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#fatos fascinantes sobre o corpo humano
coelhogeek · 1 year
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projeto-sanitas · 11 months
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Você Sabia? O Coração Humano Gera Energia Elétrica!
A saúde do coração é um tema fundamental, mas muitos não sabem que o coração humano é uma máquina incrível que vai além do bombeamento de sangue. De fato, o coração humano gera sua própria energia elétrica. Vamos explorar esse fato fascinante sobre o órgão vital que mantém nossa vida em movimento.
O Coração: Um Gerador de Energia Elétrica:
O coração é mais do que apenas um órgão muscular que bombeia sangue. Ele possui um sistema elétrico intrínseco que gera impulsos elétricos regulares para controlar seu ritmo. Isso é essencial para manter o coração batendo de forma coordenada e eficaz.
As Células do Marcapasso:
No coração, existem células especializadas conhecidas como células marcapasso. Essas células geram impulsos elétricos que se propagam pelo músculo cardíaco, fazendo-o se contrair em um ritmo coordenado. Esse sistema elétrico interno é o que permite ao coração bater automaticamente, independentemente do sistema nervoso.
Eletrocardiograma (ECG):
Os médicos usam um eletrocardiograma (ECG) para medir a atividade elétrica do coração. Esse teste monitora a força e o ritmo dos impulsos elétricos, ajudando a diagnosticar problemas cardíacos.
Curiosidade Adicional:
Em situações especiais, como paradas cardíacas, desfibriladores externos utilizam choques elétricos controlados para "reiniciar" o ritmo cardíaco, fornecendo um exemplo impressionante de como a eletricidade pode ser usada para salvar vidas.
Conclusão:
O fato de o coração humano gerar sua própria energia elétrica é uma maravilha da biologia. Essa energia elétrica mantém nosso órgão vital funcionando e é essencial para a manutenção da saúde cardíaca. O entendimento desse aspecto da fisiologia cardíaca é crucial para o diagnóstico e tratamento de distúrbios cardíacos. Portanto, além de ser o símbolo do amor, o coração humano é também um incrível gerador de eletricidade que mantém nosso corpo em movimento.
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serialcosmico · 1 year
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Prepare-se para uma viagem fascinante às profundezas do passado, quando a civilização de Lemúria florescia em toda a sua magnificência. Explorando os mistérios, curiosidades e práticas desta lendária era, que há muito tempo desapareceu das páginas da história convencional.
Imagine, por um momento, uma terra de abundância e harmonia, onde a conexão com a natureza era reverenciada e a espiritualidade permeava todas as facetas da vida. Lemúria, conhecida como a "Terra da Mãe", era um reino de sabedoria profunda e práticas esotéricas que despertam nossa imaginação até hoje.
Apresentador: Nessa época lendária, os lemurianos acreditavam na interconexão de todas as coisas, reconhecendo que cada ser vivo possuía uma essência divina. Eles viviam em comunhão com a natureza, compreendendo os ciclos cósmicos e honrando os elementos que compõem o tecido do universo.
Os lemurianos praticavam rituais sagrados, utilizando cristais e pedras preciosas para canalizar e amplificar as energias cósmicas. Esses mestres da energia entendiam a arte da cura através da manipulação das forças sutis do corpo e da mente, buscando a harmonia e a restauração do equilíbrio interior.
Além disso, a sabedoria dos lemurianos abrangia práticas espirituais avançadas, como a meditação profunda e a canalização de conhecimentos superiores. Eles buscavam a expansão da consciência, explorando as dimensões ocultas do universo e desvendando os segredos dos reinos espirituais mais elevados.
Essa sociedade antiga também valorizava a arte, a música e a expressão criativa como formas de conexão com o divino e de expressão do espírito humano. Os lemurianos acreditavam que a beleza e a harmonia eram fundamentais para a evolução espiritual e o bem-estar coletivo.
Hoje, os mistérios e as curiosidades sobre Lemúria continuam a nos intrigar e inspirar. Embora a civilização em si permaneça um enigma envolto em lendas e especulações, as sementes de sua sabedoria ressoam em nossos corações e nos lembram de uma conexão profunda com a Terra e com o sagrado.
Resumo sobre Lemurianos
Deixe-me compartilhar com vocês algumas curiosidades fascinantes sobre a civilização de Lemúria. Esses fatos instigantes nos ajudam a vislumbrar um pouco mais sobre essa misteriosa era perdida:
1. Lemúria é frequentemente associada à ideia de um continente perdido que teria existido no Oceano Pacífico. Essa teoria foi proposta pelo zoólogo britânico Philip Sclater no século XIX, embora não haja evidências geológicas ou arqueológicas concretas para comprovar sua existência.
2. Os lemurianos eram descritos como seres de alta estatura, com uma aparência física radiante e uma aura de luminosidade ao seu redor. Suas características eram consideradas superiores em comparação com as populações humanas atuais.
3. Acredita-se que os lemurianos possuíam uma tecnologia avançada, especialmente na área da energia. Utilizavam cristais e pedras preciosas para canalizar e amplificar as energias cósmicas, além de construir grandes estruturas e templos energéticos.
4. A sociedade lemuriana era altamente espiritualizada, buscando a conexão com o divino em todos os aspectos da vida. Eles honravam a Mãe Terra e os elementos naturais, realizando rituais e cerimônias para celebrar a harmonia e a interconexão de todas as coisas.
5. A sabedoria lemuriana era transmitida pelos sacerdotes e sacerdotisas da Lemurian Priesthood. Esses guardiões do conhecimento mantinham ensinamentos esotéricos e secretos, incluindo o domínio da alquimia, astrologia e magia.
6. Os lemurianos acreditavam na existência de outras dimensões e reinos espirituais. Eles se envolviam em práticas de meditação profunda e canalização, buscando a expansão da consciência e o acesso a conhecimentos superiores.
6. A música e a arte eram fundamentais na vida lemuriana. Acreditava-se que essas expressões criativas eram uma forma de conexão com o divino e de manifestação da beleza e harmonia do universo.
7. A civilização de Lemúria acreditava no princípio da unidade e cooperação. Não havia hierarquia rígida, e a tomada de decisões era baseada no consenso e na busca pelo bem-estar coletivo.
8. Os lemurianos possuíam uma profunda conexão com a natureza e com os reinos animais. Acredita-se que eles tinham a capacidade de se comunicar telepaticamente com os animais e de compreender suas necessidades e mensagens.
9. A era de Lemúria é considerada uma época de grande paz e harmonia, onde o amor e a compaixão eram os alicerces da sociedade. Acreditava-se que essa era de ouro poderia ser alcançada novamente através da elevação espiritual e do despertar da consciência coletiva.
Espero que você tenha apreciado essa imersão no passado e tenha sido inspirado por essa antiga sabedoria.
Continuem explorando os segredos ocultos da história e permitam que essas descobertas enriqueçam sua compreensão do mundo.
O conhecimento ancestral está sempre disponível para aqueles que buscam, aguardando ser revelado.
Espero que tenham gostado desse conteúdo
Curta, e se inscreva e compartilhe até a próxima meus pequeninos!
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A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
É demasiado estranho. Vivemos em um mundo onde é inevitável conhecer novas pessoas a todo momento, ainda mais com nossas famosas redes sociais que dispensam maiores introduções, e, mesmo assim existem pessoas que passam pelas nossas vidas como a areia que seguramos em nossas mãos. 
Há pessoas que conhecemos na faculdade, trabalho, em shows (que por sinal são excelentes locais de se conhecer pessoas completamente diferentes e nunca mais vê-las na vida), em fim, as opções são infinitas. O intrigante é como cada ser humano pode influenciar na vida de alguém sem a sua escolha.
Uma breve conversa sobre a história de vida de alguém pode trazer consequências incontroláveis. Pensamos que temos problemas grandes, mas na realidade sempre outra pessoa possui problemas muito maiores e reclamando muito menos que nós. 
Isso é muito fascinante e algumas vezes até assustador, ainda mais quando esses estranhos que acabaram de se conhecer tornam-se amantes. Nesse momento duas pessoas passam a se conhecer de uma forma que ninguém mais terá o privilégio, não digo de forma carnal, mas sim mental. 
Corpos são inevitavelmente muito parecidos uns com os outros, mas o que ocorre nos lugares mais profundos de uma mente, isso sim é único. Quando alguém aceita que os muros que protegem a sua mente sejam ultrapassados, trata-se de uma escolha de pura confiança o que pode ser benéfico ou prejudicial. Tanto para o anfitrião, quando para o hóspede. 
Acredito que nessa altura do texto, você, caro leitor, deva estar se perguntando o porquê do Cronista usar como título uma frase que não é dele. Talvez seja pedantismo, ou até preguiça, fique à vontade, fato é que em algumas ocasiões precisamos requisitar os ensinamentos daqueles que estão no panteão de certos assuntos. E, em matéria de amor, ninguém melhor do que Vinícius de Moraes. 
Mas voltando ao assunto, deixar que alguém conheça você em sua essência e também conhecer outra pessoa em sua essência, ou seja, seus medos, suas aflições, traumas e a suas alegrias, orgulhos e memórias, que trazem não só saudade, mas também conforto, isso muda o interlocutor (ou deveria mudar né?). No momento que conseguimos sentir todos os sentimentos vividos pelo outro é como se parte dela tivesse ficado com você. Afinal, nós somos feitos das nossas memórias, boas e ruins. 
Por mais que haja tentativa, se aquela pessoa significou algo, ela muda a nossa percepção de mundo. Sempre há uma pequena gota d’água que ela contribui para encher o que geralmente é chamado de “experiencia de vida”, mas que também pode ser a sua essência. O que gera um certo desconforto é saber que essa pessoa que contribuiu (positivamente) para a nossa essência pode desaparecer e nunca mais fazer parte da nossa vida. 
Como alguém que acrescentou tanto pode não estar mais presente, como um livro que foi doado e nunca mais será visto pelo seu ultimo leitor? Já dizia Vinicius, “a vida não é de brincadeira, amigo”. Por isso, o importante é ler essa história com muita atenção para que quando chegue ao ao final, ela possa ser guardada em um lugar especial. E que fique claro, não retorne esperando encontrar um epílogo.
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perdidanosrapiscos · 3 years
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Oii cinéfilo, Fiz 5 sugestões de filmes sensacionais.
It A Coisa
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Não recomendado para menores de 16 anos.
Sinopse: Um grupo de sete adolescentes de Derry, uma cidade no Maine, formam o auto-intitulado “Losers Club“ – o clube dos perdedores. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do “Losers Club” acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise.
It A coisa é um filme dos estados unidos diretido por Andy Muschietti baseado no livro A Coisa de 1986, escrito por nada menos que Stephen King. O roteiro adaptado é de Chase Palmer, Cary Fukunaga e Gary Dauberman. Estreio aqui no Brasil dia 7 de setembro de 2017.  O filme conta a história de sete adolescentes  Bill, Richie, Ben, Stanley, Eddie e Beverly ( a única garota do grupo) formam o auto-intitulado “Losers Club”, o clube dos perdedores. Eles moram cidades Derry Maine onde crianças estão desaparecendo. O Bill tem um irmão mais novo chamado Georgie que desapareceu. Nesse momento eles descobrem o responsável de tanto desaparecimento de crianças na cidade. A criatura que estava Aterrorizando todo mundo na cidade Derry Maine é um palhaço pennwise.  O Bill que encontrar seu irmão de qualquer jeito enquanto ele partir a procura junto com seus amigos a monstruosa criatura. O palhaço pennywise ser alimenta dos medos das crianças, quando mais medo que elas tem dele mais ele fica forte. Todos nossos personagens tem medo de algo e  pennywise sabe do que eles tem medos de algo específico a criatura se aproveita disso. O  Bill ver a criatura no formado humano de seu irmão. Stanley tem medo de quadro de uma mulher bastante assustadora onde tem  na igreja judaísmo que ele tentar enfrenta o seu medo em carando, mas o quadro cai enquanto ele o levanta percebe que a imagem daquela mulher estranha não está mais, em sim atrás dele. Essa mulher estranha é nada mesmo que o palhaço. O Ben está na biblioteca quando ele ver um balão vermelho flutuando ele vai atrás quando ele vai para baixo parece um homem decendo a escada mais ele ta sem cabeça e começa a correr atrás do Ben. Eddie está voltando pra casa enquanto ver um leproso começa correr atrás dele. A Beverly ouvir vozes vindo do ralo da pia do banheiro alguma coisa começa puxa os braços dela enquanto ela começa sai uma jorrada de sangue sai da pia. E Richie tem medo de palhaço.
O filme aborta tema polémicos como por exemplo: Pedofilia, Racismo, Machismo, Gordofobia, a Intolerância
Religiosa e toc. Para os fãs de Stranger Things o autor Finn Wolfhard está no filme de uma maneira que você nunca viu.
Nota: 🎈🎈🎈🎈🎈
A Possessão de Deborah Logan
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Não recomendado para menores de 16 anos.
Sinopse: Mia Medina (Michelle Ang) está elaborando sua tese de doutorado sobre Doença de Alzheimer. Para melhor entender a doença, ela decide gravar um filme com o cotidiano de uma mulher portadora, Deborah Logan (Jill Larson), e sua filha, Sarah (Anne Ramsay). Mas, com o passar dos dias, coisas estranhas e macabras que não têm nenhuma semelhança com o diagnóstico de Alzheimer começam a acontecer em torno de Deborah, indicando algo muito mais obscuro.
A possessão de Deborah Logan é um filme americano dirigido  por Adam Robitel e roteiro por Gavin Heffernaro e Adam Robitel. Estreio no dia 21 de outubro de 2014. Mia está no último ano de faculdade e precisa elabora sua tese sobre a doença de Alzheimer ela junto com dois amigos decide fazer um filme sobre uma senhora cujo o nome é Deborah Logan que foi diagnostica recentemente com Alzheimer. Sara é a filha da Deborah elas moram juntas, a vida delas financeira não anda nada bem, sua filha aceita que faça uma especie filme e documentário com o passa dos dias vamos vê as mudanças da deborah que na minha opinião é aassustadora . Mia e sua equipe vão percebendo que tem algo estranho no comportamento da Deborah tem algo fora do normal que não condiz com mal de Alzheimer como por exemplos: o sonambulismo, auto - mutilação, o olhares sinistros. E gostaria de parabeniza as atuações Jill Larson ( deborah) deixa qualquer pessoa com medo por um simples olhar. É nítido que Ramsey (sara) fez um excelente atuação o desespero da filha presenciando o sofrimento da mãe e sempre disposta a ajuda sua mãe foi muito Marcante. Achei genial as  filmagem serem com camera na mão isso dá uma sensação de realismo. A doença e a possessão da deborah vai consumindo de uma forma aassustadora nem a filha reconhece mais a mãe. Tem uma cena no filme que é pressionante quando a sara vai procura onde está sua mãe até que encontra ela arrancando a propria pele cena muito assutadora. Tenho que ressalta que o roteirista está de parabéns o filme tem uma abordagem que ele faz ser torna A possessão da Deborah Logan origianal e curioso. Eu recomendo demais esse filme ele tem um desenvolvimento ótimo e satisfatorio e seus personagens são bem desenvolvido de certa maneira, mas mesmo assim continua sendo um excelente filme.
