#eu devia ter vergonha nessa minha cara
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eu consegui prime de graça só por esse mês pra assistir tlovm e pra baixar stray gods de graça e fui no twitch agora e OS FDP TÃO DANDO BIOSHOCK DE GRAÇA!!!! óbvio que peguei
vou jogar? provavelmente não
mas eu amo demais o conceito de bioshock
quem sabe um dia
gog disse que o jogo é meu, diferente da steam, então...... maybe someday como dizem as lésbicas
#perkvpsvcho#in other news tô devendo 11 replies#19 asks#e 5 starters#eu devia ter vergonha nessa minha cara#pq tô vendo de fechar mais uma muse#i have no limite#s#minha sorte é que uma das partners me conhece faz 5+ anos então ela não liga pra minha demora#e nina me ama e tbm não tá nem aí pros MESES que eu tô demorando pra postar as respostas da callie e da ayaka principalmente mds tá criando#teia de aranha ali#e as asks é tudo dela tbm KKKKKK#respondi UMA kkkkk#ai deus#qq eu tava falando msm
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Temporada de vingança (nada pode dar errado)
Priscila segue com seu plano pra desmascarar Jorge.
[Jorge]- também tava com saudade, né? Pode confessar.
[Priscila]- Jorge, você sabe muito bem que eu não sinto nada por você, você é meu padrasto.
[Jorge]- e daí? Pior seria se eu fosse seu pai, não acha?
Jorge segue dando investidas. Simultaneamente, Tamara e os rapazes acompanham tudo.
[Tamara]- maldito, nojento, desgraçado! Eu não vou suportar ver isso, alguém precisa fazer alguma coisa!
[Caio]- não, não vamos fazer nada, a Priscila está se saindo super bem.
[Fernando]- tá tudo sob controle, nós estamos...
[Tamara]- não tá porra nenhuma sob controle! Eu não devia nunca ter concordado com esse plano!
[Caio]- senhora, eu sei que é difícil, mas a Priscila não é uma criança e sabe o que faz. Confia. Com esse vídeo, já temos provas suficientes pra prender esse imundo.
Lígia chega em casa e dá de cara com Sérgio.
[Lígia]- Sérgio?!
[Sérgio]- oi. A Ângela me disse que você não estava e quis te esperar. Preciso falar com você.
[Lígia]- o que aconteceu? Algum problema com a Sara?
[Sérgio]- acabei de terminar com a Tina.
[Lígia]- ué, mas já?
[Sérgio]- já, foda-se se ela vai me expôr, eu não vou cair nessas chantagens de menina mimada!
[Lígia]- ai, não sei se você fez bem, isso tá valendo seu emprego.
[Sérgio]- eu te amo. Isso sim me faz bem e é mais importante do que qualquer coisa.
Sérgio dá um beijo em Lígia, que no mesmo momento, libera os vídeos e fotos do diretor aos beijos com Tina em um perfil fake, com diversos nomes importantes da universidade adicionados.
Enquanto isso, Tina chega em casa furiosa e começa a quebrar tudo que vê pela frente.
[Olga]- o que é isso, Tina, ficou louca?!
[Tina]- POR QUE NADA DÁ CERTO PRA MIM? QUE PORRA!
[Olga]- o que aconteceu, filha?!
[Tina]- NÃO ME CHAMA DE FILHA, SUA DESGRAÇADA! Parte disso é culpa SUA que NUNCA me deu uma vida digna! Sempre me tratando com misérias, como pensa que me sinto vendo as minhas colegas tendo tudo do bom e do melhor e eu nessa maldita pobreza?
Furiosa, Olga dá um bofetão em Tina.
[Olga]- lave a sua boca antes de me insultar desse jeito. Se fosse pelo seu pai, você já estaria morta. Se hoje você tem TUDO que tem é pelo MEU esforço.
[Tina]- eu tenho vergonha de você.
[Olga]- não, Tina. Eu é que tenho vergonha de você. Você é exatamente igual o seu pai. Uma pessoa amarga, ruim, sem amigos. Vai terminar a vida sozinha e infeliz.
Tentando conter as lágrimas, Olga se afasta.
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Eu deveria ter vergonha de como quebro por isso
Quando você não está por perto, eu apenas sofro
Sente-se e espere
Oh Deus, me dê paz
Nunca devia ter me sentido tão bem
Estando fraca sobre meus joelhos, rezando por você
Pensando que preciso de mais de você
Afundando em meu íntimo por sua causa
Mas isso não é novidade
Você me desejou, deitado no chão
Eu tenho uma queda, tenho uma queda por
Caras como você
Caras como você
Caras como você
Vamos, lindinho
Não me deixe com apenas um tchau (garoto)
Me diga que você me ama, mesmo que seja por uma noite
Mesmo à distância
Você encontra uma maneira de ser a ruína da minha existência
Eu ouço os sussurros dizendo que eu deveria ir embora, mas eu não os escuto
Eles não sabem de nada
Não estão na minha posição
Essa merda é complicada, essa merda é complicada
Eu estou bem na sua frente e ainda assim você continua me perdendo
Venha para mim, me console
Me faça um pouco de companhia nessa minha miséria
Eu acho que estou enlouquecendo, porque você é o único para mim
Eu preciso que diga com todas as letras
Eu preciso que diga com todas as letras
Mantendo você acima de mim, te amarrando em mim
Me dê o seu ar, não corra de mim, não fuja de mim
Caras como você
Caras como você
Caras como você
Vamos, lindinho
Não me deixe com apenas um tchau (garoto)
Me diga que você me ama, mesmo que seja por uma noite
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encadeamento de pensamentos numa madrugada solitária
Ah, como esses dias vem sendo difíceis meu bem, tantos sentimentos rodopiando em minha mente e me deixando sem ar, tantas informações que eu mal consigo processar por mim mesma. Por favor, não chegue assim tão perto, eu não quero sair, eu sinto vergonha e raiva de me olhar no espelho, não quero que você me veja assim. Eu não suporto isso, por favor fique aí.
Sim, pensando em você agora plenas três da manhã é isso que rodeia a minha mente, de como a ideia de você me tocar de novo ou chegar muito perto me apavora. Isso não está certo, eu sei, mas eu também nunca fui um exemplo de correto. Eu não entendo porque você ainda me trata desse jeito, nem eu mesmo me aguento mais, por que você simplesmente não vai embora? Isso não está certo, não era para você estar aqui, você nunca vai ser feliz do meu lado, não consigo entender por que você continua sendo assim.
Só de pensar na ideia de você querer chegar para algo simples como um carinho eu sinto pânico, eu nunca deixo ninguém estar perto e de novo está aí, eu te machuquei, você devia me odiar. Eu me odeio por isso, eu só queria que quem eu me importo pudesse viver bem, não faz sentido você ainda insistir para eu ficar, isso não é certo. Por favor... eu não entendo o que eu preciso fazer para você entender que eu não sou boa companhia, eu queria estar aqui com você, mas isso não é certo. Não é, nunca foi!
Não fique olhando assim, eu sinto vergonha de você me observar chorando, não me toca... por favor... só queria que você me deixasse aqui. Eu mesma te deixei antes para te proteger, por que você insiste em ficar? Eu não consigo me ajudar, eu nunca vou ser útil para você, isso não é justo, não é! Eu tenho pavor de machucar alguém... deixar de responder, ficar longe, me isolar, não é óbvio que isso é o melhor para os dois? Eu não me machuco e você também não vai sentir a minha falta quando se for, vai ser mais fácil para você desapegar. Eu nunca te peço nada, só dessa vez... por favor, faça isso.
Realmente, eu não sei tocar nas pessoas, eu não sei dar carinho e não sei receber, eu só machuco a todos, o pior tipo de gente no mundo, não me faça admitir que queria que você ficasse aqui comigo. É exaustivo, é cansativo ficar do meu lado, você merece coisa melhor meu bem, me deixe cuidar de você desse meu modo. Eu não entendo por que você só não se vai ou por que ainda me trata bem, eu nunca quis ser alguém ruim para você, mas nunca vou ser boa também, não ao menos tanto quanto você merece.
Não é a primeira vez que venho a este lugar, nesse enorme campo de distância entre eu e quem amo, quem queria por perto, mas cujo me afasto por medo machucar a nós dois. Não deixo as pessoas me tocarem normalmente, isso é algo tão íntimo, de um afeto tão grande, mas eu tenho tanto medo meu amor, um medo da falta, medo de perder e um pior deles, cujo com certeza é eu ser o motivo da sua dor. É a segunda vez que o deixo aqui esperando, não era para você estar aqui de novo quando eu voltasse, você devia ter seguido em frente para eu ficar sozinha nesse meu lugar novamente, nessa mesma repetição. Nunca fui capaz de sair disso, não é justo com você meu bem ficar aqui estagnado comigo, você tem o mundo inteiro ao seu alcance e toque, você pode descobrir tantos amores incríveis! Eu nunca fui feliz aqui, você também não vai ser.
Cada elogio ou olhar gentil, cara abraço ou beijo seu, isso é injusto com você de tantas formas, nunca fui alguém digna disso meu amor, eu já machuquei muita gente. Nunca me perdoaria se fizesse isso com alguém tão doce como você, meu bem mais precioso, mas você não me deixa te ajudar e pior, eu te fiz sofrer de novo porque você não me deixa ir. Você pode viver melhor do que isso fora daqui, desse lugar que eu nunca consegui sair. Te retribuir é tão difícil, eu teria de sair daqui de trás para ficar ao seu lado, eu poderia errar tanto e te machucar terrivelmente... afinal amar é isso, se permitir ser vulnerável para alguém, dar o poder para essa pessoa te machucar, e eu nunca ousaria fazer isso com você. A vida real é muito diferente da fantasia meu bem, no meu coração o amor é algo tão bonito e puro, mas na vida real ele parece tão distante, as pessoas se aproveitam sem pudor nenhum, o transformam numa indesejável e feia mentira. Amar alguém é se permitir poder ser ferido, e eu nunca aguentaria essa traição. Na verdade, eu nunca aguentaria trair ou machucar você, afinal ao menos no meu mundo, na minha representação, eu queria que ele fosse perfeito, um padrão completamente já inalcançável para alguém como eu que já machucou outras pessoas no passado.
Eu insisto, meu bem, você pode ir. Eu não irei ficar brava nem nunca vou pensar mal de você, na verdade isso me tranquilizaria por ser uma situação tal como a que eu te digo sempre, de que eu quero que as pessoas com quem eu me importo sejam felizes sempre, mesmo que não ao meu lado. Nunca te desejaria menos do que isso, meu amor, por isso te insisto uma última vez que você fique aí longe e só saia, não se aproxime nem me toque, você não estaria sendo justo com você mesmo. Nenhum de nós dois estaria.
-07/02/2024, me
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“ mas tu compreende que banir shitpost e pedir linguagem formal sejam duas coisas beeeem distintas, né?” É a mesma coisa, meninas. Talvez seja muito para a cabecinha de vocês mas é a mesma coisa…
"Outro ponto a se pensar é que infelizmente vivemos em um país em que acesso a educação e a livros que deveriam ser necessidade, são luxo." Você tá metendo essa mesmo? Em um RPG? Onde todo mundo tem acesso fácil a QUALQUER estudo e tempo livre para estudar? Toma vergonha nessa cara. (Bunny 2)
Boa tarde, bunnies. Café?
Obrigada por me manter devidamente sóbria em um domingo para poder responder essa ask.
De verdade, a fala de vocês a partir da própria ótica, sem pensar na dos outros me deixa decepcionada. Isso não é mais uma discussão sobre linguagem formal, virou simplesmente recortes de discurso com argumentação pobre e cheio de falácias. Querem português e formalidades? Então tomem. Mas tudo com limites porque a prof. Peixola acha que o processo de ensino-educação não deve ser elitista. Amém Paulo Freire.
A meu ver isso tá virando só um bate e rebate de gente que não gosta do Burn e também não quer ir lá e criar o próprio talker. A cara de player preguiçoso que só critica central, coça o cu e na hora de fazer a comunidade como sonha, foge e se esconde porque a preguiça toma conta. Posso estar errada, mas se fosse uma discussão com argumentos válidos, vocês viriam aqui numa boa falar: olha, a gente acha que você esteja errada por causa disso e disso. E tudo bem, faz parte de ser adulto, não simplesmente "é muito para a cabecinha de vocês" e "toma vergonha nessa cara".
