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"your smell was never unfamiliar"
eu tinha 21 ou 22 anos quando te conheci. as suas mãos geladas tocaram as minhas e o suor no seu rosto te fez cintilar de um jeito divertido como só o verão do rio de janeiro consegue fazer. fiquei pensando se teria, dessa vez, um amor que me fizesse viver 'fotografia' do tom. eu era uma romântica, eu ainda sou uma romântica. incurável, inabalável. apesar de tudo. perry me despertou na lembrança de nossas versões mais jovens e incoerentes porque pensando aqui eu nunca estranhei você. nunca houve um momento em que meu corpo foi alienígena perto do seu ou o inverso. na primeira vez que te vi eu tanto sabia que te olhei nos olhos e disse "te encontrei" e quando tu respondeu "sim, acabamos de nos encontrar" imaginei que tivesse entendido o que eu quis dizer
realmente acredito que aconteceu entre nós tudo o que podia acontecer. vivemos mil linhas do tempo em uma e nos amamos de todas as formas imaturas e inconsistentes que existem por isso às vezes me assusto com coisas que não consigo esquecer parece muito real, parece que nunca passou
o alívio que se espalhou na minha pele como uma espécie de dormência até hoje nunca experimentei de novo não sei o quanto isso pode soar estranho pros outros mas seus dedos não eram como uma espécie de chave em mim, eram mais como portas era você me tocar pra eu poder fugir e ser livre
não foi a sua voz a primeira vez que vivenciei intimidade, mas talvez tenha sido ela a mais bonita
então sempre nos perdoo por termos fracassado porque sem a gente eu não teria vivido ainda que sem você eu continue vivendo
(de um jeito diferente e talvez feliz ou infelizmente nunca mais o mesmo)
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eu comecei a gostar muito de fazer bolos
então a minha amiga me comprou um kit com três assadeiras
talvez não faça sentido o que quero dizer
mas, pra mim, o amor é isso
não o presente, mas o saber
o saber sobre o outro
que ao invés de cansar
celebra
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em 2018 eu decidi que não te amaria mais e apesar de saber que essa não é uma carta que eu te escrevo, gostaria sim de me dirigir a você, a sua versão do passado pra quem eu inventei uma felicidade, pra quem eu desenhei um futuro que, aparentemente, teria que ser só meu
e eu não posso atribuir essa marca a uma ferida que foi feita porque te perdi. eu nunca tive você. já tive outras pessoas, mas não você. e enquanto você estava e circulava em mim como uma espécie de oxigênio venenoso que ao mesmo tempo abastecia e sugava todos os lugares por onde passava, eu estava nas suas notificações recentes e só isso. eu era só isso.
então, quando decidi te deixar, quando fui embora meio que fugindo, sem explicar muito bem e sem saber para onde estava indo, a dor da morte de um amor me consumia quase que diariamente. eu passei noites sem dormir, dias sem fome, horas que pareciam anos. e eu sabia que do outro lado a sua vida seguia. porque as minhas mensagens pararam de vir, mas existiam outras. melhores, maiores, mais importantes.
parecia que a minha tristeza era a maior tristeza do mundo, mas eu sei que não era. sei agora e sabia antes. acho que é isso que mexeu mais comigo. não era como se tudo fosse acabar, nada acabou. eu teria que levantar no dia seguinte, tomar banho, escovar os dentes, ir para o trabalho.
a rotina por vezes nos distrai enquanto a realidade não.
e enquanto eu ia me distraindo a urgência de fugir do seu tempo no meu me fez correr pra tantos caminhos que nem sei ao certo como cheguei aqui. mas, pra ser sincera, ainda bem que eu vim.
