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Gabriel sorriu suavemente ao ouvir as palavras de Olivia, ele repousou as mãos sobre a mesa, o olhar pensativo, antes de responder. “Olivia, a resolução de algo assim... raramente é tão rápida quanto gostaríamos.” Sua voz era calma, mas havia um peso contido nela, como se já tivesse lidado com desdobramentos muito maiores do que aquele. “Um ataque como esse pode ser tanto um chamado para o caos quanto um aviso velado. Se foi direcionado a um grupo específico, as repercussões podem ser ainda mais delicadas.” Ele fez uma pausa, a expressão séria suavizando um pouco enquanto a olhava. “Mas, guerras civis não começam apenas com violência. Elas precisam de medo, de desconfiança. E se há algo que podemos fazer... é não alimentar isso.” Gabriel endireitou a postura, os olhos brilhando com uma determinação contida. “O movimento no restaurante cair é reflexo do que as pessoas estão sentindo: insegurança, incerteza.” Quando ela mencionou a admiração pelo que ele sempre parecia dizer, ele riu baixinho, um som quase musical, e inclinou-se ligeiramente para ela. “Ah, minha querida, saber o que dizer é metade intuição e metade sorte. Mas fico feliz que isso te traga algum conforto.”
Olivia se apaixonou pelo Eclipse desde a primeira vez no restaurante, anos atrás, o que fazia com que absolutamente tudo sobre seu estágio no restaurante fosse empolgante, até as tarefas que outros poderiam odiar. Ver o movimento local cair, no entanto, era frustrante, mesmo ciente dos eventos mais recentes. -- Será que vão demorar muito a solucionar o que ocorreu? Acha que foi um ataque direto a um grupo ou...? -- A entonação era de curiosidade e certa preocupação o ataque direto a um dos grupos, na cabeça da ruiva poderia facilmente iniciar uma guerra civil. -- Eu amo como você parece ter sempre a coisa mais inteligente a dizer sobre qualquer coisa.
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Gabriel inclinou ligeiramente a cabeça para o lado, observando Olivia com uma mistura de curiosidade e paciência, enquanto ela se perdia em suas próprias palavras. Ele deixou que ela falasse, sem interrompê-la, os braços cruzados suavemente sobre a mesa, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios. Quando ela finalmente parou e pediu desculpas, ele soltou um leve riso, não de deboche, mas de pura afeição. "Eu perguntei como você está, mas acho que já consegui uma boa resposta," respondeu, com o tom caloroso e gentil de quem realmente se importa. Ele descruzou os braços, inclinando-se um pouco para frente, apoiando os antebraços na mesa. "E não precisa se desculpar, Olivia. É bom ouvir você falar. Além disso, suas preocupações não são tão pequenas quanto você pensa. Tudo isso — trabalho, rotina, as normalidades do dia a dia — são a cola que mantém as pessoas inteiras quando o mundo parece desmoronar. Se ignorarmos essas coisas, como você disse, talvez acabemos esquecendo por que estamos lutando para manter algo em pé em primeiro lugar."
-- A quantidade de clientes tem sido desanimadora, sabia? O chefe está meio preocupado com o andamento não só de lá mas, de todos os restaurantes de Arcanum. As pessoas parecem estar meio em duvida quanto a sair de casa, claro... Com motivo. Eu sei que temos preocupações maiores para pensar mas... Acho que se passarmos a ignorar as normalidades do dia a dia as coisas não vão ficar piores ainda? Me perdoa, tem duas horas que eu estou tagarelando e era uma pergunta muito simples antes. Eu comecei a me enrolar e me enrolar. O que voce falou mesmo?
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Gabriel observou o irmão enquanto ouvia suas palavras, os olhos fixos nos movimentos sutis de tensão em seus ombros e no cansaço que parecia pesar sobre cada gesto. Não respondeu imediatamente, permitiu que o silêncio entre eles se alongasse por um breve momento. "Você não está falhando, Godric. Não por sentir, não por questionar, nem por carregar o peso de algo que nunca foi sua responsabilidade sozinho. Somos feitos para acreditar que nossa força está em não ceder, mas talvez seja o contrário. Talvez a verdadeira força esteja em admitir que não temos todas as respostas." Ele inclinou a cabeça ligeiramente, como se ponderasse suas próprias palavras. "Ainda assim, entendo o que sente. Porque sim... às vezes, é como se algo na própria essência estivesse se fragmentando. Não é uma perda completa, mas um sussurro constante."