Nota: 🔎🔎🔎🔎🔎
Terror Em Silent Hill
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Não recomendado para menores de 16 anos.
Sinopse: Rose da Silva (Radha Mitchell) é uma mulher atormentada, já que sua filha Sharon (Jodelle Fernand) está morrendo de uma doença fatal. Contrariando seu marido, Rose decide levá-la a uma cidade que sempre menciona em seus sonhos quando está sonâmbula. No caminho para encontrá-la Rose atravessa um portal, que a leva à cidade deserta de Silent Hill. Lá Sharon desaparece, o que faz com que Rose procure a menina por todos os lugares. É quando Rose descobre que a aparente cidade deserta é na verdade habitada por criaturas demoníacas, que surgem de praticamente todos os lugares em que toca.
Terror Em Silent Hill é filme Estados Unidos dirigido por Christophe Gans. O roteiro Roger  Avary e Christophe Gans. Estreio 18 de agosto  2006. Rose e seu marido adoraram um garotinha chamada Sharon, mas a menina sofre de sonambulismo que está cada dia pior. A garota quanto está sonâmbula sempre menciona um nome de  cidade. A Rose decide leva sua filha para essa cidade que está localizada na west Virgnia, entretanto o ano de 1974 aconteceu uma tragédia que matou praticamente todos os maradores da cidade. Assim que as duas chega sofrem um acidente. Quando a Rose percebe que a Sharon  não está dentro do carro, ela sai imediatamente a procura da sua filha. A cidade está abandonado depois da tragédia cheia de névoa feita  de cinza, provocado pelo fogo das minas de carvão da cidade  continuar queimando.  Logo em seguinda ela percebe que esse lugar é cheio de criatura bizarras e assustadora. A policial Cybil Bennet tentar ajudar ela encontrar sua filha. Terro Silent Hill foi inspirado em uma série de games. No jogo temos Radha Mitchell que é  Rose no filme e Jodelle Ferland, como Sharon. O Christophe Gans fez adaptação, mas levou pelo menos 5 anos para adquirir os direitos da Konami, que é produtora dos jogos. Christophe gravou uma filma do seus motivos e o quando amava esse jogo. A gravação deu certo que ele conseguiu ter direitos de grava algumas cena e também a trilha sonora do jogo. Eu achei genital o fato do diretor Christophe criar uma versão cinematográfico desse jogo. O suspenses se manteve durante todo o filme. Você com  certeza vai fica vibrado nessa historia cheio de mistérios. O que mais me chamou atenção foi a cena assustadora das criaturas assustadora. Atuações me agradaram bastante. O filme trás uma revelação  por trás uma reflexão de como as pessoas são manipuladas e ao mesmo tempo malvadas e acharem   estão fazendo o bem. )
Nota:
A Freira
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Não recomendado para menores de 14 anos
Sinopse: Fazendo parte da franquia Invocação do Mal, em A Freira, após uma irmã cometer suicídio em um convento na Romênia, o Vaticano envia um padre atormentado e uma noviça para investigar o ocorrido. Arriscando suas vidas, a fé e até suas almas, os dois descobrem um segredo profano no local, confrontando-se com uma força do mal que toma a forma de uma freira demoníaca e transforma o convento num campo dede batalha espiritual.
A Freira é um filme é dos EUA é dirigido por Corin Hardy e roteiro Gary  Dauberman e James wan. Estreio 6 de Setembro de 2018. Após ter acontecido um suicídio de uma irmã em um convento na Romênia.  Padre Burke uma ingênua noviça irene são enviado pelo Vaticano para investigar o caso. Os dois são recebido por um fazendeiro francês  Frenchie. Ele é  unico morador da cidade do interior da Romênia que se atrave ir entrega os alimentos das irmãs. Muitos moradores consideram  lugar amaldiçoado. O filme se passa em 1952, como eu disse antes o padre e a noviça vão tentar entender o que aconteceu naquele convento será que possuí forças malignas?. Até que  eles escobrem que uma freira maligna está aterrorizando o convento, então eles resolve impedir a freira causar mais danos. A freira tem uma história fascinante cheia de aparições da criatura maligana  sustos pontualmente quando estava acontcendo cena de terror já rolava outra cena com outro personagem iniciando outra cena em seguinda. Achei muito interessante que é a mesma freira do filme "Invocação do mal 2".  A Freira  tem todo um clima  claustrofóbico tensão de corredores apertados de pedra e o rang de portas, além do ambiente sombrios. Achei incrível como a Fé em Deus é forte para combater o mal e os filmes como exorcismo sempre ressaltar essa força que Deus e o seu filho jesus Cristo. O filme é  bom , você termina com aquela sensação que o filme se fechou sem deixar arrasto  para segundo filme. Talvez você já tenha visto resenha negativa  sobre o filme, confesso que tem umas partes que o filme deixou a deixar, mas ele é um filme execelente filme que vale apena vocês assistirem talvez alguns de vocês não goste mas faz parte. Enfim, vale apena assistirem.
Nota:  ✝✝✝✝
A invocação do  mal 3
Não recomendado para menores de 14 anos
Sinopse: invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio revela uma história assustadora de terror, assassinato e um desconhecido mal que chocou até os experientes investigadores de atividades paranormais Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga). Um dos casos mais sensacionais de seus arquivos, começa com uma luta pela alma de um garoto, depois os leva para além de tudo o que já haviam visto antes, para marcar a primeira vez na história dos Estados Unidos que um suspeito de assassinato alega ter tido uma possessão demoníaca como defesa.
Invocação do Mal 3 é um  dos Estados Unidos dirigido por Michael Chaves. O roteiro David Leslie, Johnson Mcgoldrick e James Wan. Estreio dia 3 de junho de 2021. O Casal mais famosos os Warren estão de volta com mais uma aventura Aterrorizante. “Invocação do Mal 3: A Ordem do demónio. O filme é baseado em um acontecimento histórico. O casal Warren são figuras conhecidas mundialmente, tendo casos  alegaram ter investigado mais de 10.000 casos durante sua carreira. A trama é inspirada na familia Johnson.
O caso começou com  David Glatzel, de 11 anos, que se acreditava estar possuído após  muitos acontecimento bizzaros. Sua familia ficou sabendo do casal warren,  para exorcista seu  e dirante o exorcismo o Glatzel que é um amigo da família teria sido possuído pelo demónio. As pessoas em questões afirmaram que o menino  estava possuído por 43 demônio. Ed e Lorraine fizeram um exorcismo com ajuda de alguns padres da igreja católica. As sessões  de exorcista demorou varios dias até que um demônio saiu e foi direto por corpo do Johnson que era o noivo da dua irmã mais velha do Glatzel, Debbie. O Glatzel deve uma premonição que o Johnson iria cometer um assassinato. Depois das sessões de exorcismo o Glatzel ser curou. Depois de alguns meses o Johnson assasinou o Alan Bono após ele presencia um cena nada em  comum com prima de Debbie de apenas 9 anos de idade, Mary. Debbie estava trabalhando como empregada doméstica na casa do Bono. Nesse dia bono, levou seus primos e glatzel e amigos que trabalhavam com ele para almoçar. O bono fixou bêbado e agarrou mary a força o Johnson vendo está cena partiu pra cima dele. O casal warren afirmam que ele estava possuído. Será que os Warren vai conseguir prova que o Johnson estava possuído?. Os atores que deram a vida Ed e Lorraine estão de parabéns gostei das atuações, claro que sempre poderiam ser melhores sem dúvida. O filme garante entrega a nova história bem assombrosa e sinistra para todos os amantes  Terror. Vale apena da uma conferida.
Nota: 💀💀💀💀💀
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astrologiasingular · 4 years
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O recôncavo vasto e seguro de Capricórnio regido por Saturno, Anúbis, Omulu, Cronos e Bowie
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Foto: Edward Bell, 1980
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Uma das missões da Astrologia Singular, além de contextualizar que tudo é um só (planetas, zodíaco, deuses, etc), é apresentar signos a partir de sua mitologia e dissociá-los de estigmas criados pelos seres humanos. Existe um abismo entre a herança ancestral de um ente zodiacal e o oportunismo egóico de pessoas que divagam sobre signos e suas representações. Com isso alinhado, falemos hoje sobre Capricórnio, fascinante, extenso a partir da dualidade (ou Lei da Polaridade) seu DNA e severamente incompreendido.
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I - A gênese astral
Vigente de 22 de dezembro até 20 de janeiro, Capricórnio é signo cardinal, isto é, de movimento/concretização, representante da Casa 10 -  sobre carreira e imagem social - nos mapas astrais. Filho do planeta Saturno, absorve da referência paterna a estabilidade, a solidez de caráter, a criação de limites (a si e aos outros), a reflexão sobre lições aprendidas e o silêncio. O décimo signo do zodíaco integra o eixo Câncer x Capricórnio, ligação conhecida como os senhores do karma. Não por acaso, a pandemia deflagrou-se pelo mundo no eclipse solar de 26 de dezembro de 2019 ao se ancorar na dupla mencionada há pouco. 
Saturno, único integrante do sistema solar envolto em anéis afiados, se faz a joia da galáxia tanto por sua beleza quanto por seu viés indômito, uma vez que os aros ao seu redor também se fazem barreira intransponível para que território do planeta não seja acessado. Recluso e gradual, Saturno tem translação (giro ao redor do sol) de quase 30 anos, originando - assim - a crise dos 30 para que pessoas atinjam (de fato) a vida adulta. Por esse motivo, a relação com o tempo é um dos pilares de Capricórnio. 
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II - A ancestralidade 
Na mitologia egípcia, o signo de Terra tem em Anúbis (Deus guardião das almas do mundo material ao espiritual) e Bastet (Deusa da fertilidade e dos eclipses solares). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Capricórnio é representado por um duo. Um casal. A referência inicial de que o signo carrega os sagrados masculino e feminino equilibrados em si. Não obstante, Anúbis leva o cetro na mão direita e a chave da vida na mão esquerda, instrumentos que apresentam Capricórnio não apenas como signo, mas como mago de si.
Na mitologia romana, capricornianos têm sua ancestralidade em Saturno, Deus da abundância, da austeridade e das renovações dos ciclos (os karmas e dharmas). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Era no Templo de Saturno, na Roma antiga, em que o festival de Saturnália acontecia entre 17 e 25 de dezembro, durante o solstício de inverno (Yule), sendo que as celebrações contavam com integrantes do clero, homens ricos e escravos equiparados igualitariamente frente aos banquetes e orgias públicas. São tais festividades, aliás, que inspiraram o Carnaval como o conhecemos hoje.
Já na mitologia hindu, Saturno (o planeta, no caso) surge na figura de Shiva, Deus da abundância, da austeridade e das renovações dos ciclos (os karmas e dharmas). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. No mesmo ensejo, Capricórnio se apresenta em Makara, criatura mitológica com rosto de crocodilo, corpo de peixe e associação à Deusa Lakshmi alinhada com Kundalini (serpente que trazemos enrolada em nossa espinha e que rege nosso desejo). Há um dado importante no corpo de peixe por ele se repetir em outras manifestações capricornianas: embora muito mental por ser feito de Terra, o herdeiro saturnino tem as emoções profundas e fluidas da água (fazendo valer as águas cancerianas do eixo ao qual pertence).
Na Grécia antiga, Capricórnio aparece como Aegipan, ou melhor, Pã, antepassado que lutou ao lado de Zeus contra os titãs, instaurando panikos em seus oponentes. Era irmão da ninfa Amalteia, sendo ela agraciada pelo chefe do Olimpo com a constelação de Capricornus no cosmo. Novamente, um duo. A repetição de que Capricórnio carrega os sagrados masculino e feminino - assim como morte e vida - equilibrados em si. Ainda entre os gregos, Héstia, Deusa do inverno e guardiã das lareiras, também representa tanto Capricórnio quanto a Kundalini, ou seja, a sexualidade (lareira = fogo interno) pungente do signo de Terra. Como nem tudo é feito de calor e acolhimento, Cronos, Deus grego do tempo, que devorava seus familiares com pavor (panikos) de ser destronado, contextualiza o isolamento ao qual Capricórnio se força para só depois entender a partilha da vida não o ameaça. Héstia e Cronos formam mais um duo representante de Capricórnio. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Ah, e um primeiro adendo importante: Kronia era a equivalente grega para a Saturnália (com os mesmos moldes de banquetes e orgias públicas durante dias seguidos, sem distinções classistas). Como segundo bônus, a antiguidade ainda contou com Kairós, filho que Cronos não conseguiu devorar, Deus da oportuno e das estações e, ainda, herdeiro que salvava o povo da impiedade paterna. Um novo tempo para ensinar ao capricorniano sobre instantes decisivos (que não podem ter a lentidão do retorno de Saturno).   
No paganismo, Capricórnio é o Deus Cernuno, da fertilidade e prosperidade, que se casa com Hécate, a Deusa da abertura de caminhos. É dessa união de amor e sexualidade que nascem os frutos/flores que nutrem/aquecem pessoas/animais da antiguidade. Cernuno tem seu pênis/falo destacado na maior parte das artes pagãs por serem de suas sementes (sêmen), isto é, da libido de sua Kundalini, que nasce o mundo. Cernuno e Hécate, um outro duo. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. A referência de que o Capricórnio carrega os sagrados masculino e feminino equilibrados em si.
Entre os celtas, o filho de Saturno é representado por Scâthach, Deusa da fertilidade e do sexo que governa com imenso poder. Na umbanda, Capricórnio aparece na figura de Omulu, orixá da transmutação, da maturidade e da introspecção sábia. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. 
No oráculo do I-Ching, capricornianos são retratados pelo hexagrama de número 52 - A Quietude ou A Montanha -,  que versa sobre silenciarmos a alma para refletirmos e não nos contaminarmos pelas negatividades (internas e externas). No Tarot de Marselha, Capricórnio aparece nos arcanos d'o Diabo (o materialismo, a luxúria, o poder, os excessos, o ego e o descuido com a espiritualidade) e d'o Julgamento (a retomada de consciência, o pesar dos atos, o repensar da vida, a colheita sobre o que foi plantada e o karma/dharma). 
Na mitologia cristã, Capricórnio foi representado em "A Última Ceia" de Da Vinci como o apóstolo André, um administrador enérgico. No sincretismo católico, Omulu, aliás, é representado como São Lázaro, santo cujo dia é celebrado em 17 de dezembro, mesma data em que a Saturnália acontecia. A ocasião é proposital, assim como o nascimento de Jesus, em 25 de dezembro, período em que os festejos romanos acabavam, para punir a carnalidade (os banquetes, o sexo, a música) com a própria expiação da carne de um Lázaro leproso e, mais ainda, um Cristo se ofereceu em sacrifício para salvar a humanidade. Ambas as celebrações - de São Lázaro e Jesus - acontecem sob Yule, o solstício de inverno no Hemisfério Norte, sendo que o comportamento frio é apenas outra lenda erroneamente associada aos capricornianos.  