ainda bem que escolhi sofrer tudo que podia no meio da repetição da semana, do mês, dos anos. eu chorei no ônibus, no banheiro do escritório, quando fui comprar tomates na feira e depois, quando não me cabia mais chorar, quando o que restou foi aquela sensação esquisita na garganta, resolvi ir a lugares onde eu tentaria fingir que era feliz. lugares em que as pessoas, sorrindo, iam mentindo que estava tudo bem. e, pra mim, aos poucos começou a estar. as músicas os filmes as frases e livros as palavras que eu tinha absorvido porque pra você elas soavam melhores que as minhas foram se desfazendo. as pessoas que eu conheci não faziam ideia de quem você era e, aos poucos, fui me dando conta de que eu também não sabia.
a pessoa que eu conheci na verdade era feita do amor inexplicável que eu sentia por você. ela era mentira. você era um sonho.
até que enfim eu acordei
e tudo de confuso esquisito desconfortável que eu tinha passado eu podia não passar. você podia não ter escolhido ser o que foi, fazer o que fez, me abandonar como abandonou. só que não me cabia amassar o passado.
eu tinha que fazer alguma coisa com o luto desse amor. com a descoberta, com a revelação cinematográfica de que era tudo uma mentira, um devaneio da protagonista.
eu tinha que ir pra longe. o mais longe de você possível.
e nesse lugar
finalmente
eu senti de verdade
quão bom o amor é
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O retorno
acabei pulando um pouco a ordem dos fatos; os afetos relacionados ao meu primeiro cenário externo na residência se fizeram mais urgentes. tão urgentes que não deu tempo nem de registrar a minha volta à residência. é engraçado porque nesse lugar de escrita eu não tenho um compromisso com ninguém além de mim mesma de seguir uma linha do tempo. apesar de me dar um nervoso por não estar "certinho" aqui, achei boa essa inversão, até porque entendo que às vezes o nosso tempo subjetivo não é o mesmo do cronológico (quase nunca, na verdade).
eu voltei há três meses pra residência e precisava matutar isso um pouco pra enfim sair a escrita. sinto, inclusive, que já estou numa segunda fase dentro dessa minha volta. agora, me sinto mais confortável de falar de como foi a primeira.
dia 21 de junho foi a reunião da comissão nacional da residência multiprofissional. em torno de 12h, Andyara (representante dos residentes na comissão) me ligou e me disse com todas as letras: "eles aprovaram a sua volta!". eu mal consegui agradecer de tão incandescente que fiquei. comecei a chorar demais e a avisar pra todo mundo. por coincidência, também era o aniversário da Thamires, um grande encontro que tive nessa residência. à tarde, fui me encontrar com ela, Bia e Isabele. comemoramos o seu dia e a minha volta. na manhã seguinte, retornei numa aula da turma, três dias antes do meu aniversário. dia 27 de junho saiu a ata da reunião.
era oficial. eu voltei.
lembro até hoje direitinho como foi esse primeiro dia.
desde então, uma série de sentimentos diversos têm se feito presente. no primeiro um mês e meio, ainda me sentia numa certa readaptação e entusiasmo também, claro! consegui o que tanto queria. iniciou-se uma guerra contra o tempo, eu querendo correr para recuperar o que nunca fui minha culpa de ter perdido. continuei no cenário da custódia até a segunda semana de agosto. e aí, com essa nova virada, um novo serviço. um conhecimento desse novo (que acabou caindo de paraquedas no meu colo e nem sei se me agrada tanto assim, mas vamo lá) e um endurecimento do que antes era entusiasmo com a volta ao IPUB, o que significa a volta às enfermarias - é difícil sustentar entusiasmo por muito tempo dentro de um manicômio.
as portas se fecham abrupta e brutamente como numa cela,
as licenças, as altas, os uniformes, as camas de hospital
o pátio proibido, o carimbo do médico e a palavra final
os vínculos que duram só uma semana, da onde vem o adeus
o esforço na formação de uma rede da qual não vou fazer parte
ou a institucionalização de meses e anos se dando bem na minha frente
de mãos atadas,
atesto a produção de morte que se dá ao permanecer nesse lugar.
