#LITERATURABRASILEIRA
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Afrodisíaco
Nada tão vívido como Lilth se revelando Em sua frente para tomar o seu olhar Nada tão indiferente quanto o prazer Solver algumas flechas no colo de noivas
Um apêndice ou experiência Apresentando como palco Consumindo como vitrine Insultado como bordel
A prática celibatária Atraindo pulsões de morte Útil bala de prata Para dissolver cigarras
A crueldade enfeita o afeto Perfilamos objetos degustáveis Sósias amam mais espelhos Do que histórias ressentidas
Originamos trópicos incômodos És guardião do corpo e de euforias És substância de amido me inventa vidros Transmutará a palavra em pertencimento
Preencherá o cemitério de personas Com o pó de elefantes brancos Com veemência Dionísio salta a língua E instaura o estado indecência eterno
Oscilar entre instante e animal Perene gosto admitindo malícia Luar tomado pelas mãos Ocultando culpa
Sua luta externa mil babilônias Falar a textura dos lobos Coincidir carne e impermanência Aniquila-me notavelmente com teu zelo
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"The most difficult thing is to make the world take on the meaning we need it to have."
— ANDRADE, Mário de. From "Macunaíma"
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QUARTO DE DESPEJO (2023) Carolina Maria de Jesus e Ruth de Souza
Quarto de Despejo" é um livro escrito por Carolina Maria de Jesus, uma escritora brasileira nascida em Minas Gerais em 1914 e falecida em 1977. O livro foi publicado pela primeira vez em 1960 e é um relato autobiográfico que apresenta o cotidiano de Carolina Maria de Jesus na favela do Canindé, em São Paulo.
O título "Quarto de Despejo" refere-se ao local onde Carolina vivia, um barraco precário na favela. No livro, ela descreve as condições de vida difíceis, a pobreza extrema, a fome e as lutas diárias para sobreviver. Carolina registrava suas experiências em diários, nos quais ela expressava seus pensamentos, emoções e observações sobre a realidade à sua volta.
O livro ganhou destaque por retratar a vida de uma mulher negra e pobre no Brasil durante os anos 1950 e 1960. Carolina Maria de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras a alcançar reconhecimento no país, e "Quarto de Despejo" é considerado um importante documento histórico e literário que oferece uma visão única das condições de vida nas favelas brasileiras naquela época.
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Muito feliz em poder compartilhar com vocês a capa do meu novo romance LGBTQIAPN+. 😍 🏳️🌈
O fake date Projeto Namoro Falso sai em agosto, pelo selo Libertà, e espero que se apaixonem pela história. 🥰
Sinopse:
Quando descobre que seu ex, Zeca, está indo com o novo namorado para o Festival Literário do Ceará, o primeiro pensamento do escritor Erick Bacelar é desistir da viagem. Triste com o término repentino do seu namoro, o que ele menos quer é ficar na presença do novo casal feliz. Mas sua mãe e Thales, seu irmão, aparecem com o plano perfeito: usar seu primeiro livro como inspiração e arrumar um namorado falso para a viagem.
Apesar de saber que não é uma boa ideia – afinal, namoros falsos só dão certo na ficção –, Erick decide aceitar que Thales encontre o cara ideal na agência de talentos de sua mãe.
O escolhido é o ator Leonardo Fernandes, que participará do filme baseado no segundo livro escrito por Erick. Os dois embarcam juntos para Fortaleza, para alguns dias de paz, sol e tentativas de ciúmes em Zeca.
Mas Erick não esperava encontrar o ex-namorado o tempo todo e, por isto, ter que se manter sempre próximo de Leonardo, gerando uma mistura de sentimentos, confusões e dúvidas em sua cabeça.
Será que o plano realmente vai dar certo?
