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#diáspora africana
colombiacaribe · 2 months
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multipolar-online · 22 days
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flordejamaica · 3 months
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Acerca de mi jornada aprendiendo idiomas, introduciendo el concepto de lo hidrocomún y unos aguas de Jamaica bien literales.
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zemaribeiro · 17 days
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O baile de Chico César, em casa
TEXTO E FOTOS: ZEMA RIBEIRO Chico César se apresentou ontem (2), na Praça das Mercês, no Desterro, no Centro Histórico da capital maranhense, na programação do aniversário de 412 anos de São Luís. Cantou por pouco mais de hora e meia, numa demonstração de sua relação atávica, umbilical e orgânica com a cidade. Muita gente, ainda hoje, acredita que o paraibano é maranhense. Prestes a completar…
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Xangô Aganjú by Kypris Aquarelas
Xangô e Aganjú são dois Orixás que estão fortemente associados tanto em terras africanas quanto na diáspora brasileira. Da família de pai Xangô, figurando entre sobrinho, primo ou até pai de Xangô, ambos são Orixás que foram alafins (título que significa "Senhor do Palácio") do império de Oyó, são simbolizados pelos oxés (machados duplos), pelas cores vermelha, marrom e branco, estão relacionados aos raios, trovões e ao fogo. Segundo os antigos, ele é o Orixá da força, dos vulcões, da lava em chamas que emerge das profundezas da terra, muitas vezes visto como um "Xangô Menino".
Com a realidade imposta pela diáspora, o culto de Xangô e de Aganjú, em muitas tradições, sofreu uma aglutinação, dando origem ao famoso "Xangô Aganjú". Ele é cultuado em religiões afrolatinas como os Candomblés, as Umbandas, nos Batuques de Nação, na Santeria cubana onde é sincretizado com São Cristóvão, entre outras.
"Estava olhando a pedreira
Uma pedra rolou, ela veio
Rolando e bateu em meus pés
E se fez uma flor
Quem foi que disse
Que eu não sou filho de Xangô?
Ele mostra a verdade,
Se atira um pedra
Ela vira uma flor.."
Que pai Xangô e Aganjú, Sogbô, Zambará e Nzazi transformem todas as pedras nos nossos caminhos em lírios!
_______________________________________
Shango and Aganju are strongly associated Orishas, both in African yoruba lands and in the Brazilian diaspora. Belonging to Shango's family, Aganju sometimes is depicted as his nephew, cousin or even his father, but both were once alafim (a title which means "Lord of the Palace") of the Oyo empire. As some of their symbols, the oxés (double axes), along with the colours red, brown and white, the element fire, lightnings and thunders are numbered. It's said that Aganju is the Orisha of strenght, vulcans and of the burning lava that emerges from the depths of the earth. He's commonly seen as a "Xangô Menino" (young Shango).
As the reality imposed by the diaspora developted, the cult and worship of Shango and Aganju in many traditions suffered an agluttination, giving rise to the cult of "Shango Aganju". He's worshipped in many afrodiasporic traditions such as Candomblé, Umbanda, Batuque de Nação, in the Cuban Santeria where he's sincretized with Saint Christopher.
May pai Shango, Aganjú, Sogbo, Zambará and Nzazi all turns the stones in our way into lilies!
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astronautademarmore1 · 10 months
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GENTE PRETA E O FUTURO (2023)
Dando continuidade a série "Gente Preta" nessa segunda colagem chamada GENTE PRETA E O FUTURO, é uma expressão que sugere uma visão progressista e otimista em relação à comunidade negra. Essa abordagem pode estar associada ao afrofuturismo, um movimento cultural que combina elementos da cultura africana, diáspora africana e ficção científica para criar narrativas que transcendem as limitações temporais e sociais.
Coloco uma mulher negra como elemento central, enriquecendo a narrativa com uma sobreposição de pintura de grafite.
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lobamariane · 6 months
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do caminho até aqui
A viagem ao sertão da raiz de minha família, o reencontro com meus avós e a visita ao território Payayá em dezembro do ano passado foi culminância de um primeiro momento da pesquisa na qual veio me envolvendo ao longo dos últimos tempos e que hoje entendo ser um estudo de ancestralidade como memória e raiz de uma existência poética em diálogo com os tempos do agora.
