#madrilenhos
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Eu queria que você morresse de saudade de mim. Que me ligasse antes de dormir pra avisar que saiu a temporada nova daquela série espanhola que a gente assistia juntos, comendo sempre a mesma pizza e bebendo sempre o mesmo drink, enquanto eu imitava a língua presa dos madrilenhos e a gente morria de rir.
Eu queria que você morresse de saudade de mim. Que me encontrasse num samba qualquer e me agarrasse pelo braço, me puxando pra mais perto enquanto o Zeca canta “Mais feliz” e dissesse que me deixar foi coisa mais burra que você fez nos últimos tempos. Que foi um erro tremendo. Tremendo.
Queria, enfim, que você dissesse que só não me ligou antes porque não tinha coragem e, além de tudo, tinha orgulho demais para desfazer todas as merdas que você me disse. Mas que na verdade não tá valendo a pena ser tão taurino assim.
Eu queria que você um dia, quem sabe, pudesse responder todas as perguntas que rodeiam minha cabeça dia e noite e me fizesse entender porque entre suas escolhas você não me escolheu. Porque entre tantas noites esquisitas você nunca pensou em me ligar. Nem que fosse pra dizer “Eu tô aqui. Pode parecer que não, mas quando tudo isso passar, eu vou continuar aqui”.
É loucura demais esperar ansiosa essa dor passar só pra poder ter você de novo na minha vida?
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Devocional diário Vislumbres da Eternidade - Víctor Armenteros
Recalculando a rota
Jesus, assentando-Se, chamou os Doze e lhes disse: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos.” Marcos 9:35
Por uma década, morei em um país encantador, tão belo como vasto, chamado Argentina. Inúmeras vezes, tive o prazer de fazer viagens com amigos e colegas, com motoristas experientes ou guiados por um GPS de voz feminina com sotaque madrilenho. Era engraçado quando a “galega” dizia: “Recalculando a rota.” Esses pequenos momentos pitorescos eram sempre divertidos.
De modo semelhante, os ensinamentos revolucionários de Jesus frequentemente nos levam a recalcular nossa rota na vida, a rever nossos conceitos e a mudar de opinião. No que se refere, por exemplo, ao modelo de liderança e à humildade, Cristo ignorou os esquemas de poder e hierarquia de Sua época e ensinou que ser um verdadeiro líder é ser capaz de colocar as necessidades dos outros antes das próprias. Um líder deve querer servir muito mais do que ser servido.
Essa ideia é ilustrada perfeitamente na vida do Mestre, que poderia ter tido todas as vantagens do mundo, mas optou por nascer em um humilde presépio e aprender com uma jovem mãe judia em vez de frequentar as academias mais prestigiadas. Ele escolheu pescadores como discípulos em vez de pessoas mais preparadas e optou pela cruz em vez de espetaculares batalhas militares. Jesus entendeu que a verdadeira grandeza é construída acompanhando os insignificantes.
É fácil ser tentado pela busca de poder e grandeza, mas, nesses momentos, devemos lembrar a voz suave e galileia que nos diz para recalcular a rota. Devemos aprender a ser humildes e a servir, lembrando que os últimos serão os primeiros e que, para entrar no reino dos Céus, devemos deixar nosso ego de lado. Há muito a fazer no mundo, e não há tempo a perder com discussões sobre posição e poder. Devemos aprender a liderar colocando as necessidades dos outros em primeiro lugar e construindo um mundo melhor a partir do amor e da empatia.
Você também pode seguir o exemplo de Jesus e se tornar um líder verdadeiro. Permita que o Espírito Santo, o maior GPS do Universo, diga exatamente quais caminhos você deve percorrer. Obedeça à Sua voz e você nunca errará o trajeto. Boa viagem!
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Dani Carvajal gravemente ferido no joelho direito - rts.ch #ÚltimasNotícias #Suiça
Hot News O zagueiro espanhol do Real Madrid, Dani Carvajal, retirado de maca no sábado durante a partida da La Liga contra o Villarreal, sofre uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito e outras duas lesões graves que requerem cirurgia, anunciou o clube madrilenho. O clube merengue especifica em comunicado que Carvajal, seu indestrutível vice-capitão, será operado nos próximos…
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Agua, azucarillos y aguardiente (Federico Chueca) - São Paulo, junho/2024
Zarzuela completa em português: link.
Zarzuela em um ato (gênero chico) de 1897. Durante anos permaneceu nos cartazes de teatros da Espanha e da América Latina, tornando-se parte de quase todos os repertórios líricos. É uma das obras que melhor representa o gênero chico.
"Agua, azucarillos y aguardiente" é conhecida por suas melodias alegres e sua vivacidade, capturando o espírito das festas madrilenas e as interações sociais de uma forma leve e divertida.