A pergunta de Godric sobre Arcanum ficou no ar por um instante enquanto Gabriel refletia. Ele conhecia bem a estranheza que a cidade causava, a sensação de que algo estava fora de equilíbrio. E ainda assim, sabia que a questão ia além do lugar. "Arcanum não é como qualquer outro ponto deste mundo, isso é certo. Mas as instabilidades... não sei se vêm da cidade ou de nós mesmos. Sentimos o peso das escolhas, dos caminhos percorridos por tanto tempo. Talvez nossos poderes não estejam diminuindo, mas mudando, refletindo o quanto nos distanciamos de quem éramos — ou nos aproximamos do que realmente somos. Difícil dizer." Ele recostou-se na cadeira, os dedos cruzados sobre a mesa. "Se sinto a instabilidade?Sim, mas talvez seja porque somos nós que estamos instáveis. Cada passo que damos neste lugar é uma corda bamba entre aquilo que fomos e aquilo que podemos ser. Não se trata apenas de poder, irmão, mas do que escolhemos fazer com ele. E talvez, apenas talvez, isso seja mais importante do que mantê-lo intacto."
godric soltou o ar pelas narinas como em um riso sem humor, ainda que ouvir a voz de gabriel fizesse com que seus ombros relaxassem parcialmente. aceitava de bom grado aquela tentativa de amenizar o clima porque, de fato, precisava. poderia apostar que aquele corpo humano não aguentaria muito mais tempo sem dormir e era por esse exato motivo que esperava a garçonete com tanto afinco. precisava da cafeína. "não vou negar que um avental combinaria com você, irmão." retribuiu a brincadeira com a simpatia que lhe restava, não precisando oferecer a cadeira para que ele sentasse. a tentativa de se mostrar neutro, porém, caiu por terra com a pergunta sobre como estava. "sinceramente?" perguntou, ainda que soubesse a resposta. era uma espécie de aviso de que algo emocional viria, mesmo que as tais emoções fossem proibidas entre os anjos. "sinto como se eu estivesse falhando em algo. não percebi o desejo em matar, não consegui nem sequer tentar impedir que vidas inocentes fossem ceifadas e agora… agora estou falhando em arrumar toda essa bagunça, também." não era responsabilidade somente de godric e o anjo sabia disso, apenas não conseguia evitar. "diga-me, irmão. sente alguma instabilidade em seus poderes desde que foi enviado para arcanum?" não tinha certeza sobre a diminuição de seus poderes ao longo dos dois mil anos na cidade, se fosse ser sincero, mas não conseguia pensar em mais nenhum motivo pelo qual uma falha tão grotesca havia acontecido — a menos que o assassino em questão não fosse humano.
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FLASHBACK - Baile das Sombras
Gabriel segurou a mão dela com firmeza, mas com uma gentileza inata, quase como se estivesse sustentando algo tão frágil quanto precioso. Havia algo profundamente humano naquilo que Amaryllis dizia — algo que ele via repetido tantas vezes nos corações daqueles que conhecia, mas que nunca deixava de tocá-lo. "A rejeição é um medo poderoso," começou ele, a voz baixa e suave, como se cada palavra fosse um segredo compartilhado. "Mas vou te dizer uma coisa, Amy. Não é ela que nos define. O que nos define é a coragem de criar, de tentar, de oferecer ao mundo o que há de mais verdadeiro em nós, mesmo sabendo que nem todos entenderão." Ele a olhou por um momento, seus olhos carregando uma serenidade que parecia eterna, mas com uma centelha de algo mais próximo. "E você tem essa coragem, mesmo que ainda não veja. Está aí, escondida, esperando o momento certo para brilhar." Soltando a mão dela com cuidado, Gabriel inclinou a cabeça, um pequeno sorriso brincando nos lábios. "Então, se o medo insiste em te manter parada, permita que minha fé em você seja o empurrão que precisa." Ele fez uma pausa, deixando as palavras encontrarem espaço no silêncio antes de concluir, com um toque mais leve: "E quando esse momento chegar, quando você finalmente decidir deixar o mundo ver quem você realmente é, prometo que estarei lá, na primeira fileira, para aplaudir de pé." Deixou que um sorriso genuíno surgisse em seus lábios "Mas não estou aqui para estragar sua noite, aproveite o baile, Amy."
FLASHBACK - Baile das Sombras
Era tocante o quanto Gabriel parecia acreditar em seu talento e potencial, mesmo quando ela havia deixado de acreditar há muito tempo - se é que algum dia havia acreditado. Talvez fosse sua essência como arcanjo ou simplesmente sua personalidade acolhedora, mas Amy via no outro uma espécie de mentor, alguém que era excelente na arte que os dois compartilhavam, mas que, além disso, sempre a incentivava a ir além, mesmo quando ela não conseguia fazê-lo. "É muito tocante como você continua a acreditar em mim, mesmo quando eu me recuso a sair do lugar." A afirmação foi dita com um sorriso um tanto triste quando ela voltou a olhá-lo. "Eu não sei porque eu sou assim. Tudo é só muito... assustador. Acho que nada me aterroriza mais do que a rejeição." E talvez fosse isso que a mantivesse paralisada em todas as áreas de sua vida: a rejeição de seus possíveis leitores, de Lydia, de Koa, até mesmo de seus amigos. De qualquer forma, aceitou a mão do outro e a apertou na sua. "Obrigada, Gabriel. Seu apoio é muito mais importante do que você imagina."
