#caquinhos
Explore tagged Tumblr posts
sabrinarismos · 4 months ago
Text
Tumblr media
Eu sei que você sente a minha falta. Devo confessar, eu também sinto a sua. Mas se há algo que a vida me ensinou, é que algumas coisas depois que trincam não tem mais conserto. Quando paramos para olhar, percebemos que as marcas, as cicatrizes, a bagagem e o fardo estarão sempre ali pra nos lembrar que não há como voltar atrás. Então sim, eu prefiro manter essa distância segura, eu prefiro dar-me a oportunidade de ser feliz dessa vez, do que continuar nessa busca desgastante que é colar os nossos caquinhos.
— agirlinthemoon
0 notes
brasilbrasilbrasil · 6 months ago
Text
Tumblr media
patromônio nacional
23 notes · View notes
colapsointerno · 5 months ago
Text
autossabotagem se equipara ao ato de catar todos os caquinhos da própria alma, mas na hora de se ajeitar, você quer tentar colá-los sem usar cola... talvez tente a sorte com saliva ou apenas encaixando as peças aleatoriamente, acreditando ser o suficiente para consertar. autossabotar-se é uma venda de engano posta com as próprias mãos em frente à janela da alma. assemelha-se a uma cortina blackout que esconde todas as possíveis soluções adequadas para qualquer situação. é péssimo ser alguém capaz de jogar areia nos próprios olhos, porque não quer lidar com coisas, por muitas vezes, até comuns e simplistas do cotidiano. é um mal que te convence a aceitar o ruim para depois detonar sua cabeça com enxames de arrependimentos.
— colapsointerno
114 notes · View notes
projetovelhopoema · 2 months ago
Text
Estilhaçaram-me.
Você quebrou meu coração em pedaços tão pequenos que eu ainda não consegui juntar todos eles e talvez nunca consiga, na verdade. E eu nem sei qual foi o momento em que você começou a destruir tudo o que achei que tínhamos construído. Queria poder ter eternizado as nossas lembranças, antes que você mesma pudesse tirá-las de mim como uma criança ingênua. Talvez os cacos que restaram possam ser achados por outro alguém. Talvez ele queira consertar essa bagunça inteira que você fez dentro de mim. Talvez eu ache alguém que queira juntar os caquinhos comigo.
— Maria Eduarda em Relicário dos poetas.
54 notes · View notes
chovendopalavras · 5 months ago
Text
Não sei dizer se realmente é fingimento da sua parte ou não consegue perceber de fato o quanto o sentimento que me transmite mostra-se como base o interesse. Porém, jamais quero afirmar que age intencionalmente, mas torna-se confuso todo esse comportamento de quero ter por perto com o de não quero ter por perto. O fato é que todo este seu comportamentome consegue me deixar confusa. Contudo, quando me vejo em situações de vulnerabilidade de chegar a ser manipulada normalmente costumo fugir, tenho medo de ficar sempre vunerável a um sentimento ou pessoa que no final tem tudo para dar errado. Pois onde não existe espaço para a reciprocidade, não há possibilidade de florescer quaisquer que seja o sentimento bom.
Então... se ainda der tempo de fugir, assim o faço. Porque tudo é questão de escolhas e continuar te amando sem entender qual é o meu lugar na sua vida é também uma forma de resposta da sua parte. Entender que tudo é questão de como enxerga e interpreta os sinais que recebe ao qual em alguns momentos vem acompanhado da falta de reciprocidade. No final sempre é bom encarar que esse também de de fato é uma forma de resposta. Só não permita parar no tempo por questões que insiste em alimentar involuntariamente e indiretamente a sua consciência.
Todo e quaisquer sentimento deve ser nutrido e transmitido sem cobrança, para ser leve e livre pra que assim possa querer darr-te uma resposta. Pois a partir do momento em que se tem que cobrar o mínimo que você já deveria receber do outro por já fazer muito mais do que até mesmo vai além dos seus esforços você está aceitando migalhas e dando mais que seu coração, entregando sua alma.
A partir do momento que percebi que estava entregando tudo o que tinha e mais um pouco a você e recebendo o mínimo, decidi partir, melhor não estar com alguém que quando mais preciso não entende minhas dores, não entende minhas fases, que na verdade só gosta de estar comigo quando estou bem.
