#foi uma das coisas mais bizarras que já vi
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Eu ainda fico abismada com o que rolou aqui no Brasil com a dublagem de chainsaw man, onde um pessoal da fandom atacou e ameaçou um dos maiores dubladores do país porquê a dublagem não usou um texto ruim de uma scan nazista que mudou e deformou o texto de tal forma que a obra era outra, até chegaram a editar a imagem do mangá e tals, foi um fenômeno bizarro e insano
#chainsaw man#bizarro#foi uma das coisas mais bizarras que já vi#eu já li coisa dessa scan sem saber que eram um bando de nazi#e eles destroem as obras#tudo que eles colocam as mãos vira merda
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ai ai só fico pensando nesses machos escolhendo langerie pra amada. Vi um tkk duma gribga na victoria secrets e o marido escolhendo aquelas bizarras chei de amarração enquanto ela so foi pegar um pijama KKKKKKK
pra mim o enzo ia escolher aquelas completas com cinta liga laco da coxa e tudo até colerinha. Pacote completo.
Kuku ia pelo basico mais toda menininha com lacinho e babadinho
Matias & Pipe iam pegar aqueles body bizarro q so fica bom na gisele. Mas fodase pq em 1 seg vai td pro chao.
Pardella ia escolher uma camisolinha suuuuuuuper sensuellen pq ele gosta de alisar seu corpo passando a mao pelo cetin dela
-Ass desejo de menina👄
AINNNNN💥💥💥💥💥que delícia minha nossa tenho que admitir que sou fã de lingerie pelo fato de que acho coisa de mulher gostosa confiante sedutora tipo slayy 😌😌😌
nossa o enzo eu assino embaixo e☝🏻sinto que fernando também se encaixaria nessa categoria. eu já falei aqui que acho eles classudos demais então infelizmente pensei neles integrantes assíduos da comunidade eu banco minha esposa troféu COM ORGULHO e aí comprar um conjuntinho que nem você disse (e as a coxuda CINTA LIGA SIM!!!!! você foi babilônica nessa no notes) e eles super estressados no escritório sentados naquela cadeirona de homem rico (kkkk é a melhor descrição que consigo pensar sabe espero que entendam a vibe) e eles só mandam uma mensagem pra você assim “Coloca o conjunto que tá na sacola em cima da cama e vem para o meu escritório” FORMAL E POUCAS IDEIAS PQ TIPO!!!!!! AI SABE !!!!! e aí você chega lá toda pimposinha usando o que ele comprou pra você e ele tá lá sentado com um copo de whisky na mão e quando você para na frente dele ele não fala nada, só fica te apalpando e depois manda você ajoelhar 🕊🕊🕊🕊🕊🕊 ai minha nossa que saco (e a coleirinha é tão 💥💥💥💥💥💥com a inicial deles ainda por cima tipo awnnnnnnn que delícia ah e o enzo também tiraria fotos pq esse cenário é delicioso demais pra eu deixar ele passar batido
ai gente o kuku 🙏🏻🙏🏻🪦🪦🪦 mandem notícias agora pq eu pensei num cenário que você surpreende ele e ele fica todo vermelhinho até gaguejando pq ele mesmo não sabia que te ver usando um conjuntinho rosa todo pimposinho causaria tanto tesao nesse pobre coitado 🕊🕊🕊🕊 e ain sabe você acertou muito seria sim todo delicadinho pra quando ele finalmente acordasse pra vida (ficou meio paralisado de tanto tesao) ia acabar com você na cama e☝🏻te bagunçar todinha depois de você ter ficado toda arrumadinha só pra ele 🚬🚬🚬🚬 que merda viu quero dar pra ele agora
a do pipe e matias DEMAIS pq eu sinto que eles ficariam com tanto tesao que nem dariam a devida importância ao body todo preto bonitinho que você comprou 😔😔😔 e quando você falasse “vsf mô foi caro pra caramba e você nem ligou” a reação do matias seria 😛😛claro que liguei porra meu pau ficou durão e eu quis te comer logo uai não posso??!!!😛😛 JÁ O PIPE 😔😔poxa amorzinho me desculpa é que você tava tão linda que eu nem resisti sabe mas da próxima vez eu faço questão de demorar mais um pouquinho pra tirar (pq ele quer que você use ele de novo e agora ele criou uma meta pessoal de te chupar enquanto você ainda veste o body 💗💐🌷💞🌸
o agustin eu não tenho nem palavras PQ VOCÊ ACERTOU DEMAIS!!!!!! ele ia ficar te apalpando toda aproveitando da maciez da sua pele e do tecido e ia ter muito praise 🪦🪦🪦🪦🪦🪦pensei aki também nele te virando de bruços e só dobrando a barra da camisola pra cima e te comendo sem nem tirar ela 🚬🚬🚬🚬🚬 alguma coisa sobre ele ser todo rústico e delicioso e Homem com H maiúsculo com uma leitora toda pimposinha cocotinha que ele quer bagunçar ela toda enquanto fala que ela é uma deusa gostosa sereia maravilhosa etc etc etc
#cblurbs 🌟#esteban kukuriczka#felipe otaño#matias recalt#enzo vogrincic#fernando contigiani#agustin pardella
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Gente me contem as coisas mais bizarras que vc já viu em alguma pessoa gorda pessoalmente
Eu começo: uma vez vi uma mulher tão gorda mas tão gorda que ela não conseguia se abaixar em uma atividade no trabalho dela… ela teve que ficar excluída e sozinha de todo mundo em uma confraternização por causa de tanta gordura
A hora q foi tentar se abaixar vi que a calça dela no meio estava toda gasta e cheia de bolinha (pq as coxas raspavam muito) e praticamente quase rasgou a calça.
Ela ñ conseguia fazer coisas básicas do dia por causa da gordura… sem contar a aparecia dela…
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Recebi alta do "hospício"
Se você não entende meu humor sarcástico, ácido e irônico e não sabe interpretar um texto com coerência seu lugar não é aqui,também não quero conservadores e moralistas aqui,como diria Vegeta:
Eu recebi alta do meu tratamento psicológico,passei um bom tempo fazendo tratamento pensei que nunca teria fim e em alguns aspectos realmente foi bom e me fez enxergar além do preto e branco,foi bom expor aos profissionais detalhes que não posso expor aqui de todos os abusos gravíssimos que sofri mas a justiça finge que não vê e defende o algoz porque a justiça baba ovo em bandido burguês arrombado,tudo isso ficará naqueles arquivos.
Algo que aprendi com o judiciário brasileiro é que caso você tenha um poder aquisitivo favorável na sociedade $$$ você tem passe livre para abusar/estuprar e matar e a maioria dos brasileiros amam bandidos hétero,brancos,cristãos,cargos/patentes e com $$$,mas a história muda quando você é pobre pardo ou negro e foge do padrão moralista alicerçado nos "bons costumes" baseados nos costumes e dogmas cristãos,o sistema é um câncer e funcionários públicos não deveriam existir,eu vi de perto o nível baixo deles,mas como eu sempre digo aqui eles possuem passe livre para fazer qualquer atrocidade e falcatrua,eles podem nós não, nós somos meros mortais os "ratinhos" do sistema.
Quando os Bolsonaristas falam "Bandido bom é bandido morto" eles querem dizer "Queríamos os pretos,favelados e pobres mortos" esse termo não inclui os engomadinhos,às serpentes do sistema que usam terno e gravata menos ainda o abusador que vai a igreja e diz que é um "homem enviado de Deus" são seletivos,ou seja,racistas e elitistas,nesse país basta você dizer que é "crente" e fingir uma falsa moral baseada em aparências e versículos em redes sociais então automaticamente você é uma "ótima pessoa",eu conto ou vocês contam? O homem ou melhor bandido que abusou do meu corpo é filho de pastor,se fossemos realmente levar a sério a parte em que ele se enquadra na bíblia seria essa aqui:
O ladrão vem apenas para roubar,matar e destruir.
João 10:10
Mas a sociedade e seus cobaias amam lamber às bolas dele,vocês sabem o porquê né?
Nesse meio tempo apareceram muitas pessoas tentando me prejudicar, principalmente pessoas do sistema eles dizem que a vítima é "manipuladora" mas na realidade os manipuladores são todos que compõem esse chiqueiro,eles conseguem perfeitamente inverter tudo contra você eles possuem poder para isso e cargos influentes,até os dias de hoje sou stalkeada por eles e relatei isso aos profissionais e principalmente abri boletins de ocorrência,sabe o que o lei fez? Nada,talvez se eu tivesse $$$ ou fosse filha do juiz eles fariam,eu vou postar um print da esposa do assassino agora, há algumas semanas atrás ela voltou a acessar meus perfis,eles tem tempo livre para o caos eu já sou diferente faço coisas úteis,eu acredito que ela esperava eu reagir de forma agressiva ou enviar uma mensagem a ela e conseguir montar "provas" ela costuma me stalkear tarde da noite,acho que ela espera ele dormir,acho que vou revelar algumas fotos minhas enviar de presente a ela já que ela me admira tanto,eu sei que sou bonita e jovem e ela e ele já estão até com calvície e tem idade para ser avós,mas é bizarro se eu preciso de um tratamento que dirá um assassino e um fantoche com hibristofilia,abaixo o print:
Provavelmente ela estava rolando meu feed e sem querer clicou nisso,a parte mais bizarra em tudo isso é que eles fazem isso a anos,o sonho deles é me ver explodir e xingar eles,como eu fiz muito no passado em reação às perseguições que eu sofria e eu relatava isso aos meus médicos,minha psicóloga dizia pra mim mudar às URLS mas meio que não adianta nem bloquear ou mudar X ou Y elas procuram meus perfis no Google e através das listas dos meus amigos e parentes,sabe o que isso significa que eles são bem desocupados porquê eu não tenho tempo para isso.
O abusador sabe a maioria dos seus gatilhos e como eles são sórdidos e sádicos irão usar isso contra você,isso significa que o intuito deles é atingir você e levá-lo a um surto de raiva,daqueles bem "explosivos" onde em defesa deles,eles irão filmar a sua reação e denunciar você o nome disso é "abuso reativo",eles são mestres nisso e ele treinou muito bem esse fantoche que saiu do meio da floresta amazônica sem eira nem beira,pra esse tipo de gente qualquer peixe podre que cair na rede é lucro, é uma parceria apenas de interesses então foram feitos um para o outro,ele quer limpar a imagem dele e propagar o bom samaritano conservador e religioso,ela quis fugir da selva do Tarzan,coroa e medo de morrer sozinha,submissa e aceita chifre enquanto entra $$$ e na perperctiva dela tudo na vida dela vai melhorar caso eu vá da "arrasta pra cima",mal sabem esses dois o que o futuro reserva pra eles.
Minha psicóloga me ajudou muito em como identificar às manobras desses bandidos engomadinhos citados,assim como,perceber o nível deles e aprender driblar e ouvir o que realmente importa,falávamos bastante sobre o feminismo e a mulher na sociedade e sobre o machismo isso foi interessante,não é a toa que hoje em dia enxergo muitas coisas com outros olhos e faço uma avaliação e mediante a isso percebo que algumas coisas não valem a pena,eu batia muito de frente com pessoas de alta patente do sistema hoje em dia eu prefiro na maioria das vezes apenas expor isso em meus sites,isso evita um mandato de prisão,por mais frustante que seja não há muito o que fazer sobre muitas coisas, infelizmente é assim e o país e a sociedade é apenas ladeira abaixo,eu poderia ter evitado muitos problemas se eu não tivesse discutido com essas desgraças,mas convenhamos às vezes é necessário ser rebelde.
Eu sou tudo o que o sistema odeia,mas eu eu me odiaria de verdade se fosse com eles são,eu não derramo sangue inocente minhas mãos estão limpas,eu sou o que sou e não me escondo atrás de nada,eles não gostam de mim porquê eu afronto tudo o que eles escondem,o Diabo que eles tentam culpam são eles próprios,mas eu não me importo se gostam ou não de mim,eu prefiro ser odiada pelo que sou a que me submeter a certas coisas a troco de bajulação e aceitação, foi-se o tempo onde eu era presa em paradigmas de moral e reputações moralistas,me difamem e me joguem no inferno eu sei dançar com demônios,aliás,eu cultuo alguns,reputação? Caguei,sabemos que a moral dessa sociedade e sistema é baseada em dogmas cristãos e cada um tem de mim o que merece,quer luz? Faça por merecer ou conheça meus demônios.
Algo que aprendi,esse tipo imundo de "gente" que citei passa a vida inteira ferrando um e outro injustamente e quando encontra um que devolve na mesma moeda o que de fato merecem se fazem de vítimas e pobres coitados ou torna-se cristão,acham mesmo que vou desperdiçar a minha luz com assassinos ou qualquer laia mau caráter por aí? Espere deitado,espero que uma legião engula cada um e mostre a eles a escuridão que merecem e pode ter certeza que irá,o último que tentou destruir minha vida virou um sem teto,usuário de drogas,brinca bastante e ria bastante mas não esqueça que nada aqui é de graça.
#escritores#escrever#religião#filosofía#cristianismo#escrevendo#textos#abusos#abuso#saúde mental#pensamentos#palavras#meus sentimentos#sentimentos#feminismo#feministas
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“Preciso de pulmões novos.” - Scarlly e Sam
Conto 60 — Samuel Barnes
— Preciso de pulmões novos. — Escuto Scarlett reclamar antes de se jogar na grama, com a respiração pesada, logo após termos cruzado nossa linha de chegada imaginária no parque Washington Square.
Não posso culpá-la por estar nesse estado. Além de meu pai, Steve Rogers e meu irmão Tommy, poucas pessoas realmente conseguem acompanhar meu ritmo quando saio para correr.
Mesmo assim, decido que não vou perder a oportunidade de zoar um pouco com minha amiga. Reviro os olhos e a encaro, colocando as mãos na cintura.
— Foram só alguns quilômetros, não exagera. — Alongo um pouco os braços, e deu um leve chute de brincadeira em seu pé. — Nem deu tempo de eu me cansar. Poderia voltar correndo pro Brooklyn agora mesmo.
Se Scarlett tivesse alguma coisa grande e pesada ao seu lado, ou energia o suficiente para tal, ela jogaria algo em mim. Mas como não era o caso, ela apenas me mostra o dedo do meio em resposta.
— Como eu odeio super soldados.
— Tecnicamente, sou apenas um semi-super soldado. — A provoco mais uma vez antes de me sentar ao seu lado, esperando que ela recupere o fôlego.
