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MANUTENÇÃO DE LAGOS ORNAMENTAIS
Introdução A manutenção de lagos ornamentais e outros, em primeiro lugar, exige um entendimento sobre os principais aspectos dos mesmos. Nossa civilização, desde os babilônios e fenícios, sempre usou o elemento água com fins paisagísticos, ritualísticos e terapêuticos. Surpreendentemente com o crescimento dos centros habitacionais o espaço para a natureza foi cada vez mais esquecido. Esse esquecimento, a propósito, tem sido corrigido com a inclusão de água em praticamente todo novo projeto paisagístico. Dessa forma, cada vez mais empresas e pessoas físicas buscam incorporar em seus projetos um lago ornamental. Da mesma forma espelhos d´água com ou sem vida, piscinas naturais e outros elementos com água são usados. Feita essa breve introdução para entender a manutenção precisamos repassar pontos verdadeiramente importantes.
A construção dos lagos artificiais Uma ampla variedade de materiais e acabamentos pode ser empregada para a construção de lagos ornamentais e outros. Embora a alvenaria ainda sejam utilizados, as lonas de borracha sintética ou PVC, ganharam espaço no setor de construção de lagos. Sua maleabilidade permite a construção de lagos em qualquer perfil com aspecto verdadeiramente natural. Sua instalação praticamente define a conclusão da construção estrutural diminuindo muito o tempo de entrega do projeto.
Parâmetros básicos para o projeto de um lago A primeira variável, embora óbvia, que tem que ser definida é a finalidade do seu tanque: ornamentalpescapiscina naturalespelho d´água sem vida aquáticaespelho d´água com vida aquáticareservatório Cada um desses elementos tem uma profundidade ideal, embora não sejam regras rígidas, seguem algumas medidas (coluna d´água): ornamental - 0,60 a 0,80 metrospesca - 1,5 a 3 metrospiscina natural - escalonada de 1 a 2 metros (para crianças e adultos)espelho d´água sem vida aquática - 0,05 a 0,015 metrosespelho d´água com vida aquática - 0,15 a 0,20 metrosreservatório - 3 a 5 metros Essa definição é importante a fim de projetarmos o sistema de filtragem ideal para facilitar a manutenção de lagos. As dimensões de largura e comprimento dependem do espaço disponível e embora possam ser minimas a coerência para a utilização final do tanque tem que ser preservada. Por exemplo, um lago de pesca de 1,5 m x 1,5 m não ira proporcionar o desafio, espaço e consequentemente o lazer desejado. Um lago ornamental com 2 metros de profundidade não permitirá a exposição das carpas coloridas que tenderão a fincar no fundo. Em espelhos d´água ou lagos ornamentais cujo acabamento seja algum tipo de revestimento cerâmico pode ser previsto um desnível de 1,5% a 3% do fundo do lago em direção a uma saída de esgoto. Como os revestimentos sem o uso do cloro tendem a acumular limo ou algas o esgotamento da água ou diminuição de seu nível pode ser um fator de facilitação da manutenção. Quanto ao acabamento do tanque, pode-se optar por cimento rústico, ladrilhos, azulejos, pastilhas, rochas ou ainda outros acabamentos de acordo com o gosto e integração do paisagismo geral. A fim de evitar a perda de peixes por salto ou pesca de gatos e cães, as bordas do tanque devem ficar a entre 20 e 30 cm acima da linha d água. O sistema de filtragem e circulação O sistema de filtragem e circulação é o coração e o segredo para um lago saudável de acordo com sua necessidade. Não podemos pensar em manutenção de lagos sem a avaliação e introdução correta de sistemas de filtragem e circulação adequados. A principio pensemos no sistema de circulação. O básico para todos os tipos de tanque é que a captação da água a ser filtrada seja feita no ponto mais distante do retorno da água limpa do filtro. Essa medida simples evita que se crie uma zona de filtragem e uma circulação viciada em apenas parte do lago, forçando a movimentação de toda a água do mesmo. Assim sendo, independentemente se o lago por oval, redondo ou irregular iremos buscar primeiramente o maior eixo de comprimento possível. Em uma extremidade imaginaremos a captação da água e na extremidade oposta sua devolução devidamente filtrada. Se o tanque for muito irregular ou arrendondado podemos dividir o retorno da água em 3 ou 4 saídas de tal forma que as mesmas cubram a maior parte da extremidade de retorno irregular. Imaginemos sempre que o retorno deverá "empurrar" toda a extremidade de onde saí para a extremidade de captação. Com o sistema de circulação pensado juntamente com o tamanho do lago podemos, agora, estimar o sistema de filtragem.
Os tanques e lagos, normalmente, se encontram expostos ao tempo ao sol de forma direta sendo submetidos a variações extremadas nas condições físico-químicas da água. As chuvas, em especial, aquelas que caem nas regiões próximas a grandes metrópoles, e em outras zonas, com altos níveis de poluição atmosférica, alteram, muitas vezes, drasticamente as características da água, provocando um rebaixamento dos níveis do pH e uma proliferação excessiva de algas microscópicas. Esta proliferação descontrolada causa o "embaçamento" da água e/ou a água verde que prejudica a visualização dos peixes e acaba com o efeito estético do lago. A chuva também provoca o assentamento das eventuais partículas de poeira em suspensão no ar que acabam se acumulando no fundo lago. Se o lago estiver instalado em uma área arborizada, gramada e sujeita a ventos o acumulo de galhos, folhas e até da grama aparada podem ocorrer também, prejudicando a qualidade geral da água. Esse material orgânico externo e os desejos dos peixes são submetidos a uma degradação bacteriana, que concorre para piorar a qualidade da água através de: diminuição das taxas de oxigênio dissolvido na águaaumento dos níveis de CO2,aumento dos níves de amônia (NH3OH)redução da transparência da águaacumulo de sedimentos lodosos no fundo do tanquefornecimento energético para as micro algas (água verde) Podemos dividir os sistemas de filtragem em 3 pontos importantes: potência das bombasfiltragem mecânica-biológicafiltragem UV ou por ozônio As bombas de água Quando pensamos em bombas para nossos tanques devemos pensar em ter a quantidade de água total do lago passando pelo sistema de filtragem e circulação pelo menos 3 a 5 vezes ao dia. Dessa forma, um lago com 10.000 litros de água deve ter bombas individuais ou que somadas circulem 30.000 a 50.000 litros ao dia. Uma bomba de 5.000 litros/hora, por exemplo, circulará algo como 30.000 a 40.000 litros dia. A água é um líquido viscoso e pesado, sendo necessária muita energia para elevá-la mesmo que, a pequenas alturas. E devido ao atrito com as paredes do encanamento, existe uma grande perda de vazão quando a bombeamos a alturas acima de um metro. Dessa forma devemos manter o sistema de filtragem o mais próximo possível do tanque e mais ao nível da coluna de água do mesmo possível. Indicamos o uso das bombas submersas modernas por serem muito econômicas em relação às similares de instalação externa. Por exemplo, existe um modelo com uma vazão inicial máxima (sem carga), equivalente a 11.000 litros/hora, com um consumo de apenas 137 watts. Compare com qualquer marca de bomba convencional e verifique a diferença. O torque é a força de giro da bomba, portanto, sua capacidade de elevar a água a uma altura considerável (coluna de água), vencendo a força de atração da gravidade (peso). A vazão é a quantidade de água bombeada em uma unidade de tempo, geralmente litros (L/H) ou galões por hora (GPH). Para converter galões em litros basta multiplicar a vazão por 3,785 (no caso da tabela apresentar a vazão em galões americanos) ou por 4,546 (galão inglês ou imperial). Devido às condições em que devem trabalhar essas bombas, costumam ser usadas com um pré-filtro ou proteção para evitar a sucção acidental de folhas, pedras, ramos ou quaisquer outros objetos que possam danificar suas partes móveis. A filtragem mecânica-biológica A dica principal para a filtragem mecânica-biológica é a seguinte: Se seu tanque tem vida não pode ser adicionado cloro então, NUNCA, DE FORMA ALGUMA, utilize filtros de piscina com areia. As bactérias irão se proliferar na areia, o que é bom, mas criarão um lodo impermeável que rapidamente forçara a água a passar pelas paredes do filtro e não pela areia filtrante. Isso causa uma pressurização do filtro desnecessária, força a bomba e não filtra a água que passa a circular sem passar por nenhum filtro mecânico (no caso seria a areia). Isso posto vamos tentar classificar alguns tipos de filtragem: filtros pressurizados: próprios para lagos e tanques com vida (sem uso de cloro) tem espumas de várias espessuras em seu interior que filtram a água e permitem uma manutenção periódica facilitada. Lagos de até 20.000 litrosfiltros de grande volume: filtros prontos com cerca de 3m x 2m para lagos a partir de 50.000 litrosmini estações de tratamento de água: para lagos com mais de 50.000 litros ou sem espaço para a instalação do filtro anterioraeração: para lagos de pescazona palustre: filtro de plantas para piscina natural trabalhando em conjunto com uma das opções anteriores. A função principal do filtro mecânico-biológico é filtrar os sedimentos em suspensão da água do tanque e proporcionar ambiente para a proliferação das bactérias denifricantes responsáveis pela quebra da amônia. Costumo trabalhar com 1,5 o volume dos tanques em capacidade de filtros, ou seja, um lago com 10.000 litros terá sistema de filtragem estimado de 15.000 litros. A filtragem UV e/ou