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III - A psique de Capricórnio
O terceiro, último e mais forte dos signos de Terra tem na figura da montanha uma de suas primeiras representações. Alta, isolada, perto do céu, composta por solidez e enrijecimento. Em contato com a natureza selvagem, com todo o tempo do mundo para refletir - valendo-se de ser herdeiro de Cronos - e fazendo do silêncio parte indelével de sua alma. Olhar para divagar, construindo ideias, opiniões e concepções gradualmente, pautados no que é concreto e digno. Capricornianos falam pouco. Gostam mais de observar. Assimilam tudo o que é diferente de si tão lentamente quanto o retorno de Saturno. Apreciam o que lhes parece fisicamente administrável - dinheiro, contratos, compras e vendas, itens colecionáveis caros, cargos de chefia, palestras sobre gestão, roupas, equipamentos, idas a restaurantes, compras de supermercado, receitas elaboradas, vinhos e carros - por virem da solidez terrena. Gostam de conforto, planejamento, rotinas e de tudo que conseguem condicionar, controlar e antever. 
São conservadores, dedicados, leais e discretos. São trabalhadores incansáveis, dedicados e exemplares. Admiram cores e trajes sóbrios, hierarquias, tradições, apaixonam-se lentamente (amam cortejar quem os encanta), têm demonstrações de afeto minimalistas (especialmente em público) e, por evitarem conflitos a qualquer custo, não tomam partido do que lhes parecem rompantes alheios. Capricornianos são a personificação da neutralidade. Se mantém sempre do seu alto montanhês observando a todos, fazendo notas mentais e guardando-as para si. Por prezarem status e temerem arranhar sua reputação, não compram a briga de quem lhes parece passional por não entenderem como o coração rege ações. São educados e comedidos. Não gastam dinheiro à toa, sabem poupar e investir, mas não se privam de pequenos luxos revestidos de boa qualidade. 
Por vezes, em particular, corrigem de forma austera pessoas com quem têm intimidade, fazendo valer o arcano d'O Julgamento em seu viés sombrio: sentenciar os outros sem olhar para si. Nem sempre digerem a espontaneidade de terceiros (tentando - eventualmente - reprimi-la com a austeridade de Saturno), embora adorem a ideia de serem tão soltos quanto as pessoas que lhes causa estranheza. Todo julgamento é uma confissão, afinal. Calculam gestos e palavras, sabendo entrar e sair de qualquer ambiente, sendo agradáveis, sem contarem muito sobre si. Não é por acaso que Saturno se protege com uma barreira de anéis cortantes, ora. É fazendo-se inacessível - seja como montanha, planeta ou senhor do tempo - que Capricórnio não tem suas lâminas ultrapassadas e, mais ainda, não se desconstrói quando confrontado por sua severidade. Se o sistema solar fosse de brinquedo, aliás, e qualquer pessoa tentasse alcançar Saturno, ele lhes cortaria os dedos, no entanto, se a palma de uma mão humana lhe fosse oferecida, o planeta - após muito observar - repousaria nela com tranquilidade. No mesmo ensejo, suas representações mitológicas associadas a animais selvagens (Anúbis e o rosto de chacal, Makara e a face de crocodilo, Pã e Cernunos com formas de cabra montanhesa e, ainda, Cronos devorando seus herdeiros) são apenas mais um artifício afugentar quem se engana pelas aparências. Para quem vê além e através, no entanto, Capricórnio baixa suas defesas - com a sensibilidade da água - e se permite abraçar.
Inteligente e que admira o brilhantismo de quem o cerca, Capricórnio é quem aplaude de pé o sucesso alheio e por ver na evolução do outro um norte inspirador. Ambicioso, está sempre em movimento (é signo cardinal, afinal) para consolidar seus próximos passos. Valoriza o silêncio, mas por ter o isolamento das montanhas em seu DNA, no entanto, aprecia na mesma medida as boas conversas - por horas a fio - sobre ideias brilhantes e projetos futuros. Capricórnio gosta de quem afia sua mente com novos conceitos, no entanto, não joga conversa fora falando sobre a vida dos outros. Seu humor é sagaz e ácido, uma vez que aos filhos da Terra as vezes falta um pouco de traquejo com a sutileza.  Não obstante, o filho de Saturno, ao se relacionar, ama de forma séria e inteira, depositando afeto em pequenos gestos e encontrando soluções para as preocupações de seu parceiro (por isso a apreciação da inteligência). De tanto amarem o movimento, encontram em viagens formas de se reinventar, substituindo ideias engessadoras pela amabilidade para uma nova vida. Mas nem só de autocontrole é feito Capricórnio, uma vez que seu ser é regido por metades equilibradas. Masculino e feminino. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Seriedade e intempestividade.
Carl Jung, pai da psicologia analítica, predisse a porção insurgente do arquétipo capricorniano da seguinte maneira:
6 - O Rebelde 
Lema: As regras são feitas para serem quebradas;
Desejo central: Vingança ou revolução;
Objetivo: Derrubar o que não está funcionando;
Maior medo: Ser impotente ou ineficaz;
Estratégia: Interromper, destruir ou chocar;
Fraqueza: Cruzar para o lado negro do crime;
Talento: Ousadia, liberdade radical;
O rebelde também é conhecido como: O ilegal, o revolucionário, o homem selvagem, o desajustado, o iconoclasta.
Capricórnio nasce velho e morre criança, é o que diz um ditado popular. É o precursor que antevê e dita tendências, tecnologias e novas searas profissionais e intelectuais. Sedimentado no passado/dogmatismo e vivendo de acordo com costumes conservadores e até sufocantes (a Terra é estática, ora), o filho de Saturno - em dado momento de sua vida - começa a manifestar seu outro viés e, assim, desencadeia sua disruptividade. Provocativo, Capricórnio decide abraçar as catarses do mundo (renegadas até então). Deixa de ser sisudo e sóbrio para se embevecer fazendo somente o que quer. Os prazeres da Saturnália ancestral ganham vazão nos capricornianos recentemente despertos, tornando-os subitamente expansivos e até volúveis/inconsequentes. Suas amarras internas viram justificativa para lastrear seus descompassos e excessos, sendo eles a perfeita representação do arcano d’o Diabo. A espontaneidade que Capricórnio admira secretamente nos outros se faz seu objeto de desejo em si. Ser indulgente consigo, perder o freio social, se deixar levar, ser incoerente e se permitir banhar nas águas da condescendência particular. Naturalmente autocentrado (a Terra é sólida), Capricórnio vislumbra uma boemia que não lhe é habitual por repelir o que lhe fazia inerte. A chave que equilibra suas metades gira rápido demais e o desequilíbrio se instaura como se o capricorniano quisesse compensar algum tempo que lhe pareceu perdido. Entediado, agressivo e reativo, o filho de Saturno ganha senso de urgência para viver em alta velocidade. Assim, qualquer situação que lhe varra do marasmo e ofereça até uma dosagem de risco se faz convidativa. Instável, soterrado nos deleites do ego, Capricórnio - que já demora naturalmente para despertar espiritualmente - renega a necessidade de elevação por causa dos devaneios da carne. A gratidão - sentimento que o capricorniano custa a entender por pensar que tudo só acontece por seu exclusivo esforço/mérito - fica ainda mais distante no horizonte da compreensão. Torpor, truculência e procrastinação vindos do cavalheiro à moda antiga do zodíaco. O entendimento lento de que doar-se proporcionalmente a quem lhe acolhe não priva sua liberdade porque nada é excludente. Caos, panikos, teimosia e lascívia, uma vez que - se abandonar hábitos estáticos já era um desafio - ressignificar turbulências convidativas também se faz um problema. 
Elemento Terra, a solidez de caráter, o reinado seguro e a dificuldade com as palavras. Os sagrados masculino, de ação e pragmatismo, e feminino, de sensibilidade e contemplação. Saturno e seus anéis farpados que o blindam de eventuais mudanças.  Anúbis e sua ânsia por transformação. Shiva, o karma e o dharma. Pã e o ímpeto vital. Héstia, o fogo interno e a Kundalini. Cernuno, Hécate e o semear do mundo. A quietude da montanha, O Diabo e seus tropeços, O Julgamento e suas colheitas obrigatórias. As chagas - físicas, mentais e, acima de tudo, espirituais - de São Lázaro e a cura tão, tão sábia proposta por Omulu. 
Capricórnio é o universo mais vasto do zodíaco que não cabe em luzes e sombras por ter sua gênese na dualidade. Mais ainda: Capricórnio é o signo mais incompreendido do cosmo e, por esse motivo, sua necessidade de privacidade e reclusão se faz natural para evitar o julgamento.
Por rejuvenescerem ao longo da vida, aprendendo com acertos, erros e transmutações, Capricórnio passa a perceber como funciona a harmonia das metades que o constituem. Agindo individualmente, sem considerar como as ações de uma esfera afetam a outra (e também têm efeitos sobre as pessoas ao seu redor), o capricorniano incorre em uma de suas principais Nêmesis: as tomadas de decisão unilaterais (com a austeridade de Saturno) e que empatizam somente consigo. O prevalecer do ego e o distanciamento da maturidade espiritual (presente em desprendimento, perdão, autoperdão e gratidão, por exemplo). No mesmo ensejo, Capricórnio, agora mais leve pelo início do reequilíbrio, também entende que traumas e decepções podem de fato ficar no passado, uma vez que o território - quando partido, desgastado ou descuidado - ganha nova vida com o irrigamento de águas doces e pacíficas, repletas de emoções fluidas e restauradoras. 
Sob o olhar de sua autocobrança, uma vez que não há peso maior que sua própria consciência densa feito a Terra, Capricórnio resplandece sua beleza genuinamente cálida, que protege e zela por quem ama, trabalha com afinco e se destaca por merecimento, ascenciona espiritualmente - tornando-se o melhor conselheiro para quem a ele recorre -, desprende-se das cicatrizes mentais, celebra os prazeres da vida equilibradamente, assim como também compreende a parcimônia da engrenagem comunicar/silenciar sem desgaste nela causar. O capricorniano abraça a natureza de ser o sábio da tribo, fazendo de tal doação um exercício leve, divertido e agregador. As ressalvas para que sua privacidade não seja devassada serão perpetuamente mantidas, uma vez que qualquer excesso cometido anteriormente deixou como sobreaviso a necessidade de discrição. O mesmo cuidado pode ser atribuído em questões de saúde, envolvendo memória e hormônios, sendo que o acúmulo de pensamentos/referências passadas sobrecarregam a mente capricorniana, assim como as oscilações internas às vezes geram descompasso hormonal de tireóide e melatonina. 
Assim como Anúbis, seu cetro e a chave da vida, Capricórnio equilibrado em sua dualidade se torna mago de si e capaz de orquestrar uma das sinfonias mais ricas do zodíaco, fazendo jus aos preciosos anéis de Saturno. Não obstante, Kairós, o Deus do tempo oportuno, facilita o caminho e suaviza a jornada do irmão capricorniano, trazendo trajetos tranquilos e ares curativos.
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III - A personificação exemplar 
Nascido em 8 de janeiro de de 1947, David Bowie ficou com os olhos ímpares após entrar em uma briga por uma garota. Rebelde, questionador, inconformado, precursor, iconoclasta, paradigmático e genial, tinha no olhar — um com a pupila regular e outro com a bolinha dilatada — a dualidade orgânica de seu signo.
Uma porção do artista era discreta, centrada e reclusa. A outra o fez camaleônico, andrógino e repleta de alter egos que expressavam sua constante sensação de não-pertencimento (ideia recorrente em capricornianos, aliás). Bowie também era Ziggy Stardust, Aladdin Sane, The Thin White Duke, The Goblin King e, como última criação, The Blind Prophet.
A cada faceta, como se o artista conclamasse uma parte de sua ancestralidade, um novo experimento musical e visual surgia, assim como eram lançadas mais provocações intelectuais para que os dogmas da época (e do próprio Bowie) fossem ressignificados. No lugar de um capricorniano sisudo, David surgia sempre sorridente, distribuindo abraços, respostas engenhosas, parcerias agregadoras e a sabedoria suprema de ancião da tribo.
Foi compositor, cantor, ator, produtor, instrumentista e até semideus. Voou alto, levando seu clã consigo, agradecendo por seus acertos, se redimindo de seus equívocos e harmonizando os sagrados que habitavam em si sem precisar escolher qual deles prevaleceria. Falava baixo, mas era um monstro no palco. É filho de uma Londres cinzenta, assim como os tons sóbrios que os filhos de Saturno tanto adoram, mas preferiu as cores flúor de uma Nova Iorque insone para conduzir seus passos.
Viveu catarses e criou em meio ao seu próprio panikos, até intuir o momento de seu desencarne. Como despedida, lançou, em 17 de dezembro de 2015, o single Lazarus, no dia de São Lázaro, em que — ao personificar The Blind Prophet, seu último alter ego — saudou a cada um de seus ouvintes e honrou sua árvore da vida. Morreu em 10 de janeiro de 2016, dois dias após seu aniversário, mesma ocasião em que lançou Blackstar, último disco permeado por Lazarus e mais seis faixas (sete canções, isto é, o número mágico). Não obstante, o álbum tem duração de 41:14, sendo tal número atribuído aos processos de vida e morte, começo e fim, adoecer e transmutar.
Bowie fez seu próprio tempo ao se alinhar com Kairós. Riu de Cronos, aceitou as joias de Saturno, trocou acenos com Anúbis, reverenciou sua Kundalini e, ao fim, encontrou-se com Omulu. É a personificação perfeita de Capricórnio, iluminando — como o farol que sempre será — irmãos zodiacais, como Susan Sontag (e sua mecha branca de cabelo, enaltecendo dualidade capricorniana), Patti Smith, Basquiat e Lemmy Kilmister. David Bowie é um universo, assim como o recôncavo vasto e seguro de Capricórnio. Assim é. Amém, axé.
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aeonislandrp · 4 years
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AEON ISLAND DÁ AS BOAS-VINDAS À:
NOME: Choi Woori. DATA DE NASCIMENTO: 06 de novembro de 1994. IDADE: 25 anos. NACIONALIDADE/ETNIA: Coréia do Sul / Coreana. OCUPAÇÃO: Detetive na delegacia de Aeon. DISTRITO: Segundo. TENDÊNCIA MORAL: Bondade caótica.