O que talvez eu não me fiz entender é que na minha cabeça existem pessoas que caem de paraquedas em comunidades, que saíram do 1x1, do RPI e sequer sabem o conceito de shitpost e tantos outros termos que nós usamos. Tanto é que eu acho válido que exista um glossário de termos nas centrais.
Vamos todos juntos, juntas e juntes imaginar uma situação em que player tá indo pra comunidade pela primeira vez, ainda é meio juvenil no rpg, e lê "necessário uso da linguagem formal" ao invés de "não pode-se utilizar memes, gifs ou demais conteúdo gráfico fora de contexto na timeline". Elu vai pensar "puta que la mierda, terei de voltar para a escola" quando na verdade a moderação só quer que a timeline não vire uma bagunça. Escrever da primeira forma só gourmetiza as regras e dificulta a vida de mod, porque é bem capaz de ter player que escreve certo e mesmo assim fica postando foto da Gretchen.
Do dicionário de Cambridge, tradução nossa:
"SHITPOST: algo colocado na internet que não é especialmente engraçado ou interessante e não faz muito sentido, ou não tem nada a ver com o que está sendo discutido, especialmente para dificultar a discussão de outras pessoas sobre algo" Fonte.
De certa forma, a segunda ask é um shitpost por essa definição, afinal é um conteúdo utilizado para tirar o foco da discussão de preconceito linguístico e do porque eu acho que moderação não devia se preocupar com isso. A própria pessoa que criou a pesquisa veio aqui e esclareceu, coisa que nenhum anon revoltade fez. Eu, Peixola, prefiro esse conceito de Cambrigde, mas é mais difícil de banir porque "algo" pode ser tudo e pode ser nada, então troquemos o "algo" por "conteúdo gráfico" e assim fica mais fácil de esclarecer nas regras.
Mas o que diabos seria "linguagem formal" e "linguagem informal"? Catei esse conteúdo de uma aula digital da Secretaria de Educação de Cedral.
Linguagem Formal: Também chamada linguagem culta. É aplicada quando não existe familiaridade entre os interlocutores da comunicação ou em momentos que requerem mais respeitabilidade. Temos que seguir rigorosamente as regras da gramática, ter vocabulário rico e vasto. Devemos usar em discursos públicos ou políticos, salas de aula, conferências, provas e concursos, reuniões de trabalho, entrevistas de empregos, documentos oficiais, cartas e requerimentos.
Linguagem Informal: É classificada também de linguagem coloquial. Usada quando os interlocutores são amigos ou familiares e em momentos de descontração. Não precisamos nos preocupar com o uso correto das normas gramaticais, pode ser usado vocabulário simples, expressões populares, gírias, palavras inventadas, palavras abreviadas ou contraídas: cê, pra, ta, tbm, dps. Está sujeita a mudanças regionais, culturais e sociais (dialeto). Podemos usar nas conversas do dia a dia, mensagens de celular, redes sociais, reuniões sociais com familiares ou amigos.
Conceitualmente são três coisas distintas. Espero que não seja demais para a sua cabecinha e tá tudo bem aprender, errar e corrigir. Ou de aceitar que as pessoas possuem conceitos diferentes, como eu entendi que você acha que é tudo a mesma coisa no conceito do RPG. Compreendi que você entende diferente e tentei te explicar qual o conceito que eu utilizo. Viu como estamos inserides no mesmo espaço (RPG) e não compreendemos as coisas da mesma forma? Reflita, bunny 1.
Bunny 2... Agora vou ter de gritar, porque da sacada do prédio talvez o bunny não me ouça, já que grito da calçada.
Sim, estou metendo essa mesmo. Porque se a gente realmente tivesse um acesso democrático a livros e educação, ninguém procurava o título do livro com "pdf" no final ao invés de ir direto comprar. Ou eu não precisaria ir no scihub destravar os artigos para a minha tese porque eu não tenho 25 dólares sobrando para conseguir esse acesso por meios legais... Ou seja... diferente do que você defende, nem todo estudo está disponível aí porque tem alguns que o Scihub não destrava.
Isso pensando em quem consegue ler em tela, porque tem muita gente que economiza meses para comprar um exemplar físico de um livro que não achou em sebo e que custa quase 80 reais. Também vamos lembrar de uma parcela de players que ainda depende financeiramente dos pais e que os livros precisam caber no orçamento apertado da família.
Sobre o tempo livre para estudar, falácia. Vamos pensar em pessoas que possuem esse tempo sobrando... Se fosse fácil assim aprender qualquer coisa por conta, que bastasse tempo e vontade, pra que escola então? Pra que universidade? Professores? Era só eu abrir um livro e virar física, sei lá ter um mestrado bíblico igual a Damares...
De verdade, essa última ask acho que foi mandado por algum bot porque me recuso a acreditar que dentro do RPG ainda tem pessoas que querem basear o mundo na própria realidade. Por isso o IP foi devidamente bloqueado.
Queria fazer um conteúdo com melhor qualidade, meio Ritinha von Hunty, mas infelizmente ainda tô na metade do Pedagogia da Autonomia e comecei Preconceitos Linguísticos ontem de madrugada.
Like aqui para uma coluna semanal da Fish sendo prolixa e divagando sobre assuntos cotidianos enviados pelos bunnies.
Licença poética para eu shitpostar no meu espaço pessoal e externar minha indignação.
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৴ ♛ ˙ ˖ ━━ 𝐁𝐔𝐑𝐍𝐈𝐍𝐆 𝐆𝐋𝐀𝐍𝐂𝐄𝐒 ! ❜ ≽
𝒏𝒊𝒌𝒐𝒍𝒂 𝒛𝒆𝒌𝒍𝒐𝒔 ( 𝚃𝙰𝚂𝙺 𝙾𝟷 )
Os flashes piscavam, me fazendo apertar os olhos, para evitar ficar cega com a claridade. “Nikkie, olhe para a câmera” ouvi a voz de alguém por cima do burburinho eletrônico das câmeras. Click. Click. Click. As luzes brancas e fortes não paravam. Uma após a outra, enquanto um flash desaparecia outro surgia no lugar, cada vez mais rápido e cada vez mais perto, como fogos de artifício explodindo há menos de dois metros do meu rosto. Eu tinha a sensação de que mal conseguia abrir os olhos antes de fechá-los novamente. Eu até podia imaginar como as fotos iriam ficar. Uma careta torta, olhos semi-abertos em um ângulo estranho, um rosto assustado e praticamente entregando minha vontade de correr e nunca mais parar.
Deus!
Acho que vou vomitar.
Um rosto surgiu em meio às luzes piscantes, o mundo parecia absurdamente barulhento ao mesmo tempo que eu não conseguia ouvir nada. Era como escalar uma montanha e ter seu ouvido tapado pela mudança de altitude. Eu estava vendo seus lábios se mexerem e mesmo assim não conseguia ouvir o que dizia.
--- O que?
--- Você é a próxima, esteja pronta em cinco, quatro, três.. --- O mundo voltou a ter som justo quando o rosto de Mika Bobr, o do apresentador do Jornal Oficial que eu costumava ver na TV, surgiu na minha frente, mas não olhava para mim e sim para o oceano de câmeras a sua frente.
--- Está uma loucura aqui nos arredores do Palácio de Inverno, mas gentilmente a favorita Nikola Zeklos aceitou falar com a gente um pouquinho!
Uma mão surgiu na parte baixa das minhas costas me empurrando para chegar mais pra frente do homem bonito e de terno elegante que fazia eu me sentir mal vestida mesmo que tivesse sido lixada, polida, encerada e pintada dos pés a cabeça, eu devia estar parecendo uma condessa mesmo que não me sentisse uma.
Acontece que o empurrão fez com que o salto alto enroscasse em uma parte do tecido complicado do meu vestido, me fazendo tropeçar e cair de joelhos, minhas mãos evitando uma queda ainda mais grave.
É claro que as câmeras, com seus cliques e flashes irritantes registraram tudo.
--- Opa! Acho que ela está muito emocionada. Você está bem, querida? --- Ele riu, claramente se saindo otimamente bem numa situação de crise. Eu tive que me refrear de não enfiar meu punho cerrado no dente dele. Eu não sou sua querida, eu queria gritar. Você nem me conhece! Mas eu não diria isso. Não só porque eu sabia que estava de mau humor porque estava tendo o pior dia da minha vida, como também sabia que não podia. Esperavam que eu sorrisse e agisse de maneira adorável, então eu joguei o cabelo para trás, tentando disfarçar o meu rosto vermelho e quente de vergonha.
--- Essas roupas! --- Ri de mim mesma, agitando as pestanas tentando soar apenas levemente constrangida e não mortificada e Mika riu, talvez tenha funcionado, ou ele era apenas era realmente bom no trabalho dele. Acho que nunca vou saber.
--- Com certeza valeu a pena um tombo ou dois. A senhorita está uma visão essa noite, Senhorita Zeklos. Mas nós estamos curiosos sobre como era sua vida antes disso tudo. Como era a sua rotina antes de ter sido sorteada para o Favorado?
O que eu fazia antes de ter sido sorteada? Bem, eu não podia falar a verdade em frente às câmeras. Não mesmo.
--- Ah, só a vida comum de uma… condessa comum, saca? Estudos, viagens e compras... Essas coisas. --- Sorri. O segredo de uma mentira era ser simples e direta, não é?
Acho que ele não esperava uma resposta tão curta, porque ficou me encarando, esperando por mais.
Engoli em seco. Aquilo não era bom. Talvez eu tivesse que ser um pouco menos direta. --- Quero dizer. Era ótimo. Era uma ótima vida, longe de mim reclamar, sabe? Acho que quero dizer que é tudo aquilo que as pessoas pensam que é. E um pouco melhor.
Sorri e agarrei minha mão pelo pulso me impedindo de chacoalhar enquanto tremia. Essa resposta pareceu agradar mais e logo Mika estava pronto para a próxima pergunta.
--- É realmente um sonho! O que me faz pensar: Qual foi sua reação e sensação ao ver seu rosto na televisão e saber que foi sorteada para ser uma das favoritas?
--- Um puta choque! --- As palavras pularam dos meus lábios antes que eu pudesse me pensar a respeito e só então percebi o que tinha dito. --- Quero dizer, eu fiquei muito, muito, muito surpresa! Eu realmente não esperava essa…--- procurei uma boa palavra e todas elas pareciam ter sumido, evaporado, puff--- Honra. Foi isso! Eu me senti muito abençoada por estar tendo essa chance e espero poder representar bem minha família, minha província e… --- sobreviver --- aprender enquanto estiver por aqui.
--- Você e o príncipe já se conheciam antes?
--- Sim? --- Percebi que minha resposta estava mais para uma pergunta, e então Mika me lançou um olhar curioso e confuso e eu devolvi o mesmo olhar para ele, então nós dois rimos. Ele porque era um profissional e eu de nervoso. --- Acho que não posso dizer que nos conhecemos. Não somos próximos nem nada, mas posso dizer que sei quem é o cara se ele passar na minha frente.
Eu podia?
A naturalidade daquela mentira espantou a mim e Mika em doses iguais.
--- Pode-se dizer então que está no Favorado por amor? --- O homem até se aproximou mais, querendo criar uma certa aura de intimidade, como se eu fosse soltar alguma bomba.
--- Não, claro que não! --- Respondi rindo, mas acho que ninguém teria sido tão direta assim, então transformei minha risada em uma espécie de tosse, endireitando minha coluna curvada, a única posição que eu tinha achado para conseguir ficar de pé naqueles saltos. --- Como eu disse, nós realmente não nos conhecemos. Acho que foi uma honra ter sido sorteada, devemos agradecer a Sankt Yuri por isso! E é claro que assim como todo mundo eu amo a família do imperador, não é que eu o odeie ou coisa assim, só… Entende?
Mika riu, assentindo com a cabeça. --- Claro que entendo, e com relação as outras meninas? Qual sua relação com elas?