o que mais me movimenta é a desinstitucionalização de uma usuária que eu venho acompanhando nesse caminho. atuar na promoção de uma desins é muito mais que a retirada do hospital - é desinstitucionalizar o corpo, o afeto, a intenção. envolve um investimento intenso e contínuo. mas me dói saber que assim como foi com ela, novas institucionalizações seguem se dando, porque o Estado ainda não possui políticas públicas efetivas para dar conta de questões cruciais que envolvem a cidadania e o direito à vida digna.
a gente fala que o manicômio não é só a instituição concreta que o ergue, mas sim uma lógica.
o que a gente faz no IPUB é dia após dia tentativas de subversão à lógica manicomial dentro de um manicômio! é trabalhar num local que você acredita que não deveria mais existir.
pra seguir, eu me lembro dos vínculos, dos laços, das trocas com cada pessoa que me tocou - seja usuário, profissional, familiar... e que trabalhar sob uma lógica antimanicomial dentro de um manicômio é desafiador a todo instante, sim, não sei dizer se é possível ou não, mas acredito que esse horizonte tem que se dar em qualquer espaço e lá, deve ser elevado na sua radicalidade.
pra seguir, eu penso que infelizmente esse lugar ainda existe por conta de um projeto político que visa o sucateamento da saúde pública, somado às linhas de força que a todo tempo tensionam o campo da saúde mental e colocam em jogo a reforma psiquiátrica.
a atenção psicossocial precisa avançar,
avançar e se mostrar presente no território,
no cuidado centrado no sujeito e nas suas necessidades na vida
em vida,
é lá que eu quero estar.
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relato de experiência - atendimento prévio às audiências de custódia
"a partir de agora, é sim, senhor; não, senhor. cabeça pra baixo e mãos pra trás. isso aqui é a prisão." (fala de um agente penal para uma das pessoas que havia acabado de chegar na prisão)
quantas ações são necessárias para reafirmar a todo custo que uma pessoa, por estar presa, não deve mais ser tratada como uma pessoa?
próximo ao complexo prisional de Benfica, é possível observar várias viaturas de polícia. umas passando, outras paradas, com policiais conversando. é um lugar que já fica cinza antes mesmo de você adentrar o presídio. parece que as coisas vão perdendo a cor sem a gente nem perceber, quando vê, você já tá de frente pra um grande paredão escrito "Instituto Penal Oscar Stevenson (O.S)", que é o nome da parte feminina do presídio.
"Instituto Penal" é o nome bonito que resolveram dar pra prisão?
nossa função lá é realizar o atendimento prévio às audiências de custódia. antes de conversar com algumas residentes do ano acima, eu não fazia ideia do que era isso; e acho que só entendi mesmo quando nossa atuação de fato começou. nunca foi um campo que eu estudei, ou que fiz estágio/extensão. não tinha nenhuma ideia mesmo do que acontecia quando se é preso, fora o que todos nós já estamos acostumados a ouvir sobre as condições precárias e insalubres do lugar e de que prender não é solução de nada, é só estancar problemas sociais a base de racismo e guerra às drogas.
a audiência de custódia é um momento muito breve em que o juiz vai decidir se a prisão foi legal ou não, se houve violência por parte dos policiais e se a pessoa vai aguardar o processo que está sendo acusado em liberdade provisória (com ou sem medidas cautelares) ou continuar presa preventivamente. o nosso atendimento tem como função produzir um relatório informativo para o juiz, com o objetivo de fornecer mais informações sobre a pessoa e seu contexto de vida, sempre com o intuito de que ela aguarde o processo em liberdade. além disso, também apontamos encaminhamentos na rede de assistência social e/ou de saúde, que possam melhor acolher essa pessoa e suas necessidades.