— Me lembre de nunca mais aceitar sair pra correr com você, Barnes.
— Ah, para com isso. — Olho para ela, sorrindo agora. — Você se saiu muito bem. Chegou até aqui, não foi? Quando chamei o Greg pra fazer a mesma coisa, ele passou mal nos primeiros quinze minutos. Não foi nada bonito.
Scarlett começa a rir, e então ficamos em silêncio por um momento. Sinto meu celular vibrar em meu bolso, então o pego e vejo uma mensagem de minha namorada, o que me faz abrir um sorriso. Zendaya está em uma missão humanitária ao lado de sua tia Shuri na Polinésia, mas me manda vários updates de como as coisas estão indo. Tudo bem ao que parece.
Me foco em responder a mensagem, até que Scarlett fala mais uma vez.
— Cara, que cheiro horrível é esse?!
Estou prestes a perguntar do que ela está falando quando o cheiro me atinge feito um soco. Uma mistura horrível de xixi de gato com repolho cozido. Algo realmente desagradável. Faço uma careta e abaixo o celular.
— Credo, que fedor. Parece que está vindo... — Antes mesmo que eu possa terminar minha fala, uma sombra passa por cima de nós, e assim que levanto meu olhar, dou de cara com uma criatura bizarra.
Olha, vou fazer meu melhor para tentar descrever o que vi. Logo acima de nós, voando no céu, haviam três criaturas que eram o resultado de uma mistura entre gato e cobra. A parte da frente era sem duvidas de um felino, mas assim que seu corpo roxo e verde continuava, toranva-se longo como o de uma cobra.
Homens estavam montados em cada um desses bichos. Três saradões, um deles sem camisa, os outros dois vestindo apenas um colete aberto na frente. Todos eles usando chapéus pontudos de mago e varinhas com estrelas na ponta, tipo aquelas de fadas de desenho animado.
Eu sei o que você deve estar pensando agora: essa é uma visão e tanto.
— Tá bom, me diz que você também está vendo isso, Sammy. — Scarlett me tira do meu devaneio momentâneo com sua pergunta.
— Não queria, mas estou sim.
Nós dois nos levantamos em um pulo depois disso.
— O que diabos é isso? — Scarlett se vira para mim e me pergunta, como se eu tivesse as respostas. Deu de ombros, exasperado.
— E eu é que vou saber? Nunca vi uma coisa dessas antes! — Então, algo novo acontece. Os bichos começam a soltar alguma coisa... uma espécie de fumaça, pelo que posso ver. — Que bom, agora tem mais essa. Que negócio verde é esse saindo das... caudas deles?!
— Não sei, não quero saber e agradeceria se você não perguntasse de novo. — Quase não consigo ouvir a resposta de Scarlett, porque bom, o parque estava cheio naquele horário e todo mundo já está correndo e gritando pra todo canto da forma mais desordenada possível, como só os nova-iorquinos conseguem fazer.
Paro para pensar por um instante, mas sinto que minha mente está travada com a bizarrice toda que está acontecendo à minha frente. E olha que isso diz muito, afinal, já vi coisas muito esquisitas na minha vida.
Instintivamente, me viro para minha amiga em busca de orientações. Já que ela é a co-líder de nossa equipe e geralmente tomava a frente em nosso esquadrão na SHIELD também, eu esperava que ela tivesse alguma ideia de como proceder.
— Scarlly, o que a gente faz?! Você está sem seu arco e eu duvido que jogar uma das minhas faca nessas coisas vai adiantar. — Isso sem mencionar o fato de que nenhum de nós está vestido para a ocasião.
— Os civis. — Ela me responde sem pestanejar. — Ajudamos os civis a sair da linha de fogo em segurança enquanto eles cuidam dos esquisitões montados nos gatos-cobra.
Ela aponta para o céu, e quando levanto o olhar mais uma vez, vejo Aiden chegando, acompanhado por Maeve Rambeau, ambos vestindo seus uniformes. Bom, eles certamente são mais qualificados para lidar com uma coisa dessa do que nós. Pelo menos no momento. Além disso, ouço um dos caras mencionar o nome da Capitã Marvel, então realmente acho que essa não é uma briga para qualquer um.
— É, acho que podemos fazer isso. — Digo por fim, recebendo um leve empurrão de Scarlett.
— Então vai, Sammy, se mexe!
Dito isso, ela corre para um lado do parque, e eu, saindo do meu estupor momentâneo, corro para o outro.
Cuidar dos civis parece ser uma tarefa fácil, mas eu te digo que não é. Na verdade, é uma das tarefas mais complicadas porque, bom, estamos em Nova York, os nova-iorquinos não tem muito bom senso. Ao invés de correr para longe do perigo, muitos fazem exatamente o contrário, para ver a luta mais de perto, ou para registar em primeira mão o que tá acontecendo, pra postar nas redes sociais e ganhar muitos likes.
É triste, mas acontece, e isso me irrita muito.
Tento afastar esse pensamento da minha mente enquanto tento ajudar algumas pessoas a saírem do caminho da batalha. Faço meu melhor para ajudar a mostrar uma direção que os levará para um local mais seguro. Tenho que ser um pouco mais duro com alguns adolescentes mais novos do que eu, que parecem não entender a imprevisibilidade de uma briga envolvendo super heróis em um momento. Um deles estava tentando tirar uma selfie e quase foi atingido por ácido ( é, descobri que as coisas verdes que saiam das caudas dos bichos é na verdade ácido. Obrigado por ter gritado a diga, Danvers! ).
Depois, tive que interromper sem muita delicadeza a live de uma garota que disse ser uma influencer e que precisava gravar aquilo, porque estava dando muitas visualizações no instagram. Como se eu me importasse com isso. Felizmente, consegui faze-la entender que ali não era seguro e ela até me agradeceu depois.
Quando finalmente percebo que as coisas estão um pouco mais calmas, me viro para ver como Aiden e Maeve estão se saindo. Muito bem, aparentemente, porque depois de levar alguns vários socos bem fortes dos dois, um portal se abre atrás dos magos e eles simplesmente somem.
Aiden e Maeve parecem tão confusos quanto o resto de nós, mas logo deixam a cena, o que sei que quer dizer que eles vão nos explicar com mais detalhes o que diabos foi tudo isso assim que a gente se encontrar na base mais tarde.
— Bom, isso foi… um acontecimento e tanto. — Scarlett reaparece ao meu lado, parecendo menos cansada agora do que quando estávamos correndo mais cedo. — Como foi do seu lado?
— Tirando os babacas que se acham influencers e os idiotas que querem ficar perto da ação, o único ferido que tive foi um garotinho que ralou o joelho enquanto tentava sair do parquinho. Ele vai sobreviver. Do seu?
— Acabei discutindo com dois caras que queriam muito ver a Capitã Marvel em pessoa. Ela nem tá na terra no momento, mas é claro que eu não podia dizer isso pra eles, mas fora isso, foi tudo certo.
Suspiro pesadamente olhando rapidamente ao redor, onde as poucas pessoas que ficaram por perto começam a sair de seus esconderijos e começam a conversar entre si sobre o que acabou de acontecer.
— Acho que podemos chamar isso de uma quarta-feira normal?
Scarlett não resiste e começa a rir mais uma vez, fazendo com que eu também relaxe um pouco.
— Acho que sim. E Sam?
— Diga.
— Me lembre de realmente nunca mais correr com você.
NOTA: Eu disse que listas novas sempre me inspiram e aqui está a prova sahuashuashu esse conto saiu bem rápido, e eu adorei escrever com essa dupla ( já tem mais outro pros dois, Scarlly e Sam vão ter uma semana agitada 👀 ). Espero que vocês também tenham gostado, e fiquem a vontade pra mandar mais frases daquela lista porque acho que vão sair coisas bem divertidas!
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Dia 8
Que dia!
Hoje eu decidi voltar do meu pequeno exílio e fui recebida por um desconhecido. Aparentemente elu tem vários nomes e usa todos os pronomes, mas decidi chamar de Len porque foi o nome dela mais fácil pra eu lembrar. Aparentemente ele me conhece, mas eu não conheço ele, ele já me viu mas eu nunca vi ele.
Mas achei Len muito silly, bem humorado, parece um pouco comigo.
Em seguida, fui recebida pela Lami, Sun, Danny e uma galera aí. Até que começaram a tentar me sequestrar e começou uma briga bizarra com o caçador em que eu só fiquei invisível rindo lá de longe (e de vez em quando dava uma porrada no caçador ou cutucava o belion)
A caçadora tem que mudar de roupa. A gente confundiu ela com o caçador várias vezes KKKKK
Ai a sun pediu pra falar comigo, ai eu tipo “ok né”, só que eis a questão:
Passar dias no deserto sozinha com seus próprios pensamentos não é tão legal quanto parece. É eficaz, mas não legal. Então eu tava bem poucas ideias.
Ou seja, acidentalmente eu deixei escapar que eu não acredito que ela se importe comigo de verdade. E ela ficou puta (?)
Eu fui perguntar pra Love pq ela ficou puta, e a Love disse basicamente que a sun ficou com medo de me perder. Só que tipo, por que? Todo mundo morre um dia, uai. E eu aprendi que ninguém nunca faz nada de boa vontade, sempre há uma intenção por trás. Então eu fui perguntar o que ela queria pra gente acabar logo com isso, mas ela surtou! Me chamou de insensível, falou que queria que eu perdesse minhas memórias e vários outros apelidos fofos que eu tô acostumada a receber.
Eu sinceramente não acho que fiz nada de mal, eu só fiz uma pergunta! Ai eu fui na Love perguntar porque ela tinha surtado agora e pedir uma aula sobre sentimentos, mais especificamente “amizade”.
Mas antes, preciso de uma contextualização histórica do que eu já sabia antes dessa aula, tudo que eu tinha de conhecimento sobre o tema:
Pessoas não são confiáveis, confiar nos outros é um sinal de fraqueza. Nem família está a salvo, porque essas são as traições que mais doem. Seja legal com os outros e talvez eles sejam legais com você, ofereça coisas que eles querem em troca de favores futuros e alianças. No fundo, todos só se importam consigo mesmo e passariam a perna em você na primeira oportunidade. Relacionamentos são flexíveis e podem surgir e desaparecer com um piscar de olhos, a única pessoa constante na sua vida é você mesmo.
Menções honrosas: ser bonita e/ou fofa facilita sua vida em 200%, então cuide de sua aparência.
A aula meio que foi dividida em duas partes. Uma comigo e com a Love apenas e outra em que a Sun também estava. O resumo do que elas me disseram foi:
Confiar nos outros não é uma fraqueza, a maioria das pessoas confia pelo menos 50% nos outros. As pessoas podem sim se importar umas com as outras sem querer nada em troca, o nome disso é amizade. Você não ganha nada nessa tal de amizade, nem favores nem alianças (claro, você pode ter isso também, mas é opcional). Sun me considerava sua amiga e eu não considerava ela amiga porque eu achava que ela podia me trair a qualquer segundo, por isso ela ficou chateada. A sun me associou com pessoas do passado dela, o que criou esse medo aí de me perder (baseado em fatos passados).
Foi basicamente isso que me disseram. Eu disse que não tinha nascido sem sentir, na verdade, quando eu era criança eu sentia muito. A questão foi que eu fui ensinada a não ser fraca pela professora Vida Real, e conscientemente decidi não sentir mais emoções negativas quando comecei a seguir Loki.
Claro, eu vejo graça em todas as coisas, mas ser abandonado e/ou traído por alguém que você confiava já aconteceu quando eu era criança. Então tipo, piada repetida fica sem graça, sabe? Só que eu pensei:
“Bom. Eu já fui abandonada antes… mas foram pelos meus pais. Eu nunca fui abandonada pela (insira um nome aqui)! Logo, não é uma piada repetida”
É esse conceito que eu vou usar pra tentar me adaptar a essa nova realidade, afinal, se eu vou ficar por aqui, preciso me adaptar ao meu público. Eu não concordo com o capitalismo, mas me adequei a ele minha vida inteira. Apesar de eu não concordar com essa coisa de “confiança”, vou tentar porque parece ser a regra vigente daqui.
Obviamente, durante toda essa conversa, as vozes das milhares de Valis dentro do meu cérebro gritavam comigo e me xingavam de mil nomes por eu ter contado pedaços do meu passado e por estar cogitando confiar nos outros.
Dentro da minha cabeça, eu sou a minoria, mas acho que consigo convencer elas a tentar essa nova abordagem com base nos argumentos que eu citei anteriormente.
Ah, e eu também consegui falar pra danny como eu me sentia em relação a ela. Só precisei tomar 28 taças de vinho! Expliquei pra ela que esse lance de família sempre me pega, que eu sei que ela pode me degolar a qualquer segundo e ela é o mais perto que eu cheguei de confiar em alguém nos últimos 10 anos.
Foi divertido
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Shissou Word III
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
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Antes de eu nascer, minha mãe era o tipo de pessoa que você poderia construir uma relação instantânea. Ela tendia a cuidar melhor de sua aparência do que muitas pessoas, o que acho que ajudou, mas ela simplesmente tinha o sorriso mais caloroso que já se viu. Acho que isso atraiu mais pessoas para ela do que qualquer outra coisa.
Eu não conseguia nem imaginar como era difícil para ela manter uma família sozinha, mas, do meu ponto de vista, pelo menos, nunca a tinha visto brigar ou reclamar de nada que fizesse na vida. Ela era todos sorrisos, entusiasmando-se em viajar como uma criança: era muito animada, o tempo todo.
Tenho certeza que todos devem ter amado minha mãe. Muitos deles choravam lágrimas grandes e redondas quando passaram pelo caixão dela durante a cerimônia.
A tarde daquele dia marcou a primeira vez na vida que vi meu pai. Todos estavam chorando ao seu redor, mas ele não derramou uma única lágrima. Ele só se importava com o horário. Ainda me lembro de como foi uma visão bizarra.
De acordo com o que ouvi dos amigos da minha mãe, meu pai já tinha uma família quando a conheceu. Ele nem sabia que eu nasci até depois a morte da minha mãe. Como resultado, muitas pessoas foram contra ele me acolher, mas uma coisa de que ninguém podia reclamar era da quantia de dinheiro na conta bancária do meu pai, e então, eu me peguei dormindo neste quarto na noite do funeral, desabando na cama enquanto observava o lustre acima.