Nasci e cresci em contexto urbano, no centro antigo de Salvador, no entanto meus pais são do interior. Minha mãe é de Ibiaporã, distrito de Mundo Novo e meu pai, do Rio Sêco, povoado de Itatim. São apenas 3 horas de viagem entre um lugar e outro, no entanto só estou aqui hoje porque ambos, cada um por suas razões, resolveram migrar para construir a vida na “cidade da Bahia”. 
Sou de 95, portanto faço parte daquela geração atingida pela ascensão da esquerda no Brasil, muito marcada pela enorme abertura de possibilidades, a exemplo da entrada nas universidades, acesso à internet e aos cartões de crédito. Não foi difícil ser levada pela cultura pop, ser escravizada pelo padrão das garotas brancas e viciar no açúcar capitalista não só porque tive a possibilidade de enfiar revistas, fanfics e literatura europeia goela abaixo por anos, mas também porque, no fim das contas eu não sabia responder o que levou meu pai e minha mãe a deixarem seus territórios para viver na capital.
Demorou muito, mas muito mesmo para que eu visse os traços e raízes indígenas nesses lugares desde o nome. Sei que não sou a única e que isso não é uma coincidência. Crescendo em Salvador eu estava muito mais próxima das filhas e filhos da diáspora africana e morei toda vida na beira do Dique do Tororó que embora também tenha rastro indígena no nome é muito conhecido como lar dos orixás e terra sagrada para as diversas casas de candomblé nos arredores daquele corpo d'água. E quando me aproximei da literatura fiz visitas constantes a Castro Alves e tanto aprendi fazendo e desfazendo o caminho do Pelourinho até a Barra. No entanto, não havia nenhum espelho visível em beco algum da Avenida Sete, nada que eu lia ou ouvia parecia comigo, não reconhecia semelhantes na escola. Apenas na cara do meu pai e da minha mãe havia identificação e mesmo eles pareciam estranhos dentro da "cidade mais negra fora da África", e eu sempre pensei assim, somos pessoas estranhas. Isso porque havia um dado na mistura deles que nunca foi realmente identificado, compreendido, sequer visto. Por muitas vezes fui chamada de japinha por conta dos olhos pequenos e do cabelo muito preto. Eu mesma dizia que tinha a pele amarela, sabia que não era nem branca, nem preta. Ser filha dessa terra por herança era um pensamento inexistente porque eu "sabia" que todos foram mortos ou resistiam em povos isolados. Fora da aldeia, indígenas eram aparições alienígenas.
O primeiro abalo nessa construção de pensamento aconteceu em 2015, eu contava 20 anos e fazia parte do Núcleo Viansatã de Teatro Ritual, grupo que naquele ano viajava em turnê por diversas cidades da Bahia com espetáculo que se propunha a reler o clássico de Shakespeare Romeu e Julieta. Na época estávamos estudando sobre o Sagrado então durante as viagens além de apresentar o espetáculo, saíamos em busca de diferentes manifestações e egrégoras em cada lugar que passávamos. Visitamos prédios históricos, igrejas, terreiros, conversamos com suas lideranças. E no Extremo Sul da Bahia visitamos Cumuruxatiba, no Prado. Nesse dia meu rosto foi pintado com urucum por uma criança do povoado Pataxó da Aldeia Gurita. Eu tirei uma foto e publiquei no instagram. Na legenda eu dizia "virei índia". Nesse mesmo dia olhei para o cacique e pensei "nossa, ele é a cara do meu avô".
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A vida continuou, a foto se perdeu no tempo assim como esse lampejo de memória. No entanto, o incômodo de ser uma estranha nunca cessou. E se na infância não havia história alguma sobre as origens da minha família, tratei logo de preencher os vazios com os produtos ofertados pela colonização que nunca terminou.
E poderia ser assim pra sempre não fosse aquela pesquisa sobre sagrado que foi expandindo, expandindo até Amanda encontrar-se na encruza de povos e a partir disso, artista que é, dar conta de criar a própria realidade, a Bruxaria Mariposa. Vivi a sorte de caminhar ao seu lado ao longo de todo esse itinerário, continuo até hoje e é desse tempo vivido que veio o chamado de ir atrás do que fazia sentido pra mim. Minha ficha foi caindo aos poucos, até perceber que não me reconhecia como coisa alguma, até olhar no espelho e me ver coberta das marcas do apagamento da memória e ver também o desejo de estudar, investigar, limpar e cuidar das raízes que hoje me põem de pé.
