#como eu amo meu país Brasil nessas horas
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thedeathsmusician · 7 months ago
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Gente, a Madonna veio no Brasil, e não só abordou temas importantes nele, como fez homenagem aos falecidos devido a AIDS, a população LGBTQIAPN+, a importantes figuras brasileiras, COMO AINDA ATORMENTOU A CRENTAIADA E MAIS IMPORTANTE TOMOU DAS MÃOS BOLSONARISTAS E RESSIGNIFICOU A CAMISETA E AS CORES VERDE AMARELA.
Essa mulher não é uma cantora, é uma mãe, uma prefeita, uma deusa.
Amo demais essa Diva
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blossombela · 4 years ago
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Production of Life, Capítulo 7 - The Party - Parte 2
 Casais: Tom Hiddleston/Fem!OC, Chris Evans/Fem!OC
Sumário: Duas amigas, um apartamento, inúmeras confusões. Quando Lara Lewis aceitou uma proposta de estágio com seu professor, ela não esperava que sua vida - e de sua melhor amiga e roommate, Anabela Beaufort - mudasse tanto. Empregos, famílias, contas, namoros, referências, e dramas são só algumas das coisas que aguardam as protagonistas nessa produção da vida.
Aviso(s): Mature
Autoras: @blossombela​​, @laramoonworld​​
Leia também no AO3: https://archiveofourown.org/works/24375283
Leia também no Wattpad: https://my.w.tt/vnuBOncZU6
Leia também no Spirit: http://fics.me/19405416
N/A:
Guuuurls,  Voltamos e estamos aqui para fechar esse 2020 bosta  com chave de ouro. Apresento a vocês mais um capítulo da nossa querida fic. Depois de um mês de tensão, trazemos a conclusão de The Party. O que será que vai acontecer, hein?
Importante avisar que esse capítulo tem traição e assédio! 
No que concerne os informes básicos, temos a versão em inglês no perfil da @laramoonworld​ e versões em outros sites listados acima, se vocês preferirem. Ah, e para ser a chata do rolê, queria lembrar que amo receber feedback, então  sugestões, dúvidas, críticas ou elogios são super bem-vindos.
Espero que gostem e se divirtam. Um maravilhoso ano novo para todos nós e logo logo voltamos com a continuação.
Beijos, 
Anabela
Capítulo 7 - The Party - Parte 2 
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TRIGGER WARNING: traição, assédio
- Tom Hiddleston?!
- Lara Lewis?! – exclamou o homem surpreso. Ouvira muitas vezes que New York era menor do que parecia, mas definitivamente não esperava que fosse tão pequena assim – O que... o que você está fazendo aqui?
- Eu... Eu estou acompanhando minha amiga, aquela que mora comigo. – respondeu Lara, acompanhando com o olhar o garçom que trazia a bebida de Tom. O homem agradeceu a bebida, tomando um generoso gole antes de voltar sua atenção para a mulher – Mas o que você está fazendo aqui?
- É uma longa história. – respondeu brevemente, ajeitando-se na cadeira. – Lembra do colega que eu estava esperando ontem à noite? O Chris Evans? – esperou a menina assentir – Bem, ele é primo do dono do apartamento e tem ficado aqui durante as gravações. Não queria ficar aqui sozinho com a festa acontecendo e eu estava precisando de companhia, então vim.
- Espera, espera... – Lara o interrompeu, um pouco chocada. Teve a sensação de que não havia processado direito o que acabara de ouvir. O ator famoso Chris Evans era... – O Chris Evans é primo do Ryan Evans?
- É, exatamente! – concordou Tom, bebericando mais de sua cerveja. Definitivamente aquele não era o ambiente onde ficava mais confortável, então precisava de um incentivo para relaxar. Várias luzes coloridas piscavam incessantemente, mas não iluminavam o ambiente direito, o que o deixava irritado. – É esse o nome do garoto. Você o conhece?
- Ahn, sim... – disse Lara, tentando ao máximo não transparecer o desgosto que tinha por Evans. – Ele é meu colega de faculdade. E melhor amigo do namorado na minha melhor amiga.
- Uau, então você estuda no Instituto Pratt? – questionou o homem, impressionado com a mulher em sua frente. Chris havia comentado que era uma instituição de prestígio e, por isso, difícil de entrar. – Isso é incrível!
- Estudo sim. – respondeu Lara um pouco envergonhada. Tomou um gole de seu refrigerante antes de continuar a falar em uma tentativa de vencer a timidez. – Estou no último período como te contei quando nos conhecêssemos. E o Jonathan é o meu professor. E bem, de Ryan também.
- Ah, entendi. – comentou Tom, pedindo com um gesto que o bartender trouxesse novas bebidas para os dois. – E sua amiga? Ela estuda no Instituto Pratt também?
- Anabela? – perguntou Lara, rindo com o pensamento. A amiga não tinha o mínimo interesse pela área, mesmo que se esforçasse para entender Lara quando o assunto envolvia design e fotografia. – Não, não. Ela estuda Linguística e francês na NYU.
- Okay, okay. – riu Tom mais impressionado ainda. – As duas são pequenos gênios então. Essas faculdades são bem concorridas!
- Ah, nada a ver. – disse Lara, sentindo suas bochechas queimarem. Buscou o canudo de seu copo com pressa em uma tentativa de se refrescar. Por que raios estava reagindo dessa forma?
- Por isso você veio do Brasil? – indagou o inglês, curioso com a história da jovem ao seu lado. Se ontem não conseguira descobrir muita coisa sobre ela, talvez hoje conseguisse. Aproximou-se dela, apoiando um dos braços no bar, tão ansioso para ouvi-la como uma criança ouve uma história antes de dormir.
- Sim. – respondeu Lara, os olhos fixos na bebida. Estava feliz que não precisava ficar sozinha naquela festa chata, mesmo que ainda estivesse um pouco travada em relação ao assunto. Lembrou-se de Anabela, que sempre reclamava de suas respostas monossilábicas e decidiu falar um pouco mais. – Na verdade, nós duas viemos do Brasil para a faculdade. Somos amigas desde pequenas.
Tom a olhou interessado, fazendo mais perguntas. Aos poucos, Lara foi se soltando e a conversa tornou-se mais fluída. Discutiram principalmente sobre suas experiências como estrangeiros. A jovem, ouvindo as histórias do inglês sobre a necessidade de se adaptar ao país, percebeu que havia se esquecido como tudo parecia muito diferente do Brasil quando chegara em New York. Fazia muito tempo que não conversava sobre isso com alguém que não fosse Bela. Estava sendo divertido ouvir como até para Tom, que vinha de um país que ela julgava similar aos EUA, era uma sensação estranha morar lá.
- Bem, obviamente a barreira da língua não existe, - comentou o inglês, que pesava as diferenças entre a sua mudança e a de Lara. Sua segunda cerveja já havia acabado há muito tempo, mas não sentiu que precisava de outra. Até que a festa estava divertida com a presença da mulher. – Mesmo assim, a Inglaterra não tem tanta coisa em similar além disso. As pessoas são muito diferentes também, sabe? – perguntou, tentando chamar a atenção de Lewis, que já não prestava mais atenção, focada em seu celular. – Está tudo bem?
- Perdão! – retratou-se Lara rapidamente, guardando o telefone. Voltou a atenção para o homem, mesmo que sua mente já estivesse em outro lugar.  – É que já tem uma hora que eu cheguei com Anabela, mas ela ainda não voltou ou me mandou mensagem para dizer que estava tudo bem.
- Mas ela não foi encontrar o namorado?
- Sim, sim... – respondeu Lewis distraída enquanto buscava Anabela pela multidão. Quando percebeu que não conseguiria, olhou novamente para Tom. – Bem, é que eles tiveram uma briga bizarra recentemente e eu só estou preocupada. Vai que aconteceu algo?
- Bem, então vamos procurá-la. – sugeriu o inglês rapidamente. Lara não parecia o tipo de pessoa que se preocupava à toa e era claro que ela estava nervosa com a ausência da amiga. – Onde será que eles estão?
- Não precisa, Tom! – disse Lara, não querendo atrapalhar a noite do homem. – Eu posso ir sozinha sem problemas.
- Mas eu quero ajudar! – exclamou Hiddleston, já em pé. – É bom que eu procuro o Evans que também me abandonou. – Lara riu e levantou-se, certificando-se que levava seu copo bem tampado. – Então, vamos?
Lara assentiu, e Tom rapidamente segurou a sua mão, guiando-a em direção a multidão que dançava. O gesto assustou a jovem, mas ela sabia que seria melhor na busca. Olharam por todos os lados, mas não foram capazes de encontrar nem Anabela, nem Chris. Seguiram para o outro lado do apartamento, perto da escada que dava para um andar com quartos.
- Você acha que Anabela e o namorado estão lá em cima? – questionou Tom um pouco sem graça. Eles eram um casal afinal. – Nós já procuramos em todos os lugares, é uma chance alta deles estarem... curtindo um momento à sós.
- Não sei, talvez estejam... – suspirou Lara, irritada com a chance da amiga nem ter avisado que demoraria para voltar. Se não tivesse encontrado Tom, estaria plantada naquele bar até agora esperando um sinal de vida. Passou os olhos novamente pelo o apartamento, encontrando Ryan sentado no sofá com uma menina. – Olha, Ryan está ali. – chamou atenção do inglês, apontando com a cabeça. – Talvez ele saiba onde um dos dois está.
Os dois caminharam até o sofá sem perceberem que suas mãos continuavam entrelaçadas. Ryan, que antes olhava para a mulher ao seu lado como se fosse a criatura mais linda do mundo, imediatamente começou a ignorá-la, levantando-se quando Lara e Tom se aproximaram. Examinou os dois, parecendo irritado com a proximidade deles, mas logo sua expressão mudou. Ele parecia preocupado.
- Lara, honey! – exclamou, abrindo um sorriso nervoso. – Você e Anabela já chegaram? Que ótimo! – estendeu a mão para Tom, cumprimentando-o como se fossem velhos amigos. – E você, Tom? Vejo que está curtindo a festa!
- Sim, Evans, chegamos tem uma hora já, - replicou Lara, soltando rapidamente a mão do inglês ao reparar nos olhares de Evans. Era tudo que faltava, ter que lidar com a chatice do colega de turma. – Você sabe dizer onde está Anabela? Ou seu primo?
- Anabela? – questionou Ryan, sua face embranquecendo um pouco. Desviou os olhos da dupla, mas logo recobrou seu falso sorriso. – Tenho certeza de que ela deve estar no bar com Hunter, você sabe como ela ama caipirinhas!
- Nós acabamos de vir do bar, Ryan. – bufou Lara, impaciente com o garoto. O sentimento ruim de que alguma coisa estava acontecendo voltou a ficar forte. – Inclusive já procuramos por todo o apartamento e não encontramos nenhum dos dois.
- Por que você olhou para a escada quando Lara te perguntou da amiga? – indagou Tom, sua voz extremamente séria. Lembrou-se das histórias horríveis que sempre seguiam as festas que ia na faculdade, mesmo nunca tendo presenciado nada. O sentimento ruim também apareceu nele, que ficou preocupado com a jovem.
- Ahn, é só que eu achei que tinha visto alguma coisa! – explicou Ryan porcamente, rindo de nervoso. A menina que estava ao seu lado simplesmente saiu, porém o jovem não esboçou alguma reação.
Isso foi o suficiente para que Lara fosse rapidamente em direção a escada. Subiu-a o mais rápido que fosse, agradecendo por odiar bebidas alcóolicas. Agora seria uma péssima hora para estar sob a influência delas. Virou-se para o primeiro quarto que encontrou, levando a mão na maçaneta. Porém, antes que pudesse abrir, Ryan entrou em sua frente.
- Eu tenho absoluta certeza de que Anabela está lá embaixo, - falou rispidamente, segurando o braço de Lara para que ela não abrisse a porta. – Eu não a vi subir e estava de olho na escada.
- Bem, então não tem problema eu abrir a porta! – retrucou Lara, desviando do homem, agradecendo mentalmente por todos os treinos de Muay Thai que lhe conferiram força.
Lara deu um pequeno grito com a cena que encontrou no quarto. Definitivamente, Tom estava certo em relação a possibilidade de sexo estar acontecendo no andar de cima. Entretanto, aquela garota com Hunter não era Anabela. Muito pelo contrário. Quando seu olhar encontrou com o do australiano, Lara andou para trás, batendo a porta. Encontrou Tom encarando-a confuso.
- Bem, aquele é o namorado da Anabela. – gaguejou Lara, puxando Tom para longe do quarto. O homem não sabia o que pensar. – Mas aquela com certeza não é a Anabela.
Os dois se encararam e Tom sentiu seu coração pesar. Por mais que a situação fosse bem diferente do que esperava, ela ainda era bem ruim. Ryan encarou os dois, mas antes que pudesse se explicar, Lara saiu no corredor em busca da amiga. Ela não teria visto isso em silêncio. Desesperada, saiu abrindo as outras portas, enquanto Evans batia freneticamente na porta do quarto onde Hunter estava. Finalmente, Lara abriu a certa, encontrando a amiga chorando abraçada por um homem.
- Chris?! – perguntaram Tom e Lara surpresos. O homem loiro levantou a cabeça, encarando a dupla com estranhamento.
- Lara?! Tom?!
- Anabela! – exclamou Lara, adentrando o quarto seguida do inglês, que fechou a porta. A amiga tinha a maquiagem borrada e estava encolhida nos braços do loiro, que a segurava como se sua vida dependesse disso. – Amiga, você está bem?
- Lara... O Hunter... – soluçou Anabela, cataratas saindo de seus olhos incessantemente. – O Hunter, ele...
A jovem foi incapaz de completar a frase, voltando a chorar mais apoiada nos ombros de Chris. Lara e Tom sentaram-se próximos a eles, buscando entender por que raios os dois estavam ali. Chris encarou os colegas de equipe, e, enquanto fazia carinho na cabeça de Anabela, pôs-se a explicar a situação.
- Eu estava procurando meu celular como te disse, Tom, quando ela entrou chorando. Não foi de propósito, acho que ela só queria um lugar para se acalmar. – disse em um tom de voz calmo e baixo, tentando não estressar mais a mulher que chorava copiosamente em seu colo. - Eu levei um susto e fui um pouco grosso. Ela simplesmente desabou e começou a chorar. Eu não sabia o que fazer e comecei a tentar entender o que tinha acontecido... – continuou, observando a menina aos poucos se acalmar. – O namorado dela, bem.... Ele...
- Hunter me traiu, Lara. – choramingou Anabela, sua voz um pouco mais estável. Seus olhos continuavam fechados, e ela respirava fundo, buscando se acalmar. – De novo.
- Ah, Bela... – suspirou Lara, segurando a mão da amiga em uma tentativa de consolá-la. – Vai ficar tudo bem...
- Eu sei que vai, - disse Anabela, limpando as lágrimas que escorriam sem permissão. A jovem delicadamente saiu do colo de Chris, sorrindo gentilmente para ele. – Porque acabou. E eu sei que sempre falo isso, - continuou antes que Lara pudesse fazer algum comentário. – Mas eu genuinamente não aguento mais. Então, eu...
O discurso de Anabela foi interrompido pela porta abrindo bruscamente. Hunter, seguido de Ryan, entrara no quarto. Em um salto, todos se levantaram e Chris pôs-se em frente de Bela. Vê-la chorar, mesmo sem conhecê-la, já havia partido demais seu coração. Lembrara de todas as vezes que tivera que consolar suas irmãs por causa de homens.
- Com licença, posso ajudar? – perguntou Chris ironicamente. Pelo pouco que a jovem havia esclarecido, o ator conseguiu deduzir quem seria o seu namorado.
- Sai da frente, Evans – replicou Hunter raivosamente. Ryan o puxou para que não empurrasse seu primo. Chris era muito querido pela família e precisava evitar que ele destruísse sua reputação. – Eu quero falar com a minha namorada.
- Sua namorada não está no outro quarto, garoto? – retrucou Evans, já de saco cheio da situação. Odiava pessoas sem moral alguma. E Hunter claramente era uma dessas. – Aquela deve ser sua namorada, né?
- Olha aqui, eu não tenho tempo para essa palhaçada, amigo! – exclamou o australiano, sentindo seu sangue ferver. – Anabela, posso, por favor, falar com você?
Bela saiu de trás de Chris, passando por Tom e por Lara, que estava pronta para usar todos os seus conhecimentos marciais no australiano. A mais nova sorriu para Chris agradecendo, antes de voltar-se para Hunter. Assim, sem mais nem menos, desferiu um tapa em sua face que estalou alto o suficiente para assustar as pessoas do quarto.
- Eu juro pelo universo que eu nunca mais quero nem olhar na sua cara, Hunter. – cuspiu Anabela, sentindo seu sangue ferver. Ela sabia que muito disso era a adrenalina falando, e que passaria muito tempo sofrendo com seu coração partido, mas depois de tantas merdas feitas, sabia que precisava do desfecho. – A gente termina aqui e agora, para sempre. Tchau.
Anabela aproximou-se de Lara, tomando sua mão e a puxando para fora do quarto. Tom seguiu as duas e Chris também o fez, após mandar um olhar sério para seu primo, que ajudava Hunter. Ao fecharem a porta atrás de si, Anabela olhou para o grupo e suspirou fundo.
- Eu realmente preciso de uma caipirinha. – disse, antes de descer sozinha as escadas a procura do bar.
- Ela precisa de que? – perguntou Tom, atônito com tudo que acabara de presenciar. Sua pergunta chamou a atenção de Chris e Lara, que tinha um semblante sério. – Ca... caip... caipi...
- Caipirinha. – disse Lara, indo em direção às escadas também. – É uma bebida brasileira. – explicou, esclarecendo o nome para os dois atores. – Agora, como ela vai arranjar caipirinha eu não sei.
Lewis desceu apressadamente a escada, surpreendendo-se ao reparar que tanto Tom quanto Chris a seguiam. Ou eles tinham um ótimo coração para querer ajudar, ou estavam muito interessados em saber o desfecho da história, o que Lara não conseguia julgar. Era muito provável que nenhum dos dois estivesse esperando que tudo isso fosse acontecer na festa.
O grupo atravessou novamente a multidão que se divertia, buscando encontrar Anabela. A tarefa dessa vez, porém, não foi muito difícil. Com os cabelos amarrados e as mangas arregaçadas, a jovem estava atrás do bar cortando morangos enquanto os bartenders a observavam com atenção. Tom e Chris se entreolharam rindo um pouco, enquanto Lara revirou os olhos. Anabela ficava um pouco sem noção quando estava com raiva.
- Bela, o que você acha que está fazendo?
- Você acredita que John e Mike não sabem fazer caipirinha, amiga? – questionou a mais nova, a raiva ainda presente fortemente em seus olhos. A faca em sua mão era manuseada com mais força do que o recomendado. – Então eles me deixaram vir aqui e ensinar. Garanto a vocês, rapazes, que essa bebida fará muito sucesso.
- Humm, amiga, - riu Lara sem graça, tentando buscar as palavras que convenceriam Bela a sair de trás do bar. Tom e Chris, por outro lado, sentaram-se nos banquinhos, observando atentos a dinâmica das duas. – Você não acha melhor irmos embora?
- Lara, você sabia que eu comprei uma cachaça super chique para Ryan de aniversário? – indagou Bela, ignorando completamente as tentativas de Lara de acalmá-la. Ela se mexia com destreza, separando os aparelhos necessários para preparar a bebida.  – Não acho justo que ele usufrua dessa bebida de alta qualidade, então eu a usarei para fazer caipirinha e depois a levarei comigo para casa. – disse, indicando com a cabeça a garrafa em cima do balcão. – Inglês e Chris, vocês vão querer? Eu posso fazer de limão também.