Eu não fazia ideia no que meu pai estava pensando ao me trazer aqui. Os criados que trabalhavam aqui ainda davam de ombros e a esposa do meu pai, acho que agora minha mãe, ainda tinha que conhecer ou conversar com ela.
Minha irmã, Rin, disse que ela sempre foi o tipo de mulher que fica no quarto a maior parte do dia, mas ela só estava sendo legal comigo. Não contei para ela, mas um dos criados me disse uma vez que “a saúde da dona da casa piorou, em grande parte por sua causa” e que eu deveria “cuidar da minha vida”.
Essa foi a resposta que eu tive quando fiz um pequeno pedido. Isso me surpreendeu. Não foi como se eu tivesse ido lá porque quis. E aquela linguagem estranhamente educada “dona da casa”. Fazia minha pele coçar toda vez. Por que toda a conversa tinha que ser um jogo de inteligência de alta pressão?
Estava claro que as pessoas da casa não estavam exatamente gostando de mim.
Era julho, já fazia mais de meio ano desde que me mudei. Minhas tarefas diárias envolviam principalmente a leitura dos livros que peguei emprestado da minha irmã, fora isso, era uma vida bastante ociosa. Nada para fazer, nenhuma responsabilidade. Disseram que eu poderia usar a TV da sala sempre que quisesse, mas a ideia de encontrar um criado ali acabou com essa ideia.
Então lá estava eu, descansando a cabeça em uma escrivaninha (uma peça de segunda mão do meu pai) perdendo tempo. O sol da tarde deve ter entrado em meus olhos, porque fui tomado por uma vontade repentina de mexer um pouco as pernas. Nunca gostei muito de brincar ao ar livre e dificilmente era ativa. Mas com todas essas horas enfurnada, eu precisava liberar minha energia extra de alguma forma.
Usei os joelhos para empurrar a pesada cadeira velha para trás e fui direto para a porta. Não que eu fosse sair correndo e jogar futebol no parque. Por um lado, eu realmente não conhecia a vizinhança local, e por outro, geralmente era proibido sair sem permissão, acho que as pessoas aqui não gostavam muito que eu saísse. Da mesma forma, eles me compravam praticamente tudo que eu pedia, e não era como se eu tivesse tarefas para fazer fora de casa, então não via isso como uma grande dificuldade.
Quero dizer, se eu perguntasse a eles, tenho certeza que teriam me deixado sair um pouco. Mas encontrar um criado, por si só, era uma experiência terrível e sombria. Eu nunca poderia contar com eles para levantar meu ânimo.
Além disso, em primeiro lugar, não havia nenhuma razão para ir ao parque. Não demorei muito para pensar em algum lugar aqui com bastante espaço para jogar futebol. O pátio da mansão Kido. Era assim que era de tão grande. Eu estava pronta para ir, meu coração acelerou quando troquei os chinelos pelos sapatos de atividades ao ar livre, e fui direto para o lugar, deixando meu quarto para trás.
O pátio à tarde estava, como sempre, tranquilo. A mansão cercava-o nos quatro lados, então para dizer no mínimo, era enorme. Eu conheço o layout geral agora, mas quando apareci pela primeira vez, meti-me em todo tipo de problema depois de ficar irremediavelmente perdida.
Como Rin disse, meu pai trabalhava para um “conglomerado”, algo muito antigo e honrado que funcionava desde a geração de nosso bisavô. “Meu avô construiu esta mansão há sessenta anos”, lembro-me dela contar com o nariz empinado. Era difícil imaginar quanto tempo eram sessenta anos, mas a julgar por todos os móveis que ladeavam os corredores pelos quais havia avançado, eu poderia dizer que era muito tempo, mais ou menos.
Correndo até a beira do corredor do andar de cima, instintivamente acenei com a cabeça para o retrato do meu avô pendurado na parede enquanto descia as escadas. No primeiro andar, fui recebida por um carpete vermelho vinho, vermelho o suficiente para me dar azia, estendendo-se por toda a extensão do corredor.
Percebi que comecei a ficar um pouco cansada. Eu estava indo para o pátio fazer algum exercício e já estava ficando sem fôlego?
Mas eu estava quase onde queria ir. Por que você não corre o resto do caminho, Tsubomi Kido?
Vamos correr, pensei, enquanto flexionava meu Aquiles. Então, do outro lado do corredor antes silencioso, uma melodia começou a ecoar. Não havia um ar natural. Era delicado e cuidadoso, mas algo na viscosidade de cada tom parecia familiar.
— ...Um violino?
Como se estivesse atraída, dei passo após passo cuidadosamente em direção ao som. Felizmente, para mim, parecia vir do pátio. Quando cheguei lá, a porta que dava para fora já estava aberta—não é de admirar que eu tivesse ouvido a música de tão longe.
De perto, era mais do que apenas agradável ao ouvido, era praticamente vívido. O som de um instrumento tocando ao vivo era mais do que apenas “bonito” ou “legal”; havia uma sensação única de vibração, de distorção, de notas estranhas ocasionais, tudo misturado para formar um verdadeiro timbre de áudio pela primeira vez. Nunca entendi a atração por coisas como músicas e vocais, mas a melodia de um instrumento sempre conquistou meu coração.
Quando eu estava prestes a enfiar a cabeça com curiosidade, de repente, me contive. Se eu aparecesse naquele momento, poderia interromper a apresentação. Não, não seria bom estragar as coisas. Vamos ouvir aqui mais um pouco, pensei comigo mesma.
Encostei as costas na parede e me abaixei com cuidado, tentando ficar em silêncio. Então fechei os olhos, voltei os ouvidos para a melodia e me vi imaginando o que aconteceria se eu adormecesse ali no chão, mas a brisa seca de verão vinda do pátio fez com que minha consciência se esvaísse sem lutar.
...Eu não tinha certeza de quanto tempo havia passado. Só senti que dormi por um breve momento, mas quando acordei tudo havia mudado.
O som do violino desapareceu; o vento soprando havia cessado. Estranho, pensei enquanto abria os olhos, apenas para descobrir que Rin me lançava um olhar taciturno.
— ...Isso não são bons modos, Tsubomi.
— Agh...!
Surpresa, tentei me levantar no mesmo lugar. Mas fui rápida demais: minha mão escorregou do chão, fazendo-me cair. Levantei-me sem sequer gemer e desta vez usei as duas mãos para me levantar. Enquanto me revistava, olhei para minha irmã. O olhar taciturno era agora de exasperação.
Não de novo. Eu não acredito que fiz de novo. Quando se trata de cometer erros descuidados por aqui, devo ser algum tipo de gênio.
Abri a boca para respirar. Num momento como este, eu sabia que precisava me acalmar e expressar exatamente o que queria dizer.
— E-eu acabei dormindo... Desculpe.
As palavras que surgiram tiveram um trabalho muito mais fácil de encontrar o caminho do que antes.
— Mmm. Bem, tente não fazer isso na próxima vez.
Minha irmã acenou com a cabeça. Ela não disse mais nada.
Nos últimos meses, acho que consegui falar muito mais do que antes. Ainda não parecia natural, mas em termos de comunicar como eu me sentia, eu poderia fazer isso com praticamente qualquer pessoa. Atribuí isso ao fato de minha irmã fazer um esforço heroico para falar comigo diariamente.
Claro, eu ainda cometi muitos erros. Dependendo da natureza dos meus erros, eu poderia ser repreendida muito severamente. Mas Rin nunca tirou vantagem disso para pegar no meu pé sem motivo, nunca. E isso me fez confiar nela mais do que em qualquer outra pessoa na mansão.
— Por que você estava dormindo em um lugar como esse, afinal? — Minha irmã levantou uma sobrancelha. — Sua cama provavelmente seria muito mais confortável.
Não era como se eu tivesse adormecido porque o chão do corredor era a epítome do conforto luxuoso. Abri a boca para me defender.
— E-eu estava ouvindo o violino tocar e eu... acabei...
— Violino? Eu não ouvi nada do meu quarto... Quem estava tocando?
Eu tive que me segurar para não me sobressaltar audivelmente. Pensei que fosse ela, não conseguia imaginar mais ninguém. Então não era? Fiquei tão envolvida pelo som que nem me dei ao trabalho de verificar.
— Eu só ouvi o som, então... hum, acho que não vi ninguém.
— Bem, não há motivo para se desculpar. Está tudo bem. Mas um violino de tudo... Eu acho que não tem ninguém que saiba tocar.
— ...Hã?
Eu não consegui me segurar dessa vez. Se fosse alguém cantando, isso já seria um nível baixo, mas um violino não era algo que qualquer um conseguisse. Claro, eu não saberia, mas Rin, uma membro dessa família, também estava no escuro?
— Hmm... Pode ser aquilo de novo.
Minha irmã cruzou os braços e me encarou, quase como se exigindo uma resposta.
— ...“Aquilo”? — Respondi.
— Aah, eu não te contei antes, Tsubomi?
Ela estava se achando outra vez, usando sua voz baixa. Comecei a ter um mau pressentimento, mas eu precisava saber para onde ele estava indo. Fiquei um pouco inquieta.
— Bem, eu já te falei sobre isso, não? — Agora ela fala como se estivesse atuando em uma peça. — Sobre a origem dessa mansão?
Isso eu sabia. Toda essa coisa de sessenta anos. Eu acenei afirmativamente para ela.
— Ah, bem, o Japão era um lugar bem instável para se viver naquela época, mas mesmo assim construímos uma mansão gigante aqui, então... digamos que meu avô se destacou bastante. Ladrões entraram aqui mais de uma vez, procurando por objetos de valor.
Imaginei o homem em minha mente. Eu só o tinha visto naquele retrato. Quanto aos ladrões, tudo que conseguia imaginar eram piratas de camisas listradas e máscaras pretas nos olhos como os que eu tinha visto em programas infantis.
— Esses roubos aconteciam com tanta frequência, que na verdade deixavam meu avô bem desesperado. Então, um dia, ele finalmente surtou. Alguns ladrões tentaram entrar aqui e ele os prendeu dentro de um porão, bem aqui nesta mansão, bem, na metade do caminho em que estamos, na verdade.
Rin bateu no chão com os dedos dos pés para provar seu ponto. Imaginei os piratas de rosto redondo berrando dentro de uma cela de masmorra medieval. Ela apontando o local, o que me fez dar alguns passos para trás.
— M-mas isso é tudo passado, né?
Era assustador até mesmo pensar em algo assim acontecendo aqui. Minha irmã mordeu a isca.
— Aah, eu não sei. Ouvi falar que ele prendeu aqueles ladrões lá dentro, mas nunca ouvi nada sobre ele deixá-los sair! E mesmo se eu quisesse descobrir, a chave do porão está desaparecida desde a época do meu avô.
Ela nunca ouviu nada de que eles foram soltos. O que significava que eles ainda estavam lá? Não havia como alguém sobreviver por mais de sessenta anos em uma cela sem comida. Eles teriam que estar...
*
... Espere aí. Isso não é só uma história de terror?
— Uh, umm...!
— Hmm? — Os lábios de Rin se curvaram um pouco.
— Hum, e-essa não—? Essa não é... uma boa história, né...?
— Ah, você não acha? Ah, está tudo bem agora e tal, não acha? Por que não te conto o resto?
— N-não, não, é quase hora do jantar, então nós provavelmente devíamos...
Fiquei desesperada. Eu nem mesmo tinha olhado um relógio e cá estava eu trazendo o jantar aqui no meio. Mas o que me importava? Eu tinha que pará-la, imediatamente.
— Ai ai, mas essa história me deixou tão empolgada! Está começando a ficar divertido também, então espero que você queira ouvir mais...
Meus lábios tremiam. Os dela, por outro lado, sorriam, mal contendo o riso. Alguém estava gostando disso. Tanto para me provocar sem motivo. E eu tinha acreditado nela.
Eu não consigo suportar isso. Histórias de terror era a única coisa que não conseguia tolerar. Não era uma questão de ficar acordada até tarde na noite—para alguém como eu, eu nem conseguiria dormir no dia seguinte.
Se eu ouvisse o fim desse conto, estaria tudo acabado para mim. Eu não queria ser atormentada por sonhos com criminosos esta noite e todas as noites posteriores. De jeito nenhum. Eu estava pronta para implorar por misericórdia.
Rin riu—gargalhou, na verdade—com esse ato da minha parte antes de acariciar minha cabeça. — Ai, você é uma menina tão fofa, — ela se maravilhou. — Desculpe. Eu só estava brincando. Mas com certeza ajudou você a acordar do seu cochilo, né?
Um pouquinho, sim. Na verdade, é bem provável que eu nunca mais durma pelo resto da minha vida. Muito obrigada, mana. E o pior de tudo é que, apesar da risada maliciosa dela, eu não via isso como uma falha de personalidade. Depois de uma piada dessas, ficaria tudo estranho se eu fizesse disso um grande problema. Mas eu falei uma coisa:
— Quando ouço uma história de terror, não consigo dormir sozinha à noite...
Se ela começasse a contar histórias como essa todos os dias, no fim, eu acabaria fugindo de casa logo. Fui recompensada com outro carinho na cabeça.
— ... Mas, falando sério, — disse minha irmã, — quem poderia ser? Acho que não seja um fantasma ou algo do tipo, mas...
— E-eu ouvi mesmo alguém tocando. Pode ter sido a TV ou algo assim, talvez...
Se minha irmã insistia que ninguém aqui sabia tocar, então era assim. Era difícil imaginar alguém invadindo o pátio de alguém só para praticar violino. Parecia natural supor que alguém estava tocando uma gravação ou algo assim, e eu confundi com a coisa real. Talvez o som estivesse ecoando no pátio vindo do quarto de alguém. Eu ainda sentia um gosto ruim na boca, mas contanto que eliminasse a teoria do “violinista fantasmagórico”, não me importei.
Minha irmã parecia igualmente não convencida, mas descruzou os braços, aparentemente não vendo sentido em discutir: — Bem, — ela raciocinou com um ar arrogante, — talvez um dos criados estivesse tocando. Enfim, está quase na hora do jantar, como você disse. Vou voltar para o meu quarto.
Torci o nariz. Havia um cheiro de algo levemente perfumado no corredor. Eu só estava tentando mudar de assunto, mas acho que meu relógio interno não tinha falhado comigo, afinal.
Então decidi voltar para o meu próprio quarto também. Eu tinha saído para fazer exercícios, para acabar só tirando um cochilo no chão. Soltei um suspiro no momento em que a porta se fechou atrás de mim. Toda vez que eu tentava fazer alguma coisa, nunca parecia dar certo. Eu não tinha ideia do porquê.