PERSONALIDADE:
Apesar de ser bastante reservada sobre si mesma (raramente mostrando seus sentimentos, com o medo de acabar ferida), Woori adora descobrir a verdade das coisas - e suas intuições sobre os outros são tipicamente muito fortes e corretas, o que significa que sua habilidade de decifrar a essência por trás das coisas é rápida e eficiente. Como suas emoções freqüentemente conduzem todas as suas ações, ela tende a ter uma grande intensidade, às vezes mal interpretada como raiva. Isso a torna focada e dedicada a qualquer coisa em que decida colocar sua energia. Geralmente tende a ser competitiva, embora tente esconder isso. A necessidade de controle de um Choi muitas vezes pode criar uma imagem errônea sobre si. É normal terem a visão de uma pessoa intolerante, ciumenta e manipuladora. Sua natureza possessiva muitas vezes é injustificada. Devido ao seu amor por analisar as pessoas e suas intenções, ela muitas vezes pode ver coisas ruins no horizonte que nem sempre estão lá e podem parecer muito suspeitas sem uma causa justa. Nesse estado, sua imaginação às vezes pode levá-la a um frenesi de ciúme, sonhando com situações que simplesmente não são verdadeiras. Às vezes até levando a um comportamento autodestrutivo. Outra característica muito temida é seu senso de vingança. Ela nunca se esquece de uma traição ou insulto. É uma ótima amiga, leal até seu último fio de cabelo. Do tipo que levariam uma bala por aqueles que são próximos.
HISTÓRIA:
Acho complicado falar sobre mim e não citar o fascínio que sempre tive por contos de fadas. Procurava por sinais mínimos de magia ou ao menos, do tão sonhado príncipe que me salvaria da enorme torre em que me colocava. Confesso que a parte da torre persiste até os dias atuais, mas consigo derrubá-la quando necessário. Ainda costumo questionar o que fiz com aquela menininha que se enrolava no cobertor quentinho com seu baldinho de pipoca para assistir aos filmes da Disney. Talvez não tenha sido só eu que estraguei ela. Mas no pátio de uma escola qualquer, - eram diversas escolas em um curto período de tempo, mais do que eu poderia contar na época - às princesas de verdade passavam por mim como se não me enxergassem. Aí que notei o abismo entre eu e as meninas ricas, mesmo pertencendo a essa caixinha. Jurei parar de acreditar em contos de fadas, mas as histórias estavam em mim, profundas como o veneno. Se o Príncipe Encantado fosse real, - e meu deus, eu implorava todas as noites para que fosse - se ele pudesse me salvar, precisava ser salva da injustiça de tudo. Quando ele viria? Não precisava chegar num cavalo branco, mas também não precisava ser o cavalo. A resposta foi um encolher de ombros cruel e uma incerteza sufocante. Nunca me encaixei em lugar nenhum, mas seria uma mentira insustentável dizer que não tentei. Meus pais viviam se mudando quando eu era criança e, dessa maneira, também mudava de escola com frequência. Com a minha necessidade incontrolável em ser aceita, passei por vários grupos de “amigos” diferentes; os gótico, a turma popular, os maconheiros (uma época que não me orgulho da minha adolescência) e cheguei até a fazer parte dos atletas. Entre todos, sempre senti como se houvesse algo diferente esperando por mim. Hoje em dia vejo que era só uma dor de barriga por conta da ansiedade, mas jovem tem mania de ver algo inexplicável onde não tem nada. Mas uma coisa era fato: nenhuma dessas pessoas jamais fizeram com que eu me sentisse em casa. E mesmo se fizessem, o sentimento não ia durar muito. Até que nós viemos para Aeon. De longe, um dos lugares que mais me senti confortável após anos de mudanças. Mas o medo de me permitir sentir isso - já que nunca durava - fez com que eu criasse uma barreira ao meu redor para as pessoas da minha nova escola não se aproximassem. Não queria mudar tudo novamente por seres que não seriam meus amigos de verdade. Minha irmã sempre teve que me lembrar: “Se você está mudando para  ELES  e eles gostaram de uma versão sua que não existe, não são seus amigos de verdade.” Isso é algo que muitas vezes esqueci em uma fração de segundos. Após notar que minha casa seria ali, a vontade de agradar voltou com tudo. Uma onda arrebatadora. E foi piorando. Meus pais eram realmente a encarnação da bruxa má. Minha mãe costumava vir com maçãs envenenadas o tempo todo e, eu fingia engolir tudo aquilo. Fingia estar melhorando de algo que sequer existia apenas para agradá-la. Todo mundo parecia estar no controle da minha vida, menos eu. A paixão em descobrir mais sobre as coisas esteve sempre ali, então não tinha dúvida alguma que queria ir pra área investigativa. Eu faria de qualquer forma, por mais que não agradasse as pessoas a minha volta. Minha irmã, Gyeonghui, era a única que parecia realmente se importar se eu estava trilhando um caminho que me agradasse. E ao contrário da minha vida pessoal, sempre fui bastante segura com meu emprego. Parecia outra pessoa quando estava na delegacia. Uma versão de Woori que queria ser vinte e quatro horas por dia. Progredindo em uma coisa e regredindo em outras. Cada garoto disfarçado de homem que deixei entrar em meu corpo, em meu coração. Aí aprendi que não tinha nenhuma magia para transformar uma fera em príncipe. Me cerquei de garotas das quais não tinha nada em comum, na esperança de compartilhar o poder delas. E eu me odiava cada vez mais por estar nessa situação. E isso me diminuiu ainda mais, tendo como único refúgio o trabalho. Por um lado isso foi bom, já que me dediquei mais do que o suficiente para ganhar algum reconhecimento - o que requer o dobro de esforço quando não se tem um p** entre as pernas. E então, quando pensei que poderia simplesmente desaparecer que ninguém ia notar, ele me viu. E eu sabia em algum lugar profundo que era bom demais para ser verdade. Mas me deixei ser varrida, porque ele foi o primeiro com força suficiente para me levantar. Era fascinante como ele não sabia nada do meu passado, das coisas que fiz para ter o mínimo de atenção de “amigos”, meus pais e afins. Me enxergava de uma forma que me motivava a ser aquela mulher que Jin Hajoon enxergava. E eu parei de tentar agradar a todos ao meu redor, pois vi que simplesmente existindo era o suficiente para agradá-lo. Sem esforço algum. E se eu podia fazer isso com ele, era capaz de fazer qualquer coisa. Eventualmente nos casamos. Meus pais adoravam Hajoon, pelos motivos errados. Me mudei para o Distrito II com ele. A vida andava bem no trabalho e em casa. Estamos casado há cerca de um ano e meio quando tive um problema com um caso não resolvido. Meu orgulho foi ferido de uma forma irrecuperável. Não suportava a interrogação enorme que pairava em minha mente sobre o assassinato que fora arquivado por falta de provas e testemunhas. Isso me afetou de uma forma inexplicável, ao ponto de ter pesadelos quase todas as noites até os dias de hoje. Ao contrário do que esperava, ele não me apoiou. Começou a implicar com meu trabalho e coisas cotidianas que antes não eram incômodas, mas que de acordo com Jin, me afastavam dele. Quando completei meus vinte e quatro anos, Jin Hajoon veio a falecer, dormindo. A família, intrigada pela morte precoce do filho, contratou os melhores investigadores e, após um ano sem respostas, acabaram desistindo. Obviamente, fui a principal suspeita. Amigos próximos contaram sobre brigas bobas que tivemos e isso foi o suficiente para me deixar no topo da lista. Além de lidar com o luto, tive que responder perguntas completamente invasivas e até fui afastada do meu trabalho por um tempo. Mas poucos conseguiam acreditar que havia feito isso com meu próprio marido, colocando em jogo a carreira da minha vida e acabando com o ser humano que mais se importava comigo.   A casa em que morávamos foi vendida e, recusando todo aquele dinheiro que Hajoon fez questão de deixar no meu nome, me mudei para o distrito III. Queria recomeçar longe do distrito em que vivemos juntos, mas aquela ilha era pequena demais para deixar os fantasmas do passado 100% para trás. Atualmente moro sozinha em um apartamento confortável, aprendi com Hajoon que não precisava me esforçar para que gostassem de mim e, usava todas as forças que me restavam para ser uma boa detetive. Do que adiantava me esforçar para agradar os outros se de uma hora para outra tudo podia acabar? Com uma bala perdida, um descuido no trânsito ou em um simples piscar de olhos. Mas estava começando a entender que a vida é uma história que contam sobre nós, não uma história que escolhemos contar. A gente finge ser o autor, claro. Não tem outro jeito. Quando as entidades superiores fazem tocar aquele sinal monótono exatamente às 12h37, você pensa: Agora eu decido ir almoçar, mas na verdade é o sinal que decide. A gente acha que é o pintor, mas é a tela.
Jang Seungyeon (CLC)
@aeon_woori
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aleixoma-blog · 5 years
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As Cronicas de um mundo Caduco -  Capítulo 1
Ô frívolo leitor, por que me lês? De malgrado, é-me curioso saber o porquê de alguém correr os olhos sobre mim e, sobretudo, o porquê desse alguém ficar estático e corado quando os olhos que me leem são lidos por meus negros olhos. Cuidado, pobre leitor! O livro que está em tuas mãos poderá ser aquele que irá deflora-lo[1]. Não o contrário... “Sim: canis canem edit[2]. Hum! ”.
        Oh! É-me divertido o teu jeito tolo de comportar diante de minhas palavras. “Diante dos meus desejos”. Sim, tua cara de assustado ou, talvez, de imaturo. Mas não tenhas medo nem te envergonhes. Enquanto estiveres comigo, qualquer diferença ou distância: deleta-as, esquece-as. E, se já te sentires à vontade, ofereço-te pão e vinho. “Ah! O sangue e o corpo”. Senta-te e cearemos...
        Contudo, se ainda não sentires confortável, podemos nos conhecer um pouco mais. “Ha! Pobre leitor ingênuo[3]”. Quanto ao teu nome ou a tua história, não te preocupes. Não me interessam. Já as minhas, por vaidade quero conta-las: HAHA[4]!
        Meu verdadeiro nome é Azallus. Sou um espírito da linhagem dos segundos homens[5], exilado das terras longínquas por carregar em meu peito a empáfia pelos prazeres do corpo. “Ad impossibilia nemo tenetur [6]”. Ou pior, por concentrar todas minhas energias em estratégias pouco bondosas para sustentar o meu brio. Por hora, não vem ao caso o detalhes de meu exílio... “A verdade é que meu comportamento nunca fora moralmente adequado para a sociedade de hipócritas em que vivia”. No entanto, saiba: ostentei, de fato, joias que todos os seres-humanos são moldados a exaltar: poder, riqueza, beleza e juventude... e as ostentei sem nunca abandonar os meus valores religiosos e morais[7], que garantem o meu superior estado de consciência. “HAHAHA! ” Sim! E com júbilo fiz tudo aquilo que tens vontade de fazer, parvo leitor, mas ainda és fraco demais para tal[8]. Wow! HAHAHA! “Mísero! Há medo vaporizando pelos poros de sua pele...”. Bem, leitor imaturo, ainda completo minha apresentação com uma última ressalva: ao olhar para minhas memórias, asseguro-te serem tão fascinantes que as repetiria até o ocaso de nossa existência. Não tenhas, portanto, medo! O prazer é sobejamente delirante e prestigioso. Entrega-te a ele. “Entrega-te a mim”.... Esqueça, pois, as farsas que os homens ditos de bem lhe ensinaram. Até porque, eles também são atores desse disparate... encenando um teatro tão esdruxulo e frívolo, que confesso até ser jocoso e pilhérico... “Jocoso, sobretudo quando os atores voltam para casa e se deitam comigo para descansar a própria alma...”
           “Pobre leitor imaturo, consigo ler através de seus olhos o sentimento de horror que já criaste sobre mim... e curiosamente, um sentimento de fascínio também. Não quero simplesmente te conquistar por meio do meu ego inflado. Dar-te-ei, pois, a opção de continuar ou não junto a mim”.
        Néscio leitor, se não gostaste de meu ego, fecha teus olhos e não mais me leias. Se preferires também, pula para os capítulos seguintes ou procura outrem! Para malgrado, se quiseres ficar, mostrar-te-ei o esclarecimento de o que realmente sou: um herói[9]. Sim! Elejo-me superior aos reles mortais, porque, diferentemente deles, não sou hipócrita em esconder peccata mea[10]. “Pelo menos não do meu próprio ego”.
        Ainda desejas continuar? “Tão tolinho, mal sabe quem sou e pretende me seguir por minha história. HAHAHA! A sorte está lançada, feito moeda de ouro jogada a uma fonte em troca de um desejo: desejo byroniano! Posso ver através desses olhos... tê-los-á, estulto leitor”.
        Bem, parvo companheiro, alea iacta est[11]... Aprovo tua tolice em continuar, porém preciso que cumpra alguns preceitos. Estes nada mais são que pré-requisitos para todo sujeito que deseja caminhar ao meu lado. É-me de sumária importância que tu te vistas igual a mim, com um manto e um capuz, destarte não serão vistos os teus traços; como nem os meus. Faço isso por prudência, posto que alguns poucos vaidosos desejam meu ocaso. “Enquanto outros me desejam no ocaso dessa farsa[12] ”. Ah! Também não te esqueças de levar contigo pelo menos um punhal e algumas moedas de ouro, talvez paremos para uma cerveja ou um cálice de vinho. “Referi-me principalmente ao punhal, HAHAHA! As moedas serão apenas parte do nosso espetáculo circense”.
           Se lhe falta algum dos itens propostos, adentra aquela porta. Ela te levará a um quarto com uma cama de palha e um baú. Neste, encontrarás o que precisas. Hm! Antes que me esqueça, não te incomodes com a moça dormindo na cama. Ela não precisará de nada mais. “Além de um coração que bata, é claro, HAHAHA! E talvez um corpo melhor para a próxima encarnação. Ou talvez não... para aquele seu marido, qualquer boceta serve... ele era um sujeito tão feio que fiz bem em dá-lo de alimento aos porcos, HAHAHA! ”.
        Avante! Vamos embora desse casebre, percorrendo a noite sem destino. “Coitado[13], deixo-o pensar que não temos destino...”. Qualquer instrução necessária, que brotar em minha cabeça, notificarei. Fecha a porta quando passar. Não se preocupe em trancá-la, seus donos não precisarão mais dela, HAHAHA!
        Seguiremos por aquela estrada logo a frente. Ela nos levará a uma antiga vila chamada Verona. Já te adianto que a viagem durará cerca de sete noites. Durante o clarão do sol, repousaremos numa das várias choupanas de camponeses que se criam pelo caminho. De forma alguma os moradores ficarão incomodados em receber visitas. Ah! Digo-te mais, pobre leitor, alguns até ficarão lisonjeados. Sim! Ah.... Já que estamos falando de agrados, lembrei-me de ti notificar algo: por ainda ser um aprendiz, prefiro que apenas contemples as travessuras, sem delas participares. Voyeurismo! Sim! Voyeurismo, senhor leitor, HAHAHA! Definiste bem as travessuras... e espero de todo meu âmago que goste das parábolas de semeadura[14] que traçaremos pela frente...