Alguém que tem vergonha de estar ao meu lado não me merece. Eu decidi que a partir de hoje nunca mais entregarei meu coração para ninguém que no mínimo não me trate como se eu fosse a última pessoa da terra, mas antes preciso mais uma vez me curar e juntar os caquinhos do meu coração.
@rascunhosdeescritas + @pecaveis para @chovendopalavras
55 notes · View notes
wolfrcge · 2 months ago
Text
starter aberto!
"sua opinião tá absolutamente correta. quem fez esse negócio deveria estar com a cabeça enfiada lá... naquele lugar." nate fez menção ao local ao qual o final da frase se referia, com uma careta divertida e um assobio. apesar de ser a sua própria obra, o rapaz não estava satisfeito com o resultado. a maioria das pessoas que passava pelo estúdio não o conheciam, de qualquer modo, então, nate tornava situações como estas formas de melhorar seu desempenho. deu uma tragada em seu cigarro e colocou uma mão na cintura, de repente assumindo uma postura mais contemplativa. "o que você mudaria? ou já partiria logo para explodir essa estátua em mil caquinhos e fazer uma colagem com os pedregulhos? acho que é o que eu faria. com certeza o resultado ficaria melhor."
Tumblr media
21 notes · View notes
ana-eomar · 4 months ago
Text
Carta para você.
(30/07/24)
Eu pretendo que essa seja a última vez que te escrevo para te falar o quanto te amei. O quanto você me marcou. Sobre a saudade que eu sinto. A raiva que sinto. E a tristeza que eu nunca me permiti sentir.
Eu nunca te contei a minha versão. Eu nunca te contei a versão de quem ficou te esperando. Porque até então, pra mim, era mais importante entender o que tinha acontecido com você. Em você. E que te fez abrir mão de nós. Nesse caminho eu esqueci que isso era um problema, único e exclusivo, seu.
A mim cabia sentir e associar o desamparo. Eu me senti DESAMPARADA. Foi essa a palavra. Depois de 7 anos, eu a encontrei. Eu não me senti sozinha. Eu não me senti abandonada. Eu senti que fui desamparada, no momento em que mais precisava. Fui quebrada pela vida. Por você. E por mim mesma nesse processo.
Eu senti que ali terminou todo nosso futuro. Todos os nossos sonhos. Todos os nossos planos. Todo meu eu, e todo o você, que ainda poderíamos vir a ser. Todos os invernos, com todas as canecas cheias de chocolate quente, marshmallow e chantilly que ainda viríamos a ter.
Mas pior que perder o futuro ao seu lado, foi ver o nosso passado se despedaçando. Ver cada caquinho de passado na minha frente, quase palpável. Quebrado. Suspenso. Como poeira. Pronto pra ser recolhido. Pronto pra me espetar e despertar alguma memória não solicitada.
Eu não recolhi esses caquinhos. Eu os deixei ali, de enfeite. Suspensos. Eles brilhavam tanto, por todos esses anos, que em algum ponto eu já nem me incomodava mais de me arranhar em alguns deles. Entre um brilho translúcido e outro eu sempre lembrei de quem fomos. Do que você foi pra mim. E o quanto essa construção nos custou: a você, uma decisão. Pra mim, uma boa parte da minha vida.
Eu sinto uma saudade imensa de tudo o que fomos e de tudo que não podemos ser. Eu lembro até de pensar, um fim de semana antes do fim, quanta sorte eu tinha dado na vida por ter você. Mal sabia eu que, esse exato pensamento, se tornaria minha eterna maldição. Viver o seu amor de maneira tão plena, me impossibilita de viver outros tantos. Pra minha sorte (e falta dela) seu patamar foi alto demais. E como voltar pros inícios rasos depois da profundidade de ter você?
E a cada novo encontro. E a cada nova pessoa que conheço. Eu sinto um pouco mais de raiva por você ter escolhido me deixar. Eu sempre penso "porque você me obrigou a passar por isso". E como complemento, quase automático, "você era a pessoa da minha vida". Eu não sei lidar com essas pessoas novas. Eu não sei traçar de novo essa linha, perfeita, que nos fez achar o ritmo um do outro. Como dar tempo pra alguém se desenvolver na minha vida, se o que eu quero está mais próximo do fim do que do início?