Minhas pernas me levaram para a cama. Deitei-me nela, seguindo os veios da madeira nas colunas que sustentavam o dossel enquanto eu considerava aquele violino.
Rindo disso como se meus ouvidos estivessem me enganando, pensei, provavelmente estava sendo muito precipitada. Era um som claro e vívido que flutuava em meus ouvidos. Eu realmente não achava que poderia ser nada além de uma apresentação ao vivo.
De repente, lembrei-me de uma época em que minha mãe me levou para ver uma banda de jazz. Ainda conseguia me lembrar do momento em que eles começaram a tocar, a energia ao vivo surgindo em forma de som, misturada ao barulho da multidão. Era um sentimento que envolvia o ambiente e todos nele, algo que nenhuma gravação poderia capturar. O que eu tinha acabado de ouvir tinha a mesma sensação.
Mas se Rin estivesse dizendo a verdade, não deveria haver ninguém nesta casa que soubesse tocar violino em primeiro lugar. Ela disse que era possível que um dos criados tivesse uma inclinação musical, mas mesmo que tivesse, ele ou ela estaria tocando no pátio da mansão no meio da tarde?
Talvez foi alguém de fora da mansão. Alguém que estava preso aqui, sessenta anos atrás...
— ...N- não! Não, isso não é verdade!
Pulei da cama e balancei a cabeça de um lado para o outro. Não tinha ideia do que meu cérebro estava fazendo. Por que eu estava tentando me forçar?
Eu estava errada sobre o que escutei. É só isso. Eu estava começando a me sentir impotente quando acendi a luz, embora o sol ainda não tivesse se posto completamente. Ainda assim, andei pelo quarto enquanto esperava pelo jantar.
Depois de um tempo, houve uma batida na porta. — Sim? — Eu disse.
Minha irmã espiou pela fresta: — Acho que estamos prontos para jantar... Nossa, você ainda está assustada? — Eu não tinha ideia de como ela sabia.
— N-não, n-na verdade não...
Tentei fingir. A maneira como eu mantive meu nariz apontado diretamente para o chão provou ser minha ruína.
A sala de jantar do segundo andar para onde minha irmã me levou já estava ocupada pelo meu pai, que estava sentado lendo o jornal. Ele disse um “Oi” em resposta à saudação abafada dela, mas o olhar em seu rosto não mudou nem um pouco. Ele nunca foi muito diplomático, na verdade, ele era totalmente hostil com as pessoas. Tudo bem, desde que ele tivesse algo a dizer para compensar, mas meu pai nem isso tinha. Basicamente, não havia como descobrir o que ele estava pensando.
Minha irmã e eu esperamos silenciosamente o jantar chegar enquanto os olhos do meu pai permaneciam nas manchetes dos jornais. Sempre foi uma das coisas mais difíceis de suportar ao viver aqui.
Depois de alguns minutos, a refeição chegou. O prato principal era uma espécie de carne grelhada; veio com brócolis cozido e cenouras cortadas em cubos em algum molho. Cenouras. Hmm...
Cenouras, né? Acho que vou ter que comê-las.
Assim que começamos a comer e de eu me preparar para travar uma batalha mortal com meus vegetais, minha irmã falou.
— Ei, a propósito, Tsubomi disse que ouviu alguém tocando violino no pátio. Mas ela não viu quem era... Você tem alguma ideia?
Eu congelei no lugar, um pedaço de cenoura ainda espetado no meu garfo levantado. Espera um pouco, mana. Você não precisava perguntar ao nosso pai sobre isso, precisa? Você sabe que ele só diria “Seus ouvidos devem ter te pregado uma peça, garota” ou algo assim. Na verdade, desde que cheguei lá, nunca vi meu pai ter qualquer tipo de reação palpável a nada.
— ...Você escuta música?
A pergunta repentina me surpreendeu. Acho que foi a primeira vez que ele me fez uma pergunta. Olhei para minha irmã pedindo ajuda, mas seu rosto estava tão inexpressivo quanto ela—deve ter sido uma visão rara e inédita de se testemunhar para ela também.
Eu tinha que responder, ou então quem sabia o que aconteceria. Eu reuni minha força mental.
— Eu, hum, só um pouquinho.
— Você escuta...? — Meu pai, disse, estreitando os olhos antes de se virar para a carne em seu prato. — ...Ela também ouvia muito, sempre que podia.
Antes que pudesse compreender o que ele queria dizer, ouvi um clack! agudo vindo do assento da minha irmã. Olhei para ela. A faca que ela usava estava agora na mesa; deve ter batido em um prato no caminho. Ela era muito rigorosa com etiqueta, então essa era naturalmente a primeira vez. Parecia que ela também não sabia o que tinha acontecido, mas assim que recobrou os sentidos, ela deixou escapar um “Desculpe por isso” e baixou os olhos.
Ele devia estar falando da minha mãe. Minha mãe biológica. Eu não conseguia imaginar o que mais poderia provocar essa reação perturbada. E por que não? Falar de uma mulher que traiu nós dois, de certa forma, é uma afronta muito séria.
Fiquei me perguntando por que ele tocou no assunto. Não consegui ler nada em seus olhos frios e indiferentes.
Mas... sim. Acho que foi esse o caso. Minha irmã ainda devia estar em estado de choque por minha mãe e por mim. Ela estava escondendo isso o tempo todo enquanto interagia comigo. Talvez ela não tenha nenhum sentimento bom em relação a mim. Não seria nem um pouco estranho se ela achasse que o mundo seria melhor sem mim.
Afinal, simplesmente me ter por perto significava que tudo, tudo mesmo, era verdade. Se eu não estivesse aqui, talvez ela pudesse ter se convencido de que era tudo mentira.
Pensar nisso fez minha mão começar a tremer. Eu me senti enjoada. Um pequeno gemido escapou dos meus lábios.
— Tsu-Tsubomi?
O tom preocupado da minha irmã fez algo explodir dentro de mim. Eu disparei e saí correndo dali. Pude ouvir algo quebrando com um som alto atrás de mim; devo ter derrubado alguns talheres. Mas não me virei. Corri pelo corredor, desci as escadas e fui em direção à porta da frente.
Empurrei a pesada porta e corri para fora, pude ver a sombra do portão da frente iluminada fracamente por um poste de luz próximo. Se eu fosse escapar desses terrenos murados da mansão, teria que ser por ali.
Corri e forcei a barra que atravessava as portas. Ela estava trancada no lugar, imóvel. Olhei para cima para ver se era possível escalar, mas a altura era algo que eu jamais conseguiria lidar.
Claro, mesmo que eu pudesse escalar, o que eu faria então? Se eu fosse embora nesse estado estranho, eles poderiam tentar me procurar. E como isso afetaria minha irmã...?
...Não. Eu não posso simplesmente fugir.
No momento em que esse pensamento passou pela minha cabeça, não consegui mais suportar a náusea. Caí no chão. Tentei me recompor, mas até respirar estava se mostrando um desafio. Minha visão começou a ficar turva, e o interior da minha cabeça queimava de dor.
O pavimento de pedra fria sob minhas palmas começou a roubar o calor do meu corpo. Parecia que eu estava sendo engolida pela escuridão da noite. E, ah, se isso pudesse realmente acontecer. Se eu não tivesse um lugar para morar, nenhum lugar para ir, eu não podia imaginar o quão fácil teria sido simplesmente desaparecer naquele momento.
Sim. Isso mesmo. Eu deveria simplesmente desaparecer. Então eu não seria um incômodo para ninguém.
Mesmo agora, no auge do verão, o vento leve não conseguiu aquecer minha pele. Eu sempre poderia culpar meu tremor por conta disso. Isso era fácil.
Mas se eu quisesse desaparecer... eu poderia fazer isso sozinha. Eu sabia o quão simples é. Na verdade, eu percebi isso tarde demais, se é que percebi alguma coisa. Eu só tenho que ficar assim, e...
De repente, senti algo pesado nas minhas costas. Percebi que eram as mãos da minha irmã, tentando me puxar para cima. Fiquei tensa.
— M-me solta.
— Não. Eu não vou te soltar. Onde você acha que vai a essa hora? ...Fala sério. Vamos voltar para o seu quarto.
Não havia a firmeza habitual em sua voz. Sua respiração estava irregular. Eu sabia que ela devia ter corrido atrás de mim. Mas eu simplesmente não consegui dar a resposta de sempre.
— N-não. Por que você não pode só me deixar em paz?
— Não posso fazer isso. Eu sou sua irmã. Por que eu não ficaria preocupada com você?
Sua irmã. Aos olhos da lei, de qualquer forma, ela estava certa. Mas a história por trás de nós era simples o suficiente para resumir em uma única palavra. O pai dela arruinou a confiança da filha quando me criou. Ele era realmente capaz de usar uma palavra como “irmã” tão despreocupadamente sobre mim?
Eu não sei. Eu estava tão assustada. Eu violentamente tirei as mãos de Rin e me virei para ela.
— Mas se...se eu estou aqui, então...é difícil para você, não é? Você vai continuar pensando em coisas! Eu...eu...eu sou a filha da minha mãe!
As palavras e lágrimas saíram como se eu estivesse tossindo cada uma delas. O rosto da minha irmã, borrado na minha visão, parecia meio assustado, meio inseguro sobre o que fazer em seguida.
Por que eu tive que me levantar e dizer coisas para fazê-la me odiar? Essa deveria ser a única coisa que mais me assustava.
...Mas talvez não.
Talvez eu estivesse com muito medo de ser traída por alguém em quem acreditava. É por isso que eu queria que me odiasse.
Era ridículo. Pisotear a gentileza da minha irmã por um motivo tão ridículo...eu era simplesmente horrível. Mas isso significava que ela não precisava mais se preocupar comigo. Não haveria nenhum carinho na cabeça se eu estivesse muito quente.
Era o que pensava, pelo menos. Do fundo do meu coração. Até que Rin me trouxe para mais perto.
— ...Quem se importa com quem te deu à luz? Você é a única irmã que eu tenho no mundo. Minha favorita.
Foi o que ouvi enquanto ela me apertava profundamente em seu peito. A ansiedade e o medo silenciosamente foram para longe, transformando minha cabeça em um branco vazio, nada mais flutuando nela.
Tentei abrir minha boca para expressar meus sentimentos. Queria dizer “estou muito feliz” ou algo assim, mas nenhuma das emoções apressadas se permitiu ser colocada em palavras. Tudo o que consegui foi um soluço fraco.
Eu continuei assim por um tempo. Então levantei a cabeça, percebendo que as lágrimas, ou meu nariz escorrendo ou o que quer que fosse, estavam começando a manchar a blusa de Rin.
— Eu... eu vou estragar suas roupas, — disse, embora fosse um pouco tarde demais para avisá-la. Minha irmã olhou fixamente para mim por um momento, então rapidamente recuperou seu sorriso suave e trouxe minha cabeça para seu peito.
— Ah, não importa.
O cheiro do cabelo dela entrou em minhas narinas. Cheirava a orquídeas, pensei. Pálido, bonito, digno. Combinava perfeitamente com ela.
*
Não pude deixar de me maravilhar com isso. Quão linda, quão forte e quão gentil minha irmã, Rin Kido, era. Será que algum dia serei assim? Alguém tão disposta a aceitar os outros e gentilmente trazê-los para mais perto de seu coração?
O vento frio da noite agora parecia agradável contra minhas bochechas coradas. Aproveitando o calor da minha irmã, mantive suas mãos perto até que as lágrimas parassem.
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#novel#tradução#portuguese#português#pt-br#kagerou project#kagepro novels#kagepro#kagerou daze vii#kagerou daze#from the darkness#mekakucity actors#light novel#jin#shizen no teki-p#vol 7#blankmind words iii#shissou word iii#capítulo 5#kido tsubomi#kido rin
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ressaca da perda iminente
Eu vou dizer ao analista que caí no mesmo buraco de novo. Ouvido esquerdo levemente tapado, uma semana de reviravolta nos aparelhos da clínica geral. E agora eu estou triste.
A tristeza que sinto em relação a você é a de tipo insistente, ela me para. Não consigo pensar em nada que não seja você indo embora de vez. Queria poder me livrar da sensação de catástrofe que vai e vem. Ficar em paz.
Você disse que me ama. Eu nunca soube o que isso quer dizer. Eu nunca senti o amor vindo até mim e eu sempre quis saber como era. Infelizmente tenho uma ferida aberta em alguma parte sensível do meu corpo e eu não consigo esquecer. Mas é desde 1996 e 2007 e 2009 e 2011 e 2015. Levofloxacino, 750mg.
Uma semana vendo a ameaça de cair, indo e vindo. Enjôo e diarréia. Não consigo executar algumas atividades vegetativas. Mas é assim que funciona o processo de remover uma bacteria no canal auditivo. Uma semana de tudo saindo dos meus ouvidos, rolos de papéis higiênicos. Tudo sendo expulso de dentro de mim. A solidão e a sensação de perda de controle do próprio corpo.
Mi, eu amo você. Mas alguém socou meu olho direito em novembro do ano passado e arrombou minha porta. Eu vi o desejo de morte vindo do rosto de um colega de trabalho. Um policial disse que eu poderia ser processada. Eu estava sozinha com o meu horror e só me sobrou 10L de cloro puro para esfregar pisos manchados de sangue.
Os meus amigos não existem. Eu choro pois esperei o dia que não mais seria feia. As linhas de expressão já se fazem presente, anunciando que estou próxima dos 30. Uma vez eu me machuquei por ter beijado um menino sem ter conexão afetiva com ele. Eu não consigo me projetar no futuro e nem tocar a sua mão sem sentir o meu corpo tremer.
Você terá uma bela casa na Itália e eu não sei se existe alguma vontade interna de me fazer viva por mais que 3 anos. Eu não vou fazer isso sozinha, mas sinto que eu não consigo me inserir mais em nenhum lugar. Já está tarde. Tudo dói. Tudo assusta. Tudo inveja e eu tenho uma experiência bizarra com o tempo.
Se você for de novo, eu não sei o que vai ser. Mas eu nunca fui amada nesta vida e agora eu não sei como agir. Queria segurar sua mão e contar sobre aquele episódio do Bipolar Show que o Melamed se apaixona pela Letícia Colin. Desde a primeira vez que assisti, tinha o desejo de viver algo parecido, mesmo que pouco. O olhar e o sorriso dele para ela é a coisa mais bonita de se ver.
