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Ópera em Português
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Óperas com legenda em português
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operaportugues · 1 day ago
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Geistliches Lied, Op. 30 (Brahms) - Philharmonie Essen, fevereiro/2021
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Belíssima interpretação da obra Geistliches Lied, Op. 30, de Johannes Brahms (1833–1897), uma das joias do repertório coral sacro do século XIX. Escrita em 1856, mas publicada apenas décadas depois, esta peça para coro misto e órgão destaca-se por sua impressionante construção em duplo contraponto canônico e por sua atmosfera serena e contemplativa. A música é sustentada por um texto do poeta Paul Fleming, que invoca uma confiança tranquila na vontade divina: “Laß dich nur nichts nicht dauern mit Trauren…” (“Deixa que nada te aflija com tristeza…”).
A interpretação fica a cargo do Chorwerk Ruhr, um dos grupos corais mais renomados da Alemanha, sob a direção refinada de Florian Helgath. No órgão, Peter Kofler oferece o suporte harmônico e espiritual perfeito para a arquitetura polifônica da peça.
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operaportugues · 3 days ago
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Rejoice in the Lamb (Benjamin Britten)
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Gravado na All Hallows' Church, em Gospel Oak, este vídeo apresenta a emocionante obra Rejoice in the Lamb, composta por Benjamin Britten e aqui interpretada em sua versão orquestrada por Imogen Holst. A performance reúne o aclamado conjunto VOCES8 ao coral e orquestra da VOCES8 Foundation, sob a direção do maestro Barnaby Smith.
Composta em 1943, a obra foi encomendada para celebrar o 50º aniversário da consagração da igreja de St. Matthew, em Northampton. A iniciativa partiu do reverendo Walter Hussey, um importante defensor das artes na Igreja Anglicana. Mesmo assim, ele se surpreendeu com a ousada escolha de texto feita por Britten: trechos do poema Jubilate Agno, escrito no século XVIII por Christopher Smart enquanto este estava internado em um hospício.
O poema — uma exaltação intensa e por vezes excêntrica a Deus — é refletido por Britten em música de grande expressividade e criatividade. A obra começa com um chamado para que "nações, línguas e todas as criaturas" celebrem a Deus. Em seguida, personagens do Antigo Testamento são apresentados de maneira vibrante, culminando em um delicado “Aleluia” de estilo quase barroco, em homenagem a Henry Purcell, ídolo de Britten.
Destaca-se a famosa seção dedicada ao gato Jeoffry, em que o animal louva a Deus simplesmente sendo gato — caçando o próprio rabo. Outros animais e elementos da natureza também se unem ao louvor, com solos vocais e colorida instrumentação orquestral. A versão com orquestra de câmara foi feita por Imogen Holst (filha de Gustav Holst), colaboradora de confiança de Britten, a pedido do próprio compositor para o Festival de Aldeburgh em 1952.
No centro da obra, o clima se torna mais sombrio: o texto revela a angústia e o isolamento de Smart, traduzidos por Britten em harmonias incertas e intensas. Mas o brilho retorna com um allegro exuberante, em que instrumentos e sons são descritos como formas de louvor, encerrando a obra com uma nova seção de “Aleluia” que transmite paz e plenitude.
Rejoice in the Lamb é uma peça feita para ser cantada com prazer, tanto por amadores quanto por profissionais. Sua escrita engenhosa, o humor sutil e o lirismo profundo fazem dela uma das obras corais mais queridas do século XX. Uma celebração da criatividade, da fé e da liberdade espiritual — tudo isso filtrado pela sensibilidade única de Britten.
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operaportugues · 5 days ago
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Minissérie de TV "Joana D'arc" (1999)
Minissérie completa dublada em português: link1 ou link2.
Esta minissérie canadense, dirigida por Christian Duguay, recebeu 13 indicações ao Primetime Emmy Awards e 4 indicações ao Globo de Ouro. Conta a história de Joana d'Arc, desde seu nascimento em 1412 até sua morte em 1431.
IMDb
Wikipedia
Trailer em espanhol
👥 Elenco principal
Leelee Sobieski – Joana d’Arc
Chad Willett – Jean de Metz
Jacqueline Bisset – Isabelle d’Arc (mãe de Joana)
Powers Boothe – Jacques d’Arc (pai de Joana)
Olympia Dukakis – Mãe Babette
Neil Patrick Harris – O Delfim / Rei Carlos VII
Peter O’Toole – Bispo Pierre Cauchon
Shirley MacLaine – Madame de Beaurevoir
Maximilian Schell – Irmão Jean le Maistre
Robert Loggia – Padre Monet
Joana d'Arc nasce em 1412 na vila de Domrémy, no auge da Guerra dos Cem Anos. Durante sua juventude, ela frequentemente testemunha os horrores cometidos tanto pelas forças inglesas quanto pelas francesas, e aos 11 anos começa a ouvir vozes divinas. Seu espírito é sustentado pela lenda da "Donzela da Lorena", que afirma que uma jovem, guiada por Deus, unirá a França e encerrará a guerra.
Aos 17 anos, a vila de Joana é invadida e incendiada, e seu melhor amigo cego, Emile, é morto. Ela implora a Deus para saber o que disse para merecer aquilo, e as visões retornam, dizendo-lhe para encontrar Carlos, o jovem príncipe frívolo que negligenciou seu dever, e colocá-lo no trono da França.
Joana deixa sua pequena vila em busca de Carlos. Ela se esconde em uma carroça de gado que supostamente está sendo levada ao rei. Em vez disso, é levada a Vaucouleurs, onde os habitantes locais, incrédulos, recusam-se a ajudá-la a chegar até Carlos. Faminta e sozinha, ela encontra refúgio com uma freira simpática, que a ajuda a unir o povo de Vaucouleurs e a construir defesas contra os ingleses e seus aliados borgonheses. Com esse esforço de unificação e defesa, começa a se espalhar o rumor de que Joana é a Donzela da Lorena.
Embora Joana não pareça acreditar que seja realmente a Donzela, ela aceita o papel para dar esperança ao povo. O senhor de Vaucouleurs finalmente aceita as afirmações de Joana e lhe concede uma escolta, uma armadura e uma apresentação a Carlos e sua corte. Joana demonstra ainda mais seus dons quando Carlos, em um ato de provocação, tenta humilhá-la trocando de identidade com um de seus mensageiros; ela percebe o disfarce do impostor e se ajoelha diante de Carlos, declarando que ele é o verdadeiro rei.