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denissena · 7 months
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O arquétipo do Lwa/espirito – La Sirene na cosmovisão Voodoo de arquétipo, fala de uma mulher jovem, flutuando ao mar com metade do corpo para fora, segurando conchas, redes de pesca e um cesto de palhas contendo objetos familiares. Em outra descrição arquétipo, La sirene pode ser retratada como uma mulher adulta com cabelos negros, usando roupas azul claro e prata, sentada em uma cadeira, segurando lenços, pentes, espelhos, frascos de vidro e um pendulo. La sirene demonstra o caráter da maternidade adotiva acolhendo a todos que a procuram em busca de equilíbrio, harmonia, união, doçura e vidências. Símbolo da diáspora africana.
Pintura artística do projeto Lâmina, deck Tarô e livro.
Técnica mista
Medidas 36 cm de largura x 54 cm de altura
@operariocultural
#aiydawedo #arte #art #voodoo #cultura #brasil
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sobreiromecanico · 9 months
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Drinking from Graveyard Wells: histórias de África, de mulheres, e da fúria de ambas
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Seria difícil ter começado melhor as leituras de 2024. Drinking from Graveyard Wells, de Yvette Lisa Ndlovu, é uma pequena mas riquíssima colectânea de contos que a autora publicou em várias revistas temáticas e antologias ao longo dos últimos anos, e que aqui surgem em edição revista pela University Press of Kentucky.
Ao todo, a colectânea inclui 14 contos, todos relativamente curtos, com registos que oscilam entre o realismo, um certo realismo mágico, e territórios temáticos da fantasia literária, chegando mesmo a uma ou outra aproximação ao horror. Nestas páginas encontramos girafas fantasmas, espíritos vingativos, demónios ancestrais sob o jugo do extractivismo capitalista, sereias ameaçadoras, divindades matreiras cujas bênçãos nem sempre produzem o efeito desejado. Sempre com um ponto de vista africano, ou de diáspora africana - a autora é natural do Zimbabwe e vive e estuda nos Estados Unidos. Quase sempre de um ponto de vista feminino/feminista - a única excepção talvez seja When Death Comes to Find You, a única história da colectânea que tem um protagonista masculino, partindo do princípio de que a personagem principal é Takura e não Grootsland, claro (será discutível). Na verdade, a haver um tema que liga todos estes contos, será mesmo a condição feminina, e em particular a condição das mulheres africanas - seja nas feridas que mantém das muitas guerras de independência travadas naquela região do Sul de África, seja no contraste entre os papéis que aspiram desempenhar e aqueles que é esperado que desempenhem, seja na forma como os espartilhos de normas patriarcais condicionam tanto a sua vida como a sua morte, seja nos esforços e sacrifícios que empreendem em busca de uma vida melhor (que passa com frequência com o desejo de deixarem a sua terra), seja até na relação amor-ódio que mantém com a terra natal quando dela saem em busca de uma vida melhor.
Ou sobre vingança, um tema ao qual Yvette Lisa Ndlovu regressa com frequência nestas histórias - seja contra a opressão das mulheres na vida e na morte, seja contra a exploração colonialista ou capitalista, seja contra a corrupção que grassa na sociedade. De facto, se há outro tema comum a estas histórias, a correr em paralelo à condição das mulheres, é o tema da raiva, de uma injustiça que só será corrigida pela força, jamais pelo tempo.
Não estando directamente interligados num contínuo narrativo (como acontece por exemplo em Arboreality de Rebecca Campbell), a ordem com que os contos surgem neste livro acaba por revelar uma certa continuidade, se nem sempre temática, pelo menos simbólica: expressões, noções, e ideias que um conto apresenta e explica são consideradas "matéria dada" nos contos seguintes, surgindo já sem necessidade de contextualização ou explicação. E essa organização contribui para tornar a experiência de leitura mais coesa enquanto seguimos pelas curvas e contracurvas do caminho que Yvette Lisa Ndlovu vai traçando com a sua prosa limpa, rica e evocativa, repleta de frases que perdurarão na memória.