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Gabriel inclinou ligeiramente a cabeça, o olhar calmo e quase curioso enquanto avaliava Koa da cabeça aos pés. Era óbvio que o lobisomem tinha algo a esconder — o sangue, a lama e os galhos em suas roupas eram testemunhas eloquentes, mesmo que ele se recusasse a falar. O arcanjo cruzou os braços lentamente, permanecendo no lugar, desconsiderando por completo o tom defensivo do alfa. "Não vim aqui para dar sermões, Koa," disse, sua voz serena, mas firme. "Se tivesse, já teria começado." Ele deu um passo à frente, mantendo a distância respeitosa, mas diminuindo o espaço entre eles o suficiente para transmitir que não sairia dali tão cedo. "Não é de minha natureza ignorar quando vejo alguém claramente... abalado," completou, fazendo um gesto quase imperceptível na direção do estado deplorável das roupas do lobisomem. "Então vou perguntar de novo, mas de um jeito diferente: você está bem?" Havia algo genuíno em seu tom, algo que Koa provavelmente não esperava. Gabriel não estava ali para repreendê-lo, e sim para entender — ou pelo menos, era o que parecia. "Seja o que for, não é do meu interesse te julgar. Só quero garantir que você não está prestes a piorar ainda mais o seu dia... ou o de mais ninguém." Ele fez uma pausa breve, inclinando levemente a cabeça, os olhos cheios de uma paciência que parecia infinita. "Mas se preferir manter seus segredos, que seja."
@archbriel : "how much trouble are you in?"
Por de cima do ombro, Koa esgueirou os olhos para trás, procurando o dono e a origem daquela voz. Ao tratar-se de Gabriel, mais um daquela "espécie" a quem ele havia começado a nutrir pouca fé, o homem revirou os olhos, cruzando os braços em frente ao peito, assumindo mais uma vez a postura de minutos antes, quando estava a sós e em paz com os próprios pensamentos. "Não sei do que você está falando." Bom, as roupas sujas de lama, sangue (que não sabia se pertencia a si), pequenos galhos e folhas mortas poderiam denunciá-lo ao contrário. Mas, o alfa teria uma boa explicação: momentos antes havia aniquilado mais um dos tantos sanguessugas que viviam em Arcanum, ousado o suficiente para testar sua superioridade e comando naquele pequeno espaço em que se encontravam. A forma animalesca não havia sido requisitada, usando da própria força bruta na forma humana para realizar todo o trabalho. Não havia sido fácil — suas roupas eram prova daquilo que seria muito em breve contado — mas efetivo. Sem mais riscos as pessoas que importavam e eram sua responsabilidade. Menos um para dar e causar mais dores de cabeça. "Se veio me dar alguma lição de moral sobre alguma coisa, por favor, dê meia volta e retorne por onde veio, Gabriel. Não estou com muita paciência para sermões divinos ou qualquer outra besteira que esteja disposto a tecer tão perto de mim."
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Gabriel permaneceu imóvel enquanto as mãos de Maximiliano tocavam seus ombros, a calma em seu semblante intacta, mesmo diante da provocação clara. Seus olhos repousaram nos do vampiro, como se avaliasse as palavras cuidadosamente antes de responder. Quando finalmente falou, sua voz era tranquila, quase introspectiva, como se estivesse ponderando algo muito além do momento presente. “Maximiliano, não somos como os livros que você leu. Nossas linhas não são retas, nunca foram. A cada escolha que fazemos, moldamos possibilidades, como montanhas-russas íngremes. Pequenos desvios podem nos levar a lugares inesperados... ou a quedas inevitáveis.” Ele fez uma pausa, desviando o olhar para o salão ao redor por um momento, antes de voltar sua atenção ao vampiro. “Você me pergunta se eu já considerei outro caminho. Claro que já.” Ele deixou as palavras pairarem no ar, sem pressa. “Desde a queda, antes de Arcanum e até agora... é impossível não questionar. Mas questionar não é o mesmo que seguir. Nem toda discordância exige ruptura.” O dedo de Maximiliano ainda pressionava levemente seu peito, mas Gabriel não reagiu, como se o gesto não fosse mais do que uma folha tocando sua armadura invisível. “Não desgosto de Lúcifer. Ou de qualquer outro que tenha escolhido cair. Eu os respeito por suas escolhas, mesmo discordando. Porque escolhas são tudo o que temos. Cada uma delas molda o que somos... e o que seremos.” Um leve sorriso curvou seus lábios, algo quase imperceptível. “Quanto à podridão desta cidade, Maximiliano... talvez ela seja exatamente o que nos força a refletir. Afinal, é no caos que as verdades mais claras se revelam, não concorda?”
@archbriel : ‘"no one else has ever asked me that."