Talvez seja o primeiro de nossos desentendimentos mais intensos, mas dói como se fosse fatídico. Tudo em mim parece que vai acabar, motivos de duas pessoas que foram em morte aguda. Meus membros que estão em cada região do país e sobrinhos que eu nunca vi pessoalmente e nem segurei no colo. Eu sou desenraizada, pena que foi tão violento.
Gostaria de ler este texto por aí e achar graça de minha fatalidade. Sentir o cheiro do seu cabelo e encostar o rosto no seu pescoço. Dizer pelas tantas vezes repetitivas que eu vejo o sorriso mais lindo na minha frente. Voltar para casa com o coração quente de saber que finalmente encontrei você.
Eu te amo já faz um tempo. Mas minhca cabeça dói e eu tenho memórias tristes que visitam e castigam até não poder mais. Talvez um dia eu me livre delas.
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Not So Berry Legacy Challenge
Generation Two: Rose
EP. 56
The next day I went to talk to my most important constituents at Moonwood Mill. I didn't even realize I stayed so late.
No dia seguinte fui conversar com meus eleitores mais importantes em Moonwood Mill. Nem percebi que fiquei até tão tarde.
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On my way back home I had missed the Mischief and Humor festival, well, I don't really like pranks and lame jokes. I can campaign elsewhere. Cody seems to prefer to stay home alone.
Voltando para casa eu havia perdido o festival de Humor e Travessuras, bom, eu não gosto muito de travessuras e piadas sem graça. Posso fazer campanhas em outros lugares. Cody pelo jeito prefere ficar em casa, sozinho.
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The next day I went back to Moonwood Mill, but I wasn't in a good mood, I tried to calm down but it didn't work very well. I spent the day running, fighting, digging...
No dia seguinte voltei para Moonwood Mill, mas eu não estava em uma bom dia, tentei me acalmar mas não tive muito resultado. Passei o dia correndo, brigando, cavando...
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...and at night the mood still hadn't improved. But that @#%# no one listens to my speech, maybe I need to invest more in fame.
...e a noite o humor ainda não havia melhorado. Mas que @#%# que ninguém escuta meu discurso, talvez eu precise investir mais em fama.
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In the morning Cody was excited, his class was going to the zoo. He doesn't like people very much but he gets along very well with animals... should I be worried? Is he like that because he's going to become a wolf too...or a fish like my mother? Or will you know what a bizarre thing Bartolomeu can be in secret? We all have secrets don't we?
Pela manhã Cody estava animado, sua turma ia ao zoológico. Ele não gosta muito das pessoas mas se dá muito bem com os animais...eu deveria me preocupar? Será que ele é assim porque vai virar um lobo também...ou um peixe igual minha mãe? Ou vai saber que coisa bizarra que Bartolomeu pode ser em segredo? Todos nós temos segredos não é?
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And I went campaigning in the fashion district today. Crystal helped me, but it was time for me to give her back to my stepdad.
E eu fui fazer campanha no distrito da moda hoje. Crystal me ajudou, mas já era tempo de eu devolver ela para o meu padrasto.
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After taking her to her house I continued with my work.
Depois de levá-la para a casa dela eu continuei com o meu trabalho.
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But soon I returned home.
Mas logo voltei para casa.
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Just in time to pretend I didn't see Bo attacking my neighbor.
A tempo de fingir que eu não vi Bo atacando o meu vizinho.
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When I entered the house I realized that it was Harvest Festival day. Better please those little rabid ones before something bad happens to us.
Quando entrei em casa me dei conta que era dia de Festival de Colheita. Melhor agradar esses pequenos raivosos antes que algo de ruim nos aconteça.
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Cody went to make some decorations for us and I went to do the cooking. I invited my neighbor to supper, I thought it would be polite and could be a vote.
Cody foi fazer algumas decorações de para nós e eu fui fazer a cozinhar. Convidei meu vizinho para a ceia, achei que seria educado e poderia ser um voto.
━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━
I gave Bartolomeu the key to my apartment, so he can get in right away and stop making a fuss just because it took me a while to answer.
"O que está cozinhando? O cheiro está ótimo aqui no corredor. O que você está cozinhando, eu posso provar um pouco? Sou uma ótima companhia."
"Eu acho que você não quer ser incomodada"
Dei a chave do meu apartamento para Bartolomeu, assim ele entra logo e para de fazer drama só porque eu demorei um pouco para atender.
━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━ It is not safe to leave food unattended in the kitchen.
Não é seguro deixar a comida sozinha na cozinha.
━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━
I think it was better than each spending the night alone, each in their own apartment. After all, I never had problems with my neighbors in this building.
Acho que foi melhor do que cada um passar a noite sozinhos, cada um em seu apartamento. Afinal nunca tive problemas com meus vizinhos neste prédio.
━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━
Despite Bartolomeu playing on my computer all night.
Apesar de Bartolomeu te ficado jogando no meu computador a madrugada toda.
━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━
But what mattered was that I had been promoted yet again, even though no one had heard my speeches or participated in my protests. The goal is to try to gain some fame points and kiss in the process...
"Promovida a uma Líder de Respeito - Charlotte foi promovida a uma Líder de respeito! Ela agora ganhará US$ 53 adicionais por hora, totalizando US$ 231 por hora. Ela também recebeu o seguinte bônus: $4.268 e novas roupas para criar um sim!"
Mas o que importava é que eu havia sido promovida mais uma vez, mesmo sem ninguém escutar meus discursos ou participar dos meus protestos. A meta a tentar ganhar uns pontos de fama e dar uns beijinhos no processo...
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Universitário Responde
Bom dia, tarde ou noite. Hoje é sexta-feira 13! O que não quer dizer nada e não tem nada a ver com o post de hoje. Só quis comentar. Hoje vou fazer algo um pouco diferente. Recentemente meu blog começou a ter um pouco de engajamento (realidade: saí seguindo Deus e o mundo e alguns me seguiram de volta) e meus posts começaram a receber algumas respostas. Então, no post de hoje, vou iniciar uma série chamada Universitário Responde, onde eu respondo as coisas que vocês mandam. Vamos começar.
resposta do post Eco Boy
Olá, @garota-bizarra-96 . Obrigado pela sua resposta. O motivo pelo qual eu decidi não puxar assunto com o Eco Boy é que ele nunca interage com minhas coisas. Quando eu o segui, ele postou uma foto e eu curti. Depois disso, eu postei uma foto esperando que ele curtisse de volta, o que não aconteceu. Desde então, ele nunca interage com nada que eu posto. Não curte minhas fotos e raramente vê meus stories.
"Pra um bom entendedor, meia ausência basta."
— Marília Mendonça
Eu sei que se ele fosse bi e e estivesse interessado em mim ele teria pelo menos curtido uma foto minha. Se algum dia ele fizer alguma interação comigo, talvez eu tome atitude de puxar conversa. Mas até lá, vou ficar na minha.
Resposta do Ask: "Qual foi a melhor coisa pra ti em 2022?"
Olá, @os-procedimentos-da-vida. Obrigado pelo comentário. Concordo totalmente!
Resposta do post Metas de ano novo e merda no cabelo
Vocês realmente ficaram empolgados com a saga do Eco Boy, né não? Hahaha
Oi, @mybagsofmymind. Realmente. Insegurança com o corpo é um problema muito comum, infelizmente. Acho que é algo mais relacionado à forma como você se relaciona com seu próprio corpo do que com seu corpo em si. Conheço várias pessoas que não tem um corpo "padrão" que são super livres com seus corpos. Também já vi casos de pessoas que tinham corpos super trincados e eram inseguros. Então acho que é algo mais psicológico do que físico. Ou talvez tanto um quanto o outro.
E crescer o cabelo realmente é muito mais difícil do que parece. A fase de transição é um inferno. Espero que nós dois consigamos!
Quanto ao Eco Boy, vocês ainda vão ter que esperar algumas semanas pra ter alguma atualização. O único lugar que eu vejo ele é na faculdade e nesse momento eu estou de férias. E, como eu disse, prefiro não forçar a barra tentando uma interação por Instagram. Mas assim que eu tiver uma atualização eu prometo que eu escrevo aqui!
Resposta do meu post 5 posts
Olá, @mybagsofmymind. Fica tranquilo. Não vou desistir do blog! Hahaha. Agora já tem muita me seguindo pra eu desistir. E está sendo muito divertido. Honestamente, eu não imaginei que o blog daria certo da forma como tá dando. Então não existe possibilidade de eu desistir agora que tá começando a dar certo.
Olá, @mybagsofmymind. Muito obrigado mesmo! Fico muito feliz em ler isso.
(Obs: Resolvi colocar essas perguntas do Ask aqui também. Não quis fazer um post inteiro só pra elas.)
Olá, @mesmosofrendotemqueescolhecresce. Fico muito feliz em saber disso. Obrigado!
Olá, @davidatristeza. Eu estudo em uma universidade federal da minha cidade. Mas eu prefiro não informar qual federal é. Quando eu tive a ideia se criar esse blog, a primeira coisa que eu decidi é que eu manteria minha identidade secreta (eu me exponho mais pra vocês do que pros meus amigos). Então, por isso, eu tento não dar tantas informações sobre mim. Por esse motivo, eu só posso dizer que estudo em uma federal. Isso é o máximo que eu posso dizer.
Enfim. Esses foram os comentários! Espero que tenham gostado desse modelo meio diferente de post. Até a próxima sexta!
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Carta ao cavaleiro
Querido cavaleiro templário, já havia tanto tempo desde que tinha pensado em você que me assusta hoje voltar a escrever. Lembra quando eu era criança, deveria ter uns sete ou oito anos quando te criei? Eu achava a coisa mais linda do mundo homem de cabelo longo e talvez por morar na zona rural, também gostava de ver homens montados em cavalos, então um dia imaginei você e nasceu meu primeiro amor.
A maioria das meninas sonhavam com príncipes encantados montados em cavalos brancos mas eu sonhava com um cavaleiro montado em um cavalo preto. Eu te idealizei em cada detalhe, os olhos, o cabelo, a barba e com o tempo, também te dei uma personalidade. Você era um cavaleiro templário que secretamente era um bruxo.
Acho que eu deveria ter uns 10 anos quando escrevi pela primeira vez um conto só seu, sua jornada lutando na guerra santa enquanto escondia seu segredo: você também era um grande bruxo. Lembra do CD do Iron Maiden que ouvia sem parar e sempre colocava “the trooper” para tocar enquanto te imaginava na batalha e as músicas instrumentais para os momentos de feitiço? Parece que foi ontem mas consigo lembrar de tudo…
Acho que você não se lembra disso mas eu imaginava que iria me casar com você e como eu me via como uma princesa, na minha cabeça todos os dias vivíamos um conto de fadas. As viagens, as aventuras, foram tantas coisas…
Eu gostava tanto de você que escrevi um livro contando a “nossa” história e como eu queria que tivesse acontecido, nos reencontrando em outra vida. Depois disso acho que eu te deixei um pouquinho de lado quando comecei a olhar para pessoas reais, mas como poderia te esquecer? Amanhã completa 10 anos e sentei aqui na varanda para escrever e acabei pensando em você.
A razão pela qual estou te escrevendo agora depois de tantos anos é porque algo que nem nos meus sonhos mais estranhos eu poderia ter previsto: eu achei que tivesse te encontrado no mundo real. Pode rir se quiser, você sabe que eu sempre gostei de histórias de amor, de romance e principalmente de contos de fadas, é fácil fugir da realidade quando se prefere os livros por achar o mundo real superficial demais.
Eu conheci uma pessoa que é assustadoramente parecida com você, além disso ele também é bruxo e para deixar as coincidências ainda mais bizarras, ele gosta do Iron Maiden e também me dava flores. Acho que eu fiquei tão confusa e surpresa que não sabia se estava conhecendo uma pessoa nova ou se estava te vendo na vida real.
Quando conheci esse rapaz confesso que fiquei muito interessada pelas coincidências e passei a conversar com ele todos os dias e me encantei com a pessoa que ele é, ele é um rapaz simples, trabalhador, gentil, inteligente, sabe desenhar e fez desenhos lindos pra mim, ele é muito cuidadoso com a mãe dele e vejo ele sempre fazendo coisas em casa, acho que gostei da personalidade dele. Isso até conhecê-lo pessoalmente…
Quando o vi pela primeira vez eu tive aqueles siricuticos, sabe? O coração disparou, as mãos ficaram suadas, eu senti algo que nunca havia sentido por ninguém. Quando ele me beijou eu senti a mesma coisa que imaginava a princesa sentindo quando te beijava, eu confiei nele, deixei meu coração me levar… […]
Quando conheci esse rapaz o início foi como um conto de fadas, nós andávamos de mãos dadas, ele me abraçava, me dava flores, eu sentia que dali poderia nascer um amor e estava encantada com essa possibilidade. Uma vez ele escreveu nossos nomes em uma árvore e aquele foi o gesto mais lindo que já vi. Eu não falei sobre ele com ninguém por um tempo porque não sabia se estava sonhando ou se só estava sendo louca mesmo.
Eu gostei tanto desse rapaz que acho que tive medo de me magoar quando vi o quanto estava envolvida emocionalmente que acabei tentando fugir algumas vezes. No fim das contas, tudo que eu sempre quis foi me sentir segura e eu não estava sabendo como agir. Ele disse que me perdoou mas as coisas entre nós mudaram um pouco, acho que eu com meu medo e essa mania de me esconder quando me sinto ameaçada me fez estragar o que tinha tudo para ser lindo.
Amanhã faz 10 anos desde o dia em que escrevi a sua história com uma princesa que vive dentro de mim e me peguei pensando em tudo, sobre meu futuro, sobre a minha profissão, sobre a minha saúde, sobre os meus sonhos e pensei também sobre você. Ah cavaleiro, eu daria tudo para você ser uma pessoa real e para eu te encontrar mas você só existe na minha cabeça e em um amontoado de contos e livros que escrevi sobre você. Preciso aceitar que você é só um personagem e não ficar te procurando em pessoas reais.
Não sei bem o que vai acontecer com aquele rapaz que conheci porque as coisas ficaram diferentes entre nós mas sei que independente do que acontecer, eu estou muito feliz por tê-lo conhecido porque ele me deu o melhor presente que eu poderia ganhar, me deu a chance de viver meu conto de fadas, chegou com flores nas mãos e foi o primeiro homem que me tocou, algo que não se pode esquecer. No fim das contas, se não houver mais conto de fadas, eu quero ser amiga desse rapaz porque ele é um cara legal e nós gostamos das mesmas coisas, podemos fazer coisas juntos e nos divertir. Eu queria que ele soubesse que gosto muito dele mas preciso respeitar o tempo dele também.
