios violam suas vítimas;
Sou o solitário sol refletido nas ondulações do oceano;
Sou a terra revolvida pelos cascos de loucos cavalos prateados;
Sou o homem com o coração ainda batendo entre as paredes negras do inferno;
Sou a cria bastarda da eternidade rasgando com unhas podres o útero do tempo;
Sou o iluminado deus pérfido salpicando-lhes de tragédia;
Eu sou o Caos Andarilho das Estrelas.
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Nymphaea thermarum: O Mais Pequeno dos Nenúfares, Uma Jóia do Ruanda
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No vasto reino das flores aquáticas, o Nymphaea thermarum brilha como uma pérola rara e delicada. Descoberto em 1987 pelo botânico alemão Professor Eberhard Fischer, este diminuto lírio-d'água cativa os corações dos amantes da botânica e desperta o interesse de conservacionistas em todo o mundo. Com uma história fascinante e um habitat peculiar, é impossível não ficar maravilhado com esta joia da natureza.
Nymphaea thermarum - Descoberta e Origens
A saga do Nymphaea thermarum começou nas margens de Ruanda, no sudoeste de África. Em meio ao cenário exuberante das montanhas e lagos, Fischer encontrou esta espécie singular florescendo em condições únicas. Ao contrário de seus parentes mais conhecidos, o N. thermarum não se contenta com as profundezas dos lagos ou rios, mas sim se adapta à umidade dos pântanos e margens de nascentes termais. É esta característica peculiar que o torna o menor nenúfar do mundo e um tesouro exclusivo de Ruanda. O Desafio da Conservação No entanto, a história do Nymphaea thermarum é marcada pela luta pela sobrevivência. A sobre-exploração das nascentes termais, seu habitat natural, resultou no desaparecimento dessa espécie frágil de seu local de origem. Como um sussurro na brisa, o N. thermarum quase foi esquecido pela humanidade. Mas a esperança nunca desaparece completamente na comunidade botânica. Especialistas como o horticultor Carlos Magdalena do Jardim Botânico de Kew embarcaram em uma jornada para salvar esta jóia rara. Com determinação e dedicação, eles desvendaram os segredos do cultivo do N. thermarum em condições controladas, oferecendo uma nova chance para esta espécie única.
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Restaurando o Esplendor O Projeto de Recuperação do Nymphaea thermarum é mais do que uma missão de conservação; é um compromisso com a preservação da biodiversidade e a proteção de um património natural único. Com base no conhecimento adquirido através de anos de pesquisa, os especialistas estão trabalhar para recriar o ambiente ideal para o crescimento deste nenúfar extraordinário. Ao replicar as condições das nascentes termais de Ruanda, os especialistas estão proporcionando ao N. thermarum uma nova chance de prosperar. Com cuidado meticuloso, as plantas são cultivadas em ambientes controlados, garantindo que cada broto receba o amor e a atenção de que precisa para florescer. Nymphaea thermarum - A Beleza em Miniatura A verdadeira magia do Nymphaea thermarum reside em sua beleza delicada e elegante. Com suas folhas verdes brilhantes e flores brancas adornadas com estames amarelos, esta pequena maravilha da natureza é um testemunho da complexidade e diversidade do mundo vegetal. Ao observar um N. thermarum em flor, somos lembrados da importância de proteger e preservar as espécies mais vulneráveis do nosso planeta. Cada flor que desabrocha é um lembrete da resiliência da vida e da nossa responsabilidade de sermos guardiões atentos da natureza.
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Um Legado para o Futuro À medida que avançamos para o futuro, é imperativo que continuemos a apoiar iniciativas de conservação como o Projeto de Recuperação do Nymphaea thermarum. Cada esforço dedicado à proteção desta espécie não apenas salva uma flor, mas também protege um pedaço precioso do nosso patrimônio natural para as gerações futuras. Junte-se à luta pela preservação do Nymphaea thermarum e celebre a beleza e a diversidade da flora aquática. Com o nosso cuidado e compromisso, podemos garantir que esta jóia de Ruanda continue a florescer nos anos vindouros. Cuidados e Cultivo do Nymphaea thermarum Cuidar do Nymphaea thermarum é uma experiência gratificante e envolvente. Para garantir que esta pequena maravilha da natureza floresça em seu ambiente doméstico, é importante seguir algumas diretrizes simples. Luz e Ambiente Como tantos outros nenúfares, o Nymphaea thermarum prospera em ambientes com boa luz, preferencialmente luz solar direta ou indireta por pelo menos algumas horas por dia. No entanto, é crucial evitar a exposição a temperaturas extremas e à luz solar direta intensa, que podem danificar as delicadas folhas e flores desta planta. Portanto, escolha um local onde a luz seja abundante, mas suave. Cuidados com a Água Como muitas plantas aquáticas, o Nymphaea thermarum aprecia um ambiente húmido e bem drenado. Mantenha o solo constantemente húmido, mas evite encharcamentos, pois o excesso de água pode levar ao apodrecimento das raízes. Ao regar, despeje água diretamente no solo ao redor da planta, evitando molhar as folhas e flores. Propagação A propagação do Nymphaea thermarum pode ser realizada por meio de sementes ou divisão de rizomas (touceiras). As sementes podem ser colhidas das cápsulas de sementes maduras e semeadas em solo húmido. Mantenha as sementes em condições quentes e húmidas para facilitar a germinação. Alternativamente, os rizomas podem ser divididos durante o período de dormência da planta e replantados em vasos individuais.
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Controle de Pragas e Doenças Embora o Nymphaea thermarum seja geralmente resistente a pragas e doenças, é importante estar atento a sinais de infestação. Inspecione regularmente as folhas e flores em busca de sinais de danos causados por insetos, como pulgões ou ácaros. Se detectar algum problema, trate-o prontamente com medidas orgânicas ou produtos adequados, seguindo sempre as instruções do fabricante. Dicas para o Sucesso - Mantenha a planta em um ambiente com boa circulação de ar para evitar o acúmulo de humidade e prevenir o desenvolvimento de doenças fúngicas. - Fertilize a planta mensalmente durante a temporada de crescimento com um fertilizante balanceado solúvel em água, diluído conforme as instruções do fabricante. - Remova regularmente as folhas e flores mortas para promover um crescimento saudável e estimular a floração contínua. Seguindo estas dicas simples de cuidado e cultivo, você pode desfrutar do encanto do Nymphaea thermarum em seu próprio espaço, criando um oásis de beleza e serenidade em sua casa ou jardim. Num fechar de ciclo, cultivar o Nymphaea thermarum é mais do que uma simples atividade de jardinagem; é uma ligação com a natureza em toda a sua delicadeza e complexidade. Ao seguirmos os cuidados adequados e proporcionarmos o ambiente ideal, estamos não apenas preservando uma espécie única, mas também promovendo a beleza e a diversidade do reino vegetal. Que o encanto deste pequeno nenúfar nos inspire a continuar a cuidar e proteger as maravilhas naturais que nos cercam, lembrando-nos sempre da importância de nossa responsabilidade como guardiões do mundo natural. Read the full article
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Parto de mim
O dia era grande. Daqueles sem agenda. Sem pés apressados. Sem olhos vigiando ponteiros. Acordei com a sensação de que o tempo era outra coisa. E a vida também. Com uma saudade que tinha feições familiares. Cheiro conhecido. Braços longos. Que eu tentava sufocar das mais variadas formas e continuava lá, pulsando, doída e doce, desde sempre. Misto de veneno e mel, derramando por dentro, alastrando quente, tocando em tudo, permeando a minha história e me seguindo, incansável, aonde quer que eu fosse. A qual eu chamava por diferentes nomes, em diferentes épocas, como se houvesse esquecido do que se tratava.
*
Quando, por algum descuido meu, a voz daquela saudade conseguia driblar os disfarces do meu ouvido, sussurrando ou gritando ela pedia que eu me entregasse. Que jogasse as armas no chão. Que puxasse o fio do tecido de que eram feitas as máscaras. Que parasse com os truques. Que derrubasse o muro que ergui. Que desistisse de continuar catalogando novas ilusões. Em pânico, eu lhe dizia que não. Como um peixe que nega o mar. Como um pássaro que rejeita as asas. E a cada vez que dizia, a cada vez que a negava, a vida se escondia um pouco mais.
*
Naquela manhã, quando acordei, sua fala mansa me pegou desprevenida. Eu tinha todo o medo do mundo, mas sentia, com alívio, que já não tinha mais a mesma resistência para esquivar-me dela. As armas que eu manejara, habilmente, por tanto tempo, tornavam-se cada vez mais obsoletas. O tecido das máscaras estava esgarçado; algumas já haviam até caído, desfeitas, pelo caminho. A maioria dos truques tornaram-se tão conhecidos que não conseguiam mais me enganar, ainda que eu tentasse. O muro, repleto de rachaduras em vários pontos, tombava, lentamente, em pequenos pedaços, a cada passo que dava. As ilusões se dissipavam, uma a uma, deixando cada vez mais à mostra os seus olhos pousados nos meus.
*
A saudade era do ser que me habitava. Que eu era, antes de estar qualquer coisa. Por trás das armas. Das máscaras. Dos truques. Do muro. Das ilusões. Acima. Apesar deles. Que encontrava, raramente, entre gestos tímidos e tensos, quando furava o meu esquema de segurança, vinha ao meu encontro e se misturava comigo de tal forma que, por alguns instantes, éramos um. Que luzia, ainda que eu ofuscasse. Que me ligava a todas as coisas, ainda que eu me afastasse de todas elas. Que jogava sementes, ainda que eu arrancasse os brotos. Que era terra molhada, quando eu era deserto.
*
A saudade era do ser que morava em mim. Que tinha um sol inteiro para me dar, quando a vela, de chama trêmula, que eu levava, estava se acabando. Que cultivava sorrisos atrás dos meus pântanos. Que não tinha idade. Que abraçava grande. Que pronunciava, sem baixar a voz, palavras como ternura, encanto, fascínio, pureza. Que atraía almas conterrâneas. Com uma musicalidade semelhante. Uma fragrância familiar. Com cheiro de bolo de vó. De sonho sem medo. De vida beijada.
*
A saudade era do ser, em mim, que entendia de crisálidas. De sede. Pés. Miragens. Da dor das noites que esquecem de dormir. Das emoções que hesitam despertar. E, conhecendo as dores, chamando-as pelos nomes, não se agarrava a elas. Que se via em tudo. Em todos. Que confiava nas pessoas. Que sabia que as pessoas são, em essência, amor, disfarçadas de espelhos, que refletem umas para as outras aquilo que impede que se mostrem e se vejam como são.
*
A saudade era do ser que me fazia acreditar que eu não era uma turista num planeta estrangeiro nem uma sobrevivente de uma civilização extinta, como tantas vezes sentia. E me ensinava que toda vez que eu achasse que os outros precisavam de legendas para me entender, eu poderia recorrer aos idiomas que o coração entende. Um sorriso. Um olhar. Um abraço.