"Fico feliz em ser o primeiro, então." Desprovido de qualquer intimidade, Maximiliano aproximou-se, as duas mãos tocando os ombros do arcanjo, sacudindo-o sutilmente, uma prova de que era real, apesar daquela não ser a primeira vez na presença de alguém considerado divino. "Vamos lá, deixemos a hipocrisia de lado, meu caro. Nunca considerou migrar para o outro lado? De verdade? Nunca nada foi direcionado a você nesse quesito? Bom, Lúcifer já foi um companheiro, seja lá como era divido... lá em cima. Acredito eu que algo do tipo nessa sua cabecinha já tenha surgido." Incitar uma discórdia? Talvez. Maximiliano clamava por algo, um motivo qualquer para melhorar o próprio dia. Se irritar Gabriel com o que poderia ser considerado uma blasfêmia fosse o primeiro devaneio a vir a cabeça, então, não era uma má ideia. Pelo menos, parecia soar assim. "Anjos, arcanjos... que seja. Sempre tendem a seguir outros caminhos. Na história que você faz parte é tão bem detalhado, hm? Acho que até o próprio Gabriel-" Um dedo estendido seguiu a direção do peito de outrem, cutucando-o ali sem qualquer permissão prévia. "Pensaria em algo do tipo, o queridíssimo mensageiro de Deus, depois de tanto vivendo nessa cidade... podre."
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Gabriel observou o irmão em silêncio por alguns segundos, permitindo que o peso daquela confusão momentânea se dissipasse. A visão de Godric massageando as têmporas e carregando tanta culpa era um lembrete cruel das responsabilidades que ambos compartilhavam. Aproximou-se da mesa com passos calmos, puxando uma cadeira sem cerimônia. ""Pelo que vejo, você ainda precisa aprender a reconhecer a diferença entre uma garçonete e seu irmão. Talvez eu devesse trocar minhas vestes por um avental para não confundir mais você."" comentou com um leve sorriso, tentando suavizar a tensão no ar. Sentou-se e cruzou os braços sobre a mesa, inclinando-se ligeiramente. "Não vou fingir que sei o que está passando pela sua cabeça, mas... como você está? De verdade." O olhar de Gabriel era direto, mas carregava um toque genuíno de preocupação, típico de um irmão que estava ali, disposto a ouvir.
sendo o motivo da existência de godric, sentia-se culpado por ter deixado passar um desejo tão cruel quanto o de matar e expor corpos para lúcifer. era o responsável por amenizar impulsos humanos e onde estava, quando tudo aquilo aconteceu? os dedos massageavam as têmporas, enquanto os olhos corriam o documento extenso sobre a mesa. não queria decepcionar os humanos, miguel e muito menos o pai — era o motivo pelo qual investigava, em menor escala, o ataque. "pode deixar o café sobre a mesa mesmo, por favor." murmurou sem olhar para muse, imaginando que fosse apenas a garçonete com seu pedido. porém percebendo que não era atendido, desviou os olhos e prontamente se desculpou, enganado. "desculpe, minha atenção está bem difusa depois de tudo o que aconteceu."
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FLASHBACK - Baile das Sombras
Gabriel inclinou levemente a cabeça ao ouvir as palavras de Amaryllis,. Quando ela desviou o olhar para o chão, ele se aproximou um passo, mantendo uma postura que transmitia calma. “Você subestima o impacto que tem, Amy,” disse ele, sua voz baixa e carregada de uma sinceridade quase palpável. “O que você faz não é apenas revisar palavras. Você transforma histórias, molda ideias, dá clareza onde há caos. É como afinar uma harpa celestial — ninguém vê a afinação, mas sem ela, a música não tem magia.” Ele fez uma pausa, deixando as palavras assentarem antes de continuar, o tom ainda mais gentil. “E eu entendo que podem existir vozes que sussurram que você não é suficiente. Acredite, mesmo com minhas asas, já ouvi esse sussurro também. Mas não deixe que ele tenha a última palavra.” Ele sorriu, um daqueles raros sorrisos que pareciam conter todo o consolo do céu. “Se você não acredita que o mundo verá seu talento, então deixe que eu acredite por nós dois. O mundo pode ser lento para perceber coisas preciosas, mas elas sempre brilham, mesmo no silêncio.” Gabriel estendeu uma mão, como se oferecesse o gesto tanto como apoio quanto como um símbolo da confiança que tinha nela. “E, enquanto isso, continuaremos a criar juntos. Não apenas para o mundo... mas para nós mesmos.”
FLASHBACK - Baile das Sombras
"São mais do que uma distração, Gabriel. Sabe como é difícil encontrar nessa cidade pessoas que escrevam com substância?" Aquilo era algo que ela entendia bem, sendo revisora. Volta e meia aparecia algo em sua mesa que era mais do mesmo, romances bobos com finais previsíveis que não acrescentavam em nada ao leitor. Ela era apenas revisora, não uma editora, então não tinha controle sobre o que era publicado, mas que era frustrante, isso era. "Mas eu sei bem como é o processo. Não estou te pressionando, juro." Abriu um sorriso sincero com a promessa dele e assentiu com a cabeça, não conseguindo evitar dar um riso com a última parte. "Sempre tenho orgulho de revisar o que você escreve, não precisa se preocupar com isso. O que quer que você envie, eu sei que vai ser bom." Gabriel era um dos poucos autores que Amy se deleitava em trabalhar com, simplesmente porque seus textos sempre davam um jeito de tocar de uma forma especial seus leitores. Aquilo não era fácil de fazer, mesmo para alguém com tamanha experiência. Acabou por soltar um suspiro com as últimas palavras, desviando o olhar para o chão. Queria ter toda essa confiança em si mesma, mas suas inseguranças eram como um monstro invisível, sempre espiando por sobre seu ombro. "Não acho que isso vá acontecer um dia, mas... estou feliz ajudando que o mundo veja os talentos de outras pessoas." Aquela não era uma total verdade, mas ela continuaria tentando se convencer daquilo.