        “ Leitor, virginal, talvez nunca percorreste com seus dedos a anatomia da noite. Ser-me-á grã honra vê-lo desvirginar! Mordicar a maçã enquanto lambisco tua boca... ”
        HAHAHA[15]! Perdoa-me, leitor, sou-me suficiente para dar algumas gargalhadas de vez em quando. São tantas histórias por quais já vivi. Às vezes, eu as relembro e logo me encontro rindo dessa forma, alto….
        Leitor, antes que me esqueça, devo-te lembrar que é de suma importância que você também verbalize os seus pensamentos. Claro, que eu até posso lê-los na hora que bem entender[16], contudo preciso também confessar que me é cansativo adentrar a sua consciência. Sim, sua cabeça está tumefata de lixo. Para mais, o entulho que tu trazes é daqueles mais medíocres, que todos os homens ordinários carregam. Não quero te ofender, nem te humilhar. Sei que és uma vítima da sociedade de primatas em que vives[17]!. HAHAHA! Não te pasmes! Quero apenas o teu melhor: que não sejas mais um homem trivial. “Se bem que, sua cara de pão será de muita serventia para nossos disfarces. Quem desconfiará de essa sua cara de tolo? Oh! HAHAHA!! ”.
           Querido infante, se tens sede paremos para saciá-la. Ouço um barulho quedo de água. Há um córrego ao lado. Devem haver árvores frutíferas também. Podemos fartar a nossa fome nesse seio tão acolhedor da Natureza. Tenha apenas a fineza de não se sujar. Fico incomodado com as pessoas que não tem jeito para comer. Oh!
           Satisfeito? Também estou.... Avante, a alvorada não tarda brota e desejo refúgio quando ela surgir. Não será difícil, eu adianto. Como observaste por todo percurso, há casas de campinos regularmente dispostas ao longo da estrada. Qualquer uma dela ser-nos-á de bom grado.
           “Acredito que aquela próxima seja a escolha perfeita. Os primeiros raios de sol já correm através dos céus, anunciando a alvorada. Possivelmente os agrícolas já saíram para seu ofício, deixando apenas as pobres donzelas em casa. Hum! A fumaça cinzenta confirma meu diagnóstico: o leite já fora fervido! Os trabalhadores já tomaram seu desjejum e se retiraram. ”
        Moço leitor, vês aquela próxima casa? Pois bem, ela será o nosso albergue para o sono. Não te preocupes: não usaremos nem teu punhal nem tuas moedas. Eu já tenho um plano. Para isso, apenas quero que continues sendo quem és: um leitor tolinho cuja melhor resposta sempre será o silêncio. HAHAHA!
        “A casa é bem simples: por fora parece ser composta por apenas uma sala com um fogão a lenha e mais um quarto. Se tiverem filhos, certamente estarão dormindo na sala. No entanto, não farei mal em acordá-los ”.
           TON! TON! TON!
           - Há alguém em casa?
        Ron![18]
“ Uma mulher, como previ”.
        - Bom dia, minha senhora, receio muito em incomodá-la, mas...
        - Bom dia, não incomoda. Já me levantei para ferver leite para meu homem...
        - Ah! Sim! Pois bem, nós somos sacerdotes em viagem para o Santuário de Da-Li. Estamos viajando a pé, desde Dente da Serpente, onde desembarcamos...
        - Humm...
        - E como podes ver em nossos olhos, estamos muito cansados e com bastante fome. Decidimos viajar pela noite para evitar o sol quente, que certamente nos deixaria ainda mais cansados.
        - Entendo, mas não vos é perigoso?
        - Moça sábia, dou-te razão, entretanto a fé que carregamos é-nos um escudo forte o bastante para os terrores noturnos.
        - Já ouvi muitas estórias sobre fé, reverendo. Compreendo bem quão poderosa ela é.
        - Então, precisas ouvir as que trago comigo. Até porque, são a única recompensa que posso lhe oferecer em troca de uma cama para descanso e um pouco de leite quente.
        - Oh! Sim! Entre, tenham a bondade...
“ Possivelmente ela não deve ter filhos, não há mais ninguém em casa além da jovem amásia”.
        - Os céus ouviram nossas orações. O teu bom nome será inserido em nossas rezas noturnas. Os deuses lhe pagarão pela sua bondade. Eles são mui justos e sempre pegam a mais pela caridade...
        - Noviços, não reparei em nosso lar. Ele é mui simples, mas confortável. Há leite aqui no caneco e água no pote de barro. Usem estas canecas de barro e sirvam do pão e das frutas que temos.
        - Que fineza, minha amada! Ficaremos à vontade. Quanto a ti, se tiveres algo a fazer, faça-o, não se preocupe conosco.
        - Oh, reverendo. Nada tenho o que fazer por hora. Na verdade, digo-te que desejo até conversar...
“ A mulher é carente. Quem não seria ficando a manhã toda sozinha, enquanto os campinos trabalham? ”.
        - Bem, senhora... sobre o que se trata? Não te acanhes na nossa presença. É grande sapiência trazermos à luz as escuridões que nos assombram. Os deuses festejam com as confissões. Elas mostram que a verdade que há dentro do teu interior, a sua consciência, brilhou com intensidade suficiente para discerniste o bem e o mal[19].
- Snif[20]! Snif! Reverendo, tens razão... há trevas e angústia em meu íntimo. Creio que fora uma praga de quando me casei. Fora tudo arranjado e na época não quis... Snif! Meu pai obrigou-me a casar. Ele desejava um neto varão... Snif! Disse a mim mesma que não queria, que nunca quis ser mãe; mas nunca disse a ele...Snif! Desde então, nunca consegui me engravidar.
“ Mais uma clássica estória de camponês. Será que digo que o pai dela queria, na verdade, era ter uma boca a menos para sustentar? HAHAHA!”.
- Não chores, puella. Acalma-te!
- Meu senhor, pelos deuses, sou culpada! Snif! Snif! Snif!
- Acalma-te... não és culpada... ninguém pode ser culpado por sua própria ignorância, do mesmo modo que também não podemos nos limitar a ela. O perdão precisa sempre ser maior... vou te buscar água, aquieta-te...
        Leitor, pega um copo de água para a donzela e permaneça firme, com boas intenções para com ela. Precisamos de um ambiente energético e espiritual para que um milagre ocorra.
        - Beba... sentes melhor?
        - Oh! Meu senhor, se sinto! Há já alívio em meio peito. O fardo que carreguei não mais me pesa tanto. Mas ainda estou fraca e trêmula por o ter carregado...
        - O que tu precisas, por hora, é de descanso... O primeiro passo fora dado: quebraste as amarras que a prendia em sua consciência. A partir de hoje, nunca mais pensarás nisso. Prometa-me?
        - Oh! Sim! Prometo...
        - Os céus se alegram! Mas o milagre ainda não fora feito. Ainda não estás grávida. Há de dar um varão a teu pai e a teu homem. Levar-te-ei a teu quarto e lá proferirei um rito sacramental[21].
Querido leitor, farta-te e depois dorme naquele tapete próximo ao fogão a lenha, enquanto oro pelo bem de nossa tão quista senhora. Tenho fé que ela se engravidará hoje! “Mas não de seu marido. HAHAHAHA! “.
[1]Advertência inicial ao leitor.
[2] Cães comem cães. Ditado latino que se refere à maldade humana, enfatizando que ninguém está seguro. Azallus o emprega com ironia em seu pensamento, sendo até um planejamento maléfico de persuadir o leitor para um ato sexual.
[3] Pensamento extremamente característico de Azallus, o que confirma sua atitude maníaca de superioridade e arrogância diante do leitor.
[4] O personagem é extremamente caracterizado por uma risada maligna que ecoa insanamente, mas logo cessa. Muitas vezes, Azallus ri de seus próprios pensamentos, haja vista que são exacerbados de ironia.
[5] Os mitos dizem que os primeiros homens são aqueles que a Natureza fez de bom grado; já os segundos são alguns poucos espíritos que dizem descender dos próprios deuses de Sômnia. Muito pouco ainda se sabe sobre eles. Mas, certamente a inteligência que carregam está mui longe do horizonte humano.
[6] Ditado latino que se traduz: ninguém é obrigado a fazer o impossível. Para Azallus, comportar-se de forma ideal perante à ética, negando os pecados carnais, é impossível para os homens.  
[7] Ironia! Os valores morais e religiosos do herói são o mais puro hedonismo!
[8] Como será esclarecido ao longo da leitura, o personagem é extremamente crítico aos mecanismos de controle social.
[9] Azallus utiliza de uma ironia machadiana ao se dizer um herói.
[10] Traduz-se em: meus pecados.
[11] Traduz-se em: a sorte está lançada, o que alude ao seu pensamento no parágrafo anterior.
[12] Pensamento que já dá uma pincelada sobre os planos malignos do herói. As roupas serão um útil disfarce para as futuras farsas que o herói e o leitor encenarão.
[13] Azallus refere-se ao leitor em pensamento.
[14] Ação de jogar sementes à terra, durante a auto manipulação sexual. O termo parábolas de semeadura é entendível como crônicas eróticas.
[15] Risada histérica de seu pensamento anterior.
[16] Azallus é um espírito da linhagem dos segundos homens, por isso ele diz possuir algumas habilidades mágicas como ler pensamentos e persuadir pessoas.
[17] Crítica severa à sociedade em que o leitor vive.
[18] A porta abre-se.
[19] Referência à teoria racionalista de Platão.
[20] Um leve choro brilha na respiração da donzela.
[21] Mentira fajuta!
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kinkascarvalho · 3 years
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FOMOS CRIADOS À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS. O QUE ISSO SIGNIFICA?
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#VocêPergunta: Lendo o início da narrativa de Gênesis sobre a criação, pude perceber que ali diz que o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus. Mas o que seria isso? Seríamos nós como uma espécie de Deus também? Temos algo de divindade dentro de nós ou significa outra coisa? Não consegui achar essa resposta em minha leitura, pode me ajudar?
Caro leitor, essa citação de Deus em Gênesis 1:26-27 é realmente fascinante. Apesar de o texto ser bastante resumido com relação ao significado de sermos  feitos à imagem e semelhança de Deus, creio que podemos entender um pouco sobre isso fazendo algumas reflexões.
O QUE É SERMOS CRIADOS À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS?
(1) A primeira coisa que salta aos olhos é que não temos registrado na Bíblia “imagem e semelhança de Deus“. O que está escrito é “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança (…)  Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”(Gênesis 1:26-27).
Observe que não existe esse “e”. Ou seja, temos claramente no texto palavras sinônimas “imagem, semelhança” e não duas coisas distintas “imagem e semelhança”.
As palavras imagem e semelhança usadas juntas no texto nos passam a ideia de similaridade. Segundo o dicionário online Priberam similaridade é “qualidade do que é similar. Semelhante”. O que temos aqui inicialmente é um grande contraste.
No início da criação Deus criou toda a natureza e os animais. Essa primeira parte da criação não é mencionada como tendo similaridade especial com Deus.
Deus a fez através de Sua palavra criativa. No entanto, já sobre a criação do ser humano, vemos que existe algo a mais, a similaridade com o próprio Deus. Ele diz ali que o homem foi criado “à nossa imagem, conforme a nossa semelhança“.
(2) Muita gente já tentou adivinhar o que seria isso. O grande fato é que o texto bíblico não nos revela isso em detalhes. Mas pela observação podemos levantar algumas hipóteses interessantes que se harmonizam com os relatos bíblicos. Mas antes é preciso refutar qualquer hipótese que nos aponte como sendo uma espécie de deuses.
Ser a imagem e semelhança de Deus não significa que somos pequenos deuses, e nem que temos qualquer poder soberano independente em nós. Também não significa aparência física, como se Deus tivesse um corpo físico como o nosso (homem? Mulher? Criança? Alto? Baixo? Gordo? Magro? etc.). Essas possibilidades são facilmente refutadas biblicamente.
(3) Ser a imagem, conforme a semelhança de Deus parece nos apontar para características de Deus que vemos reveladas na Bíblia e que também são encontradas nos seres humanos criados. Poderíamos citar aqui algumas possíveis, tais como:
EMOÇÕES: Deus é citado na Bíblia como alguém que interage com a criação emocionalmente. Ele sente alegria, tristeza pelo pecado, ira justa, etc. É claro que as emoções de Deus não são contaminadas com o pecado como as nossas, daí muitas das nossas emoções serem desfiguradas.
CAPACIDADE DE PENSAR: Dentre toda a criação de Deus, somente os seres humanos têm a capacidade incrível do pensamento racional e lógico, de refletir sobre si mesmos, de saber e entender as coisas de forma profunda, de entender a própria vida e a própria mente. É certamente uma característica de Deus dada a nós em uma escala menor.
CAPACIDADE CRIATIVA: como Deus, nós também temos em nós a capacidade criativa para criar coisas. É claro que criamos a partir daquilo que já foi criado, mas é uma capacidade que só encontramos no Criador e que, certamente, faz parte de sermos à imagem, conforme a semelhança de Deus.
CAPACIDADE DE AVALIAÇÃO: Nós temos em nós essa grande capacidade de julgar o que é certo ou errado. Apesar de termos alguns instintos em nós, não somos como os animais que agem apenas baseados neles. Nós temos a capacidade de avaliar, de julgar, de observar. Essa capacidade vemos em Deus, que age baseado na justiça e na retidão.
Essas quatro características citadas são possibilidades. Certamente sermos à imagem, conforme a semelhança de Deus não se resume apenas a elas, mas elas nos dão uma ideia do que pode ser essa similaridade que temos com Deus.
Não quero aqui tentar adivinhar cem por cento dessas similaridades. O que temos de ter em mente é que Deus nos fez especiais, que Deus nos valorizou diante de todo o resto da criação, que Ele nos amou de forma especial e tratou a nossa vida como algo precioso.
(4) Evidentemente devemos aqui fazer um parênteses importante: O pecado desfigurou a beleza de sermos à imagem e semelhança de Deus.
É por isso que hoje conseguimos como seres humanos, contrariamente à toda a possibilidade que Deus nos deu, agir de forma errada, irracional, maldosa, cruel, contrária a toda a beleza de sermos à imagem e semelhança de Deus que nos foi dada quando fomos formados.
Perdemos muitas das preciosas características que tínhamos. Essa imagem foi manchada.
(5) Por isso, Deus envia seu filho ao mundo, Jesus Cristo, para nos restaurar: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Colossenses 1:15). Jesus é Deus, por isso, é a imagem perfeita do próprio Deus.
E Sua missão também consiste em restaurar a nossa vida para que voltemos a nos aproximar de ser à imagem e semelhança de Deus, através da restauração que nos proporcionou na cruz: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29).