ozônio A filtragem mecânica e biológica não consegue eliminar micro organismos como bactérias (algumas nocivas) e esporos de algas. O foco principal são os esporos das micro algas que ao se proliferarem sem controle deixam a água verde, mal cheirosa, com aspecto de um pântano e não de um lago ornamental. A lata proliferação em lagos de pesca causam a diminuição do oxigênio dissolvido e podem causar a morte dos peixes, sem contar o aspecto de água parada que o mesmo fica. Existem dois recursos infalíveis para o controle e eliminação das algas: Filtro UV: Deve ser instalado após o filtro mecânico para receber a água mais livre de impurezas sólidas possível. A Oficina do Peixe, independentemente da indicação do fabricante, utiliza 36w para cada 5.000 litros de vazão hora nominal da bomba. Esse cálculo foi desenvolvido através de 15 anos de experiência instalando e cuidando de lagos ornamentais. Mais importante do que a especificação do fabricante do filtro UV é o panorama geral em que o mesmo será inserido. A primeira variável importante é a circulação e a potência da bomba responsáveis, primeiramente, pela limpeza geral do tanque. O filtro UV opera "queimando" tudo que passa por ele e se a água passar muito rápida pelo mesmo não dará tempo para o mesmo agir. Dessa forma se temos uma bomba de 10.000 litros/hora em um lago de 5.000 litros a indicação seria uma UV de 24 ou no máximo 36 w pelo tamanho do lago. Mas pela potência da bomba e a regra de ouro da Oficina do Peixe já pensamos em 72 W de UV. Utilizamos um filtro UV de 55 w com cilindro espelhado internamente que atinge facilmente o efeito desejado. Um erro muito comum é colocar o filtro UV com uma pequena bomba fora do circuito do filtro principal o que não traz bons resultados pois o mesmo recebe toda a carga de resíduos físicos da água que rapidamente encapsulam o cristal interno, impedindo a ação da luz \UV. Filtro de ozônio De modo geral, o ozônio começou a ser utilizado para desinfecção de água em 1886 e em 1891, ou seja, deste o século XVIII, e seu uso foi muito difundido de lá para cá. A primeira instalação industrial de ozônio foi em 1893, em Oudshoorm, na Holanda, para desinfecção na estação de tratamento de água de abastecimento da cidade. Com o passar dos anos, o número de estações de tratamento de água utilizando o ozônio aumentou. Em 1914, haviam pelo menos 49 estações na Europa que utilizavam ozônio como desinfetante. Em 1936, esse número cresceu para 100 na França e 140 ao redor do mundo. Mas seu uso não se resume somente ao tratamento de água, outras áreas também têm interesse no seu uso. Todo o processo de tratamento de água destina-se a um único objetivo, retirar da água qualquer tipo de contaminação, evitando assim a transmissão de doenças. Para que isso ocorra, são adicionados à água que bebemos produtos capazes de diminuir esses contaminantes. Esses produtos são utilizados em estações de tratamento, piscinas e tanques. Um desses produtos, o ozônio, é utilizado devido a sua ação oxidante no tratamento da água, pois sua ação é mais rápida. No entanto, devido ao seu baixo custo em relação ao ozônio o cloro é muito mais utilizado. Infelizmente o cloro tem uma ação prejudicial aos peixes e plantas. Dessa forma não é possível utilizá-lo em tanques com vida aquática para o controle de algas. O ozônio sim, pode ser utilizado, com ótimos resultados. Porque utilizar o ozônio? Mas, em 1975, descobriu-se que os compostos organoclorados (subprodutos das reações do cloro com matéria orgânica) são cancerígenos. Consequentemente, o cloro começou a ter sua aplicação cada vez mais limitada. Isso se deve ao fato de que os organoclorados possuem alto potencial de formação de trihalometanos (THM). Inicialmente produzidos, geralmente, na fase de pré-oxidação da água bruta com cloro. De fato isso ocorre antes do processo físico-químico de tratamento de água. Essa descoberta fez com que o ozônio ressurgisse como uma das principais alternativas na substituição do cloro. Isso resultou na retomada do desenvolvimento das aplicações de ozônio e principalmente dos sistemas de geração de ozônio. Um estudo publicado em 2001 por Velano e colaboradores mostra a diferença do ozônio dos demais agentes desinfetantes. De fato a diferença é a maneira como ocorre a destruição dos micro-organismos. Ele é capaz de romper a parede celular de bactérias e fungos, inativando esses microrganismos e impedindo que possam causar danos à saúde. Sendo que o cloro, por exemplo, atua por difusão através da parede celular. Depois atua no interior da célula em elementos como enzimas, proteínas, DNA e RNA. Além disso, deixa resíduos prejudiciais aos organismos que ingerirem a água. Aplicações do Ozônio Sua aplicabilidade ocorre em diversos segmentos do tratamento de água e em centrais de abastecimento hídrico das cidades, como: Consumo de água em residência e na aquicultura (criação de peixes),Processos de branqueamento;Água mineral (enxague de desinfecção de reatores, tanques, garrafas);Tratamento de lixívia, chorume; efluente de indústria têxtil;Processos de síntese;Branqueamento de matérias primas e produtos, oxidação de gases;Desinfecção de água fresca água de processo e água de resfriamento;Desinfecção, descoloração, desodorização e desintoxicação de efluentes e melhoria da biodegradabilidade;Purificar a água usada na indústria farmacêutica;Dentre outros.
O ozônio causa danos à saúde? A pergunta que fazemos é: “Como o ozônio presente na troposfera e no ar de ambientes internos causa danos à saúde, por que ele é utilizado como desinfetante na água, alimentos e objetos?” Isso se deve ao fato de que o ozônio decompõe-se rapidamente na água. De fato ao romper a parede celular de um fungo ou bactéria, ele irá originar oxigênio . Embora possa gerar outra substância, dependendo da matéria que ele interagiu antes da reação começar. Por isso, ele não gera nenhum produto que possa causar dano à saúde quando utilizado para esses propósitos. Ozônio facilitando a manutenção de lagos Para lagos de grande volume a utilização da filtragem UV fica, operacional e economicamente, inviável e dai utilizamos o ozônio. Embora continuaremos a usar filtros UV na saída da água com ozônio para "polir" a mesma dando o aspecto de cristal tão desejado. Como explicado anteriormente o ozônio, devido a sua ação oxidante, pode ser usado no tratamento da água de lagos com vida. Sobretudo porque consegue desinfectar em menos tempo de contato com os agentes infectantes e mais rápido do que a ação de outros desinfetantes (no caso de tanques com peixe não existem outros desinfetantes). O ozônio também oxida micropoluentes orgânicos, sobretudo aqueles que causam sabor e odor, eliminando o cheiro característico de lagos com peixes e plantas. Como funciona o tratamento de água com ozonizador? O equipamento capta o ar do ambiente, transporta até o reservatório de água e através da reação química transforma o oxigênio em ozônio. O gás, por sua vez, tem alto poder germicida e oxidante e ampliamos essa produção com o uso de oxigenador medicinal acoplado ao aparelho gerador de ozônio. Como o ozônio é facilmente degradado em contato com o ar é necessário a criação de uma câmara de concentração. Essa câmara pode ser feita com tubos de PVC e o próprio percurso do filtro até o retorno para o lago pode ser utilizado, desde que o mesmo tenha em média o minimo de 9 metros lineares. Esse percurso faz com que o O³ fique em contato com água do lago o maior tempo possível, auxiliando na desinfecção da mesma. Produtos químicos na manutenção de lagos Como filosofia a Oficina do Peixe tem o ideal de criar condições adequadas com o sistema de filtragem para evitar o uso de aditivos químicos. No entanto os mesmos são necessários para tratamento de lagos que não apresentam um sistema de filtragem e para a sintonia fina das condições de água se o objetivo for a reprodução de peixes. A qualidade da água é de fundamental importância com o fim de manter peixes saudáveis. As carpas, muito utilizadas na ornamentação de lagos, apreciam uma água levemente alcalina, com um valor de pH entre 6.8 e 7.8, podendo suportar as temperaturas compreendidas entre 2º e 45º Célsius. Dessa forma, vou explicar alguns desses aditivos a seguir: Condicionadores: Condicionam a água de torneira tornando-a adequada para uso nos tanques. Anti cloro: eliminam o Cloro e as Cloraminas, quando existentes, neutralizando os metais pesadosAcidulantes: diminuem o PH da água quando essa esta muito alcalinaAlcalinizantes: aumentam o PH da água quando essa esta muito ácida Fertilizantes: Empregados para suprir as necessidades das plantas, cujo rápido desenvolvimento esgota as parcas reservas contidas na água dos tanques. Purificadores: Cepas de bactérias e fungos anaeróbicos e aeróbicos utilizados como auxiliares e aceleradores da filtragem biológica, visando maximizar a degradação da matéria orgânica, reduzindo o volume de poluentes no tanque. Floculantes ou Floculadores: Polímeros e aglutinantes que agregam as partículas em suspensão. Essa aglutinação as torna mais pesadas e portanto vão ao fundo. Embora esse processo deixe a água mais clara um sistema de filtragem adequado precisa recolher esses detritos. Muito utilizados em tratamento de choque quando o lago encontra-se tomados por algas e iremos utilizar o algicida, causando grande impacto residual. Algicidas: Produtos químicos que matam as algas. Utilizados para desinfecção preventiva e corretiva de lagos tomados por algas e sem o sistema de filtragem