Uma vez ele me deu uma rosa e eu lembrei do livro A Dama das Camélias naquela parte em que Margarida diz que todo o seu dia estaria perfumado com ela, mas a rosa que ele me deu perfumou não apenas o meu dia, perfumou o meu sonho romântico mais profundo. Eu nunca vou esquecer esse rapaz e sei que cada vez que pensar nele irei me lembrar do coração na árvore, das flores e dos desenhos. Espero que ele não saia da minha vida, ainda que a distância entre nós faça com que sejamos só amigos. Só o tempo vai dizer. Eu gosto dele e sei o que gostaria de viver mas não sei ainda o que ele quer de mim e isso me deixa um pouco vulnerável, mas uma certeza eu tenho, ele não vai sair da minha vida, ele me prometeu que se não dermos certo, seremos amigos e por alguma razão, eu confio nele.
Eu nunca vou esquecer de você também, cavaleiro. Talvez um dia eu me lembre dos contos que escrevi e te verei chegando em um cavalo preto, fazendo magia e lutando como um guerreiro para logo em seguida vir me encontrar com uma rosa na mão e então meu coração será seu. A vida real é fora dos livros mas se de vez em quando eu me permitir sonhar, sonharei com você…
Parla de Paula Lima
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quero uma paixão de estragos, daquelas que fingimos não querer
Eu sinceramente não entendo como alguém que não teve grande convivência comigo, nem fez nada por mim, consegue ocupar tanto espaço na minha mente. Não consigo esquecer. Eu queria sentir o seu beijo, o toque, o calor do corpo próximo ao meu, de novo. Eu mal conheci, mas o que eu senti estando com você me fez verbalizar aos meus amigos que eu gostaria que tivesse algo a mais ali.
Também não entendi porque voltou. Me sinto mais confusa. No final do ano passado quando decidi me afastar foi mais fácil. Na verdade você já havia se afastado, não respondia mais.
Esse ano voltou pedindo desculpa pela atenção não dada, dizendo que gostava das nossas conversas, da minha companhia, da nossa vibe. Eu devia saber que era só pra uma finalidade.
Eu lembro ainda como me senti quando peguei o meu celular e vi que tinha mensagem sua após meses. Meu coração parou. Eu no fundo queria muito que a gente retomasse o contato, mas sabia que não aconteceria e eu já tinha aceitado tranquilamente. Quando aconteceu, eu fiquei surpresa e feliz, ansiosa para te ver.
É isso, ansiedade resume minha relação com você. Você não é uma pessoa esclarecedora, não é objetivo. Não sei porquê. É tão simples responder sim ou não, é simples combinar com antecedência as coisas, é simples querer fazer algo diferente.
Outro ponto é que sempre acreditei que você era realmente compreensível, aberto para conversar, pelo menos você sempre disse que era assim. No primeiro momento que resolvi falar algo que me incomodava, você mudou o comportamento e se afastou.
Acho que tenho um pouco de raiva, de mim mesmo. Por acreditar nas pessoas. Não é porque sou sincera que os outros também serão. Não é porque eu sinto tudo intensamente que os outros também vão. Por isso me frustro assim.
Sei que, querendo ou não, gostaria de viver isso com mais profundidade, se houvesse abertura. Eu não senti nada igual com mais ninguém, me questiono até em relação ao meu único relacionamento. A conexão é bizarra. Meu corpo amolece até hoje se eu lembrar dos momentos que tivemos. Mas preciso esquecer, deixar pra lá, não significa nada.
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Eu saí caminhar
Eu saí caminhar
Era uma noite quente demais pra Maio, e parecia o dia perfeito para recuperar uma das minhas atividades favoritas: caminhar a noite.
Foi uma das coisas que me ajudou a passar por 'aquele evento mundial que alguém disse que ia durar um mês mas durou dois anos' chamado pandemia.
Eu disse também que eu havia feito 29 anos há alguns dias? Eu havia feito 29 anos há alguns dias, sim.
Eu saí caminhar
Há diferentes vibes para caminhar a noite, e naquele dia específico era uma vibe animada. Enquanto eu trilhava a calçada (muitas obras na canaleta), eu ouvia só as músicas que me fazem ter vontade de correr e conquistar o mundo.
Eu saí caminhar
Moro num bom bairro. Um bom apartamento, boa vizinhança, boa tranquilidade. É um bairro que me desperta boas memórias, principalmente da infância.
Meu pai trabalhava em um Shopping Center na região. Foi quando nos mudamos para cá. Ele era gerente de uma dessas redes de máquinas de jogos - pinball, fliperama, simuladores. Algumas das lembranças mais felizes de quando eu era criança passam por lá - tardes jogando e jogando e depois do fim do expediente de meu pai, uma ida ao cinema.
Depois de mais velho, descobri que aquelas lembranças eram felizes só pra mim. Descobri o esforço que meus pais faziam para que eu pudesse ser feliz naquele momento, enquanto eles passavam pelas dificuldades da vida sem meu conhecimento. E por isso, eu agradeço imensamente.
Eu saí caminhar.
E no trajeto eu passei por esse mesmo Shopping. É aqui perto. Já não tem mais a mesma glória de outrora. A rede de jogos fechou há anos, o cinema diminuiu de tamanho e agora tem uma marca bizarra que eu nunca ouvi falar.
Mas a avenida em que o Shopping se encontra é a mesma, o ponto de ônibus em que eu descia é o mesmo. E fui tomado por lembranças.
Vi a Avenida como um reflexo do meu trajeto na vida. Foram anos e anos pegando o mesmo ônibus, passando pelos mesmos lugares com destinos finais diferentes. Diacho, até hoje é assim.
Eu saí caminhar.
Eu estou com 29 anos agora. É a última parada dos Anos 20. Próxima estação: os 30.
Nem tudo foi perfeito nestes últimos 29 anos. Fiz muita coisa que não me orgulho, algumas surpresas e obstáculos. Mas também construí muito. E tem muito mais pra se viver.
E daqui pra frente o Shopping ainda estará ali, a canaleta ainda estará ali, a Avenida vai ser a mesma - e o trajeto vai continuar igual.
Mas eu sou diferente. Agora eu sinto paz, e corro atrás de mais.
Então eu aumentei o volume da música e comecei a correr.
Agora, de volta pra casa.
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Xavier Grant: Something bad is about to happen to me
Maledictus: Pessoa que já nasce amaldiçoada. A maldição segue em seu sangue, sendo repassada de geração em geração. Pode se apresentar na forma de transformação permanente em um animal, saúde frágil ou qualquer coisa que leve a pessoa a ter sua vida predestinada a tragédias.
Os Grant não celebram nascimentos.
Eles se reúnem em vigília na casa da parturiente, aguardando e torcendo pelo melhor, para qualquer notícia boa. Ao escutar o choro do bebê que acaba de vir ao mundo, eles de imediato verificam se a marca está presente em seu corpo. Sempre está, é claro, e esse é o motivo de todo o seu desterro. Não importava quantas gerações tinham se passado, eles sempre iriam ser encontrados por aquela marca.
Em outubro de 1981, no interior da Inglaterra, Xavier Aleksander Grant nasceu com o sinal da maldição de sua família na mão direita.
— Basta ele nunca conjurar o feitiço, ele vai ficar bem se não fizer isso — eles disseram, mais uma vez procurando um sinal de esperança no final do corredor sombrio que era aquela descendência.
Mas como se avisa a uma criança que ela não precisa colocar em uma forma física o seu medo para fora? Como se faz entender a um adolescente que, se ele entrar em um turbilhão de emoções, elas irão tomar força e dominá-lo, se manifestando através de criaturas que não irá saber controlar? Como se lembra um adulto disso quando ele tem a predisposição de tentar abraçar o mundo com tudo o que lhe foi dado?
— As sombras vem de dentro de você — a avó explicou a ele, ainda criança, olhando horrorizado para as próprias mãos, depois de ter empurrado um bully sem ter encostado nele, apenas colocando para fora raiva e rancor. — Elas se alimentam de seus sentimentos mais obscuros e se transformam em um escudo ao seu redor. Um escudo que você pode manipular, como bem entender.
— Eu posso fazer o que eu quiser com as sombras?
— Poder, até poderia. Mas a cada vez que você usar... — ela pegou a mão dele, virando a palma para cima. Xavier engasgou ao ver um círculo escuro surgindo de modo tímido nela, algo que nunca esteve ali antes. — As sombras vão tomar uma parte de você. E mesmo que seja involuntário, elas vão cobrar seu preço. — A idosa retira a luva de sua mão, exibindo para ele o espaço esburacado, de um lado a outro, da sua mão. Como se tivessem atravessado um ferro a brasa e deixado cicatrizar daquele jeito mesmo. O horror no rosto do garoto era evidente. — E isso é o que você consegue ver. Porque por dentro... As dores, as angústias, os pesadelos...
— É horrível — ele deixou escapar, encarando a própria mão, esperando para ver se ela estaria igual a da velha, mas não, ainda estava igual a sempre: o sinal circular no dorso, o novo sinal na palma, exatamente na mesma posição.
— Não seria chamado de maldição se fosse fácil — ela tocou seu rosto com gentileza, antes de prosseguir. — A nossa vida é curta, Xavier. Então faça valer cada segundo dela, está bem? Não mexa com o que você não precisa. Já é ruim o suficiente saber que é inevitável.
Mas Xavier era teimoso demais para sua própria sobrevivência.
— Cara... Por que você fez isso?
A enfermaria de Lykeion Kirki era ensolarada, mesmo altas horas da madrugada. Ou isso, ou ele tinha desmaiado por tanto tempo que tinha dado tempo da noite virar dia enquanto estava apagado.
— Nós vencemos? — Xavier perguntou, os olhos fechados, um sorriso mínimo no rosto.
— Claro que vencemos, nós não perdemos uma batalha — San Jo respondeu com aquele seu tom de voz indignado, como se fosse uma ofensa dizer que algum dia ele iria perder uma luta. — Mas que porra foi aquela?
— Uma coisa que sempre vem comigo — e era a forma mais simples de explicar.
— Eram homens de sombra. E vieram de dentro de você. DE DENTRO DA SUA MÃO, PORRA! — Jo não conseguia aceitar aquilo, andando de um lado para o outro no espaço curto para visitantes. — Eu já vi muita coisa bizarra, mas porra, bicho-papão saído direto da fonte é a primeira vez!
— E a última — prometeu Xavier, antes de tentar se virar na cama e seu corpo inteiro ser tomado por espasmos de dor. De repente, caçar e lutar contra bruxos das trevas com seu amigo de longa data pareceu uma ideia tão, mas tão estúpida. — Acho que vou precisar de um pouco mais de leite de papoula essa noite.
— Você precisa de uma mão nova... E um rosto novo — San emendou, um pouco preocupado. — Cara, aquelas coisas, meio que te atravessaram pra voltar e...
— Eu sei o que elas fizeram, San. Não se preocupe.
— Como vai explicar o que andou fazendo enquanto estava de férias quando você voltar pra Londres?
Xavier apenas riu.
— Me dê algo para dor e me deixe tentar morrer aqui, okay?
Porque o plano nunca era acordar depois de uma luta. A maldição dizia que ele iria um dia se desfazer em sombras, mas não dizia nada sobre ele decidir quando e onde iria acontecer. E Xavier pretendia explodir em sombras e ossos com o maior número de desgraçados possível.
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Pedido: Brubbbs, faz um do Harry que eles tem uma briga feia, e ele sai pra beber com os amigos, já que tá bem puto, aí um dos amigos dele liga pra ela pra ir buscar ele pq a situação tá crítica, aí ela cuida dele e no outro dia da um esporro e ele fica todo manhoso. Já estou ansiosa.
Espero que goste xuxu❤️
— Escute, se você fazer barulho mais uma vez. Eu não respondo por mim! — Minha voz sai estridente enquanto meus dedos apertam fortemente a caneta entre a mão.
Eu já me encontrava exausta e com uma irritação sem igual, e Harry, meu namorado mimado, parecia não compreender a situação.
Era fim de tarde e, além de minha janela, o sol já se despedia em um mesclar singelo com a noite, os pássaros se resguardavam e algumas pessoas voltavam de seus serviços rotineiros. Apesar de adorar observar momentos como tal, minha atenção tinha, obrigatoriamente, uma só direção: uma planilha a ser colocada em ordem.
Tsc.
Ele estalou a língua, para em seguida fechar a geladeira com uma força sem necessidade.
O ato fez meu sangue borbulhar nas veias e minha pele se arrepiou em raiva bruta.
Retirei meus óculos e o encarei da mesa em que estava.
— Pare de agir como uma criança sem educação!
— Você está nisso a semana toda. — Rebateu, com o tom mais baixo que o meu, mas ainda sim, irritadiço — Tínhamos um combinado hoje: nada de trabalho!
— Sim, tínhamos. Mas eu não posso simplesmente deixar minhas prioridades de lado! — Eu já perdia as contas de quantas vezes havia dito aquelas mesmas palavras somente no dia de hoje.
— Ah, prioridades... sei. — Levou a garrafa de água gelada até a boca, dando um gole generoso para me olhar depois — Eu deixo minhas prioridades de lado por você. — Aponta.
— E faz isso porque tem uma flexibilidade melhor. — Chicoteei — Eu tenho prazos a serem cumpridos, Harry, não posso fazer tudo quando bem entender!
— É sempre, sempre essa desculpa! — Agora seu tom aumentou um pouco.
— Eu não posso fazer nada, porra! — A palma de minha mão bateu contra a superfície gélida da mesa, em uma viagem só, fazendo um barulho opaco soar pelo cômodo.
Aquilo foi o suficiente para calar nós dois. Com os olhos grudados um no outro, de forma raivosa e magoada.
Poxa, eu entendia o lado dele, mas não tinha culpa de meu chefe era um grande cretino ao ponto de me mandar tarefas a mais sem previsão só porque pedi uma brecha para semana seguinte. Aquilo também havia me irritado!
— Quer saber... — Ele disse — Tanto faz.
Seus pés tomaram rumo para fora da cozinha, e um peso desigual tomou posse de meus ombros.
— Harry...
— Esquece isso, S/n, não vou mais te incomodar.
— Onde vai?
— Sair um pouco, deixar você em paz. Não vou demorar.