*
A saudade era do amor que aquele ser emanava e do qual eu era feita. Da seiva que permeava todo o jardim. Que era o meu corpo, por trás da roupa de gente que eu usava e da qual precisava cuidar com o carinho com que se cuida da roupa do amado, embora raramente eu lembrasse disso. Da porção em mim que era mágica e sábia. Humilde e serena. Que me intuía. Que me ajudava a desenhar o meu caminho. Encontrar o meu acorde. Escrever a minha história.
*
A saudade, terna e arrebatadora, era daquilo em mim que tinha um compromisso com a vida, ainda que eu fizesse de conta que o havia esquecido e só honrasse os compromissos que o meu coração nunca assumiu. Daquilo que não se importava com os porquês. Que se desprevenia. Que se enamorava. E que se olhasse para o azul do céu mil vezes se emocionava em todas elas, reverenciando o pintor. Que me lembrava de que eu devia saborear a paisagem com os companheiros de viagem, mesmo sem saber aonde o barco me levaria. E de que se chegasse a tormenta, eu não deveria esquecer, na aflição, que eu não era o barco, e, sim, o mar.
*
Embora tivesse saudade desse ser amoroso que, em essência, eu era, tinha muito medo de me entregar a ele. E sabia, sem conseguir desviar os meus olhos dos olhos daquela saudade, que aquele era o mesmo medo que estava por trás de outras entregas que ficaram no rascunho. O mesmo que tinha feito com que vivesse à margem de mim. E tivesse acompanhado a marcha da multidão. Usado o mesmo uniforme. Empunhado as mesmas armas. Fabricado o mesmo tédio. Compactuado com o suicídio diário e lento das vidas que desaprendem a florescer. E chamado a tudo isso de normal.
*
Naquele dia acordei com saudade e com medo. Nem mais casulo nem vôo ainda. Sabia que enquanto eu não voltasse a dar a mão àquele ser que me habitava, enquanto eu não voltasse a dançar com ele, continuaria a me sentir longe de casa, separada da minha gente, fora do meu habitat, perambulando, confusa e assustada, no mundo árido e sem cor que desenhei quando larguei a sua mão.
*
Para fluir comigo, a vida pedia que eu soltasse o medo e me entregasse. Que dissesse sim. Que acreditasse nela. Eu não sabia como fazer, mas sentia, entre as contrações, que ela estava fazendo por mim, através de cada experiência que eu atraía para o meu caminho.
*
Naquele dia, grande, acordei com a sensação de que o tempo era outra coisa. De que a vida era outra coisa. E eu também.
JÁCOMO,Ana. Do livro "Parto de Mim".Fábrica de Livros do Senai, 2001.
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Existem dias em que a coragem se esvai e o eu covarde toma conta de quem somos. Dias em que a neblina da mente nos consome, como se fôssemos um pântano lamuriado e esquecido. O dia que era ensolarado se torna cinza, e não mais se sabe, se é noite ou se é dia.
(John Newt)
#projetoversografando#naflordapele#doceesther#arquivopoetico#novospoetas#sonhandoseusonho#projetoandares#projetoconhecencia#projetoalmaflorida#projetoalmagrafia#projetosonhantes#project runway#meus1
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um ensaio sobre amor próprio e afins
Eu estava na minha melhor fase, o que não queria dizer muita coisa quando se comparava com o resto, mas ainda sim, era alguma coisa. Bom, eu já conseguia me suportar, eu gostava de mim, na maior parte do tempo e se odiar já não estava em nenhum lugar dos sentimentos que eu tinha por mim mesma.
Fazer o mínimo por mim era uma grande coisa.
Eu que nunca me coloquei em qualquer lugar perto das prioridades. A gente faz o que pode e o que não pode, ignora e finge que nunca foi necessário. Eu estava na minha melhor fase quando deixei de precisar da opinião de terceiros apenas para ter um lampejo de amor por mim.
Amor próprio… tive que ir atrás do meu em algum lugar escondido nos infernos da minha mente. Algum purgatório escondido no terceiro plano em baixo da massa cinzenta, no lóbulo frontal, em um poço do sistema límbico, enterrado à sete palmos em um pântano esquecido por algum deus. Faz sentido dizer que eu o enterrei lá, na casa do caralho, na merda do meu cérebro. Eu entrei na minha melhor fase quando consegui sorrir pro espelho.
Parece tão pouco, quando se coloca assim, na palma da mão, quando se tenta racionalizar, quando se esquece do passado doloroso. Parece pouco mesmo, se afastar de tudo apenas para se aproximar de si. Bom, eu já olhei meu ossos como grades de uma prisão orgânica, e a mente como um carcereiro que não dorme nunca, eu me afastei de tudo apenas para olhar para mim por mais de alguns segundos sem sentir raiva.
Fazer o mínimo já é grande. O resto é o olhar dos outros que não importa, na realidade.
O olhar que dura alguns segundos e apenas enxerga a carne e esquece da fusão nuclear de sentimentos correndo por baixo da pele e explodindo em trilhões de partículas no cérebro, contaminando tudo. A imagem, no final da contas, importa. Viver sobre esses preceitos nos quebra, meu amor próprio foi atropelado, em uma rodovia, jogado no meio fio, quando eu não olhei para o que realmente importava.
Mas eu estou em minha melhor fase, meus ossos estão fortes. O que quer dizer muita coisa quando se compara com o resto, quando se olha para as lembranças, o passado serve de comparativo, mas eu não sou apenas meus machucados, nem meus traumas. Me sento na cama pela manhã, tomada por uma boa sensação, ainda que eu não sinta essa alegria o tempo todo, eu aproveito, toda vez que ela vem. Na minha melhor fase, eu cato os bons momentos como pedras preciosas jogadas na merda, dinheiro achado na sarjeta.
Em minha melhor fase, pensei em cuidar de mim, como um bebê que chega agora neste mundo, eu ainda não sei de tudo, minha visão é turva, meus sentidos aos poucos se aprimoram, eu seguro em minha própria mão para que eu não caia, em meus primeiros passos, meus futuros passos. Fazer o mínimo é gigante.
#amor próprio#autocuidado#se cuidar#selflove#textos feministas#feminismo#feminista#literatura feminista#texto feminista#mulheresqueescrevem#mulherespoetas#garotanicotina#carteldapoesia#projetoreconhecidos#ProjetoFalandoNoCéu#projetoconhecidos#projetoartelivre#projetoversografando#projetoalmaflorida#projetoflorejo#projetosonhantes#arte#literatura#literario#LITERATURABRASILEIRA#bohemios literarios#projetoadoteumapoesia#ProjetoCogitei#projetoconhecencia#projetocaligraficou
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A Joia do Paço
A parte mais importante de uma cidade mercante provavelmente é onde os mercadores passando se hospedam para passar a noite, já que sem hospedagem a maioria nem iria pensar em parar na cidade, quem dirá abrir loja.
A Cidade da Baía tem várias estalagens, embora só uma funcione o ano inteiro, a Joia do Paço. As outras abrem apenas nos meses quentes, quando turistas vêm de outras partes da ilha para nadar nas praias ao sudeste da cidade, antes do pântano.
A Joia, como é chamada pelos moradores, fica bem no centro da cidade, de frente com o paço municipal de onde ela tirou o nome. Como também é nessa praça onde acontece a feira local às quartas-feiras, o local é muito frequentado por pessoas que vem apenas pela feira, o que também traz histórias de toda a região, assim como suas demandas.
No salão há um quadro onde pessoas que moram longe da cidade postam seus pedidos de ajuda. A maioria são coisas como “Procura-se marceneiro”, mas não é incomum problemas com os goblinoides que descem da montanha serem postados também, além de problemas com aparições insistentes, lobos entrando em galinheiros e vez ou outra um aviso de bandidos.
Embora não sejam serviços glamourosos, todos têm pagamentos interessantes e alguns até oferecem coisas raras como recompensa, muitas vezes sem entender a importância, poder ou valor histórico do que é oferecido, alguns exemplos incluem:
Um jarro de barro com gravuras muito bonitas. Não abre;
Uma coleção de moedas dos antigos. Amaldiçoado, mas de ouro puro;
Um livro que não estragou após anos esquecido. Ninguém consegue ler;
Um bastão com um rubi na ponta. Solta fogo, mas ninguém consegue controlar;
Um cubo de metal com gravuras. Não sei pra que serve;
Uma estátua de madeira de uma divindade. Não sei qual divindade;
Com as duas localidades mais importantes para um aventureiro cobertas, amanhã iremos para algum lugar próximo da vila para vermos nossa primeira masmorra, antes de sairmos entrando e resolvendo os mistérios de uma cripta esquecida, vou falar um pouco sobre como a localidade se conecta ao mundo, como os jogadores podem ouvir falar de sua existência e o que podem descobrir sobre o lugar antes mesmo de ir lá.
Até lá!
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Aventura 45 - O Calabouço do Mago Louco
A campanha bélica expansionista dos Arcanos Vermelhos de Thay começa a afetar os Reinos Esquecidos. Multidões destituídas chegam em Waterdeep fugindo da guerra e da tirania dos magos vermelhos.
À pedido de Laeral Silverhand, Lorde de Waterdeep, Alysaaria, Glor e Zook tentam lidar com uma onda de refugiados que chega até o Distrito Voador. Em meio ao tumulto eles descobrem que Caolho, ressentido com a atitude do grupo na última aventura, havia partido sozinho em busca de seu pai que anos atrás havia sido visto entrando na famosa masmorra de Undermountain cuja entrada fica num poço profundo dentro da Taverna do Portal Bocejante.
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Preocupados com seu companheiro, o grupo parte imediatamente em seu encalço. À caminho da entrada da masmorra, Alysaaria que havia passado alguns dias pesquisando à respeito da história desse local, divide com o grupo o que ela havia descoberto.
Mais de 1000 anos atrás um mago chamado Halaster, construiu uma torre no território que um dia viria a ser Waterdeep. O mago e seus aprendizes resolveram expandir a torre e explorar suas profundezas e logo descobriram que a torre tinha sido erguida em cima de uma região onde a Trama da Magia parecia convergir de maneira inesperada. Halaster não sabia disso a princípio, mas o território onde ele havia construído sua torre costumava ser o centro de um poderoso reino élfico de outrora, o Reino de Illefarn.
Não se sabe porque, mas quando os elfos partiram dessa terra eles usaram uma poderosa magia para apagar qualquer indício de sua existência. Como um efeito colateral, acidentalmente foi criado um nó na Trama da Magia e Halaster construiu sua torre no epicentro desse nó.