Personagens principais: - Don Aquilino: empresário, proprietário de apartamentos alugados baratos e agiota. - Serafín: jovem filho de um político importante. Desocupado, pretendente de Atanasia. - Dona Simona: mãe de Atanasia. Elas vieram de seu vilarejo para Madri para publicar um livro de versos, mas isso foi sua ruína. - Atanasia (Asia para seus amigos): jovem romântica; poetisa amadora que sonha ser famosa; apaixonada por Serafín. - Pepa: vendedora, alugou o aguaducho (barraca de bebidas) em Recoletos; namorada de Lorenzo. - Lorenzo: toureiro; jovem e galante rapaz; namorado de Pepa. - Manuela: carregadora de água ambulante e namorada de Vicente. - Vicente: porteiro numa casa de jogos e namorado de Manuela.
Sinopse: Madri, na segunda metade do século XIX. A ação se passa em agosto, durante as festas populares de São Lorenzo, numa barraca de bebidas (el aguaducho). A trama gira em torno de um emaranhado econômico no qual os personagens principais estão involuntariamente envolvidos. No decorrer da festa, ocorrem vários mal-entendidos e confusões típicas das comédias de costumes, mas tudo é resolvido de maneira alegre e otimista.
Em dívida com Aquilino estão Serafín, Simona e Pepa. Aquilino tem o hábito de marcar as notas que empresta a seus devedores, de modo que, no final, quando Simona e Pepa pagam a dívida, ele percebe que tem em suas mãos o dinheiro que uma vez emprestou a Serafín. "Eles me pagam com meu próprio dinheiro", diz ele maliciosamente, suspeitando que Serafín tem boas relações tanto com a jovem Asia quanto com Pepa. Aparecem os temas do amor, da sedução, das dificuldades econômicas, do ciúme, da trapaça, da nostalgia ou da saudade das amas galegas, terminando com uma pasacalle de chulapos e chulapas em homenagem ao festival de San Lorenzo.
"Pasacalle de chulapas" em Madrid: é um desfile tradicional que celebra a cultura e o folclore madrilenho. As "chulapas" são as mulheres típicas de Madrid, conhecidas por seus trajes tradicionais que incluem um vestido com polca-dots, um xale, e uma flor na cabeça. Durante a pasacalle, essas mulheres, juntamente com os "chulapos" (os homens), desfilam pelas ruas dançando e cantando músicas tradicionais, especialmente o "chotis", que é uma dança típica de Madrid.
(Vídeo) La plaza mayor repleta de chulapos e chulapas
(Vídeo) Chotis e paso doble de Madrid
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OS MODLINS > PACO GÓMEZ
Engenheiro civil de formação sem nunca ter exercido a profissão, o madrilenho Paco Gómez, trabalha com fotografia desde de 1996. A isto acrescentou documentários, curadoria, cenografia e o ofício de escritor, entendendo esta última atividade como algo que surge por afinidade, por prazer, não como profissão, como disse o crítico e escritor carioca Eric Nepomuceno certa vez. Sua produção é escorada em certo surrealismo, nas suas recordações, na literatura, no cinema e, como ele mesmo conta, com uma tendência a questionar os limites da realidade utilizando-se de mensagens subliminares nas fotografias e a investigação documental para construir suas histórias.
Os Modlins (Editorial Fotô, 2023) lançado em março no Festival Foto em pauta de Tiradentes é a edição em português do original publicado por Gómez, pela sua editora, a espanhola Fracasso Books, em 2013. Livro organizado pela artista visual Elaine Pessoa e a professora e pesquisadora Fabiana Bruno, que compõem com o curador Eder Chiodetto o Ateliê Fotô. É também a terceira produção da editora que busca aproximar mais o texto à fotografia, como Imagens-Ocasiões, do filósofo francês Georges Didi-Huberman, de 2017, [ leia aqui review em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/170575587911/imagens-ocasi%C3%B5es-georges-didi-huberman ] e A Fotografia e o Verme, do escritor e teórico da comunicação paulista Norval Baitello Junior, de 2021 [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/672640346006683648/a-fotografia-e-o-verme-norval-baitello-junior ].
Acima, Margaret Modlin pintando
Paco Gómez afirma que está entre a investigação histórica da fotografia e a literatura. Além de seu livro agora publicado no Brasil, juntam-se na Espanha Proyecto K ( Fracasso Books, 2015); Montedidio una historia napolitana, inspirado no livro Montedidio ( Feltrinelli, 2003) do escritor italiano Erri de Luca entre outros além do curioso Photo Poche 103, um livro, que como ele diz, "plagia" a famosa coleção francesa que traz uma compilação de fotografias extraídas de reportagens realizadas pelo mundo quando o autor "estava imerso na ficção de ser um fotógrafo profissional."
Livro intrigante, para ler e ver e rever, Os Modlins levou dez anos para ser feito. Segundo o autor, uma década de investigações, plena de vicissitudes, para compor um quebra-cabeças narrativo em que o autor "reconstrói" a história da família que dá nome ao título, a partir de fotografias que supostamente encontrou em uma lixeira de Madri. Uma interessante e atraente narrativa sobre a vida de uma peculiar família de americanos obcecados com a fama que criaram na capital espanhola nos anos 1970. "Uma família que esteve conectada com uma infinidade de acontecimentos históricos do século XX, tanto nos Estados Unidos quanto na Espanha, deixando vestígios ao longo de sua existência para que suas aventuras fossem contadas da forma que queriam."