Por norma, as colectâneas de ficção curta tendem a ser algo irregulares - histórias muito boas ao lado de experiências que nem sempre resultam muito bem. Algo que não acontece neste livro, resultado do talento e da disciplina que Ndlovu demonstra. Certo, haverá algumas histórias melhores do que outras, e cada leitor encontrará textos que lhe dirão mais ou menos - mas todos os contos efectivamente muito bons, e seleccionar os melhores revela-se um exercício algo espinhoso. Da parte que me toca, destacaria talvez Home Became a Thing With Thorns, When Death Comes to Find You, e o conto que dá o título à colectânea, Drinking from Graveyard Wells, uma história espantosa cujas imagens que Ndlovu evoca ficarão comigo durante muito tempo.
Drinking from Graveyard Wells é o terceiro livro que leio da shortlist do Prémio Ursula K. Le Guin de 2023, depois do já mencionado Arboreality e de The Spear Cuts Through Water, de Simon Jimenez. E vem confirmar a excelência absoluta desta shortlist - não venceu o prémio, mas se tivesse ganho teria sido um justíssimo vencedor. Yvette Lisa Ndlovu é uma contadora de histórias exemplar, a seguir com atenção.
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Yvette Lisa Ndvolu (2023), Drinking From Graveyard Wells, Lexington, University Press of Kentucky.
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todaysdestination · 1 year
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Explore a Moda Afro-Brasileira em uma Viagem!
O Brasil é um país repleto de beleza natural, diversidade cultural e influências étnicas. E uma maneira maravilhosa de vivenciar essa riqueza cultural é através de uma viagem que combine a exploração de destinos incríveis com a descoberta da moda afro-brasileira. Essa viagem irá permitir com que você mergulhe profundamente na história, na expressão artística e na identidade cultural das comunidades afrodescendentes do Brasil.
Destinos Afro-Brasileiros
Comece sua viagem explorando os destinos afro-brasileiros mais conhecidos, como Salvador, na Bahia, e o Rio de Janeiro. Salvador, em especial, é um centro vibrante da cultura afro-brasileira, com suas ruas históricas, casarões coloniais e um forte legado cultural. Explore também o Pelourinho, onde a música, a dança e a moda afro-brasileira se encontram em conjunto de cores e ritmos.
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Cultura e História Afro-Brasileira
A história da moda afro-brasileira está entrelaçada com a história da escravidão e da resistência. Recomendo que em sua viagem você visite museus como o Museu Afro Brasil, em São Paulo, para entender a jornada da diáspora africana e sua influência na moda e na identidade afro-brasileira. Lá você também encontrará exposições que destacam trajes tradicionais, tecidos africanos, acessórios e joias.
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Artesanato e Moda Afro-Brasileira
Caso você tenha interesse em consumir um pouco da moda afro-brasileira, visite mercados de artesanato e feiras locais. Itens como roupas de renda, turbantes, abayomis (bonecas de pano tradicionais) e bijuterias de contas coloridas são exemplos de peças que carregam a herança cultural afro-brasileira. Cada item conta uma história e representa uma parte importante da cultura.
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Desfiles e Eventos de Moda Afro
Na hora de criar o seu roteiro perfeito para a viagem, certifique-se de verificar se há eventos de moda afro locais ou desfiles programados durante seus dias de visita. Muitas cidades brasileiras agora organizam desfiles que celebram a diversidade étnica e a moda afro, proporcionando uma visão autêntica das tendências contemporâneas e do talento afro-brasileiro.
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Interação com Designers Locais
Uma das partes mais enriquecedoras de uma viagem de estilo afro-brasileira é a oportunidade de conhecer designers locais. Converse com estilistas afro-brasileiros, aprenda sobre suas inspirações e descubra como eles incorporam elementos da cultura afro-brasileira em suas criações.
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Celebre a Diversidade da Moda Afro-Brasileira
E por último, uma viagem de estilo afro-brasileira é uma celebração da diversidade e da autenticidade. Ela permite que você explore não apenas a moda, mas também a rica herança cultural que influencia o estilo de vida, a música, a dança e a identidade de milhões de brasileiros.
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Portanto, quando planejar sua próxima viagem pelo Brasil, considere adicionar um pouco do estilo afro-brasileiro nas suas visitas. Você terá experiência incríveis e que deixaram sua viagem ainda mais perfeita!