- Humm, morango está ótimo! – os dois responderam ao mesmo tempo. A situação era horrível, eles pensaram, mas talvez a bebida fosse ser boa. – E meu nome é Tom! Muito prazer!
- Espera, você é aquele Tom Hiddleston? – perguntou Anabela, parando o que estava fazendo e olhando atentamente para Tom. Analisou cuidadosamente sua face, reconhecendo aos poucos o ator em sua frente. – O Loki no filme do Thor?
- Anh, sim... – disse sem graça. Não estava acostumado com o fato de que milhares de pessoas conheciam sua cara e nome, além de outras informações mais pessoais. – Sou eu mesmo.
- Ah, faz muito sentido agora. – comentou a mais nova, que voltou sua atenção à preparação da caipirinha. – É por isso que você conhece a Lara? – questionou novamente, fazendo com que Lara ficasse vermelha. Merda, aqueles caras eram super importantes para o filme. E se a falação de Anabela arriscasse seu emprego? – Loki vai estar no filme do Joss Whedon? – Tom ficou quieto, sem saber o que dizer. Nessa altura já era óbvio que sim, mas tecnicamente ele não podia confirmar. – Ok, faz sentido. Será um prazer ver seu personagem novamente, eu gostei bastante dele.
- Ahn, muito obrigada, Anabela!
- Ok, Mike e John, agora é só servir. – exclamou, pegando os copos que os rapazes já haviam separado. Colocou a bebida nos três copos, prendendo um morango em cada. – Voilá! Loki, Capitão América, provem e digam o que acham.
Lara nessa hora queria sumir. Sabia que a amiga estava mal, mas estava com muito receio de seus colegas não gostarem das brincadeiras. Porém, ao ver que os dois estavam rindo, sentiu-se um pouco mais aliviada. Tom e Chris beberam aos poucos, se acostumando com o sabor forte e diferente. Anabela, por outro lado, engoliu tudo rapidamente, agradecendo os bartenders e saindo de trás do bar. Agarrou a garrafa de cachaça, colocando-a de baixo do braço, e encarou os atores.
- Isso está muito gostoso, Anabela. – comentou Chris, bebendo até a última gota. Realmente havia se surpreendido com o talento da menina.
- Sim, uma delícia. – disse Tom, tossindo um pouco. – Só é bem forte, né?
- Brasil, meus amores. – respondeu Anabela, como se falasse do tempo. – Lara, eu estou morrendo de fome. Hamburguer no Big Joe’s e depois casa?
Lara não queria aceitar. Sua ideia era ir direto para casa. Sabia que Anabela estava só fingindo estar bem, ainda mais porque todos naquela festa já deviam estar sabendo do ocorrido. Porém, ao ouvir o nome do pé sujo que ficava perto de seu apartamento, ponderou se seria tão ruim assim comer alguma coisa antes de irem. Olhou para a amiga, que continuava com a expressão mais neutra possível, e aceitou.
- Ótimo, eu estou morrendo de fome. – respondeu Bela satisfeita, dando um gole na garrafa como se bebesse água. Definitivamente não estava bem. – Loki e Capitão, vocês se incomodam de pegar o metrô? Ou preferem táxi?
- Como assim? – disse Tom, confuso. Havia terminado sua bebida, devolvendo o copo para os bartenders.
- Vocês não querem ir comer? – Anabela indagou, olhando-os surpresa.
- Claro! – exclamou Chris animado. Com a festa não conseguiria ir dormir tão cedo. Além disso, não queria encarar seu primo. Ainda não conseguia acreditar no que ele havia feito. – Ia ser melhor se a gente fosse de táxi só para garantir.
- Eu preciso ir ao banheiro antes. – comentou Lara. Não imaginava a hora que fosse chegar em casa, então precisava garantir. Aproveitaria para pegar uma água para garantir que Bela continuasse sóbria. – Vocês podem ir descendo, eu já vou.
O grupo assentiu indo em direção a porta. Lara virou-se, tentando localizar o banheiro. Passou novamente pela multidão, agradecendo mentalmente por não precisar frequentar uma outra festa dessa tão cedo. Pelo menos uma coisa boa sairia dessa situação horrível. Entrou no banheiro, que por sorte estava vazio, possibilitando que a mulher não se estendesse muito lá. Estava lavando as mãos quando viu a porta sendo aberta e, antes que pudesse protestar, foi interrompida.
- Lara, eu realmente preciso falar com você. – disse Ryan, cujos cabelos loiros estavam um pouco bagunçados. Seu hálito tinha um cheiro forte de bebida e sua voz soou um pouco arrastada.
- Evans, o que raios você está fazendo aqui? – exclamou Lara, a raiva voltando com mais força do que nunca. O homem tentou se aproximar, mas a jovem desviou rapidamente. – Evans, sai daqui agora!
- Lara, Lara, por favor. – ele suplicou, segurando-se fortemente na pia. Seus olhos buscaram o da mulher, que cedeu e o encarou de volta. – Me desculpa, eu sei que Hunter estava completamente errado. Eu não devia ter acobertado ele. Por favor, me perdoe.
A fala do homem fez Lara se assustar. Sua mente não conseguia processar o fato de que Ryan Evans estava na sua frente, admitindo que havia feito algo errado e pedindo desculpa. O loiro não se arrependia, ou reconhecia seus erros. Em quatro anos que se conheciam, ele havia feito inúmeras besteiras e nem uma vez pedira perdão. Pega de surpresa, a mulher ficou sem reação, dividida entre aceitar ou manter a dúvida sobre o caráter do homem a sua frente.
- Eu estou falando sério, Lewis. – suspirou Ryan, encarando-a intensamente. Seu corpo tremia levemente. – Preciso que você me perdoe, porque só assim nós vamos poder...
- Poder o que, Evans? – indagou Lara, confusa.
O loiro aproximou-se da mulher, que, sem ter para onde recuar, foi forçada a encostar na parede. Lara congelou. O clima tornou-se tenso em questões de segundos. Encarou Ryan de volta, buscando decifrar o que ele estaria tentando fazer. Porém, diferente de antes, não encontrou nada. Seus olhos estavam vazios, de uma forma que Lara não imaginava ser possível.
Lewis olhou discretamente ao redor, calculando seus próximos movimentos para que pudesse escapar de Evans. Não havia nada naquele banheiro que pudesse ser usado para se defender. Ryan chegou mais perto ainda e segurou com força seus braços. Então, a mente de Lara ficou em branco, suas habilidades de reagir incapacitadas pelo medo que sentia. O homem inclinou-se, aproximando-se de sua orelha, e abriu de leve a boca. Porém, antes que pudesse dizer algo, a porta abriu em um estrondo.
- O que está acontecendo aqui? – o sotaque britânico de Tom fez-se presente, trazendo Lara de volta para a realidade. Sua mente recuperou o controle de seu corpo e seus instintos tornaram-se incontroláveis. A mulher olhou para frente, usando sua perna que estava livre para acertar Ryan, que caiu no chão em dor.
- Me tira daqui, por favor! – exclamou para o ator, que estava atordoado. Tom, entretanto, não foi capaz de se mover, questionando-se sobre o que teria acontecido caso não tivesse entrado no banheiro. – Tom, por favor, me tira daqui.
O pedido nervoso de Lara chamou a atenção do inglês, que prontamente a puxou para longe de Ryan. Apressadamente, os dois, ainda se segurando, saíram do apartamento. Entraram no elevador, onde se encararam, sem saber o que pensar e reagir. A mulher respirou fundo, olhando-se no espelho para que pudesse se ajeitar. Olhou novamente para o ator.
- Muito obrigada, Tom. – disse baixo, como se não quisesse admitir que a situação que acabara de ocorrer fora real. – Eu não sei o que aconteceu, acho que fiquei paralisada de medo e... – antes que conseguisse terminar de falar, o homem a abraçou fortemente.
- Você está bem? Está machucada? – perguntou desesperado. O coração dos dois batia rapidamente, ambos sentindo a adrenalina abandonar seus corpos. Lara sentiu-se zonza e lágrimas preencheram seus olhos.
- Eu estou bem, eu acho. – sussurrou. Costumava odiar abraços, mas naquele momento, sentia-se agradecida por Tom estar lá, seus braços a envolvendo. O elevador do barulho os avisou que haviam chegado ao térreo, e a mulher recordou-se de tudo que havia acontecido naquela noite. – Podemos não falar nada sobre isso por agora?
- Você tem certeza?
- Anabela está mal, Chris já está irritado com o primo... – explicou-se Lara, que imaginava como os dois se sentiriam ao ouvir sobre o acontecimento. Achava melhor contar mais tarde, quando estivessem todos com a cabeça mais fria. – E eu preciso de um tempo para processar.
Tom a olhou, abraçando-a mais uma vez. Juntos, caminharam até Chris e Bela, que discutiam sobre alguma coisa boba, a última ainda abraçada a garrafa.
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librianaraiz · 4 years ago
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Nossa história foi recheada de "primeiras vezes", a primeira vez que me apaixonei por alguém de fora do país, a primeira vez que a menina que eu tava gostando jogava o jogo que eu amava.
A primeira vez que conheci alguém tão intimamente, você me confiou segredos sobre você e sobre sua vida, te vi chorar contando sua trajetória, sei o quanto você é forte, e adoro que faz tudo com tanta precisão, tanta excelência.
A primeira vez que você foi numa cachoeira, a primeira vez que eu fui com a mulher da minha vida numa cachoeira.
A primeira vez que eu ouvi o seu "te amo", essa história é engraçada, pq eu tava em paraíso, mó frio, e você bebeu muito e começou a falar que não queria me magoar, tu repetia tanto isso que sei lá, criei uma proteção é incrível a Gabi no banco com a gata dela e eu sentei no banco mais distante, e você disse "eu não quero te magoar, mas também não quero te perder, te amo tanto véi que ..." Nessa hora eu te interrompi com um "que?" E tu ficou em silêncio e depois percebeu o que tinha dito, cara eu senti borboletas no estômago eu me tremia já nem era de frio era um nervosismo gostoso, uma saudade boa de algo que eu tinha almejado tanto, seu amor. Enquanto eu tava desacreditada de sentimentos, enquanto meu coração ainda doía quando pensava em gostar de alguém, aquele seu "te amo" me deu esperança, meu coração bateu tão forte eu paralisei o resto da noite. Então eu me reinventei, abri meu coração pra você apartir dali e te deixei entrar, te dando todas as permissões, até a de me magoar.
A primeira vez que me magoou. Dessa me lembro vagamente, outro mini surto seu, de querer se afastar de mim. Chorou, eu chorei e você dormiu no sofá da sua casa de Sines. Eu tenho um print desse dia. Ah, você tinha bebido. Dessa primeira vez teve várias outras vezes, na minha contagem pelo menos umas 5. Mas eu não cedi, não ia abrir mão de você e das sensações boas que me causava a maioria do nosso tempo.
Nosso tempo, aí outra primeira vez. Você me acostumou a dormir 23h ou 00h e acordar às 8h ou 9h. Isso é magnífico pra uma pessoa como eu que logo logo ia precisar tanto desse sono regulado. Todos os dias, era de lei, vc bolava 1 fumava com a Sibelle e ficava chapadinha viajando não sei pra onde, eu pagaria com a alma pra saber cada pensamento seu, naquele momento. Me dava boa noite e começava a cochilar, até dar tchau e desligar.
A primeira vez que fiz uma viagem com amigos pra ilha, e você tava junto. E você tornou meu lugar favorito no mundo, no mais incrível deles. E foi sua primeira vez lá na ilha também, seu primeiro contato com meu pai kk ele é meio fechado mas quando tomou umas vocês conversaram e ele foi até ser carinhoso comigo, do jeito dele óbvio kk mas você tava ali, comigo, jogando truco e bebendo e eu admirava tanto...
Primeira vez que alguém comete uma loucura por mim, eu acho loucura você adiou sua viagem ao Brasil por mim. Que loucura menina. Você é tão corajosa, no meio de uma pandemia, peitar o mundo perigoso do jeito que tava... Por uma pessoa que tu só conhecia pelo telefone. Minha doidinha.
A primeira vez que te vi. bom, a primeira vez mesmo foi na praia, a segunda éramos duas criancinhas com histórias de adultos nas costas que queriam dar uns beijos, mas nem rolou pq fiquei nervosa e achando q tu nem ia querer misturado com medo de te machucar pq já tinha apertado suas bochechas rsrs e acabou não rolando. E a primeira vez, depois de ter seu amor, depois de por dois meses te chamar de minha e querer casa com você, aquela primeira vez, que o portão abriu e eu tava morrendo de vergonha, e eu te vi e te abracei tão forte, que na minha cabeça tava te machucando já kkkj e a última primeira vez, a que você ficou pouco mais de um mês longe de novo, eu já te sentia naquele dia, eu já sabia que você tava na cidade, só que né você falando comigo pelo telefone eu não ia desconfiar que você não estaria longe ainda. E você tocou a campainha, e eu te vi, e foi a mesma sensação de quando você abriu o portão, mas dessa vez fui tu quem abri... E te abracei e só queria sentir cheiro e era igual o de 7 de julho. O clima era o mesmo. O horário era o mesmo. A saudade, a vontade eram as mesmas.
A primeira vez que te apresentei minha mãe e no fim da noite ela já te chamou de "Mona". Aquele dia eu lembro bem, fomos fazer compras no mercado e sua ex tava na cidade. Eu me tomei de insegurança quando soube, e pior ainda, quando soube que vocês iam se encontrar. Foi uma leve pontada de insegurança, mas não durou muito. Essa insegurança se deu por conta de uma conversa nossa de quando você tava em Portugal e eu te perguntei se existia a possibilidade de vocês voltarem quando você tivesse em Gurupi e você disse "não vou dizer que nunca mais..." Dps disso fiquei surta e n ouvi mais. Mas foi essa lembrança que ficou me assombrando todos os dias que chegamos nessa cidade. Então tudo se tornou um caos, as brigas e minhas mudanças de humor cada vez mais constantes. Dali já fui me moldando com uma armadura pra que quando você desistisse de nós eu estivesse pronta. Passei a ficar pronta todos os dias esperando o fim. Mas sempre "de boa" como eu costumo ser. Apartir desses dias começamos a ter imensa intimidade.
A primeira vez que me relacionei com alguém livre, que a família me acolheu tão bem. Que tinha sobrinhos que me pediram benção, meu Deus quando foi que na vida sonhei isso kkk nossa família passar o natal juntos, seus pais gostarem de mim, suas irmãs, seus sobrinhos... Eu me senti tão acolhida por todos. Me fez tão bem. Tá, tive lá meus mini ranços de alguns kkk mas respeito e gosto de todos igual. E eu digo de coração que eu torço muito pra sua relação com sua mãe ser da forma que você sempre quis que fosse.
A primeira vez que me senti confortável em transar com alguém de corpo e alma, de me entregar num sexo, de me empenhar pra ser a melhor, de querer sempre e mais. Se tem uma coisa que me orgulha é nosso desempenho sexual, a gente sempre transou PRA VALER, pra tremer o corpo todo, pra sentir suor escorrendo no ar-condicionado de 19°C. Mas com o tempo, as brigas e a convivência, a rotina foi tomando de conta e já era sempre igual, eu te fazia gozar e dormiamos às vezes eu gozava também e dormiamos. Foi na fase do seu cursinho, você sempre cansada e eu também, ficaram cada vez mais difíceis de acontecer nossas relações sexuais. Mas aí acabou o cursinho e voltamos a ativa, transamos chapadas várias vezes, se eu pensar muito consigo sentir seu gosto e você escorrendo nos meus dedos, da pra ouvir até seu gemido kkk você me fez usar apetrechos sexuais pela primeira vez, e nossa, foi incrível, eu tava transcendendo de tanto prazer, primeira vez que tive um orgasmo que durasse quase o sexo todo, nesse caso a parte 2, eu tava tão no auge do prazer quando te chamei pro round 2, e você topou e fodemos loucamente enquanto eu tava tendo um orgasmo, naquele dia eu tenho certeza que os vizinhos ouviram tudo. E naquele dia eu fiquei sentindo a sensação de limpeza, de liberdade, eu sentia meu sangue correndo nas minhas veias, eu sentia vc me molhando e sentia você tremendo... Eu senti entrega, conexão, troca de energias. Foi extremamente incrível.
Obrigada, por isso e por todas as outras coisas que não escrevi aqui. Obrigada por cada segundo que você se dedicou a mim, obrigada por me ensinar tanta coisa. Pode ter certeza que quando o sofrimento que tô sentindo, passar. Eu vou me tornar uma pessoa melhor, e se Deus abençoar e quiser a gente ainda se topa muito nessa vida meu bem. Obrigada por tudo, por ter me amado, por ter lutado pela gente, por ter sido forte quando eu testei sua força. Obrigada por estar por mim. Pode contar comigo com tudo que precisar e quiser eu não vou te dar as costas jamais, e se um dia dei, não foi de maldade não, é pq minha cabeça cega de ciúme deixou. Enfim, um xero no zoi e um beijo na testa meu bem, você merece alguém melhor e eu vou me reconstruir. Amo você, hoje e sempre.
P.s.: não esqueça nossa promessa, ok? A da fitinha vermelhar rs
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re-can-to · 5 years ago
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eu tenho medo do futuro do país
Ao longo de 2018, o Brasil viveu um dos anos mais conturbados desde o meu nascimento, acredito. Uma polarização completamente extremista. De um lado, víamos uma figura muito semelhante a de um fascista se ascender e, de outro, uma mistura de focos que não conseguiu se unir para lutar por uma causa maior. Na verdade, até se uniu, mas nos 45 do segundo tempo. As pessoas foram pras ruas no "vira voto", se propuseram a conversar com aqueles que estavam em dúvida sobre entregar o país nas mãos de um governo reacionário e retrógrado ou de votar naquele que muitos enxergavam como o "mal do Brasil" - o PT. Eu não sou tão estudada assim para fazer aqui uma análise política devidamente profunda e que abarque desde o nascimento do PT, até seu triunfo e sua queda. Por isso, me atentarei, aqui, a fazer um texto de cunho altamente individual e afetivo. 
Eu nasci em 1998 e em 2002 o Lula ganhou as eleições, permanecendo no governo até 2010. Esse período foi marcado por relações internacionais muito bem vistas, estabilidade econômica, ganhos sociais extremamente significativos, como o bolsa família, o PROUNI, o FIEIS e o sistema de cotas que possibilitaram com que pessoas de baixa renda e negros ocupassem o espaço das Universidades. Depois, no governo Dilma, as coisas já começaram a ficar mais abaladas. Com uma bancada no Congresso Nacional cada vez mais retrógrada e religiosa conservadora-moralista, a presidenta se encontrava fisgada e sem possibilidade de governar sem que fizesse acordos que fossem contra as premissas do seu governo. Alvo de muitas críticas e revoltas, em 2013, eclodiu o movimento do "O Gigante acordou!", anunciando que a população não iria aguentar mais corrupções, altos impostos, enfim. Em 2016, Dilma sofreu o golpe que a tirou do poder e colocou Michel Temer a frente da presidência. Golpe, sim, porque pedaladas fiscais não são crime. No dia da votação no Congresso sobre o "impeachment", votos a favor se justificavam com discursos como "pela moral da minha família", "pelo fim da corrupção", "pelo fim da ideologia de gênero", entre outros. E, praticamente todos ali, eram alvos de delações da Lava Jato. Inclusive, o presidente da Câmara na época, Eduardo Cunha, hoje está preso. E Dilma? Dilma segue solta. 