Acima o escritor americano Henry Miller por Margaret Modlin
Diferente da edição espanhola, com imagens em cores e preto e branco, o livro brasileiro tem predominância por imagens em preto e branco, salvo o ensaio final, dedicado a pintora surrealista, fotógrafa e escultora americana Margaret Marley Modlin (1927-1998), protagonista da edição. Uma excêntrica artista, ao menos em sua época, que na narrativa de Gómez teve suas obras encontradas em duas caixas enormes, guardadas em um armazém próximo a Torrejón, nos arredores de Madri. Uma das fotografias encontradas no lixo, mostra a pintora deitada no chão, posando em um estudo do quadro "Elmer Modlin tú que contemplas los siete sellos del Apocalipsis según san Juan", de 1976. ( onde o autor descreve como tendo um pegajoso título). Em uma espécie de posfácio, Margaret Marley Modlin os três emes mágicos" [ Obra ímpar pictórica da artista conhecida como a melhor pintora do Apocalipse de todos os tempos} 16 pinturas e algumas fotografias que serviram como modelo.
Como curiosidade a história do ator Elmer Modlin (1925-2003), acima citado e marido de Margaret aparece no filme Uma História para os Modlins, de 2012, dirigido pelo cineasta paulistano radicado na Espanha Sergio Oksman, que ganhou o Prêmio Goya de melhor documentário por esta obra, sobre a participação dele como figurante no final de Rosemary's Baby (1968), do diretor franco-polonês Roman Polanski. Segundo o cineasta brasileiro, a história tem uma dimensão fantasmática sobre o ator e sua família. O filme foi exibido no Festival Internacional de Documentários É tudo verdade em sua 18ª edição em 2013. Após 35 anos da ponta no filme, fotografias e outros objetos da família Modlin apareceram em um apartamento abandonado em Madri fornecendo o ponto de partida para a reconstituição de uma trajetória em que realidade e ficção misturam-se a construir quase uma fotonovela com grandes legendas.
Acima, Nelson Modlin, filho de Margareth em foto publicitária.
Na sua trama sobre Os Modlins, Paco Gómez descreve o aparecimento de retratos de Margaret junto a um retrato que tinha feito do seu amigo fotógrafo Juan Millás, em seu apartamento. Ao perguntar quem era ela: " Uma amiga minha me deu de presente, chama-se Margaret, uma artista importante", ao qual o fotógrafo contesta dizendo que conhecia a mulher de outras fotografias, mas que não era ela... Mas, que segundo ele, a tal amiga tinha ido junto ao apartamento, estabelecendo assim fragmentos de seus pressupostos ficcionais aos quais ele adiciona imagens de amigos que representam as fotografias encontradas, no que ele chama de "Inclusión en el álbum familiar."
Para os editores brasileiros, a descoberta pelo fotógrafo de uma coleção extraordinária de fotografias no bairro boêmio de Malasaña, despertou algumas perguntas: Quem eram os protagonistas daquelas imagens inquietantes? Por que posavam em posturas tão chocantes, E principalmente, porque tudo tinha ido pro lixo? Para eles, perguntas que obcecaram o autor dia e noite. " Um apaixonado e trepidante relato que faz a fusão natural com gêneros literários tão diferentes, como a crônica jornalística, a biografia detetivesca, os diários, a ficção e a fotografia." Sem dúvida um imbróglio que faz o leitor rever o já lido, a imaginar aonde começa e onde termina a fabulação do autor. Guardadas as proporções é como entrar na desafiante literatura do genial escritor e artista polonês Bruno Schulz (1892-1942) e suas aliterações incríveis, quando descreve sua vida familiar, incorporadas pelos seus desenhos de inspiração goyesca.
Acima a esquerda Margaret Modlin anos 1980 e a direita Joy Bautista. 2006
O leitor tem como suporte à sua imaginação figuras históricas e as suas versões contemporâneas criadas por Gómez, que contrapõem a sua narrativa ficcional. Podemos aqui lembrar da séries geniais como Sputinik, do catalão Joan Fontcuberta que a partir de personagens reais, astronautas russos, insere em suas imagens um protagonista ficcional supostamente desaparecido criando sua história fotográfica. Ensaio este que também estimulou a fotografia ibérica, na obra da fotógrafa alicantina Cristina de Middel a criar a série Os Afronautas, encontrada no livro The Afronauts (Self Published, 2012) a partir de reportagens de um programa espacial na Zâmbia dos anos 1960. Middel inspirou-se em imagens de arquivo documentando as atividades da Academia Nacional de Ciências de Zâmbia e seu programa espacial não-oficial, idealizado pelo professor Edward Makuka Nkoloso (1919-1989), fundador da Academia de Ciências de seu país, mas que teria fracassado por falta de financiamento.
