#escritos políticos
Explore tagged Tumblr posts
Text
«Y especialmente todos vosotros, que tenéis fuerzas para ello, declarad la guerra más implacable a aquello que es el primer prejuicio del que se siguen todos nuestros males, a aquella que es la fuente ponzoñosa de toda nuestra miseria: al principio según el cual la misión del príncipe es velar por nuestra felicidad. Perseguidlo con el sistema entero de nuestro saber por todos los escondrijos en los que se ha ocultado, hasta que sea exterminado de la tierra y devuelto al infierno que es de donde vino. El principio dice que nosotros no sabemos lo que promueve nuestra felicidad, lo sabe el príncipe y es él quien tiene que guiarnos hasta ella, por eso tenemos que seguir a nuestro guía con los ojos cerrados. El hace con nosotros lo que quiere, y si le preguntamos, nos asegura bajo su palabra que eso es necesario para nuestra felicidad. Pone la soga en torno al cuello de la humanidad y grita: “Calma, calma, es todo por vuestro bien”.
No, príncipe, tú no eres nuestro Dios. De El esperamos la felicidad, de ti la protección de nuestros derechos. Con nosotros, no debes ser bondadoso, debes ser justo.»
Johann Gottlieb Fichte: «Reivindicación de la libertad de pensamiento», en Reivindicación de la libertad de pensamiento y otros escritos políticos.Tecnos, pág. 12. Madrid, 1986.
TGO
@bocadosdefilosofia
@dias-de-la-ira-1
#fichte#johann gottlieb fichte#reivindicación de la libertad de pensamiento#felicidad#bondad#justicia#prejuicio#príncipe#gobierno#estado#manipulación#manipulación política#escritos políticos#teo gómez otero#filosofía contemporánea#idealismo alemán#función del estado#derechos#derecho
3 notes
·
View notes
Text
Políticos Corruptos Uma Praga a se Temer
“Políticos Corruptos: Uma Praga a se Temer” Políticos corruptos, uma praga a se temer Com suas mãos sujas, tentam nos enganar Promessas vazias, mentiras sem fim Tentando nos convencer, que estão do nosso lado. Mas suas palavras são como veneno Que nos envenenam a alma e o coração Eles jogam com nossos sonhos, nossa esperança E nos deixam sem escolha, sem voz, sem vez. A ganância os domina, e o…
View On WordPress
#10 políticos mais corruptos#brasil#brasil corrupção#corrupção no brasil#corrupção política brasil#corrupção política no brasil#corruptos#escrito político corrupto#o doutrinador políticos corruptos#poema político corrupto#poesia político corrupto#política#política no brasil#político corrupto#politicos#políticos corruptos#políticos corruptos brasil#políticos corruptos do brasil#políticos corruptos do cinema#texto político corrupto#top 10 - os políticos mais corruptos do mundo.#top 10 politicos corruptos do brasil#torneo de políticos corruptos
1 note
·
View note
Text
DEAREST READER — F1 GRID.
#sumário: headcanons sobre os pilotos inspiradas no universo bridgerton, e também nessas fotos aqui. #pilotos: carlos sainz, charles leclerc, george russell, lewis hamilton, max verstappen. #avisos: 7k de palavras então tá longo! algumas tropes são inspiradas em bridgerton (duh), e, muito provavelmente, existem algumas inconsistências históricas. só papo de casamento. não tive criatividade pra criar um título bonitinho pros divos, então é tudo na base do nome. não tá revisado.
💭 nota da autora poderia ter escrito um drabble pra cada um? SIM! but i didn't want to *laser eyes*. então, fiz uns headcanons que tão bem grandinhos porque simplesmente não consegui parar de digitar. tem uns que eu tinha desenvolvido muito mais, mas ficou simplesmente gigantesco, então cortei pela metade. gostei bastante de escrever esses, então espero que vocês gostem também! todos os créditos para a parte do russell e do sir lewis vão para a musa @imninahchan ♡ espero que gostem!
1 – O FAMILIAR CONDE VERSTAPPEN.
♡ㆍA família Verstappen havia se mudado para a propriedade ao lado há pouco mais de dez anos. E desde então, é impossível pensar em uma vida onde Max Verstappen não faça parte.
♡ㆍVocê, a mais jovem entre seus irmãos, e ele, o herdeiro ao título do pai, tornaram-se amigos rapidamente. Pela idade similar e o interesse mútuo em cavalos rápidos de corrida, a ligação havia sido instant��nea, mesmo que reclamasse da competitividade do garoto sempre que assistiam a uma corrida juntos.
♡ㆍCom o passar dos anos, estabeleceram que eram melhores amigos. Não que não fosse óbvio aos olhos alheios, mas foi como firmar um contrato verbal. Um arranjo para a vida.
"Você é a garota mais legal que já conheci," ele declarou, na tenra idade de onze anos. Estavam escondidos embaixo da mesa do escritório do seu pai, dividindo uma travessa de doces que haviam surrupiado da cozinha. Mesmo tão jovem, já era uma pessoa difícil de jogar elogios por aí, e talvez por isso, seus elogios fossem tão ruins. Mas você o conhecia bem o suficiente para saber que o que dizia era sincero.
"Que bom," responde, distraída enquanto retira o recheio de cereja do bombom. "Porque você é o garoto mais legal que já conheci".
♡ㆍA propriedade dos seus pais rapidamente se torna o refúgio de Max, uma maneira de fugir das expectativas e implicância do pai e viver como um jovem comum. Descobre a felicidade de fazer nada com você, após passar a manhã se esforçando para completar as lições de seus tutores. Leem livros e discutem sobre os enredos e seus personagens favoritos, conversam sobre os eventos da alta sociedade e também sobre suas expectativas para a corrida de cavalos daquele fim de semana.
♡ㆍPassam os momentos mais relaxantes juntos, mesmo com as discussões que surgem quando escolhem equipes opostas para torcer. Longe dos teatros da corte, podem ser genuínos um com o outro. Você não precisa fingir ser alguém que não é quando está com ele. Não precisa monitorar a altura das suas gargalhadas, a quantidade de biscoitos que come, ou a maneira que está sentada.
♡ㆍE percebe que ele também não se importa em ser aquilo que o pai o obriga a ser durante todos aqueles eventos rigorosos. Em sua companhia, ele deixa o futuro título de lado e pode ser apenas o Max. O seu melhor amigo que já quase se afogou quando caiu no lago de patos da sua propriedade, salvo por você, e que em troca, te salvou de quase cair do seu cavalo quando saíram para passear pelo bosque.
♡ㆍMas o tempo, às vezes, também pode ser traiçoeiro. Antes, aquele que os tornou inseparáveis também tornou-se motivo de distância. Ao atingir a idade adequada para começar a lidar com os negócios da família, o seu Max foi tirado da sua vida de forma abrupta e dolorosa.
♡ㆍVocê nunca ignorou a maneira a qual o pai de Max, o Conde Verstappen, tratava o filho como se fosse nada mais do que seu herdeiro, uma pedra preciosa que necessitava ser polida para os seus próprios jogos políticos. Era difícil não perceber o peso da responsabilidade nos ombros de seu amigo, que assim que atingiu a idade considerada apropriada pelo pai, se fechou totalmente.
♡ㆍAo visitá-lo em sua residência, quando sabia que Conde Verstappen não estava por perto, você era sempre recebida da mesma forma: a preceptora de Max, com aquela cara azeda, tinha o prazer de atendê-la apenas para te dizer que "o herdeiro Verstappen está muito ocupado no momento, senhorita". E mesmo com sua insistência, o máximo que conseguia era apenas deixar uma mensagem que nunca era repassada.
♡ㆍEntão, com sua estreia, passaram a se encontrar apenas nos eventos da alta sociedade. Por um tempo, sentia tanta raiva do rapaz que mal conseguia encará-lo por muito tempo, e procurava sempre escapar de qualquer possibilidade de interação.
♡ㆍEssa necessidade de evitá-lo fazia com que você se tornasse alheia a atenção, sempre tão dedicada e repleta de anseio, do rapaz. Os olhos azuis te acompanhavam pelo salão, morosos e ardentes, carregados da saudade que só você seria capaz de identificar.
♡ㆍE, apesar de ser um dos homens mais cobiçados do recinto, Max havia ganhado uma reputação que nada lembrava aquele que você conhecia. Dava a impressão de ser um recluso, sempre afastado e desagradável. Passava a noite conversando com os amigos de seu pai, todos relacionados a política, e recusava ser apresentado a qualquer moça, raramente participando das danças.
♡ㆍNão surpreendia que, mesmo com toda a popularidade que ganhou sendo um Verstappen, ele ainda não tivesse garantido uma esposa, já em sua segunda vez participando ativamente dos eventos da temporada. Claro, sendo um homem, as suas tentativas não seriam contabilizadas.
♡ㆍVocê, ao contrário de seu velho amigo, teria fazer valer a pena cada dança, conversa e trocas de olhares nos salões que frequentava. Tinha sempre seu cartão de danças preenchido, dando o seu melhor em qualquer coreografia e tornando até os piores pares em uma companhia agradável. Havia se tornado uma das estreantes mais populares, e por isso, o seu valor aumentava cada vez mais. O que te leva a crer que foi justamente por isso que Max Verstappen decidiu se aproximar de você mais uma vez.
♡ㆍPreenchia um copo de ponche para acalmar os nervos após ter dançado uma fervorosa quadrilha junto de um jovem lorde, e respirou fundo quando notou que os pés doíam depois de tanto esforço (e pisoteadas). Mal havia levantado o braço para bebericar quando percebe a chegada de alguém a mesa que estava.
♡ㆍ"Ainda tem espaço para uma dança?" Max, é claro. A voz parecia mais madura, mas ainda reconhecível. Não sabia se seu coração havia acelerado por nervosismo de, finalmente, conseguir conversar com ele novamente, ou se por pura raiva. Talvez um pouco dos dois.
"Felizmente não," responde com uma mentira, mais seca do que intendia. Geralmente, ao lado de homens da alta sociedade bonitos e solteiros, você era simpática, tão doce que doía os dentes. Mas esse não era um rapaz qualquer. Era Max, seu antigo melhor amigo, que foi covarde o suficiente para quebrar seu coração sem justificativa.
Sua resposta pareceu desestabilizá-lo por alguns segundos, e você pôde acompanhar o brilho nos olhos azuis desaparecer após sua rejeição. A possibilidade de cutucá-lo com a mesma adaga que te machucou parecia interessante em seus secretos planos de vingança, mas realizá-los, de fato, não surtiu nenhum prazer.
Bebeu um pouco do ponche, e distraída, perdeu o momento em que os olhos do rapaz conseguiram avistar um bloco em branco do seu cartão. Sem mesmo pedir licença, Max segurou o pequeno objeto em sua mão, capturando a pequena caneta e deixando sua assinatura ali. "Podemos dançar a valsa," anuncia, deixando claro que não teria outra opção. E então, te faz uma curta cortesia, se despedindo, "Lady".
♡ㆍFoi assim que, contra a sua vontade, por uma mudança ridícula do destino, você finalmente teve Max Verstappen de volta em sua vida. Passara anos desejando a presença do rapaz, e quando finalmente conseguiu… tudo estava diferente.
♡ㆍApesar de sua latente desconfiança, que sempre se erguia como uma barreira em sua reaproximação, estar perto de Max era como voltar a sua infância, e por mais que odiasse a afeição que borbulhava em seu peito, não podia evitá-la. Encontrava conforto em saber que o seu Max ainda existia por baixo daquela máscara estoica que usava em todos os bailes, e que surgia sempre quando entravam em uma discussão sobre a corrida da semana, agora ainda mais sarcásticos e maduros. Tudo ainda estava ali, adormecido, parecendo apenas esperar que o causador de tais sentimentos voltasse para revirar tudo novamente. ♡ㆍO cortejo público poderia não ser mais do que uma estratégia, mas quando estavam juntos, dividindo uma conversa ou uma dança, você sentia que talvez estivesse enganada acerca de suas suspeitas.
16 – O MUSICAL PRÍNCIPE CHARLES.
♡ㆍVocê não morava embaixo de uma pedra. Todos comentavam sobre o príncipe estrangeiro que havia chegado para cortejar a escolhida da rainha naquela temporada, e você, contra sua própria vontade, sabia tudo sobre vossa alteza real.
♡ㆍEra fato conhecido de que a cor favorita de Príncipe Charles era o vermelho, que faz parte do emblema de sua dinastia. Por isso, todas as debutantes (e solteironas, no geral) aderiram a detalhes vermelhos em seus vestidos para o primeiro baile da temporada. Dizem, também, que vossa alteza é um amante de animais, e você pode jurar que até a mais frígida das moças da sociedade adotou um cachorrinho.
♡ㆍNão que você estivesse fazendo diferente, já que a noção de ter alguém diferente frequentando os mesmos espaços te despertava mais curiosidade do que deveria. Mas também estava ciente da dura realidade que enfrentava: agora, iniciando a sua terceira temporada consecutiva, não poderia esperar mais do que um lorde com poucas posses como marido. E mesmo assim, esse cenário ainda é muito otimista para sua situação. O mercado casamenteiro é impiedoso.
♡ㆍPor isso, tentava não criar expectativas como as outras garotas da sociedade. Enquanto elas sonhavam em agarrar a atenção do príncipe para longe de sua prometida, você se contentava com o destino que sabia que não poder fugir. Pelo menos, tinha mais chance em ganhar os olhos dos outros aristocratas e, quem sabe, conseguir laçar um marido logo.
♡ㆍNão que tivesse pressa, mas saber que poderia se tornar um peso a mais para os seus pais era algo que não saia de sua cabeça ultimamente. Ainda mais sabendo que estavam realizando um grande esforço ao patrocinar o primeiro baile da temporada na propriedade da família, fazendo de tudo para que conseguissem se destacar no meio de tanto furor.
♡ㆍE então, na noite que daria o pontapé para o início da nova temporada, todos são surpreendidos com a reviravolta: o príncipe não estaria presente naquela noite. Os membros da alta sociedade, tão arrumados e reunidos no salão de bailes do casarão de seus pais, são pegos de surpresa com a notícia. As mulheres escondem o suspiro de surpresa com seus leques, enquanto os homens conversam entre si, acordando que, certamente, teriam menos competição pelo resto da festividade.
♡ㆍA notícia, no entanto, chega para você como um soco no estômago. Não tão decepcionada pela ausência, mas pelo grande ato de babaquice real. O grande baile que seus pais haviam planejado foi minado pela notícia de última hora, que fez com que os presentes se sentissem desanimados. A atração principal havia cancelado, e o que seria da noite?
♡ㆍTalvez pela abrupta mudança de planos e a confusão generalizada causada por ela, onde todos os convidados pareciam meio perdidos – o que apenas mostrava a rigidez desses eventos, onde todo tipo de interação é previamente ensaiada –, você conseguiu escapar da multidão de vestidos e paletós que cobria o salão para a sala de música, cômodo vizinho.
♡ㆍDecerto, não esperava nada ao entrar na sala e encostar-se contra a porta, soltando uma respiração aliviada. Mas ouvir a melodia das teclas de marfim do piano te alcançou desprevenida. Alguém daquele salão teve a mesma ideia que você, e ainda não sabia se isso era bom ou ruim. Pelo menos, não tocava como um ogro.
♡ㆍA sala era pouco iluminada, apenas com alguns candelabros acesos, mas que faziam pouco para clarear o espaço amplo. Era capaz de observar uma figura elegante sentada à frente de seu piano – todas as moças devem ter, pelo menos, algum tipo de talento, foi o que sua mãe disse ao te ensinar as escalas do instrumento, quando ainda tinha nove anos. O cavalheiro parecia ter cabelos castanhos, iluminados pelas velas amarelas em seu entorno. O nariz pontiagudo e a covinha em sua bochecha eram sombreados, mas os olhos estavam escondidos pelos cílios grossos. Até o momento em que levantou a cabeça para te encarar. Sem perceber, você acabou prendendo a respiração mais uma vez.
♡ㆍSentiu o coração dar um solavanco contra o peito. Pensou ser porque estava na companhia de um completo estranho, em uma sala, sozinhos. E então, adicionou isso ao fato de estar diante do completo estranho mais bonito que já viu em toda sua vida. Aí, o coração errou uma batida.
♡ㆍ"É um bom piano, não?" é a pergunta que sai dos lábios do estranho, uma maneira de quebrar a atmosfera que pesava a sua volta. Os olhos dele pareciam esverdeados à distância. Talvez castanho, também? Impossível de dizer de onde estava parada.
♡ㆍA pergunta ecoa em sua mente por alguns segundos. Ele também não fazia ideia de quem você era, se não, já estaria se levantando e pedindo desculpas por tocar em algo que te pertencia. Mas essa ideia não te incomodava tanto, pelo menos não quando o escutou dedilhar um trecho de uma de suas sonatas favoritas. O toque a fazia soar mais suave do que realmente era.