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blogdojuanesteves · 1 year
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TAMBORES > FOTO CLUBE POESIA DO OLHAR
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Imagem acima: Fafá Lago
"Já fazia mais de três séculos que os primeiros negros tinham chegado ao Maranhão, ainda com a cidade circunscrita ao seu forte, a algumas ruas tortas, ao casario de palha, a uns poucos sobradinhos de pedra. [...] E tinham sido eles, os pobres pretos esqueléticos, de grandes olhos febris, as pernas bambas e chagadas, que em verdade ergueram a cidade, com seus palácios, seus sobradões de pedra e cal, suas igrejas e sua muralha junto ao mar, sem que nada por isso lhes fosse restituída a liberdade. Em verdade, só eram livres ali, na casa-grande das minas, e enquanto ressoavam os tambores." 
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Imagem acima de João Maria Bezerra
Como epígrafe, o extrato acima do livro Os tambores de São Luís" ( José Olympio Editora, 1975) do maranhense Josué Montello (1917-2016) já introduz o leitor a potente ressonância visual encontrada no livro Tambores ( Ed. Origem, 2022), dos autores Adalberto Melo, Adriano Almeida, Antonio Coelho, Danielle Filgueiras, Edgar Rocha, Emanuely Luz, Fafá Lago, Fozzie, João Maria Bezerra, Julio Magalhães, Márcio Melo, Mônida Ramos, Ribamar Carvalho, Sérgio Sombra, Suzana Menezes, Svetlana Farias, Talvane Araujo, Tarcísio Araújo e Tavares Jr., a maioria "ludovicenses" ou seja, quem nasce em São Luís, capital do Maranhão, ou radicados na cidade, sócios do Foto Clube Poesia do Olhar, integrante da Confederação Brasileira de Fotografia (Confoto), que congrega dezenas de foto clubes pelo Brasil. A edição vai de duas a três fotografias para boa parte dos autores  e chega ao máximo de dezesseis e  vinte e uma imagens para  dois autores.
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Imagem acima de Julio Magalhães 
Com uma produção mais conhecida em seu estado, o Fotoclube Poesia do Olhar não deixa a desejar para outras importantes agremiações do gênero como a Sociedade Fluminense de Fotografia, do Rio de Janeiro ou o paulistano Foto Cine Clube Bandeirante, cuja projeção tornou-se nacional e às vezes internacional, caso deste último, e junta-se as demais entidades na publicação de mais um belo livro fotográfico temático, trazendo, entre outros, um texto escrito pelo sergipano Reginaldo de Jesus, professor de língua portuguesa do Instituto Federal de Sergipe (IFS), expert na obra de Montello, a qual dá o norte para a construção dos fotógrafos.
Tambores de São Luiz  mostra o empenho de Montello ao resgatar o espírito negro, esquecido no país, a partir de outra ótica que não a do colonizador e opressor, uma análise literária pelo viés histórico, já que, no nível da ficção, os acontecimentos são norteados pela história e assentados no inter-relacionamento do discurso estético e literário. Como explica a professora Ceres Teixeira de Paula:  O autor recompôs um enredo em que o negro surge como agente, e em que diversas formas de resistência, desde o banzo, a fuga e a organização em quilombos são relembradas.  O próprio Montello conta o surgimento do livro: "Depois de ter escrito o Cais da Sagração, que anda agora a correr o mundo, o que primeiro me aflorou à consciência, inspirando-lhe a germinação misteriosa, foi o ruído dos tambores da Casa das Minas, que ouvi em São Luís, na minha infância e juventude." Uma percussão que, sem dúvida, vem instigando  a produção de textos e imagens.
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Imagem acima de João Maria Bezerra
Já o livro Tambores é uma publicação que aproxima-se com muita dignidade à obra de  profissionais consagrados, como o também maranhense Márcio Vanconcelos com seu Zeladores de Voduns do Benin ao Maranhão ( Editora Pitombas, 2016), com retratos feitos no Maranhão e no Benin, na África Ocidental [ leia aqui review em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/648453616930308096/imagem-agboce-su-hun-nexo-ouidah-o-antrop%C3%B3logo ] ou outros autores como o mineiro Eustáquio Neves e seu Aberto pela Aduana ( Ed. Origem, 2022) que trabalha a questão da diáspora africana, bem como propõe discussões sobre a posição do negro na arte e na cultura que se consolidam e abrem novas perspectivas buscando o restabelecimento da sua importância, há muito preterida pelo establishment. [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/688419475843891200/muito-da-arte-%C3%A9-produto-de-seu-tempo-e ].