Por séculos Halaster e seus aprendizes se aprofundaram nos subterrâneos e expandiram esses domínios, semeando esses calabouços misterioso com monstros, armadilhas e mistérios. Hoje essa masmorra labiríntica que parece não ter fim é evitada por todos, exceto os aventureiros mais ousados. Ninguém sabe direito o propósito desse mago louco - em Waterdeep isso é uma fonte constante de especulação e preocupação.
E foi lá que Caolho se dirigiu sozinho.
Descendo pelo buraco do poço da Taverna do Portal Bocejante em busca do bárbaro, os aventureiros se encontram numa masmorra fria e tenebrosa mas estranhamente silenciosa. Eles não tardam a descobrir uma masmorra dizimada. Corpos dilacerados de goblins e outros monstros estão espalhados pelos calabouços. O bárbaro provavelmente havia pulverizado tudo e todos em seu caminho.
Seguindo o rastro de sangue deixado por Caolho, o restante do grupo se depara com um portal. As manchas de sangue deixam claro que Caolho havia passado por ele. Depois de um susto onde o grupo se depara com uma ilusão poderosa do próprio mago louco, eles voltam sua atenção para o portal. Atravessando-o, os aventureiros são transportados para o 8° nível desse complexo de calabouços e são surpreendidos ao nesse andar se deparar com um verdadeiro pântano instalado nas profundezas do subterrâneo.
As cavernas cheias de lama dessa masmorra são cobertas de lama espessa, o calor e a umidade do pântano fazendo com que as paredes da caverna pinguem umidade. O calabouço é um verdadeiro ecossistema com todo tipo de vegetação, incluindo samambaias luminescentes que crescem no solo lamacento repleto de vaga-lumes e mosquitos.
Logo os aventureiros se deparam com um enorme esqueleto de dragão. Ao investigá-lo percebem que a região de um dos olhos de sua caveira está enegrecida e danificada. Como se seu olho tivesse sido arrancado violentamente e deixado para trás uma queimadura mágica profunda. Seria esse o dragão verde de olho amarelo que pai de Caolho caçava há anos?
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Diante desse dragão o grupo é surpreendido por um par de sapos gigantes. Glor e Alysaaria são engolidos pelos sapos mas Caolho aparece para ajudar seus companheiros e juntos eles conseguem libertar a elfa e o paladino e acabar com os monstros.
Caolho parece estar menos furioso com Alysaaria e Zook e juntos eles continuam a explorar esse misterioso pântano subterrâneo. Seus caminhos tortuosos levam até o cadáver de um aventureiro falecido e mais uma vez eles são atacados, dessa vez por monstros feitos de vinhas e plantas que quase sufocam Caolho se não fosse pela magia da fada Mirabel. Recuperando o fôlego por um momento, os aventureiros percebem que eles têm um longo caminho pela frente.
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A mulher no pântano (Parte 24)
Mesmo numa casa grande, imóvel de muitos quartos, salas e segredos, pertencente à varias outras gerações de Frantzers, Felícia e os filhos se sentiam sufocados com a estadia de Ronald, Lorna e suas bagagens. Na esperança de sair do abraço sufocante do irmão e seu comportamento autoritário e das invasões da irmã, a filha do meio do falecido Odin Frantzer se via a explorar os locais mais abandonados de sua própria casa. Felícia driblando as interações com os irmãos partia para encontrar seus filhos, alvos de grande desconfiança.
- Olá, minhas crias! - Felícia disse, adentrando numa pequena sala de leitura, quase escondida, onde seus filhos, largados nas poltronas, se distraiam da vida. - E aí, mãe... - Júlio, tentado esconder a insuportável fadiga, respondeu. - Sabia que é muito feio vocês ignorarem seus tios e seus primos! Seu tio Ronald pode tá precisando de alguma coisa! - Felícia respondeu, tirando o p�� da filha de cima da mesa de centro. - Então por que você tá aqui? - Jessie perguntou, colocando os pés de volta na mesa. - Porque eu já aturei eles por anos, então já deu minha cota! Mas vocês... - Felícia respondeu, desabando no sofá. - A gente já vai... - Júlio respondeu. - Só deixa eu descansar... - Ele sussurrou. - Do quê? De ficar se escondendo? - Felícia perguntou, um tanto curiosa. - Aliás... vocês precisam parar com essa mania, cês já não tem mais 9 anos! - Ah, mãe, vai começar o discurso? - Jessie suspirou. - Olha, em situações normais, eu estaria bem "foda-se", mas não é o caso! - Felícia respondeu. - Não gosto de vocês perambulando por aí com esses caras soltos! - Argh! - Júlio grunhiu. - E o senhorzinho onde tava essa manhã? Eu queria despistar seu primo Oscar e você nem tava aqui pra me ajudar! - Felícia comentou. - Eu tava justamente fugindo dele! - Júlio respondeu. - Ah, então quando for fugir me avisa! Pra eu ir junto nesse " lugar maravilhoso" que vocês dois ficam indo! - Felícia respondeu. - Ou eu sou velha demais e brega pra isso? - Ah, não fica assim! Talvez um dia a gente te leve... Se estivermos vivos! - Júlio respondeu. - Eu queria ir hoje! Mas acho que vocês estão muito ocupados... - Felícia retrucou. - Seu tio Ronald não vai dar paz pra gente enquanto o Júlio não se juntar ele! Então vai logo, garoto! - Mas porque essa fixação comigo? Tem mais vinte pessoas aqui! - Júlio respondeu. - isso aí! E também, aqui vai uma denúncia! Tem um monte de gente nessa bagaça que tá aproveitando que não é parte da família principal só pra não fazer nada! Esse povo do seu Louis são um bando de inútil! - Jessie revelou. - E os filhos da Gláucia tão escondendo comida! - Até que é, pra ficar mais inútil é só chamar papai! - Júlio respondeu. - Olha, garoto, você não jogue praga, não! - Felícia riu. - Agora vai lá ver o que seu tio quer! E Jessie, ajuda sua tia que ela tá querendo um treco, lá! Ajuda antes que ela comesse a encher o saco! - Argh! - Os dois irmãos grunhiram, deixando a tão adorada posição confortável para lidar com os problemas da casa. - E se for sumir, pelo menos me avisem que horas vocês voltam! - Felícia gritou, admirando os filhos saindo do cômodo.
* Vamos ver se eu consigo mais alguma coisa... *, Felícia pensou. _________
- A gente tem fazer alguma coisa! Se Freddy tenta invadir aquele lugar só com aqueles trecos alguma merda muito ruim pode acontecer! - Gregor, que junto a Selena era excluído das decisões do irmão, disse, tentando encontrar alguma solução. - Ah, mas que porra, você não pode peitar ele?! - Selena perguntou, tão indignada quanto preocupada. - Não! Claro que não... - Gregor respondeu. - Então eles estão fudidos se continuarem com essa merda! Pensa, esses contaminados estão escondidos no maior lugar daqui... Deve ter todo tipo de tralha lá, principalmente alguma arma surpresa... - Selena respondeu. - Esses brinquedos que vocês conseguiram não podem ajudar? - Nem sonhando! Freddy se recusa a me ouvir e duvido que ele aceitaria usar a arma do inimigo... Aliás, nem sabemos se temos poder suficiente pro que tem ali dentro... - Gregor respondeu, muito conhecedor dos genes do irmão. - Argh, a gente tem que fazer alguma coisa! Argh! Russel! Ele é o único que pode nos ajudar! - Você acha que aquela chave vai fazer o que? Acionar um pó mágico que vai resolver tudo aqui? - Selena perguntou. - Talvez! Mas até lá, a gente tem que salvar Freddy desse plano maluco dele! - Gregor respondeu. ___________
Na pequena oficina dos Brint, uma tenda fora da Casa Amarela, onde tinham liberdade e segurança para trabalhar, Sabrina, decidida a sempre se atualizar da rotina de planos que ela é Donibel projetavam, visitava a matriarca da família a procura de informações sobre progressos. Em meio a fios e cordas largados ao chão e partes desativadas de bombas a Frantzer, na tentativa de não tropeçar em algo, prosseguia.
- Bianca, essa malha aqui ficou perfeita! - Sabrina disse, acariciando os fios da gigante rede de cordas. - Obrigada, é muito bom saber que eu tô no caminho certo! Mas bem que isso não foi tão difícil assim! - Bianca respondeu, orgulhosa. - É claro que eu tive umas dificuldades em entrelaçar os explosivos aos fios das cordinhas... E Ulisses teve que improvisar com os acionadores... Mas não é nada que a gente não dê conta! Aliás, Agness e Gaia tem nos ajudado nisso! - Pois saiba que fizeram um bom trabalho! Qual é o tamanho dessa malha? - Sabrina perguntou. - Fizemos ela com quadrados de lado 1,20 metros... Dá quase pra cercar o perímetro da Casa amarela com o que a gente fez! - Bianca respondeu. - Sério? Como isso?! - Sabrina perguntou abismada. - Digamos que nós não estamos fazendo nada além disso, hahaha! Nós acordamos, comemos e basicamente ficamos tecendo o dia todo! E quando não tô com sono e teço à noite também! - Bianca respondeu. - Isso é bom, mas não seja tola de ignorar seus limites! Precisamos de você boa e forte para tecer mais amanhã, hahaha! - Sabrina respondeu. - Eu sei, Ulisses sempre me lembra disso... - Bianca respondeu. - Ok, eu vou dar mais uma volta aqui... - Sabrina disse, se despedindo. - Vai continuando aí! Mal posso esperar pra ver essa coisa funcionar! Vai ser um estouro! ____________
- Eu quero que vocês se afastem daqui e vão fazer a ronda pelas fronteiras do acampamento! - Freddy ordenou à Wagner e o grupo dos não- protegidos. - Mas, Freddy, a gente tem essas belezinhas aqui! Graças ao Gregor nós conseguimos mais poder pra nosso grupo! Só precisamos de um licença pra invadir aquele lugar e meter a moral! - Wagner respondeu. - Não ligo pro que Gregor disse e fez! Ele é um desmiolado que não sabe seguir ordens e vocês são uns trouxas de ouvir o que ele fala! Não estamos numa simples caça pra esse tipo de coisa ser aceita! Alguém realmente pode morrer por erro desse! Um espirro desses caras pode matar vocês! - Freddy respondeu. - Agora usem essas "belezinhas" pra proteger esse lugar! Não precisamos de mais companhia! - Tudo bem... Mas e Gregor e Selena? - Wagner perguntou. - Vou dar um jeito naqueles dois... - Freddy respondeu. __________
- Rapazes, eu tenho que dizer que esta experiência é uma das mais fantásticas da minha vida e... é uma honra dividi-la com vocês... - Russel, que pouco continha sua emoção diante da descoberta do trio, anunciou. - Isso... Isso é realmente legal... - Cristian, também abismado, respondeu.