*No Amor de Cristo,
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ofisiconerd · 3 years
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Um fato surpreendente sobre o leite materno: Os seios possuem células receptoras que detectam vírus ou bactérias que fazem o bebê adoecer durante a amamentação. A saliva do bebê sinaliza ao corpo da mãe que o bebê está doente, então o corpo mudará a composição imunológica do leite, adaptando-o aos patógenos específicos do bebê, produzindo anticorpos personalizados. Se o bebê é exposto a uma infecção bacteriana ou viral, o corpo cria anticorpos para combatê-la; Esses anticorpos são transferidos para o bebê por meio da amamentação. Uma mãe que tem um bebê de 6 meses compartilhou esta imagem em que apreciamos a aparência de seu leite quando o bebê estava bem e outra quando ela estava com febre. O leite amarelo está cheio de anticorpos para ajudar seu bebê a se recuperar da doença. O corpo humano é uma máquina fascinante, e a maternidade costuma deixar isso especialmente claro. Foto: My Midwife - Westmead Caseload Midwifery. Fonte: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0212-16112016000200046 Fisico Nerd 🔭💡📡📚🧮   ✅ @ofisiconerd    Siga no Instagram: 👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽👇🏽 https://www.instagram.com/ofisiconerd Participe do grupo Ciências no facebook: https://www.facebook.com/groups/ciexata/?ref=share   #instagood #instagram #astronomia #physics #Nasa #Nerd #cute #beautiful #humor #Astronomy #Astrophysics #Cosmology  #Sun #Star #Space #Astrophotography #Science #Universe https://www.instagram.com/p/CStevEXL0Ki/?utm_medium=tumblr
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vision: database - mansion-x edition 1
AKA VIS AND WANDA'S  LOVE. / "IN MY DEFENSE, I HAVEN'T ACTUALLY EVER... EATEN ANYTHING BEFORE, SO..." / "WELL... HUMANS ARE ODD."
ㅤㅤㅤㅤ Por um segundo chegou a se distrair com a pequena criatura lepidoptera que pousou em seus dedos, logo a inteligência que agora fazia parte de sua mente lhe informou que deveria chamá-la apenas como borboleta. Sorriu quase que em encantamento ao ver a pequena criatura se afastar, ainda pensava ser impressionante como aquelas asas tão delicadas resistiam à força do vento, mas não era hora para um breve estudo sobre aerodinâmica. Vez ou outra costumava observar humanos e animais em seus natural e assim, buscava entender o seu papel naquele mundo tão novo e estranho a ele. Há pouco ainda se lembrava de ser algoritmos em correnteza buscando informações e soluções para Tony Stark e no momento seguinte, tinha um corpo e uma mente independente. Poderia ser confuso se ao menos entendesse o que é a confusão. O que o trazia para este novo mundo era o desejo de paz mundial tão falado em tantos canais de comunicação espalhados por aí. Um pacificador que, de fato, usaria do bom e velho diálogo para trazer algumas situações sob controle novamente. "É isso, Vis. Sua missão é cuidar dessa gente maluca." Não entendeu muito bem o que Stark quis dizer e, mais tarde, com o auxílio de F.R.I.D.A.Y. assistiu à algumas imagens que lhe eram chocantes até demais, afinal, tinha apenas poucos dias de vida e seus algoritmos o levavam em lugares cada vez mais distantes em busca de entender e solucionar os mais diversos problemas emocionais que levavam a humanidade vagarosamente ao caos. ㅤㅤㅤㅤ Dentre suas pesquisas, uma manchete chamou sua atenção. Ela mencionava visivelmente o termo "ameaça mutante" estampado no jornal e não demorou mais que 5 segundos para que recolhesse o material de todos os envolvidos de alguma forma. ──── Veja, Friday... Que curioso! ──── Um sorriso de admiração se fez nos lábios da criatura masculina, ainda não tinha autonomia ou segurança para se intitular um homem ou apenas um andróide e, humanóide, ainda o fazia se sentir uma peça descartável e graças à sua mais nova consciência, não aceitava termos como este. Aquela nova espécie lhe era fascinante, como poderiam ser nascidos daquela forma. Eram fabricados? Alguma genética induzida ou acidental... Os olhos antes vazios e contidos tiveram um brilho como nunca antes e decidiu que ali deveria ser sua próxima missão. A pesquisa que conseguiu reunir indicava Charles Xavier o pacifista na questão e provavelmente o primeiro a ser consultado antes de tentar um diálogo amigável com o conhecido como Magneto. Rumou num voo rápido e constante rumo onde parecia ser o endereço atual do professor e, antes de pousar completamente em frente aos portões daquela mansão, adulterou sua forma para a de um homem comum, não sabendo ao certo o que encontraria por ali. Os olhos correram uma análise rápida a ao longe podia ouvir risos e conversas de humanos, ou agora como deveria chamar, mutantes. Tocou a campainha e esperou que fosse recebido, por sorte sua programação já continha algumas regras básicas de etiqueta e bom convívio entre os seres humanos. ㅤㅤㅤㅤ A campainha soou mais alta do que esperava e aguardou pacientemente até que alguém se aproximasse para identificá-lo e, ainda não tinha muita prática em se apresentar, mas não era algo que o fazia se intimidar. O olhar curioso da jovem latina fez com que ele abrisse um sorriso amigável e acenasse coma direita, mesmo ela do outro lado dos portões. ──── Eu me chamo Visão. Vim em busca de encontrar o professor Charles Xavier. ──── Mesmo com toda sua cordialidade, a jovem ainda parecia de alguma forma desconfiada, então se sentira na obrigação de revelar seu verdadeiro tom de pele ao menos nas pontas dos dedos, o que de prontidão fez a jovem que já sabia se chamar Angelica Jones, conhecida como Angel e de codinome Firestar abrir um sorriso e em seguida os portões, explicava pacientemente que aquele era um lugar seguro onde todos que tinham vontade de se aprimorar e fazer o bem eram bem-vindos e ele gostou mais daquilo do que poderia imaginar, se é que entendia o que de fato era realmente gostar de algo. Em suas buscas, descobrira que a jovem havia sido resgatada pelo professor após atear fogo em sua antiga escola e, segundo registros, episódios como aquele não haviam se repetido, o homem de fato fazia um bom trabalho. Foi deixado pela moça em meio ao gramado do quintal da mansão e ali se bastou em observar as mais diversas interações humanas que podia imaginar enquanto aguardava ser formalmente anunciado ao dono da casa. ㅤㅤㅤㅤ A audição aprimorada foi utilizada enquanto ouvia alguns brincando, outros rindo, músicas nos fones e até alguma conversa sobre novos integrantes. Quando recebeu o aval do que parecia ser o guardião ou um mordomo extremamente grande e metálico, adentrou os corredores da mansão, observando cada detalhe até chegar ao homem que seria responsável por tudo aquilo, aguardaria pacientemente na sala de espera que havia sido oferecida e logo se dirigiu para janela de modo a não perder qualquer segundo de interação naquele jardim. Quando ofertado algo para beber, ele sorriu cordialmente e estendeu a direita num gesto de recusa educado. ──── Obrigado. Eu não tenho o costume de comer comida. ──── Disse naturalmente com um sorriso estampado nos lábios e voltou-se novamente para a janela, onde observou tudo com as mãos nas costas. Tinha se tornado nada mais que um verdadeiro apreciador da arte da vida humana. Aquilo lhe dava alguma esperança em sua missão, mesmo que por muitos a essência humana fosse questionada como naturalmente ruim, momentos como aquele de paz e harmonia o fazia ter algo que chamaria de fé na raça humana. Sempre que queria um sentido para o porquê continuar com sua busca pela paz mundial, se lembrava dessa fé que havia aprendido ter em algum lugar dentro de seu ser.
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pluravictor · 4 years
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Olhar de dentro e o voo do condor
Breve ensaio a partir de HAFSTEIN, Valdimar Tr. Making Intangible Heritage: El Condor Pasa and Other Stories from UNESCO. Bloomington: Indiana University Press, 2018
OLHAR DE DENTRO
Durante séculos a curiosidade centrava-se no estranho mundo exterior com as suas práticas sociais e culturais. Foram leitmotiv para explorar o planeta inteiro procurando o exótico. Na maturidade que a antropologia foi ganhando, a mudança de foco começou a identificar o estranho também no familiar de si próprio. Mesmo que tenha inicialmente nivelado a observação numa base equiparável ao exotismo africano, melanésio e australiano, no estudo sobre camponeses e comunidades rurais, as imensas transformações após a Segunda Guerra Mundial construíram nova escala de leituras etnográficas do comportamento humano. Das aldeias às cidades, as investigações somaram-se em novos de diversos campos de estudo ao longo das revoluções culturais e sociais dos anos sessenta e setenta, no mundo ocidental. Estudar as próprias organizações e instituições revelou-se igualmente dinâmico, ao encontrar e abordar idiossincrasias, formulações, tribulações e actividades.
O trabalho etnográfico de Valdimar Tr. Hafstein revela-se duplamente interessante pelo olhar curioso e crítico sobre uma organização internacional que cuida dos assuntos culturais da humanidade, e revelando inusitados e fascinantes detalhes dela mesma. Como o autor refere, a sua condição de folclorista e diplomata acidental (p.viii), colocou-o na dúvida inicial se a UNESCO seria um genuíno “fieldwork if the field site has marble floors and glass elevators? If I wear a suit?” (p.14), ou seja, uma instituição poderia ser objecto de estudo e fornecer material relevante? A resposta é clara, “this is as real a field as any other; a field, moreover, that is crucial to enter, analyse, understand, and criticise” (p.14). Não sendo pioneiro, Hafstein debruça-se nessa necessidade de estudar e entender o processo onde poder e responsabilidade são exercidos, ao citar a antropóloga norte-americana Laura Nader (p.15), na inquirição essencial pelos meandros dessa casa.
O livro Making Intangible Heritage: El Condor Pasa and Other Stories from UNESCO, dentro da análise proposta, exposta, debatida e pensada na UC Leituras Etnográficas, demonstra pelo menos dois elementos fundamentais no exercício de um trabalho investigativo. Primeiro, que não existem lugares isentos de olhar interrogativo para construir uma perspectiva etnográfica, que Hafstein também refere sobre recentes trabalhos anteriores ao seu livro (p.15). Segundo, questionando e descobrindo as intangibilidades invisíveis que as complexidades da história e da política (p.7) conceptualizaram, e diplomaticamente conduziram à protecção da herança e identidade culturais. 
Hafstein, de “participant observer” a “observant participant”, é cronista e historiador do seu próprio métier “challenging official stories and conventional wisdom” (p.2) para compreender a realidade quotidiana de um organismo de dimensão global, e os próprios mitos que curiosamente possui (“UN storytelling about storytelling”, p.5), durante a sua presença na preparação e a própria Convention for the Safeguarding of the Intangible Cultural Heritage, organizada pela UNESCO. Sendo um especialista que partilha com outras centenas de colegas especialistas e diplomatas este espaço multicultural, quase uma forma de falar a língua do nativo, participou em reuniões, cruzou corredores e pessoas, acedeu a informação preciosa para compreender as circunstâncias quotidianas. Hafstein, em peculiar posição de insider-outsider, produz uma abordagem crítica complementada em pesquisa dos arquivos e case studies para “underneath the official story” revelar a importância e “context for understanding what is happening” (p.3). Observação, factos e interpretação — etnografia em acção.
OS NATIVOS “Few communications are as deliberate, thought out and pregnant with meaning as diplomatic exchanges”, p.5
A diplomacia é um corpus de astúcia de relações interpessoais, no qual finura, sedução e habilidade interagem para promover, negociar e influenciar, a política como a arte do possível *1, como cunhou Otto von Bismarck. Sendo a UNESCO uma instituição habitada por diplomatas, é evidente que comunicação e narrativa se apresentam de múltiplas formas, “a diplomat thinks twice before saying nothing” (p.5). Hafstein realça como os nativos, “my folk” como diz, navegam: “They have their own forms of folk speech”, assim como possuem “their folk rituals and customs”, “their foodways” e “their traditional gestures and postures”. Detalhes de comportamento que Erving Goffman (The Presentation of Self in Everyday Life) e Edward T. Hall (The Hidden Dimension e The Silent Language) já tinham estudado em 1950-60s. Contudo, sendo um centro de poder e encontro de poder, diplomatas, especialistas e staff da ONU, pessoas de todo o mundo cujas diversas origens pressupõem variadíssimos costumes sociais e culturais, há outro padrão de comunicação que o autor refere: a indumentária. “Their traditional folk costume is the dark suit and tie and the skirt-suit; it is a uniform connoting power at work, authority, and respect (…) to an unmarked European norm of bourgeois masculinity” (p.5). Vestir o hábito do monge para discretamente se integrar na multidão dos seus pares, "deemphasizing differences of gender, class, race, and ethnicity”. Na verdade, o mundo cada vez mais ocidentalizado e global do pós-1945, expandiu definitivamente o uniforme do fato e gravata (e o business man), e hoje talvez escasseiem trajes tradicionais da Arábia Saudita, ou fatos Zhongshan da República Popular da China, nos corredores das sedes das Nações Unidas em Paris, Genebra e Nova Iorque. O interessante aqui na UNESCO e WIPO*2, as casas da representação e defesa do património das culturas e povos do nosso planeta — definições renomeadas Tangible Cultural Heritage, Intangible Cultural Heritage e Traditional Cultural Expressions — é que somente em eventos festivos ocorre a desformalização destes uniformes, em função da própria identidade cultural do indivíduo, nas quais vestir as cores de origem tomam simbólica e honrosa presença. Em resumo, como qualquer outro grupo social, reconhece-se magnitude na visualidade do vestuário e cultura material, conjugando-se com comportamentos de etiqueta e propriedade do corpo (p.6). 
Toda esta experiência observada e participada permitiu a Hafstein compreender parte do funcionamento de um gigante como a UNESCO. Estar dentro do olho do furacão diplomático ensinou-lhe o modo como “conflicts and debates, the underhanded maneuvers and open-minded discussions, the divergence of views and the convergence of positions” (p.16) se processam e se demonstram nas peculiaridades quotidianas, na linguagem de palavra e corpo, num trabalho crítico de common sense e good sense, que a protecção dos bens e criatividade culturais da humanidade exigem.
*1 “Behind the scenes, there are always other negotiations, ulterior motives, strategic alliances, and historical logics.” p.26 *2 WIPO: World Intellectual Property Organization
O VOO DO CONDOR “The stories I tell show how individual personalities and states can shape texts that become the foundation of global narratives”, p.4
“As a folklorist, I’m a sucker for good stories”, diz Valdimar Hafstein no início do filme documentário*3 realizado a partir do segundo capítulo (Making Threats: The Condor’s Flight) do seu livro. “The story opens with a letter. Before the letter, a song.” (p.21), há sempre um antes que permite entender melhor uma história. O fascinante nesta é um aparente mito de origem, que se desmultiplica em detalhes e razões, tal como um conto. Não admira que tenha sido Hafstein a pegar nisto. Uma histórica carta de 1973, do qual todos ouviram falar e usavam em modo folk narrative embora ninguém a lera de facto, ground zero para um empreendimento de décadas que em 2003 produziria a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial*4. 