�� claro que o que vemos, na nossa atuação, é muito pouco perto da realidade de quem está passando por essa situação e está nesse lugar 24h sob pressão. mas estar presente nessa dinâmica durante 4 horas semanais já é o suficiente pra revirar o estômago algumas vezes e delinear mil pensamentos diferentes ao longo do dia.
a violência se dá de diferentes formas: simbólica, física, verbal. mas ela sempre, sempre está presente nos corpos presos.
num determinado atendimento, uma mulher, já chorando, segura levemente o choro e diz: "pode chorar aqui? a agente disse que não podia chorar."
qual o nome se dá pra violência de não permitir nem o direito ao choro?
homens, jovens, negros, acusação: tráfico de drogas.
"eu já fui envolvido. n��o sou mais! tenho minha casa, minha família, consegui um emprego. é sério, eu não tenho problema nenhum de chegar e assumir a parada que é minha, sou homem, mas não vou assumir o que eu não fiz. quem tem que pegar mesmo, eles não pegam". (fala de um menino de 19 anos durante atendimento)
vários homens, jovens, negros enfileirados e algemados juntos passando
vários homens, jovens, negros dentro da carceragem, podendo ser vistos através de uma janela de vidro: expostos
e, mesmo assim, os escolhidos pelos agentes para participarem do atendimento são, de preferência, os brancos, acusados de não pagarem pensão alimentícia e que perguntam se vão ficar juntos de bandidos na cela.
presenciar uma pessoa algemada é violento, é de uma violência que eu nem tinha noção do quanto doía presenciar uma pessoa chorando, colocando as mãos na cabeça enquanto está algemada, dói mais ainda.
a diferença visual entre os presídios: o feminino, com uma estrutura bem menor; o masculino, grande, imponente
sempre alguns agentes fumando (homens e mulheres), mesmo em ambiente fechado como se isso deixasse eles mais macho
às vezes, somos recebidos por eles com brincadeiras, outras vezes, com maior frieza ou indiferença
a televisão, sempre ligada no balanço geral
é um espetáculo
e eles gostam.
já tive receio achando que iria me sentir oprimida, de alguma forma, nesse lugar
até perceber que corpos como o meu não se sentem assim lá: uma mulher cis, branca, psicóloga
não sou eu o alvo.
entendi o sentido desse cenário dentro de uma residência multiprofissional em saúde mental a partir de alguns fatores: a prisão é uma produtora de adoecimento psíquico; a população que ingressa na prisão é, majoritariamente, uma população em situação de vulnerabilidade, com diversas demandas de saúde, englobando aí as múltiplas questões sociais que ampliam o conceito de saúde. muitas e muitas vezes, pessoas em uso abusivo de substâncias, em grave sofrimento e em situação de rua. a nossa presença ali tem seu valor: além do acolhimento, podemos apresentar os dispositivos existentes no SUS e no SUAS que ofertam os cuidados que essa pessoa precisa. a estrutura do formulário também acrescentou muito na minha forma de analisar o contexto social de uma pessoa e pensar rápido nos serviços necessários a ela dentro de uma rede intersetorial.
historicamente, a prisão e o manicômio são irmãos
engrenagens da mesma lógica
de exclusão, repressão,
isolamento e apagamento
corpos que são escondidos e uniformizados para serem esquecidos
e a gente faz lembrar que estão vivos.
pode entrar, se senta ali, por favor?
fica à vontade, pode deixar as mãos da forma que quiser.
o atendimento começa e pode durar 15 minutos ou 1h e 30, como já durou. a pessoa pode optar por responder restritamente às perguntas que estão no formulário, sem nem mencionar o motivo da prisão; ou pode querer contar sua vida inteira dentro daquela sala minúscula para pessoas que acabou de conhecer.