Eu vi o documentário chamado "Democracia em Vertigem" que ilustra bem todo esse percurso. Nele, há cenas de pessoas, em sua maioria do Nordeste, que falavam "O Lula me tirou da fome, colocou meu filho no ensino superior e trouxe luz pra minha casa. Eu amo esse homem." Sabe o quanto isso é potente? Nessa hora, eu fiquei arrepiada. De verdade. O governo do PT teve inúmeros erros, se perdeu na sua ideologia ao longo do caminho, mas é inegável que foram os anos mais importantes e transformadores que esse país já viveu. A conquista dos direitos humanos deu passos muito grandes nesses anos e a desigualdade social parecia mais amena com a reparação histórica das minorias ganhando forças. Pena que muitos não viram com esses olhos no dia 28 de outubro de 2018. Muitos preferiram votar no "incerto", "inovador", "sem corrupções" que era supostamente representado pela figura de Bolsonaro. Mas, pasme, de incerto ele não tinha nada, pois sua trajetória de 30 anos como Deputado Federal já nos apontava como seria traçado seu caminho, o que nos leva a afirmar, também, que de "inovador" ele não tem nada e "sem corrupções" menos ainda, já que o PP, Partido em que o atual presidente ficou por mais anos, é o mais investigado na Lava Jato. Acontece que, por trás disso, tem todo um aparato manipulador e inventor de “fake news" que impulsionaram Bolsonaro à vitória. Como já falei num texto aqui que escrevi para a minha mãe, esse homem representa o que há de pior em qualquer tipo de sociedade: a intolerância, o desrespeito às diferenças, o sentimento de superioridade, a ignorância na sua forma mais fatal e o ódio. O ódio a tudo aquilo que vai contra ao que ele postula. Muitos realmente se identificam com esse discurso, outros, só foram levados por essa grande onda que vem passando devastando o nosso país. De qualquer modo, todos que apertaram 17 nas urnas decidiram apoiar tudo que ele representa. O resultado? Bem, o resultado está sendo pior do que eu imaginava.
Bolsonaro cortou todos as bolsas de mestrado e doutorado das Universidades Federais. Bolsonaro está destruindo a Amazônia. Bolsonaro no seu discurso no Fórum Econômico Mundial, na Suiça, disse: "vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos". Que família é essa? Que "verdadeiros direitos humanos" são esses?... A partir disso, dá para se ter uma boa ideia do que estamos enfrentando. Sinceramente, são TANTAS porradas diárias que seria impossível enumerar aqui. O sentimento de desespero e de tristeza me corroem. Esse ano não terá concursos públicos e seu governo possui um projeto concreto de acabar com o ensino público gratuito e de qualidade. Seu ataque às instituições federais e aos estudantes é algo explícito e gritante, sem nenhum pudor. Eu, enquanto estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do curso de psicologia, me vejo cada vez mais sem rumo e sem sentido nesse país. Confesso que comecei esse texto com um intuito, mas, ao longo de cada linha, eu me lembro que os meus sonhos e os de MUITA gente, muita gente mesmo, estão indo para o ralo. Isso me causa paralisia. Sinto um sufoco no peito que quer gritar para o mundo ouvir o quanto estamos fodidos. Mas nem os próprios brasileiros se importam, aliás, eles mesmos quiseram isso. Eu tenho medo do futuro e é isso que continua constantemente ressoando nos meus ouvidos. Eu tenho medo de qual será a próxima notícia a todo instante. Porque, a cada passo, a cada fala, a cada expressão, esse governo está nos destruindo. Até onde vamos aguentar? Ou melhor, será que ainda estamos aguentando ou só estamos vivendo por entre os dias abstraindo todo esse ódio para conseguirmos sobreviver? Talvez essa tenha sido a definição que mais me representa até agora: abstraindo para sobreviver. Mas até quando? Esse governo me tira toda a minha potência de vida e resistir se torna um ato revolucionário tão acima de qualquer coisa que eu já estive perto de vivenciar que tem horas - quase todas - que eu nem sei o que fazer com tanta vontade de conseguir continuar resistindo, já que resistir, de fato, parece impossível agora.
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mainthem-e · 5 years ago
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Eu ando apaixonado. A verdade é que, é bem pesado meu rolê. Eu tenho medo, medo de perde-lo, medo de não conseguir tê-lo. Mas a verdade é que não depende só de mim, eu sei que depende de dois, mas, mesmo assim, o coração dói.
Es†ações de "mi manchi"
Há quase um ano eu conheci um cara, foi em um rolê que, segundo ele, não parava de me olhar desde a primeira vez que me viu, e acabou que ficamos o rolê todo, foi quente a sensação, e ele disse pra mim que não parava de pensar em mim, e veio me ver no dia seguinte na festa de amigos meus. Dormimos juntos nessa noite, mas eu disse que não iria transar com ele de primeira, e nisso apenas nos beijamos e dormimos juntos. E no dia seguinte eu que já estava louco por ele, e fui vê-lo. Ele é maravilhoso de se ter por perto, mas pra conversar á distância é horrível. Tempo passa depois que se vimos e ele me dá um bolo em um rolê, o amigo dele dá em cima de mim até que ele rouba um beijo de mim e começa ficar bad e fala que vai contar tudo para o amigo dele, acabou que quem contou foi eu quando disse que eu precisava ver ele pra conversar sobre duas coisas que estavam me incomodando, o rolê e o fato dele ser horrível pra ter contato, e que, se não mudasse, eu ia ir embora. E eu fui.
Depois de um tempo ele tenta me ver, mas sempre fazendo hora e eu só observando e não ligando, até que ele parou e me deu unfollow no Instagram, eu caguei e fiz o mesmo, mas, ele sempre vinha me stalkear, e eu só ficava vendo e falando "tá com saudades?" Até que no início desse ano ele me segue e me chama mais uma vez enquanto eu estava na praia, mas mais uma vez ele fez hora e eu disse só um "que pena..."
Depois disso veio meu surto e sumi, e segundo ele via se tinha atualização minha depois de janeiro, mas só em junho para o final do mês eu voltei a ser ativo, quando ele me chamou e disse que tinha voltado para o Brasil, nem sabia que ele tinha ido pra fora. E ele me pergunta se eu tava namorando, falou que eu estava muito lindo, e que a gente poderia se ver. Disse que não estava namorando, mas também não ia ficar com ninguém, pois parei minha vida amorosa. Ele perguntou se isso foi um fora, mas eu respondi que não foi, que eu até ia animar de vê-lo, mas ele sabe que eu não ia mover um dedo pra marcar nada. E de cara ele já marcou o date. Fiquei até surpreso de como ele foi eficaz.
Vou falar que eu nesse dia fiquei com o coração apertado para vê-lo, e concluí que eu gosto de uma coisa meio melancólica, mas não entendia do porquê eu estava tão aflito de vê-lo. Fomos ao cinema, ele pagou tudo pra mim, não quis deixar eu pagar nada. E ficamos praticamente de mão dadas durante o filme, ele sendo fofo comigo, e deitado no meu ombro. Acabou o filme e fomos para uma praça lavar a roupa suja. Conversa vai e conversa vem, contamos uma parte de nossas vidas. E ficamos bem, ele queria me beijar, mas eu fui claro em dizer que eu não iria beijá-lo para ele ir embora mais uma vez e eu perder meus 6 meses parados por nada.
Acabou que nisso, eu fui pra casa dele, dormimos juntos, mas eu fui sério em não querer o beijar, ficamos nos celinhos, foi uma noite maravilhosa, e nisso ecoou toda a nossa conversa enquanto eu caia no sono, o ele sempre gostou de mim, e eu namoraria ele se não fosse tão solto, o ele querendo que eu o prenda nesse país, a gente de conchinha na cama, e que nossa, vinha mais uma vez esse calor que não me fazia sentido, e dormi.
Dia seguinte e, foi tarde demais, passei a manhã na casa dele sem querer ir embora, e quando eu fui, meu coração gritou e apertou, eu estava apaixonado por ele, fiquei com medo e disse isso a ele, ele disse que não ia me machucar, mas a verdade que o mundo dele me machuca. Ele disse que estava apaixonado por mim também, e que queria me levar para o resto da sua vida. A verdade é que eu não sei se isso é possível, pois ele é um mistério na minha vida.
Passou uns dias e ele volta a ser como antes, como nós nos conhecemos, sumido e ausente, eu sou fogo, e disse isso a ele, não me provoca, pois, eu não sei ser só um pouco, ele disse que era isso que queria, de fato tenho medo dele não dar conta da minha intensidade. A gente brigou e discutiu algumas vezes pelo seu sumiço, e eu não entendia do porquê ele ser tão assim.
Ele me contou a verdade, e eu chorei, não era tão simples de imaginar, como ele quis me passar a entender. Eu esperava qualquer coisa e imaginava qualquer coisa, menos isso. Ele era um acompanhante de luxo (GP) há um 6 anos. Quando ele me disse isso eu me abalei, eu chorei por quase uma semana, pois pra mim me deu dó do mundo que ele vive, eu queria abraça-lo e dizer que "está tudo bem, agora eu estou aqui", mas ele ficou com medo, e fugiu de mim por um tempo, desde isso, não nos vimos ainda, ele viajou para ter dinheiro, e eu passo todas as madrugadas acordado preocupado com ele.
Eu acredito nas suas palavras, eu acredito que você gosta de mim, mas acredito que você também tem medo de mim. Não te culpo, eu tenho medo de homens também. Mas eu quero você.
Um pouco depois disso eu decidi me testar para ver o que eu sinto, sai com algumas pessoas, tentei ficar com outros e até fazer outras coisas, mas, nada se compara a você, nada se compara na gente há quase um ano na minha casa, nada se compara a esse calor, e, acho que nada se compara a gente.
Desde antes a verdade, eu queria ter você pra mim, acredita que vai fazer um ano já? Nem eu. Eu não vejo a hora de te ver, te abraçar, ficar do seu lado sem fazer nada, e te pedir para se abrir em mais uma parte do seu passado, pois quero ficar pra mudar seu futuro que você imagina. Quero parar seu mundo. Sim eu sou egoísta, admito, mas se deixar, eu te dou o mundo.
Sabe, eu não sei explicar o que é o calor que eu senti com ele, mas foi único, nem meu primeiro amor, nem o primeiro cara que eu beijei, nem meu primeiro e segundo namorado chegou perto dessa sensação. E me deu saudades da época que meu coração apertava como ele aperta e dispara por uma pessoa. Quase posso dizer que eu o amo, mas ainda não o conheço suficiente para poder dizer isso.
Mas digamos que eu estou no caos que eu gosto, tenho um tempo para seguir, uma pessoa tão louca quanto eu, e eu tenho que abrir e conquistá-lo, assim pra ele ficar aqui no país comigo. E parei pra ver, mas eu estou tendo progressos graduais, será que dessa vez vai? Sonho com esse menino todas as noites, as vezes sonhos bons, outras sonhos ruins. Mas no fim de tudo, eu de pouco em pouco estou sabendo lidar com isso.
Apenas observar para articular.
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alexia-petra · 6 years ago
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02/04/2019
Querido diário,
Me mudei para a Bolívia no dia 23 de fevereiro de 2019, vim pra cá para fazer medicina, e estou cursando na unicen.
Decidi vir porque estava com medo. Medo de insistir no cursinho por anos no Brasil para conseguir passar em uma pública (a única que eu poderia frequentar por motivos financeiros), o que não é nada fácil, pois é uma concorrência absurda, e depois de tanto tempo não conseguir mais desistir do curso, mesmo passando e vendo que não era o que eu estava esperando. Conheci um menino que é um doce no cursinho, ele se chama Rafael, e me partia (e ainda parte) o coração pensar pelo que ele passou, pois até ele atingir a aprovação esse ano na famema, foram 9 anos de cursinho. Na minha cabecinha, se passa que se ele ver agora que ingressou no curso que aquilo não tem nada a ver com ele, ele não vai ter coragem de tomar a decisão de deixá-lo. Fico imaginando nesse cenário que se eu estivesse no lugar dele eu não teria as cara de falar pros meus pais “sabe aqueles 10 anos que vocês me bancaram no cursinho? Então, descobri que foi tudo a toa, porque eu quero tentar tal curso que tem a concorrência muito mais de boa que a de med, desculpa aí” sem contar o sentimento de tempo da própria vida perdido, de sofrimento atrás de sofrimento em vão, pois tudo poderia ter sido muito mais simples.
Além disso, não acho que conseguiria essa certeza no cursinho nunca, uma vez que é um ambiente repleto de pessoas com esse sonho (ou a impressão que o têm), falando apenas disso o dia todo, todos os dias, estudando por horas a fio com exatamente esse objetivo em mente, deixando-o motivar meu dia a dia durante todo o ano. O cursinho não é um ambiente para se pensar nos seus sonhos e objetivos profissionais, decidir quais são, é um lugar para persegui-los.
Ainda tenho 18 anos, tenho tempo para me descobrir, para testar hipóteses, e por muita sorte, pais capazes e dispostos a me ajudar a fazê-lo. Pais que dão tudo de si para que  seus filhos sejam felizes, abrindo mão de possibilidades para realizar seus próprios sonhos, pois de certa forma os substituíram, temporariamente ou não, pelos de seus filhos. Não consigo expressar a minha gratidão por tê-los, mas também não é esse o objetivo desse texto, então a certeza que eu tenho no meu coração de que os amo e da minha sorte infinita já basta. Enfim, resolvi testar a realidade na prática do meu “sonho” de forma mais simples, a Bolívia com as suas faculdades de medicina sem provas de admissão e custo razoável permitem essa prova.
Penso que 3 conclusões são possíveis da minha vinda: 1ª Eu descubro que realmente gosto de medicina, e vou terminar o curso aqui mesmo, ou em outro país tentando transferência. 2ª Confirmo o curso, mas decido voltar ao Brasil, insistindo no cursinho (agora com certeza do meu objetivo) por uma vaga em uma universidade nacional. Ou 3ª Descubro estar errada na minha opção de curso, volto ao Brasil, e tento outro curso. Em qualquer um dos cenários há uma vantagem absurda em relação a continuar no cursinho na mesma situação de antes, que é possuir respostas, deixar de buscar o futuro totalmente às cegas. Esse é o motivo da minha vinda.
Espero conseguir essas respostas o quanto antes, até la me dedicarei ao curso, para que elas sejam realmente condizentes com a realidade.
Bolívia
Certamente há muitas diferenças culturais em relação ao Brasil. Eu acho bem interessante observá-las, como as Cholitas, com suas saias rodadas, tranças e bolsas/mochilas feitas com um pedaço de tecido amarrado, servindo para levar tanto objetos quanto seus filhos. Ainda me dá um certo desespero ver essas bolsas, porque além de elas entortarem bastante a coluna para carregá-las, as crianças ficam também muito tortas dentro delas, as vezes, quando a bolsa está frouxa, elas ficam balançando com a cabeça pra fora, eu sinceramente não acho uma boa ideia, mas como turista não é meu lugar julgar os hábitos culturais, mas observá-los.
Também existe uma outra situação um tanto quanto desagradável, que é o mal cheiro de algumas pessoas (frequente com as Cholitas). O hábito de tomar banho todos os dias que aprendi no Brasil não é uma presente na Bolívia, as pessoas muitas vezes estão com um cheiro que o comprova. Na minha turma mesmo há alguns bolivianos que fedem a suor, a banho vencido.
Em Cochabamba, a cidade que estou morando, tem um lugar chamado Cancha, que é uma feira enorme, onde os preços são muito bons, e há muita variedade de produtos, muita mesmo. Comprei lá minhas cobertas, lençol, material escolar, comida e umidificador (devido à altitude, o ar é muito seco, e fica desconfortável sem um).
Não encontro muitas (não raro nenhuma) opções veganas nem quando saio pra comer, nem com produtos de higiene pessoal, o que é um problema, estou em busca de marcas vegan, mas acho que vai ser um tanto complicado.
Família
Sinto bastante falta deles, e quando estou de TPM a saudade aumenta exponencialmente. Espero que eles visitem logo, para que a gente possa ir ao Tunari, já que é um sonho do Mat desde pequenininho ver neve, e assim posso aproveitar a companhia deles, da qual sinto muita falta.
A saudade porém está extremamente mais fácil de se lidar devido ao fato que saí de casa (em MG) aos 16 para ir fazer meu 3º ano do médio em campinas em 2017, onde fiz também o cursinho no ano seguinte. Entretanto, a distância aumentou muito, e o preço para que eu possa visitá-los acompanhou o crescimento, deixando mais complicada a ausência do que antes. Saber que não poderei ir passar um fim de semana em casa no caso de a saudade apertar muito (mesmo nunca tendo feito isso nos meus anos em Campinas) é bem ruim. É um sacrifício que eu estou disposta a fazer, uma vez que para perseguir qualquer sonho meu eu teria que deixar minha cidade, e eu pretendo persegui-los. A vida de cidade pequena, apesar de ter suas numerosas vantagens, não é pra mim, e eu não desejo nunca mais morar lá.
Vida social
Eu nunca fui de fazer amizades facilmente, então não esperava que seria de outra forma aqui. Tenho conhecidos, os meus colegas de classe, os amigos da menina com que eu moro, e eles são legais, mas de amigos acho que só tenho a minha roommate,a Gly, e mantenho contato com a minha melhor amiga, a minha irmã, que permanece no Brasil, e com amigos próximos de lá. Não estou em nenhum estado de solidão, mas a solitude sempre me acompanhou e me fez bem, ela combina com a minha natureza ambivertida. Já fui em uma festa (na qual beijei 2 meninos, o Gago, um fofo que planejo pegar de novo, e um que não sei o nome), e já saí para conhecer a cidade, assistindo inclusive uma parada militar bem bonita celebrando o aniversário de uma guerra de disputa por litoral entre Bolívia e Chile. Também fui a um culto na igreja da Gly, o qual achei interessante, mas não pessoalmente convidativo ou tentador. Se um dia voltar a frequentar a igreja, a Católica, na qual nasci e fui criada, ainda vence da Congregação de longe na minha “lista”.
Medicina
O curso é definitivamente interessante, mas ainda não tive nenhuma confirmação, o que é totalmente compreensível visto que estou a apenas um mês e pouco no curso, mas isso não me impede de me frustrar (kkkk). Estou tendo no primeiro período as disciplinas de anatomia, genética, histologia, idioma nativo e informática, e estou gostando, e achando leve até aqui. O que mais me agrada são as aulas práticas, como a dissecação (um ponto no qual a medicina boliviana vence a brasileira, porque nas universidades do Brasil, os alunos raramente podem pôr a mão nos corpos, o professor que disseca e mostra as estruturas aos alunos, que apenas observam, sem participar ativamente, pela escassez de corpos/peças. Ademais muitas delas estão substituindo quase completamente os corpos reais por bonecos plásticos, com desvantagens evidentes, enquanto eu no meu primeiro mês já tive muito contato com as peças, aprendendo inclusive a dissecar, preparando as peças para estudos nas aulas práticas futuras, pois a disponibilidade de corpos aqui é bem maior).
Diário
Escrevo sobre o que se passa na minha mente desde que comecei a sofrer de ansiedade, encontrei nesse método uma solução eficiente para os ciclos de pensamentos repetitivos e exaustivos nos quais fico presa quando ansiosa. O meu primeiro diário era físico e devido ao enorme números de escritos angustiados e deprimidos pelo bullying que sofri no colégio e ao fato de estar me mudando e querendo começar uma nova fase na minha vida, eu o queimei. O segundo, também físico, eu ainda tenho, está na minha casa no Brasil. Decidi agora tentar escrever aqui, pela facilidade de digitar ao invés de escrever, de não precisar em escondê-lo, já que ninguém de meu convívio conhece a minha conta nessa plataforma e de poder dar entradas e lê-lo sempre que quiser. 