Não dava para sair pela tangente com aquela pergunta. --- Sim, conheço. Estou ansiosa para vê-las de novo. Somos como irmãs e tenho certeza que estão tão animadas quanto eu estou por estar aqui e por nós vermos novamente! --- Aproveitei a movimentação atrás de mim, a chegada de uma outra favorita, e acenei para ela, numa tentativa de tirar o foco de mim por pelo menos cinco segundos, mas então ela torceu o nariz para mim, não sem antes me lançar um olhar de ódio. Eu e Mika fingimos que não vimos. --- Vai ser divertido! --- Completei, apertando a minha cintura, desejando que o corpete daquele vestido não fosse tão malditamente apertado.
--- É ótimo ouvir isso. É complicado competir contra suas amigas mas você tem alguma estratégia em mente que pode te ajudar a ganhar essa edição do Favorado?
Cocei a testa, tentando ganhar algum tempo para aquela pergunta.
--- Não, acho que não tenho. Só vou tentar aproveitar o tempo que estiver aqui, sabe? Não acho que o príncipe iria gostar de ser tratado como um jogo, com estratégias e manipulações, isso parece realmente horrível de se pensar.
E algo na minha resposta divertiu Mika, talvez eu tivesse dito algo realmente engraçado que eu não entendia, mas ri de volta, como a boa idiota que eu era.
--- Muito bem, Senhorita Zeklos… Ouvimos dizer maravilhas das favoritas desse ano, que são muito prendadas e cheias de talentos. O que você preparou para impressionar a corte e o príncipe?
Eu não-- Mordi os lábios. --- Eu não sabia que tínhamos que preparar algo, Caramba-. --- Murmurei, rindo baixinho, mordi os lábios, tentando buscar na memória algo que eu podia fazer fosse considerado um talento. Uma memória, que nem era tão antiga mas parecia ter acontecido numa vida passada, surgiu na minha mente como um bote salva vidas. --- Cavalos! Eu posso cavalgar, sabe?
--- Hipismo?
--- Isso! Hipismo, eu posso fazer isso!
--- O palácio tem uma boa quantidade de cavalos, a senhorita com certeza vai conseguir se destacar. --- Eu não respondi, mas meu sorriso amarelo deveria estar deixando estampado o meu “tomara Deus que não.” Porque em seguida Mika decidiu me tranquilizar.
--- Nós estamos quase acabando. Na sua opinião, quais qualidades você acha que uma Czarina deve ter? Você as possui?
--- Acho que deve ser justa e se preocupar com o povo. --- Tentei ser o mais sincera possível nessa questão. Quanto a segunda parte, eu não sabia se as tinha. Nunca tinha pensado em mim mesma como Czarina, não de verdade, nada mais do que em brincadeiras quando era criança. Que criança nunca tinha sonhado em ser a Imperatriz? Mas se eu estava a altura do cargo? Claro que não. --- Espero aprender, quem sabe até com a imperatriz em pessoa? Não acho que são qualidades que as pessoas só.. nascem com. Acho que é preciso se esforçar e bem, eu nunca me incomodei com o trabalho duro.
Bom, tirando pelo fato de que até onde todo mundo sabia eu nunca tinha tido um dia de trabalho árduo na minha vida fazia com que parecesse realmente uma piada.
--- Ótima resposta, Senhorita Zeklos! Por último, mas não menos importante. Quais são suas expectativas para esses meses que estão por vir?
--- Meses? --- Repeti uma oitava acima, esganiçada como um pato antes do abate. Porque isso duraria meses? --- Bom, não sei se o príncipe vai querer me manter por perto por tanto tempo! --- Esperava que as pessoas lessem meu espanto apenas por uma modéstia e não por completo espanto. --- Mas pretendo aproveitar essa experiência e não… Me envergonhar completamente até lá.
Eu sequer estava colocando muitas expectativas naquilo e já estava falhando miseravelmente.
Mika me agradeceu pela entrevista, e saiu antes que eu pudesse piscar, alguns dos assistentes de filmagem me encarou como se tivesse crescido um par de braços extras em minhas costas.
--- O que é?
Perguntei, tentando cheirar minhas axilas sem ser muito óbvia. Eu sabia que estava soando pelas bicas, mas não imaginava que estava tão ruim
--- Você não parece com você mesma. Quero dizer, é a Nikkie, mas não soa com ela.
Estremeci dos pés as cabeça. Eu sabia disso. Sabia bem disso. Pra ser sincera, sabia que ia ser um verdadeiro desastre, mas eu não tinha outra alternativa, tinha?
Apenas sorri amarelo e tentei rebocar aquele vestido que parecia uma tenda para longe das câmera, torcendo para que o pior já tivesse acabado, mas eu não era tão ingênua.
Sabia que só estava começando.
#◜ ♡ ˙ ˖ ––– 𝘴𝘵𝘦𝘢𝘥𝘺 𝘧𝘦𝘦𝘵 𝘥𝘰𝘯'𝘵 𝘧𝘢𝘪𝘭 𝘮𝘦 𝘯𝘰𝘸 ! [ tasks. ]#favtask#gente#que vergonha alheia / chacota#skaopask#tadinha#eu super iludida achando que ia conseguir manter um suspense do que aconteceu com a nikkie por pelo menos uma semana#KKKK#ledo engano
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SEIOS Olhando pros meus seios, lembrei que com uns 11 anos ganhei um sutiã de enchimento de uma tia e era a menina mais peituda da sala - ninguém sabia que era de mentira. Desde muito nova aprendi a basear minha autoestima no que eu achava que as pessoas achavam de mim, se me achavam bonita ou atraente o suficiente.
Quando meu peito começou a crescer de verdade, ele começou a crescer pra baixo, caído e cheio de estrias... Lembro que eu tinha esperança de que as estrias saíssem e fiquei muito triste quando, no banheiro de uma festa de aniversário de criança, eu devia ter uns 14 anos, estava de tomara que caia, e uma mulher que não conheço chegou me falando que eu era muito nova pra ter estria e que não tinha como tirar.
Com 19 anos fiz vários procedimentos pra tirar as estrias do meu corpo e não resolveu. Lembro que nessa época comecei a me experimentar sexualmente, ainda com rapazes, e não gostava que tocassem nos meus seios, tinha vergonha, queria que eles não balançassem tanto. Eu realmente não deixava que os caras encostassem no meu peito. Eu usava não mais sutiã de enchimento e sim um sutiã que os sustentavam pra cima, tão apertado que me dava dor nas costas.
Decidi então reduzir as mamas e colocar silicone aos 22 anos. Eu nunca tinha visto peitos de outras mulheres, só da minha mãe, que tinha silicone também.
Quando tirei o curativo e me vi com aquele peito que parecia uma bola de tênis colada no meu tórax, e uma auréola pequenininha, chorei muito. E uns meses depois, quando pude tirar o sutiã pra alguém novamente, não sentia mais nada, a pele do meu peito tinha perdido a sensibilidade e se tornado dormente. Chorei muito também.
Nesse meio tempo comecei a me relacionar com mulheres e ao ver todos os tipos de seios e corpos tão diferentes uns dos outros, e ao mesmo tempo tão atraentes, me senti uma boba de ter operado e de ter perdido tanto tempo me proibindo de sentir prazer por algo sem sentindo algum. Mais uma vez expectativas irreais com base em corpos irreais regendo a nossa autoestima.
No fim das contas, uns meses depois, dei uma engordadinha e meu peito, uma caidinha. A auréola até esticou novamente. Um pouquinho tortinha, inclusive. Minha sensibilidade foi voltando aos poucos... Nessa época eu fiz as pazes com ele de verdade, porque o achava bonito, mas real. Com cicatrizes, estrias, e seu movimento natural a favor da gravidade.
Hoje é a parte que mais gosto no meu corpo, e a parte que deixo mais livre também. Quase nunca uso sutiã, e junto desse processo estou aprendendo a deixar livre o meu sentir. A reconhecer minhas emoções, acolhe-las e expressá-las livremente, inclusive as emoções mais desafiadoras. Hoje eu falo quando estou com medo, com raiva, apaixonada, triste, frustrada, agoniada, ansiosa, preocupada. Não deixo nada preso! Nunca tinha parado pra pensar sobre o quando essa evolução na aceitação física dessa região resultou numa aceitação emocional também.
Gostaria que todas as mulheres tivessem a oportunidade de ver corpos reais de mulheres reais e assim se libertarem também.
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O início de tudo, eu acho
Ok...Vamos lá!
Assim como praticamente todo o mundo, tenho muitas questões sobre a existência humana... e a minha existência. Sou forte, madura, decidida, amigável, companheira, fiel... mas há sempre qualquer coisa que me limita a seguir em frente, que me bloqueia, que me dá medo e eu odeio isso.
Ontem, após uma conversa com o meu namorado, sobre alguma limitação minha que talvez nem eu, nem ele entendamos bem, resolvi colocar algumas coisas para fora, como forma de libertação. Algumas coisas, inclusive, que eu jamais ousei contar, nem mesmo para minha sombra. E a minha intenção com isto aqui é que, quem estiver lendo isso agora, se puder, me ajude! Talvez você saiba como fazer.
Então vamos lá... vamos para a primeira história que eu jamais ousei contar para ninguém.
Eu acho que fui abusada pelo meu irmão.E digo eu acho, porque assim como eu, ele também era uma criança, só que uma criança um pouco mais velha.Não me lembro muito bem como começou, nem quando, mas acho que eu devia ter uns 9 anos e ele uns 12. Na verdade, foi um episódio tão traumático na minha vida, que eu só me lembro em flashes de algumas situações e nem se quer consigo me lembrar por quanto tempo isso durou.
Tudo começou como uma "brincadeira" de ficar pelados. Ele me desafiava (porque sabia da minha natureza aventureira) e falava que nós íamos fazer uma brincadeira diferente. E assim as coisas foram acontecendo. Ele passava a mão no meu corpo, fazia as descobertas dele, me fazia carinhos bons ... "é bom né?" ele dizia. Nunca houve penetração, mas ele colocava o pênis duro no meu bumbum, fazia movimentos, dizia que era bom, mas que eu não podia contar nem para o nosso pai, nem para a nossa mãe.
Eu achava aquilo diferente porém normal, coisa de irmão talvez. Daí ele começou a me beijar e me lembro, bem remotamente, que eram beijos bem desengonçados, mas eram beijos, como o dos namorados. Primeiro as coisas aconteciam quando nossos pais não estavam em casa. Ele lançava desafios do tipo: "duvido você ir la no quintal pelada!" E é claro que eu ia... e aí as coisas começavam.
Depois ele começou a fazer mesmo com os meus pais em casa, só que escondido deles, é claro. Ás vezes me agarrava dentro do quarto, no armário... e eu, pelo que me lembro, poucas vezes dizia não.Até que um dia, vendo TV no quarto dos meus pais e deitada na cama em cima dele, beijando feito namorados, minha mãe entra e vê. Imagina o choque, coitada?! Foi terrível. Ela começou a chorar, perguntou o que estava acontecendo ali e nós... nem me lembro direito, mas acho que foi naquela hora que me senti culpada e percebi que alguma coisa tava muito errada. Então eu lembro que ela nos mandou cada um para o seu quarto e disse que no dia seguinte conversaríamos.
Eu fico imaginando o que ela disse ao meu pai naquela noite pra justificar a cara vermelha de tanto chorar e nós dois indo para a cama mais cedo.E o que aconteceu a partir daí, para a mim, foi o mais traumático de tudo e ruim. No dia seguinte ela nos chamou para conversar em separado. Primeiro ele, depois eu. Eu não sei como foi a conversa com ele, mas comigo ela perguntou quando aquilo começou, quantas vezes aconteceram e disse: "o seu irmão disse que foi só uma vez, você está dizendo duas ou três, alguém está mentindo". E de fato estávamos, tinham sido muitas vezes e ela nem imaginava as coisas que o meu irmão gostava de "brincar" comigo! Mas eu tava apavorada, com a minha mãe me culpando e brigando, dizendo que eu tinha cometido um pecado mortal e que eu tinha que me confessar com o padre, falar tudo o que tinha acontecido, se não eu não poderia fazer a primeira comunhão (daí eu achar que devia ter uns 9 anos, pois geralmente é nessa idade que se faz a catequese). Ela não demorou muito na conversa, mas passou um grande sermão me dizendo como eu tinha sido uma menina má e o quanto aquilo ia afetar toda a minha vida... e nisso ela tinha razão, de fato afetou mesmo. Me falou que não era para contar nada para ninguém, nem mesmo para o papai e me fez ir para igreja confessar os meus pecados.