A construção do discurso de Gómez, estruturado entre a posição histórica e a ficcional, onde ambas embaralham-se adiciona metadados com as imagens contemporâneas onde seus amigos, como por exemplo o fotógrafo Jonás Belh em imagem de 2006 faz par com a imagem original de Elmer Modlin de 1986. As imagens feitas pelo autor de outras personagens entrelaçam-se na timeline real e no roteiro imaginado, revelando os protagonistas. Pensamos no belga Philippe Dubois em seu livro O Ato Fotográfico e outros ensaios ( Ed.Papirus 2001) na construção da "imagem-ato", a ideia de pensar o ato antes da recepção, ainda que a contemplação essencial para análise fotográfica considere esta questão como um processo: a obra do ponto de vista do autor e do espectador levando ao que ele chama de “acionamento da própria fotografia”.
Nelson, filho de Margaret e Elmer Modlin
Interessante notar que embutida na história paralela criada por Paco Gómez, encontramos uma espécie de elevação da obra de Margareth Modlin quando este reafirma a genialidade da pintora: "Elmer Modlin tu que contemplas los siete sellos del Apocalipsis según san Juan, o mais apocalíptico de suas pinturas que condensa, como nenhuma outra os delírios da sua criadora." Conta a história real que a artista ficava em casa criando suas obras de arte enquanto seu marido e filho encontravam um trabalho remunerado. A casa, da Calle de Pez, girava em torno dela e de sua excentricidade, como podemos ver nas imagens reunidas no livro. A artista usou seu filho Nelson e seu marido como modelos para criar cenas surrealistas com uma mensagem messiânica. Embora estas fugissem do assunto às vezes, como no retrato "Henry Miller sín alas", nu como um diabo ou Elmer em fotografias também nu ou de cuecas. Uma relação que o autor escreve que o inquietava com frequência e na qual encontrava paralelismos com o filme de Polanski.
As pinturas e desenhos de Modlin foram exibidos na Califórnia, Nova York, Itália e Espanha. A artista não vendeu uma pintura durante sua vida, e estipulou em seu testamento que elas permaneceriam na Espanha. Sua pintura final, do poeta asturiano José García Nieto (1914-2001), estava apenas pela metade. Parte de seus documentos manuscritos e de seu marido hoje estão guardados na biblioteca da University of North Carolina, nos Estados Unidos, inclusive as anotações de Portrait of Henry Miller (1891-1980), escritor americano pelo qual a artista parecía ser obcecada, e que Paco Gómez faz menção, em seu relacionamento, além de outros escritos como poemas de seu marido Elmer.
Acima pintura de Margaret Modlin de 1968
De fato, a excentricidade levantada em sua época não teria a mesma consideração nos dias de hoje, onde o "excêntrico" vem sendo substituído pelo "célebre", o que sustenta ainda mais a articulação de Paco Gómez na construção mitológica de seus personagens, concentrando na obra do Apocalipse o seu leitmotiv, chegando até mesmo a fazer uma visita guiada em uma exposição da obra de Margareth Modlin na galeria madrilenha Malvin, em 2016, que apesar desta ressurreição, os valores de suas obras ainda continuam em patamares europeus baixos . Em um leilão de 2021, na Setdart Auction House, de Barcelona, seu óleo "The death of the last enemy",de 1968, estava estimado em €20,000 - €22,000, pouco para quem tinha alcançado o estrelato póstumo.
No interessante fluxus inventivo de Paco Gómez, as cenas rituais de “tensos acordes” parafraseando a crítica de arte argentina María Negroni, misturam-se ao cotidiano banal do que poderíamos chamar de entediados americanos em meio à assustados conservadores europeus, principalmente a pintora, se levarmos em consideração o texto do fotógrafo a ilustrar a sua posição fascistóide ao admirar o ditador Francisco Franco (1892-1975) e sua agonizante ditadura e um certo decadentismo simbolista, quando lembramos que o genial Francisco Goya (1746-1828) com seus Caprichos já havia antecipado a ruptura da vanguarda.
A intimidade e a exposição intrínsecas na produção fotográfica contemporânea, estratégias do voyeur para o subjetivo, os fetiches que por sua vez estão igualmente na essência da boa literatura, em 303 páginas atraentes e instigantes desde o início até seu cólofon "Este livro foi impresso em fevereiro de 2023, quando os quadros de Margaret Modlin iniciaram sua viagem à América, o que a pintora nunca desejou." ao lado de sua pintura ANO LV DEPOIS DA LUA.
Imagens © Os Modlins Texto© Juan Esteves
Infos básicas
Organização. Elaine Pessoa e Fabiana Bruno
Tradução de Mari-jô Zilveti
Publisher: Eder Chiodetto
Projeto gráfico: Manuel Gil
Design da capa: Fábio Messias
Impressão Bartira gráfica e Editora
500 exemplares em brochura
adquira o seu exemplar aqui nos sites:
https://fotoeditorial.com/produto/os-modlins/
https://lovelyhouse.com.br/publicacao/os-modlins-paco-gomez/
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Com direito a treinos de Raúl González e Álvaro Arbeloa, executivo de futebol, Fernando Chervet, conclui semana de capacitação na Ciudad Real Madrid: “Experiência incrível”
Certificado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como executivo de futebol, Fernando Chervet vivenciou na reta final de janeiro uma imersão enriquecedora. O profissional passou uma semana conhecendo todos os detalhes das categorias de base do Real Madrid. A oportunidade veio através do curso Máster em Direção de Futebol que Fernando Chervet realiza no clube merengue.