20:35 - Cochabamba
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alexbandfan · 6 years ago
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2009
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Além de dar voz aos hits "Wherever You Will Go", "Adrienne" e "Adrienne"  e "Stigmatized", Band tem investido em sua carreira solo também participou de filmes como Coyote Ugly. Nesta entrevista interativa, ele fala sobre o início da sua carreira, as parcerias musicais e revela até ter feito um show pelo qual nunca recebeu no Brasil. Confira:
Há quantos anos você faz aulas de canto? Bernardo Quadros 
Eu já cantava e compunha quando tinha cinco anos de idade. Mas comecei a levar isso a sério aos oito anos, quando ganhei meu primeiro violão. Eu nunca fiz aulas de canto ou algo do tipo. Você se considera um dos melhores cantores da música contemporânea? Bernardo Quadros 
Algumas pessoas já me disseram isso e é difícil de acreditar. Eu acho que é uma questão de opinião. Algumas pessoas gostam de vozes mais brandas, outras gostam de vozes mais fortes. Eu tento ser uma mistura dos dois. Como está essa nova fase da sua vida? Cibele Viana 
Bem, agora que eu estou livre da gravadora que me prendia, essa nova fase está ótima! Eu tenho muita liberdade para fazer o que quiser, me dá muito mais poder. Mas isso é só o começo. Eu estou me esforçando muito para lançar meu álbum solo no mundo todo. Tenho um contrato com uma gravadora para distribuição internacional e nos Estados Unidos. Esse e meus futuros lançamentos serão pela minha gravadora independente. Como vão os duetos divulgados com a Yasmin Gontijo (cantora brasileira e motivo pela vinda do Alex ao Brasil), a Gabriela Spanic (atriz e cantora, que fez A Usurpadora) e a Emmy Rossum (atriz e cantora, que fez O Fantasma da Ópera e Dragon Ball Evolution)? Cibele Viana 
Esses duetos aconteceram por meio de amigos no ramo musical. A Emmy Rossum canta uma música no meu novo CD e nós já tínhamos trabalhado juntos nos últimos CDs dela. Também já cantamos ópera juntos, em shows ao vivo, além de ela ser namorada de um dos meus melhores amigos na indústria musical. Gabriella Spanic me foi apresentada por um amigo em comum, Frederico Lapenda. Ele é um empresário de Recife que também produz filmes, shows, é promoter e agente. Ele arranjou meu encontro com a Gabriella para eu escrever e produzir o novo CD dela, e está ficando ótimo! A Yasmin eu conheci por uma amiga que tem nacionalidade brasileira e americana chamada Michele que também faz promoção de discos, ela estava na minha turnê do Brasil no ano passado. Acabei de passar mais um dia com a Yasmin no estúdio, fazendo o nosso dueto. Ela é muito talentosa e a nossa música é demais. Ela vai ser lançada como um single do álbum novo da Yasmin, que será lançado no Brasil mais para o fim do ano. Como anda a parceria com o guitarrista Aron Camin? Vocês se dão bem? Edgar Saraiva 
Depois de 2005, eu e o Aaron nos distanciamos um pouco. Eu falo com ele de vez em quando, para saber dele e sua família. Tenho certeza de que ainda seremos grandes amigos de novo.
Qual foi a melhor experiência que você viveu com o The Calling? Pode ser um show, um momento de composição ou qualquer outro momento junto com os outros integrantes da banda. Flávia 
Eu tenho lembranças ótimas do The Calling. Eu acho que uma das minhas preferidas foi quando ganhamos o prêmio de Artista Revelação no MTV Europe Award. Nós nunca achamos que pudéssemos ganhar porque competíamos com nomes como Shakira e Avril Lavigne, mas nossos fãs são demais e eles votaram feito malucos para que ganhássemos. Você tem algum plano de se apresentar no Espírito Santo? Da ultima vez que você esteve aqui o show foi anunciado em cima da hora. Maíra Alessandra 
Sim, tenho certeza de que ainda vou voltar para o Espírito Santo! Quando eu vim ao Brasil para fazer alguns shows acústicos, em dezembro do ano passado, o cara que marcou o show no Espírito Santo era um idiota. Ele fez tudo no último minuto e fez tudo muito mal feito. Eu não vou cometer esse mesmo erro. A pior parte é que ele nunca me pagou por aquele show! [Procurado por Época São Paulo, Paulo (sobrenome não revelado), da ForPlace Agency, afirma que Alex Band recebeu pelo show realizado no Espírito Santo. Segundo ele, o músico teria dificuldade em "assimilar o fracasso". "O desejo principal dele na ocasião era que os fãs o ouvissem e foi a favor dos fãs que esse show foi realizado, assim como ele queria fazer o show de qualquer maneira  em Belo Horizonte, que acabou não acontecendo também por estar em cima da hora", disse.] Qual a importância do Brasil na sua carreira atualmente? Ricardo Silva
O Brasil é um dos países mais importantes para mim. Os fãs daqui são tão dedicados e fiéis. Eu amo o país e amo tocar e viajar aqui. Então vocês não vão se livrar de mim tão cedo! Você pretende fazer duetos com algum cantor brasileiro além da Yasmim Gontijo? Ricardo Silva
Sim, tenho certeza de que farei outras parcerias. Eu estou vendo algumas possibilidades de duetos com artistas grandes do Brasil... Veremos! Você já pensou em fazer outra coisa além de ser músico? Dayane Cecília
Eu nunca achei que fosse fazer outra coisa, eu sempre soube que trabalharia com música. Mas se eu não pudesse ser músico, seria advogado ou médico. Adoro medicina e direito. 
O que te motivou a nunca desistir de ser um rock star? Dayane Cecília
Para ser bem sincero, eu sempre soube que era bom. E se você tiver noção do seu valor e confiança no seu taco, você nunca vai desistir. 
O que você acha que vai acontecer com a indústria da música no futuro agora que a maioria das pessoas baixa música pela internet? Patrícia Schmitt
Eu não tenho certeza, mas eu acho que a música será grátis para todos. Sendo assim, os artistas e as gravadoras terão que ganhar dinheiro via publicidade, merchandise e shows. Estamos em uma fase de transição importante.
Qual são as suas dicas para cantores iniciantes? Como eles devem planejar as suas carreiras? Patrícia Schmitt
O mercado está muito difícil hoje em dia. O mais difícil que já esteve. Mas isso é pra quem quer fazer sucesso mundial. Mas para quem quer conseguir fãs e vender discos sem gastar quase nenhum dinheiro, existe a internet. É muito fácil para qualquer artista gravar um monte de músicas, tirar algumas fotos, colocar isso no iTunes, criar um site e divulgar. Tudo do conforto de sua própria casa.
Mas o maior problema para qualquer artista são as músicas. Existem milhares de ótimos cantores, mas poucos têm músicas que os levarão onde eles querem chegar. Minha dica para qualquer aspirante é: componha ou ache pelo menos uma música incrível. E não só uma música que você acha incrível. Escolha dez pessoas (elas não podem ser da sua família) e toque essa música para eles. Se oito dessas dez pessoas amarem, você tem algo nas mãos. O que vale é a maioria, se você quer ganhar dinheiro nessa indústria.
Revista época
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barracodoedson · 3 years ago
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Valores
Que valores passam pela cabeça de cada um? Para alguns o centro de importância está na riqueza e na probreza. Para outros, é questão de ser nerd ou não ser. Para outros, a virgindade de sexo ou de amor está no centro de importância. Outros ainda afirmam que passado, presente e futuro têm diferença de importância quando na verdade os três são importantes. Existem diferentes tipos de pessoas: as que olham mais pro passado, as que se fixam no presente e as que olham mais para o futuro. Se por acaso a pessoa consegue trabalhar com isso de maneira positiva, então ela está fazendo valer à pena sem fingir! É difícil trabalhar com os 3 de maneira positiva? Sim! Pois quando colocamos, por exemplo, o presente em nossas mentes...sempre uma faceta vem acompanhada da outra. O positivo e o negativo. Na verdade hão várias facetas além dessas duas.
Ainda hão aqueles que acreditam que o caminho da maioria é o caminho para todos. Às vezes existe algum motivo para seguirmos um caminho. Às vezes não. O que importa é você se aceitar como é. Daí volto naquele ponto...existem pessoas que olham mais para o passado, as que olham mais para o presente e aquelas que olham mais para o futuro. É questão de fases da vida também.
Que mania nós temos de sermos bocudos, não? Tudo é motivo pra falar o que pensa, pra se doer todo. E transmitir essa dor que sentimos àqueles que nem sequer pensam nessa dor. Julgamos adiantadamente! Agredimos os outros às vezes de maneira inconsciente, mas precisamos dizer aquilo que está nos agredindo de uma maneira “mascarada”, sempre procurando atingir quem sem querer ou por querer provocou nossa dor.
Fazemos isso? EU FRANCAMENTE SOU JAPONÊS! Não concordo com essa cultura onde a falta de educação é considerada normal e todas as pessoas são obrigadas a se enquadrar. Se não se enquadrar é descriminado ou odiado. Mas como disse...SOU JAPONÊS! E AMO SER ODIADO PELO QUE SOU DO QUE SER AMADO PELO QUE NÃO SOU. As pessoas que se mutilam por dentro para se encaixar nesse padrão com certeza não são felizes. Elas se fingem de felizes, mas não são. Se são felizes, certamente é porque merecem o sistema que governa esse país.
Ai, ai...eu sinto falta...
E quando sinto falta...até mesmo quando não sinto. Talvez faça isso até mesmo sem querer, de maneira inconsciente. Hey! Então de certa maneira é o meu instinto de sobrevivência falando mais alto.
Um país que me entendeu bem nesse quesito e deu respostas convincentes quanto à questões que ninguém no Brasil respondia foi o Japão! Não digo que no Brasil não existam pessoas de bem, PORQUE EXISTEM E MUITAS!
Digo apenas que nenhuma delas conseguiu responder algo que eu estava procurando. Da primeira vez que viajei ao Japão, encontrei respostas para todas essas minhas perguntas. Tanto que mesmo sentindo necessidade de voltar ao Brasil, senti que desejaria retornar ao Japão mais uma vez. Talvez para sempre...
Existem aqueles que acreditam em motivos e aqueles que não acreditam. Na verdade, acho que a forma de acreditar é diferente. Se a pessoa vai pra um lado, talvez no fundo ela esteja procurando alguma coisa. Isso já é um motivo. Se não é, então não há porque acreditar em coisas além do nosso mundo. Daí eu pergunto, você tem religião? Ou não? A sua religião diz o que de diferente da outra?
Para outros, porém, às vezes existe motivo e às vezes não. Esse é o tipo de pessoa que eu admiro! Na verdade basta a pessoa ser verdadeira comigo. Não importa se ela acredita em algo ou não.
Agora vou-lhes falar do que venho sentindo falta durante algum tempo atrás. Na verdade, isso começou quando desejei retornar ao Japão. Coincidentemente, meu irmão caçula, que mora lá, parece que inconscientemente pensou nisso junto comigo! Bem quando ia começar a programar a viagem e fazer toda a papelada junto com minha família, antes mesmo de começar a fazer tudo isso...meu irmão caçula fala conosco pela internet para falar exatamente sobre esse assunto!
Que coincidência, não? Se os motivos existem, eles estão aí!
Nessa hora me veio toda a saudade das meninas do Japão, de uma cultura onde os valores são completamente diferentes. Lá do outro lado do mundo. Um lugar onde as pessoas não se importam tanto com aparência, mas são bonitas assim mesmo. Bonitas de “aparências e valores”.
Vixi, quando eu penso naquilo que busco me dá uns “treikbang” mto loco, mano! São coisas do coração...a gente não controla e nem explica! Elas simplesmente acontecem! Há algum motivo aí? Não faz diferença se há ou não!
Existem aqueles que não se permitem sentir esse tipo de coisa. Alguns podem até acreditar em coisas do coração, mas não dão realmente valor. Outros ainda acreditam que os valores do coração são diferentes de pessoa para pessoa. Eu, por exemplo, sei o meu limite. Mas nunca deixo de dizer o que penso nos meus blogs ou em rede social. A diferença está na maneira como vc expressa isso. Às vezes erramos, às vezes acertamos, mas é exatamente isso.
“Treikbang” foi uma expressão que inventei para surto ou loucura. Nós precisamos da loucura. Ela faz parte do ser humano como um todo. Se não surtamos diariamente, surtamos de vez. E é difícil levar isso adiante, porque vamos errar muitas e muitas vezes. Às vezes a gente acerta, às vezes não...mas nós tentamos. Eu pelo menos tento...
Esses surtos são importantes e completamente normais. Eles são necessários para que possamos viver saudavelmente. Ninguém é um robô, é? Acredito que daqui há alguns anos poderão existir robôs com sentimento também.
Eu, por exemplo, escrevo! Escrevo o que sinto aqui nos blogs, no face ou até mesmo toco guitarra para canalizar o que há dentro de mim para fora de forma que eu possa dizer a verdade procurando não ferir os outros com isso. É difícil? É sim! Principalmente depois que viramos adultos!
É verdade que envelhecer é inevitável, e com isso muitas coisas se tornam claras. Mas a verdade também é que ficamos mais complicados com esse esclarecimento. E mais simples também! Kkk! Mais tudo! E menos tudo também! Nós mudamos, percebendo ou não.
Eu um dia (só um dia?) bebi numa festa e saí me enturmando por aí com o pessoal. Agi como um jovem agiria, segundo meus valores. E a gente sempre tem o direito de voltar a ser jovem, né mesmo? Fala sério! É bom se manter jovem. Eu com meus 30 e poucos anos de idade chupo um sorvete ou uma bala quando quero e não preciso ficar explicando nada a ninguém! Atitude de criança? AHAHAHAHAHAHAHAHAHAH! MEU AMIGO...FRANCAMENTE...NÓS CUIDAMOS DA NOSSA VIDA, E NÃO DA VIDA DOS OUTROS.
Talvez para pessoas que não consigam sentir essas coisas do coração, tudo isso é imaturo ou fora de regra. Eu acredito que essas pessoas sacrificam o mais gostoso da vida em prol da “aparência adulta”. Daquilo que é seguro e dentro das normas. Talvez seja uma insegurança em relação às atitudes diferentes, que podem revelar mais maturidade do que a pessoa que critica. OUTROS, PORÉM...SÃO CRIANÇAS MIMADAS QUE SÓ PENSAM NA MALDADE. Talvez não na maldade, mas tiveram algum problema familiar quando crianças. Daí já viu, né? Tem gente que confunde maldade com caotismo. SÃO DUAS COISAS COMPLETAMENTE DIFERENTES.
Eu admiro as pessoas que são certas pelo que realmente são. Quando fazem as regras e leis, é porque é o certo pelo certo mesmo sem máscaras. Sem essa de ficar fazendo mi, mi, mi ou sendo chato quando a regras ou rebeldia. Quem faz muita manha, fique atento... a pessoa pode ser má ou ter traços de psicopata!
Tudo isso numa cultura ocidental, brasileira, onde a imagem do eu precisa ser construída através do orgulho e da banalidade, com atitudes infantis, propicia a grande maioria dos brasileiros a penderem pra esse lado. Querem provar que o errado está certo e “tapar o sol com a peneira” sendo que todo mundo está cansado de viver num país corrupto como esse. TODO MUNDO NÃO...APENAS OS BRASILEIROS QUE SÃO GENTE DE VERDADE!
Não é nem questão de bondade ou maldade. É pelo fato das pessoas que vivem no Brasil há anos estarem acostumadas a viver no meio da corrupção. Isso se reflete na cultura, na mídia, na política, nos costumes e maneira de levar a vida. Quem tem uma veia mais estrangeira é visto como “estrangeiro” realmente. Mesmo que tenha nascido no Brasil.
Muitos amigos meus, inclusive descendentes de japoneses, acham que estou exagerando. É que no meu conceito de pessoa e de fazer bem pra mim, não tá fazendo mais há muito tempo. Não posso forçar mudança em algo que é natural.
Vou fechar esse texto com uma atitude de sobrevivência. Não quero nem saber o que os outros acham ou não, o que importa é que valendo minha vida, minha saúde e meu bem-estar já seria bom de começo. Para depois ajudar os outros! Um tapa na cara desses que não permitem aos outros sentir algo bom. Que não levem como algo pessoal, por favor...não é para ofender a esses tipos. É apenas pela minha saúde e felicidade como um todo.
Responsabilidades tomos nós temos desde ao acordar até a hora de dormir. Ninguém é mais do que os outros só porque afirma “eu tenho uma fábrica de ouro para cuidar”. Se isso é uma responsabilidade, é uma responsabilidade igual a do lixeiro que cata lixo nas ruas todos os dias. De quem toma remédios e faz tratamento para algum problema...da pessoa que vive nas ruas procurando um emprego mas ninguém dá essa chance...responsabilidades não se comparam. Ninguém sabe o que o outro passa e sente na correria do dia-a-dia. Eu não estou no lugar do outro pra ter o direito de me julgar mais ou menos do que outra pessoa.
O problema é que muitos acham que “ter uma fábrica de ouro para cuidar” é sinônimo de jogar isso na cara dos outros como se dissesse com toda a arrogância do mundo SECRETAMENTE: Eu sou superior a você porque tenho uma fábrica de ouro. Ou talvez seja apenas pra jogar a sua raiva não admitida no primeiro que vê pela frente.
Outras vezes é o “cara que vive nas ruas” se achar dono do mundo só porque tem lábia ou fama de ladrão.
É...o centro de importãncia aí não é a riqueza ou a pobreza. Muito menos o que é maturidade ou o “ser superior ou inferior”. É questão de caráter do indivíduo! Eu posso estar julgando errado alguns, mas muitos só demonstram essa amargura que estão sentindo. Sendo incapazes de conviver bem com os outros ao seu redor ou sequer passar um sentimento bom em relação a alguém. Pela nossa própria saúde e bem-estar como um todo, é melhor manter distância desse tipo de gente.
E tocar guitarra e cantar karaokê! E se soltar como realmente é sem máscaras! Porque aquele que diz que vigia tudo na verdade é um escravo que precisa vigiar a vida dos outros como se fosse um Deus que pode julgar e condenar quem ele ou ela quiser. Mas na verdade é escravo só pelo fato de ter que vigiar. Não tem vida própria e nem pode ser natural. Talvez tenha medo de que alguém vigie a sua vida também. Eu por outro lado, assim como muitos, vivo naturalmente sem se preocupar com as opiniões alheias. Isso os ofende? Não estou nem aí!
Se for pra vigiar, vai ser policial ou detetive. A função de um agente, por exemplo, é vigiar. Não se envolver pessoalmente com as pessoas. Na verdade, se envolver pessoalmente é um risco que o policial corre por conta da sua própria responsabilidade e moralidade. Enquanto isso não afetar o serviço, tudo bem...
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shakirabrasil · 6 years ago
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Shakira revela a verdade sobre seu problema vocal e muito mais à BBC
Quem assistiu aos shows de Shakira na última semana talvez nem imagine que a cantora corria o risco de nunca mais voltar aos palcos. No final do ano passado, a colombiana precisou adiar sua turnê mundial El Dorado, em virtude de uma hemorragia na sua prega vocal direita. Pelo menos, era isso que se sabia até então.