♡ㆍ"Sim," concorda e, antes que pudesse perceber o que fazia, já dava passos na direção do seu instrumento. Ou melhor, para o estranho que o tocava.
♡ㆍ"A senhorita se interessa pelo piano? Toca?" a voz dele era suave, como se não quisesse atrapalhar o som que os próprios dedos produziam. As mãos se moviam com destreza sob as teclas, e a agilidade dos movimentos a encantavam. No entanto, os olhos do rapaz não saiam de seu rosto, que estava queimando embaixo de tão devota atenção. Você consegue apenas assentir, o que ele responde com um sorriso animado. E então, outra pergunta, "Me acompanha?"
♡ㆍEnquanto toca, chega um pouco para o lado, te dando espaço suficiente para sentar-se a frente da região grave. Retirando sua mão esquerda, o som fica incompleto até você, de fato, ajudá-lo a completar a melodia. Uma maneira um tanto inortodoxa de conhecer alguém, mas completamente divertida.
♡ㆍDurante alguns minutos, permanecem dividindo as teclas e misturando os sons. Quando a canção que ele iniciou termina, você traz uma nova para que ele te acompanhe. É um desafio acertar as composições com apenas algumas notas inacabadas, mas é um joguinho que deixa os dois entretidos por um bom tempo. E, depois de algumas vezes, percebe que têm um gosto extremamente parecido. Seguem sempre o caminho das melodias mais delicadas, um tanto etéreas.
♡ㆍDão risada quando as canções intercaladas passam a ficar mais complexas, e suas bochechas queimam quando suas mãos se tocam ao alcançar a região central das teclas. Consegue sentir o calor da mão do rapaz na sua, mesmo que esteja coberta por sua luva. Em um momento, chegam até a quase entrelaçar os braços, trocando as escalas. Isso é o que mais rende risos, porque a posição apenas torna tudo mais difícil. Mesmo que em silêncio, parecem trocar ideias bem ali, nas teclas de seu sagrado piano.
♡ㆍFoi um daqueles momentos em que o coração guarda com carinho, mas que você entende ter que acabar. A última canção se encerra naturalmente ao compartilharem a nota final. Você levanta os olhos, animada, e percebe que, enquanto estava encarando as teclas de marfim, o olhar do rapaz já estava em seu rosto há tempos. Isso faz um calor subir de seu peito até as bochechas.
♡ㆍ"Preciso me retirar, milady," ele se desculpa, mesmo que não faça nenhum movimento para se levantar do banco que dividem. Com os olhos dele sob os seus, você pensa: azuis com castanho. Combinação estranha… e mais encantadora que já vi. No entanto, responde com um murmúrio positivo, algo entre 'tudo bem' e 'eu entendo'.
♡ㆍE apenas após escutar sua aceitação, mesmo que nem um pouco animada, o rapaz se prepara para partir. As duas mãos abotoam seu paletó, e você observa uma pequena insígnia no anel que leva no dedo indicador. Cavalo rampante.
♡ㆍAlgo em seu peito incomoda ao vê-lo andar pela sala, para longe de você. Sem conseguir se segurar por muito tempo, decide dar um fim ao mistério que os rondou durante o tempo que compartilharam. Depressa, se introduz, revelando que era a filha dos donos da propriedade em que estavam, a filha do Conde.
♡ㆍSeu coração reage com mais um solavanco mal-comportado ao vê-lo sorrir, esperto. "Oh, eu sei," ele responde, como se você não tivesse que se preocupar com isso. "E eu sou o Charles". Céus.
44 – O SURPREENDENTE DUQUE HAMILTON.
♡ㆍTodos da alta sociedade conheciam Duque Hamilton. Não apenas por sua elegância natural, que faz com que pareça Adônis reencarnado em qualquer roupa que vista, e nem só por sua riqueza e propriedades, mas, principalmente, por seu estilo de vida hedonista.
♡ㆍDesde quando estreou na sociedade, no ano passado, percebeu que as aparições do duque eram raríssimas. Poucas foram as vezes que chegou a vê-lo nos salões de baile que frequentava, e menores ainda foram as oportunidades que teve para sequer interagir com ele – surpreendeu-se apenas por imaginar que ele sabia de sua existência.
♡ㆍMas, quando conversavam, sempre mantendo a distância de desconhecidos, mas a educação daqueles que querem se conhecer, você imaginou que todas aquelas histórias mirabolantes sobre o duque e seus pernoites eram apenas rumores sórdidos. Certamente, seria impossível que um homem tão cortês causasse tanto estrago. Mal conseguia imaginá-lo em uma das festas ensandecidas que as más línguas descreviam.
♡ㆍNo entanto, sua opinião mudou radicalmente logo no final da temporada passada, durante uma belíssima ópera patrocinada pela Rainha. Ao se ausentar para ir ao banheiro, foi surpreendida pela visão do Duque Hamilton com uma das cantoras, que interpretava um dos papéis menores no espetáculo.
♡ㆍCom os olhos esbugalhados e o sentimento de desespero que crescia por flagrar um casal em um momento íntimo, acabou se escondendo atrás de uma das grandes pilastras. Uma decisão a qual se arrependeu amargamente.
♡ㆍAinda era capaz de escutar tudo, e sentia o nojo se espalhar por suas entranhas ao escutar o som molhado dos beijos que compartilhavam, bem no meio do hall do teatro. Com as portas principais fechadas, ninguém podia vê-los e estavam distantes o suficiente para que o som do espetáculo fosse abafado.
♡ㆍAté que escutou a voz melódica do duque dizer uma sequência de palavras sedutoras, sem dúvidas as mais apetitosas que já ouviu um homem falar em sua vida. Caíram como explosivos em seus ouvidos inocentes, e despertaram muito mais do que sua curiosidade. Sentiu seu peito arfar, como se tudo o que Duque Hamilton estivesse falando fosse direcionado para você.
♡ㆍDeixou-se devanear por alguns segundos, se perdendo na própria imaginação ao escutar o barulho que o casal fazia, apenas alguns passos atrás da pilastra, até serem interrompidos. Sua acompanhante para a ópera, a sua dama de companhia, abriu as portas que separavam o hall da plateia e o barulho acabou por sobressaltar tanto você quanto o duque.
♡ㆍ"Como a senhorita demorou!" ela anuncia ao te encontrar, escondida como um ratinho (e sentindo-se tão suja quanto) atrás da pilastra. Ao fundo, conseguia escutar o barulho apressado dos passos do casal, provavelmente procurando um local mais reservado para que pudessem continuar suas atividades.
♡ㆍDesde esse dia, não duvidou dos rumores que passavam por seus ouvidos, e também não conseguiu mais parar de prestar atenção em tudo o que o duque fazia. Alguns argumentariam que estava apaixonada por ele, como todas as jovens mulheres da sociedade, mas você gostava de acreditar que seu interesse era um resultado puro de sua própria curiosidade.
♡ㆍMas em momento nenhum ousou sonhar que seria, um dia, quem sabe, cortejada pelo belo duque. Essa era uma ilusão que não queria alimentar de forma alguma. Mesmo assim, você não conseguia parar de pensar nele.
♡ㆍE isso se seguiu até o início da nova temporada. No começo, foi difícil para de procurar pelo duque em todos os lugares que ia. Sentia-se frustrada por ele não estar presente para vê-la tão arrumada, tão linda. Decepcionava-se ao ter que gastar mais um belo vestido para conhecer outros pretendentes que não eram ele. E seguiu dessa forma pelos primeiros bailes, até, finalmente, conseguir direcionar sua atenção para outro homem.
♡ㆍLorde Burton era um visconde de posses pequenas, mas valiosas. Era simpático o suficiente para manter uma conversa interessante e tinha boa aparência. Te elogiava constantemente, ao ponto de se tornar um tanto inconveniente, e parecia gostar realmente de você. Um pouco demais.
♡ㆍNo início, falhou em se atentar na emboscada que havia caído. Era uma boa combinação, o suficiente para que você não fosse considerada mais uma na fila das solteironas da sociedade, e também para te tirar daquele fascínio pelo duque, um homem que você sabia estar fora de cogitação.
♡ㆍMas esqueceu de pensar que Lorde Burton, por mais benquisto que fosse, jamais manteve um cortejo por tempo o suficiente, apesar de seu histórico dizer que já havia tentado muitos. A essa ponto, deveria imaginar que o homem estava tão desesperado para se casar a ponto de se agarrar a você como sua última esperança.
♡ㆍO que foi, outrora, ameno, agora estava se tornando uma amolação. Não conseguia escapar de seus braços durante os bailes e tinha que suportar suas intermináveis conversas sobre o seu casamento – que não havia sido acordado por sua parte. Lorde Burton era extremamente carente por sua atenção, e sua paciência era curta.
♡ㆍEm um dos eventos realizados na casa de uma das amigas da Rainha, um baile luxuoso e muito bem frequentado, você se sentia sufocada ao lado de seu… galanteador. Mesmo após três taças de champanhe e o uso de seu leque, sentiu que não conseguiria passar mais um minuto sequer ao lado de Burton.
♡ㆍFazendo charme, tocou o braço do homem para alertá-lo que não estava se sentindo nada bem, e que precisava se retirar do salão para recuperar-se por alguns instantes. Enquanto Lorde Burton ainda pensava em se oferecer para te acompanhar, você imediatamente o calou, alegando que passava por problemas femininos – a desculpa perfeita para manter qualquer homem afastado.
♡ㆍAssim que recebeu um olhar de preocupação, mas compreensivo, do seu par, não esperou nem um segundo para sair do salão. Apenas não correu porque ainda precisava manter a pose debilitada.
♡ㆍAproveitou os momentos que tinha antes de, inevitavelmente, Lorde Burton vir ao seu encontro, para passear pelos corredores próximos. Não fazia a menor ideia de por onde ir, já que a residência era imensa. Decidiu que seria melhor manter a exploração aos ambientes próximos à festa, assim, poderia caminhar de volta sem muito esforço.
♡ㆍEntrou em um extenso corredor, repleto de retratos e pinturas paisagísticas. Foi o que te distraiu o suficiente para que não visse que uma nova pessoa havia entrado no mesmo lugar que você, e estava tão aéreo quanto. Sem perceberem, acabam por se esbarrar bem no meio do corredor, enquanto hipnotizados por um dos quadros pendurados na parede.
♡ㆍ"Me desculpe," você nem havia encarado o rosto da pessoa a qual falava e já pedia desculpas. Quando seus olhos finalmente se encontraram, suas bochechas queimam ao completar, "Duque Hamilton". E oferece uma curta cortesia com a cabeça, a que ele retribui rapidamente.
"Senhorita," te dá um sorriso encantador, e você sente o coração disparar dentro de seu peito. Parecia até uma garotinha, admirada por tudo o que esse homem fazia. "Acredito que esteja tão perdida quanto eu".
"Um pouco," admite, ainda um tanto desnorteada. Estão mais próximos do que deveriam, devido ao esbarrão. Sente a saia de seu vestido roçar contra os joelhos do duque. "Não quis me afastar muito do salão".
"Decisão sábia," oferece uma risada, então, em um tom confessional, diz, "Estava à procura do toalete, mas acabei aqui".
♡ㆍÉ um momento simples, mas que te deslumbra. Enquanto ri, aproveita para apreciar a maneira com que os olhos do duque se fecham ao sorrir, e como ele parece tão à vontade criando uma conversa fiada – depois de tantos anos na sociedade, deve ser um mestre.
♡ㆍNo entanto, antes que pudesse responder a sua revelação, vocês são pegos de surpresa com a chegada de um novo integrante à conversa: Lorde Burton. Como era de se esperar, após ter demorado tanto para retornar à festa, o seu pretendente havia iniciado a sua busca – mais cedo do que o imaginado, contudo.
♡ㆍVocê deixa escapar um suspiro de consternação, alto o suficiente para que o duque te encare com um olhar confuso. Ele imediatamente nota como o seu corpo pareceu tensionar com a chegada do cavalheiro. E parece não gostar da maneira com que Lorde Burton o ignora, dirigindo-se diretamente a você, como quem procura tirar satisfação.
♡ㆍ"Aí está você!" exclama, em um tom falsamente bem-humorado. Um sorriso contido, mas sabichão, aparece nos lábios do lorde, fazendo seu estômago revirar de irritação. Era melhor que tivesse se perdido naquele casarão. Então, com um olhar de soslaio para Duque Hamilton, completa: "Pensei que estivesse lidando com problemas femininos, mas vejo que já está bem melhor, não?"
♡ㆍEstava claro que falava aquilo em voz alta para te constranger na frente do duque, uma maneira de te dar o troco por fazê-lo esperar, sozinho, no salão. Você se retrai e olha para baixo, evitando contato visual com ambos.
"Já es-," antes que pudesse completar a sua frase, complacente, é interrompida pela voz do duque. Ele ajeita a própria postura, e parece crescer diante de seus olhos. Os olhos castanhos se estreitam enquanto encaram Lorde Burton, intensos.
"A senhorita sente-se muito bem, meu lorde. Apenas precisava de um momento longe do tumulto," é como se roubasse todas as desculpas da sua mente. "E não é necessário se preocupar, todos os problemas femininos já foram resolvidos". Ou talvez não todas.
♡ㆍSeus olhos se alargam ao escutar a réplica do duque, e é preciso morder o próprio lábio para não deixar que uma risada incrédula te escape. Curiosa, sua atenção cai imediatamente sob Lorde Burton, que parece mais atribulado que o normal, chocado tal insolência. Ao voltar seu olhar para Hamilton, percebe que ele encara o lorde como se perguntasse, silencioso, 'o que vai fazer?'.
♡ㆍFoi respondido em apenas um segundo. Lorde Burton olha para os dois, e ainda nervoso, bate o pé em retirada do corredor. Seu rosto parecia vermelho como um tomate, e bufava.
♡ㆍAssim que o homem se distancia o suficiente, você e o duque se encaram e, sem se comunicar, desatam de rir ali mesmo. Sente a sua barriga doer e lágrimas escorrerem por seus olhos, que seca com os dedos assim que se acalma.
♡ㆍ"Obrigada," agradece ao duque, mesmo que, no fundo, soubesse que havia arranjado um grande problema para resolver. Em troca, ele faz uma pequena cortesia com a cabeça, ainda rindo. Passam alguns segundos em quietos, o silêncio sendo interrompido apenas pelas respirações pesadas após a crise de risos.
"Não é preciso me agradecer," responde, mas logo se contradiz, ao sugerir, "Ou talvez… a senhorita queira me agradecer me concedendo uma dança?"
55 – O ENCANTADOR MARQUÊS SAINZ.
♡ㆍSer de uma família do campo, de renda modesta, nunca pareceu um impedimento para qualquer coisa em sua vida. Você foi criada e educada sem a ajuda de criados, fazendo as tarefas para ajudar seus pais, e em conjunto com seus irmãos. Aprendeu a ler e foi bem-educada na arte da conversação com a ajuda de sua mãe, mas também aprendeu a lidar com os animais da fazenda com seu pai.
♡ㆍNunca aspirou casar-se com ninguém fora de seu círculo, e já sabia que teria que se contentar com algum rapaz de boa aparência, tolerável e com escassas terras em seu nome. Uma garota do campo como você raramente teria grandes chances em subir socialmente.
♡ㆍNo entanto, sua madrinha, que morava na cidade e pareceu nunca ligar muito para sua existência, tinha outros planos. Lady Federline havia acabado de perder o marido e também perdia as esperanças de conseguir um casamento próspero para as duas filhas solteironas, que embarcavam em sua quarta temporada na sociedade. Pediu para que seus pais concedessem a sua guarda para que, finalmente, obtivesse sucesso no mercado casamenteiro.
♡ㆍ"É meu dever como madrinha," foi o que a mulher disse, mesmo que tivesse muitas outras obrigações que jamais cumpriu. Mal se lembra da última vez em que a viu, mas decidiu aceitar o ato de boa vontade – não que tivesse muita escolha, já que seus pais ficaram deslumbrados pela oportunidade de sua filha se casar com um homem de boa fortuna, que pudesse melhorar o estilo de vida da família. No fundo, você sabia que era apenas mais uma tentativa da mulher não se afundar ainda mais perante àquela sociedade tão crítica. Com dois fracassos em uma mão, talvez um casamento bem-sucedido pudesse salvar um pouco de sua reputação.
♡ㆍEm sua chegada na cidade, rapidamente fora escoltada para a modista, que se tornou um de seus lugares favoritos. Não pelas roupas, que apesar de lindas e glamourosas, não enchiam seus olhos. Foi ali, enquanto tirava suas medidas e ajustava alguns vestidos disponíveis, em que pôde saber mais das histórias da alta sociedade. Fofocar era um hábito que não morreria tão cedo em você.
♡ㆍDescobriu que sua teoria estava mais certa do que gostaria. Uma das filhas de sua madrinha havia se envolvido com um rico político, já casado, e trouxe escândalo para o nome da família. Enquanto a outra era tão antipática que poucos conseguiam manter uma conversa por mais que alguns minutos. Você já era considerada um achado diante de seus pares.