E foi assim que acabei acabando com vários amores, ao longo desses anos. Fui me impedindo de viver eles, na ilusão de encontrar esse pouco de você, que estava mais perto do fim que do começo. Fui me impedindo de viver outras vidas, na chance de esperar por essa vida que não ia voltar. Pela chance de continuar sendo eternamente sua, mesmo na sua ausência. Mesmo no seu desamparo.
Tem dias que ainda é difícil entender quem eu sou sem você. É difícil recolher os caquinhos que ainda estão por aí, suspensos, e cada vez mais em pedaços menores. Mas tenho tentado achar meu caminho. É difícil chegar em casa de um encontro e tentar não comparar uma nova pessoa com quem você foi. É quase fisicamente dolorido não pensar em você. Mas sigo tentando achar meu caminho.
Por muito tempo, eu continuei querendo que você continuasse sendo a minha pessoa. Eu continuei acreditando que esse nosso encaixe, cheio de falhas, era perfeito. Hoje eu só quero voltar a ser minha, pra te deixar ser só um pedaço (Inteiro e sem arestas pra me arranhar) dessa história e, não minha vida inteira.
28 notes · View notes
meuemvoce · 6 months ago
Text
Até a próxima vida, amor
O meu lado inseguro resolveu aparecer, ele me disse que a nossa história não irá acontecer, somos diferentes e temos sonhos que não se combinam. O tempo me mostra todos os dias que não será ao nosso favor e que não iremos nos encontrar tão cedo, talvez em outra vida a gente possa dar continuidade a nossa história e nos encararemos frente a frente para saber quem desistiu primeiro. Nossas almas são diferentes, temos planos que infelizmente não são compatíveis e tenho certeza de que o seu coração não me escolheu, sou falha, cheia de medos e receios, insegura, medrosa e sensível demais a esse mundo ao contrário de você que é corajoso, forte, inteligente e ganancioso, totalmente diferente das pessoas que entraram na minha vida. Dizem que o tempo é a resposta para tudo e o que tenho recebido dele é que você não nasceu para ser meu e é óbvio que aparecerá pessoas mais interessantes e que irão te chamar mais atenção e tenho certeza de que irá partir assim como todas as outras pessoas. Olho para o calendário ao meu lado e percebo que conforme os dias vão se passando o meu amor por você cresce a cada dia mais de uma forma absurda, reguei todos os dias para colher algo bom e recíproco, mas a minha insegurança me diz que vou receber apenas um "adeus, seja feliz" e são nessas horas que novamente estarei preparada para catar os meus caquinhos e seguir o meu caminho, não te culparei se essa for a sua escolha, não haverá magoas e muito menos rancor, porque sou acostumada com despedidas. Temos que nos permitir sentir coisas boas apesar de termos a certeza de que não durará para sempre, então agarre a oportunidade se quiser e sinta a intensidade das coisas boas que te oferecerem, não abra mão com tanta facilidade e se sentir que deve deixar partir, deixe, sua missão terminou. Provavelmente minha missão era amar você com data de validade, mas amei da forma mais linda e pura que me deram a permissão de amar alguém, mesmo que o destino não seja nosso melhor amigo a vida valeu a pena por ter encontrado você e ter vivido tudo o que pensei que um dia não poderia viver, meu coração voltou a bater, sonhei, desejei, cuidei e me senti vivia ao seu lado e espero que nos encontremos com um olhar mais maduro e o coração preparado para viver a nossa intensidade e saiba que de qualquer forma o meu coração sempre será teu, ele te escolheu. Até a próxima vida, amor!
Elle Alber
47 notes · View notes
myifeveruniverse · 1 year ago
Text
Dentro de toda pessoa machucada pelos amores da vida existe um coração cheio de sentimentos guardados numa caixinha, escondidos e trancados a sete chaves para que ninguém consiga tocar e despedaçar novamente. É trabalhoso juntar cada caquinho e montar parte por parte mais uma vez, cuidar de cada ferida até cicatrizar, passar pelo mesmo processo.