recomendado anteriormente. Também podem se usados para controle das alga impregnantes (musgo ou pedras verdes) que não alvo do sistema de filtragem e fazem parte da boa biologia do lago. No entanto, mesmo com a água cristalina, podem dar impressão de esverdeamento em acesso pela reflexão quando em excesso. Absorventes: Elementos filtrantes químicos, que retém (absorvem) diversos tipos de compostos de origem orgânica, melhorando a qualidade da água. Embora sejam usados raramente podem ser ótimos aliados na limpeza de impurezas. A alimentação dos peixes e a manutenção de lagos Um fator importante embora negligenciado quando pensamos na qualidade da ��gua de lagos ornamentais é a qualidade da ração. As rações para peixes ornamentais são especialmente formulados para suprir as necessidades nutricionais destes organismos sem sujar a água. Tem sua dissolubilidade (tempo que dissolvem na água) mais lenta dando tempo para que os peixes a consumam. Existem rações de superfície e de fundo sempre com a característica anterior. Por que isso é importante? Porque ao se dissolver rapidamente os peixes não a consomem causando uma má nutrição aos mesmos. Além disso fornecem alimento para as indesejáveis algas, através da sua degradação na água. Rações para peixes de corte ou lagos de pesca não são indicadas, embora possuam alto teor de proteína e gordura, são facilmente degradadas pela água. De certo pode ser utilizados em lagos de pesca e engorda que não necessitam de uma manutenção de lagos refinada. Trocas parciais de água O sistema de filtragem da Oficina do Peixe elimina a necessidade de esgotamento do lago para limpeza. Recomendamos uma troca parcial a cada 2 meses de 20% do volume do lago. Por outro lado em épocas de chuva não existe essa necessidade. No inverno a evaporação é maior e a troca parcial pode ser feita juntamente com a água para repor o nível original do lago. A Manutenção de Lagos - procedimentos e dicas Posteriormente entendemos os principais elementos que compõe um lago e agora podemos falar da manutenção de lagos propriamente dita. Quando realizamos uma manutenção de lagos preventiva ou corretiva passamos pelos seguintes itens: 1. Qualidade da água Dividimos essa avaliação em dois passos: Visual: Como esta o aspecto geral da água do lago? Cristalino ou esverdeado? Se esverdeado é a água ou o reflexo das algas impregnadas nas paredes e no fundo? Então utilizamos um copo de vidro transparente coletando a água de 3 ou 4 pontos diferentes. Imediatamente olhamos contra a luz para essa avaliação inicial. Testes químicos: Embora existam inúmeros testes, de forma geral, podemos nos concentrar em: PH: para carpas o PH ideal é uma faixa de 7.0 a 7.4Temperatura: fator importante para reprodução de peixes e controle de algasFosfato: será decomposto até chegar na amônia, servindo de alimento para a proliferação de algasAmônia: tóxica e nociva aos peixes 2. Circulação Importante verificar se a circulação está permitindo a distribuição da água de retorno por todo o lago. Anteriormente já explicamos que a captação deverá ocorrer no ponto oposto e do retorno da água do filtro. Observamos o fundo do lago e notamos se não existem áreas "mortas" com acumulo de detritos. O ideal que esse acumulo de sólidos pesado ocorra o mais próximo possível da captação de água. 3. Sistema de filtragem Supondo, aqui, uma primeira visita iremos avaliar se o sistema instalado é compatível com o tamanho do lago. Embora pelas análises anteriores já teremos detectado eventuais problemas nesse item Nos deparando com um lago com problemas e sistema de filtragem adequado uma avaliação dos equipamentos é necessária: As bombas trabalham livres ou estão obstruídas?O filtro mecânico esta limpo ou necessita de uma retro lavagem?As mídias filtrantes, quando for o caso, estão saturadas?As luzes dos filtros UV estão acesas?Os mesmos estão instalados corretamente após o filtro mecânico?Se estão essas lampadas tem até um ano de vida?Se tem, o cristal interno esta limpo? Resolvendo problemas e facilitando a manutenção de lagos Água verde Existem algumas atitudes que permitem melhorar o aspecto do lago sem a necessidade de filtros mais complexos: Aumentar o número de plantas que absorvem os nutrientes que alimentariam as algas em suspensão e proporcionam sombra ao ambiente;Construir pergolados com ou sem plantas, plantar palmeiras ao redor do lago ou usar plantas flutuantes para equilibrar a luminosidade;Adequar a quantidade de peixes ao tamanho do lago;Alimentar de maneira controlada e com ração de qualidade evitando sobrasAumentar as trocas parciais da água para eliminar altos índices de amônia, nitritos, nitratos, etc.;Bordas do lago levemente mais altas que o terreno no entorno para evitar a entrada de grama cortada, folhas, etc.Evitar a queda de folhas com podas dos galhos das árvores próximas
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MANUTENÇÃO DE LAGOS ORNAMENTAIS- ÁGUA CRISTALINA
Manutenção de lagos ornamentais A manutenção de lagos ornamentais, de pesca, espelhos d´água e cascatas e sobretudo da qualidade da água desses sistemas é o serviço mais procurado por nossos clientes. Apesar de já ter um post longo sobre o assunto, visando auxiliar a todos estou criando esses 3 passos básicos. De certo modo talvez você pense que estou dando um tiro no pé, pois afinal ao ensinar todos a fazerem a manutenção estarei deixando de vender meus serviços. Talvez você tenha razão se pensou isso, no entanto a disseminação de informações sobre lagos e aquários sempre foi o ponto forte da Oficina do Peixe. Portanto vamos começar e espero ser útil: 1° Passo - O visual da água Em primeiro lugar o visual da água é que vai determinar a necessidade de uma manutenção mais elaborada ou não. Como está sua água? Assim:
Ou assim:
Os dois lagos apresentam visualmente necessidades de manutenção diferentes: O primeiro apenas limpeza e acompanhamento. O segundo uma avaliação completa. Mas como evitar que nossos olhos nos enganem? Muitas vezes o verde da água é reflexo da grama e de algas nas rochas e não na água. Para evitar essa ilusão de ótica utilize o teste do copo. Retire a água do lago com um copo de vidro e olhe contra a luz se a mesma estiver cristalina então o verde que você enxerga no lago não é um problema de filtragem 2° Passo - Limpeza mecânica Embora as vezes não seja um trabalho fácil devemos retirar folhas, gravetos ou qualquer outra coisa que caia na água seja flutuante ou não. Essa matéria, quase sempre orgânica, irá se decompor e contribuir para a má qualidade da água. Apesar de aquela árvore sombrear o lago e compor uma ótima paisagem suas folhas e flores ao caírem podem ser a principal causa de você não conseguir manter sua água limpa. O ideal seria ter escolhido o local do lago afastado de árvores que caducam no inverno ou ter escolhido espécies perenes. Assim sendo se seu lago esta próximo de uma árvore essa coleta de folhas tem que ser constante. Além disso o cuidado com a grama no entorno tem que ser priorizado. Ao cortar a mesma proteção com tela de mosqueteiro ou sombrite deve ser colocada nas laterais ou sobre o lago para evitar que a grama aparada caia no mesmo. Da mesma forma a grama aparada deverá ser rastelada e retirada o mais rápido e cuidadosamente possível para evitar que o vento a sopre para o lago. 3° Passo - O sistema de filtragem Supondo que os 2 primeiros passos estão sendo seguidos a risca chegou a hora do sistema de filtragem. Em primeiro lugar ele existe? Tem o dimensionamento adequado? Verdadeiramente promove a circulação pelo lago todo? Um sistema de filtragem adequado a principio deve contar com: uma bomba de valor nominal próximo ao total de litros do lagoum filtro pressurizado de no mínimo 125% a capacidade do lagoum conjunto de UVs que gere 36w para cada 5.000 litros de vazão Por exemplo um lago de 10.000 litros deverá ter: uma bomba de no minimo 10.000 litrosum filtro pressurizado de 12 a 15.000 litrosuvs que totalizem 72w Embora não seja uma ciência exata pois envolvem outros fatores como: quantidade de solquantidade de peixesalimentação correta Esses parâmetros podem ser considerados como um guia de avaliação. Eu tenho tudo isso o que eu faço? Inicialmente comece verificando a bomba. Esta limpa e sem nenhuma obstrução? Em caso negativo limpe grades e até mesmo a desmonte para retirar pedras e partículas acumuladas em suas pás. Consulte o manual da mesma para tanto e nunca faça isso com ela ligada na tomada. Depois vamos para o filtro pressurizado. Embora existam várias marcas e modelos os mais novos possuem válvula de retro lavagem. Leia o manual do mesmo e caso o seu filtro tenha não é necessário desmontá-lo para lavar as esponjas internas. Caso seu filtro não tenha a retro lavagem, leia seu manual para ver como proceder na abertura e lavagem das esponjas internas. Feito isso vamos verificar os filtros UVs. Existem vários modelos mas via de regra todos tem internamente um cristal de proteção da lâmpada. Esse cristal deverá ser limpo a cada 2 ou 3 meses com muito cuidado para não quebrar. A limpeza é da parede externa e nunca da interna se for remontar o filtro imediatamente. Se lavar internamente o mesmo tem que estar absolutamente seco para gerar vapor que poderá queimar as lâmpadas. As lâmpadas tem validade de cerca de 1 ano e tem que ser trocadas mesmo se continuarem acendendo. A manutenção de lagos ornamentais é proporcionalmente mais ou menos trabalhosa de acordo com seu sistema de filtragem Espero ter sido útil e fico a disposição.