Os alunos do curso tiveram as portas abertas da Ciudad Real Madrid e por lá entenderam mais da metodologia utilizado pelo maior campeão da Champions League. O foco foi direcionado nas categorias de base. Com isso, Fernando Chervet pôde acompanhar de perto treinamentos conduzidos por: Álvaro Arbeloa, técnico do Juvenil A, e Raúl González, comandante do Real Madrid Castilla.
Além dos treinos, os participantes tiveram módulos explicando a captação de atletas, através do Scouting, preparação física, recuperação de lesões e aprendizados também de toda a estrutura da Ciudad Real Madrid. “Foi uma experiência incrível. Percebi que o Real Madrid não tem essa proporção mundial à toa. Consegui ter uma interação engrandecedora com os profissionais do clube e compreendi como é formado um atleta no Real Madrid. Com objetivos claros e etapas específicas respeitadas em cada categoria, pude ter uma visão ampla de uma gestão esportiva de sucesso”, admitiu Fernando Chervet, que é graduado em Direito.
Um fato que chamou bastante atenção de Fernando Chervet foi a estrutura que dispõe o clube madrilenho, com cerca de 90 hectares e 14 campos de treinamento. Como brasileiro, ele se orgulhou em descobrir que um dos campos foi batizado de Maracanã. De acordo com o executivo, tudo que aprendeu na sua vivência na Ciudad Real Madrid conseguirá levar no restante de sua trajetória profissional, independente do tamanho e investimento do clube que lhe dará uma oportunidade. “Estar no Real Madrid nos proporciona aprender diversas metodologias que podem ser aplicadas, resguardadas as proporções, a qualquer clube do mundo. A visão de gestão e diversos métodos utilizados em Valdebebas podem ser aplicados a clubes em diferentes situações, independentemente de tamanho, investimento e objetivos. Claro que sempre seguindo o planejamento estratégico do clube, e também de acordo com o investimento disponível em cada caso”, finalizou.
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"-No quiero. -Perdona, ¿qué has dicho?" Joder. . . . . #artofvisuals #ig_color #artjournal #lifeofadventure #creativityfound #artfinder #amazingarchitecture #lifeofanartist #agameoftones #designisinthedetails #darlingescapes #coffeelife #igerscoffee #ig_coffee #city #citylife #madrid #madridista #madrilenhos
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PICHI-1
Publicada originalmente no Portal Galego da Língua da AGAL.
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mil e uma vidas
O medo de perder um milésimo de segundo definitivo na vida dos meus.
A ansiedade de poder reconhecer cada canto do mundo, de traduzir com autoridade as coordenadas de muitas cidades para estranhos.
Ser íntima de muitos lugares.
Ter a nacionalidade de tantos formigando na boca, a resolução da promessa feita ao corpo de dezenove anos.
Um formigar no peito de saber que a casa em que eu vivo é o coração do mundo.
Com a garganta apertada, saber que a partida é necessária. Que sou filha da minha mãe e que ela quer que o mundo inteiro seja meu.
Saudade de completar 17 em São Paulo de novo. O Instituto Tomie Ohtake de testemunha de um amor que ainda não tinha urgido em direção ao veneno.
Saudade de Copacabana e da vida que não vivi lá.
A voz carregada de riso da minha avó cantando Garota de Ipanema. Meu gosto por bossa-nova.
Queria saber sobre tudo.
Viver uma vida em outro planeta e não ter conceito de existência.
Viver mil e uma vidas e lembrar de todas elas.
Ser Brida, Leonora, Afrodite, Clarice, Vivienne, Thereza, Devon, Isabella e Everdeen.
Ter coragem o suficiente para fazer bruxaria e a encarar com blasé a experiência da morte.
Já morri uma vez, qualquer coisa morro de novo.
Quero saber cantar em outro tom que não o meu, cantar outros nomes e sentir a garganta vibrar diferente por todos eles.
Entender sobre notas, acordes, melodias e arranjos. Ser a embaixadora de decepções alheias e compor em nome de quem sofre mais que eu. De amor, de saudade, de ódio.
Queria viver a vida do frenesi, de ônibus e turnês, luzes violentas e a solidão de não pertencer a lugar algum.
Sussurrar ‘’vida longa’’ á maior das minhas lealdades e sorrir ao ver um oceano de realezas ascender, de fato, só para nós duas.
Visitar todas as bienais do mundo.
Quero ir sozinha e quero ir acompanhada.
Quero viver a vida sozinha e acompanhada.
Não dá pra viver duas vezes? Ou mais?
Não posso ser sozinha e acompanhada?
Será que a temperatura dos museus alterna muito quando ficam vazios? O mundo inteiro sem gente seria mais frio?
Queria experimentar uma vida de solidão absoluta em outro cosmos. Só pra ter certeza de que o coletivo é, sim, o que faz com que existir tenha sentido.
Quero vender vestidos de noiva, ouvir histórias de amor e súplicas de desespero.
Quero convencer alguém a não entrar em uma igreja.
Não faz isso! Você vai deixar ele ir embora?! Mas quem é que você ama quando são duas da manhã?