É tão difícil confiar a chave da caixinha na mão de uma nova pessoa, é como se o medo, a insegurança e a desconfiança criassem uma barreira impenetrável. O processo de se reconstruir é doloroso, é trabalhoso e a gente se questiona se realmente vale a pena entregar de novo o coração a uma outra pessoa e passar por tudo isso de novo. Mas com o passar do tempo tudo vai ficando menos assustador, o medo de amar cede espaço para a esperança de vivenciar algo bonito até que um dia você percebe que está pronto para deixar sentir, você está confortável em se mostrar vulnerável novamente a ponto de entregar a chave que dará acesso ao amor a uma nova pessoa.
gabbs
118 notes · View notes
creads · 4 months ago
Note
EU SINTO na minha intuição bucetistica que ele é top 10 melhores namorados do mundo
Tumblr media
mano di vdd eu acabei de ver essa foto me deu vontade de comer caquinhos de vidro tipo assim graças a deus que ele é calvo di vdd pq senão ele seria poderoso demais obrigada deusão tmj. DITO ISSO cara como pode nos todas compartilharmos esse mesmo sentimento da certeza de que ele é o melhor namorado marido pai de menina de todos OOOOOH barulhos de coitada sol kohanoff você ganhou você sabe que você ganhou .
Tumblr media
32 notes · View notes
brasilbrasilbrasil · 9 months ago
Text
Tumblr media
sonho de verão
por: Gabriela Dinamar
26 notes · View notes
saciada · 7 months ago
Text
Às vezes, eu queria mesmo ser essa pessoa sem coração que me pintam. Queria não sentir, queria não fazer questão, queria ser tão fria quanto gelo. Queria ter o poder de desligar a humanidade. Queria poder ser, realmente, tudo o que pensam sobre mim.
Mas ao invés disso, eu sou um poço de sentimentos intensos por dentro. Sinto tudo e não demonstro nada. E mesmo que não seja proposital, sei que não é culpa das pessoas me acharem tão fria, e sim, do meu jeito tão fechado que me impede de abrir meu coração até com pessoas que eu queria muito, por medo de ser estraçalhado de novo. Só eu sei o quanto demorou para eu catar todos os caquinhos da última vez.
E eu não sei se é possível se recuperar novamente.
47 notes · View notes
ondastropicais-studio · 9 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media
Piso caquinhos sem rejunte e depois com rejunte.
45 notes · View notes
jalgumacoisa · 4 months ago
Text
Você me destruiu! E eu, sozinha, tive que juntar todos os meus caquinhos e seguir um caminho que eu não queria, mas precisava.
-Jalgumacoisa
12 notes · View notes
chovendopalavras · 1 year ago
Text
Me pergunto se esse tempo te fez enxergar o valor que eu tenho. Sabe, eu estou cansada de falsos amores, estou cansada de me entregar demais e receber o mínimo. Parece que sou insuficiente pra conseguir manter alguém interessante ao meu lado, te manter ao meu lado. Estou cansada das redes sociais, estou cansada das pessoas. Estou cansada de ser simplesmente mais uma em meio a multidão, e ser apenas mais uma pra ti. Me cansei de todas as vezes em que tive que sorrir ao espelho depois de me maquiar por horas somente para tirar uma foto em que a legenda do Instagram você dizia que me amava. Sendo que na verdade quando chegávamos em casa você dizia o quando fui desagradável a noite toda com todos e o quanto meu sorriso não foi o suficientemente falso para enganar a todos. E enquanto chorava ao tirar os quilos que de maquiagem que passei para apenas parecer perfeita porque na verdade era você quem queria que eu parecesse assim ouvir que nunca seria boa o suficiente nem fingindo ser. Exausta de ouvir o quanto não me esforço o bastante para ser o mínimo boa para estar ou seu lado, mesmo cada vez juntando todos os meus caquinhos antes de colocar minha máscara falsa para todos pensarem que somos o casal perfeito enquanto na verdade pegar na sua mão me causa repulsa.
[odeio fingir ser sua boneca de plástico]
@ex-pressar + @pecaveis para @chovendopalavras
68 notes · View notes
1dpreferencesbr · 1 year ago
Text
Imagine com Zayn Malik
Tumblr media
Love Like This
n/a: Zayn ganhou a enquete disparadíssimooooooo, e preciso dizer, esse homem envelhece igual vinho, cara! Como pode ficar ainda mais lindo com o passar do tempo? Enfim, espero que gostem! Uma boa leitura!
Diálogos: Espera aí, você está com ciúmes? / Diga que me quer, eu sou seu / É claro que eu estou com ciúmes! / Sim, estou apaixonado(a) por você, mas, e daí? Acontece.