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Como fazer um lago passo a passo - guia prático - Parte 4
Como fazer um lago passo a passo - guia prático - Parte 4 Nessa série de Como fazer um lago passo a passo já vimos: como definir a finalidade de seu lago como marcar o perfil como escavar como aplicar a geomembrana como decorar com as rochas O post de hoje é o penúltimo dessa série e irá abordar o sistema de filtragem. Nada dará certo se você seguiu o passo a passo até agora e não dimensionar e instalar corretamente um sistema de filtragem adequado. Hoje na internet existem muitas opções de como montar um filtro caseiro, seja biológico ou até UV. Se você, no momento, não tem recursos disponíveis acho válido tentar essas formas paliativas. No entanto, nesses 15 anos de atuação, tive a oportunidade de passar por toda a evolução da construção e filtragem de lagos. Então, usar formas caseiras para economizar ok...afinal cada um sabe onde aperta seu sapato, mas sair pregando que esses sistemas são tão eficientes quanto os industriais é uma grande bobagem. Leio e vejo essa divulgação por ai e na minha opinião é totalmente infundada. É o mesmo que dizer que andar a cavalo é melhor que andar de carro ou ainda que o telejogo é melhor do que os consoles mais modernos. Veja bem - tecnologia faz diferença sim. Como comparar um filtro UV feito com cano de PVC onde a lampada fica diretamente em contato com a água com um que possui proteção de cristal e revestimento de inox para otimizar a reflexão? Pra ser sincero cavar um lago, comprar uma geomembrana e espalhar rochas qualquer pessoa ou profissional da construção civil com paciência e bom gosto conseguem fazer. Agora economizar na filtragem ou não entender o necessário e fazer de qualquer jeito é o caminho certo para a ruína de seu projeto. Ai você pode pensar agora - ok, entendi então vou comprar o que tem de melhor e resolvido, certo? ERRADO! Antes de sair comprando precisamos entender alguns tópicos: Filtro de piscina no lago funciona? Não funciona! O filtro de piscina foi pensando para trabalhar com areia e cloro e por isso funciona. No lago, obviamente, cloro não entra então as bactérias rapidamente tomarão conta da areia. Isso faz com que se crie aquele "lodo" que ao grudar no tênis não sai apenas com água, tem que esfregar. Portanto a areia fica encapsulada nesse lodo que não permite a passagem de água que acha seu caminho pelas laterais do filtro. Logo a água circula sem filtragem. Posso colocar a UV em paralelo? Pode mas não deve. A filtragem UV é baseada na exposição da água a luz UV. Ao colocar o filtro captando água direta do lago essa entra sem filtragem no sistema. Como vai carregada de matéria orgânica rapidamente cria um crosta no cristal ou na lampada. Essa crosta bloqueia a luz e a filtragem UV deixa de ser eficiente. Posso desligar a bomba? De novo pode mas não deve. Se seu sistema esta super estimado o uso de timers como os de piscina pode ser pensado. No entanto, via de regra, os sistemas são adequados ao tamanho do lago e devem funcionar 24 horas. Dai a utilização de bombas submersas, magnéticas e de baixo consumo. Posso usar o Perlon (lã de vidro)? Esse assunto é polêmico. O perlon realiza uma filtragem ultra fina, mais indicada para aquários. Em lagos já foram muito utilizados e o são até hoje. Em meus projetos quando os filtros não são os pressurizados, prefiro usar escovas de pvc que permitem o fluxo da água em 98% e retêm o material em suspensão. Como estimar o sistema de filtragem? Costumamos montar sistemas com os seguintes parâmetros: filtro pressurizado com 120% a 130% do volume do lago (lago com 4.000 litros - filtro para 5.000 litros) bomba com valor nominal minimo de circulação de 80% a 100% do volume de água (lago com 4.000 litros - bomba de 3.200 a 4.000 litros/hora no minimo) filtragem UV de no minimo 36w para cada 4.000 litros (lago com 4.000 litros - uma UV de 36W) É importante manter o fluxo de água na proporção de no máximo 5.000 litros hora para cada 36w de UV ou seja se você tiver um lago de 8.000 litros poderia usar 36w x 2 de UV, no entanto se sua bomba for de 15.000 litros terá que usar 3 filtros ao invés de 2. Como montar o filtro?
A captação de água deve ser feita no ponto mais distante do ponto de retorno da água filtrada para o lago. Em linhas gerais o esquema tem que ser bomba - filtro pressurizado - filtro UV - retorno para o lago, ou seja, tudo em linha. Espero ter ajudado. Fico a disposição.
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Como fazer um lago passo a passo - guia prático - Parte 3
Como fazer um lago passo a passo - guia prático - Parte 3 Nos posts anteriores sobre como fazer um lago passo a passo, falamos em suma sobre: a finalidade do lago o dimensionamento como escavar Nesse post, da mesma forma, falaremos sobre a aplicação da geomembrana e das rochas. A geomembrana Em primeiro lugar relembre o cálculo explicado no último post. Segundo, com esse número procure uma empresa que forneça uma geomembrana de qualidade. As de PVC são mais baratas, do mesmo modo são mais rígidas. As de EPDM são mais caras, da mesma forma são mais maleáveis. Como padrão a Oficina do Peixe utiliza as mantas de PVC de 0,8 mm. Eventualmente você pode utilizar as de 0,4 mm. São mais baratas mas igualmente mais frágeis. Instalação Uma vez definido o perfil do lago faça uma borda em seu entorno com cerca de 15 cm de altura e 20-25cm de largura. Após essa borda escave uma canaleta com cerca de 30 cm de profundidade por 20 de largura.
Feito isso limpe toda a área do lago tomando especial cuidado em retirar pedras galhos e qualquer material contundente. O ideal é, após limpar o lago, cobrir todo o lago com bidim para proteção adicional. Sob o bidim estique a geomembrana de forma que a mesma cubra todo o lago em contato total com o solo. Dica: faça isso em dia de sol deixando a manta esticada fora do perfil pra amolecer com o calor do sol. A geomembrana tem que passar pela borda e chegar até o fundo da canaleta (vide foto acima). Verifique se a geomembrana esta cobrindo todo o lago sem nenhu ma tensão e ai cubra a canaleta com terra. Essa manta que ficara enterrada na canaleta será a ancoragem da geomembrana. Esse passo evita que a mesma se solte com o peso da água. As rochas Se seu lago foi feito com degraus (vide post anterior) você poderá apenas empilhar as rochas. Faça isso de forma a cobrir toda a geomembrana que é de cor preta. No entanto, se optou por fazer o lago com as paredes em 90 graus fixe as rochas com cimento. Esse conselho também serve se tiver crianças no entorno do lago. Utilizamos o cimento misturado com a terra do local para criar uma massa que se funde e camufla com as rochas.