Bem, nessa hora eu preciso fazer uma pausa pra dizer que, durante muitos anos tive raiva da minha mãe pela forma como ela agiu naquele momento, mas hoje vejo que ela não tinha nenhum tipo de estrutura para agir diferente. Ela não tinha conhecimento, não tinha preparo, não tinha apoio, nada!! Estamos falando do início dos anos 90. Ninguém sabia direito o que era assédio, muito menos infantil. Eu, pelo menos, nem entendia direito o que estava acontecendo.
Então eu fiquei me sentindo péssima, super culpada e pensando: "como que eu vou contar para o padre tudo o que aconteceu? Se a minha mãe diz que é pecado mortal, eu vou sofrer uma punição que eu nem imagino como seja e eu não quero. Já basta como eu estou me sentindo agora." E então, eu não contei tudo. Disse apenas que dei um beijo no meu irmão e eu lembro que o padre me perguntou como era o beijo, se era beijo de irmão e eu disse que sim. Mas se tem uma lembrança que eu tenho clara na minha mente, é o dia dessa confissão. Eu fico imaginando a minha cara diante do padre. Eu estava extremamente nervosa, acuada, acho até que quase chorei, porque eu queria me livrar daquele peso, mas eu não tinha coragem e tinha muita vergonha. Eu tava desesperada e o padre nem sequer notou. Achou coisa de criança e até riu. Também.... eu não falei nada demais mesmo.
Depois disso, eu lembro que a minha mãe perguntou como foi na igreja, para se certificar de que eu tinha contado para o padre e depois me disse que isso nunca mais poderia se repetir. E não se repetiu, mas porque eu não deixei. Porque o meu irmão ainda tentou depois disso, disse que era besteira dela e que a gente só estava brincando, que não tinha problema nenhum. E eu me lembro da última frase que disse sobre esse assunto: "pára, a mamãe falou que isso não é tipo de brincadeira e que ela não quer". Lembro-me até da minha cara zangada quando disse isso para ele, como quem tá enfurecida com alguém que te leva a fazer coisas das quais você não queria.E nunca mais tocamos no assunto!
....continua depois
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Do you wanna go to the prom with me?
With @garotadoinverno
Ah, o baile de inverno. Uma época onde a escola parecia uma zona de guerra. E a ideia de juntar duas escolas não ajudou nada nessa questão, ainda mais por conta da competição pela coroa de rei e rainha dos seniors.
Bom, meu pai disse que seria uma experiência legal, assim como o pessoal do time de natação e do Glee Club. Na verdade, meu pai era o mais empolgado porque ele disse que desde que entrou para o Glee Club na sua época de escola, se sentiu acolhido o suficiente para perder a vergonha e viver as experiências de adolescente e depois se tornar um dos maiores produtores musical da atualidade. Então queria que eu também vivesse isso.
Eu não tinha muita afinidade com o pessoal da Trinity, então achei melhor passar por esse momento com alguém da Hackley mesmo e que Deus me ajudasse.
Um dos garotos do time de Cheerleading convidou Paris Clarington para o baile e diziam pelos Corredores que London ainda estava procurando pelo par adequado, visto que era seu senior year e ela concorria para rainha do baile.
Apesar de ter uma certa popularidade por fazer parte do time de natação, nunca achei que estivesse no mesmo patamar que as Clarington e eu tinha certeza que seria a última opção de escolha de London, mas a garota parecia ser legal e June (que apesar das teorias malucas sobre alienígenas, eu achava super alto astral e uma pessoa bacana de conversar) já tinha topado sabe Deus porquê, ir como acompanhante de Cyrus Dummont. Então me peguei olhando para London outro dia no corredor, pensando se eu era louco o suficiente para aquilo. E eu era.
Não existia um momento certo para convidar alguém para ir ao baile, mas também não queria chegar desesperado no meio do corredor e jogar palavras rápidas e desesperadas para fazer um convite. Não era assim que se abordava uma dama de alta sociedade. Esperei então em um dia que London estivesse no Refeitório para o almoço enquanto os caras do time de natação tentavam me empurrar a qualquer custo para a mesa dela, mas resisti bravamente até que ela terminasse o almoço. Também não era elegante atrapalhar o almoço de outras pessoas.
Me aproximei da garota com um sorriso simpático no rosto, pedindo licença para sentar de frente para ela, sem saber o que fazer direito com as minhas mãos. - Boa tarde, London! - Cumprimentei talvez de maneira muito formal, mas eu realmente não sabia o que fazer ali. - Como já deve imaginar, eu estou aqui para respeitosamente te pedir para ser meu par no baile de inverno. - Falei sem muitos rodeios, pois ela devia estar muito ocupada com questão de campanha e tudo o mais. - Eu sei que você é do senior e eu ainda estou um ano abaixo, o que poderia trazer conflito para a sua campanha, mas eu realmente sou muito bom em divulgação e poderia te ajudar a conseguir essa coroa. - Tentei jogar ali uma negociação ou ao menos uma vantagem para ter a resposta positiva. - Prometo que no dia do baile, vou te aplaudir quando subir no palco e ficar orgulhoso quando você vencer e ter a primeira dança com o rei coroado. Também posso conseguir os votos do time de natação, ao menos da maioria da galera. Somos bem unidos e tudo, sabe? - O que não era mentira. Até porque na cabeça da maioria dos garotos da Hackley, ir no baile com alguém popular, era motivo de você ser considerado o gostosão e isso ajudaria nos votos para London. Vai entender. - Enquanto o momento da coroação não chegar, durante o baile nós podemos dançar e nos divertir para que você se forme com boas memórias desse lugar. E claro, que ter uma acompanhante tão bonita como você, melhoraria a minha noite em 100%, até porque eu genuinamente te acho bem legal e sei me virar bem na pista de dança, o que garante que você fica livre de passar vergonha. - Pontuei com um sorriso torto no rosto. - Antes do dia do baile, caso seja da sua vontade, podemos nos encontrar todos os dias após a aula para discutir estratégias para a sua campanha. Eu sou um bom ouvinte e garanto uma playlist de qualidade! - Falei de maneira animada, pois eu compartilhava a mesma paixão por música que o meu pai, mesmo que não fosse seguir isso profissionalmente. - Então, eu te convenci de alguma maneira ou vou precisar voltar para a mesa dos meus amigos e ser zoado eternamente porque vou sozinho? - Perguntei de maneira amigável, realmente me sentindo ansioso.
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Rainha do Verão
Dalila, João e Estela seguem bebendo e conversando até amanhecer.
[Dalila]- gente, pelo amor da Deusa, tudo que eu contei NÃO pode sair daqui, hein!
[Estela]- fica tranquila, miga, tá tudo certo. Cê sabe que o Bonde das Panteras é parceria pra vida, né.
[João]- e só pra atualizar vocês, minhas queridas panterinhas. Já encontraram o corpo do tal milionário, tá?
[Estela]- sério?!
[João]- uhum, acabei de ver na página do jornal local do Instagram.
[Dalila]- mas como cê sabe que é o cara?
[João ri]- amiga, foi encontrado um corpo em uma suíte presidencial de um motel. O cara estava usando uma calcinha e foi identificado pela funcionária do estabeleimento. De acordo com informações, o nome dele é Rafael e estava acompanhado por uma mulher não identificada, ou seja, você. É tudo que você contou pra gente.
[Dalila]- puta que pariu, é ele mesmo. E se me viram? Gente, o lugar tem câmera!
[Estela]- aí você finge de desentendida, amiga, você é ótima nisso.
[Dalila]- sou ótima em outras situações, não quando se envolve morte.
[João]- mas relaxa, você não fez nada. Ele só morreu, ué, que culpa você tem?
[Dalila]- ai, sei lá...eu devia pelo menos ter ajudado, chamado alguém, sei lá.
[Estela]- não, porque você não é obrigada, gatinha. E o cara ainda é casado, pensa só a vergonha da esposa e filhos.
[Dalila]- ai...que nada aconteça comigo, senão, adeus ser rainha do verão.
Sara vai até o barraco de Alan.
[Sara]- cê tá sabendo que roubaram o salão da Bianca?
[Alan]- quê?! De onde cê tirou isso?!
[Sara]- para de se fazer que eu te conheço, Alan, o que você andou aprontando, hein?
[Alan]- eu?! Nada, ué!
[Sara]- nada? O que você sabe sobre esse roubo?
[Alan]- ah, agora só faltava essa mesmo, cê tá me chamando de ladrão, Sara? É isso mesmo?
[Sara]- eu tô sim. Tô, porque sei que você é capaz de qualquer coisa pra pagar essas suas dívidas com sei lá quem!
[Alan]- cala a sua boca, fica na sua e cai fora! Tô falando pro seu bem, senão o baguio vai ficar doido pro seu lado!
[Sara]- eu não tenho medo!
[Alan]- mas é bom ter! Cê não tem moral nenhuma pra vir querer cantar de galo, não, Sara. Ou já se esqueceu de que todo dia cê vem sentar na pistola do namorado da sua melhor amiga? Com uma amiga dessa, quem precisa de inimiga, né não?
Em casa, Cadu fuma, enquanto observa as meninas selecionadas.
[Taty]- já decidiu quem serão as suas novas funcionárias?
[Cadu]- funcionárias não, é uma palavra muito forte. Eu diria parceiras. Mas não, ainda não decidi.
[Taty]- Cadu, se...eu te dissesse um dia que estou infeliz e que quero ir embora, o que você faria?
Cadu solta uma gargalhada.
[Cadu]- eu faria exatamente isso que eu fiz: começaria a rir. Que pergunta imbecil é essa?
[Taty]- de uns tempos pra cá, venho pensado melhor nessa nossa...relação, se é que posso chamar assim.
[Cadu]- pensado em quê? Eu te dou tudo que você precisa, não estou te entendendo. Quem andou enchendo sua cabeça de asneira? Você tá com outro, é isso?