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operaportugues · 7 days ago
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The Maid of Orleans (Tchaikovsky) - Bolshoi 1993
Ópera completa com legenda em português: DVD. A versão de Tchaikovsky de 1881 sobre as chamas da paixão que consomem Joana d'Arc.
Com libreto e música de Tchaikovsky, ele nos leva ao coração da Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra. Uma história sobre o poder do amor e o caos da guerra, com a ardente orquestração de Tchaikovsky, grandes coros e belas árias. Representa sua abordagem mais próxima à grand opéra francesa, embora no idioma russo.
Enredo: No meio da Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra, os franceses se encontram em uma situação difícil: Paris caiu, Orléans está sitiada e seu rei, Carlos VII, parece mais interessado em seus assuntos do coração do que nos do Estado. Nessa situação desesperadora, a filha do fazendeiro, Joana, anuncia que Deus a encarregou de libertar Orléans. A “Donzela de Orléans” pode ser vitoriosa na batalha, mas perde seu coração na paixão por um cavaleiro da Borgonha, Lionel. As chamas consomem uma mulher dividida entre o amor e sua missão divina.
Tchaikovsky permite que Joana se entregue totalmente ao seu amor e depois morra em êxtase religioso. Aqui está uma heroína histórica com algo da Tatyana de Eugene Onegin.
Sobre a ópera “A Donzela de Orleans”
Pintura “Joana D'Arc em sua armadura diante de Orléans”
Estátua de Joana d´Arc em Orléans
Aparição de São Miguel Arcanjo e de Santa Catarina de Alexandria à jovem Joana d'Arc
Estátua de Joana d'Arc na Catedral de Notre-Dame de Paris
Personagens principais: - Rei Carlos VII - O Arcebispo - O Papa - Dunois, um cavaleiro francês - Lionel, um cavaleiro da Borgonha - Thibaut d'Arc, pai de Joana - Raymond, noivo de Joana - Bertrand, um camponês - Lauret, um soldado - Joana d'Arc - Agnès Sorel
Sinopse: França, início do século XV, em meio à Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra.
Ato I Em sua igreja local, Joana reza pedindo consolo e paz. Ela tenta, em vão, se apegar às visões angelicais que lhe aparecem. Sua angústia é recebida com incompreensão e ridicularização pelas outras mulheres. Seu pai, Thibaut, irritado com a reticência e a estranheza da filha, a acusa de estar possuída pelo demônio. Somente seu noivo, Raymond, a defende. A guerra que assola o país está se aproximando rapidamente e, no vilarejo vizinho, casas são queimadas, campos devastados e povoados devastados. Bertrand, um camponês, conta à multidão reunida sobre as condições horríveis na linha de frente em Orléans e sobre o cerco mortal das tropas inimigas. Contrariando todas as previsões, Joana declara sua crença na vitória do rei sobre seus oponentes, no fim da ameaça inimiga e na libertação de Orléans. De repente, o soldado Lauret anuncia que o líder do inimigo caiu em batalha. Essa notícia faz com que as pessoas acreditem que um milagre aconteceu e se unam a Joana em orações fervorosas. Joana se sente compelida por sua fé e convicção interior de que deve abandonar sua antiga vida e liderar a luta. Outro anjo aparece para ela e a prepara para a batalha.
Ato II O Rei Carlos está distraído dos problemas por causa de seu amor por Agnes. Dunois, o comandante do exército real, tenta em vão conter os ardores do rei e lembrá-lo de suas responsabilidades como governante em tempos de guerra. Quando o soldado Lauret morre a seus pés devido aos ferimentos de guerra, o rei recua e só quer fugir. Dunois se demite e Agnes começa a consolar Charles. O cardeal aparece e conta sobre um milagre - uma jovem misteriosa forçou as tropas inimigas a fugir. Há gritos de alegria com essa notícia e com a chegada dessa “virgem” da salvação. Joana aparece. Ela revela ao rei Carlos seu conhecimento de suas orações mais secretas e ele fica encantado com ela. Joana descreve suas visões, que predizem a vitória de Carlos e as comemorações de sua coroação. Carlos nomeia Joana como comandante de suas tropas reais, para os aplausos da multidão.
Ato III Lionel, um soldado inimigo, refugia-se na borda do campo de batalha. Joana o descobre e o confronta, desafiando-o para um duelo de vida ou morte. Apesar de sua superioridade na luta, ela descobre que não é capaz de matá-lo. Confusa, Joana luta contra sua crescente afeição por Lionel, enquanto ele cede cada vez mais à sua crescente afeição por ela. Dunois retorna do front com a notícia de uma nova vitória. Por seu amor por Joana, Lionel se compromete a servir Dunois para lutar ao lado do rei Carlos. Acompanhado por Agnes e pelo cardeal, Carlos faz uma entrada triunfal para celebrar a vitória e homenagear os heróis mortos. Em seu discurso de agradecimento, o rei exige que Joana apresente provas de sua santidade. Seu pai, Thibaut, acusa publicamente a filha de estar possuída pelo demônio e pede que ela se defenda. Joana permanece em silêncio.
Ato IV Apesar do intenso remorso e da dor que sente por ter traído sua visão sagrada e seus ideais, Joana admite seu amor por Lionel. Quando se reencontram, eles declaram um vínculo de amor e sonham com um futuro juntos. Mas a felicidade deles é apenas momentânea… Lionel é morto. Joana é consumida pelas chamas.
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operaportugues · 8 days ago
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Schicksalslied, Op. 54 ("Canção do Destino") (Brahms)
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Nesta emocionante gravação da Schicksalslied (Canção do Destino), op. 54, de Johannes Brahms, temos a união poderosa da Czech Philharmonic Orchestra e do Prague Philharmonic Chorus sob a regência de Giuseppe Sinopoli. A obra, com texto do poeta romântico alemão Friedrich Hölderlin, contrapõe a serenidade divina dos céus à fragilidade e ao sofrimento do ser humano na Terra.
Escrita entre 1868 e 1871, esta peça coral-orquestral é uma das mais profundas meditações musicais de Brahms sobre o destino humano. Com uma orquestração rica e coro pleno de expressividade, a obra se divide em três seções: duas majestosas e corais, envolvendo um trecho orquestral central que expressa dor e inquietação. A linguagem musical reflete a dicotomia entre o eterno e o transitório, entre o ideal e o real.
Uma das obras-primas menos conhecidas, porém profundamente tocantes, do repertório romântico alemão.