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"Ah, Amaryllis... Sempre tão dedicada. Fico feliz que meus textos sejam uma distração agradável para você." Ele faz uma pausa, olhando ao redor do ambiente do baile com um leve suspiro. "Eu diria que em breve, mas... você sabe como são essas coisas. Algumas histórias exigem mais do que uma simples caneta e papel." Ele a observa por um momento, seus olhos se suavizando com um toque de afeto. "Mas vou te fazer uma promessa, Amy. Antes do final deste ano, você terá mais um manuscrito meu em suas mãos. E desta vez, tenho certeza de que será algo que você possa se orgulhar de revisar, algo mais próximo do que você merece." O arcanjo abriu um sorriso sincero para a loba, aquela relação profissional deles, se é que podia chamar assim, o fez nutrir sentimentos reais pela mais nova, ainda que sua natureza angelical não permitesse. Péssimas e duras regras. "Quero que o mundo veja seu talento tanto quanto eu vejo." A intensidade nos olhos de Gabriel diminui ao se lembrar das dificuldades que Amaryllis enfrentou, mas seu sorriso permanece genuíno, aquecendo a atmosfera ao redor deles.
THE PEN AND THE BACKSTAGE - WITH @archbriel
Era engraçado quando parava para pensar que seu trabalho a levara a situações que jamais poderia imaginar na infância - ok, o sonho de Amaryllis de se tornar uma escritora de sucesso havia ido por água abaixo (de fato era uma escritora de sucesso, mas ninguém sabia disso), mas jamais poderia imaginar que um dia se tornaria a revisora de um Arcanjo. A Golden Quill havia unido os dois em uma boa relação de trabalho e Amy admirava a desenvoltura com a escrita que o outro possuía. Por isso, quando viu Gabriel no baile, abriu um sorriso e decidiu ir cumprimentá-lo. "Quando vou ter outro dos seus manuscritos na minha mesa, hein?", disse em forma de olá. "Já faz um tempo, sinto falta de revisar alguma coisa sua."
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Gabriel manteve-se imóvel, observando Asmodeus com uma serenidade que poderia ser confundida com frieza. Ele já conhecia bem aquelas provocações e o cansaço que vinha com o ciclo aparentemente interminável de encontros como aquele. Respirou fundo antes de responder, a voz calma, sem nenhuma pressa. "Não sou eu quem tem expectativas de mudança. Se acredita que estou aqui para lhe oferecer alguma redenção, então talvez tenha mais fé na possibilidade de transformação do que quer admitir." Ele deu um passo adiante, seus olhos fixos no demônio, sem qualquer traço de ironia ou julgamento. "Não vim aqui para lhe oferecer salvação nem para ditar sermões," continuou, em um tom mais firme, mas ainda sereno. "Mas também não sou cego às consequências do que se desenrola quando você, ou qualquer outro, decide ignorar o que certas escolhas podem causar. No final, Asmodeus, não sou o único a carregar o peso do passado — e talvez, se não deseja ver minhas 'plumas', como disse, deveria se questionar sobre o porquê de minha presença lhe incomodar tanto."
Status: ❛ the past can be a great teacher. ❜ diz @archbriel
"Não deveria estar tão impressionado com algo tão óbvio. Mesmo numa maldita festa, o pau-mandado de papi dearest vem dar um sermão." Era verdade que o apetite diminuiu assim que sentiu a presença angelical de Gabriel, mas... ele voou pela janela quando abriu a boca. Tanto para tem um momento de caos. Asmodeus revirou os olhos e coçou a lateral do pescoço, os dedos empurrando os laços incômodos da capa para trás. "Por que você não aprende logo com o passado e para de desperdiçar seu tempo? Eu acompanharia Lúcifer na descida quantas vezes me forem apresentadas. Não tenho salvação. O que mais eu preciso dizer para não ver nenhuma. Das. Suas. Plumas?" E por baixo do fôlego, não para que não o outro ouvisse, acrescentou em tom ainda mais irritado: disco arranhado.
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Gabriel riu levemente com o comentário de Calisto, acomodando a máscara. “Não subestime a rusticidade de um espantalho,” disse, com uma leve ironia, disfarçando um pouco do incômodo estranho e repentino que sentiu com a extrema proximidade de Callie. “Embora, com o esforço que você colocou na sua fantasia, talvez eu devesse ter pensado em algo mais elaborado.” Ele a observou rapidamente, notando o cabelo cuidadosamente penteado. “Mas devo admitir que há algo curioso em vê-la assim… ainda que o seu estilo natural tenha um charme próprio,” acrescentou, deixando escapar um sorriso que mostrava a preferência. A menção ao manuscrito, no entanto, trouxe seu foco de volta. “Fluxo temporal e rotors… parece exatamente o tipo de coisa que não é segura nas mãos erradas. Passarei na oficina, sim.” Ele assentiu, uma ponta de preocupação em sua voz, mas com uma confiança tranquila de que, ao lado dela, poderiam enfrentar qualquer coisa. "Mas me diga, algo de novo para compartilhar sobre a noite de hoje?"