Espero estar sendo útil e fico a disposição.
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Como fazer um lago passo a passo - guia prático - Parte 2
Como fazer um lago passo a passo - Parte 2 Dando continuidade ao nosso guia prático de como fazer um lago passo a passo, hoje iremos falar sobre o dimensionamento e a escavação. Dimensionando seu lago Em primeiro lugar vamos entender qual a importância do dimensionamento do seu lago. Uma vez que a finalidade de seu lago foi definida, como vimos no post anterior, o correto dimensionamento permitirá aproveitar ao máximo seu espaço. Além disso o tamanho de seu lago e sua finalidade é que permitirão estimar o sistema de filtragem corretamente. Por exemplo: Imaginemos um lago de 5 metros de largura x 5 metros de comprimento x 0,80 cm profundidade. Finalidade: lago ornamental. Logo teremos um lago com 20.000 litros de água (5 x 5 x 0,80). Esse volume é o que será usado para estimar o sistema de filtragem e a quantidade de peixes, ambos os temas abordaremos em post futuros. Escavando seu lago Uma vez definida a área que o lago ira ocupar você estará pronto para iniciar a escavação do mesmo. Com um saco de cal ou gesso desenhe o perfil do lago em seu terreno. Seja criativo, usa curvas, linhas retas, desenhos geométricos, enfim aquilo que mais lhe agradar. Ao terminar observe e confirme se o perfil esta de acordo com seu gosto. Para iniciar a escavação você tem que já ter definido que pedras irá usar. Pedras redondas, tipo seixos rolados, exigem um tipo diferente de escavação do que pedras de barranco ou moledo. Lago com pedras de barranco ou moledo:
Lago com seixos rolados ou redondos:
As rochas arredondadas exigem que o lago tenha diferença de profundidade. Você deverá pegar cerca de 40 a 50 cm da borda externa que definição para seu lago e fazer uma outra marcação, paralela a primeira. Dessa forma você terá um perfil com duas linhas idênticas, uma externa e uma interna 40-50 cm distantes uma da outra. Supondo que seu lago terá 0,80 cm de profundidade você deverá cavar a parte mais central com essa medida e o espaço entre as duas linhas com metade disso. Criando um lago com dois degraus:
Isso permitirá que você empilhe os seixos rolados criando um perfil inclinado para as paredes. Caso você opte pelas pedras tipo moledo ou de barranco, escave todo o lago com a profundidade total. Faça as paredes com uma leve inclinação para dar um efeito de descida. Esse tipo de pedra permite um encaixe mais vertical e a diversão está em aproveitar suas imperfeições para criar uma parede com um relevo interessante. Para lagos de pesca sobre a geomembrana se coloca uma proteção de tela e cimento. Espero ter ajudado e fico a disposição, no próximo post falaremos sobre a aplicação da geomembrana e fixação das rochas.
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Manutenção de Lagos Ornamentais e outros
Introdução A manutenção de lagos ornamentais e outros, em primeiro lugar, exige um entendimento sobre os principais aspectos dos mesmos. Nossa civilização, desde os babilônios e fenícios, sempre usou o elemento água com fins paisagísticos, ritualísticos e terapêuticos. Surpreendentemente com o crescimento dos centros habitacionais o espaço para a natureza foi cada vez mais esquecido. Esse esquecimento, a propósito, tem sido corrigido com a inclusão de água em praticamente todo novo projeto paisagístico. Dessa forma, cada vez mais empresas e pessoas físicas buscam incorporar em seus projetos um lago ornamental. Da mesma forma espelhos d´água com ou sem vida, piscinas naturais e outros elementos com água são usados. Feita essa breve introdução para entender a manutenção precisamos repassar pontos verdadeiramente importantes.
A construção dos lagos artificiais Uma ampla variedade de materiais e acabamentos pode ser empregada para a construção de lagos ornamentais e outros. Embora a alvenaria ainda sejam utilizados, as lonas de borracha sintética ou PVC, ganharam espaço no setor de construção de lagos. Sua maleabilidade permite a construção de lagos em qualquer perfil com aspecto verdadeiramente natural. Sua instalação praticamente define a conclusão da construção estrutural diminuindo muito o tempo de entrega do projeto.
Parâmetros básicos para o projeto de um lago A primeira variável, embora óbvia, que tem que ser definida é a finalidade do seu tanque: ornamental pesca piscina natural espelho d´água sem vida aquática espelho d´água com vida aquática reservatório Cada um desses elementos tem uma profundidade ideal, embora não sejam regras rígidas, seguem algumas medidas (coluna d´água): ornamental - 0,60 a 0,80 metros pesca - 1,5 a 3 metros piscina natural - escalonada de 1 a 2 metros (para crianças e adultos) espelho d´água sem vida aquática - 0,05 a 0,015 metros espelho d´água com vida aquática - 0,15 a 0,20 metros reservatório - 3 a 5 metros Essa definição é importante a fim de projetarmos o sistema de filtragem ideal para facilitar a manutenção de lagos. As dimensões de largura e comprimento dependem do espaço disponível e embora possam ser minimas a coerência para a utilização final do tanque tem que ser preservada. Por exemplo, um lago de pesca de 1,5 m x 1,5 m não ira proporcionar o desafio, espaço e consequentemente o lazer desejado. Um lago ornamental com 2 metros de profundidade não permitirá a exposição das carpas coloridas que tenderão a fincar no fundo. Em espelhos d´água ou lagos ornamentais cujo acabamento seja algum tipo de revestimento cerâmico pode ser previsto um desnível de 1,5% a 3% do fundo do lago em direção a uma saída de esgoto. Como os revestimentos sem o uso do cloro tendem a acumular limo ou algas o esgotamento da água ou diminuição de seu nível pode ser um fator de facilitação da manutenção. Quanto ao acabamento do tanque, pode-se optar por cimento rústico, ladrilhos, azulejos, pastilhas, rochas ou ainda outros acabamentos de acordo com o gosto e integração do paisagismo geral. A fim de evitar a perda de peixes por salto ou pesca de gatos e cães, as bordas do tanque devem ficar a entre 20 e 30 cm acima da linha d água. O sistema de filtragem e circulação O sistema de filtragem e circulação é o coração e o segredo para um lago saudável de acordo com sua necessidade. Não podemos pensar em manutenção de lagos sem a avaliação e introdução correta de sistemas de filtragem e circulação adequados. A principio pensemos no sistema de circulação. O básico para todos os tipos de tanque é que a captação da água a ser filtrada seja feita no ponto mais distante do retorno da água limpa do filtro. Essa medida simples evita que se crie uma zona de filtragem e uma circulação viciada em apenas parte do lago, forçando a movimentação de toda a água do mesmo. Assim sendo, independentemente se o lago por oval, redondo ou irregular iremos buscar primeiramente o maior eixo de comprimento possível. Em uma extremidade imaginaremos a captação da água e na extremidade oposta sua devolução devidamente filtrada. Se o tanque for muito irregular ou arrendondado podemos dividir o retorno da água em 3 ou 4 saídas de tal forma que as mesmas cubram a maior parte da extremidade de retorno irregular. Imaginemos sempre que o retorno deverá "empurrar" toda a extremidade de onde saí para a extremidade de captação. Com o sistema de circulação pensado juntamente com o tamanho do lago podemos, agora, estimar o sistema de filtragem.