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operaportugues · 10 days ago
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I Festival de Ópera de Roraima, agosto/2025
No Teatro Municipal de Boa Vista, pela Companhia de Ópera de Roraima. 📌1º ago: Recital Lírico “IL PROLOGO” 📌8 ago: Ópera “CAVALLERIA RUSTICANA” 📌15 ago: Ópera “PAGLIACCI”
Christopher Pineda, cenógrafo e contrabaixista da Companhia de Ópera de Roraima
Maestro Bruno Nascimento
Reportagem na Folha BV
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operaportugues · 10 days ago
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Concerto didático | Brincando em Cena - São Paulo, 26/julho/2025
Concerto cantado e legendado em português: link.
O Theatro São Pedro apresenta um espetáculo encantador que convida crianças e adultos a embarcar em uma jornada lúdica pelo mundo da imaginação. Música, teatro, ópera e improvisação se unem para criar uma experiência única, leve e divertida. Aqui, cada apresentação é diferente! A improvisação conduz as histórias, e o público participa ativamente, oferecendo sugestões que moldam o espetáculo em tempo real. Um verdadeiro espaço de troca entre artistas e plateia.
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operaportugues · 13 days ago
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Sarrasine (Handel) - Festival Internacional de Händel, Göttingen 2024
Estreia mundial desta ópera legendada em português: vídeo1 ou vídeo2 ou vídeo3; legenda. Para download do vídeo, sugiro usar o software JDownloader2.
“Falar de perigo a um homem apaixonado é oferecer-lhe prazer.” O brilhante escultor Sarrasine se apaixona perdidamente pela bela cantora de ópera Zambinella na longínqua Roma — mas qual será o segredo dela? Sarrasine trata de como os adultos tornam tudo desnecessariamente complicado quando o assunto é o amor.
Sarrasine é uma ópera-pasticcio inovadora e provocadora que combina o brilho barroco de Händel com uma dramaturgia contemporânea inspirada na literatura francesa do século XIX. Com adaptação musical de George Petrou e direção cênica de Laurence Dale, a obra é baseada na novela Sarrasine, de Honoré de Balzac de 1830 — e é ele mesmo quem aparece como narrador e personagem no palco.
Diferente de uma ópera tradicional, Sarrasine é um pasticcio moderno: uma colagem dramática que reutiliza árias e duetos de Händel, rearranjados e reinterpretados em novo contexto narrativo. Tal prática, embora comum no século XVIII, ganha aqui roupagem atual com ambientação cenográfica refinada, coreografias discretas e diálogos em francês intercalados com trechos musicais cantados em italiano — as línguas originais da fonte literária e da música, respectivamente.
Enredo: Um baile aristocrático em um palácio luxuoso. Madame de Rochefide é o centro das atenções e, a pedido da sociedade, canta algumas árias. Ao fundo, há um grande retrato do dono do castelo quando jovem, que revela sua beleza extraordinária. Quando Madame de Rochefide canta a famosa Lascia la spina, um velho desconhecido vestido de preto aparece de repente, assustando e intrigando os convidados. Balzac diz que conhece esse homem — é o dono do palácio — e começa a contar a antiga história dele e do pintor Ernest-Jean Sarrasine.
Esta produção marca não apenas uma ousada releitura da tradição barroca, mas também uma ponte expressiva entre eras: o universo musical de Händel serve de veículo para dramatizar um dos contos mais enigmáticos de Balzac, numa fábula sobre beleza, engano e desilusão. Com Orquestra do Festival de Göttingen e o Coro de Câmara da Universidade de Göttingen.
Wikipedia desta ópera
Programa desta produção
Review do OperaWire
Personagens principais:
Balzac (baixo-barítono): O próprio escritor francês Honoré de Balzac aparece como narrador e personagem, guiando o público pela história de Sarrasine com comentários espirituosos e envolventes. Seu papel costura os planos temporais da ópera.
Madame de Rochefide (soprano): Uma aristocrata elegante e carismática, figura recorrente na obra de Balzac. Ela representa a musa do escritor e participa tanto da ambientação atual quanto das reflexões dramáticas.
Ernest-Jean Sarrasine (tenor): Jovem pintor francês, apaixonado pela arte e pela beleza, cuja obsessão por Zambinella o leva a uma espiral de paixão e tragédia. OBS: Na novela original de Balzac, Sarrasine é escultor.
Zambinella (soprano): Cantora de aparência feminina e voz celestial, Zambinella é, na realidade, um castrato criado pela Igreja para interpretar papéis femininos. Sua identidade ambígua é o centro do drama.
Monsieur de Lanty / Cardeal (ator): Um personagem ambíguo e poderoso, que aparece na narrativa como protetor e manipulador do destino de Zambinella. Também é a figura do velho anfitrião do baile.
Madame de Lanty (atriz): Figura misteriosa presente na ambientação inicial do baile aristocrático. Sua relação com o passado é sugerida, mas nunca totalmente explicada.
Dândi vienense (ator): Participante do baile, serve como contraponto cômico e mundano à atmosfera de tensão e mistério.
Sinopse:
Durante um baile luxuoso em um palácio aristocrático, Madame de Rochefide cativa os convidados com sua voz, interpretando árias de Händel, entre elas a hipnótica Lascia la spina. Em meio ao brilho da noite, um retrato de juventude atrai olhares — é o dono do palácio, retratado com beleza quase sobrenatural. A atmosfera muda repentinamente quando um velho vestido de preto entra em cena, despertando temor e fascínio.
Balzac, presente entre os convidados, reconhece o misterioso visitante. Para explicar sua presença, ele narra uma história do passado: a trágica vida do pintor Sarrasine.
Anos antes, em Roma, o jovem artista Sarrasine assiste a uma apresentação de ópera e se apaixona instantaneamente por Zambinella, uma cantora de beleza angelical. Fascinado, ele a persegue, pinta seu retrato e sonha com um futuro a seu lado. Porém, ao tentar aprofundar a relação, descobre um segredo devastador: Zambinella não é uma mulher, mas um castrato — um cantor moldado desde a infância para interpretar papéis femininos.
O choque destrói Sarrasine. Incapaz de lidar com a verdade, ele tenta matar Zambinella, mas é morto por um guarda antes de conseguir consumar o ato. O velho que assombra o baile é, na verdade, Zambinella — envelhecido, marcado pela memória, e habitando agora o mesmo palácio onde a tragédia teve início.
A ópera encerra-se entre os ecos do passado e a inquietação do presente, colocando em cena o poder destrutivo das ilusões, a violência da normatividade e a melancolia da beleza efêmera.