Quero abandonar alguém no altar também. Não pela maldade.
Acho que pelo ego.
Daqueles amores errados, mas irresistíveis: amo tanto, tanto, tanto o meu ego!
Sinto saudade do amor e da sensação de amar.
São Paulo é linda, sim. Você também.
Falando nisso, eu sinto um pavor de nunca mais amar ninguém.
Em uma vida, não amei ninguém além de você.
Em outra, fui de tantos amores que a única constante era a solitude de quem ama gente demais. A dicotomia dolorosa entre um amor só e o amor de tantas vidas.
Lá eu vou amar cada um por vez, permitir que cada um me tenha por inteiro.
Mas aqui eu sou só sua.
Quero uma foto minha na sua carteira. Deve ter uma estante com porta-retratos de todos que eu já amei no quarto do lado.
Eu quero viver os dois, sabe?
Os três.
Ser só sua.
Ser de muitos.
Ser só minha.
Quero saber diferenciar a origem de cada beijo no primeiro toque.
Aquele é russo, ela é de portugal, o madrilenho beija como se fosse mesmo o último romântico.
Porto-rico me beijou e depois dele todos os beijos nunca mais foram os mesmos. Não era de porto-rico.
Quero poder defender com todas as provas que o beijo brasileiro é, sim, o mais gostoso. Eu tenho certeza de que é.
Queria saber da minha sala de aula.
Dói a alma não saber se eu seria quem eu sempre pensei que pudesse ser.
Quantos alunos teriam me mudado?
Quantas vidas eu viveria em sala?
Quantos personagens eu teria que encarnar?
Consigo chorar com facilidade e sinto saudade de um palco que nunca pisei.
Queria me ver debaixo de um holofote, caracterizada como Capitu, provando minha inocência para uma plateia que de pouco precisa para ser convencida.
Gostaria de ser conhecida por uma coisa só.
Por um batom vermelho, pelo cabelo curto, pelo cheiro de feitiço ou o piercing na sobrancelha. Mas é que o físico é o mimetismo mais sólido que eu tenho em vida. Então eu desconto nele a sede por tantas vidas.
Não dá pra ser a mesma pessoa de cabelo nos ombros e de cabelo na cintura, dá?
Claro que não.
Então corta mais.
E dessa vez eu quero meu cabelo preto, porque o meu natural me deixa gentil demais.
E eu sou gentil mesmo.
Hoje em dia, não me é mais tão natural quanto aos 14.
Tenho que me esforçar pra ser.
É que vovó me ensinou uma vertente da bondade que tá extinta e eu devo isso pra ela. E mesmo que não devesse!
É uma sensação boa de se sentir, a bondade.
Endurecer sem perder a ternura.
Vou ensinar tudo o que ela me ensinou para os meus bebês.
Que medo de perder tempo de vida com os meus filhos.
Queria ser mãe hoje.
Queria ser mãe com trinta e um.
Queria nunca ser mãe.
Viver todas as vidas, em todas as suas versões.
Sendo mãe, filha e sozinha.
Sozinha e acompanhada.
Saudade de quem ainda nem foi e já faz falta.
Não quero nunca sair de casa, o coração do mundo ta aqui.
Mas é que o a vida tá passando e eu tô ficando tão pra trás. Tô com medo de perder o mundo acontecendo.
Quero saber das músicas que meu irmão gosta, quero que ele entenda o quanto eu amo ele.
Ele eu amaria do mesmo jeito em todas as vidas.
Cantaria mal pra ele em todos os meus mundos.
Quero viver sozinha na capital americana por algum tempo.
Comer m&m na escadaria do MET.
Sozinha.
E depois, entrar pra ver a exposição fixa deles.
Mas eu gosto mesmo é de Basquiat.
Mentira, é surrealismo mexicano.
Em algum outro canto, eu vivo pelo contemporâneo.
E noutra esquina, eu vivo pela arte de rua.
Eu sinto a metamorfose da vida me moldando em filha ausente.
Choro com ela todo dia. Com a metamorfose e com a filha.
A Liz logo começa a conversar.
O vô tá com 91.
Gigi vai embora daqui três anos.
Ano passado eu me despedi de gente demais.
Mas a gente deve se amar muito em outras vidas porque transcende o vazio e eu sinto minha avó aqui. O colar mais lindo do mundo é o meu.
Preciso ir, preciso ir, preciso ir.
Mas tem tanta vida acontecendo por aqui.
Dá medo de piscar, vai que eu perco algo.
É por isso que eu precisava de mais tempo.
Pra ser professora.
Atriz.
Artista.
Diplomata.
Programadora.
Amante.
Esposa.
Romancista.
Mãe.
Agiota.
Humanitária.
Diretora de arte.
Marchand.
Maquiadora de festas infantis.
Um tordo.
Vendedora de vestidos de noiva. Em copacabana.
Casada com dono de uma boate que é louco por mim.
É isso.
Eu gosto de quem não presta pra mais ninguém além de mim.
Enquanto isso, vivo de planos meus e da leleca.
É o mais próximo de outra vida que eu chegarei a ter.