com @archbriel, no salão principal do baile das sombras
"aí está você. custei a reconhecer, por debaixo disso tudo." calisto gesticulou para a fantasia de gabriel, analisando-a cuidadosamente de perto. perto até demais, de um jeito provavelmente desconfortável para qualquer outra pessoa. "o que usou para fazer a máscara de espantalho, um saco de batatas?" a pergunta era genuína e não uma brincadeira ou sarcasmo mascarado. e tão subitamente como se aproximou, afastou-se, juntando as mãos atrás do corpo. "queria lhe atualizar sobre o conteúdo do manuscrito--- e não, não está pronto. vou precisar de ajuda para traduzir algumas palavras... estão meio apagadas, e não sei se compreendi certo quando li as especificações para moldar o rotor de fluxo temporal." uma pausa e um suspiro. "é algo perigoso de manusear. passe na oficina na próxima oportunidade, sim?"
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Arcanjo Gabriel é o Espantalho, no Baile das Sombras!
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Flashback
Gabriel sentiu o peso da angústia de Cordelia, como se cada palavra dela fosse um golpe que o atingisse diretamente. Ele sabia que sua vida, agora marcada pela morte e pela condenação, não poderia ser compreendida por alguém que sempre teve um propósito claro, uma missão entre as estrelas. E ainda assim, ele não poderia deixar que ela se perdesse na escuridão. "Cordelia," ele disse, sua voz firme, mas suave. "Eu entendo que você se sinta presa, como se o mundo se tornasse um lugar sem esperança. Mas mesmo na escuridão, há espaço para a escolha. A vida que você leva agora é uma parte de quem você é, mas não precisa definir seu destino." Ele deu um passo à frente, como se quisesse se conectar com ela, não apenas como um arcanjo, mas como um ser que já testemunhou a luta entre luz e trevas. "O que você faz com essa existência maldita pode ser a chave para algo mais. Alimentar-se de inocentes não é sua única opção. Há outras maneiras de viver, mesmo nesse estado. Você pode escolher não ser a vilã de sua própria história." Gabriel manteve o olhar fixo em Cordelia, desejando que ela visse a verdade em suas palavras. "Encontre um propósito, algo que a faça lembrar da mulher que você era antes. Seja uma guardiã ao invés de uma predadora. Utilize seu conhecimento, sua força, para proteger aqueles que, como você, estão perdidos na escuridão. Transforme sua maldição em um meio de redenção." Ele se inclinou levemente, aproximando-se mais, a sinceridade pulsando em cada palavra. "Você pode ser mais do que o que foi feito de você. Lute contra o que o destino parece ter reservado. Escolha ser uma luz em meio às sombras. Eu estarei aqui, se precisar de alguém para ajudar a encontrar esse caminho."
"Mas que escolhas são essas?!" O tom de Cordelia era urgente e desesperado, raiva e frustração fazendo a jovem vampira agarrar os cabelos ruivos e puxá-los com tanta força que quase parecia capaz de arrancá-los. "Não posso escolher não me alimentar. Não posso escolher ser nada além do que sou agora. Quando estava viva, mesmo na situação na situação precária em que meu casamento me colocava, eu via possibilidades. Mas agora estou morta! Meu coração não bate, apenas essa estranha maldição me mantém de pé. Não vejo escolha nenhuma, arcanjo, além viver essa existência maldita me rastejando pelo escuro e me alimentando de pobres coitados que têm o azar de cruzar o meu caminho." Não havia motivo para usar meias palavras. Apesar de aquele ser o mensageiro do Senhor, quanto mais conversava com ele, mais sua reverência se transformava em revolta. Ele era um ser de luz, jamais entenderia a escuridão que se espalhava pelas entranhas de Cordelia, se alimentando dela.
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Flashback
Gabriel observou Midoriya com atenção. Ela havia compreendido, em parte, a complexidade envolvida naquele colar, e ele percebia a seriedade em seu tom, uma desconfiança que vinha de experiências duras. Ao ouvir sobre os possíveis destinos da garota desaparecida, sentiu uma pontada de empatia, pois sabia bem como o desconhecido podia consumir as esperanças mais genuínas. "Você está certa." ele disse, com um aceno leve, reconhecendo a lógica por trás de suas preocupações. "Objetos como este... não foram feitos para meros mortais, nem mesmo para nós, arcanjos, exibirmos. Há uma energia, uma marca, que fica presa neles. E quem consegue senti-la, quem é sensível a esse tipo de coisa, tende a ser atraído como uma mariposa para uma chama." Ele desviou o olhar por um instante, como se tentasse esconder um sentimento que ele próprio relutava em aceitar. "Esse colar... não foi forjado em guerra, mas sim em queda, uma queda que muitos de nós, caídos ou não, preferem esquecer. Ele tem valor, sim, mas é um peso — um lembrete de tudo o que já perdemos." Gabriel sentiu um pequeno pesar quando Midoriya mencionou os soldados de Miguel e o que parecia ser uma falha na vigilância deles. Havia verdade nas palavras dela, uma realidade incômoda que ele conhecia bem. "Não posso negar, Midoriya. Miguel... ele vê o mundo em absolutos. Ordem e caos, luz e trevas. Mas mesmo a ordem mais rigorosa deixa espaços vazios, sombras onde coisas como essa escapam ao controle." Voltou seu olhar para ela, captando a seriedade com que ela o encarava, e acrescentou, sua voz baixando de tom: "Eu ficarei por perto, como pediu. Mas saiba que há limites para o que até mesmo eu posso revelar. Algumas verdades... podem ser mais perigosas que o desconhecido." Ele deu um passo em sua direção, apenas o suficiente para deixar clara a sua presença ao lado dela. "O que você precisa que eu faça?"