Agora, de volta à estrada, tudo é página virada e Shakira, finalmente, se sente confortável para falar do assunto. Ontem (09), ela fez um show lotado na Holanda e aproveitou um momento de folga para conversar com o repórter Mark Savage, da BBC. Em uma entrevista reveladora, a cantora de 41 anos contou detalhes exclusivos sobre sua recuperação, turnê, parcerias com Maluma, filantropia e o papel da educação na transformação social de comunidades na Colômbia. Confira a entrevista traduzida, em primeira mão no Brasil, pela equipe do SBR.
BBC: Oi Shakira, como você está?
S: Eu acabei de acordar, você acredita ?! Meus filhos não estão comigo, então eu tenho permissão para dormir. Acho que a última vez que dormi tanto foi há seis anos, antes de ter meu primeiro filho.
BBC: Como está indo a turnê até agora?
S: Parece a primeira vez. No passado, minha experiência no palco foi um pouco diferente. Um pouco mais narcisista. Eu estava tipo: “Oh, uau, eles estão aqui por mim – é melhor eu parecer boa e soar bem”. Mas agora é mais como “Cara, eu tenho essa incrível oportunidade de fazer a multidão sorrir. Para fazer todas aquelas pessoas, que também tiveram dificuldades em suas próprias vidas, felizes”.
BBC: Você teve que adiar a turnê por causa de uma hemorragia vocal. Quão ruim foi isso?
 S: Na verdade, foi mais do que uma hemorragia. Era como uma lesão vascular. Então você pode imaginar, houve momentos em que eu duvidei que eu estaria na frente de uma multidão novamente cantando minhas músicas.
BBC: Você precisou de cirurgia?
S: Milagrosamente, e ao contrário de tudo o que os médicos previram, eu me recuperei naturalmente. Todos eles previam cirurgia, mas a lesão desapareceu completamente das minhas cordas vocais.
BBC: Isso é realmente um milagre.
S: Eu lembro de rezar. Eu tinha esquecido de orar por um tempo, mas quando você passa por dificuldades, de repente você recupera sua fé! Eu prometi a Deus que se eu pudesse usar minha voz novamente, eu celebraria todas as noites – e é isso que eu estou fazendo.
BBC: Você acaba de lançar um single, Clandestino, que é seu terceiro dueto com o colega colombiano Maluma. O que te levou a continuar a parceria?
Eu prometo a você, nós tentamos não fazer novas músicas, mas acontece! Nós simplesmente não conseguimos evitar.
Ele veio a Barcelona para uma sessão de fotos, então eu disse a ele: “Escuta, por que não nos reunimos no estúdio e vemos o que acontece?” E em menos de duas horas tivemos duas novas músicas.
E esse [Clandestino] foi o single. Eu estava tipo: “Oh meu Deus, é isso! Isso é tão bom quanto Chantaje!” E essas são palavras importantes.
BBC: Porque Chantaje passou 18 semanas no número #1 na Colômbia, certo?
Exatamente. E ele gostou de 2 bilhões de visualizações no YouTube. Números loucos, loucos e inesperados.
BBC: A música latina está tendo um ressurgimento. Você acha que veio para ficar ou pode desaparecer como a explosão latina dos anos 90?
S: Depende do artista. Eu acho que alguns artistas estão destinados a ficar e alguns vão desaparecer. Isso sempre acontece. É a seleção natural da espécie. Mas eu não penso nisso como um boom da música latina. Eu acho que o mundo está em um lugar diferente. Mídia social significa que não é apenas o rádio que decide o que será um sucesso. São as pessoas.
BBC: Você cantou uma vez “Eu não entendo de futebol” [Inevitable, 1998]. Posso presumir que isso mudou quando você conheceu seu marido?
Um pouco! No entanto, eu ainda me confundo com os impedimentos. Você acredita? Quase oito anos com Gerard e eu ainda não vejo as irregularidades muito bem. Mas o resto eu entendo. E às vezes me atrevo a dar a minha opinião! Gerard acha muito fofo.
BBC: Ele está prestes a ir à Rússia para a Copa do Mundo. Você vai ver algum dos jogos?
S: Eu tenho datas da turnê até 13 de julho, então se a Espanha chegar na final eu terei a oportunidade de ir. Então eles têm que fazer isso!
BBC: Ele chegou à final em 2010 …
S: Exatamente! Ele me disse naquele ano: “Escute, eu vou ganhar essa Copa do Mundo. Vou chegar à final só para poder ver você mais uma vez”. E ele fez isso. Ele é um homem que mantém sua palavra.
BBC: No ano passado, a revista Fortune nomeou você como um dos 50 principais líderes do mundo pelo o seu trabalho filantrópico. Quão importante é isso para você?
S: Eu tenho um enorme compromisso com a educação. É um compromisso que começou quando eu tinha 18 anos e decidi criar minha própria fundação para construir escolas em lugares remotos na Colômbia. Esse compromisso obviamente vai além de qualquer coisa que apareça em uma revista. É algo que vive e respira no meu coração.
BBC: Por que educação em particular?
S: Eu venho do mundo em desenvolvimento e isso me marcou de muitas maneiras. Eu nasci e cresci em um país onde há enorme injustiça social e pobreza e falta de oportunidades. Então, sinto que a educação é o grande agente transformador – a única coisa que pode mudar o destino de tantas crianças que nascem pobres e que, sem a oportunidade de uma educação, provavelmente morreriam pobres. A única coisa que pode realmente quebrar esse ciclo de pobreza e trazer novas oportunidades é a educação. Eu vi isso com meus próprios olhos. Eu vi a transformação em famílias e comunidades inteiras quando você leva uma escola para uma área onde antes não havia nada.
BBC: Você se sentou com pessoas como o presidente Obama e o presidente Santos da Colômbia. Será que eles já subestimaram o quanto você está informada sobre esses problemas?
Eu acho que eles estão acostumados comigo agora! Bono uma vez me ligou e disse que eu sou a mulher mais veemente que ele já conheceu. Eu sou bastante teimosa e toda vez que tenho a chance, eu faço uma ligação para esses líderes mundiais e peço que participem de projetos.
BBC: Quem fica mais nervoso nessas reuniões? Eles ou você?
Eu não sei! Eu realmente não tenho uma resposta para isso. Mas não fico mais nervosa, porque sei exatamente o que preciso dessas reuniões.
Alguns políticos querem apenas uma foto, mas estamos pedindo coisas reais e um compromisso real. É uma enorme responsabilidade pressionar nossos líderes para que façam seu trabalho.
BBC: E eles não conseguem a foto a menos que eles entreguem, correto?
Exatamente! Essa é a jogada.
BBC :Eu li que quando você escreveu seu primeiro álbum em inglês [Laundry Service, 2001] você estudou as letras de Leonard Cohen e Bob Dylan. Quem você escuta agora?
S: Eu amo o Chris Martin [do Coldplay]. Eu amo suas melodias e sua produção. Ele é um artista com visão, que você não encontra todos os dias. E é por isso que ele durou tanto tempo, ele e sua banda. Eles nunca decepcionam. E eu vou te dizer uma coisa: ele foi tão, tão bom ao longo desses meses difíceis. Ele se preocupou muito com a minha voz, e ele me checava a cada dois dias. É ótimo ter  amigos quando se passa por uma crise… Essa é uma das coisas mais agradáveis ​​que eu percebi através da minha dificuldade – o quão importante é ter amigos. E também meus fãs. Eles estavam orando todos os dias na Colômbia. Eles fizeram uma missa para mim. Eu tinha grupos de freiras e padres e todo tipo de pessoas orando por minha voz todos os dias. Eu não sabia que era amada assim. Quando você é um artista, você geralmente sente que as pessoas, de certa forma, usam você. Você está dando a eles o que eles querem . Mas eu acho que o relacionamento que construí com meus fãs ao longo dos anos é muito mais profundo do que isso. Isso me fez me sentir muito valorizada e amada e é por isso que estou gostando deste novo capítulo da minha vida.
***
Shakira toca amanhã (11) em Londres, na O2 Arena com expectativa de casa cheia. Para ler a entrevista original na íntegra, clique aqui. 
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armyhome · 4 years ago
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A Verdade Não Dita: Capítulo Final.
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↳ sinopse - Kim Seokjin não é só um herdeiro chaebol, ele é O herdeiro chaebol. O conglomerado Kim é o que a Coreia do Sul tem de mais próximo a família imperial da dinastia Joseon e assim como o imperador Taejo, tudo sobre o solo coreano pertencia a família Kim, quer dizer, quase tudo. Pouco antes de morrer, o avô de Seokjin vende uma das propriedades mais antigas da família, o que deixa seu neto inquieto já que o que essa era a propriedade onde a avó crescerá, porém a família que comprou o local se nega a vender de volta para Seokjin independente do valor que ele oferecesse, o que o leva a brilhante ideia de se disfarça como o trabalhador chamado Jin e assim descobrir o motivo de uma família não vender para ele o agora único prédio de Seul que não pertence a seu conglomerado.
↳ rating -  Livre;
↳ pairing - Seokjin x Hye Jeun;
↳ gênero - Enemies to Lovers;
↳ avisos - Essa é uma obra ficcional, inspirada na estrutura de um k-drama porque, a autora que vos escreve cansou de esperar a boa vontade da grande hit de colocar meu menino Seokjin em um, espero que gostem, sejam gentis e construtivos se tiverem criticas por favor!
- Até pouco tempo atrás, eu não sabia que na Coreia as mulheres não aderem ao sobrenome do marido, achei isso incrível, então peço desculpas pelo meu equivoco cultural nos próximos episódios.
↳ capítulos anteriores: 01 / 02 / 03 / 04 / 05 / 06 / 07 / 08 / 09 / 10 / 11 / 12 / 13 / 14 / 15
↳ status: 16/16
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-Quando me pediram para fazer esse papel neste dia, fiquei assustado - Namjoon dá uma risadinha e é acompanhado por todos a sua volta - Como eu ficar responsável por algo tão importante? Então parei para pensar em como mudamos desde o começo dessa história, e nas coisas que aprendemos nesse caminho. Meu hyung Seokjin, era uma pessoa muito prática, determinado a alcançar seus objetivos e a proteger eu e nosso irmão mais novo porque, o primeiro amor de alguém é sua família, então ele foi atropelado por alguém tão determinada e que amava a sua família tanto quanto ele amava a dele, senhorita Jung Hye Jeun, juntos eles construíram um novo amor, daqueles amores que te faz mover montanha por ele e que deixa um ver as cicatrizes do outro, mesmo  as mais feias. Eu aprendi muito com esse amor e com a família Jung, mesmo só meu irmão sendo o genro, eles abraçaram o resto da nossa pequena família Kim e até mesmo a minha mãe Lee Jihyo foi adotada pelo amor imenso que essa família emana. - A mãe de Hye Jeun e Seokjin se abraçam -  E vocês deram tanto amor para todos a sua volta que aos poucos aprendemos que devemos nos amar isso nos deu coragem para  tomarmos rumos diferentes na nossa vida. Serei eternamente grato a família Jung e a minha cunhada, agora oficialmente, senhorita Hye Jeun, que o amor de vocês possa prevalecer por toda essa vida!
Todos aplaudiram, Seokjin e Hye Jeun levantam na mesa dos recém casados para fazê-lo, o irmão mais velho chorava, assim como seus sogros e sua mãe, Namjoon tinha feito um bom trabalho como padrinho. Hye Jeun corre para dar um abraço no cunhado. 
-Obrigado por tudo - Hye Jeun o aperta com força em seus braços - Obrigada por adiar sua ida ao Brasil para vir ao nosso casamento..
-Mas, eu não perderia isso por nada!
Namjoon aponta os meninos na pista  dançando com Hae Soo, que já não era tão pequena assim, o tempo tinha passado rápido, ela já estava recebendo prêmios de atriz mirim e todos os meninos já estavam em suas respectivas universidades, Hoseok cursava o terceiro ano de veterinária, Taehyung e  Jimin estavam no segundo ano de medicina e Jungkook tinha no final decidido se tornar analista financeiro, causando uma pequena guerra entre Seokjin e JuDa sobre quem seria o tutor dele.
-Você precisa mesmo ir? - Pergunta Seokjin triste, ainda secando as próprias lágrimas, a mãe deles se aproxima segurando o braço do filho do meio.
-O Brasil é um ótimo lugar para se investir agora, a Hallyu acertou lá em cheio e nossos dramas são muito populares lá! - Ele segura a mão da mãe com firmeza - E acho que vai ser bom para mim, conhecer um país novo e o hyung sabe, nunca perco uma boa oportunidade! 
O mestre de cerimônia chama os noivos para a valsa, Seokjin rapidamente se recompõe e guia sua esposa até o centro do salão, tudo em volta deles desaparece como se Hye Jeun e ele fossem as únicas pessoas no mundo.
-Nem acredito que deixei você me enrolar por quase cinco anos - Suspira o noivo.
-Eu te chamei para fugir comigo, você que quis um casamento elegante.. - Seokjin da um selinho demorado em sua esposa, ao longe o fio que os conectava com a realidade os fazia ouvir os aplausos.
-Só pretendo me casar uma vez nessa vida meu amor, então vou fazer certo, para que nunca esqueçamos, para que daqui a quarenta anos possamos sentar no sofá de casa e assistir a filmagem desse dia e poder ouvir nossos netos  “Oh meu deus, que lindos eles estavam!” - Hye Jeun ri da interpretação de seu marido, e apoia a cabeça em seu peito, conseguiu ouvir coração dele, que estava acelerado como se nunca a tivesse segurado em seus braços - Eu te amo Hye Jeun, minha esposa.
-Kim Seokjin, meu marido, nunca vou conseguir colocar em palavras o quão feliz estou nesse momento, eu queria poder congelar essa agora, e poder viver isso para sempre! Honestamente por muito tempo achei que tinha perdido a capacidade de me apaixonar, mas meu amor - Ela solta a mão dele para segurar seu rosto - Tudo que eu sei fazer nesse momento é amar você, com todas as forças que existem em mim, eu amo você, cada pedacinho meu, quer cada pedacinho de você e quero possamos ficar juntos até nossos últimos momentos, promete que vamos nos esforçar para isso? De verdade?
-Esposa, eu te amo hoje mais do que amava ontem e menos do que vou amar amanhã - Ele beija o topo da cabeça de Hye Jeun - Tenho certeza que com o amor que construímos podemos suportar qualquer coisa - Eles rodopiam mais uma vez antes da música - Em resumo: Nunca vai conseguir se livrar de mim senhorita Hye Jeun, sou seu para sempre.
Quando saíram da pista os outros convidados preencheram a mesma, os recém casados observaram a felicidade de todos em celebrar a alegria da união dos dois, definitivamente tinham feito boas amizades. 
Hye Jeun observa timidamente senhor Choi guiando sua sogra para pista, ficou tão aliviada quando todos os meninos Kim aceitaram o relacionamento dos dois, sua sogra tinha sofrido muito para chegar naquele lugar, seu coração agora estava no lugar certo.
Do outro lado Park Jimin e Kim Taehyung dançavam com uma menina da faculdade, ela parecia completamente tímida em comparação a como aqueles dois eram extrovertidos, seu rosto estava em chamas com a coreografia que eles estavam fazendo,era algo divertidíssimo de assistir. 
-O que a madame está xeretando? - Pergunta seu marido, Hye Jeun aponta para o novo trio - Eles parecem estar se divertindo muito fazendo a senhorita Eun Tak passar vergonha…
-Acha que pode ter algum sentimento nisso? De alguma parte? Não quero que eles voltem a brigar, a amizade deles se tornou algo tão bonito… - Uma vez noona, sempre noona, talvez nem depois que eles estivessem casados Hye Jeun pararia de se preocupar com eles.
-Acho que ambos preferem perder um braço a romper com a amizade que eles têm, não acredito que uma paixão ou até mesmo um amor possa quebrar o laço que existe entre esses dois e pelo que ouvi Eun Tak tem um relacionamento complicado com um sunbae deles, alguém apelidado de  Agust D’Cury, uma mistura do nome de um psiquiatra com sei lá o que… - Seokjin pensa um pouco, fazendo um biquinho adorável aos olhos de sua esposa - Acho que eles a trouxeram porque, ela estava passando por momentos difíceis, bem foi essa explicação que ouvi…
-Vocês não estão casados nem fazem vinte quatro horas e já estão fofocando junto da vida dos outros? Tsc, tsc - Zoa Hoseok, de mãos dadas a Jungkook que também ria da atitude do casal - Viemos entregar nosso presente de lua de mel para vocês - Ele olha o relógio - Em breve vocês vão partir e nós também, fazem meses que mamãe não me deixa dormir direito…  - Jungkook aperta a mão do namorado levemente, aquilo não era hora de reclamar - De qualquer forma, estou muito feliz por vocês, noona você merece toda a felicidade do mundo!
-Sim Hye Jeun noona - Jungkook entrega uma caixa embrulhada, um tanto grande - Espero que vocês sejam muito felizes! E que gostem do nosso presente! 
-Sim, foi uma dica de Namjoon, ele comentou alguma coisa sobre Seokjin gostar de ser policial - Hoseok já não aguentava mais segurar a risada, Hye Jeun sente todo sangue do seu corpo se concentrando na suas bochechas - Espero, que possam aproveitar muito - Comenta entre risadas, mas ao olhar pro lado viu que seu namorado não estava lá e sua irmã já dava a volta na mesa indo em sua direção furiosa - Noona! Eu estava brincando! Desculpa!
Como se fossem crianças novamente eles correram pelo salão, assim como corriam pela sala de estar quando pequenos, Sr e Sra Jung se abraçam assistindo isso de um cantinho mais reservado do salão, Hae Soo entra no meio da confusão atenuando a braveza da irmã mais velha, JuDa também entra na brincadeira. Aquele era o momento mais bonito da vida da primogênita Jung, deveria sempre ser lembrado com carinho. 
Por mais que a festa estivesse maravilhosamente impecavel graças a organização de JuDa, assim como cinderela o recém casados precisam partir para sua viagem de lua de mel.
-Você tem certeza que fica bem sozinha por três semanas JuDa? - Questiona Hye Jeun pela centésima vez, JuDa respira fundo e abraça a amiga com força para não esquecer que ama aquela mulher e não perder a paciência com a preocupação desmedida que ela tinha.
-Sei que está fazendo isso para quando chegar meu casamento não me dar folga presidente Jung - Hye Jeun arregala os olhos e da um soquinho de leve na amiga a fazendo rir -Confia em mim! Tudo vai ficar bem, eu e seus pais temos tudo sob controle, não se preocupe com nada, fazem anos que você não tira férias! Esse é um momento especial da sua vida, aproveite! Estaremos aqui, firmes e fortes quando você voltar!
-Obrigada por tudo essa noite! - Elas se abraçam novamente e ambas sentem os olhos enchendo de água, tinham passado por tantas coisas juntas, sempre apoiando uma a outra, todas as lembranças vinham de uma vez só - Você está feliz minha amiga? De verdade?
-Sim Hye Jeun, vir trabalhar com a família Jung foi a melhor decisão da minha vida, me sinto realizada profissionalmente e agora com Junyeol, acho  que entendi o que Namjoon quis dizer anos atrás…Acho que aos poucos estou descobrindo o caminho da felicidade, assim como você o fez! Uma pena que Sophie não conseguiu vir, não teve jeito daquela grife liberar ela…
-Olha só vocês duas, antes gato e rato, agora melhores amigas da vida! Não fiquem muito próximas ou vou ficar com ciúmes!  - JuDa abraça a amiga mais uma vez - Estou brincando, sei que você nunca me trairia dessa forma…
-Amor! Vamos indo? - Grita Seokjin já no carro.