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ao não amor
acho que todo mundo tem aquela pessoa que passa pela sua vida única e exclusivamente pra acabar com qualquer ilusão de amor verdadeiro que possa existir na sua imaginação. muitas vezes é logo cedo, aqueles amores bobinhos de infância em que o menino te fala que não gosta mais de você, agora gosta da fulana, e lá vem a primeira decepção amorosa. eu, quando era menor, nunca fui muito de ficar gostando de alguém por muito tempo também, não dava muita bola, preferia brincar de barbie com as amigas ou de espiões secretos na casa do meu melhor amigo. por um tempinho foi assim, interessada por super-heróis, brincando de boneca, lendo pra caralho, até que aos 14 anos o processo de desamor começou. meu segundo beijo, primeiro menino que eu realmente gostei, talvez por isso deixou tantas marcas. fui apresentada pra ele por duas amigas, ele era amigo de família, muito próximo, menino baixinho, fofinho, nem um pouco interessante pras outras meninas, mas me chamou atenção. no começo da história a gente só se conhece, troca umas palavras, se afasta e ele começa a namorar uma menina da minha escola, popularzíssima, perdi a chance. depois de uns meses, namoro terminado e tudo o mais, chamei ele no face, puxei papo, fomos no cinema e só nos créditos o beijo rolou, começamos a conversar todos os dias e eu visitava ele por 15 minutos durante o almoço na escola dele, que era em outra cidade, e pra minha mãe eu tava indo visitar minha melhor amiga, que, coincidentemente, tinha ido estudar lá também. a história vai seguindo assim, duas crianças bobinhas se dizendo apaixonadas, se vendo menos de duas vezes por mês e pensando que podiam chamar de relacionamento. até que eu, que sempre tinha sido uma criança tranquila, simpática, fácil de socializar, comecei a me sentir um pouco mal. começando com coisas “sutis”; “hoje na aula as gurias me pediram pra pegar nos peitos delas pra dizer qual era maior, mas não precisa ter ciúmes, tá?”. ué, beleza, não tinha me abalado, mesmo sabendo que uma delas era apaixonada por ele, eu era tranquila. as duas melhores amigas dele estudavam no meu colégio; “a fulana disse que te acha estranha, não gosta muito de ti”. como assim? nunca tinha falado com ela... fiquei triste, mas relevei, eu era tranquila. chamou pra festa junina e me prendeu na cadeia, me deixou alguns vários minutos agoniantes lá, não conhecia ninguém, era numa escola diferente, mas tudo bem, foi brincadeira, além do mais, eu era tranquila. antes de uma festa brigamos, chegando lá pensei que íamos nos resolver, mas ele passou reto. durante a festa ele me chamou chorando, pediu pra fazermos as pazes, eu aceitei, ele botou a mão dentro da minha saia e eu fui ingênua demais, mesmo morrendo de medo e vergonha, pra pedir pra parar. minha mãe começou a me perguntar por que eu tava tão distante, se tava tudo bem, saí chorando pra casa da minha amiga, só lá me sentia confortável pra desabafar. até porque, que drama, né, tava tudo bem, eu era tranquila, o menino queria o melhor pra mim, ele dizia que me amava. e por um tempo, até que ficou tudo bem mesmo, porque eu quis que ficasse, pelo menos externamente. descobri que ele ia ir de intercâmbio pra alemanha. fez uma despedida com outra melhor amiga dele de infância, que ia junto, mas deixou bem claro pra mim “ela não gosta de ti também, não quer que tu vá na despedida”, então eu disse, meio triste, que não ia, assim era melhor, mas ele insistiu pra eu ir, não sei pra que falar aquilo então, mas ok, eu fui. a despedida, num geral, não foi tão ruim, minhas amigas que tinham me apresentado ele foram junto. durante a despedida a gente tava se beijando, eu já meio bêbada, ele passando a mão por tudo e eu só pensava que todo mundo devia estar olhando e me sentia muito desconfortável. aí veio a clássica “vamo lá no meu quarto”, ainda agradeço à minha eu daquele dia por ter recusado, pelo menos a virgindade ele não conseguiu. umas semanas antes de viajar, ele foi visitar as amigas dele da minha cidade, ele até me avisou que tava perto da minha casa, mas só cinco minutos antes de chamar o táxi e ir embora. não vi mais ele antes de viajar. ele se mudou pra alemanha, eu fiquei mal, me sentia presa a ele, e sentia que tudo que ele me falava era uma indireta pra me dizer que ele tava melhor sem mim, que não queria mais namorar quando voltasse do intercâmbio. eu não tava mais tão tranquila, tinha virado insegura, consequentemente a coisa mais racional que meu cérebro pensou em fazer foi brigar com ele por ter me mandado uma música chamada “au revoir”, pensei que era uma indireta falando tchauzinho, vou pegar umas alemãs. obviamente me senti mal, pedi milhões de desculpas, mas nunca recebi uma resposta, com certeza eu era uma péssima pessoa pra se gostar. depois disso não nos falamos mais, por quatro anos. nesse meio tempo tudo que eu ouvi dele, pelos lábios da minha amiga, foi “ela é doida, mas eu amo ela”. eu não amava ele, ou amava, não sabia mais, mas ele não saia da minha cabeça, pensava que nunca ia achar alguém que me “amasse” tanto quanto ele. nesse meio tempo também comecei a ir na psicóloga, e ainda lembro exatamente do motivo “ela disse que te acha estranha...” essas palavras ecoaram na minha cabeça por dias e meses. também fui diagnosticada com depressão, comecei a me medicar. nesse meio tempo também descobri que na verdade a fulana nunca tinha me chamado de estranha, e que o menino tinha dito que era eu quem não gostava dela, botou uma contra a outra por puro prazer de ter as duas só pra ele. queria chamar ele, xingar, perguntar o porquê ele tinha feito isso comigo, mas o contato já tinha sido apagado há meses do meu celular, e jurei pra mim mesma nunca perdoar isso. nesse meio tempo também comecei a ir pras festas e, desgraçadamente, esbarrei com ele, já de volta ao brasil e namorando a colega do teste de peitos grandes. primeiro pensei caralho, eu odeio esse guri, não suporto ver a cara dele, mas continuei observando. na verdade, eu não conseguia parar de olhar pra cara dele, eu não consegui parar de sonhar com ele, com ele negando minhas desculpas e me tratando mal. por isso, em algum verão, chamei ele e pedi pra fazermos as pazes, era insuportável ver ele e fingir que nunca tínhamos existido um pro outro. mas ele continuou namorando, por três anos, entre traições e traições, e eu sempre sabendo das notícias. até que ano passado eu recebi uma mensagem no instagram, ele me chamou pra sair, tinha terminado o namoro. na hora meu coração parou, eu fiquei 30 minutos sem saber se aquilo tava acontecendo de verdade. respondi só pra ter certeza que não era pegadinha, e, com muito receio, saí com ele. como todo romance, o encontro foi perfeito e o sapo tinha, definitivamente, se transformado em príncipe. por alguns dias eu acreditei muito na possibilidade de mudança do ser humano, foram muitos elogios, muito cavalheirismo, muito romance, nem parecia real que o menino que eu nunca tinha superado também não tinha superado a mim. mas, como de costume, as coisas começaram a desandar, combinou de nos encontrarmos na casa dele depois de eu sair com minhas amigas e me deixou na mão, ficou chapado, dormiu e fui pra casa de uber com minha amiga. mas, como sempre, tava tudo bem, ainda me restava um pouquinho de tranquilidade, então no outro dia fui na casa dele, transamos, ele disse que me amava e ficamos bem. no outro final de semana, no dia do natal, me chamou pra uma festa que eu odiava, eu fui, saí mais cedo da janta de natal com a família e ele me enrolou até as quatro da manhã pra me encontrar lá dentro, até que desisti e voltei chorando sozinha no uber até em casa. no outro dia ele inventou alguma desculpa, e eu, bobinha apaixonada aceitei, ele prometeu recompensar no feriadão na praia, ano novo. pensei, essa é a última chance que eu dou pra esse cara, não sou trouxa não. primeiro dia de praia, chamei ele e os amigos pra irem beber uma cerveja ali perto de casa, “puts, não tamo nessa vibe, amanhã a gente faz alguma coisa”. beleza né, amanhã a gente se resolve. no outro dia chamei eles pra irem na festa que eles gostavam, ele confirmou que ia mais tarde. eu já louca de caipirinha chamei ele, perguntei se tava vindo “puts, os guris não querem me deixar entrar na festa porque não querem que eu fique casado, mas eu te amo muito, amanhã a gente conversa”. falei que aquela era a última chance, que se ele não entrasse naquela festa a gente nunca mais se falaria. não entrou, confesso que chorei bastante, e no outro dia chamei ele. conversamos, e, pela primeira vez, consegui botar pra fora tudo o que tava entalado na garganta há quase 4 anos, a transformação que ele conseguiu fazer em uma menina tranquila e de boas e que agora era insegura, deprimida e ciumenta. falei o quanto acreditei nele e como me senti quando, de novo, fui decepcionada. acabamos não nos vendo mais, aquele finde foi uma loucura pra ele e os amigos, noite de ano novo, e o meu foi consolado com meus amigos, alguns ficantes antigos, meu irmão e muita gente de bom coração. comecei a virada chorando e acabei mais feliz que nunca, pelo menos algo bom saiu de tudo isso. depois de alguns meses refletindo sobre tudo, sem trocar uma palavra com ele, sobre esses 4 anos de rolo e, principalmente, sobre os últimos meses que eu tinha feito a besteira de permitir que entrasse de novo na minha vida. eu ainda sabia que não tava tudo resolvido, sabia que minhas amigas todas já estavam cansadas dele, e eu devia estar também, mas aquilo me chamava de volta o tempo inteiro, porque talvez a errada da relação era eu, talvez eu devesse levar tudo menos a sério, ele sempre conseguia me garantir que era exagero, e que não ia se repetir, talvez ele realmente me amava e eu não era só uma transa casual. quando fiz uma festa de despedida porque, finalmente, tinha conseguido criar coragem pra me mudar para outro estado e começar uma vida longe, como eu sempre sonhava, ele apareceu. apareceu pra pedir desculpa e pra inventar mais desculpas por ter me tratado tão mal. eu passei a noite escutando, de cara fechada, ele disse até que ficou com medo. fiquei orgulhosa de mim, por ter sido superior, escutado seus motivos e, burra, aceitado dar uma nova chance, mas já sem muitas expectativas. ele prometeu me visitar em março, cheguei até a ficar empolgada, eu não sei o que tinha nele que me fazia sempre acreditar que no fim tudo ia ficar bem, e que nada que a gente tinha passado era abusivo, e que ele também não era. até que finalmente chegou o dia, ao mesmo tempo o mais assustador e mais feliz da minha vida. ele chegou pra me visitar. feliz porque, logo ao ver o rosto dele eu pensei “eu não amo mais esse cara”, assustado porque tinha um final de semana inteiro pra ficar com ele. foi gratificante perceber o mal que ele me fazia e conseguir dar um basta, foi difícil aguentar até o domingo, pra finalmente me sentir livre. foi difícil fingir pra nós dois que tava tudo bem, porque eu não tinha coragem de dar o pé na bunda, difícil aguentar o toque dele que me fazia sentir nojenta e ao mesmo tempo me fazia sentir nada. foi difícil escutar que, enquanto a gente ainda tava tentando dar certo no verão, ele ficava comigo e mais várias ao mesmo tempo, inclusive uma senhora de 40 anos que queria apresentar ele pros filhos. não foi difícil de aceitar que ele ficava com outras, porque eu também ficava e esse era nosso combinado, o que nos fazia especiais era confiar no amor do outro. o difícil foi perceber que era tudo teatrinho, que enquanto ele não podia sair comigo porque os “amigos não deixavam”, ele pegava uma mulher 20 anos mais velha, e mais tantas outras. alívio total por usar camisinha. quando foi embora, pela primeira vez em quatro anos disso eu me senti livre, senti que eu tinha me desatado de um laço que tava enrolado em torno do meu pescoço, me sufocando. me desatei de alguém que sempre me disse que eu era muito importante, mas que me tratava como nada. eu acreditei que ele me amava e que eu amava ele, e pode ser que isso realmente chegou a acontecer, mas ou não era de verdade, ou ele não sabe como gostar de alguém. por meses ele continuou me chamando, puxando assunto, querendo me encontrar, e por meses eu consegui me manter longe, até que ele desistiu. e finalmente eu me livrei. e por mais que as lembranças ainda doam muito e me façam sentir fraca, eu sei que fui o mais forte o possível, e consegui largar.
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[ as pessoas não sabem nada sobre a dor até que a sintam ]
eu o vi gritar comigo pela milésima vez e esbravejar sua falta de confiança em mim. talvez eu não seja digna do seu amor, talvez eu seja uma adolescente complicada demais, sempre me isolando e tendo opiniões que contradizem suas crenças.
você me criou pra pensar e hoje isso incomoda você, e eu sinto muito por isso, sinto muito por ter ideais tão diferentes dos seus e discutir contigo cada vírgula de uma opinião.
o que você não sabe é como eu consegui todo esse conhecimento, o quanto eu batalhei pra formar minha mente, o quanto eu tive que sofrer pra aprender sobre a vida.
eu aprendi que não se deve confiar nas pessoas aos 5 anos, quando eu só queria me divertir naquela piscina e aquele cara enfiou a mão por dentro da minha calcinha e me levou a inocência.
eu aprendi a lidar com meus próprios problemas quando eu tentei contar sobre as garotas que me batiam e me humilhavam na escola e não quiseram me ouvir.
eu me tornei a melhor aluna da escola porque eu não era bonita o bastante então eu devia ser inteligente.
eu me tornei uma pessoa melhor pras pessoas de fora porque em casa eu não tinha um colo.
eu aprendi a ser fria porque pessoas amáveis e doces de mais são diminuídas nessa sociedade dura.
eu repúdio tanto as injustiças porque sei o que é ser vítima delas.
[ a vida me deu marcas, mas algumas eu mesma fiz ]
eu desenvolvi depressão porque eu não tinha com quem conversar sobre o que sentia, eu nem se quer sabia o que sentia, tenho transtornos alimentares porque não aceito meu corpo e tenho vergonha dele, eu tenho ansiedade porque a idéia do amanhã me assusta e muitas vezes eu desejo que ele não exista.
eu tenho medo do mundo lá fora, honey. você era meu herói, você era quem devia me salvar do mundo, mas em algum momento você decidiu soltar a minha mão.
[ eu caí do abismo e me tornei parte dele ]
eu sinto muito por ser quem eu sou.