Da cabine de observação, Russel, Cristian e Miguel admiravam, abismados e curiosos, a máquina de guerra subir à superfície e de seu esplendor, impor moral a situação. Como cães rodeando um pedaço suculento de carne, os três subitamente se colocaram a analisá-la, imaginando bilhares de possibilidades para aquela estranha coisa.
- Isso parece ser tipo uma metralhadora... - Cristian disse. - Uma versão mini daquelas de guerra... - Tô ligado... Olha tudo isso, essa blindagem, esse banco, o tamanho dessa coisa... É tudo bem reduzido... - Russel respondeu. - Mas caralho, isso ainda é muito foda! - Como esses imbecis não pensaram em usar essa porra antes? - Miguel perguntou. - Eles devem até ter esquecido que existia... Tá ligado que foi um parto só pra encontrar a chave que liga isso, né? - Russel respondeu. - Mas então, que porra a gente tá esperando? Vamos entrar nela! Quero ver esses caras terem como vencer a gente agora! - Eu quero ir! - Miguel disse. - Não! - Cristian respondeu. - Mas como essa caceta funciona? - Russel se perguntou, observando a máquina elevada sobre o solo. - Só tem um jeito de saber... Tenta você aí! - Cristian respondeu. - É bom alguém ficar o chão pra te ajudar a controlar...
Preocupado, mas ainda ansioso, Russel escalou a máquina, adquirindo uma bela vista de seu painel de controle, uma multidão de botões e alavancas que guiavam a metralhadora, e o alcance da arma, que abrangia quase todo o equipamento, inclusive o ponto de refúgio do inimigo. Sentando no banco desconfortável, de onde se ficava para se ter acesso aos controles, o Frantzer ganhava noção das possibilidades da arma e fuxicando nos comando do painel, simulava seus próximos passos.
- Acho que vou precisar da ajuda de vocês... - Russel disse, mexendo nas alavancas. - Tive uma ideia... ____________
Em meio a um rápido e glamouroso café da manhã, cortesia do Grande líder aos maiores de seus seguidores, os Soldados de branco aproveitavam a situação para tentar ao máximo ganhar a atenção do superior, se infiltrar nos planos alheios e principalmente, trocar farpas entre si.
- Ué, Sete, não vai comer o bolo? - Dez, que tinha perdido sua posição de Nove, perguntou. - Tá fazendo desfeita? - Não, Nove, quer dizer, Dez, eu não vou... Desde que experimentei o novo Soro da minha equipe, um sucesso afinal, tudo que eu como tem gosto de metal... - Sete respondeu. - Senhor, eu sinto muito pelo atraso! - Seis, se juntando à todos, disse, agitado. - Nossa, alguém tem belas noções de compromisso! - Dez comentou. - Desculpa se eu estava trabalhando! - Seis respondeu. - Eu não gosto de seus atrasos, Seis... mas sei que você também não gosta! Então... tem uma ótima razão para isso... - O líder disse. - Sim, claro! Minha equipe e eu conseguimos aumentar o vosso abrigo em mais 10 metros de profundidade! Na rocha pura! - Seis respondeu, animado. - Pode parecer pouco, mas se contarmos com as expansões, vai ter espaço para todos! Nós estaremos bem seguros quando o Golpe de misericórdia estiver em ação! - Que interessante, Seis... Isso é quase digno de uma promoção! Alguém tem mais a compartilhar? - O líder perguntou. __________
- Não tem um jeito de parar esse seu irmão, hein? Se a gente trancasse ele... - Selena comentou. - Ei, ei... Hã... Isso não é uma má ideia! - Gregor respondeu, iluminado. - Vamos trancar eles na cabana! Se eles não puderem sair, não podem fazer merda! - Eu tava brincando! Como a gente faria isso?! E nem resolveria as coisas! Ainda tem umas dezenas de caras escondidos ali! - Selena respondeu, um tanto descrente. - Mas esse é o problema! Eles estão escondidos! Se desse pra gente tirar eles dali e os expor, facilmente poderíamos enfrenta-los! - Gregor disse, animado. - Daria pra Freddy e até o nosso grupo fazerem algo! - Hum, tá, até que pode dar em algo... - Selena respondeu. - Hã... E eu até que tenho uma idéia de como tirar eles dali... - Ela revelou. - Posso ver essa sua arma? - Sim, claro, enquanto vai pensando, eu vou ver o que dá pra fazer! - Gregor respondeu, entregando a nova arma à Selena. - Eu acho que dá pra tirar a munição disso aqui pra fazer uma baguncinha... - Selena disse. - Você pode tentar pegar alguma coisa de ferro da armação das tendas!
Sutilmente Gregor e Selena colocavam o plano em prática. Em míseros minutos, num ato minucioso, bem pensando e bem executado, a estranha, depois de misturar resquícios da munição da arma e alguns componentes ao redor, como borrachas, baterias e óleos, tinha ajuda do Frantzer para colocar a substância na saída de ar do refúgio inimigo e o Frantzer tinha a ajuda da estranha para torcer discretamente, uma barra de ferro na porta da cabana de seus aliados. Aos poucos, após Freddy notar o bloqueio da porta e a substância de Selena pegar fogo, via- se novamente um caos se formar naquele cenário.
- Senhor, tem um tipo de fumaça se formando aqui! - Um contaminado revelou, admirando um cheiro estranho e agonizante pairar o ar do refúgio. - Não dá pra apagar e ela tá começando a se espalhar! - Merda! Não vamos recuar! Preparem as armas e os Esteróides de guerra! - O superior respondeu, notando que suas barreiras eram ameaçadas.
E do outro lado.
- Gregor, o que está acontecendo aí?! Por que essa porra de porta não abre?! - Freddy perguntava, enquanto ele e mais alguns pressionavam a porta para fora. - Gregor! Gregor, abra essa porta agora!
E do lado de fora.
- Selena, como bolou aquela coisa? - Gregor perguntou, curioso com a sagacidade da mulher. - Digamos que é uma receita de família! - Selena respondeu. - Agora é só esperar a merda acontecer. ___________
De círculos em círculos, o grupo dos não- protegidos, mesmo que indignados e até preocupados, cumpriam a sua função. Perdidos na monotonia, procuravam o que poderia ser aproveitado para aliviar a tensão de seus seres e nisso, na plena calmaria, detalhes, antes imperceptíveis e até irritantes, eram notados pelos integrantes e podiam dar novas opções ao leque do que se tinha a fazer.
- Esse aqui é o oitavo! - Wagner disse esporadicamente, enquanto checava a arma. - Como assim? - Lenneu perguntou, analisando o que seria um croqui de um mapa dos arredores. - É o oitavo desse breguete que eu vi aqui! - Wagner respondeu. - Sério? Tem certeza? - Lenneu perguntou, interessado na curiosidade. - Sim! Enquanto a gente tava dando voltas no perímetro, eu vi e fiquei contando esses trecos! Essas "torrezinhas" estão por todos os lugares! - Wagner respondeu ao primo. - Hum, legal... Será que são armas? Postes de comunicação? Pra ter tantas assim... - Lenneu comentou, sentindo que algo de interessante estaria a ser descoberto. - Bem eu não sei... Só notei que elas estão nas bordas do acampamento! Acho que são armas! - Wagner respondeu. - Acho que vale a pena investigar! Se Freddy quer isso aqui seguro, então... - Lenneu anunciou, chamando e reunindo o restante de seu grupo, ocupado em outras vistorias. _________
De pouco e pouco, a medida que Freddy e seu grupo venciam os impedimentos da porta e o contaminados se viam numa situação insustentável, o encontro se formava.
- Senhor... * cof, cof*... não dá mais cof, cof... temos que sair daqui ou vamos morrer pra essa fumaça! - O contaminado suplicou, observando que seus companheiros já não aguentavam mais. - Merda! Atenção, vamos sair! - O superior disse. - Armas!
E mais uma vez do outro lado.
- Freddy, estamos quase conseguindo! - Flinn disse, empurrando a porta. - 1, 2 e 3, vai! - Freddy gritou, liderando o grupo até a liberdade ao quebrar a porta. - Aí vai! - Gregor anunciou, notando que os dois grupos estavam fora. - Freddy, cuidado!
De repente, como dois estranhos em máxima hostilidade, que em míseros milésimos de segundo se encaravam, interpretado a situação, os moradores do pântano e os invasores do pântanos se colocaram num confronto e como antes, as barricadas eram as únicas defesas dos grupos.
- Você. É. Um. Irresponsável! - Freddy, atordoado, disse à Gregor, se abrigando atrás da barricada junto a seus aliados. O irmão mais velho sabia o que tinha de fazer, mas antes precisava esclarecer outros assuntos. - Eu vou matar você quando a gente chegar em casa! - Freddy, vamos focar aqui?! - Selena perguntou, se encolhendo para se proteger. - Ah, cala boca que você é uma maluca! - Freddy respondeu. - Então... é agora ou nunca! - Gregor, o único equipado com arma de fogo, anunciou aos amigos, indicando que partiria para uma estratégia mais agressiva. - Que essa arma aqui me salve!
* Tatatatatatatatatatatatatata* um som alto soou na direção do caótico aglomerado, silenciando todos ali diante da imponência de seu poder destrutivo, capaz de varrer qualquer coisa em seu caminho.
- Eita, isso não foi eu! - Gregor disse, notando projéteis de munição diferenciada espalhados ao chão. - Eae, rapaziada! - Russel, do outro lado do campo de batalha, se anunciou, portando um megafone numa mão e os controles de uma letal arma de guerra, em outra.
Diante do surgimento do Frantzer, os dois grupos rivais eram chacoalhados por sua imponência. Antes largado no outro lado do grande foco da briga, agora Russel se via como grande ponto de atenção e ele gostava da sensação.
- Mas que porra! - O contaminado superior disse, notando que a brigava tomava um rumo inesperado. - Quem deixou esse porra conseguir a metralhadora?! - Seguinte, companheiros! - Russel disse, interrompendo qualquer reação do grupo inimigo. - Eu tô aqui, com uma mega blaster porra de uma metralhadora! - Ele pausou, acariciando a arma e mudando a mirando do chão para a direção do verdadeiro alvo. - E eu, por mais que adoraria metralhar cada um de vocês pelo que tão fazendo na minha casa... Não sou burro de desperdiçar munição dessa garota aqui! Então... Se eu fosse vocês... com essas arminhas de plástico e essas caras de bunda, faria o favor de se entregar! - Russel continuou, apontando a arma para o grupo de invasões. - Meu irmão aí, o Freddy, ele adoraria fazer prisioneiros! E como ele tem esse tal instinto paterno, ele iria cuidar de vocês! Talvez! Então... - Ah, vai se fuder! Vamos! Que nossa morte seja por nossas mãos!!!! - O contaminado superior respondeu, levando consigo a maior de seu grupo a segui-lo na direção de Russel e na direção do grupo de Freddy.