Avisos: Contém linguagem de baixo calão, ingestão de bebida alcóolica e cigarros, +14
Lista de diálogos Masterlist
Contagem de palavras: 1,877
Joguei o celular em cima do sofá assim que a foto de Zayn começou a piscar na tela pela quinta vez seguida. Procurei dentro de um armário na cozinha meu maço de cigarros de emergência. Faziam meses que não colocava um na boca, mas precisava da calmaria que só a nicotina me proporcionaria naquele momento.
Calmamente caminhei até a área externa, sentando no chão com as costas na parede, acendendo o cigarro mentolado entre os lábios. Enchi os pulmões de fumaça, fechando os olhos ao sentir meus músculos relaxarem e os pensamentos se dissiparem. Depositei o cigarro dentro do pequeno cinzeiro de vidro ao meu lado, assoprando a fumaça para longe.
Podia ouvir o celular voltar a tocar na parte de dentro, mas não iria atender, não queria falar com ele.
Era uma hipócrita, e sabia disso. Mas foda-se. 
Fazem meses que Zayn e eu migramos nossa amizade para algo sem uma definição certa. Transando como um casal de coelhos em qualquer oportunidade. E por mais que ele não tenha me prometido exclusividade, nunca acabava sabendo de seus casinhos. 
Estava bêbada e pronta para declarar meus sentimentos na festa de comemoração de seu novo clipe, até o momento em que ele começou a passar no telão e eu ser surpreendida por Zayn beijando uma garota em todos os ângulos possíveis. 
Precisava mesmo de tudo aquilo? 
Assim que a transmissão acabou, juntei os caquinhos que formavam o meu coração e fui embora sem avisá-lo. Desde lá, três dias atrás, Zayn me ligava sem parar.
A raiva voltou a despontar e notei que o cigarro havia queimado inteiro dentro do cinzeiro. 
Acendi mais um, encarando o céu escuro à minha frente, repleto de estrelas. 
— Voltou a fumar agora? — Dei um pulo quando a voz masculina soou ao meu lado. 
— Quer me matar, porra? — Coloquei a mão sobre o peito, sentindo minha pulsação muito além do normal. — Como entrou aqui? — Ignorei sua carranca, dando uma tragada longa. 
— Passei o final de semana todo ligando e você não me atendeu. — Abaixou, sentando ao meu lado. 
— Essa não foi a pergunta. — Voltei a encarar o céu, minha voz saindo um pouco mais grossa pela irritação. 
— Eu tenho a chave, lembra? — Pegou o maço que estava apoiado em minha coxa, tirando um cigarro dali. 
— Hum, tinha esquecido disso. — Admiti. 
— Por que não me atendeu? — Largou o isqueiro entre nós, soltando a fumaça branca. 
— Falta de tempo. — Dei de ombros. 
— Mentira. — Revirei os olhos. — Qual é, não vai mesmo me contar o que aconteceu? 
— Não aconteceu nada. — Afirmei. 
— Te procurei no final da festa e me disseram que foi embora cedo. — Declarou, me fazendo bufar. — O que? 
— Nada, Zayn. Você estava ocupado e eu fui embora. — Justifiquei, afinal no final do vídeo, ele e a modelo foram posar para algumas fotos, esse foi o momento em que escolhi me retirar.
— Ocupado com o que? — Estendeu seu corpo sobre o meu, puxando o cinzeiro para ficar entre nós.
— Se você não sabe, porque eu tenho que dizer? 
— Acordou com o pé esquerdo? — Apaguei meu cigarro. — O que está acontecendo com você? 
— Nada. — Levantei, me sentindo ainda mais irritada. — O que está fazendo aqui mesmo? — Deixei a ironia transparecer em minha voz. 
— Fiquei preocupado com você. — Levantou também. Soltei o ar pelo nariz, passando por ele e voltando para dentro de casa. 
— Como pode ver, estou bem. Sinta-se à vontade para ir. — Apontei para a porta com a mão. Zayn me encarava com incredulidade, eu nunca o havia tratado assim. 
— O que está acontecendo? 
— Meu deus, eu já disse que nada! — Esfreguei as mãos sobre o rosto, sentindo as bochechas quentes sob as palmas frias. 
— E eu não acredito. Você está estranha. — Cruzou os braços, fazendo a camiseta se erguer um pouco nos braços e deixando os bíceps à mostra. Ignorei sua fala, indo até a cozinha. 