Na praia em que eu me vejo com ela, o céu tá com o tom de azul que eu gosto.
E eu ouço a música que eu nunca vou recomendar pra ninguém.
Donde me cogió la noche, me perdí.
Los faros de los coches me llevan pa’ allí.
No me enamoro de nadie, jura'o, como un G.
Ni escribo canciones de amor, pero en esta me doblo por ti.
Tem dias em que eu escrevo mesmo sobre quem me quebrou do jeito mais gostoso.
Minha música de amor preferida veio de Madri.
Solo el amor con amor se paga.
Nada te debo y tú no me debes nada.
Ninguém me deve nada. Todo o amor do mundo parece que é meu.
Só pra deixar claro, eu nunca reclamei.
É que a vida é pequena demais como um todo, mas a minha parece ser gigante.
E mesmo com essa grandeza toda, ela é maior ainda fora de mim.
Em tese, eu estudo a arte da manipulação em massa. FOMO é o tipo de fenômeno que não deveria acontecer comigo.
Mas meu pai sempre diz que cada escolha é uma renúncia.
E eu tenho feito escolhas demais, é exaustivo.
Além de exaustivo, é sufocante.
Cada escolha é o desprender da possibilidade de uma versão da minha vida.
Digitei ‘’olá, mundo’’ pela primeira vez.
Aliás, pensei que em outro mundo, Gabriela, nós fomos amantes e não irmãs.
E eu dividi um apartamento no centro de São Paulo com a Maria Julia.
A Fernanda me conheceu em um bar em Seattle.
Senti saudade de sonhar com o meu futuro e o da garota de olho claro cujo toque me desconhece.
Até hoje, acho que entre todas as elas da minha vida, só vou amar ela.
Queria ter vivido uma vida com ela também.
E em outra, queria ser bem sucedida ao ponto de largar o mundo inteiro pra trás e viver viajando com a minha mãe.
Queria ver minha mãe iluminada por todos os sóis do mundo.
Tenho saudade das ruas estreitas do litoral.
Aqui, eu me contento com a inquietação de São Paulo.
Em todas as vidas, eu vivo pelo caos e pela beleza.
Romantizo cada aresta minha pela necessidade de viver encantada.
Quero sujar cada tapete persa desse planeta de volúpia.
De álcool.
De choro.
Vestindo nada, pijama, Mirror Palais e FID.
Não tenho como saber se essa é minha vida número um, ou a milésima primeira.
Mas torço pra que não seja a última, não.
Que todas as minhas vidas sejam vivídas.
Cruzo os dedos e torço: que a renúncia seja sinônimo de crédito.
Em algum canto do universo que eu vi se definir com mais precisão na semana passada, eu ouço minha própria súplica: que, por favor, eu seja todas as versões que me despeço diariamente nessa vida.
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A verdade pós velório Seria carne fraca e a farda Fende-se à versos espaçados na pele O espasmo de guerra era uma arena O divórcio dera-me um revolver Um disperso disparo metafórico Menos autodestrutivo e mais cético Em direção dicotômica boca Usara-me em sonho Apelidando-me de gênio Engenhoso maquiável fez-se casa de minha carne E tão festivo como meu revés, trouxe-me satélites Complexo agitado, Há um paranoia da realização Agite bem antes de consumir Grite como um revólver em avenidas Queima a carne minha, bailarina Leva-me aos eternos passeios sazonais E deixa-me marinando ao sol por anos Retira-me para o dissecar casamenteiro Reconheci seus demônios Deitados sobre os meus Amando-se como nunca faríamos Atraso, espaço, braço lobotomizado Absorva língua amorfa, A mesma que diz: Faça-me teu vampiro Caleidoscópio com meus cacos foram revendidos Calei brindes à meia noite de algum padrinho... Siga-te os ventos madrilenhos Perfuma-me a pele com o lábio do teu cigarro A flor do vinte e dois fora duelo de amantes Dez passos em oposto de bússola, sobreviverá que fores mais infame...
Simulacro, Pierrot Ruivo
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onde assistir, horário e escalações #ÚltimasNotícias #tecnologia
Hot News Na tarde deste domingo, 29 de setembro, Atlético de Madrid e Real Madrid se enfrentam em jogo válido pela 8ª rodada do Brasileirão. O clássico madrilenho acontece a partir das 16h (horário de Brasília) e será disputado no Estádio Cívitas Metropolitano. Atlético de Madrid x Real Madrid: Competição: Campeonato Espanhol (La Liga) Rodada: 8ª Data: 29/09 (domingo) Horário: 16h (horário de…
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Incompatível
Caminho para casa a passos largos. O dia está lindo, em torno de uns 20 graus, muita gente na rua e as varandas dos todos bares madrilenhos estão lotadas. Eu saí para ver a luz, estava acompanhada de amigas, passei uma boa manhã com uma pessoa que me faz sentir confortável, mas chega uma hora que eu já não aguento. Meu carisma e minha vontade de compartilhar vão embora e eu preciso estar sozinha.