-Agora tenho realmente que ir! Te vejo em três semanas, qualquer coisa me ligue imediatamente, vou deixar o celular ligado! Okay? - Ela sai correndo antes que a amiga possa responder qualquer coisa.
-Yah, mas nem na lua de mel ela quer parar de trabalhar? - Reclama Jimin - Como assim não vai desligar o celular? Ah tantas coisas que precisam ser feitas nesse momento…
-Não tem como eles manterem os celulares ligados, se estiverem sem eles - Diz Taehyung expondo os dois celulares que tinha afanado quando ninguém estava olhando, ele e Jimin trocam um hi-five na frente de uma JuDa completamente boquiaberta - Hehehe! Quando eles perceberem o jatinho já vai ter pousado no Havaí, então nada mais poderá ser feito! 
-Isso significa que a possibilidade de eu ter sobrinhos daqui a alguns meses?! - Diz Hoseok  e começa a fazer uma dancinha - Sobrinhos, sobrinhos, nenezinhos bem fofinhos…
Todos eles acompanham, inclusive Namjoon e o Sr Jung, Hae Soo conclui que tinha amadurecido enquanto o resto do mundo tinha travado no tempo por algum motivo, seria ela a única adulta ali?
^_________^
Dentro do carro Hye Jeun apoiava as costas no peito do marido, decidindo se contava ou não a travessura que havia feito, mas acaba soltando uma risadinha que a denunciou.
-Diga, o que se passa nessa sua cabecinha maléfica… - Pergunta o marido beijando seu ombro.
-Deixei Taehyung surrupiar nossos celulares de propósito para não sermos incomodados de jeito nenhum durante a lua de mel e agora ele provavelmente está pensando que é a pessoa mais inteligente, o pobrezinho nem imagina que foi friamente manipulado - Diz rindo, Seokjin aperta o botão que subia a janela que separava a parte do motorista do casal, afrouxa o nó da gravata.
-Você não imagina quanto tempo estou esperando ouvir de você que a senhorita Hye Jeun quer ficar comigo, apenas comigo sem se deixar ser incomodada por ninguém - Seus dedos correm pela mandíbula de sua esposa, até chegar no pescoço, segurando com firmeza sua nuca - Não sei se posso esperar até chegar ao jato…
-Por que deveríamos esperar Seokjin? - Hye Jeun questiona mordendo o lábio inferior, Seokjin não pensa duas vezes antes de beijá-la profundamente.
Aquele era só o começo de muitos momentos felizes que eles compartilharam juntos, depois de toda verdade, só sobrou o amor, e foi assim que eles continuaram suas vidas, sem deixar uma verdade não dita para trás, transformando a sinceridade e honestidade nos pilares da vida de ambos.
Hye Jeun e Seokjin foram felizes pelo resto de suas vidas! 
FIM!
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wattbrasil · 7 years ago
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Olá, leitores, escritores e seguidores!
Essa é a nossa primeira entrevista no WattBrasil e nossa equipe não teve dúvidas sobre a autora selecionada, não poderíamos ter escolhido melhor. Se você também é um escritor, acredito que vai se identificar com a maioria das respostas da Thatta Pignatta – mais conhecida como @DixonBabyGirl.
Bom, vou deixar vocês com esse bate-papo incrível que tive hoje. Boa leitura!
 WattBrasil: Vamos começar nos apresentando: Se pudesse se descrever em apenas duas frases, como seria?
Thatta: Eu diria que sou uma garota complexa, com gostos muito simples. E uma paixão enorme pela arte de escrever.
 WB: O que te motivou a começar a escrever, e quando isso começou?
Thatta: Eu comecei a escrever no final de 2013, eu lia algumas fanfics na ��poca e pensei: "eu quero tentar, acho que eu posso fazer algo assim".  
Apesar de muito imaginativa, eu nunca tinha escrito nada na vida, além das redações básicas da escola, e depois da minha primeira história foi quase como se um mundo se abrisse pra mim. Começou como uma brincadeira e agora eu sinto que é uma coisa que eu não posso viver sem.
 WB: As fanfics realmente apresentam um mundo completamente novo para escritores. Onde costuma encontrar inspiração para o que escreve?
Thatta: Pra ser honesta, em todo o lugar. Tudo acaba virando inspiração, músicas, séries, textos no facebook. Acredito que qualquer situação possa dar uma boa história, se soubermos contá-la.
WB: E você encontrou alguma dificuldade até agora, na trajetória que está construindo como escritora?
Thatta: Conciliar o tempo é a maior dificuldade, sem dúvida. Às vezes minha rotina não colabora com a minha vontade de escrever.
WB: Posso te garantir que isso acontece com todos nós.
Thatta: [risos] A vida real não colabora com a minha escrita.
WB: Definitivamente, não. Qual o seu gênero favorito para ler e escrever? Por quê?
Thatta: Não consigo escolher entre Drama e Romance. Se a história não tem romance, sempre acho que está faltando alguma coisa, e o drama vem naturalmente depois disso, mesmo que eu pense "não vou colocar drama nessa história" quando eu vejo todos os personagens já estão sofrendo o pão que o diabo amassou.
WB: Como reage quando recebe elogios por parte dos seus leitores? Percebemos que você é muito atenciosa e carinhosa com eles, o que não é tão fácil de se ver hoje em dia.
Thatta: Uma das coisas que eu mais gosto é de interagir com os leitores, eu tento responder todo mundo, afinal é o minimo que eu posso fazer pra retribuir o carinho deles com as minhas histórias. Eu sempre fico muito feliz com qualquer comentário, por menor que seja, e os elogios não são diferentes, mas confesso que fico um pouco encabulada com eles, porque nunca sei como responder a altura. Sempre bate aqueles cinco minutinhos de surto básico do tipo "Ai meu Deus, que coisa mais linda!!! E agora como eu respondo?"
WB: New York, muitos fãs!
Thatta: [rindo] Quem dera!
WB: Você costuma mostrar os seus capítulos para alguém antes de publicar?
Thatta: Eu tenho um grupo no face, para os leitores onde eu posto trechos dos próximos capítulos em forma de spoiler. Mas os capítulos inteiros não mando pra ninguém, a não ser pra minha irmã mais nova ás vezes.
WB: Que legal! Quer divulgar o link do grupo, ou é algo secreto entre vocês?
Thatta: Ele não chega a ser secreto, embora seja fechado, é mais pra interação com os leitores mesmo, o link é esse [ aqui ]. 
WB: Dos personagens que criou, qual é o seu favorito?
Thatta: Ah difícil, porque eu amo todos, mas acho que Natalie Cooper é acaba se destacando. Ela é a protagonista de Lifeline, e eu acredito que seja a minha personagem com maior desenvolvimento, vemos ela passar de uma adolescente apaixonada e inconsequente, para uma mulher forte e determinada que faz tudo por aqueles que ama.
WB: Desenvolvimento de personagens é uma das melhores coisas para se ler, até aquece o coraçnao quando você acompanha a personagem do que era para o que se tornou.
Thatta: Da até um certo orgulho ver um personagem evoluir!
WB: Com certeza! Você disse que, de vez em quando, mostra alguns capítulos para a sua irmã mais nova. Você tem apoio da sua família ou apenas a sua irmã sabe que você escreve?
Thatta: Todo mundo sabe que eu escrevo, embora apenas minha minha irmã realmente conheça as minhas obras e seja minha maior incentivadora, o restante da minha família também sabe, incluindo meu namorado e minha mãe, todos eles acham que eu devia escrever um livro pra publicação.  Recebo apoio em níveis diferentes, no sentido que minha irmã me apoia, não importa qual seja a minha loucura, mesmo que puxe minha orelha se necessário. Meu namorado entende minha paixão por escrever e aceita que eu não esteja pronta pra nada mais sério ainda, e minha mãe acha que se eu não estiver obtendo lucro então é perda de tempo.
WB: Bom, o Wattpad começou a pagar escritores com muitas visualizações. Que eu saiba, está acontecendo fora do país, mas talvez essa novidade chegue ao Brasil? Enfim, é um bom argumento para pais de pouca fé.
Thatta: Seria meu sonho? [risos]  Já acostumei com a minha mãe, qualquer coisa que eu faço a resposta dela é "mas você devia usar isso pra ganhar dinheiro", normal.
WB: Infelizmente, a nossa entrevista está chegando ao fim. Então, por último, mas não menos importante: Quer mandar um recado para os seus leitores? Pais? Família? Amigos? Para a Xuxa!
Thatta: Primeiro, obrigada pela pelo convite, me diverti muito com a entrevista.
E claro que tenho que agradecer a todos os leitores que sempre me apoiam, eu escrevo porque amo, mas é o carinho deles com as minhas histórias que sempre me inspira. E aproveitar para deixar um conselho pra todos aqueles que escrevem, ou querem escrever: não desista, mesmo que você não ache sua escrita boa o bastante, mesmo que a falta de retorno desanime, não desista, a escrita, como tudo na vida, se aperfeiçoa com o tempo e uma hora ou outra o retorno vem, acreditem e amem suas obras. Escrevam, escrevam muito, tem alguém por aí querendo ler exatamente a historia que está na sua cabeça.
WB: Nós que agradecemos! Foi um prazer conhecer um pouquinho mais sobre você!
 Eu sabia que seria uma boa ideia entrevistar a Thatta, mas não sabia que seria tão bom!
As histórias da Thatta estão disponíveis no Wattpad e Nyah!Fanfiction e serão “linkadas” abaixo, além de terem entrado na nossa página de recomendações [ aqui ].
Quer ver o seu autor favorito aqui? É só enviar o usuário por ask ou pelo nosso twitter!
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paulistaescreve · 7 years ago
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Era uma vez em Paris - Parte 1
Paris, 7 de novembro de 2017
POV Ana
Acordo com a claridade vindo da janela do quarto e lentamente abro os olhos sentindo uma pontada de dor na cabeça. Primeiros sinais de uma inconfundível e devastadora ressaca.
Conforme vou despertando percebo que estou sem nenhuma peça de roupa sob os lençóis e que uma figura de cabelos cacheados muito familiar se encontra ao meu lado na cama. Vitória Falcão está igualmente nua em um sono pesado com uma expressão tranquila no rosto.
- Mas que porra é essa... - sussurro assustada tomando consciência do que havia acontecido, sentindo mais uma fisgada na cabeça ao me sentar e notar meu violão e uma miniatura da Torre Eiffel jogados juntos as nossas roupas no chão. No mesmo momento as lembranças da noite anterior tomam conta da minha mente.
Flashback
Paris, 6 de novembro de 2017
Paris é de fato uma cidade feita para os amantes, ao caminhar mais por esse lugar concluo que o rótulo de "cidade do amor" não é dado por um acaso. Tudo aqui se volta ao romance, desde as mais simples cafeterias até as monumentais obras de arquitetura e os artistas de rua. Estou completamente encantada por esse pedaço do mundo.
As últimas semanas foram muito além de minhas expectativas, ter o seu trabalho sendo recebido com tanto carinho no outro lado do hemisfério te faz acreditar que fez algo de bom para a humanidade e que sua existência não é em vão. Eu e Vi, que tem enfeitado meus dias com sua arte e me acompanhado nessa incrível jornada, somos eternamente gratas ao Felipe e ao Tiago por terem acreditado em duas meninas do interior de Tocantins.
Nós não tivemos tempo de descanso em Portugal, tudo ali foi muito intenso, trabalhamos muito ao lado do Diogo na divulgação do nosso álbum no país, mas ainda assim tivemos a experiência incrível de conhecer e passear por essas duas cidades incríveis que são Porto e Lisboa.
Porém nosso tempo foi curto e quando nossos compromissos acabaram, eu, Vi e Felipe decidimos aproveitar o final de nossa estadia viajando para a França, pois segundo nosso querido empresário, trabalhamos com muito empenho e fizemos por merecer.
Com isso decidimos comemorar nossa última noite na Europa em um barzinho bem popular de Paris. O lugar parece bem despojado, está lotado e possui música ao vivo, me animo quando o grupo de mulheres que se apresenta começa a cantar covers dos maiores hits de Britney Spears. Olho pra Vi e sorrio ao ver uma expressão de deslumbramento em seus olhos.
Sinto um arrepio quase imperceptível na nuca quando Vi aproxima sua boca do meu ouvido.
- Vem dançar Ninha!! - Ela diz me arrastando para a pista de dança que fica próxima ao palco e deixando Felipe sentado no bar conversando com o barman enquanto tomava um drinque.
Dançamos por uns vinte minutos com os corpos colados um no outro enquanto praticamente berrávamos as músicas da princesa do pop e sei que esse momento ficará marcado na minha memória eternamente. Quando decidimos parar, vemos que Felipe ainda está no bar e o chamamos para procurar uma mesa.
Assim que a apresentação acaba, Vi cisma que quer falar com as moças que fizeram o show para parabeniza-las
- YOU ARE AMAZING!! - Ouço meu duo cacheado gritar de longe enquanto se aproximava das moças.
Acabamos por fazer amizade com elas e pedimos uma garrafa de champagne e mais três garrafas do mais genuíno vinho francês. Dessa forma passamos horas a fio conversando, bebendo e rindo.
Percebo Felipe um pouco quieto gravando alguns momentos da nossa noite em seu instagram, mas não ligo e encho mais uma vez meu copo de vinho fazendo graça para os vídeos, me sentindo um pouco mais alterada do que o normal. Percebo que Vitória está na mesma situação.
Mais alguns copos depois e eu já não tinha mais controle sobre a minha mente, lembro-me vagamente de tirar foto com as moças que fizemos amizade e mais um rapaz que também se apresentava por ali.
Depois observo que estamos dentro de um uber, eu com uma miniatura da Torre Eiffel que brilhava em minhas mãos e Vitória gritando com uma voz claramente bêbada.
- THIS IS THE BEST DAY OF MY LIFE!!!
- EU IMITO A VITÓRIA - Digo sem saber a razão de estar falando aquilo ao ver Felipe registrando esse momento de felicidade em seu celular.
E nessa hora eu me sinto infinita, um sentimento de completude inigualável que toma conta de cada célula do meu corpo e me faz acreditar que sou capaz de fazer qualquer coisa. Viro pra câmera do celular do Felipe e grito.
- A GENTE VAI DOMINAR O MUNDO, O BRASIL VAI DOMINAR O MUNDO, EU TOMEI UMA GARRAFA DE CHAMPAGNE MAS EU TÔ TOTALMENTE SÓBRIA, OLHA A VITÓRIA!!! - Quando vejo a menina dos cachos colocando metade do corpo para fora da janela do carro me deixo gargalhar loucamente.
Ao chegarmos no hotel em que estamos hospedadas, nos despedimos do nosso empresário que seguiu para o seu quarto, cansado, porém satisfeito.
Com isso, tenho uma ideia brilhante, puxo Vi pela mão e vamos diretamente para o meu quarto. Tranco a porta e jogo no chão a miniatura da Torre Eiffel que ainda segurava
- Vamos gravar algo pros fãs, precisamos contar pra eles como a gente tá feliz - digo já sacando o celular do bolso e iniciando a live no instagram
- A gente num precisa contar isso não - Vitória diz com a voz mole , dando uma mordida na minha mão e sentando no chão logo em seguida.
- A Vitória acabou de me morder - digo pra câmera do celular segurando o riso e virando pra ela.
- Com vocês...Vitória Falcão! - Ela logo se apressa em colocar uns óculos escuros na cara falando umas coisas ininteligíveis pra logo depois dizer.
- Vamu cantar uma música?
- VAMU! - Pego meu mais novo violão sentando na cama e sem saber como, consigo executar perfeitamente os acordes de "Fica".
Cantamos a música da forma mais embargada possível e quando percebo o resultado, interrompo a live, jogando meu celular e o violão pro lado, rindo tanto que sinto minha barriga doer.
- Tá besta é? - Vitória me pergunta de forma de divertida.
- Eu tô bem bêbada e você também...- Digo me jogando no chão me sentando ao lado de Vitória.
-Ninha, eu tô é vendo duas de tu - Ela me responde colocando a mão no meu rosto fazendo um leve carinho nas minhas bochechas. Imediatamente uma vontade de beijar aquele ser se apodera de mim e sem pensar muito me atiro em seu corpo grudando nossas bocas.
Vitória surpreendentemente corresponde a minha investida e sinto o cheiro do álcool quando nossas línguas se entrelaçam e ela me pega no colo nos derrubando em cima da cama.
No que pareceu uma fração de segundos, vejo que já não possuímos nenhuma vestimenta, e que as mãos e a língua de Vitória estão em todo lugar....
Fim do Flashback
Sentindo a cabeça um pouco pesada me levanto e vou direto ao banheiro para tomar um banho e organizar meus pensamentos. Ao me olhar no reflexo do box, vejo marcas do que provavelmente são de chupões em meu pescoço. Confirmando mais ainda as minhas suspeitas. Eu havia transado com a minha melhor amiga e parceira de música.
Não que eu nunca tivesse sentido atração por Vitória, aquele ser com olhos cor de marte e fala rouca despertou meu desejo desde a primeira vez em que pus meus olhos nela. Mas eu não podia ter feito isso, Mike não merecia ser traído e ter um relacionamento dessa natureza com Vi poderia destruir nossa carreira e tudo o que conquistamos até aqui.
E se iniciássemos um namoro e por um acaso terminássemos? Certamente seria o fim do duo, o fim de um sonho bom.
Eu amo Vitória demais para permitir algo assim, eu a quero por perto, quero ouvir sua risada todos os dias, suas opiniões e sentir seu abraço casa.
Decido que conversarei com Vi e que Mike jamais saberá disso. Consigo até imaginar sua expressão de decepção se descobrisse, pois, além de ser meu namorado, ele é amigo dela...
Sinto a água do chuveiro em meu corpo, querendo que leve todo esse sentimento de culpa embora, mas só o que consigo é ficar mais apreensiva com a perspectiva de encarar a cacheada quando saísse dali.
Ao terminar, desligo o chuveiro, me enrolo na toalha e perduro um pouco mais o tempo escovando os dentes. Saindo do banheiro, piso sem querer na miniatura da Torre Eiffel que até agora não sou capaz de lembrar como consegui. Dou um sorriso e pego meu celular filmando aquele objeto e marcando Vitória ao postar no meu instagram para lhe lembrar da bebedeira na noite anterior.
Visto uma roupa leve e quente e observo que Vitória ainda dorme profundamente no meio de todos aqueles lençóis, eu teria que acordá-la em algum momento.
Me sento ao seu lado na cama e passo a mão delicadamente em seus cabelos.
- Acorda Leãozinho... - digo dando um beijo em sua testa.