E não esperou por uma resposta minha, apenas pegou sua carteira e saiu com as chaves do carro no bolso.
Suspirei sentido a derrota do dia me acalentar e com toda melancolia e raiva presente em meu ser, voltei a minha tarefa.
{...}
Já se passavam das dez da noite, o quarto frio causava arrepios em minha pele mesmo que eu estivesse coberta por um cobertor grosso. O problema não era o cômodo, e sim meu corpo que sentia falta do calor de um outro certo alguém.
Harry não havia voltado e ainda que eu estivesse tentado me distrair em redes sociais ou qualquer outra coisa, eu não conseguiria. Minha mente estava em um turbilhão, cogitando coisas amedrontadoras demais e isso me tirava qualquer resquício de sono.
Eu odiava brigar com ele, mas odiava ainda mais quando eu não tinha controle sobre a situação.
Foi por volta das onze horas que meu celular tocou, imediatamente o peguei e não me importei em parecer desesperada quando sua foto brilhou na tela.
— Harry, onde você está? Você viu que horas são? Me deixou preocupada! — Disparei sem freios.
— Oi S/n. — A voz que soou definitivamente não era a de Styles — Olha, desculpa estar te ligando assim, mas é que... — A voz de Josh sumiu e barulhos estranhos ecoaram no fundo — Harry... porra cara, assim não dá! — Chiou — Sim, sim, ela vai voltar pra você. Harry, pelo amor ela nem se foi!
— Josh? Josh, o que está acontecendo? — Perguntei afoita.
— Ah, S/n, você poderia vir buscar seu namorado? — Seu tom era perceptível a falta de jeito — Ele bebeu um pouco além do que deveria e definitivamente não está em condições de dirigir!
— Como é?
— Ele veio com umas histórias bizarras depois do décimo segundo copo, ele... S/n... ele está chorando! — Seu riso no final me fez querer trucidar cada partezinha de Styles — Olha, ele precisa muito de você!
— Eu estou indo. Me passe o endereço por favor. — Respondi enquanto já calçava meus chinelos rapidamente.
Josh me passou o endereço do bar que frequentávamos vez ou outra. Enquanto pedia um Uber, minha mente articulava diversas formas de como eu iria matar Harry Edward Styles e se me sobrasse piedade, talvez eu lhe desse um enterro digno.
— Obrigada. — Agradeci ao motorista assim que ele parou em meu destino final.
Já de imediato eu pude vê-los, estavam na calçada, Harry se apoiava sobre Josh enquanto parecia balbuciar coisas, mal notando quando me aproximei com uma carranca gigantesca em meus lábios.
Josh sorriu amarelo, envergonhado pelo amigo provavelmente.
— Boa noite, Josh. — Lhe sorri, mesmo que pouco forçado.
O adorava, mas a situação não contribuía.
— Boa noite, S-
— S/n, meu amorzinho! — Harry o interrompeu em meio um grito estridente, fazendo meu corpo saltar pelo susto.
— Pare de gritar, estamos no meio da rua! — Repreendi o marmanjo duas vezes maior que eu.
Ele fechou o sorriso preguiçoso, e formou em sua boca um biquinho chateado.
— Quanta... grosseria. — Negou com a cabeça — Viu como essa diaba me trata, Fred? — Olhou indignado para Josh, que respirou fundo e me encarou logo depois.
— Ele está muito louco, não sei o que tinha naquela cerveja, mas juro que foram só cervejas! — Me estendeu o molho de chaves.
Suspirei as pegando.
— Tudo bem, vou cuidar dele. — Disse mal humorada — Obrigada por aguenta-lo até aqui.
— Foi difícil, mas nada fora dos conformes. — Riu.
— Ei, parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui! — Harry se intrometeu com braveza.
Rolei meus olhos e enlacei o braço em sua cintura, para me despedir de Josh logo depois.
— Vamos embora logo, antes que as coisas piorem para você!
— Ui, ui. Vai me bater é? — Usou um tom completamente sujo quando tomamos rumo para o carro que não estava tão longe — Sabe, eu adoro te ver brava. É sedutora e me deixa duro.
— Harry!
— O que foi? Não estou mentindo. Ah. — Parou abruptamente.
— O que foi? — Perguntei sem paciência.
— Você pode usar algemas em mim. Eu deixo. Podemos aproveitar que temos aquelas vendas também...
— Vamos embora Harry. — O puxei, segurando ao máximo para não rir.
A luta para coloca-lo no banco do passageiro foi intensa, mas nada que uma pequena chantagem não ajudasse. Não demorou muito até que os pneus estivessem seguindo rumo de volta para casa.
— Sabe, às vezes parece que você não me ama mais. — Foi o que ele disse depois de um longo tempo em silêncio.
— Porque você acha isso? — O olhei, aproveitando que o sinal estava vermelho.
— Você não liga mais para mim. — Respondeu com seu bico mimado entre lábios.
Eu sorri com a cena. Mesmo com toda sua postura, mesmo loucamente bêbado, Harry permanecia adorável.
— Você sabia como minha vida era o contraste da sua antes de namorarmos. — Argumentei cansada, não queria voltar no assunto, ainda mais com ele bêbado — Mas a gente vai resolver isso, amanhã. — Pontuei.
Ele me olhou, fui capaz de sentir seu olhar me perfurar como agulhas afiadas. Pela visão periférica o vi cogitar dizer algo, mas hesitou.
— Diga logo, Harry! — Pedi.
Ele suspirou, mas um sorriso preguiçoso apareceu logo depois.
— Você vai me amarrar?
— Céus...
{...}
A luta para faze-lo se deitar só não foi maior do que a guerra que tive ao lhe dar banho. Styles simplesmente não entendia que seu peso e tamanho era bem mais altos que os meus, e isso dificultava o processo em mil anos.
A todo momento ele tagarelava, dizendo coisas desconexas ou o quanto me amava. Era engraçado e adorável ao mesmo tempo, mas não lhe daria brecha para que notasse que aquilo me afetava.
— Boa noite, anjinho. — Ele soprou sobre minha nuca antes de simplesmente apagar com seus braços agarrados ao meu corpo.
Eu finalmente me permiti sorrir, e o observei de pertinho até que meu sono vencesse. De qualquer forma, era ótimo tê-lo em meus braços.
Acordei pela manhã por puro costume. Minhas costas doíam um pouco devido o mal jeito que dormi, Harry era espaçoso quando queria e isso me castigava vez ou outra.
A primeira coisa que fiz foi preparar meu café. Sabia que Harry iria acordar com, no mínimo, uma forte dor naquela cabeça desmiolada, e sabia também que nada seria mais útil do que aspirinas e um copo de água.
— Parece que uma manada de elefantes passou por cima de mim. — A voz soou intensamente rouca e os resquícios de dor vinham junto de sua essência, quando ele entrou na cozinha apenas de bermuda.
— Ah é, é? — Lancei um olhar zombeteiro em sua direção.
O rapaz me olhou parecendo envergonhado e sentou-se em um dos lugares da mesa.
— Bom dia. — Saudou com um sorriso culpado.
— Bom dia, Harry. — Mantive um tom firme, mesmo que minha raiva já não habitasse mais em mim — Dormiu bem? — Era nítido o sarcasmo em cada sílaba.
— Amor... — Choramingou — me perdoa.
Respirei fundo e levei o que tinha separado até ele.
— Tome isso antes de conversarmos.— A maneira séria de falar, fez ele me encarar receoso, mas da mesma forma, ele fez o que eu havia pedido.
Aproveitei o momento e me sentei de frente para ele, esperando o momento certo para dar início naquilo tudo.
Harry engoliu o comprimido, e sua bile se moveu grotescamente quando os olhos verdes me encararam. Ele parecia aflito, temeroso diante do que eu diria dali pra frente.
— Aproveitou bem a noite anterior. — Comecei, não conseguindo não ser ácida.
— Me desculpe. — Disse cabisbaixo.
— Não estou tão brava por sua bebedeira, e sim, por você ser incompreensível ao ponto de não me ouvir. — Disse — Eu sei o que havíamos combinado, sei que havíamos programado aquilo por dias. Mas, Harry, desde que nos conhecemos você sabia que minha vida era assim e eu sabia de como era a sua. — Continuei, o tendo me ouvindo atentamente — Eu entendo quando você não pode me atender por estar em uma gravação importante; eu entendo quando não pode vir me ver devido alguma apresentação; eu realmente entendo quando você precisa colocar seu trabalho em primeiro lugar, mas ainda sim, eu sei que você me vê como prioridade, eu sei que eu ainda venho em primeiro lugar e reconheço seu esforço. Eu sei o quanto você se esforça para fazer nós dois termos momentos bons sozinhos. Mas, o que entristece é saber que você não nota isso em mim, mesmo quando eu faço o possível e impossível para acontecer.
Ele desvia o olhar, cabisbaixo e envergonhado.
— Você ao menos me deixou explicar que aquele trabalho que eu estava fazendo era o adiantamento para que eu tivesse a próxima semana livre. — Os olhos verdes se arregalaram — Sim, e eu não fiz isso só por mim.
Sua bile se move e ele morde o lábio inferior. Eu consigo sentir seu arrependimento rodear nossa distância.
— Amor, por favor, me perdoe. — Pediu me olhando triste — Eu estava com saudades, eu fui um bobo. Se você não perdoar eu vou entender, mas eu sinto muito, de verdade! — Suspirou — Eu quero te recompensar por todo esse transtorno, por tudo, tudinho. Eu faço o que você quiser! — Sua imagem no momento se assemelha muito a uma criança que tenta negociar algo com sua autoridade máxima, e isso me faz sorrir.
— Eu te desculpo, Harry, desde que você não repita. — Pontuo.
Ele sorri, se levanta e da a volta até estar ao meu lado.
— Obrigado. — Beija minha bochecha, diversas e diversas vezes. Sem aguentar a acabo rindo e dou um gritinho quando ele passa as mãos por baixo de minhas pernas e me pega no estilo noiva.
— Harry!
— Eu quero me desculpar, quero te mimar, muito, muito. — Começa a andar até o quarto — Vou te dar todo o carinho do mundo até que você me perdoe verdadeiramente e então faremos amor.
— Amor? — O olho brincalhona — A ideia dos chicotes já morreu?
— C-Chicotes? — Me olha assustado sem entender e tudo o que consigo fazer é rir.
Sinceramente, eu amo esse homem.
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my creepypasta - malena two faces
Malena Dois Rostos
Eu me lembro daquele dia... eu me lembro da minha mãe, do meu pai, da minha irmã, você quer que eu fale da minha mãe ... ou prefere que eu comesse pela minha família?
Desculpe... faz tempo que ninguém fala comigo, é melhor eu falar da minha mãe.
Ela era sorridente e amável, uma doce mulher de cabelos negros iguais aos meus, e olhos azuis iguais os da minha irmã mais velha, papai sempre disse que éramos as copias da mamãe.
Ela trabalhava como veterinária, confesso que amava o trabalho dela, eu fingia que eu era a assistente dela e levava os pacientes para a central de emergência (risada abafada) era tão divertido!
Bem... era....
Em fim continuando, meu pai era um grande homem, ele foi criado de um modo bem tradicional, sempre estava disposto a ajudar minha mãe, cortava lenha para mim e minha irmã mais velha brincarmos de índio, ele sempre concertava as coisas, não se envolvia com drogas e não bebia muito, ele sempre me deixava brincar de cavalinho eu subia nas costas dele, ele me erguia e andávamos pela casa (* um sorriso leve no rosto, mas meio triste uma leve expressão de cansaço em seu rosto*)
(25 de dezembro de 2002)
Era um dia feliz de natal eu tinha meus 5 anos de idade e minha irmã mais velha uns 10 anos, minha mãe estava sendo liberada do seu trabalho para celebrar o natal com agente,
Ela disse que tinha uma surpresa para nós e uma notícia que poderia mudar nossas vidas por completo e que ela iria dizer para nós quando retornasse para casa.
Eu não estava pensando na notícia e sim no presente que minha mãe iria me dar, ela sempre passava na loja de brinquedos e comprava presentes diferentes para nós
Eu e minha irmã como duas crianças normais disputávamos quem iria ganhar o melhor presente da mamãe, minha irmã quando não ganhava ela sempre puxava o pé da minha mãe.
Minha irmã amava a minha mãe era melhores amigas... mas naquele dia mamãe não voltou para casa, disseram depois para mim que o corpo da minha mãe fora encontrado no carro que bateu contra a árvore eles encontraram ferimentos de luta em minha mãe, mas nada de sangue depois disso a nossa vida não foi mais a mesma...
(1 de janeiro de 2012)
Já fazia 10 anos que minha mãe tinha morrido eu tinha uns 15 anos de idade, minha irmã mais velha uns 20 anos.
Depois da morte da minha mãe ela não foi a mesma a irmã gentil que conhecia, se transformou em uma garota fria e irritada
Bom minha irmã cursava a faculdade e meu pai passou a tentar arranjar 2 empregos para nós sustentar e preencher o lugar da minha mãe, já que ele não queria ter mais uma esposa, ele começou a beber muito, principalmente quando ele ia mal no trabalho.
(13 De março de 2012)
Era quase o aniversário da minha irmã, eu mal pude esperar para dar algum presente para minha irmã, queria fazer minha irmã feliz de novo.
Eu não tinha dinheiro, eu não ganhava mesada, então com muita coragem fui pedir para meu pai para que comprasse alguma coisa para minha irmã se sentir melhor.
Assim fiz, fui até meu pai e perguntei se poderíamos comprar algo para ela, pois eu não aguentava mais vê-la triste daquele jeito.
Do nada os olhos de meu pai brilharam e um sorriso, eu não entendi o motivo de tanta alegria, ele do nada me abraçou e me largou em instantes e disse “relaxa, eu acho que já sei o que podemos fazer “
Pareci que ele estava forçando o sorriso, mas eu não sabia o porquê…
(14 de março de 2012)
Finalmente chegou o aniversário de minha irmã querida, meu pai e eu acordamos bem cedo, ele tinha me pedido para ficarmos em silencio e esperar minha irmã ir para faculdade para irmos comprar o presente para ela não suspeitar de nada.
então par isso fingimos que estávamos fazendo uma festa surpresa para ela, meu pai ficou fingindo que estava fazendo um bolo para mascarar o verdadeiro presente que iriamos dar a ela, eu ajudei o papai com o bolo, foi a primeira vez que vi meu pai sorrir em anos.
depois que minha irmã foi embora com uma cara rancorosa, eu e meu pai terminamos o bolo colocamos na geladeira, imediatamente corremos para o carro indo em direção ao presente.