Na descida de Tirso de Molina até quase Embajadores, tenho inveja das pessoas sorrindo no bar da praça de Agustín Lara. Vinho bom, La Rioja, e tortilla macia com pão fresquinho. Eu até queria estar ali. Até que eu me imagino sentada em uma mesa, depois de ter acabado a primeira ou segunda taça, eu quero ir embora. Não vejo graça em nada, em ninguém e nem em mim mesma.
Chego em casa, toco a campainha. Atende minha amiga, que pediu minhas chaves emprestadas. Já não lembro qual pensamento me veio primeiro: “é melhor ela devolver logo” ou então “droga, vou ter que fazer sala”. Ela abre a porta e quer me dar um beijo. Por favor, sai!
Dei a desculpa que estava suada, pois acabava de vir da academia, o que até era verdade, mas é que eu simplesmente não quero estar com ela. Eu não quero estar com (quase) ninguém. Não me toque, não me beije. Ela tem me agonizado nestes últimos dias. Mudou para cá a uma semana, mas ela ainda não percebeu que sou incompatível.
Ela expansiva, desordenada, barulhenta, feliz. Eu fria, egoísta, calculista e silenciosa. Não sei se sou feliz.
Sinto o calor de sua pele na bochecha que ela nem encostou e sinto uma repulsa gigante. Talvez seja porque todos os dias da semana passada eu tenha acordado com a pia cheia de louça e um drama para escutar. Talvez seja porque ela tenha o que eu não tenho: uma vontade de viver sem planos, a alegria com pouco, o costume de compartilhar.
Por falar em compartilhar, está aí uma das coisas que eu não gosto. Quer dizer, para eu querer compartilhar algo com alguém, eu preciso amar muito, querer muito, e é muito difícil que encontre uma pessoa que me faça sentir assim. E não estou falando de amor romântico, mas de amizade. Conto no dedo as quatro amigas que carrego, com as quais compartilharia a última fatia do bolo de cenoura com cobertura de brigadeiro ou o último gole de vodka, em uma festa que a gente quer ficar loucona. Que saudades disso.
A solidão nem sempre é negativa. Tem a ver com gostar da sua própria companhia, saber conviver com o próprio silêncio e até se encontrar nele. É nestes momentos que venho aqui escrever. É nesses momentos que se mostra o meu eu mais cru: uma menina cheia de ira, com sangue nos olhos, mas com uma série de faces e detalhes. Acho que todo mundo é um pouco assim, mas são poucos os que conseguem conhecer-se o suficiente.
Apesar disso, tem dias que eu odeio minha própria companhia. Deito na cama, coloco o Netflix, mas é difícil ter algo que faça o celular não parecer mais interessante. E aí eu desço o meu feed, perdendo tempo olhando coisas que não estou vendo. Colencionando besteiras na minha memória de curto prazo. E o tédio é algo que às vezes eu demoro para perceber. Depois de descer lá embaixo, fuçar no Instagram de todos os meus exs, ver os filhos das blogueiras e o look do dia, me pergunto o que estou fazendo. E tudo vira muito chato. A série do Netflix, o Instagram e as minhas amigas que estão falando sempre da mesma coisa e fumando maconha na sala.
Eu devo ter algum problema, uma espécie de incompatibilidade com seres vivos ou será que é puro egoísmo? Porque nem de cachorro e gato eu gosto. Já lutei muito contra a solidão, porque nas minhas épocas mais isoladas, eu já quis me matar. Mas eu vivo nesse ciclo vicioso entre tentar compartilhar e estar aberta e querer estar sozinha na minha cama. Talvez isso seja medo de deixar alguém entrar na minha vida, talvez seja a zona de conforto taurina, mesmo que a minha lua seja em sagitário.
Talvez eu não tenha me encaixado nesse novo grupo como pensava. Talvez eu esteja tão focada em mim que não tenho energia para os outros, ou será que eu me sinto ameaçada, pela voz rouca e alta destes espanhóis contra o meu sotaque suave e tom fino?
Tenho um milhão de hipóteses e uma delas é que eu queira ser o centro das atenções e, enquanto não falem sobre mim, eu me interesso. Mesmo assim, quando o assunto sou eu, não quero conselho de quem não está na minha pele. Não preciso de ninguém para dizer que sou um mulherão. Todo mundo é tão clichê...
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Coronavírus dia 10
Dez dias sem sair de casa enquanto chegam à Galiza estrangeiros de outras partes do Estado espanhistani. O nível de insolidariedade que se respira é nojento. A minha terra, como Portugal, tem velhos em abundância; estes, são os que mais perigo têm ante o coronavírus. Hoje, mais de 1300 infetados, a grande maioria por culpa de madrilenhos que vieram acabar com a nossa saúde. Os poderes políticos neofranquistas poem por diante a unidade nacional ante a saúde dos cidadãos, não fecham as fronteiras das comunidades autônomas nem exercem algum tipo de control para evitar o movimento massivo de cidadãos assassinos, dispostos a antepor o seu ego à saúde pública. Nojo e impotência desde a minha cadeira. A janela semelha mais pequena cada vez que olho por ela. E eu, sem saber quando voltarei passear pelas ruas, sem saber que há ser da minha vida nos próximos meses.
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