♡ㆍE como era de se esperar, a sua popularidade também trouxe a inveja das filhas de sua madrinha, já cientes dos destinos muito diferentes que teriam. Mesmo com a preferência óbvia de Lady Federline, isso não as impedia de te tratar como nada mais do que uma intrusa dentro da residência da família. Não chegavam nem a vê-la como uma igual, e constantemente te rebaixavam a uma posição inferior.
♡ㆍPor mais que fosse fácil de sempre vencer uma discussão, visto se importavam com pouco além da própria mesquinhez e com a fortuna herdada de seu pai, você não poderia se indispor completamente com as duas. E por saber disso, iniciaram uma campanha de pequenas sabotagens para te prejudicar.
♡ㆍTinha imaginado que as irmãs do mal tentariam te envergonhar logo na cerimônia de apresentação à rainha, mas o que te aguardava era definitivamente muito pior. A rivalidade, unilateral, chegou em seu ápice pouco tempo depois, no primeiro grande baile da temporada.
♡ㆍSua diversão, alimentada pelas consecutivas danças e conversas que tinha com os lordes e grupos de moças que pareciam interessados o suficiente em conhecer a garota do campo, teve um fim sórdido no meio do salão. E, para piorar, foi no momento mais feliz de sua noite.
♡ㆍDisputada por boa parte dos solteiros naquela noite, você foi surpreendida quando, enquanto tentava se livrar de um rapaz um tanto inoportuno, sua conversa foi interrompida pelo ilustre Marquês Sainz. Um tipo que você jamais imaginou sequer te notar, devido ao grande prestígio e popularidade que havia acumulado na alta sociedade. O conhecia apenas por nome e reputação, já que sua madrinha e as más-línguas na modista haviam sussurrado sobre o espanhol. Ele havia viajado para a cidade para resolver os negócios do pai, e acabou por se mudar para uma residência não muito distante do centro, e tornou-se um dos solteiros mais cobiçados pelas moças.
♡ㆍAo saber de sua existência, pensava que o marquês havia conquistado tal fama por sua fortuna, mas, estando cara a cara com o homem, entendeu que era muito mais que isso. Era tão bonito que te fazia sentir o peito queimar. E aquele sotaque! Fazia a sua interrupção ainda mais bem-vinda.
♡ㆍ"A senhorita já tem um par para a próxima dança," ele anuncia para o cavalheiro que lhe importunava. Não foi uma mentira bem contada, porque Sainz imediatamente te encarou como se pedisse a sua permissão para tal, mas fez com que o rapaz que tentava chamar sua atenção se afastasse. Você apenas assentiu, com um sorriso grato nos lábios.
♡ㆍAo iniciarem a dança, com sua mão enluvada sobre a dele, você sente que não conseguiria manter-se séria embaixo do peso dos olhos do marquês. Pareceu não notar seu óbvio encantamento – talvez já estivesse muito acostumado com as pessoas se derretendo sob seu olhar –, e apenas disse, "Peço desculpas pela interrupção, senhorita. Mas não acho que uma mulher bonita como você deveria suportar as chatices do Lorde Calder". É o suficiente para render uma risada, e a partir daí, a conversa se desenrola durante o resto da música.
♡ㆍDistraída demais conversando com o marquês – que logo mostra que, por baixo de toda a pompa, é extremamente gentil e um tanto adorável –, mal percebe que uma das irmãs aproveitou a oportunidade de te ter vulnerável na pista de dança para pisar na barra de seu vestido com o salto. E, envolvida em sua dança, você se move para frente e o tecido, frágil, fica para trás. O barulho de sua saia rasgando parece ecoar três vezes mais, interrompendo sua conversa e trazendo a atenção de todos do salão para você. O ofego surpreso das pessoas ainda ressoa na sua mente.
♡ㆍDe imediato, seus olhos se enchem de lágrimas. Não por sentir-se triste, mas humilhada. Estava com metade das pernas expostas para a nata da sociedade e envergonhando-se na frente do marquês, até então a pessoa que mais gostou de conhecer durante sua estadia na cidade. Mal conseguiu encará-lo, mantendo a cabeça baixa e tirando suas mãos das dele, agarrando a barra do vestido antes de correr para fora do salão.
♡ㆍSentiu-se cega e surda por alguns segundos, com a cabeça girando e as lágrimas pesando. O mundo parecia ruir à sua volta e seus pulmões doíam de tanto segurar o choro. Permaneceu de cabeça baixa até se distanciar o suficiente da festa, terminando sua corrida da vergonha na entrada do jardim. Apenas ali, se deixou chorar.
♡ㆍEra terrível sentir-se tão imponente e a mercê. Estava distante de tudo o que conhecia, por uma decisão de terceiros e ainda havia sido humilhada na frente dos maiores predadores da cadeia alimentar. Um pesadelo total.
♡ㆍEnquanto sentia o lábio inferior tremer, não querendo deixar os soluços rasgarem sua garganta, foi surpreendida por aquele mesmo sotaque que te fez rir há alguns minutos, "Ei," o tom é suave, quase como se quisesse te confortar. No entanto, o marquês mantém a distância, mesmo que seus olhos castanhos mostrem límpida preocupação. Suas mãos estão estendidas, como se quisessem te tocar. Pareceu não saber o que falar agora que tinha a sua atenção, vendo o seu rostinho tão infeliz. "Quer… Precisa que eu chame a sua carruagem, senhorita?"
♡ㆍA expressão que tinha em seu rosto era fascinante. Ao mesmo tempo que parecia amargo por te ver daquela maneira, também procurava te encorajar a aceitar sua sugestão. O marquês Sainz não parecia ter muita experiência em lidar com mulheres com vestidos rasgados, mas certamente fazia um esforço para tentar te consolar naquele momento. Não suportava vê-la assim.
♡ㆍTe ofereceu um sorriso caloroso ao te ver acenar com a cabeça, aceitando o alento. Então, estendeu a sua mão para que segurar a barra do vestido para você e, em seguida, o braço para que segurasse para acompanhá-lo até a entrada da residência.
♡ㆍ"Uma pena o vestido ter sido arruinado dessa forma," ele comenta enquanto caminham. Você não podia evitar, em meio de suas fungadas, de exprimir um murmúrio positivo, concordando. Sainz te encarou de rabo de olho, percebendo que continuava tão abalada quanto antes. "Você não deveria se preocupar. Minhas irmãs viram o que a senhorita Federline fez. Ela será sortuda se conseguir sair do salão com o vestido intacto até o final da noite", e suas palavras foram seguidas de uma piscadela. Isso a fez rir, e ele sorriu, satisfeito com a realização.
♡ㆍConversaram sobre algumas peculiaridades da festa até chegarem em seu destino, e ele pareceu querer te distrair mais do que tudo. Procurava dizer alguns gracejos para te manter sorrindo, ou te incitando a dizer coisas piores. Ao chegarem ao local em que os cocheiros estavam reunidos, a mão do homem pareceu segurar a barra de seu vestido com ainda mais força, e se manteve um pouco à sua frente, te escondendo dos olhares curiosos e furtivos daqueles homens.
♡ㆍTe surpreendeu ao chamar a carruagem de sua família ao invés da Federline. Uma ação um tanto chocante, se não imprópria, mas, parada ali com seu vestido rasgado, não se importava com polidez – de qualquer forma, tudo no marquês te dizia que ainda se veriam muitas vezes… ou você queria acreditar que sim.
♡ㆍTão tarde da noite, a chegada à residência Federline foi mais rápida do que ambos esperavam, e tiveram que interromper mais uma conversa. Não era possível expressar em palavras o quão grata se sentia pelo ato de gentileza de Sainz, e a tristeza de ter que deixá-lo seguir sua viagem sem você.
♡ㆍDe qualquer forma, ficou com a lembrança do sorriso e do som da risada do marquês, que repetia a cada momento como uma forma de suportar os dias seguintes, sem nenhum evento em que pudesse revê-lo. No antro de seu ser, já estava convencida de que o homem havia se arrependido, e nem mesmo falaria com você caso se esbarrassem nas ruas da cidade, ou mesmo em outro baile, na frente de todos.
♡ㆍTalvez por estar tão cega por seu pessimismo que se surpreendeu ao receber uma encomenda endereçada a você. Ao abrir, se deparou com um vestido da mesma cor daquele que usou no baile, no entanto, mais leve e ainda mais bonito e rico. Preso à caixa, um bilhete que dizia: "Espero que chegue aos pés do arruinado. Por que não usá-lo em um passeio no parque? Talvez na próxima quarta-feira, digamos que às três. Cordialmente, Mr. Sainz".
63 – O MESQUINHO CONDE RUSSELL.
♡ㆍVocê nunca imaginou que a vida de casada seria tão detestável. Tinha o exemplo de seus pais que, mesmo tendo se casado por uma estratégia de negócios, haviam achado o amor em sua união e permanecido juntos e felizes durante todos esses anos.
♡ㆍEssas são palavras que você jamais se atreveria a dizer sobre a sua própria união com o jovem Conde George Russell. Nutriam um desprezo tão grande um pelo outro que, por vezes, imaginava que a palavra ódio seria incapaz de descrever sua relação.
♡ㆍDesde que suas famílias acertaram sua união – por sua parte, para benefício financeiro para os negócios de seu pai, e para a parte de George, para assegurar sua herança –, vocês dois haviam se jurado de morte, recusando até mesmo a passarem tempo junto durante o noivado. Seria torturada diariamente, então por que se submeter a tal flagelo antes de ser estritamente necessário?
♡ㆍA aversão do rapaz não te afeta mais, porque não é como se seu marido alimentasse afetos por toda a sociedade. Muito pelo contrário, o seu jeito um tanto mesquinho o faz criar apatias latentes, quase sempre unilaterais. Diz não gostar de Lorde Brooke porque vive a se gabar por seus resultados no críquete, mas mal sabe segurar o taco corretamente. Evita engajar em conversas com Lady Evans porque não sabe pronunciar seus 'r' e, quando eram solteiros, parecia se jogar nos braços de George em qualquer oportunidade.
♡ㆍNão que duvidasse da popularidade de seu marido, pois a testemunhou de perto. Todas as mulheres solteiras da região sonhavam em conquistar o rapaz por rumores de sua recheada herança, então, a família Russell esteve alerta para evitar possíveis oportunistas.
♡ㆍComo seus pais, Lady e Lorde Russell puseram o coração à frente da razão, dando a oportunidade que o filho escolhesse uma mulher a qual pudesse se apaixonar e viver uma vida feliz. E George pareceu levar tal preocupação a sério até demais; passadas três temporadas, o rapaz ainda não havia escolhido uma esposa e parecia colocar defeitos até na mais perfeita e doce das debutantes.
♡ㆍA demora trouxe uma nova consternação à tona: o herdeiro Russell assumiria seu título sem uma esposa? Tal possibilidade não agradava o lorde nem um pouco, que logo estabeleceu que o filho apenas teria acesso a sua herança e a sua posição caso se casasse… e com a lady que eles escolhessem.
♡ㆍSe a união foi um castigo para George, você não faz ideia. Mas sabe que certamente pode ser considerado um para você. Afinal, como ser feliz em uma residência em que mal encontra outras pessoas? E que sempre quando esbarra em seu marido, ele faz de tudo para te evitar? De todos os empregados, apenas as suas damas de companhia tinham coragem de conversar com você, e rapidamente tornaram-se suas únicas confidentes.
♡ㆍQuando estava perto de George, mal conseguia passar cinco minutos sem discutir sobre alguma coisa completamente irrelevante. Mas já era um avanço, porque nos primeiros meses do casamento, não eram capazes nem de dividir a mesma mesa no café da manhã – o que terminou em uma acalorada troca de comida… que acabaram esfregando um na cara do outro.
♡ㆍEnvergonhada, pediu desculpas apenas aos empregados que acabaram limpando a bagunça que deixaram na mesa da sala de jantar, enquanto ainda estava coberta de suco de laranja. Pelo menos, saiu tranquila por saber que tinha deixado seu marido muito pior após esfregar uma bandeja de ovos poche em seu precioso cabelo.
♡ㆍAgora, pelo menos, conseguiam brigar com menos impulsividade – também ajudava que, durante as refeições, permaneciam quietos. Terminavam as discussões com um "humpf" ou deixando o outro falando sozinho, saindo batendo o pé por não suportar dividir o mesmo ambiente.
♡ㆍRaramente tinham momentos em que se sentiam em paz com a presença do outro, mas estes geralmente aconteciam quando faziam visitações em conjunto às casas do condado. No início, sabiam que era necessário manter as aparências e fingir que estava tudo sempre florido no relacionamento de vocês. Por isso, mantinham sorrisos e disfarçavam a vontade de se esganar. Pensavam no bem-estar e na segurança da administração.
♡ㆍMas era difícil não deixar se encantar pelo charme natural que George emanava sempre que conversava com algum dos habitantes. Por mais irritante e mesquinho que fosse a portas fechadas, ele sabia exatamente o que fazer para conquistar as pessoas ao seu redor. Doía admitir, mas sempre o achava mais atraente quando se fazia de bom moço, tão educado e simpático com todos que o buscavam.
♡ㆍTornava-se ainda mais complicado quando o via interagir com alguma criança do vilarejo. Elas sempre eram privilegiadas por George, e pareciam nutrir uma admiração pelo conde que você jamais pensou existir.
♡ㆍConforme o tempo passou e as visitas se tornaram mais frequentes, você passou a perceber que tudo aquilo não era apenas charme, ou uma máscara que seu marido colocava para encantar os súditos. Era ele. Apenas ele. E a verdadeira fachada era aquela que ele apresentava para a sociedade. Uma reviravolta surpreendente… mas extremamente agradável.
♡ㆍ"Eles parecem gostar de você," George te disse, um dia. Era a primeira vez em que falava diretamente com você há dias, depois de mais uma briga. O peso de seus olhos azuis pesava contra sua face enquanto ele parecia te analisar, tentar discernir se você era boa o suficiente para receber aquela atenção. Um acesso de ciúmes, foi o que você pensou. "Isso é bom".
♡ㆍFoi a primeira vez em que mostrou algum tipo de reação positiva a algo que você fazia. Seu peito se encheu de um novo senso de vaidade, sentiu-se feliz por receber um elogio do rapaz, geralmente tão crítico. Mas, tão rápido quanto se instalou, também foi embora. Você não precisava da aprovação de George para nada, tentou se convencer. Mas era tão bom…
"Eles gostam de você, também," observa, porque não sabia o que responder.
"Eu tento," responde, e por mais que suas palavras tenham soado um tanto ríspidas, você se surpreende ao notar um certo tom de humildade nelas, algo parecido com uma vulnerabilidade que era nova entre vocês.
♡ㆍSe encararam, um tanto desconfiados. Essa situação era nova e vocês não tinham ideia de como navegar por ela. Deveriam continuar conversando? Fingir que isso não havia acontecido e levantar um motivo para uma nova intriga? As perguntas rondaram sua mente até o momento em que George assente levemente para você, mas os orbes azuis brilhavam com reconhecimento. Você não pode evitar e retribui o gesto.
♡ㆍ"Deveríamos jantar juntos," ele diz, de repente. "Uma das senhoras foi gentil o suficiente em fazer um guisado. Acredito que não o comeria inteiro". E com isso, te fez uma curta cortesia com a cabeça e voltou a andar pelo vilarejo, te deixando para trás, atônita.
#⋆ ࣪. amethvysts ۫ ⁎#formula one#formula 1#formula 1 x reader#max verstappen#max verstappen x reader#charles leclerc x reader#charles leclerc#lewis hamilton#lewis hamilton x reader#carlos sainz#carlos sainz x reader#george russell#george russell x reader
96 notes
·
View notes
Text
Atenção caros seguidores e participantes do projeto #espalhepoesias.
Passando para deixar um recado para melhorar a experiência de todos os que já participam e também daqueles que quiserem participar do projeto.
Não será reblogado pelo @espalhepoesias 👇🏼
Fotos que não contenham, no mínimo, um texto na imagem ou junto. E sim, deve ser conteúdo seu.
Músicas, citações, trechos de livros (exceto se for obra sua), vídeos, trechos de fala de personagens, ou qualquer coisa que fuja da real intenção do projeto.
Conteúdo explícito, religioso e político, seja escrito ou visual.
Assuntos relacionados a automutilação, suicídio, bullying, bulimia...
Escritos que contenham emojis, links, nenhum tipo de divulgação que não seja relacionada ao tumblr.
Aviso importante 👇🏼
O projeto não compactua com nenhuma prática de plágio! E se caso uma obra sua foi plagiada e acabou sendo reblogada por mim, peço que denuncie ao próprio tumblr e que entre em contato comigo para informar sobre o ocorrido. Também podem me enviar provas juntas à denúncia, para analisar melhor o caso e tomar as medidas cabíveis.
A prática de plágio é crime previsto em lei! Denuncie! Obrigada pela compreensão e colaboração de todos!