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A filha primitiva - Vanessa Passos Em “A Filha Primitiva”, Vanessa Passos tece uma narrativa poderosa e envolvente que atravessa gerações. Ambientado em Fortaleza, o romance acompanha a trajetória de três mulheres de uma mesma família: avó, mãe e filha. Unidas pelo destino, mas separadas por dores profundas, essas mulheres enfrentam desafios que vão desde o abandono e a violência até a busca por perdão e reconciliação. A história explora temas universais como amor, raiva, fé e ceticismo, enquanto revela as complexidades das relações familiares e a força da ancestralidade. Com uma escrita sensível e impactante, Vanessa Passos nos convida a refletir sobre o poder das memórias e a resiliência do espírito humano.
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instagram
"Felizes os cães, que pelo faro descobrem os amigos "!
Machado de Assis (1839-1908)
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Idas e vindas...
...de um escritor indeciso. E é isso. Escrevi um total de 240 mil palavras do que chamei de RECORTES DE UMA INVASÃO ALIENÍGENA. Das quais, umas 70mil [?] são de cenas que, embora funcionem, não entrariam no livro. Fiz uma bagunça. 4 atos/partes. 13 capítulos. mais de 60 cenas. São 12 POVs diferentes. Cada cap tratado como um conto... em termos. Não, foi mais como uma série onde existe o problema maior, da temporada, e cada capítulo seria um episódio lidando com um problema próprio enquanto caminhava na direção do desfecho maior. Só que num POV diferente. Tem o protagonista... mas com o tempo ele perdeu espaço pra antagonista. E ela não só tem mais Caps no POV dela como entre cada Cap tem um Interlúdio em primeira pessoa, vejam só. Só que tem um porém: essa foi a versão 5. Já me descontentei com ela mil vezes, já comecei a planejar as versões 6, 7 e 8, mas nunca as coloquei adiante porque quando volto e leio as quase 300mil palavras, acabo curtindo e não é pouco. Mas eu conheço até as histórias que não estão escritas, então sou suspeito para falar. Então, veio ela. Izabel. Colega em um grupo literário. Começamos a conversar por ela estar com dificuldades para levar adiante uma ideia. Na descrição, parecia muito com a minha baguncinha no RduIA [RECORTES DE UMA INVASÃO ALIENÍGENA] e resolvi compartilhar como escrevo e como fui resolvendo os problemas que me apareciam. Com sorte alguma coisa poderia ajudá-la. PORÉM, quem se estrupiou com esse papo fui eu. Corri pro Scrivener e abri um arquivo novo chamado RudIA Versão 9. UHIAHUAUHIAUHI E é isso. Vamos ver aonde isso me leva, se leva, como leva. Promessas que fiz a mim quanto à essa versão:
Reduzir de 12 para 2 ou 3 POVs.
Trazer de volta o protagonismo para o protagonista.
Reduzir as 300 mil palavras para 60-80 mil.
Já é um feito enorme, mas haja vista que as 300 lidavam com os arcos de 10 personagens principais, um não tanto e a antagonista, concentrando em apenas 2 ou 3 irá reduzir a milhagem absurdamente.
Espero.
Torço.
Forca, Foca e caFé.
Até a próxima!
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O livro “O Dote de Letícia” é o presente ideal para quem questiona e quer resposta para sobre a vida.
Confiança "...é a poderosa e sensível teia de sustentação. Embora fácil de quebrar, enquanto estiver íntegra se torna o poderoso sustentáculo da relação...” (Trecho do livro "O Dote de Letícia").
O Dote de Letícia consegue dar leveza a temas cotidianos que parecem pesados de se discutir. Os problemas são resolvidos sob a lógica dos personagens e ganham leveza na pena do autor.
Faça alguém se sentir especial.
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Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro. Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de “minha vida”. Outros fragmentos, daquela “outra vida”. De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos. Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas. Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector “Tentação” na cabeça estonteada de encanto: “Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível”. Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece. De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia. Era isso – aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria. Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.
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“et singula semper sit amet maximus.”