* Tatatatatatatatatatatatatata*,a arma fez, levando mais da metade do grupo inimigo à derrota.
- Huh, nossa! - Russel suspirou, admirando o rastro de destruição que tinha deixado. - Ei, parabéns pra vocês! Pelo jeito são os mais inteligentes do grupo! - O Frantzer comentou, logo após notar a minúscula parte do grupo que optou por não brigar. - Agora façam o favor de largar suas arminhas! E por favor... se entreguem! - Bom trabalho, Russel! - Gregor gritou, animado. - Eu sempre faço um bom trabalho meu caro Gregor! - Russel respondeu, admirando seu grandioso feito.
Aos poucos, sob mira da grande arma, os poucos contaminados eram levados a sua condição de meros prisioneiros. O grupo de vencedores, revistando e zelando suas novas posses, se esforçava ao máximo para cumprir sua mais nova função, de carcereiros, tendendo ora a uma grande euforia diante da vitória, ora a uma seriedade diante da importante tarefa de conter uma fonte de perigo. Freddy, supervisonando a disposição dos prisioneiros, ficava satisfeito da mais nova conquista de seu grupo e permitia a si mesmo ser levado, mesmo que brevemente, de um sentimento muito oposto, uma coisa sombria que florescia em sua mente, consequência de uma inquietante atitude do irmão mais novo.
- O que é isso aqui? - Flinn perguntou ao revistar um contaminado e puxar do traje dele um cordão de prata. - É um colar... Presente que a minha mãe me deu antes de morrer... de Putrefação... - O contaminado respondeu, sério porém preocupado. - Tá, pode ficar... - Flinn respondeu, depois de notar uma foto de uma mulher e um menino felizes dentro do que parecia ser uma concha acoplada à jóia.
Aos poucos o tempo passava e o grupo dos não-protegidos se juntava a aglomeração trazendo novidades.
- Ei gente, a gente descobriu uma coisa muito foda aqui! - Wagner revelou, energético da descoberta. - Não é tão foda quanto o que vocês fizeram! Mas ainda é foda! - Lenneu complementou.
Com a união de pequenas, malucas e desesperadas ações e reações, o desafio se cumpria. Os prisioneiros, um pouco mais que uma dúzia, eram guardados numa das cabanas do acampamento, melhor preparada para abrigar os novos usuários. Selena, cansada, mas satisfeita, finalmente tinha acesso a algo parecido com um laboratório e dele levava, mesmo que fosse nas mãos de outros, alguns equipamentos que julgava necessários para experimentos. O grupo dos não- protegidos tinha feitos próprios, fora da órbita dos de seus semelhantes e se orgulhava disso. O acampamento estava conquistado e protegido e suas terras pertenciam novamente aos Frantzers. Quando a tarde chegou e os primeiros sinais da escuridão davam presença, nenhum Frantzer estava mais nas terras reconquistadas. De pouco em pouco, garantindo a vitória de seu lado, os guerreiros da Casa amarela voltavam para casa.
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Vampiros - Setembro de 2017
“Quando a realidade me matou, eu cai deitada no chão e comecei a enxergar o óbvio: que a lua era linda, o mistério doloroso, e eu imensamente solitária.
Eu vou morrer.
Essa é a única certeza que movimenta águas.
No meio de tantas incertezas, fiz de uma estrela minha. Sua luz era o que me restava.
Ela some e volta, junto com as sombras dos meus sorrisos corridos.
Eu gritei por distração, e foi por proclamar o que eu via, que acabei perdendo a voz.
É essa ambição pelas causas perdidas nas quais reviram minha cabeça e se metem nos
Meus sonhos. Eu acordo histérica, como uma personagem no meio de vampiros.
Enquanto não tenho direção, progride o mais desinteressante de mim.
O coração embranquece, os pulmões se intoxicam, as relações são cortadas e os olhos incham.
Tudo cheira a perfumaria industrial. Aquilo que te fazia feliz te lembra pessoas que te partiram o coração
Vampiros existem. Sei porque os vi.
Eles sugaram todo o meu clamor de expressão, que é o meu próprio sangue.
A minha vida nesse exato momento pinga no chão da blasfêmia do mundo.
Logo eu, que era a maior equilibrista do meu autocontrole, encontro-me esparramada
em um chão planíssimo, caída pelo peso da decepção.
A solidão é como vinho, quanto mais se bebe, mais doce fica. Chega ser a única doçura
da vida. E a dependência.
Seria esperança de passar? Medo? Pena dos familiares e amigos?
O desabafo de um grito evitado, a verdade esfregada na cara, o insucesso de expectativas.
Palavras tão simples e chulas vindas de um ser humano tão complexo e comum.
Qual o remédio para esse paradoxo? Qual a morfina para esse raio preso?
Estou respirando pelo mesmo motivo que existem borboletas em um pântano.
Estou amando pelo mesmo motivo que existe esperança no mundo.
O universo vive. Tudo continua na mesma proporção.
Os vivos vivem, os mortos são esquecidos.
E os perfumes são decorados por loucos que acreditam que alma tem essência.
E eu sou eu.
Aos poucos o passar dos segundos tornam-se vidros nos pés, e os labirintos tornam-se diários.
Lágrimas duram dias, o vazio é preenchido com outras coisas, a lembrança será esquecida. Nada tem muito sentido, a única atitude a ser tomada é viver com isso, e buscar momentos onde possamos nos sentir no mundo dos nossos sonhos.
Quando o extremo chegar, eu não gostaria de estar na minha pele. Não pelo hoje, mas pela criança que já fui.”
Ana Rodrigues
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O Caminho Para a Costa
Os caminhos que trilhei, as pegadas que eu deixei, não há nada melhor do que o destino que escolhi. Corri por Planícies, e em cavernas explorei, com o meu eco no vale eu falei. Frio e calor, o seco e o úmido, em todas às vezes você me sustentou. Andando no caminho do fogo pude perceber que você ainda estaria lá. E quando não pude mais andar você me carregou. No deserto aprendi há não duvidar do seu amor, dos pântanos do meu ser o senhor me resgatou. A chuva parou, eu vi a costa.
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Não lembro mais do cais, do ponto de partida da minha jornada, indo de porto em porto, chegando e saindo, partida e chegada. O tempo se perdeu e eu não lembro qual dia é hoje, pode ser qualquer um, e em qualquer ano. Com todas as minhas forças gritei ao oceano, não há nada além do canto dos gigantes. A calmaria do mar escondia naufrágios há muito tempo esquecidos, o vento meu companheiro de jornada, me trairia constantemente. No caminho pelas águas pude perceber você ainda estaria lá. Tempestades me assustaram, as ondas bateram na borda do meu barco, até me lembrar de que o medo é mais uma mentira, você acalma as tempestades da minha alma, aqui e agora. A chuva parou, eu vi a costa.
obs; andando em um deserto ou navegando pela águas de um mar agitado, porém, sempre saiba que ele está lá com você.
#todos nós estamos em uma jornada #pelo mar ou pela terra #Deus esta aqui. #jornada #dificuldades #deserto
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MANUTENÇÃO DE LAGOS ORNAMENTAIS
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Introdução A manutenção de lagos ornamentais e outros, em primeiro lugar, exige um entendimento sobre os principais aspectos dos mesmos. Nossa civilização, desde os babilônios e fenícios, sempre usou o elemento água com fins paisagísticos, ritualísticos e terapêuticos. Surpreendentemente com o crescimento dos centros habitacionais o espaço para a natureza foi cada vez mais esquecido. Esse esquecimento, a propósito, tem sido corrigido com a inclusão de água em praticamente todo novo projeto paisagístico. Dessa forma, cada vez mais empresas e pessoas físicas buscam incorporar em seus projetos um lago ornamental. Da mesma forma espelhos d´água com ou sem vida, piscinas naturais e outros elementos com água são usados. Feita essa breve introdução para entender a manutenção precisamos repassar pontos verdadeiramente importantes.
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A construção dos lagos artificiais Uma ampla variedade de materiais e acabamentos pode ser empregada para a construção de lagos ornamentais e outros. Embora a alvenaria ainda sejam utilizados, as lonas de borracha sintética ou PVC, ganharam espaço no setor de construção de lagos. Sua maleabilidade permite a construção de lagos em qualquer perfil com aspecto verdadeiramente natural. Sua instalação praticamente define a conclusão da construção estrutural diminuindo muito o tempo de entrega do projeto.
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Parâmetros básicos para o projeto de um lago A primeira variável, embora óbvia, que tem que ser definida é a finalidade do seu tanque: ornamentalpescapiscina naturalespelho d´água sem vida aquáticaespelho d´água com vida aquáticareservatório Cada um desses elementos tem uma profundidade ideal, embora não sejam regras rígidas, seguem algumas medidas (coluna d´água): ornamental - 0,60 a 0,80 metrospesca - 1,5 a 3 metrospiscina natural - escalonada de 1 a 2 metros (para crianças e adultos)espelho d´água sem vida aquática - 0,05 a 0,015 metrosespelho d´água com vida aquática - 0,15 a 0,20 metrosreservatório - 3 a 5 metros Essa definição é importante a fim de projetarmos o sistema de filtragem ideal para facilitar a manutenção de lagos. As dimensões de largura e comprimento dependem do espaço disponível e embora possam ser minimas a coerência para a utilização final do tanque tem que ser preservada. Por exemplo, um lago de pesca de 1,5 m x 1,5 m não ira proporcionar o desafio, espaço e consequentemente o lazer desejado. Um lago ornamental com 2 metros de profundidade não permitirá a exposição das carpas coloridas que tenderão a fincar no fundo. Em espelhos d´água ou lagos ornamentais cujo acabamento seja algum tipo de revestimento cerâmico pode ser previsto um desnível de 1,5% a 3% do fundo do lago em direção a uma saída de esgoto. Como os revestimentos sem o uso do cloro tendem a acumular limo ou algas o esgotamento da água ou diminuição de seu nível pode ser um fator de facilitação da manutenção. Quanto ao acabamento do tanque, pode-se optar por cimento rústico, ladrilhos, azulejos, pastilhas, rochas ou ainda outros acabamentos de acordo com o gosto e integração do paisagismo geral. A fim de evitar a perda de peixes por salto ou pesca de gatos e cães, as bordas do tanque devem ficar a entre 20 e 30 cm acima da linha d água. O sistema de filtragem e circulação O sistema de filtragem e circulação é o coração e o segredo para um lago saudável de acordo com sua necessidade. Não podemos pensar em manutenção de lagos sem a avaliação e introdução correta de sistemas de filtragem e circulação adequados. A principio pensemos no sistema de circulação. O básico para todos os tipos de tanque é que a captação da água a ser filtrada seja feita no ponto mais distante do retorno da água limpa do filtro. Essa medida simples evita que se crie uma zona de filtragem e uma circulação viciada em apenas parte do lago, forçando a movimentação de toda a água do mesmo. Assim sendo, independentemente se o lago por oval, redondo ou irregular iremos buscar primeiramente o maior eixo de comprimento possível. Em uma extremidade imaginaremos a captação da água e na extremidade oposta sua devolução devidamente filtrada. Se o tanque for muito irregular ou arrendondado podemos dividir o retorno da água em 3 ou 4 saídas de tal forma que as mesmas cubram a maior parte da extremidade de retorno irregular. Imaginemos sempre que o retorno deverá "empurrar" toda a extremidade de onde saí para a extremidade de captação. Com o sistema de circulação pensado juntamente com o tamanho do lago podemos, agora, estimar o sistema de filtragem.