Carinhosamente, espalhe poesias 🌈
433 notes
·
View notes
Text
"El mejor de los guerreros nada tiene que ver con la guerra, ni de pelear contra otros; su lucha debe ser interna, porque su peor enemigo es su propia mente”
Sun Tzu
El arte de la guerra es un libro sobre tácticas y estrategias militares, escrito por Sun Tzu, un famoso estratega militar chino.
La obra consta de trece capítulos, cada uno dedicado a un aspecto de la guerra y como se aplica a la estrategia y tácticas militares.
Durante casi mil quinientos años, fue el texto principal de una antología que se formalizaría como los siete clásicos militares del emperador Song Shenzong, sexto emperador de la dinastía china Shenzong en el año 1080.
EL libro contiene una explicación detallada y un análisis del ejército chino, desde las armas y la estrategia hasta el rango y la disciplina. Sun Tzu también subrayó la importancia de los agentes de inteligencia y el espionaje para el esfuerzo bélico.
El libro fue traducido al francés y publicado en 1772 por el jesuita francés Joseph-Marie Amiot con el titulo de Art Militaire des Chinois, y en 1905 el oficial británico Everard Caltrhrop intentó realizar una traducción parcial al inglés bajo el titulo The Book of War.
Sun Tzu es en realidad un titulo honorífico que significa “Maestro Sun” y su nombre de nacimiento era Sun Wu y aunque los historiadores se cuestionan si Sun Tzu fue en realidad una figura histórica auténtica, tradicionalmente se le considera como general militar al servicio del rey Helú de Wu, que vivió en los años 544 al 496 a.C.
Las fuentes más antiguas disponibles, discrepan sobre su lugar de nacimiento, algunas afirman que nació en Qi mientras que las Memorias históricas de Sima Qian, dicen que era nativo de Wu, sin embargo ambas fuentes afirman que estuvo como general activo a partir del año 512 a.C. y que sus victorias le inspiraron a escribir El arte de la guerra.
Existen muchas teorías sobre si el texto fue completado y sobre la identidad del autor o de si se trata de un compendio, pero los hallazgos arqueológicos han demostrado que el Arte de la Guerra había alcanzado su forma más o menos actual a inicios de la dinastía Han del 206 al 220 a.C., y algunos estudiosos recientes piensan que el tratado no solo contiene las escrituras del autor original, sino también comentarios y clarificaciones de filósofos militares posteriores como Li Quin y Du Mu.
El libro no solo es popular entre los teóricos militares, sino también ha ganado gran aceptación entre los lideres políticos y los de gestión empresarial.
El arte de la guerra fue introducido a Japón hacia el año 760 a.C. y pronto se hizo muy popular entre los militares nipones y la maestría de sus enseñanzas fue honrada entre los samurais.
Mas recientemente El Arte de la Guerra influyó en figuras como Mao Zedong quien atribuyó su victoria sobre Chiang Kai-Shek y el kuomitang en 1949, y el revolucionario y político vietnamita Ho Chi Minh tradujo al vietnamita el tratado militar para que fuera leído por sus oficiales.
Fuente: WIkipedia
#sun tzu#china#guerra#politica#estrategia#citas de reflexion#frases de reflexion#militar#estrategia militar#milicia#antigua china#dinastias chinas
11 notes
·
View notes
Text
ANARQUISMO CRISTIANO El anarquismo cristiano de León Tolstoi es la única alternativa razonable para abordar el evangelio. Tolstoi niega el parto virginal, los milagros, el pecado original, los sacramentos, el infierno y la resurrección como acontecimiento histórico. El escritor ruso apunta que la conversión del emperador Constantino convirtió el cristianismo en una nueva idolatría vinculada al poder político y económico. Desde entonces, las distintas iglesias solo se han preocupado del poder temporal y han explotado las ideas de culpa e indignidad para exigir una obediencia incondicional y atribuir a sus líderes una grotesca infalibilidad. Jesús fue hijo de José y María, acusó al Sanedrín y a Roma de cometer toda clase de abusos e iniquidades, fustigó a los ricos y poderosos, defendió los derechos de los pobres, los parias, las mujeres, los extranjeros y los excluidos, señaló que Dios no era un poder lejano y terrible, sino un padre-madre, y anunció que su Reino se hallaba allí donde había fraternidad, justicia y compasión. Ejecutado por Roma con el apoyo de las autoridades religiosas judías, su resurrección consistió en revelar que la plenitud de la vida solo se alcanza mediante la comunión radical con nuestros semejantes. Cuando prevalezca el amor sobre el odio, “Dios será todo en todos” (1 Cor 15, 28), lo cual significa que la humanidad reunida vencerá definitivamente al mal, simbolizado por el ultraje de la cruz, un castigo reservado a esclavos y rebeldes. La resurrección es el signo de que el verdugo no triunfa sobre la víctima y una invitación permanente a la desobediencia y el inconformismo. No es un hecho histórico, sino un signo utópico. El Reino de Dios está en el corazón del hombre, no en un más allá desligado de la historia, y exige luchar aquí y ahora contra cualquier forma de injusticia. Los cuatro evangelios canónicos fueron el producto de una elaboración colectiva. Fueron escritos, reescritos, modificados y, en no pocos casos, alteraron el mensaje original de Jesús, ese joven rabino de Galilea que probablemente jamás se proclamó el Cristo, sino el portavoz de una Buena Noticia que el poder temporal de su tiempo consideró peligrosa y subversiva. Las iglesias actúan como vulgares partidos políticos y, en la mayoría de las ocasiones, se alinean con las ideas más reaccionarias. Deberíamos olvidarnos de ellas y aprovechar las lecciones esenciales de Jesús: amar al prójimo, desterrar la violencia, cultivar la sobriedad, vivir solidariamente, no escatimar el perdón y ejercer la autocrítica. El evangelio de Mateo enuncia con nitidez la esencia del mensaje cristiano: “tuve hambre y me disteis de comer, tuve sed y me disteis de beber, fui forastero y me hospedasteis, estuve desnudo y me vestisteis, enfermo y me visitasteis, en la cárcel y vinisteis a verme”. No hacen falta templos ni sacerdotes para poner en práctica este mandato.
18 notes
·
View notes
Text
Buen día, me desperté y me puse a leer los diarios a ver qué cuentan. Decidí leer un poco diarios fuera de mí esfera porque como dice el meme hay que aflojar un poco con Revista Sudestada de vez en cuando.
Este artículo en particular me pareció imperdible, en serio es para leerlo muy bien, porque habla muy pero muy en detalle de la locura que es Milei para el funcionamiento del país y como piensa: como un revolucionario. Es posiblemente uno de los análisis más profundos del desastre que es Milei ya en sus primeros días. Lo interesante también es que está escrito desde el punto de vista conservador de La Nación. Por eso tienen cosas como está:
Me encanta que el autor se disculpa por comparar a Milei con CFK, porque se nota que en los círculos de derecha es el peor insulto que podes hacer, me imagino a todos estos indignados como vas a decir semejante cosa? Milei puede estar atropellando las instituciones de la República pero Dios nos libre que lo insultemos comparándolo con Cristina, fuente del Mal absoluto. Ese odio patológico a Cristina nos llevó a todo esto pero en fin.
Y acá otro artículo interesante de Infocrap:
Muchas cosas interesantes sobre como Milei quiere aprovechar sus primeros días de apoyo para hacer todas las reformas que pueda y sino convocar a plesbicitos. El único plesbicito de la historia argentina fue por el conflicto del Beagle, el tipo no tiene la menor idea de lo difícil que es convocar uno o lo sabe y cree que lo va a poder hacer por el "apoyo" que tiene, que para mí es la parte más graciosa de esto:
El amortiguador de todo el desastre que planea Milei, o sea lo que lo tendría que sustentar por 4 años con un ajuste brutal y una crisis económica que ÉL mismo va a provocar va a ser "la popularidad del relato libertario" y el cuentito de la casta.
Sí, dale. Contame como te va en un par de meses con eso.
58 notes
·
View notes
Text
Soy…soy lo que dejaron. Soy toda la sobra de lo que se robaron. Un pueblo escondido en la cima, mi piel es de cuero por eso aguanta cualquier clima. Soy una fábrica de humo, mano de obra campesina para tu consumo. Frente de frío en el medio del verano, El amor en los tiempos del cólera mi hermano. El sol que nace y el día que muere con los mejores atardeceres. Soy el desarrollo en carne viva, un discurso político sin saliva. Las caras más bonitas que he conocido, soy la fotografía de un desaparecido. La sangre dentro de tus venas, soy un pedazo de tierra que vale la pena. Una canasta con frijoles. Soy Maradona contra Inglaterra anotándote dos goles. Soy lo que sostiene mi bandera, la espina dorsal del planeta es mi cordillera. Soy lo que me enseñó mi padre: él que no quiere a su patria no quiere a su madre. Soy América Latina, un pueblo sin piernas pero que camina. [Tú no puedes comprar el viento, tú no puedes comprar el sol Tú no puedes comprar la lluvia, tú no puedes comprar el calor Tú no puedes comprar las nubes, Tú no puedes comprar los colores. Tú no puedes comprar mi alegría, tú no puedes comprar mis dolores…] Tengo los lagos, tengo los ríos, tengo mis dientes para cuando me sonrío. La nieve que maquilla mis montañas, tengo el sol que me seca y la lluvia que me baña. Un desierto embriagado con peyote, un trago de Pulque para cantar con los coyotes. Todo lo que necesito, tengo a mis pulmones respirando azul clarito. La altura que sofoca, soy las muelas de mi boca mascando coca. El otoño con sus hojas desmayadas, los versos escritos bajo la noche estrellada. Una viña repleta de uvas, un cañaveral bajo el sol en Cuba. Soy el mar caribe que vigila las casitas haciendo rituales de agua bendita. El viento que peina mi cabello, soy todos los santos que cuelgan de mi cuello. El jugo de mi lucha no es artificial porque el abono de mi tierra es natural. [Tú no puedes comprar el viento, tú no puedes comprar el sol Tú no puedes comprar la lluvia, tú no puedes comprar el calor Tú no puedes comprar las nubes, tú no puedes comprar los colores. Tú no puedes comprar mi alegría, tú no puedes comprar mis dolores…] Trabajo bruto, pero con orgullo aquí se comparte…lo mío es tuyo. Este pueblo no se ahoga con marullos y si se derrumba, yo lo reconstruyo Tampoco pestañeo cuando te miro para que te acuerdes de mi apellido La Operación Cóndor invadiendo mi nido perdono, pero nunca olvido Vamos caminando (Aquí se respira lucha) Vamos caminando (Yo canto porque se escucha…) Vamos dibujando el camino Vamos caminando (Aquí estamos de pie) QUE VIVA LATINOAMÉRICA
10 notes
·
View notes
Text
He visto un buen de memes o burlas hacia “escritores de redes sociales” y la neta no está chido, de vez en cuando pueden sacar de repente una sonrisa pícara, pero la actitud de fondo es algo nefasta, pues habla mucho desde el ego.
La neta esos escritores de redes tienen mi completo respeto, pues se han vuelto vírales por andarle talachando, aprendieron a escribir cómo se hacen los escritores, es decir, escribiendo (eso no evita que deban mejorar o sigan aprendiendo), aprendieron a publicarse más allá de Amazon o editoriales, generaron una comunidad que los sigue, los consume y los apoya, además de que de cierta manera han perseguido su sueño más allá de instituciones, becas, o cosas por el estilo.
Creo que centrarse en ellos desde el hate y pura critica superficial tampoco enriquece mucho la literatura, y eso si es que la gente quiere posarse en el peldaño intelectualoide o del privilegio. Tal vez lo mejor que se podría hacer es trabajar bastante y que los escritos o el trabajo de uno hable, al final de cuentas la chamba siempre habla (para bien o para mal). Recuerden, la vida en el capitalismo es pesada y nada ganamos tirando hate a los demás, queriendo cambiar a los demás antes que a nosotros mismos.
Posdata: No lo digo ignorando el entorno, el contexto socio político que vivimos o la importancia de los referentes en la sociedad, es claro que la colectividad puede imponerse al individuo, pero hay que hacernos cargo de las emociones de uno mismo y las emociones que propiciamos en la colectividad, así como los discursos que hacemos y promovemos. Saludos y me gustaría saber que piensan ustedes si es que gustan dejar un comentario o mandar mensaje✌️😁✍️📸
#josesilva3001#escritores#escritor#escritores mexicanos#poesia#poets on tumblr#amor#mexico#poeta#ideas#notas#pensamientos#frases#reflexiones
18 notes
·
View notes
Text
Respuesta
En respuesta a @floresclandestinas he escrito el siguiente texto.
No soy de respuestas cortas, pero tendré que dar un repasón rápido a lo que dices en tu comentario para contestarte. Voy por puntos.
El control de la derecha e izquierda.- Hemos venido manejando la palabra control casi como sinónimo de "manipulación" y de ahí su connotación negativa. ¿Podemos imaginar una posición de poder sin tener control? Los padres tenemos el poder (y el deber) del cuidado de nuestros hijos y lo tenemos que desarrollar controlando la vida familiar. En el control hay o debe haber desarrollo. ¿Qué hacer cuando ese control se vuelve despótico y para ello se recurre, siempre, a la mentira. Ese es el siguiente punto.
Encontrar la mentira.- La educación y la crítica son fundamentales para reducir este punto. No creo, como pareces también pensar tú, que haya gobiernos perfectos y en ocasiones los mismos socialistas tienen errores o tropezones en su actuar. No es que los perdonemos, pero debemos entender y trabajar con ellos desde nuestras trincheras y hacérselos ver de una u otra forma. Trabajar en sociedad es la finalidad cierta de todo verdadero gobierno socialista y deben estar abiertos a las indicaciones que el pueblo les haga.
El socialismo como posibilidad viable.- Definitivamente el socialismo está agarrando fuerza al menos en las bases de la sociedad, falta mucho para que se lleve a la práctica, pero en definitiva está teniendo una difusión muy natural, orgánica como se le dice hoy. Los jóvenes están organizándose de a poco y en las redes sociales sus comentarios son cada vez más frecuentes. La teoría socialista señala que debe haber una organización (un partido político) que concentre y dirija todos esos esfuerzos para conducirlos a un fin más alcanzable. Aquí es donde veo una carencia muy importante que debería plantearse seriamente por quienes siguen estos objetivos.
La clase obrera.- Uno de los aciertos más grandes que ha tenido la derecha actual ha sido dividir al electorado y el que reciban apoyo de las clases oprimidas es algo inconcebible, pero cierto. Para ello siguen recurriendo a su más fiel herramienta: la mentira, y la gente se la sigue tragando a pesar de tantas evidencias que en su propia cara tienen de los buenos resultados que el socialismo ha tenido hacia ellos mismos (en particular me refiero a lo que la izquierda en mi país ha logrado y de lo cual ellos siguen en la más absoluta ceguera).
Espero que mi respuesta sirva para un mayor impulso tanto del socialismo como de la capacidad crítica hacia nuestros gobiernos sean del lado que sean.
5 notes
·
View notes
Text
Em Comum.
Leitora com Yuta Nakamoto.
Sinopse: Em uma universidade internato, o sistema de regras não poderia ser mais estúpido. Vocês e seus amigos desafiam os códigos ao aderirem um estilo de vida boêmio, mas vocês não são os únicos. Do outro lado, outro grupo igualmente rebelde se destacam por sua baderna e são seus inimigos.
Tudo muda quando Yuta Nakamoto, membro do grupo rival, se candidata ao grêmio estudantil na tentativa de melhorar as regras para os estudantes e pede sua ajuda para a campanha.
Warning: Levemente sugestivo, um pouco político, nada de mais.
Ambientação: Dark Academia.
Notas do autor: Shot de debut, peço desculpas pelos erros, mesmo que eu ainda faça a correção, pode haver um erro e outro. Poderia ter escrito um Hot? Poderia, mas por ser a primeira vez que eu escrevo aqui, fiquei com vergonha. Mas espero que vocês gostem!
Yuta Nakamoto não tinha nada a ver com você, isso seus amigos fizeram questão de te alertar desde que vocês se esbarraram pelos corredores do internato da universidade.
Você é a típica aluna exemplar do curso de Relações Internacionais, é inteligente, filosófica, uma apreciadora da vida silenciosa, comumente vista com o rosto enfiado nos livros, discutindo a arte, a filosofia e a ciência da sociedade ou até mesmo entoando poemas nos intervalos com seus amigos, um grupo verdadeiramente boêmio que, juntos, se chamavam de Trovadores. Uma verdadeira nerd por assim dizer. Já Yuta era o caso perdido da universidade, durante a noite um caçador de encrencas, baderneiro, rebelde sem uma causa para lutar, vivia fugindo do internato para alimentar seus vícios e só voltava para a universidade quando o sol já estava nascendo; e durante o dia ele era quieto o suficiente para não causar suspeitas de seus atos, tudo que conhecem dele é somente boatos e fofocas que correm de boca em boca.