Os tanques e lagos, normalmente, se encontram expostos ao tempo ao sol de forma direta sendo submetidos a variações extremadas nas condições físico-químicas da água. As chuvas, em especial, aquelas que caem nas regiões próximas a grandes metrópoles, e em outras zonas, com altos níveis de poluição atmosférica, alteram, muitas vezes, drasticamente as características da água, provocando um rebaixamento dos níveis do pH e uma proliferação excessiva de algas microscópicas. Esta proliferação descontrolada causa o "embaçamento" da água e/ou a água verde que prejudica a visualização dos peixes e acaba com o efeito estético do lago. A chuva também provoca o assentamento das eventuais partículas de poeira em suspensão no ar que acabam se acumulando no fundo lago. Se o lago estiver instalado em uma área arborizada, gramada e sujeita a ventos o acumulo de galhos, folhas e até da grama aparada podem ocorrer também, prejudicando a qualidade geral da água. Esse material orgânico externo e os desejos dos peixes são submetidos a uma degradação bacteriana, que concorre para piorar a qualidade da água através de: diminuição das taxas de oxigênio dissolvido na água aumento dos níveis de CO2, aumento dos níves de amônia (NH3OH) redução da transparência da água acumulo de sedimentos lodosos no fundo do tanque fornecimento energético para as micro algas (água verde) Podemos dividir os sistemas de filtragem em 3 pontos importantes: potência das bombas filtragem mecânica-biológica filtragem UV ou por ozônio As bombas de água Quando pensamos em bombas para nossos tanques devemos pensar em ter a quantidade de água total do lago passando pelo sistema de filtragem e circulação pelo menos 3 a 5 vezes ao dia. Dessa forma, um lago com 10.000 litros de água deve ter bombas individuais ou que somadas circulem 30.000 a 50.000 litros ao dia. Uma bomba de 5.000 litros/hora, por exemplo, circulará algo como 30.000 a 40.000 litros dia. A água é um líquido viscoso e pesado, sendo necessária muita energia para elevá-la mesmo que, a pequenas alturas. E devido ao atrito com as paredes do encanamento, existe uma grande perda de vazão quando a bombeamos a alturas acima de um metro. Dessa forma devemos manter o sistema de filtragem o mais próximo possível do tanque e mais ao nível da coluna de água do mesmo possível. Indicamos o uso das bombas submersas modernas por serem muito econômicas em relação às similares de instalação externa. Por exemplo, existe um modelo com uma vazão inicial máxima (sem carga), equivalente a 11.000 litros/hora, com um consumo de apenas 137 watts. Compare com qualquer marca de bomba convencional e verifique a diferença. O torque é a força de giro da bomba, portanto, sua capacidade de elevar a água a uma altura considerável (coluna de água), vencendo a força de atração da gravidade (peso). A vazão é a quantidade de água bombeada em uma unidade de tempo, geralmente litros (L/H) ou galões por hora (GPH). Para converter galões em litros basta multiplicar a vazão por 3,785 (no caso da tabela apresentar a vazão em galões americanos) ou por 4,546 (galão inglês ou imperial). Devido às condições em que devem trabalhar essas bombas, costumam ser usadas com um pré-filtro ou proteção para evitar a sucção acidental de folhas, pedras, ramos ou quaisquer outros objetos que possam danificar suas partes móveis. A filtragem mecânica-biológica A dica principal para a filtragem mecânica-biológica é a seguinte: Se seu tanque tem vida não pode ser adicionado cloro então, NUNCA, DE FORMA ALGUMA, utilize filtros de piscina com areia. As bactérias irão se proliferar na areia, o que é bom, mas criarão um lodo impermeável que rapidamente forçara a água a passar pelas paredes do filtro e não pela areia filtrante. Isso causa uma pressurização do filtro desnecessária, força a bomba e não filtra a água que passa a circular sem passar por nenhum filtro mecânico (no caso seria a areia). Isso posto vamos tentar classificar alguns tipos de filtragem: filtros pressurizados: próprios para lagos e tanques com vida (sem uso de cloro) tem espumas de várias espessuras em seu interior que filtram a água e permitem uma manutenção periódica facilitada. Lagos de até 20.000 litros filtros de grande volume: filtros prontos com cerca de 3m x 2m para lagos a partir de 50.000 litros mini estações de tratamento de água: para lagos com mais de 50.000 litros ou sem espaço para a instalação do filtro anterior aeração: para lagos de pesca zona palustre: filtro de plantas para piscina natural trabalhando em conjunto com uma das opções anteriores. A função principal do filtro mecânico-biológico é filtrar os sedimentos em suspensão da água do tanque e proporcionar ambiente para a proliferação das bactérias denifricantes responsáveis pela quebra da amônia. Costumo trabalhar com 1,5 o volume dos tanques em capacidade de filtros, ou seja, um lago com 10.000 litros terá sistema de filtragem estimado de 15.000 litros. A filtragem UV e/ou ozônio A filtragem mecânica e biológica não consegue eliminar micro organismos como bactérias (algumas nocivas) e esporos de algas. O foco principal são os esporos das micro algas que ao se proliferarem sem controle deixam a água verde, mal cheirosa, com aspecto de um pântano e não de um lago ornamental. A lata proliferação em lagos de pesca causam a diminuição do oxigênio dissolvido e podem causar a morte dos peixes, sem contar o aspecto de água parada que o mesmo fica. Existem dois recursos infalíveis para o controle e eliminação das algas: Filtro UV: Deve ser instalado após o filtro mecânico para receber a água mais livre de impurezas sólidas possível. A Oficina do Peixe, independentemente da indicação do fabricante, utiliza 36w para cada 5.000 litros de vazão hora nominal da bomba. Esse cálculo foi desenvolvido através de 15 anos de experiência instalando e cuidando de lagos ornamentais. Mais importante do que a especificação do fabricante do filtro UV é o panorama geral em que o mesmo será inserido. A primeira variável importante é a circulação e a potência da bomba responsáveis, primeiramente, pela limpeza geral do tanque. O filtro UV opera "queimando" tudo que passa por ele e se a água passar muito rápida pelo mesmo não dará tempo para o mesmo agir. Dessa forma se temos uma bomba de 10.000 litros/hora em um lago de 5.000 litros a indicação seria uma UV de 24 ou no máximo 36 w pelo tamanho do lago. Mas pela potência da bomba e a regra de ouro da Oficina do Peixe já pensamos em 72 W de UV. Utilizamos um filtro UV de 55 w com cilindro espelhado internamente que atinge facilmente o efeito desejado. Um erro muito comum é colocar o filtro UV com uma pequena bomba fora do circuito do filtro principal o que não traz bons resultados pois o mesmo recebe toda a carga de resíduos físicos da água que rapidamente encapsulam o cristal interno, impedindo a ação da luz \UV. Filtro de ozônio De modo geral, o ozônio começou a ser utilizado para desinfecção de água em 1886 e em 1891, ou seja, deste o século XVIII, e seu uso foi muito difundido de lá para cá. A primeira instalação industrial de ozônio foi em 1893, em Oudshoorm, na Holanda, para desinfecção na estação de tratamento de água de abastecimento da cidade. Com o passar dos anos, o número de estações de tratamento de água utilizando o ozônio aumentou. Em 1914, haviam pelo menos 49 estações na Europa que utilizavam ozônio como desinfetante. Em 1936, esse número cresceu para 100 na França e 140 ao redor do mundo. Mas seu uso não se resume somente ao tratamento de água, outras áreas também têm interesse no seu uso. Todo o processo de tratamento de água destina-se a um único objetivo, retirar da água qualquer tipo de contaminação, evitando assim a transmissão de doenças. Para que isso ocorra, são adicionados à água que bebemos produtos capazes de diminuir esses contaminantes. Esses produtos são utilizados em estações de tratamento, piscinas e tanques. Um desses produtos, o ozônio, é utilizado devido a sua ação oxidante no tratamento da água, pois sua ação é mais rápida. No entanto, devido ao seu baixo custo em relação ao ozônio o cloro é muito mais utilizado. Infelizmente o cloro tem uma ação prejudicial aos peixes e plantas. Dessa forma não é possível utilizá-lo em tanques com vida aquática para o controle de algas. O ozônio sim, pode ser utilizado, com ótimos resultados. Porque utilizar o ozônio? Mas, em 1975, descobriu-se que os compostos organoclorados (subprodutos das reações do cloro com matéria orgânica) são cancerígenos. Consequentemente, o cloro começou a ter sua aplicação cada vez mais limitada. Isso se deve ao fato de que os organoclorados possuem alto potencial de formação de trihalometanos (THM). Inicialmente produzidos, geralmente, na fase de pré-oxidação da água bruta com cloro. De fato isso ocorre antes do processo físico-químico de tratamento de água. Essa descoberta fez com que o ozônio ressurgisse como uma das principais alternativas na substituição do cloro. Isso resultou na retomada do desenvolvimento das aplicações de ozônio e principalmente dos sistemas de geração de ozônio. Um estudo publicado em 2001 por Velano e colaboradores mostra a diferença do ozônio dos demais agentes desinfetantes. De fato a diferença é a maneira como ocorre a destruição dos micro-organismos. Ele é capaz de romper a parede celular de bactérias e fungos, inativando esses microrganismos e impedindo que possam causar danos à saúde. Sendo que o cloro, por exemplo, atua por difusão através da parede celular. Depois atua no interior da célula em elementos como enzimas, proteínas, DNA e RNA. Além disso, deixa resíduos prejudiciais aos organismos que ingerirem a água. Aplicações do Ozônio Sua aplicabilidade ocorre em diversos segmentos do tratamento de água e em centrais de abastecimento hídrico das cidades, como: Consumo de água em residência e na aquicultura (criação de peixes), Processos de branqueamento; Água mineral (enxague de desinfecção de reatores, tanques, garrafas); Tratamento de lixívia, chorume; efluente de indústria têxtil; Processos de síntese; Branqueamento de matérias primas e produtos, oxidação de gases; Desinfecção de água fresca água de processo e água de resfriamento; Desinfecção, descoloração, desodorização e desintoxicação de efluentes e melhoria da biodegradabilidade; Purificar a água usada na indústria farmacêutica; Dentre outros.