Sob seu olhar meticuloso, peguei uma garrafa de vinho e a abri. Encarei as taças no armário com porta de vidro, precisava de mais do que isso para me acalmar. Levei o gargalo até a boca, tomando vários goles de uma vez. 
— Tá louca, porra? — Ele praticamente gritou, puxando a garrafa para baixo. 
— Não sei se você sabe, mas eu sou adulta, faço o que bem entender. — Empurrei sua mão para longe, voltando a beber. Mais uma vez o moreno me impediu. Não havia comido nada o dia inteiro, o cigarro já havia me deixado tonta e agora o vinho me deixava ainda mais. Péssima ideia. 
— Você não é assim, S/A. Me conta o que aconteceu. — Largou a garrafa na mesa ao seu lado. Ele estava perto demais, podia sentir seu perfume de onde estava, o que causou um frio estranho em meu estômago. 
— Acho melhor você ir embora. — Falei baixo. — Eu quero ficar sozinha, então, por favor, vá. 
— Sozinha por que? Conversa comigo, linda. — Deu um passo em minha direção, as mãos geladas tomando meu rosto, me obrigando a olhar diretamente em seus olhos castanhos. — Me diz quem te deixou assim e eu juro que acabo com ele. 
— Duvido que possa dar uma surra em si mesmo. — Ironizei, causando ainda mais confusão em sua expressão. Merda, o vinho foi uma péssima ideia mesmo. 
— O que eu fiz? 
— Nada. — Tentei me afastar, mas Zayn não me largou. 
— Não, agora você vai me dizer. — Seus lábios resvalaram sobre os meus, quase fazendo minhas pernas falharem. Flashes de Zayn e da garota que eu sequer lembrava o nome me atingiram, embrulhando meu estômago e fazendo a raiva voltar com tudo.
— Sua boca ainda deve ter o gosto dela. — Falei o empurrando com mais força dessa vez. 
— O quê? — Perguntou confuso. Aproveitei o momento para pegar a garrafa na mesa, grudando-a na boca e me distanciando em passos largos. — Do que você está falando? — Me alcançou, arrancando a garrafa mais uma vez. 
— Para com isso! — Reclamei. 
— Não, você vai conversar comigo. — Declarou segurando a garrafa verde com força. 
— Olhe no twitter Zayn! Vai saber do que estou falando! — Explodi. Respirei fundo enquanto ele me encarava como se não fizesse ideia do que eu falava, me irritando ainda mais. — Abra qualquer rede social e vai saber. — Falei com ironia, e provavelmente fazendo uma careta. 
— Espera aí, você está com ciúmes? — O sotaque forte ficou ainda mais acentuado quando a surpresa o tomou. 
— É claro que estou com ciúmes! — Praticamente gritei. — Eu estou mais do que isso, estou furiosa! Você vinha para a minha casa e me beijava com a mesma boca que estava beijando ela! Beijava ela sabe-se lá quantas vezes durante o dia e trepava comigo a noite. — Precisei parar de falar para controlar minha respiração, e as lágrimas que insistiram em se juntar nos meus olhos. — Vai embora. 
— Não. 
— Zayn, vai embora. — Virei de costas quando senti a primeira lágrima escorrer, e rapidamente a sequei com o dorso da mão. 
— Vamos conversar. 
— Já conversamos, agora vai. Sai daqui. —  Apoiei as mãos na pia à minha frente. 
— Só você falou, isso não é uma conversa. — Declarou. Podia ouvir seus passos se aproximando. 
— Eu não quero conversar agora, por favor. — Mais uma lágrima escorreu, e eu bufei. 
— Está brava por causa do vídeo então. — Podia senti-lo por perto, mesmo que não tocasse em mim. 
— Zayn… — Seu nome soou como uma súplica em meus lábios, e realmente era. Sabia muito que bem que no nível de embriaguez que estava, iria declarar tudo a ele, e me arrependeria no momento em ser rejeitada. 
— Eu não entendo. — Suspirou, senti uma das mãos grandes em minha cintura, tentando me virar. — Por quê não me disse antes? — Levou os dedos tatuados até meu queixo, tentando erguê-lo, mas eu seguia encarando nossos pés. — Linda, fala comigo. 