Yuta não era para você e você não era para Yuta, todos fazem questão de dizer, tanto pela diferença de comportamento quanto pela rivalidade dos grupos. Mas tudo mudou quando as eleições para o grêmio da faculdade começaram, quando você viu o nome de Yuta na lista de candidatos e quando ele apareceu em uma aula de debate com um caderno na mão e os olhos fixos em você. Naquele dia, sua percepção sobre o rebelde sem causa mudou completamente.
Você estava arrumando seus materiais enquanto todos saiam da sala, sem sequer notar a presença do garoto e quando a sala estava quase vazia e você prestes a sair, Yuta te chamou. Você parou na porta, deixando a pesada mochila no chão, uma vez que teria que falar com ele e não parecia ser uma conversa rápida.
— De antemão, peço desculpas por te incomodar, sei que é hora do almoço, mas o que tenho a dizer não pode esperar. — Yuta disse, com uma formalidade que te espantou e você confessa a si mesma que não foi somente isso que lhe causou esse sentimento, mas a suavidade de sua voz, uma vez que nunca o ouviu falar e também nunca lhe dirigiu a palavra. Você apenas pode balançar a cabeça positivamente, um pedido silencioso para que ele continuasse. — Como você já deve saber, estou concorrendo ao grêmio estudantil, quero representar os alunos lá em cima, mas preciso de ajuda para fazer uma campanha e um discurso. Corre por aí a sua fama de ser muito engajada em assuntos como esse e por isso pensei em recorrer a sua...misericórdia.
— Oh...E por que eu o ajudaria? — Você perguntou, iria ajudar de toda forma, não era de sua política própria negar conhecimento. Mas era ele, Yuta, o garoto do grupo rival ao seu, o garoto que todos tem medo, o garoto problema, você não desejava seu nome associado a ele. No entanto, Yuta te lançou um olhar de cima a baixo, te analisando e você não pode se sentir mais incomodada do que isso.
— Porque você desafia o sistema e é exatamente isso que eu quero fazer. — Ele conclui e você apenas ergueu uma das sobrancelhas, ainda questionando seus motivos. Yuta suspirou e apontou para suas vestes. — Você usa calças de alfaiataria quando o código de vestimenta diz que as garotas devem usar saias abaixo do joelho dentro do instituto. Você até mesmo usa meias coloridas quando o código diz que as meias devem ser da cor do sapato. Você sobe em mesas com suas amigas e declamam poemas que vão contra Deus e o mundo e, mesmo que vocês disfarcem pois precisam terminar o curso, eu sei exatamente o que vocês são. Você desafia essa universidade estupida com regras igualmente estupidas todos os dias, deveria ajudar um camarada de causa, não devia?
Você ficou impressionada, como pode que ele ter reparado tudo isso? De fato, você odeia o sistema tanto quanto seu grupo e, aparentemente, Yuta também. Enquanto você desafiava os códigos de vestimenta, Yuta desafiava os códigos estéticos, com seus cabelos cumpridos e unhas pintadas. Não podia culpa-lo de reparar em seu uniforme, fato de usar calças quando o código diz outra coisa, realmente era questionado por todos, mas sua explicação era sempre a mesma:
— Calças são mais praticas para subir nas mesas. — Você explicou para Yuta, em um tom mais baixo, realmente surpreendida. Yuta olhou para você e você nunca reparou o quão bonito seus olhos pareciam quando não estavam olhando para alguém com irritação ou desprezo, mas estavam esperançosos que você o ajudasse. — Está bem, você tem um ponto. Precisamos de um representante dos alunos que não queira apenas ganhar boas notas e puxar o saco da diretoria. Eu vou te ajudar, mas ninguém pode saber disso.
— Você tem uma reputação a zelar ou algo do tipo? — Indagou Yuta, cruzando os braços. Você reconheceu o tom sarcástico que ele estava usando de leve, ai está o Yuta dos boatos.
— Me encontre no carvalho após o toque de recolher toda segunda e quarta feira. Ok? Vou ver o que posso fazer para te ajudar. — Você encerrou o assunto e saiu antes mesmo que ele pudesse questionar as datas.
Para sua sorte, ou azar, esse dia era quarta feira. Seu grupo de amigos era pequeno, mas muito acolhedor. Os meninos eram Taeyong Lee, o biólogo que adora poesia, Johnny Suh, o historiador revoltado com a história e Mark Lee, o músico sensível; já as garotas eram você, a que entende de política, Giselle, a pessoa mais inteligente quando se trata de idiomas que você já conheceu, e Minju, a sucessora de Edgar Allan Poe com suas poesias sombrias. Cada um compartilhava de um dom diferente, mas o que os unem é o amor pela arte, por isso vocês se reúnem toda noite, no prédio abandonado após o grande carvalho, onde estava previsto para ser um laboratório, mas a faculdade esqueceu da construção. Exceto as segundas e quartas, onde cada um disfruta de sua própria individualidade, os dias perfeitos para encontrar um dos rivais de seu grupo, Yuta Nakamoto.
Yuta estava sempre acompanhado de Jungwoo, que era dócil, mas perigosamente inflamável quando se tratava de brigar; Lee Haechan, como o chamam, pois, só seus amigos sabem seu verdadeiro nome, é o rapaz misterioso com problemas de raiva; E Jaehyun, o que era silencioso, ninguém espera que ele reaja, mas quando isso ocorre, as salas se enchem de burburinhos. Dizem as más línguas que os professores de seu curso, Kim Doyoung e Moon Taeil, não permitem que Jaehyun frequente suas aulas por ele ser perigoso; Havia também a Ningning, expert em tecnologia, dizem que ela hackeou o sistema da escola para alterar sua nota; Winter era igualmente perigosa, mas era um perigo silencioso, mas nada se comparava a Soso, ela era líder deles, conseguia colocar medo até em Johnny, que frequentava o mesmo curso que ela.
Era com esse tipo de gente que você estava lidando. Eles são perigosos, todos na universidade sabem disso, mas você não era lá tão indefesa quanto parecia ser. Já havia passado quinze minutos desde o toque de recolher e você estava esperando Yuta perto do carvalho, estava escuro e um pouco frio, você começou a se arrepender de não trazer um casaco, ainda usava a habitual calça do uniforme e uma camisa branca de botões, um pouco abarrotada, como seu cabelo preso de uma forma que nem você mesmo entende, pois havia acabado de acordar de um longo cochilo. Você começou a cogitar a ideia de ir embora quando viu Yuta correndo em sua direção, um pouco afoito. Parecia ter tomado banho pois seus cabelos estavam úmidos e alguns fios estavam grudados em seu pescoço, um aroma agradável passou a circular entre vocês e imaginou que viesse de seu mais novo companheiro. Você não pode evitar, ele parecia muito melhor do que você e mais prevenido, pois além de usar um moletom preto, estava de mochila e com certeza haviam mais coisas ali para o restante da noite. Yuta também te olhou, mas apenas para dar uma risada baixa.
— Você parece que foi atropelada por um caminhão. Estava dormindo? — Ele indagou o óbvio e você puxou o ar profundamente pelas narinas, imaginando se conseguiria ajuda-lo de uma vez só para que não precisasse vê-lo novamente.
— Se disser alguma gracinha de novo, eu te largo nas mãos de Deus. Entendido? — Você respondeu. Olhou de um lado e do outro, para ter certeza que não há ninguém por perto e começou a caminhar.
— Deus teria mais senso de humor que você — Yuta resmungou, baixo o bastante para que você não ouvisse e te seguiu.
Vocês acabaram chegando no prédio abandonado após cinco minutos de caminhada. Era uma construção de três andares, aparentemente era para ser uma obra simples, mas a constante mudança de diretores fez com que as obras parassem e o foco fosse outro, então você e seus amigos aproveitavam ao máximo. Subiram até o terceiro andar e entraram em uma sala inacabada, com muitos tubos e concreto amostra, mas o chão cimentado extremamente limpo, coberto por tapetes de diversas cores, alguns bancos e amontoados de cobertores macios o bastante para sentar, algumas almofadas e travesseiros grandes também espalhados, havia também algumas lanternas, papeis e canetas amontoados em um canto e um violão largado. Você tirou os sapatos para fora antes de começar a transitar na tapeçaria e ligar as lanternas uma a uma, iluminando o local de forma agradável. Yuta também tirou os sapatos e te seguiu, esperando que você se sentasse, para sentar-se também. Uma vez acomodados, vocês começaram a conversar sobre o que ele tem pensado para a campanha, quais seus objetivos.
O Nakamoto era eloquente, tinha uma dicção perfeita para explicar seus objetivos e você não pode deixar de reparar que ele citava filósofos, cientistas sociais, dados de pesquisas que você mesma não conseguia se lembrar. De repente, aquele não era o Yuta Nakamoto que te contaram, esse que você está vendo é um verdadeiro gênio, como pode uma pessoa ter duas versões diferentes? Yuta disse a você que ele o sonhava em entrar nessa universidade para cursar teatro, mas que seu pai o fez escolher engenharia, desse modo você descobriu que tinha algo em comum com ele, eram bolsistas que escolheram cursos por causa de seus pais. Yuta ainda disse da grande decepção que teve ao entender como funcionava essa universidade e quanto ela precisava mudar e precisava de alguém que gritasse por isso. A conversa entre vocês começou a fluir melhor a partir desse momento, você percebeu que Yuta tinha muitas semelhanças com você, muitos dos gostos parecidos e logo você estava completamente envolvida no planejamento da campanha, com muitas ideias, mas não somente isso.
Muitas segundas e quartas feiras se passaram sem que você percebesse, fizeram muitos cartazes para espalhar pela escola, montaram planos de campanhas que deveriam ser feitas nos intervalos das aulas. De repente você passava a semana toda ansiosa para outra segunda e quarta feira, para conversar com ele, você sequer percebeu como ria com a risada dele e sorria toda vez que o via sorrir, já não se incomodava com as piadas e se esqueceu completamente da fama que ele tinha. Os meses se passaram e Yuta sempre ia vê-la nas aulas de debate, dizia ele que o ajudava na hora de escrever os discursos, mas era mentira porquê ele só estava ali para ver você sorrindo a cada debate que ganhava, era difícil dizer que já não se conheciam e que nutriam indiferença um pelo outro pois sempre trocavam olhares e sorrisos nos intervalos, trocavam bilhetes dentro dos armários e seus amigos começaram a notar que seu humor mudava quando tocavam no nome dele.
E as coisas mudaram mais uma vez quando você recebeu um bilhete dentro do seu armário. Imaginou que seria Yuta, imaginou o que ele iria dizer, alguma piadinha sobre o casaco extravagante e colorido que você escolheu usar naquele dia, mas o que estava escrito era diferente: “Posso te encontrar hoje no auditório, após o toque de recolher?” Não era segunda feira, não era quarta feira, era uma quinta feira comum. Você respondeu, enfiando o bilhete no armário dele quando estava indo para sua próxima aula. É claro que você iria, você não pensou duas vezes.
Naquela noite você disse a Minju, que era parte não só de seu grupo, como também sua colega de quarto, que não iria na reunião pois estava com muita dor de cabeça e por isso ia dormir cedo. Ela esboçou preocupação mas aceitou tranquilamente e logo que ela saiu, você começou a se arrumar. Você nunca se arrumou para ver Yuta mas naquela noite você estava estranhamente inspirada a tomar um bom banho, a arrumar o cabelo, até mesmo vestiu uma saia, mesmo que estivesse frio. Esperou cinco minutos após o toque de recolher, quando os monitores já haviam terminado de fazer a ronda e somente então saiu. Era expert em sair fora do turno, sabia exatamente como ir para evitar encrenca e logo estava no auditório. Apenas a uma luz do palco estava acessa, deixando praticamente todo o ambiente no escuro, sob a luz, Yuta te esperava, sentado no assoalho de madeira, balançando os pés nervosamente, ele não sabia se você viria ou não, se estaria preocupada com a sua reputação para recusar.
— Eu espero que tenha um bom motivo para me chamar em plena quinta feira. — Você disse, subindo a escada do palco no breu até aparecer sob a mesma luz que ele. Yuta levantou rápido, seus olhos fixaram em você desde o segundo em que te viu, para ele você é bonita, embora nunca tenha dito isso abertamente, mas estava diferente e isso o fez soltar uma risadinha. — O que foi?
— Se arrumou para me ver? — Ele perguntou em seu tom de brincadeira, sabendo que você ficaria nervosa, o que fez efeito. Você cruzou os braços e ameaçou a dar meia volta, até que ele a impediu e segurou seu braço antes de você sair. — Calma, eu estava brincando. Você é bonita, era isso que eu queria dizer. — Você sentiu seu rosto esquentar rapidamente, diferente dele que não desviou o olhar, era confiante de mais para isso.
— Você precisa aprender a usar melhor suas palavras, mas obrigada. — Você agradeceu, descruzando os braços. — O que queria tratar comigo?
— Você sabe, amanhã é o último dia de campanha, dia do discurso e depois disso as eleições. Você foi a peça chave da minha campanha e, mesmo que eu queira te dar todo o crédito por isso, você já deixou bem claro que não queria ter seu nome envolvido então eu pensei te recompensar de outra forma. — Yuta explicou, temendo que suas palavras soassem estranhas e quando viu o olhar que você deu a ele, Yuta rapidamente tratou de se explicar. — Calma, não é isso. Eu só queria te levar para comer alguma coisa. No caso, comer comida, alimentos.
— Eu entendi da primeira vez, só estava brincando. — Você respondeu, desmanchando suas expressões com uma risada sincera.
— Engraçadinha.
Ele te levou. O que você não esperava era que iriam roubar um dos carros da universidade, usados pela diretoria para ir e voltar da cidade com urgência, não esperava sair pela garagem da frente sem ninguém perceber. Yuta era realmente bom em arrumar encrenca para lidar com as consequências disso depois. Yuta te levou para dar uma volta na cidade primeiro, que não era muito grande, mas havia muitas lojas de antiguidades abertas e ele te levou em quase todas elas, de alguma forma ele descobriu que você gosta dessas coisas, você só não se lembra de ter falado. Yuta fez questão de pagar uma xícara de porcelana com detalhes de flores rosas que você viu em uma das lojas e se apaixonou. Depois foram jantar em um restaurante de um dos poucos hotéis que tinha na cidade, a comida era simples porém deliciosa, fora a cerveja que era a mais saborosa que você já bebeu. Vocês riram, conversaram, trocaram poesias e reluziam felicidade. Então já era de madrugada, o restaurante fechou e vocês foram passear novamente, sentaram no banco de uma praça mas não ficaram muito tempo pois começou a ficar mais frio e começou a chover, então se enfiaram no banco de trás do carro onde vieram para terminar de conversar. E vocês conversaram, não viram a hora que estavam sem sapatos, acomodados bem juntos um a outro, usando seus casacos como cobertores, até que Yuta olhou para você, mas não era o mesmo olha que ele costumava te dar, era diferente e você não sabia reagir, mas mantinha os olhos nos dele.
— Você é bonito. — Foi sua vez de dizer. Olhando para Yuta, para seu rosto bonito, marcando em sua mente cada detalhe, cada manchinha, tudo que podia se recordar, pois não sabia quando poderia olhar para ele tão de perto, sentir os braços dele ao seu redor e inalar aquele perfume. Céus, você precisava admitir para si mesma que estava apaixonada pelo garoto problema, que você acabou descobrindo era a pessoa mais dócil desse mundo. Você não estava suportando a ideia de que, independente dele ganhar as eleições ou não, você não teria mais motivo para vê-lo na segunda feira e na quarta feira, não haveria mais motivo para ele olhar para você, então, você queria mantê-lo em sua memória o máximo que pudesse. Yuta, por outro lado, também olhava para você, tentando descobrir o que se passava em sua cabeça para olhá-lo assim, da forma que estava fazendo e que o fazia querer perder o auto controle. No fundo ele já desejava fazer algo terrível, como colocar fogo na universidade, só para ser expulso das eleições e poder usar a desculpa de que irá concorrer novamente para você ajudá-lo. Mas que tipo de monstro ele seria, jogando todo seu trabalho aos ares dessa forma.
"Que se foda o mundo"
Yuta pensou quando colocou a destra em seu rosto, acariciando a pele com as pontas dos dedos, de modo suave, trazendo seu rosto para o dele aos poucos, até que vocês estivessem a poucos centímetros de distancia, respirando o mesmo ar.
— Eu preciso de contar. — Yuta disse em um sussurro, mas você levou a mão até a destra do japonês, querendo que ele entenda o sinal e ele entende, mas não para. — Não tente me fazer ficar quieto agora. Não me impeça de dizer que te amo.
— Eu não vou. — Você respondeu, sua respiração ficou tão pesada sob a dele. Você jogou seus braços sobre os ombros de Yuta, enfiando os dedos da destra entre seus cabelos, querendo fechar a distancia entre vocês dois. — Eu também amo você.