O caso não parecia bom. Na época de policial, já havia visto aquela história se repetir outras vezes: eram sempre jovens curiosas e um destino terrível as aguardando, portanto, naquela cidade mágica não seria diferente. Com o ímã de intenções do elo, Midoriya sabia que ele estava sendo sincero, mesmo que isso significasse não ter novas informações, pelo menos não do jeito que imaginou, ainda era bom se deparar com um inocente. “Uma relíquia de uma época que muitos tentam esquecer?” Estreitou os olhos. Seu palpite inicial eram guerras, contudo, a julgar pelo apego e a conexão que sentia ao objeto, parecia mais íntimo que uma guerra qualquer. “E o que ele faz de verdade? Existe uma espécie de charme natural nele? Se é um objeto dos anjos, vocês são conhecidos por serem muito encantadores.” Mas não tinha como ter certeza até que ele desse mais informações. “Ah, eu tenho uma ideia. Ela pode ser enganada por fadas, pode utilizar a essência mágica para um pacto, alguma bruxa pode deseja-lo para rituais e isso são os casos em que ela tem alguma participação ativa, ela também pode ser perseguida, estudada, sequestrada, seduzida... As possibilidades são infinitas. Sabe, Gabriel, muitas coisas que não deveriam acontecer nessa cidade passam despercebidas pelos olhos dos soldados do seu irmão.” Havia um pesar na voz, embora não fosse exatamente raiva, era mais uma resignação antiga, um tipo de costume a situações injustas que desejava muito não ter. “Sei que quer isso de volta, mas preciso fazer uma coisa primeiro. Se você puder... Ficar perto, eu agradeço o favor.” Não costumava forçar seu dom em todos os casos, mas achava que esse valia a pena e, já que estava na presença de um arcanjo que não sentia ser perigoso, não seria ruim contar com mais dois olhos vigilantes além dos seus.
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Gabriel escutou as palavras de Cordelia em silêncio, sentindo a dor em cada sílaba. Ele se aproximou, mas manteve uma distância respeitosa, como se estivesse pisando em terreno sagrado — o território das mágoas humanas, onde ele, mesmo com milênios de existência, sabia ser apenas um visitante. "Eu não tenho todas as respostas," ele começou, com uma sinceridade que ele raramente admitia. "E não posso fingir que compreendo o fardo que carrega. Mas uma coisa posso dizer: o que você é agora não muda o que sempre foi. Sua alma não desaparece porque sua condição mudou. Ela ainda é sua, ainda é parte do que faz você ser... você." Seus olhos, suaves e compadecidos, encontraram os dela. "Você vê a si mesma como um monstro, mas essa escolha, Cordelia... talvez não seja sobre o que você precisa fazer para sobreviver, mas sobre o que escolhe fazer com a vida que ainda tem. Nem todos que caminham no escuro são monstros. E alguns monstros, como você os chama, já nasceram à luz do Sol." Gabriel hesitou por um instante antes de continuar. "Se a redenção é o que busca, isso não é algo que posso garantir, mas o céu nunca foi reservado apenas para aqueles que foram perfeitos. Não é o que você se tornou... mas o que escolhe fazer. Mesmo no que chama de ‘escuridão’, ainda há escolhas, e elas são suas. E, acredite, o que quer que diga o destino, ele não pode tirar isso de você."
Apesar de seu coração não bater mais, Cordelia o sentiu pesar em seu peito com as palavras de Gabriel. Eu não posso mudar o que aconteceu com você. Então era isso? Passaria o resto de sua vida sedenta por sangue, se movendo em silêncio pela noite, buscando vítima atrás de vítima? Como aquilo seria justo? Ela era só uma menina, recém feitos 23 anos, e nunca experimentara o amor ou a verdadeira felicidade, e agora também não teria chance. "Como isso pode acontecer? Não faz sentido nenhum!" Sua garganta ardia conforme sua voz aumentava de volume, mas Cordelia não se importava. "Você diz que eu não fui esquecida ou rejeitada, mas é exatamente assim que me sinto. Se não fui esquecida, por que me tornei o experimento de um monstro? Se não fui rejeitada, por que eu sou um monstro agora?" Era isso o que era, afinal; não tinha motivo para dançar ao redor daquela palavra. "Que escolha eu tenho? Não posso simplesmente escolher não me alimentar, não posso escolher ser nada além do que sou agora. Sou uma aberração controlada por minhas vontades, minhas necessidades. Ou está dizendo que ainda tenho a chance de ir para o céu depois de tudo o que fiz? Eu ainda sequer tenho uma alma?"