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Imagem acima Julio Magalhães
Reginaldo de Jesus, inspirado em uma crônica do escritor capixaba Rubem Braga (1913-1990) intitulada "Entrevista com Machado de Assis", parte do seu livro Ai de ti, Copacabana, de  1960, com capa da designer carioca Bea Feitler (1938-1982) e atualmente na 34ª edição, pela Global Editora, imagina uma entrevista com Josué Montello, sobre os tambores de São Luís, segundo o autor, seu romance mais festejado pela crítica, considerado uma obra prima, em um exercício ainda mais imaginativo, acentuando seu lado ficcional onde o mesmo é entrevistado para o jornal A mocidade, que ele mesmo fundou em São Luís, aos 17 anos.  
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Imagem acima Danielle Filgueiras
Acompanhadas desta "entrevista" e por outros textos estão imagens densas, saturadas, carregadas nos seus  contrastes que permeiam as ruas da cidade de São Luis, com personagens negros, vernaculares na essência, entremeados por detalhes da sua arquitetura histórica, a bela azulejaria, casarios e calçamentos de pedras , que ainda resistem bravamente à enorme incompetência do estado em manter a sua conservação. É uma palete barroca, acentuada pelos vermelhos e amarelos em sua maioria, com a ressalva de algumas fotografias em preto e branco, a demonstrar a potência da utilização da cor como forma. Acrescentando-se aqui a edição de imagens e o projeto gráfico que não identifica nas imagens diretamente os seus autores, mostrando certa homogeneidade do grupo e estimulando a narrativa visual.
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imagem acima Danielle Filgueiras
Wanda França de Souza, gestora e bibliotecária da Casa de Cultura Josué Montello e curadora do Museu Josué Montello escreve que além dos dados históricos, o romance de Montello é notável pela rica descrição do interior da Casa das Minas, da estrutura colonial de uma São Luís preconceituosa, das ruas e becos, seus mirantes e sobrados de ferro, o que podemos encontrar nas imagens. Infelizmente para o leitor não familiarizado com a cidade, a ausência de identificação dos lugares diminui a estrutura histórica, ainda que as reproduções de jornais estejam descritas no final do livro.
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Imagem acima de João Maria Bezerra
Para o antropólogo, professor da Universidade Federal do Maranhão, Sérgio Figueiredo Ferretti (1937-2018), em seu livro Querebentã de Zomadonu: etnografia da Casa das Minas, (EDUFMA, 1996), a "Casa das Minas"  é um templo do "Tambor de Minas" localizado no centro histórico de São Luís para para o culto de origem africana que em outras regiões do país recebe denominações como Candomblé, Xangô, Batuque, Macumba entre outros. Em São Luís, a Casa das Minas é uma casa de culto afro-religioso fundada por escravos originários do Benim, falantes da Língua Fon, do grupo linguístico ewe-fon. A Casa também é chamada Querebentã de Zomadonu. Querebentã, em língua Jeje ( falada em Gana, Togo e Benin) quer dizer “casa grande” e Zomadonu, o nome da divindade protetora dos seus fundadores e o dono da Casa.
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Imagem acima Adalberto Melo
Em 2002 foi declarado e aprovado, o tombamento da Casa das Minas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, como sendo um dos patrimônios da cultura brasileira. Segundo as pesquisadoras da Universidade Federal do Maranhão, Christiane Falcão Melo e Zuleica de Souza Barros todas as integrantes da Casa, juntamente com suas divindades, tentam manter, o máximo possível, as características do culto ao longo das gerações, preservando-se, assim, sua cultura linguística por meio dos rituais religiosos e toda essa religiosidade praticada refletiu-se, notadamente, nas concepções da língua. Para a sociedade uma possibilidade de expressão das necessidades humanas de comunicação e de integração social. Neste sentido, a língua é um identificador de grupos, pois, além de representar a comunidade falante, reflete as mudanças sociais e as identidades culturais que compõem a sociedade.