Yuta finalmente fechou a distancia entre vocês. Tomou seus lábios numa precisão que, em outras épocas te faria questionar quantas vezes ele já fez isso. Você se rendeu ao beijo macio, gentil e ao mesmo queimava seu amago pelo tamanho carinho que ele demonstrou ao explorar seus lábios e sua língua, roubando de você todo o fôlego que você possuía. Você separou-se dele apenas por um instante, somente para jogar seu corpo sobre o dele ao sentar-se em seu colo e voltou a beijá-lo novamente, descendo os lábios por seu maxilar, por seu pescoço e seu corpo se derreteu quando ele abraçou sua cintura com força, como se você pudesse escapar dele em algum momento. Sua boca voltou a se conectar com a de Yuta, ele desceu as mãos de sua cintura e apoiou em suas coxas. Alguém precisava colocar limite em vocês dois, aquele carro não era um bom lugar e Yuta não sabia dizer se estavam agindo por efeito da bebida, devido a quantidade de cerveja que tomaram no jantar.
— Vamos com calma. — Ele pediu ao afastar o rosto do seu. Você, por outro lado, concordou mas tentou beijá-lo novamente e embora ele tenha deixado, segurou seu rosto com ambas as mãos, afastando seu rosto, havia um sorriso largo no rosto de Yuta, acompanhado pela risada macia que ele lhe deu. — Com calma, princesa.
— Com calma...— Você repetiu. Um pouco de sua afobação era medo de não poder estar com ele de novo no dia seguinte e não é como se Yuta estivesse sentindo algo diferente, mas ele escolheu apenas te apreciar aquela noite.
— Eu não vou sumir, eu prometo. — Ele disse, deitando vocês dois no banco, deixando que você apoie a cabeça no braço dele, enquanto o outro foi jogado sobre seu corpo. Você se acomodou contra ele, jogando a perna por cima da perna de Yuta e voltou a beijá-lo, a trocar caricias com ele. Yuta estava sendo muito mais carinhoso do que você imaginava e não demorou muito para que adormecessem.
A madrugada passou correndo, o celular de Yuta vibrou no bolso e era o despertador, avisando que já eram quase quatro horas da manhã, o carro precisava estar na garagem antes das sete da noite e infelizmente não havia como levantar sem acordar você. Ainda sim ele te olhou, encolhida em seus braços, o rosto sereno e o cabelo bagunçado, os lábios um pouco pálidos. Ele passou a mão por seu rosto, vendo você se mexer e abrir os olhos confusa.
— Temos que ir. — Disse Yuta, querendo se levantar, mas você o impede. — Vamos ser expulsos quando não encontrarem o carro. — Não que Yuta se importasse, ele já estava querendo um motivo para abandonar aquele lugar a muito tempo e você...Você não poderia estar se importando menos.
— Deixe que expulsem.
62 notes
·
View notes
Text
«El poder que se adquiere a través de la violencia no es más que usurpación, y sólo dura mientras la fuerza del que manda prevalece sobre la de quienes obedecen; de suerte que si estos últimos llegaran a su vez a convertirse en los más fuertes y se sacudieran el yugo, lo harían con idéntico derecho y justicia al impuesto por aquél. La misma ley que ha creado la autoridad, la destruye luego: la ley del más fuerte.»
Diderot: «Autoridad política (1751)», en Escritos políticos. Centro de Estudios Constitucionales, pág. 3. Madrid, 1989.
TGO
@bocadosdefilosofia
#diderot#denis diderot#autoridad política#escritos políticos#enciclopedia#autoridad#violencia#obediencia#usurpación#fuerza#derecho#justicia#ley#ley del más fuerte#filosofía política#filosofía moderna#ilustración#teo gómez otero#louis michel van loo
5 notes
·
View notes
Text
Ikki Kita: el ideólogo del nacionalismo japonés
Por Zoltanous y Nahobino
Traducción de Juan Gabriel Caro Rivera
Introducción
A menudo se asocia a Japón con la bomba atómica, los crímenes de guerra y un ejército antaño formidable. Sin embargo, a menudo se pasa por alto la trayectoria histórica que condujo a estas ideas y las influyentes figuras implicadas en ello. Una de esas figuras es Ikki Kita, reconocido como el «padre del fascismo japonés», cuyo legado está rodeado de controversia e incomprensión. Kita sigue siendo una de las figuras más controvertidas de la historia japonesa. Como pensador político, imaginó un Japón radicalmente reestructurado, combinando socialismo, nacionalismo, budismo y militarismo. Durante el tumultuoso periodo de principios del siglo XX, los escritos de Kita sirvieron de modelo revolucionario, abogando por amplias reformas agrarias, la nacionalización de la economía y la «Restauración Showa» como medio para fortalecer y unificar el Japón. Aunque sus ideas fueron seguidas fervientemente por los jóvenes oficiales del Ejército Imperial, también provocaron una feroz controversia, que finalmente condujo a su ejecución. Este artículo explora la importancia de las obras de Kita, las ideologías que conformaron y su impacto duradero en la trayectoria de Japón hacia el militarismo y la guerra.
Vida temprana e influencias
Kita nació en 1883 en la pequeña isla de Sado, en la prefectura japonesa de Akita, en el seno de una familia de samuráis y comerciantes. Aunque su familia era relativamente modesta, estos antecedentes le expusieron muy pronto a los retos del Japón rural y a las desigualdades que la Restauración Meiji exacerbó. También le inculcó un espíritu rebelde. Estas experiencias alimentaron su pasión por la lucha contra la injusticia social y la desigualdad, que consideraba que corrompían la sociedad japonesa desde dentro. Kita asistió a la universidad, pero pronto se decepcionó. Lector prolífico, se formó mediante el estudio independiente y la investigación filosófica, explorando en particular el socialismo, el confucianismo y el pensamiento político occidental. Influido por filósofos occidentales como Platón, Rousseau y Marx, así como por nacionalistas japoneses y pensadores reformistas, Kita desarrolló una perspectiva única sobre la reforma social.
Promulgación de la nueva constitución japonesa por el emperador Meiji en 1889
Su desarrollo intelectual coincidió con la rápida modernización e industrialización de Japón durante la era Meiji, en la que Japón trató de alcanzar a Occidente tras ver humillada su dignidad por los tratados desiguales impuestos por las potencias occidentales. Aunque la modernización de Japón fue un éxito gracias a la rápida industrialización, también introdujo nuevos retos, como la desigualdad de ingresos, las tensiones sociales y las presiones imperialistas occidentales. Estos problemas reforzaron la creencia de Kita de que Japón necesitaba un gobierno fuerte y centralizado que protegiera sus intereses frente a las potencias occidentales y cuidara de su pueblo mediante reformas económicas. Su consumo diario de cocaína, una adicción que desarrolló para aliviar el dolor de una lesión infantil, probablemente influyó en sus intensas y a veces radicales opiniones sobre la sociedad y el gobierno.
En septiembre de 1905 Kita abandonó su ciudad natal de Sado para trasladarse a Tokio durante los disturbios de Hibiya, que estallaron en protesta por el Tratado de Portsmouth. Negociado por el presidente estadounidense Theodore Roosevelt, este tratado puso fin a la guerra ruso-japonesa. Contenía disposiciones favorables a las ambiciones imperialistas de Japón, otorgando reconocimiento internacional a la influencia y el control de Japón sobre partes de China y Corea dominadas por Rusia. La victoria japonesa fue la primera gran victoria de una raza no blanca contra una gran potencia y permitió a Japón pasar de ser una nación explotada como China a una capaz de sentarse a la mesa de negociaciones con el resto de potencias del mundo. A pesar de estos avances, los grupos nacionalistas consideraban el tratado como un humillante fracaso y eso desencadenó numerosos disturbios. Aunque Kita compartía el deseo de los manifestantes de mejorar el prestigio internacional de Japón, no estaba de acuerdo con su valoración del Kokutai, al que veía como «una herramienta en manos de la oligarquía». En este contexto, Kita escribió su primer libro El Kokutairon y el socialismo puro. George Wilson resume el contexto de su publicación: «Kita escribió su primer libro en un contexto de descontento popular generalizado por el resultado de la guerra ruso-japonesa» (George Wilson, Radical Nationalist In Japan: Kita Ikki 1883-1937)
Los disturbios marcaron un aumento de las revueltas políticas violentas en Japón en consonancia con la ideología política radical de Kita. Kokutairon es el primer libro de motivación política de Kita y refleja sus primeras opiniones y afiliaciones políticas. Danny Orbach describe esta etapa como la «fase socialista, secular y racional» de Kita. Según Oliviero Frattolillo, Kita se vio impulsado a escribir «Kokutairon» por la mentalidad acrítica de sus compañeros intelectuales. Frattolillo señala: «Kita criticaba especialmente la actitud sumisa de ciertos intelectuales hacia el sistema, que aceptaban con obsequiosidad la adquisición de nuevas teorías y nuevas formas de conocimiento procedentes de Occidente, traducidas y trasplantadas a Japón» (Oliviero Frattolillo, Interwar Japan Beyond The West: The Search For a New Subjectivity In World History)
Con este libro Kita pretendía criticar las deficiencias de la sociedad y proponer una alternativa socialista. El segundo libro de Kita, An Informal History of The Chinese Revolution, era un análisis crítico de la Revolución China de 1911. Atraído por la causa de la Revolución China de 1911, Kita se unió a la Tongmenghui (Liga Unida) liderada por Song Jiaoren. Viajó a China con la intención de ayudar a derrocar a la dinastía Qing, a la que consideraba una marioneta de las potencias occidentales. Sin embargo, Kita también estaba interesado en el nacionalismo revolucionario. El grupo nacionalista Kokuryūkai (Asociación del Río Amur/Sociedad del Dragón Negro), fundado en 1901, compartía sus opiniones sobre Rusia y Corea, lo que le llevó a unirse a él. Como miembro especial de la Kokuryūkai, Kita fue enviado a China para escribir sobre la situación durante la Revolución Xinhai de 1911. Cuando regresó a Japón en enero de 1920 Kita se había desilusionado de la revolución china y de las estrategias que proponía para lograr los cambios que había previsto durante su estancia en China. Unió fuerzas con Ōkawa Shūmei y otros para fundar la Yuzonsha (Sociedad de los Dejados Atrás), una organización nacionalista y panasiática, y dedicó sus esfuerzos a escribir y realizar activismo político. Con el tiempo, se estableció como uno de los principales teóricos y filósofos del movimiento nacionalista en el Japón antes de la Segunda Guerra Mundial.
El Imperio de Japón experimentó un crecimiento económico durante la Primera Guerra Mundial, pero esta prosperidad llegó a su fin a principios de la década de 1920 con el estallido de la crisis financiera Shōwa. El malestar social creció a medida que la sociedad se polarizaba y cuestiones como la venta de las hijas se convirtieron en una necesidad económica para algunas familias debido a la pobreza. Los sindicatos estaban cada vez más influenciados por el socialismo, el comunismo y el anarquismo, mientras que los líderes industriales y financieros de Japón seguían acumulando riqueza gracias a sus estrechas relaciones con políticos y burócratas. Los militares, percibidos como «libres» de la corrupción política, tenían en su seno elementos dispuestos a tomar medidas directas para hacer frente a lo que consideran amenazas para Japón derivadas de las debilidades de la democracia liberal y la corrupción política.
La última gran obra política de Kita fue Un esbozo de plan para la reorganización de Japón. Escrito originalmente en Shanghái, pero prohibido en 1919, el libro fue finalmente publicado en 1923 por Kaizōsha, la editorial de la revista Kaizō, aunque el gobierno lo censuró. La idea de una política nacional (Kokutai) es un tema común en la primera y la última obra política de Kita. Imaginaba a Japón superando una inminente crisis nacional en la economía o en las relaciones internacionales, liderando una Asia unida y libre, y unificando la cultura mundial a través de un pensamiento asiático japonizado y universalizado. Lo veía como una preparación necesaria para el surgimiento de una única superpotencia, que consideraba inevitable para la futura paz mundial. Un aspecto esencial de esta visión era el rechazo de la democracia liberal y el panasianismo.
Nacionalismo, socialismo y militarismo
La ideología de Kita fue objeto de acalorados debates y muchas de sus fuentes se mezclaron en una ideología única y confusa. Como resultado, ha sido mal caracterizada y etiquetada con otros calificativos vagos y poco útiles, como extrema derecha o fascismo. La ideología de Kita a menudo contradecía las ideas dominantes de su época y desafiaba el espectro político izquierda-derecha.
George Wilson desarrolla este punto cuando afirma: «Creo que la complejidad de la teoría de la revolución de Kita plantea la cuestión de si los términos izquierda y derecha son realmente útiles para clasificar a los pensadores japoneses de principios del siglo XX. El análisis izquierda-derecha tiene su origen en la Revolución Francesa y posteriormente se ha extendido a otras naciones occidentales para denotar ciertas líneas generales de orientación política: la derecha significa un deseo de preservar las instituciones existentes y reforzar los lazos sociales tradicionales, en particular el patriotismo y los vínculos familiares, mientras que la izquierda sugiere un deseo de cambio, de reforma a gran escala de los asuntos del pueblo auspiciada por el gobierno. La izquierda suele asociarse con el apoyo de la clase baja, mientras que los intereses de la clase alta cuentan con el respaldo de las fuerzas de derechas. Ambas son ipso facto capaces de pasar de formas moderadas a formas extremistas tanto de creencia como de acción con tal de alcanzar sus objetivos. Aceptando estos criterios como supuestos bastante típicos sobre el continuo político, podemos decir – anticipándonos a nuestra conclusión – que Kita Ikki no encaja en la imagen estándar de la derecha» (George Wilson, Radical Nationalist In Japan: Kita Ikki 1883-1937).
En cuanto a las ideas de Kita sobre el kokutai, concebía al emperador como un líder paternal, esperanzador y espiritual tras el que todos podían unirse. En esta época del Japón el emperador Meiji se alejó del poder absoluto e introdujo el constitucionalismo, dando lugar al concepto político de «kokutairon». Este concepto, formulado por Tatsukichi Minobe, considera al Estado liberal, o kokutai, como supremo, e incluso al emperador como un mero «órgano del Estado» definido por la estructura constitucional y no como un poder sagrado más allá del propio Estado. Minobe utilizó la metáfora de la cabeza del cuerpo humano para describir el papel del emperador. Esta tesis estaba influida por el filósofo jurídico alemán Georg Jellinek, cuya Allgemeine Staatslehre (Teoría General del Estado) se publicó en 1900, y por el concepto británico de monarquía constitucional. Minobe advirtió que la Dieta japonesa debía limitar cuidadosamente el derecho del emperador a ejercer el mando supremo sobre el ejército si no quería que Japón acabase con un gobierno dual en el que el ejército llegase a ser completamente independiente y estar por encima del imperio de la ley, sin rendir cuentas a la autoridad civil.
Ikki Kita no estaba de acuerdo con el kokutairon, defendía el absolutismo y una monarquía paternal platónica y deseaba recuperar el espíritu de la Restauración Meiji, con su poder absoluto, pero liberado de las falsas promesas de las potencias occidentales. El principal punto de divergencia radica en su uso del totalitarismo. Kita entendió el totalitarismo a partir de su lectura atenta de la República de Platón, que le inspiró a emular sus ideas. «La República de Platón era vista por estos radicales japoneses como el fundamento de las ideologías socialistas y comunistas occidentales. Cada vez más, por lo tanto, el texto era concebido como el anteproyecto de la revolución social...» (Hyun Jin Kim, Plato In East Asia ?).
Otro elemento central de la filosofía de Kita era su crítica a las élites gobernantes de Japón, a las que consideraba corruptas y alejadas del pueblo. Criticaba a los zaibatsu (grandes conglomerados industriales) por explotar a los trabajadores y mantener estrechos vínculos con el gobierno, lo que, en su opinión, comprometía el bienestar del pueblo japonés en beneficio de los zaibatsu. Una mezcla de budismo, lassallismo, marxismo y platonismo alimentaba su oposición al capitalismo y su deseo de ver Japón gobernado por líderes comprometidos con el bienestar del pueblo y no con el beneficio privado. Un aspecto intrigante de la ideología de Kita es su frecuente uso del término «socialdemocracia», que hace referencia a la versión defendida por Ferdinand Lassalle. George Wilson explica el impacto de Lassalle y Marx en Kita en este contexto: «En Sado, como en otros lugares, el cambio de siglo trajo consigo una oleada de nuevas ideas. El socialismo heredó el manto de protesta que antes llevaban los pensadores de minken. Los jóvenes socialistas se inclinaron hacia el romanticismo, influidos más por el ejemplo del efervescente Ferdinand Lassalle que por Karl Marx...» (George Wilson, Radical Nationalist In Japan: Kita Ikki 1883-1937).
Sin embargo, los liberales modernos y algunos críticos vieron en ello una admisión de «fascismo social». A pesar de su admiración por Marx, Kita discrepaba con él en ciertos aspectos, como su falta de espiritualidad. Sin embargo, en otras áreas, como el análisis económico de Marx, Ikki Kita fue uno de los primeros en elogiarlo.