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Reaction: A Ter fotos Íntimas Suas Expostas
#AFTER
Perdoe qualquer errinho e tenha uma boa leitura ❤️
E para as outras pessoinhas que ainda perguntam sobre os Imagines e reactions, aqui eu pude dar uma breve explicação (^з^)
• Kim Namjoon
O rapaz ficaria indignado ao saber que sua privacidade havia sido tão exposta dessa forma, ainda mais porque era você nas fotos, uma coisa completamente pessoal da qual ninguém deveria ao menos ver
— Namjoon, calma, agora temos que focar em apenas descobrir quem foi o idiota. — Dizia tendo acalma-lo.
— Esse cara não tem noção, Jagi, minha maior preocupação é com você, ninguém precisa te ver assim — Encarava o próprio celular, vendo a foto de sua namorada apenas com finas roupas.
— Eu estou bem, ao menos não foi tão ruim, eu estava “vestida” — Fez aspas com os dedos. — Foi um momento nosso, e eu jamais teria vergonha disso. — Apertou o rapaz em um abraço, em seguida o olhando nos olhos.
— Te amo, me perdoe por isso — A abraçou.
• Kim Seokjin
O rapaz parecia até mesmo calmo, apenas por fora.
O corpo de Seokjin fervia ao imaginar o tanto de pessoas que estariam olhando para seu corpo de forma desprotegida, sendo apenas pressionada pela sua mão.
O rapaz passava os dedos por entre os cabelos, caminhando de um lado para o outro, bufava varias vezes, quase que se batendo contra a parede.
— Querido? — Disse segurando em seu braço — Vai ficar tudo bem — Sorriu calma — Vamos resolver isso
— Eu sinto muito — Lhe abraçou de repente — Eu não devia ter tirado aquela foto, não devia ter permitido — A pressionou cada vez mais forte — Eu juro que vou fazer o máximo possível para tudo desaparecer, como se nunca nem tivesse existido — A voz de Seokjin era pesada e cansada.
— Confio em você, vai dar tudo certo — O pressionou de volta.
• Park Jimin
Ele estava aos pés da cama, chorando.
Park Jimin te via como uma princesa, e só ele, e apenas ele, a conhecia em poucas roupas, sendo o maior privilegiado sobre seu corpo, você era como sua joia rara, da qual ele queria proteger do mundo.
Quando o rapaz soube que suas fotos estavam em todo lugar, a primeira atitude foi literalmente surtar, sem ao menos querer acreditar que estava tudo dessa forma.
O garoto parecia a imaginar chorando e gritando com o mesmo, e até pior, o deixando.
Era algo muito grave e intimo, que com certeza a deixaria magoada.
O rapaz batia suas pequenas mãos contra a testa, completamente frustrado.
— Jimin. — Sua voz ecoou por todo o quarto, onde só se ouvia o choro do rapaz.
— Jagi.. — Antes mesmo do rapaz terminar, você se curvou o observando.
— Eu já sei, eu já sei — Passou a mão suavemente pelo rosto do rapaz — Eu me sinto mal, mas a culpa não foi sua — Apertou as pequenas mãos, as afastando do rosto já vermelho de Jimin.
• Kim Taehyung
Irado, completamente irado.
Taehyung já estava a horas gritando no telefone com alguém sobre dar um jeito nisso, e retirar tudo da mídia, sua voz estava grave e suas veias quase saltavam do pescoço.
Você estava ao lado dele, observando tudo.
Já se sentia magoada demais por pensar nesse assunto, e principalmente em suas fotos.
Era algo bem simples, os dois deitados na cama, nus, mas na foto mostrava apenas suas costas contra a de Taehyung e uma das mãos do rapaz tapando seu seio, suas caretas mal apareciam já que o rosto estava pela metade, tinha sido uma selfie inocente, que até então era para apenas seguir como recordação.
— Tae.. — O chamou, mas o mesmo continuava a falar no celular.
— Taehyung! — Chamou a atenção, enfim recebendo um olhar do rapaz.
Ele caminhou calmamente até ti, desligando o aparelho. — Por favor, vamos pegar esse cara, só isso, esse assunto precisa acabar — Percebeu seus olhos se encharcarem de lagrimas e rapidamente recebeu um abraço caloroso.
— Eu vou te proteger, de qualquer coisa, eu sempre vou..
• Jung Hoseok
Ele estava em estado de choque. Só conseguia olhar para seu rosto em breves momentos, e a vergonha parecia o consumir.
Por milhares de vezes o rapaz tentou dizer algo digno a você, mas só se sentia culpado.
Aquela foto não deveria ter se espalhado, as pessoas não deveriam ter o direito de ver a intimidade dos dois, ainda mais quando algum idiota fez questão de hackear o celular e ainda compartilhar as coisas pessoais.
Hoseok estava frustrado, magoado, e preocupado com você.
— Jagi, vem aqui. — A chamou no sofá, vendo você se sentar bem ao lado dele.
— Eu não sei o que vai acontecer, não sei se vão pegar esse cara ou por quanto tempo ainda vão existir as suas fotos por ai — Passou as mãos suavemente por seus cabelos. — Eu não me importo de ter aparecido também, essa é nossa intimidade, nosso momento, não me preocupo comigo, mas sim com você — Passou a mão suavemente por seu rosto. — Não quero que nada de mal te aconteça, eu não quero que te olhem estranho ou te chamem de nomes horríveis apenas por você estar na cama com seu namorado, não importa por quanto tempo isso dure, eu estou com você, uh? — Deu um breve sorriso, beijando-a nos lábios.
— Vai dar tudo certo, Hobi — Forçou um sutil sorriso, se aconchegando no corpo do rapaz.
• Min Yoongi
Era como se um furacão tivesse passado por aquela casa, tinha coisas quebradas por todo lado, umas das quais o rapaz nem se lembrava de ter destruído.
Estava no meio da tarde, trabalhando em mais um de seus projetos, até o rapaz dar de cara com uma foto da qual ele bem conhecia, eram vocês dois.
Ele respirou fundo, não uma, mas varias vezes.
A primeira coisa que fez foi te ligar, acreditando que tivesse feito isso ou sem querer postado, mas não, só ele tinha essa foto, certo? Foi ele que tirou.
O rapaz olhou para seu celular descrente, algo havia acontecido e ele não sabia explicar, depois de alguns minutos, aquele aparelho começou a tocar loucamente.
Estando a um fio de explodir, Yoongi arremessou o celular contra a parede praguejando tudo que podia.
Em sua mente, sua garota ser vista dessa forma por muitos, era o cúmulo.
Yoongi sempre se mantinha firme em algumas coisas, mas nessa ele realmente havia se quebrado, estava mais despedaçado por dentro do que sua casa no momento
— Jagi.. — Disse ao ver que adentrava no apartamento. — Eu sinto muito..
• Jeon Jungkook
O garoto, semelhantemente a Jimin, estava apenas lágrimas, sua vontade agora era apenas abraça-la e dizer que tudo ficaria bem.
Por mais que não fosse um garoto muito aberto quando se tratava do relacionamento de vocês, ele sempre procurava estar ao seu lado, aproveitando cada sensação que você ou seu corpo poderiam o proporcionar.
No dia, aquela foto parecia completamente comum entre os dois, Jungkook apertava fortemente um lado de sua cintura, enquanto seu corpo estava contorcido na cama, em poucas peças.
Aquele era seu rosto, e estava ali para todos verem, e aquilo matava o rapaz por dentro.
Ele se sentia envergonhado, nervoso, irritado, e principalmente magoado consigo mesmo, se culpando o tempo todo em vez de focar no verdadeiro culpado, que havia espalhado tudo aquilo.
— Eu vou descobrir quem é você — Dizia entre dentes — E eu vou acabar com a sua vida �� Rangia.
Miss Writer ❌
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RELATO: Um dia SOBERBAMENTE comum...
Segunda feira, 10 de outubro. Tive certa dificuldade pra dormir na noite passada (certamente já havia passado das duas da madrugada), graças a enorme quantidade de cochilos vespertinos profundos que dei no fim de semana.
Acordei às 6, como de costume. Banho, café, cigarro... E vamos ao trabalho. Já comentei aqui algumas (muitas) vezes que sou professor de inglês, né?
Pois bem. Tudo muito normal na escola. Cheguei um pouco atrasado (não mais que quatro minutos), dei minhas seis aulas e voltei pra casa.
Aqui vale um parênteses: nessa escola que trabalho, há dois recreios. Tem muito aluno, aí fazem um recreio as 9h30 e outro as 10h20. Eu, azarado de pai e de mãe, tenho recreio as 10h20. Isso significa que eu fico mais de 3 horas direto sem comer, sem fumar, e, basicamente, rezando pra hora passar logo. Homem de hábitos, como um bauru de frango e tomo o suco que tiver na cantina, tomo café, fumo um cigarro e volto a dar aulas.
Ok, voltei pra casa. Almocei. Havia deixado algumas roupas de molho (água, sabão, amaciante) de ontem pra hoje pra ver se as manchas saíam. Não saíram. Mas as roupas ficaram, de fato, macias e cheirosas. De agora em diante, sempre vou deixar de molho antes de lavar.
Não é uma conclusão muito impressionante, mas paciência comigo, poxa.
Beleza, tirei as roupas que estavam no varal e coloquei na arara. Torci e estendi as que estavam de molho. Entrei, dormi. Estava esgotado.
Dormi tão profundamente que sonhei. Com aquela, que um dia havia sido o grande amor da minha vida.
Ou será que não? Até o momento, sim. É ela e sempre foi ela até agora. Eu estou aberto pra que outra coisa aconteça, mas até então, é ela.
E eu acho incrível que tanto tempo tenha se passado e ela continue existindo no meu subconsciente e me dando alguns sonhos.
Bem, ela foi a melhor, na minha pior fase. Quando acordei, pensei: "Po, que dahora. O sonho foi bom". Sabe? Depois de um tempo (MUITO tempo), cê já não se machuca mais. Só dá uma saudadezinha, mas coisa boba também.
E aí eu fiquei pensando nessa frase: "ela foi a melhor, na minha pior fase".
Quando eu tava com ela, eu trazia na bagagem muita coisa chata junta. Eu era um cara fechado, caseiro, e me achava a figura mais inteligente do mundo. Paradoxalmente, eu era depressivo, cheio de paranóias e inseguranças. A cereja do bolo: eu estava desempregado. E homem adulto desempregado é uma bosta.
E as vezes eu penso que talvez eu tenha dado um relacionamento bem pesado pra ela. Eu era muita informação.
Pensando bem, ela devia me amar muito pra ter me aguentado na minha pior fase. E eu acho que é por isso que ela ainda ocupa esse lugar.
E aí, com isso em mente, eu fiquei pensando em como eu mudei de vida. Como eu era imaturo emocionalmente. Antigamente, eu sempre queria estar certo. Em tudo. Não evitava uma discussão. Na verdade, eu procurava motivos pra discutir. E "vencer".
Hoje eu persigo a paz e a leveza. Eu me sinto um cara até mais foda do que eu jamais me senti, porque eu tenho um astral muito maneiro e eu sinto que as pessoas querem estar perto de mim, por eu passar isso. Esse astral bom. Essa leveza.
Pra chegar até aqui, foi preciso repensar muita coisa, colocar as ideias no lugar. Foi preciso pensar que é melhor ter paz do que estar sempre certo. É melhor causar um sorriso do que buscar uma admiração por "nossa, como ele é profundo e intelectual".
(Acreditem, escrever esse tipo de coisa é um misto de coragem e vergonha. Eu tô abrindo a caixa preta de um pedaço complicado da minha vida. Mas eu sei lá, me sinto bem falando abertamente sobre isso. Sincericídio, o nome)
E mano, na real... eu me remodelei!
Eu matei tudo que eu sentia que me atrasava. Eu era caseiro e agora não passo um fim de semana em casa. Eu era depressivo e agora sou uma pessoa que fica satisfeita e alegre com uma facilidade impressionante. Eu queria ser reconhecido pelo intelecto, e hoje eu só quero ficar na minha. Se não me reconhecerem por porra nenhuma, melhor ainda.
Eu sei que eu não passo em branco. Eu sou inteligente, eu tenho ideia pra trocar e eu não tô aqui pra impressionar ninguém, nem competir por nada. Eu tô aqui pra SER. E pensar assim LIBERTA!