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relatabrasil · 5 years ago
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'Mestre do Sabor': Rafael Lorenti tem 61 tatuagens e é apaixonado por motos
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Paulistano tem o hábito de cumprimentar todos os funcionários ao chegar no restaurante e evita o assunto trabalho logo de cara: "Sempre procuro sair um pouco do Rafael Chef, que tem que entrar e comandar a cozinha, para mostrar um lado um pouco mais humano." Rafael Lorenti tem 61 tatuagens e ama moto Globo Paulistano, 31 anos, ama moto, 61 tatuagens e estilo bad boy. Rafael Lorenti, do time de José Avillez, é a prova de que nem sempre o que parece é. Com uma forte ligação com a família e suas raízes italianas, o Chef preza pelo bem-estar dos funcionários de seu restaurante, evitando o assunto trabalho assim que chega, para saber como anda a vida daqueles que estão ao seu lado no dia a dia. Confira o papo completo! Como você descobriu o amor pela gastronomia e com quantos anos, mais ou menos, você começou a cozinhar? Não foi assim: “Ah, descobri que eu amo a gastronomia”. Foi muito natural. Eu, enfim, família italiana, sempre na cozinha. Via minhas avós e tudo mais, então o meio era sempre este: encontro de família italiana. Vamos visitar a tia de não sei quem, comadre de não sei quem. Na cozinha, era sempre sentado na cozinha. Quer fazer café? E sempre tinha alguma coisa que elas estavam cozinhando, e isso foi muito natural.Com 15 anos, tinha um amigo do meu pai, que tinha uma empresa de eventos, ele falou: “Tenho um evento, final de semana para fazer. Vamos fazer?”. Eu falei: “Vambora”. Entrei, primeiro evento, 1.100 pessoas, e com 15 anos. Uma supercozinha, enorme, não sabia o que fazer, mas fiz. No final do serviço, eu falei: “É isso que eu quero para minha vida”. Daí, só segui. Não chegou a ter outras profissões além da gastronimia? Não, não. A única, desde os 15 anos, quando eu comecei a fazer evento, eu falei: “É, comecei a brincar com cozinha com 15 anos e até hoje estou nessa”. E profissionalmente foi com 15 anos? Não, profissionalmente foi depois, quando entrei na faculdade, quando eu peguei um emprego de carteira assinada. Até lá, até os 18 anos, era só freela, só evento. Você tem algum utensílio que é indispensável para você na hora de preparar os seus pratos? Faca. Não consigo ficar sem uma faca do lado, mesmo que eu não use. Vai fazer alguma coisa, tem que ter uma faca do lado. Tenho praticamente uma coleção de faca. Você sabe mais ou menos quantas facas você tem? Mais de 40, fácil. + Reveja a primeira prova de Rafael Lorenti no Mestre do Sabor Rafael Lorenti, do Mestre do Sabor, tem cerca de 61 tatuagens pelo corpo, algumas relacionadas à gastronomia Arquivo Pessoal Você se lembra de alguma história, alguma situação complicada ou curiosa que você passou na cozinha? A gente passa praticamente em todo serviço, né? Quando, enfim, está no meio do serviço, acaba alguma coisa e tem um prato para mandar. A gente se vira nos 30, faz sempre alguma coisa, ou para mandar a mesma coisa ou para chegar ao cliente e falar: “Posso te surpreender? Posso fazer alguma coisa para te agradar?”. Aí a gente vai para cima. Todo final de semana acontece alguma coisa, dessa de dificuldade, de cair um filé no chão, tem que correr para fazer outro, fazer no mesmo tempo. Bastante coisa que acontece. Caso você vença o Mestre do Sabor, você já tem alguma ideia do que você gostaria de fazer com o prêmio? A única coisa que eu penso é voltar e trabalhar, continuar trabalhando, sempre. Meu objetivo principal sempre é esse. O depois, eu não parei ainda para pensar o que que eu faria com o prêmio, mas com certeza eu investiria e continuaria trabalhando para talvez ter outro espaço, outros lugares, outras pegadas. Você tem alguma viagem dos sonhos? Eu tenho muita vontade de conhecer a Ásia: Tailândia, Japão, China, Índia são lugares que eu não conheço e que eu tenho muita vontade de conhecer, não só pela gastronomia, mas pelo lugar que é, pelo o que é o ambiente. É muito diferente do ocidental, né? Rafael Lorenti no 'Mestre do Sabor' Globo/Victor Pollak E você tem algum lugar que você já conheceu, que você viajou e que te marcou por algum motivo especial? Itália. Eu fui duas vezes, morei na Itália e voltei um mês de férias inteiro lá. Sou suspeito para falar de lá, porque minha família é italiana, todo mundo da minha família praticamente é italiano, então lá para mim é muito especial porque eu sinto realmente o que é a cultura do meu nome, da minha nonna que veio com 18 anos para cá, meu nonno no pós-guerra, fugindo da guerra. Ele desertou e veio ganhar a vida aqui no Brasil. Então, voltar para lá até arrepia quando chegas sabe? Quando vai para a região deles ou quando ouve a história do meu nonno. Eles são de qual região? A minha família toda do sul da Itália. Da Basilicata, Nápoles, Calábria. O nome do seu restaurante é Basilicata... É, Basilicata. Isso, exatamente. Desde sempre, desde 1914. Ela começou como padaria, em 1914, e a gente repaginou ela agora, dois anos e meio atrás, um pouco mais. Quando eu estava na Itália, fui para a casa da filha do casal que abrigou o meu nonno depois que ele fugiu da guerra, e ela contou as histórias. Então, parece que eu conheço ele de alguma forma. Lembrando quando foi primeira vez que eu morei lá, eu fiquei conhecendo essa história mais a fundo. Aí, quando eu voltei na segunda vez, que eu fiz o sul da Itália, eu pirei. Nessa primeira vez, você morou quantos anos na Itália? Não foram anos, foram meses. Eu fiquei seis meses, mas trabalhei. Eu fiz um curso: eu trabalhei, estudei. No meu trampo, dava o que eu comer e onde dormir. Ainda peguei 22 dias com meu pai, que veio com a desculpa de: “Ah, vou buscar meu filho na Itália”. A gente pegou e fez até Nápoles, e de lá a gente voltou para subir para o outro lado e voltamos para o Brasil. Quase quatro anos depois eu voltei, mas eu fiz só o sul da Itália, para conhecer a minha tradição mesmo, a raiz da minha família. + Aprenda a receita do Spaghetti Alla Carbonara do Chef Rafael Lorenti Spaghetti Alla Carbonara Samuel Kobayashi/Gshow Você chegou a conhecer algum outro país na Europa? Fui para a Suíça, que eu te uma prima lá, e muito próximo da França, da divisa da França. Então eu conheci alguma coisinha, assim, mas pouca, porque foi um final de semana. Foi isso. Você sabe qual é o seu signo e ascendente? Áries e Áries Você tem alguém, algum ídolo que te inspira na gastronomia, na cozinha? Eu gosto muito do trabalho do Massimo Bottura, que foi reconhecido várias vezes o melhor chefe do mundo e, assim, não por ele ser o melhor chef do mundo, mas pela pegada que ele tem de ajudar os outros. Teve o episódio do terremoto que derrubou os queijos, os parmigianos. Ele fez toda repercussão da galera usar o queijo. Eu achei isso muito bom, e eu acho a pegada dele, a ideia dele, o jeito que ele trabalha, o jeito que ele tem as ideias de prato, a piração dele que, às vezes você para para pensar, você está olhando um filme e vem um prato na cabeça. E é muito o que acontece. Acho que não só comigo, com todo mundo, mas eu tenho ele muito como uma direção, assim, um referencial legal. Qual o seu estado civil? Solteiro. Você tem filhos? Não. Tem algum animal de estimação? Tenho. Tenho três cachorros. Um Dogo Argentino, um vira-lata e um Buldogue Francês. Tem algum esporte que você pratica ou acompanha? Hoje em dia eu pedalo muito. Toda minha folga eu saio para pedalar, mas eu já lutei bastante. Eu fazia muay thai, fazia MMA. Eu acabei parando um pouco porque eu tive uma lesão no joelho, tive que operar e acabei parando um pouco, mas eu pretendo voltar, mas eu gosto de coisa mais explosiva. E você tem algum hobby além da gastronomia e de pedalar? Eu sempre gostei muito de moto. Há um tempo, antes do meu acidente, eu andava muito de moto, fazia viagens de moto, pegava estrada de moto. Sempre adorei muito. Gosto muito de moto e carro, é uma parada que me brilha muito. Mas basicamente é isso: a bike, que eu pego final de semana, academia que eu treino, que eu gosto bastante, a luta que eu parei um pouco, mas eu vou voltar. Você tem ideia de quantas tatuagens você tem? A última vez que eu contei estavam em 61, alguma coisa assim. E tem relacionadas à cozinha? Tenho, tenho um braço praticamente que é mais voltado para cozinha e tem um braço que é voltado para essa parte que eu gosto muito, que é moto e carro. Esse braço aqui, o direito, é mais old school, da pegada que eu gosto de carro, de moto. E você tem algum tipo de mania na cozinha? Você tem um algum tipo de coisa que você tem que fazer sempre quando entra na cozinha? Não, eu gosto muito de entrar na cozinha e, principalmente assim, primeira coisa que eu faço, eu cumprimento todos os meus cozinheiros, todo mundo, desde o pia, ajudante, o cozinheiro, meu subchefe, o chef do bar, o maître, todo mundo. Eu gosto de cumprimentar todo mundo e tentar não falar de imediato de comida. “E aí, você está bem? Você está passando mal? Ficou melhor, foi ao médico?”. Ou quando tem problema de família, porque a gente vira meio que um psicólogo, né? “E aí, a sua mãe melhorou? A sua namorada está bem?”. Eu sempre procuro sair um pouco do Rafael chef, que tem que entrar e comandar a cozinha, para ser um lado um pouco mais humano, que eu acho que muitas das vezes falta dentro da cozinha. Qual a comida mais exótica que você já experimentou? Quando eu morei na Itália, eles chamam de fritto misto alla piemontese. É tudo frito, mas pulmão, cérebro, medula, coração, tudo. Tudo do vitelo. Foi o prato mais radical. No mesmo menu tinha coisa doce, tinha os miúdos fritos. O pulmão tem muito gosto de sangue, tinha umas coisas assim que eu nunca tinha provado daquela forma. 📌 Acompanhe o Mestre do Sabor nas redes sociais! 👉 Clique e curta Mestre do Sabor no Facebook! 👉 Clique e siga Mestre do Sabor no Twitter! 👉 Clique e siga Mestre do Sabor no Instagram! 🥣 'Fora da Cozinha': toda quinta, o 'Mestre do Sabor' continua AO VIVO no Gshow! Glossário explica termos da gastronomia que você precisa saber
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masterplano · 5 years ago
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Chatline com Retrigger
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Foto: Isadora Luchtenberg
O Chatline de hoje tá bem LOKAL REAL OFICIAL. No melhor estilo “De volta pra minha terra”, conversamos com Raul Costa, o Retrigger, esse punk lokal que vem a BH fazer um live xocante na Bodas de Fritas. Como vocês devem perceber, ele é super apto pra tocar em casórios, cortejos e festas de família.
Na ativa desde 2001, Retrigger é um músico eletrônico brasileiro que, em suas apresentações ao vivo, mistura o som 8-bit e a estética maximalista do breakcore. Tudo isso com retrofuturismo (theremin!), videogames e um tanto de humor.
A gente passou um brilho labial sabor morango e abriu o chatcam com ele. Vamos lá!
1 Oie, Raul. A gente tá doido pra ver seu live bem na vibe “De volta pra minha terra”. Qual sua relação com BH hoje? Você vem sempre aqui?
Visito sempre BH, tenho um monte de amigues aí, além dos meus pais, né? Nos últimos tempos tenho ido mais por dois motivos, minha namorada belorizontina e meu projeto novo, que estou trabalhando com a incrível Stephanie Tollendal. Nosso duo se chama REIKO REIKO,  já já lançaremos as primeiras tracks. Tá muito bom, aliás. Acho que vcs vão gostar.
2 Quando você começou a fazer um som em BH, como era a cena na capital? Você era mais conectado com a cena punk, indie, eletrônica? Conta pra gente!
Gente, tem tanto tempo... Quando me mudei pra BH, em 1999 (eu nasci em Contagem e cresci em Ipatinga), a cena punk era muito legal e acabei ficando próximo das bandas e das pessoas, foi uma coisa de formação mesmo, acho que a forma que penso música, arte e minha vida ainda é bem ligada ao jeito punk de fazer as coisas. Era época do Butecário, uma "casa de show" que rolava no sindicato dos bancários, uma iniciativa do Edmundo, que hoje toca o Matriz. Gente, eram umas bandas muito mais ou menos que a gente achava incrível. Aliás, era uma vida muito mais ou menos, acho que nem sinto saudade, mas foi importante demais. Acho que o período da Mansão Libertina e Carnaval Revolução (2002-2004) foi REALMENTE muito legal e importante. Ali se criou algo que talvez estejamos precisando hoje de novo.
Depois abriu A Obra, toda aquela coisa da surf music. Eu me misturei com esse povo também. Ao mesmo tempo, teve Anderson Noise e aquelas raves grandonas em volta de BH, isso era ano 2000? Algo assim. Também me misturei nessa bagunça. Na época, o "certo" era ser parte de uma cena, se vestir igual aos coleguinhas, mas eu meio que não tava afim disso não. Eu corri atrás de todas coisas, acho q não fez muito sentido na época, mas hoje parece que eu escolhi bem. Em resumo, hoje tá mais legal, né? Tem uma diversidade de sons, de pessoas e de histórias. Me agrada muito o que eu venho conhecendo de BH hoje em dia.
3 Se você pudesse levar um único instrumento pra fazer um live. Qual você levaria? E porquê é o theremin?
Gente, imagina que chatice eu tocando theremin por horas na cabeça do povo? ahahahah Eu amo o que o theremin é: essa caixa mágica que dá seus poderes pra qualquer um que esteja perto. É só ligar que todo mundo quer ver. É também um instrumento muito expressivo, tanto no som que faz, quanto na performance. Mas ó, um set inteiro... ninguém ia aguentar!
4 A gente já viu você tocando fogo literalmente. Já deu algum erro, acidente ou susto no meio do paranaue? 
Primeiro, é 100% seguro pra festa, não se preocupem com isso! Eu faço isso há mais de 10 anos! Mas...uma vez deu errado. E foi importante demais pra mim, porque deu errado MESMO. Queimei todo meu antebraço esquerdo num show em Brasília, queimaduras de segundo grau, ficou bem feio. E era uma época que eu claramente estava perdendo a noção no palco. Esse dia me marcou demais, desde então meu show mudou bastante. Ainda tem fogo e descontrole, claro. Mudei o jeito que encarava muita coisa na hora do show. Agora também tem outras coisas, eu toco mais os synths, eu canto, eu estou dando mais do q só meu corpo pra ser queimado, acho. Falei um monte disso na terapia na época, foi um marco. Gente!! Momento de revelações.
5 Fala pra gente duas refs brasileiras que sempre serão referências pro seu trabalho.
Chico Correa é um moço que não para de ser foda e sinto que vem sendo muito importante pra mim. Acho que no futuro ele vai ser parte da história da música brasileira. E ele ainda está lá na Paraíba, fazendo a correria dele, fazendo parte daquela cena incrível de João Pessoa. Eu via o que ele faz partindo da música popular do nordeste e ficava pensando "qual seria minha parte nisso?". E eu sempre vivi em cidades jovens, tipo BH e Ipatinga. A gente não tem muitas tradições, né? Eu sei que existe folclore, música dos tambores, teve Clara Nunes, Clube da Esquina, mas não eram parte da minha vida. A minha história é feita de punk rock, metal, rockabilly. A banda da minha cidade que todos conhecem é o Sepultura. Iggy Pop é meu Jackson do Pandeiro, né? Então acho que é o que eu faço hoje, sou o Chico Correa do lixo. Do barulho.
A Rita Lee é uma artista que me inspira muito, mesmo que sonoramente não seja assim tão parecido. Eu amo o período dos Mutantes com ela, gosto do início da carreira dela também. Era uma coisa que minha mãe ouvia muito, acabou participando da minha vida. Qdo eu era mais novo, acho que não entendia, mas agora penso bem diferente. Ainda mais sabendo das histórias dela e vendo a forma tão lúcida que ela envelheceu. Adoro ler e ver entrevistas com ela. Essa mulher é  história do Brasil. A parte boa da história!
6 O descontrole coletivo vai salvar o país?
NÃO TENHO DÚVIDA! Não podemos parar. Vai dar medo? Vai. Mas ninguém pode parar. É porque não conseguem controlar a vida alheia que começaram essa onda conservadora babaca e violenta. NÃO PARA NÃO!
7 Quais informações sigilosas você gostaria que fossem vazadas?
Quando é que vai cair? Cadê o Queiroz? Quem mandou matar Marielle? Isso todo mundo quer saber né? Mas assim, de foro íntimo, acho que não quero saber muito mais coisa não. 
8 O que você acha legal na música eletrônica do Brasil?
As festas e as pessoas envolvidas. O tanto que é poderosa a energia, a diversidade das pessoas, a liberdade que todo mundo sente, os visú loki, os horários impossíveis, a rua.
9 O que você acha very chato na música eletrônica do Brasil?
Gente, acho que dá pra diversificar o som, hein? Tem TANTA coisa incrível que acontece por esse mundão, porque a gente se prende tanto a umas 3 ou 4 referências? E rola em todas vertentes. Acho muito incrível festa em que os DJs não fazem sentido, que não "têm referência", que não parece nada que eu ouvi antes. E outra coisa, em 2019 ainda tem gente tentando dizer que DJ "de verdade" toca assim ou assado. MELDELS.
10 Se pudesse trazer um convidado (de qualquer lugar do mundo) para fazer o live com você, na Masterplano, quem você traria? 
Acho que seria o Dan Deacon! Imagina? Com aquela cara de técnico de TI que faz aula de teatro no bairro, tocando música com brinquedos estragados e organizando dinâmicas de grupo com vozinha de robô. Sério, ele organizou um túnel de quadrilha no boiler room.
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 Ia ser lindo também a Fugu RoMance do Siren's Carcass. Eu adoro ela. E ela é uma sereia. Se bem que não tem mar em bh, não sei como ela se sentiria.
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planetasantana · 6 years ago
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'Um dos lugares que mais amo do Nordeste', diz Luan sobre escolher Salvador para novo DVD
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"Tem mais de um ano que planejei este DVD. É como se fosse o meu primeiro", confessou ele, em entrevista ao iBahia. Luan, inclusive, vai surpreender o público com uma produção especial neste novo projeto: "(teremos) um palco de 50 metros de largura, um dos maiores já vistos por essas terras, por isto que eu digo, modéstia à parte, que vai ser o maior espetáculo já visto neste país".
A ideia, segundo ele, é passar uma mensagem para seus fãs: viver o real. "Quero reverenciar neste DVD o contato físico das pessoas, o abraço que não se digita, quero que a música contribua para esta proximidade real. (...) A ideia é usar esse fator, do afeto em queda e da tecnologia em alta", adiantou.
Questionado sobre ter escolhido a capital baiana para concretizar seu novo sonho, Luan rasgou elogios à cidade e aproveitou para fazer uma confissão: "é um dos lugares que mais amo do Nordeste. É, literalmente, a terra da alegria. E é através desta alegria, na Bahia de todos os santos, encantos, que eu quero celebrar".
iBahia: Ansioso para dar mais um passo tão importante na carreira? Rola ainda um frio na barriga?
Luan Santana: Sim, estou muito feliz. Tem mais de um ano que planejei este DVD. É como se fosse o meu primeiro. Assim como em todos os shows. Porque é como costumo dizer, pra mim, a cada show, é uma nova experiência. Assim como este DVD. É meu primeiro DVD gravado em Salvador, esta cidade tão especial.
Queria saber por qual motivo você escolheu gravar este novo projeto em Salvador? Tem relação com a história do DVD?Quero reverenciar neste DVD o contato físico das pessoas, o abraço que não se digita, quero que a música contribua para esta proximidade real. E Salvador, tem tanta simbologia. Grande é a conexão deste lugar com o tema do meu novo trabalho. Afinal, há pouco mais de 500 anos navegar era o verbo da vez. Se para conquistar o mundo, aventureiros e corajosos exploraram o mar porque navegar era preciso para haver a conexão de todos os continentes. Hoje, navegar continua sendo o verbo da vez para que as pessoas se conectem. Por isso Salvador, a primeira capital de uma terra que recebeu os patrícios que cá descobriram o Brasil, é a minha escolhida. Não tão diferente, é um dos lugares que mais amo do Nordeste. É, literalmente, a terra da alegria. E é através desta alegria, na Bahia de todos os santos, encantos, que eu quero celebrar.