é fato também que não conseguimos atender um número substancial de pessoas, principalmente no presídio masculino, onde o ingresso por dia é muito alto. no feminino, conseguimos atender um número relativo melhor. em média, fazemos uns quatro atendimentos por dia em cada presídio. a gente visa mais a qualidade, do que a quantidade. já que não vamos conseguir atender todos, que os que serão atendidos, sejam da melhor forma.
a licença médica é um tipo de liberdade provisória?
de quais outras formas a sociedade cerceia o direito de existir das pessoas?
na prisão, são chamados de "o(a) preso(a)" pelos agentes penais,
no hospício, ainda são chamados de "o(a) doente" por alguns médicos.
esse primeiro cenário, juntamente com as enfermarias do IPUB, fizeram minha cabeça efervescer. me convocou pra importância de, enquanto profissional de saúde mental do SUS, não deixar nunca sair do horizonte que o sistema prisional tá sempre por perto e, mais do que isso, entranhado em quem é preto, pobre, periférico e louco.
as ressonâncias dessa experiência não se esgotam, sei que ficaria as voltas tentando encontrar uma forma de finalizar. fora que ainda tenho mais três semanas pela frente de presídio às segundas feiras. daqui um tempo, posso retomar pra dizer como sigo sendo afetada.
as marcas já produzidas são de sentir mais os pés no chão em relação à realidade dura e crua do Rio de Janeiro e a sensação de que é sempre pelas brechas e pelos furos que a gente segue sobrevivendo.
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olhar com mais carinho para o próprio tempo
do final de maio para cá, eu venho pensando que ainda há vida para além da espera
mais do que isso, houve vida dentro da espera
ela só não estava sendo vista decidi viver porque mastiguei a espera durante esse tempo e fiz dela alguma coisa alguma coisa que me deu um sacode e falou "EI! VOCÊ ESTÁ VIVENDO!"
comecei a pensar em tudo que se passou nesses meses: a felicidade, a decepção, a confusão, a frustração, a raiva, as tentativas, as desilusões, as buscas, os apoios e desapoios, as quedas dentro das quedas e o que eu fiz para seguir eu fiz para seguir
algumas pessoas me dizem pra eu voltar a viver, mas reparei que nunca parei
olha os movimentos que eu fiz, eles dizem de mim
eles dizem de como eu venho enfrentando essa situação tão ruim
eu fui atrás de advogado, de defensoria, de representantes
participei de processos seletivos e de eventos, conheci novas pessoas e lugares
eu voltei a estudar e a ler mais de um livro por mês
tudo bem que eu larguei a academia, mas prefiro pensar que flerto com a tentativa de voltar todo dia
porque é importante manter o desejo ativo
comecei a sentir que há um desejo ativo dentro de mim, ele me diz pra eu seguir
e que os pequenos movimentos
são movimentos.
o que me aconteceu é algo triste, é algo para ser sentido, é uma dor que precisa ser processada
elaborada, não atropelada
o tempo dos outros não é o tempo de quem passa pela situação
percebi que a ferida doeu mais ainda quando tentei acompanhar um tempo que eu estava me impondo
e não sendo produzido por mim
passei a produzir meu próprio tempo
e agora sinto que consigo respirar melhor, sabe?
tudo estava tão pesado
e agora eu consigo enxergar um pouco melhor também, sabe?
consigo absorver o quanto eu aprendi com tudo isso, apesar das tristezas geradas
eu conheci, mesmo achando que eu estava parada
eu enfrentei, me tornei um pouco mais autônoma nesse processo
eu me coloquei na frente dos meus medos para tentar voltar a ter aquilo que eu quero
tentativas frustradas são caminhos trilhados que sempre levam a gente pra algum lugar, mesmo que não seja aquele que pensávamos que seria
eu vejo que cheguei em um lugar, hoje, após três meses de quando eu soube que poderia ser suspensa da residência e após dois meses de realmente ter sido
olhei pra trás e vi o tanto de sentimentos que eu senti nesse caminho
e o tanto de coisas (e relações) que eu deixei, construí e trouxe pra mim
parei de falar em espera, em suspensão, em nada
passei a olhar de outra forma
de uma forma que seja mais cativa comigo mesma
e com a minha própria dor.
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