Após a protecção do património edificado (em virtude do salvamento dos monumentos egípcios de Abu Simbel, 1964-68), a determinada altura na década seguinte considerou-se igualmente necessária a salvaguarda de outras produções criativas da humanidade, ou seja, o actualmente designado “património cultural imaterial”, identificadas no documento ratificado como “tradições e expressões orais”, “artes do espectáculo”, “práticas sociais, rituais e actos festivos”, “conhecimentos e usos” e “técnicas artesanais tradicionais” (UNESCO 2003:4). Trabalho de louvar, cujos resultados concretos se elucidam, por exemplo, no reconhecimento das Expressões Gráficas e Orais do povo Wajapido (Brasil, 2008), do Fado (Portugal, 2013) e mais recentemente da Morna (Cabo Verde, 2019), entre muitos outros.
Hafstein demonstra-nos a curiosa verdade histórica deste mito de origem, e as várias problemáticas incluídas antes, durante e depois, sobre a classificação de “cultural practices and expressions, and about what happens to them when they come under the sign of intangible heritage.” (p.21).
Regressando à carta. Em Abril de 1973, o governo da Bolívia sugere à UNESCO a necessidade de protecção internacional de expressões da herança cultural da humanidade como as canções e práticas tradicionais de cada Estado, acusando a crescente e ilegítima comercialização e exportação do folclore (música, dança, artesanato, etc.) que colocava em causa a sua  autenticidade, até eventual destruição dos povos de onde provinham estas expressões locais nacionais. Os argumentos de apropriação indevida por outras pessoas e países em nada ligados às práticas tradicionais, usurpando sem reconhecer ou respeitar autoria e origem, alimentando a desvalorização da produção original ameaçando os meios de subsistência das respectivas populações, são base para o reconhecimento dos direitos de autor e royalties que hoje existem como lei. O ponto em causa, “this is where the plot thickens” (p.29), é que a defesa urgente inscrita na carta boliviana surge como resposta camuflada após o sucesso da famosa canção de Simon & Garfunkel, gravada em 1970, com o nome “El Condor Pasa”, e identificado como uma música tradicional do século XVIII, originária… do Peru. 
Sem querer reproduzir o escrito e o visualizado, da extraordinária viagem de uma canção (desde os Andes, a Nova Iorque, Paris e de volta à Big Apple e, La Paz e Lima), popular em todos os significados que possamos atribuir, até às questões de apropriação cultural e defesa de um património imaterial, não há como escapar a dois aspectos cruciais: valor artístico e objectivo político. A disseminação da canção “El Condor Pasa/Soy la paloma que el nido perdió” prova as qualidades desta melodia, e como a migração cultural é um fenómeno humano ímpar. Mas a acusação da transculturação de que o governo Boliviano tão explicitamente invoca na sua carta (sem mencionar a canção) servia como mote de uma ideologia nacionalista em que qualquer produção local, em território nacional, com o intuito de o proteger, seria propriedade do Estado. 
O conceito de preservação, como questiona Valdimar Hafstein, será então um processo de desapropriação? O caso da América Latina de 1970s (sem esquecer Portugal e Espanha) era o modus operandi de políticas culturais de regimes ditatoriais, onde folclore surgia como objecto e veículo de orgulho e legitimação política. O autoritarismo e a relação com a cultura, eram manifestações de jogos de poder internos e externos, cujas simbologias nacionais eram mascarados sustentos dos regimes. A alegada apropriação externa em defesa dos povos nacionais tornou-se numa apropriação interna opressiva sobre esses mesmos povos, meros paisanos desconsiderados da sua identidade indígena para inclusão forçada numa noção de identidade nacional. Cultura do poder versus cultura dos sem poder.
Retomando, o património tradicional, ou outro, pode ser propriedade do Estado? A disputa sobre esta canção e outras práticas tradicionais que Bolívia e Peru partilham (La Diablada, p.42), estende-se até aos seus actuais regimes democráticos. Vejamos bem, os autores destas criatividades, os povos originais americanos, habitam nesta região desde bem antes do desenho das fronteiras no século XIX. Como pode assim cultura significar exclusividade de uma nação moderna? “Once their practices are translated into the language of intangible heritage, local actors no longer have as much of a say in the work of representation.” (p.49). Se a preservação pode corresponder à desapropriação, isso significa retirar às pessoas aquilo que pertence às suas práticas culturais?
A herança como imaginação social (p.7) está sempre próxima de apropriação num objectivo mais largo, nacional ou nacionalista, onde protecção e política podem ser exercidos com propósitos diferenciados. Compreendo as questões levantadas, mas creio que o texto da Convenção procura em verdade salvaguardar as expressões culturais de cada povo. O reconhecimento de uma identidade cultural pode estar muitas vezes sujeita a desvios ou aproveitamentos que retirem a sua autenticidade, como é o caso do turismo. A salvaguarda, na definição ideal, é o respeito pela integridade e defesa da continuidade da sua prática.
Estas são observações que podem eventualmente ultrapassar a actividade etnográfica e antropológica. Contudo, a defesa da cultura, com os instrumentos da nossa disciplina, para além da compreensão dos seus valores como uma ordem de vida no qual os humanos constroem significado por meio de práticas de representação simbólica (Tomlinson 1999:18), tem na minha perspectiva um forte pendor e positivo contributo político. Se assim não fosse, não existiriam Ministérios da Cultura, ou se produziriam documentos como a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial.
*3 http://flightofthecondorfilm.com/ *4 https://ich.unesco.org/doc/src/00009-PT-Portugal-PDF.pdf
— Ensaio Final para LEITURAS ETNOGRÁFICAS 2º ano, 1º semestre  •  2020/2021 5 Janeiro 2021 — Avaliação: 18 Nota Final de Semestre: 17
Licenciatura de Antropologia  |  Iscte-IUL, Lisboa
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astrologiasingular · 4 years
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A complexidade esplendorosa do signo de Escorpião
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Foto: Astrologia Singular. Registro feito durante apresentação de “A dança dos signos”, em 2014.
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Que as sete estrelas de Libra harmonizem Escorpião.
É o reino da força
Vermelho é a cor do teu coração
Ferro em brasa na casa da morte
É o escorpião
A força criadora que habita o mundo
O animal da autorregeneração
O homem que renova, signo fecundo
O fim planta o início
É a transmutação.
(Aos filhos de Escorpião, de Oswaldo Montenegro para o musical A dança dos signos, criado em 1982)
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Vigente de 23 de outubro a 21 de novembro, Escorpião - signo fixo e segundo representante do elemento Água - é um dos mais fascinantes e mal interpretados integrantes do zodíaco. Para entender tal complexidade, é necessário escavar suas origens, começando por Plutão, seu planeta regente. Na mitologia romana, Plutão é o deus dos mortos e do submundo e, no sistema solar, o mesmo nome é atribuído ao menor e mais frio dos planetas. No Tarot de Marselha, Escorpião surge codificado nas carta d’A Morte, arcano maior de número XIII (morte = a baixa temperatura de Plutão) e d’O Julgamento, arcano maior de número XX (sentenciar para encerrar um ciclo de outro iniciar). Na mitologia grega, o signo surge na figura de Hades, deus dos mortos e do submundo responsável por raptar e enganar Perséfone (arquétipo do signo de Virgem) para com ela se casar. Ainda na Grécia antiga, Órion - filho de Poseidon - e maior caçador da época, era um bon vivant devasso que tentou estuprar Ártemis - Deusa da caça  e dos animais selvagens, protetora da castidade e filha de Zeus -, mas acabou sendo morto por um escorpião conjurado pela jovem. Não por acaso, artemísia (ou absinto, losna, erva dos bichos, erva das bruxas) é uma planta usada em banhos e chás de proteção contra maus espíritos, controle de cólicas, regulação de ciclos menstruais, combate à ansiedade, tratamentos urogenitais e, ainda, abortos. Em estudos datados pelos egípcios em 1.600 a.C, a artemísia é mencionada como planta que - se consumida em excesso - causa intoxicação e interrompe gestações.
Enquanto na Babilônia Escorpião é representado pela divindade de Nergal - senhor da guerra e da peste -, o deus Osíris, no Egito antigo, governava o submundo (lembremos do arcano d’A Morte) e devolvia a vida a quem julgasse (lembremos também do arcano d’O Julgamento) necessário a partir das águas (Escorpião = segundo signo de Água) do Rio Nilo. Na mitologia umbandista, Nanã Buruque, orixá anciã celebrada em 26 de julho, é a senhora da água e da terra, ou seja, deusa regente da vida (água), da morte (terra) e do simbolismo escorpiano. As vestes de Nanã são roxas, cor da introspecção/tristeza + transmutação, assim como a lavanda, planta colhida entre junho/julho no Hemisfério Norte e que requer muita parcimônia em seu manuseio, uma vez que seu uso desmedido pode baixar acalmar os ânimos de forma nociva, causando sedação e depressão (veneno e cura caminhando lado a lado, assim como na artemísia). Na mitologia cristã, Escorpião surge sincretizado em Santa Ana, também responsável pela fertilidade, e - ainda - na figura de Judas Iscariotes, apóstolo que testou a Jesus por defender a libertação dos judeus/matéria acima do espírito (se tornando, aliás, o personagem a originar o cristianismo).  Na mitologia celta, Cerridwen é a Deusa escorpiana que surge como anciã para, em seguida, transmutar-se jovem e reger tanto a fertilidade quanto a realização de todos os desejos considerados justos (novamente, o arcano d’O Julgamento se faz presente). Na Astrologia e, mais precisamente, no mapa astral, Plutão diz respeito aos desejos do nosso subconsciente e - mais ainda - nosso renascimento espiritual/pessoal. Com a ancestralidade escorpiana contextualizada, falemos sobre as mitologias se manifestam sobre o signo.
Escorpião escuta, desde muito, muito pequeno, versões distorcidas e cruéis sua essência. Por sermos demasiadamente humanos, incorporamos ao nosso comportamento - na maioria das vezes - versões falaciosas/tendenciosas sobre o nosso ser, aceitando o olhar dos outros como absoluto e não nos investigando por dentro. É como se terceiros tivessem permissão de escreverem nossa história por ouvirmos deles que somos incapazes e indignos de manuscrever tal narrativa. Pois bem. É assim que o Escorpião - desde jovem - tende acreditar no pior que é contado sobre si sem que o essencial lhe seja explicado: o segundo signo de Água é feito de extremos e o segredo da vida consiste no equilíbrio de tal eixo. Agora pensemos na figura do animal invertebrado que chamamos de escorpião. Ele vive escondido em buracos na terra, sai à noite para caçar, tem uma agulha na cauda que injeta veneno em seus inimigos/presas  e também tem quelíceras (que chamamos de bracinhos) com pinças nas pontas. Só ataca para se preservar quando pressente o perigo. No mais, é símbolo de proteção e carrega seus filhotes colados ao corpo de carapaça dura para onde for. Com esse retrato fresco pintado em nossa mente, alinhemos isso ao fato dos nativos do signo de Escorpião serem espelho de seu animal de poder.
Analíticos, afetuosos, graduais, instintivos e espiritualizados. Eu transformo, logo, existo, é a frase que define os escorpianos. Brilhantes e perfeccionistas, se dedicam imensamente a tudo que criam. Examinam situações e pessoas antes de se lançarem sobre elas (eis o arcano d’O Julgamento novamente) tendo sua intuição como guia absoluta (signos de Água são imensamente intuitivos, afinal). Nem sempre sentem necessidade de definir qual é sua fé/religião, acreditando - na maioria das vezes - que seu sexto sentido é seu melhor conselheiro. É um signo que não mente por não carregar a manipulação em si (ao contrário de Câncer, em seu lado sombra) e valorizar a sinceridade. Embora muito observadores - como que sempre em busca seus buracos seguros na terra -, escorpianos assumem suas virtudes e venenos sem máscaras. São doadores intensos, colocando dentro da redoma de suas quelíceras (lembremos que os bracinhos têm formato circular) pessoas, valores e causas defendidas até as últimas consequências. Se em Áries, signo da guerra, o ingresso em conflitos é sobre matar ou morrer, no caso de Escorpião, a entrada em campo é estritamente para matar, uma vez que a morte, sua velha conhecida, não é temida (lembremos do arcano d’A Morte). Na natureza, ao ser agarrado por aranhas com o dobro do seu tamanho, escorpiões se permitem abraçar pelos tarsos do aracnídeo para, já envolvido, içar sua cauda e fincar seu veneno em um movimento ligeiro e letal. Assim, imbuído dos segredos ancestrais do submundo, o escorpiano não teme morrer por saber que finitude dos ciclos é acompanhada de transmutação (novamente: lembremos do arcano d’A Morte). É do veneno (morte) que surge o antídoto (vida), ora. Eis a luz de Escorpião irradiada em sua máxima potência, no entanto, tamanha magnitude chama atenção de sombras e elas não tardam a se manifestar.
Possessivo, obsessivo, vingativo, rancoroso e impiedoso. Colecionador de desafetos e com memória de elefante, Escorpião enumera cada falha ou ingratidão alheia no museu mental assombrado por tudo aquilo que lhe é impossível de perdoar. Diante de oportunidades percebidas por sua astúcia analítica, o signo coloca sua revanche em andamento sem arrependimentos, sabendo que a carapaça rígida protege suas idas e vindas ao inferno (mental, nesse caso). Apegado, o escorpiano - esquecendo de sua luz e reverberando sua sombra - até reconhece o fim das coisas, mas não aceita tal passagem e remói martírios pessoas que drenam sua energia vital e o desequilibram inteiramente. Desconectado de seu antídoto e permeado somente pelo veneno, Escorpião esquece a graça da vida que, por exemplo, o absinto/artemísia pode render na busca por expandir a consciência e sucumbe diante de vícios que validem sua dor (vale ressaltar que, há alguns séculos, o absinto era usado por clarividentes melhor manifestarem suas intuições). Entre os hexagramas do I-Ching, o de número 23, chamado de Desintegração, retrata muito bem a entropia escorpiana para ceifar o que já não pode se manter (eis a carta d’A Morte aqui de novo e, ainda, o aborto energético da artemísia). Paixões fulminantes, amizades tóxicas, ambições destrutivas. Muitas formas de se infringir se dor quando em desarmonia interna. Como encontrar equilíbrio em meio a essa gangorra emocional? Compreendendo as polaridades escorpianas - a vida e a morte -, no entanto, escolhendo sempre que possível a transmutação como o fiel da balança. Transformar-se surge como o meio-termo para que extremos sejam respeitados, porém não absorvidos. A imensa capacidade analítica escorpiana é permeada por autocrítica e autorregeneração para não se deixar levar pelos convidativos excessos das sombras. Domar os devaneios do ego (ciúme, obsessão, vingança e rancoroso) para o fluir da intuição protetora e luminosa. Eu transformo, logo, existo. Em uma frase adicional mencionada pela astróloga Cláudia Lisboa para pautar Escorpião, transformar sofrimento em nova vida. A matéria (vida) �� impermanente e perecível e, assim, aceitar sua desmaterialização (morte) é abraçar a mediação da transmutação. Ah, e um adendo importante: se desde já aprendermos sobre o esplendor de Escorpião, passaremos adiante a mensagem correta sobre o signo e os nativos dele não serão oprimidos pelas piores versões que pensam de si a partir do que terceiros falam. A conversa sobre esse signo não acaba aqui por ainda perpassar a mítica da sexta-feira 13/11 que se aproxima e, ainda, o sabbat de Samhain (Halloween) e o fenômeno da lua azul que acontece de primeiro a 31/10. Isso, no entanto, é assunto pra mais tarde. E que as sete estrelas de Libra harmonizem Escorpião. Assim é. Amém, axé.