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Gabriel ouviu as palavras de Baphomet em silêncio, sentindo o peso das acusações, mas não se movendo. A cada frase dela, era como se pedaços do passado ecoassem entre eles, memórias de um tempo que agora parecia distante e irreversível. Não podia negar a verdade por trás das palavras dela ; sabia que o Céu era imperfeito, que suas estruturas eram rígidas e muitas vezes cruéis. E o que ela dizia sobre ele... era mais verdadeiro do que ele gostaria de admitir. “Não espero que entenda. Você tem razão em muito do que diz — o Céu favorece quem lhe é conveniente, e eu, por muitas eras, fui um desses convenientes.” Gabriel ergueu o olhar para ela, uma tristeza velada na expressão. “Eu não me envergonho do que sou, mas reconheço o que muitos de nós se tornaram e as escolhas errôneas que foram feitas pelo caminho” Seus olhos encontraram os dela, sem pretensão de buscar compreensão, mas como quem encara uma ferida que nunca cicatriza. "Há pouco que posso dizer para mudar a sua opinião, e a verdade é que talvez você esteja certa em odiar o que eu represento." Gabriel baixou o olhar, a sombra de um sorriso quase imperceptível surgindo em seus lábios, cansado, mas honesto. “Por enquanto, creio que nossas visões de mundo serão sempre divergentes. Mas estou por aí, como sempre... então, se um dia precisar de um antigo amigo, alguém que te ama do fundo de sua existência, para caminhar ao seu lado, mesmo que por pouco tempo, sabe onde me encontrar.”
sentiu o sangue ferver. não conseguia entender por qual motivo ele conseguia manter-se daquela maneira, tão submisso a um lugar que o enxergava como nada além de um objeto – um meio para propagar falsas esperanças para aqueles perdidos em espírito. ela não havia se tornado algo muito diferente, mas era uma garantia maior que conseguissem um pouco mais de conforto por meio dela, que um dia conseguiriam no reino divino. “é claro que sei. você e seus irmãos não me permitiram esquecer da minha própria desgraça por milênios.” outrora, poderia ter sido um pouco mais simpática com ele. tratando-o com uma generosidade que vinha de berço, com sorrisos gentis. não havia nada de gentil em sua alma, e apenas sobrava o rancor absoluto. a única vontade que baphomet possuía era a de arrancar-lhe os olhos e a língua, para que não mais falasse. “é uma grande hipocrisia que diga isso quando permite que tudo continue da forma que é, não acha? o que faz para mudar, gabriel?” não se permitia aproximar-se um passo que fosse, jamais gostaria de tê-lo por perto. “sabemos que os métodos celestiais favorecem apenas aqueles que são convenientes, e talvez seja muito confortável para você continuar nessa posição.”
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"A vida eterna, ou como quiserem chamar, pode parecer algo mágico, repleto de aventuras e alegrias… mas o peso de todas as suas escolhas ao longo do caminho, se é que essas escolhas nos trazem alguma alegria, é uma outra história." Era puramente um testemunho próprio. As bagagens, por muitas vezes, não passavam de memórias que traziam dores e ferimentos sempre que eram recordadas. Talvez isso o estivesse fazendo se sentir cada vez mais próximo do que seus irmãos e irmãs sentiram durante a queda. Mas preferia não pensar muito nisso por enquanto. "Sem as perdas e o peso, o que somos? Matéria crua, vazia e inexistente." Profundo, mas era a mais pura verdade, dada toda sua experiência de vida. "Por incrível que pareça, é interessante divagar sobre esses temas contigo, Chrysalia. Não é como se eu externalizasse isso com tanta facilidade. Mas prometo não tomar mais seu tempo. Espero que tenha um ótimo resto de dia."
Chrysalia teve que concordar com Gabriel; para os que viviam pouco, apenas a distância de tempo de uma vida humana comum, viver para sempre poderia parecer tentador ou sinônimo de onipotência, mas aquilo estava longe de ser o fato. "O fato é que, quanto mais se vive, mais bagagem se carrega. Nossas experiências, amores e perdas continuam conosco, mesmo que as pessoas que os causaram já tenham ido embora há muito tempo. Não é algo que dê para simplesmente largar no meio da estrada." Às vezes era isso o que ela queria; deixar seu fardo de lado e viver como se ele nunca houvesse existido. Ela já havia tentado fazer isso, mas era simplesmente impossível; viver é lembrar. Olhou bem nos olhos de Gabriel, procurando uma vulnerabilidade, e só encontrou verdade. Suspirou, mas correspondeu o olhar e por fim assentiu com a cabeça. "Sim. Acho que isso é viver, não é? Lidar com o peso. O resto é só ruído de fundo."
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