— Eu ia contar tudo na festa, sabia? — Minha voz saiu em um sussurro. — Tinha bebido, estava tão feliz por você. Ia contar tudo. 
— Tudo o que? 
— Que me apaixonei por você. — Suspirei. A mão que estava em meu queixo caiu. Finalmente criei coragem de erguer os olhos, vendo a expressão incrédula ali. Dei um sorriso forçado, soltando o ar pelo nariz. — Sim, estou apaixonada por você, e daí? Acontece. — Ergui os ombros, tentando mostrar que não era nada demais. Zayn ainda me encarava, parecia nem mesmo respirar. Ótimo, S/N, estragou tudo de vez. — Você pode ir agora. 
— Espera, o que? — Comprimi os lábios em uma linha, Zayn mirava meu rosto, o peito subindo e descendo com rapidez. 
— Você já sabe o que queria saber, agora me deixe sozinha. — Ele não se mexeu, então, decidi que eu mesma me afastaria. Tentei sair da cozinha, mas a mão fria segurou meu pulso, me fazendo voltar alguns passos. 
— Não vai dizer tudo isso e ir embora, S/N. — Ainda me segurando, deu um passo em minha direção, a outra mão indo até minha cintura. Os olhos castanhos me encaravam por baixo da grossa linha de cílios, me derretendo inteira por dentro. Zayn sempre me teve nas mãos, para fazer o que quisesse. Ele se aproximava aos poucos, pressionando seu corpo contra o meu. O pescoço levemente curvado por ser mais alto. — Isso é verdade? — O tom rouco me atingiu em cheio. 
— Por que eu mentiria? — Sussurrei de volta. Eu queria me soltar, precisava sair dos seus braços. Mas era tão bom. Tudo nele tinha efeito em mim. 
— Diga que me quer, eu sou seu. — Zayn movia os lábios com lentidão, causando arrepios em minha nuca. 
— O que? — Precisava confirmar que não era uma alucinação. 
— Você me ouviu, S/N. Diga que me quer, sou seu. Só seu. — Seus olhos baixaram, encarando minha boca. Nervosa, umedeci os lábios enquanto engolia em seco. 
— Isso não é verdade. — Tentei empurrá-lo, mas Zayn me puxou para ainda mais perto, levando a boca até meu ouvido, causando arrepios antes mesmo de falar. 
— Só não chamei você para o vídeo, porque não conseguiria só beijar você. — Sussurrou. Todo o efeito me abandonou no mesmo segundo, me lembrando da minha irritação. 
— Me solta. — Grunhi. Zayn passou os dois braços em minha cintura, me prendendo para não sair. 
— Você fica linda com ciúmes. — Provocou. 
— Estou falando sério, me solta. — Tentei me mover, mas ele não deixava. Zayn ria da minha tentativa de fugir, dando dois passos me empurrando para trás. Senti minha bunda bater contra a pia, estava encurralada.  — Zayn. — Resmunguei, ainda me remexendo quando seus lábios grudaram nos meus. Um choque me percorreu, e um suspiro escapou. Sua barba fazia uma cócega gostosa contra meu queixo à medida que ele abria a boca para aprofundar o beijo. 
Qualquer vontade de me desvencilhar sumiu, levei minhas mãos até sua nuca, puxando-o ainda mais contra mim. 
O beijo foi quebrado quando o moreno sugou meu lábio inferior. Abrindo os olhos lentamente pelo efeito causado, dei de cara com um sorriso de lado nos lábios vermelhos. 
— Aquilo não foi nada demais. — Começou. 
— Eu vi muito bem a sua língua na garganta dela. — Tentei empurrá-lo mais uma vez, fazendo-o rir. 
— Eu estava solteiro. — Deu de ombros, sem ligar para a minha relutância. 
— Estava? 
— Uhum, agora eu tenho uma namorada bastante ciumenta. — Depositou beijos em meu pescoço, distribuindo arrepios. 
— Tem? 
— Eu já disse. Diga que me quer, eu sou seu. 
— Eu quero você. — Confessei. Zayn afastou a boca da minha pele, erguendo o rosto para me encarar, um sorriso satisfeito nos lábios. 
— E eu sou seu.
Gostou do imagine e gostaria de dar um feedback? Ou então quer fazer um pedido? Me envie uma ask! Comentários são muito importantes e me fariam eternamente grata!
99 notes · View notes