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operaportugues · 14 days ago
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Louise (Gustave Charpentier) - Festival d'Aix-en-Provence, 11/julho/2025
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Fugindo de sua sufocante família operária de rígida moral, a jovem Louise junta-se a seu amante sem um tostão, Julien, em Paris. Mas a desilusão logo se fará presente...
Como jovem de origem humilde, a heroína acaba por escolher enfrentar sozinha um futuro incerto — um futuro personificado por Paris, a cidade da liberdade e da perdição. Louise sente o chamado da grande cidade. Decidida a deixar para trás a opressão familiar, ela parte rumo à capital para viver seu amor por Julien, um poeta pobre. Apesar da euforia diante da liberdade recém-conquistada, sua felicidade é abalada pela culpa de ter abandonado os pais e pela pressão social que começa a pesar sobre ela...
Com seu “romance musical”, que combina preocupações sociais com aspirações idealistas, voos líricos magníficos e grandes cenas de forte apelo visual, Gustave Charpentier deu ao século XX sua primeira ópera.
Grande sucesso em sua estreia no Opéra-Comique em 1900, o “romance musical em quatro atos e cinco quadros” de Gustave Charpentier (1860–1956) foi duramente criticado na época, por retratar o desejo feminino e a rebelião de sua heroína contra a família — elementos considerados escandalosos. Nesta nova abordagem, Christof Loy — renomado por suas produções meticulosas, direção precisa e estética refinada — identifica, por trás do tema inovador da emancipação feminina, um aspecto não dito no libreto de Charpentier: a relação familiar tóxica na qual Louise se vê aprisionada, e o poder que seu pai possessivo — e até abusivo — exerce sobre ela, com a conivência da mãe. Sem julgar os personagens, o diretor conduz o público ao subconsciente de Louise, revelando o lado sombrio de uma sociedade que, longe de libertar suas filhas, apenas lhes oferece romances baratos como distração diante das frustrações de seus horizontes limitados.
Encenada no tradicional Théâtre de l'Archevêché, a montagem destaca-se pela abordagem psicológica e social da história, aprofundando o conflito entre o desejo de liberdade de uma jovem mulher e os laços opressivos da família e da sociedade.
Com a soprano Elsa Dreisig no papel-título, esta nova produção convida o público a mergulhar no subconsciente da protagonista, revelando uma Paris menos libertária do que ilusoriamente promete. A direção musical fica a cargo de Giacomo Sagripanti, conduzindo a Orchestre de l’Opéra de Lyon em parceria com a Orchestre des Jeunes de la Méditerranée.
Enredo: Louise conta a história de uma jovem operária parisiense, criada sob rígidos valores familiares, que decide romper com o ambiente opressor de sua casa para viver um amor idealizado com Julien, um poeta pobre e sonhador. A princípio, sua fuga para Paris simboliza uma conquista: liberdade, paixão, arte. No entanto, ao mesmo tempo em que se desilude com a realidade difícil da vida boêmia, Louise passa a sentir o peso da culpa e da pressão social.
Seu pai, incapaz de aceitar a independência da filha, tenta manipulá-la emocionalmente para que retorne ao lar. A relação entre ambos se revela profundamente desequilibrada e marcada por possessividade. Cindida entre a promessa de liberdade e a chantagem familiar, Louise se vê obrigada a tomar uma decisão definitiva. No desfecho, ela opta pela solidão e pela incerteza, recusando tanto o conforto do lar quanto o romantismo de Julien, e afirmando-se como mulher autônoma diante da cidade de Paris – símbolo ambíguo de liberdade e perdição.
Introdução a Louise (em francês)
Entrevista com o diretor Christof Loy
Video Review of Louise (em francês)
“Depuis le jour où je me suis donnée”: famosa ária que expressa o prazer do amor e seu potencial de emancipar uma jovem. [Sumi Jo] [Montserrat Caballé] [Renée Fleming] [Kiri Te Kanawa] [Mirella Freni] [Maria Callas] [Angela Gheorghiu] [Leontyne Price] [Nadine Sierra]
Personagens principais: - Louise: Jovem operária de origem modesta, sonha com liberdade e realizações pessoais. Divide-se entre o amor por Julien e os laços familiares sufocantes. - Julien: Poeta idealista e apaixonado, representa para Louise a promessa de uma vida livre e artística em Paris. - O Pai: Homem autoritário e conservador, exerce controle emocional sobre Louise e simboliza o peso das tradições familiares. - A Mãe: Figura submissa, cúmplice do autoritarismo do marido, reprime os desejos da filha em nome da estabilidade familiar.
Sinopse: Ato 1 - A casa parisiense dos pais de Louise Louise se apaixonou por seu vizinho, Julien. Os dois relembram como se conheceram. A mãe de Louise os interrompe e expressa sua desaprovação por Julien. O pai, exausto, chega do trabalho, e sua esposa e filha imploram para que ele largue o emprego tão penoso. No entanto, ele sente que é sua responsabilidade sustentar a família. Durante o jantar, ele lê uma carta deixada por Julien, na qual o rapaz propõe casamento a Louise. O pai se mostra indiferente, mas a mãe fica furiosa e, quando Louise defende Julien, ela a estapeia no rosto. O pai, pacífico, pede à filha que se sente com ele para ler o jornal. Enquanto lê sobre a primavera em Paris, Louise se descontrola e começa a chorar.
Ato 2
Cena 1: Uma rua em Paris Começa com um prelúdio que sugere o amanhecer em Paris. A cortina se abre para uma cena movimentada, onde as pessoas seguem suas rotinas e comentam sobre a vida em geral. Surge o Noctâmbulo, que se apresenta como o espírito do Prazer de Paris, e parte com a filha de um catador de trapos. Julien aparece com um grupo de boêmios para mostrar onde Louise trabalha. Ele diz que, se os pais dela não consentirem com o casamento, ele a levará consigo à força. Julien e seus amigos se afastam, e ele canta que a mistura de sons ao seu redor é a própria voz de Paris. Louise e sua mãe chegam à loja de costura onde Louise trabalha (sua mãe a acompanha até o trabalho todos os dias). Quando a mãe vai embora, Julien retorna. Louise diz que o ama, mas ama demais os pais para deixá-los. Ele tenta convencê-la a fugir com ele, e ela finalmente promete que fará isso em breve.
Cena 2: Dentro do local de trabalho de Louise Louise está sendo provocada pelas outras costureiras por estar apaixonada. Ouve-se uma banda do lado de fora e Julien canta uma serenata. As moças o admiram por sua beleza e por sua voz. Louise sai discretamente — para fugir com Julien.