Aliás, como surgiu essa ideia de trazer o futuro para o presente? Como você chegou no conceito do tema do DVD?
Vivemos tempos difíceis e os momentos simples não valem de nada, se não publicar. O ego na hora se infla e um elogio idiota já é o combustível para se deslumbrar. Quantas curtidas merecem o primeiro passo de um filho? Almoço em família domingo... Quando vamos dar valor pra isso? E olha que ironia: ficar sem amor tudo bem, se o celular tem bateria. Saudade virou coisa antiga nessa proximidade fictícia. Eu tô com saudade de um abraço que não se digita. Essa é a máxima do meu DVD. É isto que quero trazer para as pessoas!
Li que tem muito a focar em 'aproveitar o momento'. O que você quer passar com essa mensagem para seu público? A ideia é usar esse fator, do afeto em queda e da tecnologia em alta, para justamente falar de amor nesse DVD. É fazer florescer o amor diante de um tema tão frio. Essa é a estética. Na era atual, a imagem de “cada-um-com-sua-tela” só reforça a necessidade de se valorizar o sangue que corre em nossas veias, o calor humano perdido para tantas conexões virtuais e o amor presencial, muitas vezes diluído pelos “likes” das redes sociais. Queremos provar que a tecnologia é bem-vinda. Ela tem se tornado munição no combate a vários males ao redor do mundo e fator essencial para a comunicação. Só não se pode abrir mão do abraço, do beijo, do afago latente que emana do calor de nossas mãos. Viver os momentos e compartilhar. Não só ficar registrando o que se vê, sem conviver com quem está ali. Compartilhar o real para que a proximidade não seja fictícia.
Fonte: Ibahia
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ouvindoantesdemorrer · 7 years ago
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A importância disgraçada dos Racionais e seus 30 anos para os dias de hoje.  
“60% dos jovens de periferia sem antecedentes criminais já sofreram violência policial. A cada 4 pessoas mortas por polícia, 3 são negras. A cada 4h 1 jovem negro morre violentamente em SP. Quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente”
Primeiramente vocês sabem muito bem o quê. 
Segundo. Estou fazendo essa ressalva ABSURDA aqui de falar sobre uma banda que infelizmente ainda usa linguagem misógina enraizada socialmente, por dois motivos: 
1) A presença da Eliane Dias: advogada, sócia, mãe dos dois filhos de Mano Brown, comanda a Boogie Naipe, produtora responsável pela banda, e dá palestras por aí contando como é administrar a carreira do maior grupo de rap do país (foi ela que bateu o pé para que uma MINA dj abrisse sempre todos os shows da banda).  [meu deus do céu que mulher foda do caraio detected]
2) a importância política-social dessas criatura há 30 anos AND o papel incrível em potencial que eles ainda podem protagonizar no cenário desesperador de HOJE.
Dito isso, vamos para essa imersão
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E aí que a Red Bull Station + Red Bull Music Academy Festival São Paulo (#RBMASP) resolveram meter um loco de fazer uma exposição / instalação / homenagem / hypar, as 3 décadas de carreira dos Racionais MC’s. Eles. Do Diário de Um Detento. Que hoje é ladrão, artigo 157, que as cachorra amam, os muleke se derrete. Dos que tem brinquedo de furar moletom.
NÃO QUE SEJA UMA CRÍTICA, muito pelo contrário. Eu vivi pra ver uma marca de bibida que os coxa 45 confirma paga os olho da cara em balada de boy pra misturar com uísque cafone, armar uma porra de um lance maravilhoso desses.
(muito black mirror, inclusive)
Mas segura aí essa informação e vamo em frente, que depois a gente volta pra filosofar. 
E aí que não contente, eles me resolvem armar uma ~conversa~ com os Racionais aberta ao público. Lotação 100 pessoas. 2,5k de interessados. Pessoal putaço no evento pq as inscrições se esgotaram em instantes. Aí, black mirror que são, eles fizeram o que qualquer empresa decente faria: transmitiram via facebook. 
E viaaado. Que AULA. 
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(Tudo errado nessa foto: Brown tá sem mic, de boca fechada, KLJ tá sorridente, Blue com essa carinha e Edi Rock tá prestando atenção)
Como a transmissão foi feita por FB infelizmente não dá pra embedar direito, então vocês vão ter que fazer o IMENSO esforço de clicar aqui -> http://win.gs/2qVAApw
Amo que nesses tipos de papo, quando as bandas já estão num patamar consagradas mas maduras o suficiente pra mensurar o nível do foda-se com certa parcimônia, você cata tudo nos detalhes. A cara de deboche do KLJ seguida de tédio-sono e por fim PUTAÇO quando o Brown não calava a porra da boca.
Falando nele, a primeira coisa que o Mano faz é preparar seu drink com a bebida patrocinadora e eu já rindo do streaming pra cá, pq não sou nem doida de me mexer se tivesse lá.
A conversa começa leve, o Edi Rock definindo que música é a junção de  “harmonia+melodia+msg” (alguém ali se entreolhou torto e quem sou eu pra querer entender 30 ano de treta), depois foi pro lance do poder das músicas dos Racionais de canalizar a raiva e “dar voz aos que nunca tiveram voz”. 
Como quando começaram a falar de raça explicitamente nos anos 90, situações e sentimentos que ninguém abordava, especialmente de uma forma tão direta (“`As vezes me sinto meio pá, inseguro, igual um vira-lata sem fé no futuro”)
Aí o papo caiu pras fofocaiage de novo, com o KLJ soltando que bem no começo os Gêmeos (sim, aqueles), cantavam rap, mas “não era aqueeele raaaap”. Depois as perguntas de sempre: Metade quebrada ZN, metade quebrada ZS, KLJ descolou trampo pro Mano Brown, que foi ”caguetado por causa de um Danone logo que tinha sido promovido porque era o único que sabia ler, trabalhando no depósito de um mercado. Esse arrombado que me caguetou me empurrou para o rap de vez". 
this is gold.
Aí do nada me soltam que o nome Racionais veio do disco Racional do Tim Maia e eu fiquei bem no chão porque jamais ia ligar uma coisa a outra.
Aí começa o papo de trajetória sufrida, blablabla, bagulho começou a virar em 1988. Aí quando começou a pingar um dinheirinho, mesmo que merreca, Brown solta uma que vou levar pra vida:
- Nois tava como? Fofo. Configurado.
O papo humaniza os integrantes da banda que ~~~esbanja carisma~~~ conforme vão contando inúmeras histórias e mostrando seus valores deixando o imaginário coletivo cair por terra, como quando Ice Blue fala sobre algo que Brown sempre diz: “ver a qualidade das pessoas antes dos defeitos, não julgar os outros”. 
INCLUSIVE, conforme o papo se desenrola, percebe-se que por trás da carranca, Mano Brown é muito aqueles marmanjo família que se enfia na cozinha com a mãe, as tia, as véia, tudo apertada lá dentro, se mete nas fofoca, nas conversa, já pega um pão, vai abrindo as tampa das panela pra ver que que vai ter pro jantar, seca a mão molhada no pano de prato que é pra secar a louça, e é expulso na base do berro porque tá com boné dentro de casa ou ainda não tomou banho, sei lá.
*Nota da Editora: reparando BEM na letra de “Capítulo 4, Versículo 3″ menciona-se tantas marcas de roupas que se fosse escrita nos dias de hoje, pareceria - sem ofensas líricas - um publieditorial. Notando também alguns traços da narrativa de Brown levanta-se a questão se ele não seria taurino e, seguindo a intuição de jornalista cultural investigativa, a suposição não poderia ser mais certeira: "Pedro Paulo Soares Pereira (São Paulo, 22 de abril de 1970)".
Voltando.
Os caras contam fitas maravilhosas como o show do Public Enemy no Brasil nos anos 90, em que foram fazer as fanzocas no hotel, ficaram migas de Chuck D, que os convidou para o evento, chegando lá, foram barrados pelo segurança, porém invadiram assim mesmo e foda-se. (RESPECT)
Falando sobre racismo, um dos pilares de suas músicas, Brown entre histórias pessoais e lições de vida, dá cartadas certeiras como: “uma coisa é ser negro americano, outra coisa é ser negro latino americano”. Citando também da importância que um livro do Malcolm X teve em sua via, e que depois passou para um amigo que estava no Pavilhão 8. “E esse livro rodou a mão de tudo quanto é preso de todos os pavilhões até virar pó” finalizou cheio de (merecido) orgulho.
Outro highlight maravilhoso é a história de quando estava tudo dando errado com a banda, aí resolveram (IDEIA DO BLUE) fazer uma ~reza~ numa ~encruzilhada~, o carro ficou sem gasolina e tiveram que empurrar aquela diacha morro acima até o amanhecer. “Mas que depois disso as coisa dero certo, deu”.
Eu amo o Blue, é sério.
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E não, eu não acredito que tiveram que explicar no ano de 2017 que 'Diário de um Detento' não é uma experiência própria, e sim um texto de um preso do Pavilhão 8 -que inclusive relata o Massacre do Carandiru- dado em mãos para o rapper (num guento mais escrever Mano Brown), que o procurou depois com a música estourada nas rádios, e contou que logo em seguida o cara saiu da prisão com a vida bem melhor.
Ainda sobre o disco “Sobrevivendo no Inferno”, a banda fala que essa fase foi exatamente isso. Que o álbum atraiu todo tipo de doido pro show. De tiro pra tudo quanto é lado, até louco sacudindo a bíblia na mão, e no meio da doidera toda, rolava aquele lance de viver personagem que o público cria e blablabla, armadilhas da fama.
SHOW DE COMEMORAÇÃO DE 30 ANOS DE BANDA
Tá. Aí que esse texto tá gigante, a tendência é piorar, e eu vou postar logo o link do show aqui -> http://bit.ly/2r4HbNG
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Vamo pelo AMOR de deus começar pelo palhaço, tipo coringa de baralho, sei lá, mas assim, daqueles de sentir mais medo do que você queria. Fazendo coreografias que ora conversavam com a letra das músicas, ora (mtas ora) simulavam tiro pra tudo quanto é lado, fazia provavelmente referência ao clipe do grupo em que rola um assalto e estão com essa fantasia. Mas não consegui deixar de lembrar que o código pra quem tatua palhaço (PELO MENOS ERA) é que quem matou polícia (I WANT TO BELIEVE), e de novo mais um afronte aos tempos conservaloucos de hoje. Pelos movimentos bem específicos (assisti ao show duas vezes por streaming, estou com tempo sobrando), lembrei muito da apresentação deles do VMB de 2012 em que seus dançarinos fazem uma clara referência aos Panteras Negras que, usando luvas brancas, fazem a coreografia do farol (tooooda treta dos Panteras Negras começou por causa de um cruzamento sem semáforo, e um dos loki da comunidade fazia as vezes de um marronzinho porém com passos de dança).
Também no meio da imersão toda, rolou a lembrança da colaboração com o RZO, que foi um grupo que sempre ~flertou~ com o punk, o que me fez lembrar do Blondie e seu Rapture com Debbie Harry lançando um dos primeiros raps assim, no mainstream, e metendo o mano do Public Enemy, a cultura do grafiti AND o fucking Basquiat como DJ na porra do clipe, assim, como se não fosse nada. E bateu aquele choque na cabeça de como duas culturas marginalizadas, tanto aqui como lá, se colaboram. *sério, foi um mindfuck da porra me dar conta que o punk e o rap são inevitavelmente migas*
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 Ao vivo o show é nível gringo, Lemonade Beyoncé. As músicas ganham samples e arranjos mais sofisticados, tirando um pouco o canivete do pescoço e dando um clima mais de baile pra apresentação (que não economiza tiro, rajada de metralhadora, etc, podem ficar tranquilos). A ordem do set é encaixada numa lógica interessante que dá ares de (não acredito que vou escrever essa merda) uma ~ópera rap~, ou jornada do herói, ou sei lá, um bom storytelling amarrando as narrativas das músicas de toda carreira (INJURIADÍSSIMA QUE NÃO TOCOU 157).
Dá pra filosofar e debater por horas sobre a dinâmica dos quatro tanto na narrativa quanto no palco, mas encontrei um jeito mais simples e prático de resolver essa questão sob meu ponto de vista: lembram daquele jogo do SP em que o Luís Fabiano ao invés de bater o pênalti foi lá se meter numa briga e ainda disse pro repórter “entre bater o pênalti e ajudar os amigo na briga, eu vou ajudar os amigo na briga”? Então, esse é o Mano Brown. Caso o jogador tivesse primeiro batido o pênalti, depois corrido pra treta, esse seria o Edi Rock. O KLJ, responsável por manter o som, a base, a tangibilidade da coisa toda, certamente é aquele que berra os palavrões mais cabulosos perto do microfone da Globo e dá um jeito da família tradicional brasileira ouvir toda baisharia das cenas lamentáveis em campo. E o Ice Blue? MAS CERTEZA que ele é o disgraçado que nos últimos minutos do jogo, enquanto o time adversário precisa desesperadamente de um gol, resolve pegar a bola, fazer umas embaixadinhas pra tirar uma onda, acaba levando um cacete que começa a briga toda.
No público tinha daquele de um tudo, porém todo mundo enlouquecido, se esgoelando e cantando tudo. Música de quebrada. Na cidade que elegeu essa putaquepariu de farsa de gestor 45 confirma.
Conforme as músicas foram passando, a cabeça foi dando um nó gigante. Cantar “Dimas, o primeiro vidaloca” no país da bancada Evangélica, de Malafaia, Bolsonaro, aquele outro doido super bem aprumado que esqueci o nome, foi fazendo me sentir numa realidade paralela. Dizer que “Deus é o juiz e o promotor só um homem” nesse momento patético é quase um ato político. TODO MUNDO se esgoelando e cantando ca-da linha de Diário de um Detento. No país de ~bandido bom é bandido morto~. E cantar VIVA MARIGHELLA em tempos que você coloca uma brusinha mais puxada pro vermelho e já berram COMUNISTA-VAI-PRA-CUBA-VAI-TRANSFORMAR-ISSO-NUMA-VENEZUELA-QUADRILHA, amparados por -novamente- um prefeito que é um comentarista de portal ambulante, é não só se perguntar “O QUE CARALHOS ACONTECEU NOS ÚLTIMOS ANOS?”, como também cair de joelhos pela contribuição dos Racionais considerando que tem gente doida no poder (na mídia, nas ruas, nas pqp tudo) defendendo uma ~escola sem partido~, um ensino médio pra aprender menos, etc. Tamo ouvindo pouco Racionais. É pra ouvir mais. Pra postar na timeline. Pra colocar na playlist do amiguinho reaça. FAZ O POVO OUVIR ESSAS MUSICA PLMDDS.
DEPOIS DE TOMAR UM COPO D’AGUA, FRITANDO UM POUCO MAIS SOBRE ESSA HISTÓRIA TODA... 
Lembro que quando Diário de um Detento explodiu nas rádios, eu estava com 12 ou 13 anos e esse clipe passava todo fuckin dia na MTV. Que era nossa única fonte de música, informação jóvem e cultura pop na era pré-internautas, e revistas de informática perguntavam na capa “Será que essa tal de internet veio pra ficar?”. 
Enfim, nessa stone age, Racionais, RZO, Marcelo D2 e outros grupos que iam surgindo e passavam na MTV deixaram de ser ~coisa da quebrada~ e virou som de todo mundo. FODA-SE se vc estudava em colégio particular, bairro bom. Todo mundo sabia de cor a letra de Diário de um Detento. Todo mundo, mas todo mundo mesmo, sabia to-das do Planet Hemp sem nem ser a fim de fumar maconha. Teve até uma PROPAGANDA DE CARTÃO DE CRÉDITO que usou o jingle ~~~continuo pagando tudo até a última conta~~~~ (os anos 90 era uma selvageria, sério). Até um caraio de um tênis de cannabis (ou sei lá o q da maconha) foi lançado na época. E os pais compravam porque os pais dos anos 90 estavam ocupados demais testando os efeitos da moda das tarjas pretas pra refletir um minuto sobre isso. E SEMPRE tinha uma história de algum imbecil que tinha fumado a porra do tênis. SEMPRE. 
Meu ponto é: isso tudo era uma influência unilateral para todas as classes da juventude da porra. Sendo você se identificando e tendo a voz pela primeira vez, sendo um idiota fumando um tênis ou tendo um cartão de crédito (jesus) pra pertencer de alguma forma a aquilo tudo por mais que nas letras falassem que queriam assaltar e metralhar você. Naquela época, se você não tivesse lido Carandirú (aquele mesmo, do médico), era a mesma coisa do que não ter Netflix, de tão peixe fora d’agua e alienado você era considerado. 
Assistir todo santo dia um clipe que mostra cenas explícitas do massacre do carandirú, gente morta empilhada, filmado de dentro de um presídio (que hoje é cinicamente um parque), saber de cor a letra que denunciava o sistema, NEM QUE FOSSE POR OSMOSE gerava um pingo de consciência. Noção de realidade. Chutando alto, vai lá, empatia. 
Hoje, com a maravilha da alienação do “on demand” (não estou julgando, inclusive adoro), nos damos ao luxo de não só dar unfollow daquele amg no facebook que só posta merda. Nos fechamos numa bolha só de coisas agradáveis porque, meu Deeeeeus, a vida é tããão difííícil. 
Não estou falando de pessoas que se informam e blablabla e jornalistas livres e blablabla e textão. Estou falando que, a partir do momento em que essa auto-indulgência da informação nos dá o poder de nos enfiarmos numa bolha, acabamos acreditando no mundo (muitas vezes surreal) que criamos. E daí saem o quê? Adolescentes surtados fãs de Bolsonaro. Gente pedindo a volta da ditadura. Chamarem a porra da ditadura de Revolução de 64. Falarem que eleições diretas é golpe. Elegerem gente completamente doida. ROLAR UM FUCKIN MASSACRE EM UM PRESÍDIO PARTICULAR POR DIAS NO RIO GRANDE DO NORTE, com político dando declarações surreais (algo sobre “tem que morrer mesmo”, não me façam dar google nisso, vou ficar mal) ao ponto de levarem os detentos assassinados em caminhões frigoríficos, e galera discutindo se é biscoito ou bolacha (é bolacha). Deceparem as mão de índios por causa de treta de terra. Tipo. Meus amor. Isso já passou do nível da barbárie faz tempo porque a porra da população tá ocupada demais batendo boca entre si por causa de uma merda de um golpe feita por gente podre e apoiada por gente que odeia pobre. 
TUDO ISSO PRA DIZER QUE: Os Racionais são o que são, tem o impacto que tem, porque quando ainda rolava atingir todo mundo, eles aproveitaram a chance e metralharam. 
Nas palavras de Mano Brown
"As pessoas não viam o que tava acontecendo no país na época, estavam cegos. Quando o Racionais apareceu falando o óbvio, as pessoas achavam que a gente era gênio. Gênio? Sou semi-analfabeto. Puta país racista do caralho. Eu larguei a escola no primeiro colegial porque não conseguia aprender porque eu não comia bem."
Nessa brincadeira foram cerca de 10k acompanhando o papo por streaming e 4k assistindo o show de casa. O que comprova que hoje, o legado deles - e, se quiserem, missão com esse hype todo - é trazer a galera de volta pra putaqueopariu da realidade. 
Mas quem vai acreditar nesse meu depoimento? Não sei nem rimar pra terminar o texto :(
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