Tudo é leve. Tudo é paz. E eu tô sempre em paz.
Não me entendam mal. Eu fiz isso tudo por mim. Não foi por ninguém. Nem mesmo por ela.
Lógico que ela foi parte desse processo, porque quando eu tentava entender o óbvio - porque ela terminou comigo - eu precisava me revisitar, precisava encarar de frente uma coisa bem chata chamada autocrítica.
E claro: eu não saí da depressão "do nada". Teve médico, teve remédio, teve um monte de procedimentos (terapia, meditação, yoga, calistenia, buscas por espiritualidade... Acho que já falei sobre isso) que me possibilitaram equilibrar meus hormônios pra ter forças pra sair do buraco.
Mas também teve a coisa da autocrítica. De entender o que me atrasava não só em relacionamento, mas em amizades, família, e etc: O fato de eu sempre levar tudo pro pessoal, de tudo ter que ser pesado, sério. O fato de eu ter sido sério até na hora de me entreter com algo. O fato de eu querer que gostassem de mim, me amassem, me reconhecessem. Tudo isso me atrasava. Gerava lixo emocional. Gerava dor e carência. E paranóia, muita paranóia. E tudo isso deixava meus dias com cores frias e saturação baixa. Parecia até que eu era algum personagem b da saga crepúsculo.
E aí eu tive um "estalo" em algum momento.
A solução é ser leve.
Eu adoro essa palavra. Leve! Eu quero que tudo na minha vida seja assim, pelo resto da vida.
Leve!
Relacionamentos leves, amizades leves, leveza no emprego, leveza no dia a dia.
Hoje foi um dia muito comum. Mas foi um dia leve.
E eu me tornei um cara leve. Na verdade eu sou HOJE o cara que eu gostaria de ter sido quando conheci ela.
Mas é claro, isso não rola. Passado fica no passado, e a vida é pra ser vivida olhando pra frente.
Eu sei lá.. acho que só pensei nela por causa desse sonho aí. Que a propósito, foi um sonho leve. Gostoso, bom... E leve.
Eu não sei colocar tudo em palavras, a coisa toda que eu relatei aqui hoje é muito mais intrincada e tem muito mais detalhes, e anos de mudança, e fruto de um olhar maduro e reflexivo sobre o próprio ser.
Mas eu aprendi a me amar. E a ser muito, muito seguro de quem eu sou, do que eu acredito e do que eu quero pra mim.
Isso é íntegro! E é a coisa mais do caralho que eu consegui conceber.
Enfim... Tô sentando na minha cadeira de praia agora, na sala da minha kitnet, enquanto escrevo esse relato. Acho a cadeira de praia extremamente confortável. Já até cochilei nela algumas vezes.
Foi um dia SOBERBAMENTE comum, enfim.
Mas o que importa é que foi leve. Como tem sido a vida.
Arrivederci! ;)
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Nosso Imposto Lindo Amor
Sinopse: Após anos de guerra entre humanos e mutantes uma trégua, até certo ponto estranha, foi feita entres os dois. Basta agora nossos protagonista tentar manter essa paz ao mesmo tempo que descobrem coisas sobre si mesmos que não sabiam.
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Rachael levanta do sofá largando a mão de seus pais, não podia acreditar no que havia ouvido como eles puderam fazer isso, ela já havia conversado com os dois principalmente com seu vater sobre ela escolher como seguir a vida dela.
Os dois somente olhavam a garotinha deles, que hoje já era um mulher feita andar de um lado pro outro com um olhar que mudava da raiva para indignação e mágoa. Isso cortava o coração de Charles que nunca pensou em fazer algo do tipo com ela, Rachel mesmo não sendo do seu sangue era sua filha e queria deixar que a mesma seguisse com sua vida.
Erik em sua mente pensava o mesmo, ela já havia conversado consigo para falar com Charles sobre deixá-la fazer a escolha da pessoa a qual passaria o resto de sua vida. Embora Rachel seja uma linda mulher, educada, refinada, poderia dizer uma perfeita dama pronta pra alta sociedade, porém sabia mais que ninguém o quanto a mesma preferia se afastar e só estar no convívio da família ou dos alunos da mansão.
Ela vira para os dois parando exatamente entre eles, os olhando com um pouco de mágoa e indignação.
-Eu não acredito que vocês fizeram isso! Me prometeram que deixariam EU escolher a pessoa com quem casaria, principalmente você vater, eu pedi pra fala com meu pai.
-Eu sei meine tochter mais olhe pelo lado bom, iremos com isso por um fim nessa guerra desnecessária sem baixas, você mesma nos disse que essa guerra deveria acabar.
-Isso mesmo querida - Diz Charles lança um olhar de ternura e carinho a sua filha ao mesmo tempo que fazia a mesma coisa com a ligação mental – Você me disse a umas semana atrás na ONU em uma reunião que queria findar essa guerra, essa pode ser a solução.
Os dois a olham transmitindo uma ponta de esperança e ansiedade que é devolvido com um olhar de incredulidade da mesma aos dois.
-E me vender pro filho do presidente dos Estados Unidos da América é a solução. Por causa deles quase perdemos a tia Raven, sem falar que a obsessão dos humanos em querer não só saber mais sobre nós como também em nos eliminar perdemos vários amigos, amigos esses que estariam aqui se não fossem os humanos. E não esqueça do ataque dos próprios mutantes que se acham no direito.
O olhar da mulher a frente deles era de completa raiva, ela mais do que ninguém era quem sofria com as perdas ao longo dos anos. Charles e Erik sabiam que cada morte durante essas 4 décadas a afetaram bastante seus poderes davam a ela uma percepção diferente do tempo, quase como se ela mesma estagnasse em quanto o mundo gira.
A declaração fez com que os dois sentissem vergonha do ato, mais ao mesmo tempo era um mau necessário essa paz nunca iria vir sem sacrifícios, e agora por mais que doesse quem teria que comete-los era Rachel.
-Filha eu sei que dói, eu sei que você se sente traída, mais é a única forma da paz reinar no mundo o próprio presidente disse que os países das nações unidas vão entrar no acordo.
Diz um Charles quase desesperado tentando convencer sua filha.
-E a minha vontade onde fica nisso tudo. E a minha faculdade, pai eu ia pra Harvard esse ano cursar a mesma coisa que você. Onde fica a minha vida, não era o senhor que estava me preparando pra assumir a escola, eu achei que isso era a prioridade agora que...
Antes mesmo que ela pudesse dizer mais alguma coisa o telefone da mesma soou o alarme avisando de compromissos que não poderia reagendar.
-Eu tenho que dirigir até Nova York, eu tenho que levar a Lorna na aula de dança, a Wanda no shopping e o Lucas no treino de futebol na escola e eu ainda tenho uma reunião com Tony Stark sobre aquele assunto de tentar colocar um reator Ark na mansão.
Os dois dão um sorriso triste a ela e Erik se manifesta.
-Tudo bem querida – Diz o mesmo se levantando, dando um abraço na filha e um beijo na testa – Vai cuida dos seus afazeres agora e tire o dia pra pensar, sei que você sabe que já está tudo decidido, mais ainda sim quero que você entenda.
Ela só retorna o abraço balançando a cabeça que sim, se ajoelha na frente de Charles, lhe dá um abraço e um beijo e se retira. Os dois soltam uma respiração e Charles se manifesta.
-Achei que seria difícil Erik, mais isso foi muito pior.
-Eu sei Charles, mas é necessário, não dá mais pra continuar e ela sabe. Vai ficar tudo bem. – diz botando a mão no ombro de Charles que só dá um sorriso triste pra porta.
Logan sabia de cor toda a agenda do mês de Rachel, apesar de ser estranho ele meio que servia de guarda costas/babá da mesma desde que havia procurado refúgio na mansão sendo o único que aguentava as brincadeiras que ela fazia, além de conseguir ir atrás quando fugia, o que ocasionou no título mencionado e uma amizade que poucos entendiam como funcionava.
Ao ver a menina apressar os irmãos para o carro e dirigir rápido mais ainda assim com segurança o deixou preocupado, pois a expressão dela era meio perdida e longe, como se alguma coisa tivesse acontecido. Não quis questionar no momento em prol das crianças que acharam estranho as atitudes da irmã que normalmente conversava o caminho todo e brincava.
Ao deixar o Lucas na escola e vê-lo entrar, Rachel segue para o conglomerado onde é a base dos Vingadores, visto que Tony Stark passa grande parte de seu tempo lá. Após alguns minutos de viagem Logan resolve conversar com ela.
-Então cabeça quente, o que está havendo?
A mesma olha rapidamente pra ele após parar num sinal vermelho saindo de seus próprios pensamentos.
-Nada, nada tá acontecendo Logan. Por que a pergunta?
Logan lança um olhar para ela que dizia tudo “eu não engoli essa guria”.
-Como nada, Rachel você passa a viagem toda conversando e brincando com as crianças, você tá assim desde que saímos da mansão. O que tá acontecendo? Pergunta ele veemente em saber o que aconteceu.
Rachel respira fundo, sai com o carro pois o sinal já havia trocado de cor e toma coragem para falar.
-Meus pais querem que eu case.
Ao ouvir essas palavras Logan se engasga e começa a tossir, algo que passa em segundos.
-Como é que é?
-A ONU se aproximou do presidente e juntos bolaram um plano mirabolante de que o filho do presidente devia casar pelo visto com alguma mutante importante pra selar um acordo de paz, e quem mais importante que Professor X e Magneto. Ou seja agora eu tenho que me casar com um idiota pra termos paz.
Logan fita o rosto da jovem, ele vê raiva, indignação, mágoa e tristeza passar no mesmo rosto que já viu esboçar um sorriso de alegria. Ele entendia o lado dela, afinal estava sendo forçada a algo que não queria mas ao mesmo tempo também entendia chuck, ele estava a anos tentando uma trégua e essa seria a chance.
-Tá, agora me explica o porquê de você estar com muita raiva, achei que a paz era o que você queria também. E daí que você vai ter que casar com um idiota, você vai tira de letra lida com ele.
-Não é isso Logan – diz com uma voz cansada prestando atenção na rua – Tem uma razão pra eu estar sozinha, pra até agora não ter me envolvido com ninguém me manter longe das pessoas elas tendem a me odiar, a me olhar como uma aberração e agora querem que eu seja basicamente o rosto dos EUA.
Logan entendia muito bem o que ela dizia, assim como a garota ele envelhecia devagar e tinha o mesmo problema as vezes, sabia muito bem que com ela por ser mulher era pior, visto que todas ao redor dela envelheciam e a mesma continuava jovem e bela. Esse era um dos motivos ao qual ela se mantinha longe das pessoas só entrando no convívio quando necessário.
-Rachel eu mais que ninguém te entendo, esqueceu que eu sou mais velho que você. Se brincar eu devo ter uns 100 anos! E você sabe muito bem que a anos vem usando seus poderes como desculpa pra não falar com os outros – ele já lança um olha desafiador pra ela que lançava um de raiva – E nem vem com essa olhada porque você sabe muito bem lidar com as pessoas, caramba mulher eu já vi você lidar com a Alta Sociedade pelo mundo como se fossem os alunos do Instituto, assim como eu sei que vai tira de letra essa reunião com o Stark.
Rachel automaticamente fecha a boca, ela sabia que Logan estava certa. Desde anos 80 vinha usando essa desculpa mesmo os tempos tendo mudado e os mutantes sendo mais aceitos, ela se envolveu numa bolha e envelhecer devagar era a desculpa para não estourar.
O plano da ONU era perfeito, pois colocava duas pessoas em evidência tendo que conviver juntas. Figuras públicas que teriam que mostrar cooperação para o mundo todo já que eram os “representantes” de suas respectivas raças. Mesmo assim ela ainda estava confusa, entretanto não teve mais tempo para conversar pois já havia chegado ao Complexo Vingadores e se prontificou a começar logo a reunião.
Após ser revivida calorosamente por Tony e mais alguns homens da reformada Shield – que lhe lançavam olhares de incredulidade misturado com curiosidade – ela prosseguiu a reunião normalmente como sempre fazia, sendo uma maestra reagindo uma orquestra a qual tinha Tony como o protagonista. No final deixou a todos de boca aberta quando finalizou um contrato para a tentativa da construção e ativação do Reator Ark em 2 anos. Aproveitando que todos estavam distraídos ela se encaminhou até uma sacada e ficou lá encostada na sacada de vidro com os braços sem saber do tempo até ouvir uma voz.