Ato 3 - Um chalé com vista para Paris O ato começa com a ária mais famosa da ópera, "Depuis le jour"; os amantes se mudaram para um chalé com vista para Paris, e na ária ela canta sobre sua felicidade com a nova vida e com seu amado. Segue-se um longo dueto de amor, em que eles cantam sobre o amor que sentem um pelo outro e por Paris. Muitos boêmios entram e coroam Louise como a Rainha de Montmartre. O Noctâmbulo preside a cerimônia como o Rei dos Tolos. A mãe de Louise aparece, e as festividades terminam. Ela conta a Louise sobre a doença do pai e que ele entra furtivamente no quarto da filha no meio da noite, mesmo depois de terem concordado em considerá-la morta. Até Julien se comove, e permite que Louise vá embora com a promessa de que poderá voltar sempre que desejar.
Ato 4 - A casa parisiense dos pais de Louise O pai recuperou a saúde e o ânimo. Voltou a trabalhar, mas passou a aceitar a pobreza de forma filosófica. Sua recuperação se deve ao retorno de Louise, que ele acolhe nos braços e para quem canta uma canção de ninar. Ela, no entanto, não se sente consolada e continua a desejar estar com Julien. Uma valsa alegre é ouvida do lado de fora, e Louise a acompanha, cantando freneticamente sobre o amor e a liberdade. Seus pais ficam chocados e o pai se enfurece cada vez mais. Ele grita com Louise e exige que ela vá embora; se é isso que quer, que vá dançar e rir! Ele parte para agredi-la, mas a mãe se interpõe. Louise sai correndo da sala para voltar a Julien. Só então o pai percebe o que fez. “Louise, Louise!” ele chama. Mas ela já se foi, e em desespero ele ergue o punho contra a cidade que lhe roubou a filha: “Paris!”, ele geme — e a ópera se encerra.
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Revelações sobre o final desta produção
Esta nova produção de Louise reinterpreta a obra sob uma chave radicalmente psicanalítica. Sob direção cênica de Christof Loy, a narrativa tradicional da jovem operária em busca de liberdade em Paris é inteiramente transposta para o universo da mente: tudo se passa, literalmente, dentro da cabeça de Louise. A montagem revela que a protagonista está em uma clínica ginecológica nos anos 1950, possivelmente para um aborto ou algum procedimento médico, onde revive, sob a forma de delírio ou memória traumática, os principais eventos de sua vida familiar e afetiva.
O pai de Louise, inicialmente posicionado como um guardião carinhoso, aos poucos se torna figura ameaçadora e simbólica de abuso.
O "pulo da janela" não representa uma fuga bem-sucedida para Paris ou para o amor com Julien, mas talvez a tentativa desesperada de escapar do próprio corpo e do trauma — que, por fim, a deixa manca, simbolizando um corpo marcado pelo abuso.
Em vez de Julien, o amante idealizado, quem a acompanha de volta é uma figura ambígua — ora amante, ora médico, ora reflexo do próprio pai — tornando-se claro que o Julien da memória é também parte do sistema que a oprime. Sua imagem está misturada àquelas de figuras que controlam o corpo e o destino de Louise. O efeito é perturbador: nenhuma libertação ocorreu de fato. O salto foi simbólico, e a dor persiste.
Ao fim, Louise parte com a mãe — não por afeto, mas por falta de alternativas — encerrando a história em círculo, sem redenção. A violência se impôs, e a mãe se revela cúmplice ou omissa.
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operaportugues · 15 days ago
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Cantata BWV 10 "Meine Seel erhebt den Herren" (Bach) - Netherlands Bach Society, Grote Kerk, Naarden, 13/dezembro/2018
Cantata completa com legenda em português: vídeo; legenda. Para fazer download do youtube, sugiro que use o software JDownloader 2.
No dia 2 de julho de 1724, em Leipzig, Johann Sebastian Bach apresentou ao mundo sua cantata BWV 10 – “Meine Seel erhebt den Herren” ("Minha alma engrandece o Senhor"), composta especialmente para a Festa da Visitação de Maria. A obra parte da narrativa do Evangelho de Lucas, em que Maria, grávida de Jesus, visita sua prima Isabel, que também espera um filho — João Batista. Ao se encontrarem, o bebê de Isabel "salta de alegria" em seu ventre, reconhecendo o Messias ainda no seio materno. Em resposta, Maria entoa o seu célebre cântico de louvor: o Magnificat.
Esta cantata inicia-se com uma breve introdução instrumental, que logo dá lugar a um coro em forma de coral jubiloso. As longas linhas da orquestra contrastam com os movimentos rápidos e alegres do coro, criando uma atmosfera de exuberante alegria e energia, que se estende pela obra. A ária da soprano, saltitante e dançante, evoca com leveza o salto do bebê no ventre de Isabel. Na ária do baixo (“Gewaltig stößt Gott vom Stuhl”), as linhas descendentes e ágeis ilustram com brilho o texto: "Deus derruba os poderosos de seus tronos", lançando-os no "poço de enxofre".
O recitativo do tenor ("Was Gott den Vätern") e o coro final oferecem um contraponto de serenidade e contemplação, encerrando a cantata com espiritualidade e equilíbrio.
Informações sobre esta cantata
Palestra do ECAI: Cantata
O que é uma cantata? (tradução automática de legenda do youtube)
Palestra “As cantatas de Bach”
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operaportugues · 17 days ago
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Seligkeit D. 433 (Schubert) - Belo Horizonte/MG, junho/2011
Canção de 1816 legendada em português: link.
Entre os muitos Lieder compostos por Franz Schubert, Seligkeit (cujo título pode ser traduzido como “Bem-aventurança” ou “Felicidade suprema”) ocupa um lugar especial por seu frescor juvenil, vitalidade rítmica e sentimento quase brincalhão diante da ideia do paraíso. Composta em 1816, quando Schubert tinha apenas 19 anos, essa canção encapsula sua genialidade precoce e sua capacidade ímpar de unir poesia e música com naturalidade lírica e profundidade emocional.
O texto é do poeta Ludwig Hölty, e a canção apresenta um contraste marcante entre os primeiros versos — que descrevem com entusiasmo as delícias celestiais — e os versos finais, em que o narrador revela seu verdadeiro desejo: não os prazeres do céu, mas o sorriso terreno de sua amada.
Musicalmente, Seligkeit é leve, animada e cintilante, com um acompanhamento pianístico que alterna entre a alegria exaltada e momentos de ternura reflexiva. A melodia vocal é irresistivelmente cantável, refletindo o espírito vienense do Biedermeier, com toques de ironia e charme mundano.