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Plástico/Quartzo
Órfãos de toda a encenação Películas não nos comovem mais Casas sem contornos visíveis Um signo superior ao significado
Me dê revelações, me dê o valor Hierarquizar vacas leiteiras Garantir corações e mentes Antes que o período seja interrompido
Olha-me com essa feição fugidia Antes de cada encontro Uma cruz orgânica é feita Quase fundando a teologia
Todo o sexo tão requintado e requisitado Teus gestos tão personagem de Fitzgerald O auto teatro, improvisando monólogos Importunará fracassos direto das veias
Afogar os filhos em frases aliciantes Vigiará uma Hera sem obstinação Ao bater cílios contra calcanhares Um fio enfim de ínfimas secreções
Aqui está teu estômago, meu bem Obrigado pela gentileza de cedê-lo a nós Imagino a indecência de encontra-lo exposto Então tomamos a liberdade de guarda-lo entre véus
Os olhos ficam nas bandejas, ao lado da recepção Para as narinas, há um ambiente aromatizado ao lado Aqui você enxergará com o tato Aqui você respirará com o tato
A língua se opõe ao resto da boca Como um anjo caído se opõe ao céu E toda a conspiração é também uma barganha Pelo talento de reconhecer rostos na multidão
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"The night does not forgive those who dream."
— ARNAUD, Marília. From "Sinais de Fogo"
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"O Brasil está minado de cafonas!"
O cafona manda cimentar o quintal e ladrilhar o jardim. Quer todo mundo igual, cantando o hino.
Gosta de frases de efeito e piadas de bicha. Chuta o cachorro, chicoteia o cavalo e mata passarinho.
Despreza a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que ele. É rude na língua e flatulento por todos os seus orifícios.
Recorre à religião para ser hipócrita e à brutalidade para ser respeitado.
A cafonice detesta a arte, pois não quer ter que entender nada.
Odeia o diferente, pois não tem um pingo de originalidade em suas veias.
Fura filas, canta pneus e passa sermões. A cafonice não tem vergonha na cara.
O cafona quer ser autoridade, para poder dar carteiradas. Quer vencer, para ver o outro perder.
Quer ser convidado, para cuspir no prato. Quer bajular o poderoso e debochar do necessitado.
Quer andar armado. Quer tirar vantagem em tudo. Unidos, os cafonas fazem passeatas de apoio e protestos a favor.
Atacam como hienas e se escondem como ratos.
Existe algo mais brega do que um rico roubando? Algo mais chique do que um pobre honesto?
É sobre isso que a pessoa quer falar, apesar de tudo que está acontecendo. Porque só o bom gosto pode salvar este país.
Fernanda Young ( Última crônica)
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Tem romance fofo vindo por aí!!!
Em setembro, meu novo livro, Cartas Perdidas Pelo Caminho, chega para conquistar corações 😍🥰
Sinopse:
Desde que Samuel se foi, Júlia se sente sozinha e perdida.
Vivendo uma relação tumultuada com Leonor, sua irmã mais velha, que a está sempre criticando e a colocando para baixo, a garota se isola sem a companhia do melhor amigo.
Para amenizar a tristeza, ela escreve cartas a Samuel, e as esconde embaixo de um banco da faculdade, com medo de que a irmã as encontre em casa. Nelas, Júlia desabafa suas tristezas, frustrações e brigas com Leonor, na esperança de se sentir amparada.
Alexandre é um jovem que divide seu tempo entre as aulas na Universidade da Guanabara e noites de diversão com a irmã, Cristina, e o melhor amigo, Luiz. Em um dia de chuva, ele cai no chão próximo a um banco e encontra uma carta escondida. Mesmo sabendo que não deve, Alexandre a lê e começa a se preocupar com a misteriosa garota, que desabafa seus problemas em um pedaço de papel.
Depois de ler algumas cartas de Júlia, seu instinto em querer ajudá-la é ativado, e ele e Cristina tentam descobrir quem está escrevendo para Samuel.
Cristina tem a ideia de Alexandre escrever uma carta e deixar no banco, para que a garota a encontre.
Mas será que Júlia quer realmente a ajuda de um estranho?
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