Eu ficava inquieta no banco, por mais que tivesse 15 anos, eu não saia muito com meu pai, eu me sentia uma criança de novo, logo meus pensamentos infantis voltaram à tona “o que será que o papai vai comprar?, algum doce especial?, ou algum enfeite?, quem sabe alguma coisa bem cara tipo bouça, vestido-…” desse momento meus pensamentos gelaram eu conhecia aquela rua ela dava…. Na clínica veterinária da mamãe!
Naquela hora meu sangue gelou e meus pensamentos felizes se transformaram em profundo medo, meu pai parou bem na porta da clínica, ele me olhou e disse para eu descer do carro, eu desci lentamente, por alguma razão eu não sentia que aquela clínica era a mesma.
Quando entrei na sala de espera percebi que ela tinha poucos pacientes, embora ela fosse muito famosa, avia algo que fez lembrar do porque não curtia esse lugar, sim eu disse que amava ajudar minha mãe a cuidar dos cães e gatos que entravam na clínica, mas havia um lugar que eu não gostava nem um pouco, o canil.
O canil era para ter cães latindo, gatos miando, animais fazendo barulho, mas esse… era meio especial, eu nunca entrei, nem mesmo ousava entrar aquele lugar silencioso, quieto e misterioso.
Bom mesmo assim até hoje odeio o canil, nesse instante eu encarava a porta que dava par um corredor largo mal iluminado, a porta era daquelas que você vê em filmes que possuem hospitais, aqueles onde eles levam a pessoa para emergência e empurram cada porta com a maca do paciente.
Meu pai conversava com a senhora Lucy, mas eu não estava prestando muita atenção ate ele me cutucar e chamar meu nome e pegar minha mão e me puxar para o canil, meu corpo hesitou instintivamente, mas eu era já adolescente eu pensava que já estava meio grandinha para ter medo dessas coisas.
A cada passo que dava não ouvia nenhum latido, ou ruído, era um completo silêncio, já era hora dos cães daquele canil sentirem nossa presença e começar a latir, mas nada, um nada assustador, eu olhei para meu pai para ver se ele estranhava, mas ele estava alegre e normal, muito normal, só a senhora Lucy que estava meio incomodada, mas aliviada e feliz ?
Eu não sabia o motivo e o porquê, até entrar dentro do canil, foi ai que vi a cena mais bizarra que você poderia ver, muitos cães estavam no canto assustados cum um olhar de medo, não faziam barulhos ou ciados , pareciam magros e com muita sede, mesmo com comida em suas tigelas e agua eles não bebiam ou comiam, quanto mais entravamos para o centro da jaula, mais podia ser visto cães amontoados em cima do outro tentando ficar na parede das celas.
Quando finalmente chegamos a cela da meio, só avia um cachorro nela, um cachorro branco de olhos profundamente negros parecidos a de uma boneca, ele parecia sorrir com um sorriso simples, mas aterrorizante, ele respirava em intervalos curtos.
“esse é o cachorro que o senhor pediu?” a mulher aponta para o cachorro, imediatamente o cachorro me encarou e parou de respirar ele ficou assim por 5 minutos, depois voltou a respirar , senti seu sorriso abrir mais, isso fez com que minhas costas se arrepiassem, dei um passo para traz e na mesma hora eu notei que avia algo errado.
Era esse o cachorro que meu pai escolheu para minha irmã?, “sim é esse “ ele afirmou para Lucy, que tirou o cachorro e colocou a coleira.,, meu coração gelou, depois voltamos ao carro e as coisas pioraram, o cão estava atrás da minha cabeça , em uma jaula, seu focinho respirava no meu pescoço, eu não parava de encarar o cachorro no vidro do carro, eu mal pisquei, estava com medo, eu via seus olhos negros e vazios olhando para os meus de volta.
Eu engoli seco, e o fio subia no meu pescoço, eu conseguia sentir ele mordendo a qualquer momento meu pescoço, eu comecei a suar frio, eu n consigo para de encará-lo, tenho medo de piscar.
16 de maio 2012
Eu estou com medo dela, não sei o que fazer, depois que minha irmã ganhou ela de presente ela não para de falar como o cachorro é a coisa mais importante para ela, ela valoriza o cachorro mais que a mim… mas … essa não é a coisa mais estranha… uma vez eu estava lavando as vasilhas e daí eu ouvi uma voz feminina dizer “quer ser minha amiga?”, nesse momento gelei, e quando me virei vi o cachorro me encarar e respirar rápido com aquele sorriso estranho no rosto.
Eu nesse momento fiquei imóvel como uma presa olhado o predador, eu queria gritar, mas não consegui, eu suei frio, minha pele embranqueceu, eu fechei os olhos e gritei com muita coragem para meu pai, meu pai se assustou.
Ele veio logo correndo para saber o que estava acontecendo, quando ele chegou ele me viu no chão ele perguntou o que era que tinha acontecido , eu disse que o cachorro tinha falado comigo e tinha sorrido para mim, ele riu e disse que não tinha visto nenhum cachorro na cozinha e que o cachorro estava lá fora.
Eu fiquei em choque, eu jurava ter visto o cão dentro de casa…. Na porta da cozinha me encarando, eu resolvi virar lentamente a cabeça para ver a porta de vidro revelando o cachorro atrás do vidro me encarando com o sorriso e a respiração forte, aqueles olhos negros e o céu nublado lá fora.
17 de agosto 2012
Eu estava me preparando para dormir, mas ficou mais difícil de dormir essas noites, eu mal consigo dormir prefiro ficar acordada mexendo no celular, eu ouço barulhos durante a noite, e só durmo as 4 horas da manhã até as 7 h , mas naquele dia tentei dormir melhor, por questão da minha saúde e do meu estresse.
Eu vesti meu pijama me deitei, e tentei esquecer o cachorro, tentei focar para me esquecer dele eu fechei meus olhos, quando 3 horas depois senti uma respiração quente em meu rosto, isso me fez ficar paralisada.
Eu continuei fingindo estar dormindo, tentando voltar a dormir, mas aquela respiração estranha continuava ate que eu consegui dormir.
1 de janeiro de 2013
Acabamos de fazer a mudança para o apartamento por conta da nova proposta de imprego que meu pai ganhou, que iria fazer todos nos subir na vida, porem o apartamento não permite cachorros ou animais , graças a deus eu me livrei daquele animal assustador… eu n aguentava mais encarar aquele rosto sorridente até a minha morte.
Mesmo assim minha irmã ficou meio chateada, mas, ela superou isso, ela disse que é um novo começo para renovar a vida , ela mudou bastante ficou mais feliz e mais alegre
eu estava tirando as coisas dos pacotes, e fui tirar meus livros preferidos quando achei um caderno preto na caixa eu o abrir e o que eu li foi chocante era… o diário de trabalho da minha mãe
“(1 de janeiro de 1999)
Eu fui resgatar um cachorro na casa de uma família que fui brutalmente assassinada, de acordo com o legista, as pessoas morreram a 3 anos atrás, a pergunta era com o cachorro conseguiu sobreviver esse tempo sendo que estava do lado de fora da casa, e os corpos deles n apresentava, desgaste ósseo provocado por mordidas ou arranhões pelo visto o cachorro esta bem, mas ele é muito estranho.
(6 março de 1999)
Eu estou cuidado do cachorro, mas ele é muito estranho, quando checamos ele em 1 de janeiro, percebemos que seu coração batia muito forte, suas pupilas dilatadas não ficavam menores a disposição de luz.
O cachorro respira em intervalos curtos parece uma boneca, estou ficando assustada, dês de que esse animal chegou aqui, todos os animais que atendi, acabaram morrendo com mais frequências, alguns desapareciam e o que achávamos era só sangue nas jaulas, eu n sei o que está acontecendo
25 de dezembro 2002
Eu vou me demitir do trabalho, eu nunca mais levei minha filha para esse lugar porque eu não quero que ela veja isso, não quero que ela veja as mortes , meu emocional esta muito baixo para trabalhar, eu deixei a supervisora tomar conta do cachorro ate achar um lar, mas eu já estou indo, acho que não quero lembrar mais dessas recordações horríveis que escrevi nesse diário, tanto que vou deixa-lo aqui na clínica.”
Quando terminei de ler, meu sangue gelou, “se ela deixou esse diário na clínica … então…. Quem foi que trouxe para cá?
20 de julho de 2013
Eu tinha acabado de terminar a aula, e fiquei esperando meu pai ou minha irmã me pegarem, porem eu fiquei esperando, esperando, esperando…. Nada…. Por sorte eu tinha algum dinheiro sobrando na minha bouça para pegar um taxi.
Porem quando coloquei os pês para fora do carro senti um calafrio na espinha, como se avia alguma coisa errada eu fui subindo delicadamente as escadas, o prédio parecia muito silencioso. Quando cheguei aminha porta notei pingos de sangue eu n pude acreditar abri aporta e logo me deparei com um show de horrores, a cabeça da minha ima aberta e seus olhos arrancados, seus órgãos espalhados por toda parte como se fosse uma decoração horrorosa de natal, a mesma coisa com meu pai, ele estava coma boca aberta, parecendo gritar, com o estomago todo a aberto, instintivamente comecei a vomitar.
eu tentei ligar a luz mas n conseguir estava escuro eu n sabia se ligação para a emergência ou se eu saia correndo e pedia ajuda, eu fiz a escolha mas burra, fui ao telefone e comecei a ligar, dai foi que eu vi o mesmo cachorro só que com uma boca sorridente, mas seu sorriso sumiu, o silencio tomou conta eu fiquei em silenciada por alguns minutos e logo ela abriu a boca e começou a falar
“pensei que éramos amigos…..”
“como pode abandonar uma pequena garotinha?”
“ porque vocês são tão cruéis?”
“pensei que eu era da família”
“mas relaxa… todos ficaram aqui”
“ninguém vai embora”
“ninguém vai abandonar ninguém mais”
“nem mesmo…”
“você”
Logo que ela disse isso, os dentes do cachorro ficaram vermelhos com o sangue de cada um deles…. Eu instintivamente comecei a correr e ela começou a correr atrás de mim eu me escondi em um armário perto da escada de incêndio do prédio
“onde está você?...”
“você quer brincar de esconde – esconde ?”
“la…. La…. La… um, dois, três vou te achar e te pegar,
La…la…..la…. um, dois, três vou amar te torturar,
La la la! ,um, dois, três vou conseguir te encontrar!”
Ela olhou para de baixo da cama com um sorriso achando que eu estava de baixo dela, mas seu sorriso se desfez em um horrível sorriso de tristeza, ela ficou sentada no chão
“ eu sei que você esta nesse quarto…..”
“eu sei que esta aqui….”
“você não quer saber o que aconteceu com sua mãe”
Nesse momento eu fique surpresa e fiz um barulho no armário, o quarto era do meu pai ele era um pouco maior ,estava na cobertura então os quartos são um pouco mais espaçosos , ela se virou para armário, e começou a andar lentamente , segurei na minha bouça com força, meu coração estrava cheio de adrenalina, eu não sabia o que fazer “ já era , era aquele momento que eu iria morrer….”
“você quer ouvir uma história?”
“era uma vez uma menina”
“ela amava sua vida”
“Mas foi abandonada e queria muito uma família”
“ela achou uma mulher que achou que a amava”
“mas ela a abandonou”
“então menina tinha que mostrar como doía”
“e assim… mulher ficou para sempre com menininha “
“assim como você irá ficar também!”
O cão pulou no armário onde eu estava, eu instintivamente tentei saltar para a janela e abri-la, o animal foi coberto pelas cobertas eu tentei abrir o mais rápido possível, quando eu consegui e estava com metade do corpo para fora ela agarrou minha perna, eu só vi aquele rosto do cachorro, agarrando minha perna e puxando om muita força.
Eu fique puxando, ate que eu n aguentei eu joguei meu pé no rosto dela e ela soltou, pensei que tinha nocauteado ate ver a fera me seguindo, ela corria muito rápido, eu n conseguia correr, podia sentia um pouco de dor, mas a adrenalina ajudou muito.
Mas eu olhava para traz e via ela se aproximando e aproximando, eu comecei a chorar, eu pensei que seria meu fim “eu morreria ali?”, “agora”, “ se eu morrer eu sinto muito mãe, pai , irmã, eu fui uma fraca e incope-“ nesse momento eu senti o tempo parar.
“Espera…. Eu vou mesmo desistir, depois de tudo?... o que meus pais se sentiriam agora?... por que eu estou fugindo?.... porque!” nesse momento a raiva e a coragem tomaram conta de mim, eu segurei alça da minha mochila firme eu fiquei parada encarando o cachorro respirei fundo e quando ele pulou eu arremessei a mochila pesada de matérias horizontalmente para fora do prédio e o cão caiu junto ela caiu 6 andares ate cair perto da lata de lixo e ficar parado ali no chão, cheio de sangue.
Eu sentei aliviada na escada de incêndio, minha perna estava doendo, depois de alguns minutos eu liguei para emergência, contei tudo para a polícia, mas ninguém acreditava em mim, riram da minha cara, disseram que talvez eu tinha matado meu pais, eu decidi provar para eles que eu n era maluca levando a onde o cão exatamente caiu, quando cheguei lá, meu sorriso sumiu, o cão tinha sumido… só o que eu tinha visto eram pegadas no chão.
Agora estou aqui em um hospício , fui diagnosticada como esquizofrenia paranoide, mesmo com uma enorme arranhão na minha perna que tratam no hospital, eles disseram que talvez eu tinha me arranhado no ferro acidentalmente … e eu estivesse alucinando coisas mas eu falo a você isso não é mentira.
Tome cuidado com o cachorro branco de sorriso estranho…… porque se você encontrar esse cachorro …. Fuja….. mas se não conseguir fugir… será seu fim….
Esse também é meu fim…. Eu não pretendo viver mais nenhum segundo… pois… eu sinto que ela me persegue….. ela sussurra todas as noites…. Ela fica me encarando todo o dia no refeitório…. Não tenho para onde mais correr.
Então tome cuidado com o cachorro branco de sorriso estranho…… porque se você encontrar esse cachorro …. Fuja….. mas se não conseguir fugir… será seu fim porque te garanto… se você sabe agora a historia dela agora ela não vai para de te seguir até conseguir tornar você um “membro eterno da família dela…”
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