Apesar do texto tratar de um tema eterno — o contraste entre o espiritual e o terreno, o ideal e o real —, Schubert o aborda sem gravidade excessiva, privilegiando a espontaneidade do sentimento e a beleza da simplicidade. É uma obra-prima breve, mas completa, que expressa com leveza uma verdade profunda: que, às vezes, a felicidade se encontra não nas promessas celestiais, mas na presença concreta de quem se ama.
O que é o “espírito vienense do Biedermeier”?
O termo Biedermeier refere-se a um período cultural e artístico da Europa Central, especialmente na Áustria e Alemanha, que vai aproximadamente de 1815 a 1848 — ou seja, coincide com a juventude de Schubert.
Durante esse período, marcado por estabilidade política após as guerras napoleônicas, a cultura se voltou para o íntimo, o doméstico e o sentimental, refletindo os valores da burguesia urbana. As artes (música, pintura, literatura, design) passaram a valorizar:
A vida cotidiana e familiar
A natureza, o amor e a simplicidade
Uma beleza modesta, sem excessos dramáticos
Em Viena, cidade natal de Schubert, isso se traduziu numa arte mais voltada ao prazer privado, ao lirismo pessoal e à delicadeza emocional. Na música, esse espírito aparece nos Lieder (canções) — como Seligkeit — que falam de amor, paisagens, sonhos e sentimentos com ternura e leveza, em vez de grandiosidade heróica ou trágica.
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operaportugues · 20 days ago
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Giuditta (Franz Lehár) - Munique 2021
Obra completa com legenda em português: vídeo; legenda. Para download do vídeo, sugiro usar o software JDownloader2.
Giuditta, de Franz Lehár, é uma obra singular e de difícil classificação: já foi rotulada como “ópera dramática”, “opereta” e até “comédia musical”. Sua estreia ocorreu em 1934, como a última grande obra do compositor austro-húngaro, e se destaca por uma mistura ousada entre a intensidade emocional da ópera e a leveza característica da opereta. A ação se desenrola em meio à instabilidade política e social da década de 1930, servindo de pano de fundo para uma narrativa amorosa marcada por frustração, renúncia e desencanto.
O conteúdo aparentemente inofensivo e repleto de clichês de Giuditta contrasta fortemente com a realidade social da década de 1930. Hitler já estava há um ano no poder na Alemanha, o parlamento austríaco havia sido dissolvido poucos meses antes, e a Europa se encontrava entre duas guerras.
Esta produção da Bayerische Staatsoper de 2021 traz a direção cênica de Christoph Marthaler, que explora com sensibilidade as ambiguidades da partitura e da dramaturgia. Seus personagens transitam entre o luxo e a desilusão, entre a esperança exaltada e o colapso emocional. A condução musical é do maestro Titus Engel, à frente da Bayerisches Staatsorchester, que realça tanto os momentos de lirismo arrebatador — evocando até Puccini — quanto os trechos com ares de cabaré e opereta.
Informações sobre esta produção
Avaliação da Operetta Research Center
Avaliação da ResMusica
Personagens principais: - Giuditta: Jovem mulher de origem simples e beleza arrebatadora. Abandona o marido para seguir uma nova paixão com Octavio. - Octavio: Oficial do exército colonial, idealista e apaixonado. Vive um romance intenso com Giuditta, mas acaba a deixando para seguir seu dever militar. - Anita (ou Anna): Amiga espirituosa de Giuditta. - Sladek: Soldado atrapalhado, interesse amoroso de Anita.
Sinopse: Entre a Europa e o Norte da África, em um ambiente europeu em crise nos anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial.
Giuditta, uma jovem de espírito livre infeliz em seu casamento, se apaixona perdidamente por Octavio, um oficial do exército. Eles fogem juntos para o Norte da África, tentando viver um amor livre, longe das convenções da sociedade.
Porém, Octavio é chamado de volta ao dever militar e, em vez de desertar, obedece à convocação, abandonando Giuditta. Anos depois, eles se reencontram: Octavio, agora um pianista decadente em um bar, e Giuditta, transformada em uma estrela de cabaré. O reencontro é amargo — o amor ainda vive, mas o destino os separou de forma irreversível.
Em meio ao cenário de instabilidade global e ao colapso pessoal dos protagonistas, a mensagem que permanece é ambígua: apesar da célebre frase “Amigos, viver vale a pena!”, Giuditta termina com um tom amargo e resignado — um retrato do desencanto de uma era.
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Nem eu mesma sei por que se fala logo em amor quando estão perto de mim, olham nos meus olhos e beijam minhas mãos.
Nem eu mesma sei por que se fala logo em feitiço, ao qual ninguém resiste quando me vê, quando passa por mim.
Mas quando a luz vermelha brilha à meia-noite e todos escutam minha canção, então me fica claro o motivo:
Meus lábios, eles beijam com tanto ardor. Meus membros são suaves e alvos. Está escrito nas estrelas: Você deve beijar, você deve amar!
Meus pés, eles flutuam no ar. Meus olhos seduzem e brilham. E eu danço como em êxtase, pois eu sei:
Meus lábios, eles beijam com tanto ardor.
Nas minhas veias corre o sangue de uma dançarina. Pois minha bela mãe foi a rainha da dança no "Alcazar Dourado".
Ela era tão linda, eu a via muitas vezes em sonhos. Quando ela batia o pandeiro ao som de uma dança selvagem, todos os olhos brilhavam.
Ela renasceu em mim, eu tenho o mesmo destino. Danço como ela à meia-noite e sinto apenas uma coisa:
Meus lábios, eles beijam com tanto ardor. Meus membros são suaves e alvos. Está escrito nas estrelas: Você deve beijar, você deve amar!
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operaportugues · 21 days ago
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La favorite (Donizetti) - Bayerische Staatsoper, outubro/2016
Ópera completa com legenda em português: vídeo; legenda. Para download do vídeo, sugiro usar o software JDownloader2.
La favorite, de Gaetano Donizetti, é uma ópera em quatro atos. Estreou originalmente na Opéra de Paris em 1840, destacando-se como uma das grandes obras do bel canto francês.
Em 2016, a Bayerische Staatsoper encenou La Favorite em uma produção de Amélie Niermeyer. No centro da história está Léonor de Guzman, amante do rei, dividida entre os interesses do poder e a felicidade pessoal. Elīna Garanča interpreta Léonor, acompanhada por Matthew Polenzani como Fernand e Mariusz Kwiecień como Alphonse. A produção enfatiza o conflito entre Igreja e Estado com cenários arquitetônicos marcantes. Uma obra raramente apresentada do Grand Opéra, aqui realizada com grande força cênica e musical.