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Os tanques e lagos, normalmente, se encontram expostos ao tempo ao sol de forma direta sendo submetidos a variações extremadas nas condições físico-químicas da água. As chuvas, em especial, aquelas que caem nas regiões próximas a grandes metrópoles, e em outras zonas, com altos níveis de poluição atmosférica, alteram, muitas vezes, drasticamente as características da água, provocando um rebaixamento dos níveis do pH e uma proliferação excessiva de algas microscópicas. Esta proliferação descontrolada causa o "embaçamento" da água e/ou a água verde que prejudica a visualização dos peixes e acaba com o efeito estético do lago. A chuva também provoca o assentamento das eventuais partículas de poeira em suspensão no ar que acabam se acumulando no fundo lago. Se o lago estiver instalado em uma área arborizada, gramada e sujeita a ventos o acumulo de galhos, folhas e até da grama aparada podem ocorrer também, prejudicando a qualidade geral da água. Esse material orgânico externo e os desejos dos peixes são submetidos a uma degradação bacteriana, que concorre para piorar a qualidade da água através de: diminuição das taxas de oxigênio dissolvido na águaaumento dos níveis de CO2,aumento dos níves de amônia (NH3OH)redução da transparência da águaacumulo de sedimentos lodosos no fundo do tanquefornecimento energético para as micro algas (água verde) Podemos dividir os sistemas de filtragem em 3 pontos importantes: potência das bombasfiltragem mecânica-biológicafiltragem UV ou por ozônio As bombas de água Quando pensamos em bombas para nossos tanques devemos pensar em ter a quantidade de água total do lago passando pelo sistema de filtragem e circulação pelo menos 3 a 5 vezes ao dia. Dessa forma, um lago com 10.000 litros de água deve ter bombas individuais ou que somadas circulem 30.000 a 50.000 litros ao dia. Uma bomba de 5.000 litros/hora, por exemplo, circulará algo como 30.000 a 40.000 litros dia. A água é um líquido viscoso e pesado, sendo necessária muita energia para elevá-la mesmo que, a pequenas alturas. E devido ao atrito com as paredes do encanamento, existe uma grande perda de vazão quando a bombeamos a alturas acima de um metro. Dessa forma devemos manter o sistema de filtragem o mais próximo possível do tanque e mais ao nível da coluna de água do mesmo possível. Indicamos o uso das bombas submersas modernas por serem muito econômicas em relação às similares de instalação externa. Por exemplo, existe um modelo com uma vazão inicial máxima (sem carga), equivalente a 11.000 litros/hora, com um consumo de apenas 137 watts. Compare com qualquer marca de bomba convencional e verifique a diferença. O torque é a força de giro da bomba, portanto, sua capacidade de elevar a água a uma altura considerável (coluna de água), vencendo a força de atração da gravidade (peso). A vazão é a quantidade de água bombeada em uma unidade de tempo, geralmente litros (L/H) ou galões por hora (GPH). Para converter galões em litros basta multiplicar a vazão por 3,785 (no caso da tabela apresentar a vazão em galões americanos) ou por 4,546 (galão inglês ou imperial). Devido às condições em que devem trabalhar essas bombas, costumam ser usadas com um pré-filtro ou proteção para evitar a sucção acidental de folhas, pedras, ramos ou quaisquer outros objetos que possam danificar suas partes móveis. A filtragem mecânica-biológica A dica principal para a filtragem mecânica-biológica é a seguinte: Se seu tanque tem vida não pode ser adicionado cloro então, NUNCA, DE FORMA ALGUMA, utilize filtros de piscina com areia. As bactérias irão se proliferar na areia, o que é bom, mas criarão um lodo impermeável que rapidamente forçara a água a passar pelas paredes do filtro e não pela areia filtrante. Isso causa uma pressurização do filtro desnecessária, força a bomba e não filtra a água que passa a circular sem passar por nenhum filtro mecânico (no caso seria a areia). Isso posto vamos tentar classificar alguns tipos de filtragem: filtros pressurizados: próprios para lagos e tanques com vida (sem uso de cloro) tem espumas de várias espessuras em seu interior que filtram a água e permitem uma manutenção periódica facilitada. Lagos de até 20.000 litrosfiltros de grande volume: filtros prontos com cerca de 3m x 2m para lagos a partir de 50.000 litrosmini estações de tratamento de água: para lagos com mais de 50.000 litros ou sem espaço para a instalação do filtro anterioraeração: para lagos de pescazona palustre: filtro de plantas para piscina natural trabalhando em conjunto com uma das opções anteriores. A função principal do filtro mecânico-biológico é filtrar os sedimentos em suspensão da água do tanque e proporcionar ambiente para a proliferação das bactérias denifricantes responsáveis pela quebra da amônia. Costumo trabalhar com 1,5 o volume dos tanques em capacidade de filtros, ou seja, um lago com 10.000 litros terá sistema de filtragem estimado de 15.000 litros. A filtragem UV e/ou ozônio A filtragem mecânica e biológica não consegue eliminar micro organismos como bactérias (algumas nocivas) e esporos de algas. O foco principal são os esporos das micro algas que ao se proliferarem sem controle deixam a água verde, mal cheirosa, com aspecto de um pântano e não de um lago ornamental. A lata proliferação em lagos de pesca causam a diminuição do oxigênio dissolvido e podem causar a morte dos peixes, sem contar o aspecto de água parada que o mesmo fica. Existem dois recursos infalíveis para o controle e eliminação das algas: Filtro UV: Deve ser instalado após o filtro mecânico para receber a água mais livre de impurezas sólidas possível. A Oficina do Peixe, independentemente da indicação do fabricante, utiliza 36w para cada 5.000 litros de vazão hora nominal da bomba. Esse cálculo foi desenvolvido através de 15 anos de experiência instalando e cuidando de lagos ornamentais. Mais importante do que a especificação do fabricante do filtro UV é o panorama geral em que o mesmo será inserido. A primeira variável importante é a circulação e a potência da bomba responsáveis, primeiramente, pela limpeza geral do tanque. O filtro UV opera "queimando" tudo que passa por ele e se a água passar muito rápida pelo mesmo não dará tempo para o mesmo agir. Dessa forma se temos uma bomba de 10.000 litros/hora em um lago de 5.000 litros a indicação seria uma UV de 24 ou no máximo 36 w pelo tamanho do lago. Mas pela potência da bomba e a regra de ouro da Oficina do Peixe já pensamos em 72 W de UV. Utilizamos um filtro UV de 55 w com cilindro espelhado internamente que atinge facilmente o efeito desejado. Um erro muito comum é colocar o filtro UV com uma pequena bomba fora do circuito do filtro principal o que não traz bons resultados pois o mesmo recebe toda a carga de resíduos físicos da água que rapidamente encapsulam o cristal interno, impedindo a ação da luz \UV. Filtro de ozônio De modo geral, o ozônio começou a ser utilizado para desinfecção de água em 1886 e em 1891, ou seja, deste o século XVIII, e seu uso foi muito difundido de lá para cá. A primeira instalação industrial de ozônio foi em 1893, em Oudshoorm, na Holanda, para desinfecção na estação de tratamento de água de abastecimento da cidade. Com o passar dos anos, o número de estações de tratamento de água utilizando o ozônio aumentou. Em 1914, haviam pelo menos 49 estações na Europa que utilizavam ozônio como desinfetante. Em 1936, esse número cresceu para 100 na França e 140 ao redor do mundo. Mas seu uso não se resume somente ao tratamento de água, outras áreas também têm interesse no seu uso. Todo o processo de tratamento de água destina-se a um único objetivo, retirar da água qualquer tipo de contaminação, evitando assim a transmissão de doenças. Para que isso ocorra, são adicionados à água que bebemos produtos capazes de diminuir esses contaminantes. Esses produtos são utilizados em estações de tratamento, piscinas e tanques. Um desses produtos, o ozônio, é utilizado devido a sua ação oxidante no tratamento da água, pois sua ação é mais rápida. No entanto, devido ao seu baixo custo em relação ao ozônio o cloro é muito mais utilizado. Infelizmente o cloro tem uma ação prejudicial aos peixes e plantas. Dessa forma não é possível utilizá-lo em tanques com vida aquática para o controle de algas. O ozônio sim, pode ser utilizado, com ótimos resultados. Porque utilizar o ozônio? Mas, em 1975, descobriu-se que os compostos organoclorados (subprodutos das reações do cloro com matéria orgânica) são cancerígenos. Consequentemente, o cloro começou a ter sua aplicação cada vez mais limitada. Isso se deve ao fato de que os organoclorados possuem alto potencial de formação de trihalometanos (THM). Inicialmente produzidos, geralmente, na fase de pré-oxidação da água bruta com cloro. De fato isso ocorre antes do processo físico-químico de tratamento de água. Essa descoberta fez com que o ozônio ressurgisse como uma das principais alternativas na substituição do cloro. Isso resultou na retomada do desenvolvimento das aplicações de ozônio e principalmente dos sistemas de geração de ozônio. Um estudo publicado em 2001 por Velano e colaboradores mostra a diferença do ozônio dos demais agentes desinfetantes. De fato a diferença é a maneira como ocorre a destruição dos micro-organismos. Ele é capaz de romper a parede celular de bactérias e fungos, inativando esses microrganismos e impedindo que possam causar danos à saúde. Sendo que o cloro, por exemplo, atua por difusão através da parede celular. Depois atua no interior da célula em elementos como enzimas, proteínas, DNA e RNA. Além disso, deixa resíduos prejudiciais aos organismos que ingerirem a água. Aplicações do Ozônio Sua aplicabilidade ocorre em diversos segmentos do tratamento de água e em centrais de abastecimento hídrico das cidades, como: Consumo de água em residência e na aquicultura (criação de peixes),Processos de branqueamento;Água mineral (enxague de desinfecção de reatores, tanques, garrafas);Tratamento de lixívia, chorume; efluente de indústria têxtil;Processos de síntese;Branqueamento de matérias primas e produtos, oxidação de gases;Desinfecção de água fresca água de processo e água de resfriamento;Desinfecção, descoloração, desodorização e desintoxicação de efluentes e melhoria da biodegradabilidade;Purificar a água usada na indústria farmacêutica;Dentre outros.