-Então a tão temida negociadora Rachel “Dama de Ferro” Xavier quase perdeu a sua magia hoje.
Diz Tony a ela o que a faz rir e falar sem sair da posição com o mesmo se posicionando ao seu lado da mesma forma.
-Não perdi minha magia, eu só... – Diz parando uns segundos para pensar – Estou de cabeça cheia.
-E o que tem na sua cabeça? Talvez possa ajudar, ouvi dizer que fala com alguém de fora ajuda.
Ela levanta a sobrancelha pra ele, respira fundo e diz.
-Meus pais querem que eu case. Stark olha pra ela com uma cara de espanto e diz um “parabéns” meio automático.
-E qual é o problema? Rachel olha pra ele rindo da pergunta.
-Tony eu conheço você há 3 décadas, eu conheci o seu pai. Eu tenho 48 anos, posso controlar os quatro elementos básicos da natureza e combiná-los além de mudar um pouco a minha aparência, só que isso tudo com cara de uma criança de 19 anos. Como eu posso aceitar ser a cara de algo se todos me odeiam não só por eu ser mutante, mas também por eu estar jovem e poder aproveitar a vida ao máximo em quanto alguns já tem rugas.
Tony respira fundo, soltando o ar devagar, em um ponto ele entendia ela afinal havia conhecido a garota quando tinha 18 anos, até então ela parecia ter seus 15 anos mais já falava com ele como se tivesse a mesma idade se não mais, isso o assustou de início como acontecia com todo mundo – segundo a mesma na época – e desde então vinha mantendo o mesmo “contrato”, que era mais uma ajuda mútua entre sua empresa e as mentes geniais do Instituto.
Ele sabia muito bem que esse poder em particular era um peso na menina, afinal aí estava ele com a mesma idade, velho, cheio de problemas, tendo que usar um mini reator pra sobreviver e ela ainda nova. Ele não ligava pra isso afinal já estava mais que acostumado, só que ela pelo visto precisava de ajuda.
-Ray, eu sei que você odeia isso, eu também te conheço a 3 décadas, temos praticamente a mesma idade e isso nunca foi um empecilho pra você se expressar – diz virando de costas e se escorando com o quadril cruzando os braços – Você não pode deixar o seu medo te dominar, você em uma hora de reunião já tinha o que queria, o resto foi conversando pra estipular prazos que fez em 30 minutos, mais rápido que eu, se der mole a Pepper vai quere trabalha pra você invés de mim.
Ele dá uma risada que é acompanhado por ela, já se sentindo triunfante por fazê-la rir.
-E eu sei vai tira essa situação toda de letra, e se por um acaso falarem qualquer coisa só seja você mesmo. É como o Erik me disse uma vez: Você está pronta pra ser a líder do Instituto, basta só dar um passo de cada vez.
Sim, Magneto já havia lhe dito essas palavras sobre Rachel uma vez que precisou ir ao instituto e a mesma não estava. Via no olhar o orgulho que ele e Charles tinham por ela bastava a mesma ter coragem em si
-Valeu Tony pelas palavras, mesmo que tenha sido estranho ouvir você sendo o maduro – Diz ela lhe dando um abraço e ficando parada na frente dele – Agora é voltar pra casa que tenho mais trabalho.
Ela se encaminha para sair levando consigo Logan, que havia ouvido a conversa e espera que com ele o Stark falando ela pudesse entender. Depois disso a viagem de volta foi outra, ela brincou e conversou com os irmãos que estava aliviados por ter a irmã de volta e ao chegar no Instituto vai direto pro quarto e fica sentada no banco que tinha em uma das janelas.
Não sabia quanto tempo ficou ali, mas ao ouvir a porta batendo e uma mulher ruiva e azul entrar deu um sorriso. Era Raven ou Mística para os alunos, sua tia que era como uma melhor amiga para si. A mesma se aproxima, lhe dá um abraço e senta na sua frente.
-Então Ray Ray os dois idiotas me falaram o que tá acontecendo. Sei que é burrice, eles pisaram na bola mais o que eu quero ouvir é a SUA opinião nisso tudo.
Ela adorava essa coisa de ser direta da tia, sabia que sempre podia contar com a mesma para ser França consigo.
-Eu odeio com todas as forças essa palhaçada, eles prometeram que eu podia escolher o tipo.o que minha vida ia tomar e meu marido e agora vem com essa, afinal de contas o que eles querem? Que eu seja a filha deles compreensiva que tá treinando pra ser a diretora daqui ou a princesinha mutante que vai se sacrificar pelo bem da raça e ser a bonequinha dos EUA? EU NÃO SEI O QUE ELES QUEREM!.
Rachel grita ao terminar o monólogo, recebendo um olhar d raiva da tia pela altura que gritou, Raven respira fundo fechando os olhos e ao abrir tinha um olhar decido e se dirige a sobrinha.
-Eu sei que é uma merda Rachel, é confuso, é um porre e a cima de tudo humilhante por que após todos esses anos é essa a solução que um bando de babacas engravatados que nunca foram se quer a uma briga entra militares e mutantes sabe o que e melhor. Você tem que levanta o rosto e seguir em frente, mostra quem você é e do que é capaz, deixar essa desculpa que você usa de envelhecer devagar e viver, já consegue sozinha arrecadar 1 milhão de dólares na conversa com engomadinhos da alta sociedade, agora em relação aos dois idiotas la em baixo eles só querem que seja você mesma, a garotinha forte e decidida que eles e eu conhecemos. Você vai consegui isso Ray Ray, só seja forte.
Raven se lança a frente puxando a garota pra um abraço forte que é correspondido, ao mesmo tempo que dá um beijo no alto da cabeça dela.
-Valeu tia Raven acho que precisava ouvir de você isso tudo, apesar de já ter ouvido esse discurso, mais é difícil quando tomam a decisão por você.
Ela só balança a cabeça e dá sorriso a sobrinha.
-Agora vai lá em baixo e fala com os dois que só falta arranca os cabelos de tanta preocupação.
-Tá bom tia, mais mão era pra você tá na Rússia com algumas sugestões recrutas? Indaga Rachel olhando pra ela.
-Cerebro e um Charles desesperado ajudaram nessa conversa, ele pede desculpas por usar o link e jura que não leu a sua mente sem autorização.
A menina da um sorriso e se despede da tia, levanta e vai até a sala do Cerebro que fica em baixo da mansão, ela vê os dois vai até eles e toma fôlego para dizer as próximas palavras.
-Eu aceito a proposta, e estou disposta e fazer a trégua entre humanos e mutantes.
Diz com uma voz decidida e determinação no olhar, que faz com que os dois homens a sua frente sorriam com um orgulho que quem passava pudesse olhar acharia que são dois idiotas sorrindo feito bobos.
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What you waiting for: Sohyun Lee
Cada vez que um primo ou amigo passava por mim pela porta da galeria da minha tia, eu tinha que fazer força pra não sorrir muito e parecer boba, precisava tratar todos eles do mesmo jeito que as outras pessoas visitando a exposição daquela semana, mas eu amava os elogios.
Sobre como eu parecia fina e belíssima num vestido preto clássico e com o cabelo preso, saudando as pessoas nas sete línguas que eu já falava fluentemente e sendo a definição de educação como host da recepção. E eu também amava estar sendo prestigiada por finalmente ter encontrado algo que eu gostava de fazer, e era muito boa nisso.
Depois de 19 anos tentando, nem eu achei que ia encontrar algum rumo pra minha vida, sabe? E eu não tô nem brincando.
Eu tinha cinco anos e consegui prender a minha perna na roda do meu triciclo enquanto passeava com ele pelo jardim de casa. Se cair de cara no chão e ficar toda torta naquela coisa de plástico pesada não fosse suficiente, meu rosto tinha ido de encontro com um formigueiro de formigas que picavam.
Aquilo por si só devia ser suficiente pra minha família entender que eu era um risco pra sociedade e pra mim mesma, mas eles esperaram mais uns seis acidentes parecidos no mesmo ano quase tirarem a minha vida, pra entender que eu estava mais segura perto deles ou usando uma daquelas coleiras infantis.
Eu já tinha ouvido falar sobre pessoas que nasceram lutando, mas perdendo e sendo arrasadas, era um cenário difícil até eu nascer e fazer dele real.
E se eu pudesse escrever um livro sobre mim, ia ser uma coletânea de derrotas e vergonhas que eu dificilmente escolhi passar, mas me perseguiam como se eu tivesse um alvo nas minhas costas. Como ser sempre escalada pra peças de teatro pra ser a flor no jardim ou a árvore do cenário, ou ser inclusa nas apresentações de dança só por pena porque não queriam me deixar sozinha no cantinho. A única coisa que eu conseguia me virar fazendo era cantar, mas só porque tinha uma mãe musicista em cada, caso contrário, certeza que ia marcar mais um ponto no bingo da desgraça.
Eu também nunca fui a mais inteligente da turma, e nem a pessoa mais atenta aos acontecimentos em volta, o que resultava em situações, assim, meio constrangedoras.
— Transou com uma mulher de 30 anos numa suruba? — Questionei Vishous na rodinha veterana em que estava no pátio, a jujuba dentro da minha boca caindo no processo de ficar chocada, me voltando a Luís. — E você também tava lá?
Aí, nessa hora, juro olhei para Arya sem a intenção de parecer obvia demais. Mas o pátio todo devia ter pegado aquela parte, fiz questão de gritar aquelas informações a troco de nada, assim como a segunda parcela delas.
— Como assim você agora é... Pai?! — O choque durou meio segundo, por no outro meio, estava pulando, feito uma pipoquinha, ao lado de Vishous. Animada de verdade. — Eu adoraria ser madrinha, minha avó me ensinou a tricotar e eu sou péssima nisso, mas vou fazer mantinhas pro seu bebê, e se sua mãe ficar brava, de novo, vocês podem morar com minha família e aí eu vou poder ver o seu neném todos os dias e vai ser incrível!
Na época, me defendo dizendo que era ingênua DEMAIS pra entender a gravidade da situação, porque se soubesse... Não ia mudar nada, eu amo bebês, independente da procedência e situação em que eles eram concebidos.
Em algum momento, eu duvidava até que ia conseguir entrar na faculdade, já que as minhas notas eram péssimas e eu não conseguia vingar nem um extracurricular que não fosse o clube de música e a mini ONU, até a NYU me chamar pra fase de entrevistas, e eu ficar perplexa.
— Gostei de você, Sohyun. Você foi aceita.
— Eu também gostei de conversar com a senhora, manda um beijo pros seus netinhos e... Eu fui o que?
Sério, tinha colocado minha bolsa no ombro, ajeitando minha saia de gente grande e séria no corpo, e congelei entre me levantar e empurrar a cadeira, o que me fez tropeçar nos meus próprios pés e cair embaraçosamente no chão. Feito fruta podre.
— Eu não tenho nada de interessante no meu histórico escolar. Nem uma estrelinha de mérito por existir. — Questionei a orientadora sentada na mesa, e eu tenho certeza que eu parecia miserável ali no chão, porque aquela mulher, classuda e cheia de diplomas, se ajoelhou na minha frente e me ofereceu o sorriso mais gentil que alguém já tinha me direcionado na vida.
— O futuro não precisa só de pessoas inteligentes, também vai precisar de pessoas com o coração bom, tão bom quanto o seu. — Ela começa, alcançando uma pasta com meu nome em cima da mesa, e pelo papel rosa e adesivos de gatinho, sei que é a carta que escrevi uns meses atrás. — E é... Maravilhoso como você considera sua família e seus amigos como sua prioridade e seus principais motivos pra nunca desistir, mesmo que...
— Os tombos sejam cada vez mais doloridos e os não's cada vez menos esperados. — Sussurro, completando minhas próprias palavras, antes de abrir um sorriso e me reerguer. — Eu prometo que vou dar o meu melhor.
E eu fiz valer cada "Você consegue, Sohyun" que me foram depositados através dos anos, prestes a me formar na faculdade com honras, e uma host de recepção digna de aplausos.
— Eu espero que vocês, senhoras e senhores, estejam prontos pra experiência mais magnífica e imersiva que vocês já tiveram na vida.
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