«Aunque Kita no estaba de acuerdo con Marx en algunos puntos clave (por ejemplo, rechazaba vehementemente la teoría de los precios de Marx) y hacía hincapié en su propia interpretación independiente del socialismo, estaba fuertemente influido por las ideas marxistas. Desde las primeras líneas de Kokutairon se declaró dispuesto a defender el «socialismo científico» frente a sus detractores y en todos sus escritos posteriores elogió a Marx por su profunda comprensión del desarrollo histórico, económico y social. Incluso llegó a afirmar que la idea marxista de que «el capital es una acumulación de saqueo» era una «verdad inmutable igual a la ley de la gravitación» (Danny Orbach, A Japanese Prophet: Eschatology and Epistemology In The Thought of Kita Ikki).
En su programa político se considera necesario un golpe de Estado para establecer un estado de emergencia bajo el liderazgo directo de una personalidad fuerte. Debido a la estimada posición del emperador en la sociedad japonesa, Kita veía al soberano como el individuo ideal para suspender la Constitución, establecer un consejo iniciado por el emperador y reestructurar fundamentalmente el Gabinete y la Dieta, cuyos miembros serían elegidos por el pueblo y estarían libres de «influencias nocivas». Así se lograría la verdadera esencia de la Restauración Meiji. La «Dieta de Reorganización Nacional» propuesta revisaría la Constitución siguiendo los planes del Emperador, impondría límites a la riqueza personal, la propiedad privada y los activos corporativos y crearía entidades nacionales gestionadas directamente por el gobierno, como los Ferrocarriles Japoneses. La reforma agraria implicaría la transferencia de todo el suelo urbano a los municipios, de forma similar a las grandes reformas que Mao Zedong llevó a cabo posteriormente en China.
El nuevo Estado debía abolir el sistema de la nobleza kazoku, la Cámara de los Pares y todos los impuestos y garantizar el sufragio masculino, la libertad, los derechos de propiedad, los derechos de educación, los derechos laborales y los derechos humanos, todos ellos conceptos extraídos de su lectura de Lassalle. Mantener al emperador como representante del pueblo expulsaría a las élites privilegiadas y daría a los militares los medios para fortalecer Japón y permitirle liberar Asia del imperialismo occidental.
«Abolición del sistema nobiliario: Al abolir el sistema nobiliario, podremos acabar con la aristocracia feudal que forma una barrera entre el emperador y el pueblo. Esto realizará el espíritu de la Restauración Meiji» (Kita Ikki, Esbozo general para la reconstrucción de Japón).
Algunos estudiosos han traducido mal la obra de Kita y se han centrado demasiado en el darwinismo de su ideología, intentando vincularlo a figuras como Hitler. Sin embargo, el darwinismo de Kita estaba influido por Marx, que a su vez estaba influido por Darwin, lo que significa que Kita está más cerca del darwinismo de los Wobblies que del de la Alemania nazi. Su posición es, por tanto, comparable a la de Gramsci, Du Bois, Mao o Sukarno, que no estaban de acuerdo con Marx, pero, lo consideraban una fuente de inspiración. Además, incluso los estudiosos que atribuyeron el darwinismo a Kita, como Nicholas Howard, lo hicieron con sus propias palabras porque no encontraban la palabra para el realismo político, la teoría que se centra en la naturaleza competitiva y conflictiva de la política y en cómo el poder y la seguridad son las principales cuestiones de las relaciones internacionales.
En cuanto a la perspectiva geopolítica de Kita, también preveía que Japón desempeñara un papel de liderazgo en Asia y se opusiera al imperialismo occidental formando una «Gran Esfera de Coprosperidad de Asia Oriental». Los militaristas japoneses retomaron posteriormente este concepto en las décadas de 1930 y 1940 para justificar su expansión por Asia. La visión original de Kita de esta «esfera» era una alianza mutua de países asiáticos unificados bajo el liderazgo japonés para resistir colectivamente la influencia occidental. Aunque veía a Japón como un liberador de Asia, no abogaba por la explotación u opresión de otras naciones asiáticas, como han intentado hacer creer fuentes comunistas.
Como el mundo era injusto e irracional según la visión realista de Kita, éste sostenía que la lucha por el desarrollo positivo de Japón no era egoísta, sino una necesidad biológica y un acto revolucionario en favor de la justicia internacional. Este sentido de la justicia y la necesidad internacionales llevó a Kita a simpatizar con el desafío de Alemania a los «grandes imperios y la plutocracia internacional» durante la Primera Guerra Mundial. Aunque Alemania fracasó, Kita predijo que Japón no tardaría en hacer frente a estas injusticias y, tras la victoria, se convertiría en la «Alemania del Este», adquiriendo Australia, Siberia Oriental, las islas del Pacífico, Manchuria y Mongolia. Estas ganancias territoriales asegurarían la supervivencia de Japón como Estado-nación y garantizarían la integridad territorial de China y la independencia de la India. Sin embargo, Kita veía la liberación de Asia como el primer paso de una misión más amplia.
Kita afirmó el derecho de Japón como «nación proletaria» a tomar el control de Siberia, Extremo Oriente y Australia, sugiriendo que los habitantes de estas regiones deberían disfrutar de los mismos derechos que los ciudadanos japoneses. Argumentaba que los problemas sociales internos de Japón no podían resolverse sin abordar los retos de la distribución mundial. Este concepto se conoce como la Restauración Shōwa. Kita percibía el mundo dividido en dos clases: naciones burguesas y naciones proletarias. Veía a Japón como una nación proletaria, carente de un vasto territorio (un gran imperio colonial) y de recursos financieros (inversiones en ultramar). Por el contrario, veía a Rusia como un gran terrateniente con más territorio del que le correspondía, mientras que Gran Bretaña era vista como rentista y financiera. Esta visión era muy similar a la del protofascista italiano Enrico Corradini.
Para él, Japón debía aspirar a liderar una federación mundial difundiendo los principios sagrados del budismo por todo el mundo. Kita creía que la lucha de clases internacional contra los terratenientes y la plutocracia era la principal fuerza motriz de la historia. En su contexto histórico, la visión política de Kita era establecer un estado socialista utilizando un enfoque fascista conocido como «socialismo desde arriba» para unificar y fortalecer la sociedad japonesa. Las misiones internacionales de Japón tenían como objetivo garantizar la independencia de la India y salvaguardar la República de China, para evitar que se dividiera como África, en el espíritu de la unidad asiática. Otro objetivo de su plan era crear un vasto imperio que incluyera Corea, Taiwán, Sajalín, Manchuria, el Lejano Oriente ruso y Australia. Esta visión también implicaba el rechazo definitivo de la democracia de estilo occidental, que consideraba ajena a la conciencia asiática.
«No existe absolutamente ninguna base científica para pensar que una «democracia», es decir, un sistema estatal en el que los representantes del pueblo se eligen mediante un sistema electoral, es mejor que un sistema en el que el Estado está representado por una sola persona. La nación difiere según el espíritu del pueblo de cada nación y la historia de la formación de la nación. No se puede decir que China, que tiene un gobierno republicano desde hace ocho años, sea más racional que Bélgica, donde una sola persona representa a la nación. La idea estadounidense de «democracia» se basa en la idea de una sociedad formada por la libre voluntad de los individuos que celebran un contrato libre y en las ideas extremadamente burdas de la época en que los individuos se separaron de las patrias de Europa y formaron comunidades aldeanas que se convirtieron en naciones. La teoría del derecho divino de los electores no es más que una filosofía débil, lo contrario del derecho divino de los reyes. Esto no ocurrió cuando se fundó Japón, ni ha habido un periodo en el que dominara una filosofía tan débil. Un sistema en el que el jefe del Estado tiene que manipular las opiniones vendiendo su nombre, refinando sus modales como un actor barato para luchar en las elecciones, es para la raza japonesa, que ha sido educada para creer que el silencio es oro y la modestia una virtud, una invitación suficiente para permanecer muda y espectadora de esta extraña costumbre» (Kita Ikki, Una visión general de la reconstrucción de Japón).
Kita propuso que el Imperio de Japón adoptara el esperanto en 1919 como medio de unificación del mundo. Predijo que 100 años después de su adopción, el esperanto sería la única lengua hablada en Japón y en los vastos territorios conquistados y que el japonés se convertiría en el equivalente del sánscrito o el latín dentro del Imperio. Creía que el sistema de escritura japonés era demasiado complejo para imponerlo a otros, que la romanización sería ineficaz y que el inglés, enseñado en las escuelas japonesas de la época, no era dominado por los japoneses. Kita sostenía que el inglés era perjudicial para la mente japonesa, del mismo modo que el opio afectaba a los chinos, y que aún no había destruido a los japoneses porque la lengua alemana tenía más influencia. No obstante, pidió que se excluyera el inglés de Japón para evitar la anglización del país. Kita se inspiró en los anarquistas chinos con los que trabó amistad, que abogaban por sustituir el chino por el esperanto a principios del siglo XX.
Uno de los aspectos más significativos del pensamiento de Kita es la considerable influencia de su budismo. A diferencia de los sintoístas shōwa de su época, que en general se oponían al socialismo, Kita abrazó el budismo de Nichiren, una forma de budismo mahayana, o budismo del «Gran Vehículo», que fomentaba enérgicamente la acción política y la organización como preparación para la gran guerra venidera que Nicheren había predicho. Por tanto, Kita estaba más abierto al socialismo y a la diversidad de opiniones que los sintoístas. El budismo de Kita se diferenciaba del budismo teravada, o «budismo de los antiguos», en que se centraba en los bodhisattvas y en la ayuda comunitaria para alcanzar el nirvana. Esta forma de budismo encaja bien con el socialismo por sus aspectos comunitarios.
Su budismo nicheriano también desempeñó un papel en la formulación de su escatología o visión del ciclo de la historia. Al igual que Marx, creía que había progreso en la historia. Lo que le diferenciaba era su interpretación budista de la historia cíclica. Kita creía que la democracia social que implantaría sería la mejor etapa para que la gente alcanzara el nirvana y que el mantenimiento de este estado produciría el mayor número de bodhisattvas para acercar a la gente al nirvana. Esta mezcla de budismo y marxismo reflejaba el budismo de la Tierra Pura de una forma que se hace eco de las creencias de una antigua comunidad de monjes guerreros socialistas agrarios de Japón, los Ikko Ikki.
En Sobre el Kokutai y el socialismo puro Kita también cuestionó la perspectiva sintoísta de nacionalistas como Hozumi Yatsuka, que veía Japón como un «estado familiar» étnicamente homogéneo que descendía a través del linaje imperial de la diosa Amaterasu Omikami. Kita hizo hincapié en la presencia histórica de no japoneses en Japón y defendió que, junto a la integración de chinos, coreanos y rusos como ciudadanos japoneses durante el periodo Meiji, cualquiera debería poder naturalizarse ciudadano del imperio, independientemente de su raza, con los mismos derechos y obligaciones que los japoneses nativos. Creía que el imperio japonés no podía extenderse a regiones no japonesas sin concederles los mismos derechos o excluirlas del imperio. Al mismo tiempo, creía que Japón debía preservar una identidad japonesa diferenciada para servir de bodhisattva en el mundo. Sus opiniones sobre las políticas de inmigración y asimilación eran similares a las de Italo Balbo y Gentile.
Influencia en la sociedad japonesa y en el movimiento de los jóvenes oficiales
Aunque las ideas de Kita no gozaron de gran popularidad, sí resonaron entre los jóvenes oficiales militares japoneses desilusionados que se veían a sí mismos como guardianes del emperador y del futuro de Japón. Este grupo, conocido como los «jóvenes oficiales», era una coalición de elementos de derechas e izquierdas comprometidos con la purificación de Japón. Especialmente activos en la década de 1930 abogaban por una acción radical para destituir a los gobernantes corruptos y hacer realidad la visión de Kita de un Japón restaurado y poderoso. Creían que sólo un movimiento revolucionario dirigido por el ejército podría salvar a Japón de sus problemas sociales y económicos y mantener su autonomía frente a las potencias occidentales.
Una facción de esta coalición de jóvenes oficiales fue la Sakurakai, o Sociedad de los Cerezos en Flor, una sociedad secreta nacionalista formada por jóvenes oficiales del Ejército Imperial Japonés en septiembre de 1930. Su objetivo era reorganizar el Estado siguiendo líneas totalitarias militaristas, posiblemente mediante un golpe militar. La sociedad perseguía la restauración de Shōwa, con la intención de restaurar al emperador Shōwa (Hiro-Hito NDT) en la posición que le correspondía, sin partidos políticos ni burócratas corruptos, bajo una nueva dictadura militar. También apoyaban el socialismo de Estado, tal y como lo defendia Ikki.
Dirigido por el teniente coronel Kingoro Hashimoto, jefe de la sección rusa del Estado Mayor del Ejército Imperial Japonés, y el capitán Isamu Chō, con el apoyo de Sadao Araki, el Sakurakai comenzó con unos diez oficiales en activo del Estado Mayor del ejército. Luego se amplió para incluir a oficiales de rango de regimiento y compañía, y contaba con más de 50 miembros en febrero de 1931, llegando a varios centenares en octubre de 1931. Uno de sus principales líderes fue Kuniaki Koiso, futuro Primer Ministro de Japón. El Sakurakai se reunía en un dojo dirigido por Morihei Ueshiba, fundador del Aikido, en la sede del movimiento religioso Oomoto en Ayabe.
En 1931, durante el Incidente de Marzo y el Incidente del Color Imperial, los Sakurakai, junto con elementos nacionalistas civiles, intentaron derrocar al gobierno. Tras la detención de sus líderes después del Incidente del Color Imperial, el Sakurakai se disolvió y muchos de sus antiguos miembros se unieron a la facción Toseiha dentro del ejército. La admiración de los jóvenes oficiales por las ideas de Kita llevó a varios intentos de golpe de estado durante la década de 1930, siendo el más notable el incidente del 26 de febrero de 1936. En este suceso, un grupo de jóvenes oficiales intentó tomar el control del gobierno japonés y asesinar a figuras políticas clave que consideraban obstáculos para la reforma nacional. Aunque fue sofocado, el golpe de estado puso de manifiesto el alcance de la influencia de Kita en los círculos militares y la radicalización de ciertas facciones de la sociedad japonesa.
El incidente del 26 de febrero de 1936
La facción Kōdōha, o Vía Imperial, fue fundada por el general Sadao Araki y su protegido, Jinzaburō Masaki. Esta facción radical pretendía establecer un gobierno militar que promoviera ideas totalitarias agresivas, militaristas y expansionistas, obteniendo el apoyo principalmente de oficiales jóvenes. El Kōdōha apoyaba firmemente la hokushin-ron («doctrina de expansión hacia el norte»), abogando por un ataque preventivo contra la Unión Soviética, al considerar que Siberia formaba parte de la esfera de interés de Japón.
El Ejército Justo era un grupo de jóvenes oficiales del IJA que apoyaban a la facción radical de Kodoha. Estos jóvenes oficiales creían que los problemas de Japón provenían de su desviación del kokutai, un concepto que a grandes rasgos significaba la relación entre el emperador y el Estado. Creían que las «clases privilegiadas» explotaban al pueblo, provocando una pobreza generalizada en las zonas rurales y engañaban al emperador, mermando así su poder y debilitando a Japón. En su opinión, la solución pasaba por una «Restauración Shōwa» inspirada en la Restauración Meiji que había tenido lugar 70 años antes. Sus creencias estaban fuertemente influenciadas por el pensamiento nacionalista contemporáneo, en particular por la filosofía política de Ikki Kita. El 26 de febrero de 1936, intentaron dar un golpe militar destinado a purgar el gobierno y la cúpula militar de sus rivales y oponentes ideológicos.
El Incidente del 26 de febrero (26-28 de febrero de 1936) fue un intento de golpe de Estado en el Imperio de Japón, orquestado por jóvenes oficiales del Ejército Justo que apoyaban a Kodoha. Su objetivo era llevar a cabo la «Restauración Shōwa», purgar a sus oponentes políticos y restablecer el poder directo bajo el Emperador Showa (Hirohito). La «Restauración Shōwa» prevista pretendía ser un reflejo de la Restauración Meiji, con un pequeño grupo de personas capacitadas apoyando a un emperador fuerte. Aunque lograron asesinar a varios altos cargos y ocupar el centro gubernamental de Tokio, no consiguieron asesinar al primer ministro Keisuke Okada, tomar el control del Palacio Imperial ni ganarse el apoyo del emperador. Aunque sus partidarios en el ejército intentaron sacar provecho de sus acciones, las divisiones internas y el enfado generalizado por el golpe impidieron cualquier cambio gubernamental. Ante la abrumadora oposición del ejército, los rebeldes se rindieron el 29 de febrero. Las consecuencias han sido la represión de la sublevación, el declive de la influencia de la facción Kodoha y el aumento de la influencia militar sobre el gobierno.