A Favorita de Donizetti não tinha mais sido apresentada em palco em Munique há cem anos. Essa ópera, que Donizetti tenta fazer como uma grande ópera à francesa, fez parte do repertório da Ópera de Paris desde sua criação em 1840 até 1918, depois desapareceu do palco até 1991.
Há as características da grande ópera com a importância dada aos cenários e efeitos cênicos na representação de uma intriga baseada num evento histórico dramático.
A jovem diretora Amélie Niermayer escolheu renunciar aos cenários históricos suntuosos e optar por cenários minimalistas e figurinos contemporâneos, que nos afastam da corte sevilhana do Rei Alfonso X. Niermeyer optou pelo abandono da referência histórica, para favorecer uma abordagem psicosociológica da figura de Léonor (Elīna Garanča), que visa destacar a condição feminina da cortesã e o machismo, tanto dos seus amantes quanto da sociedade. Nem Alphonse (Mariusz Kwiecien) nem Fernand (Matthew Polenzani) veem Léonor como uma pessoa de verdade. O Rei a trata como uma prostituta real, um pedaço de carne que ele reserva para si; Fernand se apaixona loucamente, mas não se comunica com ela e a transforma num objeto de paixão.
Niermeyer vem do universo do teatro: a atuação, os sentimentos e as emoções, entre os diferentes personagens são intensos, poderosos e expressivos. Ela volta os projetores para a atuação dos atores e suas interações, solicitando aos cantores qualidades de interpretação teatral.
Karel Mark Chichon rege a Bayerische Staatsorchester dando um tom italiano a uma música que se diz francesa e cuja linguagem orquestral ele destaca bem.
Informações do "Ópera na Tela" sobre esta produção
Informações da Staatsoper sobre esta produção
Avaliação da Opera Traveller
Avaliação de The WholeNote
Personagens principais: - Léonor de Guzman: Amante do rei Afonso XI da Espanha, mulher dividida entre o amor verdadeiro e as convenções sociais; representa o sacrifício e a luta interior. - Fernand: Jovem noviço que abandona a vida religiosa ao se apaixonar por Léonor; sua trajetória revela ingenuidade, paixão e desilusão. - Alphonse XI: Rei da Espanha, figura autoritária e possessiva; ama Léonor, mas precisa equilibrar suas paixões com a política e a religião. - Balthazar: Superior do convento de Santiago, defensor rigoroso da moral e dos princípios religiosos; sua presença simboliza o peso da tradição.
Sinopse: A história se passa na Espanha do século XIV, em meio a conflitos políticos e religiosos que abalam o reinado de Alphonse XI.
Ato I Noviço no mosteiro de Santiago de Compostela, Fernand confessa a Balthazar, seu superior, sua obsessão com uma bela mulher que viu orando na igreja. Balthazar o libera e ele sai à procura de Léonor, numa ilha. Ela também o ama, mas não ousa revelar ser a amante do rei.
Ato II Após derrotar os mouros, o rei Alphonse quer o divórcio para se casar com Léonor. Apaixonada por Fernand, ela implora ao rei que a libere. Ele recusa, mas fica perturbado ao ler uma carta de amor para ela que fora interceptada. Balthazar, que é também pai da rainha, ameaça excomungar o rei se ele se divorciar.
Ato III Alphonse recebe Fernand como herói de guerra e promete atender a qualquer desejo seu. Ele pede a mão de Léonor, e o rei concorda. Léonor tenta informar Fernand sobre seu passado antes que se casem, mas ele não recebe a mensagem. Ao saber a verdade por Balthazar, sentindo-se traído e humilhado, Fernand quebra a própria espada diante do rei e volta para o mosteiro de Santiago.
Ato IV A rainha morreu de pesar, e em seu funeral, em Santiago, Fernand rememora o antigo amor. De repente, Leónor aparece disfarçada de noviço, fraca e doente. Fernand diz que se vá, mas é de novo tomado pela paixão. Prepara-se para fugir com ela, mas ela morre em seus braços.
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operaportugues · 22 days ago
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This is Opera - Eugene Onegin - Tchaikovsky (2015)
Temporada 2, Episódio 2 legendado em português: link.
Acha que não gosta de ópera? Então venha conosco porque a ópera não se aprende a escutar, aprende-se a sentir.
Com apresentação do barítono e pianista Ramon Gener, “Isto é Ópera” é uma série imaginativa, inovadora, de puro entretenimento que nos conduz através da história da ópera, a partir do nascimento do género até aos nossos dias. Uma série que fornece as chaves para entender e apreciar as óperas mais importantes da história, de uma forma simples e acessível a todos os públicos.
Nesta série vamos descobrir o enredo de cada história de uma forma original e envolvente que não nos deixará indiferentes, captando a nossa atenção desde o primeiro minuto.
A genialidade de cada compositor, a paixão dos personagens e a universalidade de cada história gera um ambiente de cumplicidade com o espectador. As melhores histórias, os melhores compositores, os melhores personagens, as melhores árias. Visitaremos as cidades onde óperas ganharam vida, serviram de inspiração para compositores ou onde os personagens se apaixonaram: Paris, Veneza, Roma, Londres, Barcelona, Viena, Madrid, Cairo, Florença, Milão, Sevilha, Salzburgo, Bayreuth, Munique.
RTVE
Wikipedia
Episódio 2: Eugene Onegin - Tchaikovsky Ramon Gener concentra-se desta vez em "Eugene Onegin", uma ópera do compositor russo Tchaikovsky. A obra tem por base um dos clássicos da literatura russa de Pushkin. Gener conversa com a soprano russa Anna Samuil, que interpreta a personagem Tatiana e ainda com estudantes de canto do Conservatório del Liceu em Barcelona. Tatiana, uma inocente jovem do século XIX da Rússia rural, apaixona-se por um dandy de São Petersburgo, o arrogante e atraente Eugene Onegin. Nesta ópera os dois principais expoentes do romantismo russo falam de amor impossível, homossexualidade, dândis, cartas de amor e duelos de honra.
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operaportugues · 24 days ago
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Le Concert de Paris, 14/julho/2025
Concerto completo: link.
O tradicional concerto patriótico de 14/julho (Dia da Bastilha) na base da Torre Eiffel fez em 2025 uma referência especial ao Brasil como parte da “Saison France-Brésil 2025” (“temporada cultural França‑Brasil 2025”).