O ozônio causa danos à saúde? A pergunta que fazemos é: “Como o ozônio presente na troposfera e no ar de ambientes internos causa danos à saúde, por que ele é utilizado como desinfetante na água, alimentos e objetos?” Isso se deve ao fato de que o ozônio decompõe-se rapidamente na água. De fato ao romper a parede celular de um fungo ou bactéria, ele irá originar oxigênio . Embora possa gerar outra substância, dependendo da matéria que ele interagiu antes da reação começar. Por isso, ele não gera nenhum produto que possa causar dano à saúde quando utilizado para esses propósitos. Ozônio facilitando a manutenção de lagos Para lagos de grande volume a utilização da filtragem UV fica, operacional e economicamente, inviável e dai utilizamos o ozônio. Embora continuaremos a usar filtros UV na saída da água com ozônio para "polir" a mesma dando o aspecto de cristal tão desejado. Como explicado anteriormente o ozônio, devido a sua ação oxidante, pode ser usado no tratamento da água de lagos com vida. Sobretudo porque consegue desinfectar em menos tempo de contato com os agentes infectantes e mais rápido do que a ação de outros desinfetantes (no caso de tanques com peixe não existem outros desinfetantes). O ozônio também oxida micropoluentes orgânicos, sobretudo aqueles que causam sabor e odor, eliminando o cheiro característico de lagos com peixes e plantas. Como funciona o tratamento de água com ozonizador? O equipamento capta o ar do ambiente, transporta até o reservatório de água e através da reação química transforma o oxigênio em ozônio. O gás, por sua vez, tem alto poder germicida e oxidante e ampliamos essa produção com o uso de oxigenador medicinal acoplado ao aparelho gerador de ozônio. Como o ozônio é facilmente degradado em contato com o ar é necessário a criação de uma câmara de concentração. Essa câmara pode ser feita com tubos de PVC e o próprio percurso do filtro até o retorno para o lago pode ser utilizado, desde que o mesmo tenha em média o minimo de 9 metros lineares. Esse percurso faz com que o O³ fique em contato com água do lago o maior tempo possível, auxiliando na desinfecção da mesma. Produtos químicos na manutenção de lagos Como filosofia a Oficina do Peixe tem o ideal de criar condições adequadas com o sistema de filtragem para evitar o uso de aditivos químicos. No entanto os mesmos são necessários para tratamento de lagos que não apresentam um sistema de filtragem e para a sintonia fina das condições de água se o objetivo for a reprodução de peixes. A qualidade da água é de fundamental importância com o fim de manter peixes saudáveis. As carpas, muito utilizadas na ornamentação de lagos, apreciam uma água levemente alcalina, com um valor de pH entre 6.8 e 7.8, podendo suportar as temperaturas compreendidas entre 2º e 45º Célsius. Dessa forma, vou explicar alguns desses aditivos a seguir: Condicionadores: Condicionam a água de torneira tornando-a adequada para uso nos tanques. Anti cloro: eliminam o Cloro e as Cloraminas, quando existentes, neutralizando os metais pesados Acidulantes: diminuem o PH da água quando essa esta muito alcalina Alcalinizantes: aumentam o PH da água quando essa esta muito ácida Fertilizantes: Empregados para suprir as necessidades das plantas, cujo rápido desenvolvimento esgota as parcas reservas contidas na água dos tanques. Purificadores: Cepas de bactérias e fungos anaeróbicos e aeróbicos utilizados como auxiliares e aceleradores da filtragem biológica, visando maximizar a degradação da matéria orgânica, reduzindo o volume de poluentes no tanque. Floculantes ou Floculadores: Polímeros e aglutinantes que agregam as partículas em suspensão. Essa aglutinação as torna mais pesadas e portanto vão ao fundo. Embora esse processo deixe a água mais clara um sistema de filtragem adequado precisa recolher esses detritos. Muito utilizados em tratamento de choque quando o lago encontra-se tomados por algas e iremos utilizar o algicida, causando grande impacto residual. Algicidas: Produtos químicos que matam as algas. Utilizados para desinfecção preventiva e corretiva de lagos tomados por algas e sem o sistema de filtragem recomendado anteriormente. Também podem se usados para controle das alga impregnantes (musgo ou pedras verdes) que não alvo do sistema de filtragem e fazem parte da boa biologia do lago. No entanto, mesmo com a água cristalina, podem dar impressão de esverdeamento em acesso pela reflexão quando em excesso. Absorventes: Elementos filtrantes químicos, que retém (absorvem) diversos tipos de compostos de origem orgânica, melhorando a qualidade da água. Embora sejam usados raramente podem ser ótimos aliados na limpeza de impurezas. A alimentação dos peixes e a manutenção de lagos Um fator importante embora negligenciado quando pensamos na qualidade da água de lagos ornamentais é a qualidade da ração. As rações para peixes ornamentais são especialmente formulados para suprir as necessidades nutricionais destes organismos sem sujar a água. Tem sua dissolubilidade (tempo que dissolvem na água) mais lenta dando tempo para que os peixes a consumam. Existem rações de superfície e de fundo sempre com a característica anterior. Por que isso é importante? Porque ao se dissolver rapidamente os peixes não a consomem causando uma má nutrição aos mesmos. Além disso fornecem alimento para as indesejáveis algas, através da sua degradação na água. Rações para peixes de corte ou lagos de pesca não são indicadas, embora possuam alto teor de proteína e gordura, são facilmente degradadas pela água. De certo pode ser utilizados em lagos de pesca e engorda que não necessitam de uma manutenção de lagos refinada. Trocas parciais de água O sistema de filtragem da Oficina do Peixe elimina a necessidade de esgotamento do lago para limpeza. Recomendamos uma troca parcial a cada 2 meses de 20% do volume do lago. Por outro lado em épocas de chuva não existe essa necessidade. No inverno a evaporação é maior e a troca parcial pode ser feita juntamente com a água para repor o nível original do lago. A Manutenção de Lagos - procedimentos e dicas Posteriormente entendemos os principais elementos que compõe um lago e agora podemos falar da manutenção de lagos propriamente dita. Quando realizamos uma manutenção de lagos preventiva ou corretiva passamos pelos seguintes itens: 1. Qualidade da água Dividimos essa avaliação em dois passos: Visual: Como esta o aspecto geral da água do lago? Cristalino ou esverdeado? Se esverdeado é a água ou o reflexo das algas impregnadas nas paredes e no fundo? Então utilizamos um copo de vidro transparente coletando a água de 3 ou 4 pontos diferentes. Imediatamente olhamos contra a luz para essa avaliação inicial. Testes químicos: Embora existam inúmeros testes, de forma geral, podemos nos concentrar em: PH: para carpas o PH ideal é uma faixa de 7.0 a 7.4 Temperatura: fator importante para reprodução de peixes e controle de algas Fosfato: será decomposto até chegar na amônia, servindo de alimento para a proliferação de algas Amônia: tóxica e nociva aos peixes 2. Circulação Importante verificar se a circulação está permitindo a distribuição da água de retorno por todo o lago. Anteriormente já explicamos que a captação deverá ocorrer no ponto oposto e do retorno da água do filtro. Observamos o fundo do lago e notamos se não existem áreas "mortas" com acumulo de detritos. O ideal que esse acumulo de sólidos pesado ocorra o mais próximo possível da captação de água. 3. Sistema de filtragem Supondo, aqui, uma primeira visita iremos avaliar se o sistema instalado é compatível com o tamanho do lago. Embora pelas análises anteriores já teremos detectado eventuais problemas nesse item Nos deparando com um lago com problemas e sistema de filtragem adequado uma avaliação dos equipamentos é necessária: As bombas trabalham livres ou estão obstruídas? O filtro mecânico esta limpo ou necessita de uma retro lavagem? As mídias filtrantes, quando for o caso, estão saturadas? As luzes dos filtros UV estão acesas? Os mesmos estão instalados corretamente após o filtro mecânico? Se estão essas lampadas tem até um ano de vida? Se tem, o cristal interno esta limpo? Resolvendo problemas e facilitando a manutenção de lagos Água verde Existem algumas atitudes que permitem melhorar o aspecto do lago sem a necessidade de filtros mais complexos: Aumentar o número de plantas que absorvem os nutrientes que alimentariam as algas em suspensão e proporcionam sombra ao ambiente; Construir pergolados com ou sem plantas, plantar palmeiras ao redor do lago ou usar plantas flutuantes para equilibrar a luminosidade; Adequar a quantidade de peixes ao tamanho do lago; Alimentar de maneira controlada e com ração de qualidade evitando sobras Aumentar as trocas parciais da água para eliminar altos índices de amônia, nitritos, nitratos, etc.; Bordas do lago levemente mais altas que o terreno no entorno para evitar a entrada de grama cortada, folhas, etc. Evitar a queda de folhas com podas dos galhos das árvores próximas Read the full article