El legado y la ejecución de Kita Ikki
Kita ejerció una profunda y compleja influencia en el nacionalismo y el militarismo japoneses. Su obra intelectual inspiró a reformistas radicales que apoyaban el establecimiento de una dictadura militar estricta y un gobierno autoritario. Estas ideas contribuyeron al avance de Japón hacia el militarismo en la turbulenta década de 1930 y principios de 1940, en un contexto de insatisfacción generalizada con una democracia ineficaz y de desafíos geopolíticos, como el fin del Tratado Anglo-Japonés, que dejó a Japón aislado. La visión de Kita de la Gran Esfera de Coprosperidad de Asia Oriental, concebida inicialmente como una organización idealista y cooperativa, se transformó en un sistema al que él se oponía, a medida que sus ideas se reconfiguraban para alinearse con la agenda del gobierno imperial. Personalidades como Konoe intentaron poner en práctica los ideales de Kita a través de reformas laborales, propuestas de igualdad racial en la Sociedad de Naciones y esfuerzos para obtener el indulto de los líderes ultranacionalistas implicados en el incidente del 26 de febrero, que habían intentado asesinar a su mentor Saionji. Sin embargo, Konoe se enfrentó a la oposición de varias facciones del gobierno japonés y a presiones externas, como la venganza de Estados Unidos y las intrigas de China. Finalmente, Konoe, partidario de la diplomacia, cedió el poder al más agresivo Hideki Tojo.
En 1937, durante la «Purga del 26 de febrero», Kita fue detenido y ejecutado por el gobierno japonés, que lo consideraba una amenaza para la seguridad del Estado. Aunque algunas de sus ideas fueron parcialmente adoptadas por las autoridades gobernantes, Kita era considerado un ideólogo peligroso, capaz de incitar al descontento y desafiar el arraigado poder de la élite. Su ejecución no acabó con su influencia; los escritos de Kita siguieron resonando, convirtiéndose en textos fundamentales para los pensadores nacionalistas y militaristas que imaginaban la salvación de Japón en forma de un estado socialista centralizado y autoritario.
Herencia
El legado ideológico de Kita ha tenido una influencia sorprendente, sobre todo dentro de la ideología Juche de Corea del Norte. Esta ideología refleja las creencias de Kita, como la dinámica líder supremo/emperador, la colaboración internacional contra el imperialismo occidental, el antiliberalismo, el anticapitalismo, el socialismo de Estado, el totalitarismo y el Songun. A pesar de su propaganda antijaponesa, estos principios permitieron que las ideas de Kita sobrevivieran en Corea del Norte. En Corea del Sur, algunos medios de comunicación liberales de izquierda han retratado la administración de Park Chung-hee como antiamericana, fascista panasiática y Chinilpa, cuyas influencias se remontan a la educación japonesa de Kita y a su estudio del incidente del 6 de febrero. Inejiro Asanuma, líder del Partido Socialista Japonés, estaba muy influido por Kita y abogaba por una alianza con Mao y Sukarno, haciéndose eco de los ideales de Kita de una esfera de prosperidad. Sin embargo, fue asesinado por Otoya Yamaguchi, un nacionalista japonés pro-inglés-estadounidense protegido por Bin Akao. El asesinato de Asanuma sirvió para sofocar cualquier movimiento genuino japonés en favor de la soberanía y para afianzar elementos neoconservadores en muchas facciones del nacionalismo japonés.
En el Japón actual, el movimiento nacionalista está muy atenuado y desconectado de las ideas de Kita, muy influido por las perspectivas angloamericanas, un escenario al que Kita se habría opuesto rotundamente. La Cuarta Teoría Política de Aleksandr Dugin se alinea con algunas de las ideas de Kita cuando se considera en el contexto de los actuales alineamientos geopolíticos, como explica Kazuhiro Hayashida en Lo que los japoneses necesitan para entender la Cuarta Teoría Política. Kazuhiro subraya la importancia de recordar ideas y figuras históricas para comprender teorías contemporáneas como las de Dugin. Kazuhiro se centra en Kanji Ishihara, antiguo soldado del ejército imperial y budista Nichiren influido por Kita, que fue reconocido por sus teorías estratégicas durante el periodo de entreguerras y por su planificación y ejecución de la reconquista de Manchuria por el emperador Qing, Esto permitió a Manchuria convertirse en una potencia económica multicultural al servicio de las ambiciones de Japón, gracias a sus prácticas agrícolas colectivas y a una industrialización que mejoró el nivel de vida, superando a Japón en la producción de acero. La minería del carbón, la extracción de petróleo y la agricultura se convirtieron en industrias importantes, los puertos y las ciudades se modernizaron, el comercio y los negocios florecieron y Manchuria se industrializó más que la República de China. Manchuria se convirtió en la región más industrializada de toda China, lo que llevó a los soviéticos a utilizarla como base de operaciones y permitió a Mao ganar la guerra. Aunque las teorías de Ishihara perdieron importancia tras la Segunda Guerra Mundial, el autor cree que siguen ofreciendo valiosas perspectivas. Las ideas de Ishihara, como las de Kita, se alinean bien con la Cuarta Teoría Política de Dugin, que cuestiona el liberalismo.
El gobierno chino contemporáneo tiene vínculos ideológicos con Kita, ya que las reformas económicas de Deng Xiaoping estuvieron muy influidas por Park Chung-hee y el modelo económico japonés que inspiró las economías de los Tigres Asiáticos. El burócrata chino Wang Huning también ha incorporado muchas de las ideas de Kita en China, dirigiendo la nación hacia el establecimiento de una Pax Sinica a través de iniciativas internacionales como el proyecto Cinturón y Ruta, que recuerda los esfuerzos de la Sociedad del Dragón Negro. Wang expresó su desdén por la política multipartidista y se distanció del marxismo, abogando en su lugar por un sistema corporativista.
Yukio Mishima, también muy influido por Kita, creía que su vida debía culminar con su propio incidente del 26 de febrero, destinado a restaurar la soberanía japonesa frente a la influencia occidental, o arriesgarse a una muerte artísticamente significativa. Para ello, fundó la Tatenokai, o Sociedad del Escudo. Mishima apreciaba la cultura tradicional japonesa y se oponía al materialismo occidental, al globalismo y al comunismo, temiendo que erosionaran la identidad cultural única de Japón y dejaran a su pueblo «desarraigado». El 25 de noviembre de 1970 Mishima y cuatro seguidores entraron en una base militar del centro de Tokio, tomaron como rehén al comandante e intentaron sin éxito reunir a las Fuerzas de Autodefensa Japonesas para derrocar la Constitución japonesa de 1947. Tras su discurso, gritó «Larga vida al Emperador» antes de suicidarse.
Kita sigue siendo una figura controvertida de la historia japonesa. Su ideología radical pretendía crear un Japón más fuerte y justo combinando nacionalismo, socialismo y militarismo para hacer frente a problemas como la disparidad económica y el imperialismo occidental. Sus ideas inspiraron a muchos y supusieron una amenaza para la Unión Soviética. Las potencias coloniales occidentales y el propio Japón lanzaron una campaña de desinformación para suprimir y tergiversar sus ideas. En realidad, Kita pretendía desmantelar el capitalismo y se veía a sí mismo como un budista totalitario que utilizaba Japón como vehículo para la iluminación mundial, haciéndose eco de la visión de Fichte para Alemania. Su búsqueda de la salvación budista mundial le convirtió en una importante figura del fascismo genérico/tercera posición en Japón, junto a figuras como Akira Kazami y Seigō Nakano.
3 notes
·
View notes
Text
Es el priismo, estúpido!
Confundido y arrogante, de mala manera gratuita, un “universitario” con el que no había tenido contacto en años aparece y me dice que AMLO no es priista y que no es restauración lo que hace. Por qué? Porque dijo Mauricio Merino. Ah… Y ya. Como pejista: sin argumentos, sin hechos suficientes, encadenado a un nombre. Merino fue mi profesor y jefe, y el reaparecido sigue en el closet del pejismo (pobre hombrecito!), así que creyó tener la oportunidad de refutarme: “tu maestro dice lo contrario”. Bueno, me río un poco y paso a la refutación. Refuto al pejista vergonzante y a Merino, con el que estoy en desacuerdo sobre la caracterización de AMLO y no tengo ningún problema para decirlo en público.
A Merino lo conozco bien como pluma y psicología y está equivocado. Puedo decirlo, sin deslealtad, porque Merino fue mi profesor y jefe pero no fui ni soy su esclavo. Yo soy yo como analista. Hay que ser estúpido para creer que yo diría o dejaría de decir algo porque Merino dice lo que quiere decir… Pero de estupideces, como de poses y grillas ridículas, está llena la “vida cultural” de este país.
El profe se ha equivocado varias veces sobre AMLO. Ha dicho que es fascista, que es revolucionario y que no es priista. Pero el presidente no es fascista sino que tiene rasgos compartidos con los fascistas, no es revolucionario sino autoritario, un reformista autoritario en medios y fines, y sí es -por eso mismo- priista.
Que quede claro: AMLO es priista y su proceso-proyecto político es una restauración.
AMLO y PRI tienen diferencias pero también similitudes, las diferencias son menos que las similitudes y no cambian la relación esencial. Teniendo más similitudes, que tengan diferencias sólo significa que AMLO es un tipo de priista, y eso es lo que he estado diciendo. Un priismo, por tanto, revuelto con muchos otros polvos, como neoliberalismo, conservadurismo religioso y populismo, y también militarismo, corrupción, pragmatismo, personalismo. Pero todo dentro de la olla priista -el autoritarismo.
Un guisado político que ha sido poco nutritivo para la mayoría, casi totalmente descompuesto para la historia por tantos ingredientes podridos, un producto realmente pestilente.
La restauración en curso del sistema autoritario priista no es perfecta, ya que no puede ser total, pero es restauración. Que no se restaure el 100% no significa que no se restaura nada o se restaure poco. Es una restauración, imperfecta, pero restauración. Con todo respeto, el profe Merino anda muy desencaminado (y lamento que haya escrito aquel artículo periodístico que, aunque no haya querido, distorsiona y deslava el mal que fue el priismo gobernante).
Tómese el ejemplo de la reforma judicial. Es parte del “plan C” e incluye elecciones judiciales; eso debe estar claro, desde hace mucho tiempo. Las elecciones judiciales no existían en el priato pero existía el poder Judicial subordinado al Ejecutivo (y desde ahí a su partido), y la subordinación judicial será el resultado de las elecciones judiciales. Así, hay una diferencia en uno de los medios entre AMLO y el priismo pero una similitud de fin y resultado. AMLO es priista.
Esencialmente priista. López Obrador es antidivisión de poderes, antidemocrático, antipluralista, centralizador, autoritario. Es sólo que a eso añade algunos otros medios, fines y resultados. Es eso, todo eso. Y por eso, lo de AMLO puede ser visto como peor, como dice MM, pero no por eso deja de ser priista. Es un priista con su priismo. Lo he dicho y lo seguiré diciendo, aunque no le guste a mis “amigos” pejistas y aunque otros digan lo que necesitan decir.
4 notes
·
View notes
Text
Retrospectiva Leituras 2024 Parte 1 de 3.
Aqui vai a lista de livros (e HQ's na 3ª parte) com avaliações de 1 a 5, da qual eu li, ou comecei a ler em 2024.
Livros:
Star Wars: Sombras do Império. Autor: Steve Perry.
Status: Leitura concluida. Opinião: Lagarto dono do DETRAN tenta seduzir predatoriamente uma Leia meio mal escrita. Nota: 3/5
Star Wars: A Mão de Thrawn: Espectro do Passado. Autor: Timothy Zahn.
Status: Leitura concluida. Opinião: Não sabia o quão bom era ler uma tríade de militares políticos disfuncionais. Nota: 4/5
Star Wars: A Mão de Thrawn: Visão do Futuro. Autor: Timothy Zahn.
Status: Leitura concluida. Opinião: Vim pelo romance Luke x Mara, fiquei pra saber o que está rolando nas regiões desconhecidas da galáxia. Nota: 4,5/5
Star Wars: A Alta Republica: Luz dos Jedi. Autor: Charles Soule.
Status: Leitura concluida. Opinião: O período da Alta Republica é maneiro, bem escrito e planejado. Ainda o livro tem uma história cativante. Acho os Nihil genéricos, mas os outros personagens facilmente cobrem esse ponto negativo pra mim. Nota: 4/5
Star Wars: A Alta Republica: Na Escuridão. Autora: Claudia Gray.
Status: Ainda lendo. Opinião: Jedi's fazem merda sem querer durante período de crise. Geodo é uma pedra incrivel. Nota: A definir.
Resident Evil: A conspiração Umbrella. Autora: S.D.Perry.
Status: Leitura concluida. Opinião: Adaptação maravilhosa do jogo. Nota: 4/5
Resident Evil: O Incidente de Caliban Cove. Autora: S.D.Perry.
Status: Leitura concluída. Opinião: História original boa mas meio curta. Senti que a Rebecca não teve muito destaque, mesmo sendo a protagonista mas é de se debater. Nota: 3/5
Resident Evil: A Cidade dos Mortos. Autora S.D.Perry.
Status: Leitura concluída. Opinião: Ada querendo o sonho americana foi um choque inesperado muito bom. Claire cuidando da Sherry foi fofo! Nota: 4,5/5
A Guerra dos Mundos Autor: H.G. Wells.
Status: Leitura concluída. Opinião: Das quatro adaptações que vi, Filme de 53, Filme do Spielberg, audio drama do Orson Wells e o Musical. Estranhamente o audio drama e o musical foi o melhor. Provavelmente por que não tentaram subverter ou trocar o foco da narrativa. Nota: 5/5 Clássico da Ficção científica.
O Hobbit. Autor: J.R.R. Tolkien.
Status: Leitura concluída. Opinião: Mago maloqueiro que convive com pessoas de baixa estatura, os abandona no momento mais perigoso da aventura e aparece no fim só para dizer oi. Nota: 5/5 Ansioso para ler O Senhor dos Anéis.
Fim da Parte 1.
Confira quando estiver disponivel:
Parte 2
Parte 3
2 notes
·
View notes
Text
“A veces incluso vivir es un acto de valentía“
Séneca
Lucio Anneo Séneca, fue un filósofo, político, orador y escritor romano conocido por sus obras de carácter moral, nacido en el año 4 en la actual Córdoba, municipio español de Andalucía.
Es uno de los pocos filósofos romanos que siempre ha gozado de una gran popularidad y junto con la obra de Cicerón, fue una de las mejor conocidas por los pensadores de la Edad Media.
Fue uno de los principales exponentes del estoicismo, y su obra constituye una de las principales fuentes escritas de la filosofía estoica que se ha conservado hasta la actualidad, y aunque su obra siempre se presenta como partidario de esta filosofía, en su propio tiempo fue tachado de hipócrita, al no seguir en vida los pasos que propugnaba la filosofía estoica.
De la vida de su padre, poco se sabe hasta el año 41 y lo que se presume es que provenía de una familia distinguida perteneciente a la más alta sociedad hispana, y pasó los primeros años de su vida en Roma bajo la protección de la hermanastra de su madre.
Para cuando en el año 37, Calígula subió al trono de Roma, Séneca se había convertido en el principal orador del senado, levantando la envidia del nuevo y megalómano César, quien se dice, ordenó la ejecución de Séneca y una mujer cercana al circulo del César, logró que se revocara la sentencia y en su lugar fue exiliado.
Su exilio en Córcega, duro 8 años, y durante ese tiempo escribió una consolación a su madre, a la cual invita a llevar a cabo actitudes estoicas que contrastan significativamente con algunos escritos, en donde adopta una actitud mas bien aduladora y en busca del perdón imperial.
No fue hasta el año 49, cuando a la muerte de la segunda esposa de Claudio, el sucesor de Calígula, se le ordenó regresar a Roma en calidad de magistrado en la ciudad, y dos años después, fue nombrado tutor del joven Lucio Domicio Enobardo, futuro emperador Romano, mejor conocido como Nerón, por mandato de su propia madre Agripina.
En el año 54, cuando el emperador Claudio muere, Nerón sube al poder a la edad de 17 años y Séneca es nombrado consejero político y ministro, haciendo de los primeros 8 años en el poder, los que se consideraron los periodos mas justos y mejores de toda la época imperial.
Sin embargo, conforme Nerón fue creciendo, su autoridad e influencia fueron decayendo al grado de ser acusado de mantener relaciones con su madre, siendo víctima de una campaña de desprestigio por su forma de vida y riqueza.
En el año 59, Nerón mata a su madre Agripina, y Séneca posteriormente fue implicado en una conspiración por lo que Nerón ordena su ejecución.
Al saber de su orden de ejecución, se le conmino a cometer suicidio, mismo que llevó a cabo junto con su esposa, sus dos hermanos y su sobrino, sabedores de que pronto la crueldad de Nerón recaería también sobre ellos.
Seneca fue incinerado sin ceremonia alguna en abril del año 65.
Fuente: Wikipedia
#roma#seneca#citas de reflexion#frases de reflexion#notasfilosoficas#citas de la vida#filosofos#frases de filosofos#citas de filosofía#citas de filosofos
9 notes
·
View notes