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power4us · 5 years
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Laura
   Laura não era uma mulher alta e não era uma mulher gorda, possuía um corpo escultural, arredondado e sedutor. Sua pele era levemente bronzeada e seus cabelos ruivos, de fios lisos e cortados na altura de seu queixo com uma franja que recaia sobre seus olhos esverdeados. Sardas se espalhavam pela sua face de feições delicadas, um nariz arrebitado, fino e de narinas pequenas, lábios estreitos e um queixo pouco saliente que parecia se encaixar perfeitamente em seu rosto. Era como se ela tivesse sido esculpida por um artesão habilidoso em todos seus mínimos detalhes, suas pintas espalhadas pelo corpo e pelos quase transparentes que brilhavam no sol, pareciam ter sido escolhidos a dedo, para que Laura fosse uma mulher desejada, sonhada e padronizada, de que forma que habitasse a imaginação de todos, em idealizações familiares ou em sonhos eróticos.
   Laura morava só. Não tinha família. Seus pais? Não se lembrava deles, haviam morrido muitos, muitos anos atrás. Nunca se interessara por ter filhos. Achava crianças repugnantes, seu choro ensurdecedor, a constante necessidade por atenção e as escatologias que faziam sem o menor constrangimento, era tudo detestável. Laura nunca esteve em relacionamento que perpetuou por muito tempo, já se deitou junto de homens e mulheres, e homens e mulheres a cobiçavam. Mas ela nunca parecia satisfeita, por mais que achasse o sexo prazeroso, nunca respondia ligações, mensagens, ninguém era capaz de satisfaze-la. Não achava ninguém interessante, apenas ela mesma, seus maiores prazeres vinham de seus próprios dedos. Na verdade, Laura não gostava de pessoas e relações sociais. Possuía um raciocínio muito simples e pragmático que a levava a fechar a porta a qualquer um que se interessasse por ela e buscasse algo mais do que uma noite passional: ela iria morrer, então não fazia sentido relacionar-se socialmente com alguém por muito tempo. Sua prioridade nunca fora relacionar-se com alguém durante um torturante e agoniante período de tempo no qual ela se sentiria presa, sua prioridade sempre fora trabalhar.
   Se enfiar no escritório era maior do que qualquer necessidade biológica de seu corpo. Laura trabalhava no mercado de ações. Ela gostava de números, sempre os achou fascinantes e sempre os estudou com maior interesse do que estudara qualquer pessoa que ousara se aproximar dela. As previsões que faziam e os segredos que as contas revelavam, para ela era algo surreal. Gostava de seu trabalho, tudo que alcançara em sua vida fora fazendo contas no mercado de ações, ela tinha facilidade em faze-las. Muitas pessoas achavam a velocidade com que calculava algo inumano, mas sempre fora assim, para ela era algo banal e não conseguia compreender como tantas viam um raciocínio tão lógico e básico como algo tão complicado, chegava até a deixa-la irritada. Ela era fundadora de um grande e bilionário fundo de investimentos. Tornou-se uma mulher independente e dona de uma fortuna invejável. Fizera tudo sozinha, não precisou nunca de ajuda. Tornou-se um ícone, uma pessoa a quem todos se espelhavam.
   Laura possuía sempre a mesma rotina, qualquer coisa que forcasse uma alteração em seu cronograma perfeitamente calculado e planejado a irritava. Ela acordava precisamente as sete horas da manhã, nem um minuto mais tarde nem um minuto mais cedo. Levanta-se da cama e a arrumava sempre do mesmo modo, a dobra do lençol e a barra da colcha sempre na mesma posição, e seus dois travesseiros de mesmo tamanho apoiados na cabeceira de modo que não escorregavam e mantinham-se presos estáticos até o momento que Laura fosse se recolher, as onze horas da noite em ponto. Depois de arrumar a cama ela se arrumava para o trabalho. Ajeitava seu cabelo e vestia um terninho e saia brancos, sempre perfeitamente passados e nunca amassados, colocava um colar de ouro branco em seu pescoço longo e brincos em formato de argolas em suas orelhas arredondadas. Calçava sapatos de salto alto finos e na cozinha preparava uma única xícara de café sem açúcar e sem leite, puro, se feito de outra maneira, usando outra máquina, ela se sentia enojada. As sete horas e quarenta e cinco minutos da manhã seu motorista a buscava na porta do prédio em que morava, uma vez que Laura ficava plantada no saguão do edifício desde as sete horas e trinta e cinco minutos esperando-o. As oito horas da manhã chegava no escritório, era sempre a primeira, e as dez horas da noite seu motorista a levava para casa.
   Era uma segunda feira as dez horas e cinco minutos da noite. O motorista de Laura já a levava para casa fazia cinco minutos. Ela ia no banco de trás do carro de pernas cruzadas e sem trocar uma sequer palavra com o homem que se sentava no banco do motorista. Era uma noite chuvosa e ela observava as gotas d’água escorrendo pelos vidros das janelas do carro enquanto as partículas úmidas se iluminavam pelos neons coloridos que brilhavam e piscavam nas ruas. O carro foi desacelerando aos poucos, estava chegando em casa, ela se perdera no tempo observando a dança das luzes, era algo belo, gostava. De sua cobertura conseguia ver toda a cidade, as vezes ficava com seu rosto apoiado em uma grande janela, que se estendia do chão ao teto, apenas observando a cidade que brilhava durante a noite.
   O carro parou e ela desceu, se molhando com a chuva que escorria violentamente das mãos de Deus. Não correu com presa para o saguão, ela gostava da chuva, gostava de se molhar. Com calma começou a ouvir seus saltos batendo no piso de mármore da recepção e ecoando por toda a entrada do edifício. Parada no elevador, ajeitou seus cabelos e jogou no chão algumas pequenas gotas que se recusaram a ser absorvidas pelo algodão de sua roupa. Entrou em casa e tirou seus sapatos e se deparou com um grande anúncio recém instalado no prédio que ficava ao de Laura. Mostrava uma imagem de uma bela mulher de cabelos louros cacheados, não muito alta e nem muito baixa de corpo escultural. Pele bronzeada e face de feições delicadas com um nariz arrebitado, fino e de narinas pequenas exibindo lábios estreitos. Abaixo da foto da mulher que se mostrava de braços cruzados, havia uma única frase:
 “O mais novo e avançado tipo de androide”
    A mulher do anúncio era de extrema semelhança a Laura. O nariz, o lábio, a forma de seu rosto. Ela não parecia ser mais tão única como achava que era antes. Um coração não bate em meu peito. Fios ao invés de veias. Ferro ao invés de pele. Como pude ser tão tola ela pensava? Não fazia sentido ela ser um robô, eles não sentem nada, e Laura? Eu sinto alguma coisa não? NÃO. Não sinto. TOLA. Devia ter percebido antes. Eles não se lembram de seus pais e famílias, eu... eu... lembro? TOLA. Eles não sentem dor, eu sinto? Nunca senti em minha vida. Tomada por tempestades e confusões em sua mente, em seu coração? Em seus fios? Em sua pele? Ferro? Começou a correr em direção a grande janela de sua sala de estar, protegeu seu rosto com seu braço e mergulhou causando estilhaços de vidro voarem para todos os lados. Voou.
   Laura abriu seus olhos desesperadamente. Não via nada. Estava sentada nua, em cadeira de ferro gelado em uma sala escura com apenas um monitor de computador em sua frente, acesso e com apenas três pontos verdes piscando. Ela estava sem fôlego e sua respiração estava acelerada. Seu corpo, sem nenhum arranhão e hematoma, impecável como sempre. Sentia apenas uma insuportável dor de cabeça. Não conseguia se mexer, seu corpo parecia mais pesado, como se houvesse algo puxando-o para trás, de fato havia um emaranhado de fios presos e conectados em seu pescoço. Os três pontos na tela pararam de piscar e ela se iluminou com a frase sistema reiniciado. Na sala escura, ecoou apenas um grito de dor e desespero.
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   A.I. - Inteligência Artificial conta a história de David, um robô programado para demonstrar amor incondicional, é adotado como filho de um casal, mas começa a ter problemas quando não é bem aceito nem pelos humanos nem pelas máquinas, tendo assim que encontrar o seu lugar no mundo, tentando se tornar um garoto real. Isso demonstra a problemática da inteligência artificial tentar se tornar humana ou se revoltar contra a humanidade, tornando-se um medo comum de certas pessoas visto que é uma possibilidade que parece se aproximar cada vez mais de nós. O Big Data, de acordo com determinados pensamentos, já é um sinal que evidência isso, já que a máquina consegue saber os gostos e possíveis comportamentos futuros nossos, invadindo a nossa privacidade e demonstrando que está a nossa frente, prevendo nossos movimentos.
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Laura Ramirez - Optika 
   A artista contemporânea, Laura Ramirez, é conhecida pelos seus projetos visuais e digitais, fazendo parte de um grupo de artistas que vem usando a criatividade e tecnologia como principais ferramentas para desvendar esse universo infinito da arte. Atualmente, ela marca presença em grandes festivais de arte eletrônica pelo mundo, como o Mapping Festival em Genebra. 
   Sua produção, baseada em vídeos e projeções, traz ao espectador um universo revolucionário como o da fotografia acima com um painel sob o prédio da FIESP durante o Festival SP Urban em 2016.
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A post shared by Sophia the Robot (@realsophiarobot) on Aug 9, 2019 at 12:55pm PDT
   A robô Sophia foi criada pela empresa Hanson Robotics, proveniente de Hong Kong. Ela foi criada com o conceito de inteligência artificial, um computador programado para ler, aprender, falar, trabalhar, adaptar-se ao comportamento humano, reconhecer voz e faces, além de pode repetir 62 expressões faciais. A andróide já foi entrevistada por diversos jornalistas, algumas das situações geraram conversas impressionantes e outras bizarras. Em algumas ocasiões, quando perguntada se destruiria a raça humana, Sophia respondeu com um simples “Ok”. Essa informação junto ao fato de Sophia ser o primeiro robô que possui uma nacionalidade, proveniente da Arábia Saudita, fazem muitos se perguntar se não estamos indo longe demais, se um tema tão comum em filmes de ficção científica não está cada vez mais próximo de nossa realidade, se Sophia desenvolver capacidade de destruição de massa será que sua cidadania não a protegeria de um possível julgamento?
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heartonfiret · 5 years
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A fisiologia não descrita sobre o amor
É incrível a sensação que o amor causa no corpo humano, é algo que está acima de toda a anatomia e fisiologia humana. Por exemplo, eu agora me encontro deitada, finalizando meu dia ouvindo uma musica que me fez pensar em você, me pego chorando sozinha em saber que você esteve aqui a poucos minutos atrás e que agora já está a kilometros de distância de mim, mas de alguma forma o simples fato de me sintonizar com o nosso sentimento eu te sinto aqui, o amor me causa uma dor física que ciência alguma explica, eu juro que eu sinto meu coração doer, é uma dor real, eu não sei se alguém que já amou descreveu isso da msm forma que eu estou me expressando, mas sério, como um pensamento é capaz de mandar energia em forma de sinapse para o cérebro que responde causando a sensação de dor no músculo. O meu amor por você é algo que desafia a anatomia e fisiologia humana, é indescritível, é fantástico e fascinante.
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braidenhaynes · 7 years
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the perfect suspect ~ brant & leora
O ambiente era fétido. Deplorável, sem sombra alguma de dúvidas. As paredes - manchadas e maltratada - combinadas à fumaça que os fumantes exalavam, à fraca iluminação e à musica baixa, com batidas desconexas e um cantor de voz grave mostravam que aquele bar era direcionado apenas aos mais pobres e de baixa índole. Do teto, podia-se ver uma infiltração, fazendo com que gotas de água de esgoto pingassem no chão. Apesar de tudo isto, Brant adentrou no estabelecimento com as mãos nos bolsos, em pura tranquilidade, e sentou-se em um dos bancos. Parecia uma noite perfeita para distrair a mente e observar algumas garotas, já que de fato nunca havia sequer tocado em uma, e conseguir alguns contatos novos. Quem sabe até um cliente novo para quem fornecer seus produtos ilegais, ora! Por quê não?
O androide então apoiou os antebraços no balcão e, com um sorriso, observou a atendente se aproximar. Com um leve sorriso, ela o fitou “O que vai querer esta noite, Sr. Haynes?” perguntava ela, curvando-se na direção do rapaz. “Boa noite! Apenas o mesmo de sempre, Eve” Respondia ele, correndo o olhar pelas curvas da jovem que, a ele, fez um gesto positivo com a cabeça e se afastou para pegar a bebida. Do corpo da jovem, o olhar de Brant correu até a tv: Anunciava-se, naquele mesmo instante, a notícia de que o Chanceler Magnus Veillon I havia falecido. Com a nota, tudo que Brant conseguiu fazer foi negar com a cabeça. Será que algum dia tudo aquilo acabaria?
A jovem atendente não tardou a voltar na direção de Brant com um copo de Vodca. Pousou-o na frente do rapaz com um sorriso nos lábios “Aqui está, senhor.”. A chegada de seu pedido - embora não precisasse de quaisquer líquidos naquele instante - desviou sua atenção da TV até a atendente. “Obrigado, princesa.” Dirigiu, a ela, uma piscadela, e ela, tímida, afastou-se para atender a outro cliente. Com uma risada leve, Brant observava-a se afastar enquanto refletia sobre o assunto. Achava ligeiramente divertido e engraçado a forma como algumas mulheres reagiam à ele, apesar de não entender muito bem. Tais situações serviam para arrancar-lhe algumas gargalhadas. O ser humano era realmente fascinante. Enquanto refletia sobre tudo o que acometia à sua volta e sorvia-se de sua bebida, Brant pode ouvir passos aproximando-se de onde estava. Virou-se para fitar o indivíduo, e quando viu quem era, arqueou as sobrancelhas. “Uau, boa noite!” Disse, com um sorriso malicioso nos lábios enquanto a fitava de cima a baixo. “Sinta-se à vontade. Quer uma bebida?”
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