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SISTEMA DE FILTRAGEM DE LAGO ORNAMENTAL - CICLO DO NITROGÊNIO
SISTEMA DE FILTRAGEM DE LAGO ORNAMENTAL - CICLO DO NITROGÊNIO
Para falarmos de sistema de filtragem de lago ornamental começaremos entendendo o Ciclo do Nitrogênio. Para entender verdadeiramente de sistemas como lagos ornamentais ou piscinas naturais, suas variações e seus sistemas de filtragem primeiramente é necessário que se entenda o ciclo do nitrogênio. Com o propósito de criar condições de minimizar a produção de nitratos e fósforo. Para a manutenção da água cristalina é que o entendimento desse ciclo é importante. Um assunto essencial no estudo da vida no interior de um lago é a gestão dos resíduos biológicos produzidos pelos habitantes do mesmo. Peixes, invertebrados, fungos e algumas bactérias excretam resíduos nitrogenados. Primeiramente esses resíduos vem na forma de amoníaco. Eventualmente pode se transformar em amônio, de acordo com a água do lago. Esse resíduo deve passar pelo ciclo do nitrogênio que pode ser estimulado por um sistema de filtragem de lago ornamental adequado. Também se produz amoníaco através da decomposição das plantas e da matéria animal, incluindo fezes e outros detritos. Os dejetos nitrogenados, em altas concentrações, tornam-se tóxicos para os peixes e outros habitantes do lago. Portanto a falta de um sistema de filtragem de lago ornamental adequado podem prejudicar o desenvolvimento e ate matar os mesmos. Um lago verdadeiramente equilibrado contém organismos que podem metabolizar os dejetos. Porque os resíduos nitrogenados que são produzidos são metabolizados por bactérias nitrificantes (gênero Nitrosomonas) . Essas bactérias capturam o amoníaco da água e o metabolizam para produzir nitritos. Essa é a função principal do sistema de filtragem de lago ornamental biológico. Os nitritos também são altamente tóxicos para os peixes em taxas elevadas. Outro tipo de bactéria (gênero Nitrospirae) converte os nitritos em nitratos, menos tóxicos. Portanto procuramos estimular o desenvolvimento dessas bactérias em câmaras especiais dentro do sistema de filtragem de lago ornamental. Além das bactérias, as plantas aquáticas também eliminam os resíduos nitrogenados metabolizando o amoníaco e os nitratos. Quando as plantas metabolizam compostos do nitrogênio, eliminam este elemento da água, convertendo-o em biomassa. No entanto, isto é somente temporário, já que as plantas voltam a expulsar o nitrogênio na água quando as folhas velhas se decompõem, por exemplo.
A figura mostra o ciclo do nitrogênio de forma resumida Ainda que informalmente seja chamado de ciclo do nitrogênio pelos estudiosos, este processo é, na verdade, apenas parte de um ciclo maior.
Os nitratos são absorvidos pelas plantas que se alimentam. No final do ciclo temos o fósforo que também é alimento para plantas, dai a facilidade de reprodução de algas. Dessa forma lagos podem ser auxiliados por sistemas de filtragem complementares. Principalmente se são de sistema fechados, ou seja, não possuem alimentação continua de nascentes. Aprendendo a fundo: Processos do ciclo do nitrogênio Fixação A fixação é o processo através do qual nitrogênio é capturado da atmosfera em estado gasoso (N2) e posteriormente convertido em formas úteis para outros processos químicos, tais como amoníaco (NH3), nitrato (NO3-) e nitrito (NO2-). Esta conversão pode ocorrer através de vários processos, os quais são descritos nas secções seguintes. Fixação Biológica Algumas bactérias têm a capacidade de capturar moléculas de nitrogênio (N2) e transformá-las em componentes úteis, inesperadamente, para os restantes seres vivos. Entre estas, existem bactérias que estabelecem uma relação de simbiose com algumas espécies de plantas (leguminosas) e bactérias que vivem livres no solo. A simbiose é estabelecida através do consumo de amoníaco por parte das plantas; amoníaco este que é produzido pelas bactérias que vivem nos caules das mesmas plantas. Algumas bactérias têm a capacidade de capturar moléculas de nitrogênio (N2) e transformá-las em componentes úteis para os restantes seres vivos. Entre estas, existem bactérias que estabelecem uma relação de simbiose com algumas espécies de plantas (leguminosas) e bactérias que vivem livres no solo. A simbiose é estabelecida através do consumo de amoníaco por parte das plantas. Amoniaco esse que é produzido pelas bactérias que eventualmente vivem nos caules das mesmas plantas. Fixação Atmosférica A fixação atmosférica ocorre através dos relâmpagos, cuja elevada energia separa as moléculas de nitrogênio e permite que os seus átomos se liguem com moléculas de oxigênio. Assim sendo é formado monóxido de nitrogênio (NO) primeiramente. Este é posteriormente dissolvido na água da chuva e depositado no solo. A fixação atmosférica contribui com cerca de 58% de todo o nitrogênio fixado. Fixação Industrial Através de processos industriais (nomeadamente o processo de Haber-Bosch) é possível produzir amoníaco (NH3) a partir de azoto (N2) e hidrogénio (H2). O amoníaco é produzido principalmente para uso como fertilizante cuja aplicação, surpreendentemente, sustenta cerca de 40% da população mundial. Assimilação Os nitratos formados pelo processo de nitrificação são absorvidos pelas plantas. Posteriormente são transformados em compostos carbonados para produzir aminoácidos e outros compostos orgânicos de nitrogênio. A incorporação do nitrogênio em compostos orgânicos ocorre principalmente e em grande parte nas células jovens em crescimento das raízes. Mineralização Através da mineralização (ou decomposição) a matéria orgânica morta é transformada no íon de amônio (NH4+) por intermédio de bactérias aeróbicas, anaeróbicas e alguns fungos. Nitrificação A oxidação do amoníaco, conhecida como nitrificação, é um processo que produz nitratos a partir do amoníaco (NH3). Este processo é levado a cabo por bactérias (bactérias nitrificantes) em dois passos: primeiramente o amoníaco é convertido em nitritos (NO2-) e posteriormente (através de outro tipo de bactérias nitrificantes) os nitritos são convertidos em nitratos (NO3-) prontos a ser assimilados pelas plantas. Denitrificação A desnitrificação é o processo pelo qual o azoto volta à atmosfera sob a forma de gás quase inerte (N2). Este processo ocorre, principalmente, através de algumas espécies de bactérias (tais como Pseudomonas e Clostridium) em ambiente anaeróbico. Estas bactérias utilizam nitratos alternativamente ao oxigênio como forma de respiração e libertam azoto em estado gasoso (N2). Eutrofização A eutrofização corresponde a alterações de um corpo de água como resultado de adição de azoto ou fósforo. Os compostos de azoto existentes no solo são transportados através dos cursos de água, aumentando a concentração nos depósitos de água. Eventualmente isso pode fazer com que estes sejam sobre-populados por certas espécies de algas podendo ser nocivo para o ecossistema envolvente. Outros ciclos de nutrientes O nitrogênio não é o único nutriente que circula por um aquário. O oxigênio dissolvido entra no sistema pela superfície da água em contato com o ar ou mediante uma bomba de ar. O dióxido de carbono abandona o sistema, também, pelo ar. O ciclo do fosfato é um importante ciclo de nutrientes que também aqui se efetua, ainda que seja freqüentemente ignorado. O enxofre, o ferro e outros micronutrientes também circulam pelo sistema,primeiramente entrando como comida e finalmente saindo como dejetos. O controle apropriado do ciclo de nitrogênio e a adição correta de comida, deve ser suficiente para manter os outros ciclos de nutrientes próximos do equilíbrio. fonte: Wikipédia, todos os direitos reservados Read the full article
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LAGOS ORNAMENTAIS OFICINA DO PEIXE
Dos aquários aos lagos ornamentais Surpreendentemente já se passaram 15 anos de Oficina do Peixe. Enquanto o vídeo dos 15 anos não fica pronto vamos matando a saudade com o vídeo de 10 anos. Embora para mim parece que foi ontem que estava escolhendo o ponto da primeira loja. Começamos com aquários em 2004, primeira loja em 2006 e desde sempre pesquisando sobre lagos ornamentais. No último post contei um pouco da nossa história e como surgiu a Oficina do Peixe. Algumas pessoas me perguntaram se verdadeiramente foi de tanto visitar outras lojas. Rsss...foi uma força de expressão com a finalidade de reforçar que nossa empresa foi criada por amantes do aquarismo de verdade. Fico a disposição para qualquer outra dúvida. Abraço.
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