O ozônio causa danos à saúde? A pergunta que fazemos é: “Como o ozônio presente na troposfera e no ar de ambientes internos causa danos à saúde, por que ele é utilizado como desinfetante na água, alimentos e objetos?” Isso se deve ao fato de que o ozônio decompõe-se rapidamente na água. De fato ao romper a parede celular de um fungo ou bactéria, ele irá originar oxigênio . Embora possa gerar outra substância, dependendo da matéria que ele interagiu antes da reação começar. Por isso, ele não gera nenhum produto que possa causar dano à saúde quando utilizado para esses propósitos. Ozônio facilitando a manutenção de lagos Para lagos de grande volume a utilização da filtragem UV fica, operacional e economicamente, inviável e dai utilizamos o ozônio. Embora continuaremos a usar filtros UV na saída da água com ozônio para "polir" a mesma dando o aspecto de cristal tão desejado. Como explicado anteriormente o ozônio, devido a sua ação oxidante, pode ser usado no tratamento da água de lagos com vida. Sobretudo porque consegue desinfectar em menos tempo de contato com os agentes infectantes e mais rápido do que a ação de outros desinfetantes (no caso de tanques com peixe não existem outros desinfetantes). O ozônio também oxida micropoluentes orgânicos, sobretudo aqueles que causam sabor e odor, eliminando o cheiro característico de lagos com peixes e plantas. Como funciona o tratamento de água com ozonizador? O equipamento capta o ar do ambiente, transporta até o reservatório de água e através da reação química transforma o oxigênio em ozônio. O gás, por sua vez, tem alto poder germicida e oxidante e ampliamos essa produção com o uso de oxigenador medicinal acoplado ao aparelho gerador de ozônio. Como o ozônio é facilmente degradado em contato com o ar é necessário a criação de uma câmara de concentração. Essa câmara pode ser feita com tubos de PVC e o próprio percurso do filtro até o retorno para o lago pode ser utilizado, desde que o mesmo tenha em média o minimo de 9 metros lineares. Esse percurso faz com que o O³ fique em contato com água do lago o maior tempo possível, auxiliando na desinfecção da mesma. Produtos químicos na manutenção de lagos Como filosofia a Oficina do Peixe tem o ideal de criar condições adequadas com o sistema de filtragem para evitar o uso de aditivos químicos. No entanto os mesmos são necessários para tratamento de lagos que não apresentam um sistema de filtragem e para a sintonia fina das condições de água se o objetivo for a reprodução de peixes. A qualidade da água é de fundamental importância com o fim de manter peixes saudáveis. As carpas, muito utilizadas na ornamentação de lagos, apreciam uma água levemente alcalina, com um valor de pH entre 6.8 e 7.8, podendo suportar as temperaturas compreendidas entre 2º e 45º Célsius. Dessa forma, vou explicar alguns desses aditivos a seguir: Condicionadores: Condicionam a água de torneira tornando-a adequada para uso nos tanques. Anti cloro: eliminam o Cloro e as Cloraminas, quando existentes, neutralizando os metais pesadosAcidulantes: diminuem o PH da água quando essa esta muito alcalinaAlcalinizantes: aumentam o PH da água quando essa esta muito ácida Fertilizantes: Empregados para suprir as necessidades das plantas, cujo rápido desenvolvimento esgota as parcas reservas contidas na água dos tanques. Purificadores: Cepas de bactérias e fungos anaeróbicos e aeróbicos utilizados como auxiliares e aceleradores da filtragem biológica, visando maximizar a degradação da matéria orgânica, reduzindo o volume de poluentes no tanque. Floculantes ou Floculadores: Polímeros e aglutinantes que agregam as partículas em suspensão. Essa aglutinação as torna mais pesadas e portanto vão ao fundo. Embora esse processo deixe a água mais clara um sistema de filtragem adequado precisa recolher esses detritos. Muito utilizados em tratamento de choque quando o lago encontra-se tomados por algas e iremos utilizar o algicida, causando grande impacto residual. Algicidas: Produtos químicos que matam as algas. Utilizados para desinfecção preventiva e corretiva de lagos tomados por algas e sem o sistema de filtragem recomendado anteriormente. Também podem se usados para controle das alga impregnantes (musgo ou pedras verdes) que não alvo do sistema de filtragem e fazem parte da boa biologia do lago. No entanto, mesmo com a água cristalina, podem dar impressão de esverdeamento em acesso pela reflexão quando em excesso. Absorventes: Elementos filtrantes químicos, que retém (absorvem) diversos tipos de compostos de origem orgânica, melhorando a qualidade da água. Embora sejam usados raramente podem ser ótimos aliados na limpeza de impurezas. A alimentação dos peixes e a manutenção de lagos Um fator importante embora negligenciado quando pensamos na qualidade da água de lagos ornamentais é a qualidade da ração. As rações para peixes ornamentais são especialmente formulados para suprir as necessidades nutricionais destes organismos sem sujar a água. Tem sua dissolubilidade (tempo que dissolvem na água) mais lenta dando tempo para que os peixes a consumam. Existem rações de superfície e de fundo sempre com a característica anterior. Por que isso é importante? Porque ao se dissolver rapidamente os peixes não a consomem causando uma má nutrição aos mesmos. Além disso fornecem alimento para as indesejáveis algas, através da sua degradação na água. Rações para peixes de corte ou lagos de pesca não são indicadas, embora possuam alto teor de proteína e gordura, são facilmente degradadas pela água. De certo pode ser utilizados em lagos de pesca e engorda que não necessitam de uma manutenção de lagos refinada. Trocas parciais de água O sistema de filtragem da Oficina do Peixe elimina a necessidade de esgotamento do lago para limpeza. Recomendamos uma troca parcial a cada 2 meses de 20% do volume do lago. Por outro lado em épocas de chuva não existe essa necessidade. No inverno a evaporação é maior e a troca parcial pode ser feita juntamente com a água para repor o nível original do lago. A Manutenção de Lagos - procedimentos e dicas Posteriormente entendemos os principais elementos que compõe um lago e agora podemos falar da manutenção de lagos propriamente dita. Quando realizamos uma manutenção de lagos preventiva ou corretiva passamos pelos seguintes itens: 1. Qualidade da água Dividimos essa avaliação em dois passos: Visual: Como esta o aspecto geral da água do lago? Cristalino ou esverdeado? Se esverdeado é a água ou o reflexo das algas impregnadas nas paredes e no fundo? Então utilizamos um copo de vidro transparente coletando a água de 3 ou 4 pontos diferentes. Imediatamente olhamos contra a luz para essa avaliação inicial. Testes químicos: Embora existam inúmeros testes, de forma geral, podemos nos concentrar em: PH: para carpas o PH ideal é uma faixa de 7.0 a 7.4Temperatura: fator importante para reprodução de peixes e controle de algasFosfato: será decomposto até chegar na amônia, servindo de alimento para a proliferação de algasAmônia: tóxica e nociva aos peixes 2. Circulação Importante verificar se a circulação está permitindo a distribuição da água de retorno por todo o lago. Anteriormente já explicamos que a captação deverá ocorrer no ponto oposto e do retorno da água do filtro. Observamos o fundo do lago e notamos se não existem áreas "mortas" com acumulo de detritos. O ideal que esse acumulo de sólidos pesado ocorra o mais próximo possível da captação de água. 3. Sistema de filtragem Supondo, aqui, uma primeira visita iremos avaliar se o sistema instalado é compatível com o tamanho do lago. Embora pelas análises anteriores já teremos detectado eventuais problemas nesse item Nos deparando com um lago com problemas e sistema de filtragem adequado uma avaliação dos equipamentos é necessária: As bombas trabalham livres ou estão obstruídas?O filtro mecânico esta limpo ou necessita de uma retro lavagem?As mídias filtrantes, quando for o caso, estão saturadas?As luzes dos filtros UV estão acesas?Os mesmos estão instalados corretamente após o filtro mecânico?Se estão essas lampadas tem até um ano de vida?Se tem, o cristal interno esta limpo? Resolvendo problemas e facilitando a manutenção de lagos Água verde Existem algumas atitudes que permitem melhorar o aspecto do lago sem a necessidade de filtros mais complexos: Aumentar o número de plantas que absorvem os nutrientes que alimentariam as algas em suspensão e proporcionam sombra ao ambiente;Construir pergolados com ou sem plantas, plantar palmeiras ao redor do lago ou usar plantas flutuantes para equilibrar a luminosidade;Adequar a quantidade de peixes ao tamanho do lago;Alimentar de maneira controlada e com ração de qualidade evitando sobrasAumentar as trocas parciais da água para eliminar altos índices de amônia, nitritos, nitratos, etc.;Bordas do lago levemente mais altas que o terreno no entorno para evitar a entrada de grama cortada, folhas, etc.Evitar a queda de folhas com podas dos galhos das árvores próximas
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O abismo
Eu sou da água. ´É de longa data que esse ambiente me inunda das mais profundas sensações. É desde criança que me vejo assim: aquosa. O mais impressionante dos fatos sobre a água é que ela tem características ímpares na natureza. Forças de coesão, de adesão, mudanças de estado físico facilmente observáveis, um calor específico sem igual. Mundo afora, vemos suas diferentes manifestações.
E assim me sinto: há quem me veja como água límpida e me desvende os mistérios com facilidade; para outros, sou tão misteriosa quanto o Rio Negro, que nada aparece sob a superfície; posso ser rio que corre calmo para um bom banho; mas também sei ter a força das cachoeiras; a revolta das trombas d’águas; as tempestades e ondas fortíssimas; os grandes e devastadores maremotos. Tenho uma grande fé em mim e coesão a meus princípios, lealdade de adesão aos que amo e um calor específico que me faz cheia de apegos.
Há, contudo, também um lado em que as águas são pantanosas e flertam incessantemente com o abismo. São águas profundas que nado, e tão lodosas que por vezes mal consigo respirar. Me vejo sem saídas e atraída para fundos meus nada oxigenáveis. Esse pântano é a única coisa que me separa desse abismo, ao mesmo tempo que me seduz a ele. É por ele que eu entro e por ele que eu saio, um lugar de mortes e renascimentos.
O abismo está dentro de mim. Sempre esteve. Eu não o trato como alguém que deve ser trancado e esquecido às moscas, porque o isolamento não é benéfico a nada nem ninguém. Eu o mantenho distante porém perto, numa grande dualidade. Sob constante vigilância e constante lembrança. De um lugar escuro, doloroso, profundo e por vezes feio que eu já estive.