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Foto da capa acima: Fafá Lago
Língua, texto e imagem, se amalgamam em estruturas semiológicas na construção do nosso imaginário vernacular e de nossas heranças compartilhadas. Assim, Tambores é mais um movimento para que ações efetivas sejam unidas cada vez mais. Como escreve Wanda França de Souza, o escritor Josué Montello mergulhou em nossas raízes históricas, ao escrever um romance não somente sobre a escravidão, narrando não somente a vinda do negro para o Brasil como também da incorporação à realidade deste país, até a redenção, identificado como brasileiro e com a liberdade. É claro que podemos e devemos pensar que, escrito em 1975, talvez o autor não pudesse imaginar que toda esta estrutura materializaria-se em tempos mais contemporâneos, ressignificada em preconceito, discriminação e racismo amparado pelo estado e por parte da sociedade, motivo pelo qual esta publicação do Poesia do Olhar mantém uma consonância com o necessário ativismo por uma sociedade melhor.
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Imagem acima de Julio Magalhães
Certamente os registros documentais ou encaminhados pela arte, aqui mencionados, que cuidam da importante presença africana no Brasil vêm também aumentando, seja de um modo amparado pelas suas estruturas hereditárias ou étnicas, como Eustáquio Neves ou o baiano Hugo Martins ou dos fotógrafos dedicados a esta pesquisa como Márcio Vasconcelos entre outros, associados ao grupo dos 19 fotógrafos que produziram a publicação, são de enorme importância no reconhecimento não somente dos influenciados por estas matrizes, mas para toda a cultura brasileira, saudando o pioneirismo do francês Pierre Fatumbi Verger (1902-1996), do piauiense José Medeiros (1921-1990) e do baiano Mario Cravo Neto (1947-2009) entre outros, que pavimentaram a fotografia brasileira.
Imagens © autores.   Texto© Juan Esteves
Infos básicas:
Editora Origem
Publisher:Valdemir Cunha
Imagens: Foto Clube Poesia do Olhar
Editora Executiva: Ligia Fernandes
Edição de Imagens e Direção de Arte: Valdemir Cunha
Textos: Joseane Maria de Souza e Souza, Reginaldo de Jesus e Wanda França de Souza.
Impressão: Gráfica e Editora Ipsis
Capa Dura, papel Garda Kiara, tiragem de 1000 exemplares.
Para adquirir a publicação: editoraorigem.com.br
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iyalodeoyo · 2 years
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Apresentação. Ago, mojubá, ago!
Associação Beneficente Educacional e Cultural Ilê Asé Iyalodê Oyó.
Idealizada e fundada em 07 de setembro de 2005, por Maria Cristina, conhecida por Iyá Cristina D'Osun, somos uma comunidade urbana e periférica de tradições afro brasileiras da cidade de São Paulo, que atua em aprendizagem, fortalecimento, e sustentabilidade e continuidade de nossa cultura e políticas que nos envolvem.
Levamos informações e ações em conjunto com as políticas públicas que nos são garantidas, através de cursos, oficinas, encontros, feiras, exposições e outras atividades culturais, compondo no auxílio e execução de novas políticas para o bem viver coletivo e individual da sociedade, como forma de enfrentar e combater as estruturas de opressão em massa que perpassam as esferas do racismo, disputa de classe, intolerâncias, violências sexuais e contra a mulher, jovens entre outras.
Associação é sem fins lucrativos, onde se estrutura em fomentos, patrocínios, contribuições voluntárias e recursos de economia solidária para sustentação das ações. Temos no nosso currículo projetos no campo da saúde, artes, cultura, igualdade racial, segurança alimentar e equidade de gênero e étnico-racial, em parcerias com organizações públicas e privadas, tais como coletivos de arte e cultura, secretarias municipais, estaduais e federais, redes, ongs e oscips e atores individuais, que entendem a necessidade de cuidados e acolhimentos, onde  a possibilidade de unir forças para a continuidade de políticas públicas e políticas matriarcais do sagrado ancestral feminino, que nos reconheçam como promotoras de saúde, saberes e resistência na cultura após diáspora africana e a continuidade de nossas oralidades, qualidade de vida e da saúde da população negra e não negra das comunidades tradicionais.
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deadassdiaspore · 1 year
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multipolar-online · 15 days
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hotnew-pt · 17 days
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Diáspora africana busca representatividade – DW – 12/07/2023
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, exonerou o Governo de maioria socialista nesta quinta-feira (7.12), após aceitar a demissão do primeiro-ministro, António Costahá um mês, devido a suspeitas sob investigação no Supremo Tribunal de Justiça. Marcelo Rebelo de Sousa fingedissolver o Parlamento em 15 de dezembropavimentando o caminho para eleições antecipadas em 10 de março de 2024. A…
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celebracionesdeldia · 20 days
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