50m: Versão de canção brasileira Saudade fez um Samba / Sambinha (Carlos Lyra, Ronaldo Boscoli)
56m: Baião n’ blues (Clarice Assad)
1h02m: Bachianas Brasileiras nº 5, Villa-Lobos, Bruno de Sá
2h07m: ritmos musicais brasileiros nos fogos de artifício
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operaportugues · 25 days ago
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Cantata BWV 019 "Es erhub sich ein Streit" (Bach) - Netherlands Bach Society, 06/outubro/2022
Cantata completa com legenda em português: vídeo; legenda. Para fazer download do youtube, sugiro que use o software JDownloader 2.
Esta cantata, composta por Bach em 1726 para a festa de São Miguel, abre com um poderoso coro que mergulha o ouvinte diretamente em um cenário de batalha �� não uma batalha qualquer, mas a guerra celestial entre os anjos liderados pelo Arcanjo Miguel e as forças do mal, representadas por Satanás. Sem introdução orquestral, a tensão se instala desde o primeiro compasso com entradas sucessivas das vozes e uma orquestra que se ergue em clímaxes sonoros marcantes.
Inspirada no Livro do Apocalipse, a obra celebra a vitória do bem sobre o mal, uma mensagem essencial da liturgia luterana da época. Ao mesmo tempo, Michaelmas era também uma data marcante no calendário secular europeu: o fim do verão, o início do outono e da colheita, a abertura do novo ano acadêmico e, em Leipzig, o início da grande feira de outono – momento de grande efervescência comercial e social. É nesse contexto que Bach concebe uma cantata ampla, rica em contrastes e com orquestração luxuosa.
Entre os destaques da obra estão as árias de soprano e tenor que seguem o coro inicial tempestuoso, trazendo a sensação de ordem celestial restaurada. Em especial, a ária do tenor "Bleibt, ihr Engel" se entrelaça com a melodia do coral "Ach Herr, lass dein lieb' Engelein" – conhecido como o coral de encerramento da Paixão segundo São João – em uma das passagens mais tocantes da cantata.
Direção musical do violinista e maestro Shunske Sato.
- Wikipedia - Informações sobre esta cantata - Palestra do ECAI: Cantata - O que é uma cantata? (tradução automática de legenda do youtube) - Palestra “As cantatas de Bach”
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Michael, the archangel, by Guido Reni, Santa Maria della Concezione, Rome, 1636
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operaportugues · 27 days ago
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Alceste (Gluck) - Bayerische Staatsoper 2019
Ópera completa com legenda em português: vídeo; legenda. Para download do vídeo, sugiro usar o software JDownloader2.
Esta ópera retrata a comovente história narrada por Eurípedes. Enredo: Admete, o rei da Tessália, está moribundo. O oráculo de Apolo avisa: apenas um sacrifício humano poderá salvá-lo. Para manter seu esposo vivo, a rainha Alceste decide se sacrificar por ele.
Expoente do início do classicismo vienense, Christoph Willibald Gluck desempenhou um papel decisivo na reforma e simplificação da ópera séria, que passava por um período de declínio no século XVIII. Alceste é a peça chave dessa reforma, juntamente com a sua obra mais famosa Orfeu e Eurídice.
As reformas composicionais em suas obras dramáticas mostram o quanto Gluck estava à frente de seus contemporâneos, tanto nos temas que abordava em suas óperas quanto em seus arranjos musicais. Os recitativos dos cantores não são mais acompanhados apenas pelo cravo – agora também entram os instrumentos de cordas. Uma nova conexão entre música e texto nunca foi criada de forma tão colorida e com tamanha diversidade instrumental.
Dez anos após uma primeira versão em italiano, Christoph Gluck cria em Paris, em 1776, a versão de Alceste em francês. O compositor refaz a partitura musical e faz reescrever o libreto, rearranjando várias cenas e focando na história do casal governante.
Nesta versão parisiense revisada de 1776, o coreógrafo belga Sidi Larbi Cherkaoui interpreta a ópera Alceste, do final do Barroco, como uma impressionante simbiose de dança e música. Com a atuação dos excepcionais dançarinos da companhia belga Eastman de Antuérpia, cria-se uma estética rigorosa de imagens encantadoras. Com o carisma inimitável da soprano Dorothea Röschmann e o brilho vocal de Charles Castronovo como o Rei e a Rainha, Alceste se torna uma experiência musical e visual impressionante que combina a ópera clássica com a arte da dança moderna no mais alto nível.
"Quando vejo cantores de ópera cantando, sinto que eles estão dançando." - coreógrafo belga Sidi Larbi Cherkaoui
- Wikipedia - Informações sobre esta produção - Avaliação do OperaTraveller - Avaliação da Platea Magazine - Blu-ray na Amazon - DVD na Naxos
Personagens principais: - Admete, rei de Pherae na Tessália  - Alceste, sua esposa - Evandro, um confidente de Admete - Hércules - Apolo
Sinopse: Local: Pherae, na Tessália
Ato 1 O rei Admete está morrendo, e seu povo está em desespero. O deus Apolo recusa o sacrifício de animais, proclamando que Admete viverá apenas se outra pessoa for sacrificada em seu lugar. A rainha Alceste acredita que ela é a vítima que Apolo tem em mente, mas declara que se entregará apenas por amor. (Ária: "Divinités du Styx")
Ato 2 O povo celebra a recuperação do rei. Admete não percebe que Alceste se ofereceu para morrer em seu lugar, e sua esposa não se entregará até que a verdade seja esclarecida. Quando ele descobre a verdade, Admete acredita que Alceste, na verdade, o está abandonando, e preferiria morrer ele mesmo.
Ato 3 O povo, novamente em luto, prepara os filhos do casal real para o sacrifício em seu lugar. O amigo de Admete, Hércules, chega e promete conquistar a morte em nome dele, viajando para o Hades. Enquanto isso, Alceste já chegou às portas do inferno; Admete tenta dissuadi-la, mas ela está se sacrificando por amor, e não como um ato heróico. Quando Alceste parece prestes a perecer, Hércules surge nas profundezas e, com seu poder, domina as Fúrias e o próprio Caronte. Ele exige que os deuses libertem Alceste. Surge Apolo, descendo dos céus, emocionado com a fidelidade e coragem do casal real. Apolo promete a Hércules a imortalidade e revoga o sacrifício de Alceste, e ambos são devolvidos à vida, restaurados pela virtude conjugal. A obra termina com um coro jubiloso.
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