Porém há momentos que me perco: quem vigia quem? O abismo me vigia ou eu o vigio? Finjo que sou eu que faço movimentos conscientes de mantê-lo por perto como lembrete de nunca mais habitá-lo, mas a verdade é que flerto com ele constantemente. Ele me seduz. Suas sombras. Sua profundidade. A falta de controle. As dores. Ah! as dores que ele me traz são inenarráveis. O abismo olha pra mim e diz que as dores são gostosas. Que o corpo dói dores melhores de doer que as da alma. Ele me inebria e a sensação de estar ébria constantemente me entorpece de uma maneira que não deveria ser positiva - e não é, mas gosto.
Se eu fosse pintar um quadro do interior da minha alma ela teria 3 paisagens: rios e mares nas bordas, um pântano mais ao centro, e ali bem no meio uma ponte sobre um negro abismo ligando um pântano ao outro. São os ambientes onde minha alma e mente transitam. E como sou eu dentro de mim, consigo ser, também, onipresente. Portanto, mesmo que eu esteja nas bordas das águas, consigo olhar o abismo.
Sento na ponte e o encaro. Ele me encara de volta. Ficamos num jogo de forças e sinto a gravidade ali ser mais forte. Há uma força que me puxa em direção a ele ou são suas mãos que tentam incessantemente puxar meus pés pendurados? Tento evitar, mas é tão seduzente.. por vezes cedo. E, lentamente, ele me ganha.
Às vezes ele me ganha de supetão. Apenas me jogo e me sinto caindo caindo caindo, e em algum momento bate o desespero do cair. Não há fundo!! Há, mas eu só bato contra o fundo quando estou pronta pra levantar e escalar o abismo em direção as minhas águas. O cair é desesperador e, por vezes, uma das sensações que mais gosto. Não há limites, não há desculpas, tudo é permitido no cair.
Esses são os momentos que o abismo me ganha. Ele me domina, me doma, me conquista, me deita na cama e me faz sua escrava. Ele me coloca uma venda, para que eu não veja o que acontece; ele muda a gravidade para que eu não consiga perceber a queda forte; ele me dá prazer na dor corpórea para que eu não sinta a dor dilacerante que ele faz na minha alma; ele tapa minha boca para que eu não consiga gritar.
E não posso ser hipócrita: eu gosto desse lugar. Eu gosto das dores, eu aprecio a queda, eu gosto de perder o controle, porque muitas vezes eu não vejo mais respostas e o desespero de existir meio às dúvidas é tão grande que eu prefiro estar no abismo. Gosto de seus nuances, de suas sombras, da maneira como o abismo é tão vazio e mais me sentir tão cheia. Ele tira a comida de meu estômago e me preenche com a fome. Tira o choro dos olhos e me preenche com o calor do sangue escorrendo.
Existe um lugar cheio de solidão dentro de mim em que só o abismo me estende a mão e me faz companhia. Por tantas vezes, ele foi meu único amigo. E quando flerto com ele, penso: como posso deixar de lado um companheiro de tantos anos? É ali que ele me ganha. Ele me olha no fundo da minha alma e diz que não tem vergonha de mim, dos meus cantos mais escuros, das minhas piores atitudes. Ele não se importa com as minhas birras, minha necessidade de controle, minhas manipulações. Ele me dá a sensação que consigo manipulá-lo enquanto sussurra no meu ouvido o quanto me conhece e que tudo vai ficar tudo bem. Ele diz que só ele me entende totalmente e somente ao seu lado eu serei aceita. O abismo é um homem abusivo que eu me deixo conduzir, por vezes. E me deleito da facilidade de ter um lugar que parece ser seguro, mas na verdade só satisfaz meus piores lados. Ele é fácil, como os homens. E às vezes eu tenho preguiça de existir longe da facilidade, porque a realidade me dói e as mulheres me dão trabalho.
Lentamente, o abismo me ganha tanto que me incomoda. Ele se apossa de mim e eu começo a perceber isso. Às vezes, preciso do empurrãozinho de alguém. É meu primeiro sinal: eu vejo que há mais ombros que o abismo me oferece. Há gente do lado de fora. E então me olho no espelho e percebo um corpo preenchido de fome, e sou tomada pelo medo. Esse medo me revolta a ponto de eu conseguir tirar a venda. Olho em volta e a paisagem do cair me apavora. E, assim, finalmente a gravidade se apressa e me faz achar o fundo. Quando chego lá embaixo, aquilo que tapava minha boca sai e eu consigo pedir ajuda.
É o momento que o abismo para de ser seduzente e vira o vilão. Ele está dentro de mim, ele faz parte de mim, mas é também o vilão. Não há uma parte minha que não esteja contaminada por ele. Mas acolho essa sensação - aprendi a viver com ele à espreita. Entendi que faz parte de quem eu sou. E então dedico-me intensamente a escalá-lo de volta. Subo, passo pela ponte com medo de cair de novo e retorno aos pântanos. Lá, é preciso deixar quem fui no abismo morrer e ir me movimentando para que a água se oxigene e eu volte aos meus mares e rios renascida.
Sinto a decepção do abismo. Ele olha como se eu fosse fraca por não aguentá-lo. Ele repete que eu voltarei. Ele me espera e por vezes me caça. É cansativo. Exaustivo viver fugindo de algo que se flerta. Qualquer escorregada que eu dou em direção ao pântano, ele grita mais alto e ecoa forte. Qualquer ação que me abale minimamente eu sinto ele ganhar forças. E vejo em mim: as roupas pretas repetitivas denunciam a rigidez de quem não tem mais forças pra usar o que não seja confortável pra mente, as horas sem comer, a dor de estômago, o enjôo, a dor de barriga, os vômitos.. quando ele conquista tudo isso, vem as infeccções de garganta, urinária, urticárias. E meu corpo se torna o campo de batalha onde eu consigo, externamente, perceber a voz crescente do abismo em mim. E é ao corpo que eu preciso estar atenta e fiel. Meu corpo d’água. Altamente adaptável às superfícies, apegada também, mas intensamente unida a si.
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Sorte ou azar
O meu terapeuta de floral, o Cesar, um dia me falou em uma consulta algo que nunca mais saiu da minha cabeça: “A maior causa de mortes no planeta é a dúvida”. Mesmo sem ler nenhuma pesquisa a respeito, aquela informação fez sentido para mim. Depois deste dia nunca mais fui capaz de dissociar todo distúrbio e desequilíbrio a minha volta desta afirmação. Como eu entendi esta afirmação? Sem nenhum controle vinha à tona memórias do passado, e eu pude revisitar vários momentos da minha vida aonde a dúvida me torturou. Percebi que a dúvida é muito amiga do medo, da falta de confiança e da angústia. A dúvida é bem semelhante a uma prisão que eu mesmo muitas vezes construí para lá usufruir do meu medo, e principalmente da falta de confiança que eu tinha na minha capacidade de realizar o que o meu coração me mostrava. Quantas vezes inconscientemente criei na minha mente um cenário negativo por duvidar da minha capacidade de lidar com determinadas situações e emoções. Mas existe um segundo momento da dúvida que é mais grave, e é quando você se sente aprisionado por não confiar na vida, e nos desígnios da alma. Mal sabia que quando duvidava da generosidade da vida, minha alma estava escutando. Hoje eu entendo que de fato eu estava quase insultando a minha alma, pois não sabia que ao escrever estas cartas mentais a ela me confessando, ela me daria mais experiências relacionadas a valor. A dúvida tem a ver com a ignorância sobre quem eu era, e isso era uma desvalorização imensa sobre as minhas possibilidades e os meus propósitos aqui na Terra. Seria o mesmo que ao partir com meu barco eu tivesse esquecido qual a minha rota, e no meio do mar me sentisse incapaz de velejar minha embarcação de volta para casa. Viagem perigosa não é aquela por mares tempestuosos, e sim aquela aonde não sabemos qual o destino. Todo barco que parte tem que chegar. A lógica da alma age em oposição ao nosso ego e a nossa expectativa. Quanto mais eu me desvalorizava, mais experiências de desvalorização eu atraia. Não existe no mundo espiritual esmola. Existe compaixão, e as duras penas eu compreendi que a vida não sente pena de ninguém, e ela entende que o aprendizado deve acontecer pelo livre arbítrio de cada indivíduo. Posso afirmar que tudo que floresce neste planeta vem de dentro para fora. Foi assim comigo e é assim com todos. O estimulo que a vida nos dá está sempre alinhado com a máxima generosidade do universo, mas muitas vezes ao me ver estagnado na energia do medo, da dúvida, da falta de confiança, eu confundi e distorci este conceito universal. Muitas vezes confundi castigo com oportunidade. Aliás este mecanismo de erro e castigo é a base de toda a ideia de pecado. Não fomos educados a entender que erro é aprendizado, e talvez por isso sentimos medo de experimentar, e assim nos detemos na dúvida. Desta falsa crença que nos falta algo criamos a entidade da sorte e do azar. Nominamos o que não queremos entender ou aceitar de sorte ou azar. Quando achamos que precisamos de sorte, navegamos pela negatividade da falta de confiança, pois cremos que não temos tudo dentro de nós, e assim nos descredenciamos das nossas responsabilidades para nos conectarmos com a criação coletiva da dúvida. Os jogos até parecem que existem para reforçar estas falsas crenças. Quando jogamos temos a esperança, mas também temos a dúvida. Se perdermos foi o azar. Muitas vezes o nosso insucesso é entendido como azar, e é neste exato momento que perdemos, e nos perdemos, assim nos distanciamos do aprendizado que transforma a experiência em oportunidade. Estes pensamentos negativos coletivos criam entidades. Assim existem as entidades do ódio, da sorte, do medo, da cobiça e assim por diante. Quando sentimos esta emoção sem consciência, ajudamos a alimentar a entidade que se alimenta da nossa energia. Uma comparação seria como comprar um simples cigarro de maconha de um traficante. Este ato provoca instantaneamente uma conexão com toda a sombra do negócio narcotráfico, fazendo desta pessoa mais um colaborador deste sistema. A dúvida é como um pântano, que quanto mais tempo a pessoa se detém nesta energia, mais presa ela fica. Eu não gosto de frases genéricas, nem tão pouco me atrai tentar resumir a vida em um conceito, mas fico tentado a expressar a minha compreensão sobre o que vivemos neste momento, e qual é o nosso desafio atual. “Não nascemos para criar ou alimentar um mundo de desconfiança, mas é o que temos feito, basta olhar em nossa volta. A dúvida é o resultado da falta de confiança, e ela nos tira daqui, pois ela nos afasta do centro da vida. Confiar é o primeiro degrau de uma longa ascensão, pois o desafio é navegar pelo sentir e não pela programação do pensar. Pensamos com o coração e traduzimos pela mente. Fazer um voo cego é um ato de comunhão com a nossa alma, e o propósito deste capítulo é a reconstrução dos pilares da confiança. Nunca viveremos em um lugar justo se não confiarmos em nós e nos nossos semelhantes. Beto Pandiani.
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